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<p>RAVLT (17 a 85 anos)</p><p>É uma tarefa.</p><p>Erro de intrusão: incluir na lista uma palavra sem estar nela. O que</p><p>significa? É uma falha do auto monitoramento.</p><p>Analisar erro de perseveração.</p><p>Verifica-se oscilação da atenção.</p><p>Importante: falar pausadamente, ou seja, 01 segundos entre uma</p><p>palavra e outra.</p><p>Papel da Lista B: lista distratora que é lida uma vez.</p><p>20 minutos depois- evocação da lista A6.</p><p>Tom de voz adequado: sem pressa e adequado. É comum esquecer da</p><p>lista de reconhecimento (lista B). No intervalo: evite outro teste verbal,</p><p>como por exemplo, Fluência.</p><p>A análise da curva de aprendizagem é importante, pois através dela</p><p>verifica-se sem o indivíduo se beneficia das apresentações repetidas.</p><p>Falso negativo é quando o indivíduo não reconhece uma palavra que</p><p>tinha. Ex: tinha galo na lista e ele não reconhece.</p><p>Correção</p><p>Anotar literalmente o erro do paciente</p><p>Lista B: capacidade de resistir à distração</p><p>A6: capacidade de retenção</p><p>A7: capacidade de recuperar todo o material aprendido/evocação</p><p>tardia</p><p>Reconhecimento: capacidade de estocagem</p><p>Dica: sempre usar 2 dígitos após a linha</p><p>Classificação do RAVLT:</p><p>SATISFATÓRIO OU INSATISFATÓRIO PARA ESSA IDADE.</p><p>➢ JAMAIS COLOCAR PRESERVADO OU NÃO PRESERVADO.</p><p>O RAVLT consiste de uma lista de 15 substantivos (lista A) que é</p><p>lida em voz alta para o sujeito com um intervalo de um segundo entre</p><p>as palavras por cinco vezes consecutivas (A1-A5), cada uma delas</p><p>seguida por um teste de evocação imediata.</p><p>A ordem de apresentação das palavras é fixa em todas as</p><p>tentativas. Para a primeira tentativa, dá-se a seguinte instrução:</p><p>“Vou ler uma lista de palavras. Preste bastante atenção, pois</p><p>quando eu terminar você deverá repetir tantas palavras</p><p>quantas puder se lembrar. Não tem importância a ordem em</p><p>que você irá repeti-las. Procure apenas se lembrar do máximo</p><p>de palavras que puder”.</p><p>Quando o sujeito informa que não consegue se lembrar de mais</p><p>palavras, o examinador relê a lista, precedida de uma segunda rodada</p><p>de instruções:</p><p>“Agora vou ler as mesmas palavras novamente. De novo,</p><p>quando eu terminar, quero que você repita para mim todas as</p><p>palavras que puder se lembrar, inclusive as que já foram ditas</p><p>da vez passada. Não tem importância a ordem das palavras,</p><p>procure apenas dizer todas as palavras que você se lembrar,</p><p>incluindo aquelas que foram lembradas na vez anterior”.</p><p>Após a quinta tentativa, uma lista de interferência, também de</p><p>15 palavras (lista B) é apresentada, sendo seguida de um teste de</p><p>lembrança dessa lista.</p><p>Em seguida, pede-se ao sujeito que recorde as palavras da lista</p><p>A, sem que ela seja reapresentada (A6). Depois de um intervalo de 20</p><p>a 30 minutos o sujeito deve se lembrar das palavras da lista A (A7).</p><p>Finalmente, é avaliada a memória de reconhecimento,</p><p>apresentando-se uma lista de 50 palavras que contém todos os itens</p><p>das listas A e B e mais 20 palavras, que são fonética ou</p><p>semanticamente semelhantes àquelas das listas A e B. Aqui, o</p><p>examinador lê para o sujeito palavra por palavra, as quais deverão ser</p><p>identificadas como pertencentes ou não à lista A. O uso dessa lista de</p><p>reconhecimento é útil quando se observa um esquecimento acentuado</p><p>na tentativa A7, pois permite a identificação de sujeitos que têm</p><p>dificuldade na recuperação da informação, que irão se sair melhor</p><p>nessa parte do teste do que nas fases de lembrança sem ajuda. Um</p><p>sujeito com uma deficiência generalizada de memória terá um</p><p>desempenho pobre em ambas as fases do teste.</p><p>A pontuação do teste é dada da seguinte forma: o total de pontos</p><p>de cada tentativa (A1-A7 e B1) é o número de palavras corretamente</p><p>memorizadas. A pontuação obtida de A1 a A5 serve de base para</p><p>construir a curva de aprendizagem. Os distratores sobre o processo de</p><p>aprendizagem são medidos pelo índice de susceptibilidade ao efeito de</p><p>distratores proativos (B1/A1) e pelo índice de suscetibilidade ao efeito</p><p>de distratores retroativos (A6/A5). Além disso, pode ser também</p><p>calculado o índice de velocidade de esquecimento (A7/A6). A memória</p><p>de reconhecimento é apurada a partir da fórmula total de palavras</p><p>corretamente identificadas como pertencentes ou não pertencentes à</p><p>lista A – sendo o número de distratores 35 (podendo o resultado variar</p><p>de –35 a 15).</p><p>A curva de aprendizagem no RAVLT é importante para</p><p>caracterizar o quanto uma pessoa aprende ao longo da exposição</p><p>sucessiva a um determinado conteúdo verbal.</p><p>De acordo com Lezak e colaboradores (2004), em comparação a</p><p>testes como o Digit Span, o desempenho deve oscilar no máximo em</p><p>torno de dois pontos. Desempenhos muito superiores na prova de</p><p>dígitos indicam dificuldades relacionadas ao processamento de</p><p>informações complexas que envolvem um número maior de</p><p>estimulação a ser processada. Por outro lado, desempenho muito</p><p>superior em A1 em comparação ao desempenho em dígitos pode</p><p>indicar desde desatenção até falta de motivação para realização desta</p><p>última tarefa.</p><p>A memória de reconhecimento também é importante na</p><p>diferenciação entre indivíduos que apresentam dificuldades na</p><p>aquisição e/ou armazenamento de novos conteúdos daqueles com</p><p>dificuldades relacionadas a questões de humor e questões</p><p>motivacionais, como nos quadros depressivos, que tendem a</p><p>apresentar uma melhora do desempenho nesta etapa do teste.</p><p>FIGURA DE REY</p><p>Forma A (5 a 88 anos)</p><p>Forma B (4 a 7 anos)</p><p>Fase da cópia: praxia construtiva/ planejamento/ estratégias funções</p><p>executivas/organização visuoespacial</p><p>Fase de reprodução: memória episódica visuoespacial</p><p>Cópia-utilização dos lápis:</p><p>Adultos-utilizar 4 cores</p><p>Crianças-utilizar 6 cores</p><p>Forma A é dividida em 18 partes e a Forma B em 11.</p><p>Quando escolher a forma B: Quando houver dificuldade na</p><p>coordenação motora fina; optar por forma menos complexa.</p><p>Quando o paciente fizer o detalhe: trocar a cor, porque ele não está</p><p>fazendo o todo. Quando fragmentar a figura.</p><p>Na espera dos 3 minutos para reprodução da memória você pode</p><p>utilizar a tarefa F.A.S.</p><p>Quando a cópia é errada e a reprodução certa (detalhe): problema de</p><p>visuoconstrução.</p><p>Este teste recruta do examinando atividades básicas, como a memória</p><p>operacional (working memory), o controle de inibições e as</p><p>competências complexas, como a sustentação de atenção durante um</p><p>período de tempo, a concentração profunda e a organização da</p><p>informação e da automonitoração.</p><p>A ANÁLISE QUALITATIVA</p><p>Troyer e Wishart observaram que a maioria dos aspectos</p><p>qualitativos avaliados nos sistemas de pontuação qualitativa</p><p>consideravam: a) continuação versus fragmentação de linhas; b)</p><p>desenho de grupos de linhas adjacentes, como as quatro linhas do</p><p>retângulo grande; c) o elemento pelo qual o desenho tem início; d)</p><p>desenhar detalhes separados da armação ou encaixados dentro dela.</p><p>Enquanto alguns sistemas de pontuação qualitativa focam</p><p>principalmente nos elementos principais da armação da figura como o</p><p>retângulo grande, os bissetores e as diagonais, outros sistemas</p><p>avaliam os pequenos detalhes.</p><p>Dentre os artigos pesquisados sobre a Figura de Rey</p><p>no site www.bireme.br foram encontradas 10 referências que relatam</p><p>análises qualitativas para a correção da figura. Três trabalhos referem-</p><p>se à pontuação qualitativa elaborada por Loring e seus colaboradores.</p><p>Esta adaptação foi desenvolvida com o objetivo de avaliar os tipos de</p><p>erro frequentemente observados na reprodução de memória da figura</p><p>dos pacientes com epilepsia temporal unilateral.</p><p>Esta análise qualitativa enfoca principalmente erros na colocação</p><p>dos detalhes da figura, distorções globais da figura ou detalhes e linhas</p><p>adicionais. A avaliação das funções da memória mediada pelo lobo</p><p>temporal mesial do hemisfério dominante e não-dominante é um</p><p>importante aspecto da neuropsicologia contemporânea. Em geral, a</p><p>habilidade para aprender informações verbais é dependente do lobo</p><p>temporal do hemisfério dominante e a aprendizagem do material visuo-</p><p>espacial requer intactas as estruturas</p><p>do lobo temporal mesial no</p><p>hemisfério não-dominante.</p><p>Deckerbach e seus colaboradores elaboraram um método para</p><p>avaliação dos aspectos organizacionais da Figura Complexa de Rey a</p><p>partir de estudos com pacientes com Transtorno Obsessivo-</p><p>Compulsivo, demonstrando assim as possíveis aplicações clínicas deste</p><p>teste.</p><p>Lezak relata alguns dados obtidos sobre os diferentes resultados</p><p>alcançados por pacientes com lesão no hemisfério esquerdo e direito,</p><p>a partir da cópia e reprodução imediata e tardia da Figura de Rey, que</p><p>demonstram que os pacientes que fazem uma cópia defeituosa</p><p>baseada mais em uma baixa organização dos dados do que em uma</p><p>desordem na habilidade visuoespacial (mais comum com lesões no</p><p>hemisfério esquerdo), podem melhorar sua performance na tarefa de</p><p>memória imediata.</p><p>http://www.bireme.br/</p><p>Pacientes cujas lesões se encontrem à esquerda tendem a</p><p>mostrar preservada a memória da estrutura global da figura, porém</p><p>com simplificação e perda de detalhes. Pacientes cujas lesões se</p><p>encontrem à direita e que apresentem dificuldade na cópia da figura,</p><p>mostram problemas ainda maiores na recordação da figura. Os</p><p>pacientes com dano no hemisfério direito tendem a perder muitos</p><p>elementos do desenho, fazendo reproduções crescentemente</p><p>empobrecidas da figura original quando vão da tarefa de recordação</p><p>imediata à tardia. Aqueles pacientes com lesões no hemisfério direito</p><p>que tenham problemas visuoespaciais ou que estejam sujeitos à</p><p>fragmentação perceptual vão também crescentemente distorcer e</p><p>confundir a configuração dos elementos da figura.</p><p>Reconhecidamente, a avaliação neuropsicológica é parte dos</p><p>protocolos cirúrgicos para cirurgia de epilepsia, que inclui</p><p>rotineiramente testes de memória verbal e visual. A Figura Complexa</p><p>de Rey é frequentemente utilizada como método de avaliação de</p><p>memória visual (ou não). Embora a análise quantitativa não seja</p><p>suficiente para distinguir entre pacientes com epilepsias de lobo</p><p>temporal direito e esquerdo, a análise qualitativa pode fornecer</p><p>evidências sobre alterações das funções visuoespaciais e memória de</p><p>material visuo-espacial.</p><p>A análise quantitativa da Figura Complexa de Rey não é</p><p>suficiente para diferenciar entre pacientes com epilepsias de lobo</p><p>temporal esquerda e direita. Entretanto, a análise qualitativa</p><p>frequentemente sugere a lateralidade da lesão, segundo estudos de</p><p>Loring et al. Estes autores investigaram apenas pacientes que</p><p>obtiveram uma pontuação acima de 34 na cópia da Figura Complexa</p><p>de Rey, segundo método de avaliação publicado por Lezak a fim de</p><p>minimizar a interferência dos déficits construcionais para não confundir</p><p>a avaliação do desempenho da memória. Observaram assim que a</p><p>avaliação qualitativa da evocação imediata e tardia da figura é capaz</p><p>de corretamente diferenciar entre pacientes com epilepsias de lobo</p><p>temporal esquerdo e direito.</p><p>Desta forma, os estudos qualitativos trazem contribuições tanto</p><p>para a neuropsicologia das epilepsias como para outros campos das</p><p>neurociências.</p><p>Na Figura 1 observa-se o modelo da Figura Complexa de Rey.</p><p>Nas Figuras 2, 3 e 4 observa-se o desempenho no Teste da Figura</p><p>Complexa de Rey nas etapas de cópia, memória imediata e tardia, de</p><p>uma paciente com Epilepsia de Lobo Temporal Direito (ELTD) e</p><p>Esclerose Mesial Temporal Direita (EMTD).</p><p>http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-26492005000400008#fig01</p><p>http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-26492005000400008#fig02</p><p>http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-26492005000400008#fig03</p><p>http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-26492005000400008#fig04</p><p>Nas Figuras 5, 6 e 7 observa-se o desempenho de um paciente com</p><p>ELTD e EMTD, mas com significativo comprometimento das</p><p>habilidades visuo-construtivas.</p><p>http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-26492005000400008#fig05</p><p>http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-26492005000400008#fig06</p><p>http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-26492005000400008#fig07</p><p>JAMUS, Denise Ribas; MADER, Maria Joana. A Figura Complexa de Rey e seu papel na avaliação</p><p>neuropsicológica. J. epilepsy clin. neurophysiol., Porto Alegre , v. 11, n. 4, p. 193-</p><p>198, Dec. 2005. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-</p><p>26492005000400008&lng=en&nrm=iso>. access on 15 May 2017.</p>