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<p>História do Acidente do</p><p>Trabalho no Brasil e a</p><p>evolução das Legislações</p><p>Acidentárias</p><p>PRIMEIRA LEI RELACIONA</p><p>AO TRABALHO</p><p>Pois bem, o Código Comercial de</p><p>1850 foi a primeira a lei a trazer</p><p>orientações acerca do acidente do</p><p>trabalho no Brasil e previa a</p><p>manutenção dos salários por três</p><p>meses contínuos por ocorrência</p><p>de acidentes imprevistos e</p><p>inculpados (art. 78)</p><p>http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91562/c%C3%B3digo-comercial-lei-556-50</p><p>PRIMEIRA LEI</p><p>TRABALHISTA</p><p>A Lei nº 3.724, de 1919, segundo o</p><p>mestre Sergio Pinto Martins, foi a</p><p>primeira lei brasileira que tratou de fato</p><p>do acidente do trabalho e, para tanto,</p><p>adotou a teoria do risco profissional.</p><p>Adotava-se a teoria da responsabilidade</p><p>civil objetiva do empregador,</p><p>prescindindo da comprovação de</p><p>culpa lato sensu, permanecendo os</p><p>demais elementos, fato, dano e o nexo</p><p>causal entre os primeiros.</p><p>ACIDENTE DE TRABALHO</p><p>O conceito do acidente do trabalho é trazido pelo</p><p>artigo 19 da Lei 8.213/1991, sendo: “o que ocorre pelo</p><p>exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo</p><p>exercício do trabalho dos segurados especiais,</p><p>provocando lesão corporal ou perturbação funcional</p><p>que cause a morte ou a perda ou redução, permanente</p><p>ou temporária, da capacidade para o trabalho”.</p><p>Este dispositivo fala em lesão corporal e perturbação</p><p>funcional, a lesão se caracteriza pelo dano à estrutura</p><p>físico-anatômica, sendo visível a sua existência, a</p><p>perturbação, por sua vez, é constatada pelo dano</p><p>fisiológico ou psíquico relacionado a órgãos ou funções</p><p>especificas, que nem sempre são aparentes.</p><p>http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11357361/artigo-19-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991</p><p>http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91</p><p>Espécies de Acidentes do</p><p>Trabalho e Sua</p><p>Caracterização</p><p>As espécies de acidentes do trabalho estão</p><p>elencadas nos artigos 19, 20 e 21 da</p><p>Lei 8.213/1991 e são as seguintes: acidente do</p><p>trabalho típico, doenças profissionais e do</p><p>trabalho, concausa e acidentes do trabalho por</p><p>equiparação ou por causalidade indireta, nesta</p><p>última está incluído o acidente de trajeto.</p><p>Em que pese haver as espécies acima elencadas as</p><p>estatísticas oficiais da Previdência Social e</p><p>Ministério do Trabalho são divulgadas apenas nas</p><p>três espécies consideradas principais, com mais</p><p>incidência, que são: o acidente típico, as doenças</p><p>ocupacionais e o acidente de trajeto.</p><p>http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11357361/artigo-19-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991</p><p>http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11357164/artigo-20-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991</p><p>http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11356344/artigo-21-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991</p><p>http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91</p><p>COMUNICADO DE</p><p>ACIDENTE DE TRBALHO</p><p>Ocorrido o acidente do trabalho em qualquer</p><p>modalidade, a empresa deverá comunicá-lo à</p><p>Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte</p><p>ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à</p><p>autoridade competente, sob pena de multa pelo</p><p>descumprimento da obrigação.</p><p>O que deve ser feito por meio da emissão da</p><p>Comunicação de Acidente do Trabalho “CAT”. Da qual</p><p>devem receber cópia fiel do documento o acidentado</p><p>ou seus dependentes, bem como o sindicato a que</p><p>corresponda a sua categoria.</p><p>e a empresa deixar de emitir o “CAT” podem fazê-lo,</p><p>independentemente de prazo: o próprio acidentado,</p><p>seus dependentes, a entidade sindical competente, o</p><p>médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública.</p><p>DOENÇA OCUPACIONAL</p><p>Mesmo havendo apenas a suspeita de doença</p><p>ocupacional como prevê o artigo supramencionado, e que</p><p>será analisada por perícia do INSS por conta do nexo</p><p>técnico epidemiológico. Embora, neste caso, não haja</p><p>incidência de multa, continua a empresa obrigada à</p><p>emissão da “CAT”.</p><p>Sendo assim, segundo a legislação, considera-se como o</p><p>dia do acidente, no caso de doença profissional ou do</p><p>trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para</p><p>o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação</p><p>compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico,</p><p>valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.</p><p>ACIDENTE TIPO</p><p>A lei 8.213 no caput de seu artigo 19 traz o</p><p>conceito do acidente do trabalho típico ou</p><p>tipo:</p><p>“Art. 19. Acidente do trabalho é o que</p><p>ocorre pelo exercício do trabalho a serviço</p><p>da empresa ou pelo exercício do trabalho</p><p>dos segurados referidos no inciso VII do</p><p>art. 11 desta Lei, provocando lesão</p><p>corporal ou perturbação funcional que</p><p>cause a morte ou a perda ou redução,</p><p>permanente ou temporária, da</p><p>capacidade para o trabalho.”</p><p>http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91</p><p>http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11357361/artigo-19-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991</p><p>DOENÇAS OCUPACIONAIS</p><p>A Lei 8.213 de 1991 trata em seu artigo 20 das doenças ocupacionais, que são aquelas desencadeadas em função da atividade</p><p>desenvolvida e de condições especiais em que o trabalho:</p><p>“ Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:</p><p>I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e</p><p>constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;</p><p>II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é</p><p>realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.</p><p>§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:</p><p>a) a doença degenerativa;</p><p>b) a inerente a grupo etário;</p><p>c) a que não produza incapacidade laborativa;</p><p>d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante</p><p>de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.</p><p>§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das</p><p>condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la</p><p>acidente do trabalho”</p><p>http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91</p><p>http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11357164/artigo-20-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991</p><p>ACIDENTE DE TRAJETO</p><p>O artigo 21, IV, "d", da lei 8.213/91 equiparava o acidente</p><p>de trajeto ao acidente de trabalho:</p><p>"Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para</p><p>efeitos desta Lei:</p><p>(...)</p><p>IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e</p><p>horário de trabalho:</p><p>(...)</p><p>d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste</p><p>para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive</p><p>veículo de propriedade do segurado."</p><p>https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI284227,21048-Acidente+de+trajeto+e+a+reforma+trabalhista</p><p>A Reforma Trabalhista</p><p>A Reforma Trabalhista alterou o § 2º, do art. 58 da CLT,</p><p>excluindo do tempo à disposição do trabalhador</p><p>justamente o período de percurso da residência até o</p><p>local de trabalho. Nesse sentido:</p><p>"Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados</p><p>em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas</p><p>diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.</p><p>(...)</p><p>§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua</p><p>residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para</p><p>o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de</p><p>transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será</p><p>computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à</p><p>disposição do empregador."</p><p>https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI284227,21048-Acidente+de+trajeto+e+a+reforma+trabalhista</p><p>Luciana Quierati</p><p>Do UOL, em São Paulo</p><p>25/06/2019 10h30Atualizada em 25/06/2019</p><p>13h22</p><p>Cinco meses após o rompimento da barragem</p><p>da Vale em Brumadinho (MG), completados</p><p>hoje, 246 mortes foram confirmadas, mas 24</p><p>pessoas ainda são consideradas desaparecidas</p><p>e continuam sendo procuradas pelos</p><p>bombeiros de Minas Gerais. O número de</p><p>mortos na tragédia não se altera desde 5 de</p><p>junho, quando foi localizado o corpo do</p><p>engenheiro Cristiano Jorge Dias, 42,</p><p>funcionário terceirizado da Vale</p><p>https://noticias.uol.com.br/tragedia-em-brumadinho/</p><p>O MAIOR ACIDENTE</p><p>DE TRABALHO</p><p>REGISTRADO NO</p><p>BRASIL</p><p>Segundo o professor de</p><p>direito do trabalho na</p><p>Universidade de</p><p>Guarulhos (UNG) Gleibe</p><p>Pretti, o maior acidente</p><p>registrado no Brasil até</p><p>então tinha sido o</p><p>desabamento de um</p><p>galpão em Belo</p><p>Horizonte – que deixou</p><p>69 mortos em 1971.</p><p>Em 4 de fevereiro de 1971, o Brasil</p><p>viveu aquela que é considerada</p><p>a maior tragédia da construção</p><p>civil nacional: o desabamento do</p><p>Palácio das Exposições, no Parque</p><p>da Gameleira, em Belo Horizonte-</p><p>MG. A obra, que pretendia ser um</p><p>amplo espaço com 7.820 m², ruiu</p><p>quando começaram a ser retiradas</p><p>as escoras que sustentavam as lajes.</p><p>Ao todo, 119 operários ficaram</p><p>soterrados e 69 morreram.</p><p>A segunda maior tragédia do tipo aconteceu</p><p>em Paulínia (interior de SP), na Shell-Basf.</p><p>Ao longo de muitos anos de funcionamento</p><p>(que começou em 1977), os agrotóxicos</p><p>usados pela Shell contaminaram o solo e</p><p>acabaram matando 62 funcionários. Mais</p><p>de mil funcionários também foram</p><p>afetados. Hoje esses agrotóxicos são</p><p>proibidos no Brasil.</p><p>A terceira foi a tragédia em</p><p>Mariana (MG), em 2015, que</p><p>também teve envolvimento</p><p>da Vale – ela é, ao lado da</p><p>anglo-australiana BHP, dona</p><p>da Samarco, responsável</p><p>pela barragem que se</p><p>rompeu ali. A</p><p>tragédia arrasou a região,</p><p>contaminou os rios e deixou</p><p>19 mortos.</p>

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