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<p>JUÍZO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA CIDADE</p><p>Qualificação da Parte, por seu advogado que esta subscreve, com endereço (...), vem à presença de Vossa Excelência, por seu advogado constituído mediante instrumento de mandato anexo, propor</p><p>AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAL E MATERIAL</p><p>em desfavor de  Qualificação da Parte, pelos motivos que passar a expor:</p><p>I - DECLARAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA ECONÔMICA</p><p>Preliminarmente, DECLARA o Autor que, de acordo com o que preceitua o artigo 98 e 105 do NCPC, não tem condições, de arcar com eventual ônus processual, sem prejuízo do sustento próprio e de sua família.</p><p>II - DOS FATOS</p><p>Informação Omitida</p><p>Esses são alguns dos suportes fáticos que justificam a presente Ação. A “Reparação” do dano moral, através de indenização, é o mínimo que as empresas poderão fazer para arcar com sua atitude irresponsável e repreensível. O Estado – Juiz deve repudiar veementemente atitudes dessa natureza, pois, possui um papel de vital importância para o equilíbrio social, apaziguar o ânimo dos impetuosos, dos que se consideram donos do mundo.</p><p>III- DO DIREITO</p><p>"Havendo dano, produzido injustamente na esfera alheia, surge à necessidade de reparação, como imposição natural da vida em sociedade e, exatamente, para a sua própria existência e o desenvolvimento normal das potencialidades de cada ente personalizado. É que investidas ilícitas ou antijurídicas ou circuito de bens ou de valores alheios perturbam o fluxo tranquilo das relações sociais, exigindo, em contraponto, as reações que o Direito engendra e formula para a restauração do equilíbrio rompido.” (Carlos Alberto Bittar).</p><p>Portanto, impõe-se à Requerida a obrigação de indenizar o Promovente, de acordo com os mandamentos legais, vejamos o que diz o Código Civil Brasileiro:</p><p>"Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.</p><p>Ademais, o autor(a) é pessoa conceituada neste Município, pois é agente de saúde, cumprindo religiosamente suas obrigações, efetuando em dias todos seus pagamentos e, a situação a que foi exposto o Promovente, atingindo profundamente seu bem estar e tranquilidade por estar diante de uma péssima prestação de serviço e a empresa recusando-se a rever seu erro; não devendo neste momento se cogitar a respeito da prova de mais este constrangimento, vejamos:</p><p>O dano moral causado a Requerente é o chamado Dano Moral Direto, ou seja, lesão específica de um direito extrapatrimonial, como os direitos da personalidade. Neste sentido, podemos afirmar que o dano moral é aquele que lesiona a esfera personalíssima da pessoa (seus direitos da personalidade), violando, por conseguinte, sua intimidade, vida privada, honra e imagem, bens jurídicos tutelados constitucionalmente e de forma ilimitada. Aliás, a respeito de tal matéria já se pronunciava IHERING ao dizer que é ilimitada a reparação do dano moral e afirmava: “o homem tanto pode ser lesado no que é, como no que tem”.</p><p>Lesado no que é - diz respeito aos bens intangíveis, aos bens morais (nome, fama, dignidade, honradez). Lesado no que tem - relacionam-se aos bens tangíveis, materiais. Com efeito, já prelecionava a Lei das XII Tábuas: “se alguém causa um dano premeditadamente, que o repare”.</p><p>O ilícito cometido pelas Promovidas foi astuciosamente planejado, visando unicamente se esquivar de suas obrigações perante aquele consumidor e ora Promovente.</p><p>A Magna Carta em seu art. 5º consagra a tutela do direito à indenização por dano material ou moral decorrente da violação de direitos fundamentais, tais como a honra e a imagem das pessoas:</p><p>"Art. 5º X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;(...)”.</p><p>Assim, a Constituição garante a reparação dos prejuízos morais e materiais causados ao ser humano. Este dispositivo assegura o direito da preservação da dignidade humana, da intimidade, da intangibilidade dos direitos da personalidade.</p><p>Sendo assim, é previsto como ato ilícito àquele que cause dano, ainda que, exclusivamente moral. Faça-se constar art. 927, caput:</p><p>"Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo."</p><p>A personalidade do indivíduo é o repositório de bens ideais que impulsionam o homem ao trabalho e à criatividade e ocupações habituais. As ofensas a esses bens imateriais redundam em dano extra patrimonial, suscetível de reparação.</p><p>Resta configurados os danos morais e matérias perpetrados pela empresa, é o que apregoa a melhor doutrina e jurisprudência:</p><p>APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. CONSUMIDOR. CANCELAMENTO DE PASSAGEM AÉREA. REEMBOLSO DOS VALORES DEVIDO, SOB PENA DE ENRIQUECIMENTO INDEVIDO DA COMPANHIA AÉREA. DESÍDIA PERANTE O CONSUMIDOR. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. MAJORAÇÃO DO QUANTUM. 1º APELO PROVIDO E O 2º APELO DESPROVIDO. 1. De acordo com as normas e princípios do CDC, o consumidor tem direito ao reembolso dos valores pagos à companhia aérea no caso de cancelamento de passagem aérea, sob pena de enriquecimento indevido da companhia aérea, sendo certo que a negativa, indevida, de restituição desses valores , na espécie, causou abalos materiais e imateriais ao autor, os quais devem ser ressarcidos. 2. O valor arbitrado a título de danos morais deve observar, além do caráter reparatório da lesão sofrida, o escopo educativo e punitivo da indenização, de modo que a condenação sirva de desestímulo ao causador do ilícito a reiterar a prática lesiva, sem que haja, por outro lado, enriquecimento sem causa por parte da vítima. Assim, tenho por bem majorar o quantum indenizatório fixado pela sentença para R$ 15.000,00. 3. 1 º apelo conhecido e provido e o 2º recurso desprovido.(TJ-MA - APL: 0217992015 MA 0022526-17.2014.8.10.0001, Relator: ANGELA MARIA MORAES SALAZAR, Data de Julgamento: 24/09/2015, PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 06/10/2015)</p><p>Com efeito, em situações que tais, o ato lesiva afeta a personalidade do indivíduo, sua honra, sua integridade psíquica, seu bem-estar íntimo, suas virtudes, enfim, causando-lhe mal-estar ou uma indisposição de natureza espiritual. Sendo assim, a reparação, nesses casos, reside no pagamento de uma soma pecuniária, arbitrada pelo consenso do juiz, que possibilite ao lesado uma satisfação compensatória da sua dor íntima, e compense os dissabores sofridos pela vítima, em virtude da ação ilícita do lesionador.</p><p>IV- DO PEDIDO</p><p>a) Seja concedido ao Autor, os benefícios da Gratuidade de Justiça, art.98 do NCPC;</p><p>b) Seja procedida a CITAÇÃO dos Réus para os termos da presente ação, tudo, por carta registrada, com Aviso de Recebimento (A.R.), no endereço constante no preâmbulo desta, para que, querendo, conteste a presente ação, pena de confissão e revelia, quanto à matéria fática (CPC art. 319);</p><p>c) Que seja efetuado o ressarcimento do valor pago em relação ao bilhete eletrônico no importe de R$Informação Omitida (Informação Omitida);</p><p>d) Requer o autor desde já, que lhe seja deferido à inversão do ônus da prova prevista no CDC, devendo ser invertido o ônus probandi a fim de melhor serem resguardados seus direitos, nos termos do art. 6º do CDC; tendo em vista tratar-se de relação de consumo;</p><p>e) Que seja a presente ação julgada procedente em todos os seus termos, condenando a Ré ao pagamento de INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS estimado em Informação Omitida (Informação Omitida) salários mínimos no valor de R$ Informação Omitida (Informação Omitida), a serem corrigidos monetariamente a partir da citação, além de condenar a Ré em custas e honorários advocatícios, estes na base de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, levando–se em conta a complexidade da Ação;</p><p>f) Requer provar a alegada por todas as provas em Direito admitidas, especialmente</p><p>prova documental, testemunhal, depoimento pessoal do representante legal da Requerida, inspeção judicial a teor do art. 440 e 42 I do CPC;</p><p>g) Que ainda condene a Ré ao pagamento de honorários advocatícios (CPC, art. 20), no percentual de 20% sobre o valor da indenização fixada e seus acessórios.</p><p>Dá-se a causa o valor de R$ Valor da Causa (Valor auferível de dano material e moral, art.292 do NCPC).</p><p>Nesses termos,</p><p>pede deferimento.</p><p>Cidade, Data.</p><p>Nome do Advogado</p><p>OAB/UF N.º</p>

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