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<p>Aluno: Mario Neto Vieira Machado</p><p>Sistemas Orgânicos Integrados V – TICs</p><p>Prof: Mário de Souza Lima e Silva</p><p>5º Período</p><p>Interfase</p><p>Araguaína, 17 de agosto de 2024</p><p>O que significam as fases da Interfase? Onde ocorrem as duas principais</p><p>checagens (Checkpoints)? Quais as diferenças?</p><p>A interfase é uma fase essencial do ciclo celular, constituída por três etapas</p><p>principais: G1, S e G2. Ela representa um período de preparação crucial para a</p><p>divisão celular, onde a célula realiza uma série de processos fundamentais para</p><p>assegurar a integridade do material genético e o sucesso da mitose. Diferente da</p><p>fase mitótica, que é relativamente curta e se concentra na divisão física da célula, a</p><p>interfase é longa e envolve atividades críticas de crescimento, duplicação do DNA e</p><p>síntese de componentes celulares.</p><p>Na etapa G1, que ocorre logo após a mitose, a célula entra em um período de</p><p>crescimento ativo. Durante essa fase, há uma intensa síntese de RNA e proteínas,</p><p>essenciais para a recuperação do volume celular, que foi reduzido durante a divisão.</p><p>É também em G1 que a célula avalia se possui as condições adequadas para</p><p>continuar o ciclo celular. Células com DNA danificado ou que não possuem a</p><p>quantidade necessária de proteínas são impedidas de avançar para as fases</p><p>subsequentes. Essa regulação ocorre através de um mecanismo de checkpoint,</p><p>onde o DNA danificado provoca um aumento nos níveis da proteína p53, que ativa a</p><p>p21. A p21, por sua vez, inibe complexos ciclinas-CDKs, promovendo a parada do</p><p>ciclo celular. Se o dano for reparado, a célula pode seguir adiante; caso contrário,</p><p>ela é direcionada para apoptose, um mecanismo de morte celular programada que</p><p>evita a propagação de mutações.</p><p>A fase S, ou fase de síntese, é o momento em que o DNA é replicado,</p><p>garantindo que cada célula-filha receba uma cópia completa do material genético.</p><p>Além disso, os centrossomos e centríolos, estruturas cruciais para a organização do</p><p>fuso mitótico durante a divisão, são duplicados. A replicação do DNA é um processo</p><p>altamente regulado e preciso, pois erros durante essa fase podem resultar em</p><p>mutações que levam a doenças como o câncer.</p><p>Após a duplicação do DNA, a célula entra na fase G2, onde continua seu</p><p>preparo para a mitose. Durante G2, há um acúmulo de energia necessária para a</p><p>divisão celular e a síntese de tubulina, a principal proteína que compõe os</p><p>microtúbulos do fuso mitótico. O fuso mitótico é fundamental para a segregação</p><p>correta dos cromossomos durante a divisão celular. Similar ao checkpoint de G1, G2</p><p>também possui um mecanismo de controle rigoroso. Caso o DNA não esteja</p><p>completamente replicado ou esteja danificado, a proteína Chk1 é ativada. Chk1</p><p>fosforila e inibe a fosfatase Cdc25, impedindo a ativação das quinases dependentes</p><p>de ciclina (CDKs), o que bloqueia a progressão do ciclo celular para a mitose até que</p><p>o problema seja resolvido.</p><p>Diferente das fases G1 e G2, que estão mais focadas no crescimento e na</p><p>preparação para a divisão, a fase S é exclusivamente dedicada à duplicação do DNA.</p><p>Enquanto a G1 é caracterizada por uma síntese intensa de RNA e proteínas para o</p><p>crescimento celular, a G2 concentra-se na preparação direta para a mitose, incluindo</p><p>a síntese de componentes necessários para o fuso mitótico. Essas diferenças</p><p>refletem a complexidade do ciclo celular e a importância de cada fase na manutenção</p><p>da estabilidade genética e celular.</p><p>Assim, a interfase é um período complexo e fundamental no ciclo celular, que</p><p>garante que a célula esteja adequadamente preparada para a divisão. Os</p><p>mecanismos de checkpoints em G1 e G2 são vitais para manter a integridade do</p><p>genoma, prevenindo a propagação de mutações que poderiam resultar em doenças</p><p>graves. A compreensão detalhada desses processos é essencial para o estudo da</p><p>biologia celular e para o desenvolvimento de terapias que visam tratar doenças</p><p>relacionadas ao ciclo celular, como o câncer.</p><p>RELAÇÃO TEÓRICO – PRÁTICA</p><p>É necessário saber o conceito de interfase e suas diferenças pois engloba</p><p>processos críticos como a replicação do DNA e o crescimento celular, essenciais</p><p>para a manutenção da integridade genética e homeostase. É crucial o conhecimento</p><p>para diagnosticar e tratar patologias como o câncer, interpretar exames laboratoriais</p><p>e aplicar tratamentos oncológicos com segurança. A importância da interfase tem</p><p>efeitos diretos nos diagnósticos, terapias celulares e manejo de doenças genéticas,</p><p>tornando-se essencial para a o conhecimento de acadêmicos e profissionais da</p><p>saúde.</p><p>REFERÊNCIAS:</p><p>JUNQUEIRA, LC; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 12. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.</p>

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