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<p>QUANDO A RAÇA PASSOU A SER UM PROBLEMA NACIONAL: ABOLIÇÃO, TEORIAS RACISTAS E O IDEAL DE “EMBRANQUECIMENTO”</p><p>INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS</p><p>PERÍODO: 2024.2</p><p>PROFESSORA: CÂNDIDA RIBEIRO</p><p>No ano de 1888 aconteceu a abolição da escravatura pela Lei Áurea.</p><p>Os novos cidadãos que estavam antes nas senzalas e parte das casas grandes passaram a ter direitos e deveres.</p><p>2</p><p>Daí surge um “impasse racial”:</p><p>Como constituir uma nação habitada majoritariamente por ex-escravizados e mestiços agora elevados à categoria de cidadãos?</p><p>Um elemento complicador para tal resposta estava na chegada ao Brasil das teorias racistas oriundas da Europa, que condenavam o futuro de um país mestiço como o Brasil.</p><p>Daí se perguntava:</p><p>Por que essa condenação?</p><p>A miscigenação como algo que enfraquecia os grupos - filhos mestiços incorporariam as qualidades do grupo racial inferior.</p><p>Os indivíduos estavam submetidos às características (boas ou ruins) da sua raça.</p><p>Não havia liberdade individual dentro das premissas raciais –</p><p>As características psicológicas, biológicas, sociais e até de caráter estavam submetidas às características que definem o grupo.</p><p>O que essas teorias apontavam era uma espécie de futuro degenerado para a nação:</p><p>População brasileira era constituída majoritariamente por indivíduos descendentes das raças ditas inferiores.</p><p>As teorias racistas condenavam a possibilidade de pensar “um povo brasileiro” que fosse viável no que diz respeito a suas origens raciais.</p><p>Na busca de solução para o impasse de se pensar a viabilidade da nação brasileira dentro do contexto racista do século XIX, as ideias de raça, mestiçagem e miscigenação tornaram-se conceitos fundamentais problematizados nos trabalhos de intelectuais brasileiros.</p><p>Nesse momento, houve o estímulo à imigração de europeus para o Brasil. Brancos de origem europeia eram desejados não apenas como mão de obra para trabalhar nas plantações de café, mas também por sua ascendência racial - projeto de embranquecimento do país.</p><p>Havia o projeto de embranquecimento do país, isto é, processo histórico, social e racial pelo qual o país depuraria sua população negra através do ingresso e mistura de brancos/as europeus/eias no país.</p><p>Aos escravos negros não foi concedido qualquer tipo de reparação pela escravidão, muito menos auxílio na sua inserção na sociedade de classes como mão de obra assalariada, que se constituía.</p><p>A resposta habitualmente disseminada afirma que isso se deu por conta de sua inadequação ao trabalho industrial; entretanto, há fatores raciais que ditaram essa escolha.</p><p>“UMA ABORDAGEM CONCEITUAL DAS NOÇÕES DE RAÇA, RACISMO, IDENTIDADE E ETNIA”</p><p>Conceito de raça:</p><p>Etmologicamente veio do italiano razza, que, por sua vez, veio do latim ratio, que significa sorte, categoria, espécie;</p><p>Nas ciências naturais, o conceito foi primeiramente usado na Zoologia e na Botânica para classificar as espécies animais e vegetais;</p><p>Nos séculos XVI-XVII, o conceito passa efetivamente a atuar nas relações entre classes sociais da França da época, pois utilizado pela nobreza local que se identificava com os Francos, de origem germânica em oposição aos Gauleses, população local identificada como plebe;</p><p>O conceito de raças “puras” foi transportado da Botânica e da Zoologia para legitimar as relações de dominação e de sujeição entre classes sociais (Nobreza e Plebe), sem que houvessem diferenças morfo-biológicas notáveis entre indivíduos pertencentes a ambas as classes.</p><p>As descobertas do século XV colocam em dúvida o conceito de humanidade até então conhecida nos limites da civilização ocidental. Quem são esses recém descobertos (ameríndios, negros, melanésios, etc.? São bestas ou seres humanos como “nós”, europeus?</p><p>Explicação pela teologia e pela escritura – Adão/Mito dos Reis Magos (século XVI-XVII);</p><p>Explicação, pelos filósofos iluministas, pela racionalidade (século XVIII);</p><p>No século XVIII, a cor da pele foi considerada como um critério fundamental e divisor d’água entre as chamadas raças. Por isso que a espécie humana ficou dividida em três raças estancas que resistem até hoje no imaginário coletivo e na terminologia científica: raça branca, negra e amarela.</p><p>No século XIX, acrescentou-se ao critério da cor outros critérios morfológicos como a forma do nariz, dos lábios, do queixo, do formato do crânio, o ângulo facial, etc., para aperfeiçoar a classificação.</p><p>No século XX, descobriu-se graças aos progressos da genética Humana, que os patrimônios genéticos de dois indivíduos pertencentes à uma mesma raça podem ser mais distantes que os pertencentes à raças diferentes; um marcador genético característico de uma raça, pode, embora com menos incidência, ser encontrado em outra raça.</p><p>Combinando todos esses desencontros com os progressos realizados na própria ciência biológica (genética humana, biologia molecular, bioquímica), os estudiosos desse campo de conhecimento chegaram a conclusão de que a raça não é uma realidade biológica, mas sim apenas um conceito, aliás, cientificamente inoperante para explicar a diversidade humana e para dividi-la em raças estancas. Ou seja, biológica e cientificamente, as raças não existem.</p><p>O maior problema não está nem na classificação, nem na inoperacionalidade científico do conceito de raça, mas sim, por seu caráter hierarquizador entre as chamadas raças.</p><p>Conceito de racismo:</p><p>Teoricamente, trata-se de uma ideologia essencialista que postula a divisão da humanidade em grandes grupos chamados raças contrastadas, que têm características físicas hereditárias comuns, sendo estas últimas suportes das características psicológicas, morais, intelectuais e estéticas e se situam numa escala de valores desiguais.</p><p>Conceito de etnia:</p><p>Uma etnia é um conjunto de indivíduos que, histórica ou mitologicamente, têm um ancestral comum; têm uma língua comum, uma mesma religião ou cosmovisão; uma mesma cultura e moram geograficamente num mesmo território;</p><p>Não se refere, necessariamente, a características físicas. Um conjunto populacional dito raça “branca”, “negra”, “amarela”, pode conter em seu seio diversas etnias.</p><p>Com base nisso, já no fim do século passado e início deste século, o racismo se alimenta na noção de etnia definida como um grupo cultural, categoria melhor aceita, politicamente falando, do que raça.</p><p>Muito embora alguns autores venham argumentando pela eliminação do uso do termo “raça” a favor do uso, em seu lugar, de “etnia”, esses termos não são intercambiáveis por se referirem a fenômenos distintos.</p><p>O conceito persiste tanto no uso popular como em trabalhos e estudos produzidos na área de ciências sociais, que, embora concordem com a inexistência e inoperacionalidade do conceito, justificam seu uso como realidade social e política, considerando a raça como uma construção sociológica e uma categoria social de dominação e exclusão - a ideia que fundamenta o racismo existente em nossa sociedade.</p><p>MUITO OBRIGADA!</p><p>Até a próxima!</p><p>23</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image1.png</p>

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