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<p>Livro Eletrônico</p><p>Aula 00</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE - Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Professor: Herbert Almeida</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 48</p><p>AULA 00: Legislação administrativa</p><p>SUMÁRIO PÁGINA</p><p>Apresentação 01</p><p>Cronograma 02</p><p>1. CENTRALIZAÇÃO/DESCENTRALIZAÇÃO E</p><p>DESCONCENTRAÇÃO</p><p>04</p><p>2. ADMINISTRAÇÃO DIRETA 09</p><p>3. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 10</p><p>3.1. Autarquias 11</p><p>3.1.1. Agências executivas 12</p><p>3.1.2. Agências reguladoras 14</p><p>3.2. Fundações públicas 14</p><p>3.3. Empresas públicas e sociedades de economia mista 15</p><p>3.4. Tópicos complementares do DL 200/1967 17</p><p>4. ATOS ADMINISTRATIVOS 33</p><p>4.1. Requisitos ou elementos de validade 34</p><p>4.2. Motivação 36</p><p>4.3. Atributos dos atos administrativos 36</p><p>4.4. Espécies de atos administrativos 37</p><p>5. REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA 40</p><p>6. QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 42</p><p>7. GABARITO 48</p><p>8. REFERÊNCIAS 48</p><p>8.1. Portais Consultados 48</p><p>Olá concurseiros e concurseiras!</p><p>É com muita satisfação que estamos lançando o curso de Noções de</p><p>Administração Pública especialmente desenvolvido para atender às necessidades</p><p>daqueles que estão se preparando para o concurso de Analista Judiciário do</p><p>Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ/CE) – Especialidade: Ciências</p><p>Contábeis (Cargo 5).</p><p>De imediato, vejamos as características deste material:</p><p> todos os itens do edital serão abordados de forma completa, sem</p><p>perda da objetividade;</p><p> grande quantidade de questões comentadas, quase sempre do</p><p>Cespe/Unb (só vamos utilizar questões de outras bancas se for</p><p>estritamente necessário);</p><p> aulas com no máximo 30 (trinta) páginas de teoria e o restante</p><p>somente de solução de questões; e</p><p> contato direto com o professor através do fórum de dúvidas.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 48</p><p>Caso ainda não me conheçam, meu nome é Herbert Almeida, sou Auditor de</p><p>Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo aprovado em 1º</p><p>lugar no recente concurso para o cargo. Além disso, obtive o 1º lugar no concurso de</p><p>Analista Judiciário do TRT/23º Região/2011. Meu primeiro contato com a</p><p>Administração Pública ocorreu através das Forças Armadas. Durante 7 (sete) anos, fui</p><p>militar do Exército Brasileiro, exercendo atividades de administração como Gestor</p><p>Financeiro, Pregoeiro, Responsável pela Conformidade de Registros de Gestão e</p><p>Chefe de Seção. Sou professor do Tecconcursos das disciplinas de Administração</p><p>Geral e Pública e Administração Financeira e Orçamentária e também no Estratégia</p><p>Concursos.</p><p>Os concursos públicos em que fui aprovado exigiram diversos conhecimentos de</p><p>administração geral e pública. Ao longo de meus estudos, resolvi diversas questões,</p><p>principalmente do Cespe/Unb, aprendendo a forma como essa organizadora aborda os</p><p>temas previstos no edital. Então, de agora em diante, vamos firmar uma parceria que</p><p>levará você à aprovação no concurso público para o TJ/CE.</p><p>O edital do concurso trouxe o seguinte conteúdo para a nossa disciplina:</p><p>NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 1 Legislação administrativa. 1.1</p><p>Administração direta, indireta e fundacional. 1.2 Atos administrativos. 1.3</p><p>Requisição. 2 Gestão por competências. 3 Tendências em gestão de pessoas no</p><p>setor público. 4 Licitação pública. 4.1 Modalidades, dispensa e inexigibilidade. 4.2</p><p>Pregão. 4.3 Contratos e compras. 4.4 Convênios e termos similares. 4.5 Lei nº</p><p>8.666/1993. 4.6 Lei nº 10.520/2002. 4.7 Sistema de Cadastramento Unificado de</p><p>Fornecedores (SICAF). 4.8 Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor</p><p>público federal (CADIN). 4.9 Sistema de Gestão de Contratos (SICON).</p><p>O conteúdo demanda conhecimentos de Administração Geral, Administração</p><p>Pública e Direito Administrativo. Assim, para proporcionar uma melhor preparação,</p><p>resolvi dividir nosso curso em seis, vejamos o cronograma:</p><p>AULA CONTEÚDO DATA</p><p>Aula 0 1 Legislação administrativa. 1.1 Administração direta,</p><p>indireta e fundacional. 1.2 Atos administrativos. 1.3</p><p>Requisição.</p><p>26/02</p><p>Aula 1 2 Gestão por competências. 3 Tendências em gestão de</p><p>pessoas no setor público.</p><p>13/03</p><p>Aula 2 4 Licitação pública. 4.1 Modalidades, dispensa e</p><p>inexigibilidade. 4.5 Lei nº 8.666/1993.</p><p>26/03</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 48</p><p>Aula 3 4.3 Contratos e compras. 4.4 Convênios e termos</p><p>similares.</p><p>09/04</p><p>Aula 4 4.2 Pregão. 4.6 Lei nº 10.520/2002. 16/04</p><p>Aula 5 4.7 Sistema de Cadastramento Unificado de</p><p>Fornecedores (SICAF). 4.8 Cadastro Informativo de</p><p>créditos não quitados do setor público federal (CADIN).</p><p>4.9 Sistema de Gestão de Contratos (SICON).</p><p>23/04</p><p>Percebam que, com esse cronograma, teremos um bom tempo entre a última</p><p>aula e a data da prova, podendo revisar com bastante calma todo o conteúdo.</p><p>Chega de conversa, espero que gostem do material e vamos ao nosso curso.</p><p>Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais</p><p>(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a</p><p>legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.</p><p>Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os</p><p>professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe</p><p>adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-)</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 48</p><p>AULA 00</p><p>Iniciando o nosso curso, vamos estudar os seguintes itens do edital: “6</p><p>Legislação administrativa. 6.1 Administração direta, indireta, e fundacional. 6.2</p><p>Atos administrativos. 6.3 Requisição.”</p><p>Será uma aula bem tranquila, porém muito importante. Vamos recheá-la de</p><p>questões, boa parte de 2013!</p><p>Aproveitem e bons estudos!</p><p>1. CENTRALIZAÇÃO/DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO</p><p>A centralização ocorre quando o Estado executa suas tarefas diretamente, por</p><p>meio de seus órgãos e agentes da Administração direta. Assim, os serviços são</p><p>prestados pelos órgãos despersonalizados integrantes da própria pessoa política.</p><p>Exemplo disso são os serviços prestados diretamente pelas secretarias municipais.</p><p>A descentralização administrativa, por sua vez, envolve pelo menos duas</p><p>pessoas distintas: o Estado (União, DF, estados ou municípios) e a pessoa que</p><p>executará o serviço1.</p><p>Segundo Hely Lopes Meirelles, o serviço descentralizado é:</p><p>“[...] todo aquele em que o Poder Público transfere sua titularidade ou,</p><p>simplesmente, sua execução, por outorga ou delegação, a autarquias,</p><p>fundações, empresas estatais, empresas privadas ou particulares</p><p>individualmente e, agora, aos consórcios públicos (Lei 11.107, de 6.4.2005).”</p><p>Nesse contexto, podemos mencionar duas formas de descentralização:</p><p> por outorga (descentralização por serviços, técnica ou funcional):</p><p>quando o Estado cria uma entidade com personalidade jurídica própria e a</p><p>ela transfere a titularidade de determinado serviço público. Esse tipo de</p><p>descentralização dá origem à Administração indireta (autarquias,</p><p>fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas</p><p>públicas), pressupondo a elaboração de lei para criação ou autorização</p><p>da criação da entidade; e</p><p> por delegação (descentralização por colaboração): ocorre quando o</p><p>Estado transfere, por contrato, no caso da concessão, permissão ou</p><p>consórcios públicos, ou por ato unilateral, no caso da autorização</p><p>secretárias, etc.) ou na Administração indireta,</p><p>como, por exemplo, em uma empresa pública que distribui suas competências</p><p>em departamentos.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>35. Caso uma organização pública pretenda realizar a desconcentração administrativa,</p><p>ela deverá criar um novo número de CNPJ para a nova instituição, que terá</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 48</p><p>personalidade jurídica distinta e novas atribuições.</p><p>Comentário: a desconcentração é uma distribuição de competências dentro de</p><p>uma mesma pessoa jurídica. Assim, não se fala em nova pessoa jurídica, nem</p><p>tampouco em novas atribuições.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>(CESPE – Analista/Gestão Pública/MPU/2013) Acerca da administração direta e</p><p>indireta, julgue os itens a seguir.</p><p>36. O desempenho de atividade de natureza econômica e a sujeição ao controle estatal</p><p>são aspectos compartilhados pelas empresas públicas e pelas sociedades de</p><p>economia mista.</p><p>Comentário: vamos rever os conceitos de sociedades de economia mista (SEM) e</p><p>de empresas públicas (EP) apresentados por Gustavo Barchet:</p><p>“Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado,</p><p>integrantes da Administração Indireta, criadas pelo registro de seu ato</p><p>constitutivo, após autorização em lei específica, com capital majoritariamente</p><p>público e sempre sob a forma de sociedade anônima, para o desempenho de</p><p>atividade econômica de produção ou comercialização de bens, ou para</p><p>prestação de serviços públicos.” (grifos nossos)</p><p>“Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da</p><p>Administração Indireta, criadas pelo registro de seu ato constitutivo após</p><p>autorização em lei específica, com capital exclusivamente público e sob qualquer</p><p>forma jurídica admitida em Direito, para o desempenho de atividade</p><p>econômica de produção ou comercialização de bens, ou para prestação de</p><p>serviços públicos.” (grifos nossos)</p><p>Assim como as demais entidades da administração indireta, as SEM e as EP</p><p>estão sujeitas à tutela ou controle finalístico do ente central que as instituiu, ou</p><p>seja, essas entidades apresentam como aspectos comuns o desempenho de</p><p>atividade de natureza econômica e a sujeição ao controle estatal.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>37. As fundações instituídas pelo poder público, criadas mediante lei específica, gozam</p><p>de autonomia administrativa, não estando sujeitas ao controle administrativo da</p><p>administração direta.</p><p>Comentário: as fundações públicas podem ser de direito público, quando criadas</p><p>diretamente por lei, ou de direito privado, quando tem sua criação autorizada por</p><p>lei. Assim como as demais entidades da Administração indireta, as fundações</p><p>públicas gozam de autonomia administrativa, porém, mesmo assim, se</p><p>submetem ao controle administrativo da administração direta, no caso, o</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 48</p><p>controle finalístico.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>38. Por serem pessoa jurídica de direito público de capacidade exclusivamente</p><p>administrativa, as autarquias têm autonomia para, mediante lei, instituir direitos e</p><p>obrigações a si mesmas.</p><p>Comentário: muito fácil essa. As autarquias dispõem apenas de capacidade</p><p>administrativa específica, isto é, só podem desempenhar as atividades</p><p>expressamente previstas em lei, não possuindo capacidade legislativa para</p><p>instituir direitos e obrigações.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>(CESPE – Analista/Gestão Pública/MPU/2013) No que diz respeito à organização da</p><p>administração pública brasileira e à gestão pública, julgue os itens que se seguem.</p><p>39. Entidade pública cujo patrimônio compõe-se de 60% de capital da União, 30% de</p><p>capital de estado-membro e 10% de capital de município não pode ser</p><p>caracterizada por empresa pública, pois não traz a unipessoalidade que configura</p><p>esta entidade de direito privado.</p><p>Comentário: as empresas públicas devem possuir capital 100% público, não</p><p>necessariamente de forma unipessoal. Ou seja, admite-se que uma EP tenha</p><p>parte do capital da União, parte de um estado-membro e parte de um município.</p><p>Cabe destacar que, no âmbito federal, a maioria do capital votante deve</p><p>pertencer à União.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>40. A criação de sociedade de economia mista para a venda de medicamentos a custo</p><p>reduzido deverá ser feita por lei complementar, tendo essa sociedade</p><p>personalidade jurídica de direito público, dado o tipo de produto que será</p><p>comercializado.</p><p>Comentário: vamos ver o que dispõe a CF/88 (art. 37):</p><p>XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a</p><p>instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,</p><p>cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;</p><p>As SEM são criadas através de registro do ato constitutivo, após autorização</p><p>legislativa para tal. Ou seja, as SEM não são criadas por lei, mas apenas</p><p>autorizadas. Ademais, possuem essa lei pode ser simplesmente uma lei</p><p>ordinária. A exigência de lei complementar é apenas para definir as áreas de</p><p>atuação das fundações públicas.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 48</p><p>Além disso, as SEM e as EP possuem personalidade jurídica de direito privado.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>4. ATOS ADMINISTRATIVOS</p><p>Essa matéria é de Direito Administrativo, não creio que será cobrada com muito</p><p>aprofundamento em Administração. Assim, vou me limitar aos aspectos básicos.</p><p>Segundo Maria Di Pietro,</p><p>“(...) pode-se definir ato administrativo como a declaração do Estado ou de</p><p>quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com</p><p>observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a</p><p>controle pelo Poder Judiciário.”</p><p>Outra definição importante é apresentada por Hely Lopes Meirelles,</p><p>“Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração</p><p>Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir,</p><p>resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor</p><p>obrigações aos administrados ou a si própria.”</p><p>Dessa forma, podemos analisar algumas características dos atos</p><p>administrativos13:</p><p> correspondem a uma manifestação de vontade unilateral da</p><p>Administração, pois independem da manifestação de vontade do destinatário</p><p>do ato ou daquele atingido por seus efeitos;</p><p> são produzidos pela Administração em condições de superioridade</p><p>perante o particular: decorrente dos atributos de que gozam esses atos</p><p>(presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, etc.);</p><p> produzem consequências jurídicas: corresponde a parte final do conceito de</p><p>Meirelles: “adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos,</p><p>ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”.</p><p>Os atos administrativos diferem de atos da administração. Este último trata de</p><p>todos os atos realizados pela administração, enquanto os atos administrativos são</p><p>apenas os atos unilaterais, produzidos na condição de superioridade perante o</p><p>particular, produzindo efeitos jurídicos.</p><p>13</p><p>Barchet, 2008, p. 225-227.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 48</p><p>Assim, o conceito de atos da administração é mais amplo que atos</p><p>administrativos, abrangendo os atos administrativos e os atos de direito privado. Estes</p><p>últimos</p><p>se referem aos atos em que o Estado atua em situação de igualdade com o</p><p>administrado, como nos contratos de financiamento ou de seguro.</p><p>Para finalizar, devemos tratar das diferenças entre ato e fato e do conceito de</p><p>fatos da administração14. O ato é sempre imputável ao homem, enquanto o fato</p><p>decorre de acontecimentos naturais, que independem do homem ou dele</p><p>dependem apenas indiretamente. Um exemplo de fato é a morte, que é algo natural.</p><p>Quando um fato corresponde a algum efeito contido em norma legal, ele é um</p><p>fato jurídico, pois produz efeitos no Direito. Se este fato produzir efeito no direito</p><p>administrativo, trata-se de um fato administrativo. A morte de um servidor é um fato</p><p>administrativo, pois tem como efeito a vacância do cargo.</p><p>Podemos falar ainda em fato da administração, que é apenas a atuação</p><p>material da Administração no desempenho de suas funções. É a consequência da</p><p>atuação da Administração sem produzir efeitos jurídicos. São exemplos a limpeza de</p><p>vias públicas ou a aula de um professor de uma escola pública.</p><p>Porém, o CESPE tem um entendimento um tanto diferente. Segundo a própria</p><p>banca, o fato administrativo constitui a atividade pública material em cumprimento de</p><p>alguma decisão administrativa. Ou seja, por essa definição do CESPE, o que Maria Di</p><p>Pietro define como fato da administração, a banca entende que é um fato</p><p>administrativo.</p><p> IMPORTANTE: para o CESPE: fato administrativo - atividade pública</p><p>material em cumprimento de alguma decisão administrativa.</p><p>4.1. Requisitos ou elementos de validade</p><p>Os requisitos ou elementos de validade são15 “as condições, os pressupostos</p><p>para sua produção em conformidade com a lei e os princípios administrativos”.</p><p>Hely Lopes Meirelles16 apresenta cinco atributos dos atos administrativos17:</p><p> competência: decorre da lei e é por ela delimitada. Trata-se do conjunto de</p><p>poderes conferidos por lei aos agentes públicos para um eficiente desempenho</p><p>14</p><p>Esta parte tomou por base a obra de Di Pietro, 2013.</p><p>15</p><p>Barchet, 2008, p. 231.</p><p>16</p><p>Meirelles, 2013, p.</p><p>17</p><p>Conceitos retirados das obras de Meirelles, 2013, e Barchet, 2008.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 48</p><p>de suas funções. Dessa forma, o agente público só praticar atos para os quais</p><p>seja competente e na forma e amplitude que a lei lhe conferiu;</p><p> finalidade: é o objetivo de interesse público a atingir, é o resultado que a</p><p>Administração deseja alcançar com a sua prática. Em sentido amplo, a</p><p>finalidade é sinônimo de interesse público, pois todo ato administrativo deve</p><p>ser realizado para alcançar o interesse público. Em sentido estrito, por outro</p><p>lado, significa a finalidade específica do ato, que é aquela que decorre da lei;</p><p> forma: é o revestimento exteriorizador do ato administrativo, constituindo um</p><p>elemento vinculado. Os atos administrativos devem ser apresentados em uma</p><p>forma específica prevista na lei. A forma pode abranger a denominação formal</p><p>(p.e. Carteira Nacional de Habilitação), as informações que devem constar no</p><p>ato, motivação, etc.. ou até mesmo o procedimento (conjunto de atos que se</p><p>desenvolvem em sequência) a ser observado para se produzir o ato</p><p>administrativo;</p><p> motivo (ou causa): é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza</p><p>a realização do ato administrativo. O pressuposto de direito do ato é o conjunto</p><p>de requisitos previsto na norma jurídica (o que a lei determina que deva</p><p>ocorrer para o ato ser realizado). O pressuposto de fato é a concretização do</p><p>pressuposto de direito. Assim, o pressuposto de direito é encontrado na norma,</p><p>enquanto o pressuposto de fato é a ocorrência no “mundo real”.</p><p> objeto: é o conteúdo do ato administrativo. É o que efetivamente cria, extingue,</p><p>modifica ou declara, o efeito jurídico que o ato produz. Por exemplo, o objeto do</p><p>ato administrativo que concedeu férias por 30 dias ao servidor é a própria</p><p>concessão das férias.</p><p>Os atos administrativos podem ser vinculados, quando não resta margem para o</p><p>administrador decidir, cabendo-lhe apenas aplicar a lei ao caso em concreto, ou</p><p>discricionários, quando a lei deixa uma margem de liberdade para o gestor decidir.</p><p>Os atos vinculados têm os requisitos de competência, finalidade, forma, motivo</p><p>e objeto estabelecidos em lei, enquanto os atos discricionários dão liberdade de</p><p>escolha quanto ao motivo ou o objeto.</p><p>A exoneração de um servidor comissionado é um exemplo de ato discricionário,</p><p>pois o gestor pode realizá-los independentemente de qualquer motivo. Outro exemplo</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 48</p><p>seria um caso em que a lei prevê a aplicação de uma multa entre cem e duzentos reais</p><p>(objeto), deixando para a autoridade pública decidir o valor da multa dentro dessa</p><p>margem.</p><p>4.2. Motivação</p><p>Motivo e motivação são coisas distintas. Aquela corresponde aos pressupostos</p><p>de fato e de direito do ato administrativo, enquanto esta se refere à exposição ou</p><p>declaração por escrito do motivo da realização do ato.</p><p>Por exemplo, a lei diz que o motivo para a aplicação da multa é o estacionamento</p><p>em local proibido. Se o agente de trânsito fundamentar o ato, escrevendo em seu</p><p>boletim o motivo da aplicação da multa, estará motivando o ato.</p><p>A motivação é obrigatória em todos os atos vinculados e na maioria dos atos</p><p>discricionários. Porém, se o gestor decidir motivar seu ato quando a lei não obrigou,</p><p>estará se vinculando à motivação apresentada.</p><p>Exemplificando: o ato de exoneração de um secretário municipal é discricionário</p><p>do prefeito e não precisa ser motivado. Caso o prefeito motive a exoneração do</p><p>secretário de educação em decorrência de falta injustificada por dez dias, e, mais</p><p>tarde, ficar comprovado que essa falta não ocorreu e que o motivo da exoneração foi</p><p>outro, o ato estará sujeito à anulação.</p><p>4.3. Atributos dos atos administrativos</p><p>Os atributos são as qualidades ou características que distinguem os atos</p><p>administrativos dos atos privados. São atributos dos atos administrativos:</p><p> presunção de legitimidade e veracidade: todos os atos administrativos</p><p>presumem-se legais e verdadeiros, admitindo-se prova em contrario. Como</p><p>consequência: (1) enquanto não for decretada a invalidade, os atos produzirão</p><p>efeitos e devem ser cumpridos; (2) cabe ao administrado o ônus de provar o</p><p>contrário – se o agente de trânsito aplicar uma multa a uma pessoa que não</p><p>usava cinto, a pessoa deverá provar o contrário, ou seja, que estava utilizando o</p><p>cinto de segurança;</p><p> imperatividade: o atos administrativos obrigam a sua observância,</p><p>independentemente da anuência do administrado. A imperatividade requer</p><p>expressa previsão legal. Além disso, não se aplica aos atos negociais e</p><p>enunciativos;</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 48</p><p> autoexecutoriedade: consiste na possibilidade que certos atos administrativos</p><p>ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração,</p><p>independentemente de ordem judicial;</p><p> exigibilidade: é a qualidade de exigir que o administrado siga as obrigações</p><p>impostas, utilizando-se de meios indiretos de coerção, como a multa;</p><p> tipicidade: o ato administrativo deve corresponder a figuras previamente</p><p>definidas pela lei como aptas a produzir determinados resultados.</p><p>A tipicidade é descrita por Maria Di Pietro, mas nem todos os autores consideram</p><p>este atributo. O CESPE</p><p>costuma cobrar as questões sem falar em tipicidade, mas é</p><p>importante saber que ela existe.</p><p>4.4. Espécies de atos administrativos</p><p>Vejamos agora as espécies de atos administrativos:</p><p> atos negociais: são aqueles em que a manifestação de vontade da</p><p>Administração coincide com determinado interesse particular, são atos em que</p><p>não se faz presente a imperatividade ou autoexecutoriedade do particular. São</p><p>exemplos: (1) licença: ato vinculado e definitivo a exemplo das licenças para</p><p>dirigir e construir; (2) permissão: ato discricionário e precário (pode ser</p><p>revogado a qualquer momento) produzido quando o interesse predominante é o</p><p>público, como a permissão de serviços públicos prevista na CF/88; (3)</p><p>autorização: também é discricionário e precário, porém o interesse</p><p>predominante é o do particular – autorização para explorar serviço de taxi;</p><p> atos enunciativos: é o ato pelo qual a Administração declara um fato ou preferi</p><p>uma opinião, sem que tal manifestação, por si só, produza consequências</p><p>jurídicas – certidão, atestado, visto, parecer, etc.;</p><p> atos punitivos: são os atos pelos quais a Administração aplica sanções aos</p><p>seus agentes e aos administrados em decorrência de ilícitos administrativos;</p><p> atos normativos: são os atos gerais e abstratos. Um ato administrativo geral é</p><p>aquele que têm destinatários indeterminados, como a portaria que dispõe</p><p>sobre o horário de funcionamento de um órgão público – ela se aplica a todas as</p><p>pessoas que tiverem interesse em se deslocar ao órgão. O ato abstrato é aquele</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 48</p><p>que se aplica a uma situação hipotética. O decreto regulamentar sobre o</p><p>registro de preços dispõe sobre situações hipotéticas. São exemplos de atos</p><p>normativos os decretos regulamentares, as instruções normativas e as portarias,</p><p>quando tiverem conteúdo geral e abstrato;</p><p> atos ordinários: são atos administrativos internos, destinados a estabelecer</p><p>normas de conduta para os agentes públicos, sem causar efeitos externos é</p><p>esfera administrativa. Decorrem do poder hierárquico. São exemplos: as ordens</p><p>de serviço, portarias internas, instruções.</p><p>(CESPE – AJ/Judiciário/TRT 10/2013) No que concerne aos atos administrativos e à</p><p>prescrição, julgue o item que se segue.</p><p>41. Os fatos administrativos não produzem efeitos jurídicos, motivo pelo qual não são</p><p>enquadrados no conceito de ato administrativo.</p><p>Comentário: os fatos administrativos causam efeitos jurídicos, mas,</p><p>diferentemente dos atos administrativos, independem do homem.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>(CESPE – AJ/Oficial de Justiça Avaliador/TJDFT/2013) Julgue o item seguinte,</p><p>relacionado aos atos administrativos.</p><p>42. A designação de ato administrativo abrange toda atividade desempenhada pela</p><p>administração.</p><p>Comentário: os atos da administração é que abrangem toda a atividade</p><p>desempenhada pela Administração.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>(CESPE – Escrivão/PC BA/2013) Com relação ao ato administrativo, julgue o item</p><p>que se segue.</p><p>43. O contrato de financiamento ou mútuo firmado pelo Estado constitui ato de direito</p><p>privado, não sendo, portanto, considerado ato administrativo.</p><p>Comentário: um contrato de financiamento ou mútuo firmado pelo Estado é</p><p>regido pelas normas de direito privado. Neste caso, o Estado está atuando em</p><p>situação de igualdade perante o administrado. Dessa forma, é apenas um ato da</p><p>administração, mas não é um ato administrativo.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>(CESPE - DP DF/2013) Julgue o item a seguir, concernentes aos atos administrativos.</p><p>44. A edição de atos administrativos é exclusiva dos órgãos do Poder Executivo, não</p><p>tendo as autoridades dos demais poderes competência para editá-los.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 48</p><p>Comentário: da mesma forma que o Poder Executivo, os demais poderes</p><p>também realizam atos administrativos. A nomeação de um servidor, por</p><p>exemplo, pode ocorrer em qualquer um dos poderes e é um exemplo de ato</p><p>administrativo.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>(CESPE - ATA MIN/2013) No que se refere a atos administrativos, julgue o item</p><p>seguinte.</p><p>45. O conceito de ato administrativo não se confunde com o conceito legal de ato</p><p>jurídico.</p><p>Comentário: coloquei essa questão apenas para vocês verem o entendimento do</p><p>CESPE. Os atos jurídicos se dividem em atos de direito privado e de direito</p><p>público (atos administrativos). Dessa forma, o item estaria correto. Porém, a</p><p>banca o considerou errado. Lamentável!</p><p>Fica assim então, para o CESPE: ato administrativo se confunde com o conceito</p><p>legal de ato jurídico.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>(CESPE - ATA MIN/2013) No que se refere a atos administrativos, julgue o item</p><p>seguinte.</p><p>46. A construção de uma ponte pela administração pública caracteriza um fato</p><p>administrativo, pois constitui uma atividade pública material em cumprimento de</p><p>alguma decisão administrativa.</p><p>Comentário: esse é o entendimento do CESPE, em que pese alguns</p><p>doutrinadores trabalhem de forma distinta, a banca entende que o fto</p><p>administrativo constitui uma atividade pública material em cumprimento de</p><p>alguma decisão administrativa.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>(CESPE - AnaTA MIN/2013) A respeito de atos administrativos, julgue o item a seguir.</p><p>47. Todos os atos da administração pública que produzem efeitos jurídicos são</p><p>considerados atos administrativos, ainda que sejam regidos pelo direito privado.</p><p>Comentário: nem todos os atos da administração que produzem efeitos jurídicos</p><p>são atos administrativos, mas somente aqueles regidos pelo direito público.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>(CESPE - AnaTA MJ/2013) Julgue o item subsequente, referente aos atos</p><p>administrativos.</p><p>48. O motivo do ato administrativo não se confunde com a motivação estabelecida pela</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 48</p><p>autoridade administrativa. A motivação é a exposição dos motivos e integra a</p><p>formalização do ato. O motivo é a situação subjetiva e psicológica que corresponde</p><p>à vontade do agente público.</p><p>Comentário: o item começa muito bem, porém o motivo é o pressuposto de fato</p><p>e de direito que determina ou autoriza a realização do ato administrativo, não se</p><p>trata se uma situação subjetiva ou psicológica.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>(CESPE – AJ/Administrativo/TRT 10/2013) Julgue o item a seguir, referente a atos</p><p>administrativos.</p><p>49. Consoante a doutrina, são requisitos ou elementos do ato administrativo a</p><p>competência, o objeto, a forma, o motivo e a finalidade.</p><p>Comentário: esses são os requisitos dos atos administrativos. Lembrando que</p><p>competência, finalidade e forma são sempre vinculados, enquanto motivo e</p><p>objeto podem ser discricionários.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>(CESPE – TJ/Administrativo/TRT 10/2013) A respeito dos atos administrativos,</p><p>julgue o próximo item.</p><p>50. Segundo a doutrina, os atos administrativos gozam dos atributos da presunção de</p><p>legitimidade, da imperatividade, da exigibilidade e da autoexecutoriedade.</p><p>Comentário: dispensa comentários. Poderíamos incluir ainda a tipicidade, mas</p><p>como a questão não disse que são apenas esses, não deixa de estar correta.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>(CESPE - Adm (MIN)/2013) Em relação a atos administrativos, julgue o item seguinte.</p><p>51. O atributo da imperatividade não está presente em todos os atos administrativos.</p><p>Comentário: a imperatividade requer expressa previsão legal. Assim, não está</p><p>presente em todos os atos administrativos. Além disso, os atos enunciativos e</p><p>negociais não gozam desse</p><p>atributo.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>5. REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA</p><p>A competência para legislar sobre requisição administrativa é da União, nos</p><p>termos do artigo 22, III, da CF/88. A previsão de tal instituto encontra-se no artigo 5º,</p><p>inciso XXV, da Constituição da seguinte forma,</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 48</p><p>“XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de</p><p>propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver</p><p>dano;” (grifos nossos)</p><p>Nesse sentido, Maria Sylvia Zanella Di Pietro define a requisição administrativa</p><p>como,</p><p>“ato administrativo unilateral, autoexecutório e oneroso, consistente na utilização de bens</p><p>ou de serviços particulares pela Administração, para atender a necessidades coletivas em</p><p>tempo de guerra ou em caso de perigo público eminente.”</p><p>Dessa forma, na servidão administrativa, o Estado se utiliza de bens ou serviços</p><p>dos particulares para resolver necessidades da coletividade decorrentes de perigo</p><p>imediato ou iminente, ou mesmo de guerra. Uma das características da requisição é a</p><p>autoexecutoriedade, isto é, independem de ordem judicial, podendo ser executados</p><p>diretamente pela autoridade administrativa.</p><p>Além disso, a indenização será sempre posterior e só existirá em caso de dano.</p><p>Isso quer dizer que se a Administração requisitar determinado imóvel para utilizar como</p><p>abrigo em uma enchente, o proprietário só receberá indenização se comprovar o dano</p><p>que sofreu com a medida.</p><p>São exemplos de requisição administrativa, segundo Bandeira18, o serviço militar</p><p>obrigatório, o serviço eleitoral obrigatório e a requisição de bens para instalação de</p><p>mesas receptoras de votos e a utilização de imóveis particulares para alojar pessoas</p><p>desabrigadas em virtude de inundação.</p><p>(CESPE – Técnico/Telebrás/2013) Julgue os próximos itens, relativos à legislação</p><p>administrativa.</p><p>52. Mediante requisição administrativa, o Estado pode dispor de bem de particular para</p><p>desenvolver atividade pública, sem a necessidade de pagamento prévio ou</p><p>posterior de indenização, a despeito de desgaste ou dano ao bem.</p><p>Comentário: realmente o Estado pode dispor de bem particular para desenvolver</p><p>atividade pública, sem a necessidade de pagamento prévio. Porém, se houver</p><p>desgaste ou dano da propriedade particular, deverá ocorrer indenização</p><p>posterior.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>(CESPE – Analista/Administração/INPI/2013) Acerca dos atos administrativos, julgue</p><p>os itens que se seguem.</p><p>18</p><p>Bandeira, apud Barchet, 2008.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 48</p><p>53. Em caso de necessidade pública inadiável e urgente, o agente público pode emitir</p><p>um ato administrativo unilateral, autoexecutório e oneroso, o qual permite a</p><p>utilização coativa de bens e serviços de particulares. Esse ato é também conhecido</p><p>como requisição administrativa.</p><p>Comentário: percebam que o item é praticamente cópia da definição de</p><p>requisição administrativa que apresentados. A requisição á um ato unilateral,</p><p>autoexecutório e oneroso. É aplicada independentemente da anuência do</p><p>proprietário, sendo, portanto, coativa de seus bens ou serviços.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>Pessoal, por hoje é só.</p><p>Espero que tenham gostado desta aula demonstrativa. Vou buscar sempre</p><p>garimpar o máximo de questões para que vocês possam praticar bastante, ficando</p><p>seguros para o dia da prova. Em nossa próxima aula, vamos estudar alguns tópicos de</p><p>gestão por competências e de gestão de pessoas. Além, é claro, de uma grande</p><p>quantidade de questões comentadas. Espero por vocês.</p><p>Bons estudos!</p><p>HERBERT ALMEIDA.</p><p>herbert@estrategiaconcursos.com.br</p><p>http://estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/herbert-almeida-3314/</p><p>6. QUESTÕES COMENTADAS NA AULA</p><p>(CESPE – Técnico Ministerial/Administrativo/MPE PI/2011) Com relação a</p><p>administração direta, indireta e funcional, julgue o item a seguir.</p><p>1. As agências executivas não constituem uma nova entidade, pois, na verdade, elas</p><p>não passam de autarquias e(ou) fundações públicas que foram qualificadas como</p><p>tal.</p><p>(CESPE – Técnico Administrativo/ANAC/2012) Com relação à administração direta,</p><p>indireta e funcional, julgue os itens a seguir.</p><p>2. A autarquia é o serviço autônomo criado por lei, com personalidade jurídica,</p><p>patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração</p><p>pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 48</p><p>financeira descentralizada.</p><p>3. A administração direta é constituída pelos serviços integrados na estrutura</p><p>administrativa da presidência da República e dos ministérios, incluídas as</p><p>fundações públicas.</p><p>4. Os princípios fundamentais da administração federal são planejamento,</p><p>coordenação, descentralização, delegação de competência e controle.</p><p>5. Uma fundação pública é criada por ato do Poder Executivo, sendo desnecessária</p><p>autorização legislativa.</p><p>(CESPE – APGI/Direito/INPI/2013) Com relação à administração pública direta e</p><p>indireta, às autarquias e às empresas públicas, julgue os itens que se seguem.</p><p>6. As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, com totalidade de</p><p>capital público, cuja criação depende de autorização legislativa, e sua estruturação</p><p>jurídica pode se dar em qualquer forma admitida em direito.</p><p>7. O instituto da desconcentração permite que as atribuições sejam distribuídas entre</p><p>órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica com vistas a alcançar</p><p>uma melhora na estrutura organizacional. Assim, concentração refere-se à</p><p>administração direta; já desconcentração, à indireta.</p><p>8. A autarquia, mesmo sendo integrante da administração pública indireta, tem</p><p>personalidade jurídica de direito privado e sua criação depende de lei específica.</p><p>(CESPE – Técnico Administrativo/ANTT/2013) Acerca da administração direta,</p><p>indireta e fundacional, julgue os itens a seguir.</p><p>9. As fundações públicas destinam-se à realização de atividades não lucrativas e</p><p>atípicas do poder público, porém de interesse coletivo.</p><p>10. O capital da empresa pública é exclusivamente público, mas ostenta personalidade</p><p>de direito privado, e suas atividades são regidas pelos preceitos comerciais.</p><p>11. Criação por lei específica, personalidade jurídica própria e patrimônio próprio</p><p>constituem os pontos em comum de todas as pessoas jurídicas que integram a</p><p>administração indireta da União.</p><p>12. A finalidade precípua da administração pública é a promoção do bem-estar social,</p><p>que se traduz na tarefa de elaborar e executar os planos nacionais e regionais de</p><p>ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social.</p><p>13. As autarquias submetem-se ao regime jurídico de direito privado quanto a criação,</p><p>extinção, poderes, prerrogativas e privilégios.</p><p>14. As autarquias só podem ser criadas pela União.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 48</p><p>(CESPE – Técnico em Administração/TJ AC/2012) Acerca de administração direta,</p><p>indireta e fundacional, julgue os itens que se seguem.</p><p>15. A empresa pública criada com a finalidade de explorar atividade econômica deve</p><p>ser, necessariamente, formada sob o regime de pessoa jurídica</p><p>de direito privado.</p><p>16. As autarquias, pessoas jurídicas de direito público integrantes da administração</p><p>indireta, poderão, em caráter excepcional, ser criadas por lei infraconstitucional.</p><p>17. A administração indireta é composta pelas autarquias, fundações públicas,</p><p>empresas públicas e sociedades de economia mista.</p><p>(CESPE – Administrador/TJ RR/2012) No que se refere à administração direta,</p><p>indireta e fundacional bem como a atos administrativos, julgue os itens que se seguem.</p><p>18. A criação de fundações públicas ocorre por meio de lei ordinária específica,</p><p>contudo, a definição de suas áreas de atuação depende da edição de lei</p><p>complementar.</p><p>(CESPE – ATI/Administração/2010) Com relação à organização administrativa da</p><p>União, julgue o item seguinte.</p><p>19. A administração federal organiza-se em administração direta, indireta e agências</p><p>reguladoras vinculadas a ministérios.</p><p>(CESPE – Analista/Administrativo/MPU/2010) Ao dar continuidade à reestruturação</p><p>de um órgão público, o seu diretor pretende distribuir as competências internamente,</p><p>ou seja, no âmbito do próprio órgão, a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação</p><p>dos serviços e conseguir economia de escala na gestão dos custos operacionais e</p><p>administrativos. De antemão, o diretor decidiu que, caso essa reestruturação não fosse</p><p>bem sucedida, seria firmado contrato para transferir a outro ente público, fora de sua</p><p>estrutura, a execução dos serviços prestados pelo órgão.</p><p>A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item que se</p><p>segue.</p><p>20. Firmando-se o contrato com órgão da administração direta, a prestação de serviços</p><p>ocorrerá centralizadamente mediante desconcentração.</p><p>(CESPE – Administrador/FUB/2009) A respeito da administração direta, indireta e</p><p>fundacional, julgue os itens a seguir.</p><p>21. Um órgão que integra pessoas políticas do Estado, que têm competência para o</p><p>exercício de atividades administrativas é um órgão da administração direta.</p><p>22. A administração indireta é o conjunto de pessoas administrativas que,</p><p>desvinculadas da administração direta, exercem atividades administrativas.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 45 de 48</p><p>23. Ao ser instituída, uma fundação pública de direito público passa a compor a</p><p>administração direta.</p><p>24. É possível ao particular, por ato seu em vida, caso aceito pela administração</p><p>pública, instituir patrimônio e criar uma fundação pública.</p><p>25. As fundações públicas não possuem finalidade de exploração econômica com fins</p><p>lucrativos.</p><p>26. Cabe ao Ministério Público Federal o acompanhamento e controle de legalidade da</p><p>administração pública sobre as fundações públicas federais.</p><p>27. Mesmo compondo a administração indireta, a autarquia está subordinada</p><p>hierarquicamente à entidade estatal à qual pertence.</p><p>28. O orçamento da autarquia é idêntico em sua forma ao da entidade estatal à qual ela</p><p>pertence.</p><p>(CESPE – APGI/Administração/INPI/2013) Com o objetivo de melhorar o</p><p>cumprimento dos fins da administração, em especial a proteção dos direitos dos</p><p>administrados, a legislação estabelece normas básicas sobre o processo administrativo</p><p>no âmbito da administração federal direta e indireta. Com relação a esse assunto,</p><p>julgue os itens subsequentes.</p><p>29. Compreendem-se como entidades da administração direta, dotadas de</p><p>personalidade jurídica própria, as autarquias, empresas públicas, sociedades de</p><p>economia mista e fundações públicas.</p><p>30. A incumbência da administração pública federal no Brasil está diretamente ligada à</p><p>presidência da República e aos ministérios.</p><p>31. As fundações legalmente constituídas e estabelecidas no território nacional, por</p><p>prestarem relevantes serviços de cunho social, são consideradas entidades da</p><p>administração pública indireta.</p><p>(CESPE – TNS/MC/2013) Com referência a desconcentração e descentralização</p><p>administrativa, julgue os itens subsequentes.</p><p>32. O contrato de concessão firmado entre a administração pública e o concessionário</p><p>constitui exemplo de descentralização administrativa.</p><p>33. Quando o Estado, por outorga e por prazo indeterminado, transfere a realização de</p><p>determinado serviço público a uma entidade, ocorre descentralização</p><p>administrativa.</p><p>34. A desconcentração administrativa é uma técnica administrativa cuja utilização é</p><p>vedada a organizações da administração indireta.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 48</p><p>35. Caso uma organização pública pretenda realizar a desconcentração administrativa,</p><p>ela deverá criar um novo número de CNPJ para a nova instituição, que terá</p><p>personalidade jurídica distinta e novas atribuições.</p><p>(CESPE – Analista/Gestão Pública/MPU/2013) Acerca da administração direta e</p><p>indireta, julgue os itens a seguir.</p><p>36. O desempenho de atividade de natureza econômica e a sujeição ao controle estatal</p><p>são aspectos compartilhados pelas empresas públicas e pelas sociedades de</p><p>economia mista.</p><p>37. As fundações instituídas pelo poder público, criadas mediante lei específica, gozam</p><p>de autonomia administrativa, não estando sujeitas ao controle administrativo da</p><p>administração direta.</p><p>38. Por serem pessoa jurídica de direito público de capacidade exclusivamente</p><p>administrativa, as autarquias têm autonomia para, mediante lei, instituir direitos e</p><p>obrigações a si mesmas.</p><p>(CESPE – Analista/Gestão Pública/MPU/2013) No que diz respeito à organização da</p><p>administração pública brasileira e à gestão pública, julgue os itens que se seguem.</p><p>39. Entidade pública cujo patrimônio compõe-se de 60% de capital da União, 30% de</p><p>capital de estado-membro e 10% de capital de município não pode ser</p><p>caracterizada por empresa pública, pois não traz a unipessoalidade que configura</p><p>esta entidade de direito privado.</p><p>40. A criação de sociedade de economia mista para a venda de medicamentos a custo</p><p>reduzido deverá ser feita por lei complementar, tendo essa sociedade</p><p>personalidade jurídica de direito público, dado o tipo de produto que será</p><p>comercializado.</p><p>(CESPE – AJ/Judiciário/TRT 10/2013) No que concerne aos atos administrativos e à</p><p>prescrição, julgue o item que se segue.</p><p>41. Os fatos administrativos não produzem efeitos jurídicos, motivo pelo qual não são</p><p>enquadrados no conceito de ato administrativo.</p><p>(CESPE – AJ/Oficial de Justiça Avaliador/TJDFT/2013) Julgue o item seguinte,</p><p>relacionado aos atos administrativos.</p><p>42. A designação de ato administrativo abrange toda atividade desempenhada pela</p><p>administração.</p><p>(CESPE – Escrivão/PC BA/2013) Com relação ao ato administrativo, julgue o item que</p><p>se segue.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 47 de 48</p><p>43. O contrato de financiamento ou mútuo firmado pelo Estado constitui ato de direito</p><p>privado, não sendo, portanto, considerado ato administrativo.</p><p>(CESPE - DP DF/2013) Julgue o item a seguir, concernentes aos atos administrativos.</p><p>44. A edição de atos administrativos é exclusiva dos órgãos do Poder Executivo, não</p><p>tendo as autoridades dos demais poderes competência para editá-los.</p><p>(CESPE - ATA MIN/2013) No que se refere a atos administrativos, julgue o item</p><p>seguinte.</p><p>45. O conceito de ato administrativo não se confunde com o conceito legal de ato</p><p>jurídico.</p><p>(CESPE - ATA MIN/2013) No que se refere a atos administrativos, julgue o item</p><p>seguinte.</p><p>46. A construção de uma ponte pela administração pública caracteriza um fato</p><p>administrativo, pois constitui uma atividade pública material em cumprimento de</p><p>alguma decisão</p><p>administrativa.</p><p>(CESPE - AnaTA MIN/2013) A respeito de atos administrativos, julgue o item a seguir.</p><p>47. Todos os atos da administração pública que produzem efeitos jurídicos são</p><p>considerados atos administrativos, ainda que sejam regidos pelo direito privado.</p><p>(CESPE - AnaTA MJ/2013) Julgue o item subsequente, referente aos atos</p><p>administrativos.</p><p>48. O motivo do ato administrativo não se confunde com a motivação estabelecida pela</p><p>autoridade administrativa. A motivação é a exposição dos motivos e integra a</p><p>formalização do ato. O motivo é a situação subjetiva e psicológica que corresponde</p><p>à vontade do agente público.</p><p>(CESPE – AJ/Administrativo/TRT 10/2013) Julgue o item a seguir, referente a atos</p><p>administrativos.</p><p>49. Consoante a doutrina, são requisitos ou elementos do ato administrativo a</p><p>competência, o objeto, a forma, o motivo e a finalidade.</p><p>(CESPE – TJ/Administrativo/TRT 10/2013) A respeito dos atos administrativos, julgue</p><p>o próximo item.</p><p>50. Segundo a doutrina, os atos administrativos gozam dos atributos da presunção de</p><p>legitimidade, da imperatividade, da exigibilidade e da autoexecutoriedade.</p><p>(CESPE - Adm (MIN)/2013) Em relação a atos administrativos, julgue o item seguinte.</p><p>51. O atributo da imperatividade não está presente em todos os atos administrativos.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 48 de 48</p><p>(CESPE – Técnico/Telebrás/2013) Julgue os próximos itens, relativos à legislação</p><p>administrativa.</p><p>52. Mediante requisição administrativa, o Estado pode dispor de bem de particular para</p><p>desenvolver atividade pública, sem a necessidade de pagamento prévio ou</p><p>posterior de indenização, a despeito de desgaste ou dano ao bem.</p><p>(CESPE – Analista/Administração/INPI/2013) Acerca dos atos administrativos, julgue</p><p>os itens que se seguem.</p><p>53. Em caso de necessidade pública inadiável e urgente, o agente público pode emitir</p><p>um ato administrativo unilateral, autoexecutório e oneroso, o qual permite a</p><p>utilização coativa de bens e serviços de particulares. Esse ato é também conhecido</p><p>como requisição administrativa.</p><p>7. GABARITO</p><p>1. C 6. C 11. C 16. E 21. C 26. C 31. E 36. C 41. E 46. C 51. C</p><p>2. C 7. E 12. C 17. C 22. E 27. E 32. C 37. E 42. E 47. E 52. E</p><p>3. E 8. E 13. E 18. X 23. E 28. C 33. C 38. E 43. C 48. E 53. C</p><p>4. C 9. C 14. E 19. E 24. E 29. E 34. E 39. E 44. E 49. C</p><p>5. E 10. C 15. C 20. X 25. C 30. C 35. E 40. E 45. E 50. C</p><p>8. REFERÊNCIAS</p><p>ALEXANDRINO, Marcelo Alexandrino; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª</p><p>Ed. Rio de Janeiro: Método, 2011.</p><p>BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.</p><p>CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 26ª Edição. São Paulo: Atlas,</p><p>2013.</p><p>DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 26ª Edição. São Paulo: Atlas, 2013.</p><p>MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São</p><p>Paulo: Malheiros Editores, 2013.</p><p>PALUDO, Augustinho Vicente. Administração pública. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2013.</p><p>8.1. Portais Consultados</p><p>Centro de Seleção e Promoção de Eventos (CESPE): http://www.cespe.unb.br/</p><p>Portal da AGU:</p><p>http://www.agu.gov.br/sistemas/site/TemplateTexto.aspx?idConteudo=220492&id_site=788</p><p>de</p><p>serviços públicos, apenas a execução de um serviço. Assim, a pessoa</p><p>1</p><p>Alexandrino e Paulo, 2011, p. 23.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 48</p><p>que recebe a delegação poderá prestar o serviço diretamente à população,</p><p>em seu próprio nome e por sua conta e risco, sofrendo a fiscalização do</p><p>Estado2. Um exemplo de descentralização por delegação ocorre com os</p><p>serviços de telefonia, prestados por empresas privadas.</p><p>É fundamental distinguir essas duas formas de descentralização. Na primeira</p><p>hipótese, a outorga, a própria titularidade do serviço é transferida ao terceiro por meio</p><p>de lei e, por conseguinte, somente por lei poderá ser retirada ou modificada.</p><p>Ademais, a outorga tem presunção de definitividade, isto é, em tese será exercida</p><p>indeterminadamente pelo ente outorgado.</p><p>Por outro lado, na descentralização por delegação, transfere-se apenas a</p><p>execução do serviço por ato administrativo (unilateral) ou contrato administrativo</p><p>(bilateral). Na primeira hipótese (ato administrativo – autorização de serviços públicos),</p><p>em regra, não há prazo determinado para a delegação, uma vez que esse instrumento</p><p>reveste-se de precariedade, isto é, pode ser revogado a qualquer tempo e, em geral,</p><p>sem direito à indenização. No caso do contrato (concessão ou permissão de serviços</p><p>públicos), porém, a delegação é efetivada por prazo determinado, estando sujeita às</p><p>cláusulas legais e contratuais para modificação e revogação do instrumento.</p><p>Vejamos alguns exemplos:</p><p> a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é uma autarquia</p><p>sob regime especial criada pela Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997,</p><p>vinculada ao Ministério das Comunicações, com a função de órgão</p><p>regulador das telecomunicações (descentralização por outorga);</p><p> a Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL) é uma empresa</p><p>pública cuja criação foi autorizada pela Lei nº 12.404, de 4 de maio de</p><p>2011, vinculada ao Ministério dos Transportes, com o objetivo de planejar</p><p>e promover o desenvolvimento do serviço de transporte ferroviário de alta</p><p>velocidade de forma integrada com as demais modalidades de transporte</p><p>(descentralização por outorga); e</p><p> as diversas empresas de telefonia móvel (Oi, Tim, Claro, Vivo, etc.)</p><p>oferecem os serviços de forma descentralizada por meio de contrato de</p><p>concessão de serviços públicos (delegação ou descentralização por</p><p>colaboração).</p><p>Além das formas apresentadas acima, podemos falar, ainda, na</p><p>descentralização territorial ou geográfica. A Constituição Federal, no §2º do artigo</p><p>18, dispõe sobre a possibilidade de criação dos chamados territórios federais, vejamos:</p><p>2</p><p>Alexandrino e Paulo, 2011, p. 24.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 48</p><p>“Art. 18. (...)</p><p>§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em</p><p>Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei</p><p>complementar.”</p><p>Essa é uma modalidade de descentralização na qual a União cria uma pessoa</p><p>jurídica com limites territoriais determinados e competências administrativas</p><p>genéricas. Assim, enquanto as entidades que compõem a Administração indireta</p><p>apresentam capacidade administrativa específica para desempenhar a atividade para a</p><p>qual foram criadas, os territórios possuem capacidade administrativa genérica para</p><p>atuar em diversas áreas dentro do limite geográfica que os compõem.</p><p>Os territórios não integram a federação, mas possuem personalidade jurídica de</p><p>direito público. Não possuem também capacidade política, mas apenas administrativa</p><p>genérica, por esse motivo alguns doutrinadores chegam a chamá-las de autarquias</p><p>territoriais ou geográficas. Por fim, cabe destacar que atualmente não existem</p><p>territórios federais no Brasil, apesar de existir a possibilidade de sua criação.</p><p>Passaremos, agora, a falar sobre a desconcentração. Diferentemente da</p><p>descentralização, a desconcentração ocorre exclusivamente dentro de uma mesma</p><p>pessoa jurídica, constituindo uma técnica administrativa utilizada para distribuir</p><p>internamente as competências. Assim, quando os municípios se organizam em</p><p>secretarias, nada mais estão fazendo do que desconcentrando as competências dentro</p><p>de sua própria estrutura. Por meio da desconcentração é que surgem os órgãos</p><p>públicos.</p><p>Para Hely Lopes Meirelles3 a desconcentração é uma técnica administrativa</p><p>de simplificação e aceleração do serviço dentro da mesma entidade, diversamente</p><p>da descentralização, que é uma técnica da especialização, consistente na retirada do</p><p>serviço de dentro de uma entidade e transferência a outra para que o execute com</p><p>mais perfeição e autonomia.</p><p>Nesse contexto, há desconcentração quando a União se organiza em ministérios</p><p>ou quando uma autarquia ou empresa pública se organiza em departamentos para</p><p>melhor prestar os seus serviços. Dessa forma, podemos perceber que a</p><p>desconcentração pode ocorrer tanto no âmbito das pessoas políticas (União, DF,</p><p>estados ou municípios) quanto nas entidades administrativas da Administração</p><p>indireta.</p><p>Assim, podemos falar em três formas de desconcentração:</p><p>3</p><p>Meirelles, 2013, p. 394.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 48</p><p> em razão da matéria: Ministério da Educação, da Saúde, da Previdência,</p><p>etc.;</p><p> por hierarquia (ou grau): ministérios, superintendências, delegacias, etc.;</p><p> territorial ou geográfica: Superintendência Regional do INSS do Norte,</p><p>Superintendência Regional do INSS do Nordeste, etc.</p><p>O inverso dessa técnica administrativa é a concentração, isto é, a situação em</p><p>que a pessoa jurídica integrante da Administração Pública extingue seus órgãos até</p><p>então existentes, reunindo em um número menor de unidades as respectivas</p><p>competências4. Podemos mencionar, como exemplo, uma situação em que uma</p><p>secretaria municipal de obras resolva diminuir o número de subsecretarias regionais</p><p>com o objetivo de cortar gastos, distribuindo as subáreas das unidades extintas entre</p><p>as estruturas remanescentes.</p><p>Neste momento, é importante destacar que a concentração/desconcentração e a</p><p>centralização/descentralização não são conceitos excludentes, ou seja, um serviço</p><p>pode ser prestado de forma centralizada mediante desconcentração, quando for</p><p>desenvolvido por um órgão integrante da Administração direta (ex. Serviço de</p><p>Fiscalização de Produtos Controlados do Exército); ou pode ser prestado</p><p>descentralizadamente mediante desconcentração, quando for realizado por uma</p><p>unidade integrante da Administração indireta (ex. Superintendência Regional do INSS).</p><p>Para fechar o assunto, basta falar sobre as formas de controle na</p><p>descentralização e na desconcentração. Nessa segunda situação, fala-se em</p><p>hierarquia ou subordinação, ou seja, o controle resulta automaticamente do</p><p>escalonamento vertical dos órgãos, em que os inferiores estão subordinados aos</p><p>superiores. Assim, nas entidades desconcentradas temos o controle hierárquico, que</p><p>pressupõe as faculdades de supervisão, coordenação, orientação, fiscalização,</p><p>aprovação, revisão e avocação das atividades controladas, bem como os meios</p><p>corretivos dos agentes responsáveis5. Trata-se de uma forma de controle interno,</p><p>sendo exercido de forma muito mais ampla que o controle finalístico.</p><p>Na descentralização por outorga, todavia, não há hierarquia ou subordinação</p><p>entre as pessoas</p><p>envolvidas, mas apenas vinculação. Assim, o órgão central realiza a</p><p>tutela (administrativa), supervisão (ministerial) ou controle finalístico sobre o</p><p>exercício da atividade por parte do ente descentralizado, nos termos estabelecidos em</p><p>lei.</p><p>Nesse contexto, Hely Lopes Meirelles conceitua o controle finalístico da</p><p>seguinte forma:</p><p>4</p><p>Alexandrino e Paulo, 2011, p. 27.</p><p>5</p><p>Meirelles, 2013, p. 742.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 48</p><p>“É o que a norma legal estabelece para as entidades autônomas, indicando a</p><p>autoridade controladora, as faculdades a serem exercitadas e as finalidades</p><p>objetivadas. Por isso mesmo, é sempre um controle limitado e externo. Não</p><p>tem fundamento hierárquico, porque não há subordinação entre a entidade</p><p>controlada e a autoridade ou o órgão controlador. É um controle teleológico,</p><p>de verificação do enquadramento da instituição no programa geral do Governo e</p><p>de seu acompanhamento dos atos de seus dirigentes no desempenho de suas</p><p>funções estatutárias, para o atingimento das finalidades da entidade</p><p>controlada.” (grifos nossos)</p><p>Assim, o controle finalístico é exercido pela Administração direta sobre a indireta,</p><p>com o objetivo de garantir que a entidade administrativa esteja realizando</p><p>adequadamente as atividades para a qual se destinam. Contudo, em razão da</p><p>autonomia administrativa que as entidades da Administração indireta detêm, este é um</p><p>controle limitado, que necessita expressa previsão legal que determine os meios de</p><p>controle, os aspectos a serem controlados e as ocasiões em que ocorrerá.</p><p>No caso da descentralização por colaboração ou por delegação, as formas de</p><p>controle são mais amplas do que na outorga. Nesse caso, fala-se em alteração</p><p>unilateral das condições de prestação dos serviços, intervenção, aplicação de sanções,</p><p>encampação, etc.; entretanto, também não existe subordinação hierárquica.</p><p>Para “passar a régua”, as figuras abaixo resumem o que vimos neste tópico.</p><p>DESCENTRALIZAÇÃO</p><p>Duas pessoas</p><p>jurídicas distintas</p><p>Não há hierarquia</p><p>Especialização</p><p>Por outorga</p><p>(por serviços,</p><p>técnica ou</p><p>funcional)</p><p>Exige-se lei para criar ou</p><p>autorizar a criação de outra</p><p>entidade</p><p>Dá origem a Administração</p><p>indireta (autarquias, fundações</p><p>públicas, EP e SEM)</p><p>Transfere a titularidade do</p><p>serviço</p><p>Presunção de definitividade</p><p>Tutela ou controle finalístico</p><p>Por colaboração</p><p>ou por</p><p>delegação</p><p>Ato administrativo -</p><p>autorização de serviço público</p><p>(precariedade)</p><p>Contrato - concessão ou</p><p>permissão (prazo determinado)</p><p>Territorial ou</p><p>geográfica</p><p>Capacidade administrativa</p><p>genérica</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 48</p><p>2. ADMINISTRAÇÃO DIRETA</p><p>Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo6,</p><p>“Administração direta é o conjunto de órgãos que integram as pessoas</p><p>políticas do Estado (União, estados, Distrito Federal e municípios), aos quais foi</p><p>atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, de atividades</p><p>administrativas.” (grifos nossos)</p><p>Para Augustinho Paludo7, por sua vez, a Administração direta compreende as</p><p>competências e serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da</p><p>República e dos Ministérios, assim como os órgãos dos poderes Legislativo e</p><p>Judiciário e do Ministério Público da União. Assim, a Administração direta é composta</p><p>pelos poderes que compõem as pessoas jurídicas de Direito Público com capacidade</p><p>política ou administrativa.</p><p>Nesse contexto, incluem-se na Administração direta a Presidência da República,</p><p>os Ministérios, a Advocacia-Geral da União, a Câmara dos Deputados, o Senado</p><p>Federal, o Tribunal de Contas da União, os Tribunais do Poder Judiciário (STF, STJ,</p><p>TSE, TST, etc.) e o Ministério Público.</p><p>Esses órgãos são centros de competências despersonalizados, ou seja, não</p><p>possuem personalidade ou capacidade jurídica própria. Por fim, cabe destacar que a</p><p>6</p><p>Alexandrino e Paulo, 2011, p. 27.</p><p>7</p><p>Paludo, 2013, p. 28.</p><p>DESCONCENTRAÇÃO</p><p>Mesma pessoa jurídica</p><p>Há hierárquia (controle</p><p>hierárquico)</p><p>Técnica administrativa</p><p>Dá origem aos órgãos</p><p>públicos</p><p>Em razão da matéria</p><p>(Saúde, Educação, Previdência, etc.)</p><p>Por hierarquia</p><p>(ministério, superintendência,</p><p>delegacia, etc.)</p><p>Territorial ou geográfica</p><p>(Norte, Sul, Nordeste, etc.)</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 48</p><p>atuação dos órgãos, por meio de seus agentes, é imputada à entidade estatal a que</p><p>pertencem8.</p><p>3. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA</p><p>De acordo com Gustavo Barchet,</p><p>“A Administração Indireta, por sua vez, corresponde ao conjunto de entidades</p><p>administrativas criadas por cada uma de nossas entidades políticas e que,</p><p>estando vinculadas às respectivas Administrações diretas, exerce atividade</p><p>administrativa de modo descentralizado.” (grifos nossos)</p><p>Assim, a Administração indireta é composta por entidades ou pessoas</p><p>administrativas, que possuem personalidade jurídica própria e autonomia, podendo ser</p><p>de direito público ou de direito privado. O tipo de personalidade jurídica decorre do tipo</p><p>de criação da entidade: quando criada diretamente por lei específica, serão de direito</p><p>público; por outro lado, serão de direito privado quando forem criados pelo registro de</p><p>seu ato constitutivo, após receberem autorização legislativa para tal.</p><p>Nesse sentido, vejamos o que dispõe a Constituição Federal no inciso XIX do</p><p>artigo 37:</p><p>“XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a</p><p>instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de</p><p>fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de</p><p>sua atuação;” (grifos nossos)</p><p>Assim, as autarquias são de direito público, pois são criadas diretamente por lei</p><p>específica, independentemente de qualquer outra medida complementar. Por sua vez,</p><p>as fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista (SEM) são de</p><p>direito privado, pois apenas recebem autorização legislativa para criação, que só se</p><p>consolida com o respectivo registro competente.</p><p>Contudo, cabe fazer um pequeno destaque. Na antiga redação do inciso XIX do</p><p>artigo 37 da CF/88 (antes da EC 19/1998), as fundações públicas também eram</p><p>criadas diretamente por lei. Dessa forma, atualmente existem dois tipos de fundação</p><p>pública:</p><p> fundação pública de direito público (fundações autárquicas): criadas</p><p>diretamente por lei específica; e</p><p> fundação pública de direito privado: recebem autorização legislativa</p><p>para sua criação.</p><p>8</p><p>Paludo, 2013, p. 28.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 48</p><p>Para fechar, o Decreto-Lei 200/1967 apresenta a composição da Administração</p><p>Pública federal da seguinte forma:</p><p>“Art. 4° A Administração Federal compreende:</p><p>I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na</p><p>estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.</p><p>II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de</p><p>entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:</p><p>a) Autarquias;</p><p>b) Emprêsas Públicas;</p><p>c) Sociedades de Economia Mista.</p><p>d) fundações públicas.” (grifos nossos)</p><p>Após</p><p>essa apresentação inicial, vamos analisar cada uma das entidades</p><p>administrativas que compõem a administração indireta.</p><p>3.1. Autarquias</p><p>O Decreto-Lei 200/1967 define autarquia da seguinte forma:</p><p>“Art. 5º (...)</p><p>I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,</p><p>patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração</p><p>Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e</p><p>financeira descentralizada.” (grifos nossos)</p><p>Para Maria Di Pietro as autarquias são pessoas jurídicas de direito público,</p><p>criadas por lei, com capacidade de autoadministração, para o desempenho de serviço</p><p>público descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei.</p><p>De forma mais simples, as autarquias representam uma extensão da</p><p>Administração direta, pois, em regra, realizam atividades típicas de Estado, que só</p><p>podem ser realizadas por entidades de direito público. Assim, elas são a</p><p>personificação de um serviço retirado da administração direta. Elas são criadas para</p><p>fins de especialização da administração pública, pois desempenham um serviço</p><p>específico, com maior autonomia em relação ao Poder central.</p><p>Elas não se submetem ao controle hierárquico, mas estão vinculadas à pessoa</p><p>política que a criou, normalmente por intermédio do ministério da área correspondente.</p><p>Vejamos alguns exemplos de autarquias federais9:</p><p> Instituto Nacional do Seguro Social – INSS: autarquia vinculada ao</p><p>Ministério da Previdência Social;</p><p>9</p><p>No Portal da AGU está disponível uma relação com todas as autarquias e funções públicas federais:</p><p>http://www.agu.gov.br/sistemas/site/TemplateTexto.aspx?idConteudo=220492&id_site=788</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 48</p><p> Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA: autarquia vinculada</p><p>à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República:</p><p> Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL: autarquia vinculada</p><p>ao Ministério das Comunicações.</p><p>Atualmente, o ordenamento jurídico brasileiro comporta alguns tipos de</p><p>autarquias, vejamos: (a) autarquia “comum” ou “ordinária”; (b) autarquia “sob regime</p><p>especial”; (c) autarquia fundacional; e (d) associação pública.</p><p>O primeiro caso se refere às autarquias que não apresentam nenhuma</p><p>peculiaridade em relação ao modelo apresentado no DL 200/67. As autarquias sob</p><p>regime especial apresentam alguma peculiaridade em relação ao modelo normal, a</p><p>exemplo das agências reguladoras. As autarquias fundacionais ou fundações</p><p>autárquicas são as fundações públicas de direito público, que são criadas diretamente</p><p>por lei. Por último, as associações públicas são autarquias interfederativas, pois são</p><p>formadas pelos consórcios públicos previstos na Lei 11.107/2005, que não será objeto</p><p>de estudo desse curso. Segundo a mencionada Lei:</p><p>“Art. 6o O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:</p><p>I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a</p><p>vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções;</p><p>II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.</p><p>§ 1o O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra</p><p>a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.”</p><p>Assim, a associação pública não constitui uma nova espécie de entidade</p><p>administrativa, mas tão somente uma espécie de autarquia que integra a administração</p><p>indireta de todos os entes da Federação consorciados.</p><p>3.1.1. Agências executivas</p><p>O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), ao dispor sobre a</p><p>Reforma Gerencial, estabeleceu como objetivo para o setor das atividades</p><p>exclusivas: transformar as autarquias e fundações que possuem poder de</p><p>Estado em agências autônomas, administradas segundo um contrato de gestão.</p><p>Percebam que o termo utilizado pelo PDRAE foi agências autônomas. Todavia,</p><p>a Lei 9.649/1998 preferiu utilizar o termo agências executivas, estabelecendo</p><p>algumas exigências para que a autarquia ou fundação receba tal qualificação, vejamos:</p><p>“Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a</p><p>autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos:</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 48</p><p>I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento</p><p>institucional em andamento;</p><p>II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.</p><p>§ 1º A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da</p><p>República.</p><p>§ 2º O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa</p><p>específicas para as Agências Executivas, visando assegurar a sua autonomia</p><p>de gestão, bem como a disponibilidade de recursos orçamentários e</p><p>financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos</p><p>Contratos de Gestão.</p><p>Art. 52. Os planos estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento</p><p>institucional definirão diretrizes, políticas e medidas voltadas para a</p><p>racionalização de estruturas e do quadro de servidores, a revisão dos processos</p><p>de trabalho, o desenvolvimento dos recursos humanos e o fortalecimento da</p><p>identidade institucional da Agência Executiva.</p><p>§ 1º Os Contratos de Gestão das Agências Executivas serão celebrados</p><p>com periodicidade mínima de um ano e estabelecerão os objetivos, metas</p><p>e respectivos indicadores de desempenho da entidade, bem como os</p><p>recursos necessários e os critérios e instrumentos para a avaliação do seu</p><p>cumprimento.</p><p>§ 2º O Poder Executivo definirá os critérios e procedimentos para a elaboração e</p><p>o acompanhamento dos Contratos de Gestão e dos programas estratégicos de</p><p>reestruturação e de desenvolvimento institucional das Agências Executivas.”</p><p>(grifos nossos)</p><p>Assim, a autarquia ou fundação que quiser ser qualificada como agência</p><p>executiva deverá, cumulativamente: (1) ter um plano estratégico de reestruturação e de</p><p>desenvolvimento institucional em andamento e (2) ter celebrado Contrato de Gestão</p><p>com o respectivo Ministério supervisor.</p><p>Dessa forma, para Maria Sylvia Zanella Di Pietro10,</p><p>“(...) agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou fundação que</p><p>tenha celebrado contrato de gestão com o órgão da Administração Direta a</p><p>que se acha vinculada, para melhoria da eficiência e redução de custos. Em</p><p>regra, não se trata de entidade instituída com a denominação de agência</p><p>executiva. Trata-se de entidade preexistente (autarquia ou fundação</p><p>governamental) que, uma vez preenchidos os requisitos legais, recebe a</p><p>qualificação de agência executiva, podendo perde-la, se deixar de atender aos</p><p>requisitos”. (grifos nossos)</p><p>10</p><p>Di Pietro, 2006, apud Barchet, 2008, p. 132.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 48</p><p>Percebam que, conforme ensina a professora, a agência executiva é apenas</p><p>uma qualificação especial dada à autarquia ou fundação pública que celebra o</p><p>contrato de gestão com o respectivo órgão supervisor (e que tenha um plano</p><p>estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento), não</p><p>se trata, portanto, de uma nova entidade da Administração indireta.</p><p>3.1.2. Agências reguladoras</p><p>As agências reguladoras são autarquias sob regime especial, integrantes da</p><p>Administração indireta, criadas por lei, dotadas de autonomia financeira e</p><p>orçamentária, organizadas</p><p>em colegiado cujos membros detém mandato fixo, com a</p><p>finalidade de regular e fiscalizar as atividades de prestação de serviços públicos. Não</p><p>estão subordinadas a nenhum outro órgão público, sofrendo apenas a supervisão</p><p>ministerial da área em que atuam.</p><p>Ressalta-se que, apesar da maior autonomia, as agências reguladoras têm seus</p><p>atos sujeitos ao controle do Poder Judiciário e devem prestar contas aos respectivos</p><p>tribunais de contas. Elas surgiram a partir de um momento em que o Estado entende</p><p>que é mais eficiente deixar o modelo intervencionista, deixando a prestação dos</p><p>serviços públicos para a iniciativa privada e se encarregando da atividade regulatória.</p><p>Como exemplos de agências reguladoras podemos citar: ANEEL (Agência</p><p>Nacional de Energia Elétrica), ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), ANP</p><p>(Agência Nacional do Petróleo), Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária),</p><p>ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), ANA (Agência Nacional da Águas),</p><p>etc.</p><p>3.2. Fundações públicas</p><p>Vejamos a definição de fundação pública apresentada pelo DL 200/67:</p><p>“IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito</p><p>privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa,</p><p>para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou</p><p>entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio</p><p>gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por</p><p>recursos da União e de outras fontes.” (grifos nossos)</p><p>Essa definição é um pouco ultrapassada e não corresponde ao conceito atual de</p><p>fundação pública. Dessa forma, vejamos os ensinamentos de Marcelo Alexandrino e</p><p>Vicente Paulo:</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 48</p><p>“De nossa parte, conceituamos fundação pública como a entidade da</p><p>administração indireta instituída pelo poder público mediante a personificação</p><p>de um patrimônio que, dependendo da forma de criação, adquire personalidade</p><p>jurídica de direito público ou personalidade jurídica de direito privado, à qual</p><p>a lei atribui competências administrativas específicas, a serem definidas em lei</p><p>complementar (sua vocação teórica são atividades de interesse social).”</p><p>Assim, conforme vimos acima, a depender da forma de criação (diretamente por</p><p>lei, ou autorizada por lei) a fundação pública pode ser de direito público ou de direito</p><p>privado.</p><p>Com efeito, podemos resumir suas características da seguinte forma11: criação</p><p>por lei ou autorizada por lei específica; personalidade jurídica própria, patrimônio</p><p>próprio e autonomia administrativa. Ademais, elas estão sujeitas à tutela ou controle</p><p>finalístico do ministério da área correspondente e estão sujeitas à fiscalização do</p><p>Ministério Público quanto à legalidade de sua atuação.</p><p>Por fim, as fundações públicas compreendem um patrimônio personalizado,</p><p>afetado a um fim público.</p><p>3.3. Empresas públicas e sociedades de economia mista</p><p>Os conceitos do DL 200/1967 estão bem desatualizados neste ponto. Assim,</p><p>vamos direto aos conceitos doutrinários. Segundo Gustavo Barchet:</p><p>“Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado,</p><p>integrantes da Administração Indireta, criadas pelo registro de seu ato</p><p>constitutivo, após autorização em lei específica, com capital majoritariamente</p><p>público e sempre sob a forma de sociedade anônima, para o desempenho de</p><p>atividade econômica de produção ou comercialização de bens, ou para</p><p>prestação de serviços públicos.”</p><p>“Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da</p><p>Administração Indireta, criadas pelo registro de seu ato constitutivo após</p><p>autorização em lei específica, com capital exclusivamente público e sob</p><p>qualquer forma jurídica admitida em Direito, para o desempenho de atividade</p><p>econômica de produção ou comercialização de bens, ou para prestação de</p><p>serviços públicos.”</p><p>Em comum, as duas formas de entidade administrativa são de direito privado, ao</p><p>menos predominantemente (regime jurídico híbrido); ambas são criadas através de</p><p>registro do ato constitutivo, após autorização legislativa para tal; as duas são criadas</p><p>para o desempenho de atividade econômica de produção ou comercialização de bens,</p><p>ou para a prestação de serviços públicos.</p><p>11</p><p>Adaptado de Paludo, 2013, p. 33.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 48</p><p>Entretanto, o capital das empresas públicas (EP) é totalmente público,</p><p>podendo sua composição advir de entidades políticas (União, estados, DF e</p><p>municípios) ou de entidades administrativas. Contudo, no âmbito federal, a maioria do</p><p>capital votante deve pertencer à União.</p><p>As EP podem ser constituídas sob qualquer forma admitida em Direito</p><p>(sociedade anônima, sociedade por quotas de responsabilidade limitada). Podem,</p><p>ainda, ser criadas sob a forma de sociedade unipessoal, quando a pessoa</p><p>instituidora detém a integralidade de seu capital social. Por fim, exclusivamente na</p><p>esfera federal, as EP podem ser constituídas sob uma forma inédita, prevista</p><p>unicamente para aquela entidade. Essa regra não se aplica aos Estados, DF e</p><p>municípios, pois não podem legislar sobre Direito Comercial.</p><p>A última particularidade diz respeito à justiça competente. Segundo o Texto</p><p>Constitucional:</p><p>“Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:</p><p>I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal</p><p>forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes,</p><p>exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça</p><p>Eleitoral e à Justiça do Trabalho;”</p><p>Dessa forma, a exceção das causas de falência, acidentes de trabalho e às</p><p>competências da Justiça Eleitoral e do Trabalho, as causas em que empresa pública</p><p>federal for interessada, serão resolvidas perante a Justiça Federal.</p><p>Para as sociedades de economia mista (SEM) as coisas são um pouco</p><p>diferentes. Primeiro que elas aceitam capital público e privado, desde que a maioria</p><p>do capital com direito a voto pertença à entidade política que a instituiu.</p><p>Quanto à forma jurídica, as SEM, independentemente da esfera que pertença,</p><p>devem adotar obrigatoriamente a forma de sociedade anônima (S/A).</p><p>Por fim, com exceção das situações em que a União também se manifestar no</p><p>processo, as causas das sociedades de economia mista são apreciadas, em regra,</p><p>pela justiça estadual.</p><p>O quadro abaixo resume essas diferenças apresentadas.</p><p>Dimensões Empresa Pública Sociedade de Economia</p><p>Mista</p><p>Forma Jurídica Capital totalmente público. Admite capital público e</p><p>privado, mas a maioria do</p><p>capital com direito a voto é</p><p>público.</p><p>Composição do capital Qualquer forma admitida Somente na forma de</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 48</p><p>pelo ordenamento jurídico</p><p>(civil, comercial, S/A, etc.) ou</p><p>até mesmo formas inéditas</p><p>(somente para a União).</p><p>sociedade anônima (S/A).</p><p>Foro processual (somente</p><p>para as entidades federais)</p><p>Com algumas exceções, as</p><p>causas em que as empresas</p><p>públicas federais forem</p><p>interessadas tramitam na</p><p>Justiça Federal.</p><p>Tramitam na justiça estadual.</p><p>3.4. Tópicos complementares do DL 200/1967</p><p>Analisando as questões do CESPE em que consta no enunciado o seguinte texto</p><p>“Com relação a administração direta, indireta e fundacional, julgue o item a seguir”,</p><p>encontramos alguns itens que falam sobre os princípios gerais de administração.</p><p>Assim, vamos dar uma “olhada” nos princípios previstos no DL 200/1967, vejamos:</p><p>“Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes</p><p>princípios fundamentais:</p><p>I - Planejamento.</p><p>II - Coordenação.</p><p>III - Descentralização.</p><p>IV - Delegação de Competência.</p><p>V - Contrôle.”</p><p>O planejamento visa promover o desenvolvimento econômico-social do País e a</p><p>segurança nacional, norteando-se pela elaboração de planos e programas e pela</p><p>atualização dos seguintes instrumentos básicos:</p><p> plano geral de governo;</p><p> programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual;</p><p> orçamento-programa anual;</p><p> programação financeira de desembolso.</p><p>A coordenação, por seu turno, deverá ser exercida em todos os níveis da</p><p>administração, mediante a atuação das chefias individuais, a realização</p><p>sistemática de reuniões com a participação das chefias subordinadas e a instituição</p><p>e funcionamento de comissões de coordenação em cada nível administrativo.</p><p>Já a descentralização, segundo o DL 200/67, será posta em prática em três</p><p>planos principais:</p><p>a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se</p><p>claramente o nível de direção do de execução;</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 48</p><p>b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando</p><p>estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio;</p><p>c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou</p><p>concessões.</p><p>Quanto à delegação de competência, o DL 200/67 estabelece que será utilizada</p><p>como instrumento de descentralização administrativa, com o objetivo de assegurar</p><p>maior rapidez e objetividade às decisões, situando-as na proximidade dos fatos,</p><p>pessoas ou problemas a atender. O ato de delegação indicará com precisão a</p><p>autoridade delegante, a autoridade delegada e as atribuições objeto de delegação.</p><p>Por fim, o controle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em</p><p>todos os níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente:</p><p>a) o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da</p><p>observância das normas que governam a atividade específica do órgão</p><p>controlado;</p><p>b) o controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das</p><p>normas gerais que regulam o exercício das atividades auxiliares;</p><p>c) o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da</p><p>União pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria.</p><p>(CESPE – Técnico Ministerial/Administrativo/MPE PI/2011) Com relação a</p><p>administração direta, indireta e funcional, julgue o item a seguir.</p><p>1. As agências executivas não constituem uma nova entidade, pois, na verdade, elas</p><p>não passam de autarquias e(ou) fundações públicas que foram qualificadas como</p><p>tal.</p><p>Comentário: segundo Maria Di Pietro12,</p><p>“(...) agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou fundação que</p><p>tenha celebrado contrato de gestão com o órgão da Administração Direta a</p><p>que se acha vinculada, para melhoria da eficiência e redução de custos. Em</p><p>regra, não se trata de entidade instituída com a denominação de agência</p><p>executiva. Trata-se de entidade preexistente (autarquia ou fundação</p><p>governamental) que, uma vez preenchidos os requisitos legais, recebe a</p><p>qualificação de agência executiva, podendo perde-la, se deixar de atender aos</p><p>12</p><p>Di Pietro, 2006, apud Barchet, 2008, p. 132.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 48</p><p>requisitos”. (grifos nossos)</p><p>Assim, as agências executivas não constituem nova entidade, mas tão somente</p><p>uma qualificação concedida às autarquias e fundações.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>(CESPE – Técnico Administrativo/ANAC/2012) Com relação à administração direta,</p><p>indireta e funcional, julgue os itens a seguir.</p><p>2. A autarquia é o serviço autônomo criado por lei, com personalidade jurídica,</p><p>patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração</p><p>pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e</p><p>financeira descentralizada.</p><p>Comentário: segundo o DL 200/67:</p><p>“Art. 5º (...)</p><p>I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,</p><p>patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração</p><p>Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e</p><p>financeira descentralizada.” (grifos nossos)</p><p>Percebam que a questão é cópia idêntica do texto do Decreto-Lei.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>3. A administração direta é constituída pelos serviços integrados na estrutura</p><p>administrativa da presidência da República e dos ministérios, incluídas as</p><p>fundações públicas.</p><p>Comentário: a Administração indireta compreende as competências e serviços</p><p>integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos</p><p>Ministérios, assim como os órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário e do</p><p>Ministério Público da União. As fundações públicas não fazem parte da</p><p>Administração direta.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>4. Os princípios fundamentais da administração federal são planejamento,</p><p>coordenação, descentralização, delegação de competência e controle.</p><p>Comentário: os princípios fundamentais da Administração federal constam no</p><p>art. 5º do DL 200/67:</p><p>“Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes</p><p>princípios fundamentais:</p><p>I - Planejamento.</p><p>II - Coordenação.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 48</p><p>III - Descentralização.</p><p>IV - Delegação de Competência.</p><p>V - Contrôle.”</p><p>Assim, o item apresentou corretamente esses princípios.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>5. Uma fundação pública é criada por ato do Poder Executivo, sendo desnecessária</p><p>autorização legislativa.</p><p>Comentário: vejamos texto do inciso XIX do artigo 37 da CF/88:</p><p>“XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a</p><p>instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de</p><p>fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de</p><p>sua atuação;” (grifos nossos)</p><p>Ou seja, a criação de fundação pública depende de autorização legislativa. Uma</p><p>ressalva é importante nesse momento. A doutrina e a jurisprudência, inclusive o</p><p>STF, entendem que, apesar da inexistência de previsão constitucional, as</p><p>fundações públicas podem ser criadas diretamente por lei, apresentando, nessa</p><p>situação, natureza jurídica de direito público. Segundo Alexandrino e Paulo:</p><p>“Vale ressaltar: a despeito da inexistência de previsão constitucional expressa, é</p><p>legítima a instituição de fundações públicas com personalidade jurídica de direito</p><p>público, porém tais entidades nada mais são do que espécie de autarquias, as</p><p>denominadas “fundações autárquicas” ou “autarquias fundacionais”. Seu regime</p><p>jurídico é o próprio das autarquias.”</p><p>Gabarito: errado.</p><p>(CESPE – APGI/Direito/INPI/2013) Com relação à administração pública direta e</p><p>indireta, às autarquias e às empresas públicas, julgue os itens que se seguem.</p><p>6. As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, com totalidade de</p><p>capital público, cuja criação depende de autorização legislativa, e sua estruturação</p><p>jurídica pode se dar em qualquer forma admitida em direito.</p><p>Comentário: essa questão mostra um bom resumo sobre as empresas públicas:</p><p> totalidade do capital público (não necessariamente do mesmo ente);</p><p> criação efetivada com o registro do ato constitutivo, após a devida</p><p>autorização legislativa;</p><p> estruturação</p><p>jurídica sob qualquer forma admitida em direito (S.A.,</p><p>sociedade por quotas de responsabilidade limitada, etc.).</p><p>Gabarito: correto.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 48</p><p>7. O instituto da desconcentração permite que as atribuições sejam distribuídas entre</p><p>órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica com vistas a alcançar</p><p>uma melhora na estrutura organizacional. Assim, concentração refere-se à</p><p>administração direta; já desconcentração, à indireta.</p><p>Comentário: a desconcentração é a distribuição interna de competências dentro</p><p>da mesma pessoa jurídica, com vistas a alcançar uma melhoria na estrutura</p><p>organizacional. Nada mais é do que uma técnica administrativa utilizada para</p><p>melhorar o desempenho dos órgãos públicos. A concentração é o contrário da</p><p>desconcentração, ocorrendo quando a pessoa jurídica extingue determinados</p><p>órgãos, concentrando as competências em um número menor de unidades.</p><p>Assim, pode ocorrer concentração / desconcentração tanto na Administração</p><p>direta como na indireta. O INSS, por exemplo, se organiza em diversas unidades,</p><p>em vários municípios, desconcentrando, assim, suas competências.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>8. A autarquia, mesmo sendo integrante da administração pública indireta, tem</p><p>personalidade jurídica de direito privado e sua criação depende de lei específica.</p><p>Comentário: as autarquias compõem a administração indireta, mas têm</p><p>personalidade jurídica de direito público e são criadas diretamente por lei</p><p>específica.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>(CESPE – Técnico Administrativo/ANTT/2013) Acerca da administração direta,</p><p>indireta e fundacional, julgue os itens a seguir.</p><p>9. As fundações públicas destinam-se à realização de atividades não lucrativas e</p><p>atípicas do poder público, porém de interesse coletivo.</p><p>Comentário: para Hely Lopes Meirelles as fundações prestam-se, principalmente,</p><p>à realização de atividades não lucrativas e atípicas do poder público, mas de</p><p>interesse coletivo, como a educação, cultura, pesquisa, sempre merecedoras do</p><p>amparo do Estado. São atividades atípicas, pois não são exclusivas de Estado, a</p><p>exemplo do poder de polícia, do fomento e da intervenção.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>10. O capital da empresa pública é exclusivamente público, mas ostenta personalidade</p><p>de direito privado, e suas atividades são regidas pelos preceitos comerciais.</p><p>Comentário: segundo Gustavo Barchet,</p><p>“Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da</p><p>Administração Indireta, criadas pelo registro de seu ato constitutivo após</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 48</p><p>autorização em lei específica, com capital exclusivamente público e sob</p><p>qualquer forma jurídica admitida em Direito, para o desempenho de atividade</p><p>econômica de produção ou comercialização de bens, ou para prestação de</p><p>serviços públicos.” (grifos nossos)</p><p>Segundo o autor, quando explorarem atividade econômica de produção ou</p><p>comercialização de bens, área tipicamente privada, elas serão regidas</p><p>predominantemente pelo regime de direito privado, conforme determina o inciso</p><p>II, §1º, Art. 173, da CF/88:</p><p>“Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração</p><p>direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária</p><p>aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,</p><p>conforme definidos em lei.</p><p>§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de</p><p>economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de</p><p>produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo</p><p>sobre:</p><p>(...)</p><p>II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive</p><p>quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e</p><p>tributários;” (grifos nossos)</p><p>Contudo, o autor entende que, quando as entidades forem prestadoras de</p><p>serviços públicos, devem se subordinar ao regime administrativo, de direito</p><p>público. Assim, entendo que a questão deveria ser anulada ou considerada</p><p>errada, pois não considerou as exceções previstas na Constituição e na doutrina.</p><p>Entretanto, o CESPE a considerou correta. Fica, assim, o ensinamento que, para</p><p>o CESPE, as atividades das empresas públicas são regidas pelos preceitos</p><p>comerciais.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>11. Criação por lei específica, personalidade jurídica própria e patrimônio próprio</p><p>constituem os pontos em comum de todas as pessoas jurídicas que integram a</p><p>administração indireta da União.</p><p>Comentário: essa questão foi um ABSURDO! Por incrível que pareça o CESPE a</p><p>considerou correta. E não dá nem para usar como parâmetro para outras provas,</p><p>pois a própria banca já se contradisse em outras questões. Veja o seguinte item:</p><p>(CESPE – ACE/AGO/TCU/2008) O regime jurídico das fundações públicas e o</p><p>das autarquias distinguem-se quanto à forma de sua criação, pois as fundações</p><p>públicas, ao contrário das autarquias, não são criadas por lei e, sim, têm a sua</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 48</p><p>criação autorizada por lei.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>Apenas as autarquias são criadas por lei (com exceção do caso das fundações</p><p>autárquicas). Assim, a criação por lei específica não é característica comum a</p><p>todas as pessoas jurídicas da Administração indireta da União. Porém, a banca</p><p>considerou o item correto, lamentável!</p><p>Gabarito: correto.</p><p>12. A finalidade precípua da administração pública é a promoção do bem-estar social,</p><p>que se traduz na tarefa de elaborar e executar os planos nacionais e regionais de</p><p>ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social.</p><p>Comentário: o item é cópia da Constituição, vejamos:</p><p>“Art. 21. Compete à União:</p><p>IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e</p><p>de desenvolvimento econômico e social;”</p><p>Assim, dentro de sua finalidade de promover o bem-estar social, uma das tarefas</p><p>da União se traduz em elaborar e executar planos nacionais e regionais de</p><p>ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social. Este item não</p><p>se relaciona muito com a matéria, mas consta em um grupo de questões que se</p><p>refere à administração direta, indireta e fundacional. Assim, recomendo que</p><p>leiam o Título III da Constituição (Da Organização do Estado), pois pode ser útil</p><p>na hora da prova.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>13. As autarquias submetem-se ao regime jurídico de direito privado quanto a criação,</p><p>extinção, poderes, prerrogativas e privilégios.</p><p>Comentário: as autarquias submetem-se ao regime jurídico de direito público.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>14. As autarquias só podem ser criadas pela União.</p><p>Comentário: as autarquias podem ser criadas pelas pessoas políticas (União,</p><p>estados, Distrito Federal e municípios). Há ainda o caso das associações</p><p>públicas, previstas na Lei 11.107/2005, que compõem a Administração indireta de</p><p>todos os entes da Federação consorciados.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>(CESPE – Técnico em Administração/TJ AC/2012) Acerca de administração direta,</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 48</p><p>indireta e fundacional, julgue os itens que se seguem.</p><p>15. A empresa pública criada com a finalidade de explorar atividade econômica deve</p><p>ser, necessariamente, formada sob o regime de pessoa jurídica de direito privado.</p><p>Comentário: se a empresa pública for criada com a finalidade de explorar</p><p>atividade econômica, deve ser formada sob o regime jurídico de direito privado,</p><p>com os mesmos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários</p><p>de suas concorrentes.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>16. As autarquias, pessoas jurídicas de direito público integrantes da administração</p><p>indireta, poderão, em caráter excepcional, ser criadas por lei infraconstitucional.</p><p>Comentário: essa é uma pegadinha! As autarquias são criadas por uma norma</p><p>infraconstitucional, a lei. Contudo, isso não ocorre em caráter excepcional, é a</p><p>regra. Ou seja, sempre as autarquias são criadas por lei infraconstitucional.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>17. A administração indireta é composta pelas autarquias, fundações públicas,</p><p>empresas públicas e sociedades de economia mista.</p><p>Comentário: simples. A administração indireta é composta por: autarquias,</p><p>fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista, não há</p><p>o que comentar.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>(CESPE – Administrador/TJ RR/2012) No que se refere à administração direta,</p><p>indireta e fundacional bem como a atos administrativos, julgue os itens que se seguem.</p><p>18. A criação de fundações públicas ocorre por meio de lei ordinária específica,</p><p>contudo, a definição de suas áreas de atuação depende da edição de lei</p><p>complementar.</p><p>Comentário: o item não diferenciou as fundações públicas de direito público e de</p><p>direito privado, sendo, portanto, anulada. Vejamos a justificativa da banca:</p><p>“A redação do item prejudicou seu julgamento objetivo ao não diferenciar</p><p>claramente, em sua abordagem, as fundações de direito público das fundações</p><p>de direito privado. Dessa forma, se opta pela anulação do item.”</p><p>A justificativa confirma o entendimento do CESPE pela existência dos dois tipos</p><p>de fundação pública.</p><p>Gabarito: anulado.</p><p>(CESPE – ATI/Administração/2010) Com relação à organização administrativa da</p><p>União, julgue o item seguinte.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 48</p><p>19. A administração federal organiza-se em administração direta, indireta e agências</p><p>reguladoras vinculadas a ministérios.</p><p>Comentário: a administração federal divide-se em administração direta e indireta.</p><p>Esta última é composta pelas autarquias, fundações, empresas públicas e</p><p>sociedades de economia mista.</p><p>As agências reguladoras são autarquias sob regime especial, integrantes da</p><p>Administração indireta, criadas por lei, dotadas de autonomia financeira e</p><p>orçamentária, organizadas em colegiado cujos membros detém mandato fixo,</p><p>com a finalidade de regular e fiscalizar as atividades de prestação de serviços</p><p>públicos. Não estão subordinadas a nenhum outro órgão público, sofrendo</p><p>apenas a supervisão ministerial da área em que atuam.</p><p>Ressalta-se que, apesar da maior autonomia, as agências reguladoras têm seus</p><p>atos sujeitos ao controle do Poder Judiciário e devem prestar contas aos</p><p>respectivos tribunais de contas. Elas surgiram a partir de um momento em que o</p><p>Estado entende que é mais eficiente deixar o modelo intervencionista, deixando</p><p>a prestação dos serviços públicos para a iniciativa privada e se encarregando da</p><p>atividade regulatória.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>(CESPE – Analista/Administrativo/MPU/2010) Ao dar continuidade à reestruturação</p><p>de um órgão público, o seu diretor pretende distribuir as competências internamente,</p><p>ou seja, no âmbito do próprio órgão, a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação</p><p>dos serviços e conseguir economia de escala na gestão dos custos operacionais e</p><p>administrativos. De antemão, o diretor decidiu que, caso essa reestruturação não fosse</p><p>bem sucedida, seria firmado contrato para transferir a outro ente público, fora de sua</p><p>estrutura, a execução dos serviços prestados pelo órgão.</p><p>A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item que se</p><p>segue.</p><p>20. Firmando-se o contrato com órgão da administração direta, a prestação de serviços</p><p>ocorrerá centralizadamente mediante desconcentração.</p><p>Comentário: vamos começar por alguns conceitos:</p><p> centralização - ocorre quando o ente realiza o serviço diretamente através</p><p>de seus órgãos e agentes, sem utilizar os instrumentos da delegação e</p><p>outorga;</p><p> descentralização - neste processo ocorre a distribuição de competências</p><p>entre entes distintos. Ou seja, envolve pessoas jurídicas diferentes. Não</p><p>==0==</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 48</p><p>estabelece hierarquia e sim supervisão.</p><p> desconcentração - é um processo em que o ente divide as competências</p><p>dentro da própria pessoa jurídica. É um processo interno que busca e</p><p>eficiência administrativa através da distribuição de tarefas. Por esse</p><p>processo que se criam os órgãos. Repare que aqui as tarefas são</p><p>distribuídas, todavia a competência permanece sob responsabilidade do</p><p>ente central, uma vez que é um processo baseado na hierarquia.</p><p>O item foi anulado, vejamos o motivo apresentado pela banca:</p><p>"Em razão do fato de os conceitos de centralização/descentralização e de</p><p>concentração/desconcentração não são mutuamente excludentes, opta-se pela</p><p>anulação do item."</p><p>Não há como julgar o item, pois um serviço pode ser descentralizado para outro</p><p>ente e, mesmo assim, ser realizado de forma concentrada. Ao mesmo tempo, o</p><p>serviço pode permanecer sob competência do Poder central (centralizado), mas</p><p>ser desconcentrado ao longo de sua estrutura administrativa. Assim,</p><p>concentração/desconcentração e centralização/descentralização não são</p><p>conceitos excludentes.</p><p>Gabarito: anulado.</p><p>(CESPE – Administrador/FUB/2009) A respeito da administração direta, indireta e</p><p>fundacional, julgue os itens a seguir.</p><p>21. Um órgão que integra pessoas políticas do Estado, que têm competência para o</p><p>exercício de atividades administrativas é um órgão da administração direta.</p><p>Comentário: os órgãos que integram as pessoas políticas, como os Ministérios,</p><p>são órgãos da administração direta. Esquematizando:</p><p> entidades ou pessoas políticas (União, estados, DF e municípios):</p><p>administração direta;</p><p> entidades ou pessoas administrativas (autarquias, fundações públicas, EP</p><p>e SEM): administração indireta.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>22. A administração indireta é o conjunto de pessoas administrativas que,</p><p>desvinculadas da administração direta, exercem atividades administrativas.</p><p>Comentário: as entidades administrativas não estão subordinadas, mas</p><p>encontram-se vinculadas ao ente político que as criaram por meio da tutela,</p><p>controle finalístico ou supervisão ministerial. Segundo o DL 200/67:</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 48</p><p>“Art. 26. No que se refere à Administração Indireta, a supervisão ministerial</p><p>visará a assegurar, essencialmente:</p><p>I - A realização dos objetivos fixados nos atos de constituição da entidade.</p><p>II - A harmonia com a política e a programação do Govêrno no setor de atuação</p><p>da entidade.</p><p>III - A eficiência administrativa.</p><p>IV - A autonomia administrativa, operacional e financeira da entidade.”</p><p>Assim, as pessoas administrativas da administração indireta estão vinculadas à</p><p>administração direta.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>23. Ao ser instituída, uma fundação pública de direito público passa a compor a</p><p>administração direta.</p><p>Comentário: a fundação pública de direito público, ou fundação autárquica,</p><p>compõe a administração indireta.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>24. É possível ao particular, por ato seu em vida, caso aceito pela administração</p><p>pública, instituir patrimônio e criar uma fundação pública.</p><p>Comentário: a criação de fundação pública decorre de autorização legislativa (ou</p><p>da própria lei) sendo, portanto, criada pelo próprio Estado através do registro do</p><p>ato constitutivo.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>25. As fundações públicas não possuem finalidade de exploração econômica com fins</p><p>lucrativos.</p><p>Comentário: as fundações públicas são patrimônios personificados, sem</p><p>finalidade lucrativa, criadas para um fim público. Dessa forma, não possuem</p><p>finalidade de exploração econômica.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>26. Cabe ao Ministério Público Federal o acompanhamento e controle de legalidade da</p><p>administração pública sobre as fundações públicas federais.</p><p>Comentário: segundo a Lei Complementar 75/1993 (Dispõe sobre a organização,</p><p>as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União):</p><p>“Art. 6º Compete ao Ministério Público da União:</p><p>(...)</p><p>§ 1º Será assegurada a participação do Ministério Público da União, como</p><p>instituição observadora, na forma e nas condições estabelecidas em ato do</p><p>Procurador-Geral da República, em qualquer órgão da administração pública</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 48</p><p>direta, indireta ou fundacional da União, que tenha atribuições correlatas às</p><p>funções da Instituição.”</p><p>Assim, o MP, como fiscal da lei, deve acompanhar o controle de legalidade da</p><p>Administração Pública sobre as fundações públicas federais. Daí a correção do</p><p>item.</p><p>Cabe destacar, ainda, que o Código Civil estabeleceu os casos em que o</p><p>Ministério Público Estadual velará pelas fundações:</p><p>“Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.</p><p>§ 1o Se funcionarem no Distrito Federal, ou em Território, caberá o encargo</p><p>ao Ministério Público Federal. (Vide ADIN nº 2.794-8)</p><p>§ 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em</p><p>cada um deles, ao respectivo Ministério Público.</p><p>O STF declarou inconstitucional o §1º do artigo 66, entendendo que o Ministério</p><p>Público do Distrito Federal e Territórios (MPTDFT) é que tem a competência</p><p>sobre as fundações sediadas no DF e nos territórios que vierem a existir.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>27. Mesmo compondo a administração indireta, a autarquia está subordinada</p><p>hierarquicamente à entidade estatal à qual pertence.</p><p>Comentário: as entidades da administração indireta não se subordinam</p><p>hierarquicamente à administração indireta, sofrendo, tão somente, o controle de</p><p>finalidade por meio da tutela/supervisão ministerial.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>28. O orçamento da autarquia é idêntico em sua forma ao da entidade estatal à qual ela</p><p>pertence.</p><p>Comentário: a Constituição dispõe sobre os orçamentos da seguinte forma:</p><p>“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:</p><p>I - o plano plurianual;</p><p>II - as diretrizes orçamentárias;</p><p>III - os orçamentos anuais.</p><p>(...)</p><p>§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:</p><p>I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e</p><p>entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e</p><p>mantidas pelo Poder Público;” (grifos nossos)</p><p>Assim, o orçamento da autarquia compõe o orçamento fiscal, sendo, portanto,</p><p>idêntico em sua forma ao da entidade estatal à qual ela pertence.</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 48</p><p>Gabarito: correto.</p><p>(CESPE – APGI/Administração/INPI/2013) Com o objetivo de melhorar o</p><p>cumprimento dos fins da administração, em especial a proteção dos direitos dos</p><p>administrados, a legislação estabelece normas básicas sobre o processo administrativo</p><p>no âmbito da administração federal direta e indireta. Com relação a esse assunto,</p><p>julgue os itens subsequentes.</p><p>29. Compreendem-se como entidades da administração direta, dotadas de</p><p>personalidade jurídica própria, as autarquias, empresas públicas, sociedades de</p><p>economia mista e fundações públicas.</p><p>Comentário: o único erro do item é que ele trocou “administração indireta” por</p><p>“administração direta”, pois as entidades administrativas (autarquias, fundações</p><p>públicas, EP e SEM) compõem a administração indireta.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>30. A incumbência da administração pública federal no Brasil está diretamente ligada à</p><p>presidência da República e aos ministérios.</p><p>Comentário: o DL 200/67 apresenta uma definição um pouco limitada da</p><p>Administração direta. Primeiro porque se aplica unicamente à União. Segundo</p><p>porque o conceito abrange somente o Poder Executivo, enquanto a definição</p><p>correta deveria tratar dos demais poderes, dos Tribunais de Contas e do</p><p>Ministério Público. Poder-se-ia incluir, ainda, os conselhos diversos, como o</p><p>Conselho de Defesa Nacional, o Conselho da República e os conselhos de</p><p>saúde, educação e assistência social.</p><p>Porém, a definição do DL ajuda a responder esse item, vejamos:</p><p>“Art. 4° A Administração Federal compreende:</p><p>I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na</p><p>estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.”</p><p>(grifos nossos)</p><p>Assim, percebe-se que a incumbência da administração pública federal no Brasil</p><p>está diretamente ligada à presidência da República e aos ministérios.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>31. As fundações legalmente constituídas e estabelecidas no território nacional, por</p><p>prestarem relevantes serviços de cunho social, são consideradas entidades da</p><p>administração pública indireta.</p><p>Comentário: existem as fundações (privadas) e as fundações públicas. As</p><p>primeiras estão previstas no Código Civil da seguinte forma:</p><p>Noções de Administração Pública p/ TJ-CE</p><p>Analista Judiciário (Contabilidade)</p><p>Teoria e exercícios comentados</p><p>Prof. Herbert Almeida – Aula 00</p><p>Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 48</p><p>“Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou</p><p>testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se</p><p>destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.</p><p>Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos,</p><p>morais, culturais ou de assistência.”</p><p>Esse tipo de fundação não faz parte da Administração Pública. Assim, devemos</p><p>diferenciar as fundações públicas, que compõem a Administração indireta, das</p><p>fundações, que não fazem parte da Administração.</p><p>Gabarito: errado.</p><p>(CESPE – TNS/MC/2013) Com referência a desconcentração e descentralização</p><p>administrativa, julgue os itens subsequentes.</p><p>32. O contrato de concessão firmado entre a administração pública e o concessionário</p><p>constitui exemplo de descentralização administrativa.</p><p>Comentário: o contrato de concessão firmado entre a Administração Pública e o</p><p>concessionário de serviço público é uma forma de descentralização</p><p>administrativa chamada de descentralização por colaboração ou por delegação.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>33. Quando o Estado, por outorga e por prazo indeterminado, transfere a realização de</p><p>determinado serviço público a uma entidade, ocorre descentralização</p><p>administrativa.</p><p>Comentário: a outorga é outra forma de descentralização administrativa. Nesse</p><p>caso, envolve a criação de uma entidade administrativa para desempenhar um</p><p>serviço público por prazo indeterminado.</p><p>Gabarito: correto.</p><p>34. A desconcentração administrativa é uma técnica administrativa cuja utilização é</p><p>vedada a organizações da administração indireta.</p><p>Comentário: a desconcentração é uma técnica administrativa utilizada para</p><p>distribuir internamente as competências, buscando a simplificação e aceleração</p><p>do serviço dentro da mesma entidade. Essa técnica pode ser utilizada na</p><p>Administração direta (ministérios,</p>

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