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<p>RESUMO DA UNIDADE Esta unidade apresentará modalidades de intervenções do psicólogo de abordagem humanista, tendo como foco a metodologia centrada na pessoa e na auto realização como definidas pelo seu principal autor, Carl Rogers. Tal atuação profissional tornou-se ampliada, abrangendo intervenções, para citar algumas, em Terapia de Casal e Familiar, na Psicoterapia Breve, nas metodologias de Aconselhamento Psicológico e em Plantão Psicológico - em situação de atendimentos de emergência ou preventivos, na qual a continuidade deixa de ser primordial para dar contenção à uma situação crítica específica. O atendimento de visão humanista tem por princípio alguns norteadores do seu trabalho e investe na autonomia da pessoa, visto que o indivíduo tem todas as respostas necessárias dentro de si, ou seja, no seu universo psicológico. Veremos algumas características da postura do terapeuta, como aquele que acompanha o processo de evolução do indivíduo com empatia, ocupando-se de ser um facilitador e possibilitar que o processo terapêutico se dê em descobertas pessoais significativas. Não podemos deixar de ressaltar a importante influência filosófica onde o existencialismo ocupa sua relevância. e em Psicologia Humanista. Abordagem Clínica Humanista. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>SUMÁRIO RESUMO DA UNIDADE 1 SUMÁRIO 2 APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 3 CAPÍTULO 1 - o SURGIMENTO DA ABORDAGEM HUMANISTA NA PSICOLOGIA 5 1.1 A EPISTEMOLOGIA E A ANTROPOLOGIA 9 1.2 A LINGUAGEM E A PERCEPÇÃO 11 1.3 A VISÃO HUMANISTA DIFERENCIANDO MODELOS VIGENTES DA ÉPOCA 12 CAPÍTULO 2 - A PRESENÇA DO EXISTENCIALISMO NA VISÃO HUMANISTA 19 2.1 A MUDANÇA DE ATITUDE NO RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO 19 2.2 A PSICOLOGIA DA VALORIZAÇÃO DA CONDIÇÃO HUMANA 20 2.3 A METODOLOGIA DE UMA PSICOLOGIA EXISTENCIAL 23 2.4 A RELAÇÃO TERAPEUTA X CLIENTE 25 CAPÍTULO 3 - os DESDOBRAMENTOS DA CLÍNICA HUMANISTA EXISTENCIAL 32 3.1 A CLÍNICA 32 3.2 A CLÍNICA TERAPÊUTICA HUMANISTA 34 3.3 A CLÍNICA DE URGÊNCIA OU PLANTÃO PSICOLÓGICO 37 3.4 A CLÍNICA DA TERAPIA CENTRADA NA PESSOA DE CARL ROGERS 41 3.5 A TRANSPOSIÇÃO DA ABORDAGEM CENTRADA DA PESSOA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 43 3.6 LEITURAS DE ABORDAGEM HUMANISTA-EXISTENCIAL NA ERA VIRTUAL 44 CONSIDERAÇÕES FINAIS 49 REFERÊNCIAS 52 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>APRESENTAÇÃO DO MÓDULO Neste módulo teremos contato com temas gerais da psicologia como: a Intervenção e método em Psicoterapia; Psicologia Humanista; Abordagem Clínica Humanista", que serão distribuídos em três capítulos: Psicologia Humanista; O existencialismo na visão humanista e a Clínica humanista. No primeiro capítulo descreveremos, em termos de psicologia humanista, o que faz menção a análises e contribuições epistemológicas e da antropologia, da função da linguagem e da percepção dentro do contexto humanista e apresenta essa escola em detrimento das visões distintas de outras escolas da psicologia. No segundo capítulo abordaremos a importância do existencialismo na visão humanista, apresentando as nuances da relação terapêutica cliente X terapia, a valorização do processo centrado no sentido e no significado da experiência na natureza humana, descrevendo a metodologia e o método utilizado pela psicologia existencial em concordância com os pressupostos humanistas. O último capítulo faz menção à clínica humanista e as contribuições, raízes e distanciamentos relacionados à fenomenologia e ao existencialismo. Abordaremos a clínica humanista dentro da prática psicoterápica e de outros contextos, como o psicoeducacional, revelando aspectos do plantão psicológico como uma ferramenta para lidar com problemas de urgência na natureza psicológica existencial. Descreveremos, ainda, a abordagem centrada na pessoa como principal expoente da clínica humanista, representada por Carl Rogers, um dos autores mais carismáticos e transformadores da história da Psicologia, trazendo aspectos desse pensamento no contexto educacional e o significado do ensino-aprendizagem criativo, além de abordar o humanismo existencial no contexto da era virtual. Este módulo aponta Carl Rogers para além de psicoterapeuta clássico, mas, também, seu papel nos estudos científicos e suas contribuições para o desenvolvimento de uma ciência humanista. Dentro das análises de abordagem clínica leva-se em consideração o atual contexto da pós-modernidade, a chegada da era virtual e sua repercussão na vida existencial e social do cliente que busca a clínica humanista como forma de trabalhar o autoconhecimento, atualização do self verdadeiro e a ligação entre o indivíduo e sua existência no mundo. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>O engajamento desse modulo envolveu a descrição de uma abordagem humanista caracteristicamente profunda, buscando na clínica suas raízes, desdobramentos e contribuições epistemológicas, filosóficas e antropológicas para a consolidação da escola humanista dentro do contexto mundial e brasileiro, considerando o enfoque muito explorado na contemporaneidade do século XXI, onde o engajamento social é extremamente importante como atributo do ser humano para conquistar, em prol das melhores condições sociais e planetária, portanto, as razões pelas quais a Psicologia Humanista-Existencial tenha seu importante papel na sociedade atual, pois é necessária e conflui para os caminhos da humanidade prevalecer e permanecer existindo. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>CAPÍTULO 1 - o SURGIMENTO DA ABORDAGEM HUMANISTA NA PSICOLOGIA Inicialmente, consideraremos a dimensão filosófica para estudarmos essa abordagem. Para tanto, abordaremos a fenomenologia, ou o estudo dos fenômenos, para compreendermos na essência um pilar importante da observação do homem diante de si e de sua realidade. A influência filosófica do existencialismo é marcante para o surgimento da visão humanista. Assim, compreenderemos brevemente o conceito da fenomenologia: Dentre as correntes mais influentes da filosofia do século a fenomenologia aparece como uma das mais importantes. Inúmeros filósofos se valeram do método fenomenológico como fundamento para pensar e elaborar suas filosofias. Assim, a partir da leitura e interpretação do método fenomenológico formulado por Husserl, autores como Max Scheler, Heidegger, Sartre, Merleau-Ponty, Lévinas e outros desenvolveram suas filosofias à luz desse "método de investigação", como diz Heidegger em Ser e tempo. Ou seja, "a expressão "fenomenologia" significa, antes de tudo, um conceito de método" (HEIDEGGER, 2006, p. 66 apud LIMA, 2014, p. 9). Entre (1940-1945), Carl Rogers, psicólogo precursor da psicologia humanista, inicia os estudos teóricos intitulados de psicoterapia não-diretiva ou aconselhamento não-diretivo, publicando tais ideias em 1942 no livro Psicoterapia e Consulta Psicológica, ele afirmava a importância que tem o insight para a reorganização da personalidade e para o comportamento. Avançando seus estudos, Rogers (1946- 1957), conceituou a psicoterapia como uma readaptação da congruência existente na autoimagem nova formulação de insight e as experiências. Além de criador, foi a mola mestra da orientação não-diretiva. Ainda não se falava em Terapia Centrada no Cliente (RUDIO, 1976). A partir de 1950 as pesquisas sobre motivação pessoal se tornaram de interesse dos pesquisadores da psicologia, de forma inespecífica, a fim de verificar quais fatores estavam agindo e interferindo nos estados emocionais do indivíduo, que poderiam oscilar entre menor intensidade em determinada atividade para um estado mais elevado. Como é de conhecimento no universo da psicologia, o autor mais referenciado é Abraham Maslow, que aborda as motivações para as necessidades do ser humano. Ele cria a pirâmide das necessidades básicas, que numa escala evolutiva entende que o indivíduo ao encontrar satisfação num certo Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>nível, parte em busca de um outro patamar, diferente de antes, e segue numa perspectiva futura, utilizando-se da criatividade como forma de responder às situações e sair em busca de novas. A perspectiva da criatividade é compreendida por uma forma de o indivíduo buscar soluções novas para situações conhecidas, o que promove seu progresso pessoal, partindo de um tipo de necessidade e buscando outras tantas mais desafiadoras. A teoria de Maslow foi escrita em Motivation and Personality, publicado em 1954. Construiu uma teoria baseada em perspectivas da teoria adleriana, freudiana, considerou-a vinculada à tradição funcionalista de W. James e J. Dewey, além de revelar-se em estruturas teóricas do gestaltismo de Weitheimer e do holismo de Goldstein. Foram várias influências, contribuições, combinações e distanciamentos que trouxeram características únicas à teoria holista-dinâmica (PENNA, 2001). cenário da época também estabelecia nas visões do behaviorismo e da psicanálise, as referências para o entendimento dos tais estados emocionais como forma de compreender o comportamento humano. Sendo ambas superadas pela psicologia humanista que, inspirada fortemente pela fenomenologia e pela filosofia existencialista, centrava no conceito de pessoa ao invés de focar no comportamento e conduta. Enfatiza, por si, a liberdade contra o determinismo até então operante nas visões anteriores, tendo como premissas o bem-estar pessoal, a solução de suas próprias questões ao invés da necessidade de controle da conduta e das razões pelas quais se tem que agir de determinada forma e não de outra. A filosofia existencialista esteve presente desde os anos 1930, seguindo para os anos 1940 e 1950, coincidindo com o período de guerra e pós-guerra, cujo cenário de falta de perspectiva e ausência de sentido na vida acabou gerando a necessidade de buscar significado em si mesmo para dar conta da realidade. A partir surge a valorização da pessoa na sua ótica pessoal como forma de transport tais dificuldades. Alguns princípios do existencialismo elencados por Carrasco (2019) de forma objetiva são: A de que somos livres para fazermos escolhas; A de que somos responsáveis pelo que escolhemos; A existência se dá na relação com o mundo; Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>A de que cada pessoa se torna aquilo que faz de si; A de que a existência é única e singular; A de que transformamos o mundo e somos transformados por ele; A de que somos livres para criar sentidos em nossa vida; A de que coexistem diversos modo de Ser; A de que não há modo de o outro sem entender o contexto ao qual está inserido; A de que experimentamos a vida a partir dos afetos. Como resultado do contexto da época, tornou-se natural a influência direta da filosofia existencial com a psicologia, consolidando a visão humanista existencial. Podemos observar também alinhamentos em seus propósitos da prática terapêutica e da visão de homem e de mundo propostas pela corrente filosófica da época: "o existencialismo reconhece e valoriza as características particulares de cada indivíduo, principalmente o que o torna diferente dos demais, ou seja, suas singularidades" (CARRASCO, 2019). Exatamente como os teóricos formularam a teoria e prática psicoterápica que aponta para essa perspectiva. Carl Rogers localiza a herança cultural de sua teoria na filosofia existencial referindo-se a teóricos como Kierkegaard, Martin Buber e Rollo May. Na década de 40, ele foi um cientista que utilizava a psicoterapia avaliando empiricamente seus resultados, gravando as sessões para fins de pesquisa. A transformação da ciência psicológica passa então a não representar o comportamento e sim a pessoa, deixando de conceber a essência do estudo do homem como objeto ou coisa - geralmente atribuído à definição de coisas e objetos do mundo físico. Surge, portanto, a noção do homem como sujeito, que tem prospecção futura de realizações que o tornam satisfeito consigo mesmo e com potencial de efetivo realizador. Direcionado para o futuro, para seu próprio progresso como resultado efetivo de suas escolhas e decisões. O homem visto como sujeito, pessoa autônoma, livre e capaz de encontrar respostas para si e adquirir na prospecção futura - o seu aprimoramento. Nesta perspectiva teórica e prática da ação da psicologia nos modelos psicoterápicos integram os seus principais colaboradores: Gordon Allport, Rollo May, Abraham Maslow, Rollo May e Carl Rogers que, em 1958, lança o livro Existence, Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>pioneiro no movimento fenomenológico-existencial nos Estados Unidos e tendências associadas a adjetivos como fenomenológico, existencial, centrado na pessoa; a conceitos como auto-realização, vir-a-ser, maturação. Tal movimento ganha força e expressão e, em 1962, é criada a associação de psicologia humanista, de onde surgiram diversos debates entre profissionais da época com visões comportamental e da fenomenologia existencial marcada pelo humanismo (ROGERS, 1997). Em 1961, Rogers ganhou reconhecimento nacional com a publicação da obra "Tornar-se pessoa", trazendo como hipótese central a relação de aceitação com o outro, uma força de libertação como forma de utilização para o crescimento, mudança e desenvolvimento pessoal, considerando que cada pessoa por si só é inerente de recursos plenos. Tentaram fazer uma espécie de fusão entre as linhas de pensamento, mas tal iniciativa não obteve sucesso por estabelecerem marcadas distinções na sua epistemologia e a antropologia envolvidas em cada uma. A visão humanista torna-se então a terceira onda da psicologia, singular e distinta das anteriores, da psicanálise e do behaviorismo. A teoria psicanalítica especializou-se no tratamento de problemas do sistema nervoso central e das desordens neuróticas. A teoria freudiana ficou denominada genericamente atrelada às ideias sobre personalidade, patologia e tratamento, adotando a hipnose e a associação livre como principais técnicas de trazer à consciência os conteúdos inconscientes responsáveis pela formação das neuroses (DAVIDOFF, 1983). Principalmente diante desta segunda linha de abordagem, opõe-se diretamente à ideia de controle do comportamento e do determinismo. Os primeiros estudiosos behavioristas tinham algumas teses como os estudos sobre eventos ambientais (estímulos) e o comportamento observável (respostas), a aprendizagem por meio da experiência era tópico investigativo, a introspecção perdia o seu foco em detrimento da experimentação, de testes e observações. Dando vazão a uma consideração que vê e concebe o homem livre, que não nega o determinismo existente nas duas correntes de pensar (behaviorismo e humanismo), porém a compreende como autodeterminação do indivíduo sobre si Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>mesmo e sobre suas posições frente à vida e ao mundo. Ele como o autor principal da sua SAIBA MAIS: O artigo de Virginia Moreira "Revisitando as Fases da Terapia Centrada na Pessoa" contribui com um apanhado histórico da evolução de Carl Rogers em uma linha do tempo marcada por fases ou etapas. Chegando até reflexões contemporâneas, observando-se a continuidade da influência rogeriana na abordagem humanista nos tempos atuais. Título: Revisitando as fases da abordagem centrada na pessoa. Acesse o link: (Acessado em 01 de julho de 2020). MOREIRA, Virginia. Revisitando as Fases da Terapia Centrada na Pessoa. Revista Estudos de Psicologia, Campinas, vol. 27, n°4 Out/Dez 2010. 1.1 A EPISTEMOLOGIA E A ANTROPOLOGIA Elementos fundamentais que marcaram a distinção entre as teorias psicológicas apresentadas acima foram a epistemologia, que se ocupa do estudo do conhecimento e a fonte de todo o saber, distinguindo o que é ciência de senso comum, e a antropologia, o estudo do ser humano em sua cultura, como alguém promotor dela e resultado das suas interações sociais. Assim, o estudo etnográfico que a antropologia propõe, descreve detalhadamente o indivíduo em sua função social como parte da cultura que vive. Portanto, elementos originais de distinção entre a psicologia comportamental behaviorista e a psicanálise. Por princípio, a discussão para as bases teóricas e práticas de cada linha de pensamento ou abordagem psicológica observam os limites entre uma e outra a fim de torná-la específica. O saber científico e o empirismo, que parte da observação do indivíduo, são fontes de referência da epistemologia e da antropologia para compreendermos a existência humana, seja do seu comportamento diante dos desafios sociais e do Ser humano enquanto pessoa. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>A questão centrada na pessoa ou ciência foi e talvez ainda seja um problema filosófico diante do olhar cartesiano sobre o sentido da ciência psicológica e de sua epistemologia, um debate oposto às bases do positivismo lógico, no entanto, Carl Rogers, antes mesmo dos demais teóricos humanistas se preocupou com essa questão e concomitante ao papel de terapeuta foi um cientista que investigou a formação da relação e seus impactos significativos no processo de transformação e mudanças na pessoa: É vidente desde o princípio que a terapia, por ser um fenômeno complexo, é difícil de medir. No entanto, "tudo o que existe se pode medir" e, se a terapia é considerada uma relação significativa, com implicações que se estendem para além dela, vale a pena superar as dificuldades para se descobrirem as leis da personalidade e das relações interpessoais (ROGERS, 1997, p. 235). Não podemos desconsiderar que a psicoterapia é o canal que abre uma dinâmica imprescindível para a mudança comportamental. A ciência existe nas pessoas. Os projetos científicos têm o seu impulso criativo e a epistemologia científica ou não é aquela subjetivamente aceita. A verificação de alguma hipótese é intersubjetiva e tem papel importante na compreensão científica, no entanto, não é só a origem, o desenvolvimento ou a conclusão da ciência que utiliza o recurso subjetivo, mas sua própria utilização e, em termos das descobertas científicas sobre a personalidade, é e será uma decisão subjetiva e pessoal do pesquisador, inclusive a investigação na psicoterapia (ROGERS, 1997). IMPORTANTE! Assista ao vídeo sobre Epistemologia da Psicologia Humanista, que muito irá lhe auxiliar a compreender os meandros da distinção entre as teorias e práticas psicoterápicas do Behaviorismo e Psicanálise; apontando a Psicologia Humanista como a terceira força, valorando o indivíduo, sua experiência pessoal, a auto realização, motivação e criatividade. Vale conferir! Documentário sobre o assunto: Psicologia Humanista: a terceira força da psicologia. Disponível em: (Acessado em 29 de junho de 2020). Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>1.2 A LINGUAGEM E A PERCEPÇÃO A linguagem também se tornou elemento marcante na época para a evolução da psicologia. Os estudos nessa área estavam focados em dois aspectos: como é adquirida e como é usada e são conhecidos como psicolinguística. As formas de comunicação estudadas foram: reflexiva padrões estereotipados, de natureza reflexa, gestos e sinais da emoção que não expressam um propósito de transmitir aquela informação; intencional ou propositada afeta o receptor da informação e pode mudar seu curso de resposta conforme a interação. A linguagem é o tipo mais sofisticado de comunicação intencional ou proposital (DAVIDOFF, 1983). A linguagem é uma função criativa e em primeiro plano ao considerar a linguagem como caminho do pensamento, identificada por Watson e inspirada em Wundt. Indo além do que ela poderia representar em termos de códigos comunicacionais e precisamente por ser veículo de expressão do pensamento. Em segundo plano, a linguagem vista como objeto de pesquisa do ser humano, a expressão da interiorização da linguagem, como descreve Penna (1978). Watson acaba por marcar uma psicologia do tipo estímulo e resposta, identificada com o Behaviorismo. Até 1951 estudou-se as perturbações no domínio da linguagem com a contribuição dos neuro patologistas e, a partir de 1951, surgem as contribuições da psicolinguística centrado na interdisciplinaridade das pesquisas sobre a linguagem. A natureza da percepção é operação ativa e complicada e não se trata de ser um espelho exato da realidade, pois as expectativas criadas pelo contexto influenciam o que se vê, supondo numerosas atividades cognitivas, além da influência da consciência e da memória no processo perceptivo. A linguagem também influencia a cognição, moldando a percepção de forma indireta. A percepção é o ponto de encontro entre a cognição e a realidade. O processo perceptivo complexo depende do sistema sensorial e dos processos cerebrais. Em estudos iniciais os cientistas catalogaram onze sentidos humanos distintos (visão, audição, paladar, olfato tato "somato-sensoriais": contato físico, pressão profunda, calor, frio e dor, o sentido cinestésico e o vestibular) (DAVIDOFF, 1983). Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>Os estudos relativos à percepção também promoveram a evolução da psicologia, no que tange à visão humanista, o crédito todo é dado à visão que a própria pessoa tem de sua história, seus sentimentos e forma de pensar. A psicologia humanista se envolve com as subjetividades do sujeito, como forma de compreender suas vivências, a maneira como estabelece essas relações consigo, com o outro e com o mundo. Para Carrasco (2019), o existencialismo reconhece e valoriza as características particulares de cada indivíduo, principalmente o que o torna diferente dos demais, ou seja, suas singularidades. Os estudos sobre a organização da percepção visual foram algumas das contribuições no campo da neuropsicologia e dos estudos da psicologia da gestalt. No contexto contemporâneo, em pleno século XXI a visão humanista é um reflexo do século XX, que surgiu em meio ao behaviorismo e à psicanálise, distinguindo-se de ambas e rompendo tais paradigmas entre o condicionamento e a interpretação e ênfase na doença tirando a autonomia do paciente mantendo-o passivo diante de um quadro psicológico e que delega tal tratamento; tornando o psicoterapeuta detentor do processo evolutivo do paciente, definindo os elementos de sua evolução como a propositura de cura se esta ocorrer na ótica do psicólogo. 1.3 A VISÃO HUMANISTA DIFERENCIANDO os MODELOS VIGENTES DA ÉPOCA A psicologia humanista ficou conhecida como a terceira força da psicologia e surgiu no contexto do final da década de 50 e início da década de 60, no qual as duas escolas da psicologia estavam consolidadas: behaviorismo e psicanálise. Essa visão contrapunha o cenário de estudos sobre a psicologia da época e colocava Maslow como principal interlocutor dentro da rede de correspondência, a qual ele mesmo intitulou "Eupsiquiana" com o objetivo de fortalecer e discutir as ideias que propunha em detrimento do pensamento ortodoxo vigente (Castañon, 2007). Os humanistas questionavam quatro pontos fundamentais na teoria behaviorista: pesquisas experimentais com animais para abordagem à compreensão experencial humana; que os temas de pesquisa em psicologia não fossem escolhidos por conveniência experimental e sim pela importância para o ser humano Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>e pela relevância para a epistemologia psicológica; concepção mecanicista e reativa em detrimento da proatividade da natureza humana; afirmar e catalogar comportamentos humanos não descreveria adequadamente a natureza humana, considerando que a gestalt afirma a pessoa como sendo mais do que a soma de comportamentos isolados (Castañon, 2007). A psicologia humanista reagiu à psicanálise também, considerando-a reducionista, determinista, fatalista e pessimista diante da visão de homem e de mundo que essa teoria propunha, considerando que para Freud haveria fixações emocionais na personalidade originadas do trauma infantil, aspecto baseado fortemente na biologia da personalidade. Maslow criticou diretivamente os estudos sobre a neurose e a psicose, afirmando que a psicologia deveria in para além da patologia, centrando suas contribuições científicas para o estudo das qualidades e características positivas do homem, (como a alegria, o altruísmo, a fruição estética, a satisfação ou o Os estudos deveriam ser centrados na pessoa e não na doença. O pensamento humanista teve influências de Kurt Goldstein, Gordon Allport, Henry Murray, Gardner Murphy e que na história do surgimento da sua história teve relação com o existencialismo na década de 50. No entanto, é importante ressaltar as diferenças entre essas duas correntes da psicologia e que existem especificidades no pensamento como as contribuições de Rollo May, que introduzia de filósofos como Soren Kierkegaard e Martin Heidegger, e Maslow que criticou algumas tendências do existencialismo, como o niilismo de Nietzsche; a glorificação do nada de Sartre e a vivência da vida como um absurdo sem sentido de A. Camus. Apesar das aproximações desses dois pensamentos, o maior distanciamento foi a crítica sobre a proposição de Sartre de que a existência precede a essência, ou seja, o filósofo nega a essência da natureza humana. Os humanistas acreditam tanto na filogênese, quanto na ontogênese da essência na natureza humana. No contexto da afirmação humanista no cenário global e brasileiro, surgem as contribuições de Viktor Frankl com a teoria da logoterapia que, com os seus estudos, foi aperfeiçoando os detalhes aos estudos humanistas e a proximidade desses dois pensamentos se evidenciava. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>A abordagem humanista seguiu rigorosamente os pressupostos estabelecidos pela ciência moderna, como na física e na biologia estabelecendo leis universais sobre as humanidades, seguindo um fluxo sobre as crenças que a ciência moderna estabeleceu: [...] comecemos pela primeira, que é a crença de que o objeto de investigação existe independentemente da mente do observador. A isto chamaremos Realismo Ontológico. A segunda destas é a crença na estabilidade, pelo menos em alguns de seus aspectos, do objeto que se estuda, a isto chamaremos Regularidade do Objeto; a terceira é a crença de que através do método adequado, podemos a conhecer algo sobre o objeto, a isto chamaremos Otimismo Epistemológico; a quarta é a assunção das leis básicas da lógica clássica na formulação de argumentos válidos, os Pressupostos Lógicos, e, por último e tão fundamental quanto, a crença de que podemos representar adequada e estavelmente o mundo através da linguagem, a isto chamaremos aqui, Representacionismo 2007, p. 110). A abordagem do objeto de estudos da psicologia humanista é bem peculiar, pois entende que saber sobre as causas do comportamento humano não é o suficiente, pois há o componente subjetivo do sentido e significado que o humano dá para o seu comportamento e para analisar o comportamento do outro, uma conjuntura que é parte complexa da humanidade e de sua ontologia enquanto sujeito em evolução. A natureza humana é parte da relação com o universo e não um resultado do objeto das leis físicas, na verdade um emaranhado complexo de toda a química universal. A premissa central, objeto de estudo da ciência psicológica humanista é o sentido da experiência humana. Imprescindíveis são as análises dos constructos humanos (amor, ódio, medo, angústia, esperança, felicidade, humor, amizade, altruísmo, sentido da vida, responsabilidade, o morrer, criatividade, sentimento estético, sonhos, empatia, metas, meditação, experiências paranormais, experiências místicas, experiências culminantes, valores e sentimento moral) para os estudos científicos da ontologia e epistemologia da psicologia humanista. Quanto à concepção epistemológica do método, Wilhelm Dilthey foi o mais influente filósofo da psicologia humanista, pensamento antropológico que favoreceu a utilização do método ideográfico (posição ontológica que dá autonomia ao objeto de estudo, buscando o significado e o sentido da experiência humana, considerando todos os seus constructos nessa análise) na busca pelo fenômeno humano entendido em suas interconexões plenas de sentido, no entanto, alguns Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>pesquisadores identificaram na maioria das pesquisas em psicologia humanista quatro métodos: experimental, fenomenológico, hermenêutico e o psicológico perceptual, advindo da prática clínica. que é peculiar a todos eles: a abordagem compreensiva na direção do sentido e o significado da experiência humana e do sujeito que a experencia; o contexto dos estudos se localiza na realidade do mundo e da sociedade. A compreensão sobre o fenômeno segue a partir do próprio fenômeno, então é sua própria transcendência. A técnica utilizada na psicoterapia existencial humanista é o grande desafio, como também é para a pesquisa científica: compreender o fenômeno enquanto fenômeno, esbarramos então num dilema compreender os "porquês" da existência. Filosoficamente entramos no campo do desespero humano na contemporaneidade o fato da vida estar desprovida de sentido? que há de conexão com o contexto atual? De certo modo a filosofia existencial mostrou tanto a beleza quanto a barbárie da humanidade, ou seja, mostrou as condições degradantes de vida e as mazelas nas quais as humanidade se encontra, condições destrutivas, criação da própria humanidade, ditando modos de viver ameaçadores para a essência da natureza humana (CAMON, 1999). Carl Rogers foi um dos precursores humanistas que se dedicou à questão científica no cenário da psicoterapia e que entendeu a legitimidade do significado e do sentido em termos do que a experiência psicoterápica poderia lhe dar as bases científicas humanistas. A compreensão do fenômeno foi abordada por ele dentro da complexidade terapêutica utilizando a lógica e os métodos da ciência moderna. Rogers conseguiu resolver, em partes, algumas questões epistêmicas sobre a psicoterapia humanista e a ciência que eram dilemas conflitantes. A questão central é colocar o terapeuta e/ou cientista na categoria humana, subjetiva, existencial, com os valores que têm, como base para as duas questões, partindo de uma análise EU-TU, na experiência individual ou coletiva, focada no fenômeno do próprio fenômeno, e somente desta maneira consigo entender as nuances do que significa: as humanidades (ROGERS, 1997). Uma aplicação desta perspectiva pode ser encontrada no artigo intitulado "Construindo narrativas compreensivas a partir de encontros dialógicos: um caminho em busca de significados". Nele os autores descrevem uma estratégia metodológica original que vem sendo desenvolvida em Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>investigações fenomenológicas que buscam desvelar a natureza dos fenômenos humanos a partir da descrição e compreensão das experiências A maneira tradicional consiste na gravação de longas entrevistas que são posteriormente transcritas e analisadas. Propõem os autores que o contato do pesquisador com os participantes para compreender suas experiências sobre determinado fenômeno seja efetivado por meio de encontros dialógicos. pesquisador escreve narrativas compreensivas, em primeira pessoa, sobre os encontros vividos com cada participante objetivando apreender seus significados a partir de suas próprias impressões, suscitadas pelo diálogo que se deu acerca do tema da investigação. Uma narrativa síntese é construída para dar prosseguimento ao processo de análise fenomenológica, desvelando os elementos estruturais do fenômeno que emergiram das experiências de todos os participantes. Ao final deste tipo de análise fenomenológica, é possível apontar o sentido das experiências Trata-se de um processo em que a relação interpessoal constitui a base para a compreensão de experiências singularmente vividas (CURY, 2017, p. 1). Para fazermos uma breve correlação e observarmos como a expansão dessa visão nos trouxe desdobramentos importantes e significativos, ressaltamos que a partir dessa abordagem, tenha nos mostrado e possibilitado avançar na ciência da psicologia aplicada em vários e diferentes campos da vida do homem, do sujeito e indivíduo. Trazendo ao cenário da psicoterapia uma vastidão de campos de atuação, seja na vida do indivíduo em si como nas suas interações - pois a medida de seu autoconhecimento está relacionada aos seus inter-relacionamentos, onde o indivíduo como princípio filosófico existencialista conhece a si por meio do outro, resultado dessa interatividade na dimensão do que esta reflete, podendo ser no campo pessoal, íntimo, enquanto casal, família, profissional e no campo da vida social, enquanto cidadão. Compreendendo-se assim que a psicologia humanista tem sua atuação e desdobramentos em seu espectro de ação, abrangente, assim como o ser humano o é. Os desafios em termos de psicoterapia, ciência e o fenômeno humano dentro da perspectiva humanista devem ser entendidos dentro do contexto vivido nos últimos 30 anos, em que houve uma rápida transformação da humanidade e da vida cotidiana, inclusive da repercussão da pandemia na vida existencial de todos. Vivemos num contexto de incertezas, fluidez e estados líquidos de amor e experiências vividas através da internet e das redes sociais. A era do vazio, expandiu o conceito sobre o "homem light", substancial, sem conteúdo, entregue à sociedade do ter e do prazer, do poder e do sucesso sem restrições. Esses Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>problemas existenciais contemporâneos de certo modo influenciaram a desintegração da unidade psíquica, da perda do sentido. O sentido da rapidez e da fluidez dessas experiências humanas se distancia da essência da natureza humana e outro fenômeno ganha espaço: o da superficialidade, o que consequentemente contribui para a perda da vivência da dimensão da profundidade, a experiência do amor, por exemplo, é curtida sem interioridade, intimidade. É necessário entender a raiz dessa nuance pós-moderna para compreender a importância da psicologia humanista na psicoterapia e na ciência, pois reorganizar a existência humana e buscar com o cliente o seu self verdadeiro é de fato um desafio para o terapeuta e/ou cientista existencial/humanista. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS CAMON, V.A.A. (org.). A prática da psicoterapia. São Paulo: Pioneira, 1999. CARRASCO, Bruno Barbedo. Existencialismo e Psicologia. MG: Ex-Isto. 2019, ed. (Kindle, Amazon). CASTAÑON, G. A. Psicologia humanista: a história de um dilema epistemológico. Memorandum, 12, 105-124, 2007. Acesso em 13 dez. 2020, da World Wide Web. Disponível em: CURY, V.E. Estudos de Psicologia. Campinas 34(4) 1-2. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/estpsi/v34n4/pt_1982-0275-estpsi-34-04-00001.pdf. Acesso: 13 dez. 2020. DAVIDOFF, L.L. Introdução à psicologia. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983. LIMA, A.B.M (org.). Ensaios sobre fenomenologia: Husserl, Heidegger e Merleau- Ponty. BA: Editus, 2014. MAY, Rollo.Psicologia Existencial. Rio de janeiro: Ed. Globo, 1986. MOREIRA, Virginia. Revisitando as Fases da Abordagem da Terapia Centrada na Pessoa. Universidade Federal de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Psicologia Humanista. Revista Estudos de Psicologia, Campinas, vol. 27, n°4 Out/Dez 2010. PENNA, Antonio Gomes. Introdução à História da Psicologia Contemporânea. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>PENNA, A.G. Introdução à motivação e emoção. Rio de Janeiro: Imago Ed., 2001. ROGERS, C. R. Tornar-se pessoa. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997. RUDIO, F.V. Orientação não-diretiva na educação, no aconselhamento e na psicoterapia. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1976. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>CAPÍTULO 2 - A PRESENÇA DO EXISTENCIALISMO NA VISÃO HUMANISTA 2.1 A MUDANÇA DE ATITUDE NO RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO A intervenção clínica humanista se ocupa em colocar o indivíduo como centro da sua relação com a própria vida. A visão humanista talvez seja das abordagens e práticas psicoterápicas a que mais se aproxima da condição humana; que valoriza a humanidade necessária para se viver os desafios e ciclos naturais da vida, concebendo que o sentido da vida acontece a partir da elaboração desses significados e da reconciliação com as pessoas importantes de sua história de vida, contribuindo com o sentimento de autorrealização. Sendo uma abordagem que se propõe ao estudo da consciência humana frente à própria vida, à conduta, ao modo de estabelecer relações, de como se apreende e se vivencia a vida na ótica da própria pessoa; sob o seu viés de percepção dos fatos e decisões, da ação como reflexo do psiquismo, da gestão emocional e dos registros dessas vivências que vão constituir o seu acervo pessoal. Tudo isso confluindo para o seu autoconhecimento, uma importante aquisição de enriquecimento pessoal extremamente valorizada nos tempos atuais. Os aspectos como a autorrealização, a motivação e impulso para buscar novos elementos de satisfação na vida são elementos agregados a isso. Podendo associar-se aí à uma vida com propósito e ao sentimento de felicidade - que confere significados que fazem sentido para seu próprio autor. A "terapia centrada na pessoa", assim como Carl Rogers intitulou, tem esse instinto de valorizar e potencializar que o indivíduo seja capaz de fazer suas próprias escolhas e a direcionar-se no campo das atitudes, pois compreende que as respostas todas estão dentro dele mesmo, que a figura do terapeuta é de acompanhamento do seu progresso e a de criar um canal empático em todo esse desvendar; possibilitando uma menor interferência de leituras que não seja a do próprio cliente. O terapeuta surge como um facilitador dessas descobertas e não o detentor de seu processo, caminhando no ritmo do cliente. Carl Rogers (1997) no capítulo 4 do livro Tornar-se Pessoa aborda que a terapia desempenha um papel extremamente importante na libertação de sentimentos e emoções relativas a Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>situações vividas por um processo de facilitação, que é a terapia, contribuindo o desenvolvimento psicológico e para a maturidade do indivíduo, desbloqueando-o: A essência da terapia (...) é um encontro de duas pessoas, no qual o terapeuta é aberto (...) e com receptividade entrar no mundo da outra pessoa. (...) cliente sente-se confirmado (para usar o termo de Buber) não somente no que ele é, mas em suas potencialidades. Pode afirmar-se, temerosamente de estar certo, como uma pessoa única, separada. Pode tornar-se o arquiteto de seu próprio futuro através do funcionamento de sua consciência. que isso quer dizer é que já que ele está mais aberto à sua experiência, pode permitir-se viver simbolicamente em função de todas as possibilidades. Pode consentidamente dar vida, em seus pensamentos e sentimentos, aos impulsos criativos dentro de si mesmo, às tendências destrutivas que ele descobre dentro de si, ao desafio do crescimento, ao desafio da morte. Pode fazer face, em seu consciente, ao que para ele significa ser, e o que lhe significa não ser. Torna-se uma pessoa humana autônoma capaz de ser o que é e de escolher seu caminho. Este é o resultado da terapia, vista por esta segunda tendência (ROGERS apud MAY, 1986, p. 100-101). IMPORTANTE! Carl Rogers (1986) num dos capítulos do livro Psicologia Existencial, enfatiza que a importância do Encontro em terapia é primordial, é eficaz para o processo, mais do que adotar qualquer técnica de condicionamento ou teoria. Referia-se ao Encontro entre terapeuta e cliente pela compreensão empática. 2.2 A PSICOLOGIA DA VALORIZAÇÃO DA CONDIÇÃO HUMANA A visão humanista talvez seja aquela mais ampla da psicologia, destinando-se a tratar a conduta humana nas mais diversas esferas. Os desafios da vida acarreta demandas pessoais, e as transformações naturais pelas quais passa, trazem ao Ser Humano uma maior complexidade frente à sua vida. As mudanças de condutas, as adaptações frente às situações que demonstraram travas ao que se entende por felicidade pessoal, realização e ter estímulo para viver, tornaram-se grandes conquistas a se alcançar. May (1986) ao posicionar esta abordagem psicoterápica denomina de psicologia existencial ao organizar o livro de mesmo nome em meados da década de 60, fazendo menção de que esta não se trata apenas de mais uma escola dentre as tantas surgidas na época, na América, e sim, algo que influenciou decisivamente a tendência atual para uma terapia ativa, direcionada para a realidade. Registra que Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>"este enfoque abre para a indagação psicológica, áreas significativas, tais como as atitudes para com a morte, até então notadas por sua ausência em Psicologia" (Rollo May no Prefácio da edição da obra Psicologia Existencial, 1986, online). Neste sentido a psicologia humanista centrada na pessoa, parte do pressuposto de que a clínica psicoterápica possa tratar questões da pessoa na sua própria visão e da própria linguagem - um processo sofisticado de leitura de si mesmo. Sendo o indivíduo um Ser social que interage e conhece mais de si mesmo a partir dessas interações, a sua visão de mundo passa a ser norteadora de sua existência - do modo como compreende e faz as leituras dos fatos. A intervenção clínica de visão humanista talvez seja aquela mais humanizada frente ao desafio da solução dos conflitos que o afligem. Sejam questões da sociedade, íntimas, familiares, profissionais. O fato que tal visão se amplia na extensão do Ser, em seus diversos papéis e funções que ocupa na vida. Sua ampliação é uma forte característica que dá essa dimensão do Homem por inteiro, que este indivíduo possa tornar-se satisfeito consigo mesmo, como alguém que se encontrou primordialmente na sua essência, sendo quem é, de fato, e não necessariamente o que gostariam que fosse ou representasse. Um Ser satisfeito e realizado, tanto que tal abordagem tem também seu centro na autorrealização, na qual o sentido de in alcançando novas etapas ou ciclos, vão se aproximando desse sentido único e pessoal. A psicologia clínica tem seu arcabouço nos meandros da condição literária, ajudando o cliente na compreensão de sua própria existência, atribuindo inclusive uma nova concepção sobre sua condição humana, ou seja, é um processo de aprendizagem em que a educação tem o foco em aspirações para a autorrealização (CAMON, 1999). Para alguns, a psicoterapia exige um nível de elaboração sobre a vida, os acontecimentos e as prospecções de tudo o que se deseja viver se torna inalcançável ou até mesmo desnecessária se a pessoa tem ideias de distanciamento sobre si mesmo; ou seja, o medo de saber mais a respeito de si é tão assustador que acaba gerando boicotes a si, entraves ao seu próprio progresso e evolução. Estamos mais acostumados a observar pessoas evitando o que é desagradável, negativo ou difícil; no entanto, há seres que se assustam com a Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>viabilidade de algo melhor por viver exatamente por não ter alcance de como seria esse melhor, e então nivelam a vida por baixo. Desacreditam que sejam capazes de se envolver em um caminho de descoberta onde possa buscar o seu auto melhoramento, passando a compreender que a realização da vida é tão somente a rotina concreta de sua vida, a concretude unicamente, sem qualquer associação com reflexão e sentimentos, meios de inspiração para obter maiores e melhores alcances de satisfação. Isso se refere à experiência que a vida em si nos dá, quando nos envolvemos com o trajeto que a vida proporciona, estamos mais envolvidos num fazer a vida de modo que nos represente. Essa é a marca da psicologia humanista: fazer sentido para quem a vive e a partir dos significados que ela oferece, poder elaborar e constituir pela experiência do viver e fazer dela um caminho de revelações sobre si mesmo. A psicologia humanista com o viés filosófico fala intimamente nessa perspectiva da valorização da experiência do viver, que é por onde o indivíduo pode se aprimorar e lapidar sua personalidade e os valores pelos quais rege e respeita a vida. A psicologista humanista tem uma tendência peculiar em considerar o ser humano sob a ótica da compreensão positiva da vida, partindo do oposto da visão pessimista que a psicanálise tem em relação à visão de homem. Falamos no primeiro capítulo sobre o contexto da época quando do surgimento da psicologia humanista e abordamos a motivação referências íntimas que mobilizam a pessoa mais para um sentido e menos para outro. O que move o sujeito em busca dessas realizações e satisfações é foco de interesse da prática clínica humanista, que se interessa pelos processos criativos com os quais o indivíduo se envolve quando está diante dessa capacidade de elaborar seus conteúdos e aprimorar-se, educar-se e adquirir novos significados que serão extremamente importantes nessa sua escalada evolutiva. O Ser que busca realizações e satisfações é um indivíduo que, além de procurar experiências que o coloquem em nova posição, mais evoluída também, lhe permite aflorar sentidos e novos significados que são novos aprendizados. Sua capacidade de responder à vida se amplia. A percepção de si diante da realidade lhe torna com condições de criar melhores oportunidades para a própria vida e, com isso, seu desenvolvimento se dá de melhor forma. Essa é uma das razões pelas Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>quais a psicoterapia tem o seu valor, a de proporcionar melhores e mais resultados na pessoa. Vemos que a abordagem e intervenção humanista aposta na compreensão empática a fim de possibilitar condições para uma aceitação de si mesmo mediante a postura do terapeuta que o compreende e o escuta. Nesta aceitação humana muito do processo se dá na medida do conforto do cliente que se vê diante da própria realidade. terapeuta valida sua existência tal como o sujeito é. Carl Rogers menciona: Existe na relação terapêutica um determinado número de processos para tornar mais fácil ao cliente comunicar-se. Posso, com minha própria atitude, criar uma segurança na relação, o que torna mais possível a comunicação. Uma sensibilidade na compreensão que o vê como ele é para si mesmo e que o aceita (ROGERS, 2009). 2.3 A METODOLOGIA DE UMA PSICOLOGIA EXISTENCIAL May (1986) menciona que o Existencialismo é uma atitude, uma abordagem dos seres humanos e não uma escola ou grupo especial, embora lhe dê subsídios relevantes. Não é um conjunto de técnicas, embora possa dar-lhes origem. É antes uma preocupação em compreender a estrutura do ser humano e sua experiência, a qual deve, em maior ou menor grau, estar subordinada toda à técnica. autor acima enfatiza a presença do existencialismo na Psicologia, o que a diferenciou totalmente das demais linhas psicoterápicas até então conhecidas da época e que acabou sendo incorporado à chamada Psicologia Existencial, trazendo mudanças de postura para o terapeuta e uma nova atitude no relacionamento terapêutico, ao procurar compreender o indivíduo na sua totalidade, pelas experiências vividas e sua dimensão particular em relação a isso. Sem compreender o indivíduo enquanto comportamento ou a própria psicologia como estudo do comportamento aquilo que expressa, que passa a ser conhecido e testemunhado muitas vezes por outras pessoas. A dimensão existencial traz a particularidade, o enfoque de valorizar as experiências vividas suas referências pessoais ao invés de processos terapêuticos que visam enquadrar o sujeito desta ou daquela forma, seja à uma expectativa ou fruto de interpretação do psicoterapeuta. A filosofia da Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>existência trouxe diversas contribuições ampliando seu espectro e conferindo satisfação, realização e valorização pessoal. May (1986) aponta a necessidade de o terapeuta estar aberto e considerar o valor das experiências vividas pelo indivíduo, a fim de refletir sobre os métodos da terapia e a relevância de um método cuja psicologia centraliza na relação conduta- experiência. A clínica humanista é democrática, voltada a atender vários públicos; é interdisciplinar, comunicando-se com outras ciências o que é extremamente rico pelas contribuições que é capaz de oferecer às várias áreas do conhecimento; tem no psicólogo humanista o aspecto de se ver diante das demais contribuições da ciência que, pela sua essência, dialoga com a antropologia, filosofia, artes, educação, gestão e outras áreas. No segmento da educação tem seu campo de relevância, no aprender novas respostas e ao respeito ao ritmo de cada um. sentido do aprimoramento é tão representativo que torna o indivíduo numa concepção do aprender constante, que muito enfatiza o valor de aprender a todo tempo com o significado que as experiências proporcionam. A psicoterapia em si já não pode mais ser vista como elitista como em certas épocas teve essa imagem na sociedade. Quem busca psicoterapia? Se não fossem as pessoas desequilibradas somente aquelas que podem pagar caro pelas consultas uma visão que foi frequente em nosso meio. Um certo distanciamento houve da sociedade em compreender e remunerar o profissional clínico para conversar e dialogar sobre suas questões. Compreende-se de forma linear que se a terapia é somente conversar sobre a própria vida, isso pode ser visto como um luxo e, por isso, essa proporção de elitismo aos que pagam para falar sobre seus problemas e questionamentos, sem compreenderem a extensão da psicoterapia como tratamento que é. No entanto, a psicologia humanista pela própria consideração é nada elitista, adotando como premissa uma linguagem clara e simples seja para ser bem compreendido como para facilitar o processo de autocompreensão do sujeito ou cliente. Despertar a confiança, contribuir para formação do vínculo necessário para que a relação seja envolta nessa atmosfera de conforto e acolhimento que o cliente precisa para sentir-se compreendido e de fato ser. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>O psicoterapeuta não adquire a posição de distanciamento ou soberba quanto ao saber, seu conhecimento, é a figura de quem detém o poder de resolver a vida das pessoas. O psicoterapeuta humanista é facilitador do processo psicológico e psíquico do cliente. Sua comunicação precisa ser clara realmente sem palavras técnicas ou conceitos herméticos que retiram o aspecto de empatia, de compreensão do outro. Finkler aponta que "ao psicoterapeuta humanista não interessa somente a vida pura e simples das pessoas. Esse especialista se bate profissionalmente em ajudar ao Homem a viver bem, a viver relativamente feliz, independente da sua condição social ou financeira" (FINKLER, 2000, p. 12). No cenário atual, em pleno século XXI, a psicoterapia vem sendo muito demandada e tornando-se algo extremamente valoroso e acessível a todos. A saúde mental reflete o bem-estar pessoal necessário para administrar emoções, conflitos, conduzir sentimentos e tomar decisões que reflitam algo construtivo e positivo: A principal finalidade da psicoterapia é fazer com que o paciente readquira sua condição humana, acreditando em suas potencialidades, descobrindo- se em aspectos que para si eram nebulosos para, em última instância, acreditar nessa condição humana. Por isso é que psicoterapeutas mais afirmam que, independentemente da linha teórica, o processo psicoterápico é eficaz quando tem a capacidade de resgatar o paciente de seu sofrimento emocional, gerado, quase sempre, pela perda que tangencia sua potencialidade humana de recuperação diante dos desatinos da própria vida ou ainda, nas palavras de Merleau-Ponty, para quem o puro espectador em, que ergue toda coisa à essência, que produz suas ideias, somente tem garantias de com elas tocar o ser atual que é o modo do ser predicativo. É dizer que a própria descoberta de sua condição humana é a matriz libertária para o enfrentamento do conjunto de problemáticas que podem estar cerceando seu desenvolvimento existencial (CAMON, 1999, p. 74). 2.4 A RELAÇÃO TERAPEUTA X CLIENTE Na dimensão da psicologia humanista vamos encontrar uma transformação tanto na postura e ação do psicólogo como na visão da pessoa, indivíduo ou sujeito do processo. E essa dinâmica modificou por si mesma todo o método até então conhecido em linhas terapêuticas, das reconhecidas da época como a Psicanálise e o Behaviorismo. Nota-se uma modificação de postura tanto do terapeuta, que permite uma nova forma de identificar as questões do sujeito, amparado pela ótica Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>do sujeito que vivencia a experiência da sua vida, creditando à liberdade humana, a força de sua capacidade de escolher e dar conta da crise existencial em que o indivíduo muitas vezes se encontra diante dos dilemas da vida. Tal postura centrada na pessoa conhecida como Abordagem Centrada na Pessoa ACP é referenciada pelo livre arbítrio, pelo valor da experiência, do direito de escolha e promoção da autonomia. Diferindo totalmente da visão focada no comportamento humano, ou seja, no resultado, na execução definida pelo seu empenho. indivíduo, portanto, é visto como um Ser em relação, diante da sua existência e buscando significados e sentido para suas experiências. Um tempo necessário para elaborar suas experiências como forma de ampliar consciência sobre si mesmo, sobre a vida em si e sua contribuição com o mundo. A vivência da dimensão existencial confere a esta abordagem o ingrediente que dá direcionamento à satisfação, estimulada pelos impulsos, desejos e motivações para sua autorrealização. processo terapêutico se dá pela evolução do sujeito por meio do que ele vivencia, elabora e evolui para uma construção de realidade diferente de antes, resolvendo suas questões e tendo subsídios para lidar com conflitos bem como desenvolvendo a auto aceitação e a compreensão do outro pelas interações que estabelece; que compreende e se conhece a partir do outro, ou seja, que precisa do outro, estabelecendo relações como forma de contribuir para o seu autoconhecimento. Para facilitar sua assimilação, a partir da leitura dos livros "Tornar-se Pessoa", de Carl Rogers (1997), e "Psicologia Existencial", organizado por May (1986), sintetizamos em tópicos as premissas do trabalho do psicólogo de abordagem humanista existencial, assim como a concepção do sujeito envolta na relação terapeuta X sujeito/cliente. Sendo as Empatia extremamente significativa para estabelecer o vínculo necessário de confiança para que a relação terapeuta X cliente se dê. Elaboração dos conteúdos por parte do cliente pois ao entender ele mesmo o sentido de tudo o que vivencia acaba por dar significado a esses sentimentos. Empoderamento ao cliente ele próprio é capaz de guiar-se e como consequência edificar sua vida, sendo potencializado para isso pela ação Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>do terapeuta, impulsionando a desvendar seu potencial, desenvolver e aprimorar habilidades. Com isso, o cliente é capaz de criar respostas novas para a vida, seguindo para uma evolução. Retirada da visão do paciente que retrata alguém passivo diante de seu quadro emocional, psicológico. A relação entre doença e saúde é marcada no sentido de que a ênfase seja na cura portanto na resolução das situações que são verdadeiros estados emocionais ao invés de conceber que sejam condições crônicas como a doença estabelece sendo um conjunto de sintomas que direcionam a um quadro de doença ao invés de algo que transita para um novo estado de equilíbrio à medida em que este seja estimulado. Terapeuta, o psicólogo humanista na relação com o cliente ocupa a função de facilitador do processo de descoberta dele mesmo. Sendo estimulado, empoderado neste sentido, com seus códigos de compreensão e digamos apontando para o terapeuta os caminhos que entende ser positivos para si. Visão humanista tem em si uma aliança com a filosofia, o modo de pensar e ver o mundo. Isso influencia enormemente a relação deste com a vida como um todo. O existencialismo confere ao Homem essa titularidade e sua marca digital em tudo o que edifica pois compreende que ele se torna satisfeito e realizado à medida que oferece respostas e lida com a realidade de modo que entenda que esta forma o representa. Existência do Homem: esse caminho de construção de si mesmo lhe dá a direção para a formação ética do seu caráter- cujos valores serão norteadores de sua conduta. Estabelecendo um padrão moral ético entre o certo e errado, mas não tão somente nessa linha direta e cartesiana, e sim, ressaltando que a adoção de valores humanos quando aplicada à vida como um Todo, confere uma melhor qualidade humana, que se aprimora e se aperfeiçoa à medida em que os desafios sociais surgem provocando novas necessidades como produzir novas respostas para situações até mesmo já conhecidas. A medida de seu descontentamento Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>acaba surgindo como necessidade de mudança e impulso para produzir novos resultados que contribuam para sua autorrealização. Valorização pessoal e reconhecimento pessoal - fundamentação na conquista e edificação da própria vida nessas bases. Criatividade como a capacidade de buscar condições novas para sua satisfação e realização. Terapeuta como facilitador do processo de autoconhecimento, ao invés de detentor do processo. Pauta-se na análise fenomenológica, na descrição do modo como o cliente vivencia a situação, sem promover análise crítica e que coloque a pessoa em desconforto ou julgamento. A linguagem é parte eficiente desse processo de compreensão na interação entre psicólogo e cliente, sendo, portanto, humanizada. Aproximando-se do princípio rogeriano de uma comunicação entre existências. Psicólogo viabiliza a ambientação de presença no contexto terapêutico, propiciando o Encontro para que a psicoterapia possa ser eficaz, partindo do estabelecimento de confiança e acolhimento tão necessários para a existência de uma comunicação entre existências. A mudança do cliente se dá à medida da relação com o terapeuta por meio de um processo de desvendamento de si mesmo. Estimulado a esse crescimento terapêutico por meio de um processo de aceitação de si mesmo que tem sua base na compreensão que o terapeuta tem do cliente. Como menciona Rogers (1997), que ao se ver compreendido, o cliente consegue sentir isso na relação terapêutica e se vê em condições de aceitar em si mesmo qualquer parte ou história que faça parte de sua vida - é o que se entende por presença terapêutica na experiência do Encontro. A mobilização ou movimento interno que surge nas pessoas quando em psicoterapia nesta abordagem, sendo estimuladas à reflexão e à condução de suas escolhas e posicionamentos frente a qualquer situação seja desafio, sofrimento ou mudança. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>Cria uma abertura crescente e envolvente à experiência (o oposto de uma postura defensiva diante dos fatos que a vida apresenta) predisposta. Contexto menos reativo possível. Incentivo e valorização à uma "boa vida", ou seja, com mais qualidade pessoal como o próprio título do livro ao enfatizar a tornar-se pessoa e, no caso, a ser uma pessoa melhor. Extraindo do indivíduo alguma concepção pré-estabelecida que exige do ser humano restrições e adaptações, seja para ser aceito ou atuar dentro de expectativas e visões preconcebidas e estabelecidas por outros que não seja você mesmo. Abrir o espírito para o momento, para o "agora" é na visão rogeriana uma das qualidades da "vida boa", da vida amadurecida, como ele concebeu. A confiança que vai se adquirindo à medida do próprio processo de descoberta no alcance de um novo comportamento que cada vez mais, represente a própria satisfação do ponto de vista existencial, à medida de seu contentamento pessoal. SAIBA MAIS: Uma leitura muito agradável é o livro 'Psicologia (1986) organizado por Rollo May, tendo capítulos dos célebres autores Maslow da teoria da criatividade, que é tão importante aspecto mobilizados numa concepção terapêutica enquanto resultado e alcance da intervenção - promover respostas criativas e novas à vida, evoluir sendo a mesma pessoa. Outro capítulo é o de Carl Rogers, a grande referência desta terceira força após o Behaviorismo e Psicanálise já estarem consolidadas como abordagens psicoterápicas. Horas boas para investir e aplicar nesta leitura extremamente agradável como forma de marcar esse estilo de ação do psicoterapeuta. Documentário sobre: Psicologia existencial - Rollo May. Disponível em: https://pt.scribd.com/doc/289454589/Psicologia-Existencial-Rollo-May (Acessado em 08 de julho de 2020). Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>Como vimos neste capítulo uma síntese dos principais aspectos que permeiam a clínica existencial humanista, a visão interessante a apontar-lhes é o processo interno existencial havido quando a pessoa ingressa num processo terapêutico humanista, que conta com a dinamização estimulada por esta abordagem que alinha existência, o sentido da própria vida e a necessidade de uma direção que torne objetiva e viável sua vida. Expressando-se da melhor forma possível, não pela expectativa que possa existir sobre seu desempenho e sim pela contribuição efetiva. De acordo com os pesquisadores Gomes & Castro, [...] a abordagem humanista existencial experimentou seu apogeu nos meados do século alcançou grande visibilidade na década de 1950, recuou um pouco e retornou em grande estilo no célebre 1968 francês. A seguir, entrou em crescente com o aparecimento de outras novidades como o estruturalismo, pós-estruturalismo e suas decorrências midiáticas no final do século principalmente em França. Uma lista de pensadores críticos ao existencialismo incluiria os estruturalistas Claude Lévi-Strauss (1909-2009), Louis (1918-1990), Jacques Lacan (1901-1981), e principalmente Michel Foucault (1926-1984) (Huisman, 1997/2001). No entanto, os ideais existencialistas continuam presentes nas terapias humanísticas, principalmente nas fenomenológico-existenciais como atestam a publicação de livros e revistas, o surgimento de sociedades e a abertura de centros de formação, acadêmicos e profissionais (GOMES; CASTRO, 2010, p. 81-9). Observem que esta abordagem procura dar essa referência de satisfação a seu próprio modo. A medida de seus próprios resultados. O indivíduo é feliz e satisfeito na medida de seus recursos pessoais podendo obviamente evoluir se este for seu direcionamento em níveis, abrindo consciência para uma existência que alinhe bem-estar em todas as áreas da vida. Tal abordagem vai de encontro ao momento contemporâneo do século XXI, onde o retorno ao essencial e a uma vida mais humanizada tem sido propósitos direcionados à felicidade, ao sentir-se bem consigo mesmo, em sua família, no seu trabalho, como cidadão torna possível compreender uma vida mais completa e, portanto, mais realizada. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS CAMON, V.A.A. (org.). A prática da psicoterapia. São Paulo: Pioneira, 1999. FINKLER, Pedro. Por Que Sou Psicólogo Humanista? Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>GOMES, William Barbosa; CASTRO, Thiago Gomes. Clínica Fenomenológica: Do Método de Pesquisa para a Prática Psicoterapêutica. Brasília. Revista Teoria e Prática, 2010, Vol. 26 n. especial, pp. 81-9 MAY, Rollo. Psicologia Existencial. Porto Alegre: Ed. Globo.1986 ROGERS, C. Tornar-se pessoa. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997. ROGERS, Carl. Duas tendências divergentes, Cap. Em: May, R. (Org.). Psicologia existencial. Porto Alegre: Ed. Globo. 1986 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas</p><p>CAPÍTULO 3 os DESDOBRAMENTOS DA CLÍNICA HUMANISTA EXISTENCIAL 3.1 A CLÍNICA De acordo com Gomes e Castro (2010): A prática psicoterápica assenta-se em dois fundamentos: Foco na relação interpessoal na situação de tratamento; Foco em práticas reeducativas. Sendo que o primeiro fundamento remete à psicanálise (Luborsky, O'Reilly- Landry & Arlow, 2010) e o segundo, à psicoterapia adleriana (Mosak & Maniacci, 2010). Desse modo, faz-se justiça a essas duas grandes contribuições científicas aos tratamentos psicológicos (GOMES; CASTRO, 2010, p. 81-9). Ambas são contribuições marcadas pela influência dando surgimento à análise fenomenológica existencial. A definição de fenômeno que se aplica à fenomenologia de acordo com Gomes & Castro (2010), é dirigida ao discurso, ao modo pelo qual o sujeito escolhe sua narrativa e como se identifica diante da situação em que se encontra, editando sua história a seu modo e pelo seu olhar. Existe aí uma maneira de observar a própria experiência para tomar consciência dela. Não se deve confundir fenomenologia com fenomenismo. fenômeno é tudo aquilo que pode ser percebido e que é aparente, que interage com a pessoa são eventos que estabelecem alguma relação com o sujeito e podem ser fenômenos físicos, biológicos, sociais, psicológicos. A fenomenologia foi incorporada ao humanismo, associando-se à experiência subjetiva, tal qual ela é percebida e sentida pelo sujeito. Havendo aí as chamadas singularidades de cada um ao conceber e elucidar o conhecimento sobre algo que se experimenta e vivencia. A fenomenologia está presente na ciência e dá curso ao conhecimento, ao processo de desvendar o conhecimento seja ele em camadas como muitas vezes ocorre, num processo que se desvenda gradativamente gerando os chamados insights descobertas significativas que modificam as condições do indivíduo a ponto de influenciar seu direcionamento na vida plena. sujeito compreende algo que o modifica, apresentando resultados que são identificados positivamente como auto melhoramento e aprimoramento. A realidade é propriamente a verdade que apreende de si mesmo, algo definido e pontual num Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>processo constante de evolução do conhecimento sobre si mesmo e alocamento das suas experiências. Com toda uma vida é necessário direcionar determinadas vivências que ficam sem lugar ou sem entendimento. Para isso, o processo terapêutico implica em aprimorar a aceitação do que foi possível, do fato em si e de como tal experiência pode ser incorporada como aprendizado ou como vivência que confere maturidade para seguir em frente com novas decisões e novas aquisições. conhecimento adquirido pela tomada de consciência é a medida das novas experiências, diferente de antes, do que se conheceu e incorporou algum conhecimento. Exatamente por isso é fundamental compreender que a psicoterapia evolui num processo de conscientização acerca das suas verdades, das reflexões e ações mais bem direcionadas. que antes era conhecido, dá lugar a um novo conhecimento da realidade aparente ao sujeito, gerando identidade, pertencimento nos diversos lugares que ocupa, seja na família, no grupo de trabalho, na sociedade, enfim, sentir parte de um mundo. A Clínica Fenomenológica atua especificamente pelas observações empíricas das práticas profissionais, corroboradas pela produção de artigos científicos e pesquisas feitas neste embasamento. Têm contribuído enormemente pelo acervo construído e adquirindo respeitabilidade pela aplicação terapêutica e resultados. SAIBA MAIS: Artigo Científico abordando a temática da Psicologia Existencial apontando as diversas propostas terapêuticas, nomeadamente análise do Dasein, logoterapia, psicoterapia existencial humanista norte-americana, psicoterapia existencial de Laing, psicoterapia existencial britânica, psicoterapia existencial breve e psicoterapia existencial sartreana. TEIXEIRA, José A. Carvalho. Introdução à psicoterapia existencial Instituto Superior de Psicologia Aplicada. Lisboa, Portugal. Revista Análise Psicológica (2006), 3 (XXIV): p. 289-309. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/aps/v24n3/v24n3a03.pdf(Acessado em 11 de julho de 2020). Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>A abordagem humanista ou a chamada Terceira Força do século XX no universo da Psicologia Clínica tomou como princípio filosófico, o existencialismo e a fenomenologia como método. De acordo com Gomes e Castro: "abordagens terapêuticas preocupadas com as questões da existência foram denominadas de fenomenológico existenciais, ou seja, que utilizam o método fenomenológico" (GOMES; CASTRO 2010, p. 81-9). Atuam de forma a considerar o histórico de vida do paciente mais que pautar- se em pesquisas empíricas. Essa também é uma das críticas, inclusive, à essa abordagem quanto à pesquisa científica pela sua natureza vivencial de retratar a valorização da experiência e, com isso, observar o aspecto peculiar que há em cada análise clínica ou que cada caso é um Como vimos, há críticas se considerarmos o aspecto fenomenológico e respeitabilidade pelo viés humanista, por ela estar em constante evolução e pela enormidade de casos registrados e relatados em estudos. 3.2 A CLÍNICA TERAPÊUTICA HUMANISTA A psicoterapia é a prática terapêutica do atendimento psicológico que se pauta pela interação de um processo comunicacional onde o psicólogo no estabelecimento de um vínculo de acolhimento, empatia e compreensão da condição humana do sujeito/cliente, que busca não tão somente ser ouvida, como se ouve ao abordar sua temática ao terapeuta, ao modo como estabelece a ligação emocional, das emoções e sentimentos presentes e pela forma como constrói sua dor e sofrimento e vivência de conflito íntimo e existencial diante da vida e de tudo o que é importante para si. A proposta da consulta clínica em psicologia é a interlocução com o cliente tornando possível ao sujeito um diálogo interno como se estivesse falando consigo mesmo, que no caso é feito pelo terapeuta indagações e colocações que dinamizam e contribuem ao conhecimento de si, sua história e identidade diante da própria realidade: A clínica psicológica é historicamente associada à psicoterapia. Esta pode ser definida como a junção da arte e a ciência que se dedica ao alívio do sofrimento humano, decorrente de conflitos e desordens emocionais. É arte Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas</p><p>por implicar no desempenho de procedimentos técnicos mediados por competências tácitas. É ciência por sustentar-se na evidência dos próprios resultados, conforme alertado por Freud (1938- 40/1998). A psicoterapia é um processo comunicacional no qual uma pessoa (o profissional) compreende e intervém em outra pessoa (paciente/cliente) que busca ser ouvida ou tratada. Esse atendimento pode ser individual ou grupal, para casais ou para famílias, podendo assumir práticas ampliadas como atendimento à comunidade, nas mais diversas combinações sociais e culturais. Pode valer-se de expressividade corporal como dança, desenhos, mímica e drama. As manifestações expressivas, em geral, são posteriormente encaminhadas para apreciação verbal avaliativa no sentido vivencial, cognitivo e comportamental (GOMES & CASTRO 2010, p.81-93). A clínica Humanista tornou-se uma das mais importantes e difundidas na prática. O humanismo ganhou força e, certamente, no contexto atual, (século XXI) estamos diante da era da transformação digital e sendo direcionados a uma nova sociedade que posiciona o indivíduo em novos espaços de existir e sentir. Por isso, a clínica humanista dá conta de atender aos e dilemas contemporâneos de busca de significado diante da vida que se modificou, quando se considera o cenário pandêmico, por exemplo, algo que revolucionou por completo o chamado "normal" de viver e direcionou as pessoas para uma vida mais humanizada e pautada em valores humanos universais que são fundamentos de uma prática da atitude com base no desenvolvimento dessas habilidades ligadas à personalidade, que tem foco coletivo sem desistir do individual. Ambas as condições estão presentes neste contexto onde o ser humano não sobrevive sozinho e pode auxiliar nesse processo social a partir de sua contribuição desse existir diferente de antes, cujo apelo coletivo ganha subsistência para poder fazer subsistir a vida. Diante da diversidade a que a Abordagem Humanista se aplica, na educação ela tem seus efeitos na Psicologia da Aprendizagem, tendo desdobramentos interessantes na forma de identificar questões relacionadas ao aprender, ao conviver, ao socializar, que o ensino-aprendizagem nos coloca com patamares evolutivos. Para ilustrar a visão humanista aplicada em educação vamos ao vídeo em destaque logo abaixo: SAIBA MAIS: Assista ao vídeo sobre Carl Rogers e suas ideias que amparam a clínica da Abordagem Humanista, da "Série Educadores Carl Rogers" no link: https://www.youtube.com/watch?v=Sy9mkjM1zMM&t=375s (Acessado em 15 de julho de 2020). Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>Os atendimentos psicológicos têm o propósito de gerir a chamada crise existencial do sujeito diante de uma realidade que ele sente a necessidade de decifrar. termo foi cunhado por Rollo May no livro que teve a sua organização "Psicologia Existencial", uma coletânea de textos dos principais precursores da Visão e Prática da Terapia Humanista. FIQUE LIGADO! Cabe destacar e reforçar a leitura deste livro clássico "Psicologia Existencial", atemporal, e a cada vez que recorremos a ele, compreendemos algo novo com maior abrangência e é um exercício de sensibilidade para o psicoterapeuta aprofundar as bases de sua atuação. Documentário sobre o assunto: Psicologia existencial Rollo May Disponível em: https://pt.scribd.com/doc/289454589/Psicologia-Existencial-Rollo-May As modalidades de terapia na abordagem centrada na pessoa podem ocorrer tanto individual como em grupo, na terapia familiar e de casal, nos trabalhos socioeducativos e extensivos à comunidade que tenham como proposta a compreensão de sua cultura e a inserção do indivíduo no contexto social seja como promotor de mais conhecimento e, portanto, mais consciência, seja na condição de pertencer ao grupo e, com isso, conferir-lhe identidade com a sociedade e o mundo que habita. fato desta abordagem ser voltada para as impressões pessoais como forma de conhecer o mundo à sua volta, onde suas considerações diante da realidade não representam que não sejam compartilhadas; pois na visão humanista outro pilar relevante é que o conhecimento de si mesmo se dá à medida do outro; ou seja, parte da interação com as pessoas. Nossas impressões ganham valor quando compartilhadas e dimensionadas numa esfera maior quando estamos em relação com pessoas nos mais variados campos da vida. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>3.3 A CLÍNICA DE URGÊNCIA OU PLANTÃO PSICOLÓGICO A clínica de urgência conhecida como plantão psicológico de base humanista tem o propósito de ser uma intervenção que altera o contexto do setting terapêutico e demarca o acolhimento necessário para se tratar de questões pontuais onde o próprio cliente busca ajuda psicológica a fim de processar experiências vividas e que carecem de facilitação feita pelo terapeuta. Permeada pelo encontro que é um momento único estabelecido pela qualidade empática e exercício de congruência e coerência para um direcionamento melhor dos sentimentos e conduta frente às situações. A qualidade do encontro terapêutico é única e intransferível, empoderando a pessoa e dando-lhe elementos para lidar bem com sua realidade. Entende-se tal visão que se direcionou para a aplicação do Aconselhamento Psicológico. Dá continência às situações vividas que precisam ser tratadas num dado momento da vida e podem incluir o atendimento individual como grupal, podendo ter desdobramentos para uma orientação ao casal e à família. SAIBA MAIS: O artigo aborda a dimensão social nas práticas clínicas fenomenológico-existenciais São apresentadas as noções de social, ser-no-mundo, escuta clínica e práticas clínicas. "Algumas experiências de plantão psicológico são relatadas, visando exemplificar a modalidade de plantão psicológico na perspectiva fenomenológico- existencial" (DUTRA, E. 2008, p. 224-237). DUTRA, E. Afinal, o que significa o social nas práticas clínicas fenomenológico- existenciais? Estudos e Pesquisas em Psicologia, 2008 vol.8, p. 224-237. Disponível em: 42812008000200008&Ing=e Conforme análise cronológica dos trabalhos de Rogers e, consequentemente, do próprio desenvolvimento da Abordagem Centrada na Pessoa vimos quantos desdobramentos surgiram com a compreensão de que a ênfase está na visão do Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>que o cliente tem de sua realidade e de sua narrativa. Foi possível, assim, identificar a existência de elementos básicos de uma clínica da urgência psicológica. próprio autor, como menciona Scorsolini-Comin (2015) não fez referência especificamente sobre a modalidade da urgência empregada na psicologia mas enfatizou que o acolhimento em qualquer circunstância, inclusive nestes casos poderia ocorrer perfeitamente, ainda que quebrasse o modelo do setting terapêutico. Modificando a duração do processo, o tempo empregado e podendo ser uma intervenção cuja função seja a de um facilitador de promoção da saúde: A expressão Plantão está associada a certo tipo de Serviço, exercido por profissionais que se mantêm à disposição de quaisquer pessoas que deles necessitem, em períodos de tempo previamente determinados e ininterruptos. Do ponto de vista da instituição, o atendimento de plantão pede uma sistematicidade do serviço oferecido. Do profissional, este sistema pede uma disponibilidade para se defrontar com o não planejado e com a possibilidade (nem um pouco remota) de que o encontro com o cliente seja único. E, ainda, da perspectiva do cliente significa um ponto de referência, para algum momento de necessidade (MAHFOUD, 1987, p.75 apud TASSINARI, 2003, p.11). SAIBA MAIS: artigo aponta estudos qualitativos sobre pesquisas junto a profissionais, relatos de casos em plantão psicológico em serviços escola de psicologia, junto a supervisores, professores e alunos. SCORSOLINI-COMIN, Fabio. Plantão psicológico e o cuidado na urgência: panorama de pesquisas e intervenções Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Brasil. Documentário sobre o assunto: Plantão psicológico e o cuidado na urgência: panorama de pesquisas e intervenções. Disponível em: Psico-USF, Bragança Paulista, V. 20, n. 1, p. 163-173, jan./abr. 2015 Disponível em: www.scielo.br http://dx.doi.org/10.1590/1413-82712015200115 Acessado em 15 de julho de 2020. Se a psicologia e, mais precisamente, a psicoterapia foi por um tempo elitizada, direcionando sua intervenção aos que tinham consciência da sua necessidade de autoconhecimento e uma compreensão de que podiam explorar esse universo da sensibilidade em relação à própria vida que grande parte da população vivencia e sofre: a concretude, o excesso de racionalidade, a dificuldade de considerar a Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>subjetividade, o sentido, emoções e sentimentos como parte importante da vida somada à experiência da tal vida prática. O excesso de concretude, uma vida pautada na extrema dureza e falta de abstração e sensibilidade são agressores ao ser humano, trazendo repercussões para sua vida diretamente. Tornando-o amargo, duro diante da sua consciência de vida, impregnada por uma visão excessivamente realista onde não encontra posições diferentes de existir no tempo e espaço que possui. Ou está às voltas de desejar algo que não possui ou às voltas de crer que vive a menor diante de uma capacidade represada pela sua postura pessoal, da convicção de que não merece, de que não consegue, de que tem medo, de quem deseja definir um modo único e não aceita o diferente de si e mais: aqueles que acreditam que o que não conhecem, não existe. São os que se fecham num mundo restrito cuja visão é restrita, de pouco espectro de amplitude e luminosidade de consciência. O sentido de que a psicoterapia fosse elitista não faz parte da visão humanista, até mesmo por considerar a importância e valorização do sujeito no mundo e como um ser dinâmico, que tem curiosidade pela experiência, que indaga. A visão do indivíduo na clínica humanista considera os elementos essenciais da expressão de seu potencial e investe no reforço de que possa galgar mais satisfação e realização. preconcebidas a respeito da terapia, fizeram parte do passado com elementos condicionantes associados ao comportamento humano, considerando patologias ou padrões de consideração da inteligência que geraram um certo distanciamento e são associados a problemas. Totalmente diferente desta abordagem ao considerar que o indivíduo possui dilemas e conflitos que o forçam a criar respostas novas para sua condição. Esse dinamismo é marcante para a psicologia humanista pois a visão de homem implicada nesta teoria e prática não consideram o ser humano com algo estático, acabado ou decifrado por uma nomenclatura, rótulo e outra definição que o coloque diferente. Na visão humanista o diferente representa a sua própria singularidade e aceita o sujeito como ele é. O presente, o momento do agora ganha um espaço relevante garantindo ao sujeito que pode ser diferente e agir de uma nova forma ainda que a vida seja a Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>mesma, diferente das linhas psicológicas de antes que praticamente enquadrava o indivíduo num modelo de resposta e não sua relação com o ambiente, consigo mesmo e a procurar outros parâmetros de saúde e doença. A saúde do indivíduo está, como veremos mais abaixo, nestas novas construções que o sujeito é capaz de fazer de si mesmo, considerando uma nova consciência ao invés de marcar o indivíduo em um determinado padrão que o alinhe na patologia, na doença. Ele pode estar de um determinado modo em um dado momento de sua vida, num período crítico - o que não representa que seja o problema. Quando se vê liberto de situações que o aprisionam consegue inclusive um lugar de existir simbólico e subjetivo de si mesmo que aceita sua condição humana e parte para um caminho positivo de ressignificação de si mesmo e dos eventos em sua vida como algo que caminha para o crescimento pessoal, para sua própria evolução. Nesta abordagem não se reforça o erro, o trauma, o fato ocorrido que determina que alguém deva ser o resultado deste fato traumático. Há de se considerar que o indivíduo, na visão humanista, é livre, tem autonomia para se libertar e jamais é refém de rígidas e cristalizadas como as condutas de repercussão negativa tem na vida das pessoas. Parte de um universo restrito foi sendo quebrada à medida em que a psicologia foi sendo vista como algo não especificamente para problemáticos, doentes mentais ou pacientes com determinadas patologias emocionais e psiquiátricas crônicas e estabelecidas. No século atual, contemporâneo, a psicoterapia inclusive é realizada também por meio de atendimentos on-line favorecendo sua proximidade e sua democratização, inclusive, com custo reduzido quando se trata de uma proposta massiva como algumas plataformas de psicologia on-line se propõem. Discussão relacionada à qualidade dos atendimentos pode ser visitada de forma mais aprofundada, com o intuito de valorizar que a formação do profissional que atende à distância é acessível, mas que precisa ter formação sólida e manejo clínico a fim de não passar desapercebido por questões mais severas como suicidas, patologias severas, casos de violência extremada que carecem de um olhar e cuidados mais atentos. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>O objetivo aqui é apontar que tal modalidade on-line é viável e bastante requisitada para aqueles que primam pelo uso do tempo e podem contar com processos mais céleres na modalidade da terapia focal e terapia breve. É possível realizar terapia na abordagem humanista à distância, tornando-se uma importante ferramenta de acesso do indivíduo a criar um meio seguro para explorar suas questões. A queixa trazida pelo cliente ou paciente, o tipo de situação problema apresentada, o setting terapêutico, e o nível de experiência de um terapeuta não afetam de forma expressiva o resultado de uma terapia. Por outro lado, a modalidade de tratamento (casal, terapia de grupo), a fidelidade teórica da pesquisa clínica e o tipo de terapia humanístico-experiencial interferem no resultado do processo. PARA SABER MAIS: Aqui temos um excelente artigo sobre a efetividade das modalidades terapêuticas humanistas e existenciais por estes pesquisadores da Universidade do Rio Grande do Sul: GOMES, William Barbosa; CASTRO, Thiago Gomes. Clínica fenomenológica: do método de pesquisa para a prática psicoterapêutica. Revista Psic.: Teor. e Pesq. vol.26 no.spe Brasília, 2010, p. 81-93. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102 37722010000500007&Ing=pt Acessado em 18 de julho de 2020. 3.4 A CLÍNICA DA TERAPIA CENTRADA NA PESSOA DE CARL ROGERS A tendência atualizante é uma experiência que a pessoa traz em si ou de forma evidente ou latente e sua função está na direção do crescimento, da maturidade. Em termos de clima psicológico favorável e adequado, essa condição é liberada como forma de autorrealização (ROGERS, 1997). Sobre o potencial humano de auto atualização, Carl Rogers, na publicação Freedom to learn for the 80's (1983), aponta Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>que a educação pode ocorrer por intermédio de um processo e este se dá pelos seguintes níveis: a) Consideração positiva: engloba a aceitação, o amor e a aprovação recebidos por outras pessoas. Quando a aceitação independe dos comportamentos da pessoa, é chamada de consideração positiva incondicional. Pense na relação entre mãe e filho; muitas vezes o amor dela é incondicional, ou seja, não depende das atitudes dele. Isso não significa a ausência de limites, mas o respeito por suas opiniões, sentimentos e b) Compreensão empática: é a capacidade de, temporariamente, desprender-se de suas próprias opiniões, sentimentos e julgamentos para colocar-se no lugar do outro, buscando enxergar as coisas sob seu ponto de vista por meio de uma escuta verdadeiramente atenta. c) Congruência: consiste na atitude autêntica diante do outro, ou seja, na capacidade de estabelecer uma relação sem máscaras, genuína e espontânea. Para que isso seja possível, é necessário que o indivíduo seja congruente consigo mesmo (MAIA; GERMANO; MOURA JR, 2009, p. 37- 40). O objetivo da terapia é atingir o self que, na concepção de Rogers, é "uma condição consciente e reflexiva de si, que possui e fornece significados com os quais a pessoa identifica-se e a partir dos quais percebe a realidade" (MAIA; GERMANO; MOURA JR, 2009, p. 37), o que podemos associar ao autoconceito - a percepção de si próprio de acordo com as experiências vividas. Não se compreendendo aí estados fantasiosos, do tipo "o que penso que sou ou quem teria me tornado caso tivesse vivido de tal forma". Não se trata de devaneios ou conjecturas. Há um contexto de visão apurada e pautada na realidade. Relacionando sua evolução ou transformação a medida das suas vivências com pessoas e situações. O que contribui para a maturidade emocional. Trata-se de conceber o indivíduo com noção da experiência vivida e coerência na experiência concreta que lhe possibilita adquirir os significados da experiência e, com isso, poder criar autoconceitos relativos a isso, pautados nestas experiências de vida, o que dá corpo à Psicologia Narrativa. O paciente ou sujeito compreende sua história de uma forma própria pautado em sua narrativa em como estabelece importância sobre fatos e situações vivenciadas. O modo de editar a sua história e apresentá-la no contexto terapêutico faz da narrativa uma importante referência para o processo terapêutico. É com esse conteúdo que o terapeuta trabalha, com o que é trazido pelo cliente sua versão. Com referências próprias e sua leitura da realidade, o que não representa questionar tais conteúdos como verdade pois, no decorrer do Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>processo terapêutico, o enriquecimento se dá à medida que o cliente, pela interlocução do terapeuta, consegue trilhar outras leituras da mesma experiência, ampliando, assim, a sua visão, modificando o padrão de respostas e contribuindo para uma condição melhor da vida que tem. Essa ampliação de consciência tem coerência com a realidade e na medida da percepção alcançada. Carl Rogers apud Piovesan et al. (2018) acreditava profundamente no potencial humano e que ele pode evoluir, ampliar-se tanto para outras áreas como diante de uma mesma situação, cuja resposta poderá ser diferente. Segundo ele, cada pessoa tem as respostas e os direcionamentos necessários para conduzir a própria vida. autor desenvolveu sua teoria para uma finalidade terapêutica, no entanto, também pode ser aplicada na compreensão das relações humanas. 3.5 A TRANSPOSIÇÃO DA ABORDAGEM CENTRADA DA PESSOA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM No contexto escolar a qualidade da interação educador e educando é importante referência para o modo como a criança reconhece a si mesma, inclusive, sua disposição para a aprendizagem, em boa parte, dar-se-á pelo significado que estiver circulando nessa relação. Respeito, positividade e disposição para ensinar e promover o envolvimento dos alunos é parte representativa que influencia diretamente os alunos, com contexto e ambiente propícios. Compreendemos que a empatia, a formação de vínculo e o reconhecimento pessoal de cada aprendiz são parte do processo de aprender. A partir dela, é possível mencionar diversas contribuições no contexto educacional e ampliar tanto a visão do ensino quanto da aprendizagem. Carl Rogers defendeu a importância de que o aluno seja visto de forma global, ou seja, por inteiro, sendo seu ritmo respeitado e seus sentimentos e emoções valorizados. Compreendeu, também, que o ambiente pedagógico deve favorecer o desenvolvimento pleno de suas capacidades e potencial, cuja relação professor X aluno seja validada na aceitação e compreensão da pessoa do aluno, facilitando o aprendizado e estimulando o desenvolvimento das suas habilidades. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>Ao longo de sua carreira, Rogers dedicou-se, em diversos momentos, a temas relacionados à educação que enormemente para a Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem e a uma mudança de postura do professor como facilitador do processo de aquisição do aluno, cujo respeito à sua condição humana é valorizado, distanciando-se da posição do educador com alteridade sobre aquele que aprende. Investe na qualidade da relação como forma de facilitar o desenvolvimento de potenciais não explorados, trabalhando para colaborar com o progresso do outro, fazendo propriamente educação de verdade. Apresenta uma visão pedagógica experiencial e significativa. Na publicação Freedom to learn for the 80's Liberdade para Aprender, Rogers, apresentou os Dez Princípios da Aprendizagem, a seguir: 1. ser humano possui aptidões naturais para aprender. 2. A aprendizagem autêntica supõe que o assunto seja percebido pelo estudante como pertinente em relação aos seus objetivos. Esta aprendizagem se efetiva mais rapidamente quando o indivíduo busca uma finalidade precisa e quando ele julga os materiais didáticos que lhe são apresentados como capazes de lhe permitir atingi-la mais depressa. 3. A aprendizagem que implica uma modificação da própria organização pessoal da percepção de si representa uma ameaça e o aluno tende a resistir a ela. 4. Aprendizagem que constitui uma ameaça para alguém é mais facilmente adquirida e assimilada quando as ameaças externas são minimizadas. 5. Quando o sujeito se sente pouco ameaçado, a experiência pode ser percebida de maneira diferente e o processo de aprendizagem pode se efetivar. 6. A verdadeira aprendizagem ocorre em grande parte através da ação. 7. A aprendizagem é facilitada quando o aluno participa do processo. 8. A aprendizagem espontânea que envolve a personalidade do aluno em sua totalidade sentimentos e intelecto imbricados é a mais profunda e duradoura. 9. Independência, criatividade e autonomia são facilitadas quando a autocrítica e autoavaliação são privilegiadas em relação à avaliação feita por terceiros. 10. No mundo moderno, a aprendizagem mais importante do ponto de vista social é aquela que consiste em conhecer bem como ele funciona e que permite ao sujeito estar constantemente disposto a experimentar e a assimilar o processo de mudança (ROGERS, 1969, p. 114 apud ZIMRING, 2010, p. 20-21). 3.6 LEITURAS DE ABORDAGEM HUMANISTA-EXISTENCIAL NA ERA VIRTUAL contexto atual do século XXI nos envolve em uma nova atmosfera com a transformação digital, possibilitando novos desafios no estilo de vida, no consumo, Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>na interatividade e na coletividade. As organizações vêm de forma rápida agilizando seus processos pelas metodologias ágeis e as pessoas sendo expostas a novos recursos para o trabalho, que vem se alterando e criando engajamento em tarefas cada vez mais em equipes, porém, que dependem de uma estrutura individual de prontidão para tais habilidades, pois elas se traduzem numa nova pedagogia, em uma nova assimilação da realidade. As famílias e núcleos de desenvolvimento pessoal, escolas e instituições preparam-se para um presente que pede essa inserção num modus vivendi diferente de antes. ensino à distância, a relação de crescer e desenvolver-se quando em relação com o outro. Muito do que se compreende como produtividade, empreendedorismo, comércio e serviços já são realizados de forma híbrida em uma sociedade hipermoderna. Com isso, o sentido de existir e Ser se configura de nova forma e estamos adaptando e formulando novos conceitos para uma sociedade conectada. Tal representação social vem proporcionando questionamentos quanto aos dilemas humanos. A comunicação vem dispondo o ser humano em relações virtualizadas e, ao mesmo tempo, a internet nos possibilita uma infinidade de bem sucedidas realizações, mas também gera um tipo de distanciamento entre pessoas criando um cenário diferente. Vivemos as contradições que a modernidade nos traz, onde a técnica tem sua eficiência, mas retira a força pessoal do existir relacional. Marcada pela eficiência, muitas vezes, dificulta um outro aspecto que é poder criar espaços de existir. Estar, sem necessariamente ser presente, no momento, porém interferir de algum modo na realidade. Até mesmo a vida em cliques de fotografia, a necessidade de documentar e registrar momentos, tem sido estudada por filósofos contemporâneos como Bauman (1998) em publicações em que aborda as relações líquidas, e outra que fala sobre mal-estar da pós-modernidade, estabelecendo críticas à perda de sentido e uma robotização e automação do indivíduo com perda de criatividade e originalidade. Se entendermos isso como uma mudança do entendimento de intimidade, do estar consigo mesmo e poder desdobrar-se virtualmente como se estivesse em determinada situação sem estar propriamente, vem trazendo questionamentos Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>infinitos e, para outros, gerando conflitos quanto ao se sentir pleno e poder desfrutar de instâncias que possibilitam o encontro como descrito por Rogers e por toda a visão da abordagem centrada na pessoa, pois o lugar de existir se ampliou para um que ocorre na cronologia do tempo e outro que pode persistir ainda que o tempo seja outro, como temos nas gravações de vídeos registros e fragmentos de um existir sem estar conectado no tempo presente, porém, registrados e perpetuando sua existência. As análises de pesquisadores apontaram que todos esses registros envolvem uma necessidade do ser humano de não ser esquecido: homem contemporâneo está habituado a ouvir somente aquilo para o que há explicação, pois em seu modo técnico de ser/existir é inadmissível haver um fenômeno que não possa ser disposto, assegurado e conceituado. Isso aponta para uma questão importante: a técnica moderna não sabe lidar com a condição do ser de esvair-se, isto de revelar-se e de ocultar-se. Nesse sentido, apesar dos esforços do homem moderno, muitos fenômenos fogem à possibilidade de medição e explicação (TOKUO; DUTRA; REBOUÇAS, 2019, p.75). Os pesquisadores compreendem que a pessoa humana tem uma vida subjetiva na atualidade e um cenário empobrecido em termos de relações, pois, todas elas praticamente são mediadas pelas tecnologias de comunicação, de onde se questiona o aprender e o vivenciar os próprios simbolismos e significados feitos pelas pessoas, que vivem sua realidade ao invés de serem capturados e identificados. Muitos ganhos surgiram em decorrência das tecnologias e das chamadas técnicas ou recursos tecnológicos como o aproveitamento do tempo, poder realizar diversas tarefas. "Neste universo paralelo que é o virtual acontecem trocas para todos os fins: profissionais, acadêmicas, culturais, sociais, comerciais e pessoais" (TOKUO; DUTRA; REBOUÇAS, 2019 p. 76-77). A hipermodernidade traz para o homem uma perda do sentido de si. É um homem desorientado e fragmentado e que depende cada vez mais dos próprios recursos para construir a si mesmo, isto é, da sua capacidade pessoal de organizar as informações recebidas (TOKUO; DUTRA; REBOUÇAS, 2019). De acordo com Cordeiro, "o homem moderno habita sem poesia, e ser poético significa poder ver, numa mesma unidade, a aurora e o crepúsculo, poder ver no familiar, o estranho. Em outras palavras, ser poético é acolher o mistério" (CORDEIRO, 2014, p. 157-174). Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>SAIBA MAIS: O artigo aborda o cotidiano da vida prática em tempos digitais, a tecnologização do mundo contemporâneo e o modo de ser na era virtual, partindo do olhar da Psicologia TOKUO, Bianca; DUTRA, Elza Maria; REBOUÇAS, Melina Séfora. Modos de Ser na Era Virtual: Um olhar da Psicologia Fenomenológico-Existencial. PSI UNISC, Santa Cruz do Sul, V. 3, n. 1, jan./jun. 2019, p. 71-88. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.Inquietações da vida contemporânea e suas formas atuais de organização: uma relação de imanência. Marcos Rogério. A forma objetiva na poesia de Augusto dos Anjos. O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira, [S.I.], V. 23, n. 1, p. 83-94, jul. ISSN 2358-9787. Disponível em: Acesso em: 13 dez. 2020. doi: GOMES, William Barbosa; CASTRO, Thiago Gomes de. Clínica fenomenológica: do método de pesquisa para a prática psicoterapêutica. Psic Teor. e Pesq. , Brasília, V. 26, n. spe, p. 81-93, 2010. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102 acesso em 13 de dezembro de 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722010000500007. MAIA, Camila Moreira; GERMANO, Idilva Maria Pires; MOURA JR, James Ferreira. Um diálogo sobre o conceito de self entre a abordagem centrada na pessoa e psicologia narrativa. Rev. NUFEN, São Paulo, V. 33- 54, nov. 2009. Disponible en <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175- accedido en 13 dic. 2020. PIOVESAN, Josieli et al. Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem [recurso eletrônico] 1. ed. - Santa Maria, RS: UFSM, NTE, 2018. Disponível em: Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>Desenvolvimento-e-da-Aprendizagem.pdf. Acesso em 13 de dezembro de 2020. ROGERS, Carl, (1983). Freedom to learn for the 80's. Columbus, OH: Charles E. Merrill. ROGERS, C. G. Tornar-se pessoa. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997. SCORSOLINI-COMIN, Fabio. Plantão psicológico e o cuidado na urgência: panorama de pesquisas e intervenções. Itatiba, V. 20, n. 1, pág. 163- 173, abril de 2015. Disponível em em 13 de dezembro de 2020. http://dx.doi.org/10.1590/1413-82712015200115. Tassinari, Marcia Alves A Clínica da Urgência Psicológica: Contribuições da Abordagem Centrada na Pessoa/ Márcia Alves Tassinari. Rio de Janeiro: UFRJ/ Instituto de Psicologia, 2003. Disponível em: https://gruposerbh.com.br/textos/teses_doutorado/tese02.pdf. Acesso em: 13 de dezembro de 2020. TEIXEIRA, José A. Carvalho. Introdução à psicoterapia existencial Instituto Superior de Psicologia Aplicada. Lisboa, Portugal. Revista Análise Psicológica (2006), 3 (XXIV): p.289-309. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/aps/v24n3/v24n3a03.pdf Acessado em 11 de julho de 2020. TOKUO, BIANCA Elza Maria do Socorro Dutra; Rebouças, Melina Séfora Souza. Modos de Ser na Era Virtual: Um Olhar da Psicologia Fenomenológico- Existencial, ISSN: 25271288, 2019. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/12453/7853. Acesso em: 13 de dezembro de 2020. Zimring, Fred. Carl Rogers / Fred tradução e organização: Marco Antônio Lorieri. - Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010. Disponível Acesso em: 13 de dezembro de 2020. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegando ao final do conteúdo desta disciplina vamos destacar alguns pontos principalmente no tocante ao quanto a Psicologia Humanista encontra ressonância no momento contemporâneo. Sua profundidade, a busca de significado e sentido existencial e a própria reverência à esta abordagem direcionada à condição humana, talvez seja o grande Encontro da humanidade neste momento com o qual a Psicologia pode promover, enquanto aplicação prática e de processo transformador terapêutico, na vida das pessoas pela grande representatividade que a saúde mental assume na consciência coletiva, como a necessidade de se compreender para então buscar caminhos melhores e viáveis para viver. A importância da postura de um terapeuta empático e assertivo diante da realidade e que possa, de fato, contribuir nesse processo individual de direcionamento para uma "good life", a boa vida descrita por Carl Rogers no clássico livro Tornar-se Pessoa. Este é o objetivo máximo desta abordagem, fazer com que as pessoas se sintam bem em Ser quem elas são, e o quanto isso tem de verdade no momento contemporâneo de diversidade, de incertezas, de amplitude para uma consciência de um pertencer planetário, inclusive, onde trilhamos uma nova jornada existencial e o desejo de nos tornarmos pessoas melhores. O inesperado e imprevisível tem feito parte de nossas vidas e atuado de forma ágil, chocando com a realidade anterior, extraindo do indivíduo a necessidade de um novo Com isso, um novo aprendizado: o respeito ao princípio da vida, conectando-nos ao sentido maior de estarmos vivos e protegidos. A emergência é manter a vida, preservar a saúde. O cuidado mútuo ganhou o foco no coletivo sem esquecer de estabelecer o cuidado com o foco individual - pois, é nesta interação que o treino se dará - de uma consciência coletiva. As pessoas estão sendo educadas a compreender que se não tiverem atitudes e condutas sustentáveis, acabarão interferindo nas vidas coletivas e inviabilizando a sociedade. Estamos também tendo uma dimensão maior da dor humana e dos contrastes socioeconômicos quando damos conta de quem trabalha em home office, de quem perde o emprego, quem precisa sair às ruas para o próprio sustento e aqueles que estão em situação de vulnerabilidade. Todos estão configurados Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p><p>diante de nós. A exposição da dor é total! Sem esquecermos dos que estão desaparecendo, perdendo a vida! E isto ficou mais visível a todos. Observe quem faz parte do seu espectro de realidade, pois são com elas que irá CO criar a realidade que se proporá a seguir. São elas do trabalho, da família, do círculo de relacionamento social. Observe os que estão a sua volta e suscitam cuidados, proteção, afeto e compreensão. Os que estão recuados, defendidos. Aqueles que negam a própria realidade e opinam sobre a realidade com uma postura onipotente diante de tudo. Pois você vai contar mesmo com aqueles que estão ativos, produzindo movimento em busca de Transformando-se enquanto pessoas, pois é assim que o ser humano é: adaptável para buscar a própria sanidade e viabilizar a vida. A vida está se transformando e não deixando de vibrar! E coisas boas certamente vão voltar a acontecer pela capacidade de reinventar que nós pessoas teremos numa escala evolutiva. O mundo continua girando e estamos sendo convidados a visualizar uma nova instância de vida, de meios de estabelecer uma qualidade de vida pessoal e familiar bem como na vida profissional, junto às pessoas que amamos e queremos preservar com responsabilidade afetiva, coragem diante do desconhecido e diminuição de barreiras, pois todos estamos descobrindo essa realidade juntos. Tem se tornado claro para o indivíduo desta nova Era de transformações pessoais e coletivas que vivemos dada a invasão viral pandêmica e a consequente mudança de estilo de vida que considerou novas práticas de vida, tais como o isolamento social, contribuindo fortemente para uma vida mais direcionada para a introspecção para a intimidade e o sentido que o autoconhecimento demanda de si mesmo. Podendo então decidir sobre suas possibilidades de escolhas. Muitas pessoas revelam o medo desse encontro consigo mesmas, pois não estão acostumadas, em vista a uma vida anterior amparada em aspectos propulsores externos a si mesmo, tais como: associar sucesso e bem-estar com valores dissociados da própria condição humana, vivendo de forma escravizada sob o domínio de demandas que não as representam. Assim viveram muito tempo distantes de si mesmas, apenas fazendo parte de uma engrenagem capitalista abusiva. Voltada para uma vida que veio sendo extremamente volátil, portanto, Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados - sem o consentimento por escrito do Grupo</p>