Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 1 Metabolismo dos nucleotídeos 2 Livros Ø Bioquímica Ilustrada 3a. Edição: Cap. 22, p.289-304 Ø Bioquímica Ilustrada Pamela C. Champe & Richard A. Harvey 2a. Edição, Cap. 29, p. 349 a 362 Cap. 28, p. 331 (F: 1a, 1b e Fig. 28.9) 3 Objetivos Ø Diferenciar a estrutura de bases nitrogenadas, nucleosídeos e nucleotídeos Ø Diferenciar síntese de novo de purinas com rota de salvação de purinas e contrastar com o processo de síntese das pirimidinas Ø Identificar na rota das purinas onde atuam medicações que impedem a síntese de DNA e RNA Ø Identificar os pontos regulatórios da síntese de novo das purinas Ø Identificar doenças associadas às rotas de síntese de nucleotideos 4 I - Visão geral Ø Ribonucleosídeos e desoxiribonucleosídeos são essenciais para todas as células e Ø São precurssores do DNA e RNA Ø Nucleotídeos servem como transportadores intermediários ativados na síntese de alguns carboidratos, lipideos e proteínas Ø Núcleotídeos são componentes estruturais de várias coenzimas, por exemplo: a Coenzima A, FAD, NAD+, NADP+ 2 5 I - Visão geral Ø São fonte de energia para a célula Ø São compostos reguladores nas rotas do metabolismo intermediário, inibindo ou ativando enzimas Ø As bases púricas e pirimídicas que fazem parte dos nucleotídeos podem ser sintetizadas “de novo” ou ser obtidas pela reutilização das bases pré-formadas oriundas do metabolismo normal da célula ou da dieta, ou seja, através da “rota de salvação” 6 II - Estrutura dos Nucleotídeos composição: a. uma base nitrogenada b. um monossacarídeo pentose c. 1, 2 ou 3 grupos fosfatos Pertencem a duas famílias de compostos: As PURINAS – Andenia, Guanina As PIRIMIDINAS – Timina, Citosina e Uracil 7 T e U diferem somente por um grupo metila Estrutura da purina e pirimidina Formados na degradação dos nucleotídeo púricos à ácido úrico 8 Bases incomuns: • Encontradas em alguns DNAs virais e no RNA de transferência • Estas bases incomuns podem facilitar o reconhecimento de enzimas específicas, ou • Proteger da degradação por enzimas nucleases 3 9 Estrutura dos nucleoSídeos Açúcar pentose + base nitrogenada = NUCLEOSÍDEO Observe que os átomos de C e N dos anéis da base e do açúcar são numerados separadamente. De 1 a 6 pirimidinas e de 1 a 9 nas purinas 10 NucleoSideo 11 12 Ø São ésteres mono, di ou tri fosfatos dos nucleosídeos. “tem grupo fostafo na estrutura” Estrutura dos nucleoTídeos “N” indica que pode ser qualquer base A, T, C, G, U Os grupos fosfato são resposáveis pela carga negativa dos ácidos nucleicos 4 13 Nucleotídeos – tem fosfato 14 15 16 III - Síntese de novo dos nucleotídeos púricos Ø Os átomos do anel de purina são oriundos de vários compostos, entre eles: Ø CO2 Ø Derivados do tetraidrofolato (THF) Ø Amino ácidos: ácido aspártido, glicina e glutamina 5 17 Ø O anel de purina é construído sobre uma molécula de ribose 5- fosfato pré formada, oriunda de intermediários da glicólise, na rota da hexose monofosfato; Ø Esta molécula se transforma em 5-ribosil pirofosfato (PRPP) para entrar na síntese de novo de nucleotídeos púricos 18 Síntese de PRPP 19 Grupo amida A ETATA DA 5’- FOSFORIBOSILAMINA, É PONTO REGULATÓRIO DESTA ROTA. A ENZIMA É INIBIDA PELOS PRODUTOS FINAIS DESTA ROTA. Inibidores AMP, GMP, IMP 20 Grupo amida Síntese “de novo" 6 21 Ø As sulfas não afetam a síntese de DNA ou RNA humanos porque as células dos mamíferos não podem sintetizar ácido fólico Ø As células bacterianas sintetizam ácido fólico e por isso as sulfas são usadas como antimicrobianos Ø As sulfonamidas irão competir com o PABA, inibindo a síntese do ácido fólico e replicação bacteriana Metrotexato é um análogo estrutural do ácido fólico. Inibição competitiva da formação de tetrahidrofolatos Sulfanilamidas: analogos estruturais do PABA, inibem competitivamente a sintese do ácido fólico 22 D – Inibidores da síntese das purinas Ø Metotrexato: é um análogo estrutural do ácido fólico (vitamina) – compete com o ácido fólico Ø A enzima diidrofolato redutase é inibida pelo metotrextato Ø Impede a formação de tetraidrofolato, a partir de diidrofolato Ø Impede a síntese de DNA e RNA, pois os folatos fazem parte da rota da síntese de novo de purinas 23 Uso clínico do metotrexato Ø Quimioterápico para câncer (leucemia) Ø Inibe a formação de tetraidrofolato Ø Interfere na síntese de nucleotídeos e por sua vez na síntese de DNA e RNA Ø Inibe divisão de células cancerígenas de crescimento rápido Ø Afeta a multiplicação de células normais de crescimento rápido: tecidos fetais, medula óssea, pele, trato grastrointestinal e folículos pilosos 24 E – Conversão de IMP em AMP e GMP Ø Requer uso de energia Ø Requer GTP para a síntese de AMP Ø Requer ATP para a síntese de GMP Ø A primeira reação em cada rota é inibida pelo produto final da rota Ø Se os produtos finais GMP e AMP estão em quantidades adequadas, a rota “de novo” é desativada na etapa da amido transferase (Fig. 29.7) 7 25 26 F – Conversão de nucleosídeos monofosfatos em nucleosídeos di e tri fosfatos Ø O ATP geralmente é a fonte de fosfatos transferidos para formar as moléculas di e tri fosfatos, porque está presente em maiores concentrações do que os outros nucleosídeos tri-fosfatos. Ø ADENILATO QUINASE: AMP + ATP ß à 2 ADP Ø ADENILATO QUINASE: mais ativa no fígado e músculo e tem função de manter um equilíbrio entre AMP, ADP e ATP. Ø GUANILATO QUINASE: GMP + ATP ß à GDP + ADP -Essas enzimas monofosfato quinases não são específicas para ribose ou desoxiribose 27 Ø NUCLEOSÍDEO DIFOSFATO QUINASE: GDP + ATP ß à GTP + ADP CDP + ATP ß à CTP + ADP - as enzimas difosfato quinases são muito específicas (diferente das monofosfato quinases) 28 IV – Rota de Salvação das Purinas Ø Purinas oriundas de: l Metabolismo normal dos acídos nucleicos celulares l Ou oriundas da dieta e que não são degradadas • São convertidas em nucleotídeos trifosfato e usados pelo corpo via “rota de salvação da purinas” Ø As bases: hipoxantina, guanina e adenina são convertidos em seus respectivos nucleotídeos, via enzimas específicas 8 29 PELAS EZIMAS: Ø APRT: adenina fosforibosiltransferase Ø HGPRT: hipoxantina-guanina fosforibosiltransferase l Estas enzimas utilizam o PRPP como fonte do grupo ribose 5’-fosfato para formar IMP, GMP e AMP – nestas reações a liberação do pirofosfato (PPi) torna estas reações irreversíveis l Deficiência de HGPRT causa síndrome de Lesh-Nyhan 30 31 V – Degradação de nucleotídeos púricos Ø O produto final do metabolismo das purinas é o ácido úrico (em humanos) Ø Outros mamíferos (exceção dos primatas) o ácido úrido pode ser oxidado 32 A – Formação do ácido úrico Ø Existem doenças genéticas associadas a degradação dos nucleotídeos púricos: l Deficiência de adenosina deaminase l Gota l Deficiência de purina nucleosídeo fosforilase 9 33 Principais pontos: Ø 1: um grupo amino é removido do AMP para produzir IMP, ou da adenosina para produzir inosina (hipoxantina-ribose) Ø 2: O IMP e GMP são convertidos em suas formas nucleosídeos inosina e guanosina pela ação da 5’nucleotidase Ø 3: A purina nucleosídeo fosforilase converte a inosina em guanosina em suas respectivas bases púricas: hipoxantina e guanina Ø 4: A guanosina é desaminada para formar xantina Ø 5: A hipoxantina é oxidada pela xantina oxidase. A xantina é subsequentemente oxidada pela xantina oxidase em ácido úrico, que é o produto final da degradação humana das purinas. O ácido úrico é excretado na urina. 34 Resumindo: Ø AMP e IMP chegam a hipoxantinae xantina Ø GMP chega até xantina Ø A XANTINA é oxidada a ácido úrico, que é excretado na urina 35 Ribonucleotideo Redutase, reduz ADP, GDP, CDP UDP as suas Formas deoxi (dNDP) 3 36 B – Degradação dos ácidos nucleicos na dieta e intestino Ø Ácidos nucleicos são degradados a nucleosídeos (ribose ou deoxiribose) ou a bases livres purinas e pirimidinas l Então podem ser absorvidos pelas células epiteliais da mucosa intestinal 10 37 38 VI – Síntese das pirimidinas Ø Lembrando a síntese das purinas: o anel das purinas era construído sobre uma ribose 5-fosfato. Ø No caso da síntese das pirimidinas, o anel primeiro é sintetizado e depois então é ligado à ribose 5-fosfato. 39 Origem do anel de pirimidinas 40 Fechamento do anel Oxidação do diidroorotato Ac. Orótico secretado na urina fosfato sintetase II A uridina exógena e convertida sequencialmente a UTP, inibindo a carbamoil fosfato sintase II e por sua vez, reduzindo a excreção de ácido orótico. 11 41 Um polipeptídeos e vários domínos Ø A mesma cadeia polipeptídica tem 3 funções enzimáticas l Carbamoil fosfato sintetase II l Aspartato transcarbamoilase l Diidroorotase Ø A mesma cadeia polipeptídica tem 2 funções enzimáticas (enzima bifuncional) l Ororato fosforibosil transferase l Oroditilato descarboxilase (OMP descarboxilase) 42 Ø O amino ácido glutamina participa como doador de nitrogênio nas seguinte rotas: l Biossíntese das purinas l Biossíntese das pirimidinas l O UTP é aminado pela enzima CTP sintase para formar o CTP 43 CTP sintase 44 VII – Degradação dos nucleotídeos pirimídicos Ø Os anéis das purinas não são clivados nas células humanas Ø No entanto, os anéis de pirimidina podem ser abertos e degradados a: l Beta-alanina l Beta-aminoisobutirato • São altamente solúveis • São precurssores de Acetil CoA e Succinil CoA 12 45 VIII – Conversão de ribonucleotídeos em desoxiribonucleotídeos Ø A síntese e todos nucleotideos estudados anteriormente foi de ribonucleotídeos, que podem ser utilizados na: • síntese de RNA • Transporte de açúcares (UDP-glicose na síntese de glicogênio) Ø Os desoxiribonucleotídeos são necessários para a síntese de DNA e são sintetizados a partir dos ribonucleotídeos difosfato 46 A – Ribonucleotídeo redutase Ø Enzima: com 2 subunidades iguais B1 e 2 B2 Ø Função: reduzir nucleotídeos difosfato (ADP, GDP, CDP e UDP) l Na forma desoxi: dADP, dGDP, dCDP e dUDP l A enzima doa átomos de H para reduzir o grupo 2- hidroxila da ribose, l TIOREDOXINA (coenzima da ribonucleotideo redutase) repõe os átomos de H, reduzindo a enzima novamente l NADPH: reduz novamente a tiorredoxina 47 48 Regulação da ribonucleotídeo redutase Ø Função: suprir os desoxiribonucleotíedos necessários para a síntese de DNA Ø A enzima apresenta um sítio ativo único Ø E apresenta dois sítios regulatórios Ø O dATP ligando-se ao sítio regulatório (sitios de atividade), vai inibir a redução dos nucleotídeos difosfato Ø A ligação de nucleotídeos trifosfato (ATP, dATP, dTTP, dGTP) ao sítio de especificidade ao substrato -> aumenta a conversão de ribonucleotídeos em desoxiribonucleotídeos a medida que são requeridos para síntese de DNA. 13 49 Subunidade B2: sítio de ligação aos substratos: ATP, GDP, UDP, CDP. Diagrama esquemático da estrutura quaternária da enzima. Sítio ativo da enzima ocorre entre as subunidades B1 e B2. Os sítios de ligação em B1 (atividade e especificidade) são alostéricos). 50 IX – Síntese da timidina monofosfato a partir do dUMP Análogo da timidina e antitumoral antitumoral
Compartilhar