Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>papel do socorrista parada cardiorespiratória (pcr) DADOS DE ODINRIGHT estado de choque Sobre a obra: hemorragias A presente obra é disponibilizada pela equipe eLivros e ferimentos seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos entorses, luxações e fraturas acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente primeiros socorros conteúdo. Sobre nós: como agir o eLivros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de vertigens, desmaios e convulsões em situações dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e de emergência distúrbios causados pelo calor a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: eLivros. choques elétricos edição revista e atualizada Como posso contribuir? afogamento Você pode contribuindo de várias maneiras, corpos estranhos no organismo enviando livros para gente Envie um livro ;) Ou ainda podendo ajudar financeiramente a pagar custo intoxicações de servidores e obras que compramos para postar, faça uma doação aqui :) mordidas e picadas de animais "Quando o mundo estiver unido na busca do transporte de pessoas acidentadas conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e Senac acidentes automobilísticos poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível." eLivros Jove primeiros socorros Converted by convertEPub como agir em situações de emergência Editora Senac São Paulo São Paulo - 2019</p><p>Este livro sobre primeiros socorros atualiza os conteúdos da primeira nota do editor versão publicada em 1996, cuja tiragem desde o lançamento até a sétima e última reimpressão atingiu um total de 81 mil exemplares. Esta nova versão foi elaborada pelo Senac Nacional a partir da preocupação da Área de Saúde do Senac em apresentar a alunos e socorristas os mais recentes protocolos de atendimento de emergência. Para sua elaboração, contamos com a consultoria do capitão do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, José Márcio da Silva Silveira instrutor de Primeiros Socorros e coordenador de Enfermagem da Amil Resgate Saúde RJ e com a revisão técnica do cirurgião titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Roberto Frota-Pessoa, vice-diretor do Grupo de Trauma do Rio de Janeiro e instrutor do Advanced Trauma Life Support do Colégio Americano de Cirurgiões. Primeiros socorros como agir em situações de emergência orienta leitor sobre a forma correta de prestar assistência a feridos e acidentados antes de um atendimento especializado. Além da explicação sobre as causas e consequências dos principais problemas que podem ocorrer em casos de acidentes, as técnicas de socorro estão descritas passo a passo, de forma clara e sucinta. Para ajudar o trabalho do socorrista, o livro traz fotos especialmente produzidas que apresentam de forma realista o estado da vítima, a posição correta de quem presta atendimento e os procedimentos adequados. Contamos também com a colaboração do Instituto Vital Brazil que, gentilmente, nos cedeu as imagens de animais Temos certeza de que este é um livro de grande importância não só para os alunos do Senac como para todas as pessoas que se dispõem a agir de forma solidária e diante de situações que exigem uma atuação de emergência, e esperamos que ele possa cumprir bem seu papel. capítulo 1 papel do socorrista Socorrista é a pessoa que presta os primeiros socorros em casos de acidentes ou de mal Chamam-se primeiros socorros àqueles auxílios imediatos e provisórios prestados enquanto se aguarda atendimento médico.</p><p>Um atendimento adequado depende antes de tudo de uma rápida emergências avaliação da situação, que indicará as prioridades ao socorrista. A seguir, as técnicas para se fazer uma boa avaliação. observação As situações de emergência ocorrem com certa frequência e exigem uma atuação rápida. No entanto, quando acontecem, as reações são as mais Antes de se aproximar, o socorrista deve fazer uma observação detalhada diversas. Algumas pessoas não se manifestam porque não sabem mesmo da cena: certificar-se de que o local onde se encontra a vítima está seguro, analisando a existência de riscos, como que fazer, enquanto outras, sabendo ou não o que fazer, permanecem estáticas, paralisadas pelo pânico ou pelo medo, incapazes de tomar atropelamentos, colisões, afogamento, eletrocução, agressões etc. qualquer atitude. Outras, ainda, reagem corajosamente e enfrentam a Somente depois de assegurar-se da segurança da cena é que o socorrista situação, mesmo desconhecendo a melhor forma de fazê-lo e, muitas deve se aproximar da vítima para prestar assistência. Não adianta tentar vezes, provocam novas lesões no acidentado. ajudar e, em vez disso, tornar-se mais uma vítima. A observação da Atitudes de coragem ou de medo são reações humanas bastante vítima pode revelar vários fatos: compreensíveis. Entretanto, é importante saber controlá-las para poder alteração ou ausência da respiração agir adequadamente nas situações de emergência. Mas, como conseguir hemorragias externas isso? A resposta é simples: confiando no que se sabe e reconhecendo as deformidades de partes do corpo próprias limitações. socorrista deve ter iniciativa e certa liderança ao coloração diferente da pele prestar atendimento. presença de suor intenso Existem várias maneiras de ajudar e até o simples ato de pedir inquietação assistência especializada (médico, ambulância etc.) é de suma expressão de dor importância para atendimento adequado. Ao pedir ajuda, o socorrista deve procurar passar maior número possível de informações, como palpação endereço, ponto de referência, tipo de acidente e número de vítimas. Antes de examinar a vítima, o socorrista deve se proteger para evitar riscos de contaminação através do contato com sangue, secreções ou procedimentos gerais com produtos São dispositivos de proteção: luvas, óculos, máscaras. Na ausência desses dispositivos, vale o improviso com sacos preparação da vítima para remoção segura plásticos, panos ou outros utensílios que estejam disponíveis. providências para transporte e tratamento médico Pela palpação, o socorrista pode observar: É importante lembrar que a tarefa do socorrista restringe-se sempre a batimentos cardíacos prestar os primeiros socorros. Ele não deve fazer mais do que fraturas rigorosamente essencial enquanto aguarda o auxílio médico. umidade da pele As situações de emergência podem variar desde um corte até uma alteração da temperatura (alta ou baixa) parada cardíaca e, neste caso, a vítima corre risco de morte. objetivo do primeiro atendimento deve ser o de mantê-la viva e protegê-la de diálogo novos e maiores riscos até a chegada do médico. Sempre que possível, socorrista deve interagir com a vítima, procurando acalmá-la e, ao mesmo tempo, avaliar suas condições jamais dê qualquer tipo de bebida a enquanto conversa com ela A tentativa de diálogo com a vítima permite ao socorrista perceber: vítimas de qualquer tipo de acidente. nível de consciência sensação e localização da dor A atitude do socorrista pode significar a vida ou a morte da pessoa incapacidade de mover o corpo ou partes dele socorrida. Uma providência importante a ser tomada é a de evitar o perda de sensibilidade em alguma parte do corpo pânico, afastando os curiosos e facilitando o trabalho de atendimento de emergência. Uma vez definida e analisada a situação, a ação do socorrista deve ser Sempre que se encontrar em uma situação em que pessoas precisem dirigida para: de assistência médica, o socorrista deve acionar imediatamente socorro especializado e depois, então, iniciar o atendimento à vítima. pedido de ajuda qualificada e especializada (médico, ambulância) avaliação das vias aéreas avaliação da respiração e dos batimentos cardíacos com a chegada da equipe médica, a prevenção do estado de choque liderança das ações passa a ser do aplicação de tratamento adequado para as lesões menos graves médico ou do enfermeiro.</p><p>A partir desse momento, o socorrista deve colocar-se à disposição caixa de primeiros socorros daqueles que estão capacitados para o atendimento médico, dando-lhes todas as informações de que dispõe. É altamente recomendável ter em casa, no trabalho e no carro uma caixa urgências coletivas de primeiros socorros. Eis alguns itens necessários: compressas de gaze (de preferência esterilizadas) rolos de atadura de crepe ou de gaze (em tamanhos diferentes) Acidentes em locais onde há aglomeração de pessoas igrejas, casas de esparadrapo espetáculos, estádios etc. - costumam envolver um grande número de tesoura de ponta arredondada vítimas e nesses casos, geralmente, o atendimento é muito confuso. pinça Ao se deparar com uma urgência coletiva, o socorrista deve tomar as frasco de soro fisiológico ou água bidestilada seguintes medidas, antes de chamar o atendimento especializado: luvas de látex lanterna Providenciar comunicação imediata com os serviços de saúde, defesa civil, bombeiros e polícia. Isolar o local, para proteger vítimas e demais socorristas. Determinar locais diferentes para a chegada dos recursos e saída das vítimas. Retirar as vítimas que estejam em local instável. Determinar as prioridades de atendimento, fazendo uma triagem rápida das vítimas para que as mais graves possam ser removidas primeiro. Providenciar o transporte de forma adequada (veja o capítulo Transporte de pessoas acidentadas) para não complicar as lesões. capítulo 2 parada respiratória parada cardiorrespiratória ar é fundamental para o ser humano; sem ele, o homem não consegue (pcr) sobreviver. Quando, por qualquer razão, uma pessoa para de respirar, diz-se que ela está sofrendo uma parada respiratória (ou asfixia). Existem muitas situações em que uma pessoa pode sofrer uma parada respiratória: afogamento, estrangulamento ou sufocação, A parada cardíaca envolve sempre a perda dos movimentos aspiração excessiva de gases venenosos ou vapores químicos, respiratórios, podendo evoluir para a parada soterramento, presença de corpos estranhos na garganta, choque atendimento benfeito é elétrico, parada cardíaca etc. Um modo simples de perceber os movimentos respiratórios é chegar bem próximo da boca e do nariz da vítima e: Ver se tórax se expande. Ouvir se há algum ruído de respiração. Sentir na sua própria face se há saída de ar.</p><p>Quando isso não acontece, pode estar havendo algum problema com a circulação do sangue. sinais de parada cardíaca: inconsciência ausência de pulsação (de batimentos nas artérias carótidas) ausência de som de batimentos cardíacos A forma de se verificar as pulsações é procurar senti-las nas artérias Avaliação da respiração da vítima. principais que passam pelo pescoço (as carótidas). A ausência de sinais de parada respiratória: pulsação nessas artérias é o sinal mais evidente de parada cardíaca. Quando o socorrista não consegue verificar as pulsações ou tem alguma dúvida deve observar se a vítima apresenta sinais de tórax imóvel circulação: ela respira? Tosse ou emite algum som? Ela se movimenta? ausência de saída de ar pelas vias aéreas (nariz e boca) Caso esses sinais não sejam evidentes, deve-se considerar a vítima sem circulação e iniciar as compressões torácicas. parada cardíaca Quando acontece a parada respiratória, é preciso estar atento para outra situação que pode ocorrer simultaneamente: a parada cardíaca, ou seja, a parada dos batimentos do coração. As pulsações (batimentos ritmados nas artérias) indicam a frequência e a força com que o coração está enviando o sangue para o corpo. Em situação normal, elas mantêm sempre o mesmo ritmo e a mesma força. Palpação do pulso carotídeo. avaliação e tratamento da Quando o socorrista identificar a inexistência ou anormalidade grave na respiração (denominada respiração deve iniciar a RCP por meio parada cardiorrespiratória de compressões torácicas e ventilações na seguinte proporção: 30 compressões para 2 ventilações, considerando um mínimo de 100 compressões por minuto. É importante que retorno do tórax seja total Após verificar a segurança da cena, socorrista deve falar com a vítima entre as compressões e que a interrupção entre uma e outra não passe para determinar se ela está consciente ou não. Confirmado o estado de de 10 segundos. inconsciência, a prioridade é pedir auxílio qualificado (médico, Socorristas não treinados ou não experientes devem se limitar a ambulância etc.). Para avaliar as condições da vítima, socorrista deve executar as compressões e o desfibrilador deve ser utilizado assim que usar os dispositivos de proteção possíveis ou improvisados (luvas, panos esteja disponível. ou sacos plásticos) No atendimento à parada cardiorrespiratória, protocolos recentes circulação recomendam a sequência compressões torácicas, via aérea, respiração, o início imediato da massagem cardíaca externa libera o sangue para cuja sigla internacional é CAB: Compression, Airway, Breath. circulação, reduzindo risco de morte ou de lesão cerebral irreversível. A cadeia de atendimento recomendada é: o ponto dessa massagem é na terça parte inferior do esterno (o osso que Reconhecimento imediato da Parada Cardiorrespiratória (PCR) e fica no meio do tórax), na linha entre os mamilos (linha intermamilar). acionamento do serviço de Reanimação Cardiopulmonar (RCP) precoce, com nas compressões Rápida desfibrilação. Nos casos de asfixia, como em afogamentos, a prioridade será aplicar compressões torácicas com ventilação por cerca de dois minutos, antes de acionar o serviço de emergência/urgência. reconhecimento e RCP</p><p>o indica o ponto do corpo onde deve ser feita a Massagem cardíaca em adulto. massagem o socorrista deve verificar a cada minuto se a vítima voltou a respirar na massagem cardíaca externa socorrista Caso contrário, deverá continuar com as manobras até a chegada do deve: socorro médico, checando sempre, a cada minuto, a respiração. Se a vítima for uma criança, o socorrista deverá usar somente uma Manter a vítima deitada de barriga para cima, em uma superfície das mãos na massagem. Já em bebês ela é feita apenas com dois dedos. rígida e plana como o solo, uma tábua ou uma porta. Caso a Em todos os casos o ponto da massagem é o mesmo: terço inferior do superfície não seja rígida e plana, colocar uma bandeja entre as esterno, na linha entre os mamilos. costas da vítima e o leito. Pôr a palma de uma das mãos sobre o ponto da massagem, sem encostar os dedos na vítima. A outra mão é posta sobre a primeira, entrelaçando ou não os dedos. Manter os braços esticados e, sem flexioná-los, fazer a compressão com o peso de seu tórax. São cerca de 100 compressões por A massagem cardíaca externa feita por dois socorristas exige que ambos saibam executar a técnica. Um deles se posiciona de um lado da vítima para fazer as ventilações e o segundo fica do outro lado fazendo as compressões. como proceder: Usando um dispositivo de barreira, o socorrista responsável pela respiração faz duas ventilações e conserva as vias aéreas abertas, Massagem cardíaca em criança. mantendo a cabeça da vítima inclinada para trás. Para realizar a respiração boca a boca é necessário o uso de um dispositivo de proteção entre o socorrista e a vítima. A técnica da respiração boca a boca consiste em fechar as narinas da vítima, cobrir toda a boca da vítima com a sua boca e soprar duas vezes com um intervalo entre as ventilações, quando então as narinas devem ser liberadas para que saia o ar que foi insuflado. Durante essa manobra, o socorrista deve observar se o tórax da vítima se expande (sobe) enquanto está recebendo ventilação. Massagem cardíaca em bebê. o atendimento que envolve compressão torácica e ventilação boca a boca pode ser feito por um ou por dois socorristas, mantendo a relação de 30 compressões para 2 ventilações. o atendimento a vítimas crianças e bebês também deve garantir essa</p><p>Após um minuto realizando compressões torácicas, é preciso verificar se a vítima voltou a apresentar sinais de vida, isto é, se respira, se mexe ou emite algum som. Caso contrário, rapidamente reiniciar as compressões e ventilações, sempre conferindo o retorno da respiração, até a chegada do socorro médico. Respiração boca a boca em adulto. No caso de atendimento a um bebê, o socorrista deve cobrir-lhe aboca e o nariz com a sua própria boca, para realizar a ventilação. Foto: Nelson Martins vias aéreas A obstrução das vias aéreas (nariz e boca) é uma importante causa de morte em pessoas inconscientes. As vias aéreas podem estar obstruídas por vários fatores: sangue, secreções (vômito), corpos estranhos Respiração boca a boca nariz em bebê. (moedas, brinquedos, próteses dentárias etc.). Mas a principal causa de obstrução das vias aéreas é a "queda da língua": quando a vítima está Em seguida, o outro socorrista executa 30 compressões (contando inconsciente, o relaxamento da musculatura do maxilar faz com que a em VOZ alta para que o primeiro reinicie a ventilação assim que for língua caia para trás, impedindo a passagem do ar. feita a compressão). vias aereas À esquerda, a língua obstrui as vias aéreas e, à direita, movimento para corrigir a "queda da língua". como proceder nos casos de obstrução: Elevação da mandíbula em vítima sem trauma e sem presença de sangue ou secreção nas vias Para corrigir a obstrução por "queda da língua", coloque uma das mãos na testa da vítima e, com a outra, eleve o queixo; essa manobra reposicionará corretamente a língua. Se houver suspeita de que a vítima sofreu traumatismo (por queda, acidente de trânsito, agressão, afogamento, entre outros fatores) e estando ela inconsciente ou apresentando algum ferimento acima das clavículas, é necessário proteger a coluna cervical (pescoço) A manobra a ser aplicada é a de "elevação modificada da mandíbula". Elevação modificada da mandíbula em vítima com trauma mas sem presença de sangue ou secreção nas vias Na obstrução por presença de sangue ou deve-se limpar a boca e o nariz da vítima com um pano limpo e virar sua cabeça para</p><p>o lado para facilitar a saída do líquido. Mas atenção: havendo suspeita de traumatismo, se a pessoa estiver inconsciente, deve ter 9% a cabeça virada junto com todo o corpo (e para isso são necessários três socorristas), mantendo o alinhamento da coluna cervical. 1% É importante saber que virar a cabeça da vítima não corrige a "queda da língua", mas é uma tentativa de evitar que ela aspire para 18% os pulmões as secreções que estão na cavidade oral. 18% Depois desses procedimentos, o socorrista deve abrir a boca da vítima e verificar se há algum corpo estranho. Caso a vítima esteja inconsciente e corpo estranho visível, aí então este deve ser 9% 9% retirado com dedo indicador (lembre-se de usar sempre um dispositivo de proteção). 1% 18% 18% Retirada de corpo estranho visível da boca de vítima inconsciente. A identificação de e respiração anormal (agônica) deve ser feita o mais rapidamente possível, para evitar danos irreversíveis à capítulo 3 vítima. o rápido restabelecimento da circulação pode evitar que a vítima estado de choque venha a ter lesão cerebral. tempo, então, é fundamental. ATENDIMENTO LESÃO CEREBRAL estado de choque se caracteriza pela falta de circulação e oxigenação dos tecidos do corpo, provocada pela em até 4 minutos improvável diminuição do volume de sangue ou pela deficiência do de minutos provável sistema cardiovascular. estado de choque em risco a vida do indivíduo. em mais de minutos muito provável Se for constatado que há obstrução das vias aéreas, como nos casos de afogamento, pode ser tentada a desobstrução, observando antes o estado da pessoa, para escolher a manobra mais adequada, dentre as já apresentadas. Após a desobstrução, a respiração pode voltar espontaneamente. Sempre que precisamos atuar como socorristas, deparamo-nos com situações estressantes porque sabemos que a integridade física, mental e até mesmo a vida da vítima podem estar em jogo. Mas temos de pensar também no socorrista. Quando falamos na necessidade de treinamento adequado e de equipamentos apropriados (como dispositivos de proteção para a respiração boca a boca e luvas), é nisso que estamos pensando: na saúde do socorrista. Mas, de qualquer modo, é importante saber que o resultado da massagem cardíaca sem ventilação boca a boca é significativamente melhor do que não atender a vítima imediatamente por falta de dispositivos de proteção.</p><p>o sangue é responsável pelo transporte de oxigênio para as diversas sede partes do organismo, inclusive para o cérebro e o coração. o oxigênio é extremidades frias essencial para cada parte do corpo e se houver diminuição na quantidade ansiedade e agitação de sangue transportado, haverá também diminuição no fornecimento de náuseas e vômitos oxigênio e, consequentemente, risco de morte. tremores e calafrios respiração curta, rápida e irregular tontura avaliação e atendimento queda da pressão arterial Em certos casos, ao prestar os primeiros socorros, pode-se eliminar a causa do estado de As principais causas do estado de choque são: hemorragias e A primeira atitude do socorrista é tentar acalmar a vítima que esteja queimaduras graves, choque elétrico, ataque cardíaco, dor intensa de consciente. Deite-a de costas, com as pernas elevadas e a cabeça virada qualquer origem, infecção grave e envenenamento por produtos para o lado. Manter a cabeça da vítima virada para o lado evita, em caso químicos. de vômito, que ela o aspire, podendo provocar pneumonia. o estado de choque manifesta-se de diferentes formas. A vítima pode apresentar diversos sinais e sintomas ou apenas alguns deles, dependendo da intensidade em cada caso. o quadro clínico, portanto, é praticamente o mesmo, não importando a causa que desencadeou o estado de choque. sinais e sintomas de estado de choque: pulso rápido e fraco, por vezes difícil de palpar A cabeça virada para lado evita que, em caso de vômito, a pele fria e úmida vítima aspire para os pulmões a secreção do estômago. suor abundante palidez intensa lábios e extremidades descorados a cabeça da vítima não deve ser virada capítulo 4 para lado se houver suspeita de lesão da coluna cervical. hemorragias Afrouxe as roupas da vítima gravata, cinto, colarinho etc. -, para facilitar a respiração e a circulação. Caso ela use prótese dentária, o Hemorragia é a perda de sangue que acontece quando há socorrista deve retirá-la, além de eliminar alimentos ou secreções da rompimento de veias ou artérias, provocado por cortes, cavidade bucal. É importante também procurar aquecer a vítima com amputações, esmagamentos, fraturas, úlceras, tumores etc. cobertores, toalhas, roupas e até jornais. Entretanto, é preciso tomar Uma hemorragia forte pode pôr a vida em perigo. cuidado para não abafá-la. Os cuidados a serem dispensados no tratamento da causa do choque estão detalhados nos próximos capítulos.</p><p>o sangue de uma hemorragia pode sair como fluxo contínuo e não muito aplicar qualquer medicação. intenso (sangramento venoso) ou pode esguichar em ondas que o socorrista deve comprimir o ferimento com firmeza, usando um correspondem aos batimentos cardíacos. A segunda situação é a pano limpo (lenço, gaze, compressa, pedaço de toalha, roupa etc.). característica de um ferimento arterial e precisa de maior atenção. Depois, com uma tira de pano, uma gravata larga ou um cinto, amarrar a As hemorragias podem ser externas ou internas. As externas são compressa para mantê-la no lugar. aquelas em que ocorre o derramamento de sangue para fora do corpo; é o caso dos cortes ou esmagamentos. Nas hemorragias internas, o sangue se acumula dentro das cavidades do corpo. Este segundo tipo de hemorragia é provocado por ferimentos no fígado, baço, cérebro etc. São casos de difícil diagnóstico, mas podem manifestar-se pelo estado de choque. Algumas hemorragias acontecem no interior do corpo, mas o sangue sai através de orifícios naturais (como nariz, boca, ânus, vagina), sendo mais fáceis de identificar e de serem atendidas como qualquer hemorragia interna. Compressão direta no local da hemorragia. a hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em Não remova as compressas empapadas de sangue, pois isso dificulta o estancamento da hemorragia. Sobre elas, coloque tantas compressas minutos. secas quantas forem necessárias. Se o ferimento for nos braços ou pernas, sem fraturas, a hemorragia será controlada mais facilmente elevando-se a parte ferida. hemorragia externa As hemorragias que ocorrem por feridas localizadas na superfície do corpo devem ser estancadas. Não é recomendável mexer na ferida nem melhor método para conter uma hemorragia. Se essas medidas não forem suficientes, então faz-se necessário comprimir a artéria afetada um pouco acima da lesão. regiões recomendadas para compressão das artérias: temporal facial subclávia Elevação do braço no qual há hemorragia. radial cubital femoral braquial a compressão e a elevação simultâneas dos membros feridos são As hemorragias abundantes, que ocorrem quando a vítima teve alguma parte do corpo amputada ou dilacerada, podem ser controladas com o uso de torniquete. Para fazer um torniquete, é necessário um</p><p>pano com, no mínimo, 10 cm de largura. Qualquer material mais estreito pode rasgar a pele ou causar outros danos à vítima. como fazer torniquete: Enrole o pano acima do local machucado. (1) Depois, dê um meio nó nas duas pontas do pano. (2) Sobre o meio nó, coloque um pedaço de pau, um lápis ou uma caneta. (3) Termine de dar o nó e gire o pedaço de pau até que a hemorragia estanque. (4, 5 e 6) cuidados no uso do torniquete: torniquete é feito acima da área com hemorragia. Anote, com caneta, batom, carvão ou um fósforo queimado, em qualquer parte visível do corpo da vítima, as letras TQ (torniquete) e a hora em que foi colocado. Isso ajuda o socorrista a se lembrar de soltar o torniquete a intervalos regulares. Não use o torniquete próximo de articulações. Em caso de esmagamento, afrouxe o torniquete a cada 10 ou 15 As hemorragias nasais, em geral, não apresentam maior gravidade. minutos ou a qualquer momento em que a vítima apresentar as Mas, de qualquer forma, exigem atendimento imediato para que não se extremidades frias ou arroxeadas. tornem mais Aguarde o restabelecimento da circulação e volte a apertar o tor- Em primeiro lugar, o socorrista deve procurar acalmar a vítima. Em niquete caso a hemorragia prossiga. Esse procedimento evita dano seguida, sentá-la e, mantendo o tronco e a cabeça dela eretos, apertar a ao membro ferido e o risco de amputação. narina que sangra, sem soltar, por três minutos. Se mesmo assim a Enquanto estiver tentando controlar a hemorragia, o socorrista hemorragia não ceder, será preciso procurar socorro médico. deve manter a vítima deitada, agasalhada, evitando contato da área lesada com o chão. Se possível, coloque algo sob os pés da vítima, de modo que fiquem mais elevados do que a cabeça. nos casos de hemorragia nasal, O Cubra a vítima, porém não cubra o torniquete; observe-o cuida- socorrista deve orientar a vítima a não dosamente, inclusive durante o transporte. assoar O nariz. O torniquete só deve ser feito se a técnica de compressão direta e hemorragia de esôfago, elevação do membro ferido não surtir estômago ou duodeno efeito. Na hemorragia de estômago ou duodeno, a vítima geralmente hemorragia nasal apresenta náuseas, mal-estar e vômito de sangue (hematêmese) vermelho vivo ou escuro, como borra de Podem ocorrer ainda evacuações escuras e fétidas (melena). De todas as hemorragias, a nasal (epistaxe) é a mais comum, tanto em como socorrista deve proceder: crianças quanto em adultos. Esse tipo de hemorragia é causado pelo rompimento dos vasos sanguíneos do nariz. Colocar a vítima deitada, sem travesseiro.</p><p>Elevar as pernas da vítima para evitar o estado de choque. gravidez nas trompas (ectópica) Providenciar atendimento médico com urgência. estupro (violência sexual) acidentes tumores em hemorragias de esôfago, estômago retenção de membranas placentárias no parto ou duodeno, socorrista deve impedir ruptura uterina no parto a vítima de ingerir líquidos. traumatismo vaginal no parto nessa situação, socorrista deve hemorragia dos pulmões Manter a vítima deitada, em repouso. Providenciar socorro imediato. Quando há hemorragia dos pulmões (hemoptise), o sangue, vermelho vivo e de aspecto espumoso, sai pela boca e pelo nariz, e ocorre tam-bém hemorragia interna a tosse. Esse quadro exige atendimento médico urgente. Na hemorragia interna, não se vê o sangue e a vítima corre sério risco de hemorragia pela vagina entrar em estado de choque. sinais e sintomas de hemorragia interna: Esse tipo de hemorragia (metrorragia) consiste na perda anormal de sangue pela vagina, fora dos períodos menstruais. pulso rápido e fraco pele fria suor abundante causas da hemorragia vaginal: palidez intensa abortamento mucosas (lábios e parte interna da pálpebra inferior) descoradas sede ansiedade e agitação capítulo 5 náuseas e vômitos sensação de frio e presença de tremores ferimentos respiração curta, rápida e irregular tontura ou inconsciência A ação de agentes físicos, químicos ou biológicos sobre o procedimentos que socorrista deve adotar corpo pode causar um traumatismo com rompimento de nos casos de hemorragia interna: pele ferimento ou ferida. Mas, isso não é uma contusão causada por pancada forte, mesmo sem dilacerar Manter a vítima deitada, com a cabeça voltada para o lado, se não a pele, pode levar ao rompimento de sangramento houver suspeita de trauma na coluna. interno e estado de choque. Afrouxar a roupa apertada (no pescoço, no peito e na cintura). Retirar da boca da vítima prótese dentária, goma de mascar ou qualquer alimento. Manter a vítima agasalhada. Observar a respiração e os batimentos cardíacos e, se for rio, providenciar a reanimação ou respiração artificial. Procurar imediatamente um médico.</p><p>contusão É chamada de contusão a lesão sem rompimento da pele. Trata-se, na verdade, de uma forte compressão dos tecidos moles (pele, camada de gordura e músculos) contra os ossos. Quando a batida é muito violenta, pode ocorrer rompimento de vasos sanguíneos na região, o que provoca um hematoma (acúmulo de sangue no local). o lugar da batida fica roxo, inchado e dolorido. Muitas vezes a Aplicação de gelo na contusão, com a pele protegida para dor torna-se persistente e pode se agravar; nesses casos, então, é evitar queimadura. recomendável procurar atendimento médico. primeiros cuidados em casos de contusão: escoriação Manter em repouso a parte contundida. Aplicar compressas frias ou saco de gelo até que a dor melhore e a inchação se estabilize. Antes, porém, proteger a parte afetada com Se a ação do objeto atingir apenas as camadas superficiais da pele, ocorre um pano limpo ou uma gaze, para evitar queimaduras na pele. a escoriação. Esse tipo de ferimento acontece geralmente em consequência de quedas, quando a pele de certas partes do corpo (joelhos, cotovelos, palmas das mãos etc.), em contato com as asperezas do chão, sofre arranhões a escoriação mais frequente. Os ferimentos podem ser causados por instrumentos cortantes (facas e lâminas), por instrumentos perfurantes (pregos, garfos, arames, projéteis de arma de fogo), ou por queimaduras e mordidas de animais. ao atender um caso de escoriação, torniquete. A parte amputada precisa ser antes enrolada em gaze ou socorrista deve: pano limpo e colocada em um saco plástico. saco plástico deve ser posto em um recipiente cheio de gelo e Lavar as mãos com água e sabão e protegê-las para não se levado ao hospital junto com a vítima. Em muitos casos, existe a contaminar. possibilidade de reimplante. Lavar a ferida com água e sabão para não infeccionar. É sempre bom lembrar que a vítima deve ser vista como um todo, Secar a região machucada com um pano limpo. mesmo nos casos de ferimentos que pareçam sem importância. Uma Verificar se existe algum vaso com sangramento. Se houver, pequena contusão pode indicar a presença de lesões internas graves, comprimir local até cessar sangramento. com rompimento de vísceras, hemorragia interna e estado de choque. Proteger o ferimento com uma compressa de gaze ou um curativo pronto. Caso isso não seja possível, usar um lenço ou qualquer pedaço de pano limpo. Prender o pano ou o curativo com cuidado, sem apertar nem deixar que algum nó fique sobre o ferimento. Manter o curativo limpo e seco. As feridas devem ser cobertas para estancar a hemorragia e para evitar novo traumatismo e contaminação. Nos casos mais graves, depois do curativo feito a vítima deve ser encaminhada ao médico. Cuidados com a parte amputada. amputação ferimentos no tórax No caso de amputação, a hemorragia deve ser estancada o mais rápido possível, aplicando inclusive, caso se faça necessário, a técnica do</p><p>Os ferimentos no tórax podem ser muito graves, principalmente se os pulmões forem atingidos. Quando o pulmão é atingido de forma a ter um orifício de tamanho considerável na parede do tórax, o socorrista pode ouvir o an saindo ou ver o sangue que sai borbulhando por esse mesmo orifício. Nesses casos, o socorrista deve fazer um curativo de três pontas (o curativo tem três lados fechados e um lado aberto) com um pedaço de plástico limpo ou gaze, o que impedirá a entrada de na inspiração e permitirá a saída de an na expiração. Caso não consiga fazer o curativo, cubra o ferimento todo com uma compressa ou um pano limpo e leve a vítima imediatamente para o hospital. Curativo de três pontas em ferimento no a ferida só deve ser totalmente coberta no momento exato em que terminou uma expiração, ou seja, após a saída do ar. ferimentos no abdome Os ferimentos profundos no abdome costumam ser graves, já que algum órgão pode ter sido atingido. Dependendo da perfuração da parede abdominal, partes de algum órgão (intestino, por exemplo) podem vir para o exterior. Nesses casos, não tente de forma alguma colocá-las no lugar. as partes expostas devem ser cobertas Proteção das partes expostas do ferimento. com panos limpos, umedecidos com água e mantidos úmidos. ferimentos nos olhos Nunca cubra os órgãos expostos com materiais aderentes (papel toalha, papel higiênico, que deixam resíduos difíceis de Os olhos são órgãos extremamente sensíveis e, quando feridos, somente remover. um especialista dispõe de recursos para Portanto, cabe ao socorrista apenas adotar cuidados para não ferir ainda mais o olho que estiver sendo tratado. nunca tente retirar do olho um corpo estranho que esteja entranhado ou encravado.</p><p>o socorrista deve procurar cobrir o olho ferido com gaze ou um pano Quando houver ferimento causado por faca, canivete, lasca de madeira, bem limpo. Prenda o curativo com duas tiras de esparadrapo, o que vidro etc. e algum objeto ficar encravado, em princípio ele não deve ser evitará mais irritação. retirado, pois isso pode provocar hemorragia grave ou lesão de nervos e músculos próximos à região afetada. um objeto encravado só deve ser retirado se estiver: nas bochechas, atrapalhando as vias aéreas no tórax, impedindo o socorrista de realizar as compressões para atender a uma parada cardíaca impedindo o socorrista de controlar a hemorragia naquele local em ferimentos com presença de objeto encravado, deve-se: Deixar objeto no lugar. Proteção do olho ferido com gaze. Fazer um curativo volumoso para estabilizar o objeto. Encaminhar imediatamente a vítima a um serviço de emergência. Cubra também o olho não acidentado para evitar, ao máximo, a movimentação do olho atingido. Essa manobra não deve ser feita quando a vítima precisa do olho sadio para se salvar. ferimentos com presença de objeto encravado capítulo 6 entorses, luxações e fraturas Quedas, pancadas e encontrões podem lesar nossos ossos Curativo para estabilizar objeto encravado. e articulações (sistema osteoarticular) e provocar entorses, luxações ou fraturas. Quando o objeto encravado for muito longo, até poderá ser cortado. Lembre-se, no entanto, de não movimentá-lo. Em caso de ferimento por arma de fogo, se houver hemorragia, socorrista deve procurar estancá-la por meio de compressão, e encaminhar a vítima ao pronto-socorro. nunca tente retirar a bala, mesmo que ela esteja localizada superficialmente ou em local de fácil acesso.</p><p>Colocar gelo ou compressas frias no local, antes protegendo a parte entorses afetada com um pano limpo ou uma gaze, para evitar queimaduras na pele. Imobilizar a articulação afetada por meio do enfaixamento, usando ataduras ou A imobilização também pode ser a mesma que Os ossos do esqueleto humano estão unidos uns aos outros pelos se faz no caso de fratura fechada (como você verá adiante). músculos e as superfícies de contato são mantidas por meio dos ligamentos. Quando há um movimento brusco, pode ocorrer estiramento e até ruptura dos ligamentos, o que chamamos de entorse. A vítima de entorse sente dor intensa na articulação afetada, que depois apresenta edema (inchação); se houve rompimento de vasos sanguíneos, a pele da região pode imediatamente apresentar manchas arroxeadas. caso no local afetado apareça mancha escura 24 ou 48 horas após O acidente, Aplicação de gelo no local da entorse, com a pele protegida pode ter havido fratura; procure por um pano. atendimento médico de imediato. As entorses mais comuns são as de punho, de joelho e de pé. no atendimento a qualquer entorse, socorrista deve: Na luxação, as superfícies articulares deixam de se tocar de forma permanente. É comum ocorrer junto com a luxação uma fratura. principais sinais e sintomas de luxação: dor deformação no nível da articulação impossibilidade de movimentos aparecimento de hematoma Imobilização do local da entorse com tiras de pano e talas socorrista deve imobilizar a articulação luxada sem, no entanto, feitas com revistas. tentar colocá-la no lugar. Esse tipo de imobilização também se dá da mesma forma que na fratura fechada. Em seguida será necessário Depois da imobilização, a vítima deve ser encaminhada para encaminhar a vítima para atendimento médico. atendimento médico. É importante lembrar que durante algum tempo ela não deve usar a articulação machucada. A aplicação de gelo ou de compressas frias no local, sempre com a pele protegida, precisa fraturas continuar nos dias seguintes ao acidente. Adotando esses procedimentos, a recuperação acontece, geralmente, em uma semana. Isso se não houver outras complicações, como derrame interno, ruptura de ligamentos ou mesmo fratura. Esse é um tipo de lesão em que ocorre a quebra de um osso. Como nem sempre é fácil identificar uma fratura, o mais recomendável é que as situações de entorse e luxação sejam atendidas como possíveis fraturas. luxações A fratura pode ser fechada (interna) ou aberta (exposta). fratura fechada Ocorre quando não há rompimento da pele.</p><p>sinais e sintomas de fratura: Depois de cobrir o local afetado, procure socorro médico, muito importante nesses casos, pois é necessária a palpação do pulso abaixo da dor intensa fratura. A providência seguinte é a imobilização. deformação do local afetado, se comparado com a parte normal do corpo procedimentos para imobilizar uma fratura: incapacidade ou limitação de movimento edema (inchação) no local afetado Não tente colocar o osso "no lugar". Movimente-o o menos possível cor arroxeada no edema se ocorrer rompimento de vasos e acúmulo e mantenha-o na posição natural, sem causar desconforto para a de sangue sob a pele (hematoma) vítima. crepitação, ou seja, sensação de um ruído provocado pelo atrito Se encontrar resistência no membro fraturado, imobilize-o na entre as partes fraturadas do osso, quando se toca o local afetado posição em que se encontra. Improvise talas com o material disponível no momento (revista, fratura aberta caixa de papelão madeira, galhos de árvore, guarda-chuva, jornal A fratura é aberta ou exposta quando o osso perfura a pele. dobrado etc.). comprimento das talas deve ultrapassar as Nesse caso, proteja o ferimento com gaze ou um pano limpo antes de articulações acima e abaixo do local da fratura e sustentar o qualquer outro procedimento, para impedir o contato de impurezas que membro atingido. favoreçam uma infecção Envolva as talas com panos ou qualquer outro material macio a fim de não ferir a pele. Amarre as talas com tiras de pano em torno do membro fraturado. Não amarre no local da fratura. Proteção do ferimento antes da imobilização. Imobilização de braço mantendo os dedos à Imobilização de braço com fratura Em alguns casos, como na fratura de antebraço, por exemplo, deve-se Para imobilizar uma perna, é necessário utilizar duas talas longas, providenciar uma tipoia. que devem atingir o joelho e o tornozelo, de modo a impedir qualquer movimento dessas articulações. como fazer uma tipoia: Uma vítima com a perna fraturada não deve caminhar. Se for necessário transportá-la, improvise uma maca e solicite a ajuda de Dobre um lenço em triângulo. alguém para carregá-la (veja como fazer isso no capítulo Transporte de Envolva o antebraço da vítima no lenço, prendendo as pontas atrás pessoas acidentadas). do pescoço. Ao imobilizar braços ou pernas, deixe os dedos visíveis, de modo a verificar qualquer alteração. Se estiverem inchados, roxos ou As fraturas de clavícula, omoplata ou braço, bem como lesões nas as tiras que amarram as talas devem ser afrouxadas. articulações do ombro ou do cotovelo, exigem outro tipo de imobilização. para fazer essa imobilização: Coloque o braço da vítima na frente do peito. Sustente o braço com um pano triangular ou uma fralda dobrada, presa atrás da nuca.</p><p>Em torno do tórax, amarre duas ataduras (pode ser também uma fratura de bacia ou de fêmur dor no local, dificuldade para fralda ou, ainda, um pano triangular), para dar maior firmeza. movimentar-se e para ficar em pé se houver suspeita de uma dessas fraturas, socorrista deve: Manter a vítima imóvel e agasalhada. Observar a respiração e verificar o pulso ou os sinais de circulação. Fazer massagem cardíaca e ventilação boca a boca, se considerar necessário. Evitar mexer na posição da vítima e providenciar o rápido transporte para um hospital ou pronto-socorro (veja como fazer isso Imobilização de fratura fechada de clavícula. no capítulo Transporte de pessoas acidentadas), tomando cuidado com freadas bruscas ou buracos, pois isso pode agravar o estado Essa manobra de imobilização pode ser improvisada com a roupa da dela. própria vítima e uma atadura circular. fraturas especiais se houver suspeita de lesão na coluna Há casos que exigem cuidados especiais. São as fraturas de coluna, cervical, é importante que a vítima seja costela, bacia e fêmur. removida deitada e com O pescoço sinais e sintomas de fraturas especiais: imobilizado. fratura de coluna - dor no local, perda de sensibilidade, formiga- Nem sempre é fácil identificar uma fratura. Quando ocorrer um mento e perda de movimento dos membros (braços ou pernas) acidente, após prestar os primeiros socorros, o socorrista deve fratura de costelas respiração difícil, dor a cada movimento encaminhar a vítima ao médico, que pode pedir uma radiografia para respiratório confirmar o diagnóstico. antes e depois de imobilizar, verifique capítulo 7 sempre se há pulso na artéria (essa verificação deve ser feita na vertigens, desmaios e extremidade da parte atingida do convulsões corpo). A sensação de um mal-estar e a impressão de tudo girar em volta pode ser resultado de uma vertigem. Já desmaio caracteriza-se pela perda temporária e repentina da consciência, causada pela diminuição de sangue no No caso de uma convulsão, essa perda da consciência é acompanhada de contrações musculares violentas.</p><p>desmaios vertigens Outro bastante frequente é desmaio, causado pela A vertigem pode ter várias causas, dentre as quais alturas elevadas, diminuição de sangue no cérebro. o desmaio pode ser provocado por mudanças bruscas de pressão ambientes abafados, vários motivos, entre os quais falta de alimentação, fadiga, emoção forte, movimentos giratórios rápidos, mudanças bruscas de posição. grande perda de sangue ou, ainda, permanência em ambientes muito Essa sensação de mal-estar é desagradável e pode manifestar--se por abafados. zumbidos e até por surdez momentânea. É frequente a vertigem vir acompanhada de náuseas. A pessoa acometida de vertigem dificilmente sinais e sintomas de desmaio: perde os sentidos, mantendo-se consciente. fraqueza diante de um quadro de vertigem, socorrista tontura escurecimento da vista deve: suor frio Colocar a vítima deitada de barriga para cima (em decúbito dorsal), palidez mantendo a cabeça sem travesseiro ou qualquer outro apoio. falta de controle muscular Impedir que a vítima faça qualquer movimento brusco, sobretudo Em geral, esse não passa de um acidente leve e passageiro, com a cabeça. mas deve sempre ser atendido. Ele se torna grave quando causado por Afrouxar toda a roupa da vítima para facilitar o restabelecimento da grandes hemorragias, ferimentos e traumatismos na cabeça. circulação sanguínea. Animar a vítima com palavras confortadoras. ao atender uma pessoa com sensação de Em alguns minutos, a própria vítima pode procurar um médico para o desmaio, socorrista deve: devido tratamento, se necessário. Colocar a vítima deitada de barriga para cima, com os pés ligeiramente elevados. Conversar com ela, orientando-a para que respire profunda e Com cuidado e vagarosamente, vire a vítima para o seu lado, posicione a cabeça da vítima de lado, de modo que, se ela vomitar, a Permanecer ao lado da vítima para, em caso de perda da cons- secreção saia facilmente da cavidade oral, impedindo que seja ciência, fazer a avaliação e, se necessário, iniciar a massagem aspirada para os pulmões. (3) cardíaca externa (compressões, como explicado no capítulo Parada Feche a mão livre da vítima e coloque-a sob o queixo ou a bochecha, cardiorrespiratória), e procurar socorro médico. para evitar que a face vire para baixo. (4) A elevação dos pés em vítima de desmaio favorece aumento da circulação cerebral. Enquanto a vítima estiver inconsciente e respirando normalmente, é aconselhável mudá-la para uma posição lateral mais segura. como colocar a vítima em posição lateral: Deite-a de barriga para cima. Coloque-se de um lado da vítima e ajoelhe-se de frente para ela. Flexione a perna da vítima que está mais próxima de você. (1) Pegue a mão da vítima que está desse mesmo lado e coloque--a sob a nádega, com a palma da mão virada para baixo (isso impedirá que ela volte à posição original). (2)</p><p>pessoa que está inconsciente com atitudes tais como jogar água fria, colocá-la de pé ou sacudi-la, dar-lhe tapas no rosto ou oferecer-lhe substâncias para cheirar. convulsões A vítima de crise convulsiva sempre cai e seu corpo fica tenso e retraído. Em seguida, ela começa a debater-se violentamente, pode virar os olhos para cima e apresentar lábios e dedos arroxeados. Em certos casos, pode até babar e urinar. Essas contrações fortes duram de 2 a 4 minutos. Depois disso, os movimentos começam a enfraquecer e a vítima vai se recuperando lentamente. A crise convulsiva pode ter como causa febre muito alta, intoxicações ou, ainda, epilepsia ou lesões cerebrais. providências para atendimento a uma vítima de convulsão: Deitar a vítima no chão e afastar tudo que esteja ao seu redor e Etapas da posição lateral de segurança. possa machucá-la (móveis, objetos, pedras etc.). Retirar prótese dentária, óculos, colares e outros objetos que Nunca deixe uma pessoa que acabou de se recuperar de um desmaio possam se quebrar e machucar ou sufocar a vítima. levantar-se ou andar de súbito, pois o esforço despendido nessas No caso de a vítima ter cerrado os dentes, não tentar abrir sua boca. tentativas poderá causar novo desmaio. Também não tente acordar uma Afrouxar a roupa da vítima e deixar que ela se debata livremente. Colocar um pano debaixo da cabeça da vítima para evitar que ela se machuque. capítulo 8 durante uma crise convulsiva, jamais distúrbios causados impeça os movimentos da vítima e pelo calor tampouco dê a ela qualquer líquido ou medicação pela boca. contato com chamas e substâncias superaquecidas, a exposição excessiva ao sol e mesmo à temperatura ambiente muito elevada provocam reações no organismo A pessoa em crise convulsiva costuma apresentar muita salivação humano que podem se limitar à pele ou afetar funções (com aspecto de baba) e seu estado de inconsciência não permite que ela orgânicas vitais. consiga engolir a saliva. Se isso acontecer, deite-a com a cabeça de lado e fique segurando a cabeça nessa posição. Assim, a saliva escoará com facilidade e a pessoa não ficará sufocada. Seque o excesso da saliva com um pano limpo. nunca deixe de prestar socorro à vítima de uma crise epilética, pois sua saliva não é contagiosa. Após a convulsão, a vítima dorme e esse sono pode durar segundos ou horas. Portanto, cessada a crise, providencie um lugar confortável e deixe-a repousar até que recupere a consciência. Em seguida, encaminhe-a à assistência médica.</p><p>queimaduras 9% 1% Denomina-se queimadura toda e qualquer lesão ocasionada no corpo 18% humano pela ação, curta ou prolongada, de temperaturas extremas. 18% 9% 9% 1% 18% 18% As queimaduras podem ser superficiais ou profundas e classificam-se de acordo com sua gravidade, medida pela relação entre a extensão da área atingida e grau da lesão. A tabela a seguir, que se refere à extensão da área lesada, ajuda o Mais grave do que a de primeiro grau, essa queimadura é aquela que socorrista a avaliar a gravidade de uma queimadura: atinge as camadas um pouco mais profundas da pele. Caracteriza-se pelo surgimento de bolhas, desprendimento das camadas superficiais da pele, ÁREA ATINGIDA EXTENSÃO com formação de feridas avermelhadas e muito dolorosas. É provocada por contato com líquidos ferventes ou objetos muito quentes, cabeça 9% "chamuscamento" por explosões gasolina, gás) e também por períneo ou pescoço 1% contato com substâncias cáusticas (ácidos, removedores, detergentes, tintas etc.). tórax abdome 18% costas região lombar 18% terceiro grau cada braço 9% É aquela em que todas as camadas da pele são atingidas, podendo ainda alcançar músculos e ossos. Essas queimaduras apresentam--se secas, cada perna 18% esbranquiçadas ou de aspecto carbonizado, fazendo com que a pele se assemelhe ao couro, diferentemente do que acontece nas queimaduras São consideradas grandes queimaduras aquelas que atingem mais de de primeiro e segundo graus. 15% do corpo, no caso de adultos, e mais de 10% do corpo, no caso de Esse tipo de queimadura não produz dor intensa, pois provoca a crianças de até 10 anos. destruição de terminações nervosas que transmitem sensação de dor. Quanto ao grau da lesão, as queimaduras classificam-se em: Em geral, a queimadura de terceiro grau é causada por contato direto com chamas, líquidos inflamáveis ou eletricidade. É grave e representa primeiro grau sérios riscos para a vítima, sobretudo se atingir grande extensão do É a mais comum e, de um modo geral, deixa a pele avermelhada, além de corpo. provocar ardor e ressecamento. Trata-se de um tipo de queimadura Para socorrer vítimas de queimaduras, seja de primeiro, segundo ou causado quase sempre por exposição prolongada à luz solar ou por terceiro graus, deve-se resfriar com água o local atingido e protegê-lo contato breve com líquidos ferventes. com um pano limpo, enquanto se providencia atendimento médico. Esse atendimento médico pode ser dispensado apenas no caso de segundo grau queimaduras de primeiro grau em que a área lesada não seja muito extensa.</p><p>Existem algumas situações específicas de queimaduras que exigem queimaduras nos olhos cuidados outros, além dos já vistos. Vamos a elas. Se os olhos da vítima tiverem sido afetados por substância química (ácidos, cal, gasolina etc.), o socorrista deve lavá-los de imediato; do queimaduras provocadas por substâncias contrário, a visão poderá ser seriamente afetada ideal é fazer a químicas lavagem direto na torneira. Caso não seja possível, usa-se então uma Se a substância for líquida (ácidos, removedores, tintas etc.), o socorrista garrafa, mangueira etc. Se apenas um olho foi atingido, é preciso tomar deve lavar o local afetado com bastante água, para retirar todo e qualquer cuidado para não prejudicar o outro olho. resíduo do produto. Só então irá proteger as feridas com gaze ou um Depois da lavagem, o socorrista deve cobrir o local afetado com um pano limpo. curativo de gaze ou um pano limpo e encaminhar rapidamente a vítima Se a substância for sólida (geralmente em pó), antes de lavar o local para atendimento médico. onde ocorreu a queimadura e protegê-lo, é preciso retirar, com um pano limpo, todo e qualquer resíduo do produto. o olho atingido por substância química deve ser lavado com bastante água. Existem ainda casos em que os olhos sofrem queimaduras causadas por irradiações, fachos de luz intensos ou luz artificial. Essa lesão ocorre, por exemplo, com quem trabalha com solda elétrica e não usa equipamento de proteção. Apesar de ser uma queimadura que se Retirada da substância sólida antes de lavar o local afetado. manifesta somente pela ardência e irritação dos olhos (como se eles contivessem grãos de areia), trata-se de um caso sério, pois pode até outros sinais e sintomas de insolação: levar à cegueira. A providência mais indicada, portanto, é encaminhar a vítima a um especialista. tontura Veja agora outros conselhos úteis para quem vai prestar atendimento enjoo a vítimas de queimaduras: dor de cabeça pele seca e quente precisam ser avaliadas por um médico tanto as queimaduras na rosto avermelhado face, que são sempre graves, quanto as circulares aquelas que febre alta acontecem no pescoço, articulações ou tórax. Estas podem causar pulso rápido e respiração difícil garroteamento, isto é, a compressão da área afetada, trazendo outras complicações Não é comum esses sinais aparecerem todos ao mesmo tempo. Aliás, as áreas queimadas jamais devem ser tratadas com gelo, pois isso em geral observam-se apenas alguns deles. pode causar uma geladura (queimadura provocada por gelo) se a vítima estiver usando anéis, relógio, cordões etc. e a queima- como lidar com casos de insolação, enquanto dura se localizar próximo a esses objetos, eles devem ser retirados se aguarda atendimento médico: imediatamente, antes que a área afetada comece a inchar não se deve aplicar remédio ou qualquer outra substância sobre a Colocar a vítima na sombra. queimadura. Tampouco se deve furar as bolhas ou tocar na parte Aplicar compressas frias sobre sua cabeça. queimada, pois isso pode causar uma infecção Envolver seu corpo em toalhas molhadas com água fria, para baixar a temperatura. Dar-lhe água para beber, caso esteja consciente. insolação ideal é deixar que a temperatura vá diminuindo bem lentamente, para não ocorrer um colapso, próprio de quedas bruscas de temperatura. Enfermidade provocada pela exposição excessiva ao sol, podendo se manifestar subitamente, quando a pessoa cai desacordada, mantendo presentes, porém, a pulsação e a respiração.</p><p>respiração superficial palidez ou tonalidade azulada no rosto temperatura corporal elevada pele úmida e fria diminuição da pressão arterial nos casos de intermação, socorrista deve: Retirar a vítima do ambiente fechado e levá-la para um local mais Compressas frias em contato direto com a pele ajudam a fresco arejado. baixar a temperatura corporal. Deitar a vítima com a cabeça mais baixa que resto do corpo. Retirar-lhe as roupas e envolver o corpo em lençol úmido. Encaminhá-la imediatamente para atendimento médico. intermação Para evitar intermação, as pessoas que trabalham em lugares quentes e fechados não devem permanecer por longos períodos no ambiente e Enfermidade provocada pela ação do calor em ambientes com precisam ingerir muito líquido e alimentos que contenham sal. temperatura muito alta, locais onde estejam em funcionamento fornos, Você viu que um dos sinais de intermação é a temperatura corporal elevada. Saiba agora um pouco mais sobre o assunto. caldeiras, forjas, fundições etc. A intermação acarreta uma série de alterações no organismo, com graves consequências para a saúde da vítima. temperatura corporal Trata-se do grau de calor do corpo. A temperatura normal do corpo é a sinais e sintomas de intermação: que fica entre 36,2°C e 37°C. Quando a temperatura de uma pessoa ultrapassa os 37°C, diz-se que ela está com febre. Esse fato, por si só, não cansaço constitui uma moléstia, mas pode ser sinal de alguma doença. náuseas calafrios são sinais e sintomas de febre: sensação de frio mal-estar geral capítulo 9 respiração rápida rubor facial choques elétricos sede olhos brilhantes e lacrimejantes pele quente A cada dia que passa, são mais máquinas, aparelhos e equipamentos elétricos a nos cercar. Por isso as ao lidar com uma pessoa com temperatura ocorrências de choques elétricos se tornam mais corporal elevada, deve-se: frequentes. Em casos de alta voltagem, os choques podem ser fortes e provocar queimaduras graves, às vezes levando Retirar qualquer tipo de agasalho, deixando apenas uma roupa leve, até à morte. Aqueles causados por correntes elétricas até que a temperatura volte ao normal. residenciais, apesar de apresentarem riscos menores, Dar-lhe bastante líquido para beber. também merecem atenção e Pôr panos molhados com água gelada sobre a testa, nas axilas e nas virilhas, e manter as compressas frias até que a febre ceda. Havendo condições, dar um banho prolongado, de banheira, chuveiro ou mesmo de bacia, com água na temperatura ambiente, abaixo da temperatura da pessoa com febre. A febre muito alta e persistente, se não for controlada, torna-se perigosa, podendo provocar delírios e Para prestar informações mais detalhadas ao médico, é importante saber quando a febre começou, quanto tempo durou e como cedeu.</p><p>Em um acidente que envolva eletricidade, a rapidez no atendimento é local exato onde aconteceu o acidente. Procedendo dessa maneira, você fundamental. A vítima de choque elétrico às vezes apresenta no corpo certamente poderá evitar novos acidentes. queimaduras nos lugares percorridos pela corrente elétrica. Além disso, pode sofrer arritmias cardíacas se a corrente elétrica passar pelo coração. não deixe que ninguém se aproxime da Muitas vezes a pessoa que leva um choque fica presa à corrente vítima, nem tente ajudá-la antes de a elétrica e isso pode ser fatal. Se o socorrista tocar na pessoa, a corrente corrente elétrica ser desligada (a irá atingi-lo também. Por isso, antes de tudo, é necessário desligar aparelho, tirando o fio da tomada, ou mesmo desligar a chave geral. distância mínima a ser mantida é de quatro metros); só depois disso é que procedimentos para atender à vítima de você deverá prestar socorro. choque elétrico: Deite a vítima e flexione a cabeça dela para trás, de modo a facilitar Para prevenir acidentes com eletricidade, alguns conselhos úteis para a respiração. todos: Se constatar parada cardiorrespiratória, aja imediatamente, aplicando massagem cardíaca. tenha o máximo cuidado quando trabalhar perto de rede ou de Caso esteja respirando normalmente e com batimentos cardíacos, chaves elétricas de alta tensão verifique se ocorreu alguma queimadura, cuidando delas de acordo não mexa em fio caído no solo e que ainda esteja preso à rede com o grau de extensão que tenham atingido (veja como agir no elétrica capítulo Distúrbios causados pelo calor). Depois de prestar os não empine pipas junto a fios de eletricidade primeiros socorros, providencie assistência médica imediata. mantenha a instalação e os equipamentos elétricos residenciais em condições adequadas de funcionamento, usando apenas material As correntes de alta tensão se localizam, por exemplo, nos cabos recomendado e de boa qualidade elétricos que vemos nas ruas. E quando esses cabos provocam algum contrate somente profissionais qualificados para fazer as revisões choque, só a central elétrica pode desligá-los. Nesses casos, procure um periódicas das instalações elétricas e quando algum reparo for telefone e chame a central elétrica, os bombeiros ou a polícia. Indique o necessário nunca improvise em eletricidade, mesmo em situações de emergência capítulo 10 ligue sempre o fio-terra em todo e qualquer equipamento elétrico, portátil ou fixo afogamentos não toque em aparelhos elétricos se estiver com a roupa ou o corpo molhados mantenha os aparelhos elétricos longe do alcance das crianças Afogar-se não é um risco apenas para quem não sabe se estiver no escuro e tiver que trocar fusíveis ou desligar a chave nadar. Muitas vezes até um bom nadador se vê em apuros geral de eletricidade, use lanterna ou velas para iluminar por algum imprevisto: uma câimbra, um mau jeito, uma onda mais forte. Também inundações e enchentes provocadas por tempestades podem fazer vítimas de afogamento Desligar a chave geral de eletricidade evita lesões maiores e permite que a vítima seja socorrida.</p><p>Ninguém deve se atirar na água ao primeiro grito de socorro que ouvir. o No caso de a vítima estar em parada cardiorrespiratória PCR (veja salvamento de pessoas que se afogam deve ser feito por pessoas o capítulo Parada cardiorrespiratória), iniciar a massagem cardíaca treinadas. Portanto, se você presenciar uma cena de afogamento, a por cerca de 2 minutos e observar a possível primeira providência é pedir ajuda aos guarda-vidas ou mesmo ao Corpo Não tentar retirar água dos pulmões ou do estômago da vítima, de Bombeiros. tampouco provocar Se isso ocorrer de forma natural, Se você souber nadar bem e julgar que tem condições de socorrer a colocar a vítima de lado para que ela não aspire o vômito para os vítima, aí vão alguns conselhos úteis, anteriores ao salvamento pulmões. propriamente dito: Manter a vítima aquecida e encaminhá-la para avaliação médica. Ao movimentar ou transportar a vítima, cercar-se de todo o observe o estado da vítima (ela está imóvel ou se debate?) e da água cuidado, imobilizando-a em tábua longa, pois ela pode ter sofrido (está muito agitada, tem correnteza?) algum traumatismo na coluna antes do afogamento. existem materiais que ajudam a retirar a vítima da dependendo do estado em que ela se encontre (aqueles nos quais ela pode se agarrar, como remos e cordas; e os que lhe permitem flutuar até a chegada do salvamento, como boias e pranchas) o ideal é que o salvamento seja feito por dois socorristas: enquanto um conversa com a vítima, tentando acalmá-la, o outro se aproxima por trás e lhe dá apoio ou a segura, ajudando a retirá-la da água. Esse procedimento evita que o afogado se agarre a um único socorrista, tornando difícil e perigoso o salvamento. após retirar a vítima da água, é Solicitar que alguém chame socorro médico. Posicionar a vítima deitada de costas, paralelamente ao mar, de modo que a cabeça fique alinhada com o tórax. Avaliar as vias aéreas e os movimentos respiratórios. capítulo 11 olhos corpos estranhos no organismo Os olhos são órgãos muito delicados e, quando atingidos por poeira, areia, insetos ou outros pequenos corpos estranhos, podem sofrer irritação, inflamação e ferimentos mais graves, levando às vezes à perda Um cisco no olho, uma farpa no dedo, um inseto dentro do de visão. Mesmo pequenos cortes ou arranhões infeccionam e uma espinha de peixe entalada na garganta, um prejudicam a visão se não forem bem cuidados. São frequentes também corpo estranho no nariz À primeira vista, são situações os acidentes causados por brinquedos ou que lancem corriqueiras e de fácil solução, que às vezes socorrista projéteis, como, por exemplo, espingardas de chumbinho, atiradeiras e ou a própria vítima pode resolver. Outras vezes, porém, arco flecha. podem provocar problemas sérios, exigindo atendimento especializado se algum corpo estranho ficar encravado no globo ocular, não tente retirá-lo. procedimentos que socorrista deve adotar: Lavar o olho atingido com água em abundância. Protegê-lo com gaze ou um pano limpo (de preferência um curativo macio), mesmo que o corpo estranho lá permaneça. Cobrir também o olho não atingido para evitar qualquer movimento do olho afetado. Encaminhar imediatamente a pessoa para socorro médico.</p><p>cubra-o com gaze ou um pano limpo. Se o objeto encravado estiver difícil de retirar, encaminhe a vítima ao pronto-socorro. Um fato bastante comum, principalmente com as pessoas que costumam pescar, é ter a pele fisgada por um anzol. Nesse caso, não tente retirá-lo puxando-o pelo orifício por onde entrou, pois isso pode aumentar o ferimento. procedimentos para a retirada do anzol: Curativo nos dois olhos, para evitar movimento do olho Empurre mais o anzol, até a sua fisga sair da pele. (1) afetado. Em seguida, corte a ponta do anzol, de preferência com um alicate. (2) não permita, de forma alguma, que a Só então puxe o anzol, pelo orifício por onde ele entrou. (3) vítima esfregue olho afetado, já que Depois, lave o ferimento com água e sabão, e cubra-o com gaze ou um esse movimento pode aumentar pano limpo. ferimento. pele Corpos estranhos encravados na pele provocam ferimentos que podem levar a infecções. Se for algo como uma farpa de madeira, por exemplo, e estando sua ponta para fora da pele, tente retirá-la com uma pinça limpa, que tenha sido desinfetada. Depois, lave o ferimento com água e sabão, e ouvido A presença de um corpo estranho no ouvido, em geral, não caracteriza um problema de urgência. Se o objeto introduzido estiver obstruindo totalmente o ouvido, a vítima sentirá um certo mal-estar por escutar menos. A ida ao médico é necessária, mas pode ser providenciada com calma. Quando o corpo estranho no ouvido é um inseto, o ruído que provoca pode gerar um estado de irritabilidade ou inquietação na vítima. Nesse caso, é preciso agir rápido, para aliviá-la dessa sensação ruim. como retirar um inseto do ouvido: Puxe a orelha da vítima para trás e dirija um facho de luz (uma lanterna, por exemplo) para o canal auditivo. Isso serve para atrair o inseto quando ele está se Caso o inseto permaneça no ouvido, pingue em torno de 3 a 5 gotas de álcool e observe. Se o inseto continuar reagindo, procure atendimento médico para que possa ser realizada a lavagem do ouvido e a consequente retirada do inseto. como retirar grãos de cereais ou fragmentos metálicos do ouvido: Etapas da retirada de anzol do dedo.</p><p>Incline a cabeça da vítima para baixo e para o lado do ouvido É muito comum crianças pequenas introduzirem corpos estranhos no atingido. nariz. Se a pequena vítima não souber sozinha, o socorrista deve Com o punho, ou ela ou você devem dar leves toques na cabeça, no encaminhar a criança ao pronto-socorro imediatamente, pois o objeto lado do ouvido afetado pelo corpo pode estar prejudicando a respiração. não tente retirar corpo estranho do jamais introduza qualquer instrumento ouvido com cotonete, pinça ou outro na narina atingida na tentativa de retirar instrumento qualquer, pois há risco de corpo estranho, pois isso pode empurrá-lo ainda mais para dentro, empurrá-lo ainda mais para dentro. que pode afetar tímpano e provocar até surdez. garganta nariz Um corpo estranho localizado na garganta pode provocar obstrução completa ou incompleta das vias Na obstrução incompleta, o an continua passando pelas cordas vocais se corpo estranho estiver no nariz, deve-se: e a vítima consegue emitir sons e tossir. Já na obstrução completa, o an deixa de passar pelas cordas vocais e a vítima, além de não emitir Fazer com que a vítima mantenha a boca fechada. qualquer tipo de som, apresenta uma coloração arroxeada. Em qualquer Comprimir a narina que está livre. das duas situações, a primeira providência do socorrista é acalmar a Pedir à vítima que tente expelir o ar pela narina obstruída. Esse vítima, para que ele possa proceder da forma mais eficaz. movimento não deve ser feito com muita força, para não ferir a cavidade nasal. como agir em casos de obstrução incompleta das vias aéreas: Encorajar a vítima a tossir para expelir o corpo estranho, sem, no entanto, bater em suas costas. Encaminhá-la para atendimento médico, caso a medida adotada não surta efeito. no atendimento a uma pessoa (consciente) com obstrução completa das vias aéreas, deve-se: Abraçar a vítima pelas suas mãos acima do umbigo dela. Realizar compressões para dentro e para cima do abdome da observando se ela expele o corpo estranho. Compressões no abdome ajudam a vítima a expelir o objeto que obstrui as vias É importante saber que se a vítima for uma gestante ou uma pessoa obesa, as compressões devem ser feitas no no mesmo local da massagem cardíaca (o osso esterno, na linha entre os mamilos). Se a manobra das compressões não der resultado, provavelmente a vítima perderá a consciência, pela falta de oxigênio no cérebro.</p><p>se a vítima ficar inconsciente, será necessário: Acionar socorro médico Deitar a vítima no chão. Posicionar as mãos sobre o umbigo dela e realizar cinco com- pressões no abdome, para dentro e para cima, tentando expulsar o corpo estranho. Logo após a quinta compressão, abrir a boca da vítima e tentar visualizar o corpo estranho. Se conseguir vê-lo, procurar retirá-lo, passando o dedo indicador (protegido) pela lateral do objeto e puxando-o de trás para a frente. Retirada do objeto que obstrui as vias aéreas de vítima Retirado o objeto, fazer duas respirações artificiais (ventilação boca inconsciente. a boca), não esquecendo do dispositivo de barreira. Se o tórax se expandir, é sinal de que houve a desobstrução. Mesmo após a expulsão do corpo estranho, a vítima pode continuar Se tórax não se expandir é porque ainda existe parte do corpo inconsciente. Nesse caso, o socorrista deve iniciar imediatamente as estranho obstruindo as vias Nesse caso, será necessário compressões torácicas (veja o capítulo Parada cardiorrespiratória). reiniciar as compressões abdominais. para desobstruir as vias aéreas de um bebê, socorrista deve: Sentar-se e apoiar o braço direito sobre a perna direita ou o braço esquerdo sobre a perna esquerda Colocar o bebê sobre o braço apoiado, de barriga para baixo e ligeiramente inclinado. Com a mão, manter a boca do bebê aberta, para desobstruir as vias Dar cinco palmadas nas costas do bebê, no sentido do chão. (1) Se a manobra não surtir efeito, virar o bebê de barriga para cima, nunca se deve introduzir dedo na apoiado no outro braço, mantê-lo ligeiramente inclinado e fazer cinco compressões no tórax, usando apenas dois dedos, na mesma boca de uma vítima consciente quando região da massagem cardíaca externa. (2) O corpo estranho não estiver visível. Verificar se há algum corpo estranho na boca do bebê e proceder da mesma forma que com um adulto. Providenciar socorro médico ou remoção realizando a manobra de reanimação durante o transporte. Etapas da desobstrução das vias aéreas de um bebê.</p><p>A gravidade do envenenamento depende da idade e da suscetibilidade do capítulo 12 indivíduo, bem como da quantidade, do tipo, grau de toxicidade e via de ingestão da substância. intoxicações Em geral, veneno destrói ou pelo menos prejudica o lugar por onde passa ou se instala. Pode irritar os olhos, pulmões, a pele e também causar danos em todo o organismo, quando vai para o sangue. Hoje em dia é cada vez maior a variedade de substâncias A substância tóxica pode penetrar por qualquer via. As mais comuns, tóxicas à nossa volta. Desde os desinfetantes por ordem de frequência, são a boca, o nariz e a pele. (principalmente a água sanitária), inseticidas, tintas tão tratamento adequado a ser aplicado depende do tipo de veneno e da comuns em casa - até as drogas, como o a reação da vítima, mas nem sempre é possível identificar o que causou o maconha ou a cocaína A ingestão, inalação ou a simples problema. Às vezes, a pessoa ignora sua exposição à substância tóxica, exposição a essas substâncias pode resultar em ou fica impossibilitada de se comunicar por já se encontrar inconsciente. intoxicação ou envenenamento, provocando doenças Quando a vítima puder se comunicar, é importante que conte que graves ou mesmo levando à morte em poucas horas, caso a aconteceu, há quanto tempo e, se souber, a substância causadora da vítima não seja socorrida em tempo hábil. intoxicação. Também se deve perguntar se ela já tomou alguma providência e qual. Essas informações vão ajudar muito a quem estiver atendendo a vítima, pois o tratamento visa eliminar a substância tóxica, neutralizar sua ação e combater seus efeitos. intoxicação por alimentos Mesmo os alimentos que são consumidos diariamente podem provocar intoxicação, se estiverem deteriorados por terem sido guardados fora da geladeira, por exemplo ou poluídos por substâncias químicas é o caso dos frutos do mar e também das verduras e frutas que são cultivadas com muito inseticida. são sinais e sintomas de intoxicação alimentar: enjoo vômito Material usado na preparação do soro caseiro. diarreia suor abundante (sudorese) palidez preparar O soro caseiro é muito febre simples, mas para que ele seja eficaz é dor no abdome por irritação gástrica ou por cólica intestinal importante usar a colher-medida oficial, nesse tipo de intoxicação, socorrista deve: distribuída gratuitamente nos Postos Manter a vítima deitada após o vômito. de Saúde ou na Pastoral da Criança de Não dar remédio para interromper a diarreia. cada município. Procurar orientação médica. Iniciar o mais rápido possível a reidratação, com o soro caseiro. São muitas as providências que auxiliam a prevenir a intoxicação alimentar. Veja algumas delas: como preparar O soro caseiro: só consumir produtos cujo rótulo contenha tanto registro do órgão Misturar, em um copo (200 ml) com água filtrada ou fervida, uma fiscalizador quanto o prazo de validade medida (parte menor) rasa de sal e uma medida (parte maior) rasa conservar alimentos cozidos, de um dia para o outro, na geladeira de açúcar. desprezar latas amassadas, enferrujadas, estufadas ou que apresentem espuma ou vazamento</p><p>só comprar e consumir carnes vermelhas ou brancas e frutos do mar ostras, mexilhões) que estejam frescos, e cuja dificuldade respiratória origem seja conhecida parada cardiorrespiratória Havendo suspeita de intoxicação medicamentosa (confirmada pelas informações da vítima ou de pessoas que estejam próximas, pelos sinais intoxicação por medicamento e sintomas ou pela presença de medicamentos nas proximidades da cena), independentemente da causa, providencie assistência médica imediata. Esse tipo de intoxicação pode ocorrer quando alguém ingere quantidade excessiva de um medicamento, mistura vários medicamentos ou até procedimentos a adotar enquanto se aguarda quando toma remédios fora do prazo de validade. O atendimento especializado: Os sinais e sintomas variam conforme o tipo de medicamento e a via de penetração (boca, injeção no músculo ou na veia, pele etc.), a Manter a vítima aquecida. quantidade ingerida e a sensibilidade de cada organismo. É importante Observar o ritmo da respiração, identificando algum problema, saber que um medicamento injetado age no organismo de forma muito realizar os procedimentos necessários (veja capítulo Parada mais rápida do que um medicamento ingerido. cardiorrespiratória). Sempre que possível, levar para médico a embalagem ou nome de um modo geral, são estes sinais e do medicamento que causou a intoxicação e informações, mesmo sintomas: que aproximadas, sobre a quantidade ingerida. azia As intoxicações por via medicamentosa também podem ser náuseas e vômitos prevenidas por meio de várias medidas. Veja algumas delas: diarreia apenas usar medicamentos se houver orientação médica e jamais sonolência indicá-los para alguém só porque eles surtiram efeito em você ou sensação de fraqueza em algum conhecido suor guardar os remédios em locais fora do alcance das crianças palidez manter os remédios sempre nas suas embalagens, preservando o organismo e atendimento médico precisa ser providenciado com rótulo e observando tanto o prazo de validade quanto as condições urgência. ideais de armazenamento procedimentos a adotar em vítimas inconscientes: intoxicação por substâncias Eliminar da boca da vítima os restos de vômito e de alimentos, químicas retirando também a prótese dentária (se houver), de modo que ela não sufoque. Deixar a vítima em repouso e agasalhada até a chegada do socorro A intoxicação por substâncias químicas pode ocorrer por ingestão (via médico. oral), inalação (via respiratória) e pelo contato direto com a pele. Algumas sugestões para evitar esse tipo de intoxicação: ingestão manter venenos, ácidos, tintas e outras substâncias tóxicas nas embalagens originais e, quando for necessário mudar de frasco, sinais e sintomas de ingestão: providenciar rótulos que identifiquem os produtos guardar sempre as substâncias tóxicas longe do alcance das respiração ou hálito com cheiro de veneno ou tóxico crianças mudança de cor dos lábios (que podem ficar descorados e, em uma fase mais tardia, apresentar um tom azul-escuro causado por falta inalação de oxigenação) dor ou sensação de ardência na garganta e no estômago sinais e sintomas de inalação: inconsciência, perturbação mental ou mal-estar súbito vômito dor de cabeça sonolência A suspeita é reforçada quando existe a possibilidade de a pessoa ter enjoo tido acesso a venenos ou quando forem encontrados frascos de veneno fraqueza muscular no local. socorrista deve agir antes que o veneno seja absorvido pelo</p><p>respiração difícil não deixar o carro ligado em ambiente fechado (nos casos graves) mudança da cor da pele (nos casos graves) contato direto com a pele Há substâncias que penetram no nosso organismo através da pele: nesse tipo de intoxicação, O socorrista deve: inseticidas usados na lavoura, tintas e vários outros produtos químicos. Em contato com a pele, algumas dessas substâncias são absorvidas sem Afastar imediatamente a vítima do ambiente contaminado e levá-la provocar lesões aparentes. Outras, no entanto, podem causar para um local arejado. queimaduras. Observar o ritmo de sua respiração, adotando os procedimentos adequados caso haja necessidade (veja o capítulo Parada cardiorrespiratória). no caso de queimaduras, O socorrista deve: Manter a vítima quieta e agasalhada. Retirar da vítima as roupas contaminadas pela substância e colocá- Encaminhá-la imediatamente para atendimento médico. las em um saco, identificando-o como material contaminado. Lavar a pele da vítima com bastante água (de chuveiro, torneira ou nesse tipo de atendimento, O socorrista mangueira). Encaminhar a vítima ao médico. deve tomar cuidado para não se transformar também em vítima, expondo-se ao mesmo veneno. intoxicação por plantas venenosas Os casos de intoxicação por inalação podem ser evitados se forem tomados alguns cuidados: Existem plantas que não devem ser cultivadas em casa. A seiva que fechar registro de gás após o uso escorre do caule da hera, comigo-ninguém-pode, sumagre, carvalho, ao utilizar substâncias tóxicas (querosene, produtos de limpeza dedo-do-diabo, espirradeira, por exemplo, pode ser venenosa. A alergia a etc.), abrir portas e janelas para deixar sair o cheiro do veneno uma delas indica que a pessoa é sensível a todas as demais e, geralmente, a reação alérgica agrava-se a cada nova exposição a uma sinais e sintomas de envenenamento por dessas plantas. plantas: inchação no local salivação abundante dificuldade e dor ao engolir vômito pele quente, seca e avermelhada pulso rápido e fraco vista embaçada pupila (menina dos olhos) reduzida olhos e boca secos comportamento alterado convulsões (eventualmente) inconsciência (eventualmente) Se por acaso a vítima tiver ingerido uma dessas plantas, não force vômito; ele deve ocorrer espontaneamente. Leve a vítima ao pronto- Hera (1), comigo-ninguém-pode (2), dedo-do-diabo (3), espirradeira (4). socorro e, se possível, procure saber qual foi o agente da intoxicação. A pessoa não precisa necessariamente tocar nas plantas. contato indireto com a seiva, através da roupa ou até mesmo através do pelo de nunca dê bebida alcoólica à vítima de um animal que nela tenha se encostado, pode causar reação na vítima. Algumas pessoas são imunes à seiva dessas plantas. Mesmo assim, intoxicação provocada por plantas após elas também devem lavar as mãos com água quente e venenosas. sabão, para evitar a disseminação da seiva para uma pessoa alérgica. intoxicação por drogas</p><p>Em caso de agitação, conter a vítima, para evitar que ela machuque a si mesma ou quem estiver próximo. consumo de drogas maconha, cocaína etc.) vem aumentando Se a vítima estiver inconsciente, iniciar compressões torácicas (veja significativamente a cada dia, por mais que se comprovem os malefícios o capítulo Parada cardiorrespiratória). por elas causados. As reações ao uso variam conforme o tipo de droga e a quantidade consumida, considerando-se também o estado geral de cada usuário. jamais dê líquidos, alimentos ou De todas, o álcool é a droga mais consumida. E seus efeitos podem se qualquer medicamento a uma vítima de tornar muito mais graves quando o seu uso for combinado ao de outras drogas. De um modo geral, as reações se qualquer que seja uso excessivo de drogas, sem o tipo de droga consumido. orientação médica. principais sinais e sintomas do uso excessivo de drogas: agitação motora ou alucinações respiração acelerada (podendo evoluir para respiração lenta) batimentos cardíacos acelerados (que podem se tornar lentos) salivação excessiva suor abundante no tratamento de emergência, socorrista deve: Providenciar atendimento médico de imediato. Observar nível de consciência, ficando atento para o fato de a vítima se mostrar desorientada e com alucinações. É muito importante tomar certos cuidados com os animais, sejam eles capítulo 13 domésticos (gato, cachorro) ou Com os então, a atenção deve ser redobrada. intoxicações Animais ou venenosos são todos aqueles que expelem substâncias tóxicas (venenos) e que têm órgãos específicos para sua inoculação. Entre os mais importantes, pelo número de acidentes As picadas dos animais peçonhentos podem provocar que provocam, são as serpentes (cobras), os escorpiões e as intoxicação ou envenenamento Mas também os animais que partilham convívio doméstico às vezes apresentam diversos riscos para homem. gatos e cachorros A raiva (hidrofobia) é o maior risco que a mordida de um animal pode trazer, e os animais domésticos, como gato e cachorro, são os que mais contaminam o homem. A transmissão ocorre através da própria mordida ou por meio de arranhão combinado com lambedura de animal com hidrofobia. pode-se reconhecer um animal raivoso quando ele: mostra alteração no comportamento apresenta boca espumante com baba fica impossibilitado de comer e de repele a claridade morre no período de cinco a sete dias após ter contraído a doença</p><p>principais sinais e sintomas da pessoa serpentes contaminada: dor de cabeça febre As serpentes são classificadas em venenosas e não venenosas. A picada mal-estar geral das não venenosas não provoca manifestações gerais, mas pode causar dor e dificuldade para engolir alterações locais, como dor moderada e, eventualmente, discreta intolerância ao vento e à luz inchação. Já a picada de uma cobra venenosa pode levar a vítima à convulsão e paralisia respiratória (em situações graves) morte, caso não sejam tomadas providências de imediato. Por isso é tão importante que todos aqueles que circulam por locais sujeitos à aparição Caso um animal com suspeita de raiva morda uma pessoa, ele não de cobras tenham informações suficientes que permitam identificá-las. deve ser sacrificado; deve, sim, ser confinado e observado por dez dias. As cobras venenosas distinguem-se das não venenosas por vários Se nesse período não manifestar sinais da doença, pode ser solto. E a fatores. Um deles tem a ver com o comportamento: enquanto as pessoa mordida por ele pode ficar tranquila, pois não corre perigo. Mas venenosas ficam agressivas e tomam posição para dar o bote na presença se animal apresentar algum sinal indicativo de hidrofobia, fugir ou de outro animal (ou pessoa), as não venenosas tornam-se medrosas e morrer, a vítima tem que ser tratada o mais rápido possível. fogem. quadro a seguir apresenta as principais características físicas que O tratamento de emergência consiste em: diferenciam umas das outras. Lavar o ferimento com bastante água e sabão. COBRA VENENOSA COBRA NÃO VENENOSA Encaminhar a vítima para o posto de saúde mais próximo. Lá serão tomadas as providências para obter e aplicar a vacina e o soro, Cauda curta grossa, com afinamento Cauda longa, com afinamento quando indicados. brusco progressivo. animais domésticos devem ser vacinados anualmente. As cobras venenosas mais comuns dividem-se em quatro grupos. É A cabeça se destaca bem do corpo, tem A cabeça é o prolongamento do importante conhecer também suas características, pois o atendimento à forma triangular e as escamas são corpo, tem forma oval as escamas vítima vai depender do tipo de cobra que a picou e dos sinais e sintomas semelhantes às do corpo são mais alargadas e diferentes das que apresenta. do corpo. botrópico (bothrops) grupo Fazem parte desse grupo as cobras caiçaca, jararaca, jararaca-de-barriga-preta (ou cotiara), jararaca-pintada (ou boca-de-sapo), Apresenta um par de dentes em forma de Os dentes são do mesmo tamanho e jararacuçu e urutu (ou rabo-de-porco). agulha, inclusive com a presença de bolsa seu formato é regular. para veneno. características Geralmente têm mais de um metro de comprimento. A jararaca é a principal res- bolsa para ponsável por grande número de acidentes, pois existe em abundância em todo o veneno País e vive em lugares onde é comum a presença humana, especialmente nos locais úmidos. A fosseta loreal se localiza entre os olhos e Não tem fosseta loreal. sinais e sintomas da vítima a narina (a única cobra venenosa brasileira que não tem fosseta loreal é coral reações locais: dor persistente, que vai aumentando; inchação e vermelhidão verdadeira). no local da picada; arroxeamento, podendo aparecer bolhas, abscessos ou necrose de tecidos face: normal sangue: incoagulável (nos casos graves)</p><p>sensação de formigamento face: pálpebras superiores caídas ou semicerradas (neurotóxica); diminuição ou perda da visão corpo: podem ocorrer dores musculares, particularmente na região da nuca urina: diminuição do volume; coloração escura (em casos graves) Foto: Anibal R.Melgarejo / Instituto Vital Brazil crotálico (crotalus) grupo A mais conhecida desse grupo é a cobra cascavel (ou boicininga). Foto: Anibal R.Melgarejo / Instituto Vital Brazil características A cascavel pode alcançar mais de um metro de comprimento. Tem um chocalho na elapídico (micurus) ponta da cauda e é encontrada em todo o Brasil, com exceção da Floresta grupo sinais e sintomas da vítima A mais conhecida desse grupo é a coral verdadeira. reações locais: a dor no local da picada é pouco comum e pouco intensa; a características região afetada permanece normal ou mostra pequeno aumento de volume e Tem entre 70 cm e 80 cm de comprimento e é encontrada em todo o Brasil, sendo sinais e sintomas da vítima responsável por 1% dos casos registrados no País. Seu veneno é muito potente e reações locais: dor persistente, que vai aumentando; inchação e vermelhidão tem ação bastante rápida. no local da picada; arroxeamento, podendo aparecer bolhas, abscessos ou reações locais: em geral, não há dor ou outra reação no local da picada; necrose de tecidos apenas sensação de adormecimento, que se difunde para a raiz do membro face: normal atingido sangue: incoagulável (nos casos graves) face: pálpebras superiores caídas ou semicerradas (neurotóxica); salivação grossa; dificuldade para engolir e, às vezes, também para falar Foto: Anibal R.Melgarejo / Instituto Vital Brazil Foto: Anibal R.Melgarejo / Instituto Vital Brazil laquético (lachesis) Como o veneno se difunde para os tecidos nos primeiros 30 minutos grupo após a picada, a ação do socorrista precisa ser rápida, seja qual for a Fazem parte desse grupo as cobras surucucu, surucutinga e surucucu-pico-de-jaca cobra que tenha provocado o acidente. características procedimentos que o socorrista deve adotar: São as que apresentam maior tamanho, chegando a atingir mais de quatro metros de comprimento. Costumam ser encontradas nas florestas litorâneas do Rio de Manter a vítima deitada e calma, não permitindo que ela se esforce, Janeiro e em todo o vale amazônico. porque a movimentação faz com que o veneno se espalhe mais</p><p>facilmente pelo corpo. para atendimento médico, com a maior Retirar anéis se o dedo for atingido, pois o edema pode intenso e produzir garroteamento. rapidez, é fundamental. Lavar o local com bastante água corrente. Manter, sempre que possível, a região atingida pela picada abaixo Acidentes com serpentes podem ser evitados, se algumas precauções do nível do coração. forem tomadas: Remover a vítima rapidamente para o local mais próximo que disponha de soro antiofídico único tratamento eficiente para não andar em locais onde haja suspeita da existência combater os males causados por serpentes venenosas. desses animais. Aliás, o ideal é usar botas de cano alto (até os joelhos). Segundo dados do Instituto Vital Brasil, no Rio de Janeiro, por outro lado, O socorrista não deve: e do Instituto em São Paulo, 72% das picadas ocorrem no pé, na parte inferior e no meio da perna Dar bebida alcoólica à vítima. olhar com muita atenção o chão e os locais onde se deseja apanhar Usar garrote ou torniquete, pois podem causar necrose ou pequenos objetos ou animais, principalmente nos matagais e gangrena. montes de folhas mais ou menos secas, que podem ser locais Fazer incisões ou cortes no local da picada, já que alguns venenos propícios para ninhos de cobras provocam hemorragias. Além disso, os cortes favorecem as não enfiar a mão em buracos no chão, como tocas de tatu e infecções. cupinzeiros, nem em montes de pedras Deixar que a vítima vá caminhando em busca de atendimento lembrar sempre que a presença de muitos roedores em áreas médico, pois quanto mais ela se movimenta mais risco há de o cultivadas pode indicar um número apreciável de cobras venenosas veneno se espalhar pelo organismo. evitar mexer em cobras, mesmo que estejam mortas primeiros socorros são úteis e principalmente aqueles que residem, importantes até 30 minutos depois da trabalham ou costumam acampar em picada; portanto, encaminhar a vítima áreas de muita vegetação devem procurar informações nas secretarias estaduais de saúde quanto à localização dos serviços que dispõem características de soro antiofídico. Dentre as muitas espécies, no Brasil a que mais ataca é a do gênero Tityus (lacraus). De vida noturna, esse tipo de escorpião se esconde durante o dia sob troncos de árvores, pedras, frestas de muros, mas também se adapta ao ambiente doméstico. escorpiões e aranhas sinais e sintomas da vítima dor intensa no local da picada, podendo espalhar-se pelo corpo (nos casos Tanto os escorpiões quanto as aranhas representam perigo não só para mais graves, pode durar até oito horas) homem, mas também para suas próprias espécies, pois devoram-se vômitos, diarreia, dor na "boca do estômago", vontade constante de mutuamente. São também seus inimigos naturais: pássaros, galinhas, urinar, dificuldade para respirar, palidez e suor intenso seriemas, corvos e alguns anfíbios (principalmente sapos), no caso dos às vezes, salivação abundante e dificuldade para falar escorpiões; e lagartos, camaleões, sapos e pássaros, no caso das aranhas. Ambos têm como característica comum o fato de não serem agressivos e atenção: há risco de vida nas primeiras 24 horas após de picarem somente quando molestados ou para se defender. As picadas a picada. que provocarem dor intensa podem ser graves. Segundo Instituto cerca de 4% das vítimas de ferroadas de escorpião morrem. Quanto maior for o número de ferroadas, mais grave será o envenenamento. As informações a seguir referem-se às principais características de escorpiões e aranhas, e aos sinais e sintomas mais comuns apresentados pelas vítimas de suas picadas. escorpião</p><p>Foto: Cláudio Maurício V. de Souza / Instituto Vital Brazil Foto: Cláudio Maurício V. de Souza / Instituto Vital Brazil aranha-caranguejeira aranha-armadeira características características Esse tipo de aranha, assim como a tarântula (aranha-de-grama), não é considerado perigoso. Errante e solitária, costuma ser encontrada em galerias no solo. Venenosa, é responsável pela maioria dos acidentes graves provocados por aranhas no Brasil. Pode ser encontrada com frequência nas bananeiras e em sinais e sintomas da vítima lugares úmidos. Muitas vezes invade ambientes domésticos, onde se esconde dentro de sapatos ou atrás de cortinas. coceira intensa na pele sinais e sintomas da vítima dor intensa e imediata no local da picada aumento de pressão, abundante, agitação, visão turva, vômitos e salivação (em casos moderados) diarreia, diminuição dos batimentos queda da pressão arterial, Não é agressiva e, quando molestada, deixa-se cair no chão, imóvel, simulando a dificuldade para respirar, convulsões, podendo chegar ao choque (em casos morte. Pequena, trata-se de uma aranha não muito comum, mas de veneno graves e geralmente com crianças) sinais e sintomas da vítima elevação avermelhada no local da ferroada dor, formigamento, coceira e, às vezes, sudorese Foto: Cláudio Maurício V. de Souza / Instituto Vital Brazil Foto: Cláudio Maurício V. de Souza / Instituto Vital Brazil aranha-marrom aranha viúva-negra características Não é agressiva. Só pica se não houver possibilidade de fuga - por exemplo, quando fica espremida entre o corpo e a roupa de uma pessoa. De hábitos características noturnos, é mais comumente encontrada em meio a tijolos ou telhas.</p><p>sinais e sintomas da vítima aranhas, matando-os. Mas também há outras medidas preventivas: dor e "queimação" no local afetado, depois de passado algum tempo da manter jardins e quintais bem limpos, com a grama aparada e sem picada restos de materiais de construção (telhas, tijolos, madeiras) surgimento de áreas hemorrágicas intercaladas com placas não plantar bananeiras ou folhagens muito espessas perto das febre, anemia aguda e icterícia residências urina escura (em casos graves) solicitar, aos responsáveis pelos terrenos abandonados nos arredores de locais habitados, tanto sua limpeza quanto con- servação proteger as soleiras das portas com rolos de pano cheios de areia e fechar as janelas no fim da tarde, pois aranhas conseguem subir em paredes ásperas e costumam entrar nas casas ao entardecer insetos Foto: Cláudio Maurício V. de Souza / Instituto Vital Brazil Embora não sejam considerados animais existem insetos como abelha, marimbondo, formiga, mosquito, pulga, piolho, percevejo, em acidentes provocados por escorpiões ou borrachudo cuja picada pode provocar reações graves e generalizadas, aranhas, socorrista deve: que se desenvolvem rapidamente. Além desses, há o barbeiro, transmissor da doença de Chagas. Manter a vítima no mais completo repouso, enquanto providencia e Quando picada por algum desses insetos, a pessoa (principalmente aguarda atendimento médico. criança) pode apresentar algumas reações. Lavar o local afetado com água corrente. Além dos cuidados especiais com sapatos, roupas etc., a melhor principais sinais e sintomas: maneira de evitar acidentes por picadas é combater os escorpiões e as dor intensa sempre que possível, levar o animal causador do acidente para inchaço na região da picada identificação. Pelo exame do animal pode-se reconhecer, pelo náusea menos, a que gênero pertence e assim administrar o soro especi- vômito ficamente indicado para o caso tontura remover, com urgência, a vítima para o local mais próximo que transpiração disponha de recursos para tratamento com soro (hospital, pronto- rigidez dos músculos socorro etc.) dificuldade para respirar manchas avermelhadas na pele (salientes e de formato irregular) coceira no local convulsões e coma (nos casos graves) ao atender uma pessoa picada por inseto, socorrista deve: Manter a vítima em repouso, enquanto aguarda assistência médica. Aplicar compressas geladas na área afetada, para aliviar a dor. conduta geral de urgência As mordidas ou picadas de animais podem causar problemas graves, como já foi visto. Por isso é importante reforçar algumas medidas que podem auxiliar no tratamento das vítimas:</p><p>Suponha uma pessoa com fratura de coluna que tenha lesado apenas a capítulo 14 parte óssea. Se transporte não for adequado, sua medula pro- vavelmente será afetada, o que pode provocar paralisias transporte de pessoas Outra situação delicada é a de pessoas inconscientes, que na maioria acidentadas das vezes têm queda do queixo, fazendo com que a língua impeça a passagem de ar para os pulmões. Se transporte não for feito da maneira correta, a vítima pode até morrer por asfixia. Assim, a primeira orientação para socorrista é a de não mover a A vítima de um acidente pode ter seu estado agravado se pessoa nem deixá-la se mover, a menos que sua vida esteja ameaçada por não forem tomados cuidados mínimos e essenciais em seu um perigo ainda maior (desabamento, explosão, incêndio, intoxicação transporte para atendimento médico. Portanto para evitar etc.). A vítima deve, portanto, ser imobilizada no local do acidente, riscos, em primeiro lugar é preciso verificar o estado geral enquanto aguarda socorro médico. da vítima antes de Há várias maneiras para se transportar um acidentado. Tudo vai depender do estado em que ele se encontra, das condições locais, da presença ou não de mais de um socorrista. transporte em maca Maca improvisada com uma porta. A maca é a melhor maneira de transportar um acidentado. Dependendo do local onde o acidente tenha acontecido, muitas vezes será necessário improvisar uma. E mais importante: é preciso saber colocar a vítima sobre a maca. Exceto a maca improvisada com uma porta ou uma tábua de aproximadamente 50 cm de largura usada nos casos de suspeita de lesão da coluna vertebral, com a vítima imobilizada todas as demais têm como base cabos de vassoura (ou galhos de árvore, varas, guarda- chuvas grandes etc.) o que varia é a superfície sobre a qual a vítima será colocada. Veja como fazer alguns desses tipos de macas: Maca feita com três jaquetas e dois cabos de vassoura. pegue ou camisas, enfie as mangas para dentro, abotoe-os inteiramente e passe os cabos pelas mangas consiga cobertores, toalhas, colchas ou e enrole o tecido em torno dos cabos (ou dobre as laterais do tecido sobre eles) usando sacos de estopa, de aniagem ou náilon trançado, enfie um cabo em cada lateral do saco pegue cintos, cordas ou tiras largas de tecido e amarre-os ao dois cabos, um em cada lateral Maca feita com corda e duas varas resistentes</p><p>Maca feita com sacos de aniagem e duas varas resistentes Colocar um de seus braços em torno da cintura da vítima e segurá- la pelo punho. Dessa forma, a vítima pode caminhar apoiada no socorrista. Etapas da confecção de maca feita com uma colcha e duas varas resistentes. transporte sem maca Na impossibilidade do uso de maca ou padiola e sendo vital a remoção de uma pessoa acidentada, o transporte terá que ser feito de outra maneira, porém tomando-se todos os cuidados para não agravar seu estado. Caso esteja sozinho, o socorrista pode transportar a vítima de uma das formas descritas a seguir. transporte de apoio Esse é um recurso a ser adotado quando o acidentado está consciente e tem apenas ferimentos leves: transporte nas costas Passar um dos braços da vítima em torno do seu pescoço.</p><p>De costas para a vítima (que deve estar de pé), passar os braços dela em torno do seu pescoço. Com seu corpo um pouco inclinado para a frente, levantar e carregar a vítima. Se a pessoa tiver condições de se firmar no tronco do socorrista, ele poderá usar os braços para segurá-la pelas pernas, o que proporciona maior firmeza durante o transporte. transporte nos braços Esse recurso é adequado quando a vítima está consciente, porém com ferimentos nos pés ou nas pernas que a impedem de caminhar. Nesse caso, para transportá-la, o socorrista deve: Colocar um braço sob os joelhos> e o outro em torno da parte su- perior do tórax da vítima, e levantá-la. Quanto mais alta for a posição da vítima no colo do socorrista, menos ele vai se cansar. transporte de bombeiro Esse é um recurso adequado para o transporte de pessoas Num caso assim, o socorrista deve: Colocar a vítima deitada de barriga para baixo. (1)</p><p>Ajoelhar-se de frente para ela e levantá-la por baixo dos braços. (2) Também é possível segurá-la pelas axilas e ir puxando-a. Mas, como Já em pé, inclinar-se para a frente, pegar a vítima por um braço e causa um desconforto maior, isso só deve ser feito se no local não se uma perna e, num impulso, colocá-la sobre seus ombros. (3) conseguir a lona, o lençol ou algo do gênero. Transportá-la com firmeza, segurando, com um de seus braços, as pernas e o braço da vítima. (4) Se houver dois socorristas no local, vale usar outras técnicas de transporte, como essas a seguir. transporte em cadeirinha transporte de arrasto Com os braços, os socorristas formam um pequeno assento para a Esse tipo de transporte só deve ser realizado se a vítima estiver vítima, que deverá se manter segura envolvendo os ombros deles. consciente; nesse caso o socorrista deve: Deitar a pessoa acidentada sobre uma lona ou Juntar as pontas do pano próximas à cabeça da vítima, segurá-las acima do nível do chão e ir puxando. transporte por cadeira Sentar a vítima em uma cadeira. Um socorrista segura a cadeira pelas pernas e o outro pelo encosto. transporte pelas extremidades Por proporcionar maior estabilidade, esse é o tipo de transporte mais Um socorrista segura a vítima por debaixo dos braços e o outro adequado para pessoas acidentadas que apresentam problemas pelas pernas. respiratórios. Esse tipo de transporte só deve ser feito se não houver suspeita de fraturas na coluna ou nos membros.</p><p>Existe ainda um outro tipo de transporte, mas esse exige a presença de três socorristas, e só é válido caso não haja suspeita de fratura na coluna ou na bacia. transporte em rede Deve-se suspeitar de lesão na coluna quando a vítima apresentar Deitar a vítima, de barriga para cima, em uma lona ou um marcas de trauma no tronco ou acima das clavículas, ou, ainda, se lençol. estiver inconsciente. Amarrar as extremidades do pano em um cabo de vassoura ou outro pedaço de madeira. transporte no colo Cada socorrista coloca sobre o ombro uma ponta do cabo de vassoura e assim a vítima é carregada. Estando a vítima deitada de barriga para cima, os três socorristas se ajoelham ao lado dela: um próximo à extremidade superior do corpo, outro no meio e o terceiro próximo aos pés. (1) Pegando a vítima por baixo, a um tempo só, os três a carregam junto ao tórax. (2, 4) se houver suspeita de fratura na coluna ou na bacia, a vítima deverá, necessariamente, ser transportada em maca plana e rígida (do tipo porta ou tábua). Para transportar para a maca uma pessoa com indícios de lesão na coluna ou na bacia, são necessários quatro como proceder: Um socorrista segura exclusivamente a cabeça da vítima, mantendo-a imobilizada e alinhada ao corpo. Ao mesmo tempo, outro socorrista imobiliza a coluna com um cobertor dobrado (colcha ou toalha também servem) que passa por trás do pescoço, e tem suas pontas cruzadas pelo tórax e presas embaixo dos braços da vítima, que devem ficar ao longo do corpo. (1) Enquanto o primeiro socorrista mantém imóvel e alinhada a cabeça da vítima, o segundo e o terceiro seguram-na pelos ombros e pela bacia, cuidando para que as pernas também fiquem alinhadas, e rolam-na lentamente para o lado em que estão. o quarto socorrista inclina a maca de modo que a vítima seja posicionada nela com um mínimo de movimentação. Assim que a vítima esteja em posição segura, a maca é descida para o solo. (2)</p><p>Fotos: Nelson Martins Fotos: Nelson Martins Para realizar o transporte da vítima na maca, é necessário finalizar a imobilização da cabeça. Para isso coloca-se um pano enrolado de cada lado e estabiliza-se a cabeça com fita adesiva. (3) Também é fundamental prender o corpo da vítima na maca para preservar sua segurança.(4) capítulo 15 atitudes do socorrista acidentes automobilísticos Quando acontece um acidente envolvendo veículos, vários cuidados precisam ser tomados na abordagem e proteção do local, para evitar novos acidentes. Eis alguns deles: Atualmente, os acidentes automobilísticos são os maiores causadores de traumatismo e de mortes. Quando a vítima avisos de alerta, perigo, atenção devem ser colocados a 100 metros do local do acidente. Se ele aconteceu próximo a uma curva, a zona de acidente de carro é atendida em um hospital dentro da de perigo começa antes dela; se aconteceu em um vale, o início da primeira hora após acidente, suas chances de sobreviver aumentam. Portando, quando alguém se depara com um zona de perigo é o topo do morro deve ter dois objetivos: prestar os primeiros o próprio carro do socorrista pode ficar com o pisca-alerta ligado e, se for noite, com os faróis acesos, para melhorar a visibilidade socorros e providenciar o atendimento por uma equipe especializada, com a maior rapidez nenhum veículo deve parar junto ao carro acidentado, nem mesmo o do socorrista. A distância mínima aconselhável é de 15 metros, mas nos casos de incêndio, vazamento de combustível e proximidade com fios de alta tensão caídos, essa distância deve ser maior quando há vazamento de combustível, deve-se impedir que alguém fume ou que se coloquem tochas de fogo na estrada como sinal de alerta nos casos de incêndio, o extintor deve ser utilizado para debelar e apagar o fogo havendo fios de alta tensão no local, é preciso providenciar o desligamento da energia</p><p>se o carro acidentado estiver em situação instável, é necessário traumatismo aberto (principalmente de tórax) estabilizá-lo antes de dar assistência às vítimas parada cardiorrespiratória sangramento arterial não controlado estado de choque acesso às vítimas traumatismo de coluna cervical vítimas inconscientes Ainda devem merecer atenção especial vítimas com traumatismo de A primeira tentativa de acesso às vítimas é pelas portas do veículo. Caso crânio e com fratura de bacia e isso não seja possível, o socorrista deve procurar alguma janela ou para- Por último devem ser atendidas as vítimas com lacerações menores, brisa quebrado. Não havendo, ele irá verificar o vidro que fica mais torções e pequenas fraturas. distante das vítimas e quebrá-lo com muito cuidado, para não machucá- las ainda mais. A partir desse momento, o mais importante é identificar as atendimento às vítimas prioridades. No caso de mais de uma vítima, antes de qualquer coisa é fundamental fazer uma avaliação geral, para decidir quem receberá atendimento primeiro. como agir no atendimento a vítimas de acidente automobilístico: prioridades Pedir socorro especializado (ambulância, corpo de bombeiros, polícia). Avaliar a cena do acidente antes de se aproximar, verificando se há As prioridades são para as vítimas que apresentam risco de vida risco de novos acidentes, explosão, desabamento etc. imediato e a quem socorrista pode beneficiar com seu atendimento. Proteger-se para não entrar em contato com sangue ou secreções São prioritários os casos de: dos feridos. Em caso de mais de uma vítima, fazer uma breve avaliação de todas obstrução das vias aéreas para decidir quem deve receber tratamento prioritário. dificuldade respiratória recomendações gerais fazer a revisão periódica do veículo e a manutenção de seus elementos de segurança o atendimento inicial deve verificar a existência de risco de vida imediato. É preciso, portanto, proceder à avaliação dos movimentos respiratórios (veja o capítulo Parada identificando assim as vítimas mais graves e realizando procedimentos conforme a necessidade. Toda vítima de traumatismo deve ser tratada como se tivesse trauma de coluna. Consequentemente, o pescoço precisa ser imobilizado e assim mantido até a chegada do socorro médico. Só se deve mexer na vítima ou transportá-la se for estritamente necessário (no caso de ser vital o atendimento imediato ou haver risco na cena). ideal é deixá-la deitada, sem se aguardando socorro especializado; ou então mantê-la no próprio veículo. Caso seja preciso movimentar a vítima, é importante lembrar do cuidado com a coluna, para evitar um segundo trauma. Muitos acidentes automobilísticos e muitas mortes podem ser evitados se as regras básicas de segurança forem seguidas. Eis algumas delas: não dirigir depois de beber usar cinto de segurança usar capacete e roupas protetoras ao andar de motocicleta obedecer à sinalização</p><p>guia passo a passo parada cardiorrespiratória (pcr) procedimentos gerais do socorrista Verifique se a vítima está consciente. Se não estiver, peça ajuda especializada (médico, ambulância etc.) Não deixe de prestar ajuda a quem precisa. imediatamente. Chame ajuda especializada: essa é uma forma Posicione a vítima de barriga para cima em uma importante de prestar socorro. superfície rígida e plana. Ao pedir ajuda, procure dar máximo de informações: Avalie as vias aéreas. endereço, ponto de referência, tipo de acidente,número Verifique se a vítima está respirando; se não estiver, de vítimas etc. inicie imediatamente as compressões no tórax (100 Antes de qualquer atendimento, avalie bem a cena do vezes por minuto, sem intervalo) acidente para não ser a próxima vítima. Verifique a cada minuto se a vítima voltou a respirar. Aborde a vítima sempre com algum tipo de proteção individual (luvas, panos, sacos plásticos, máscara etc.) Avalie se há riscos imediatos para a vítima procedendo à verificação da respiração. estado de choque hemorragias Tente identificar a causa do choque (hemorragia, Identifique tipo de hemorragia. queimadura, choque elétrico etc.), de modo a Faça compressão direta sobre a ferida com um pano dispensar à vítima tratamento adequado. limpo (lembre-se de proteger suas mãos). Peça ajuda especializada (médico, ambulância etc.). Se necessário, faça compressão indireta na artéria, Acalme a vítima, se ela estiver consciente. acima da lesão. Deite-a de barriga para cima, com as pernas Não retire as compressas ensopadas; apenas elevadas. coloque mais compressas limpas sobre elas. Vire a cabeça da vítima para lado, caso não Só aplique torniquete se as medidas anteriores não suspeite de lesão na coluna cervical. surtirem efeito. Afrouxe as roupas dela (gravata, colarinho, cinto etc.). Peça ajuda especializada (médico, ambulância etc.). Elimine da cavidade oral restos de alimento ou secreções e retire a prótese dentária, se houver. Aqueça a vítima com cobertores, toalhas etc.</p><p>ferimentos entorses, luxações e fraturas Identifique tipo de ferimento. Não se preocupe em fazer diagnóstico (se é entorse, Lave-o com água e sabão, seque-o e cubra-o com um luxação ou fratura). pano limpo ou um curativo pronto. Avalie a região afetada em busca de deformidade, dor Não remova objetos encravados na ferida. ou perda da função. Controle as hemorragias. Imobilize membro e as articulações anterior e Se houver parte amputada, acondicione-a posterior ao local do trauma. corretamente e leve-a para hospital junto com a Verifique se há pulso na artéria distal ao trauma antes vítima. e depois da imobilização. No caso de algum órgão do abdome ter ficado Cubra as feridas das fraturas abertas antes da exposto, não tente recolocá-lo no lugar. imobilização. Peça ajuda especializada (médico, ambulância etc.). Não tente reduzir fraturas, apenas alinhe a parte afetada; caso haja resistência, imobilize-a na posição encontrada. Peça ajuda especializada (médico, ambulância etc.). vertigens, desmaios e distúrbios causados pelo calor convulsões Faça uma avaliação aproximada da extensão da queimadura. Mantenha a vítima deitada de barriga para cima, com Identifique tipo de queimadura. os pés ligeiramente elevados. Lave com água a parte do corpo afetada e proteja-a Se a vítima não tiver sofrido traumatismo na coluna, com um pano limpo. vire sua cabeça para lado. Não use qualquer tipo de produto nas áreas Não lhe dê queimadas. Afaste objetos de perto da vítima em convulsão e não Proteja a vítima da exposição ao calor. tente impedir seus movimentos. Faça compressas com água para resfriamento. Proteja a cabeça da vítima. Atenção para queimaduras na face, que podem afetar Limpe excesso de saliva. as vias aéreas. Peça ajuda especializada (médico, ambulância etc.). Peça ajuda especializada (médico, ambulância etc.).</p><p>choques elétricos afogamento Não mexa em vítimas que estejam presas a Só tente retirar a vítima da água se você for treinado correntes elétricas. para isso. Isole local até que a fonte de energia seja desligada Após retirar afogado da água, avalie a respiração. Depois de desligada a fonte de energia, faça a Peça ajuda especializada (médico, ambulância etc.). avaliação da respiração, pois a vítima pode estar em Verifique se a vítima teve uma parada respiratória ou PCR. PCR e atue, se necessário. Peça ajuda especializada (médico, ambulância etc.) Aqueça a vítima. Não tente tirar água dos pulmões nem do estômago da vítima. Na possibilidade de trauma na coluna, muito cuidado com manuseio e transporte da vítima. corpos estranhos no organismo intoxicações Se órgão atingido foi olho, lave-o com água, na Acalme a vítima. tentativa de remover corpo estranho. Faça a avaliação da respiração. Caso não consiga remover corpo estranho, faça um Não provoque vômito. curativo e encaminhe a vítima para atendimento Não lhe dê líquidos médico Tente identificar produto causador da intoxicação e Não use pinças, cotonetes ou outros objetos para leve-o para hospital junto com a vítima. retirar um corpo estranho do nariz, ouvido ou olhos. Peça ajuda especializada (médico, ambulância etc.) Quando corpo estranho estiver na garganta, verifique se a vítima respira e faça respiração artificial, se necessário. Não dê tapas nas costas da vítima; apenas execute a manobra para desobstrução das vias Enquanto estiver fazendo a manobra de desobstrução, verifique se a vítima respira e inicie a reanimação, se necessário. Peça auxílio médico ou remova a vítima, fazendo as manobras durante transporte.</p><p>mordidas e picadas de animais transporte de pessoas acidentadas Mantenha a vítima calma e em repouso. Faça a avaliação da respiração. Peça ajuda especializada (médico, ambulância, corpo Lave local da picada e de bombeiros). Não dê líquidos à vítima. Só remova pessoas do local do acidente em caso de Não faça incisão no local da picada risco de morte Não faça torniquete. Mantenha sempre a coluna da vítima imobilizada. Não tente aspirar veneno com a boca. A vítima de qualquer tipo de traumatismo deve ser Peça auxílio médico. considerada, em princípio, como tendo sofrido lesão Se precisar remover a vítima, movimente-a O mínimo na coluna. Se necessário, use dispositivos improvisados para a imobilização e O transporte, com cuidado para não agravar estado da vítima. Sempre que possível, mantenha a vítima deitada sem se mexer, enquanto aguarda socorro especializado. acidentes automobilísticos bibliografia ACIDENTES por animais São Paulo Secretaria de Estado de São Paulo, 1993. Peça ajuda especializada (médico, ambulância, corpo AMERICAN HEART ASSOCIATION CHANDRA NC. Basic life support de bombeiros, polícia). for healthcare providers. Hazinski, 2000. Verifique a segurança do local e sinalize-o. BARRAVIERA, Benedito PEREIRA, Paulo C. M. Acidentes por serpentes Identifique número de vítimas. dos gêneros Bothrops, Lachesis e Micrurus. Arquivos Brasileiros de Faça uma avaliação rápida de cada vítima para Medicina, V. 65, p. 345-355, 1991. estabelecer as prioridades. Só remova as vítimas se for estritamente necessário. BERKOW, Robert. Manual Merk de medicina. 16. ed. São Paulo Roca, Realize os procedimentos necessários, como RCP. 1992. controle de hemorragias, imobilizações etc. BOSWICK JR, John A. et al. Queimaduras, clínicas cirúrgicas da Mantenha as vítimas seguras e protegidas até a América do Norte. de Janeiro : Interlivros, 1987. 1. chegada do socorro especializado. BRASIL. Ministério da Saúde. Cartilha de ofidismo. Rio de Janeiro Fun- dação Nacional de Saúde, 1993. CAMPBELL, J.E. Basic trauma life support. México Mexico Ed., 1999. Trauma life support for paramedics and advanced EMS provi- ders. 3. ed. s.n.], 1995. CESP. Manual de primeiros socorros. São Paulo, [19-]. ERAZO, Guilhermo A. C. Manual de urgências em pronto-socorros. 3. ed. Rio de Janeiro : Ed. Médica e 1990.</p><p>INSTITUTO PAULISTA DE PROMOÇÃO HUMANA. Para acudir depres- Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo sa : manual do agente de saúde, 1. Lins, 1981. Presidente do Conselho Regional: KITT, Stephane. Urgencias en enfermeria. México : Interamericana, Abram Szajman 1992. Diretor do Departamento Regional: Luiz Francisco de Assis Salgado MANUAL de socorro de emergência. Rio de Janeiro Atheneu, 1999. Superintendente Universitário e de Desenvolvimento: Luiz Carlos Dourado REIS, Ana D. C. Padronização da assistência de enfermagem no Editora Senac São Paulo atendimento de urgência ao queimado. Temas de Saúde Ocupacional, Petrobras, n. 5, p. 39. 1990. Conselho Editorial: Luiz Francisco de Assis Salgado Luiz Carlos Dourado SEKI, Clóvis T. et al. Manual de primeiros socorros nos acidentes de Darcio Sayad Maia trabalho. 2. ed. São Paulo : Fundacentro, 1985. Lucila Mara Sbrana Sciotti Jeane Passos de Souza SENAC. DN. Enfermagem Romel Muniz Estrela. Rio de Gerente/Publisher: Janeiro : Senac/Dn/DFP, 1990. Jeane Passos de Souza Coordenação Editorial/Prospecção: TELESP. Curso de primeiros socorros. São Paulo, [19-]. Tousi Botelho Márcia Cavalheiro Rodrigues de Almeida WERNER, David. Onde não há médico. 11. ed. São Paulo : Paulinas, 1989. Administrativo: João Almeida Santos ZIN, Lis A. Socorros médicos de emergência. 2. Rio de Janeiro Comercial: Guanabara Koogan, [19-]. Marcos Telmo da Costa Consultoria técnica José Márcio da Silva Silveira Coordenação técnico-pedagógica Mercilda Bartmann e Paulo Bruno Revisão médica Frota-Pessoa Consultor-médico da área de saúde Fernando Luiz Barroso Preparação de originais Rosalina Maria Fernandes Gouveia Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Revisão (Jeane Passos de Souza CRB Tereza da Rocha SENAC. Departamento Nacional. Projeto gráfico original, diagramação e ilustrações Primeiros socorros: como agir em situações de emergência / Ampersand Comunicação Gráfica Departamento Nacional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial São Paulo Editora Senac São Paulo, 2019. Fotos Bibliografia. Zeca Guimarães e-ISBN 978-85-396-2240-5 (ePub/2019) Anibal R. Melgarejo (cobras, capítulo 13) 1. Enfermagem 2. Enfermagem Pronto socorro 4. Cláudio Maurício V. de Souza (escorpiões e aranhas, capítulo 13) Enfermagem Atendimento ao paciente I. Nelson Martins (capítulo 2 e capítulo 14) 18-736s CDD 616.025 Maquiagem especial BISAC MED058040 Irma Rosa Martins Verdugal MED003010 Produção gráfica Adriane Abbade e Juliana Schettino Índice para sistematico 1. Enfermagem em pronto socorro Produção de ePub Diana Josué de Oliveira Proibida a reprodução sem autorização expressa. Todos os direitos desta edição reservados à Editora Senac São Paulo Rua 24 de Maio, 208 3° andar Centro - CEP 01041-000 São Paulo SP Caixa Postal 1120 CEP 01032-970 São Paulo - SP Tel.(11)2187-4450-Fax(11) 2187-4486 E-mail: editora@sp.senac.br Home page: Editora Senac São Paulo, 2019</p><p>sumário Siga a Editora Senac nas redes sociais. capítulo 1 papel do socorrista emergências urgências coletivas caixa de primeiros socorros capítulo 2 parada cardiorrespiratória (pcr) parada respiratória Gostou? Confira nosso catálogo completo em parada cardíaca www.editorasenacsp.com.br avaliação e tratamento da parada cardiorrespiratória capítulo 3: estado de choque avaliação atendimento capítulo 4: hemorragias hemorragia externa hemorragia nasal hemorragia de estômago ou duodeno hemorragia dos pulmões hemorragia pela vagina hemorragia interna capítulo 5: ferimentos contusão escoriação amputação garganta ferimentos no tórax capítulo 12: intoxicações ferimentos no abdome intoxicação por alimentos ferimentos nos olhos intoxicação por medicamento ferimentos com presença de objeto encravado intoxicação por substâncias químicas capítulo 6: entorses, luxações e fraturas intoxicação por plantas venenosas entorses intoxicação por drogas luxações capítulo 13: intoxicações fraturas gatos cachorros capítulo 7: vertigens, desmaios e convulsões serpentes vertigens escorpiões aranhas desmaios insetos convulsões conduta geral de urgência capítulo 8: distúrbios causados pelo calor capítulo 14: transporte de pessoas acidentadas queimaduras transporte em maca insolação transporte sem maca intermação capítulo 15: acidentes automobilísticos capítulo 9: choques elétricos atitudes do socorrista acesso às vítimas capítulo 10: afogamentos prioridades atendimento às vítimas capítulo 11: corpos estranhos no organismo recomendações gerais olhos pele guia passo a passo ouvido nariz bibliografia</p>

Mais conteúdos dessa disciplina