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<p>Simulado</p><p>Criado em: 16/09/2024 às 21:21:29</p><p>Texto para os itens de 1 a 10.</p><p>A filosofia da informação e a sociedade da informação e do conhecimento: reflexões diante</p><p>do progresso tecnológico</p><p>1 A demasiada e facilitada produção de informação, sobretudo por meio de recursos tecnológicos</p><p>utilizados nas</p><p>últimas décadas, tem proporcionado algumas inquietações acerca do pensamento filosófico inter-</p><p>relacionado à informação</p><p>e à sociedade da informação, visto que a informação tem desempenhado um papel central na</p><p>sociedade contemporânea e é</p><p>4 considerada como condição básica para o desenvolvimento econômico e social.</p><p>O impacto das novas tecnologias de informação e comunicação (TIC) na vida cotidiana influi</p><p>significativamente</p><p>na noção do que é informação, cujo conceito se modifica de disciplina para disciplina ou de contexto</p><p>para contexto.</p><p>7 Saracevic (1975) ressaltou que, em uma disposição formal, o fenômeno informação é estudado em</p><p>disciplinas diversas e</p><p>apresenta ramificações complexas e muitas manifestações associadas a ela.</p><p>Para Barreto (2003), a informação passou a ser compreendida como um produto ou uma mercadoria</p><p>e esta</p><p>10 alteração levou à necessidade de pensar sobre o fluxo informacional e buscar compreender a</p><p>qualidade desse produto. O</p><p>autor ressalta que a informação é considerada como uma mercadoria simbólica de características</p><p>específicas que não se</p><p>esgota com o consumo e, ao ser consumida, permanece consumível por um tempo determinado em</p><p>um espaço definido, e</p><p>13 essas características determinam sua qualidade e validade.</p><p>Outras características evidenciadas por Barreto (2003) referem que [sic] a informação, ao ser</p><p>consumida, não</p><p>transmite a propriedade, isto é, ela continua como posse de quem a detém, salvo em casos muito</p><p>especiais. Sua unidade de</p><p>16 medida é imprecisa e não é homogênea, e seu preço, caso possua, tem pouco a ver com seu custo,</p><p>bem como não há relação</p><p>entre o valor de custo e o valor de venda e, muito menos, com o valor atribuído pelo sujeito que a</p><p>utiliza e, por último, com</p><p>as condições de oferta e demanda de mercado.</p><p>19 No contexto pós-moderno, a informação e o conhecimento constituem-se por uma aparente via de</p><p>ruptura, que faz</p><p>surgir revoluções científicas, estabelece abertura para relações disciplinares, fornece subsídios para</p><p>o desenvolvimento de</p><p>teorias, metodologias e filosofia acerca da informação e da informação tecnológica que, para Ilharco</p><p>(2003), são consideradas</p><p>22 uma fonte de poder.</p><p>É nesse aspecto que Floridi (2002) apresenta um caminho diferente e interessante ao propor o</p><p>campo da filosofia</p><p>da informação. Entre as questões afetas a essa filosofia, algumas reflexões são objetos de estudo,</p><p>entre elas: o que vem a ser</p><p>25 filosofia da informação? E qual sua relação com a sociedade da informação?</p><p>Internet: <ww.revistas.usp.br> (com adaptações).</p><p>Acerca dos aspectos gerais do texto, julgue os itens de 1 a 10.</p><p>1. [Q3343188]</p><p>Reconhecem-se, no texto, traços estruturais que distinguem o gênero artigo científico.</p><p>c ) Certo</p><p>e ) Errado</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Artigo científico.</p><p>Fonte: Instituto Quadrix - Quadrix 2024 / Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia IBICT - BR / Tecnologista - Área:</p><p>Ciência da Informação / Questão: 1</p><p>As questões de 01 a 10 referem-se ao texto a seguir.</p><p>Falácia do injustificável</p><p>Por Margareth Dalcolmo</p><p>Inacreditável que, em meio a tantos problemas relevantes e preocupações no momento que</p><p>vivemos, com guerras insanas, recrudescimento de ódios, vilipêndio de culturas, necessidade de</p><p>reconstruir tanta coisa, e, por outro lado, maravilhas tecnológicas que nos inspiram e desafiam em</p><p>torná-las acessíveis ao maior número de pessoas, estejamos diante de uma discussão sobre algo tão</p><p>sobejamente nocivo, em todos os sentidos, como os dispositivos eletrônicos de fumar. Mas o fato é</p><p>que nas últimas semanas se intensificou o assunto, sob a pressão de produtores e políticos, para que</p><p>a regulamentação vigente no Brasil desde 2009 e ratificada em 2022 seja revista, liberando a</p><p>comercialização.</p><p>Independentemente do teor de qualquer argumento, subjetivo ou científico, a configurar uma</p><p>retórica construída sobre o que poderíamos definir como uma criação do mal, é preciso deixar claro,</p><p>para os não iniciados nessa já cansada discussão, que após tentativas de captar novos adictos em</p><p>nicotina, ao longo dos anos, com uso de filtros, seguidas de formulações chamadas “light”, surgem</p><p>no mercado, nos últimos quinze anos, os dispositivos eletrônicos de fumar. Se fossem apenas</p><p>suntuários e lúdicos, como tantos outros objetos de consumo da nossa contemporaneidade, seriam</p><p>aceitáveis. Mas não. Surgiram da obstinação da indústria em lucrar, após a redução do número de</p><p>fumantes em várias regiões do planeta. Eles não são inocentes, eles não podem ser travestidos de</p><p>“redutores de danos” em pessoas que querem abandonar os cigarros convencionais, uma vez que</p><p>contém altas doses de nicotina, que é a substância altamente viciante. Estamos assim a criar novas</p><p>legiões de dependentes. E aos que nos questionam, então o porquê de ser reaberta essa discussão</p><p>em consulta pública pela Anvisa, como ora ocorre, por sessenta dias, esclarecemos que esse é um</p><p>procedimento de boas práticas em processos regulatórios, e não necessariamente modifica o</p><p>racional.</p><p>O Brasil como país vitorioso em sua pioneira luta contra os cigarros convencionais de direitos</p><p>individuais, reduzindo substantivamente o número de usuários de quase 40% para menos de 10% da</p><p>população, também o é na regulação que criou, desde 2009, proibindo a comercialização de</p><p>qualquer produto de tabaco aquecido em território nacional. É falacioso afirmar que fabricar, gerar</p><p>empregos e impostos superaria os gastos com saúde em decorrência das doenças.</p><p>É repetitivo afirmar que há consenso entre especialistas que a indústria do tabaco seja</p><p>responsável por causar dezenas de doenças e 12% dos óbitos no mundo, de acordo com as</p><p>estimativas da OMS. O uso desses dispositivos desencadeou até mesmo o surgimento de uma nova</p><p>doença, denominada Evali (Doença Pulmonar Associada aos Produtos de Cigarro eletrônico ou</p><p>Vaping), que pode levar o paciente à UTI, ou mesmo à morte, em decorrência de insuficiência</p><p>respiratória. É falacioso afirmar que o Evali foi apenas um surto, ocorrido nos Estados Unidos,</p><p>causado por concentrações sem controle de substâncias, entre elas o THC.</p><p>É falsa também a informação que a utilização de dispositivos eletrônicos de fumar no país</p><p>quase quadruplicou em 4 anos. Toda a publicidade para a venda desses produtos não tem como alvo</p><p>os dependentes do cigarro tradicional, mas sim um novo mercado consumidor composto,</p><p>principalmente, por jovens, adolescentes e até mesmo crianças. No Brasil, entre estudantes de 13 a</p><p>17 anos, 16,8% já experimentaram cigarro eletrônico, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do</p><p>Escolar (Pense), que contempla o período de 2009 a 2019.</p><p>Na reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa dos últimos dias, houve manifestações subjetivas</p><p>de pessoas, o que não deverá ser considerado em análise técnica frente aos relatórios absolutamente</p><p>bem documentados com base na cronologia dos fatos científicos e experiências de regulamentação</p><p>de outros países, apresentados nos votos dos diretores, em particular pelo Diretor Presidente Barra</p><p>Torres. A Academia Nacional de Medicina também publicou contundente parecer contra qualquer</p><p>liberação desses produtos.</p><p>Como os senhores da guerra, historicamente não matam, mandam matar e não morrem,</p><p>mandam morrer, imagino que nenhum dono da poderosa indústria tabageira fume dispositivos</p><p>eletrônicos ou estimulem que seus filhos o façam, em nome da preservação da saúde e do bem estar</p><p>e tampouco se permitam a desfaçatez do argumento de “redução de danos”.</p><p>Disponível em: https://oglobo.globo.com/blogs/a-hora-da-ciencia/[acesso em dez. de 2023]</p><p>2. [Q3266058]</p><p>Considerando a intenção comunicativa prioritária e a sua composição, o texto</p><p>de Cacimba de</p><p>Dentro - PB / Agente Administrativo / Questão: 31</p><p>26. [Q1852982]</p><p>Leia a charge a seguir:</p><p>Aliando linguagem verbal e não-verbal, a charge se vale de um recurso semântico:</p><p>a ) Hiperbólico, potencializando sua crítica através da exacerbação de um sentido não</p><p>concretizável na realidade.</p><p>b ) Metafórico, transferindo um sentido figurativo para um campo de sentido real no intuito de</p><p>tangibilizar sua crítica.</p><p>c ) Metonímico, evocando o todo de um problema social através de uma das partes mais</p><p>debatidas desse problema.</p><p>d ) Sinestésico, mesclando referências a estímulos sensoriais para promover um apelo à razão e</p><p>às sensações do leitor.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Linguagem verbal e não verbal, Pressupostos e subentendidos,</p><p>Interpretação de Texto, Charge, Gêneros textuais.</p><p>Fonte: Instituto Brasileiro de Gestão e Pesquisa- IBGP 2021 / Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública - SEJUSP - MG</p><p>SEJUSP MG - MG / Assistente Executivo de Defesa Social - Área:Auxiliar Educacional / Questão: 10</p><p>Leia com atenção os dois textos a seguir para responder às questões de 1 a 6.</p><p>[Texto 1]</p><p>Trecho do artigo Trabalho e Existência produzido pelo Sesc São Paulo.</p><p>As atividades humanas designadas como trabalho, para além de seu caráter utilitário, também</p><p>são responsáveis por construir identidades. Uma vez que organizam o tempo, determinam as</p><p>relações entre os indivíduos e configuram sua autorrepresentação, torna-se compreensível que nos</p><p>entendamos em função das atividades laborais que exercemos.</p><p>Catálogo impresso Publicação Sesc SP - Nós, criação, trabalho e cidadania. Novembro de 2019.</p><p>[Texto 2]</p><p>Fonte: https://miro.medium.com/max/1428/1*KnVD0- e3SVhEsygcJ6L-mg.jpeg</p><p>27. [Q1709635]</p><p>Sobre a interpretação dos textos, assinale a alternativa correta.</p><p>a ) O [texto 1] é uma sequência tipológica injuntiva enquanto a tirinha [texto 2] representa uma</p><p>sequência tipológica narrativa.</p><p>b ) Por ambos os textos terem como função "vender" uma ideia sobre trabalho, eles podem ser</p><p>considerados sequências tipológicas propagandísticas.</p><p>c ) O [texto 1] apresenta uma sequência explicativa sobre uma ideia de trabalho, enquanto a</p><p>tirinha [texto 2] apresenta uma menção denotativa sobre trabalho por meio da dúvida do</p><p>personagem.</p><p>d ) A tirinha [texto 2] faz uso da fala de personagens que mesmo representando o público infantil</p><p>promove uma reflexão profunda sobre o trabalho na vida adulta.</p><p>e ) O [texto 1] por ser ficcional promove um olhar romantizado e errôneo da concepção de</p><p>trabalho.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Quadrinho, Tipologias e Gêneros Textuais, Tipologias Textuais,</p><p>Interpretação de Texto.</p><p>Fonte: Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação - IBFC 2020 / Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH EBSERH -</p><p>BR / Enfermeiro / Questão: 2</p><p>Leia com atenção o infográfico [Texto 1] e o trecho de reportagem [Texto 2] para</p><p>responder às questões de 11 a 14.</p><p>[Texto 1]</p><p>Fonte: http://www.morcegada.unir.br/wordpress/wpcontent/</p><p>uploads/2018/12/A%CC%81gua-comagroto%</p><p>CC%81xico.jpg</p><p>[Texto 2]</p><p>Agrotóxico, veneno, defensivo? Entenda a disputa pelo nome desses produtos agrícolas</p><p>Projeto de lei pode banir o termo “agrotóxico”, mas seu criador diz que substituição por</p><p>“defensivos agrícolas” ou “fitossanitários” é tendenciosa.</p><p>O Congresso Nacional deve decidir este ano se o nome “agrotóxico” será banido ou não do</p><p>país. Caso o Projeto de Lei (PL) 6.299/2002, conhecido pelos opositores como “Pacote do Veneno”,</p><p>seja aprovado, o termo será substituído nos documentos oficiais e nas embalagens dos produtos</p><p>mandatoriamente por “pesticida”, “defensivo agrícola” ou “defensivo fitossanitário”. Mas a palavra,</p><p>de uso quase exclusivo por aqui, tem um pai e criador – e ele é totalmente contra a mudança.</p><p>Alterar uma nomenclatura pode parecer apenas um pequeno detalhe entre as diversas</p><p>alterações propostas pelo projeto de lei, mas, para Adilson D. Paschoal, do Departamento de</p><p>Entomologia e Acarologia da Escola Superior de Agricultura Luiza de Queiroz (Esalq) da USP, esse é</p><p>um ponto crucial. “É um retrocesso inadmissível e tendencioso, visando ocultar a verdadeira</p><p>natureza desses produtos, isto é, sua natureza tóxica”, resume.</p><p>28. [Q2299163]</p><p>Sobre a interpretação dos textos, analise as afirmativas abaixo.</p><p>I. O infográfico e a reportagem possuem opiniões contraditórias sobre o uso de agrotóxicos no</p><p>Brasil.</p><p>II. O infográfico e a reportagem são complementares enquanto informativos sobre os agrotóxicos</p><p>no Brasil.</p><p>III. O infográfico e a reportagem não abordam sequer a mesma temática.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>a ) Apenas a afirmativa I está correta.</p><p>b ) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.</p><p>c ) Apenas a afirmativa III está correta.</p><p>d ) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.</p><p>e ) Apenas a afirmativa II está correta.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Infográfico.</p><p>Fonte: Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação - IBFC 2020 / Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH EBSERH -</p><p>BR / Técnico em Enfermagem / Questão: 11</p><p>TEXTO 02</p><p>O texto abaixo servirá de base para responder as questões de 06 a 10.</p><p>https://tirasarmandinho.tumblr.com/</p><p>29. [Q2040127]</p><p>A palavra "irada", utilizada em uma das falas do primeiro quadrinho, pode ser substituída,</p><p>adequadamente, por:</p><p>a ) Com cola.</p><p>b ) Com raiva</p><p>c ) Com amor.</p><p>d ) Muito boa.</p><p>e ) Muito feliz.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Gêneros textuais, Quadrinho, Reescrita de frases e parágrafos do texto,</p><p>Equivalência, substituição, reorganização e transformação de palavras ou trechos do texto, Interpretação de Texto.</p><p>Fonte: Instituto de Desenvolvimento e Capacitação - IDCAP 2020 / Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Ibiraçu SAAE Ibiracu - ES /</p><p>Operador de ETA / Questão: 7</p><p>Leia o texto para responder às questões 17 a 22.</p><p>Cientista português cria sistema para facilitar a comunicação de pessoas com</p><p>deficiência motora.</p><p>Gilberto Costa</p><p>Lisboa – Um recurso tecnológico desenvolvido pelo engenheiro eletrônico do Instituto de</p><p>Sistemas e Robótica (ISR) da Universidade de Coimbra (UC), Gabriel Pires, permite que pessoas com</p><p>deficiência, que perderam a mobilidade nos braços e nas pernas, resgatem a possibilidade de se</p><p>comunicar usando apenas o movimento das pálpebras.</p><p>A interface é formada por um computador portátil ligado a eletrodos que captam as ondas</p><p>cerebrais acionadas com o piscar dos olhos. Os sinais são amplificados e reconhecidos por um</p><p>software especial. A tecnologia permite ao usuário formar palavras e frases usando um sistema que</p><p>mostra as letras de forma aleatória, escolhidas com o movimento das pálpebras.</p><p>“É como se fosse uma antiga máquina de escrever”, esclarece Gabriel Pires. Segundo ele, o</p><p>dispositivo ainda permite ao usuário ligar a televisão e as luzes, acionar alarmes via telefone,</p><p>conduzir uma cadeira de rodas e realizar outras tarefas cotidianas, como conversar pelo computador</p><p>ou enviar um e-mail.</p><p>“É um novo canal de comunicação que se abre para pessoas sem mobilidade e que, apesar da</p><p>deficiência, estão com a capacidade cognitiva intacta.”</p><p>A interface já está sendo produzida por uma empresa austríaca e o ISR trabalha agora no</p><p>aperfeiçoamento da tecnologia para “diminuir o tempo de comunicação e aumentar a usabilidade”. A</p><p>pesquisa aproxima Portugal de centros de excelência para pesquisa neurocientífica, como os que</p><p>existem na Alemanha e nos Estados Unidos.</p><p>No Brasil, segundo dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística</p><p>(IBGE), mais de 2% da população é formada por pessoas com deficiência motora severa, como</p><p>tetraplégicos, com paralisia cerebral ou esclerose lateral amiotrófica. Essas pessoas têm direito a</p><p>linhas de financiamento para aquisição de produtos e serviços de acessibilidade, conforme o</p><p>“Programa Viver sem Limite”.</p><p>Disponível em:</p><p>http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/2012-11-03/cientista-portugues-cria-sistema-para-facilitar-c</p><p>omunicacao-de-pessoas-com-deficienciamotora. Acesso em: 17 de nov. de 2019.</p><p>30. [Q1155997]</p><p>Os textos materializam-se em diferentes gêneros textuais, sendo que a estrutura composicional, o</p><p>estilo e a esfera social em que circulam são fundamentais para sua designação. O texto lido, por</p><p>exemplo, pertence ao gênero</p><p>a ) relatório, pois visa a apresentar dados e resultados de uma pesquisa sobre o uso de recurso</p><p>tecnológico especial para pessoas com deficiência motora.</p><p>b ) artigo de divulgação científica, porque objetiva divulgar informações científicas para um</p><p>público interessado na temática abordada.</p><p>c ) artigo de opinião, uma vez que defende o direito de pessoas com dificuldades motoras a</p><p>terem acesso às novas tecnologias da comunicação.</p><p>d ) reportagem, já que tem o intuito de informar e, ao mesmo tempo, criar uma opinião nos</p><p>leitores sobre o uso das tecnologias por pessoas com deficiência motora.</p><p>e ) notícia, porque divulga o desenvolvimento de um recurso tecnológico cujo objetivo é auxiliar</p><p>pessoas com deficiência motora.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Gêneros textuais, Interpretação de Texto.</p><p>Fonte: Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos - NUCEPE/UESPI 2019 / Secretaria Municipal de Educação de Teresina SEMEC - PI</p><p>/ Professor deEducação Infantil -Anos Iniciais do Ensino Fundamental (do 1º ao 5º ano/ Polivalência) / Questão: 17</p><p>31. [Q1426268]</p><p>Observe a charge a seguir.</p><p>Deus, você tá perdendo fiéis a cada dia! É importante a gente se atualizar.</p><p>- Você, ao menos, possui wi-fi no céu?</p><p>-Wi... o quê?</p><p>-Cara, você tá muito ferrado com as próximas gerações.</p><p>https://www.umsabadoqualquer.com/1669-o-novo-e-o-velho2/attachment/2859/ Acesso em</p><p>06/01/2019.</p><p>A charge é produzida com alusão:</p><p>a ) À interação não necessária nos dias atuais.</p><p>b ) À inevitável necessidade da internet.</p><p>c ) Ao desprestígio das igrejas em relação aos jovens.</p><p>d ) À depreciação das tecnologias de informação.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Charge.</p><p>Fonte: Consultoria Público-Privada - Instituto CONSULPAM 2019 / Prefeitura de Quadra Prefeitura - SP / Professor de Artes / Questão:</p><p>10</p><p>Instrução: Leia o texto e responda às questões 07 e 08</p><p>32. [Q2327260]</p><p>Sobre recursos lexicais e gramaticais presentes no texto, marque V para as afirmativas verdadeiras</p><p>e F para as falsas.</p><p>( ) Os verbos que completam a sentença Investir em meninas e mulheres... melhora; beneficia;</p><p>fortalece; aumenta; cria e reduz são exemplos do modo imperativo.</p><p>( ) Em Acabar com a desigualdade de gênero na agricultura poderia tirar de 100 a 150 milhões de</p><p>pessoas da fome – o verbo destacado está conjugado no futuro de pretérito do indicativo.</p><p>( ) Meninas e mulheres gastam 90% da sua renda em suas famílias, enquanto homens gastam</p><p>apenas entre 30 e 40% – é um exemplo de período composto por subordinação.</p><p>( ) Em Quando 10% mais de meninas vai para a escola, o PIB de um país cresce 3%, tem-se uma</p><p>conjunção subordinativa temporal.</p><p>Assinale a sequência correta.</p><p>a ) F, V, V, V</p><p>b ) V, F, F, F</p><p>c ) V, V, F, F</p><p>d ) F, F, V, V</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Infográfico.</p><p>Fonte: Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT 2019 / Prefeitura de Pontes e Lacerda - MT / Assistente Administrativo / Questão: 7</p><p>Instrução: Leia o texto e responda às questões de 01 a 06.</p><p>De canudo em canudo</p><p>Iniciativas pontuais, somadas, importam na redução de dano causado por plásticos</p><p>A poluição dos mares por resíduos plásticos inscreve-se entre os temas ambientais mais</p><p>preocupantes do presente. Descartamos nos oceanos, todos os anos, ciclópicas 8 milhões de</p><p>toneladas</p><p>desse polímero, o qual perfaz aproximadamente 85% do lixo marinho.</p><p>Ademais, como alguns desses materiais tardam um século ou mais para se decompor, sua</p><p>5--acumulação converte-se em um problema que atravessa gerações. Embora seja difícil imaginar</p><p>uma</p><p>solução única para a questão, iniciativas pontuais, se somadas, podem fazer diferença. Segue esse</p><p>espírito a</p><p>tendência, que ganha corpo em todo o mundo, de proibir os canudos de plástico descartáveis.</p><p>Recentemente, a cidade de São Paulo aderiu a ela. A lei, que deve entrar em vigor no segundo</p><p>semestre, proíbe o artigo em hotéis, restaurantes, bares, padarias, clubes noturnos e eventos</p><p>musicais. A</p><p>10--multa para os recalcitrantes pode chegar a R$ 8.000.</p><p>Diplomas semelhantes já foram aprovados em Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, Camboriú</p><p>(SC),</p><p>Ilhabela (SP), Santos (SP), Rio Grande (RS) e em todo o Rio Grande do Norte. Nos EUA, o estado da</p><p>Califórnia e a cidade de Seattle encamparam a iniciativa, assim como localidades europeias e</p><p>asiáticas.</p><p>A investida contra os canudinhos tem sua razão de ser. Desnecessários, a não ser para certas</p><p>15--condições médicas, e utilizados por poucos minutos, não integram uma cadeia de descarte</p><p>voltado à</p><p>reciclagem. Uma vez nos oceanos, levam mais de 200 anos para se decompor.</p><p>Não existem estatísticas sobre o consumo de canudos plásticos no Brasil, mas os números</p><p>internacionais assustam. Estima-se que pelo menos 170 milhões de unidades sejam jogadas fora por</p><p>dia</p><p>nos EUA.</p><p>20------ Sua proibição, no entanto, ataca apenas uma parte diminuta do problema. Estima-se que os</p><p>canudinhos componham de 4% a 7% do plástico que polui os mares.</p><p>Não à toa, iniciativas de maior amplitude vêm sendo colocadas em prática. Na principal delas, a</p><p>União Europeia anunciou que irá banir até 2021 os chamados plásticos de uso único - categoria que</p><p>inclui</p><p>copos, pratos, talheres, cotonetes, tampas e embalagens para entrega de comida.</p><p>25---- Ao sancionar a nova lei paulistana, o prefeito Bruno Covas (PSDB), divulgou a adesão de São</p><p>Paulo ao programa da ONU para eliminar o uso de embalagens plásticas desnecessárias e melhorar</p><p>os</p><p>índices de reciclagem. É um bom começo.</p><p>...</p><p>(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/. Acesso em: 16/07/2019.)</p><p>33. [Q2327246]</p><p>O texto De canudo em canudo pode ser enquadrado, pelas características, no gênero textual</p><p>a ) Carta ao Leitor.</p><p>b ) Crônica.</p><p>c ) Editorial.</p><p>d ) Notícia.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Editorial.</p><p>Fonte: Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT 2019 / Prefeitura de Pontes e Lacerda - MT / Assistente Administrativo / Questão: 4</p><p>34. [Q1133389]</p><p>Ao analisar e interpretar a charge acima, observa-se que ela apresenta o mapa da violência com</p><p>base em uma perspectiva</p><p>a ) militar.</p><p>b ) estatística.</p><p>c ) político-social.</p><p>d ) econômico-financeira.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Charge.</p><p>Fonte: Instituto de Desenvolvimento Institucional Brasileiro - IDIB 2019 / Prefeitura deReriutaba - CE / Professor da Educação Básica II -</p><p>Ensino Fundamental Anos Finais - Historia / Questão: 9</p><p>35. [Q1051758] Assinale a alternativa correta considerando a função da linguagem em “Não te</p><p>surpreendes que haja vida noutros planetas?”.</p><p>a ) Emotiva</p><p>b ) Poética.</p><p>c ) Fática.</p><p>d ) Metalinguística.</p><p>e ) Conativa.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Charge, Sentidos do texto.</p><p>Fonte: Instituto AOCP 2019 / Polícia Civil do Espírito Santo PC ES - ES / Auxiliar Perícia Médico-Legal / Questão: 18</p><p>A geração dos imaturos para sempre</p><p>Por Ana Macarini</p><p>Estamos vivendo um movimento que lembra a força de uma epidemia. Vivemos cercados de</p><p>pessoas acometidas por uma espécie de mistura de “Síndrome de Peter Pan”, com “Complexo de</p><p>Cinderela”, mais uma pitada de “Jeito Pateta de ser” e um tiquinho de “Meu sonho é morar na</p><p>Disney”. Isso até seria engraçado, se não fosse assustador. E trágico.</p><p>Há pessoas que simplesmente não encontram o caminho da maturidade. E nem é que não</p><p>queiram crescer ou estejam perpetuando a adolescência para além dos trinta, quarenta ou cinquenta</p><p>anos porque decidiram que é assim que tem que ser. Não! Nada disso!</p><p>Simplesmente não sabem como fazê-lo. Existe uma legião de perdidos num limbo da infância</p><p>emocional eterna, alimentados por um estilo de educação familiar que não percebe</p><p>o quão danoso</p><p>pode ser a qualquer um de nós, ser poupado a todo custo de sofrer frustrações, de lidar com as</p><p>negações, de enfrentar a vida por si mesmo.</p><p>Há milhares de famílias, que vão desde os menos favorecidos até os mais abastados, que</p><p>insistem em criar seus filhos como se eles – os pais – fossem durar para sempre. Alimentam suas</p><p>crianças e jovens com infinitas mamadeiras de dependência emocional, sob o pretexto de garantir</p><p>que seus rebentos sejam absolutamente felizes, sempre felizes, todos os dias, o tempo todo.</p><p>O resultado de tamanha alienação é a ocorrência de meninos e meninas, que serão meninos e</p><p>meninas para toda a eternidade. Recém-nascidos para sempre, que esperneiam quando algo não sai</p><p>do jeito que esperavam. Que amarram a cara, quando não são imediatamente atendidos. Que não</p><p>fazem a menor ideia de como todas as coisas que os cercam vão parar em suas mãos.</p><p>Meninos e meninas com vida sexual ativa. Meninos e meninas que não sabem dar importância</p><p>ou valorização para a formação acadêmica. Meninos e meninas que chegam à vida adulta, sem ter a</p><p>menor ideia do quanto de dinheiro é necessário para mantê-los. Meninos e meninas que se</p><p>consideram adultos o suficiente para beber, para fumar, para amanhecer na rua e voltar para suas</p><p>casas a hora que bem entenderem. Alguns com carteira de motorista em mãos, mas sem juízo</p><p>suficiente para sentar-se atrás de um volante ou no banco de uma moto. Muitos, sem nenhuma</p><p>noção de compromisso e responsabilidade. Perdidos.</p><p>E, não, não estou falando que as pessoas precisam viver de forma rígida e azeda. Não estou</p><p>falando que é proibido ser alegre. Não se trata de não ter o direito de ser criança, ou jovem e se</p><p>divertir e aproveitar essas fases tão maravilhosas e absolutamente necessárias para que um dia,</p><p>surja um adulto inteiro.</p><p>O grande nó para o qual eu convido a uma boa reflexão é o fato de que estamos assistindo</p><p>passivamente a inúmeras crianças e incontáveis jovens, sendo privados da experiência fantástica</p><p>que é passar por essas fases e estar disposto a entrar em outras. Outras fases, tão ricas e bonitas</p><p>quanto são aquelas pelas quais passamos em nossos anos iniciais.</p><p>Crescer é um direito! Amadurecer é tomar posse da própria vida. É ter a chance de fazer</p><p>escolhas. É experimentar o prazer de andar com as próprias pernas. E errar. E acertar. E tentar</p><p>outra vez, outra coisa, de outro jeito. Tenhamos a amorosidade necessária para abrir mão de</p><p>congelar nossos filhos num tempo em que, depois de um tempo, o que era encantador certamente</p><p>será ridículo. Tenhamos a sabedoria para dar a mão às nossas crianças na travessia da vida, sabendo</p><p>que vez ou outra é com as mãos livres que se deve andar.</p><p>A geração dos imaturos para sempre . Macar in i , Ana. Disponíve l em ht tp : / /</p><p>www.contioutra.com/geracao-dos-imaturos-para-sempre/ Acesso em 08 de fev. 2018.</p><p>36. [Q2725356]</p><p>Considerando as variações linguísticas, os sentidos das palavras e o gênero textual apresentados,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>a ) No trecho “E, não, não estou falando que as pessoas precisam viver de forma rígida e</p><p>azeda.”, o uso repetido do advérbio de negação “não” denuncia uma linguagem mais informal,</p><p>próxima da oralidade, traço linguístico característico de textos de opinião.</p><p>b ) A sequência “E errar. E acertar. E tentar outra vez, outra coisa, de outro jeito.” traz a</p><p>repetição das palavras “E” e “outra”, o que é uma característica muito marcante da linguagem</p><p>formal, repleta de rigidez gramatical, com foco exclusivo na transmissão de informações.</p><p>c ) Em “Existe uma legião de perdidos num limbo da infância emocional eterna [...]”, o vocábulo</p><p>destacado possui um sentido figurado, significando um espaço entre o certo e o errado.</p><p>d ) As referências mostradas no trecho “Vivemos cercados de pessoas acometidas por uma</p><p>espécie de mistura de ‘Síndrome de Peter Pan’, com ‘Complexo de Cinderela’, mais uma pitada</p><p>de ‘Jeito Pateta de ser’ e um tiquinho de ‘Meu sonho é morar na Disney.’” são inúteis para o</p><p>entendimento do texto, isso é comum em textos muito formais.</p><p>e ) Em “[...] o que era encantador certamente será ridículo.”, há a contraposição de ideias entre</p><p>os adjetivos destacados. Tal característica não é bem-vista em textos opinativos como o</p><p>apresentado.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Linguagem formal, Sentido conotativo, figurado ou metafórico, Artigo de</p><p>opinião, Linguagem Informal, popular, coloquial e vulgar, Sentidos do texto.</p><p>Fonte: Assessoria em Organização de Concursos Públicos - AOCP 2018 / Prefeitura de São Luís - MA / Técnico Municipal de Nível</p><p>Superior - Área Serviço Social / Questão: 4</p><p>Atenção: Considere a charge para responder às questões de números 1 e 2.</p><p>(Disponível em: MALIKA. http://d.emtempo.com.br)</p><p>37. [Q2275406]</p><p>Uma frase coerente com a mensagem da charge e escrita com correção é:</p><p>a ) Apesar de estarem juntos de sua avó, os netos não dão atenção a ela.</p><p>b ) Os netos preferem conversar, no celular, do que pessoalmente com a avó.</p><p>c ) Ao estarem próximo um do outro, os netos ignoram completamente a avó.</p><p>d ) A avó dá a entender que gostaria que seus netos lhe visitassem mais vezes.</p><p>e ) A visita dos netos deixaram a avó apenas parcialmente satisfeita.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Charge.</p><p>Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2018 / Defensoria Pública do Estado de Amazonas DPE AM - AM / Assistente Técnico de</p><p>Defensoria - Área Técnico Administrativo / Questão: 1</p><p>Formação do educador</p><p>Rubem Alves</p><p>Sonho com uma escola em que se cultivem pelo menos três coisas.</p><p>Primeiro, a sabedoria de viver juntos: o olhar manso, a paciência de ouvir, o prazer em</p><p>cooperar. A sabedoria de viver juntos é a base de tudo o mais.</p><p>Segundo, a arte de pensar, porque é a partir dela que se constroem todos os saberes. Pensar é</p><p>saber o que fazer com as informações. Informação sem pensamento é coisa morta. A arte de pensar</p><p>tem a ver com um permanente espantar-se diante do assombro do mundo, fazer perguntas diante do</p><p>desconhecido, não ter medo de errar, porque os saberes se encontram sempre depois de muitos</p><p>erros.</p><p>Terceiro, o prazer de ler. Jamais o hábito da leitura, porque o hábito pertence ao mundo dos</p><p>deveres, dos automatismos: cortar as unhas, escovar os dentes, rezar de noite. Não hábito, mas</p><p>leitura amorosa. Na leitura amorosa entramos em mundos desconhecidos e isso nos faz mais ricos</p><p>interiormente. Quem aprendeu a amar os livros tem a chave do conhecimento.</p><p>Mas essa escola não se constrói por meio de leis e parafernália tecnológica. De que vale uma</p><p>cozinha dotada das panelas mais modernas se o cozinheiro não sabe cozinhar? É o cozinheiro que</p><p>faz a comida boa mesmo em panela velha. O cozinheiro está para a comida boa da mesma forma</p><p>como o educador está para o prazer de pensar e aprender. Sem o educador, o sonho da escola não</p><p>se realiza.</p><p>A questão crucial da educação, portanto, é a formação do educador. “Como educar os</p><p>educadores?”</p><p>Imagine que você quer ensinar a voar. Na imaginação tudo é possível. Os mestres do voo são os</p><p>pássaros. Aí você aprisiona um pássaro numa gaiola e pede que ele o ensine a voar. Pássaros</p><p>engaiolados não podem ensinar o voo. Por mais que eles expliquem a teoria do voo, só ensinarão</p><p>gaiolas. […]</p><p>Desejamos quebrar as gaiolas para que os aprendizes aprendam a arte do voo. Mas, para que</p><p>isso aconteça, é preciso que as escolas que preparam educadores sejam a própria experiência do</p><p>voo.</p><p>Adaptado de: <http://www.revistaeducacao.com.br/formacao-do-educador-coluna-rubem-alves/>.</p><p>Acesso em: 27 jul. 2018.</p><p>38. [Q2753371]</p><p>Assinale a alternativa que apresenta o gênero a que pertence o texto de apoio.</p><p>a ) Relato de experiência.</p><p>b ) Crônica reflexiva.</p><p>c ) Editorial.</p><p>d ) Diário.</p><p>e ) Reportagem.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Editorial, Crônica, Diário, Relato, Reportagem.</p><p>Fonte: Instituto AOCP 2018 / Prefeitura de Feira de Santana - BA / Professor - Área: História / Questão: 3</p><p>39. [Q1717464]</p><p>Observe atentamente a tirinha de</p><p>Charlie Brown a seguir.</p><p>(Fonte: <http://aconteceunovale.com.br/portal/?p=29937>. Acesso em 18 out 2018.)</p><p>Pode-se inferir, a partir da leitura dessa charge, que</p><p>a ) há pessoas que têm plena certeza de que a felicidade trará efeitos colaterais.</p><p>b ) todas as pessoas têm medo da felicidade, conforme se comprova pela tirinha.</p><p>c ) a felicidade não é um produto engarrafado que se possa adquirir no comércio.</p><p>d ) existe a incerteza de que a felicidade pode ser boa para os dois personagens.</p><p>e ) os personagens apresentam convergência de opinião e não possuem afinidade entre si.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Charge, Interpretação de Texto.</p><p>Fonte: Colégio Militar de Belo Horizonte 2018 / Colégio Militar de Belo Horizonte CMBH - MG / Aluno do Colégio Militar - Área</p><p>Português (1º ano do Ensino Médio) / Questão: 19</p><p>40. [Q998607] Sócrates perguntou: − O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?</p><p>Essa frase fica corretamente transposta para o discurso indireto em: Sócrates</p><p>a ) perguntou ao rapaz se o que ele lhe iria contar já havia passado pelas três peneiras.</p><p>b ) pergunta-lhe se o que o rapaz iria lhe contar já passaria pelas três peneiras.</p><p>c ) perguntou ao rapaz se o que ele lhe contaria já passaria pelas três peneiras.</p><p>d ) perguntara ao rapaz se o que ele iria lhe contar já passou pelas três peneiras.</p><p>e ) pergunta ao rapaz: o que você vai me contar já passou pelas três peneiras.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Discurso indireto livre (misto), Tipos de discurso narrativo.</p><p>Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2018 / Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região TRT 2 - BR / Técnico Judiciário - Área Apoio</p><p>Especializado - Especialidade: Enfermagem / Questão: 9</p><p>41. [Q963379]</p><p>“Diante do número de casos de preconceito explícito e agressões, / somos levados ao</p><p>questionamento se nossa sociedade corre o risco de estar tornando-se irracionalmente</p><p>intolerante”.</p><p>Os segmentos que compõem essa parte inicial do texto indicam, respectivamente:</p><p>a ) consequência / causa;</p><p>b ) fatos / explicação;</p><p>c ) opinião / justificativa;</p><p>d ) problema / reflexão;</p><p>e ) informação / discussão.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Estratégias argumentativas.</p><p>Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2018 / Tribunal de Justiça de Alagoas TJ AL - AL / Analista Judiciário - Área Apoio Especializado -</p><p>Especialidade: Estatística / Questão: 2</p><p>VIVER EM SOCIEDADE</p><p>Dalmo de Abreu Dallari</p><p>A sociedade humana é um conjunto de pessoas ligadas pela necessidade de se ajudarem umas às</p><p>outras, a fim de que possam garantir a continuidade da vida e satisfazer seus interesses e desejos.</p><p>Sem vida em sociedade, as pessoas não conseguiriam sobreviver, pois o ser humano, durante muito</p><p>tempo, necessita de outros para conseguir alimentação e abrigo.</p><p>E no mundo moderno, com a grande maioria das pessoas morando na cidade, com hábitos que</p><p>tornam necessários muitos bens produzidos pela indústria, não há quem não necessite dos outros</p><p>muitas vezes por dia. Mas as necessidades dos seres humanos não são apenas de ordem material,</p><p>como os alimentos, a roupa, a moradia, os meios de transportes e os cuidados de saúde.</p><p>Elas são também de ordem espiritual e psicológica. Toda pessoa humana necessita de afeto, precisa</p><p>amar e sentir-se amada, quer sempre que alguém lhe dê atenção e que todos a respeitem. Além</p><p>disso, todo ser humano tem suas crenças, tem sua fé em alguma coisa, que é a base de suas</p><p>esperanças.</p><p>Os seres humanos não vivem juntos, não vivem em sociedade, apenas porque escolhem esse modo</p><p>de vida, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade da natureza humana. Assim, por</p><p>exemplo, se dependesse apenas da vontade, seria possível uma pessoa muito rica isolar-se em algum</p><p>lugar, onde tivesse armazenado grande quantidade de alimentos. Mas essa pessoa estaria, em pouco</p><p>tempo, sentindo falta de companhia, sofrendo a tristeza da solidão, precisando de alguém com quem</p><p>falar e trocar ideias, necessitada de dar e receber afeto. E muito provavelmente ficaria louca se</p><p>continuasse sozinha por muito tempo.</p><p>Mas, justamente porque vivendo em sociedade é que a pessoa humana pode satisfazer suas</p><p>necessidades, é preciso que a sociedade seja organizada de tal modo que sirva, realmente, para esse</p><p>fim. E não basta que a vida social permita apenas a satisfação de algumas necessidades da pessoa</p><p>humana ou de todas as necessidades de apenas algumas pessoas. A sociedade organizada com</p><p>justiça é aquela em que se procura fazer com que todas as pessoas possam satisfazer todas as suas</p><p>necessidades, é aquela em que todos, desde o momento em que nascem, têm as mesmas</p><p>oportunidades, aquela em que os benefícios e encargos são repartidos igualmente entre todos.</p><p>Para que essa repartição se faça com justiça, é preciso que todos procurem conhecer seus direitos e</p><p>exijam que eles sejam respeitados, como também devem conhecer e cumprir seus deveres e suas</p><p>responsabilidades sociais.</p><p>Rosenthal, Marcelo et al. Interpretação de textos e semântica para concursos. Rio de Janeiro:</p><p>Essevier, 2012.</p><p>42. [Q1753435]</p><p>Quanto à tipologia, o texto apresenta as características de um (a):</p><p>a ) Carta.</p><p>b ) Artigo de opinião.</p><p>c ) Debate.</p><p>d ) Crônica.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Artigo de opinião.</p><p>Fonte: CRS - Polícia Militar de Minas Gerais - CRS - PMMG 2017 / Polícia Militar de Minas Gerais PM MG - MG / Soldado Policial Militar</p><p>/ Questão: 3</p><p>Texto II</p><p>Polícia Militar Ambiental faz um intenso trabalho de controle e combate aos grupos de</p><p>criminosos adeptos da prática em todo o Estado de São Paulo</p><p>O trabalho da Polícia Militar Ambiental em combater os grupos criminosos que soltam balões é</p><p>incessante em todo o Estado de São Paulo. A árdua missão tem trazido números expressivos de</p><p>prisões, apreensões e multas em 2017.</p><p>De acordo com os números levantados pela Polícia Militar Ambiental, apenas nos primeiros cinco</p><p>meses de 2017 foram realizadas 41 prisões em flagrante, enquanto em todo o ano de 2016, esse</p><p>número de detenções por soltura de balões foi de apenas 5. Ainda segundo a PM, 39 balões foram</p><p>apreendidos até junho deste ano, enquanto, em todo o ano de 2016, esse número ficou em 26. A</p><p>multa por balão apreendido é de R$ 5 mil.</p><p>A polícia acredita que muitos criminosos saem da capital do estado para praticar esse tipo de crime</p><p>na região de Campinas e Circuito das Águas. “A gente já teve denúncias e realizou operações em</p><p>locais que as pessoas alugam sítios na região e lá eles realizam eventos com balões no final de</p><p>semana. Nesse meio tempo, eles soltam balão e fazem confraternizações com churrascos e festas. É</p><p>uma situação que tem se repetido, pois as chácaras são fechadas e eles acham que ninguém vai</p><p>atrapalhar. São locais que ficam escondidos por árvores, que cabem bastante pessoas. Um balão</p><p>grande demanda muita gente para soltura. Eles acham que isso vai viabilizar o crime, mas estamos</p><p>na cola das pessoas que praticam esse tipo de ação”, afirmou o Tenente Nóbrega. [...]</p><p>Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/ brasil/2017-06-07/baloes-campinas-</p><p>policia-militar-ambiental.html. Acesso em 07/06/17)</p><p>43. [Q1097998]</p><p>Quanto ao gênero, o texto II classifica-se como notícia. Dentre as alternativas abaixo, assinale a</p><p>que NÃO indica uma característica desse gênero.</p><p>a ) linguagem predominantemente pessoal.</p><p>b ) uso de dados estatísticos.</p><p>c ) citações diretas.</p><p>d ) apresentação de fatos.</p><p>e ) referência espacial do local.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipologias e Gêneros Textuais.</p><p>Fonte: Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação - IBFC 2017 / Corpo de Bombeiro Militar da Bahia CBM BA - BA / Soldado do</p><p>Corpo de Bombeiros / Questão: 11</p><p>A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB1A1BBB, julgue os próximos itens.</p><p>44. [Q938358] Uma propriedade característica do gênero tirinha é a presença de linguagem não</p><p>verbal.</p><p>e ) Errado</p><p>c ) Certo</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipologias e Gêneros</p><p>Textuais.</p><p>Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2017 / Polícia Militar do Alagoas PM AL - AL / Soldado</p><p>Combatente / Questão: 20</p><p>45. [Q2026992]</p><p>Uma das características de um texto narrativo é a presença de uma sequência cronológica de ações</p><p>ou acontecimentos.</p><p>-</p><p>Nesse caso, assinale a opção que apresenta a sequência considerada como pertencente ao modo</p><p>narrativo de organização discursiva.</p><p>a ) “Visto de uma certa distância, o fotógrafo lambe-lambe, com a cabeça enfiada na máquina</p><p>sobre o seu tripé, parece um monstro de cinco patas”.</p><p>b ) “O diminutivo é ao mesmo tempo uma maneira afetuosa e precavida de usar a linguagem”.</p><p>c ) “A secreta gravidade e a espantosa riqueza do carnaval chocam-se com essa arrumação</p><p>extremamente pífia que os decoradores da Prefeitura fizeram na Avenida”.</p><p>d ) “O funcionário acabou de rabiscar num papel, repousou a caneta e voltou-se para atender o</p><p>cliente”.</p><p>e ) “Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país</p><p>brasileiro de todo o mundo”.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Texto Narrativo.</p><p>Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2016 / Secretaria Municipal de Educação de São Paulo SME - SP / Professor - Área: Português /</p><p>Questão: 52</p><p>No diálogo exibido na charge abaixo, evidencia-se, claramente, uma crítica à precária assistência do</p><p>SUS aos usuários que recorrem a esse sistema de atendimento. Após a análise das falas dos</p><p>personagens, responda a questão que segue:</p><p>http://sb24horas.com.br/wp-content/uploads/2013/04/SUS-charge-Duke.jpg</p><p>46. [Q2048826]</p><p>Seguem algumas paráfrases, em um nível mais formal, da frase “É que, até eu ser atendido, é</p><p>provável que eu fique doente!”, proferida por um dos personagens:</p><p>I - É porque, até eu ser atendido, provavelmente terei ficado doente!</p><p>II - É que, até eu ser atendido, é provável que eu estivesse doente!</p><p>III - É porque, até que eu seja atendido, provavelmente terei ficado doente!</p><p>IV - É porque, até ser atendido, provavelmente tenho de estar doente!</p><p>Indique a alternativa que apresenta a estrutura correspondente CORRETA:</p><p>a ) II, III e IV</p><p>b ) I e II</p><p>c ) II e III</p><p>d ) I e III</p><p>e ) I, III e IV</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Charge, Pressupostos e subentendidos, Interpretação de Texto, Gêneros</p><p>textuais.</p><p>Fonte: Comissão Permanente de Concursos da Universidade Estadual da Paraíba - CPCON UEPB 2016 / Prefeitura de Alagoinhas - PB /</p><p>Técnico em Enfermagem / Questão: 5</p><p>Atenção! A charge a seguir refere-se às questões 11 e 12!</p><p>47. [Q1465843]</p><p>Observe a charge a seguir, publicada em agosto de 2014. A charge mostra uma estrutura:</p><p>a ) metonímica.</p><p>b ) paradoxal.</p><p>c ) antitética.</p><p>d ) metafórica.</p><p>e ) hiperbólica.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Charge, Interpretação de Texto, Figuras de palavras.</p><p>Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2014 / Prefeitura de Osasco - SP / Professor - Área: Educação Especial / Deficiência Visual /</p><p>Questão: 11</p><p>Somos um povo fútil?</p><p>“No Brasil, tudo vira moda. Até manifestação de rua.”</p><p>Ouvi essa frase de um motorista de táxi durante os acontecimentos de junho, e achei um</p><p>exagero. Rebati, dizendo que o povo nas ruas tinha um significado imenso e ira propiciar a mudança</p><p>de várias leis. Ele me olhou pelo retrovisor e respondeu que era verdade, mas que via muitos jovens,</p><p>a caminho das manifestações, agindo como se estivessem indo para um bloco de carnaval. “É a onda</p><p>do momento”, insistiu. “Daqui a pouco passa.”</p><p>Em poucas semanas, as manifestações começaram a esvaziar. Os motivos eram muitos: a ação</p><p>dos black blocks, as depredações, a violência da polícia, as denúncias de interesses escusos por</p><p>parte de políticos, milicianos, traficantes. Mas não pude deixar de pensar nas palavras do motorista</p><p>de táxi.</p><p>Tornei a pensar nelas há algumas semanas, ao voltar de uma viagem de quase um mês à</p><p>Alemanha. Ao desembarcar no Brasil, fui tomada pela sensação de que somos mesmo um país de</p><p>modismos. Um povo fútil. Sei que é um clichê essa história de ir à Europa e voltar falando de “um</p><p>banho de civilização”. Sempre fui contra isso. Mas, desta vez – depois de visitar 11 museus, duas</p><p>exposições, de ir a um concerto de música clássica e de visitar uma feira gigantesca de livros –,</p><p>alguma coisa aconteceu comigo.</p><p>Acho que uma das razões dessa sensação foi a leitura, durante a viagem, do livro de Mário</p><p>Vargas Llosa, “A civilização do espetáculo”. Embora em alguns pontos eu discorde do escritor, o</p><p>livro me chamou a atenção para a destruição da cultura no mundo moderno, em favor do</p><p>entretenimento. Esse conceito me deixou pensando no Brasil – nesse país que não lê livros, mas</p><p>onde quase todo mundo tem celular. Onde se veem, nos bairros pobres, antenas parabólicas sobre</p><p>casas miseráveis, onde há mais televisores do que geladeiras, e onde, em vez de bibliotecas, temos</p><p>lan houses. País que parece ter passado, em massa, do analfabetismo funcional para o Facebook –</p><p>sem escalas.</p><p>(....) Voltei da viagem com essa sensação de que somos mesmo fúteis, superficiais, e me</p><p>lembrei do motorista de táxi.</p><p>(Heloísa Seixas, O Globo, 14 de dezembro de 2013)</p><p>48. [Q2161548]</p><p>O título dado à crônica é uma pergunta. Em função do que é apresentado no texto, essa pergunta</p><p>a ) não é respondida no percurso do texto.</p><p>b ) é respondida exclusivamente pela frase do motorista de táxi.</p><p>c ) destaca a resposta positiva da cronista.</p><p>d ) indica somente a motivação de composição do texto.</p><p>e ) é retórica, da qual não se espera resposta.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Crônica.</p><p>Fonte: Fundação Getúlio Vargas - FGV 2014 / Prefeitura de João Pessoa - PB / Assistente Social - Área: Escolar / Questão: 2</p><p>Instruções: Para responder às questões de números 31 a 40, considere os textos I, II e III</p><p>apresentados abaixo.</p><p>Texto I</p><p>Quando me perguntam</p><p>Quando me perguntam por que não aderi a essa história de “estória”, respondo (e não</p><p>evasivamente) que é simplesmente porque, para mim, tudo é verdade mesmo. Acredito em tudo.</p><p>Acreditar no que se lê é a única justificativa do que está escrito. Ai do autor que não der essa</p><p>impressão de verdade! Que é uma história? É um fato – real ou imaginário – narrado por alguém. O</p><p>contador de histórias não é um contador de lorotas. Ou, para bem frisar a diferença, o contador de</p><p>histórias não é um contador de estórias. E depois, por que hei de escrever “estória” se eu nunca</p><p>pronunciei a palavra desse modo? Não sou tão analfabeto assim. Parece incrível que talvez a única</p><p>sugestão infeliz do mestre João Ribeiro tenha pegado por isso mesmo ... Também um dia parece que</p><p>Eça de Queirós se distraiu e o Conselheiro Acácio, por vingança, lhe soprou esta frase pomposa:</p><p>“Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia.” Tanto bastou para que lhe</p><p>erguessem um monumento, com a citada frase perpetuada em bronze! Pobre Eça ...</p><p>O mundo é assim.</p><p>(Mario Quintana. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005, p. 242)</p><p>Texto II</p><p>Encontra-se registrado no Dicionário Aurélio, p. 839 e 1055, respectivamente, o seguinte:</p><p>estória – s.f. V. história. [Recomenda-se apenas a grafia história, tanto no sentido de ciência</p><p>histórica, quanto no de narrativa de ficção, conto popular, e demais acepções.]</p><p>história – S.f. 1. narração metódica dos fatos notáveis ocorridos na vida dos povos, em particular, e</p><p>na vida da humanidade, em geral. 2. Conjunto de conhecimentos adquiridos através da tradição e/ou</p><p>por meio de documentos, relativos à evolução, ao passado da humanidade. 3. Ciência e método que</p><p>permitem adquirir e transmitir aqueles conhecimentos. 4. O conjunto das obras referentes à história.</p><p>5. Conjunto de conhecimentos relativos a esta ciência, ou que têm implicações com ela, ministrados</p><p>nas respectivas faculdades. 6. Tratado ou compêndio de história. 7. Exemplar de um desses tratados</p><p>ou compêndios. 8. Estudo das origens e processos de uma arte, de uma ciência ou de um ramo de</p><p>conhecimento. 9. Narração de acontecimentos,</p><p>de ações, em geral cronologicamente dispostos. 10.</p><p>Narração de fatos, acontecimentos ou particularidades relativas a um determinado assunto. 11.</p><p>Conto, narração, narrativa. 12. Enredo, trama, fábula. 13. Patranha, lorota, peta, conto. 14.</p><p>Complicação, amolação, chateação. 15. Luxo, melindre, dengue, complicação. 16. Relação amorosa,</p><p>caso, aventura. 17. Coisa, objeto, negócio, troço.</p><p>Texto III</p><p>Lê-se no Dicionário Houaiss, p. 1259:</p><p>estória – s.f. 1. ant.m.q. HISTÓRIA. 2. (1912) narrativa de cunho popular e tradicional; história.</p><p>ETIM. ingl. story (s XIIIXV) narrativa em prosa ou verso , fictícia ou não, com o objetivo de divertir</p><p>e/ou instruir o ouvinte ou o leitor, do anglo-francês estorie, do fr. ant. estoire e, este, do lat. historia,</p><p>ae, f. dvg. de história, adotada pelo conde de Sabugosa com o sentido de narrativa de ficção,</p><p>segundo informa J.A.Carvalho em seu livro</p><p>Discurso & Narração.</p><p>Atenção: As questões de números 31 a 39 baseiam-se no Texto I.</p><p>49. [Q1442233]</p><p>... por que hei de escrever “estória” se eu nunca pronunciei a palavra desse modo?</p><p>O questionamento acima está corretamente transposto para discurso indireto em:</p><p>a ) O autor quer saber por que escrever “estória” se eu nunca pronunciei a palavra desse modo?</p><p>b ) Como escrever “estória” se nunca era pronunciada a palavra desse modo, como queria o</p><p>autor.</p><p>c ) Porque não queria escrever “estória” se nunca pronunciava a palavra desse modo, como dizia</p><p>o autor?</p><p>d ) O autor se pergunta por que há de escrever “estória” se nunca pronunciou a palavra desse</p><p>modo.</p><p>e ) Por que havia de escrever “estória” se eu nunca pronunciei a palavra desse modo?</p><p>pergunta–se o autor.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipos de discurso narrativo, Interpretação de Texto, Tipologias Textuais,</p><p>Discurso indireto.</p><p>Fonte: Fundação Carlos Chagas - FCC 2008 / Ministério Público do Rio Grande do Sul MPE RS - RS / Técnico de Áudio / Questão: 36</p><p>50. [Q98147]</p><p>Indique a alternativa que representa a correta relação autor-obra.</p><p>a ) Lima Barreto – O Noviço.</p><p>b ) Raul Pompéia – Triste Fim de Policarpo Quaresma.</p><p>c ) José Lins do Rego – Fogo Morto.</p><p>d ) José de Alencar – A Moreninha.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Romance, Literatura.</p><p>Fonte: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP 2002 / Tribunal de Justiça de São Paulo TJ SP - SP /</p><p>Titular de Serviços Notariais e Registrais - Remoção / Questão: 94</p><p>Gabarito</p><p>Criado em: 16/09/2024 às 21:21:29</p><p>(1 = c ) (2 = c ) (3 = e ) (4 = b ) (5 = d ) (6 = a ) (7 = c ) (8 = a ) (9 = b ) (10 = e ) (11 = c ) (12 = e )</p><p>(13 = d ) (14 = b ) (15 = e ) (16 = c ) (17 = d ) (18 = a ) (19 = c ) (20 = e ) (21 = b ) (22 = a ) (23 = e</p><p>) (24 = d ) (25 = c ) (26 = a ) (27 = d ) (28 = e ) (29 = d ) (30 = e ) (31 = b ) (32 = a ) (33 = c ) (34 =</p><p>c ) (35 = c ) (36 = a ) (37 = a ) (38 = b ) (39 = c ) (40 = a ) (41 = d ) (42 = b ) (43 = a ) (44 = c ) (45</p><p>= d ) (46 = d ) (47 = d ) (48 = c ) (49 = d ) (50 = c )</p><p>apresenta elementos</p><p>caracterizadores do gênero</p><p>a ) reportagem, visto que uma jornalista apresenta um aprofundamento sobre um acontecimento</p><p>ocorrido recentemente.</p><p>b ) artigo científico, visto que uma jornalista apresenta dados científicos acerca de um tema de</p><p>relevância social.</p><p>c ) artigo de opinião, visto que apresenta um ponto de vista defendido por uma autoridade</p><p>especializada no tema.</p><p>d ) artigo de divulgação científica, visto que uma cientista analisa os resultados de uma pesquisa</p><p>para a população.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Reportagem, Artigo de opinião, Artigo científico.</p><p>Fonte: Fundação de Apoio à Educação e ao desenvolvimento Tecnológico do RN - FUNCERN 2024 / Prefeitura de Seridó - RN / Técnico</p><p>Legislativo / Questão: 1</p><p>O precursor do que viria a ser um jornal foi o romano Acta Diurna, (Atos Diários), lançado em 59</p><p>a.C. Mas não se parecia com a publicação que você encontra na banca: era esculpido em pedra ou</p><p>metal, conforme a época, e ficava exposto em locais públicos, como o Fórum de Roma. Todos os dias</p><p>havia uma edição nova, que apresentava desde avisos oficiais do império, como decretos do</p><p>imperador, decisões do Senado e de magistrados, até eventos da sociedade: nascimentos,</p><p>casamentos e óbitos de cidadãos notáveis. Criado por ordem de Júlio César (100 a.C. – 44 a.C.), ele</p><p>era guardado para fins de pesquisa e também tinha cópias enviadas para partes distantes do Império</p><p>Romano, de modo que governadores ficassem a par de novas leis. Foi o Acta Diurna que introduziu</p><p>a expressão latina publicare et propagare, que significa “tornar público e propagar”.</p><p>Internet: <https://super.abril.com.br (com adaptações).</p><p>Julgue os próximos itens, que dizem respeito às ideias do texto precedente e à sua estrutura</p><p>linguística.</p><p>3. [Q3235307]</p><p>De acordo com o texto, o Acta Diurna foi a única publicação de caráter jornalístico existente nos</p><p>anos a.C., isto é, nos anos que antecederam o nascimento de Jesus Cristo.</p><p>c ) Certo</p><p>e ) Errado</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Diário.</p><p>Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2024 / Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim - ES /</p><p>Auxiliar Administrativo / Questão: 14</p><p>INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 7.</p><p>Desafios educacionais para 2024 moldarão o futuro da aprendizagem</p><p>Com a chegada de 2024, surge a necessidade de analisar as perspectivas educacionais e debater os</p><p>desafios que moldarão o cenário educacional brasileiro ao longo deste ano.</p><p>Em 2023, foi possível constatar desafios significativos na educação brasileira, especialmente em</p><p>relação à reorganização do Ensino Médio e à necessidade de uma gestão mais eficaz da</p><p>aprendizagem e das emoções dos estudantes.</p><p>Além disso, apesar das diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para um currículo</p><p>mais aberto e relevante, muitas escolas ainda seguem atreladas aos concursos e vestibulares, o que</p><p>pode dificultar o desenvolvimento de habilidades socioemocionais cruciais para a formação integral</p><p>dos estudantes.</p><p>Dessa forma, algumas falhas educacionais ainda persistem, mostrando a preponderância do sistema</p><p>educacional por aspectos quantitativos em detrimento dos qualitativos, em que a busca pela média</p><p>muitas vezes leva à negligência do que não foi aprendido, criando obstáculos para uma</p><p>aprendizagem contínua.</p><p>Por este motivo, para superar os desafios educacionais, é preciso inovar e repensar a dinâmica</p><p>escolar, alinhando as expectativas entre família e escola, além de adotar abordagens mais</p><p>individualizadas, como o trabalho em pequenos grupos e a incorporação de metodologias ativas,</p><p>capazes de oferecer autonomia e formar estudantes mais engajados em sua própria aprendizagem.</p><p>RANGEL, Rita. Desafios educacionais para 2024 moldarão o futuro da aprendizagem. Hoje em Dia.</p><p>Disponível em: https://</p><p>www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/desafios-educacionaispara-2024-moldar-o-o-futuro-da-aprend</p><p>izagem-1.1000174. Acesso em: 16 fev. 2024. [Fragmento]</p><p>4. [Q3295353]</p><p>Quais elementos permitem classificar o texto como um artigo de opinião?</p><p>a ) Apresentação de uma análise objetiva de fatos e dados, com citação das fontes das</p><p>informações colhidas.</p><p>b ) Expressão de visão subjetiva da autora sobre os desafios educacionais e proposição de</p><p>soluções para esses problemas.</p><p>c ) Exposição de informações estatísticas sobre a situação da educação brasileira, com validação</p><p>de profissionais credibilizados.</p><p>d ) Relato de eventos históricos responsáveis por transformações sociais, com avaliação da</p><p>autora acerca deles.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Gêneros textuais, Artigo de opinião.</p><p>Fonte: FUNDEP Gestão de Concursos - FUNDEP 2024 / Consórcio Intermunicipal de Especialidades CIESP - MG / Auxiliar</p><p>Administrativo / Questão: 6</p><p>A complicada arte de ver</p><p>Ela entrou, deitou-se no divã e disse: “Acho que estou ficando louca”. Eu fiquei em silêncio</p><p>aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. “Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou</p><p>para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões – é uma alegria! Entretanto, faz uns dias,</p><p>eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem</p><p>surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto</p><p>uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de</p><p>estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido,</p><p>se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os</p><p>tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto.”</p><p>Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá</p><p>retirei as “Odes Elementales”, de Pablo Neruda. Procurei a “Ode à Cebola” e lhe disse: “Essa</p><p>perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma</p><p>cebola igual àquela que lhe causou assombro: ‘Rosa de água com escamas de cristal’. Não, você não</p><p>está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver”.</p><p>William Blake sabia disso e afirmou: “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo</p><p>vê”. Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da</p><p>sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa</p><p>decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito</p><p>trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.</p><p>(ALVES, Rubem. Folha de S. Paulo. Em: 26/10/2004. Adaptado.)</p><p>5. [Q3327901]</p><p>É possível inferir que o texto de Rubem Braga é marcado pela brevidade temporal e apresenta</p><p>episódios do cotidiano captados com sensibilidade pelo cronista, que extrai deles momentos de</p><p>humor e reflexão sobre a vida e o mundo. São consideradas características da crônica – um gênero</p><p>narrativo moderno, EXCETO:</p><p>a ) Linguagem simples.</p><p>b ) Escrita em textos curtos e de fácil compreensão.</p><p>c ) Caráter crítico sobre comportamentos e situações.</p><p>d ) Defesa do ponto de vista de um tema a partir de argumentos sobre o assunto.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Gêneros textuais, Crônica.</p><p>Fonte: Instituto Consulplan 2024 / Câmara de Itajubá - MG / Operador de Áudio e Vídeo / Questão: 2</p><p>TEXTO I</p><p>HPV: Por que vacina que ajuda a prevenir diferentes tipos de câncer tem pouca adesão no Brasil?</p><p>A cura definitiva para qualquer tipo de câncer ainda é um sonho para a Ciência. Mas já existem</p><p>meios efetivos de prevenir — uma das ferramentas importantes para isso, a vacina contra o vírus</p><p>HPV, que está disponível em todo o Brasil e contribui para a prevenção de ao menos seis tipos de</p><p>câncer, tem pouca adesão no país.</p><p>Disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para as meninas desde janeiro de 2014 e para meninos</p><p>desde 2017, a vacina vem sofrendo quedas na adesão desde o segundo ano</p><p>de sua implantação no</p><p>Plano Nacional de Imunizações (PNI).</p><p>Dados levantados pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) no DataSUS, do Ministério</p><p>da Saúde, indicam que 72% menos meninas e 52% menos meninos foram imunizados após o</p><p>primeiro ano de vacinação no Brasil (entre 2015 e 2021 e entre 2018 e 2021, respectivamente).</p><p>A imunização de ambos os sexos é necessária para quebrar a cadeia de transmissão do</p><p>Papilomavírus humano (HPV), que é fator de risco para desenvolvimento de câncer de pênis, vulva,</p><p>vagina, reto e de cabeça e pescoço (orofaringe / garganta) e, principalmente, de colo do útero.</p><p>Com acesso à vacina contra HPV e ao Papanicolau, considerado o principal exame preventivo, o</p><p>câncer de colo do útero pode ser erradicado do país, assim como caminham países como Canadá e</p><p>Austrália.</p><p>“Dependendo do tipo de HPV, o vírus pode representar baixo ou alto risco de evolução para câncer.</p><p>H o j e , a v a c i n a é q u a d r i v a l e n t e e p r o t e g e c o n t r a o s q u a t r o</p><p>tiposdevírusmaisfrequentes”,explicaaoncologistaclínica Andréa Gadêlha Guimarães, coordenadora</p><p>de advocacy do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) e médica titular do A. C. Camargo</p><p>Cancer Center.</p><p>Além de meninos e meninas, o Ministério da Saúde ampliou a campanha de vacinação para homens e</p><p>mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV / Aids, transplantados de órgãos</p><p>sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos.</p><p>Quem não faz parte do público-alvo, mas sabe que não se imunizou na infância ou adolescência,</p><p>pode receber a vacina na rede privada, a depender de avaliação médica que conclua que a pessoa</p><p>pode ser beneficiada.</p><p>Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que haja de 9 a 10 milhões de</p><p>infectados por esse vírus no Brasil e que, a cada ano, surjam 700 mil novos casos de infecção.</p><p>Mas se a vacinação é importante para doenças tão graves quanto o câncer, por que as famílias</p><p>brasileiras não levam as crianças e adolescentes para receber as doses?</p><p>Disponível em: https://bbc.in/3gBMsfj.</p><p>Acesso em: 18 out. 2022 (adaptado).</p><p>-</p><p>TEXTO II</p><p>-</p><p>Disponível em: l1nq.com/4fhVA. Acesso em: 21 out. 2022.</p><p>-</p><p>-</p><p>TEXTO III</p><p>--</p><p>-</p><p>Disponível em: https://bit.ly/3gy9CTN. Acesso em: 21 out. 2022.</p><p>-</p><p>TEXTO IV</p><p>Os jovens na proteção das comunidades tradicionais da Amazônia</p><p>Sendo maioria na região Norte, juventude precisa assumir seu papel na garantia da justiça social e</p><p>climática na Amazônia</p><p>Não é de hoje que a juventude vem lutando por mais voz e participação nas tomadas de decisões dos</p><p>seus próprios territórios. O jovem mais engajado e mobilizado cumpre seu papel nas transformações</p><p>sociais, sobretudo na redução da pobreza, na garantia da qualidade de vida e na conservação</p><p>ambiental. Se olharmos para o Norte do Brasil, onde há a maior concentração da população com</p><p>idade entre 15 e 29 anos, percebemos que a pluralidade cultural e de gênero dos jovens ribeirinhos,</p><p>indígenas ou quilombolas sequer são discutidas nos planos e políticas públicas de estado. Erguer</p><p>esforços em ações afirmativas para as e os jovens em áreas descentralizadas é a direção correta que</p><p>precisamos seguir. Potencializando, especialmente, a juventude no fortalecimento comunitário e no</p><p>desenvolvimento econômico local.</p><p>Em comparação com outros estados brasileiros, o Amapá carrega o maior percentual de jovens em</p><p>sua população, cerca de 29,1%, segundo o Atlas das Juventudes de 2021. Muitos desses</p><p>adolescentes estão inseridos em grupos historicamente marginalizados, vivendo hoje sem</p><p>oportunidade de trabalho, sem acesso à educação, saúde, condições essenciais para o</p><p>desenvolvimento humano, como revela um dos recortes do estudo “Quilombos Urbanos:</p><p>Fortalecimento Comunitário e Cadeias Socioprodutivas”, desenvolvido pelo Instituto Mapinguari.</p><p>Realizado na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Curiaú, o estudo aponta características,</p><p>levanta dados e demandas das comunidades que fazem parte dessa região, duas delas reconhecidas</p><p>como quilombos. Os resultados mostram a presença numerosa de jovens nas comunidades. Em</p><p>média, 54% da população quilombola da APA do Curiaú possuem menos de 29 anos, enquanto que</p><p>adultos e idosos se distribuem entre 36% e 9%, respectivamente.</p><p>Nessa formação social com predominância da juventude, constata-se um baixo nível de escolaridade,</p><p>com mais de 30% da população atrasada ou que abandonou os estudos. Essa alta taxa de evasão</p><p>escolar pode estar atrelada com a necessidade de abandonar os estudos para ajudar na geração da</p><p>renda familiar. O próprio quilombo do Curralinho, que possui uma alta taxa de evasão, é uma forte</p><p>produtora de hortaliças que abastecem feiras, mercados e supermercados de Macapá.</p><p>Superar essas disparidades é conhecer o contexto local e construir estratégias e ações afirmativas</p><p>de mobilização e empoderamento da juventude quilombola. Atuação que o Instituto Mapinguari</p><p>propõe para o fortalecimento comunitário da APA do Curiaú. Atualmente, levando o debate para o</p><p>contexto internacional, apresentando durante a COP 27, em Sharm El Sheikh, no Egito, subsídios</p><p>que confirmam a necessidade de incentivar jovens quilombolas na organização do seu território e</p><p>nas decisões de suas comunidades. Ressaltando o lugar das comunidades tradicionais na linha de</p><p>frente do combate às mudanças climáticas e como primeiros afetados pelas alterações bruscas no</p><p>clima.</p><p>Apostar na educação como o agente fundamental para o desenvolvimento social, pensar em políticas</p><p>públicas que transformem e incentivem o ensino e aprendizagem de crianças, jovens e adultos nos</p><p>quilombos é fundamental na garantia da justiça social.</p><p>Disponível em: l1nq.com/Yvvrs.</p><p>Acesso em: 19 out. 2022 (adaptado).</p><p>6. [Q2755703]</p><p>Os textos I, II, III e IV são, respectivamente,</p><p>a ) reportagem, tirinha, anúncio publicitário e artigo de opinião.</p><p>b ) artigo de opinião, tirinha, anúncio publicitário e artigo científico.</p><p>c ) reportagem, história em quadrinhos, cartaz e notícia</p><p>d ) artigo científico, história em quadrinhos, anúncio publicitário e notícia.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Anúncio, Gêneros textuais, Notícia, Cartaz, Artigo científico, Reportagem,</p><p>Quadrinho, Artigo de opinião.</p><p>Fonte: FUNDEP Gestão de Concursos - FUNDEP 2023 / Prefeitura de Sete Lagoas - MG / Agente Sanitário / Questão: 15</p><p>Texto 15A2-I</p><p>Em uma linha de estudos, um dos fatores apontados frequentemente como possível solução para</p><p>a diminuição da demanda nos tribunais diz respeito aos mecanismos de resolução alternativa de</p><p>conflitos. O relatório Fazendo com que a justiça conte: medindo e aprimorando o</p><p>desempenho do Judiciário no Brasil, produzido pelo Banco Mundial, já apontava em 2004 a</p><p>maior difusão do instituto da conciliação como uma possível solução para a excessiva sobrecarga de</p><p>processos na justiça estadual. Segundo o relatório, tal medida poderia ser um importante mecanismo</p><p>de diminuição das demandas hoje paralisadas no Poder Judiciário estadual.</p><p>Ribeiro (2008), em análise acerca do acesso ao sistema judiciário no Brasil, destaca o papel do</p><p>Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como órgão encarregado de desenvolver ações que visem à</p><p>redução da morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais. A autora destaca</p><p>dentre os projetos desenvolvidos pelo CNJ a ênfase nos procedimentos alternativos de justiça, entre</p><p>os quais figura o instituto da conciliação.</p><p>Em mesmo sentido, Veronese (2007) realizou análise da evolução de experiências alternativas</p><p>de resolução de conflitos, descrevendo os projetos e as questões políticas implicadas nesse</p><p>fenômeno. Segundo o autor, apesar do consenso de que o Brasil se insere em um contexto de</p><p>tradição jurídica formalista, ocorre atualmente um movimento descrito como “permeabilidade às</p><p>novas referências institucionais para a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social”</p><p>(2007, p. 19), agenda que, segundo Veronese, vem-se desenvolvendo de modo</p><p>célere no Brasil. Um</p><p>exemplo citado por ele diz respeito à realização do Dia Nacional da Conciliação, evento promovido</p><p>pelo CNJ com o intuito de difundir nos tribunais a cultura da realização de acordos entre os</p><p>litigantes com vistas a extinguir demandas judiciárias.</p><p>Renato Máximo Sátiro e Marcos de Moraes Sousa. Determinantes quantitativos do desempenho</p><p>judicial: fatores associados à produtividade dos tribunais de justiça. In: Revista Direito GV, v. 7, n.º</p><p>1, 2021, p. 8-9 (com adaptações)</p><p>Considerando os aspectos estilísticos e estruturais do texto 15A2- I, julgue os itens que se seguem.</p><p>7. [Q2790045]</p><p>A alta ocorrência de substantivos deverbais no texto é característica do gênero textual artigo</p><p>científico.</p><p>c ) Certo</p><p>e ) Errado</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Artigo científico, Gêneros textuais.</p><p>Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2023 / Tribunal de Justiça do Espírito Santo TJ ES - ES /</p><p>Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade: Letras / Questão: 72</p><p>AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS JÁ AFETAM NOSSAS VIDAS</p><p>CIÊNCIA HOJE: Quais lugares do planeta estão sendo (e serão no futuro) mais afetados pelas</p><p>mudanças climáticas? E em relação aos biomas brasileiros?</p><p>ARGEMIRO TEIXEIRA: Metade da população mundial já vive sob risco climático, e os impactos são</p><p>mais graves entre populações urbanas marginalizadas, como os moradores de favelas. Em geral, as</p><p>áreas de alto risco às mudanças climáticas são regiões caracterizadas por grande densidade</p><p>populacional, altos índices de pobreza e dependência de condições climáticas para o cultivo agrícola.</p><p>Além disso, é importante falar que as áreas próximas da linha do Equador correm mais riscos do que</p><p>as áreas temperadas. Todos os modelos mostram que, no Brasil, aumentarão a frequência e</p><p>intensidade de ondas de calor e, por sua vez, aumentará o número de mortes.</p><p>CH: Pode falar dos efeitos dessa crise climática na segurança alimentar e na saúde humana?</p><p>AT: Em todo o mundo, altas temperaturas e eventos climáticos extremos como secas, ondas de calor</p><p>e enchentes já prejudicam a produção de alimentos. O fornecimento internacional de alimentos está</p><p>sob ameaça. Os riscos de quebra generalizada nas colheitas devido a eventos extremos que atingem</p><p>locais em todo o mundo aumentarão se as emissões não forem reduzidas rapidamente. Isto poderia</p><p>levar à escassez global de alimentos e ao aumento de preços, o que prejudicará particularmente as</p><p>pessoas mais pobres. O novo relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças</p><p>Climáticas, na tradução em português) sugere que esses fatores prejudicarão especialmente a</p><p>agricultura no Brasil se as temperaturas continuarem a subir. A produção de arroz poderia cair em</p><p>6% com altas emissões. A produção de trigo poderia cair 21%, e a de milho poderia cair em até 71%</p><p>até o final do século no Cerrado. Além disso, a combinação do aumento continuado de emissões de</p><p>gases de efeito estufa com o desmatamento local pode causar uma queda de 33% na produção de</p><p>soja e na das pastagens na Amazônia. Os impactos das mudanças climáticas também prejudicarão a</p><p>pesca e a aquicultura no Brasil. Se as emissões seguirem altas, a produção de peixes cairá em 36%</p><p>no período 2050-2070 em comparação com 2030-2050. Além de tudo isso, estudos sugerem que as</p><p>mudanças climáticas refletem em mudanças no ambiente como a alteração de ecossistemas e de</p><p>ciclos biológicos, geográficos, e químicos, que podem aumentar a incidência de doenças infecciosas</p><p>(malária, dengue etc.), mas também de doenças não-transmissíveis, que incluem a desnutrição e</p><p>enfermidades mentais.</p><p>Adaptado de: https://cienciahoje.org.br/artigo/as-mudancas-climaticas-ja-afetam-nossas-vidas/.</p><p>Acesso em: 7 set. 2022.</p><p>8. [Q2679386]</p><p>O texto é um exemplar de qual gênero textual?</p><p>a ) Entrevista.</p><p>b ) Artigo científico.</p><p>c ) Artigo de opinião.</p><p>d ) Diálogo.</p><p>e ) Notícia.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Artigo de opinião, Entrevista, Texto dialogal, Artigo científico, Notícia.</p><p>Fonte: Instituto AOCP 2023 / Polícia Civil de Goiás PC GO - GO / Escrivão de Polícia / Questão: 8</p><p>Leia o texto a seguir e responda:</p><p>Machado de Assis</p><p>Joaquim Maria Machado de Assis foi um dos maiores escritores brasileiros, tendo responsabilidade</p><p>pela criação da Academia Brasileira de Letras, onde foi presidente por dez anos. Machado de Assis</p><p>também foi o responsável por implantar no Brasil o Realismo na literatura por meio da observação</p><p>da sociedade carioca da época em que baseava suas obras.</p><p>Além de escritor, Machado também teve inúmeros cargos públicos, chegando até mesmo a ser</p><p>diretor da Diretoria do Comércio, na Secretaria de Estado da Agricultura, Comércio e Obras</p><p>Públicas do Brasil. Suas principais obras são hoje clássicos da literatura brasileira, tais como</p><p>“Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Dom Casmurro”.</p><p>https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/machado-assis.htm</p><p>9. [Q3147945]</p><p>O texto apresentado, através da análise dos elementos constitutivos, permite identificálo como:</p><p>a ) Um texto científico, pois investiga e discute informações sobre a vida do autor.</p><p>b ) Um texto jornalístico, pois dá a conhecer fatos relacionados ao autor brasileiro.</p><p>c ) Um texto didático, já que explana as contribuições dadas pelo autor para com a literatura</p><p>brasileira.</p><p>d ) Um texto biográfico, pois narra toda a trajetória de vida do autor e as contribuições dadas</p><p>por ele na Academia Brasileira de Letras.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Artigo científico, Biografia, Sentidos do texto.</p><p>Fonte: Instituto Social Univida 2023 / Prefeitura de Inajá - PR / Auxiliar Administrativo / Questão: 1</p><p>Texto para responder às questões de 01 a 15.</p><p>A mulher ramada</p><p>Verde claro, verde escuro, canteiro de flores, arbusto entalhado, e de novo verde claro, verde</p><p>escuro, imenso lençol do gramado; lá longe o palácio. Assim o jardineiro via o mundo, toda vez que</p><p>levantava a cabeça do trabalho.</p><p>E via carruagens chegando, silhuetas de damas arrastando os mantos nas aleias, cavaleiros</p><p>partindo para a caça.</p><p>Mas a ele, no canto mais afastado do jardim, que a seus cuidados cabia, ninguém via.</p><p>Plantando, podando, cuidando do chão, confundia-se quase com suas plantas, mimetizava-se com as</p><p>estações. E se às vezes, distraído, murmurava sozinho alguma coisa, sua voz não se entrelaçava à</p><p>música distante que vinha dos salões, mas se deixava ficar por entre as folhas, sem que ninguém a</p><p>viesse colher.</p><p>Já se fazia grande e frondosa a primeira árvore que havia plantado naquele jardim, quando</p><p>uma dor de solidão começou a enraizar-se no seu peito. E passados dias, e passados meses, só não</p><p>passando a dor, disse o jardineiro a si mesmo que era tempo de ter uma companheira.</p><p>No dia seguinte, trazidas num saco duas belas mudas de rosa, o homem escolheu o lugar,</p><p>ajoelhou-se, cavou cuidadoso a primeira cova, mediu um palmo, cavou a segunda, e com gestos</p><p>sábios de amor enterrou as raízes. Ao redor afundou um pouco a terra, para que a água de chuva e</p><p>rega mantivesse sempre molhados os pés da rosa.</p><p>Foi preciso esperar. Mas ele, que há tanto esperava, não tinha pressa. E quando os primeiros,</p><p>tênues galhos despontaram, carinhosamente os podou, dispondo-se a esperar novamente, até que</p><p>outra brotação se fizesse mais forte.</p><p>Durante meses trabalhou conduzindo os ramos de forma a preencher o desenho que só ele</p><p>sabia, podando os espigões teimosos que escapavam à harmonia exigida. E aos poucos, entre suas</p><p>mãos, o arbusto foi tomando feitio, fazendo surgir dos pés plantados no gramado duas lindas pernas,</p><p>depois o ventre, os seios, os gentis braços da mulher que seria sua. Por último, cuidado maior, a</p><p>cabeça levemente inclinada para o lado.</p><p>O jardineiro ainda deu os últimos retoques com a ponta da tesoura. Ajeitou o cabelo,</p><p>arredondou a curva de um joelho. Depois, afastando-se para olhar, murmurou encantado:</p><p>– Bom dia, Rosamulher.</p><p>Agora levantando a cabeça do trabalho, não procurava</p><p>mais a distância. Voltava-se para ela,</p><p>sorria, contava o longo silêncio da sua vida. E quando o vento batia no jardim, agitando os braços</p><p>verdes, movendo a cintura, ele todo se sentia vergar de amor, como se o vento o agitasse por dentro.</p><p>Acabou o verão, fez-se inverno. A neve envolveu com seu mármore a mulher ramada. Sem</p><p>plantas para cuidar, agora que todas descansavam, ainda assim o jardineiro ia todos os dias visitá-la.</p><p>Viu a neve fazer-se gelo. Viu o gelo desfazer-se em gotas. E um dia em que o sol parecia mais morno</p><p>do que de costume, viu de repente, na ponta dos dedos esgalhados, surgir a primeira brotação na</p><p>primavera.</p><p>Em pouco, o jardim vestiu o cetim das folhas novas. Em cada tronco, em cada haste, em cada</p><p>pedúnculo, a seiva empurrou para fora pétalas e pistilos. E mesmo no escuro da terra os bulbos</p><p>acordaram, espreguiçando-se em pequenas pontas verdes.</p><p>Mas enquanto todos os arbustos se enfeitavam de flores, nem uma só gota de vermelho</p><p>brilhava no corpo da roseira. Nua, obedecia ao esforço de seu jardineiro que, temendo que viesse a</p><p>floração a romper tanta beleza, cortava rente todos os botões.</p><p>De tanto contrariar a primavera, adoeceu porém o jardineiro. E ardendo de amor e febre na</p><p>cama, inutilmente chamou por sua amada.</p><p>Muitos dias se passaram antes que pudesse voltar ao jardim. Quando afinal conseguiu se</p><p>levantar para procurá-la, percebeu de longe a marca da sua ausência. Embaralhando-se aos cabelos,</p><p>desfazendo a curva da testa, uma rosa embabadava suas pétalas entre os olhos da mulher. E já outra</p><p>no seio despontava.</p><p>Parado diante dela, ele olhava e olhava. Perdida estava a perfeição do rosto, perdida a</p><p>expressão do olhar. Mas do seu amor nada se perdia. Florida, pareceu-lhe ainda mais linda. Nunca</p><p>Rosamulher fora tão rosa. E seu coração de jardineiro soube que jamais teria coragem de podá-la.</p><p>Nem mesmo para mantê-la presa em seu desenho.</p><p>Então docemente a abraçou descansando a cabeça no seu ombro. E esperou.</p><p>E sentindo sua espera, a mulher-rosa começou a brotar, lançando galhos, abrindo folhas,</p><p>envolvendo-o em botões, casulo de flores e perfumes.</p><p>Ao longe, raras damas surpreenderam-se com o súbito esplendor da roseira. Um cavaleiro</p><p>reteve seu cavalo. Por um instante pararam, atraídos. Depois voltaram a cabeça e a atenção,</p><p>retomando seus caminhos. Sem perceber debaixo das flores o estreito abraço dos amantes.</p><p>(COLASANTI, Marina. A mulher ramada. In: ________. Doze reis e a moça no labirinto do vento. São</p><p>Paulo: Global, 2006. p. 22-28.)</p><p>10. [Q2818146]</p><p>Todo gênero apresenta elementos constitutivos que condicionam seu uso em sociedade. O texto A</p><p>mulher ramada se identifica com o gênero conto, fundamentalmente, pela utilização da sequência</p><p>textual</p><p>a ) argumentativa, por se constituir na contraposição de enunciados.</p><p>b ) descritiva, por enumerar características da personagem e do cenário.</p><p>c ) expositiva, por informar o interlocutor sobre área de conhecimento.</p><p>d ) injuntiva, por fornecer instruções para a realização de uma ação desejada.</p><p>e ) narrativa, por apresentar um agrupamento lógico das ações de uma história.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipo injuntivo ou instrucional, Texto Narrativo, Texto expositivo, Conto,</p><p>Texto Dissertativo-argumentativo, Interpretação de Texto, Texto descritivo.</p><p>Fonte: Instituto Consulplan 2023 / Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler FEPAM - RS / Assistente</p><p>Administrativo / Questão: 2</p><p>11. [Q2638305]</p><p>Ser cronista</p><p>Sei que não sou, mas tenho meditado ligeiramente no assunto.</p><p>Crônica é um relato? É uma conversa? É um resumo de um estado de espírito? Não sei, pois</p><p>antes de começar a escrever para o Jornal do Brasil, eu só tinha escrito romances e contos.</p><p>E também sem perceber, à medida que escrevia para aqui, ia me tornando pessoal demais,</p><p>correndo o risco de em breve publicar minha vida passada e presente, o que não pretendo. Outra</p><p>coisa notei: basta eu saber que estou escrevendo para o jornal, isto é, para algo aberto facilmente</p><p>por todo o mundo, e não para um livro, que só é aberto por quem realmente quer, para que, sem</p><p>mesmo sentir, o modo de escrever se transforme. Não é que me desagrade mudar, pelo contrário.</p><p>Mas queria que fossem mudanças mais profundas e interiores que não viessem a se refletir no</p><p>escrever. Mas mudar só porque isso é uma coluna ou uma crônica? Ser mais leve só porque o leitor</p><p>assim o quer? Divertir? Fazer passar uns minutos de leitura? E outra coisa: nos meus livros quero</p><p>profundamente a comunicação profunda comigo e com o leitor. Aqui no jornal apenas falo com o</p><p>leitor e agrada-me que ele fique agradado. Vou dizer a verdade: não estou contente.</p><p>LISPECTOR, C. In: A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.</p><p>No texto, ao refletir sobre a atividade de cronista, a autora questiona características do gênero</p><p>crônica, como</p><p>a ) relação distanciada entre os interlocutores.</p><p>b ) articulação de vários núcleos narrativos.</p><p>c ) brevidade no tratamento da temática.</p><p>d ) descrição minuciosa dos personagens.</p><p>e ) público leitor exclusivo.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Sentidos do texto, Pressupostos e subentendidos, Interpretação de Texto,</p><p>Crônica.</p><p>Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP/ENEM 2022 / Instituto Nacional de Estudos e</p><p>Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP - BR / Enem / Questão: 35</p><p>Texto 1A16-I</p><p>Há muitas línguas na língua portuguesa. Para dar voz e rosto a culturas e religiosidades tão</p><p>díspares e distantes, esse idioma passou a existir dentro e fora do seu próprio corpo. Nós,</p><p>brasileiros, portugueses, angolanos, moçambicanos, caboverdianos, guineenses, santomenses,</p><p>falamos e somos falados por uma língua que foi moldada para traduzir identidades que são</p><p>profundamente diversas e plurais.</p><p>Vivemos na mesma casa linguística, mas fazemos dela uma habitação cujas paredes são como</p><p>as margens dos oceanos. São linhas de costa, fluidas, porosas, feitas de areia em vez de cimento. Em</p><p>cada uma das divisórias dessa comum residência, mora um mesmo modo de habitar o tempo, um</p><p>mesmo sentimento do mundo (nas palavras do poeta Drummond). Essa língua é feita mais de alma</p><p>do que de gramática. A língua não é uma ferramenta. É uma entidade viva. Com esse idioma,</p><p>construímos e trocamos diversas noções do tempo e diferentes relações entre o profano e o sagrado.</p><p>Jorge Amado atravessou o oceano num momento em que as colônias portuguesas na África se</p><p>preparavam para a luta pela independência. Na década de cinquenta do século passado, intelectuais</p><p>e artistas africanos estavam ocupados em procurar a sua própria identidade individual e coletiva.</p><p>Nessa altura, era clara a necessidade de rupturas com os modelos europeus. Escritores de Angola,</p><p>Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe procuravam caminhos para uma</p><p>escrita mais ligada à sua terra e à sua gente. Carecíamos de uma escrita que nos tomasse como não</p><p>apenas autores de estórias, mas também sujeitos da sua própria história. Precisávamos de uma</p><p>narrativa que nos escrevesse a nós mesmos.</p><p>Muito se especula sobre as semelhanças entre as nações africanas e o Brasil. Essas</p><p>comparações resultam muitas vezes de simplificações, mistificações e romantizações. Na maior</p><p>parte das vezes, essas analogias são fundadas em estereótipos que pouco têm a ver com uma</p><p>realidade que é composta por dinâmicas e complexidades que desconhecemos.</p><p>O que é mais africano no Brasil e mais brasileiro na África não é o candomblé, não são as</p><p>danças nem os tipos físicos das pessoas. O que nos torna tão próximos é o modo como, de um e de</p><p>outro lado do Atlântico, aprendemos a costurar culturas e criar hibridizações. A presença africana</p><p>não mora hoje apenas nos descendentes dos escravizados. Essa presença permeia todo o Brasil. Dito</p><p>de outra maneira: a semelhança não está no pano. Está na costura. Está no costureiro. E esse</p><p>costureiro é a história. E é a língua que partilhamos. Essa língua é, ao mesmo tempo, linha,</p><p>pano e</p><p>mãos tecedeiras.</p><p>Mia Couto. As infinitas margens do oceano. In: Panorama da Contribuição do Brasil para a Difusão</p><p>do Português. Brasília: FUNAG, 2021, p. 421-424 (com adaptações).</p><p>Em relação a aspectos textuais e linguísticos do texto 1A16-I, julgue os seguintes itens.</p><p>12. [Q2599666]</p><p>Quanto ao gênero textual, o texto deve ser classificado como uma resenha, dada a análise que o</p><p>autor empreende de obras de outros autores.</p><p>c ) Certo</p><p>e ) Errado</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Gêneros textuais, Artigo de opinião.</p><p>Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Ministério Público de Contas Santa Catarina MPC</p><p>SC - SC / Procurador de Contas / Questão: 174</p><p>Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 7.</p><p>TEXTO</p><p>FURTO DE FLOR</p><p>Carlos Drummond de Andrade</p><p>Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.</p><p>Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo</p><p>destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.</p><p>Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição.</p><p>Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem.</p><p>Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor</p><p>empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la no jardim. Nem apelar para o médico de</p><p>flores. Eu a furtara, eu a via morrer.</p><p>Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde</p><p>desabrochara.</p><p>O porteiro estava atento e repreendeu-me.</p><p>– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!</p><p>13. [Q2634932]</p><p>O texto lido é um(a):</p><p>a ) poesia.</p><p>b ) notícia.</p><p>c ) bilhete.</p><p>d ) história.</p><p>e ) anúncio.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > O poema (poesia), Notícia, Anúncio.</p><p>Fonte: Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo - IBADE 2022 / Câmara de Acrelândia - AC / Auxiliar de Serviços</p><p>Gerais / Questão: 1</p><p>Texto: A foto</p><p>Foi numa festa de família, dessas de fim de ano. Já que o bisavô estava morre não morre, decidiram</p><p>tirar uma fotografia de toda a família reunida, talvez pela última vez.</p><p>A bisa e o bisa sentados, filhos, filhas, noras, genros e netos em volta, bisnetos na frente,</p><p>esparramados pelo chão. Castelo, o dono da câmara, comandou a pose, depois tirou o olho do visor e</p><p>ofereceu a câmara a quem ia tirar a fotografia. Mas quem ia tirar a fotografia? – Tira você mesmo,</p><p>ué. – Ah, é? E eu não saio na foto?</p><p>O Castelo era o genro mais velho. O primeiro genro. O que sustentava os velhos. Tinha que estar na</p><p>fotografia. – Tiro eu - disse o marido da Bitinha. – Você fica aqui - comandou a Bitinha. Havia uma</p><p>certa resistência ao marido da Bitinha na família. A Bitinha, orgulhosa, insistia para que o marido</p><p>reagisse. "Não deixa eles te humilharem, Mário Cesar", dizia sempre. O Mário Cesar ficou firme</p><p>onde estava, do lado da mulher.</p><p>A própria Bitinha fez a sugestão maldosa: – Acho que quem deve tirar é o Dudu... O Dudu era o filho</p><p>mais novo de Andradina, uma das noras, casada com o Luiz Olavo. Havia a suspeita, nunca</p><p>claramente anunciada, de que não fosse filho do Luiz Olavo. O Dudu se prontificou a tirar a</p><p>fotografia, mas a Andradina segurou o filho. – Só faltava essa, o Dudu não sair.</p><p>E agora? – Pô, Castelo. Você disse que essa câmara só faltava falar. E não tem nem timer! O Castelo</p><p>impávido. Tinham ciúmes dele. Porque ele tinha um Santana do ano. Porque comprara a câmara</p><p>num duty free da Europa. Aliás, o apelido dele entre os outros era "Dutifri", mas ele não sabia.</p><p>– Revezamento - sugeriu alguém. – Cada genro bate uma foto em que ele não aparece, e... A ideia foi</p><p>sepultada em protestos. Tinha que ser toda a família reunida em volta da bisa. Foi quando o próprio</p><p>bisa se ergueu, caminhou decididamente até o Castelo e arrancou a câmara da sua mão. – Dá aqui. –</p><p>Mas seu Domício... – Vai pra lá e fica quieto.</p><p>– Papai, o senhor tem que sair na foto. Senão não tem sentido! – Eu fico implícito - disse o velho, já</p><p>com o olho no visor. E antes que houvesse mais protestos, acionou a câmara, tirou a foto e foi</p><p>dormir.</p><p>Fonte:</p><p>https://armazemdetexto.blogspot.com/2021/10/cronica-foto-luis-fernando-verissimo.html</p><p>14. [Q2298021]</p><p>A respeito do Gênero textual de “A foto” podemos afirmar que é caracterizado por linguagem</p><p>simples e que retrata os aspectos da vida cotidiana com toques de humor e ironia. A este gênero</p><p>textual chamamos de:</p><p>a ) Descriçāo.</p><p>b ) Crônica.</p><p>c ) Dissertação.</p><p>d ) Artigo de Opinião.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Texto descritivo, Texto Dissertativo-argumentativo, Artigo de opinião,</p><p>Crônica.</p><p>Fonte: Prefeitura de Bauru 2022 / Prefeitura de Bauru - SP / Especialista em Saúde - Área Enfermagem / Questão: 41</p><p>O aluno computador</p><p>Há perguntas para as quais a memória perfeita não consegue responder.</p><p>Rubem Alves</p><p>Era uma vez um jovem casal muito feliz. Ela estava grávida e eles esperavam com grande ansiedade</p><p>o filho que nasceria.</p><p>Transcorridos os nove meses de gravidez, ela deu à luz um lindo computador! Que felicidade ter um</p><p>computador como filho! Era o filho que desejavam! Por isso eles haviam rezado muito, durante toda</p><p>a gravidez.. O batizado foi uma festança. Deram-lhe o nome de Memorioso, porque julgavam que</p><p>uma memória perfeita é o essencial para uma boa educação. Educação é memorização. *Crianças</p><p>com memória perfeita vão bem na escola e não têm problemas para passar no vestibular.</p><p>E foi isso mesmo que aconteceu. Memorioso memorizava tudo o que os professores ensinavam. E</p><p>não reclamava. Seus companheiros reclamavam, diziam que aquelas coisas que lhes eram ensinadas</p><p>não faziam sentido. Não aprendiam. Tiravam notas ruins. Ficavam de recuperação, o que não</p><p>acontecia com Memorioso.</p><p>Ele memorizava com a mesma facilidade a maneira de extrair raiz quadrada, reações químicas,</p><p>fórmulas de física, acidentes geográficos, datas de eventos históricos, regras de gramática, livros</p><p>inteiros. A memória de Memorioso era perfeita.</p><p>Ele só tirava dez. E isso era motivo de grande orgulho para os seus pais. Os outros casais, pais e</p><p>mães dos colegas de Memorioso, morriam de inveja. Quando seus filhos chegavam em casa trazendo</p><p>boletins com notas vermelhas, eles gritavam: “Por que você não é como o Memorioso?”.</p><p>Memorioso foi o primeiro no vestibular. O cursinho que ele frequentara publicou sua fotografia em</p><p>outdoors. Apareceu na televisão como exemplo a ser seguido por todos os jovens. Na universidade,</p><p>foi a mesma coisa. Só tirava dez. Chegou, finalmente, o dia tão esperado: a formatura.</p><p>Memorioso foi o grande herói, elogiado pelos professores. Ganhou medalhas e mesmo uma bolsa</p><p>para doutoramento no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Depois da cerimônia acadêmica,</p><p>estavam todos felizes no jantar. Até que uma linda moça se aproximou de Memorioso: “Eu gostaria</p><p>de lhe fazer uma pergunta”, disse a jovem. “Pode fazer”, respondeu Memorioso, confiante.</p><p>Ele sabia todas as respostas. Aí ela fez a pergunta: “De tudo o que você tem memorizado, o que mais</p><p>te comove?”.</p><p>Memorioso ficou em silêncio. Aquela pergunta nunca lhe havia sido feita. Os circuitos de sua</p><p>memória funcionavam com a velocidade da luz procurando a resposta. Mas ela não estava registrada</p><p>em sua memória. Onde poderia estar? Seu rosto ficou vermelho. Começou a suar. Sua temperatura</p><p>subiu. E, de repente, seus olhos ficaram muito abertos, parados, e se ouviu um chiado estranho</p><p>dentro de sua cabeça, enquanto a fumaça saía por suas orelhas.</p><p>Memorioso primeiro travou. Deixou de responder a estímulos. Depois apagou, entrou em coma.</p><p>Levado às pressas para o hospital de computadores, verificaram que o seu disco rígido estava</p><p>irreparavelmente danificado. Há perguntas para as quais a memória perfeita não consegue</p><p>responder. É preciso coração.</p><p>Disponível em: http://www.revistaeducacao.com.br/o-aluno-computador/. Acesso em: 01/03/2020.</p><p>15. [Q2463780]</p><p>Assinale a alternativa que indica a tipologia</p><p>textual predominante no texto “O aluno computador” e</p><p>o gênero textual a que ele pertence, respectivamente.</p><p>a ) Relato – artigo de opinião.</p><p>b ) Relato – crítica literária.</p><p>c ) Argumentativa – conto de ficção científica.</p><p>d ) Narrativa – fábula.</p><p>e ) Narrativa – crônica narrativa.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Crônica, Artigo de opinião, Conto, Texto Narrativo, Texto Dissertativo-</p><p>argumentativo, Relato.</p><p>Fonte: Assessoria em Organização de Concursos Públicos - AOCP 2022 / Prefeitura de Belém - PA / Administrador / Questão: 5</p><p>Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede para</p><p>entrar na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem do campo</p><p>reflete e depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o porteiro, “mas</p><p>agora não”. Uma vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o porteiro se põe de lado, o</p><p>homem se inclina para o interior através da porta. Quando nota isso, o porteiro ri e diz: “Se o atrai</p><p>tanto, tente entrar apesar da minha proibição. Mas veja bem: eu sou poderoso. E sou apenas o</p><p>último dos porteiros. De sala para sala, porém, existem mais porteiros, cada um mais poderoso que o</p><p>outro. O camponês não esperava tais dificuldades: a lei deve ser acessível a todos e a qualquer hora,</p><p>pensa ele. Ele faz muitas tentativas para ser admitido, e cansa o porteiro com os seus pedidos. O</p><p>homem, que se havia equipado para a viagem com muitas coisas, lança mão de tudo, por mais</p><p>valioso que seja, para subornar o porteiro. Este aceita tudo. Durante todos esses anos, o homem</p><p>observa o porteiro quase sem interrupção. Esquece outros porteiros e este primeiro parece-lhe o</p><p>único obstáculo para a entrada na lei. Nos primeiros anos, amaldiçoa em voz alta o acaso infeliz.</p><p>Antes de morrer, todas as experiências daquele tempo convergem na sua cabeça para uma pergunta</p><p>que até então não havia feito ao porteiro. Faz-lhe um aceno para que se aproxime. “O que é que você</p><p>ainda quer saber?”, pergunta o porteiro. “Você é insaciável.” “Todos aspiram à lei”, diz o homem.</p><p>“Como se explica que, em tantos anos, ninguém além de mim pediu para entrar?” O porteiro percebe</p><p>que o homem já está no fim e, para ainda alcançar sua audição em declínio, ele berra: “Aqui</p><p>ninguém mais podia ser admitido, pois esta entrada estava destinada só a você. Agora eu vou</p><p>embora e fecho-a”.</p><p>Franz Kafka. O processo. Tradução de Modesto Carone.</p><p>Companhia das Letras, 1997 (com adaptações).</p><p>Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os</p><p>itens a seguir.</p><p>16. [Q2366299]</p><p>O texto apresenta características do gênero parábola, pois constitui uma narrativa alegórica que</p><p>transmite uma mensagem indireta.</p><p>c ) Certo</p><p>e ) Errado</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Tipologias e Gêneros Textuais, Gêneros textuais, Interpretação de Texto.</p><p>Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Defensoria Pública do Distrito Federal DPDF - DF /</p><p>Analista de Apoio à Assistência Judiciária - Área: Apoio Especializado - Especialidade: Psicologia / Questão: 16</p><p>INSTRUÇÃO: Leia a crônica a seguir para responder às questões de 11 a 18.</p><p>TEXTO 01</p><p>As três experiências</p><p>1 Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os</p><p>outros, nasci</p><p>para escrever, e nasci para criar meus filhos. O “amar os outros” é tão vasto que inclui até</p><p>perdão para mim mesma,</p><p>com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho</p><p>que me apressar, o</p><p>tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a</p><p>única salvação individual</p><p>5 que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.</p><p>E nasci para escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo. Eu tive desde a</p><p>infância várias vocações</p><p>que me chamavam ardentemente. Uma das vocações era escrever. E não sei por que, foi esta</p><p>que eu segui. Talvez</p><p>porque para as outras vocações eu precisaria de um longo aprendizado, enquanto para</p><p>escrever o aprendizado é a</p><p>própria vida se vivendo em nós e ao redor de nós. É que não sei estudar. E, para escrever, o</p><p>único estudo é mesmo</p><p>10 escrever. Adestrei-me desde os sete anos de idade para que um dia eu tivesse a língua em meu</p><p>poder. E, no</p><p>entanto, cada vez que vou escrever, é como se fosse a primeira vez. Cada livro meu é uma</p><p>estreia penosa e feliz.</p><p>Essa capacidade de me renovar toda à medida que o tempo passa é o que eu chamo de viver e</p><p>escrever.</p><p>Quanto a meus filhos, o nascimento deles não foi casual. Eu quis ser mãe. Meus dois</p><p>filhos foram gerados</p><p>voluntariamente. Os dois meninos estão aqui, ao meu lado. Eu me orgulho deles, eu me</p><p>renovo neles, eu</p><p>15 acompanho seus sofrimentos e angústias, eu lhes dou o que é possível dar. Se eu não fosse mãe,</p><p>seria sozinha no</p><p>mundo. Mas tenho uma descendência e, para eles no futuro, eu preparo meu nome dia a dia.</p><p>Sei que um dia abrirão</p><p>as asas para o voo necessário, e eu ficarei sozinha. É fatal, porque a gente não cria os filhos</p><p>para a gente, nós os</p><p>criamos para eles mesmos. Quando eu ficar sozinha, estarei seguindo o destino de todas as</p><p>mulheres.</p><p>Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte, mas que pode</p><p>me trair e me</p><p>20 abandonar: posso um dia sentir que já escrevi o que é o meu lote neste mundo e que eu devo</p><p>aprender também a</p><p>parar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia.</p><p>Ao passo que amar eu posso até a hora de morrer. Amar não acaba. É como se o mundo</p><p>estivesse à minha</p><p>espera. E eu vou ao encontro do que me espera.</p><p>Fonte: LISPECTOR, Clarice. As três experiências. In: LISPECTOR, Clarice. Todas as crônicas. São Paulo:</p><p>Editora Rocco, 2018.</p><p>17. [Q2272947]</p><p>INSTRUÇÃO: Leia o trecho abaixo da crônica de Luís Fernando Veríssimo e compare-a com a de</p><p>Clarice Lispector, para responder à questão 18.</p><p>TEXTO 02</p><p>Pai não entende nada</p><p>A filha de 14 anos chega para o pai e diz:</p><p>− Pai, preciso comprar um biquíni novo.</p><p>− Mas, filha, você comprou um biquíni no ano passado.</p><p>− Ah, pai, quero um biquíni novo.</p><p>− Filha, teu biquíni é novo. E você nem cresceu tanto assim.</p><p>− Mas eu quero, pai.</p><p>− Tá bom, filha. Pegue esse dinheiro e compre um biquíni maior.</p><p>− Maior, não, pai. Menor.</p><p>Pai não entende nada mesmo!</p><p>Fonte: VERÍSSIMO, Luís Fernando. Pai não entende nada. Porto Alegre: Editora L&PM, 1997</p><p>Comparando-as, pode-se afirmar que</p><p>a ) as duas crônicas, do ponto de vista estrutural, apresentam sequências de diálogo direto entre</p><p>os personagens.</p><p>b ) o estilo de linguagem empregado na primeira crônica é excessivamente formal,</p><p>diferentemente do que ocorre na segunda.</p><p>c ) as duas crônicas revelam um aspecto da relação entre pais e filhos, a subordinação financeira</p><p>dos filhos em relação aos pais.</p><p>d ) a primeira é veiculada, predominantemente, no modo de organização dissertativo, enquanto</p><p>a segunda é predominantemente narrativa.</p><p>e ) as duas crônicas, em termos de reflexões feitas pelos autores, apresentam a mesma</p><p>quantidade de reflexões.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Sentidos do texto, Linguagem formal, Texto</p><p>Narrativo, Texto Dissertativo-argumentativo, Pressupostos e subentendidos.</p><p>Fonte: Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas- COTEC - FADENOR 2022 / Câmara de Bocaiúva -</p><p>MG / Contador / Questão: 18</p><p>Se é reversível, se joga!</p><p>Aline Gomes</p><p>Quem me conhece sabe que eu sou a princesa dos ditados, porque a rainha é minha mãe, temos</p><p>um ditado pra maioria das situações, e quando não temos um inventamos um nosso. E eu vou criar</p><p>pra gente começar bem nosso colu-papo: Se é reversível vai sem medo, se não é pensa mais 2</p><p>minutos e vai com medo mesmo. Tá, mas por que que tô dizendo isso?! Senta que lá vem história!</p><p>Desde criança sempre gostei de música, eletrônica, natureza e de consertar qualquer coisa,</p><p>cantei na igreja, alguma coisa dentro de mim me dizia que seria cantora, escolhi aprender a tocar</p><p>violão</p><p>ao invés de inglês, dentre várias decisões fazer computação foi uma delas. É interessante</p><p>como a decisão da sua formação é tratada como um definidor de que tipo de pessoa você vai ser, é</p><p>como se isso te colocasse numa caixinha intransferível pra sempre. No meio desse turbilhão de</p><p>incertezas que estamos vivendo, tenho acompanhado minha sobrinha definir qual curso ela vai fazer,</p><p>eu já disse logo pra ela, amada infelizmente nessa não posso te ajudar muito, pois quando eu tive</p><p>que fazer isso o Brasil era outro lá em 2006. Ter que falar isso pra ela no nosso primeiro papo, me</p><p>fez ficar bem reflexiva sobre essa parada de escolher um curso/profissão. Foi dai que comecei a</p><p>pensar e a observar melhor todas as pessoas com quem trabalho que fizeram migração de carreira e,</p><p>vou te falar, com certeza temos muito que aprender com elas, que sangue no olho é o que não falta.</p><p>[...]</p><p>Já faz um tempo que a tecnologia deixou de ser sobre máquinas. É sobre pessoas e suas</p><p>experiências transformadas em produtos de software, e pra mim quanto mais gente vinda de todas</p><p>as áreas estiverem envolvidas nisso, mais rica, acessível, inclusiva, bonita e cheirosa será a</p><p>tecnologia.</p><p>E depois de refletir sobre migração de carreira entendi que o dilema de escolher um curso não</p><p>precisa ser tão doloroso porque, como diz o meu ditado, se é reversível se joga, porque enquanto for</p><p>possível estar aqui, é possível tomar novos caminhos, aprender novas coisas, carreiras e pessoas. Eu</p><p>corri pra compartilhar essa minha conclusão com a minha sobrinha e agora com você, desejo aí</p><p>coragem e leveza por que o que é reversível a gente sempre vai dar um jeito. A tecnologia precisa</p><p>disso tudo que você já sabe.</p><p>Adaptado de: https://midianinja.org/laisgomes/se-ereversivel-se-joga/ Acesso em: 01 dez. 2021.</p><p>18. [Q2263606]</p><p>Sobre o título do texto, assinale a alternativa correta.</p><p>a ) Ele contém um conselho que se aplica caso uma condição prévia seja cumprida.</p><p>b ) Ambas as ocorrências de “se” apresentam a mesma função sintática.</p><p>c ) Ele poderia ser reescrito como “ainda que seja reversível, não se jogue”, sem que isso</p><p>modificasse seu sentido original.</p><p>d ) Ambos os verbos estão conjugados no modo indicativo, a fim de se criar um efeito de certeza.</p><p>e ) Trata-se de um ditado popular brasileiro.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Estratégias argumentativas.</p><p>Fonte: Instituto AOCP 2022 / Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia IFRO - BR / Assistente em Administração</p><p>/ Questão: 2</p><p>O Texto 3 apresenta a personagem Armandinho, criação do quadrinista e cartunista Alexandre</p><p>Beck. Seus textos geralmente refletem sobre situações cotidianas que vivenciamos no mundo, a</p><p>partir de uma crítica social. Faça a leitura do texto em questão para responder as questões de 6 a</p><p>10.</p><p>Fonte: https://www.instagram.com/p/CUDfwrDFcSS/.</p><p>19. [Q2464149]</p><p>No trecho “E eles promovem isso”, presente no terceiro quadrinho, o termo em destaque</p><p>estabelece uma relação semântica de:</p><p>a ) consequência.</p><p>b ) concessão.</p><p>c ) adição.</p><p>d ) condição.</p><p>e ) causa e efeito.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções subordinativas condicionais, Conjunções subordinativas</p><p>concessivas, Conjunções coordenativas aditivas, Conjunções subordinativas consecutivas, Causa e efeito.</p><p>Fonte: Comissão Permanente de Concursos da Universidade Estadual da Paraíba - CPCON UEPB 2022 / Prefeitura de Tavares - PB /</p><p>Agente Administrativo / Questão: 9</p><p>TEXTO</p><p>Laços de Família</p><p>Um pouco cansada, com as compras deformando o novo saco de tricô, Ana subiu no bonde.</p><p>Depositou o volume no colo e o bonde começou a andar. Recostou-se então no banco procurando</p><p>conforto, num suspiro de meia satisfação.</p><p>Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam</p><p>para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão</p><p>enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o</p><p>vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e</p><p>enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha</p><p>na mão, não outras, mas essas apenas. E cresciam árvores. Crescia sua rápida conversa com o</p><p>cobrador de luz, crescia a água enchendo o tanque, cresciam seus filhos, crescia a mesa com</p><p>comidas, o marido chegando com os jornais e sorrindo de fome, o canto importuno das empregadas</p><p>do edifício. Ana dava a tudo, tranquilamente, sua mão pequena e forte, sua corrente de vida.</p><p>Certa hora da tarde era mais perigosa. Certa hora da tarde as árvores que plantara riam dela.</p><p>Quando nada mais precisava de sua força, inquietava-se. No entanto sentia-se mais sólida do que</p><p>nunca, seu corpo engrossara um pouco e era de se ver o modo como cortava blusas para os meninos,</p><p>a grande tesoura dando estalidos na fazenda. Todo o seu desejo vagamente artístico encaminhara-se</p><p>há muito no sentido de tornar os dias realizados e belos; com o tempo, seu gosto pelo decorativo se</p><p>desenvolvera e suplantara a íntima desordem. Parecia ter descoberto que tudo era passível de</p><p>aperfeiçoamento, a cada coisa se emprestaria uma aparência harmoniosa; a vida podia ser feita pela</p><p>mão do homem.</p><p>LISPECTOR, Clarice. Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 19. Fragmento.</p><p>20. [Q2479849]</p><p>Qual o tipo de narrativa apresentada acima?</p><p>a ) Fábula.</p><p>b ) Romance</p><p>c ) Novela.</p><p>d ) Crônica.</p><p>e ) Conto.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conto, Crônica, Romance.</p><p>Fonte: Instituto Avança São Paulo - Avança SP 2022 / Câmara de Taboão da Serra Camara de Taboao da Serra - SP / Oficial Legislativo /</p><p>Questão: 2</p><p>Leia o texto 01 para responder às questões de 1 a 7.</p><p>Texto 01 – A chave do Coração</p><p>Dizem que o primeiro sintoma da velhice é quando chegam as saudades. Se assim é, eu já nasci</p><p>velho. As doces lembranças de coisas e pessoas que passaram, perto ou longe, sempre me</p><p>cutucaram a alma. Sensível e místico, tenho a saudade como uma força interior que me dá o sentido</p><p>mais perfeito da amizade. Amo os momentos, da mesma forma que amo as pessoas que quero amar.</p><p>E, nem por isso, vou esconder que tenho aversão a alguns instantes e a algumas pessoas que jamais</p><p>quis amar ou querer.</p><p>Mergulhado em um mundo de tantas disparidades, de tantas cores, de tantas caras e corações, não</p><p>me vejo obrigado a querer bem a tudo que me passa pela frente. Não sou nenhum coletor de lixo a</p><p>recolher tudo que vai encontrando pelo caminho. Ódio, no seu sentido mais amplo, acho que não o</p><p>tenho. Aversão, sim, pois já se disse que a porta do coração só pode ser aberta pelo lado de dentro.</p><p>Então, quem tem a chave sou eu [...].</p><p>Não posso mudar o mundo, nem as pessoas. Nem preciso. O meu mundo está feito. Sem ser ostra.</p><p>Fico, apenas, com os meus sentimentos. E sei como são puros, na medida da pureza que cabe dentro</p><p>de um ser humano.</p><p>MARACAJÁ, Robério. Cerca de Varas. Campina Grande: Latus, 2014, p. 51.</p><p>21. [Q2138238]</p><p>É CORRETO afirmar que o texto prima por uma linguagem:</p><p>a ) Rebuscada, de complexo entendimento entre os interlocutores.</p><p>b ) Adequada para o gênero crônica, sem rebuscamentos, por isto, fundamentada na</p><p>expressividade e interação linguística.</p><p>c ) Poética, portanto, permeada de figuras, exigindo uma interpretação mais acurada.</p><p>d ) Erudita, escrita na intenção de mostrar ao leitor o domínio da variedade linguística de</p><p>prestígio.</p><p>e ) Caótica, de difícil entendimento, confundindo a compreensão do texto.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Crônica.</p><p>Fonte: Comissão Permanente de Concursos da Universidade Estadual da Paraíba - CPCON UEPB 2021 / Prefeitura de Viçosa - RN /</p><p>Enfermeiro PSF / Questão: 2</p><p>TEXTO 01</p><p>Pudor</p><p>Certas palavras nos dão a impressão de que voam, ao saírem da boca. "Sílfide", por exemplo. É dizer</p><p>"Sílfide" e ficar vendo suas evoluções no ar, como as de uma borboleta. Não tem nada a ver com o</p><p>que a palavra significa. "Sílfide", eu sei, é o feminino de "silfo",</p><p>o espírito do ar, e quer mesmo dizer</p><p>uma coisa diáfana, leve, borboleteante. Mas experimente dizer "silfo". Não voou, certo? Ao contrário</p><p>da sua mulher, "silfo" não voa. Tem o alcance máximo de uma cuspida. "Silfo", zupt, plof. A própria</p><p>palavra "borboleta" não voa, ou voa mal. Bate as asas, tenta se manter aérea, mas choca-se contra a</p><p>parede. Sempre achei que a palavra mais bonita da língua portuguesa é "sobrancelha”. Esta não voa,</p><p>mas paira no ar, como a neblina das manhãs até ser desmanchada pelo sol. Já a terrível palavra</p><p>"seborreia" escorre pelos cantos da boca e pinga no tapete.</p><p>"Trilhão" era uma palavra pouco usada, antigamente. Uma pessoa podia nascer e morrer sem jamais</p><p>ouvir a palavra "trilhão", ou só ouvi-la em vagas especulações sobre as estrelas do Universo. O</p><p>"trilhão" ficava um pouco antes do infinito. Dizia-se "trilhão" em vez de dizer "incalculável" ou "sei</p><p>lá". Certa vez (autobiografia) tive de responder a uma questão de Geografia no colégio. Naquele</p><p>tempo a pior coisa do mundo era ser chamado a responder qualquer coisa no colégio. De pé, na</p><p>frente dos outros e - o pior de tudo - em voz alta. Depois descobri que existem coisas piores, como a</p><p>miséria, a morte e a comida inglesa. Mas naquela época o pior era aquilo. "Senhor Veríssimo!" Era</p><p>eu. Era irremediavelmente eu. "Responda, qual é a população da China?" Eu não sabia. Estava de pé,</p><p>na frente dos outros, e tinha que dizer em voz alta o que não sabia. Qual era a população da China?</p><p>Com alguma presença de espírito eu poderia dizer: "A senhora quer dizer neste exato momento?",</p><p>dando a entender que, como o que mais acontece na China é nascer gente, uma resposta exata seria</p><p>impossível. Mas meu espírito não estava ali. Meu espírito ainda estava em casa, dormindo. "Então,</p><p>senhor Veríssimo, qual é a população da China?" E eu respondi:</p><p>- Numerosa.</p><p>Ganhei zero, claro. Mas "trilhão", entende, era sinônimo de "numeroso". Não era um número, era</p><p>uma generalização. Você dizia "trilhão" e a palavra subia como um balão desamarrado, não dava</p><p>tempo nem para ver a sua cor. E hoje não passa dia em que não se ouve falar em trilhões. O "trilhão"</p><p>vai, aos poucos, se tornando nosso íntimo. É o mais novo personagem da nossa aflição. Quantos</p><p>zeros tem um trilhão? Doze, acertei? Se os zeros fossem pneus, o trilhão seria uma jamanta daquelas</p><p>de carregar gerador para usina atômica parada. Felizmente vem aí uma reforma e outra moeda, com</p><p>menos zeros e mais respeito. Senão chegaríamos à desmoralização completa.</p><p>- E o troco do meu tri? - Serve uma bala?</p><p>Desconfio que o que apressará a reforma é a iminência do quatrilhão. "Quatrilhão" é pior que</p><p>"seborréia". Depois de dizer "quatrilhão", você tem que pular para trás, senão ele esmaga os seus</p><p>pés. E "quatrilhão" não é como, por exemplo, "otorrino", que cai no chão e corre para um canto.</p><p>"Quatrilhão" cai, pesadamente, no chão e fica. Você tenta juntar a palavra do chão e ela quebra.</p><p>Tenta remontá-la – fica "trãoliqua" e sobra o agá. A mente humana, ou pelo menos a mente</p><p>brasileira, não está preparada para o "quatrilhão". As futuras gerações precisam ser protegidas do</p><p>"quatrilhão". As reformas monetárias, quando vêm, são sempre para acomodar as máquinas</p><p>calculadoras e o nosso senso do ridículo, já que caem os zeros, mas nada, realmente, muda. A</p><p>próxima reforma seria a primeira motivada, também, por um pudor linguístico. No momento em que</p><p>o "quatrilhão" se instalasse no nosso vocabulário cotidiano, mesmo que fosse só para descrever a</p><p>dívida interna, alguma coisa se romperia na alma brasileira. Seria o caos.</p><p>E "caos", você sabe. É uma palavra chicle-balão. Pode explodir na nossa cara.</p><p>(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, 97-99).</p><p>22. [Q2170114]</p><p>O TEXTO 01 “Pudor” é classificado, no tocante ao gênero e à tipologia textuais, como uma</p><p>crônica, uma vez que:</p><p>a ) tematiza assuntos cotidianos, com humor e ironia, recorrendo a elementos tipicamente</p><p>narrativos, em uma forma de escrita mais livre e menos convencional.</p><p>b ) tematiza assuntos considerados polêmicos em meio jornalístico, como estratégia de</p><p>apresentar a opinião do grupo editorial a que pertence o autor (articulista).</p><p>c ) prioriza a linguagem formal e o tom acadêmico, utilizando de estruturas narrativas para</p><p>ilustrar o ponto de vista defendido.</p><p>d ) descreve, minunciosamente, o assunto tratado, em uma linguagem predominantemente</p><p>jornalística, com o propósito de aproximar o público ao grupo editorial a que pertence o autor</p><p>(articulista).</p><p>e ) prioriza assuntos pouco debatidos entre a população brasileiro, apresentando um papel</p><p>didático fundamental no estímulo à leitura de textos impressos.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Interpretação de Texto, Crônica, Sentidos do texto.</p><p>Fonte: Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina - FACAPE 2021 / Prefeitura de Petrolina - PE / Assistente Administrativo /</p><p>Questão: 3</p><p>TEXTO 01</p><p>blog.saude.gov.br</p><p>23. [Q2091603]</p><p>A peça publicitária (Texto 01), veiculada pelo Ministério da Saúde, faz uso da linguagem verbal e</p><p>também não-verbal. Sobre essas estratégias de produção de sentido no texto, assinale a alternativa</p><p>correta:</p><p>a ) Ao escolher, nas representações das pessoas (símbolo de bonecos em forma humana, que</p><p>sugerem também o número 31), evidencia-se a preocupação com práticas substentáveis de</p><p>tabagismo.</p><p>b ) Ao escolher símbolos como o cigarro, o relógio (despertador) e os bonecos em forma humana,</p><p>materializa-se a principal estratégia do anúncio: oferecer tratamento aos pacientes com câncer</p><p>de pulmão.</p><p>c ) Ao escolher os dados estatísticos que alertam para os riscos da prática do tabagismo,</p><p>materializa-se uma estratégia de apelo às emoções do leitor, o que pode ser comprovado pela</p><p>escolha de símbolos que sugerem a passagem do tempo.</p><p>d ) Ao escolher texto e imagem na construção da peça publicitária, evidencia-se a predominância</p><p>da linguagem textual em relação à linguagem não-verbal, não havendo prejuízos de sentido, caso</p><p>as imagens fossem omitidas.</p><p>e ) Ao escolher, como representação do número 1, a imagem de um cigarro sendo apagado,</p><p>evidencia-se a intenção discursiva do texto: combater a prática do tabagismo.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Infográfico.</p><p>Fonte: Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina - FACAPE 2021 / Prefeitura de Petrolina - PE / Auxiliar de Cozinha /</p><p>Questão: 1</p><p>24. [Q1909922]</p><p>Na charge, a relação de sentido expressa em “se amasse” é</p><p>a ) de finalidade.</p><p>b ) de causa.</p><p>c ) de concessão.</p><p>d ) condicional.</p><p>e ) comparativa.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Charge, Interpretação de Texto.</p><p>Fonte: Instituto ACCESS - ACCESS 2021 / Departamento Estadual de Trânsito do Acre DETRAN AC - AC / Examinador de Trânsito /</p><p>Questão: 5</p><p>25. [Q1925457]</p><p>Atente à imagem abaixo para responder à questão 31.</p><p>Disponível em: ></p><p>https://www.google.com/searchq=exemplos+de+ambiguidade+e+polissemia&rlz=1C1GCEA_enBR</p><p>936BR936&tbm=isch&source=i&ictx=1&fir=0aZkzW5P1PkgM%252C-<. Data da consulta:</p><p>05/06/2021.</p><p>Leia com cuidado as afirmações abaixo acerca da imagem acima e responda o que se pede.</p><p>I- A palavra “vendo”, neste contexto de uso, é unissêmica, isto é, apresenta sentido único em toda a</p><p>tirinha.</p><p>II- O conflito de interpretação – suscitado pelo interlocutor 02 – e gerado a partir do enunciado</p><p>inicial (Vendo pôr do sol, de autoria do interlocutor 01) - se justifica, fundamentalmente, pela</p><p>duplicidade de sentidos presente na palavra “Vendo”, ora relacionada ao verbo ver, ora ao verbo</p><p>vender.</p><p>III- Há, segundo a norma culta, mau uso do acento indicador de crase na sentença “está à venda”.</p><p>Está CORRETO o que se afirma em:</p><p>a ) I, apenas.</p><p>b ) I, II e III.</p><p>c ) II, apenas.</p><p>d ) II e III, apenas.</p><p>e ) I e III, apenas.</p><p>Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Acentuação gráfica, Regras de acentuação, Gêneros textuais, Quadrinho.</p><p>Fonte: Comissão Permanente de Concursos da Universidade Estadual da Paraíba - CPCON UEPB 2021 / Prefeitura</p>

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