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3 Simulado PCCE Comentado - Projeto Caveira (1)

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<p>03</p><p>Provas Objetivas e Discursivas</p><p>Comentado</p><p>POLÍCIA CIVIL DO CEARÁ</p><p>SIMULADO COMPLETO</p><p>POLÍCIA E NADA MAIS | WWW.CAVEIRA.COM | @PROJETOCAVEIRA</p><p>“A grandeza não consiste</p><p>em receber honras, mas</p><p>em merecê-las.”</p><p>Aristóteles</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>GABARITO 3º Simulado - PCCE</p><p>1 2 3 4 5 6 7 8 9 10</p><p>C A C D B C D E B E</p><p>11 12 13 14 15 16 17 18 19 20</p><p>A E D B C A E D B E</p><p>21 22 23 24 25 26 27 28 29 30</p><p>E B A D C E B C D C</p><p>31 32 33 34 35 36 37 38 39 40</p><p>B D A C B D E B E A</p><p>41 42 43 44 45 46 47 48 49 50</p><p>C A E E A D A B D C</p><p>51 52 53 54 55 56 57 58 59 60</p><p>B B A C D A E D D C</p><p>61 62 63 64 65 66 67 68 69 70</p><p>E C B E B E D D B B</p><p>71 72 73 74 75 76 77 78 79 80</p><p>E A D D B A A A E D</p><p>81 82 83 84 85 86 87 88 89 90</p><p>A D E B E D D E C B</p><p>91 92 93 94 95 96 97 98 99 100</p><p>C A B C A B E C D A</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>1</p><p>PROVA DISCURSIVA – PROJETO CAVEIRA</p><p>TEMA 01 – PCCE – DIREITO CONSTITUCIONAL</p><p>Sobre a supremacia constitucional e hermenêutica, informe, em no mínimo 10 e no máximo 15</p><p>linhas, a resposta aos questionamentos abaixo:</p><p>a. Informe como a teoria da pirâmide de Kelsen coaduna com o preceito de supremacia</p><p>constitucional.</p><p>b. Aonde, na pirâmide de Kelsen, se encaixam os tratados internacionais de direitos humanos</p><p>internalizados pelo Brasil? Cite um exemplo dessas normas no Direito, atualmente.</p><p>c. No caso de conflito entre normas originárias da Constituição, como proceder?</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>2</p><p>TEMA 01 – PCCE – DIREITO CONSTITUCIONAL</p><p>a. Informe como a teoria da pirâmide de Kelsen coaduna com o preceito de supremacia</p><p>constitucional.</p><p>Olá, Caveira! Tudo bem? Mais um simulado à vista. A teoria da pirâmide normativa de</p><p>Hans Kelsen é uma teoria do direito que destaca a importância da norma constitucional na</p><p>ordem jurídica de um país. De acordo com Kelsen, a Constituição é a norma suprema e está no</p><p>topo da pirâmide normativa, enquanto as demais normas jurídicas estão abaixo dela e são</p><p>fundamentadas por ela. Essa teoria sugere que as normas jurídicas devem ser vistas como</p><p>uma hierarquia, onde a Constituição ocupa o topo e as demais normas jurídicas são submissas</p><p>a ela.</p><p>O preceito de supremacia constitucional é baseado no princípio de que a Constituição é</p><p>a fonte suprema do direito e que as demais normas jurídicas devem estar de acordo com ela.</p><p>Esse princípio foi estabelecido na década de 1930 na Alemanha e é considerado uma das</p><p>bases da democracia constitucional moderna. A supremacia constitucional significa que a</p><p>Constituição é considerada a norma mais importante e deve ser seguida acima de todas as</p><p>demais normas jurídicas, incluindo as leis e os regulamentos.</p><p>A teoria da pirâmide normativa de Kelsen coaduna com o preceito de supremacia</p><p>constitucional porque destaca a importância da Constituição na ordem jurídica e afirma</p><p>que as demais normas jurídicas são fundamentadas por ela. Desta forma, a teoria da</p><p>pirâmide normativa de Kelsen reforça o princípio de supremacia constitucional e sua</p><p>importância para a proteção dos direitos e liberdades fundamentais e a manutenção da ordem</p><p>democrática.</p><p>A supremacia constitucional é uma das garantias da democracia, pois permite que a</p><p>Constituição seja usada como uma ferramenta para proteger os direitos e liberdades</p><p>fundamentais da população. Isso é importante porque, sem a supremacia constitucional, as leis</p><p>e regulamentos poderiam ser usados para restringir os direitos e liberdades da população, o</p><p>que seria uma ameaça à democracia. Além disso, a supremacia constitucional é uma garantia</p><p>da ordem democrática, pois permite que a Constituição seja usada para regular o poder do</p><p>Estado e garantir que ele não seja usado de maneira abusiva ou injusta.</p><p>Em conclusão, a teoria da pirâmide normativa de Kelsen e o preceito de supremacia</p><p>constitucional são complementares e reforçam a importância da Constituição como a norma</p><p>suprema na ordem jurídica de um país. Juntos, eles destacam a importância da Constituição.</p><p>b. Aonde, na pirâmide de Kelsen, se encaixam os tratados internacionais de direitos</p><p>humanos internalizados pelo Brasil? Cite um exemplo dessas normas no Direito,</p><p>atualmente.</p><p>Os tratados de direitos humanos internalizados pelo Brasil encontram-se em duas</p><p>posições da pirâmide de Kelsen: ou com status de Emenda Constitucional, ou com status de</p><p>norma supralegal.</p><p>No Direito brasileiro, a internalização de tratados de direitos humanos é realizada por</p><p>meio do rito de emenda constitucional (e recebe o status de tal) ou por meio da incorporação</p><p>ao ordenamento jurídico por lei complementar ou por lei ordinária (tornando-se uma norma</p><p>supralegal). Em caso de conflito, a norma de direitos humanos internalizada tem prevalência</p><p>sobre as demais normas infraconstitucionais, incluindo leis ordinárias.</p><p>Além disso, a Constituição brasileira prevê que o Supremo Tribunal Federal é o guardião</p><p>da constitucionalidade e dos direitos humanos, e pode anular leis ou atos normativos que</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>3</p><p>afrontem os direitos consagrados em tratados internacionais de direitos humanos</p><p>internalizados pelo Brasil.</p><p>Um exemplo de norma de direitos humanos internalizada pelo Brasil é a Convenção</p><p>Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), que foi incorporada ao</p><p>direito brasileiro em 1992. Essa convenção consagra direitos fundamentais como a liberdade</p><p>de expressão, o direito à vida, o direito à liberdade e à segurança pessoal, entre outros. Em</p><p>caso de conflito entre essa convenção e outras normas jurídicas, a Convenção Americana tem</p><p>prevalência.</p><p>Outros exemplos:</p><p>• Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de</p><p>Discriminação Racial</p><p>• Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as</p><p>Mulheres</p><p>• Convenção sobre os Direitos da Criança</p><p>• Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura</p><p>• Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre Direitos Humanos na Área de</p><p>Direitos Econômicos, Sociais e Culturais</p><p>• Protocolo Facultativo da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de</p><p>Discriminação contra as Mulheres</p><p>c. No caso de conflito entre normas originárias da Constituição, como proceder?</p><p>Em caso de conflito (diga-se, aparente) entre normas originárias da Constituição, a</p><p>solução pode ser encontrada por meio da hermenêutica constitucional aplicada ao caso</p><p>concreto. Nesse caso, a interpretação da norma deve levar em consideração não só o texto da</p><p>norma, mas também sua finalidade, seu contexto histórico, sua relação com outras normas da</p><p>Constituição e o sistema jurídico como um todo.</p><p>A jurisprudência tem desempenhado um papel fundamental na solução de conflitos</p><p>entre normas originárias da Constituição. O Supremo Tribunal Federal, por exemplo, é o</p><p>guardião da constitucionalidade no Brasil e tem o poder de julgar conflitos entre normas</p><p>constitucionais. Nesse sentido, a jurisprudência do STF pode orientar e nortear a solução de</p><p>conflitos entre normas originárias da Constituição.</p><p>Além disso, é possível que a solução de conflito entre normas originárias da</p><p>Constituição seja encontrada por meio da revisão constitucional, mediante uma emenda à</p><p>Constituição ou por meio de uma interpretação sistemática e evolutiva dela. Nesse sentido, a</p><p>evolução do sistema jurídico e a necessidade de ajuste de normas constitucionais ao contexto</p><p>histórico e social podem contribuir para a solução de conflitos entre normas originárias da</p><p>Constituição.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>4</p><p>EXEMPLO DE REDAÇÃO</p><p>A teoria da pirâmide normativa de Kelsen concorda com o conceito de primazia da</p><p>Constituição, destacando a relevância da Constituição na ordem jurídica e afirmando que as</p><p>demais normas jurídicas</p><p>11</p><p>A doutrina indica, em geral, quatro princípios para</p><p>solucionar o conflito aparente de leis penais. São eles: (1)</p><p>especialidade; (2) subsidiariedade; (3) consunção; e (4)</p><p>alternatividade.</p><p>Princípio da alteridade: Criado por Claus Roxin, esse</p><p>princípio proíbe a incriminação de atitude meramente</p><p>interna do agente, bem como do pensamento ou de</p><p>condutas moralmente censuráveis, incapazes de invadir</p><p>o patrimônio jurídico alheio. Em síntese, ninguém pode</p><p>ser punido por causar mal apenas a si próprio, pois</p><p>uma das características inerentes ao Direito Penal</p><p>moderno repousa na necessidade de intersubjetividade</p><p>nas relações penalmente relevantes.</p><p>23. De acordo com a doutrina geral, consideram-se</p><p>crimes unissubsistentes aqueles:</p><p>A) Cuja conduta se revela mediante um único ato de</p><p>execução, capaz de, por si só, produzir a consumação.</p><p>B) Cuja conduta se exterioriza por meio de dois ou mais</p><p>atos, os quais devem somar-se para produzir a</p><p>consumação.</p><p>C) Que não deixam vestígios materiais, como no caso</p><p>dos crimes praticados verbalmente (ameaça, desacato,</p><p>injúria, calúnia, difamação etc.).</p><p>D) Que deixam vestígios materiais, tais como o homicídio</p><p>(CP, art. 121) e as lesões corporais (CP, art. 129).</p><p>E) Cuja conduta e resultado se desenvolvem em</p><p>comarcas diversas, sediadas no mesmo país.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Letra A (Correta) -> Os crimes unissubsistentes são</p><p>aqueles cuja conduta se revela mediante um único ato de</p><p>execução, capaz de, por si só, produzir a consumação,</p><p>tal como nos crimes contra a honra praticados com o</p><p>emprego da palavra. Não admitem a tentativa, pois a</p><p>conduta não pode ser fracionada, e, uma vez realizada,</p><p>acarreta automaticamente na consumação.</p><p>Letra B – Trata-se dos crimes plurissubsistentes. É</p><p>possível a tentativa justamente em virtude da pluralidade</p><p>de atos executórios.</p><p>Letra C – Crimes transeuntes ou de fato transitório.</p><p>Letra D – Crimes não transeuntes ou de fato permanente.</p><p>Letra E – Crimes Plurilocais.</p><p>24. Rebeca trabalha há muitos anos como</p><p>instrumentadora cirúrgica e tem bastante experiência na</p><p>sua atuação. Sabe que, via de regra, os centros</p><p>cirúrgicos exigem tipos especiais de calçados para</p><p>acesso. Tendo em vista sua larga experiência com a</p><p>atividade de instrumentação, Rebeca passa a utilizar</p><p>sapatos de salto alto, por ser muito vaidosa, e por ter</p><p>certeza de que este fato não irá comprometer sua</p><p>atividade. Rebeca, certo dia, escorrega durante a</p><p>atividade de instrumentação e derruba a mesa auxiliar de</p><p>instrumentação, caindo alguns objetos na área cirúrgica.</p><p>O acidente ocasionou danos graves no paciente, com</p><p>sequela cicatricial não esperada ao tipo de procedimento</p><p>a que se submetia.</p><p>Neste caso, é possível dizer que a conduta de Rebeca,</p><p>que implicou no resultado lesivo ao paciente, foi praticada</p><p>com:</p><p>A) Dolo eventual.</p><p>B) Culpa inconsciente, na modalidade imperícia.</p><p>C) Culpa inconsciente, na modalidade imprudência.</p><p>D) Culpa consciente, na modalidade imprudência.</p><p>E) Culpa consciente, na modalidade imperícia.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Culpa consciente, com previsão ou ex lascivia é a que</p><p>ocorre quando o agente, após prever o resultado</p><p>objetivamente previsível, realiza a conduta acreditando</p><p>sinceramente que ele não ocorrerá. Representa o estágio</p><p>mais avançado da culpa, pois se aproxima do dolo</p><p>eventual. Dele, todavia, se diferencia.</p><p>Na culpa consciente, o sujeito não quer o resultado, nem</p><p>assume o risco de produzi-lo. Apesar de sabê-lo possível,</p><p>acredita sinceramente ser capaz de evitá-lo, o que</p><p>apenas não acontece por erro de cálculo ou por erro na</p><p>execução. No dolo eventual, o agente não somente prevê</p><p>o resultado naturalístico, como também, apesar de tudo,</p><p>o aceita como uma das alternativas possíveis.</p><p>Rebeca ainda agiu com imprudência. É a forma positiva</p><p>da culpa (in agendo), consistente na atuação do agente</p><p>sem observância das cautelas necessárias. É a ação</p><p>intempestiva e irrefletida. Tem forma ativa.</p><p>25. Fernanda, namorada de Paulo Vitor, descobriu que</p><p>ele a traiu com sua melhor amiga. Movida por</p><p>sentimentos de raiva e vingança, Fernanda decidiu matar</p><p>o namorado. Para isso, Fernanda preparou para Paulo</p><p>Vitor o drink que sempre fazia nas noites de sexta, mas,</p><p>sem que ele soubesse, misturou veneno na bebida, em</p><p>quantidade suficiente para matá-lo.</p><p>Após Paulo Vitor beber o drink, Fernanda lembrou do filho</p><p>que tem com Paulo Vitor e, vendo seu amado perdendo</p><p>as forças, Fernanda arrependeu-se e deu a Paulo Vitor o</p><p>antídoto, salvando-lhe a vida. Paulo Vitor não sofreu</p><p>qualquer dano, pediu desculpas e o casal reconciliou-se.</p><p>Nesse caso, podemos afirmar que houve:</p><p>A) Arrependimento posterior.</p><p>B) Desistência voluntária.</p><p>C) Arrependimento eficaz.</p><p>D) Não houve crime, trata-se de uma hipótese de crime</p><p>impossível.</p><p>E) Tentativa de homicídio qualificado pelo</p><p>envenenamento.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>12</p><p>Caveiras, no arrependimento eficaz, ou resipiscência,</p><p>depois de já praticados todos os atos executórios</p><p>suficientes à consumação do crime, o agente adota</p><p>providências aptas a impedir a produção do resultado.</p><p>Fica claro que o arrependimento eficaz apresenta um</p><p>ponto em comum com a tentativa perfeita ou acabada,</p><p>pois o agente esgota todos os meios de execução que se</p><p>encontravam à sua disposição.</p><p>O art. 15 do Código Penal revela ser o arrependimento</p><p>eficaz possível somente no tocante aos crimes</p><p>materiais, pela análise da expressão “impede que o</p><p>resultado se produza”. Esse resultado, naturalístico, é</p><p>exigido somente para a consumação dos crimes</p><p>materiais consumados.</p><p>26. De acordo com a parte geral do Código Penal,</p><p>assinale a alternativa incorreta.</p><p>A) Não excluem a imputabilidade penal a emoção ou a</p><p>paixão.</p><p>B) É isento de pena o agente que, por embriaguez</p><p>completa, proveniente de caso fortuito ou força maior,</p><p>era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente</p><p>incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de</p><p>determinar-se de acordo com esse entendimento.</p><p>C) A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o</p><p>agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou</p><p>força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da</p><p>omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito</p><p>do fato ou de determinar-se de acordo com esse</p><p>entendimento.</p><p>D) É isento de pena o agente que, por doença mental ou</p><p>desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao</p><p>tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de</p><p>entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de</p><p>acordo com esse entendimento.</p><p>E) A pena pode ser reduzida da metade, se o agente, em</p><p>virtude de perturbação de saúde mental ou por</p><p>desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não</p><p>era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do</p><p>fato ou de determinar-se de acordo com esse</p><p>entendimento.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Questão letra de lei, prestem bem atenção aos</p><p>detalhes.</p><p>Letra E (Errada) -> A redução da pena, neste caso é de</p><p>um terço a dois terços e não da metade.</p><p>Art. 26, Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de</p><p>um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação</p><p>de saúde mental ou por desenvolvimento mental</p><p>incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de</p><p>entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de</p><p>acordo com esse entendimento.</p><p>27. Para caracterização do concurso de pessoas, o</p><p>Código Penal adotou, como regra, a teoria:</p><p>A) Subjetiva.</p><p>B) Unitária.</p><p>C) Extensiva.</p><p>D) Do domínio do fato.</p><p>E) Dualística.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Futuros e futuras aprovados (as), estabelece o art. 29,</p><p>caput, do Código Penal: “Quem, de qualquer modo,</p><p>concorre para o crime, incide nas penas a este</p><p>cominadas,</p><p>na medida de sua culpabilidade”</p><p>Para a caracterização do concurso de pessoas, adotou-</p><p>se, como regra, a teoria unitária, monística ou</p><p>monista: quem concorre para um crime, por ele</p><p>responde. Todos os coautores e partícipes se sujeitam a</p><p>um único tipo penal: há um único crime com diversos</p><p>agentes. Assim, se 10 (dez) pessoas, com unidade de</p><p>desígnios, esfaqueiam alguém, tem-se um crime de</p><p>homicídio, nada obstante existam 10 (dez) coautores.</p><p>28. No tocante ao homicídio doloso, a pena é aumentada</p><p>de 1/3 (um terço), se:</p><p>A) O agente foge para evitar a prisão em flagrante.</p><p>B) O crime resulta de inobservância de regra técnica de</p><p>profissão, arte ou ofício.</p><p>C) O crime é praticado contra pessoa maior de 60</p><p>(sessenta) anos.</p><p>D) O agente deixa de prestar imediato socorro à vítima.</p><p>E) O agente não procura diminuir as consequências do</p><p>seu ato.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a única hipótese, dentre as mencionadas, em</p><p>que há o aumento de um terço em relação ao homicídio</p><p>doloso é na hipótese de o crime ser praticado contra</p><p>pessoa maior de 60 (sessenta) anos. (Art. 121, § 4o do</p><p>CP).</p><p>Aumenta de 1/3 (um terço)</p><p>- Homicídio doloso: Se o crime é praticado contra</p><p>pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60</p><p>(sessenta) anos.</p><p>- Homicídio culposo: Se o crime resulta de</p><p>inobservância de regra técnica de profissão, arte ou</p><p>ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro</p><p>à vítima, não procura diminuir as consequências do seu</p><p>ato, ou foge para evitar prisão em flagrante.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>13</p><p>29. Considere que Marcos, por motivo egoístico, pegou o</p><p>celular da sua ex-namorada e derrubou no chão,</p><p>quebrando a sua tela e causando prejuízo considerável</p><p>para a vítima, que não tinha condições de trocar a tela</p><p>por uma nova.</p><p>Neste caso hipotético, Marcos responderá pelo crime de:</p><p>A) Dano simples.</p><p>B) Furto qualificado.</p><p>C) Apropriação indébita.</p><p>D) Dano qualificado.</p><p>E) Roubo.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A questão trouxe que o dano praticado por Marcos foi</p><p>causado por motivo egoístico e com prejuízo</p><p>considerável para a vítima, logo, trata-se de duas causas</p><p>de dano qualificado.</p><p>Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:</p><p>Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.</p><p>Dano qualificado</p><p>Parágrafo único - Se o crime é cometido:</p><p>I - com violência à pessoa ou grave ameaça;</p><p>II - com emprego de substância inflamável ou explosiva,</p><p>se o fato não constitui crime mais grave</p><p>III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito</p><p>Federal, de Município ou de autarquia, fundação pública,</p><p>empresa pública, sociedade de economia mista ou</p><p>empresa concessionária de serviços públicos;</p><p>IV - por motivo egoístico ou com prejuízo</p><p>considerável para a vítima:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa,</p><p>além da pena correspondente à violência.</p><p>30. Sobre os crimes contra a dignidade sexual, conforme</p><p>a jurisprudência dos tribunais superiores, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) O princípio da insignificância é aplicável aos crimes</p><p>contra a dignidade sexual.</p><p>B) A prática de crime ou contravenção penal contra a</p><p>dignidade sexual impossibilita a substituição da pena</p><p>privativa de liberdade por restritiva de direitos.</p><p>C) O crime de estupro de vulnerável se configura com a</p><p>conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor</p><p>de 14 anos, sendo irrelevante eventual consentimento da</p><p>vítima para a prática do ato, sua experiência sexual</p><p>anterior ou existência de relacionamento amoroso com o</p><p>agente.</p><p>D) A configuração do crime de importunação sexual</p><p>independe da prova da efetiva importunação da vítima,</p><p>por se tratar de delito formal.</p><p>E) É inadmissível aplicar, no estupro qualificado pelo</p><p>concurso de agentes, a majorante do estupro coletivo.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Questão tranquila e já trabalhada diversas vezes em</p><p>nossos simulados. No entanto, continua a aparecer nas</p><p>provas, sendo assim, de extrema importância revisá-la.</p><p>Letra C (Correta) -> Súmula 593-STJ: O crime de</p><p>estupro de vulnerável se configura com a conjunção</p><p>carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos,</p><p>sendo irrelevante eventual consentimento da vítima para</p><p>a prática do ato, sua experiência sexual anterior ou</p><p>existência de relacionamento amoroso com o agente.</p><p>Letra A – É inaplicável o princípio da insignificância aos</p><p>crimes contra dignidade sexual.</p><p>Letra B – Negativo. Na verdade, trata-se do teor da</p><p>súmula 588 do STJ. A prática de crime ou contravenção</p><p>penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no</p><p>ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena</p><p>privativa de liberdade por restritiva de direitos</p><p>Letra D – Praticar, na presença de alguém ou contra</p><p>alguém, sem a sua anuência, ato libidinoso para</p><p>satisfazer a própria lascívia ou a de outrem, é crime</p><p>material.</p><p>Letra E – Negativo. Pode aplicar sim essa majorante.</p><p>Trata-se de causa específica de aumento de pena dos</p><p>crimes de estupro (artigo 213) e estupro de vulnerável</p><p>(artigo 217-A), em que a pena do agente será elevada de</p><p>um a dois terços quando o estupro for cometido para</p><p>controlar o comportamento social ou sexual da vítima.</p><p>Portanto, é majorante vinculada ao motivo do crime.</p><p>Assim, por exemplo, se o agente estupra uma mulher</p><p>para que ela “deixe de ser homossexual” ou para que</p><p>“aprenda a se vestir de maneira recatada”, há o estupro</p><p>corretivo. Foi inserida no Código Penal pela Lei nº</p><p>13.718/18.</p><p>31. Assinale a alternativa que corresponde ao preceito</p><p>secundário do crime de Constituição de Milícia Privada,</p><p>previsto no capítulo de crimes contra a Paz Pública.</p><p>Conduta: Constituir, organizar, integrar, manter ou</p><p>custear organização paramilitar, milícia particular, grupo</p><p>ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos</p><p>crimes previstos neste Código.</p><p>A) Reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.</p><p>B) Reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos.</p><p>C) Detenção, de um a seis meses, ou multa.</p><p>D) Detenção, de três a seis meses, ou multa.</p><p>E) Reclusão, de três a doze anos, e multa.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>14</p><p>Não tem jeito, Caveira. Por mais que você ache injusto</p><p>esse tipo de questão, as bancas insistem em cobrá-las.</p><p>Constituição de milícia privada</p><p>Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou</p><p>custear organização paramilitar, milícia particular, grupo</p><p>ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos</p><p>crimes previstos neste Código:</p><p>Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos.</p><p>32. Considere a seguinte situação: Um indivíduo causou</p><p>incêndio em uma estação ferroviária, expondo a perigo o</p><p>patrimônio de outras pessoas. Neste caso, segundo a</p><p>parte especial do Código Penal, esse indivíduo</p><p>responderá pelo crime de:</p><p>A) Dano.</p><p>B) Incêndio culposo.</p><p>C) Terrorismo.</p><p>D) Incêndio com aumento de pena de 1/3.</p><p>E) Furto com emprego de explosivos.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Direto ao ponto. Irá responder pelo crime de incêndio</p><p>com causa de aumento de pena de 1/3, pelo fato de ter</p><p>ocorrido o incêndio em estação ferroviária.</p><p>Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a</p><p>integridade física ou o patrimônio de outrem:</p><p>Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.</p><p>§ 1º - As penas aumentam-se de um terço:</p><p>I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem</p><p>pecuniária em proveito próprio ou alheio;</p><p>II - se o incêndio é: (...)</p><p>d) em estação ferroviária ou aeródromo;</p><p>33. Lauro, condutor não habilitado, no intuito de se</p><p>precaver</p><p>em eventual fiscalização ao dirigir sua</p><p>motocicleta pela cidade, foi até uma delegacia de polícia</p><p>e registrou boletim de ocorrência de perda de CNH</p><p>inexistente.</p><p>Nessa situação hipotética, a conduta de Lauro</p><p>configurou:</p><p>A) Falsidade ideológica.</p><p>B) Falsidade de documento público.</p><p>C) Comunicação falsa de crime ou contravenção.</p><p>D) Falsidade de documento particular.</p><p>E) Denunciação caluniosa.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Trata-se do crime de falsidade ideológica, previsto no art.</p><p>299 do Código Penal. Cuidado, Caveira, pois falar que</p><p>perdeu documento não se trata de crime ou de</p><p>contravenção. No caso narrado, o documento é</p><p>verdadeiro (boletim de ocorrência), no entanto, a</p><p>informação ali contida (o fato de ter perdido o documento)</p><p>é falsa, portanto, crime de falsidade ideológica.</p><p>Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular,</p><p>declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou</p><p>fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser</p><p>escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou</p><p>alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:</p><p>Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o</p><p>documento é público, e reclusão de um a três anos, e</p><p>multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o</p><p>documento é particular.</p><p>Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e</p><p>comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a</p><p>falsificação ou alteração é de assentamento de registro</p><p>civil, aumenta-se a pena de sexta parte.</p><p>34. Considere a seguinte conduta: Deixar o funcionário,</p><p>por indulgência, de responsabilizar subordinado que</p><p>cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe</p><p>falte competência, não levar o fato ao conhecimento da</p><p>autoridade competente. Neste caso, o sujeito pratica o</p><p>crime de:</p><p>A) Advocacia administrativa</p><p>B) Prevaricação</p><p>C) Condescendência criminosa</p><p>D) Peculato.</p><p>E) Corrupção passiva.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, trata-se do crime de: Condescendência</p><p>criminosa</p><p>Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de</p><p>responsabilizar subordinado que cometeu infração no</p><p>exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não</p><p>levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:</p><p>Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.</p><p>Prevaricação</p><p>Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente,</p><p>ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de</p><p>lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.</p><p>Corrupção passiva</p><p>Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem,</p><p>direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou</p><p>antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem</p><p>indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>15</p><p>Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.</p><p>Peculato</p><p>Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro,</p><p>valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular,</p><p>de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em</p><p>proveito próprio ou alheio:</p><p>Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.</p><p>Advocacia administrativa</p><p>Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse</p><p>privado perante a administração pública, valendo-se da</p><p>qualidade de funcionário:</p><p>Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.</p><p>35. Assinale a alternativa que apresenta o tipo penal do</p><p>crime de Modificação ou pagamento irregular em contrato</p><p>administrativo, previsto na parte especial do Código</p><p>Penal.</p><p>A) Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado</p><p>perante a Administração Pública, dando causa à</p><p>instauração de licitação ou à celebração de contrato cuja</p><p>invalidação vier a ser decretada pelo Poder Judiciário.</p><p>B) Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer</p><p>modificação ou vantagem, inclusive prorrogação</p><p>contratual, em favor do contratado, durante a execução</p><p>dos contratos celebrados com a Administração Pública,</p><p>sem autorização em lei, no edital da licitação ou nos</p><p>respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar</p><p>fatura com preterição da ordem cronológica de sua</p><p>exigibilidade.</p><p>C) Frustrar ou fraudar, com o intuito de obter para si ou</p><p>para outrem vantagem decorrente da adjudicação do</p><p>objeto da licitação, o caráter competitivo do processo</p><p>licitatório</p><p>D) Devassar o sigilo de proposta apresentada em</p><p>processo licitatório ou proporcionar a terceiro o ensejo de</p><p>devassá-lo.</p><p>E) Obstar, impedir ou dificultar injustamente a inscrição</p><p>de qualquer interessado nos registros cadastrais ou</p><p>promover indevidamente a alteração, a suspensão ou o</p><p>cancelamento de registro do inscrito.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Modificação ou pagamento irregular em contrato</p><p>administrativo</p><p>Art. 337-H. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer</p><p>modificação ou vantagem, inclusive prorrogação</p><p>contratual, em favor do contratado, durante a execução</p><p>dos contratos celebrados com a Administração Pública,</p><p>sem autorização em lei, no edital da licitação ou nos</p><p>respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar</p><p>fatura com preterição da ordem cronológica de sua</p><p>exigibilidade:</p><p>Pena - reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e</p><p>multa.</p><p>Letra A – Patrocínio de contratação indevida</p><p>Letra C – Frustração do caráter competitivo de</p><p>licitação</p><p>Letra D – Violação de sigilo em licitação</p><p>Letra E - Impedimento indevido</p><p>36. De acordo com a Lei nº 8.072/90, considera-se crime</p><p>hediondo:</p><p>A) O furto de explosivos ou de artefato análogo que cause</p><p>perigo comum.</p><p>B) O homicídio simples.</p><p>C) A falsidade ideológica.</p><p>D) O roubo qualificado pelo resultado lesão corporal</p><p>grave.</p><p>E) O crime de importunação sexual.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Dentre os crimes listados, apenas a letra D corresponde</p><p>a um crime hediondo, conforme previsto na lei. Muito</p><p>cuidado na letra A, pois o delito de furto DE explosivos</p><p>não é hediondo. Apenas o furto praticado MEDIANTE</p><p>emprego de explosivos que é. Além disso, apenas o</p><p>homicídio praticado em atividade típica de grupo de</p><p>extermínio, ainda que cometido por um só agente, e</p><p>homicídio qualificado são hediondos.</p><p>Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes,</p><p>todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de</p><p>dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou</p><p>tentados:</p><p>II - roubo:</p><p>a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima</p><p>(art. 157, § 2º, inciso V);</p><p>b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art.</p><p>157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo</p><p>de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B);</p><p>c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou</p><p>morte (art. 157, § 3º);</p><p>37. Com base na Lei nº 9.455/97 (Crimes de tortura), é</p><p>correto afirmar:</p><p>A) O crime de tortura é apenas inafiançável.</p><p>B) O crime de tortura é inafiançável e imprescritível.</p><p>C) O crime de tortura é imprescritível, apenas.</p><p>D) O crime de tortura é insuscetível de graça ou anistia,</p><p>apenas.</p><p>E) O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de</p><p>graça ou anistia.</p><p>Gabarito: E</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>16</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Questão tranquila, vamos direto ao ponto.</p><p>LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997.</p><p>Define os crimes de tortura e dá outras providências.</p><p>Art. 1º, § 6º O crime de tortura é inafiançável e</p><p>insuscetível de graça ou anistia</p><p>38. Com base nas disposições da Lei nº 11.343/2006 (Lei</p><p>de drogas), assinale a alternativa correta.</p><p>A) Consideram-se como drogas as substâncias ou os</p><p>produtos capazes de causar dependência, assim</p><p>especificados em lei ou relacionados em listas</p><p>atualizadas periodicamente pelos municípios e pelo</p><p>Distrito Federal.</p><p>B) Entende-se por Sistema Nacional de Políticas</p><p>Públicas sobre Drogas o conjunto ordenado de</p><p>princípios, regras, critérios e recursos materiais e</p><p>humanos que envolvem as políticas, os planos, os</p><p>programas, as ações e os projetos sobre drogas,</p><p>incluindo-se nele, por adesão, os sistemas de políticas</p><p>públicas sobre drogas dos estados, do Distrito Federal e</p><p>dos municípios.</p><p>C) O Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre</p><p>Drogas atuará sem comunicação com o Sistema Único</p><p>de Saúde e com o Sistema Único de Assistência Social.</p><p>D) O Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre</p><p>Drogas funcionará sem qualquer vinculação às</p><p>orientações e às normas emanadas do Conselho</p><p>Nacional Antidrogas.</p><p>E) O Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre</p><p>Drogas tem como finalidade exclusiva a repressão da</p><p>produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Letra B (Correta) -> Art. 3º, § 1º Entende-se por Sisnad</p><p>o conjunto ordenado de princípios, regras, critérios e</p><p>recursos materiais e humanos que envolvem as políticas,</p><p>planos, programas, ações e projetos sobre drogas,</p><p>incluindo-se nele, por adesão, os Sistemas de Políticas</p><p>Públicas sobre Drogas dos Estados, Distrito Federal e</p><p>Municípios.</p><p>Letra A – Art. 1º, Parágrafo único. Para fins desta Lei,</p><p>consideram-se como drogas as substâncias ou os</p><p>produtos capazes de causar dependência, assim</p><p>especificados em lei ou relacionados em listas</p><p>atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da</p><p>União.</p><p>Letra C – Art. 3º, § 2º O Sisnad atuará em articulação</p><p>com o Sistema Único de Saúde - SUS, e com o Sistema</p><p>Único de Assistência Social - SUAS.</p><p>Letra D - Art. 4º São princípios do Sisnad: (...)</p><p>XI - a observância às orientações e normas emanadas do</p><p>Conselho Nacional Antidrogas - Conad.</p><p>Letra E - Art. 3º O Sisnad tem a finalidade de articular,</p><p>integrar, organizar e coordenar as atividades</p><p>relacionadas com:</p><p>I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção</p><p>social de usuários e dependentes de drogas;</p><p>II - a repressão da produção não autorizada e do tráfico</p><p>ilícito de drogas.</p><p>39. De acordo com a Lei nº 11.343/2026 (Lei de Drogas),</p><p>a destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência</p><p>de prisão em flagrante será feita por incineração, no</p><p>prazo máximo de:</p><p>A) 10 (dez) dias.</p><p>B) 15 (quinze) dias.</p><p>C) 20 (vinte) dias.</p><p>D) 25 (vinte e cinco) dias.</p><p>E) 30 (trinta) dias.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Questão que sempre cai, caveiras.</p><p>- Destruição com prisão em flagrante: Executada pelo</p><p>delegado de polícia competente no prazo de 15 (quinze)</p><p>dias na presença do Ministério Público e da autoridade</p><p>sanitária.</p><p>- Destruição sem prisão em flagrante: Feita por</p><p>incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias</p><p>contados da data da apreensão, guardando-se amostra</p><p>necessária à realização do laudo definitivo.</p><p>40. Comete crime previsto na Lei de abuso de autoridade,</p><p>aquele que cumpre mandado de busca e apreensão</p><p>domiciliar:</p><p>A) Após as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h</p><p>(cinco horas).</p><p>B) Após as 20h (vinte horas) ou antes das 6h (seis horas).</p><p>C) Após as 22h (vinte e duas horas) ou antes das 6h (seis</p><p>horas).</p><p>D) Após as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 6h (seis</p><p>horas).</p><p>E) Após as 18h (dezoito horas) ou antes das 5h (cinco</p><p>horas).</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, de acordo com a Lei nº 13.869/19 (Lei de</p><p>abuso de autoridade):</p><p>Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou</p><p>astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante,</p><p>imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer</p><p>nas mesmas condições, sem determinação judicial ou</p><p>fora das condições estabelecidas em lei:</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>17</p><p>Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.</p><p>§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista</p><p>no caput deste artigo, quem:</p><p>I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a</p><p>franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas dependências;</p><p>III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar</p><p>após as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h</p><p>(cinco horas).</p><p>§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar</p><p>socorro, ou quando houver fundados indícios que</p><p>indiquem a necessidade do ingresso em razão de</p><p>situação de flagrante delito ou de desastre.</p><p>Legislação Penal Extravagante</p><p>41. Carlos, após irritar-se com a demora do atendimento</p><p>realizado por Antônio, afirmou que este era um “preto</p><p>feioso e analfabeto”. Ato contínuo, e por ser dono de um</p><p>estabelecimento comercial, Carlos negou emprego a</p><p>José, afirmando que não o contrataria em razão da cor</p><p>da sua pele. De acordo com o caso concreto e a respeito</p><p>das normas legais e decisões jurisprudenciais sobre o</p><p>tema, assinale a alternativa correta.</p><p>A) Em relação à vítima Antônio, o agente Carlos praticou</p><p>o crime de injúria racial, crime prescritível.</p><p>B) O crime praticado contra José é punido com detenção.</p><p>C) Se a única conduta praticada por Carlos, em desfavor</p><p>de José, fosse impedir o acesso deste ao</p><p>estabelecimento comercial, negando-se a atendê-lo em</p><p>razão de sua cor, caberia a suspensão condicional do</p><p>processo.</p><p>D) O crime praticado contra José não comporta o</p><p>fechamento do estabelecimento de Carlos.</p><p>E) Caso Carlos seja funcionário público, um dos efeitos</p><p>do crime praticado contra José será a perda do cargo</p><p>público, efeito este aplicado automaticamente pelo juiz.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Realmente trata-se de crime de injúria racial, não</p><p>obstante, diante do atual entendimento do STF, trata-se</p><p>de crime imprescritível.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>José sofreu crime previsto na Lei 7.716/89, art. 4º: negar</p><p>ou obstar emprego em empresa privada. Trata-se de</p><p>legislação que prevê, para o tipo penal, o regime de</p><p>reclusão.</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>Trata-se de conduta prevista no art. 5º: recusar ou</p><p>impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se</p><p>a servir, atender ou receber cliente ou comprador. Pena:</p><p>reclusão de um a três anos.</p><p>Assim, tendo em vista que se trata de crime com pena</p><p>mínima de 01 ano, caberia o sursis processual.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>No art. 16 temos que: constitui efeito da condenação a</p><p>perda do cargo ou função pública, para o servidor público,</p><p>e a suspensão do funcionamento do estabelecimento</p><p>particular por prazo não superior a três meses.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Realmente, a perda do cargo será um dos efeitos da</p><p>pena. Todavia, não se trata de um efeito automático.</p><p>“Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo</p><p>ou função pública, para o servidor público, e a suspensão</p><p>do funcionamento do estabelecimento particular por</p><p>prazo não superior a três meses.</p><p>Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 (vetado)</p><p>desta lei não são automáticos, devendo ser</p><p>motivadamente declarados na sentença.”</p><p>42. Acerca das fases da lavagem de capitais (Lei n.º</p><p>9.613/98), assinale a alternativa correta.</p><p>A) A lavagem de capitais ocorre em três fases, a</p><p>ocultação, a dissimulação e a integração. Na ocultação a</p><p>intenção do agente é de introduzir o ativo na economia</p><p>formal, retirando sua origem ilícita. Na dissimulação</p><p>estão os atos que buscam disfarçar a origem ilícita do</p><p>ativo. Já na integração há a incorporação do ativo na</p><p>economia formal, deixando-os como se fossem lícitos.</p><p>B) A lavagem de capitais ocorre em três fases, a</p><p>ocultação, a dissimulação e a exclusão. Com a fase da</p><p>ocultação, o agente busca introduzir o ativo na economia</p><p>formal, retirando sua origem ilícita. Com a dissimulação</p><p>surgem atos que buscam disfarçar a origem ilícita do</p><p>ativo. Já na exclusão há a retirada do ativo da economia</p><p>formal e inclusão</p><p>em atividade ilícita.</p><p>C) A lavagem de capitais ocorre em três fases, a</p><p>ocultação, a evidenciação e a integração. Na ocultação o</p><p>agente busca introduzir o ativo na economia formal,</p><p>retirando sua origem ilícita. Na evidenciação estão os</p><p>atos que buscam demonstrar claramente que a origem</p><p>dos ativos é lícita. Na chamada fase da integração há a</p><p>incorporação do ativo na economia formal, deixando-os</p><p>como se lícitos fossem.</p><p>D) A lavagem de capitais ocorre em três fases, a</p><p>exclusão, a dissimulação e a integração. Na exclusão há</p><p>a retirada do ativo da economia formal e inclusão em</p><p>atividade ilícita. Na dissimulação estão os atos que</p><p>buscam disfarçar a origem ilícita do ativo. Já na</p><p>integração há a incorporação do ativo na economia</p><p>formal, deixando-os como se fossem lícitos.</p><p>E) A lavagem de capitais ocorre somente em duas fases,</p><p>a ocultação e a dissimulação. Na ocultação o indivíduo</p><p>busca introduzir o ativo na economia formal, retirando sua</p><p>origem ilícita. Na dissimulação estão os atos que buscam</p><p>disfarçar a origem ilícita do ativo.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>18</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>A lavagem de dinheiro se divide em três fases, quais</p><p>sejam:</p><p>1) Ocultação: fase na qual o agente busca inserir o ativo</p><p>na economia formal, distanciando-o de sua origem ilícita.</p><p>2) Dissimulação: quando o agente pratica atos no intuito</p><p>de disfarçar ilicitude do ativo.</p><p>3) Integração: sua última fase consiste na incorporação</p><p>da economia formal dos benefícios financeiros como se</p><p>fossem lícitos.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Atente-se à nomenclatura das fases, visto que não há a</p><p>fase de exclusão, tampouco a explicação dada a ela na</p><p>alternativa.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>A segunda fase não se chama evidenciação, mas sim</p><p>dissimulação.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>A primeira fase se chama ocultação, não exclusão, assim</p><p>como a definição dada na alternativa não condiz em nada</p><p>com as fases da lavagem de capitais.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>São três as chamadas fases de lavagem de capitais,</p><p>como esclarecido na primeira alternativa.</p><p>43. A Lei 13.964/2019 (Lei Anticrime) trouxe grandes</p><p>alterações no ordenamento jurídico penal. Com o fim de</p><p>tratar com maior rigor aqueles que praticassem delitos</p><p>repulsivos, foram inseridas novas condutas hediondas.</p><p>Seguindo as novidades da Lei 8.072/90 (Lei de Crimes</p><p>Hediondos), assinale a alternativa incorreta.</p><p>A) O crime de roubo é considerado hediondo quando for</p><p>circunstanciado pelo emprego de arma de fogo, seja ela</p><p>de uso permitido, proibido ou restrito.</p><p>B) O crime de furto com emprego de explosivo ou de</p><p>artefato análogo que cause perigo comum é considerado</p><p>hediondo. No entanto, o crime de roubo nessas mesmas</p><p>circunstâncias não foi taxativamente previsto na Lei de</p><p>Crimes Hediondos.</p><p>C) O roubo circunstanciado pela restrição de liberdade da</p><p>vítima ou qualificado pelo resultado lesão corporal grave</p><p>ou morte está previsto no rol dos crimes hediondos.</p><p>D) Os delitos de comércio ilegal de armas de fogo ou o</p><p>de tráfico internacional de arma de fogo são abrangidos</p><p>pela Lei de Crimes Hediondos independentemente de a</p><p>arma ser de uso permitido, proibido ou restrito.</p><p>E) A posse ou o porte ilegal de arma de fogo de uso</p><p>restrito é considerado crime hediondo.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>No art. 1º da Lei de Crimes Hediondos, encontra-se o rol</p><p>taxativo dos delitos considerados hediondos. No seu</p><p>inciso II, “b”, está previsto o crime de roubo</p><p>circunstanciado pelo emprego de arma de fogo ou pelo</p><p>emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O furto. que antes não era em nenhuma das suas</p><p>modalidades considerado crime hediondo, passou a ser</p><p>quando qualificado pelo emprego de explosivo ou de</p><p>artefato análogo que causa perigo comum, conforme o</p><p>art. 1º, IX, da Lei de Crimes Hediondos. Porém, o roubo</p><p>circunstanciado naquele mesmo molde do furto não foi</p><p>inserido no rol dos hediondos.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>O inciso II, “a” e “c”, do rol dos crimes hediondos</p><p>prescreve o roubo circunstanciado pela restrição de</p><p>liberdade da vítima e o qualificado pelo resultado de lesão</p><p>corporal grave ou morte.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>No rol dos hediondos, não há distinção do tipo de arma</p><p>de fogo para os crimes de comércio ilegal de armas de</p><p>fogo ou o de tráfico internacional de arma de fogo. Logo,</p><p>esses crimes serão hediondos independentemente do</p><p>tipo da arma de fogo, assim prescreve o art. 1º, parágrafo</p><p>único, III e IV, da Lei de Crimes Hediondos.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Atenção com a alteração realizada pela Lei Anticrime.</p><p>Antes, a posse ou o porte de arma de fogo de uso restrito</p><p>era hediondo. Depois da Lei Anticrime, esse delito</p><p>passou a ser hediondo somente com arma de fogo de</p><p>uso proibido, de acordo com o art. 1º, parágrafo único, II,</p><p>da Lei de Crimes Hediondos.</p><p>44. No tocante à Lei Contravenções Penais, consoante o</p><p>entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de</p><p>Justiça sobre armas brancas, assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>A) O ato de trazer consigo, fora de casa, arma chamada</p><p>branca, como uma faca, não é considerado contravenção</p><p>penal, visto que o art. 19 da LCP não está mais em vigor.</p><p>B) O art. 19 da LCP não foi tacitamente revogado pelo</p><p>art. 10 da Lei n. 9.437/97, que posteriormente foi</p><p>revogado pela Lei 10.826/2003, visto que tratam sobre</p><p>temas diferentes.</p><p>C) Apesar da previsão legal do porte de arma de fogo no</p><p>Estatuto do Desarmamento, o art. 19 da LCP permanece</p><p>em vigor em relação ao porte destas, devido à relação de</p><p>lei geral e especial, referentes ao mesmo tema.</p><p>D) O STJ não considera tipificada a conduta de portar,</p><p>fora de casa, arma branca por violação ao princípio da</p><p>intervenção mínima.</p><p>E) Há a possibilidade de tipificação da conduta de porte</p><p>de arma branca como contravenção prevista na LCP,</p><p>sem que ocorra violação ao princípio da intervenção</p><p>mínima ou da legalidade.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>19</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>A jurisprudência do STJ entende estar em vigor o</p><p>disposto no art. 19 da LCP, quando tratamos de arma</p><p>branca, como uma faca.</p><p>Observe o dispositivo: art. 19. Trazer consigo arma fora</p><p>de casa ou de dependência desta, sem licença da</p><p>autoridade.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O STJ explicita que o art. 19 da LCP foi tacitamente</p><p>revogado pelo art. 10 da Lei 9.437/97, o qual, por sua vez,</p><p>foi revogado pela Lei 10.826/03.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>O art. 19 da LCP permanece em vigor tão somente ao</p><p>porte de outros artefatos também letais, como as</p><p>chamadas armas brancas, excluindo-se o porte ilegal de</p><p>arma de fogo que está previsto em lei própria.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O STJ esclarece que pode haver a tipificação da conduta</p><p>de porte de arma branca, previsto no art. 19 da LCP, sem</p><p>haver violação ao princípio da intervenção mínima.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Conforme esclarecido nas alternativas anteriores, há a</p><p>possibilidade de tipificação da conduta de porte de arma</p><p>branca como contravenção prevista no art. 19, LCP, sem</p><p>que ocorra violação ao princípio da intervenção mínima</p><p>ou da legalidade.</p><p>45. No tocante à Lei Maria da Penha (Lei n.° 11.340/06),</p><p>e do seu entendimento legal, doutrinária e</p><p>jurisprudencial, assinale a alternativa correta.</p><p>A) À luz da Jurisprudência do STJ, inclusive</p><p>entendimento já sumulado, os institutos</p><p>despenalizadores – suspensão condicional do processo</p><p>e transação penal – não se aplicam na hipótese</p><p>de delitos</p><p>sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.</p><p>B) Após a edição da Lei n. 14.132/2021, a conduta de</p><p>perseguir vítima mulher, por razões da condição do sexo</p><p>feminino, de maneira reiterada, ameaçando-lhe a</p><p>integridade física e restringindo sua capacidade de</p><p>locomoção, tornou-se crime tipificado no art.147-A do</p><p>Código Penal, cuja ação penal é pública incondicionada.</p><p>C) Recebido o expediente com o pedido da ofendida,</p><p>caberá ao juiz, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,</p><p>decidir sobre as medidas protetivas de urgência.</p><p>D) À luz da Jurisprudência do STJ, a decisão que fixa</p><p>alimentos em razão da prática de violência doméstica não</p><p>poderá ser executada sob o rito da prisão civil.</p><p>E) Em relação ao sistema protetivo da Lei Maria da</p><p>Penha e o entendimento da Jurisprudência do STJ, uma</p><p>vez praticada contravenção penal, no âmbito da violência</p><p>doméstica contra mulher, é possível a decretação da</p><p>prisão preventiva.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>Nos exatos termos do enunciado de súmula do Superior</p><p>Tribunal de Justiça, a saber:</p><p>“Súmula 536 – STJ: A suspensão condicional do</p><p>processo e a transação penal não se aplicam na hipótese</p><p>de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>A lei 14.132/2021 acrescentou ao Código Penal o tipo do</p><p>art.147-A, denominado crime de perseguição, cuja</p><p>prática contra a mulher baseada em razões da condição</p><p>de sexo feminino leva ao acréscimo de causa de aumento</p><p>de pena de metade, previso no §1º, do presente tipo;</p><p>porém, o delito em comento, ainda que praticado no</p><p>âmbito da violência doméstica contra mulher, é crime de</p><p>ação penal pública condicionada a representação, por</p><p>disposição expressa no tipo (§3º). Vejamos:</p><p>“Perseguição.</p><p>Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por</p><p>qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou</p><p>psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção</p><p>ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua</p><p>esfera de liberdade ou privacidade. (Incluído pela Lei nº</p><p>14.132, de 2021).</p><p>Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e</p><p>multa. (Incluído pela Lei nº 14.132, de 2021).</p><p>§ 1º A pena é aumentada de metade se o crime é</p><p>cometido: (Incluído pela Lei nº 14.132, de 2021)</p><p>I – contra criança, adolescente ou idoso; (Incluído pela</p><p>Lei nº 14.132, de 2021);</p><p>II – contra mulher por razões da condição de sexo</p><p>feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste Código;</p><p>(Incluído pela Lei nº 14.132, de 2021); III – mediante</p><p>concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego</p><p>de arma. (Incluído pela Lei nº 14.132, de 2021);</p><p>§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo</p><p>das correspondentes à violência. (Incluído pela Lei nº</p><p>14.132, de 2021);</p><p>§ 3º Somente se procede mediante representação.</p><p>(Incluído pela Lei nº 14.132, de 2021).”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>O prazo previsto é de 48 horas. Vejamos:</p><p>“Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da</p><p>ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e</p><p>oito) horas:</p><p>I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as</p><p>medidas protetivas de urgência;”</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>A decisão proferida em processo penal que fixa alimentos</p><p>provisórios ou provisionais em favor da companheira e da</p><p>filha, em razão da prática de violência doméstica,</p><p>constitui título hábil para imediata cobrança e, em caso</p><p>de inadimplemento, passível de decretação de prisão</p><p>civil. STJ. 3ª Turma. RHC 100446-MG, Rel. Min. Marco</p><p>Aurélio Bellizze, julgado em 27/11/2018 (Info 640).</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>20</p><p>Trata-se de questão que trabalha com a jurisprudência,</p><p>cujo teor segue: A prática de contravenção penal, no</p><p>âmbito de violência doméstica, não é motivo idôneo para</p><p>justificar a prisão preventiva do réu. O inciso III do art. 313</p><p>do CPP prevê que será admitida a decretação da prisão</p><p>preventiva “se o CRIME envolver violência doméstica e</p><p>familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso,</p><p>enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a</p><p>execução das medidas protetivas de urgência”. Assim, a</p><p>redação do inciso III do art. 313 do CPP fala em CRIME</p><p>(não abarcando contravenção penal). Logo, não há</p><p>previsão legal que autorize a prisão preventiva contra o</p><p>autor de uma contravenção penal. Decretar a prisão</p><p>preventiva nesta hipótese representa ofensa ao princípio</p><p>da legalidade estrita. STJ. 6ª Turma. HC 437.535-SP,</p><p>Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel. Acd. Min.</p><p>Rogerio Schietti Cruz, julgado em 26/06/2018 (Info 632).</p><p>46. Conforme o disposto na Lei n° 10.826/03 (Estatuto do</p><p>Desarmamento), assinale a opção correta.</p><p>A) O crime de comércio ilegal de arma de fogo (art. 17 da</p><p>Lei nº 10.826/2003) não é considerado hediondo.</p><p>B) O crime de tráfico internacional de arma de fogo (art.</p><p>18 da Lei nº 10.826/2003), considerado hediondo, é</p><p>punido com penas de reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito)</p><p>anos, e multa.</p><p>C) O agente que suprime ou altera marca, numeração ou</p><p>qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou</p><p>artefato não pratica crime.</p><p>D) Se o agente, além de possuir arma de fogo de uso</p><p>restrito sem autorização e em desacordo com</p><p>determinação legal ou regulamentar, emprestar o</p><p>artefato, incorrerá em um único crime.</p><p>E) Quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou</p><p>munição, em operação de importação, sem autorização</p><p>da autoridade competente, a agente policial disfarçado,</p><p>quando presentes elementos probatórios razoáveis de</p><p>conduta criminal preexistente, incorre na mesma pena do</p><p>comércio ilegal de arma de fogo.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>O crime de comércio ilegal de arma de fogo é</p><p>considerado hediondo (art. 1º, parágrafo único, III, da Lei</p><p>8.072/90).</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>De fato, o crime de tráfico internacional de arma de fogo</p><p>é considerado hediondo (art. 1º, parágrafo único, IV, da</p><p>Lei 8.072/90). A pegadinha está na segunda parte: com</p><p>o advento da Lei 13.964/2019 (Lei Anticrime), tal delito é</p><p>punido com reclusão de 8 a 16 anos e multa.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal</p><p>de identificação de arma de fogo ou artefato é crime</p><p>punível com as mesmas penas do crime de posse ou</p><p>porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, conforme art.</p><p>16, § 1º, I, da Lei 10.826/2003.</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>O art. 16, caput, contém tipos penais alternativos.</p><p>Portanto, se o agente possuir e emprestar arma de fogo</p><p>de uso restrito sem autorização e em desacordo com</p><p>determinação legal ou regulamentar, incorrerá em um</p><p>único crime.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Essa conduta possui o mesmo apenamento do tráfico</p><p>internacional de arma de fogo (art. 18, parágrafo único,</p><p>da Lei 10.826/2003).</p><p>47. Quanto às disposições dos estatutos do</p><p>desarmamento (Lei n° 10.826/03) e da criança e do</p><p>adolescente (Lei n° 8.069/90), considerando ainda a</p><p>jurisprudência superior, marque opção correta.</p><p>A) Estar na posse de granada de gás lacrimogêneo não</p><p>configura crime do Estatuto do Desarmamento.</p><p>B) Em caso de adoção, não há possibilidade de</p><p>flexibilização da regra da irrevogabilidade.</p><p>C) Os crimes previstos no estatuto da criança e do</p><p>adolescente são processados através de ação pública</p><p>condicionada.</p><p>D) Se determinado Delegado, após apreender</p><p>adolescente, deixar de comunicar imediatamente à</p><p>autoridade judiciária, responderá, apenas, por crime de</p><p>abuso de autoridade.</p><p>E) Apenas o crime de posse ou porte ilegal de arma de</p><p>fogo, dentro do estatuto do desarmamento, não comporta</p><p>liberdade provisória.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>Vejamos a decisão do STJ: a conduta de portar granada</p><p>de gás lacrimogêneo ou granada de gás de pimenta não</p><p>se amolda</p><p>ao delito previsto no art. 16, parágrafo único,</p><p>III, Lei 10.826/2003 (STJ. 6ª Turma. REsp 1.627.028/SP,</p><p>Info 599). Isso porque, os citados objetos não se</p><p>enquadram no conceito de artefatos explosivos.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>No caso de adoção unilateral, a irrevogabilidade prevista</p><p>no art. 39, § 1º, do ECA pode ser flexibilizada no melhor</p><p>interesse do adotando. É o entendimento do STJ (3ª</p><p>Turma. REsp 1.545.959/SC, Info 608). Vejamos:</p><p>“Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-</p><p>á segundo o disposto nesta Lei:</p><p>§1º A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual</p><p>se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos</p><p>de manutenção da criança ou adolescente na família</p><p>natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art.</p><p>25 desta Lei.”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Na forma do art. 227, ECA, os crimes definidos nesta Lei</p><p>são de ação pública incondicionada.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>21</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Trata-se de crime previsto no ECA. Vejamos: art. 231.</p><p>Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão</p><p>de criança ou adolescente de fazer imediata</p><p>comunicação à autoridade judiciária competente e à</p><p>família do apreendido ou à pessoa por ele indicada: Pena</p><p>- detenção de seis meses a dois anos.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Na verdade, tanto o crime de posse ou porte ilegal de</p><p>arma de fogo de uso restrito, quanto de comércio ilegal</p><p>de arma de fogo e tráfico ilegal de arma de fogo, são</p><p>insuscetíveis de liberdade provisória. É a disposição do</p><p>art. 21, Estatuto do desarmamento.</p><p>48. A respeito da Lei n.º 12.830/2013, que disciplina a</p><p>investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia,</p><p>assinale a alternativa incorreta.</p><p>A) O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel</p><p>em direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo</p><p>tratamento protocolar que recebem os magistrados, os</p><p>membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e</p><p>os advogados.</p><p>B) Indiciamento não é atribuição exclusiva da autoridade</p><p>policial, podendo ser determinada por magistrado.</p><p>C) A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente</p><p>por ato fundamentado.</p><p>D) O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-</p><p>se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-</p><p>jurídica do fato, que deverá indicar a autoria,</p><p>materialidade e suas circunstâncias.</p><p>E) Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade</p><p>policial, cabe a condução da investigação criminal por</p><p>meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto</p><p>em lei, que tem como objetivo a apuração das</p><p>circunstâncias, da materialidade e da autoria das</p><p>infrações penais.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>Nos exatos termos da Lei n° 12.830/2013, que aduz:</p><p>“Art. 3° O cargo de delegado de polícia é privativo de</p><p>bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o</p><p>mesmo tratamento protocolar que recebem os</p><p>magistrados, os membros da Defensoria Pública e do</p><p>Ministério Público e os advogados.”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Indiciamento é atribuição exclusiva da autoridade</p><p>policial, não podendo ser determinado por</p><p>magistrado.</p><p>O magistrado não pode requisitar o indiciamento em</p><p>investigação criminal. Isso porque o indiciamento</p><p>constitui atribuição exclusiva da autoridade policial.</p><p>É por meio do indiciamento que a autoridade policial</p><p>aponta determinada pessoa como a autora do ilícito em</p><p>apuração. Por se tratar de medida ínsita à fase</p><p>investigatória, por meio da qual o delegado de polícia</p><p>externa o seu convencimento sobre a autoria dos fatos</p><p>apurados, não se admite que seja requerida ou</p><p>determinada pelo magistrado, já que tal procedimento</p><p>obrigaria o presidente do inquérito à conclusão de que</p><p>determinado indivíduo seria o responsável pela prática</p><p>criminosa, em nítida violação ao sistema acusatório</p><p>adotado pelo ordenamento jurídico pátrio.</p><p>Nesse mesmo sentido é a inteligência do art. 2º, § 6º, da</p><p>Lei 12.830/2013, que afirma que o indiciamento é ato</p><p>inserto na esfera de atribuições da polícia judiciária.</p><p>STJ. 5ª Turma. RHC 47.984-SP, Rel. Min. Jorge Mussi,</p><p>julgado em 4/11/2014 (Info 552).</p><p>TF. 2ª Turma. HC 115015/SP. Rel. Min Teari Zavascki,</p><p>julgado em 27/8/2013 (lnfo 717).</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>Na literalidade da Lei n° 12.830/2013, que assevera:</p><p>“Art. 2° As funções de polícia judiciária e a apuração de</p><p>infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são</p><p>de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.</p><p>(...)</p><p>§5° A remoção do delegado de polícia dar-se-á</p><p>somente por ato fundamentado.”</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>Nos exatos termos da Lei n° 12.830/2013, que dispõe:</p><p>“Art. 2° As funções de polícia judiciária e a apuração de</p><p>infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são</p><p>de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.</p><p>(...)</p><p>§6° O indiciamento, privativo do delegado de polícia,</p><p>dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise</p><p>técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria,</p><p>materialidade e suas circunstâncias.”</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Conforme a Lei n° 12.830/2013, que aduz:</p><p>“Art. 2° As funções de polícia judiciária e a apuração de</p><p>infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são</p><p>de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.</p><p>(...)</p><p>§1° Ao delegado de polícia, na qualidade de</p><p>autoridade policial, cabe a condução da investigação</p><p>criminal por meio de inquérito policial ou outro</p><p>procedimento previsto em lei, que tem como objetivo</p><p>a apuração das circunstâncias, da materialidade e da</p><p>autoria das infrações penais.”</p><p>49. No que se refere ao Código de Trânsito Brasileiro (Lei</p><p>n° 9.503/1997), bem como do entendimento doutrinário e</p><p>jurisprudencial, assinale a alternativa incorreta.</p><p>A) Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou</p><p>entregar a direção de veículo automotor a pessoa que</p><p>não seja habilitada, ou que se encontre em qualquer das</p><p>situações previstas no art. 310 do CTB,</p><p>independentemente da ocorrência de lesão ou de perigo</p><p>de dano concreto na condução do veículo.</p><p>B) A regra que prevê o crime do art. 305 do Código de</p><p>Trânsito Brasileiro (CTB) é constitucional, posto não</p><p>infirmar o princípio da não incriminação, garantido o</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>22</p><p>direito ao silêncio e ressalvadas as hipóteses de exclusão</p><p>da tipicidade e da antijuridicidade.</p><p>C) É constitucional a imposição da pena de suspensão</p><p>de habilitação para dirigir veículo automotor ao motorista</p><p>profissional condenado por homicídio culposo no trânsito.</p><p>D) O fato de o autor de homicídio culposo na direção de</p><p>veículo automotor estar com a Carteira Nacional de</p><p>Habilitação vencida justifica a aplicação da causa</p><p>especial de aumento de pena descrita no inciso I, do §1°,</p><p>do art. 302 do Código de Trânsito Brasileiro.</p><p>E) Para a incidência da causa de aumento de pena</p><p>prevista no art. 302, parágrafo único, IV, do CTB, é</p><p>irrelevante que o agente esteja transportando</p><p>passageiros no momento do homicídio culposo cometido</p><p>na direção de veículo automotor.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>Nos moldes do previsto no enunciado de súmula do</p><p>Superior Tribunal de Justiça, que assevera:</p><p>“Súmula n° 575, STJ: Constitui crime a conduta de</p><p>permitir, confiar ou entregar a direção de veículo</p><p>automotor a pessoa que não seja habilitada, ou que</p><p>se encontre em qualquer das situações previstas no</p><p>art. 310 do CTB, independentemente da ocorrência de</p><p>lesão ou de perigo de dano concreto na condução do</p><p>veículo.”</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>É constitucional o tipo penal que prevê o crime de fuga</p><p>do local do acidente (art. 305</p><p>do CTB).</p><p>A regra que prevê o crime do art. 305 do Código de</p><p>Trânsito Brasileiro (CTB) é constitucional, posto não</p><p>infirmar o princípio da não incriminação, garantido o</p><p>direito ao silêncio e ressalvadas as hipóteses de</p><p>exclusão da tipicidade e da antijuridicidade.</p><p>STF. Plenário. RE 971.959/RS, Rel. Min. Luiz Fux,</p><p>julgado em 14/11/2018 (Repercussão Geral – Tema 907)</p><p>(Info 923).</p><p>É constitucional o tipo penal que prevê o crime de fuga</p><p>do local do acidente (art. 305 do CTB).</p><p>STF. Plenário. ADC 35/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio,</p><p>red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 9/10/2020</p><p>(Info 994).</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>É constitucional a imposição da pena de suspensão</p><p>de habilitação para dirigir veículo automotor ao</p><p>motorista profissional condenado por homicídio</p><p>culposo no trânsito.</p><p>O crime de homicídio culposo na direção de veículo</p><p>automotor, tipificado no art. 302 do CTB, prevê, como</p><p>uma das penas aplicadas, a “suspensão ou proibição de</p><p>se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo</p><p>automotor”.</p><p>Se o réu que praticou este crime é motorista profissional,</p><p>ele pode, mesmo assim, receber essa sanção ou isso</p><p>violaria o direito constitucional ao trabalho? Não viola. O</p><p>condenado pode sim receber essa sanção, ainda que se</p><p>trate de motorista profissional.</p><p>É constitucional a imposição da pena de suspensão de</p><p>habilitação para dirigir veículo automotor ao motorista</p><p>profissional condenado por homicídio culposo no trânsito.</p><p>O direito ao exercício de atividades profissionais (art. 5º,</p><p>XIII) não é absoluto e a restrição imposta pelo legislador</p><p>se mostra razoável.</p><p>STF. Plenário. RE 607107/MG, Rel. Min. Roberto</p><p>Barroso, julgado em 12/2/2020 (repercussão geral –</p><p>Tema 486) (Info 966).</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O fato de o condutor estar com a CNH vencida não se</p><p>enquadra na causa de aumento do inciso I do § 1º do art.</p><p>302 do CTB.</p><p>O fato de o autor de homicídio culposo na direção de</p><p>veículo automotor estar com a CNH vencida não justifica</p><p>a aplicação da causa especial de aumento de pena</p><p>descrita no inciso I do § 1º do art. 302 do CTB.</p><p>O inciso I do § 1º do art. 302 pune o condutor que "não</p><p>possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de</p><p>Habilitação".</p><p>O fato de o condutor estar com a CNH vencida não se</p><p>amolda a essa previsão não se podendo aplicá-lo por</p><p>analogia in malam partem.</p><p>STJ. 6ª Turma. HC 226.128-TO, Rel. Min. Rogerio</p><p>Schietti Cruz, julgado em 7/4/2016 (Info 581).</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Homicídio culposo cometido no exercício de atividade de</p><p>transporte de passageiros.</p><p>Para a incidência da causa de aumento de pena</p><p>prevista no art. 302, parágrafo único, IV, do CTB, é</p><p>irrelevante que o agente esteja transportando</p><p>passageiros no momento do homicídio culposo</p><p>cometido na direção de veículo automotor.</p><p>STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1.255.562-RS, Rel. Min.</p><p>Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 4/2/2014 (Info</p><p>537).</p><p>50. No que diz respeito à Lei contra o Terrorismo (Lei n.º</p><p>13.620/2016), assinale a alternativa correta.</p><p>A) Considerando o conceito de iter criminis, não é punível</p><p>a realização de atos preparatórios de terrorismo.</p><p>B) Para a configuração do crime de terrorismo é</p><p>necessário que a prática dos atos seja realizada por dois</p><p>ou mais indivíduos.</p><p>C) Exceto na hipótese de a prática do ato ser elementar</p><p>do cometimento de algum dos crimes previstos na Lei</p><p>Antiterrorismo, se algum deles provocar lesão corporal</p><p>grave, a pena será aumentada de um terço e, se resultar</p><p>morte, a pena será aumentada da metade.</p><p>D) O terrorismo é insuscetível de anistia, graça, indulto,</p><p>fiança e liberdade provisória.</p><p>E) Aquele que promover pessoalmente uma organização</p><p>terrorista estará sujeito à pena de reclusão de cinco a dez</p><p>anos, e multa.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>23</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>O iter criminis pode ser definido como o caminho</p><p>percorrido pelo crime e, via de regra, os atos</p><p>preparatórios não são puníveis, salvo quando houver</p><p>previsão legal nesse sentido. Desse modo, pode-se</p><p>afirmar que, por expressa previsão legal – art. 5°, caput,</p><p>da Lei nº 13.260/2016 -, a realização de atos</p><p>preparatórios de terrorismo com o propósito inequívoco</p><p>de consumar tal delito é punível com a pena</p><p>correspondente ao crime consumado, reduzida de um</p><p>quarto até a metade.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Basta um ou mais indivíduos para a configuração do</p><p>crime de terrorismo ser tipificado, desde que praticado</p><p>algum dos atos que assim o configure, de acordo com o</p><p>art. 2°, caput, da Lei nº 13.260/2016.</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>A alternativa trouxe a exata previsão descrita no art. 7°</p><p>da Lei nº 13.260/2016. Vejamos:</p><p>“Art. 7º Salvo quando for elementar da prática de</p><p>qualquer crime previsto nesta Lei, se de algum deles</p><p>resultar lesão corporal grave, aumenta-se a pena de um</p><p>terço, se resultar morte, aumenta-se a pena da metade.”</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>De fato, não há que se falar em anistia, graça, indulto ou</p><p>fiança ao indivíduo que comete terrorismo, mas o instituto</p><p>da liberdade provisória não é vedado, nos termos do art.</p><p>2°, I e II, da Lei 8.072/90.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>O sujeito que promover, constituir, integrar ou prestar</p><p>auxílio, pessoalmente ou por interposta pessoa a</p><p>organização terrorista, estará sujeito à pena de reclusão,</p><p>de cinco a oito anos, e multa, vide art. 3°, caput, da Lei</p><p>nº 13.260/2016.</p><p>Noções de Direito Processual Penal</p><p>51. Consoante à Lei de Execução Penal (Lei n.º</p><p>7.210/1984), assinale a alternativa correta.</p><p>A) O Conselho Penitenciário é órgão consultivo e</p><p>fiscalizador da execução da pena. O Conselho será</p><p>integrado por membros nomeados pelo Juiz da Execução</p><p>Penal, dentre professores e profissionais da área do</p><p>Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências</p><p>correlatas, bem como por representantes da</p><p>comunidade. A legislação federal e estadual regulará o</p><p>seu funcionamento.</p><p>B) A oitiva do condenado pelo Juízo da Execução Penal,</p><p>em audiência de justificação realizada na presença do</p><p>defensor e do Ministério Público, afasta a necessidade de</p><p>prévio Procedimento Administrativo Disciplinar.</p><p>C) As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias</p><p>e graves. A legislação local especificará apenas as leves,</p><p>bem assim as respectivas sanções.</p><p>D) A Comissão Técnica de Classificação, existente em</p><p>cada estabelecimento, será presidida pelo juiz da</p><p>execução penal e composta, no mínimo, por 2 chefes de</p><p>serviço, 1 psiquiatra, 1 psicólogo e 1 assistente social,</p><p>quando se tratar de condenado à pena privativa de</p><p>liberdade.</p><p>E) Para comprovar a materialidade da infração disciplinar</p><p>e a natureza da substância encontrada com o apenado</p><p>no interior de estabelecimento prisional, tem-se como</p><p>desnecessária a produção do laudo toxicológico do</p><p>material apreendido.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>O erro da alternativa é afirmar que os membros do</p><p>conselho serão nomeados pelo Juiz da Execução Penal,</p><p>quando na verdade serão nomeados pelo Governador</p><p>do Estado, do Distrito Federal e dos Territórios,</p><p>conforme Lei de Execução Penal. Vejamos:</p><p>“Art. 69. O Conselho Penitenciário é órgão consultivo e</p><p>fiscalizador da execução da pena.</p><p>§ 1º O Conselho será integrado por membros nomeados</p><p>pelo Governador do Estado, do Distrito Federal e dos</p><p>Territórios, dentre professores e profissionais da área do</p><p>Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências</p><p>correlatas, bem como por representantes da</p><p>comunidade. A legislação federal e estadual regulará o</p><p>seu funcionamento.</p><p>§ 2º O mandato dos membros do Conselho Penitenciário</p><p>terá a duração de 4 (quatro) anos.”</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>O entendimento apresentado na alternativa foi exarado</p><p>pelo Supremo Tribunal</p><p>Federal. A Corte entende ainda</p><p>que eventual ausência ou insuficiência na defesa técnica</p><p>é suprida com a realização de audiência de justificação,</p><p>nos termos citados na assertiva. Vejamos:</p><p>“A oitiva do condenado pelo Juízo da Execução Penal,</p><p>em audiência de justificação realizada na presença do</p><p>defensor e do Ministério Público, afasta a necessidade de</p><p>prévio Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD),</p><p>assim como supre eventual ausência ou insuficiência de</p><p>defesa técnica no PAD instaurado para apurar a prática</p><p>de falta grave durante o cumprimento da pena. STF”.</p><p>Plenário. RE 972598, Rel. Roberto Barroso, julgado em</p><p>04/05/2020 (Repercussão Geral – Tema 941) (Info 985 –</p><p>clipping).</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Vejamos a LEP:</p><p>“Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves,</p><p>médias e graves. A legislação local especificará as leves</p><p>e médias, bem assim as respectivas sanções.”</p><p>O erro está em afirmar que apenas as faltas disciplinares</p><p>leves serão especificadas pela legislação local, pois</p><p>serão as faltas leves e médias. Assim, faltas disciplinares</p><p>leves e médias: definidas na legislação local. As faltas</p><p>graves: definidas na próprias LEP.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>24</p><p>O erro da questão é dizer que essa comissão técnica será</p><p>presidida pelo juiz da execução, quando na verdade será</p><p>presidida pelo Diretor do estabelecimento. É bom</p><p>acrescentar que essa comissão técnica será para</p><p>classificação da pena privativa de liberdade. Vejamos:</p><p>“Art. 7º. A Comissão Técnica de Classificação, existente</p><p>em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e</p><p>composta, no mínimo, por 2 chefes de serviço, 1</p><p>psiquiatra, 1 psicólogo e 1 assistente social, quando se</p><p>tratar de condenado à pena privativa de liberdade.</p><p>Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará</p><p>junto ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais</p><p>do serviço social.”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>De acordo com entendimento do Superior Tribunal de</p><p>Justiça, publicado na Edição n. 144 da Jurisprudência em</p><p>Teses:</p><p>“É imprescindível a confecção do laudo toxicológico</p><p>para comprovar a materialidade da infração</p><p>disciplinar e a natureza da substância encontrada</p><p>com o apenado no interior de estabelecimento</p><p>prisional.” Julgados: AgRg no HC 547354/DF, Rel.</p><p>Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA</p><p>TURMA, julgado em 06/02/2020, DJe 13/02/2020; HC</p><p>546287/SP, Rel. Ministro LEOPOLDO DE ARRUDA</p><p>RAPOSO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO</p><p>TJ/PE), QUINTA TURMA, julgado em 17/12/2019, DJe</p><p>19/12/2019;</p><p>52. No que se refere à Lei de Execução Penal (Lei n.º</p><p>7.210/1984), assinale a alternativa correta.</p><p>A) Não havendo na sentença condenatória transitada em</p><p>julgado determinação expressa de reparação do dano ou</p><p>de devolução do produto do ilícito, pode o juízo das</p><p>execuções inserir referida condição para fins de</p><p>progressão de regime, posto que estão diretamente</p><p>relacionadas com o bom comportamento do agente.</p><p>B) Ao reincidente não específico em crime hediondo,</p><p>aplica-se, inclusive retroativamente, o inciso V do art. 112</p><p>da LEP para fins de progressão de regime, de modo que</p><p>a condenação anterior por crime comum não impede a</p><p>progressão após o cumprimento de 40% da pena.</p><p>C) Uma vez identificado o perfil genético, nos termos da</p><p>Lei de Execução Penal, a amostra biológica recolhida</p><p>deverá ser correta e imediatamente armazenada, de</p><p>maneira que a sua utilização somente poderá ocorrer</p><p>para fins penais.</p><p>D) Determina a Lei n. 7.210/84 que o preso provisório</p><p>ficará separado do condenado por sentença transitada</p><p>em julgado. Os presos condenados, da mesma forma,</p><p>serão entre si separados de acordo com critérios como a</p><p>reincidência e a gravidade do crime a que foram</p><p>condenados. A legislação, contudo, não previu critérios</p><p>de separação entre presos provisórios.</p><p>E) A prática de falta grave pelo apenado, no curso da</p><p>execução penal, acarreta a perda da totalidade dos dias</p><p>remidos com trabalho, recomeçando-se a contagem a</p><p>partir da data da infração disciplinar.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>A assertiva está incorreta, haja vista que está em</p><p>desacordo com posicionamento recente do STJ, que</p><p>assim decidiu:</p><p>Para que a reparação do dano ou a devolução do produto</p><p>do ilícito faça parte da própria execução penal,</p><p>condicionando a progressão de regime, é necessário</p><p>que essa determinação de reparação ou</p><p>ressarcimento conste expressamente da sentença</p><p>condenatória, de forma individualizada e em</p><p>observância aos princípios da ampla defesa e do</p><p>contraditório, observando-se, assim, o devido processo</p><p>legal. STJ. 5a Turma. HC 686334-PE, Rel. Min. Reynaldo</p><p>Soares da Fonseca, julgado em 14/09/2021 (Info 709).</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>Está de acordo com recente jurisprudência do STF o</p><p>entendimento de que ao reincidente não específico em</p><p>crime hediondo aplica-se retroativamente o inciso V do</p><p>art. 112 da LEP para fins de progressão de regime.</p><p>“Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada</p><p>em forma progressiva com a transferência para regime</p><p>menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o</p><p>preso tiver cumprido ao menos:</p><p>(…)</p><p>V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for</p><p>condenado pela prática de crime hediondo ou</p><p>equiparado, se for primário;”</p><p>Nesse sentido se manifestou o STF:</p><p>Tendo em vista a legalidade e a taxatividade da norma</p><p>penal (art. 5º, XXXIX, CF), a alteração promovida pela Lei</p><p>13.964/2019 no art. 112 da LEP não autoriza a incidência</p><p>do percentual de 60% (inc. VII) aos condenados</p><p>reincidentes não específicos para o fim de progressão de</p><p>regime. Diante da omissão legislativa, impõe-se a</p><p>analogia in bonam partem, para aplicação, inclusive</p><p>retroativa, do inciso V do artigo 112 da LEP (lapso</p><p>temporal de 40%) ao condenado por crime hediondo ou</p><p>equiparado sem resultado morte reincidente não</p><p>específico.</p><p>STF. Plenário. ARE 1327963/SP, Rel. Min. Gilmar</p><p>Mendes, julgado em 17/09/2021 (Repercussão Geral –</p><p>Tema 1169) (Info 1032).</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>A Lei de Execução Penal, no parágrafo sexto do art. 9°-</p><p>A, prevê que, após a identificação do perfil genético, a</p><p>amostra obtida deverá ser descartada, com a</p><p>finalidade de prevenir que ocorra outra destinação ao</p><p>material biológico. Nesse sentido:</p><p>“Art. 9º-A. (…) § 6º. Uma vez identificado o perfil genético,</p><p>a amostra biológica recolhida nos termos do caput deste</p><p>artigo deverá ser correta e imediatamente descartada, de</p><p>maneira a impedir a sua utilização para qualquer outro</p><p>fim.”</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>25</p><p>Conforme prevê o Art. 84. O preso provisório ficará</p><p>separado do condenado por sentença transitada em</p><p>julgado.</p><p>§ 1º Os presos provisórios ficarão separados de acordo</p><p>com os seguintes critérios:</p><p>I - acusados pela prática de crimes hediondos ou</p><p>equiparados;</p><p>II - acusados pela prática de crimes cometidos com</p><p>violência ou grave ameaça à pessoa;</p><p>III - acusados pela prática de outros crimes ou</p><p>contravenções diversos dos apontados nos incisos I e II.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Conforme prevê o Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz</p><p>poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido,</p><p>observado o disposto no art. 57, recomeçando a</p><p>contagem a partir da data da infração disciplinar.</p><p>53. No tocante ao direito processual penal, princípios</p><p>gerais, conceito, finalidade, características, sistemas do</p><p>processo penal, assinale a alternativa correta.</p><p>A) Conforme a jurisprudência do STF, prevalece a</p><p>aceitação do postulado do promotor natural no Direito</p><p>Processual Penal.</p><p>B) Para a teoria</p><p>do não prazo, a duração razoável do</p><p>processo deve ser definida pelo legislador, inclusive em</p><p>atenção ao princípio da legalidade. Esta inclusive é a</p><p>orientação do Tribunal Europeu de Direitos Humanos e</p><p>da Corte Interamericana de Direitos Humanos.</p><p>C) O princípio da ampla defesa se desdobra na defesa</p><p>técnica e na autodefesa. A primeira indisponível, ainda</p><p>que acusado seja ausente ou foragido; e a segunda</p><p>quando realizada de forma negativa implica no silêncio</p><p>do acusado ou omissão, sendo irrenunciável, pois do</p><p>contrário poderia acarretar prejuízo ao réu.</p><p>D) As provas ilícitas são inadmissíveis, sendo a doutrina</p><p>pacífica no sentido de que não podem servir nem mesmo</p><p>quando forem as únicas capazes de demonstrar a</p><p>inocência do réu.</p><p>E) O princípio da presunção de inocência ou da não</p><p>culpabilidade está previsto na Constituição Federal e</p><p>impõe o dever de tratamento do réu como inocente</p><p>apenas na dimensão interna do processo, ou seja, atribui</p><p>ao acusador demonstrar a culpabilidade do acusado e</p><p>não este sua inocência.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>Trata-se da jurisprudência dominante na atualidade e</p><p>baseia-se na previsão constitucional do Art. 5º, LIII, que</p><p>diz:</p><p>“CF, art. 5º, LIII – ninguém será processado nem</p><p>sentenciado senão pela autoridade competente.”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>A alternativa aborda a teoria do prazo fixo, pelo qual se</p><p>entende que o ordenamento jurídico vigente deve definir</p><p>um prazo exato para a conclusão do processo. A teoria</p><p>do não prazo, por sua vez, refere-se à ideia de que o</p><p>prazo seja definido de acordo com o caso concreto, com</p><p>base em parâmetros de proporcionalidade.</p><p>A CF/88, inclusive, adota a teoria do não prazo:</p><p>“Art. 5º, LXXVIII, CF – a todos, no âmbito judicial e</p><p>administrativo, são assegurados a razoável duração do</p><p>processo e os meios que garantam a celeridade de sua</p><p>tramitação.”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>De fato, a defesa técnica é indisponível, nos termos do</p><p>Art. 261 do CPP: Nenhum acusado, ainda que ausente</p><p>ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.</p><p>A incorreção da alternativa se dá, no entanto, ao afirmar</p><p>que o direito ao silêncio do acusado é irrenunciável, uma</p><p>vez que ao mesmo é possível manifestar-se</p><p>ativamente no processo, caso repute ser a melhor</p><p>estratégia para sua defesa.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>A doutrina e a jurisprudência, majoritariamente, admitem</p><p>que o juiz possa proferir sentença absolutória com</p><p>base em prova ilícita. Parte dos doutrinadores que</p><p>defendem essa corrente afirmam que seria o caso de</p><p>produção de prova ilícita amparada pela legítima defesa</p><p>ou pelo estado de necessidade, excluindo-se, assim, a</p><p>ilicitude da conduta.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>A incorreção da alternativa está em afirmar que o</p><p>princípio da presunção de inocência recai apenas em</p><p>âmbito interno ao processo, ou seja, segundo essa</p><p>hipótese o magistrado e os envolvidos na persecução</p><p>criminal deveriam observar tal princípio em relação aos</p><p>seus desdobramentos internos, mas não seriam</p><p>obrigados a presumir a inocência do réu em âmbito</p><p>externo, como, por exemplo, em eventual repercussão</p><p>midiática. Tal afirmação é incorreta, uma vez que aos</p><p>agentes do processo cabe a observação do princípio</p><p>também acerca de seus desdobramentos externos.</p><p>54. No que se refere ao direito processual penal,</p><p>princípios gerais, conceito, finalidade, características,</p><p>sistemas do processo penal, assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>A) O processo e julgamento dos crimes praticados por</p><p>organização criminosa prevê a decisão por órgão</p><p>colegiado já em primeiro grau de jurisdição, o que acaba</p><p>por ferir o postulado do juiz natural.</p><p>B) O princípio do duplo grau de jurisdição, com previsão</p><p>expressa na Convenção Americana de Direitos</p><p>Humanos, baseia-se na necessidade de que um juiz de</p><p>grau hierarquicamente superior reaprecie a matéria em</p><p>sede recursal.</p><p>C) O ordenamento pátrio admite a aplicação diferida do</p><p>contraditório sobre provas já produzidas, chamado pela</p><p>doutrina de “contraditório sobre a prova”</p><p>D) A defesa deficiente constitui causa de nulidade</p><p>absoluta em razão de patente violação ao princípio da</p><p>ampla defesa.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>26</p><p>E) Acerca do postulado da ampla defesa, vige no Direito</p><p>Processual brasileiro, como regra, a plenitude de defesa,</p><p>podendo o juiz valorar, inclusive provas extrajurídicas</p><p>para a formação de seu livre convencimento.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>A formação de colegiado para o julgamento em primeiro</p><p>grau está prevista na Lei 12.694/12, referente ao</p><p>processo e julgamento de crimes relacionados a</p><p>Organizações Criminosas. Tal previsão, conforme a</p><p>doutrina majoritária e a jurisprudência, não ferem o</p><p>postulado do juiz natural, de modo que, nas palavras de</p><p>Renato Brasileiro, “o referido postulado assegura não</p><p>só a imparcialidade do julgador, evitando</p><p>designações com finalidades obscuras em prejuízo</p><p>do acusado, como também o direito, a qualquer</p><p>pessoa, a processo e julgamento pelo mesmo órgão,</p><p>e um reforço à independência do magistrado, é de</p><p>todo evidente que a formação desse órgão colegiado vem</p><p>ao encontro do juiz natural. Isso porque sua formação</p><p>visa a preservar a própria segurança do magistrado, que</p><p>deve se sentir protegido contra ameaças perpetradas por</p><p>organizações criminosas para que possa exercer sua</p><p>função jurisdicional de maneira imparcial e independente”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>A primeira parte está correta e preceitua que o duplo grau</p><p>de jurisdição possui previsão expressa na Convenção</p><p>Americana de Direitos Humanos.</p><p>Em segundo plano, temos que a alternativa afirma que o</p><p>princípio do duplo grau de jurisdição exige que o segundo</p><p>grau seja hierarquicamente superior ao primeiro. Tal</p><p>alternativa está incorreta, haja vista que é perfeitamente</p><p>possível o julgamento de matéria em duplo grau de</p><p>jurisdição por magistrados de mesma hierarquia, como</p><p>ocorre, por exemplo, nos Juizados Especiais Criminais,</p><p>quando primeiramente o julgamento é feito pelo juiz, e o</p><p>duplo grau se dá em uma Turma recursal composta por</p><p>juízes do próprio juizado especial. Outra possibilidade é</p><p>o julgamento de matéria de competência originária dos</p><p>Tribunais, quando por muitas vezes um desembargador</p><p>decide monocraticamente, e, após, há submissão da</p><p>matéria a um colegiado também composto por</p><p>desembargadores.</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>O contraditório sobre a prova é a modalidade de</p><p>contraditório diferido, isso porque existem situações em</p><p>que, se for feito o contraditório real, a prova corre o risco</p><p>de não ser produzida. Sobre o tema, revisemos outro</p><p>conceito também importante, o da chamada paridade de</p><p>armas.</p><p>Paridade de armas (par conditio). A paridade de armas é</p><p>uma igualdade de tratamento. No sistema acusatório, há</p><p>o juiz, a acusação e a defesa: a acusação e a defesa</p><p>estão em igualdade de condições, devem ter “paridade</p><p>de armas”. O Ministério Público não pode ter uma</p><p>proximidade com o juiz enquanto a defesa fica excluída</p><p>dessa relação. Os instrumentos, as provas que</p><p>eventualmente podem ser requeridas pelo MP também</p><p>podem ser requeridas pela defesa.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Trata-se de súmula de extrema importância para o</p><p>processo penal, presente tanto na parte de Princípios em</p><p>Processo Penal, como também na parte referente às</p><p>nulidades:</p><p>“Súmula 523 STF. No processo penal, a falta de defesa</p><p>constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o</p><p>anulará se houver prejuízo para o réu.”</p><p>Ou seja, a nulidade absoluta está na ausência completa</p><p>de defesa, enquanto a deficiência de defesa constitui</p><p>causa anulável, desde que se comprove efetivo prejuízo</p><p>para o réu.</p><p>A obrigatoriedade de defesa técnica no processo penal</p><p>derivam dela. Deste modo, a teoria da pirâmide normativa de Kelsen</p><p>enfatiza o princípio de supremacia constitucional e sua importância para garantir a proteção</p><p>dos direitos e liberdades fundamentais e preservar a democracia.</p><p>A posição dos tratados de direitos humanos internacionalizados pelo Brasil na pirâmide</p><p>de Kelsen pode ser de Emenda Constitucional ou de norma supralegal. Estes tratados são</p><p>incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro por meio de emenda constitucional ou por lei</p><p>complementar ou ordinária. Em caso de conflito, a norma de direitos humanos</p><p>internacionalizada prevalece sobre outras normas infraconstitucionais, incluindo leis ordinárias.</p><p>Um exemplo é a Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura.</p><p>Por fim, em caso de conflito entre normas originárias da Constituição, a solução pode ser</p><p>encontrada por meio da hermenêutica constitucional. Nesse caso, a interpretação da norma</p><p>deve levar em consideração o texto da norma, e também sua finalidade, seu contexto histórico,</p><p>sua relação com outras normas da Constituição e o sistema jurídico como um todo.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>1</p><p>PROVA DISCURSIVA – PROJETO CAVEIRA</p><p>TEMA 02 – PCCE – DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Com base nos seus conhecimentos acerca de responsabilidade civil do estado, redija um texto</p><p>dissertativo, com no mínimo 10 e no máximo 15 linhas, para responder aos questionamentos</p><p>abaixo:</p><p>a. Determine os elementos básicos para a configuração da responsabilidade civil do estado;</p><p>b. Verse sobre a responsabilidade civil do estado por atos jurisdicionais;</p><p>c. Apresente, ao menos, duas excludentes da responsabilidade objetiva do estado.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>2</p><p>TEMA 02 – PCCE – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE</p><p>a. Determine os elementos básicos para a configuração da responsabilidade civil do</p><p>estado;</p><p>Olá, Caveira! Bem-vindo(a) ao seu terceiro simulado para a PC-CE.</p><p>De acordo com a jurisprudência do STF, os elementos necessários para a configuração</p><p>da responsabilidade civil do Estado incluem: a análise da conduta (existência de ato ilícito -</p><p>culpa ou dolo, por parte de agentes estatais), a existência de dano ao particular e o nexo de</p><p>causalidade entre o ato ilícito e o dano sofrido pelo particular. Além disso, é necessário que o</p><p>dano seja imputável ao Estado, isto é, decorra da atividade pública exercida pelo Estado.</p><p>Conduta é a ação ou omissão do Estado que causa danos a alguém, devendo ser lícita e</p><p>adequada à situação. O dano é o prejuízo sofrido pelo particular, que pode ser material ou</p><p>moral. O nexo causal é a relação de causalidade entre a conduta do Estado e o dano sofrido</p><p>pelo particular, ou seja, é necessário que haja uma relação direta entre a ação ou omissão do</p><p>Estado e o dano causado.</p><p>Estes três elementos são fundamentais para que se configure a responsabilidade civil do</p><p>Estado, pois é preciso que a conduta do Estado tenha causado um dano e que exista uma</p><p>relação clara e comprovada entre a conduta e o dano. Sem estes elementos, não há como</p><p>configurar a responsabilidade civil do Estado.</p><p>Alguns exemplos da jurisprudência que destacam a importância da conduta, do dano e</p><p>do nexo causal para configurar a responsabilidade civil do Estado:</p><p>- RE 707.291/RS - Este caso tratou sobre o descumprimento por parte do Estado do</p><p>dever de proteção da saúde pública, o que resultou em danos a terceiros. A Corte reconheceu</p><p>a existência de nexo causal entre a conduta omissiva do Estado e o dano suportado pelos</p><p>autores.</p><p>- RE 156.151/SP - Neste caso, foi discutida a responsabilidade do Estado por danos</p><p>causados a uma pessoa em virtude de uma explosão de gás canalizado. A Corte concluiu que</p><p>houve uma conduta omissiva por parte do Estado, que gerou o dano aos autores, e que havia</p><p>um nexo causal suficiente para ensejar a responsabilidade civil.</p><p>- RE 593.947/PR - Este caso envolveu danos sofridos por uma pessoa devido a um</p><p>acidente de trânsito causado por uma van escolar conduzida por funcionário público estadual.</p><p>A Corte reconheceu a existência de conduta negligente do Estado, o dano sofrido pela vítima e</p><p>o nexo causal entre os dois, sendo, assim, reconhecida a responsabilidade civil do Estado.</p><p>b. Verse sobre a responsabilidade civil do estado por atos jurisdicionais;</p><p>A regra geral é a de que o Estado é irresponsável pelos atos jurisdicionais, isto é, pelos</p><p>atos praticados pelos órgãos do Poder Judiciário no exercício de suas funções. A</p><p>irresponsabilidade estatal nesse caso decorre da necessidade de garantir a independência e</p><p>imparcialidade do Poder Judiciário, bem como a proteção da prestação da justiça. No entanto,</p><p>em alguns casos, a Constituição Federal prevê a possibilidade de responsabilização do Estado</p><p>por atos jurisdicionais, desde que preenchidos os requisitos da conduta, do dano e do nexo</p><p>causal.</p><p>Nesses termos, a responsabilidade civil do Estado por atos jurisdicionais pode ser</p><p>configurada em casos como o de erro judiciário, e a prisão que se estenda além do tempo</p><p>fixado em sentença (vide CRFB/88, art. 5º, LXXV). Nesse sentido, é importante destacar que</p><p>a responsabilidade civil do Estado por atos jurisdicionais é limitada e restrita a casos</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>3</p><p>específicos, sendo sempre necessário o exame cuidadoso dos fatos e circunstâncias do caso</p><p>concreto para a sua caracterização.</p><p>Existem outras exceções à regra de irresponsabilidade estatal por atos jurisdicionais.</p><p>Algumas delas incluem a responsabilidade do Estado por atos de magistrados que extrapolem</p><p>os limites de suas competências, por exemplo. Também há a responsabilidade do Estado por</p><p>danos causados por erro grosseiro ou culpa consciente na prestação de serviços judiciários.</p><p>Além disso, a Constituição Federal prevê a responsabilidade do Estado por atos</p><p>administrativos ilegais praticados por servidores públicos no exercício de suas funções.</p><p>c. Apresente, ao menos, duas excludentes da responsabilidade objetiva do Estado.</p><p>As excludentes da responsabilidade objetiva do Estado são circunstâncias que afastam a</p><p>responsabilidade civil do estado pelos danos causados a particulares. Algumas dessas</p><p>excludentes são:</p><p>1. Força maior: ocorrência de eventos extraordinários e imprevisíveis, como</p><p>terremotos, enchentes, entre outros, que impede o Estado de cumprir suas</p><p>obrigações. A força maior é um conceito mais amplo que inclui o caso fortuito,</p><p>mas também outros acontecimentos de intensidade extrema.</p><p>2. Caso fortuito: De acordo com a jurisprudência, o caso fortuito é aquela hipótese</p><p>em que o Estado não poderia ter agido de forma diferente, mesmo com a</p><p>utilização de todos os meios de prevenção e proteção, e, portanto, não é</p><p>responsável pelos danos causados.</p><p>3. Atos de terceiros: são situações em que a conduta danosa não é praticada pelo</p><p>Estado ou por seus agentes, mas sim por particulares. Nestes casos, a</p><p>responsabilidade do Estado pode ser afastada, caso o dano decorra de atos</p><p>exclusivamente imputáveis a terceiros. No entanto, ainda assim pode haver uma</p><p>responsabilidade do Estado caso tenha havido negligência ou imprudência na</p><p>fiscalização e controle da atividade desenvolvida por terceiros, bem como na</p><p>tomada de medidas preventivas para evitar danos aos cidadãos.</p><p>4. Culpa exclusiva da vítima: a culpa exclusiva da vítima impede a reparação dos</p><p>danos sofridos, desde que a vítima tenha contribuído de forma decisiva para o</p><p>evento danoso. Neste caso, a vítima teria agido de maneira imprudente ou</p><p>negligente, o que teria contribuído diretamente para o evento danoso. Dessa</p><p>forma, o Estado não tem obrigação de reparar os danos causados pela vítima a si</p><p>mesma, pois não houve culpa por parte da administração pública.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>está expressamente prevista no Art. 261 do Código de</p><p>Processo Penal:</p><p>“Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou</p><p>foragido, será processado ou julgado sem defensor.”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>A plenitude de defesa é encontrada apenas no Tribunal</p><p>do Júri, quando os julgadores podem se utilizar de</p><p>provas extrajurídicas para a formação de sua íntima</p><p>convicção. No Tribunal do júri, vige o sistema da íntima</p><p>convicção dos jurados, de modo que seu julgamento</p><p>sequer necessita de fundamentação. Em contrapartida, a</p><p>regra no Processo Penal é que a ampla defesa deve</p><p>basear-se em provas lícitas e admitidas no Direito</p><p>Processual Penal, de modo que o juiz deve decidir com</p><p>base em seu livre convencimento motivado, devidamente</p><p>fundamentado pelos indícios e provas produzidos na</p><p>instrução criminal.</p><p>55. No que concerne ao ato de desarquivamento do</p><p>inquérito policial, assinale a alternativa correta.</p><p>A) A jurisprudência é pacífica no entendimento de que,</p><p>em caso de arquivamento do inquérito por</p><p>reconhecimento de excludente de ilicitude, há coisa</p><p>julgada material com impossibilidade de</p><p>desarquivamento.</p><p>B) Em regra, o arquivamento de inquérito policial produz</p><p>coisa julgada material, exceto quando do reconhecimento</p><p>da atipicidade da conduta, causa extintiva de punibilidade</p><p>e existência manifesta de causa excludente de</p><p>culpabilidade.</p><p>C) O Supremo Tribunal Federal tem entendimento</p><p>recente distinto do Superior Tribunal de Justiça no</p><p>sentido de que, no caso de homicídio praticado em</p><p>legítima defesa, o arquivamento do inquérito policial</p><p>impede seu desarquivamento, em qualquer situação.</p><p>D) Segundo o STJ, o arquivamento de inquérito policial</p><p>pelo reconhecimento de excludente de ilicitude, ainda</p><p>que com base em provas fraudadas, não dá ensejo à</p><p>formação de coisa julgada formal, mas material.</p><p>E) Conforme entendimento do STF, o desarquivamento</p><p>do inquérito policial, em caso de surgimento de provas</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>27</p><p>novas, apenas pode ocorrer na hipótese em que o</p><p>arquivamento ocorreu por falta de provas.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>A partir do ano de 2015, surgiu divergência entre o STJ e</p><p>o STF quanto à temática do desarquivamento de</p><p>inquérito policial quando o arquivamento foi motivado por</p><p>causa excludente de ilicitude.</p><p>Qual o entendimento dos tribunais superiores sobre o</p><p>desarquivamento de inquérito policial quando o</p><p>arquivamento ocorreu por causa excludente de ilicitude?</p><p>1) Segundo o STJ, o arquivamento de inquérito policial</p><p>por causa excludente de ilicitude gera coisa julgada</p><p>material, impossibilitando, a partir daí, seu</p><p>desarquivamento.</p><p>2) Já o STF entende que o arquivamento pelo</p><p>reconhecimento de excludente de ilicitude faz coisa</p><p>julgada formal. Assim, diante do surgimento de provas</p><p>novas, seria possível o desarquivamento do inquérito</p><p>policial, com base no art. 18, CPP e Súmula 524, STF.</p><p>Desse modo, diferente do que se afirma na assertiva, o</p><p>entendimento da jurisprudência não é pacífico acerca da</p><p>temática.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O arquivamento do inquérito policial, em regra, gera</p><p>coisa julgada formal e não material. Ademais, os</p><p>exemplos enunciados na alternativa tratam de exceções,</p><p>nas quais o inquérito policial forma coisa julgada material,</p><p>ou seja, impede seu desarquivamento. São elas:</p><p>reconhecimento da atipicidade da conduta, causa</p><p>extintiva de punibilidade e existência manifesta de causa</p><p>excludente de culpabilidade.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Na realidade, a alternativa trata do entendimento do</p><p>STJ sobre o desarquivamento de inquérito arquivado em</p><p>razão de excludente de ilicitude, e não do STF.</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>Segundo entendimento do STJ, o arquivamento de</p><p>inquérito policial por causa excludente de ilicitude gera</p><p>coisa julgada material, portanto, não dá ensejo a seu</p><p>desarquivamento, independentemente do motivo. A</p><p>alternativa faz é tentar confundir o(a) candidato(a) com o</p><p>posicionamento do STF, prolatado em 2017, no</p><p>informativo 858, no qual entende que, no caso de</p><p>arquivamento de inquérito policial por excludente de</p><p>ilicitude realizado com base em provas fraudadas, não há</p><p>coisa julgada material, mas formal.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Esse não é o entendimento do Supremo Tribunal Federal,</p><p>mas do Superior Tribunal de Justiça. No caso de</p><p>arquivamento por motivo de causa excludente de</p><p>ilicitude, por exemplo, mesmo em não se tratando de</p><p>arquivamento por ausência de provas, o STF entende ser</p><p>possível seu desarquivamento diante do surgimento de</p><p>provas novas.</p><p>56. Considerando a legislação processual penal a</p><p>respeito do inquérito policial, assinale a opção correta.</p><p>A) Nos crimes de ação penal privada, o inquérito não</p><p>pode ser iniciado sem a manifestação da vítima ou de</p><p>quem tenha qualidade para representá-la.</p><p>B) Apenas a polícia judiciária possui a capacidade para</p><p>exercer a apuração das infrações penais.</p><p>C) É vedada à autoridade policial a realização do</p><p>procedimento de reprodução simulada, procedimento</p><p>permitido apenas durante o decorrer do processo.</p><p>D) A autoridade policial não poderá indicar, no relatório</p><p>final do inquérito policial, testemunhas que não tenham</p><p>sido inquiridas no respectivo inquérito.</p><p>E) O inquérito policial é procedimento imprescindível para</p><p>o oferecimento da denúncia.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>Seguindo a previsão do art.5º, §5º, do CPP, em hipótese</p><p>de o crime investigado ser de natureza privada, não pode</p><p>o inquérito policial ser iniciado sem que haja</p><p>requerimento da vítima ou de seu representante.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O erro da assertiva está em limitar a capacidade de</p><p>investigação de infrações penais à polícia judiciária. Note</p><p>que o art. 4º, parágrafo único, do CPP expõe que as</p><p>autoridades administrativas também podem exercer essa</p><p>competência.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>O procedimento de reprodução simulada dos fatos pode</p><p>ser realizado na fase de investigação policial, desde que</p><p>não contrarie a moralidade ou a ordem pública, como</p><p>indica o art. 7º do CPP.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Por previsão do art. 10, §2º, do CPP, a autoridade policial</p><p>pode indicar no relatório final testemunhas não inquiridas</p><p>no decorrer do inquérito.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>O procedimento inquisitorial constitui instrumento</p><p>dispensável ao oferecimento da denúncia pelo Ministério</p><p>Público.</p><p>57. No tocante às provas, assinale a alternativa correta.</p><p>A) O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da</p><p>prova produzida em contraditório judicial, podendo</p><p>fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos</p><p>informativos colhidos na investigação.</p><p>B) Caso ocorra a necessidade de realização de</p><p>exumação para exame cadavérico, a autoridade</p><p>providenciará para que, em dia e hora previamente</p><p>marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará laudo</p><p>circunstanciado. Não há necessidade de o administrador</p><p>de cemitério público indicar o lugar da sepultura.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>28</p><p>C) Sem que tenha autorização judicial, é considerada</p><p>lícita a prova que for obtida por meio de abertura de carta,</p><p>telegrama ou qualquer encomenda postada nos Correios.</p><p>D) À luz da jurisprudência do STJ, é considerada inválida</p><p>a realização do interrogatório por videoconferência no</p><p>caso de dificuldade de deslocamento do acusado até o</p><p>local da audiência.</p><p>E) Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos</p><p>os procedimentos utilizados para manter e documentar a</p><p>história cronológica do vestígio coletado em locais ou em</p><p>vítimas de crimes, para</p><p>rastrear sua posse e manuseio a</p><p>partir de seu reconhecimento até o descarte.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Vejamos o disposto no Código de Processo Penal, a</p><p>saber:</p><p>“Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre</p><p>apreciação da prova produzida em contraditório judicial,</p><p>não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente</p><p>nos elementos informativos colhidos na investigação,</p><p>ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e</p><p>antecipadas.”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O administrador de cemitério público deverá indicar o</p><p>lugar da sepultura. Vejamos:</p><p>“Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico,</p><p>a autoridade providenciará para que, em dia e hora</p><p>previamente marcados, se realize a diligência, da qual se</p><p>lavrará auto circunstanciado.</p><p>Parágrafo único. O administrador de cemitério público</p><p>ou particular indicará o lugar da sepultura, sob pena</p><p>de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem</p><p>indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em</p><p>lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá</p><p>às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Sem autorização judicial ou fora das hipóteses legais, é</p><p>ilícita a prova obtida mediante abertura de carta,</p><p>telegrama, pacote ou meio análogo. STF. Plenário. RE</p><p>1116949, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Acórdão Min.</p><p>Edson Fachin, julgado em 18/08/2020 (Repercussão</p><p>Geral – Tema 1041) (Info 993).</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Não há ilegalidade ou nulidade na decisão do juiz que</p><p>opta pela escolha de realização do interrogatório do</p><p>réu por meio de videoconferência em razão da</p><p>dificuldade de deslocamento do acusado até o local</p><p>da audiência, bem como pelo risco à segurança</p><p>pública, haja vista a insuficiência de agentes para</p><p>realizar a escolta. Em obediência ao princípio pas de</p><p>nullité sans grief, que vigora plenamente no processo</p><p>penal pátrio (art. 563 do CPP), não se declara nulidade</p><p>de ato se dele não resulta demonstrado efetivo prejuízo</p><p>para a parte. STJ. 6ª Turma. AgRg no RHC 125373/RS,</p><p>Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 18/08/2020. A</p><p>escassez de agentes penitenciários para realizar a</p><p>escolta de detentos é argumento válido para justificar a</p><p>excepcionalidade da audiência por meio remoto. STJ. 5ª</p><p>Turma. AgRg no HC 587424/SC, Rel. Min. João Otávio</p><p>de Noronha, julgado em 06/10/2020.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>A cadeia de custódia passou a ter regramento normativo</p><p>no Código de Processo Penal com o advento do Pacote</p><p>Anticrime. Nesse sentido, o art. 158-A assim define</p><p>cadeia de custódia:</p><p>“Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o</p><p>conjunto de todos os procedimentos utilizados para</p><p>manter e documentar a história cronológica do</p><p>vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes,</p><p>para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu</p><p>reconhecimento até o descarte.”</p><p>58. O inquérito policial, caracterizado por um conjunto de</p><p>diligências realizadas pela polícia judiciária para a</p><p>apuração de uma infração penal e de sua autoria, possui</p><p>algumas características específicas. Assinale a</p><p>alternativa incorreta quanto ao entendimento da doutrina</p><p>majoritária sobre a matéria.</p><p>A) É defesa a investigação em sua forma verbal, devendo</p><p>o inquérito policial ser obrigatoriamente escrito.</p><p>B) O inquérito policial é regido pelo sigilo, mas ao</p><p>Ministério Público e à autoridade judiciária ele não se</p><p>aplica.</p><p>C) Ainda que a titularidade da ação penal seja atribuída</p><p>a particular, o inquérito policial apenas poderá ter como</p><p>encarregado uma autoridade pública, caracterizando sua</p><p>oficialidade.</p><p>D) O princípio da obrigatoriedade ou legalidade do</p><p>inquérito policial dispõe que ele é indispensável para a</p><p>ação penal, devendo sempre precedê-la.</p><p>E) Diferentemente do que ocorre na ação penal, o</p><p>inquérito é regido pelo princípio da inquisitoriedade, a ele</p><p>não se aplicando o contraditório e a ampla defesa.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>O inquérito policial apenas é admitido na forma escrita.</p><p>Essa característica encontra amparo legal no art. 9º, CPP</p><p>(Código de Processo Penal). Atente-se para o significado</p><p>do termo “defeso”, comumente encontrado nas provas de</p><p>concurso público: é proibido, não é aceito, é vedado.</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>O sigilo é a regra no inquérito policial (art. 20, CPP).</p><p>Vejamos:</p><p>“Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo</p><p>necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse</p><p>da sociedade”.</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>29</p><p>De fato, o inquérito policial é uma atividade investigativa</p><p>feita apenas por órgão público, não podendo ficar a cargo</p><p>do particular, o que caracteriza sua oficialidade.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>A alternativa, além de confundir conceitos, atribui</p><p>característica errada ao inquérito policial. O princípio da</p><p>obrigatoriedade ou legalidade do inquérito policial dispõe</p><p>que, presente a notícia de uma infração penal (“notitia</p><p>criminis”), a autoridade é obrigada a instaurar o inquérito</p><p>policial.</p><p>Por outro lado, o princípio da dispensabilidade do</p><p>inquérito policial aduz que, para o ajuizamento de ação</p><p>penal, não é necessária a anterior existência de inquérito</p><p>policial. Em outros termos, o inquérito policial não é fase</p><p>obrigatória da persecução penal, podendo ser</p><p>dispensado caso o Ministério Público ou o ofendido já</p><p>disponha de elementos suficientes para a propositura da</p><p>ação penal.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Evidenciam a natureza inquisitiva do procedimento, o art.</p><p>107, CPP, que proíbe arguição de suspeição das</p><p>autoridades policiais, assim como o artigo 14 do mesmo</p><p>diploma legal, que permite à autoridade policial indeferir</p><p>qualquer diligência requerida pelo ofendido ou indiciado</p><p>(salvo o exame de corpo de delito, nos casos exigidos em</p><p>lei).</p><p>59. Acerca do inquérito policial, assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>A) O inquérito policial é imprescindível ao oferecimento</p><p>da denúncia.</p><p>B) A autoridade policial zelará pela publicidade do</p><p>inquérito policial.</p><p>C) O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado</p><p>poderão requerer qualquer diligência, que deverá ser</p><p>realizada pela autoridade policial.</p><p>D) No relatório do inquérito policial, a autoridade</p><p>competente poderá indicar testemunhas que não tiverem</p><p>sido inquiridas, informando o local onde possam ser</p><p>localizadas.</p><p>E) Uma vez emitido o relatório do inquérito policial, a</p><p>autoridade policial não mais poderá requerer a devolução</p><p>dos autos, a menos que seja requerido pelo Ministério</p><p>Público.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Uma das características do inquérito policial é a sua</p><p>dispensabilidade, pois a denúncia pode ser oferecida</p><p>independentemente de inquérito policial, caso o</p><p>Ministério Público possua elementos suficientes de</p><p>autoria e materialidade do crime, motivo pelo qual opção</p><p>está incorreta.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>No desenvolvimento do inquérito policial, a autoridade</p><p>competente deverá zelar pelo sigilo do procedimento,</p><p>necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse</p><p>da sociedade, conforme dispõe o art. 20, caput, do CPP.</p><p>Vejamos:</p><p>“Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo</p><p>necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse</p><p>da sociedade.”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>A autoridade policial tem a discricionariedade para, nos</p><p>limites da lei, conduzir o procedimento investigatório da</p><p>maneira que achar mais conveniente para o inquérito,</p><p>não sendo obrigado a realizar as diligências</p><p>requeridas pelos sujeitos citados, conforme prevê o art.</p><p>14, do CPP. Vejamos:</p><p>“Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o</p><p>indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será</p><p>realizada,</p><p>ou não, a juízo da autoridade.”</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>A autoridade policial poderá indicar testemunhas no</p><p>relatório final do inquérito policial, ainda que não tenha</p><p>sido inquirida durante o procedimento, vide art. 10, § 2°,</p><p>do CPP:</p><p>“Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias,</p><p>se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver</p><p>preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese,</p><p>a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou</p><p>no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante</p><p>fiança ou sem ela. (...)</p><p>§ 2° No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas</p><p>que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar</p><p>onde possam ser encontradas.”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>A autoridade policial poderá, nos casos de difícil</p><p>elucidação, se o indiciado estiver em liberdade, requerer</p><p>ao juiz a devolução dos autos do inquérito policial para</p><p>ulteriores diligências – art. 10, § 3°, do CPP. Vejamos:</p><p>“Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias,</p><p>se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver</p><p>preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese,</p><p>a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou</p><p>no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante</p><p>fiança ou sem ela. (...)</p><p>§ 3° Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado</p><p>estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a</p><p>devolução dos autos, para ulteriores diligências, que</p><p>serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.”</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>30</p><p>60. Os casos de investigação penal são norteados por</p><p>diversas diligências, algumas requisições por parte do</p><p>titular da investigação fazem jus ao procedimento para</p><p>que o instrumento seja embasado conforme a legislação.</p><p>De acordo com o artigo 13-B do Código de Processo</p><p>Penal, assinale a alternativa correta.</p><p>A) Os dados telemáticos podem ser acessados pelo</p><p>delegado de polícia independente de prévia autorização</p><p>judicial.</p><p>B) As informações disponibilizadas pelas prestadoras de</p><p>serviços poderão ser fornecidas por período superior a 30</p><p>(trinta) dias a variar da especificidade do caso concreto.</p><p>C) Mediante autorização do juiz, a autoridade policial</p><p>poderá requisitar às empresas de telecomunicação para</p><p>que disponibilizem imediatamente dados e informações</p><p>que permitam acesso a localização de suspeito de um</p><p>crime ou vítima.</p><p>D) Em casos de investigação como o tráfico de pessoas,</p><p>o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo de 12</p><p>(doze) horas contadas do registro da ocorrência.</p><p>E) A autoridade policial em nenhuma hipótese poderá</p><p>requisitar informações as empresas, condição que</p><p>deverá aguardar manifestação do juiz independente de</p><p>prazo.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>O art. 13-B do CPP é claro na questão que os meios de</p><p>investigação que dependem de disponibilização de</p><p>dados e serviços exigem manifestação do magistrado.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Conforme art. 13-B §2º, II, do CPP, a prestadora de</p><p>serviços fornecerá localização por um prazo não</p><p>superior a 30 (trinta) dias, havendo hipótese de</p><p>renovação por igual período.</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>Nos moldes do Art. 13-B do Código de Processo Penal:</p><p>“Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes</p><p>relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do</p><p>Ministério Público ou o delegado de polícia poderão</p><p>requisitar, mediante autorização judicial, às empresas</p><p>prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou</p><p>telemática que disponibilizem imediatamente os meios</p><p>técnicos adequados – como sinais, informações e outros</p><p>– que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos</p><p>do delito em curso”.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O prazo é de 72 (setenta e duas) horas para instauração</p><p>do inquérito. Art. 13-B, §3º, do CPP. Vejamos:</p><p>“Art. 13-B, §3º do Código de Processo Penal: Na hipótese</p><p>prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser</p><p>instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e duas)</p><p>horas, contado do registro da respectiva ocorrência</p><p>policial.”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>A fim de garantir a celeridade dos atos, o legislador</p><p>cuidou em observar situações de inércia ou omissão do</p><p>judiciário, fato este que, em casos de não manifestação</p><p>do juiz no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade</p><p>competente requisitará informações e imediatamente</p><p>comunicará o juiz dos feitos. Art. 13-B, §4º, do CPP.</p><p>Vejamos:</p><p>“Art. 13-B, §4º do Código de Processo Penal: Não</p><p>havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze)</p><p>horas, a autoridade competente requisitará às empresas</p><p>prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou</p><p>telemática que disponibilizem imediatamente os meios</p><p>técnicos adequados – como sinais, informações e outros</p><p>– que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos</p><p>do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz.”</p><p>61. Acerca das características dos sistemas de</p><p>apreciação e valoração das provas, marque a alternativa</p><p>correta.</p><p>A) A decisão oriunda da análise das provas não precisa</p><p>ser fundamentada em razão da discricionariedade.</p><p>B) No sistema acusatório, as funções de julgar, acusar e</p><p>defender são concentradas numa única pessoa.</p><p>C) O depoimento prestado pelo policial possui valoração</p><p>superior ao do condutor no interrogatório.</p><p>D) As decisões deverão sempre ser sigilosas.</p><p>E) Embora o juiz tenha discricionariedade na valoração</p><p>das provas, é limitado à necessidade ou obrigatoriedade</p><p>de motivar suas decisões, valendo-se de critério</p><p>objetivos.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Nos termos do art. 93, IX, da CRFB/88, todos os</p><p>julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário devem ser</p><p>públicos e fundamentados, sob pena e nulidade.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O processo penal é claro ao dispor que toda pessoa</p><p>poderá ser testemunha – art. 202 do CPP – não</p><p>estabelecendo hierarquia quanto à validade ou eficácia</p><p>entre os depoentes.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Pela estrutura acusatória adotada pelo ordenamento</p><p>jurídico pátrio – art. 3-A, do CPP –, as funções de julgar,</p><p>defender e acusar são repartidas entre a defesa, o Poder</p><p>Judiciário, o Ministério Público e os demais órgãos a</p><p>quem couber algumas dessas funções.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Os julgamentos, as decisões, deverão prezar pela</p><p>publicidade, embora possam ser limitados por razões que</p><p>apontem a necessidade de resguardar a privacidade,</p><p>vide art. 93, IX, da CRFB/88.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>31</p><p>A fundamentação das decisões é de suma importância,</p><p>pois proporciona segurança jurídica, sendo</p><p>constitucionalmente prevista a sua necessidade,</p><p>conforme dispõe o art. 93, IX, da CRFB/88.</p><p>Nesse mesmo sentido, prevê o art. 155, caput, do CPP,</p><p>ao dispor que o juiz formará sua convicção pela livre</p><p>apreciação das provas, mas não poderá fazê-la</p><p>exclusivamente com os elementos colhidos na</p><p>investigação, uma vez que ela não se submete aos</p><p>princípios do contraditório e da ampla defesa.</p><p>62. Consoante à prisão preventiva, assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>A) Só poderá ser decretada na fase de investigação</p><p>policial.</p><p>B) A prisão preventiva deverá ser aplicada pelo prazo não</p><p>superior a 30 dias.</p><p>C) Uma vez decretada, a prisão preventiva deve sofrer</p><p>revisão a cada 90 dias a respeito da necessidade de sua</p><p>manutenção.</p><p>D) Não é necessária fundamentação judicial a respeito da</p><p>decisão que substituir a prisão preventiva.</p><p>E) Tem natureza definitiva, e é voltada à satisfação da</p><p>decisão judicial condenatória.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A –</p><p>incorreta.</p><p>Conforme inteligência do art. 311 do CPP, a prisão</p><p>preventiva pode ser decretada tanto no momento</p><p>investigativo quanto na fase processual. Vejamos:</p><p>“Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do</p><p>processo penal, caberá a prisão preventiva decretada</p><p>pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do</p><p>querelante ou do assistente, ou por representação da</p><p>autoridade policial.”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Ao contrário da prisão temporária, a preventiva não</p><p>possui prazo pré-determinado, já que deve durar</p><p>enquanto subsistirem os motivos que a determinaram, é</p><p>o que se extrai da interpretação do art. 315, §1º, do CPP.</p><p>Vejamos:</p><p>“Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a</p><p>prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada.</p><p>§1º. Na motivação da decretação da prisão preventiva ou</p><p>de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar</p><p>concretamente a existência de fatos novos ou</p><p>contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida</p><p>adotada.”</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>A alternativa indica uma alteração recente no nosso</p><p>ordenamento jurídico, que passou a requerer a</p><p>necessidade de revisão sobre a manutenção da prisão</p><p>preventiva, como se extrai do art. 316, parágrafo único,</p><p>do CPP. Vejamos:</p><p>“Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes,</p><p>revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação</p><p>ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela</p><p>subsista, bem como novamente decretá-la, se</p><p>sobrevierem razões que a justifiquem.</p><p>Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o</p><p>órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua</p><p>manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão</p><p>fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão</p><p>ilegal.”</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Mesmo que seja uma medida de substituição ou</p><p>revogação da medida é necessária uma decisão</p><p>devidamente fundamentada da autoridade judicial,</p><p>conforme art. 315 do CPP. Vejamos:</p><p>“Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a</p><p>prisão preventiva será sempre motivada e</p><p>fundamentada.”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Na realidade, tem natureza cautelar e deve ser</p><p>fundamentada e revista a cada 90 dias. Já a prisão pena</p><p>é que tem natureza definitiva e é voltada à satisfação da</p><p>decisão judicial condenatória.</p><p>63. No que se refere aos tipos de prisão e aos meios</p><p>processuais para assegurar a liberdade, assinale a</p><p>alternativa incorreta.</p><p>A) A apresentação espontânea do acusado afasta a</p><p>possibilidade de prisão em flagrante, mas não impede a</p><p>decretação de prisão preventiva.</p><p>B) Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução</p><p>criminal, caberá a prisão preventiva, decretada pelo juiz,</p><p>de ofício, a requerimento do Ministério Público, ou do</p><p>querelante, ou mediante representação da autoridade</p><p>policial, quando houver prova da existência do crime e</p><p>indícios suficientes da autoria.</p><p>C) De acordo com as alterações produzidas no Código</p><p>de Processo Penal, pela Lei n. 13.964/2019 (Pacote</p><p>Anticrime), o juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes,</p><p>revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação</p><p>ou do processo, verificar a falta de motivo para que</p><p>subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem</p><p>razões que a justifiquem.</p><p>D) No tocante à motivação da decretação da prisão</p><p>preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá</p><p>indicar concretamente a existência de fatos novos ou</p><p>contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida</p><p>adotada.</p><p>E) Não se admite a decretação da prisão preventiva com</p><p>a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou</p><p>como decorrência imediata de investigação criminal ou</p><p>da apresentação ou recebimento de denúncia.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>32</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>Não poderá haver prisão em flagrante do acusado que</p><p>comete um crime e se apresenta espontaneamente à</p><p>autoridade policial. Entretanto, a apresentação</p><p>espontânea não impede que seja decretada a prisão</p><p>preventiva desde que presentes os requisitos</p><p>estabelecidos nos artigos 312 e 313 do Código de</p><p>Processo Penal. Conforme ensina Fernando Capez, “A</p><p>autoridade policial não poderá prender em flagrante a</p><p>pessoa que se apresentar espontaneamente, de maneira</p><p>que não se pode falar em flagrante por apresentação.</p><p>Isso porque o art. 304, caput, do CPP dispõe que</p><p>“apresentado o preso à autoridade competente..."</p><p>(destacamos). Como se vê, a lei pressupõe que o sujeito</p><p>seja apresentado pelo condutor, não empregando a</p><p>expressão “apresentando-se". Deste modo, deixou de</p><p>prever a possibilidade de prisão daquele que se</p><p>apresenta à autoridade policial, não havendo óbice,</p><p>porém, para que seja imposta a prisão preventiva ou</p><p>temporária, quando for o caso".</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Com as modificações ocasionadas pelo advento do</p><p>Pacote Anticrime, o juiz não poderá mais decretar</p><p>prisão preventiva ex officio, nem mesmo durante o</p><p>curso da ação penal. A nova lei retirou a expressão “de</p><p>ofício” do artigo 311 do CPP (Código de Processo Penal).</p><p>Com a nova Lei 13.964/2019, os juízes não podem mais</p><p>decretar prisões preventivas de ofício. Só poderão fazê-</p><p>lo a requerimento do Ministério Público, do assistente de</p><p>acusação ou “por representação da autoridade policial”.</p><p>O Pacote Anticrime retirou a expressão “de ofício” do</p><p>artigo 311 do Código de Processo Penal. Ficou, então,</p><p>a seguinte redação: “Em qualquer fase da investigação</p><p>policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva</p><p>decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público,</p><p>do querelante ou do assistente, ou por representação da</p><p>autoridade policial”.</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>Vejamos o disposto no Código de Processo Penal, a</p><p>saber:</p><p>“Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes,</p><p>revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação</p><p>ou do processo, verificar a falta de motivo para que</p><p>subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem</p><p>razões que a justifiquem.”</p><p>Cumpre destacarmos que, embora a legislação tenha</p><p>retirado a possibilidade de decretação da prisão</p><p>preventiva de ofício, admite-se a sua revogação de ofício.</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>Conforme o disposto no Código de Processo Penal, que</p><p>assevera:</p><p>“Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a</p><p>prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada.</p><p>§ 1° Na motivação da decretação da prisão preventiva ou</p><p>de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar</p><p>concretamente a existência de fatos novos ou</p><p>contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida</p><p>adotada.”</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Nos termos do Código de Processo Penal, que aduz:</p><p>“Art. 313 (...)</p><p>§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva</p><p>com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena</p><p>ou como decorrência imediata de investigação criminal</p><p>ou da apresentação ou recebimento de denúncia.”</p><p>64. Quanto às provas, assinale a alternativa correta.</p><p>A) É nula a decisão judicial que indefere a oitiva das</p><p>vítimas do crime arroladas pela defesa.</p><p>B) Armazenamento consiste no procedimento de</p><p>embalar, de forma individualizada, cada vestígio</p><p>coletado, de acordo com suas características físicas,</p><p>químicas e biológicas, para análise posterior.</p><p>C) Para verificar a possibilidade de haver a infração sido</p><p>praticada de determinado modo, a autoridade policial</p><p>poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde</p><p>que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública,</p><p>requisitos estes relacionados à relevância da prova.</p><p>D) A Constituição Federal veda a interceptação telefônica</p><p>ou telemática sem autorização judicial, o que também</p><p>compreende o acesso aos dados constantes da agenda</p><p>telefônica em um celular apreendido. Em todas essas</p><p>hipóteses, as referidas obtenções, sem autorização</p><p>judicial, tornam</p><p>a prova ilícita.</p><p>E) Indício é meio de prova, considerada a circunstância</p><p>conhecida e provada, que, tendo relação com o fato,</p><p>autorize, por indução, concluir a existência de outra ou</p><p>outras circunstâncias, o que não se confunde com o</p><p>conceito de indício exigido para o recebimento da</p><p>denúncia.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Segundo o STF, não há direito absoluto à produção de</p><p>prova. Em casos complexos, há que se confiar no</p><p>prudente arbítrio do juiz da causa, mais próximo dos</p><p>fatos, quanto à avaliação da pertinência e relevância das</p><p>provas requeridas pelas partes. Assim, não há nulidade</p><p>se o juiz indefere, de modo fundamentado, a oitiva</p><p>das vítimas do crime. Em regra, o ofendido deverá ser</p><p>ouvido na audiência de instrução. No entanto, a</p><p>obrigatoriedade de oitiva da vítima deve ser</p><p>compreendida à luz da razoabilidade e da utilidade</p><p>prática da colheita da referida prova. STF. 1ª Turma. HC</p><p>131158/RS, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em</p><p>26/4/2016 (Info 823).</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>A alternativa diz respeito ao acondicionamento: Art.</p><p>158-B V CPP: acondicionamento: procedimento por</p><p>meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma</p><p>individualizada, de acordo com suas características</p><p>físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com</p><p>anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta</p><p>e o acondicionamento; Já armazenamento é o disposto</p><p>no Art. 158-B IX CPP: armazenamento: procedimento</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>33</p><p>referente à guarda, em condições adequadas, do</p><p>material a ser processado, guardado para realização de</p><p>contraperícia, descartado ou transportado, com</p><p>vinculação ao número do laudo correspondente;</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Verifiquemos o que dispõe o Código de Processo Penal,</p><p>a saber:</p><p>“Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração</p><p>sido praticada de determinado modo, a autoridade</p><p>policial poderá proceder à reprodução simulada dos</p><p>fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a</p><p>ordem pública.”</p><p>Desse modo, esses requisitos não guardam relação</p><p>com o conteúdo da prova, mas sim com a maneira de</p><p>sua produção.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Para a Quinta Turma do STJ, a agenda telefônica é uma</p><p>das facilidades oferecidas pelos modernos aparelhos de</p><p>smartphones a seus usuários e, durante uma prisão em</p><p>flagrante, a análise pelos policiais dos dados constantes</p><p>na agenda telefônica ou no registro de chamadas não</p><p>está garantida pela de proteção do sigilo telefônico ou de</p><p>dados telemáticos prevista no art. 5º, XII, da CR/1988.</p><p>REsp 1782386/RJ, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta</p><p>Turma, julgado em 15/12/2020, DJe 18/12/2020.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Vejamos o disposto no Código de Processo Penal, a</p><p>seguir:</p><p>“Art. 239 Considera-se indício a circunstância conhecida</p><p>e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por</p><p>indução, concluir-se a existência de outra ou outras</p><p>circunstâncias.”</p><p>Tal conceito do art. 239 do CPP é do indício como prova</p><p>semiplena que não se confunde com o indício exigido</p><p>para o recebimento da denúncia.</p><p>65. No que se refere à colaboração premiada, disposta</p><p>na Lei de Organização Criminosa (Lei n° 12.850/2013),</p><p>assinale a alternativa incorreta.</p><p>A) Em todos os atos de negociação, confirmação e</p><p>execução da colaboração premiada, o colaborador</p><p>deverá estar assistido por defensor.</p><p>B) O acordo de colaboração deixa de ser sigiloso assim</p><p>que oferecida a denúncia.</p><p>C) É atribuição do Relator homologar, monocraticamente,</p><p>o acordo de colaboração premiada, analisando apenas a</p><p>sua regularidade, legalidade e voluntariedade.</p><p>D) A colaboração premiada, como meio de obtenção de</p><p>prova, não constitui critério de determinação, de</p><p>modificação ou de concentração da competência.</p><p>E) A apelação criminal é o recurso adequado para</p><p>impugnar a decisão que recusa a homologação do</p><p>acordo de colaboração premiada, mas ante a existência</p><p>de dúvida objetiva é cabível a aplicação do princípio da</p><p>fungibilidade.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>Conforme o disposto na Lei n° 12.850/2013, que</p><p>assevera:</p><p>“Art. 4º (...)</p><p>§ 15. Em todos os atos de negociação, confirmação e</p><p>execução da colaboração, o colaborador deverá estar</p><p>assistido por defensor.”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Na realidade, é assim que recebida a denúncia, e não</p><p>quando oferecida. Vejamos:</p><p>“Art. 7° (...)</p><p>§3° O acordo de colaboração premiada deixa de ser</p><p>sigiloso assim que recebida a denúncia, observado o</p><p>disposto no artigo 5°.”</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>(...) A decisão do magistrado que homologa o acordo de</p><p>colaboração premiada não julga o mérito da pretensão</p><p>acusatória, mas apenas resolve uma questão incidente.</p><p>Por isso, esta decisão tem natureza meramente</p><p>homologatória, limitando-se ao pronunciamento sobre a</p><p>regularidade, legalidade e voluntariedade do acordo (art.</p><p>4º, § 7º, da Lei nº 12.850/2013). (...)</p><p>Não há qualquer óbice à homologação do respectivo</p><p>acordo mediante decisão monocrática. O art. 21, I e II,</p><p>do RISTF confere ao Ministro Relator no STF poderes</p><p>instrutórios para ordenar, de forma singular, a realização</p><p>de quaisquer meios de obtenção de provas. (...)</p><p>O acordo de colaboração devidamente homologado</p><p>individualmente pelo relator deve, em regra, produzir</p><p>seus efeitos diante do cumprimento dos deveres</p><p>assumidos pelo colaborador. Vale ressaltar, no entanto,</p><p>que o órgão colegiado detém a possibilidade de analisar</p><p>fatos supervenientes ou de conhecimento posterior que</p><p>firam a legalidade do acordo, nos termos do § 4º do art.</p><p>966do CPC/2015. (...) STF. Plenário. Pet 7074/DF, Rel.</p><p>Min. Edson Fachin, julgado em 21, 22, 28 e 29/6/2017</p><p>(Info 870).</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>A colaboração premiada, como meio de obtenção de</p><p>prova, não constitui critério de determinação, de</p><p>modificação ou de concentração da competência. Assim,</p><p>ainda que o agente colaborador aponte a existência de</p><p>outros crimes e que o juízo perante o qual foram</p><p>prestados seus depoimentos ou apresentadas as provas</p><p>que corroborem suas declarações ordene a realização de</p><p>diligências (interceptação telefônica, busca e apreensão</p><p>etc.) para sua apuração, esses fatos, por si sós, não</p><p>firmam sua prevenção. STF. 2ª Turma. HC 181978</p><p>AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em</p><p>10/11/2020 (Info 999).</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Diante da lacuna na lei, o STJ entende que a apelação</p><p>criminal é o recurso apropriado para confrontar a decisão</p><p>que recusar a homologação da proposta de acordo de</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>34</p><p>colaboração premiada. De toda forma, como existe</p><p>dúvida objetiva quanto ao recurso cabível, não constitui</p><p>erro grosseiro caso a parte ingresse com correição</p><p>parcial contra a decisão do magistrado.</p><p>Assim, mesmo sendo caso de apelação, se a parte</p><p>ingressou com correição parcial no prazo de 5 dias, é</p><p>possível conhecer da irresignação como apelação,</p><p>aplicando-se o princípio da fungibilidade recursal (art.</p><p>579 do CPP). STJ. 6ª Turma. REsp 1.834.215-RS, Rel.</p><p>Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 27/10/2020 (Info</p><p>683).</p><p>No mesmo sentido: Cabe habeas corpus contra a decisão</p><p>que não homologa ou que homologa apenas</p><p>parcialmente o acordo de colaboração premiada. STF. 2ª</p><p>Turma. HC 192063/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado</p><p>em 2/2/2021 (Info 1004).</p><p>Em suma, a apelação criminal é o recurso adequado para</p><p>impugnar a decisão que recusa a homologação do</p><p>acordo de colaboração premiada, mas ante a existência</p><p>de dúvida objetiva é cabível a aplicação do princípio da</p><p>fungibilidade.</p><p>Noções de Direito Administrativo</p><p>66. Quanto ao poder hierárquico exercido pelo</p><p>administrador público, assinale a alternativa correta.</p><p>A) O poder hierárquico concede à autoridade</p><p>hierarquicamente superior prerrogativas ilimitadas.</p><p>B) O poder hierárquico concede à autoridade</p><p>hierarquicamente superior prerrogativas à margem da lei.</p><p>C) O poder hierárquico concede à autoridade</p><p>hierarquicamente superior prerrogativas de descumprir</p><p>ordens das autoridades superiores.</p><p>D) O poder hierárquico concede à autoridade</p><p>hierarquicamente superior prerrogativas de punir</p><p>servidores sem que exista processo administrativo e sem</p><p>observância do devido processo legal.</p><p>E) O poder hierárquico concede à autoridade</p><p>hierarquicamente superior prerrogativas de exercer</p><p>determinadas competências hierárquicas sempre com a</p><p>observância da lei.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Advém do poder hierárquico as prerrogativas do superior</p><p>hierárquico aos seus subordinados: dar ordens, fiscalizar</p><p>e controlar atos e, ainda, delegar ou avocar</p><p>competências, desde que previstas e vinculadas em lei.</p><p>Fique atento, Caveira! O poder hierárquico é</p><p>competência para a verificação do cumprimento dos</p><p>ordenamentos exigidos e, em casos de</p><p>descumprimento, a aplicação de sanções ou</p><p>punições é oriunda do Poder Disciplinar (para</p><p>servidores ou particulares com vínculo administrativo).</p><p>67. Acerca do poder de polícia, considere as seguintes</p><p>afirmativas:</p><p>I. Tanto a Polícia Administrativa como a Polícia Judiciária</p><p>se utilizam do poder de polícia, e ambas se enquadram</p><p>no âmbito da função administrativa estatal.</p><p>II. Há situações em que o poder de polícia pode ser</p><p>preventivo ou repressivo, como também vinculado ou</p><p>discricionário.</p><p>III. A Administração Pública Direta detém o poder de</p><p>polícia originário e a Administração Pública Indireta</p><p>detém o poder de polícia delegado.</p><p>IV. A prática de restrições a direitos ao indivíduo</p><p>decorrentes do desempenho do poder de polícia</p><p>administrativa pressupõe a existência de prévia</p><p>autorização judicial.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>A) Somente a afirmativa III é verdadeira.</p><p>B) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.</p><p>C) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.</p><p>D) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.</p><p>E) As afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>O poder de polícia é exemplo de atividade jurídica do</p><p>Estado, fundamentado no poder de império da</p><p>Administração (atos impostos aos administrados), onde</p><p>essa condiciona ou restringe direitos e liberdades</p><p>particulares de forma preventiva (regra) ou repressiva</p><p>(exceção), visando a beneficiar e proteger o interesse</p><p>público.</p><p>Como característica do Poder de Polícia, a</p><p>discricionariedade prevê uma razoável margem de</p><p>atuação da Administração Pública dentro das limitações</p><p>previstas em lei (quais sanções e como serão aplicadas),</p><p>porém também é ato vinculado no que tange ao poder–</p><p>dever de conceder. Outra característica é</p><p>autoexecutoriedade, que pressupõe a aplicação do poder</p><p>de polícia sem prévia autorização judicial.</p><p>MUITA ATENÇÃO, Caveira, no que tange à</p><p>indelegabilidade do poder de polícia!</p><p>A princípio, a competência para exercer o poder de</p><p>polícia seria ORIGINÁRIO da Administração pública</p><p>formal: Administração Direta, Autarquias e Fundações</p><p>Autárquicas, não sendo admitida, em regra, a delegação</p><p>a pessoas da iniciativa privada e entes da Administração</p><p>indireta de direito privado (Fundações Públicas de Direito</p><p>Privado, Empresas Públicas e Sociedades de Economia</p><p>Mista).</p><p>Ademais, excepcionalmente, admitia–se tal delegação</p><p>apenas para realização do ciclo de consentimento e</p><p>fiscalização. Porém, em entendimento do STF, a fase</p><p>de sanção poderá também ser delegada, desde que não</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>35</p><p>comporte disciplinar ou limitar direito, interesse ou</p><p>liberdade sem cumprimento dos requisitos estabelecidos</p><p>pelo julgado do STF: “É constitucional a delegação do</p><p>poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de</p><p>direito privado integrantes da Administração Pública</p><p>indireta de capital social majoritariamente público que</p><p>prestem exclusivamente serviço público de atuação</p><p>própria do Estado e em regime não concorrencial”.</p><p>68. “Qualquer ato praticado com o objetivo diverso da</p><p>satisfação do interesse público – explícito ou implícito na</p><p>lei – será nulo por desvio de finalidade”. Tal entendimento</p><p>se refere ao princípio da Administração Pública:</p><p>A) Legalidade.</p><p>B) Supremacia do Interesse Público.</p><p>C) Razoabilidade e proporcionalidade.</p><p>D) Impessoalidade.</p><p>E) Publicidade.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>O princípio da impessoalidade traduz a ideia de que toda</p><p>atuação da Administração Pública deve ter por finalidade</p><p>a satisfação do interesse público e, caso o objetivo seja</p><p>contrário a isso, tal ato administrativo será eivado de vício</p><p>insanável em sua finalidade, tornando o ato nulo.</p><p>Outra vertente, no que tange ao princípio da</p><p>impessoalidade, veda a promoção pessoal do agente</p><p>público, através de obras, serviços e outras realizações</p><p>da Administração. Para tanto, a Constituição traz</p><p>expressa no §1º do art. 37 que a publicidade dos atos,</p><p>programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos</p><p>públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de</p><p>orientação social, sendo vedada, ainda, publicidade que</p><p>contenha nomes, símbolos ou imagens que caracterize</p><p>autopromoção de autoridades ou servidores públicos.</p><p>69. Em relação aos princípios administrativos, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) Os princípios da oficialidade e do interesse público são</p><p>princípios administrativos que estão positivados no rol do</p><p>artigo 37 da Constituição Federal.</p><p>B) Os princípios da impessoalidade e legalidade são</p><p>princípios administrativos constitucionalmente explícitos</p><p>que estão positivados no rol do artigo 37 da Constituição</p><p>Federal.</p><p>C) Os princípios da publicidade e eficiência são princípios</p><p>administrativos constitucionalmente implícitos que não</p><p>estão positivados no rol do artigo 37 da Constituição</p><p>Federal.</p><p>D) Os princípios da motivação e da segurança jurídica</p><p>são princípios administrativos constitucionais que estão</p><p>positivados no rol do artigo 37 da Constituição Federal.</p><p>E) Os princípios da vinculação ao instrumento</p><p>convocatório e da indisponibilidade são princípios</p><p>norteadores do direito administrativo que estão</p><p>positivados no rol do artigo 37 da Constituição.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Os princípios que regem o Direito em âmbito geral são</p><p>pressupostos normativos que orientam a aplicação e</p><p>compreensão do ordenamento jurídico (leis, doutrinas e</p><p>jurisprudências), podendo se apresentar de forma</p><p>explícita ou implícita, sem hierarquia entre eles.</p><p>O art. 37 da Constituição Federal, traz de forma explícita,</p><p>entre outros deveres, os princípios que norteiam a</p><p>Administração Pública: “A administração pública direta e</p><p>indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,</p><p>do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos</p><p>princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,</p><p>publicidade e eficiência”. Os demais princípios citados</p><p>na questão são doutrinários, ou seja, são classificados</p><p>como princípios implícitos.</p><p>70. A descentralização por outorga ocorrerá quando:</p><p>A) o Estado transfere à uma entidade a titularidade e a</p><p>execução de serviços públicos por tempo determinado.</p><p>B) o Estado cria uma pessoa jurídica e a ela transfere</p><p>determinado serviço público.</p><p>C) o poder público transfere unilateralmente, por</p><p>contrato, a execução de serviços públicos.</p><p>D) o Estado executa suas tarefas diretamente por meios</p><p>dos órgãos e agentes integrantes da Administração</p><p>Direta.</p><p>E) o poder público distribui internamente competências</p><p>entre diversos órgãos de sua</p><p>estrutura.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A descentralização prevê o desempenho de suas</p><p>atribuições por meios de outras pessoas, pressuposta a</p><p>existência de duas pessoas distintas. A descentralização</p><p>por outorga cria uma entidade para o serviço público e a</p><p>transferência da titularidade e execução ocorrem por</p><p>tempo indeterminado. A transferência unilateral da</p><p>execução de determinados serviços públicos é a</p><p>denominada descentralização por delegação.</p><p>Os demais itens se referem, respectivamente, à</p><p>centralização e desconcentração administrativas.</p><p>71. Segundo a Constituição Federal, as autarquias</p><p>devem ser criadas:</p><p>A) por atos administrativos vinculados.</p><p>B) por contratos de convênio público.</p><p>C) por contratos de direito privado.</p><p>D) por contratos de direito público.</p><p>E) por lei.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>As autarquias são pessoas jurídicas de direito público,</p><p>integrantes da administração indireta de forma</p><p>descentralizada. As autarquias não necessitam de</p><p>autorização em junta comercial (exercem atividades</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>36</p><p>típicas do Estado sem exploração econômica e com</p><p>imunidade tributária) e são criadas mediante lei</p><p>ordinária específica, originariamente privativa do chefe</p><p>do Poder Executivo do ente federado.</p><p>72. Um dos requisitos do ato administrativo é:</p><p>A) O motivo, que consiste na situação de fato ou de</p><p>direito que gera a vontade do agente público, quando</p><p>este pratica o ato administrativo.</p><p>B) O objeto, elemento pelo qual todo ato administrativo</p><p>deve estar dirigido ao atendimento de um interesse</p><p>público.</p><p>C) A finalidade, que se expressa no conteúdo, na</p><p>alteração no mundo jurídico que o ato administrativo se</p><p>propõe a processar.</p><p>D) A competência, pela qual é vedado que um agente</p><p>público transfira a outro funções que originariamente lhe</p><p>são atribuídas.</p><p>E) A presunção de que os atos administrativos são</p><p>editados em conformidade com o ordenamento jurídico,</p><p>que é relativa, pois admite prova em contrário por parte</p><p>do interessado.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Dentre os requisitos de validade dos atos administrativos</p><p>temos a competência, a finalidade, a forma, o motivo e o</p><p>objeto. A competência dos agentes públicos é de</p><p>previsão legal, porém, excepcionalmente e em caráter</p><p>temporário e provisório, pode ser delegada ou avocada.</p><p>Quanto ao objeto e a finalidade, as alternativas B e C</p><p>inverteram os conceitos de tais requisitos. A forma, para</p><p>a Administração, deve seguir o princípio do formalismo,</p><p>sendo, em regra, escrita (formal), não comportando</p><p>liberdade de formas (exceto se a lei assim determinar).</p><p>Por sua vez, motivo é o pressuposto fático e de direito</p><p>que permite ou autoriza a edição de um ato</p><p>administrativo.</p><p>A letra “e” está incorreta pelo fato de mencionar um dos</p><p>atributos dos atos, não um requisito de validade. Um dos</p><p>atributos dos atos administrativos é a presunção da</p><p>legitimidade e da veracidade, estando presente em todos</p><p>os atos, pois, conforme o Princípio da Legalidade, todos</p><p>os atos devem estar previstos em lei.</p><p>73. Sobre os mecanismos de desfazimento ou extinção</p><p>dos atos administrativos, assinale a alternativa incorreta:</p><p>A) Uma das diversas formas de desfazimentos dos atos</p><p>administrativos é a caducidade, que se caracteriza pela</p><p>extinção do ato em virtude do surgimento de nova lei</p><p>superveniente que extingue ato anterior.</p><p>B) A extinção de ato em função do esgotamento dos</p><p>efeitos (ato exaurido) é denominada extinção natural.</p><p>C) A contraposição trata-se de uma hipótese de edição</p><p>de ato com efeitos opostos, por exemplo, a exoneração</p><p>de funcionário aniquila os efeitos de sua nomeação</p><p>D) A anulação de ato administrativo fundamenta–se na</p><p>ilegalidade do ato, enquanto a revogação funciona como</p><p>uma espécie de sanção para aqueles que deixaram de</p><p>cumprir as condições determinadas pelo ato.</p><p>E) Na extinção subjetiva, a extinção do ato ocorre porque</p><p>o sujeito ou beneficiário deixam de existir.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Existem várias formas de desfazimento de ato</p><p>administrativo, entre elas a anulação, que ocorre para</p><p>atos ilegais (critério de legalidade), e a revogação, para</p><p>atos válidos (critério de mérito). A sanção aplicada</p><p>àqueles que descumprirem condições determinadas por</p><p>atos é chamada cassação.</p><p>Outras formas de desfazimento de atos são: caducidade,</p><p>contraposição e extinção (natural, objetiva ou subjetiva).</p><p>74. Acerca da nova Lei de Licitações (Lei nº</p><p>14.133/2021), considere as seguintes situações:</p><p>I. Aquisição ou locação de imóvel cujas características de</p><p>instalações e de localização tornem necessária sua</p><p>escolha.</p><p>II. Contratação que envolva valores inferiores a R$</p><p>100.000,00 (cem mil reais), no caso de obras e serviços</p><p>de engenharia ou de serviços de manutenção de veículos</p><p>automotores.</p><p>III. Objetos que devam ou passam a ser contratados por</p><p>meio de credenciamentos.</p><p>IV. Contratação que tenha por objeto bens ou serviços</p><p>produzidos ou prestados no País que envolvam,</p><p>cumulativamente, alta complexidade tecnológica e</p><p>defesa nacional.</p><p>Assinale aquela (s) que apresenta (m) caso (s) de</p><p>inexigibilidade de licitação:</p><p>A) se apenas a afirmativa I estiver correta.</p><p>B) se apenas a afirmativa II estiver correta.</p><p>C) se apenas a afirmativa III estiver correta.</p><p>D) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.</p><p>E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A nova Lei de Licitações apresenta as seguintes</p><p>hipóteses de inexigibilidade de licitação (art. 74):</p><p>I. fornecedor exclusivo (vedada a preferência de marca);</p><p>– permaneceu conforme Lei 8.666/93.</p><p>II. artista consagrado. – permaneceu conforme Lei</p><p>8.666/93.</p><p>III. serviços técnicos especializados de natureza</p><p>predominantemente intelectual, com prestador de notória</p><p>especialização (vedada inexigibilidade para serviços de</p><p>publicidade e divulgação). – alteração do item da Lei</p><p>8.666/93.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>37</p><p>IV. objetos que devam ou passam a ser contratados por</p><p>meio de credenciamentos; – novidade trazida pela Lei</p><p>14.133/2021.</p><p>V. aquisição ou locação de imóvel cujas características</p><p>de instalações e de localização tornem necessária sua</p><p>escolha (antes era caso de licitação dispensável). –</p><p>novidade trazida pela Lei 14.133/2021.</p><p>As situações dos itens II e IV são exemplos trazidos pelo</p><p>artigo 75, casos de licitação dispensável.</p><p>75. Acerca das fases da licitação, indique a ordem</p><p>correta:</p><p>1. de divulgação do edital de licitação</p><p>2. de julgamento</p><p>3. recursal</p><p>4. preparatória</p><p>5. de homologação</p><p>6. de habilitação</p><p>7. de apresentação de propostas e lances, quando for o</p><p>caso</p><p>A) 1 – 4 – 6 – 2 – 7 – 3 – 5</p><p>B) 4 – 1 – 7 – 2 – 6 – 3 – 5</p><p>C) 4 – 6 – 1 – 2 – 5 – 3 – 7</p><p>D) 2 – 7 – 5 – 6 – 1 – 4 – 3</p><p>E) 1 – 3 – 2 – 4 – 7 – 5 – 6</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>“Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes</p><p>fases, em sequência:</p><p>I - preparatória;</p><p>II - de divulgação do edital de licitação;</p><p>III - de apresentação de propostas e lances, quando for o</p><p>caso;</p><p>IV - de julgamento;</p><p>V - de habilitação;</p><p>VI - recursal;</p><p>VII - de homologação.”</p><p>76. A respeito do controle da Administração Pública,</p><p>analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. O Poder Legislativo, no exercício do controle externo</p><p>da Administração Pública, conta com o auxílio dos</p><p>Tribunais de Contas.</p><p>II. O controle administrativo está restrito ao exame de</p><p>legalidade, sendo vedada a revisão dos critérios de</p><p>conveniência e oportunidade.</p><p>III. O controle político ou administrativo</p><p>também é</p><p>exercido pelo Poder Judiciário quando, no exercício de</p><p>sua função jurisdicional, aprecia a legalidade dos atos</p><p>praticados pela Administração Pública.</p><p>Assinale:</p><p>A) se apenas a afirmativa I estiver correta.</p><p>B) se apenas a afirmativa II estiver correta.</p><p>C) se apenas a afirmativa III estiver correta.</p><p>D) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.</p><p>E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveira, vamos analisar cada um dos itens:</p><p>Item I – correto: O Tribunal de Contas é órgão auxiliar do</p><p>Congresso Nacional (controle externo exercido pelo</p><p>Poder Legislativo), sendo competente para apreciar as</p><p>contas da Presidência da República (que serão julgadas</p><p>pelo Congresso) e julgar as contas dos administradores</p><p>e demais responsáveis financeiros, caracterizando</p><p>inclusive um controle finalístico.</p><p>Item II – incorreto: O poder da autotutela administrativa</p><p>(controle administrativo - interno) permite que os atos</p><p>sejam controlados quanto ao critério de mérito e de</p><p>legalidade. No primeiro caso, há análise da conveniência</p><p>e oportunidade do ato praticado, podendo levar à</p><p>revogação (“ex nunc” – não retroage) desse ato pela</p><p>própria Administração. Já no segundo caso, o controle</p><p>administrativo sob o aspecto da legalidade leva à</p><p>anulação (“ex tunc” – retroage) dos atos ilegais, sejam</p><p>eles discricionários ou vinculados, cabendo esta</p><p>anulação à própria Administração de ofício ou a</p><p>requerimento.</p><p>Item III – incorreto: O controle legislativo também pode</p><p>ser chamado de controle político ou parlamentar e é</p><p>exercido mediante atividade típica de fiscalização da</p><p>atuação administrativa dos outros poderes (controle</p><p>externo). O referido controle abrange os critérios de</p><p>legalidade e, também, critérios de mérito, sendo nesse</p><p>caso necessário ressalvar que esse mérito é exercido no</p><p>âmbito político, onde há discricionariedade do controle</p><p>legislativo, por exemplo, na autorização de atos do</p><p>Executivo que não importam em simples controle de</p><p>legalidade.</p><p>77. Na responsabilidade civil decorrente dos atos</p><p>praticados pela Administração Pública, a chamada</p><p>responsabilidade subsidiária diferencia-se da</p><p>responsabilidade solidária. Sobre esse tema, assinale</p><p>alternativa incorreta:</p><p>A) O Estado responde, objetivamente e solidariamente,</p><p>pelos danos causados por pessoa jurídica de direito</p><p>privado prestadora de serviço público.</p><p>B) A chamada responsabilidade subsidiária pode ser</p><p>atribuída apenas à pessoa jurídica estatal</p><p>C) Em casos de danos causados por má execução de</p><p>obras públicas por empresas a terceiros, a empreiteira</p><p>responderá primariamente e de maneira subjetiva,</p><p>havendo, contudo, a responsabilidade subsidiária do</p><p>Estado.</p><p>D) De acordo com o direito brasileiro, o concessionário</p><p>presta o serviço público por sua conta e risco e, em caso</p><p>de causar dano ao usuário, assume a responsabilização</p><p>de forma objetiva, e o poder concedente responde de</p><p>forma subsidiária.</p><p>E) O município é responsável, solidariamente, com o</p><p>concessionário de serviço público municipal com quem</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>38</p><p>firmou convênio para realização do serviço de coleta de</p><p>esgoto urbano, pela poluição causada nos rios do local.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A responsabilidade solidária é causa excepcional</p><p>quando a Administração concorre para o dano por</p><p>negligência ou omissão na fiscalização de delegatária,</p><p>conferindo a ela uma responsabilidade subjetiva. Além</p><p>disso, pessoa jurídica de direito privado pertencente à</p><p>Administração Indireta possui responsabilidade objetiva</p><p>quando prestadoras de serviço público.</p><p>A responsabilidade subsidiária caracteriza–se quando</p><p>do dano provocado por pessoa jurídica delegatária</p><p>(primária), mas que por ausência de recursos financeiros</p><p>não consegue indenizar a vítima, restando tal fato para a</p><p>pessoa jurídica estatal se responsabilizar. Trata–se da</p><p>responsabilidade ad causam onde a Administração</p><p>responde subsidiária e objetivamente por dano</p><p>causada por sua delegatária.</p><p>Fique atento, Caveira, acerca da teoria decorrente de</p><p>obra pública, pois, quando há obra realizada</p><p>diretamente pela Administração, sua responsabilidade é</p><p>objetiva. Entretanto, em caso de má execução da obra</p><p>por empreiteira terceirizada, sua responsabilidade é</p><p>subsidiária e do particular subjetiva.</p><p>78. Assinale a alternativa correta quanto à</p><p>responsabilidade civil do Estado.</p><p>A) A responsabilidade civil do Estado é objetiva.</p><p>B) A responsabilidade civil do Estado depende de</p><p>comprovação de culpa do agente público responsável</p><p>pela prática de ato ilícito.</p><p>C) A responsabilidade civil do Estado somente ocorrerá</p><p>por ato omissivo do agente público responsável pela</p><p>prática de ato ilícito.</p><p>D) Não há no direito brasileiro a figura da</p><p>responsabilidade civil do Estado.</p><p>E) A responsabilidade civil do Estado depende do trânsito</p><p>em julgado de sentença penal condenatória do agente</p><p>público responsável pela prática de ato ilícito.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>De acordo com a teoria do risco administrativo adotado</p><p>pelo Brasil, a responsabilidade objetiva da</p><p>Administração se dá em função do dano causado ter</p><p>sido resultado mediante nexo causal de uma ação estatal</p><p>(dano + nexo causal + resultado), independente da</p><p>análise de dolo ou culpa, em casos comissivos ou</p><p>omissivos.</p><p>O agente público responderá subjetivamente em ação</p><p>regressiva por eventual dano causado tanto a terceiros</p><p>quanto à própria Administração.</p><p>79. De acordo com a Lei de Improbidade Administrativa</p><p>(Lei 8.429/1992 e suas alterações), são atos de</p><p>improbidade administrativa que atentam contra os</p><p>princípios da Administração Pública:</p><p>I. deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-</p><p>lo, desde que disponha das condições para isso, com</p><p>vistas a ocultar irregularidades.</p><p>II. revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de</p><p>terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de</p><p>medida política ou econômica capaz de afetar o preço de</p><p>mercadoria, bem ou serviço.</p><p>III. praticar, no âmbito da administração pública e com</p><p>recursos do erário, ato de publicidade que contrarie o</p><p>disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal, de</p><p>forma a promover inequívoco enaltecimento do agente</p><p>público e personalização de atos, de programas, de</p><p>obras, de serviços ou de campanhas dos órgãos</p><p>públicos.</p><p>IV. revelar fato ou circunstância de que tem ciência em</p><p>razão das atribuições e que deva permanecer em</p><p>segredo, propiciando beneficiamento por informação</p><p>privilegiada ou colocando em risco a segurança da</p><p>sociedade e do Estado.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>A) Somente a afirmativa III é verdadeira.</p><p>B) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.</p><p>C) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.</p><p>D) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.</p><p>E) As afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>“Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que</p><p>atenta contra os princípios da administração pública a</p><p>ação ou omissão dolosa que viole os deveres de</p><p>honestidade, de imparcialidade e de legalidade,</p><p>caracterizada por uma das seguintes condutas:</p><p>(...)</p><p>III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em</p><p>razão das atribuições e que deva permanecer em</p><p>segredo, propiciando beneficiamento por informação</p><p>privilegiada ou colocando em risco a segurança da</p><p>sociedade e do Estado;</p><p>VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a</p><p>fazê-lo, desde que disponha das condições para isso,</p><p>com vistas a ocultar irregularidades;</p><p>VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de</p><p>terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de</p><p>medida política ou econômica capaz de afetar o preço de</p><p>mercadoria, bem ou serviço;</p><p>XII - praticar, no âmbito da administração pública e com</p><p>recursos do erário, ato de publicidade que contrarie o</p><p>disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal, de</p><p>forma a promover inequívoco enaltecimento do agente</p><p>público e personalização de atos, de programas, de</p><p>obras, de serviços ou de campanhas dos órgãos</p><p>públicos.”</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>39</p><p>80. No uso de suas atribuições, Daniela, escrivã chefe,</p><p>celebrou contrato de rateio de consórcio público sem</p><p>suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem</p><p>observar as formalidades previstas na lei. Assim, após</p><p>sua condenação por improbidade administrativa, Daniela:</p><p>A) teve seus direitos políticos cassados.</p><p>B) foi exonerada com aplicação de pena de multa</p><p>equivalente a 24 vezes a sua remuneração.</p><p>C) foi proibida de contratar com o poder público pelo</p><p>prazo de 14 anos.</p><p>D) perdeu sua função pública e deve pagar multa civil</p><p>equivalente ao valor do prejuízo causado.</p><p>E) deve ressarcir o erário pagando multa equivalente ao</p><p>dobro do valor acrescido ilicitamente ao seu patrimônio</p><p>pessoal.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A conduta de Daniela configura improbidade</p><p>administrativa que causa prejuízo ao erário. Logo, as</p><p>penalidades cabíveis, após o trânsito em julgado são,</p><p>isoladamente ou cumulativamente:</p><p>- perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao</p><p>patrimônio, se concorrer esta circunstância,</p><p>- perda da função pública,</p><p>- suspensão dos direitos políticos até 12 (doze) anos,</p><p>- pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano</p><p>e</p><p>- proibição de contratar com o poder público ou de</p><p>receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,</p><p>direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de</p><p>pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo</p><p>não superior a 12 (doze) anos.</p><p>Noções de Direito Constitucional</p><p>81. A respeito da Arguição de Descumprimento de</p><p>Preceito Fundamental (ADPF), assinale a opção correta.</p><p>A) Tendo em vista seu caráter subsidiário, é possível a</p><p>fungibilidade entre arguição de descumprimento de</p><p>preceito fundamental (ADPF) e ação direta de</p><p>inconstitucionalidade (ADI).</p><p>B) Por seu caráter residual, cabe ADPF para impugnar</p><p>decisões pré-constitucionais e contra decisão judicial</p><p>transitada em julgado.</p><p>C) É possível questionar a interpretação e propor a</p><p>revisão de súmula vinculante por meio de ADPF.</p><p>D) Não é possível a celebração de acordo na ADPF.</p><p>E) Podem propor ADPF, além dos legitimados para</p><p>propor ADI, também o Ministério Público e o Tribunal de</p><p>Contas da União e dos Estados.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>A jurisprudência do STF admite, em certas hipóteses,</p><p>fungibilidade entre ADI e ADPF. Lembrando que a</p><p>medida é admitida quando são satisfeitos os requisitos</p><p>exigidos para a propositura da ação correta, relevância</p><p>da matéria e dúvida aceitável a respeito da ação</p><p>apropriada (para não configurar erro grosseiro).</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>A ADPF é o meio para impugnar normas anteriores à</p><p>atual Constituição, no entanto, como já decidiu o STF na</p><p>ADPF 81 (Informativo 810), não cabe ADPF em face de</p><p>decisão judicial transitada em julgado: “Não cabe</p><p>arguição de descumprimento de preceito fundamental</p><p>(ADPF) contra decisão judicial transitada em julgado.</p><p>Este instituto de controle concentrado de</p><p>constitucionalidade não tem como função desconstituir a</p><p>coisa julgada.”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Conforme já decidiu o STF na ADPF 147, a Arguição de</p><p>Descumprimento de Preceito Fundamental não é a via</p><p>adequada para se obter a interpretação, a revisão ou o</p><p>cancelamento de súmula vinculante.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Segundo decisão do STF na ADPF 165 (Info 892), “é</p><p>possível a celebração de acordo num processo de índole</p><p>objetiva, como a ADPF, desde que fique demonstrado</p><p>que há no feito um conflito intersubjetivo subjacente</p><p>(implícito), que comporta solução por meio de</p><p>autocomposição.” Vale ressaltar que, na homologação</p><p>deste acordo, o STF não irá chancelar ou legitimar</p><p>nenhuma das teses jurídicas defendidas pelas partes no</p><p>processo.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Em regra, somente podem propor ADPF os</p><p>legitimados para propor ADI. Vamos relembrar de uma</p><p>forma mais didática quais são esses legitimados:</p><p>Presidente da República; Governador de Estado ou do</p><p>Distrito Federal; Procurador-Geral da República; Mesa do</p><p>Senado Federal; Mesa da Câmara dos Deputados; Mesa</p><p>de Assembleia Legislativa; Mesa da Câmara Legislativa</p><p>do Distrito Federal; Conselho Federal da Ordem dos</p><p>Advogados do Brasil; Partido político com representação</p><p>no Congresso Nacional; Confederação sindical; Entidade</p><p>de classe de âmbito nacional.</p><p>82. Assinale a alternativa que corretamente trata das</p><p>imunidades parlamentares previstas na Constituição</p><p>Federal.</p><p>A) Desde a expedição do diploma, os membros do</p><p>Congresso Nacional não poderão ser presos.</p><p>B) Segundo a imunidade formal, os Deputados e</p><p>Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por</p><p>quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.</p><p>C) Os vereadores não possuem imunidade material.</p><p>D) Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado,</p><p>por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo</p><p>Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por</p><p>iniciativa de partido político nela representado e pelo voto</p><p>da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final,</p><p>sustar o andamento da ação.</p><p>E) Os Deputados e Senadores são invioláveis apenas</p><p>penalmente por suas opiniões, palavras e votos,</p><p>respondendo civilmente por essas.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>40</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Os membros do Congresso Nacional poderão ser</p><p>presos, em caso de flagrante de crime inafiançável (art.</p><p>53, §2º, CF). Nesse caso, os autos serão remetidos</p><p>dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para</p><p>que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva</p><p>sobre a prisão. Ressalte-se que os congressistas</p><p>poderão ainda ser presos por sentença judicial transitada</p><p>em julgado.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>É a imunidade material que torna o parlamentar</p><p>irresponsável penal e civilmente por opiniões, palavras e</p><p>votos (art. 53, caput, CF). Lembre-se, no entanto, que</p><p>não impede a perda do cargo em caso de quebra do</p><p>decoro parlamentar (art. 55, II, CF).</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Os vereadores não possuem imunidade formal, mas</p><p>possuem imunidade material, desde que as</p><p>manifestações sejam relacionadas com o mandato e</p><p>feitas na circunscrição do Município (art. 29, VIII, CF).</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>É a transcrição do disposto no art. 53, § 3º, CF. Trata-se</p><p>de outra prerrogativa da imunidade formal dos</p><p>parlamentares. Lembre-se de que temos a imunidade</p><p>formal relativa à prisão e a imunidade formal relativa ao</p><p>processo, que consiste na possibilidade de sustação do</p><p>processo de crimes ocorridos depois da diplomação.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Conforme disposto na Constituição Federal, que</p><p>assevera:</p><p>“Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil</p><p>e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras</p><p>e votos.”</p><p>83. A liberdade é direito garantido pelo remédio</p><p>constitucional do habeas corpus. Sobre o tema assinale</p><p>a alternativa correta.</p><p>A) Compete ao STJ julgar, em recurso ordinário, habeas</p><p>corpus decidido em única instância por Tribunais</p><p>Superiores, quando a ordem for concedida.</p><p>B) É cabível habeas corpus em relação às punições</p><p>disciplinares militares.</p><p>C) Cabe ao STJ julgar habeas corpus contra decisão de</p><p>turma recursal de juizados especiais criminais.</p><p>D) O habeas corpus</p><p>é instrumento adequado para o</p><p>trancamento de processo de impeachment.</p><p>E) Nos casos em que se discuta a aplicação da pena de</p><p>multa, sem que haja risco à liberdade do indivíduo, não</p><p>será cabível a utilização de habeas corpus.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>O art. 102, II, “a”, da CF/88 estipula a competência</p><p>originária do STF nos casos em que Tribunais</p><p>Superiores, julgando em única instância, deneguem a</p><p>ordem de habeas corpus.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O art. 142, § 2, da CF/88 estabelece não caber o remédio</p><p>heroico em relação às punições disciplinares militares.</p><p>Contudo, fique atento à exceção, trazida tanto pela</p><p>doutrina majoritária, quanto pela jurisprudência do STF,</p><p>quanto aos pressupostos de legalidade, ou seja, são</p><p>passíveis de controle jurisdicional, por meio de HC, as</p><p>punições eivadas de ilegalidade.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>O STF definiu a competência originária do Tribunal de</p><p>Justiça local para o julgamento de habeas corpus contra</p><p>decisão de turma recursal de juizados especiais</p><p>criminais.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Conforme afirma a doutrina e reproduz o STF, o habeas</p><p>corpus não é instrumento adequado para o trancamento</p><p>de processo de impeachment, isso porque o remédio</p><p>constitucional visa a tutelar a liberdade de locomoção e o</p><p>processo de impeachment trata sobre sanções de</p><p>natureza político-administrativa decorrentes de crimes de</p><p>responsabilidade, não pondo em risco a liberdade de ir e</p><p>vir.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Nesse sentido a Súmula 693 do STF: “Não cabe habeas</p><p>corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou</p><p>relativo a processo em curso por infração penal a que a</p><p>pena pecuniária seja a única cominada”.</p><p>84. A respeito da Constituição - conceito, conteúdo,</p><p>objeto e classificação -, assinale a alternativa incorreta.</p><p>A) Segundo Ferdinand Lassale, a Constituição apresenta</p><p>sentido sociológico, tornando-se legítima apenas quando</p><p>estivesse em compatibilidade com a vontade popular, do</p><p>contrário, a Constituição era mera “folha de papel”.</p><p>B) Segundo Konrad Hesse, a constituição é decisão</p><p>política fundamental.</p><p>C) O sentido político de Constituição é atribuído a Carl</p><p>Schmitt, através do tratamento de matérias como</p><p>organização do estado, direitos e garantias</p><p>fundamentais, princípio democrático, dentre outros que</p><p>digam respeito à força política do momento.</p><p>D) Verifica-se que o constitucionalismo representou um</p><p>importante movimento político e filosófico, cuja origem</p><p>remete ao século XVIII, trazendo novos conceitos e</p><p>práticas constitucionais, como a separação de poderes,</p><p>os direitos individuais e a supremacia constitucional.</p><p>E) Segundo José Afonso da Silva, a norma constitucional</p><p>de eficácia limitada de princípio programático que ainda</p><p>não recebeu atuação do poder público é dotada de</p><p>aplicabilidade e eficácia.</p><p>Gabarito: B</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>41</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>O enunciado da assertiva se mostra compatível com o</p><p>pensamento doutrinário de Ferdinand Lassale, através</p><p>do sentido SOCIOLÓGICO.</p><p>Para o presente autor a Constituição é dividida em formal</p><p>e material. A parte Formal é aquela editada e redigida em</p><p>documento escrito, que não se confunde com</p><p>Constituição Real (Material), aquela em que a sociedade</p><p>entende enquanto tal. A Constituição Formal só é efetiva</p><p>quando corresponde com a Constituição Real, desta</p><p>maneira há uma relação de correspondência entre o</p><p>prescrito em documento e o que a sociedade entende</p><p>enquanto tal. Quando ocorrer uma dissonância entre</p><p>Constituição Real e Formal, esta perde efetividade,</p><p>deixando de regular a realidade da respectiva sociedade,</p><p>tornando a constituição Formal tão somente uma mera</p><p>folha de papel. Conclui-se assim que, para o autor,</p><p>Constituição é aquela que corresponde aos fatores reais</p><p>de poder que regem a sociedade, ao passo que</p><p>Constituição folha de papel seriam os documentos</p><p>escritos, mas que se não representam os fatores reais de</p><p>poder.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Tratando-se da concepção de constituição NORMATIVA</p><p>trabalhada por Hesse, este exemplifica que a</p><p>Constituição deve ser entendida como a ordem jurídica</p><p>fundamental de uma comunidade. Por ter status de</p><p>norma jurídica, ela seria dotada de força normativa</p><p>suficiente para vincular e impor os seus comandos.</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>Para Carl Schmitt o conceito de Constituição é baseado</p><p>na decisão política fundamental. Segundo o autor, a</p><p>validade de uma Constituição não se apoia na justiça de</p><p>suas normas, mas na decisão política que lhe dá</p><p>existência. Constituição é fruto da vontade política, ou</p><p>seja, é o que o poder político que opera em determinada</p><p>sociedade naquele momento entende como tal.</p><p>Atenção: Carl Schitt diferencia Constituição de leis</p><p>constitucionais. A Constituição disporia somente sobre as</p><p>matérias de grande relevância jurídica, sobre as decisões</p><p>políticas fundamentais, tais como organização do Estado,</p><p>princípio democrático e os direitos fundamentais. As</p><p>outras normas presentes na Constituição seriam</p><p>somente leis constitucionais.</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>Trata-se de questão de fundamento estritamente</p><p>doutrinário; para fins de facilitar o entendimento e a</p><p>didática do aprendizado, segue trecho retirado do livro do</p><p>doutrinador Bernardo Gonçalves: “O constitucionalismo</p><p>(moderno) pode ser entendido como um movimento que</p><p>traz consigo objetivos que, sem dúvida, irão fundar</p><p>(constituir) uma nova ordem, sem precedentes na história</p><p>da constituição das sociedades, formando aquilo que</p><p>Rogério Soares chamou de "conceito ocidental de</p><p>Constituição". Nesse diapasão, se perguntássemos</p><p>sobre os dois grandes objetivos do constitucionalismo,</p><p>qual seria a resposta? Ora, não tenhamos dúvidas que</p><p>seriam: 1) A limitação do poder com a necessária</p><p>organização e estruturação do Estado (Estados</p><p>nacionais que já eram, mas a partir daí se afirmam como,</p><p>não mais absolutos). Em consequência disso,</p><p>desenvolveram-se teorias consubstanciadas na práxis,</p><p>como a ‘teoria da separação dos poderes’, além de uma</p><p>redefinição do funcionamento organizacional do Estado;</p><p>2) A consecução (com o devido reconhecimento) de</p><p>direitos e garantias fundamentais (num primeiro</p><p>momento, com a afirmação em termos pelo menos</p><p>formais da: igualdade, liberdade e propriedade de</p><p>todos)”. (FONTE: Fernandes, Bernardo Gonçalves.</p><p>Curso de Direito Constitucional. Pag.36, 37.12. ed. rev.,</p><p>atual, e ampl. - Salvador: Ed. JusPodivm, 2020.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Segundo José Afonso da Silva, todas as normas</p><p>constitucionais possuem aplicabilidade, ainda que com</p><p>menor força de aplicação jurídica, como no caso de</p><p>EFICÁCIA MEDIATA, INDIRETA e REDUZIDA; porém, a</p><p>mesma é dotada do efeito POSITIVO (NÃO RECEPÇÃO)</p><p>e NEGATIVO (PROIBIÇÃO LEGISLAR EM</p><p>CONTRÁRIO), gerando eficácia irradiante a todo o</p><p>ordenamento vigente.</p><p>85. Quanto às emendas constitucionais, assinale o item</p><p>correto.</p><p>A) Todas as limitações às emendas estão expressas no</p><p>texto constitucional.</p><p>B) As limitações formais dizem respeito ao conteúdo das</p><p>emendas.</p><p>C) As emendas constitucionais são manifestação do</p><p>poder constituinte decorrente.</p><p>D) O poder constituinte derivado revisional pode ser</p><p>exercido a cada 5 anos.</p><p>E) A reforma constitucional pode ser formal ou difusa.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Existem limitações implícitas à modificação do texto</p><p>constitucional, que, apesar de não estarem expressas,</p><p>decorrem da lógica do texto constitucional, como por</p><p>exemplo a vedação à revogação do art. 60, §4, da CF/88,</p><p>que prevê as cláusulas pétreas ou a alteração da</p><p>titularidade do Congresso Nacional para alterar o texto</p><p>constitucional.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>4</p><p>EXEMPLO DE REDAÇÃO</p><p>Atualmente, no Brasil, consagra-se a teoria da responsabilidade objetiva do Estado.</p><p>Nesse sentido, os elementos básicos para a configuração da responsabilidade civil do Estado</p><p>incluem: a análise da conduta (existência de ato ilícito - culpa ou dolo) por parte de agentes</p><p>estatais), a existência de dano ao particular e o nexo de causalidade entre o ato ilícito e o</p><p>dano sofrido pelo particular.</p><p>Noutro giro, como exceção à regra delineada, existe a responsabilidade civil do Estado</p><p>por atos jurisdicionais. A regra geral é a de que o Estado é irresponsável pelos atos</p><p>jurisdicionais, isto é, pelos atos praticados pelos órgãos do Poder Judiciário no exercício de</p><p>suas funções. Contudo, existem exceções a essa regra na própria CRFB/88, como o erro</p><p>judiciário.</p><p>Por fim, entendem-se como excludentes da responsabilidade objetiva do Estado todas</p><p>as circunstâncias que eximem o ente da responsabilidade civil a danos causados a terceiros.</p><p>Dois exemplos são: o caso fortuito e a culpa exclusiva da vítima. O caso fortuito ocorre quando</p><p>não havia forma de o Estado ter agido diferente mesmo com toda prevenção. Já a culpa</p><p>exclusiva da vítima ocorre quando esta agiu de forma decisiva e total para ocorrência do</p><p>evento danoso.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>1</p><p>PROVA DISCURSIVA – PROJETO CAVEIRA</p><p>TEMA 03 – PCCE – DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL</p><p>O Inquérito Policial é um procedimento administrativo preliminar, inquisitivo, presidido pela</p><p>autoridade policial. Sobre a temática, redija um texto dissertativo, com no mínimo 10 e no</p><p>máximo 15 linhas, para responder aos seguintes questionamentos:</p><p>a. Verse sobre o sistema de valoração da prova que é a regra na legislação processual penal</p><p>atualmente;</p><p>b. Na legislação atual, a prova pericial é uma espécie de prova amplamente utilizada pela sua</p><p>segurança. Verse sobre a obrigatoriedade do Exame de Corpo de Delito;</p><p>c. Conceitue serendipidade e revele o posicionamento do STJ sobre a temática.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>2</p><p>TEMA 03 – PCCE – DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL</p><p>a. Verse sobre o sistema de valoração da prova que é a regra na legislação processual</p><p>penal atualmente;</p><p>Olá, Caveira! Atualmente, na legislação processual penal brasileira, a regra é o sistema</p><p>de livre valoração da prova, que permite ao juiz avaliar todas as provas apresentadas e decidir</p><p>qual delas tem maior relevância e credibilidade. Esse sistema busca garantir a imparcialidade e</p><p>a justiça na decisão, considerando a realidade dos fatos e a defesa das partes envolvidas no</p><p>processo. É importante ressaltar que a decisão deve ser fundamentada e baseada em</p><p>elementos concretos, evitando quaisquer formas de preconceito ou opinião pessoal.</p><p>O sistema também é conhecido como Sistema do Livre Convencimento Motivado,</p><p>sistema da prova fundamentada, convencimento racional ou persuasão racional, e está correto</p><p>em todas as nomenclaturas. Assim, nos moldes do art. 155 do CPP:</p><p>Art. 155 O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova</p><p>produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua</p><p>decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na</p><p>investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e</p><p>antecipadas.</p><p>b. Na legislação atual, a prova pericial é uma espécie de prova amplamente utilizada pela</p><p>sua segurança. Verse sobre a obrigatoriedade do Exame de Corpo de Delito;</p><p>O Exame de Corpo de Delito é uma prova técnica que tem como objetivo coletar indícios</p><p>e elementos que possam auxiliar na investigação e na apuração de um crime.</p><p>De acordo com a legislação processual penal brasileira, a realização do exame de corpo</p><p>de delito é obrigatória em casos de crimes que deixam vestígios (como os cometidos contra a</p><p>pessoa - homicídios, lesões corporais, estupros, entre outros). Além disso, a obrigatoriedade</p><p>do exame também pode ser determinada pelo juiz, caso seja necessário para a elucidação dos</p><p>fatos. É importante destacar que o exame deve ser realizado por profissionais capacitados e</p><p>com o devido respeito à dignidade e privacidade da vítima.</p><p>Assim, o Código de Processo Penal:</p><p>Art. 158 - Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o</p><p>exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a</p><p>confissão do acusado.</p><p>c. Conceitue serendipidade e revele o posicionamento do STJ sobre a temática;</p><p>Na área do Direito Processual Penal, a serendipidade refere-se ao descobrimento</p><p>fortuito de provas relevantes em um processo criminal. Em outras palavras, é a descoberta</p><p>acidental de informações ou elementos que possam ser utilizados como prova, sem que</p><p>tenham sido buscados diretamente pelas partes envolvidas no processo. Esse tipo de prova</p><p>pode ser considerado relevante e influenciar na decisão do juiz, desde que sejam obtidos de</p><p>forma lícita e sejam devidamente valorados no contexto do processo.</p><p>A origem do nome remonta à tradução literal da palavra serendipity, termo criado em</p><p>1754 pelo escritor inglês Horace Walpole, em alusão ao conto persa "Os três príncipes de</p><p>Serendip", no qual várias descobertas inesperadas ocorriam no decorrer da estória.</p><p>O STJ, em seu Informativo 539, firmou a aceitação da serendipidade no encontro de</p><p>provas de novos crimes inicialmente não investigados. Assim:</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>3</p><p>PENAL E PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO</p><p>HABEAS CORPUS. CONTRABANDO E ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA.</p><p>ALEGAÇÃO DE NULIDADE DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS</p><p>E VEDAÇÃO DE PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL. RECURSO</p><p>IMPROVIDO. 1. A jurisprudência desta Corte que admite válida a</p><p>prisão em flagrante e demais provas alcançadas em razão do</p><p>fenômeno da serendipidade, ainda que inexista conexão ou</p><p>continência com o crime supervenientemente encontrado, desde que</p><p>não haja desvio de finalidade na execução do meio de obtenção de</p><p>prova. Na espécie, a medida cautelar inicial de interceptação</p><p>telefônica visava à apuração de prática de delitos praticados por</p><p>associação criminosa de agentes públicos que deveriam fiscalizar a</p><p>prática de contrabando de cigarros, tendo sido apurada a partir daí a</p><p>prática de contrabando pelos pacientes, inexistindo desvio de</p><p>finalidade da medida. Precedentes. 2. Não se identifica qualquer</p><p>ilegalidade de fundamentação na decisão da interceptação telefônica</p><p>quando proferida por juízo competente, apresentadas fundadas</p><p>razões no sentido da imprescindibilidade da medida, sua finalidade,</p><p>alcance e objetivo. 3. Nos termos da jurisprudência desta Corte “o</p><p>deferimento de realização de diligência e de produção de provas é</p><p>faculdade do Magistrado, no exercício da sua discricionariedade</p><p>motivada, cabendo ao órgão julgador desautorizar a realização de</p><p>providências que considerar protelatórias ou desnecessárias e sem</p><p>pertinência com a sua instrução” (AgRg no AREsp 1737521/PR, Rel.</p><p>Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA,</p><p>julgado em 15/6/2021, DJe 21/6/2021). 4. Agravo regimental</p><p>improvido. (AgRg no HC 663.191/PR, Rel. Ministro JOEL ILAN</p><p>PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 23/11/2021, DJe</p><p>26/11/2021)</p><p>EXEMPLO DE REDAÇÃO</p><p>A legislação processual penal brasileira atualmente segue o princípio da livre valoração</p><p>da prova, permitindo que o juiz avalie todas as evidências apresentadas e determine qual delas</p><p>possui maior importância e confiabilidade. Este sistema busca assegurar a imparcialidade e a</p><p>justiça na tomada de decisão, levando em conta a realidade dos fatos e a defesa das partes</p><p>envolvidas.</p><p>Ainda sobre Provas, cumpre destacar que a realização do exame de corpo de delito é</p><p>obrigatória em casos de crimes que deixam vestígios (como homicídios, lesões corporais,</p><p>estupros, entre outros). Além disso, a obrigatoriedade do exame</p><p>As limitações formais dizem respeito ao procedimento</p><p>que deve ser adotado para que se modifique o texto</p><p>constitucional, o qual deve seguir o rito estabelecido no</p><p>art. 60, §2, da CF/88, que prevê a votação e aprovação</p><p>em dois turnos em cada casa do Congresso Nacional e</p><p>respeitado o quórum de 3/5 dos membros de cada casa.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>O poder constituinte decorrente é aquele que é</p><p>responsável por instituir as constituições dos Estados</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>42</p><p>membros, fruto da auto-organização e autogoverno</p><p>estabelecidos pelo poder constituinte originário.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O poder constituinte derivado revisional encontra</p><p>previsão no art. 3º, do ADCT, e fixa uma única revisão,</p><p>ocorrida após cinco anos, contados a partir da</p><p>promulgação da Constituição Federal de 1988,</p><p>pretendendo a adequação do texto à realidade social.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>A reforma da constituição pode ser realizada por meio de</p><p>emenda, procedimento formal responsável por alterar a</p><p>redação do texto da constituição, ou por meio difuso, que,</p><p>sem alterar o texto, procede-se com a modificação do</p><p>sentido da norma constitucional através de nova</p><p>interpretação, também conhecida como mutação</p><p>constitucional.</p><p>86. Os cidadãos ingleses Jonathan e Stephanie,</p><p>casados, vieram para o Brasil e, devido a intercorrências</p><p>na viagem, não conseguiram retornar a seu país de</p><p>origem, tendo Stephanie dado à luz a Maicon, em solo</p><p>brasileiro. Considerando o disposto na Constituição</p><p>Federal, é correto afirmar que Maicon:</p><p>A) É brasileiro naturalizado, visto que, embora nascido</p><p>em solo brasileiro, seus pais são estrangeiros.</p><p>B) Não poderá se candidatar ao cargo de Presidente e</p><p>Vice-Presidente da República Federativa do Brasil por</p><p>ser naturalizado.</p><p>C) É brasileiro nato, mas não poderá ocupar o cargo de</p><p>Presidente e Vice-Presidente da República Federativa do</p><p>Brasil, pois seus pais são estrangeiros, podendo</p><p>comprometer o interesse nacional.</p><p>D) É brasileiro nato e poderá concorrer ao cargo de</p><p>Presidente do Brasil e Ministro do Supremo Tribunal</p><p>Federal.</p><p>E) Será considerado brasileiro nato desde que seja</p><p>registrado em repartição brasileira competente ou venha</p><p>a residir na República Federativa do Brasil e opte, em</p><p>qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela</p><p>nacionalidade brasileira.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Embora Maicon tenha pais estrangeiros, no caso</p><p>hipotético apresentado, o fato de ter nascido em solo</p><p>brasileiro é suficiente para que seja considerado</p><p>brasileiro nato (nacionalidade originária). A CF adotou,</p><p>em regra, o “jus soli” (nacionalidade originária pela</p><p>origem territorial). Há, entretanto, exceções, nas quais</p><p>predomina o “jus sanguinis” (nacionalidade originária</p><p>pela origem sanguínea). Destaca-se, ainda, que não será</p><p>considerado brasileiro nato o filho nascido no Brasil de</p><p>pais estrangeiros que estejam a serviço de seu país.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Como vimos, Maicon será considerado brasileiro nato</p><p>podendo se candidatar aos cargos tanto de Presidente</p><p>como Vice-Presidente da República.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Como vimos, por ser considerado brasileiro nato, Maicon</p><p>poderá ocupar o cargo de Presidente e vice-presidente</p><p>da República Federativa do Brasil, sem qualquer</p><p>restrição.</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>Conforme o art. 12, I, a, CF, são brasileiros natos os</p><p>nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de</p><p>pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço</p><p>de seu país. Não havendo, pois, restrição para ocupação</p><p>de cargos aos brasileiros natos.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Veja que a alternativa traz a hipótese de aquisição da</p><p>nacionalidade originária para brasileiros nascidos no</p><p>estrangeiro, na qual é atribuída a condição de brasileiro</p><p>nato pelo critério do jus sanguinis, sendo considerado</p><p>nacional todo aquele filho de nacionais,</p><p>independentemente de onde tenha nascido, desde que</p><p>preenchidas as condições adicionais, conforme disposto</p><p>no art. 12, I, “c”, CF.</p><p>87. Rogério quer criar um partido político. Buscando</p><p>realizar tal empreitada, procura um especialista para se</p><p>informar quais características e regras devem ser</p><p>observadas. A informação correta a ser dada para</p><p>Rogério é a de que:</p><p>A) Não há princípios a serem resguardados, sendo livre</p><p>a criação e extinção dos partidos políticos.</p><p>B) É possível a utilização pelos partidos políticos de</p><p>organização paramilitar.</p><p>C) Os partidos políticos não possuem autonomia para</p><p>definir sua estrutura, devendo ter vinculadas as</p><p>candidaturas em âmbito nacional, estadual ou municipal.</p><p>D) A Constituição Federal determina preceitos a serem</p><p>observados, como, por exemplo, o caráter nacional e a</p><p>prestação de contas à Justiça Eleitoral.</p><p>E) Somente tem direito ao recurso partidário e acesso</p><p>gratuito a TV e rádio o partido que eleger pelo menos 20</p><p>deputados federais distribuídos em pelo menos 1/4 das</p><p>unidades da Federação.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Nos termos do artigo 17, caput, CF/88, os partidos</p><p>políticos devem observar a soberania nacional, o regime</p><p>democrático, o pluripartidarismo, os direitos</p><p>fundamentais da pessoa humana, bem como todos os</p><p>preceitos trazidos nos incisos I, II, III, IV do artigo 17.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O artigo 17, §4°, da CF proíbe expressamente a utilização</p><p>pelos partidos políticos de organização paramilitar.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>43</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Conforme artigo 17, §1°, da CF, são assegurados aos</p><p>partidos políticos autonomia para definir sua estrutura</p><p>interna e estabelecer as regras sobre sua formação, não</p><p>havendo obrigatoriedade de vinculação entre as</p><p>candidaturas em âmbito nacional, estadual e municipal.</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>Conforme artigo 17, incisos I, II, III, IV, da CF, devem ser</p><p>observados o caráter nacional, proibição de recebimento</p><p>de recursos financeiros de entidade ou governo</p><p>estrangeiros ou de subordinação a estes, prestação de</p><p>contas à Justiça Eleitoral, funcionamento parlamentar de</p><p>acordo com a lei.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>O artigo 17, §5°, da CF determina que, para ter acesso</p><p>aos recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao</p><p>rádio e à televisão, os partidos políticos devem</p><p>alternativamente obter, nas eleições para a Câmara dos</p><p>Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos</p><p>válidos, distribuídos em pelo menos um terço das</p><p>unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por</p><p>cento) dos votos válidos em cada uma delas ou eleger</p><p>pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em</p><p>pelo menos um terço das unidades da Federação.</p><p>88. Com relação à competência do Superior Tribunal de</p><p>Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF),</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>A) Compete ao STF processar e julgar, originariamente,</p><p>nos crimes de responsabilidade, o Presidente da</p><p>República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso</p><p>Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral</p><p>da República.</p><p>B) Compete ao STJ processar e julgar, originariamente,</p><p>o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo</p><p>internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o</p><p>Território.</p><p>C) Compete ao STJ processar e julgar, originariamente,</p><p>nos crimes comuns, os desembargadores dos Tribunais</p><p>de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros</p><p>dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito</p><p>Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos</p><p>Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os</p><p>membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas</p><p>dos</p><p>Municípios e os do Ministério Público da União que</p><p>oficiem perante tribunais.</p><p>D) Cabe ao STJ julgar, em recurso especial, os habeas</p><p>corpus decididos em única ou última instância pelos</p><p>Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos</p><p>Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a</p><p>decisão for denegatória.</p><p>E) Compete ao STF julgar, em recurso ordinário, o</p><p>habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data</p><p>e o mandado de injunção decididos em única instância</p><p>pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>De acordo com o art. 102, inciso I, alínea “b” da</p><p>Constituição Federal, caberá ao STF processar e julgar,</p><p>originariamente, o Presidente da República, o Vice-</p><p>Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus</p><p>próprios Ministros e o Procurador-Geral da República</p><p>apenas quando se tratar de infração penal comum.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O litígio entre Estado estrangeiro ou organismo</p><p>internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o</p><p>Território, de acordo com o art. 102, inciso I, alínea “e” da</p><p>CF, será processado e julgado pelo STF.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Conforme o art. 105, inciso I, alínea “a” da CF, caberá ao</p><p>STJ julgar os desembargadores dos Tribunais de Justiça</p><p>dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos</p><p>Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os</p><p>dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais</p><p>Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos</p><p>Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os</p><p>do Ministério Público da União que oficiem perante</p><p>tribunais, quando as acusações versarem sobre</p><p>crimes comuns e de responsabilidade.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>A Constituição Federal, em seu art. 105, inciso II, alínea</p><p>“b”, prevê que a competência do STJ para julgar os</p><p>habeas corpus decididos em única ou última instância</p><p>pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais</p><p>dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a</p><p>decisão for denegatória, se dará em recurso ordinário.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>O art. 102, inciso II, alínea “a”, da CF prevê a</p><p>competência do STF para julgar, em recurso ordinário, o</p><p>habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data</p><p>e o mandado de injunção decididos em única instância</p><p>pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.</p><p>89. Com relação ao Superior Tribunal de Justiça, assinale</p><p>a alternativa correta.</p><p>A) É formado por onze Ministros, nomeados pelo</p><p>Presidente da República, e sua função é de guardião da</p><p>Legislação Federal.</p><p>B) É responsável pela administração da Justiça Federal,</p><p>por meio do Conselho Federal de Justiça, mas não pelo</p><p>aperfeiçoamento de Magistrados.</p><p>C) Processa e julga originalmente os mandados de</p><p>segurança contra ato de Ministro de Estado e dos</p><p>Comandantes das Forças Armadas.</p><p>D) Não possui competência para julgar e processar a</p><p>homologação de sentenças estrangeiras e a concessão</p><p>de exequatur às cartas rogatórias.</p><p>E) Funciona junto ao STJ apenas a Escola Nacional de</p><p>Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>44</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Quem é composto por onze Ministros é o STF, o STJ é</p><p>composto por trinta e três Ministros, divididos entre</p><p>juízes dos Tribunais Regionais Federais,</p><p>Desembargadores dos Tribunais de Justiça, Advogados</p><p>e membros do Ministério Público Federal e Estadual.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Conforme artigo 105, §único, I e II, da CF/88, o STJ é</p><p>responsável pela administração da Justiça Federal, por</p><p>meio do Conselho da Justiça Federal e da Escola</p><p>Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de</p><p>Magistrados.</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>A resposta está no artigo 105, I, “b”, da CF/88: O STJ</p><p>processa e julga, originalmente, os mandados de</p><p>segurança e os habeas data contra ato de Ministro de</p><p>Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da</p><p>Aeronáutica ou do próprio Tribunal.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>As competências do STJ estão no artigo 105 da CF/88 e,</p><p>conforme o item I, letra “i”, o STJ possui competência</p><p>para a homologação de sentenças estrangeiras.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Junto ao STJ, também funciona o Conselho da Justiça</p><p>Eleitoral e não apenas a Escola Nacional de Formação</p><p>e Aperfeiçoamento de Magistrados, conforme artigo 105,</p><p>§único, itens I e II, da CF/88.</p><p>90. Quanto ao controle de constitucionalidade, segundo</p><p>a jurisprudência do STF, assinale a alternativa correta.</p><p>A) O controle preventivo de constitucionalidade só pode</p><p>ser feito pelo Poder Executivo ou Legislativo, antes da</p><p>promulgação da lei.</p><p>B) O Supremo Tribunal Federal entende que a perda</p><p>superveniente de mandato impõe a extinção do mandado</p><p>de segurança impetrado por parlamentar para contestar</p><p>procedimento inconstitucional do trâmite de projeto de lei,</p><p>em razão do princípio da atualidade.</p><p>C) O Supremo Tribunal Federal admite o controle judicial</p><p>do processo legislativo unicamente através de mandado</p><p>de segurança proposto por parlamentar, exercendo,</p><p>então, controle preventivo de constitucionalidade apenas</p><p>nas hipóteses de ofensa a cláusula pétrea.</p><p>D) O Supremo Tribunal Federal admite o controle judicial</p><p>do processo legislativo unicamente através de mandado</p><p>de segurança proposto por parlamentar, exercendo,</p><p>então, controle preventivo de constitucionalidade, apenas</p><p>nas hipóteses de ofensa ao trâmite legislativo</p><p>constitucional, desde que se trate de Projeto de Emenda</p><p>à Constituição.</p><p>E) A jurisprudência do STF é cediça no sentido de que o</p><p>mandado de segurança é instrumento hábil para impedir</p><p>a tramitação de projeto de lei ou proposta de emenda</p><p>constitucional que contenha vício de</p><p>inconstitucionalidade formal ou material.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>O controle preventivo pode ser realizado pelo Poder</p><p>Judiciário, embora trate-se de medida excepcional,</p><p>através de mandado de segurança impetrado por</p><p>parlamentar, em caso de inobservância do devido</p><p>processo legislativo constitucional.</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>O parlamentar que perde seu mandato também perde a</p><p>legitimidade de prosseguir com o mandado de</p><p>segurança.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>O STF entende que é admitido o controle judicial</p><p>preventivo, por meio de mandado de segurança a ser</p><p>impetrado exclusivamente por parlamentar, apenas nas</p><p>hipóteses de se tratar de Projeto de Emenda à</p><p>Constituição manifestamente ofensiva a cláusula pétrea</p><p>ou de projeto de lei ou Projeto de Emenda à Constituição</p><p>em que se verifique manifesta ofensa ao processo</p><p>legislativo constitucional respectivo.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Tanto Projetos de Emenda à Constituição quanto</p><p>projetos de leis comuns podem sofrer controle judicial</p><p>preventivo nas hipóteses elencadas acima.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>O erro está em dizer que o projeto de lei pode sofrer</p><p>controle judicial preventivo, por meio do mandado de</p><p>segurança, tanto por vício material, quanto formal. Na</p><p>verdade, apenas o formal é admitido. Já nos casos de</p><p>Projeto de Emenda à Constituição, o controle judicial</p><p>preventivo poderá se dar, também, em relação ao vício</p><p>material.</p><p>91. Sobre as funções essenciais à justiça, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) A divisibilidade é um dos princípios institucionais do</p><p>Ministério Público.</p><p>B) Os servidores públicos são essenciais para o</p><p>funcionamento da máquina pública, motivo pelo qual se</p><p>incluem no rol de funções essenciais à justiça.</p><p>C) O princípio da independência funcional do Ministério</p><p>Público pressupõe a independência funcional de seus</p><p>respectivos membros, impedindo a intromissão do Poder</p><p>Executivo na prática de suas funções.</p><p>D) O advogado é indispensável à administração da</p><p>justiça, sendo</p><p>violável por seus atos no exercício da</p><p>profissão.</p><p>E) É constitucional a exigência de lei complementar para</p><p>regular a organização do Ministério Público junto ao</p><p>Tribunal de Contas.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>45</p><p>O Ministério Público deve prezar pela indivisibilidade,</p><p>cuja característica se mostra no sentido de que os</p><p>membros do Ministério Público podem ser substituídos</p><p>uns pelos outros, desde que da mesma carreira. Ou seja,</p><p>os membros não se vinculam aos processos em que</p><p>atuam, cabendo a citada substituição, vide art. 127, § 1°,</p><p>da CRFB/88.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Os servidores públicos não fazem parte das funções</p><p>essenciais à justiça que, por sua vez, é composta por:</p><p>Ministério Público, Defensoria Pública e Advocacia</p><p>(pública e privada).</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>A independência funcional do Ministério Público significa</p><p>que ele não está vinculado nem subordinado a nenhum</p><p>outro poder, sendo assegurada a sua autonomia</p><p>funcional e administrativa, nos termos do art. 127, § 2°,</p><p>da CRFB/88.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O advogado é inviolável por seus atos no exercício da</p><p>profissão, nos limites da lei – art. 133 da CRFB/88.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Ao julgar a ADI 3804/AL (Informativo 1040), o STF</p><p>decidiu que é inconstitucional a exigência de lei</p><p>complementar para regular a organização do Ministério</p><p>Público especial. Segundo o STF, o domínio normativo</p><p>da lei complementar somente é exigido para</p><p>determinadas matérias que a CF, expressamente,</p><p>determina. Assim, a lei complementar não é instrumento</p><p>normativo adequado para a fixação de regras</p><p>concernentes à organização do MP especial junto ao</p><p>Tribunal de Contas da União.</p><p>92. Com relação ao Poder Executivo, assinale a</p><p>alternativa incorreta.</p><p>A) Cabe ao presidente da República, por meio de</p><p>decreto, extinguir funções ou cargos públicos,</p><p>independentemente de estarem vagos ou não.</p><p>B) A responsabilidade do chefe de governo e a</p><p>temporariedade do seu mandato caracterizam, entre</p><p>outros aspectos, a forma republicana de governo.</p><p>C) Os atos do presidente da República que atentem</p><p>contra a lei orçamentária são considerados crimes de</p><p>responsabilidade, nos termos da Constituição Federal, e</p><p>devem ser julgados pelo Senado Federal.</p><p>D) A Constituição Federal de 1988 prevê que atos do</p><p>presidente da República contra probidade na</p><p>administração são crimes de responsabilidade.</p><p>E) O presidente da República ficará suspenso de suas</p><p>funções nos crimes de responsabilidade, após</p><p>instauração do processo pelo Senado Federal.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Conforme prevê a CF/88:</p><p>“Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da</p><p>República: (...)</p><p>VI - dispor, mediante decreto, sobre:</p><p>a) organização e funcionamento da administração</p><p>federal, quando não implicar aumento de despesa nem</p><p>criação ou extinção de órgãos públicos;</p><p>b) extinção de funções ou cargos públicos, quando</p><p>vagos;”</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>A forma de Estado Brasileiro é a federação, a forma de</p><p>governo é a republicana (temporariedade: o mandado do</p><p>chefe do Governo tem duração predeterminada), o</p><p>sistema de governo é o presidencialista e o regime de</p><p>governo é o democrático (eletividade – pelo povo).</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>Conforme preceitua a CF/88, a saber:</p><p>“Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do</p><p>Presidente da República que atentem contra a</p><p>Constituição Federal e, especialmente, contra VI - a lei</p><p>orçamentária;”</p><p>“Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da</p><p>República, por dois terços da Câmara dos Deputados,</p><p>será ele submetido a julgamento perante o Supremo</p><p>Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou</p><p>perante o Senado Federal, nos crimes de</p><p>responsabilidade.”</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>A Constituição prevê uma série de condutas que, se</p><p>praticadas pelo Presidente da República, caracterizam</p><p>crime de responsabilidade. Veja o que prevê o art. 85 da</p><p>CF/88:</p><p>"Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do</p><p>Presidente da República que atentem contra a</p><p>Constituição Federal e, especialmente, contra:</p><p>I - a existência da União;</p><p>II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder</p><p>Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes</p><p>constitucionais das unidades da Federação;</p><p>III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;</p><p>IV - a segurança interna do País;</p><p>V - a probidade na administração ;</p><p>VI - a lei orçamentária;</p><p>VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.”</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Está certo afirmar que o presidente da República ficará</p><p>suspenso de suas funções nos crimes de</p><p>responsabilidade, após instauração do processo pelo</p><p>Senado Federal. Conforme a CF/88:</p><p>“Art. 86, § 1º O Presidente ficará suspenso de suas</p><p>funções:</p><p>I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia</p><p>ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;</p><p>II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração</p><p>do processo pelo Senado Federal.”</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>46</p><p>93. Concernente à Constituição da República Federativa</p><p>do Brasil de 1988, assinale a alternativa correta.</p><p>A) O preâmbulo da Constituição constitui norma central</p><p>cuja reprodução é obrigatória na Constituição estadual,</p><p>tendo força normativa.</p><p>B) O princípio da dignidade da pessoa humana expressa</p><p>um conjunto de valores civilizatórios, que se extrai o</p><p>sentido mais nuclear dos direitos fundamentais, para</p><p>tutela do mínimo existencial e da personalidade humana,</p><p>tanto na dimensão física como na moral.</p><p>C) Não é constitucional a remarcação do teste de aptidão</p><p>física de candidata que esteja grávida à época de sua</p><p>realização, salvo previsão expressa em edital do</p><p>concurso público.</p><p>D) A eficácia diagonal se aplica à tradicional ideia de</p><p>limitação de poder do Estado e respeito aos direitos dos</p><p>indivíduos, conferindo direitos básicos e garantias aos</p><p>indivíduos. Há um poder superior (Estado), em face do</p><p>indivíduo, em posições diferentes.</p><p>E) As associações só poderão ser compulsoriamente</p><p>dissolvidas e ter suas atividades suspensas por decisão</p><p>administrativa transitada em julgado.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>O preâmbulo é a parte precedente da CF. Segundo o</p><p>STF, é mero vetor interpretativo do que se acha inscrito</p><p>no texto constitucional. Não possui força normativa, logo,</p><p>não pode ser parâmetro nem objeto de controle de</p><p>constitucionalidade.</p><p>“Preâmbulo da Constituição: não constitui norma central.</p><p>Invocação da proteção de Deus: não se trata de norma</p><p>de reprodução obrigatória na Constituição estadual, não</p><p>tendo força normativa.” (ADI 2.076, Rel. Min. Carlos</p><p>Velloso, julgamento em 15-8-2002, Plenário, DJ de 8-8-</p><p>2003.)</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>Segundo o ministro da Suprema Corte Luís Roberto</p><p>Barroso, o “princípio da dignidade humana expressa um</p><p>conjunto de valores civilizatórios que se pode considerar</p><p>incorporado ao patrimônio da humanidade. Dele se extrai</p><p>o sentido mais nuclear dos direitos fundamentais, para</p><p>tutela do mínimo existencial e da personalidade humana,</p><p>tanto na dimensão física como na moral”.</p><p>Pode-se acrescentar também que a dignidade humana</p><p>possui um enfoque moral, consistente na máxima de Kant</p><p>segundo a qual o homem é um fim em si mesmo, e um</p><p>enfoque material, relativo à manutenção do mínimo</p><p>existencial. Decorre do aludido princípio, por exemplo, a</p><p>impenhorabilidade do bem de família. É considerado um</p><p>“super-princípio”.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Nesse sentido, já decidiu</p><p>o STF: A candidata que esteja</p><p>gestante no dia do teste físico possui o direito de fazer a</p><p>prova em uma nova data no futuro. É constitucional a</p><p>remarcação do teste de aptidão física de candidata que</p><p>esteja grávida à época de sua realização,</p><p>independentemente da previsão expressa em edital do</p><p>concurso público. STF. Plenário. RE 1058333/PR, Rel.</p><p>Min. Luiz Fux, julgado em 21/11/2018 (repercussão</p><p>geral).</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>A eficácia diagonal é teoria desenvolvida por Sérgio</p><p>Gamonal e consiste na incidência e observância dos</p><p>direitos fundamentais nas relações privadas marcadas</p><p>por desigualdade de forças, ante a vulnerabilidade de</p><p>uma das partes.</p><p>Na hipótese, embora as partes teoricamente estejam em</p><p>posição equivalente (PARTICULAR X PARTICULAR), na</p><p>prática há império do poder econômico, a exemplo de</p><p>demandas consumeristas e trabalhistas. O TST já adotou</p><p>a eficácia diagonal em alguns julgados.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Trata-se de alternativa que trabalha com a literalidade da</p><p>Constituição Federal. Vejamos:</p><p>“Art.5º (...)</p><p>XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente</p><p>dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por</p><p>decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o</p><p>trânsito em julgado.”</p><p>94. As Medidas Provisórias configuram uma categoria</p><p>especial de atos normativos primários emanados do</p><p>Poder Executivo, que se revestem de força, eficácia e</p><p>valor de lei. A respeito desse instituto, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) A prorrogação de uma medida provisória deverá ser</p><p>fundamentada pelo Chefe do Poder Executivo.</p><p>B) As medidas provisórias terão sua votação iniciada no</p><p>Senado Federal.</p><p>C) Antes de serem apreciadas no plenário da Câmara do</p><p>Senado, as medidas provisórias serão encaminhadas</p><p>para uma comissão mista de Deputados e Senadores</p><p>que apresentará um parecer sobre sua aprovação.</p><p>D) É vedada a edição de medida provisória sobre matéria</p><p>relativa a direito penal, processual penal, civil e</p><p>processual civil.</p><p>E) Não caberá a edição de medidas provisórias sobre</p><p>matérias orçamentárias.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>A prorrogação ocorre de forma automática por uma</p><p>única vez. Art. 62, §7º, da CF. Cuidado para não</p><p>confundir prorrogação com reedição, a qual pode ocorrer</p><p>mais de uma vez, desde que não seja na mesma sessão</p><p>legislativa. Vejamos:</p><p>“Art. 62 da Constituição Federal: Em caso de relevância</p><p>e urgência, o Presidente da República poderá adotar</p><p>medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-</p><p>las de imediato ao Congresso Nacional: (...)</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>47</p><p>§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a</p><p>vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta</p><p>dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação</p><p>encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O art. 62, §8º, da CF aduz que a votação será iniciada na</p><p>Câmara dos Deputados. Vejamos:</p><p>“Art. 62 da Constituição Federal: Em caso de relevância</p><p>e urgência, o Presidente da República poderá adotar</p><p>medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-</p><p>las de imediato ao Congresso Nacional: (...)</p><p>§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na</p><p>Câmara dos Deputados.”</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>Inteligência do art. 62, §9º, da CF. Vejamos:</p><p>“Art. 62 da Constituição Federal: Em caso de relevância</p><p>e urgência, o Presidente da República poderá adotar</p><p>medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-</p><p>las de imediato ao Congresso Nacional: (...)</p><p>§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores</p><p>examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir</p><p>parecer, antes de serem apreciadas, em sessão</p><p>separada, pelo plenário de cada uma das Casas do</p><p>Congresso Nacional.”</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Cabe sim medida provisória sobre direito civil. (Art. 62,</p><p>§1º, I, “b”, da CF). Vejamos:</p><p>“Art. 62 da Constituição Federal: Em caso de relevância</p><p>e urgência, o Presidente da República poderá adotar</p><p>medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-</p><p>las de imediato ao Congresso Nacional:</p><p>§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre</p><p>matéria:</p><p>I - relativa a: (...)</p><p>b) direito penal, processual penal e processual civil;”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>De acordo com o art. 167, §3º, da CF, a edição de</p><p>medidas provisórias sobre matéria orçamentária será</p><p>admitida apenas para a abertura de crédito</p><p>extraordinário para atendimento a despesas</p><p>imprevisíveis e urgentes. Vejamos:</p><p>“Art. 167 São vedados: (...)</p><p>§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será</p><p>admitida para atender a despesas imprevisíveis e</p><p>urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção</p><p>interna ou calamidade pública, observado o disposto no</p><p>art. 62.”</p><p>95. A respeito da organização político-administrativa do</p><p>Estado - Estado federal brasileiro, União, Estados,</p><p>Distrito Federal, Municípios e Territórios -, assinale a</p><p>alternativa incorreta.</p><p>A) No que tange ao servidor público da administração</p><p>direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato</p><p>eletivo, é correto afirmar que, tratando-se de mandato</p><p>eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de</p><p>seu cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar</p><p>pela remuneração de maior valor.</p><p>B) A União é competente para legislar privativamente</p><p>sobre populações indígenas, porém os Estados podem</p><p>legislar sobre questões específicas dessa matéria</p><p>quando autorizados por Lei complementar.</p><p>C) Compete privativamente à União legislar sobre</p><p>propaganda comercial.</p><p>D) Os Estados organizam-se e regem-se pelas</p><p>Constituições e leis que adotarem, observados os</p><p>princípios da Constituição Federal.</p><p>E) Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre</p><p>seu regimento interno, polícia e serviços administrativos</p><p>de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Conforme prevê a Constituição Federal, a seguir:</p><p>“Art. 38 Ao servidor público da administração direta,</p><p>autárquica e fundacional, no exercício de mandato</p><p>eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:</p><p>I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou</p><p>distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou</p><p>função;</p><p>II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do</p><p>cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar</p><p>pela sua remuneração;”</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>Conforme prevê a Carta Magna, a saber:</p><p>“Art. 22 Compete privativamente à União legislar sobre:</p><p>(...)</p><p>XIV - populações indígenas.</p><p>Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os</p><p>Estados a legislar sobre questões específicas das</p><p>matérias relacionadas neste artigo.”</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>Conforme prevê a Constituição Federal de 1988, que</p><p>assevera:</p><p>“Art. 22 Compete privativamente à União legislar sobre:</p><p>(...)</p><p>XXIX – propaganda comercial.”</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>De acordo ao previsto na CF/88, que aduz:</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>48</p><p>“Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas</p><p>Constituições e leis que adotarem, observados os</p><p>princípios desta Constituição.”</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Conforme a literalidade da Constituição Federal, a saber:</p><p>“Art. 27 (...)</p><p>§3° Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre</p><p>seu regimento interno, polícia e serviços administrativos</p><p>de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.”</p><p>Legislação Específica</p><p>96. No tocante à Constituição Estadual do Ceará,</p><p>assinale a alternativa incorreta.</p><p>A) O delegado titular residirá na respectiva circunscrição</p><p>policial.</p><p>B) O corpo funcional</p><p>das delegacias especializadas de</p><p>atendimento à mulher será composto, obrigatoriamente,</p><p>por servidores do sexo feminino.</p><p>C) Para garantia do direito constitucional de atendimento</p><p>à mulher vítima de qualquer forma de violência, deve o</p><p>Estado instituir delegacias especializadas de</p><p>atendimento à mulher em todos os municípios com mais</p><p>de sessenta mil habitantes.</p><p>D) Os títulos, postos, graduações, uniformes, símbolos e</p><p>distintivos são privativos dos integrantes da corporação.</p><p>E) O Comando da Polícia Militar é privativo de coronel da</p><p>corporação, em serviço ativo, observadas as condições</p><p>indicadas em Lei, de livre escolha do Governador do</p><p>Estado.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, de acordo com o parágrafo único do art.</p><p>185 da Constituição Estadual do Ceará:</p><p>“O corpo funcional das delegacias especializadas de</p><p>atendimento à mulher será composto,</p><p>preferencialmente, por servidores do sexo feminino.”</p><p>Portanto não é obrigatoriamente, mas sim</p><p>preferencialmente. Muita atenção nessa pegadinha.</p><p>97. De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos</p><p>Civis do Estado do Ceará (Lei nº 9.826/1974), o ato de</p><p>funcionário que causa danos a terceiros, quando no</p><p>exercício de suas funções:</p><p>A) Não enseja responsabilidade do Estado, salvo</p><p>comprovação de culpa ou dolo do servidor.</p><p>B) Responde civilmente pela reparação de danos</p><p>causados, excluída, neste caso, a apuração de</p><p>responsabilidade disciplinar, sob pena de dupla</p><p>penalização.</p><p>C) Deve ser acionado diretamente pela vítima,</p><p>respondendo civilmente pela reparação dos danos</p><p>causados.</p><p>D) Não pode ser demandado a responder pelos danos</p><p>causados, nem direta, nem regressivamente.</p><p>E) Enseja responsabilidade do Estado pela reparação</p><p>dos danos, cabendo ação regressiva contra o servidor em</p><p>caso de dolo ou culpa.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Direto ao ponto, Caveira. De acordo com o art. 177 da</p><p>Lei nº 9.826/1974, temos o seguinte:</p><p>Art. 177 - A responsabilidade civil decorre de conduta</p><p>funcional, comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa, que</p><p>acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas</p><p>entidades ou de terceiros.</p><p>§1º - A indenização de prejuízo causado ao Estado ou às</p><p>suas entidades, no que exceder os limites da fiança,</p><p>quando for o caso, será liquidada mediante prestações</p><p>mensais descontadas em folha de pagamento, não</p><p>excedentes da décima parte do vencimento, à falta de</p><p>outros bens que respondam pelo ressarcimento.</p><p>§2º - Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário</p><p>responderá perante o Estado ou suas entidades, através</p><p>de ação regressiva proposta depois de transitar em</p><p>julgado a decisão judicial, que houver condenado a</p><p>Fazenda Pública a indenizar o terceiro prejudicado.</p><p>98. Com base na Lei 12.124/93 (Estatuto da Polícia Civil</p><p>do Ceará) e suas atualizações posteriores, é correto</p><p>afirmar que aproveitamento é o retorno ao exercício do</p><p>cargo do funcionário em disponibilidade e dependerá do</p><p>listado nas alternativas a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA.</p><p>Assinale-a.</p><p>A) Habilitação em processo seletivo específico, realizado</p><p>pela Academia de Polícia Civil.</p><p>B) Exame médico oficial.</p><p>C) Recomendação da avaliação de desempenho durante</p><p>os últimos três anos.</p><p>D) Existência de vaga.</p><p>E) Manifestação de interesse da Administração Superior</p><p>da Polícia Civil, de forma expressa e fundamentada, no</p><p>retorno do disponível.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, o item C não consta no rol do art. 54, que</p><p>traz as condições para o retorno ao exercício do</p><p>cargo do funcionário em disponibilidade.</p><p>Art. 54 - Aproveitamento é o retorno ao exercício do cargo</p><p>do funcionário em disponibilidade e dependerá de:</p><p>I - habilitação em processo seletivo específico,</p><p>realizado pela Academia de Polícia Civil;</p><p>II - exame médico oficial;</p><p>III - existência de vaga;</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>49</p><p>IV - a Administração Superior da Polícia Civil</p><p>manifestar interesse expresso e fundamentado no</p><p>retorno do disponível.</p><p>§ 1º - Na ocorrência de cargos vagos na Polícia Civil, o</p><p>aproveitamento terá precedência sobre as demais formas</p><p>de provimento, ressalvados os destinados à ascensão</p><p>funcional.</p><p>§ 2º - O aproveitamento, que será feito no cargo</p><p>anteriormente ocupado pelo disponível ou de igual</p><p>vencimento, poderá ocorrer em cargo de vencimento</p><p>inferior, quando o funcionário perceberá a diferença a</p><p>título de vantagem pessoal, incorporada ao vencimento,</p><p>para fins de progressão horizontal, disponibilidade e</p><p>aposentadoria.</p><p>§ 3º - Provada em inspeção médica competente a</p><p>incapacidade definitiva, a disponibilidade será convertida</p><p>em aposentadoria, com a sua consequente decretação.</p><p>99. Com base na Lei 12.124/93 (Estatuto da Polícia Civil</p><p>do Ceará) e suas atualizações posteriores, assinale a</p><p>alternativa incorreta.</p><p>A) O policial responde civil, penal e administrativamente</p><p>pelo exercício irregular de suas atribuições ficando</p><p>sujeito, cumulativamente, às respectivas cominações.</p><p>B) O funcionário legalmente afastado do exercício</p><p>funcional não estará isento de responsabilidade</p><p>C) A responsabilidade civil decorre de procedimento</p><p>doloso ou culposo, que importe em prejuízo à Fazenda</p><p>Pública ou a terceiros.</p><p>D) A legítima defesa e o estado de necessidade</p><p>devidamente comprovados não excluem a</p><p>responsabilidade funcional.</p><p>E) A apuração da responsabilidade funcional será</p><p>procedida através de Sindicância ou de Processo</p><p>Administrativo, onde será assegurado o contraditório e</p><p>ampla defesa.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, temos apenas uma alternativa errada,</p><p>portanto, que todas as demais sirvam como revisão.</p><p>Letra D (Errada) -> Art. 99, § 1º - A legítima defesa e o</p><p>estado de necessidade devidamente comprovados</p><p>excluem a responsabilidade funcional.</p><p>§ 2º - O exercício da legítima defesa e do estado de</p><p>necessidade não serão excludentes de responsabilidade</p><p>administrativa quando houver excesso na conduta</p><p>funcional.</p><p>100. De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos</p><p>Civis do Estado do Ceará (Lei nº 9.826/1974), no tocante</p><p>ao direito de petição, assinale a alternativa correta.</p><p>A) O direito de pedir reconsideração, que será exercido</p><p>perante a autoridade que houver expedido o ato, ou</p><p>proferido a primeira decisão, decairá após 60 (sessenta)</p><p>dias da ciência do ato pelo peticionante, ou de sua</p><p>publicação quando esta for obrigatória.</p><p>B) É assegurado ao funcionário, mas não ao aposentado</p><p>o direito de requerer, representar, pedir reconsideração e</p><p>recorrer.</p><p>C) É permitido repetir pedido de reconsideração ou</p><p>recurso perante a mesma autoridade.</p><p>D) Não caberá recurso do indeferimento do pedido de</p><p>reconsideração.</p><p>E) O direito de pleitear na esfera administrativa</p><p>prescreverá em 60 (sessenta dias), salvo estipulação em</p><p>contrário, prevista expressamente em lei ou regulamento.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>CAPÍTULO VIII</p><p>DO DIREITO DE PETIÇÃO</p><p>Art. 141 - É assegurado ao funcionário e ao aposentado</p><p>o direito de requerer, representar, pedir reconsideração e</p><p>recorrer. (Letra B)</p><p>Art. 143 - O direito de pedir reconsideração, que será</p><p>exercido perante a autoridade que houver expedido o ato,</p><p>ou proferido a primeira decisão, decairá após 60</p><p>(sessenta) dias da ciência do ato pelo peticionante, ou de</p><p>sua publicação quando esta for obrigatória. (Letra A)</p><p>§ 1º - O requerimento e o pedido de reconsideração de</p><p>que tratam os artigos anteriores deverão ser</p><p>despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos</p><p>dentro de 30 (trinta) dias improrrogáveis.</p><p>§ 2º - É vedado repetir pedido de reconsideração ou</p><p>recurso perante a mesma autoridade. (Letra C)</p><p>Art. 144 - Caberá recurso:</p><p>I - do indeferimento do pedido de reconsideração; (Letra</p><p>D)</p><p>Art. 146 - O direito de pleitear na</p><p>esfera administrativa</p><p>prescreverá em 120 (cento e vinte) dias, salvo</p><p>estipulação em contrário, prevista expressamente em lei</p><p>ou regulamento. (Letra E)</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>também pode ser determinada</p><p>pelo juiz, caso seja necessário para a elucidação dos fatos, conforme preleciona o Código de</p><p>Processo Penal.</p><p>Por fim, no Direito Processual Penal, a serendipidade se refere ao acaso de encontrar</p><p>provas de maneira inesperada em um caso criminal, sem que tenham sido procuradas</p><p>intencionalmente pelas partes envolvidas. Devem ser obtidas de forma lícita. O STJ, em seu</p><p>Informativo 539, firmou a aceitação da serendipidade no encontro de provas de novos crimes</p><p>inicialmente não investigados como admitida pela jurisprudência.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>1</p><p>PROVA DISCURSIVA – PROJETO CAVEIRA</p><p>TEMA 04 – PCCE – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE</p><p>Com base nos seus conhecimentos acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente, redija um</p><p>texto dissertativo, com no mínimo 10 e no máximo 15 linhas, para responder aos</p><p>questionamentos abaixo:</p><p>a. Informe o que são as Medidas Socioeducativas, inclua a informação sobre para quem tais</p><p>medidas são destinadas e insira exemplos;</p><p>b. Diferencie medida protetiva de medida socioeducativa, conforme previsão do Estatuto da</p><p>Criança e do Adolescente para os termos;</p><p>c. Defina, ao menos, duas hipóteses legais que justifiquem incidir a medida de internação.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>2</p><p>TEMA 04 – PCCE – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE</p><p>a. Informe o que são as Medidas Socioeducativas, inclua a informação sobre para quem</p><p>tais medidas são destinadas e insira exemplos;</p><p>As Medidas Socioeducativas são ações corretivas previstas no Estatuto da Criança e do</p><p>Adolescente (ECA) para proteger adolescentes (não é aplicável a crianças) que cometem</p><p>atos infracionais ou se encontram em situação de risco, e tem uma natureza jurídica</p><p>sancionatória, mas com caráter pedagógico.</p><p>Essas medidas buscam proteger a integridade física e emocional da criança ou</p><p>adolescente, bem como promover sua reinserção social e educacional. Algumas dessas</p><p>medidas incluem: Advertência, Prestação de Serviços à Comunidade, Liberdade Assistida,</p><p>Internação em Estabelecimento Educacional e Liberdade Assistida.</p><p>As medidas socioeducativas do art. 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente são</p><p>aplicadas ao adolescente pelo juiz, levando-se em consideração:</p><p>- a gravidade do ato infracional;</p><p>- o contexto pessoal do adolescente;</p><p>- sua capacidade de cumprir a medida a ser imposta.</p><p>A análise do contexto pessoal é subsidiada também pelo relatório social apresentado</p><p>pela equipe técnica da internação provisória.1</p><p>Nos moldes do ECA e da Súmula 108 do STJ, o juiz é única pessoa competente para a</p><p>aplicação de medidas socioeducativas.</p><p>O art. 112 do diploma legal citado traz, consigo, exemplos de medidas socioeducativas:</p><p>Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade</p><p>competente (juiz) poderá aplicar ao adolescente as seguintes</p><p>medidas:</p><p>I – advertência;</p><p>II – obrigação de reparar o dano;</p><p>III – prestação de serviços à comunidade;</p><p>IV – liberdade assistida;</p><p>V – inserção em regime de semiliberdade;</p><p>VI – internação em estabelecimento educacional;</p><p>VII – qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.</p><p>b. Diferencie medida protetiva de medida socioeducativa, conforme previsão do Estatuto</p><p>da Criança e do Adolescente para os termos;</p><p>De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), as medidas protetivas</p><p>são aquelas destinadas a proteger a criança ou o adolescente que se encontra em situação de</p><p>risco pessoal ou social, como a retirada temporária da guarda da criança ou adolescente de</p><p>seu ambiente familiar e colocá-la em abrigo, por exemplo. Difere das medidas socioeducativas,</p><p>que são aquelas destinadas ao tratamento da infração cometida por adolescentes, com vistas a</p><p>promover o desenvolvimento e a reinserção social do adolescente em questão.</p><p>As medidas protetivas e socioeducativas são previstas nos artigos 101 ao 125 do</p><p>Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Nestes artigos são descritas as hipóteses de</p><p>aplicação, procedimentos, direitos e garantias, dentre outros aspectos importantes.</p><p>1 Vide informação [aqui].</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>3</p><p>c. Defina, ao menos, duas hipóteses legais que justifiquem incidir a medida de</p><p>internação.</p><p>A medida de internação é uma das medidas socioeducativas previstas no Estatuto da</p><p>Criança e do Adolescente (ECA). Ela consiste na colocação do jovem infrator em um</p><p>estabelecimento educacional especializado, como um centro de atendimento socioeducativo ou</p><p>outro tipo de unidade, por um período determinado.</p><p>A finalidade da medida de internação é proteger o jovem infrator, prevenir novos atos</p><p>infracionais e oferecer oportunidades para a sua reinserção social e educacional.</p><p>A medida de internação só pode ser aplicada em último caso, quando as outras medidas</p><p>socioeducativas disponíveis não são suficientes para garantir a proteção do jovem ou para</p><p>prevenir novos atos infracionais. Ela é regulamentada pelos artigos 121 a 126 do ECA.</p><p>O artigo 122 do ECA informa as hipóteses em que é possível aplicar a referida medida:</p><p>Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:</p><p>I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou</p><p>violência a pessoa;</p><p>II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;</p><p>III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida</p><p>anteriormente imposta.</p><p>EXEMPLO DE REDAÇÃO</p><p>As medidas socioeducativas são ações de proteção e atendimento a adolescentes,</p><p>previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que visam a garantir o</p><p>desenvolvimento pleno e a proteção de seus direitos, bem como promover sua reinserção</p><p>social e educacional, a partir do caráter pedagógico e sancionatório que possuem. São</p><p>exemplos dessas medidas a advertência e a liberdade assistida.</p><p>De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, medidas protetivas são aquelas</p><p>destinadas a proteger a criança ou o adolescente de situações de risco, enquanto as medidas</p><p>socioeducativas têm como objetivo corrigir e prevenir atitudes infracionais de adolescentes</p><p>apenas, além de promover o desenvolvimento e a reinserção social do adolescente em</p><p>questão.</p><p>Por fim, a medida de internação é uma espécie de medida socioeducativa, aplicada a</p><p>adolescentes que cometem atos infracionais e não há outra medida melhor para a aplicação no</p><p>caso concreto. Assim, o art. 122 do ECA expõe algumas situações em que é possível a</p><p>incidência da medida, como: tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou</p><p>violência a pessoa ou por reiteração no cometimento de outras infrações graves.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>1</p><p>CONHECIMENTOS BÁSICOS</p><p>Língua Portuguesa</p><p>Acorrentados</p><p>Quem coleciona selos para o filho do amigo;</p><p>quem acorda de madrugada e estremece no desgosto de</p><p>si mesmo ao lembrar que há muitos anos feriu a quem</p><p>amava; quem chora no cinema ao ver o reencontro de pai</p><p>e filho; quem segura sem temor uma lagartixa e lhe faz</p><p>com os dedos uma carícia; quem se detém no caminho</p><p>para ver melhor a flor silvestre; quem se ri das próprias</p><p>rugas; quem decide aplicar-se ao estudo de uma língua</p><p>morta depois de um fracasso sentimental; quem procura</p><p>na cidade os traços da cidade que passou; quem se deixa</p><p>tocar pelo símbolo da porta fechada; quem costura roupa</p><p>para os lázaros; quem envia bonecas às filhas dos</p><p>lázaros; quem diz a uma visita pouco familiar: Meu pai só</p><p>gostava desta cadeira; quem manda livros aos</p><p>presidiários; quem se comove ao ver passar de cabeça</p><p>branca aquele ou aquela, mestre ou mestra, que foi a fera</p><p>do colégio; quem escolhe</p><p>na venda verdura fresca para</p><p>o canário; quem se lembra todos os dias do amigo morto;</p><p>quem jamais negligencia os ritos da amizade; quem</p><p>guarda, se lhe deram de presente, o isqueiro que não</p><p>mais funciona; quem, não tendo o hábito de beber, liga o</p><p>telefone internacional no segundo uísque a fim de</p><p>conversar com amigo ou amiga; quem coleciona pedras,</p><p>garrafas e galhos ressequidos; quem passa mais de dez</p><p>minutos a fazer mágicas para as crianças; quem guarda</p><p>as cartas do noivado com uma fita; quem sabe construir</p><p>uma boa fogueira; quem entra em delicado transe diante</p><p>dos velhos troncos, dos musgos e dos liquens; quem</p><p>procura decifrar no desenho da madeira o hieróglifo da</p><p>existência; quem não se acanha de achar o pôr-do-sol</p><p>uma perfeição; quem se desata em sorriso à visão de</p><p>uma cascata; quem leva a sério os transatlânticos que</p><p>passam; quem visita sozinho os lugares onde já foi feliz</p><p>ou infeliz; quem de repente liberta os pássaros do viveiro;</p><p>quem sente pena da pessoa amada e não sabe explicar</p><p>o motivo; quem julga adivinhar o pensamento do cavalo;</p><p>todos eles são presidiários da ternura e andarão por toda</p><p>a parte acorrentados, atados aos pequenos amores da</p><p>armadilha terrestre.</p><p>(CAMPOS, Paulo Mendes. O anjo bêbado. Rio de Janeiro: Sabiá,</p><p>1969.).</p><p>1. Acerca da estrutura textual, é possível afirmar que:</p><p>A) O narrador surpreende pela objetividade com que trata</p><p>os fatos apresentados.</p><p>B) Por meio da exposição de fatos, a progressão textual</p><p>é comprometida propositalmente.</p><p>C) Por meio da narrativa, o texto produz um efeito de</p><p>“estranhamento” a partir de marcas subjetivas.</p><p>D) O tema abordado é explorado a partir da exposição de</p><p>fatos e dinâmica narrativa, predominantemente.</p><p>E) O narrador facilita a leitura com um linguajar bem</p><p>sórdido.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Vamos lá, Caveira.</p><p>A) Não é objetivo. É subjetivo, sem falar que não há fatos.</p><p>O que é FATO = algo que possa ser comprovado.</p><p>Ali não temos isso. É opinião dele, subjetivo.</p><p>B) Novamente, não há fatos.</p><p>C) Sim, perfeito, Caveira. O narrador narra</p><p>acontecimentos com subjetividade, jeito dele pensar.</p><p>D) Novamente, não há fatos.</p><p>E) Não facilita a leitura com um linguajar sórdido, até por</p><p>que sórdido = algo que causa horror.</p><p>2. “[...] todos eles são presidiários da ternura e andarão</p><p>por toda a parte acorrentados, atados aos pequenos</p><p>amores da armadilha terrestre.”. O fragmento destacado</p><p>anteriormente promove, no contexto:</p><p>A) A compreensão do sentido das sequências anteriores.</p><p>B) Uma quebra de expectativa, causando surpresa ao</p><p>leitor.</p><p>C) A continuidade do mesmo procedimento estrutural</p><p>anterior.</p><p>D) Uma segmentação do texto de caráter opositivo aos</p><p>fatos anteriores.</p><p>E) Um trecho do texto que possui caráter de transição</p><p>estrutural do termo posterior.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveira, a resposta é a letra A.</p><p>O trecho do texto diz quem são isso aqui = “quem manda</p><p>livros aos presidiários; quem se comove ao ver passar de</p><p>cabeça branca aquele ou aquela, mestre ou mestra, que</p><p>foi a fera do colégio; quem escolhe na venda verdura</p><p>fresca para o canário; quem se lembra todos os dias do</p><p>amigo morto; quem jamais negligencia os ritos da</p><p>amizade; quem guarda, se lhe deram de presente, o</p><p>isqueiro que não mais funciona; quem, não tendo o hábito</p><p>de beber, liga o telefone internacional no segundo uísque</p><p>a fim de conversar com amigo ou amiga; quem coleciona</p><p>pedras, garrafas e galhos ressequidos; quem passa mais</p><p>de dez minutos a fazer mágicas para as crianças; quem</p><p>guarda as cartas do noivado com uma fita; quem sabe</p><p>construir uma boa fogueira; quem entra em delicado</p><p>transe diante dos velhos troncos, dos musgos e dos</p><p>liquens; quem procura decifrar no desenho da madeira o</p><p>hieróglifo da existência; quem não se acanha de achar o</p><p>pôr-do-sol uma perfeição; quem se desata em sorriso à</p><p>visão de uma cascata; quem leva a sério os</p><p>transatlânticos que passam; quem visita sozinho os</p><p>lugares onde já foi feliz ou infeliz; quem de repente liberta</p><p>os pássaros do viveiro; quem sente pena da pessoa</p><p>amada e não sabe explicar o motivo; quem julga</p><p>adivinhar o pensamento do cavalo;”.</p><p>Ou seja, dá a explicação, o sentido do que foi citado</p><p>anteriormente.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>2</p><p>3. Em relação ao conto de Paulo Mendes Campos,</p><p>analise as afirmativas a seguir.</p><p>I. O cotidiano é apresentado sob uma nova perspectiva,</p><p>saindo do comum, do habitual.</p><p>II. A subjetividade característica do gênero textual</p><p>apresentado é reforçada, também, pela escolha do</p><p>campo semântico utilizado no texto.</p><p>III. O tema abordado é constituído a partir de elementos</p><p>descritivos que compõem um cenário em que o próprio</p><p>leitor pode se reconhecer, tendo em vista a</p><p>universalidade da matéria tratada.</p><p>Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):</p><p>A) I.</p><p>B) III.</p><p>C) I e II.</p><p>D) II e III.</p><p>E) II.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Item por item.</p><p>I) Exatamente, o cotidiano foge do tradicional.</p><p>O cotidiano tradicional é algo como = acordar cedo, tomar</p><p>café, trabalhar, almoçar [...]”.</p><p>Ali temos uma visão diferente.</p><p>II) Perfeito. O autor utiliza a subjetividade, opinião dele</p><p>sobre certas coisas. Isso é visível, praticamente, o texto</p><p>todo. Vejamos um pequeno trecho que corrobora isso.</p><p>“quem manda livros aos presidiários; quem se comove ao</p><p>ver passar de cabeça branca aquele ou aquela, mestre</p><p>ou mestra, que foi a fera do colégio; quem escolhe na</p><p>venda verdura fresca para o canário; quem se lembra</p><p>todos os dias do amigo morto; quem jamais negligencia</p><p>os ritos da amizade; quem guarda, se lhe deram de</p><p>presente, o isqueiro que não mais funciona; quem, não</p><p>tendo o hábito de beber, liga o telefone internacional no</p><p>segundo uísque a fim de conversar com amigo ou amiga;”</p><p>III) Errado. Não tem essa de universalidade ou que o</p><p>leitor possa se reconhecer. O que também foge é falar</p><p>que é universal sendo que o texto aborda a subjetividade,</p><p>ou seja, contradiz a própria assertiva.</p><p>4. Em todas os itens a seguir, é mostrado um fragmento</p><p>do texto e uma reescrita. Analise-os.</p><p>I. “quem acorda de madrugada e estremece no desgosto</p><p>de si mesmo ao lembrar que há muitos anos feriu a quem</p><p>amava” / “quem labuta de madrugada e trepida no</p><p>desgosto de si mesmo ao lembrar que há muitos anos</p><p>feriu a quem amava”.</p><p>II. “quem escolhe na venda verdura fresca para o canário”</p><p>/ “quem decide na venda verdura fresca para o canário”.</p><p>III. “quem, não tendo o hábito de beber, liga o</p><p>telefone internacional no segundo uísque a fim de</p><p>conversar com amigo ou amiga” / “quem, não possuindo</p><p>a intermitência de beber, liga o telefone internacional na</p><p>segunda dose a fim de conversar com o amigo ou amiga”.</p><p>O(s) item(ns) que mantém (mantêm) o sentido original é</p><p>(são):</p><p>A) I e II.</p><p>B) III.</p><p>C) II e III.</p><p>D) II</p><p>E) I.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Item por item.</p><p>Aqui, praticamente, a banca mudou os significados /</p><p>sinônimos.</p><p>I) ORIGINAL = “quem acorda de madrugada e estremece</p><p>no desgosto de si mesmo ao lembrar que há muitos anos</p><p>feriu a quem amava”</p><p>REESCRITA = “quem labuta de madrugada e trepida no</p><p>desgosto de si mesmo ao lembrar que há muitos anos</p><p>feriu a quem amava”.</p><p>Acordar é diferente de labutar.</p><p>Acordar ali está no sentido de se levantar, ficar pensando.</p><p>Já a labuta é algo relacionado ao trabalho, e aí está o</p><p>erro.</p><p>II) “quem escolhe na venda verdura fresca para o</p><p>canário” / “quem decide na venda verdura fresca para o</p><p>canário”.</p><p>Tudo certo até aí.</p><p>III) ORIGINAL = “quem, não tendo o hábito de beber, liga</p><p>o telefone internacional no segundo uísque a fim de</p><p>conversar com amigo ou amiga”</p><p>REESCRITA = “quem, não possuindo a intermitência de</p><p>beber, liga o telefone internacional na segunda dose a</p><p>fim de conversar</p><p>com o amigo ou amiga”.</p><p>Caveira, vamos lá.</p><p>Hábito = costume, com frequência.</p><p>Intermitência = de vez em quando.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>3</p><p>No segundo uísque não significa que seja a segunda</p><p>dose, pois a segunda dose pode ser de qualquer coisa.</p><p>5. Na sequência “quem guarda, se lhe deram de</p><p>presente, o isqueiro que não mais funciona”, temos uma</p><p>oração que passa o sentido de:</p><p>A) Conformidade, pois segue uma regra, um modelo a</p><p>ser seguido.</p><p>B) Condição, pois há uma necessidade para que algo</p><p>aconteça.</p><p>C) Consequência, pois ocorre uma consequência da</p><p>ação.</p><p>D) Tempo, pois a oração determina um tempo de ação.</p><p>E) Causa, já que ocorre o motivo da oração principal.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Futuro Policial, na oração temos uma condição, ou seja,</p><p>a satisfação de uma necessidade para que algo</p><p>aconteça, tem que ter algo.</p><p>Para guardar o isqueiro que não funciona, houve a</p><p>necessidade de alguém dar o presente.</p><p>Portanto, isso é uma condição.</p><p>Vamos à explicação das outras.</p><p>A) ● Oração subordinada adverbial conformativa.</p><p>Ideia de conformidade, uma regra, um modelo de</p><p>concordância à oração principal.</p><p>Conjunções – Conforme, como, consoante, segundo. [...]</p><p>“Segundo o resultado da banca, passei.”</p><p>“Farei o bolo, conforme a receita.”</p><p>C) ● Oração subordinada adverbial consecutiva.</p><p>Exprime a consequência da ação.</p><p>Conjunções – Que, tanto que, tão que, tal que, tamanho</p><p>que, de forma que. [...]</p><p>“Estudou tanto que passou.”</p><p>A consequência de ter estudado muito foi a aprovação.</p><p>D) ● Oração subordinada adverbial temporal.</p><p>Exprime circunstância de tempo em relação à oração</p><p>principal.</p><p>Conjunções – Quando, enquanto, agora que, logo que,</p><p>desde que, assim que, tanto que.</p><p>Quando ela vier, eu irei.</p><p>Mal li o edital e já saiu o local de prova.</p><p>E) ● Oração subordinada adverbial causal.</p><p>É uma oração que transmite a causa, o motivo da oração</p><p>principal.</p><p>Conjunções – Porque, que, porquanto, visto que, uma</p><p>vez que, como.</p><p>“O Caveira passou na prova, pois estudou.” [...]</p><p>A causa de ter passado na prova foi ter estudado.</p><p>Sobre o ouvir</p><p>O ato de ouvir exige humildade de quem ouve. E</p><p>a humildade está nisso: saber, não com a cabeça mas</p><p>com o coração, que é possível que o outro veja mundos</p><p>que nós não vemos. Mas isso, admitir que o outro vê</p><p>coisas que nós não vemos, implica reconhecer que</p><p>somos meio cegos... Vemos pouco, vemos torto, vemos</p><p>errado.</p><p>Bernardo Soares diz que aquilo que vemos é</p><p>aquilo que somos. Assim, para sair do círculo fechado de</p><p>nós mesmos, em que só vemos nosso próprio rosto</p><p>refletido nas coisas, é preciso que nos coloquemos fora</p><p>de nós mesmos. Não somos o umbigo do mundo. E isso</p><p>é muito difícil: reconhecer que não somos o umbigo do</p><p>mundo!</p><p>Para se ouvir de verdade, isso é, para nos</p><p>colocarmos dentro do mundo do outro, é preciso colocar</p><p>entre parêntesis, ainda que provisoriamente, as nossas</p><p>opiniões. Minhas opiniões! É claro que eu acredito que as</p><p>minhas opiniões são a expressão da verdade. Se eu não</p><p>acreditasse na verdade daquilo que penso, trocaria meus</p><p>pensamentos por outros. E se falo é para fazer com que</p><p>aquele que me ouve acredite em mim, troque os seus</p><p>pensamentos pelos meus. É norma de boa educação</p><p>ficar em silêncio enquanto o outro fala. Mas esse silêncio</p><p>não é verdadeiro.</p><p>É apenas um tempo de espera: estou esperando</p><p>que ele termine de falar para que eu, então, diga a</p><p>verdade. A prova disto está no seguinte: se levo a sério o</p><p>que o outro está dizendo, que é diferente do que penso,</p><p>depois de terminada a sua fala eu ficaria em silêncio, para</p><p>ruminar aquilo que ele disse, que me é estranho.</p><p>Mas isso jamais acontece. A resposta vem</p><p>sempre rápida e imediata. A resposta rápida quer dizer:</p><p>“Não preciso ouvi-lo. Basta que eu me ouça a mim</p><p>mesmo. Não vou perder tempo ruminando o que você</p><p>disse. Aquilo que você disse não é o que eu diria,</p><p>portanto está errado...”.</p><p>(ALVES, Rubem. Sobre o ouvir. Ostra feliz não faz pérola.</p><p>São Paulo: Planeta do Brasil, 2008.)</p><p>6. Acerca das ideias trazidas ao texto, pode-se afirmar</p><p>que:</p><p>A) É necessário que o outro reconheça o que somos para</p><p>que ele seja compreendido.</p><p>B) A visão do outro é diferente da nossa, de modo que</p><p>aquilo que o outro enxerga podemos ver, mas sob outra</p><p>perspectiva.</p><p>C) Sair de si mesmo é condição fundamental para que a</p><p>visão que possuímos sobre as coisas seja ampliada ou</p><p>até mesmo modificada.</p><p>D) Para que a nossa visão seja ampliada, todo o</p><p>entendimento prévio deve ser reputado como nada, para,</p><p>a partir daí, estabelecermos novos paradigmas.</p><p>E) É dispensável saber sobre os outros para termos uma</p><p>visão sobre as coisas.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>4</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A resposta está no segundo parágrafo.</p><p>“Bernardo Soares diz que aquilo que vemos é aquilo que</p><p>somos. Assim, para sair do círculo fechado de nós</p><p>mesmos, em que só vemos nosso próprio rosto refletido</p><p>nas coisas, é preciso que nos coloquemos fora de nós</p><p>mesmos.”.</p><p>Vejamos as outras.</p><p>A) É o contrário, Caveira.</p><p>“Para se ouvir de verdade, isso é, para nos colocarmos</p><p>dentro do mundo do outro, é preciso colocar entre</p><p>parêntesis, ainda que provisoriamente, as nossas</p><p>opiniões. Minhas opiniões! É claro que eu acredito que as</p><p>minhas opiniões são a expressão da verdade.”.</p><p>B) Nem sempre enxergamos o que o outro vê, Caveira.</p><p>Primeiro parágrafo do texto. Note que o autor fala que a</p><p>gente não enxerga certas coisas.</p><p>“O ato de ouvir exige humildade de quem ouve. E a</p><p>humildade está nisso: saber, não com a cabeça mas com</p><p>o coração, que é possível que o outro veja mundos que</p><p>nós não vemos. Mas isso, admitir que o outro vê coisas</p><p>que nós não vemos, implica reconhecer que somos meio</p><p>cegos.”</p><p>D) Errado, Caveira. Isso aí é extrapolação textual. Fala</p><p>que temos que entender a visão do outro, pois também</p><p>temos a nossa.</p><p>E) Ali fica extrapolando o texto. Não é citado que</p><p>devemos ou não saber sobre os outros, mas sim</p><p>enxergar a visão dos outros.</p><p>7. Tendo em vista o foco narrativo do texto, pode-se</p><p>afirmar que:</p><p>A) A imparcialidade é fator fundamental para que o texto</p><p>seja impregnado pelo ponto de vista do autor.</p><p>B) As entrelinhas do texto demonstram uma</p><p>imparcialidade parcial do autor em relação ao assunto</p><p>apresentado.</p><p>C) Os fatos são relatados e descritos sem que haja a</p><p>intenção de influenciar o leitor com observações ou</p><p>opiniões, mas apenas de apresentá-las.</p><p>D) É marcado por características subjetivas, opiniões em</p><p>relação aos fatos, unindo-se o autor aos leitores em</p><p>determinadas afirmações.</p><p>E) Ser imparcial é excelente para manter uma relação</p><p>saudável.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveira, as letras A, B, C e E são praticamente iguais.</p><p>Fala sobre ser imparcial e o autor cita, logo no início do</p><p>primeiro parágrafo = “O ato de ouvir exige humildade de</p><p>quem ouve. E a humildade está nisso: saber, não com a</p><p>cabeça mas com o coração, que é possível que o outro</p><p>veja mundos que nós não vemos. Mas isso, admitir que</p><p>o outro vê coisas que nós não vemos, implica reconhecer</p><p>que somos meio cegos... Vemos pouco, vemos torto,</p><p>vemos errado.”. Ou seja, temos que entender que os</p><p>outros possuem um ponto de vista, e devemos ter</p><p>humildade.</p><p>A resposta é a D.</p><p>O autor dá a opinião dele, sendo, então, subjetivo o texto.</p><p>Alguns trechos que corroboram isso:</p><p>“É claro que eu acredito que as minhas opiniões são a</p><p>expressão da verdade. Se eu não acreditasse na verdade</p><p>daquilo que penso”.</p><p>“A prova disto está no seguinte: se levo a sério o que o</p><p>outro está dizendo,</p><p>que é diferente do que penso, depois</p><p>de terminada a sua fala eu ficaria em silêncio, para</p><p>ruminar aquilo que ele disse, que me é estranho.”.</p><p>“É apenas um tempo de espera: estou esperando que ele</p><p>termine de falar para que eu, então, diga a verdade.”.</p><p>8. A respeito da referência à fala de Bernardo Soares, no</p><p>2º parágrafo, pode-se afirmar que:</p><p>A) Constitui o desenvolvimento da principal ideia</p><p>apresentada no texto.</p><p>B) Reflete a diversidade de recursos e estilos linguísticos</p><p>utilizados pelo autor em seu texto.</p><p>C) É um argumento que o autor refuta, explicando, ao</p><p>longo do texto, as teses contrárias.</p><p>D) É considerada uma contra--argumentação em relação</p><p>às ideias expressas pelo autor acerca de seu</p><p>posicionamento.</p><p>E) Mostra a expressão de uma determinada ideia</p><p>conceitual, a partir da qual o texto terá uma sequência</p><p>lógica.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Letra por letra.</p><p>A) Não é a constituição do desenvolvimento da principal</p><p>ideia. Está ali pra dar base ao texto do autor. O que</p><p>responde a letra E, pois mostra a expressão de uma</p><p>determinada ideia conceitual, ou seja, o que o autor</p><p>disser está corroborando as ideias do Bernardo.</p><p>B) Isso aí não é mencionado no texto.</p><p>C) O autor não refuta nada, ele usa esse argumento para</p><p>dar sequência ao texto, o que corrobora a opinião dele.</p><p>D) Bem parecida com a C, não é um argumento que</p><p>refuta as ideias do autor.</p><p>E) Respondido na letra A.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>5</p><p>9. No trecho “E a humildade está nisso: saber, não com</p><p>a cabeça mas com o coração, que é possível que o outro</p><p>veja mundos que nós não vemos.” (1º parágrafo), temos</p><p>uma oração subordinada substantiva:</p><p>A) Completiva Nominal.</p><p>B) Subjetiva.</p><p>C) Objetiva direta.</p><p>D) Objetiva indireta.</p><p>E) Predicativa.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Futuro Policial, aqui temos uma oração subordinada</p><p>substantiva subjetiva.</p><p>Vamos perguntar ao verbo.</p><p>QUEM saber?</p><p>Resposta = que é possível que o outro veja mundo que</p><p>nós não vemos.</p><p>Essa oração faz papel de sujeito.</p><p>Sempre pergunte ao verbo, Caveira.</p><p>Vejamos os outros para facilitar.</p><p>A) ● Oração Subordinada Substantiva Completiva</p><p>Nominal.</p><p>É aquela que complementa o sentido de um substantivo</p><p>abstrato com preposição.</p><p>Eu tenho certeza de que passaremos de ano.</p><p>Oração principal – Eu tenho certeza.</p><p>Aqui até tem objeto direto – certeza. Mas até aí tudo bem.</p><p>A outra oração está completando CERTEZA, e certeza é</p><p>substantivo abstrato.</p><p>C) ● Oração Subordinada Substantiva Objetiva</p><p>Direta.</p><p>Simples, ache o objeto direto.</p><p>Todos sabemos que choverá amanhã.</p><p>Separe a oração – verbos.</p><p>Todos sabemos. – Oração Principal.</p><p>Que choverá amanhã. – Oração S.S.O.D.</p><p>Olha só: tem sujeito na primeira oração? Sim.</p><p>Quem sabemos? TODOS. Já tem sujeito, então não é</p><p>Subjetiva.</p><p>Todos sabemos O QUÊ? – Objetiva direta.</p><p>D) ● Oração Subordinada Substantiva Objetiva</p><p>Indireta.</p><p>Maria gosta de que cozinhem sempre.</p><p>Há dois verbos? Sim.</p><p>Maria gosta – Oração principal.</p><p>De que cozinhem sempre – Oração S.S.O.I.</p><p>Vamos lá.</p><p>Maria gosta, o sujeito é MARIA. Logo não é subjetiva.</p><p>Pergunte pro verbo -> gosta de quê? De que cozinhem</p><p>sempre.</p><p>Tem preposição? Sim, há preposição.</p><p>Logo se tem preposição é Objetiva Indireta.</p><p>E) ● Oração Subordinada Substantiva Predicativa.</p><p>Função de predicativo do sujeito.</p><p>Exemplo: Meu desejo era que você passasse.</p><p>Oração principal → Meu desejo era</p><p>O predicativo é → que você passasse.</p><p>10. No que tange à concordância verbal e regência,</p><p>assinale a alternativa que esteja de acordo com a norma</p><p>culta vigente.</p><p>A) É vedado ao público a visita às delegacias de polícia.</p><p>B) Ouvia-se as porradas lá do outro lado da sala.</p><p>C) Chegou, perfeitamente no horário, os alunos.</p><p>D) A matéria anterior que ele dispõe é importante.</p><p>E) Os brasileiros e os argentinos preferem considerar</p><p>dois times a reconhecer a superioridade de um.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Letra por letra, Guerreiros e Guerreiras.</p><p>A) É vedado ao público a visita às delegacias de polícia.</p><p>Cuidado, clássica questão.</p><p>É vedado VEDADA ao público a visita às delegacias de</p><p>polícia.</p><p>QUEM é vedada?</p><p>Resposta = A visita.</p><p>Há uma concordância.</p><p>Sem o A poderia ficar no masculino.</p><p>Por exemplo = Visita às delegacias de polícia é vedado</p><p>ao público.</p><p>Como não há o artigo A, fica no masculino.</p><p>B) Ouvia-se as porradas lá do outro lado da sala.</p><p>QUEM ouvia-se?</p><p>Resposta = as porradas.</p><p>“As porradas” estão no plural, dado isso, o OUVIA-SE</p><p>deveria ficar no plural também.</p><p>OUVIAM-SE. Ouvia-se as porradas lá do outro lado da</p><p>sala.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>6</p><p>C) Chegou, perfeitamente no horário, os alunos.</p><p>QUEM chegou?</p><p>Resposta = os alunos.</p><p>Logo, o verbo deverá ir ao plural.</p><p>CHEGARAM.</p><p>CHEGARAM Chegou, perfeitamente no horário, os</p><p>alunos.</p><p>D) A matéria anterior que ele dispõe é importante.</p><p>Erro bem sutil.</p><p>QUEM DISPÕE, DISPÕE DE alguma coisa.</p><p>E esse DISPOR DE algo é = possuir, dar destino.</p><p>A matéria anterior DE QUE que ele dispõe é importante.</p><p>● Pois se for no sentido de arrumar, colocar, não</p><p>exige preposição.</p><p>Ele dispôs os pratos na mesa. (Ela arrumou os pratos na</p><p>mesa).</p><p>E) Os brasileiros e os argentinos preferem considerar</p><p>dois times a reconhecer a superioridade de um.</p><p>PERFEITO.</p><p>Considera algo A algo.</p><p>O que as bancas fazem, geralmente, é usar o vocábulo</p><p>DO QUE.</p><p>Os brasileiros e os argentinos preferem considerar dois</p><p>times DO QUE reconhecer a superioridade de um.</p><p>Informática</p><p>11. Dos itens abaixo, todos são aspectos diretamente</p><p>ligados ao Painel de Controle do Windows 10, EXCETO:</p><p>A) Manipulação de arquivos e pastas.</p><p>B) Configurações de hardware e dispositivos.</p><p>C) Gerenciamento de programas e aplicativos.</p><p>D) Configurações de rede e segurança.</p><p>E) Alteração de tema e personalização do sistema.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>O painel de controle do Windows 10 é uma área do</p><p>sistema onde os usuários podem acessar e modificar as</p><p>configurações de vários componentes do sistema, como</p><p>hardware, programas, segurança e personalização.</p><p>a) Manipulação de arquivos e pastas, se refere ao</p><p>Explorador de Arquivos, onde o usuário pode criar,</p><p>mover, copiar e excluir arquivos e pastas.</p><p>b) Configurações de hardware e dispositivos, se refere às</p><p>configurações relacionadas ao hardware do computador,</p><p>como configurações de dispositivos, gerenciamento de</p><p>dispositivos e configurações de drivers.</p><p>c) Gerenciamento de programas e aplicativos, se refere</p><p>ao gerenciamento de programas instalados e aplicativos</p><p>no sistema, incluindo a desinstalação e reparação de</p><p>programas.</p><p>d) Configurações de rede e segurança, se refere às</p><p>configurações relacionadas à rede e segurança do</p><p>sistema, incluindo configurações de firewall,</p><p>configurações de rede e configurações de segurança.</p><p>e) Alteração de tema e personalização do sistema, se</p><p>refere às configurações relacionadas à personalização</p><p>do sistema, incluindo temas, plano de fundo, ícones e</p><p>outros aspectos visuais do sistema.</p><p>12. Qual é a tecla de atalho para ativar a barra de tarefas</p><p>no Windows 10?</p><p>A) Ctrl + Alt + T.</p><p>B) Ctrl + Shift + T.</p><p>C) Alt + Tab.</p><p>D) Windows + D.</p><p>E) Windows + T.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A barra de tarefas é uma área do sistema onde os</p><p>usuários podem acessar e gerenciar aplicativos e</p><p>programas abertos no sistema e ela pode ser ativada a</p><p>partir da combinação de teclas Windows+T.</p><p>As alternativas A e B não tem nenhuma função específica</p><p>no Windows 10.</p><p>c) Alt + Tab: Essa combinação</p><p>de teclas é utilizada para</p><p>alternar entre as janelas abertas no sistema.</p><p>d) Windows + D: Essa combinação de teclas é utilizada</p><p>para exibir o desktop do Windows, minimizando todas as</p><p>janelas abertas.</p><p>13. O comando mkdir no Linux é utilizado para:</p><p>A) Copiar arquivos.</p><p>B) Mudar para um diretório específico.</p><p>C) Exibir o conteúdo de um diretório.</p><p>D) Criar um diretório.</p><p>E) Excluir um arquivo ou diretório.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>7</p><p>O mkdir é um comando muito útil para organizar arquivos</p><p>e pastas no sistema, permitindo criar estruturas de</p><p>diretórios.</p><p>a) o comando correto para copiar arquivos é "cp"</p><p>b) o comando correto para mudar para um diretório</p><p>específico é "cd"</p><p>c) o comando correto para exibir o conteúdo de um</p><p>diretório é "ls"</p><p>e) o comando correto para excluir um arquivo ou diretório</p><p>é "rm"</p><p>14. O Writer é o aplicativo editor de textos presente no</p><p>pacote LibreOffice. Este importante editor de textos</p><p>possui diversos recursos, como verificação ortográfica,</p><p>criação de tabelas, etc. Assinale a alternativa que indica,</p><p>respectivamente, as teclas de atalho para os recursos de</p><p>verificação ortográfica e criação de tabelas.</p><p>A) Ctrl + O e Ctrl + T.</p><p>B) F7 e Ctrl + F12.</p><p>C) Ctrl + O e F10.</p><p>D) F9 e F12.</p><p>E) F5 + Ctrl + T.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>O Writer possui diversos recursos, como verificação</p><p>ortográfica e criação de tabelas, que podem ser</p><p>acessados através de teclas de atalho.</p><p>CTRL+O (Open): abrir um arquivo.</p><p>CTRL+T: não executa funções.</p><p>F7: verificação ortográfica e gramatical. Importante</p><p>lembrar que somente os editores de texto possuem</p><p>revisão gramatical, LibreOffice Calc, LibreOffice Impress</p><p>possuem apenas verificação de ortografia.</p><p>CTRL+F12: criar tabelas.</p><p>F9: não possui execução.</p><p>F12: insere numerador de parágrafo.</p><p>F5: abre um navegador interno do Writer para navegar</p><p>entre objetos e páginas.</p><p>15. Os serviços de webmail se popularizaram ao longo do</p><p>tempo e sua principal vantagem é o fato de não exigir a</p><p>instalação de software específico, pois podem ser</p><p>acessados diretamente através de navegadores, como,</p><p>por exemplo, o Firefox, o Chrome ou o Microsoft Edge.</p><p>Entretanto, alguns usuários preferem continuar utilizado</p><p>softwares clientes para gerenciamento de e-mails, como</p><p>é o caso do Outlook, da Microsoft. Assinale a alternativa</p><p>que indica de forma correta o nome do cliente de e-mail</p><p>desenvolvido pela Mozilla, mesma empresa criadora do</p><p>navegador Firefox, e que é muito conhecido e utilizado</p><p>em sistemas operacionais Linux.</p><p>A) Jakarta.</p><p>B) Tomcat.</p><p>C) Thunderbird.</p><p>D) ScreenshotGo.</p><p>E) Apache.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão solicita assinalar a alternativa que</p><p>indica corretamente o nome do cliente de e-mail</p><p>desenvolvido pela Mozilla (Thunderbird), mesma</p><p>empresa criadora do navegador Firefox, e que é muito</p><p>conhecido e utilizado em sistemas operacionais Linux.</p><p>Muito difícil que as outras alternativas apareçam em uma</p><p>prova que não seja da área específica de tecnologia da</p><p>informação, mas seguem os conceitos por curiosidade:</p><p>A) Jakarta: É uma estrutura Java para desenvolvimento</p><p>de aplicações web.</p><p>B) Tomcat: É um servidor de aplicações Java</p><p>desenvolvido pela Apache.</p><p>D) ScreenshotGo: É um aplicativo de captura de tela para</p><p>dispositivos Android.</p><p>E) Apache: É um software de servidor web, é uma das</p><p>soluções mais utilizadas para o gerenciamento de sites e</p><p>aplicações web.</p><p>16. Como você pode inserir uma fórmula matemática em</p><p>uma célula do LibreOffice Calc?</p><p>A) Pressionando F2 e digitando a fórmula.</p><p>B) Pressionando Ctrl + Shift + F e digitando a fórmula.</p><p>C) Clicando com o botão direito na célula e selecionando</p><p>"Inserir Fórmula".</p><p>D) Pressionando Alt + Shift + F e digitando a fórmula.</p><p>E) Pressionando F9 e digitando a fórmula.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Existem várias formas de inserir fórmulas em células do</p><p>Calc:</p><p>- dois cliques sobre a célula;</p><p>- clicar na célula e inserir a fórmula diretamente, sem a</p><p>necessidade dos dois cliques;</p><p>- usando o F2;</p><p>- utilizando a barra de fórmulas.</p><p>b) Essa combinação de teclas não tem nenhuma função</p><p>específica.</p><p>c) Essa opção não está disponível diretamente no menu</p><p>de contexto, mas pode ser alcançada selecionando uma</p><p>célula, clicando em "Fórmulas" na barra de ferramentas</p><p>e escolhendo "Inserir Fórmula".</p><p>d) Acionará o menu Formatar.</p><p>e) F9 é utilizado para atualizar as fórmulas e cálculos na</p><p>planilha. Se você alterar algum valor em uma célula que</p><p>é utilizada em uma fórmula, pressionar F9 fará com que</p><p>a planilha recalcule todas as fórmulas e atualize os</p><p>resultados. Isso é útil para garantir que os resultados das</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>8</p><p>fórmulas sejam precisos e atualizados quando os dados</p><p>na planilha são alterados.</p><p>17. Usando o Libreoffice Calc 7, instalação padrão em</p><p>português Brasil, analise a imagem abaixo.</p><p>Para que o resultado de uma fórmula, inserida em E7,</p><p>seja “Porto Alegre”, esta fórmula deve ser:</p><p>A) =PROCH(B5;A2:D6;3;0).</p><p>B) =(B2;A2:D6;4;FALSO).</p><p>C) =PROCURAR(A5;A2:D6;4;0).</p><p>D) =PROCV(B2;A2:D6;4;FALSO).</p><p>E) =PROCV(B5;B2:D6;3;0).</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>PROCV está em alta, futuros policiais!! Precisamos</p><p>compreender essa função e matar todas as questões</p><p>sobre ela a partir de agora!!!</p><p>Essa função é responsável por procurar um valor na</p><p>vertical e retornar o valor na mesma linha. Nessa</p><p>questão, existem duas formas de resolver a função</p><p>PROCV.</p><p>Forma tradicional:</p><p>Se o resultado será “Porto Alegre”, logo tem que fazer</p><p>uma busca ou por ID=4, Nome=Ana Paula ou Idade=28</p><p>e até pela própria cidade=Porto Alegre.</p><p>Se fosse pela ID ficaria assim:</p><p>=PROCV(4;A2:D6;4)</p><p>Ou</p><p>=PROCV(4;A2:D6;4;0)</p><p>Ou</p><p>=PROCV(A5;A2:D6;4)</p><p>Esse “0” ao final ou “FALSO”, tanto faz, nesse caso não</p><p>é obrigatório, pois a coluna de pesquisa (coluna A) está</p><p>com os dados ordenados.</p><p>Identificando a função:</p><p>O Calc vai procurar pelo valor “4”, na coluna A. No</p><p>intervalo A2:D6 encontra-se o valor buscado (4) e o</p><p>resultado (Porto Alegre).</p><p>Ao encontrar o 4 na coluna A, o Calc para tudo e salta</p><p>para a coluna 4.</p><p>Na coluna 4 (valor escrito na função após A2:D6), está a</p><p>cidade de quem é de ID 4.</p><p>Se fosse procurar por Nome=Ana Paula ficaria assim</p><p>=PROCV("Ana Paula";B2:D6;3;0)</p><p>Ou</p><p>=PROCV(B5;B2:D6;3;0)</p><p>As aspas são obrigatórias pois é um valor textual</p><p>composto.</p><p>Agora o “0” ou “FALSO” ao final é obrigatório já que a</p><p>coluna NOME não está ordenada.</p><p>Procurará pelo valor “Ana Paula”, na coluna B e, quando</p><p>encontrar, pula para a coluna 3.</p><p>Não contabiliza a coluna A, pois a busca, no PROCV, é</p><p>feita sempre da esquerda para a direita a partir da</p><p>primeira coluna selecionada no intervalo (B2:D6)</p><p>Se fosse procurar por idade, não tendo valores repetidos,</p><p>ficaria assim:</p><p>=PROCV(28;C2:D6;2;0)</p><p>Ou</p><p>=PROCV(C5;C2:D6;2;0)</p><p>Como a busca será feita na coluna C, o salto para o</p><p>resultado será 2.</p><p>A forma simplificada, precisa ter um certo traquejo com a</p><p>função.</p><p>Se a busca tem que ser em uma coluna, comparando os</p><p>valores nesta, não pode ser PROCH e PROCURAR. Já</p><p>eliminamos as alternativas A e C.</p><p>Se o resultado é “Porto Alegre”, o que será buscado,</p><p>obrigatoriamente, tem que estar na mesma linha (5).</p><p>Assim já eliminamos as alternativas B e D.</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>9</p><p>Assim, já matamos a questão, mas podemos dar uma</p><p>aprofundada</p><p>que, na verdade, irá acelerar o processo de</p><p>resposta em alguma situação:</p><p>A questão pede que o retorno (resposta da função) seja</p><p>“Porto Alegre”.</p><p>Observando as alternativas, chega-se à conclusão de</p><p>que a fórmula a ser usada será PROCV e que “Porto</p><p>Alegre” está na linha 5.</p><p>O primeiro argumento, dentro dos parênteses, da função</p><p>PROCV é o que estamos buscando.</p><p>Se o resultado está na linha 5, o argumento de busca só</p><p>pode ser na linha 5:</p><p>A5, B5, C5. Dessa forma eliminamos as alternativas A e</p><p>D.</p><p>Outras possibilidades de eliminação de alternativas:</p><p>Se a busca for por A5, o início do intervalo deve ser a</p><p>coluna A. Já eliminamos a alternativa A.</p><p>Se a busca for por B5, o início do intervalo deve ser a</p><p>coluna B. Já eliminamos a B e a D.</p><p>Interessante observar que, cada caso é um caso mas o</p><p>modus operandi é o mesmo.</p><p>18. Um servidor da Polícia Civil do Ceará, que exerce as</p><p>funções de inspetor, está trabalhando em um</p><p>microcomputador com Linux. Embora os sistemas</p><p>operacionais utilizem interfaces gráficas, com o uso de</p><p>janelas e do mouse, algumas vezes é necessário utilizar</p><p>o sistema em modo texto.</p><p>Nesse contexto, para manipulação de diretórios e</p><p>arquivos, três comandos de linha de prompt são</p><p>detalhados a seguir:</p><p>I. Serve para acessar e mudar de diretório corrente,</p><p>utilizado para a navegação entre as pastas do</p><p>computador.</p><p>II. Exibe os arquivos armazenados em algum diretório e,</p><p>se executado sem parâmetros, listará o conteúdo do</p><p>diretório em que o usuário se encontra. É também</p><p>possível usar este comando para conferir o tamanho e a</p><p>data de criação de cada arquivo ou pasta.</p><p>III. É usado para se saber o espaço total e os GBytes</p><p>disponíveis em cada partição do sistema. Se submetido</p><p>ao sistema sem parâmetros, as informações serão</p><p>exibidas em kBytes e será necessário convertê-las</p><p>mentalmente para outras unidades.</p><p>Esses comandos são, respectivamente,</p><p>A) md, dir e mem.</p><p>B) md, dir e df.</p><p>C) cp, ls e df.</p><p>D) cd, ls e df.</p><p>E) cd, ls e mem.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Bora caveiras, porque 80% das provas de Linux orbitam</p><p>entre comandos e diretórios.</p><p>Dessa questão, os comandos que não constam no Linux</p><p>são: md e mem</p><p>dir e ls: ambos servem para listar o conteúdo de um</p><p>diretório.</p><p>df: mostar a quantidade e percentual de uso de cada</p><p>disco. (disk file)</p><p>cp: utilizado para copiar arquivos entre diretórios. Ex: cp</p><p>aula.txt /home/professor irá copiar o arquivo aula.txt</p><p>para o diretório /home/professor.</p><p>cd: para acessar o diretório professor, estando dentro de</p><p>/home, o usuário utiliza o comando cd professor</p><p>(change directory)</p><p>19. Na navegação em sites na internet por meio do</p><p>browser Google Chrome 92.0.4515.107 (64 bits) em</p><p>português, um escrivão que trabalha na Secretaria da</p><p>Segurança Pública e Defesa Social do Ceará configurou</p><p>a URL https://www.google.com do Google como</p><p>homepage inicial e, em seguida, após navegar por</p><p>diversos sites, realizou dois procedimentos, descritos a</p><p>seguir:</p><p>I. executou um atalho de teclado para mostrar o site</p><p>configurado como homepage inicial, a priori; e</p><p>II. após realizar várias buscas, acionou um ícone por</p><p>meio do mouse, para recarregar a página atual.</p><p>O atalho de teclado executado em I e o ícone acionado</p><p>em II foram, respectivamente,</p><p>A) Alt+F10 e .</p><p>B) Alt+Home e</p><p>C) Alt+Home e .</p><p>D) Alt+F10 e</p><p>E) Alt+Home e .</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Para mostrar a(s) página(s) inicial(is), o usuário também</p><p>pode clicar sobre o ícone</p><p>Para atualizar um site o usuário pode usar a tecla F5 ou</p><p>CTRL+F5 (limpa o cache e executa a atualização).</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>10</p><p>20. Um tipo de rede social funciona baseada em</p><p>geolocalização, que, assim como outras redes do mesmo</p><p>tipo, utiliza os dados fornecidos pelo GPS do computador</p><p>ou dispositivo móvel do usuário para registrar e fazer</p><p>check-in nos lugares por onde ele passa. Este tipo de</p><p>rede social é denominada:</p><p>A) viber.</p><p>B) qzone.</p><p>C) tiktok.</p><p>D) snapchat.</p><p>E) foursquare.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Viber é uma aplicação de mensagens instantâneas e</p><p>chamadas de voz e vídeo para dispositivos móveis. Ele</p><p>permite que os usuários façam chamadas de voz e vídeo,</p><p>envie mensagens de texto, compartilhe fotos e outros</p><p>arquivos e crie grupos de bate-papo com até 250</p><p>participantes. O Viber também oferece recursos</p><p>adicionais como jogos, stickers e aplicativos de terceiros.</p><p>Ele funciona em uma variedade de plataformas, incluindo</p><p>iOS, Android, Windows Phone, e desktop.</p><p>Em uma rápida pesquisa no Google, G-Zone é uma</p><p>criptomoeda.</p><p>TikTok é uma plataforma de mídia social que permite aos</p><p>usuários criarem e compartilharem vídeos curtos com</p><p>música e efeitos especiais. A plataforma também tem</p><p>uma variedade de recursos de edição de vídeo, incluindo</p><p>filtros, efeitos e adesivos, que permitem que os usuários</p><p>personalizem seus vídeos.</p><p>Snapchat é uma plataforma de mídia social que permite</p><p>aos usuários enviar fotos e vídeos curtos, conhecidos</p><p>como "snaps", que desaparecem após alguns segundos.</p><p>A plataforma também possui uma variedade de</p><p>conteúdos criados por editores e marcas, como histórias,</p><p>desafios e eventos ao vivo. Além disso, a plataforma foi</p><p>criada para ser uma plataforma de comunicação privada</p><p>entre amigos e familiares, e, por isso, foi desenvolvida</p><p>com segurança e privacidade.</p><p>Foursquare é uma plataforma de geolocalização que</p><p>permite ao usuário compartilhar sua localização atual e</p><p>descobrir novos lugares. Os usuários podem fazer</p><p>"check-in" em lugares como bares, restaurantes e lojas,</p><p>e compartilhar essas informações com seus amigos. A</p><p>plataforma também fornece recomendações de lugares</p><p>com base nos check-ins anteriores dos usuários e</p><p>permite que os usuários deixem comentários e</p><p>avaliações sobre os lugares que visitam.</p><p>CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS</p><p>Noções de Direito Penal</p><p>21. Está sujeito à lei brasileira o crime:</p><p>A) Praticado contra a administração pública, mas não por</p><p>quem está a seu serviço.</p><p>B) Praticado em embarcação privada brasileira atracada</p><p>em país estrangeiro, se o agente tiver sido condenado no</p><p>referido país.</p><p>C) Contra a honra do presidente da República praticado</p><p>no exterior.</p><p>D) Praticado em embarcação privada de bandeira</p><p>brasileira em mar territorial de país estrangeiro signatário</p><p>do MERCOSUL.</p><p>E) De genocídio, quando o agente for absolvido no país</p><p>estrangeiro, mesmo sendo domiciliado no Brasil.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, nesse caso trata-se de uma hipótese de</p><p>extraterritorialidade incondicionada, prevista no art. 7º,</p><p>inciso I, alínea d.</p><p>Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos</p><p>no estrangeiro:</p><p>I - os crimes:</p><p>d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou</p><p>domiciliado no Brasil;</p><p>§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo</p><p>a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no</p><p>estrangeiro.</p><p>Letra A – Contra a administração pública, por quem está</p><p>a seu serviço.</p><p>Letra B – Na verdade é quando: não ter sido o agente</p><p>absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena.</p><p>Letra C – Na verdade é incondicionada quando praticado</p><p>contra a VIDA ou LIBERDADE do Presidente da</p><p>República.</p><p>Letra D – Hipótese de extraterritorialidade condicionada.</p><p>22. Assinale a alternativa abaixo que não corresponde a</p><p>um princípio utilizado para solucionar o conflito aparente</p><p>de leis penais.</p><p>A) Especialidade.</p><p>B) Alteridade.</p><p>C) Subsidiariedade.</p><p>D) Alternatividade.</p><p>E) Consunção.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>401445.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p>

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