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<p>O impacto do aumento dos preços de energia, combustível e dólar fez com que subisse também o preço dos alimentos, suscitando alertas em todo o mundo, não somente pela possível escassez de energia elétrica, mas também pela escassez de alimentos na mesa dos menos favorecidos. As causas que colaboram para o aumento dos preços e consequentemente para a falta de alimentos são diversas, porém, um dos principais fatores para essa escassez está ligada ao setor energético, mais especificamente os biocombustíveis.</p><p>Em situações de alta nos preços alimentares e de energia elétrica, surge a figura da insegurança alimentar. Entende-se por insegurança alimentar a falta de acesso a alimentos, sendo classificada como, aguda moderada e grave. Atualmente vivemos um cenário de insegurança alimentar grave, com o retorno do país ao mapa da fome da ONU, onde existe no país a privação no consumo de alimentos e fome.</p><p>A insegurança alimentar, não é um problema momentâneo, é um problema estrutural de natureza política e econômica que se perpétua ao longo dos anos. Alguns acontecimentos como, o corona-vírus e a guerra entre Rússia e Ucrânia, intensificaram o cenário da crise alimentar no mundo, porém, o principal vilão da fome, é o próprio poder público, que ao invés de contribuir com mais recursos destinados a programas sociais que combatem a fome no mundo e contribuir para produção de mais alimentos, incentivando os pequenos produtores e a agricultura familiar, fecha os olhos e por vezes diminui os recursos destinados a esses programas.</p><p>As políticas públicas são essenciais no combate a fome, tendo um papel crucial, que, visa garantir a qualidade e promover o acesso universal aos alimentos. Programas como, Fome Zero, Guia alimentar para a população brasileira, e o programa de aquisição de alimentos, juntamente com programas de transferência de renda e redução da pobreza, são de grande relevância para reduzir o número de pessoas em situação de fome no Brasil.</p><p>É de suma importância que se crie mais projetos, dessa vez, com objetivos voltados para a produção de alimentos, devem ser criadas políticas públicas que influenciem na diminuição dos custos ao longo de toda a produção alimentar, é preciso incentivar e prover recursos para os pequenos agricultores, trazendo maior eficiência no suprimento de alimentos, tanto na quantidade, quanto na qualidade.</p>