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<p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>RECUPERAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL</p><p>Livro Eletrônico</p><p>2 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>Sumário</p><p>Apresentação .....................................................................................................................................................................3</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial ...................................................................................................................4</p><p>1. Recuperação Judicial .................................................................................................................................................4</p><p>1.1. O Princípio da Preservação da Atividade Empresarial .......................................................................4</p><p>1.2. Requisitos Legais do Processamento da Recuperação Judicial ..................................................5</p><p>1.3. Requisitos Formais da Petição Inicial .........................................................................................................7</p><p>1.4. (In)Deferimento do Processamento do Pedido ......................................................................................8</p><p>1.5. O Plano de Recuperação Judicial ..................................................................................................................14</p><p>1.6. Apresentação da “Certidão Negativa de Débitos Tributários” (CND) pelo Devedor .........18</p><p>1.7. Concessão da Recuperação Judicial ..........................................................................................................20</p><p>1.8. Convolação da Recuperação em Falência ................................................................................................21</p><p>1.9. Encerramento do Processo ............................................................................................................................. 22</p><p>1.10. Plano Especial de Recuperação Judicial para Microempresas (ME) e Empresas</p><p>de Pequeno Porte (EPP) ...........................................................................................................................................23</p><p>2. Recuperação Extrajudicial .................................................................................................................................26</p><p>2.1. Aspectos Introdutórios .....................................................................................................................................26</p><p>2.2. Requisitos Legais da Recuperação Extrajudicial .............................................................................26</p><p>2.3. O Plano de Recuperação Extrajudicial ....................................................................................................27</p><p>2.4. Credores Submetidos ao Plano de Recuperação Extrajudicial .................................................27</p><p>2.5. Possíveis Pedidos de Homologação (Artigos 162 e 163 da Lei n. 11.101/2005) .............. 28</p><p>2.6. Procedimento de Homologação ................................................................................................................... 29</p><p>2.7. Efeitos da Homologação do Plano de Recuperação Extrajudicial .......................................... 29</p><p>Questões de Concurso ................................................................................................................................................31</p><p>Gabarito ..............................................................................................................................................................................46</p><p>Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................47</p><p>Referências ....................................................................................................................................................................... 82</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>3 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>ApresentAção</p><p>Hoje nos debruçaremos sobre os aspectos relativos à Recuperação Judicial e à Recupe-</p><p>ração Extrajudicial.</p><p>Dito disso, desejo a você uma boa leitura e sucesso nos seus estudos!</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>4 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>RECUPERAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL</p><p>1. recuperAção JudiciAl</p><p>1.1. o princípio dA preservAção dA AtividAde empresAriAl</p><p>De início, cumpre registrar que, de forma bastante objetiva e didática, o artigo 47 da Lei 11.101/2005</p><p>(Lei de Falência e de Recuperação Judicial) preceitua que “a recuperação judicial tem por objetivo</p><p>viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manu-</p><p>tenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo,</p><p>assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica”.</p><p>Vale dizer que, ao fazer menção à palavra “devedor”, referido artigo buscou tratar, de forma</p><p>indistinta, tanto do empresário individual quanto da sociedade empresária, além da empresa</p><p>individual de responsabilidade ilimitada (EIRELI).</p><p>Outrossim, analisando tal dispositivo, verificamos que a recuperação judicial não é um insti-</p><p>tuto que tem por escopo encerrar, punir ou dissolver as atividades empresariais exercidas com</p><p>dificuldades econômicas por seus titulares, mas sim propor uma série de medidas – as quais</p><p>estudaremos a seguir – para que estes se mantenham ativos e contribuindo para o bem-estar so-</p><p>cial, seja por meio da produção e circulação de bens, da oferta de empregos, da prestação de ser-</p><p>viços à comunidade ou do recolhimento dos mais diferentes tributos aos quais estejam sujeitos.</p><p>Portanto, pode-se afirmar que a recuperação judicial privilegia os seguintes princípios da</p><p>atividade econômica:</p><p>• Preservação da atividade empresarial;</p><p>• Propriedade privada;</p><p>• Função social da propriedade;</p><p>• Busca do pleno emprego;</p><p>• Livre iniciativa;</p><p>Por tal motivo, há entendimentos jurisprudenciais do próprio Superior Tribunal de Justi-</p><p>ça, a título de exemplo, no sentido de que “a exigência de apresentação de certidão negativa</p><p>de recuperação judicial deve ser relativizada a fim de possibilitar à empresa em recuperação</p><p>judicial participar do certame, desde que demonstre, na fase de habilitação, a sua viabilidade</p><p>econômica” (cf. AREsp 309.867/ES, Primeira Turma, da relatoria do ministro Gurgel de Faria,</p><p>DJe 08/08/2018). Tudo isso, como dito, visando a privilegiar o princípio da preservação da ati-</p><p>vidade empresarial (além dos demais postulados que ora mencionamos).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>5 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>1.2. requisitos legAis do processAmento dA recuperAção JudiciAl</p><p>Segundo consta do art. 48 da Lei 11.101/2005, temos que:</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido,</p><p>movidas contra o devedor, ainda que fundadas em</p><p>créditos não abrangidos pelo plano.</p><p>d) dispensa a convocação de assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano.</p><p>e) só será julgado procedente se houver a concordância expressa de mais da metade dos cre-</p><p>dores sujeitos ao plano.</p><p>Com base na Lei n. 11.101/05:</p><p>�a) Errada. “Art. 71. O plano especial de recuperação judicial será apresentado no prazo previsto</p><p>no art. 53 desta Lei e limitar-se-á às seguintes condições: I – abrangerá todos os créditos exis-</p><p>tentes na data do pedido, ainda que não vencidos, excetuados os decorrentes de repasse de</p><p>recursos oficiais, os fiscais e os previstos nos §§ 3º e 4º do art. 49;”</p><p>�b) Errada. Art. 70, “§ 1º As microempresas e as empresas de pequeno porte, conforme defini-</p><p>das em lei, poderão apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que afirmem sua</p><p>intenção de fazê-lo na petição inicial de que trata o art. 51 desta Lei.”</p><p>�c) Errada. Art. 71, “Parágrafo único. O pedido de recuperação judicial com base em plano</p><p>especial não acarreta a suspensão do curso da prescrição nem das ações e execuções por</p><p>créditos não abrangidos pelo plano.”</p><p>�d) Certa. “Art. 72. Caso o devedor de que trata o art. 70 desta Lei opte pelo pedido de recupera-</p><p>ção judicial com base no plano especial disciplinado nesta Seção, não será convocada assem-</p><p>bleia geral de credores para deliberar sobre o plano, e o juiz concederá a recuperação judicial</p><p>se atendidas as demais exigências desta Lei.”</p><p>�e) Errada. Art. 72, “Parágrafo único. O juiz também julgará improcedente o pedido de recupera-</p><p>ção judicial e decretará a falência do devedor se houver objeções, nos termos do art. 55, de cre-</p><p>dores titulares de mais da metade de qualquer uma das classes de créditos previstos no art. 83,</p><p>computados na forma do art. 45, todos desta Lei.”</p><p>Letra d.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>26 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>2. recuperAção extrAJudiciAl</p><p>2.1. Aspectos introdutórios</p><p>A recuperação extrajudicial se apresenta como uma solução de mercado incentivada pela</p><p>legislação atual e que também tem por objetivo manter ativos e contribuindo para o bem-estar</p><p>social empresários em situação de dificuldades financeiras, seja por meio, repita-se, da produ-</p><p>ção e circulação de bens, da oferta de empregos, da prestação de serviços à comunidade ou</p><p>do recolhimento dos mais diferentes tributos aos quais estejam sujeitos.</p><p>Nessa linha de compreensão, o artigo 161 da Lei 11.101/2005 assenta que o devedor que</p><p>preencher os requisitos do art. 48 da Lei (os mesmos exigidos para a recuperação judicial)</p><p>poderá propor e negociar com credores plano de recuperação extrajudicial.</p><p>Vale dizer, contudo, que nem sempre foi esse o tratamento jurídico dado à matéria. Com</p><p>efeito, André Luiz Santa Cruz Ramos registra que:</p><p>O art. 2º, inciso III, do Decreto-lei 7.661/1945, nossa antiga legislação falimentar, punia o devedor co-</p><p>merciante que convocava seus credores, propondo-lhes dilação, remissão de créditos ou cessação de</p><p>bens, com a possibilidade de decretação de sua falência. A convocação extrajudicial de credores era,</p><p>pois, considerada um ato de falência pela lei anterior.7</p><p>2.2. requisitos legAis dA recuperAção extrAJudiciAl</p><p>Como dito logo acima, os requisitos exigidos para que seja aceita a negociação extrajudicial</p><p>do devedor para com os seus credores são os mesmos necessários ao deferimento do processa-</p><p>mento da recuperação pela via judicial, estampados no artigo 48 da Lei 11.101/2005, já abordados.</p><p>• Exercer regularmente suas atividades empresariais há, pelo menos, 2 (dois) anos;</p><p>• Não ter sido condenado por qualquer dos crimes falimentares previstos na Lei;</p><p>• Não ter se beneficiado do instituto da recuperação judicial nos últimos 5 (cinco) anos;</p><p>• Não ser falido.</p><p>Além disso, o § 3º do artigo 161 estabelece um requisito adicional, ao dispor que “o deve-</p><p>dor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se estiver pendente pedido de</p><p>recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial ou homologação de outro plano</p><p>de recuperação extrajudicial há menos de 2 (dois) anos”.</p><p>Não se pode deixar de dizer, porém, que ainda que o empresário em crise não busque a sua</p><p>recuperação pelas vias judicial ou extrajudicial, nada impedirá que este promova discussões</p><p>com seus credores visando à quitação de suas dívidas. Nesse sentido, é a redação do artigo</p><p>7 RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito empresarial/André Luiz Santa Cruz Ramos. – 3ª. ed. rev. e atual. – Salvador/BA:</p><p>JusPODIVM, 2020. P. 317</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>27 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>167: “O disposto neste Capítulo não implica impossibilidade de realização de outras modalida-</p><p>des de acordo privado entre o devedor e seus credores.”</p><p>2.3. o plAno de recuperAção extrAJudiciAl</p><p>Basicamente, são poucos os aspectos que diferenciam o plano de recuperação extrajudi-</p><p>cial quando comparado ao judicial. As suas características podem ser extraídas da leitura do §</p><p>2º do artigo 161, bem assim dos §§ 1º, 4º e 5º do artigo 163, todos da Lei 11.101/2005.</p><p>De início, tem-se que, na esfera extrajudicial, “o plano não poderá contemplar o pagamento</p><p>antecipado de dívidas nem tratamento desfavorável aos credores que a ele não estejam su-</p><p>jeitos”. Essa regra visa a prestigiar o princípio do tratamento paritário dos credores (ou “par</p><p>conditio creditorum”).</p><p>Em um segundo ponto, verifica-se que o plano de recuperação extrajudicial abrange, de forma</p><p>exclusiva, apenas os créditos constituídos até a data do pedido de homologação (Art. 163 § 1º).</p><p>Sob outro aspecto, o § 4º do art. 163 dispõe que “na alienação de bem objeto de garantia</p><p>real, a supressão da garantia ou sua substituição somente serão admitidas mediante a aprova-</p><p>ção expressa do credor titular da respectiva garantia”.</p><p>Em quarto lugar, por fim, destaca-se que “nos créditos em moeda estrangeira, a variação</p><p>cambial só poderá ser afastada se o credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente</p><p>previsão diversa no plano de recuperação extrajudicial” (§ 5º).</p><p>Esses dois últimos dispositivos, porém, são aplicáveis tanto ao plano judicial quanto ao</p><p>extrajudicial.</p><p>2.4. credores submetidos Ao plAno de recuperAção extrAJudiciAl</p><p>Segundo o § 1º do artigo 161 da Lei que ora estudamos:</p><p>§ 1º Estão sujeitos à recuperação extrajudicial todos os créditos existentes na data do pedido, exceto</p><p>os créditos de natureza tributária e aqueles previstos no § 3º do art. 49 e no inciso II do caput do art. 86</p><p>desta Lei, e a sujeição dos créditos de natureza trabalhista e por acidentes de trabalho exige negociação</p><p>coletiva com o sindicato da respectiva categoria profissional. (Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>O § 3º do art. 49, como vimos, dispõe sobre os credores em virtude da celebração de con-</p><p>tratos de alienação fiduciária ou de arrendamento mercantil, por exemplo. O art. 86, inciso II,</p><p>por sua vez, dispõe sobre os contratos de natureza cambial.</p><p>Vale dizer, também, que de acordo com o § 4º do artigo 161, “o pedido de homologação do</p><p>plano de recuperação extrajudicial não acarretará suspensão de direitos, ações ou execuções,</p><p>nem a impossibilidade do pedido de decretação de falência pelos credores não sujeitos ao</p><p>plano de recuperação extrajudicial”.</p><p>O conteúdo deste</p><p>livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>28 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>2.5. possíveis pedidos de HomologAção (Artigos 162 e 163 dA lei n.</p><p>11.101/2005)</p><p>Para que possa requerer a homologação judicial de um plano de recuperação extrajudicial,</p><p>o empresário autor do pleito deve apresentação uma petição junto a qual devem estar presen-</p><p>tes “sua justificativa e o documento que contenha seus termos e condições, com as assinaturas</p><p>dos credores que a ele aderiram” (Art. 162).</p><p>Em tal caso, a homologação se mostra facultativa, isto é, meramente formal, na medida</p><p>em que só estarão vinculados ao plano os credores “que a ele aderiram”. Outrossim, uma vez</p><p>subscrito pelas partes como uma espécie de instrumento de renegociação das dívidas (em</p><p>observância aos preceitos legais cíveis), não haveria a necessidade de homologação para fins</p><p>de eventual execução da avença.</p><p>Não obstante, destaca-se que, em havendo “a distribuição do pedido de homologação, os</p><p>credores não poderão desistir da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa dos demais</p><p>signatários” (Art. 161, § 5º). Daí uma utilidade prática verificável quanto ao instituto.</p><p>Há também uma segunda hipótese de homologação judicial de um plano de recuperação</p><p>extrajudicial, que é aquela estampada no artigo 163. Segundo o dispositivo citado, cuja reda-</p><p>ção restou atualizada pela Lei 14.112/2020, “o devedor poderá também requerer a homolo-</p><p>gação de plano de recuperação extrajudicial que obriga todos os credores por ele abrangidos,</p><p>desde que assinado por credores que representem mais da metade dos créditos de cada espécie</p><p>abrangidos pelo plano de recuperação extrajudicial”.</p><p>Nesse caso, ainda que a anuência ao plano de recuperação extrajudicial não tenha sido unâni-</p><p>me, todos os credores estarão a ele vinculados caso tenha sido assinado pelos credores que repre-</p><p>sentam mais da metade dos créditos de cada uma das espécies previstas na Lei. Vantajoso, não?!</p><p>006. (TELEBRAS/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES/ADVOGADO/2013/</p><p>CEBRASPE) Com base nas disposições da Lei n.º 11.101/2005, julgue os itens a seguir.</p><p>A homologação do plano de recuperação extrajudicial pode ser, em algumas circunstâncias,</p><p>de caráter obrigatório, desde que seja assinada por credores que representem mais de quatro</p><p>quintos de todos os créditos de cada espécie abrangidos pelo plano.</p><p>Não são 4/5, e sim, mais de 3/5. Lei n. 11.101/05:</p><p>Art. 163. O devedor poderá, também, requerer a homologação de plano de recuperação extraju-</p><p>dicial que obriga a todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por credores que</p><p>representem mais de 3/5 (três quintos) de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos.</p><p>Errado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>29 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>2.6. procedimento de HomologAção</p><p>O procedimento de homologação pela via extrajudicial está previsto no artigo 164, caput e</p><p>§§, senão vejamos:</p><p>Art. 164. Recebido o pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial previsto nos arts.</p><p>162 e 163 desta Lei, o juiz ordenará a publicação de edital eletrônico com vistas a convocar os cre-</p><p>dores do devedor para apresentação de suas impugnações ao plano de recuperação extrajudicial,</p><p>observado o disposto no § 3º deste artigo. (Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>§ 1º No prazo do edital, deverá o devedor comprovar o envio de carta a todos os credores sujeitos ao</p><p>plano, domiciliados ou sediados no país, informando a distribuição do pedido, as condições do plano</p><p>e prazo para impugnação.</p><p>§ 2º Os credores terão prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação do edital, para impugnarem o</p><p>plano, juntando a prova de seu crédito.</p><p>§ 3º Para opor-se, em sua manifestação, à homologação do plano, os credores somente poderão alegar:</p><p>I – não preenchimento do percentual mínimo previsto no caput do art. 163 desta Lei;</p><p>II – prática de qualquer dos atos previstos no inciso III do art. 94 ou do art. 130 desta Lei, ou descum-</p><p>primento de requisito previsto nesta Lei;</p><p>III – descumprimento de qualquer outra exigência legal.</p><p>§ 4º Sendo apresentada impugnação, será aberto prazo de 5 (cinco) dias para que o devedor sobre</p><p>ela se manifeste.</p><p>§ 5º Decorrido o prazo do § 4º deste artigo, os autos serão conclusos imediatamente ao juiz para</p><p>apreciação de eventuais impugnações e decidirá, no prazo de 5 (cinco) dias, acerca do plano de</p><p>recuperação extrajudicial, homologando-o por sentença se entender que não implica prática de atos</p><p>previstos no art. 130 desta Lei e que não há outras irregularidades que recomendem sua rejeição.</p><p>§ 6º Havendo prova de simulação de créditos ou vício de representação dos credores que subscreve-</p><p>rem o plano, a sua homologação será indeferida.</p><p>§ 7º Da sentença cabe apelação sem efeito suspensivo.</p><p>§ 8º Na hipótese de não homologação do plano o devedor poderá, cumpridas as formalidades, apre-</p><p>sentar novo pedido de homologação de plano de recuperação extrajudicial.</p><p>2.7. eFeitos dA HomologAção do plAno de recuperAção extrAJudiciAl</p><p>Cumpre registrar que, em regra, a homologação do plano de recuperação extrajudicial pro-</p><p>duz efeitos ex nunc, isto é, não retroativos (ou prospectivos), visto que o artigo 165 preceitua</p><p>que “o plano de recuperação extrajudicial produz efeitos após sua homologação judicial”.</p><p>Não obstante, é lícito que o plano “estabeleça a produção de efeitos anteriores à homologa-</p><p>ção, desde que exclusivamente em relação à modificação do valor ou da forma de pagamento</p><p>dos credores signatários” (§ 1º). Em tal hipótese, “caso o plano seja posteriormente rejeitado</p><p>pelo juiz, devolve-se aos credores signatários o direito de exigir seus créditos nas condições</p><p>originais, deduzidos os valores efetivamente pagos” (§ 2º).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>30 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>Por fim, destaca-se que “se o plano de recuperação extrajudicial homologado envolver alie-</p><p>nação judicial de filiais ou de unidades produtivas isoladas do devedor, o juiz ordenará a sua</p><p>realização, observado, no que couber, o disposto no art. 142 desta Lei” (Art. 166). Em resumo,</p><p>a alienação deverá ser realizada pela via judicial, mediante leilão eletrônico, presencial ou híbri-</p><p>do, processo competitivo organizado ou qualquer outra modalidade, desde que aprovada nos</p><p>termos da Lei (Art. 142, incisos I, IV e V).</p><p>Encerrados os aspectos teóricos, que tal treinarmos um pouco como os conhecimentos</p><p>apreendidos já foram cobrados em prova?!</p><p>Boa diversão!</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>31 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>QUESTÕES DE CONCURSO</p><p>001. (XXXII EXAME</p><p>DE ORDEM UNIFICADO/2021/FGV) A sociedade Nerópolis Fretamentos de</p><p>Cargas Ltda. está passando por grave crise financeira e precisa, com a máxima urgência, pleitear</p><p>recuperação judicial. A pedido de um dos administradores, o sócio Irapuan Pinheiro, titular de 70%</p><p>do capital social, autorizou o pedido de recuperação judicial por esse administrador, o que foi feito.</p><p>Acerca da situação narrada, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) A conduta do sócio Irapuan Pinheiro foi ilícita, pois somente por decisão unânime dos só-</p><p>cios é possível pleitear a recuperação judicial de sociedade limitada.</p><p>b) A conduta do administrador foi lícita, pois é dispensável, em qualquer caso, a manifestação</p><p>da assembleia de sócios para o pedido de recuperação judicial de sociedade limitada.</p><p>c) A conduta do sócio Irapuan Pinheiro foi lícita, pois, em caso de urgência, é possível a qual-</p><p>quer sócio titular de mais da metade do capital social autorizar os administradores a requerer</p><p>recuperação judicial.</p><p>d) A conduta do administrador foi ilícita, pois deveria ter sido convocada assembleia de sócios</p><p>para deliberar sobre a matéria com quórum de, no mínimo, 3/4 (três quartos) do capital social.</p><p>002. (XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2020/FGV) José da Silva, credor de sociedade</p><p>empresária, consulta você, como advogado(a), para obter orientação quanto aos efeitos de</p><p>uma provável convolação de recuperação judicial em falência.</p><p>Em relação à hipótese apresentada, analise as afirmativas a seguir e assinale a única correta.</p><p>a) Os créditos remanescentes da recuperação judicial serão considerados habilitados quando</p><p>definitivamente incluídos no quadro-geral de credores, tendo prosseguimento as habilitações</p><p>que estiverem em curso.</p><p>b) As ações que devam ser propostas no juízo da falência estão sujeitas à distribuição por dependên-</p><p>cia, exceto a ação revocatória e a ação revisional de crédito admitido ao quadro geral de credores.</p><p>c) A decretação da falência determina o vencimento antecipado das dívidas do devedor quanto</p><p>aos créditos excluídos dos efeitos da recuperação judicial; quanto aos créditos submetidos ao</p><p>plano de recuperação, são mantidos os prazos nele estabelecidos e homologados pelo juiz.</p><p>d) As ações intentadas pelo devedor durante a recuperação judicial serão encerradas, devendo</p><p>ser intimado o administrador-judicial da extinção dos feitos, sob pena de nulidade do processo.</p><p>003. (XXIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2019/FGV) Madeireira Juína Ltda. requereu a homo-</p><p>logação de plano de recuperação extrajudicial em Juara/MT, lugar de seu principal estabelecimento.</p><p>Após o pedido de homologação e antes da publicação do edital para apresentação de impugnação</p><p>ao plano, um dos credores com privilégio geral que haviam assinado o plano pretende desistir unila-</p><p>teralmente da adesão. Tal credor possui um terço dos créditos de sua classe submetidos ao plano.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>32 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>Com relação ao credor com privilégio geral, após a distribuição do pedido de homologação,</p><p>assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Não poderá desistir da adesão ao plano, mesmo com a anuência expressa dos demais</p><p>signatários.</p><p>b) Poderá desistir da adesão em razão da natureza contratual do plano, que permite, a qualquer</p><p>tempo, sua denúncia.</p><p>c) Não poderá desistir da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa dos demais</p><p>signatários.</p><p>d) Poderá desistir da adesão ao plano, desde que seja titular de mais de 1/4 do total dos cré-</p><p>ditos de sua classe.</p><p>004. (XXVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2019/FGV) Indústria de Celulose Três Rios</p><p>Ltda. requereu homologação de plano de recuperação extrajudicial no lugar do seu principal</p><p>estabelecimento. No plano de recuperação apresentado há um crédito quirografário em moe-</p><p>da estrangeira, com pagamento segundo a variação cambial do euro. Foi prevista ainda pelo</p><p>devedor a supressão da variação cambial pela substituição da moeda euro pelo real. O plano</p><p>foi aprovado por credores que titularizam mais de três quintos dos créditos de cada classe,</p><p>mas Licínio, o credor titular deste crédito, não o assinou.</p><p>De acordo com as disposições legais para homologação da recuperação extrajudicial, assinale</p><p>a afirmativa correta.</p><p>a) O plano pode ser homologado porque, mesmo sem a assinatura de Licínio, houve aprovação</p><p>por credores que titularizam mais de três quintos dos créditos de cada classe.</p><p>b) O plano não pode ser homologado porque, diante da supressão da variação cambial, o cre-</p><p>dor Licínio pode vetar sua aprovação, qualquer que seja o quórum de aprovação.</p><p>c) O plano pode ser homologado porque o consentimento expresso de Licínio só é exigido para</p><p>os créditos com garantia real, não se aplicando a exigência aos créditos quirografários.</p><p>d) O plano não pode ser homologado por não ter atingido o quórum mínimo de aprovação, in-</p><p>dependentemente da supressão da cláusula de variação cambial.</p><p>005. (XXVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2018/FGV) A Fazenda Pública do Estado de</p><p>Pernambuco ajuizou ação de execução fiscal em face de sociedade empresária. No curso da</p><p>demanda, houve o processamento da recuperação judicial da sociedade.</p><p>Em relação à execução fiscal em curso, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Fica suspensa com o processamento da recuperação até seu encerramento.</p><p>b) Não é suspensa com o processamento da recuperação judicial.</p><p>c) Fica suspensa com o processamento da recuperação judicial até o máximo de 180 (cento e</p><p>oitenta) dias.</p><p>d) É extinta com o processamento da recuperação judicial.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>33 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>006. (XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2018/FGV) Concessionária de Veículos Primeira</p><p>Cruz Ltda. obteve concessão de sua recuperação judicial. Diante da necessidade de alienação</p><p>de bens do ativo permanente, não relacionados previamente no plano de recuperação, foi con-</p><p>vocada assembleia geral de credores. A proposta de alienação foi aprovada em razão do voto</p><p>decisivo da credora Dutra & Corda Representações Ltda., cujo sócio majoritário P. Dutra tem</p><p>participação de 32% (trinta e dois por cento) no capital da sociedade recuperanda.</p><p>Com base nesses dados, é correto afirmar que</p><p>a) a decisão é nula de pleno direito, pois a pretensão de alienação de bens do ativo permanen-</p><p>te, não relacionados no plano, enseja a convolação da recuperação judicial em falência.</p><p>b) o voto da sociedade Dutra & Corda Representações Ltda. não poderia ter sido considerado</p><p>para fins de verificação do quórum de instalação e de deliberação da assembleia geral.</p><p>c) a decisão assemblear é anulável, pois a sociedade Dutra & Corda Representações Ltda.,</p><p>como credora, não poderia ter participado nem proferido voto na assembleia geral.</p><p>d) a assembleia é nula, pois a autorização para a alienação de bens do ativo permanente, não re-</p><p>lacionados no plano de recuperação judicial, é prerrogativa exclusiva do administrador-judicial.</p><p>007. (XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2017/FGV) A sociedade empresária Pará de Mi-</p><p>nas Veículos Ltda. pretende requerer sua recuperação judicial. Ao analisar a minuta de petição</p><p>inicial, o gerente administrativo listou os impedimentos ao pedido de recuperação. Assinale a</p><p>opção que apresenta um desses impedimentos.</p><p>a) O devedor ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial.</p><p>b) O devedor possuir</p><p>ativo que não corresponda a, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) do</p><p>passivo quirografário.</p><p>c) O devedor deixar de requerer sua autofalência nos 30 (trinta) dias seguintes ao vencimento</p><p>de qualquer obrigação líquida.</p><p>d) A sociedade ter como administrador pessoa condenada por crime contra o patrimônio ou</p><p>contra a fé pública.</p><p>008. (XXIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2017/FGV) Você participou da elaboração, apre-</p><p>sentação e negociação do plano de recuperação extrajudicial de devedor sociedade empresá-</p><p>ria. Tendo sido o plano assinado por todos os credores por ele atingidos, seu cliente o contra-</p><p>tou para requerer a homologação judicial.</p><p>Assinale a opção que indica o juízo em que deverá ser apresentado o pedido de homologação</p><p>do plano de recuperação extrajudicial.</p><p>a) O juízo da sede do devedor.</p><p>b) O juízo do principal estabelecimento do devedor.</p><p>c) O juízo da sede ou de qualquer filial do devedor.</p><p>d) O juízo do principal estabelecimento ou da sede do devedor.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>34 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>009. (XXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2016/FGV) A sociedade empresária Monte Santo</p><p>Embalagens Ltda. EPP requereu homologação de plano de recuperação extrajudicial, que con-</p><p>tinha, dentre outras, as seguintes disposições:</p><p>i) estabelecia a produção de efeitos a partir da data de sua assinatura, exclusivamente em re-</p><p>lação à modificação do valor de créditos dos credores signatários;</p><p>ii) o pagamento antecipado de dívidas em relação aos credores com privilégio especial, justifi-</p><p>cando a necessidade em razão do fluxo de caixa;</p><p>iii) a inclusão de credores enquadrados como microempresas e empresas de pequeno porte;</p><p>v) previa, como meio de recuperação, o trespasse de duas filiais.</p><p>O devedor enviou carta a todos os credores sujeitos ao plano, domiciliados ou sediados no</p><p>país, informando a distribuição do pedido, as condições do plano e o prazo para impugnação.</p><p>Você, como advogado(a) de um desse credores, pretende impugnar a homologação porque o</p><p>plano a ser homologado</p><p>a) só deve incluir, como meio de recuperação, o parcelamento ou abatimento de dívidas, com</p><p>a incidência de juros fixos à taxa de 12% (doze por cento) ao ano.</p><p>b) não pode contemplar o pagamento antecipado de dívidas nem tratamento desfavorável aos</p><p>credores que a ele não estejam sujeitos.</p><p>c) não pode prever a produção de efeitos anteriores à sua homologação, ainda que exclusiva-</p><p>mente em relação à modificação do valor de créditos dos credores signatários.</p><p>d) não pode incluir credores enquadrados como empresas de pequeno porte, porque está limitado</p><p>às classes de credores com garantia real, com privilégio geral, quirografários e sub-quirografários.</p><p>010. (XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/REAPLICAÇÃO SALVADOR/BA/2016/FGV) O es-</p><p>tatuto de uma sociedade empresária do tipo anônima estabelece que seu objeto social é a</p><p>exploração de serviços aéreos públicos de transporte regular e não regular. Diante do proces-</p><p>samento da recuperação judicial da referida sociedade empresária, o exercício dos direitos</p><p>derivados de contratos de arrendamento de aeronaves ou de seus motores pelos credores</p><p>a) ficará suspenso pelo prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias contado da data do pro-</p><p>cessamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos arrendado-</p><p>res de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial.</p><p>b) não ficará suspenso, e os arrendadores podem continuar suas ações e execuções, mas, du-</p><p>rante o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data do processamento da recuperação,</p><p>não é permitida a venda ou a retirada do estabelecimento das aeronaves, por serem bens de</p><p>capital essenciais à empresa.</p><p>c) ficará suspenso até a concessão da recuperação judicial, exceto se o plano de recuperação</p><p>estabelecer que as obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as condições ori-</p><p>ginalmente definidas em lei, inclusive no que diz respeito aos encargos.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>35 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>d) não ficará suspenso em nenhuma hipótese e os créditos decorrentes dos contratos de ar-</p><p>rendamento não se submeterão aos efeitos da recuperação judicial, prevalecendo os direitos</p><p>de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais.</p><p>011. (XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/REAPLICAÇÃO SALVADOR/BA/2016/FGV) A so-</p><p>ciedade Boaventura & Cia. Ltda. obteve concessão de recuperação judicial, mas por insupe-</p><p>ráveis problemas de fluxo de caixa a recuperação foi convolada em falência. Um dos forne-</p><p>cedores de produtos agrícolas à devedora antes do pedido de recuperação judicial era Barra</p><p>do Jacaré EIRELI ME. Contudo, com o pedido de recuperação judicial e inclusão do crédito no</p><p>plano, a fornecedora interrompeu imediatamente a entrega dos produtos e resiliu o contrato.</p><p>Os créditos estão representados por duplicatas de venda, sendo o valor total de R$ 240.000,00</p><p>(duzentos e quarenta mil reais), exigíveis antes da recuperação judicial e ainda não pagos.</p><p>Com base nessas informações e na regra estabelecida na Lei n. 11.101/2005, assinale a afir-</p><p>mativa correta.</p><p>a) O crédito será classificado na falência como quirografário.</p><p>b) O crédito será classificado na falência como extraconcursal.</p><p>c) O crédito será classificado na falência como com privilégio geral.</p><p>d) O crédito será classificado na falência como com privilégio especial.</p><p>012. (XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2016/FGV) Mostardas, Tavares & Cia Ltda. EPP reque-</p><p>reu sua recuperação judicial tendo o pedido sido despachado pelo juiz com a nomeação de Frede-</p><p>rico Portela como administrador-judicial. Em relação à remuneração do administrador-judicial, será</p><p>observada a seguinte regra:</p><p>a) a remuneração não excederá 5% (cinco por cento) do valor devido aos credores submetidos</p><p>à recuperação judicial.</p><p>b) caberá ao devedor arcar com as despesas relativas à remuneração do administrador-judicial</p><p>e das pessoas eventualmente contratadas para auxiliá-lo.</p><p>c) a remuneração deverá ser paga até o final do encerramento da verificação dos créditos e</p><p>publicação do quadro de credores.</p><p>d) será devida remuneração proporcional ao trabalho realizado quando o administrador-judicial</p><p>for destituído por descumprimento de deveres legais.</p><p>013. (XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2015/FGV) Calçados Machadinho Ltda. requereu</p><p>sua recuperação judicial e o pedido foi devidamente processado. O devedor não alterou, no</p><p>plano de recuperação, o valor ou as condições originais de pagamento do crédito de Curtume</p><p>Arroio do Sal Ltda. EPP, referentes ao contrato de fornecimento de couro sintético, no valor de</p><p>R$ 288.000,00 (duzentos e oitenta e oito mil reais).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>36 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>Com base nessas informações e nas disposições da Lei n. 11.101/2005, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) A credora não terá direito a voto nas assembleias de credores realizadas durante a</p><p>recupera-</p><p>ção judicial e o crédito não será considerado para fins de verificação de quórum de deliberação.</p><p>b) O crédito será novado com a concessão da recuperação judicial, após a aprovação do plano</p><p>pela assembleia de credores, como todos os demais créditos sujeitos à recuperação.</p><p>c) A credora poderá votar nas assembleias de credores realizadas durante a recuperação, com</p><p>base no valor de seu crédito, na classe dos credores microempresários e empresários de pe-</p><p>queno porte (Classe 4).</p><p>d) A partir do processamento da recuperação judicial, é permitido à credora ajuizar ação de co-</p><p>brança em face do devedor pela manutenção das condições originais de pagamento do crédito</p><p>no plano de recuperação.</p><p>014. (XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2014/FGV) Passa Sete Serviços Médicos S/A apre-</p><p>sentou a seus credores plano de recuperação extrajudicial, que obteve a aprovação de mais</p><p>de quatro quintos dos créditos de todas as classes por ele abrangidas. O plano estabeleceu</p><p>a produção de efeitos anteriores à homologação judicial, exclusivamente, em relação à forma</p><p>de pagamento dos credores signatários que a ele aderiram, alterando o valor dos créditos com</p><p>deságio de 30% (trinta por cento).</p><p>A companhia consultou seu advogado, que se pronunciou corretamente sobre o caso, da se-</p><p>guinte forma:</p><p>a) o plano não pode estabelecer a produção de efeitos anteriores à homologação, devendo o juiz</p><p>indeferir sua homologação, permitindo, contudo, novo pedido, desde que sanada a irregularidade.</p><p>b) o plano não pode estabelecer a produção de efeitos anteriores à homologação, devendo o</p><p>juiz negar liminarmente sua homologação e decretar a falência.</p><p>c) é lícito que o plano estabeleça a produção de efeitos anteriores à homologação, desde que exclu-</p><p>sivamente em relação à modificação do valor ou da forma de pagamento dos credores signatários.</p><p>d) é lícito que o plano estabeleça a produção de efeitos anteriores à homologação, desde que exclu-</p><p>sivamente em relação à supressão da garantia ou sua substituição de bem objeto de garantia real.</p><p>015. (XII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2013/FGV) Laranja da Terra Comércio de Frutas</p><p>Ltda. requereu sua recuperação judicial e o pedido foi distribuído para a 2ª Vara Cível.</p><p>A distribuição do pedido de recuperação produziu como efeito</p><p>a) a nomeação pelo juiz do administrador-judicial dentre os maiores credores da sociedade em</p><p>recuperação judicial.</p><p>b) a suspensão das ações e execuções ajuizadas anteriormente ao pedido em face do devedor</p><p>por até 180 (cento e oitenta) dias.</p><p>c) a proibição de alienação ou oneração de bens ou direitos do ativo permanente, salvo eviden-</p><p>te utilidade reconhecida pelo juiz, ouvido o Comitê.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>37 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>d) o afastamento imediato dos administradores e sócios controladores da sociedade até a</p><p>deliberação dos credores sobre o plano de recuperação.</p><p>016. (XI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2013/FGV) Uma sociedade empresária atuante no</p><p>mercado imobiliário, com sede e principal estabelecimento na cidade de Pedro Afonso, obteve</p><p>concessão de sua recuperação judicial. Diante da necessidade de alienação de bens do ativo</p><p>permanente, não relacionados previamente no plano de recuperação, foi convocada assem-</p><p>bleia geral de credores. A proposta de alienação foi aprovada em razão do voto decisivo da</p><p>credora Tuntum Imperatriz Representações Ltda., cujo sócio majoritário tem participação de</p><p>25% no capital da sociedade recuperanda.</p><p>Com base nas disposições da Lei n. 11.101/2005 (Lei de Falências e Recuperação Judicial de</p><p>Empresas), assinale a afirmativa correta.</p><p>a) A decisão é nula de pleno direito, pois a pretensão de alienação de bens do ativo permanen-</p><p>te, não relacionados no plano, enseja a convolação da recuperação judicial em falência.</p><p>b) A autorização para a alienação de bens do ativo permanente, não relacionados no plano de</p><p>recuperação judicial, é uma prerrogativa exclusiva do administrador-judicial.</p><p>c) O voto de Tuntum Imperatriz Representações Ltda. não poderia ter sido considerado para</p><p>fins de verificação do quórum de instalação e de deliberação da assembleia geral.</p><p>d) A decisão assemblear é anulável, pois a sociedade Tuntum Imperatriz Representações Ltda.</p><p>como credora, não poderia ter participado da assembleia geral.</p><p>017. (X EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2013/FGV) Com relação às atribuições do Comitê de</p><p>Credores, quando constituído no âmbito da recuperação judicial, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Fiscalizar a execução do plano de recuperação judicial.</p><p>b) Fornecer, com presteza, todas as informações exigidas pelos credores interessados.</p><p>c) Consolidar o quadro geral de credores e providenciar sua publicação.</p><p>d) Apresentar ao juiz, para juntada aos autos, relatório mensal das atividades do devedor.</p><p>018. (VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012/FGV) A respeito da recuperação judicial, as-</p><p>sinale a afirmativa correta.</p><p>a) O juiz somente poderá conceder a recuperação judicial do devedor cujo plano de recupera-</p><p>ção tenha sido aprovado pela assembleia geral de credores.</p><p>b) O devedor poderá desistir do pedido de recuperação judicial a qualquer tempo, desde que</p><p>antes da concessão da recuperação judicial pelo juiz, bastando, para tanto, comunicar sua de-</p><p>sistência ao juízo da recuperação.</p><p>c) O juiz decretará falência, caso o devedor não apresente o plano de recuperação no prazo</p><p>de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação.</p><p>d) O plano de recuperação apresentado pelo devedor, em hipótese alguma, poderá sofrer alterações.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>38 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>019. (V EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2011/FGV) A respeito do Administrador-judicial, no</p><p>âmbito da recuperação judicial, é correto afirmar que</p><p>a) somente pode ser destituído pelo Juízo da Falência na hipótese de, após intimado, não apre-</p><p>sentar, no prazo de 5 (cinco) dias, suas contas ou os relatórios previstos na Lei 11.101/2005.</p><p>b) o Administrador-judicial, pessoa física, pode ser formado em Engenharia.</p><p>c) será escolhido pela Assembleia Geral de Credores.</p><p>d) perceberá remuneração fixada pelo Comitê de Credores.</p><p>020. (TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO/2020/FCC) De acordo com a atual redação da Lei n. 11.101/2005,</p><p>o pedido de recuperação judicial, com base em plano especial para microempresas e empresas de</p><p>pequeno porte,</p><p>a) abrange exclusivamente os créditos quirografários.</p><p>b) é obrigatório para as microempresas e facultativo para as empresas de pequeno porte.</p><p>c) acarreta a suspensão das execuções movidas contra o devedor, ainda que fundadas em</p><p>créditos não abrangidos pelo plano.</p><p>d) dispensa a convocação de assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano.</p><p>e) só será julgado procedente se houver a concordância expressa de mais da metade dos cre-</p><p>dores sujeitos ao plano.</p><p>021. (TJ-AL/JUIZ SUBSTITUTO/2019/FCC) Acerca da recuperação judicial, é correto afirmar:</p><p>a) Conforme entendimento sumulado do STJ, a recuperação judicial do devedor principal im-</p><p>pede, durante o prazo de cento e oitenta dias contados do deferimento do seu processamento,</p><p>o prosseguimento das execuções ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobriga-</p><p>dos em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória.</p><p>b) Conforme entendimento sumulado do STJ, o Juízo da recuperação judicial é competente</p><p>para decidir sobre a constrição de quaisquer bens do devedor, ainda que não abrangidos pelo</p><p>plano de recuperação da empresa.</p><p>c) Depois de deferido o processamento da recuperação judicial, a desistência do pedido pelo</p><p>devedor dependerá de aprovação da Assembleia Geral de Credores.</p><p>d) Obtida maioria absoluta em todas as classes de credores, o plano de recuperação apresenta-</p><p>do pelo devedor poderá ser modificado, independentemente do consentimento deste, desde que</p><p>as modificações não impliquem diminuição dos direitos exclusivamente dos credores ausentes.</p><p>e) As objeções formuladas pelos credores ao plano de recuperação, independentemente da</p><p>matéria que versarem, serão resolvidas pelo Juiz, por decisão fundamentada, sendo admitida</p><p>a convocação da Assembleia Geral de Credores somente nos casos que envolverem alienação</p><p>de ativos do devedor ou supressão de garantias reais.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>39 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>022. (SEFAZ-SC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/GESTÃO TRIBUTÁRIA/2018/</p><p>FCC) Em relação à recuperação judicial,</p><p>a) embora a execução fiscal não se suspenda em virtude do deferimento do processamento</p><p>da recuperação judicial, os atos que importem constrição do patrimônio do devedor devem ser</p><p>analisados pelo Juízo recuperacional, a fim de garantir o princípio da preservação da empresa.</p><p>b) a decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial sus-</p><p>pende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, salvo aque-</p><p>las dos credores particulares do sócio solidário, que podem ser exigidas autonomamente.</p><p>c) para requerer recuperação judicial não pode o devedor, entre outros requisitos, ter obtido o</p><p>mesmo benefício há menos de três anos e, em igual prazo, deve estar exercendo regularmente</p><p>suas atividades.</p><p>d) estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, salvo</p><p>se não vencidos ou ilíquidos.</p><p>e) as obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as condições originalmente con-</p><p>tratadas ou definidas em lei, inclusive quanto aos encargos, em qualquer situação e hipótese.</p><p>023. (TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2017/FCC) Sobre recuperação judicial ou fa-</p><p>lência, a legislação vigente estabelece:</p><p>a) As remunerações devidas ao administrador-judicial e seus auxiliares, e os créditos derivados da</p><p>legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após</p><p>a decretação da falência são considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedên-</p><p>cia sobre os demais créditos extraconcursais, mas após o pagamento dos créditos concursais.</p><p>b) A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspen-</p><p>de o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas</p><p>dos credores particulares do sócio solidário e das ações e execuções ajuizadas contra terceiros</p><p>devedores solidários, ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória.</p><p>c) Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, assim considerados os habi-</p><p>litados após o prazo de quinze dias do edital, não terão direito a voto nas deliberações da as-</p><p>sembleia geral de credores, inclusive os titulares de créditos derivados da relação de trabalho.</p><p>d) As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judi-</p><p>cial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos da legislação, mas os atos de cons-</p><p>trição e alienação devem ser submetidos ao juízo da recuperação judicial.</p><p>e) Na falência, os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a cento e cinquenta</p><p>salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho, preferem todos os de-</p><p>mais, preferência que também se estende aos créditos trabalhistas cedidos a terceiros.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>40 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>024. (ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I/DIREITO/2017/FCC)</p><p>No procedimento de recuperação judicial, a Lei reserva determinadas atribuições à Assembleia</p><p>de Credores, entre as quais:</p><p>I – eleger o gestor judicial, quando do afastamento do devedor.</p><p>II – aprovar, rejeitar e revisar o plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor.</p><p>III – aprovar a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição.</p><p>IV – destituir o administrador-judicial e eleger seu substituto.</p><p>Está correto o que consta APENAS em</p><p>a) I, II e III.</p><p>b) I e III.</p><p>c) II e III.</p><p>d) II e IV.</p><p>e) III e IV.</p><p>025. (STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/JUDICIÁRIA/2018/CEBRASPE) Diversas modificações</p><p>foram feitas na Lei de Recuperação Judicial — Lei n.º 11.101/2005 —, entre elas, o fim da su-</p><p>cessão empresarial e a busca pela preservação da empresa. Com referência ao disposto na</p><p>referida norma e em suas alterações, julgue o item a seguir.</p><p>Apesar de disposição legal em contrário, a jurisprudência permite que seja ampliado o prazo</p><p>legal de suspensão das execuções contra o devedor no processo de recuperação judicial.</p><p>026. (TELEBRAS/ADVOGADO/2015/CEBRASPE) Uma sociedade empresarial em recupera-</p><p>ção judicial, após a aprovação do seu plano de recuperação, informou ao juízo falimentar com-</p><p>petente a mudança de seu domicílio, sem, contudo, comunicar o fato aos seus credores nem</p><p>fixar data para a instalação do novo estabelecimento.</p><p>Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsequente nos termos da jurisprudên-</p><p>cia do STJ.</p><p>Na situação apresentada, a mudança da recuperação judicial para falência deverá ser decreta-</p><p>da, de ofício, pelo magistrado, visto que a falta por parte da referida empresa de comunicação</p><p>aos credores acerca da mudança de domicílio, bem como a não estipulação de data para a</p><p>instalação do novo estabelecimento são motivos suficientes para a decretação da quebra da</p><p>sociedade empresária.</p><p>027. (TELEBRAS/ADVOGADO/2015/CEBRASPE) Uma sociedade empresarial em recupera-</p><p>ção judicial, após a aprovação do seu plano de recuperação, informou ao juízo falimentar com-</p><p>petente a mudança de seu domicílio, sem, contudo, comunicar o fato aos seus credores nem</p><p>fixar data para a instalação do novo estabelecimento.</p><p>Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsequente nos termos da jurisprudên-</p><p>cia do STJ.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>41 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>Caso haja créditos posteriores ao pedido de recuperação judicial, estes não estarão sujeitos</p><p>ao plano de recuperação judicial aprovado, não havendo, por conseguinte, a habilitação desse</p><p>crédito no juízo universal da recuperação judicial.</p><p>028. (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2015/CEBRASPE) Julgue o item a seguir, relativo à regu-</p><p>laridade, ou não, de sociedades empresárias e às possíveis consequências devidas a situa-</p><p>ções de irregularidade.</p><p>A sociedade empresária irregular não tem legitimidade ativa para pleitear a falência de outro co-</p><p>merciante, mas pode</p><p>requerer recuperação judicial, devido ao princípio da preservação da empresa.</p><p>029. (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2015/CEBRASPE) Julgue o item a seguir com base no</p><p>entendimento atual do STJ acerca de direito empresarial.</p><p>A novação decorrente da concessão da recuperação judicial após aprovado o plano em as-</p><p>sembleia enseja a suspensão das execuções individuais ajuizadas contra a própria devedora.</p><p>030. (CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/CONSULTOR LEGISLATIVO</p><p>ÁREA IX/2014/CEBRASPE) Acerca da legislação falimentar em vigor, julgue o item a seguir.</p><p>Segundo a jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça, aplica-se a trava bancária</p><p>ao regime de recuperação judicial quanto à cessão fiduciária de direitos creditórios.</p><p>031. (CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/CONSULTOR LEGISLATIVO</p><p>ÁREA IX/2014/CEBRASPE) Acerca da legislação falimentar em vigor, julgue o item a seguir.</p><p>Não são passíveis de arrecadação pelo administrador-judicial veículos da sociedade limitada</p><p>transportadora que estejam na posse de depositário a quem não foi paga a retribuição combinada.</p><p>032. (ANCINE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ATIVIDADE CINEMATOGRÁFICA E AUDIO-</p><p>VISUAL/ÁREA 3/2013/CEBRASPE) A respeito da recuperação de empresa e falência, julgue</p><p>os itens seguintes.</p><p>Em razão de abuso de direito, o magistrado pode desconsiderar o voto de credores ou a mani-</p><p>festação de vontade do devedor.</p><p>033. (ANCINE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ATIVIDADE CINEMATOGRÁFICA E AUDIO-</p><p>VISUAL/ÁREA 3/2013/CEBRASPE) A respeito da recuperação de empresa e falência, julgue</p><p>os itens seguintes.</p><p>A homologação de plano de recuperação judicial aprovado pelos credores se sujeita ao contro-</p><p>le judicial de legalidade.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>42 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>034. (ANCINE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ATIVIDADE CINEMATOGRÁFICA E AUDIO-</p><p>VISUAL/ÁREA 3/2013/CEBRASPE) A respeito da recuperação de empresa e falência, julgue</p><p>os itens seguintes.</p><p>Não ensejará o cancelamento da negativação do nome do devedor, nos órgãos de proteção ao</p><p>crédito e nos tabelionatos de protestos, o deferimento do processamento da recuperação judicial.</p><p>035. (AGU/PROCURADOR FEDERAL/2013/CEBRASPE) Carnes da Planície S.A. processa e ven-</p><p>de carnes congeladas no Brasil, onde detém 60% do mercado relevante de suínos congelados, e</p><p>também exporta esses produtos para diferentes países. Não obstante ela ser companhia sólida e</p><p>com ações vendidas em bolsa de valores, Paulino dos Santos e Alice Nova, como seus adminis-</p><p>tradores e acionistas, resolveram duplicar o faturamento da sociedade, negociando a compra e</p><p>venda de dólares no mercado de câmbio futuro. Apesar de inexistir autorização nos estatutos da</p><p>sociedade para tal, assim o fizeram sem consultar os demais órgãos da companhia e os agentes</p><p>reguladores competentes. Ocorre que a cotação do dólar os surpreendeu, levando a que a situação</p><p>financeira da Carnes da Planície S.A. beirasse a insolvência. Considere, adicionalmente, que os</p><p>problemas de solvência de Carnes da Planície S.A. permaneçam, forçando seus administradores a</p><p>avaliarem as soluções oferecidas pela Lei n. º 11.101/2005 (Lei de Recuperação Judicial e Falên-</p><p>cia). Em face dessas considerações e com base nas leis aplicáveis, julgue os itens a seguir.</p><p>Caso obtenha recuperação judicial, Carnes da Planície S.A. poderá nela negociar patentes, mar-</p><p>cas e segredos empresariais de sua titularidade no respectivo plano a ser apresentado aos cre-</p><p>dores, desde que tais direitos estejam registrados no Instituto Nacional de Propriedade Industrial.</p><p>036. (AGU/PROCURADOR FEDERAL/2013/CEBRASPE) Carnes da Planície S.A. processa e</p><p>vende carnes congeladas no Brasil, onde detém 60% do mercado relevante de suínos congela-</p><p>dos, e também exporta esses produtos para diferentes países. Não obstante ela ser companhia</p><p>sólida e com ações vendidas em bolsa de valores, Paulino dos Santos e Alice Nova, como seus</p><p>administradores e acionistas, resolveram duplicar o faturamento da sociedade, negociando a</p><p>compra e venda de dólares no mercado de câmbio futuro. Apesar de inexistir autorização nos</p><p>estatutos da sociedade para tal, assim o fizeram sem consultar os demais órgãos da compa-</p><p>nhia e os agentes reguladores competentes. Ocorre que a cotação do dólar os surpreendeu,</p><p>levando a que a situação financeira da Carnes da Planície S.A. beirasse a insolvência. Consi-</p><p>dere, adicionalmente, que os problemas de solvência de Carnes da Planície S.A. permaneçam,</p><p>forçando seus administradores a avaliarem as soluções oferecidas pela Lei n. º 11.101/2005</p><p>(Lei de Recuperação Judicial e Falência). Em face dessas considerações e com base nas leis</p><p>aplicáveis, julgue os itens a seguir.</p><p>Na hipótese de Carnes da Planície S.A. negociar recuperação extrajudicial, esse procedimento</p><p>só poderá envolver os credores que aquiescerem com o plano de recuperação apresentado ao</p><p>juízo competente para homologação.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>43 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>037. (TELEBRAS/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES/ADVOGADO/2013/</p><p>CEBRASPE) Com base nas disposições da Lei n.º 11.101/2005, julgue os itens a seguir.</p><p>A homologação do plano de recuperação extrajudicial pode ser, em algumas circunstâncias,</p><p>de caráter obrigatório, desde que seja assinada por credores que representem mais de quatro</p><p>quintos de todos os créditos de cada espécie abrangidos pelo plano.</p><p>038. (ANAC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL/ÁREA 5/2012/CEBRAS-</p><p>PE) A respeito da intervenção e da liquidação extrajudicial das instituições financeiras, julgue</p><p>o item que se segue.</p><p>O ato de decretação da liquidação extrajudicial torna exigível a cláusula penal dos contratos</p><p>unilaterais antecipadamente vencidos, os juros posteriores à decretação, se não pago integral-</p><p>mente o passivo, e as penas pecuniárias por infração de leis penais ou administrativas.</p><p>039. (ANAC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL/ÁREA 5/2012/CEBRAS-</p><p>PE) A respeito da intervenção e da liquidação extrajudicial das instituições financeiras, julgue</p><p>o item que se segue.</p><p>Do relatório ou da proposta do interventor, o Banco Central do Brasil poderá autorizá-lo a re-</p><p>querer a falência da entidade, quando o seu ativo não for suficiente para cobrir sequer metade</p><p>do valor dos créditos quirografários. Das decisões do interventor caberá recurso, com efeito</p><p>suspensivo, para o Banco Central do Brasil, em única instância.</p><p>040. (BANCO DA AMAZÔNIA/TÉCNICO CIENTÍFICO/DIREITO/2012/CEBRASPE) As insti-</p><p>tuições financeiras privadas e as públicas não federais estão sujeitas à liquidação extrajudicial,</p><p>sendo a sua liquidação decretada de ofício quando a instituição sofrer prejuízo que sujeite a</p><p>risco anormal seus credores quirografários.</p><p>041. (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2012/CEBRASPE) Julgue os próximos itens, relativos às</p><p>normas de falência e de recuperação de empresas.</p><p>De acordo com a legislação de regência, o deferimento do processamento da recuperação judi-</p><p>cial de sociedade empresária suspende o curso de todas as ações e execuções que tramitem</p><p>contra o devedor; contudo, em hipótese nenhuma, a suspensão pode exceder o prazo impror-</p><p>rogável de cento e oitenta dias contado do deferimento do processamento da recuperação,</p><p>restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar</p><p>suas</p><p>ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>44 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>042. (DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2010/CEBRASPE) No que tange à recuperação judicial</p><p>e à falência, julgue o item a seguir.</p><p>O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, inte-</p><p>resses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não regula-</p><p>das na lei de regência, caso o falido figure como autor ou litisconsorte ativo.</p><p>043. (MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/CEBRASPE) A Lei n.º 11.101/2005, que regu-</p><p>la a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária,</p><p>trouxe substanciais mudanças à disciplina da matéria.</p><p>Com base nessas novas disposições, julgue os itens a seguir. Deferido o processamento de re-</p><p>cuperação judicial, o devedor terá sessenta dias para apresentar o plano de recuperação judicial,</p><p>que só será submetido à assembleia geral de credores se sofrer objeção por qualquer credor.</p><p>044. (MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/CEBRASPE) A lei permite que a recuperação</p><p>judicial seja requerida pelo cônjuge de empresário falecido, embora ela não identifique expressa-</p><p>mente quem será o eventual empresário em recuperação judicial, caso deferido o requerimento.</p><p>045. (DPE-CE/DEFENSOR PÚBLICO/2008/CEBRASPE) Acerca da recuperação judicial e da</p><p>recuperação extrajudicial, bem como da falência do empresário e da sociedade empresária,</p><p>julgue os itens a seguir.</p><p>O plano de recuperação judicial para empresas de pequeno porte sujeita a sociedade devedora</p><p>a prévia autorização do juiz, após ouvido o administrador-judicial e o comitê de credores, para</p><p>contratar empregados.</p><p>046. (DPE-CE/DEFENSOR PÚBLICO/2008/CEBRASPE) Acerca da recuperação judicial e da</p><p>recuperação extrajudicial, bem como da falência do empresário e da sociedade empresária,</p><p>julgue os itens a seguir.</p><p>Considere que determinada sociedade empresária, em situação de crise econômico-financeira,</p><p>tenha requerido sua recuperação judicial e que o juízo competente, tendo verificado o cumpri-</p><p>mento dos requisitos legais, tenha deferido o processamento da referida recuperação. Nesse</p><p>caso, a sociedade empresária somente poderá desistir do pedido de recuperação judicial se</p><p>obtiver a aprovação da desistência na assembleia geral de credores.</p><p>047. (DPE-CE/DEFENSOR PÚBLICO/2008/CEBRASPE) Acerca da recuperação judicial e da</p><p>recuperação extrajudicial, bem como da falência do empresário e da sociedade empresária,</p><p>julgue os itens a seguir.</p><p>Na recuperação judicial, o administrador-judicial tem competência para requerer a falência do</p><p>devedor no caso de descumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>45 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>048. (AGU/PROCURADOR FEDERAL/2007/CEBRASPE) Acerca da recuperação judicial de</p><p>empresas, julgue o item que se segue.</p><p>Caso certa empresa de aviação comercial efetue pedido de recuperação judicial perante o juí-</p><p>zo competente, o deferimento do pedido de recuperação judicial suspenderá eventuais ações</p><p>de execução fiscal em curso contra a referida empresa.</p><p>049. (CAIXA/2006/CEBRASPE) Julgue o item abaixo, acerca da disciplina que rege a recupe-</p><p>ração judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.</p><p>Considere a seguinte situação hipotética. Lia e Zilda são sócias de pequeno salão de beleza</p><p>cujo contrato social não foi inscrito no registro público de empresas mercantis. Nessa situa-</p><p>ção, caracterizada a impontualidade da sociedade, com posterior requerimento e decretação</p><p>de falência, essa decisão acarretará também a falência de Lia e de Zilda, que ficarão sujeitas</p><p>aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação à sociedade formada entre as sócias.</p><p>050. (CAIXA/ADVOGADO/2006/CEBRASPE) Julgue os próximos itens, acerca da disciplina que</p><p>rege a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.</p><p>O deferimento do pedido de recuperação judicial a determinada sociedade operadora de plano</p><p>de assistência à saúde está condicionado à demonstração de que esta não vinha obtendo o</p><p>referido benefício há menos de 5 anos.</p><p>051. (EMBRAPA/2005/CEBRASPE) Julgue o item seguinte, relativo a recuperação judicial e</p><p>extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.</p><p>Considere a seguinte situação hipotética.</p><p>Um empresário devedor propôs aos seus credores plano de recuperação extrajudicial e a maio-</p><p>ria aderiu. Após a regular distribuição do plano de recuperação para homologação do juízo</p><p>competente, alguns credores decidiram desistir da adesão. Nessa situação, a desistência de-</p><p>penderá da anuência expressa dos demais credores signatários.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>46 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>GABARITO</p><p>1. c</p><p>2. a</p><p>3. c</p><p>4. b</p><p>5. b</p><p>6. b</p><p>7. a</p><p>8. b</p><p>9. b</p><p>10. d</p><p>11. d*</p><p>12. b</p><p>13. a</p><p>14. c</p><p>15. c*</p><p>16. c</p><p>17. a</p><p>18. c</p><p>19. b</p><p>20. d</p><p>21. c</p><p>22. a</p><p>23. d</p><p>24. a</p><p>25. C</p><p>26. E</p><p>27. C</p><p>28. E</p><p>29. E</p><p>30. C</p><p>31. E</p><p>32. C</p><p>33. C</p><p>34. C</p><p>35. E</p><p>36. E</p><p>37. E</p><p>38. E</p><p>39. E</p><p>40. C</p><p>41. C</p><p>42. C</p><p>43. C</p><p>44. C</p><p>45. C</p><p>46. C</p><p>47. C</p><p>48. E</p><p>49. C</p><p>50. E</p><p>51. C</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>47 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>GABARITO COMENTADO</p><p>001. (XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2021/FGV) A sociedade Nerópolis Fretamentos de</p><p>Cargas Ltda. está passando por grave crise financeira e precisa, com a máxima urgência, pleitear</p><p>recuperação judicial. A pedido de um dos administradores, o sócio Irapuan Pinheiro, titular de 70%</p><p>do capital social, autorizou o pedido de recuperação judicial por esse administrador, o que foi feito.</p><p>Acerca da situação narrada, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) A conduta do sócio Irapuan Pinheiro foi ilícita, pois somente por decisão unânime dos só-</p><p>cios é possível pleitear a recuperação judicial de sociedade limitada.</p><p>b) A conduta do administrador foi lícita, pois é dispensável, em qualquer caso, a manifestação</p><p>da assembleia de sócios para o pedido de recuperação judicial de sociedade limitada.</p><p>c) A conduta do sócio Irapuan Pinheiro foi lícita, pois, em caso de urgência, é possível a qual-</p><p>quer sócio titular de mais da metade do capital social autorizar os administradores a requerer</p><p>recuperação judicial.</p><p>d) A conduta do administrador foi ilícita, pois deveria ter sido convocada assembleia de sócios</p><p>para deliberar sobre a matéria com quórum de, no mínimo, 3/4 (três quartos) do capital social.</p><p>Conforme o Código Civil:</p><p>Art. 1.071: Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias</p><p>indicadas na lei ou no contrato:</p><p>VIII – o pedido de concordata.</p><p>Concordata é a antiga nomenclatura utilizada para Recuperação Judicial.</p><p>Art. 1.072, § 4º No caso do inciso VIII do artigo antecedente, os administradores, se houver urgência e</p><p>com autorização de titulares de mais da metade do capital social, podem requerer concordata preventiva.</p><p>Letra c.</p><p>002. (XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2020/FGV) José da Silva, credor de sociedade</p><p>empresária, consulta você, como advogado(a), para obter orientação quanto aos efeitos de</p><p>uma provável convolação de recuperação judicial em falência.</p><p>Em relação à hipótese apresentada, analise as afirmativas a seguir e assinale a única correta.</p><p>a) Os créditos remanescentes da recuperação judicial serão considerados habilitados quando</p><p>definitivamente incluídos no quadro-geral de credores, tendo prosseguimento as habilitações</p><p>que estiverem em curso.</p><p>b) As ações que devam ser propostas no juízo da falência estão sujeitas à distribuição por dependên-</p><p>cia, exceto a ação revocatória e a ação revisional de crédito admitido ao quadro geral de credores.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>48 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>c) A decretação da falência determina o vencimento antecipado das dívidas do devedor quanto</p><p>aos créditos excluídos dos efeitos da recuperação judicial; quanto aos créditos submetidos ao</p><p>plano de recuperação, são mantidos os prazos nele estabelecidos e homologados pelo juiz.</p><p>d) As ações intentadas pelo devedor durante a recuperação judicial serão encerradas, devendo</p><p>ser intimado o administrador-judicial da extinção dos feitos, sob pena de nulidade do processo.</p><p>Conforme a Lei n. 11.101/2005.</p><p>�a) Certa.</p><p>Art. 80. Considerar-se-ão habilitados os créditos remanescentes da recuperação judicial, quando definitiva-</p><p>mente incluídos no quadro-geral de credores, tendo prosseguimento as habilitações que estejam em curso.</p><p>�b) Errada. Não há as exceções apresentadas na alternativa.</p><p>Art. 78. Os pedidos de falência estão sujeitos a distribuição obrigatória, respeitada a ordem de apre-</p><p>sentação.</p><p>Parágrafo único. As ações que devam ser propostas no juízo da falência estão sujeitas a distribuição</p><p>por dependência.</p><p>�c) Errada. Não existe esta distinção dos créditos.</p><p>Art. 77. A decretação da falência determina o vencimento antecipado das dívidas do devedor e dos</p><p>sócios ilimitada e solidariamente responsáveis, com o abatimento proporcional dos juros, e converte</p><p>todos os créditos em moeda estrangeira para a moeda do País, pelo câmbio do dia da decisão judicial,</p><p>para todos os efeitos desta Lei.</p><p>�d) Errada. As ações prosseguirão.</p><p>Art. 76. O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, inte-</p><p>resses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta</p><p>Lei em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo.</p><p>Parágrafo único. Todas as ações, inclusive as excetuadas no caput deste artigo, terão prosseguimen-</p><p>to com o administrador-judicial, que deverá ser intimado para representar a massa falida, sob pena de</p><p>nulidade do processo.</p><p>Letra a.</p><p>003. (XXIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2019/FGV) Madeireira Juína Ltda. requereu a ho-</p><p>mologação de plano de recuperação extrajudicial em Juara/MT, lugar de seu principal estabe-</p><p>lecimento. Após o pedido de homologação e antes da publicação do edital para apresentação</p><p>de impugnação ao plano, um dos credores com privilégio geral que haviam assinado o plano</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>49 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>pretende desistir unilateralmente da adesão. Tal credor possui um terço dos créditos de sua</p><p>classe submetidos ao plano.</p><p>Com relação ao credor com privilégio geral, após a distribuição do pedido de homologação,</p><p>assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Não poderá desistir da adesão ao plano, mesmo com a anuência expressa dos demais</p><p>signatários.</p><p>b) Poderá desistir da adesão em razão da natureza contratual do plano, que permite, a qualquer</p><p>tempo, sua denúncia.</p><p>c) Não poderá desistir da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa dos demais</p><p>signatários.</p><p>d) Poderá desistir da adesão ao plano, desde que seja titular de mais de 1/4 do total dos cré-</p><p>ditos de sua classe.</p><p>Segundo a Lei n. 11.101/05:</p><p>Art. 161, § 5º Após a distribuição do pedido de homologação, os credores não poderão desistir da</p><p>adesão ao plano, salvo com a anuência expressa dos demais signatários.</p><p>Letra c.</p><p>004. (XXVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2019/FGV) Indústria de Celulose Três Rios</p><p>Ltda. requereu homologação de plano de recuperação extrajudicial no lugar do seu principal</p><p>estabelecimento. No plano de recuperação apresentado há um crédito quirografário em moe-</p><p>da estrangeira, com pagamento segundo a variação cambial do euro. Foi prevista ainda pelo</p><p>devedor a supressão da variação cambial pela substituição da moeda euro pelo real. O plano</p><p>foi aprovado por credores que titularizam mais de três quintos dos créditos de cada classe,</p><p>mas Licínio, o credor titular deste crédito, não o assinou.</p><p>De acordo com as disposições legais para homologação da recuperação extrajudicial, assinale</p><p>a afirmativa correta.</p><p>a) O plano pode ser homologado porque, mesmo sem a assinatura de Licínio, houve aprovação</p><p>por credores que titularizam mais de três quintos dos créditos de cada classe.</p><p>b) O plano não pode ser homologado porque, diante da supressão da variação cambial, o cre-</p><p>dor Licínio pode vetar sua aprovação, qualquer que seja o quórum de aprovação.</p><p>c) O plano pode ser homologado porque o consentimento expresso de Licínio só é exigido para</p><p>os créditos com garantia real, não se aplicando a exigência aos créditos quirografários.</p><p>d) O plano não pode ser homologado por não ter atingido o quórum mínimo de aprovação, in-</p><p>dependentemente da supressão da cláusula de variação cambial.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>50 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>Segundo a Lei n. 11.101/05:</p><p>Art. 163, § 5º Nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial só poderá ser afastada se o</p><p>credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no plano de recuperação</p><p>extrajudicial.</p><p>Letra b.</p><p>005. (XXVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2018/FGV) A Fazenda Pública do Estado de</p><p>Pernambuco ajuizou ação de execução fiscal em face de sociedade empresária. No curso da</p><p>demanda, houve o processamento da recuperação judicial da sociedade.</p><p>Em relação à execução fiscal em curso, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Fica suspensa com o processamento da recuperação até seu encerramento.</p><p>b) Não é suspensa com o processamento da recuperação judicial.</p><p>c) Fica suspensa com o processamento da recuperação judicial até o máximo de 180 (cento e</p><p>oitenta) dias.</p><p>d) É extinta com o processamento da recuperação judicial.</p><p>Em regra, o art. 6º da Lei n. 11.101/05 dispõe que serão suspensas as ações, contudo, apre-</p><p>sentava no seu § 7º:</p><p>§ 7º As execuções de natureza fiscal não</p><p>são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial,</p><p>ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação</p><p>ordinária específica.</p><p>A prova é de 2018, e em 2020, em razão da Lei 14.112/2020, tiveram diversas alterações legis-</p><p>lativas, mas a alternativa B continua como a resposta em decorrência do § 7º-B:</p><p>§ 7º-B O disposto nos incisos I, II e III do caput deste artigo não se aplica às execuções fiscais, admiti-</p><p>da, todavia, a competência do juízo da recuperação judicial para determinar a substituição dos atos de</p><p>constrição que recaiam sobre bens de capital essenciais à manutenção da atividade empresarial até o</p><p>encerramento da recuperação judicial, a qual será implementada mediante a cooperação jurisdicional,</p><p>na forma do art. 69 da Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), observado o</p><p>disposto no art. 805 do referido Código.</p><p>Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial implica:</p><p>I – suspensão do curso da prescrição das obrigações do devedor sujeitas ao regime desta Lei;</p><p>II – suspensão das execuções ajuizadas contra o devedor, inclusive daquelas dos credores particula-</p><p>res do sócio solidário, relativas a créditos ou obrigações sujeitos à recuperação judicial ou à falência;</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>51 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>III – proibição de qualquer forma de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão e cons-</p><p>trição judicial ou extrajudicial sobre os bens do devedor, oriunda de demandas judiciais ou extrajudi-</p><p>ciais cujos créditos ou obrigações sujeitem-se à recuperação judicial ou à falência.</p><p>Letra b.</p><p>006. (XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2018/FGV) Concessionária de Veículos Primeira</p><p>Cruz Ltda. obteve concessão de sua recuperação judicial. Diante da necessidade de alienação</p><p>de bens do ativo permanente, não relacionados previamente no plano de recuperação, foi con-</p><p>vocada assembleia geral de credores. A proposta de alienação foi aprovada em razão do voto</p><p>decisivo da credora Dutra & Corda Representações Ltda., cujo sócio majoritário P. Dutra tem</p><p>participação de 32% (trinta e dois por cento) no capital da sociedade recuperanda.</p><p>Com base nesses dados, é correto afirmar que</p><p>a) a decisão é nula de pleno direito, pois a pretensão de alienação de bens do ativo permanen-</p><p>te, não relacionados no plano, enseja a convolação da recuperação judicial em falência.</p><p>b) o voto da sociedade Dutra & Corda Representações Ltda. não poderia ter sido considerado</p><p>para fins de verificação do quórum de instalação e de deliberação da assembleia geral.</p><p>c) a decisão assemblear é anulável, pois a sociedade Dutra & Corda Representações Ltda.,</p><p>como credora, não poderia ter participado nem proferido voto na assembleia geral.</p><p>d) a assembleia é nula, pois a autorização para a alienação de bens do ativo permanente, não re-</p><p>lacionados no plano de recuperação judicial, é prerrogativa exclusiva do administrador-judicial.</p><p>Segundo a Lei n. 11.101/05:</p><p>Art. 43. Os sócios do devedor, bem como as sociedades coligadas, controladoras, controladas ou as</p><p>que tenham sócio ou acionista com participação superior a 10% (dez por cento) do capital social do</p><p>devedor ou em que o devedor ou algum de seus sócios detenham participação superior a 10% (dez</p><p>por cento) do capital social, poderão participar da assembleia geral de credores, sem ter direito a</p><p>voto e não serão considerados para fins de verificação do quórum de instalação e de deliberação.</p><p>Letra b.</p><p>007. (XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2017/FGV) A sociedade empresária Pará de Mi-</p><p>nas Veículos Ltda. pretende requerer sua recuperação judicial. Ao analisar a minuta de petição</p><p>inicial, o gerente administrativo listou os impedimentos ao pedido de recuperação. Assinale a</p><p>opção que apresenta um desses impedimentos.</p><p>a) O devedor ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial.</p><p>b) O devedor possuir ativo que não corresponda a, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) do</p><p>passivo quirografário.</p><p>c) O devedor deixar de requerer sua autofalência nos 30 (trinta) dias seguintes ao vencimento</p><p>de qualquer obrigação líquida.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>52 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>d) A sociedade ter como administrador pessoa condenada por crime contra o patrimônio ou</p><p>contra a fé pública.</p><p>Conforme a Lei n. 11.101/2005:</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmen-</p><p>te suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente:</p><p>I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as res-</p><p>ponsabilidades daí decorrentes;</p><p>II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;</p><p>III – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano</p><p>especial de que trata a Seção V deste Capítulo;</p><p>IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada</p><p>por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.</p><p>Letra a.</p><p>008. (XXIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2017/FGV) Você participou da elaboração, apre-</p><p>sentação e negociação do plano de recuperação extrajudicial de devedor sociedade empresá-</p><p>ria. Tendo sido o plano assinado por todos os credores por ele atingidos, seu cliente o contra-</p><p>tou para requerer a homologação judicial.</p><p>Assinale a opção que indica o juízo em que deverá ser apresentado o pedido de homologação</p><p>do plano de recuperação extrajudicial.</p><p>a) O juízo da sede do devedor.</p><p>b) O juízo do principal estabelecimento do devedor.</p><p>c) O juízo da sede ou de qualquer filial do devedor.</p><p>d) O juízo do principal estabelecimento ou da sede do devedor.</p><p>Segundo a Lei n. 11.101/05:</p><p>Art. 3º É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação</p><p>judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de</p><p>empresa que tenha sede fora do Brasil.</p><p>O mais relevante nesses casos de falência e recuperação é o ponto de vista econômico, por-</p><p>tanto, o local será o do principal estabelecimento, onde está concentrado o maior volume das</p><p>operações empresariais, não necessariamente será o local da sede.</p><p>Letra b.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>53 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>009. (XXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2016/FGV) A sociedade empresária Monte Santo</p><p>Embalagens Ltda. EPP requereu homologação de plano de recuperação extrajudicial, que con-</p><p>tinha, dentre outras, as seguintes disposições:</p><p>i) estabelecia a produção de efeitos a partir da data de sua assinatura, exclusivamente em re-</p><p>lação à modificação do valor de créditos dos credores signatários;</p><p>ii) o pagamento antecipado de dívidas em relação aos credores com privilégio especial, justifi-</p><p>cando a necessidade em razão do fluxo de caixa;</p><p>iii) a inclusão de credores</p><p>exerça regularmen-</p><p>te suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente:</p><p>I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as res-</p><p>ponsabilidades daí decorrentes;</p><p>II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;</p><p>III – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano</p><p>especial de que trata a Seção V deste Capítulo; (Redação dada pela Lei Complementar n. 147, de 2014)</p><p>IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada</p><p>por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.</p><p>§ 1º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do</p><p>devedor, inventariante ou sócio remanescente.”</p><p>Desse modo, possuem legitimidade ativa ao requerimento da recuperação judicial tanto o</p><p>próprio empresário-devedor quanto seu cônjuge sobrevivente, seus herdeiros, o inventariante</p><p>além do sócio remanescente, caso aquele tenha falecido.</p><p>Além disso, no que se refere ao pedido de recuperação judicial propriamente dito, tem-se</p><p>que o empresário-devedor (ou seu legítimo sucessor) deve comprovar, de forma cumulativa, os</p><p>seguintes requisitos legais:</p><p>• Exercer regularmente suas atividades empresariais há, pelo menos, 2 (dois) anos - Tal</p><p>prazo se justifica por uma opção legislativa que busca a atender empresas que, mesmo</p><p>em situação de crise, possuam condições mínimas de se recuperar, o que se faz a partir</p><p>da presunção de que, nesses 2 (dois) primeiros anos de atividade, obtiveram recursos e</p><p>estrutura suficientes à sua recuperação e consequente preservação;</p><p>• Não ter sido condenado por qualquer dos crimes falimentares previstos na Lei - Tal exi-</p><p>gência se estende a eventuais pessoas que exerçam atribuições de administrador ou de</p><p>sócio controlador;</p><p>• Não ter se beneficiado do instituto da recuperação judicial nos últimos 5 (cinco) anos -</p><p>Nesse ponto, observa-se que, atualmente, não há distinção quanto ao prazo aplicável aos</p><p>empresários individuais, às sociedades empresárias, às Microempresas (ME) ou, ainda, às</p><p>Empresas de Pequeno Porte (EPP);</p><p>• Não ser falido - Porém, caso já o tenha sido, as dívidas anteriores devem já ter sido decla-</p><p>radas extintas;</p><p>A respeito do empresário que exerce atividades de natureza rural, necessário registrar que,</p><p>recentemente, a Lei 14.112/2020 pôs fim a uma polêmica que até então permeava quanto à for-</p><p>ma por meio da qual este poderia provar perante o Poder Público o período mínimo de 2 (dois)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>6 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>anos de regular exercício, na forma do caput do artigo 48. Nesse sentido, vejamos a atual reda-</p><p>ção dos §§ 2º a 5º do referido dispositivo:</p><p>§ 2º No caso de exercício de atividade rural por pessoa jurídica, admite-se a comprovação do prazo</p><p>estabelecido no caput deste artigo por meio da Escrituração Contábil Fiscal (ECF), ou por meio de obri-</p><p>gação legal de registros contábeis que venha a substituir a ECF, entregue tempestivamente. (Redação</p><p>dada pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>§ 3º Para a comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo, o cálculo do período de exer-</p><p>cício de atividade rural por pessoa física é feito com base no Livro Caixa Digital do Produtor Rural</p><p>(LCDPR), ou por meio de obrigação legal de registros contábeis que venha a substituir o LCDPR, e pela</p><p>Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF) e balanço patrimonial, todos entre-</p><p>gues tempestivamente. (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>§ 4º Para efeito do disposto no § 3º deste artigo, no que diz respeito ao período em que não for exi-</p><p>gível a entrega do LCDPR, admitir-se-á a entrega do livro-caixa utilizado para a elaboração da DIRPF.</p><p>(Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>§ 5º Para os fins de atendimento ao disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo, as informações contábeis</p><p>relativas a receitas, a bens, a despesas, a custos e a dívidas deverão estar organizadas de acordo com</p><p>a legislação e com o padrão contábil da legislação correlata vigente, bem como guardar obediência ao</p><p>regime de competência e de elaboração de balanço patrimonial por contador habilitado.</p><p>Ainda sobre o empresário rural, importante também anotar os Enunciados 96 e 97 da III</p><p>Jornada de Direito Comercial do CJF:</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>Enunciado n. 96</p><p>A recuperação judicial do empresário rural, pessoa natural ou jurídica, sujeita todos os cré-</p><p>ditos existentes na data do pedido, inclusive os anteriores à data da inscrição no Registro</p><p>Público de Empresas Mercantis.</p><p>Enunciado n. 97</p><p>O produtor rural, pessoa natural ou jurídica, na ocasião do pedido de recuperação judicial,</p><p>não precisa estar inscrito há mais de dois anos no Registro Público de Empresas Mercan-</p><p>tis, bastando a demonstração de exercício de atividade rural por esse período e a compro-</p><p>vação da inscrição anterior ao pedido.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>7 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>1.3. requisitos FormAis dA petição iniciAl</p><p>As formalidades necessárias ao ajuizamento do pedido de recuperação judicial estão es-</p><p>tampadas nos incisos do artigo 51 da Lei 11.101/2005, que trazem vários requisitos e docu-</p><p>mentos a serem juntados pelo devedor recuperando, senão vejamos:</p><p>Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruída com:</p><p>I – a exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedor e das razões da crise eco-</p><p>nômico-financeira;</p><p>II – as demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas es-</p><p>pecialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária</p><p>aplicável e compostas obrigatoriamente de:</p><p>a) balanço patrimonial;</p><p>b) demonstração de resultados acumulados;</p><p>c) demonstração do resultado desde o último exercício social;</p><p>d) relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção;</p><p>e) descrição das sociedades de grupo societário, de fato ou de direito; (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>III – a relação nominal completa dos credores, sujeitos ou não à recuperação judicial, inclusive aque-</p><p>les por obrigação de fazer ou de dar, com a indicação do endereço físico e eletrônico de cada um, a</p><p>natureza, conforme estabelecido nos arts. 83 e 84 desta Lei, e o valor atualizado do crédito, com a</p><p>discriminação de sua origem, e o regime dos vencimentos; (Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>IV – a relação integral dos empregados, em que constem as respectivas funções, salários, indeniza-</p><p>ções e outras parcelas a que têm direito, com o correspondente mês de competência, e a discrimina-</p><p>ção dos valores pendentes de pagamento;</p><p>V – certidão de regularidade do devedor no Registro Público de Empresas, o ato constitutivo atuali-</p><p>zado e as atas de nomeação dos atuais administradores;</p><p>VI – a relação dos bens particulares dos sócios controladores e dos administradores do devedor;</p><p>VII – os extratos atualizados das contas bancárias do devedor e de suas eventuais aplicações finan-</p><p>ceiras de qualquer modalidade, inclusive em fundos de investimento ou em bolsas de valores, emiti-</p><p>dos pelas respectivas instituições financeiras;</p><p>VIII – certidões dos cartórios de protestos situados na comarca do domicílio ou sede do devedor e</p><p>naquelas</p><p>enquadrados como microempresas e empresas de pequeno porte;</p><p>v) previa, como meio de recuperação, o trespasse de duas filiais.</p><p>O devedor enviou carta a todos os credores sujeitos ao plano, domiciliados ou sediados no</p><p>país, informando a distribuição do pedido, as condições do plano e o prazo para impugnação.</p><p>Você, como advogado(a) de um desse credores, pretende impugnar a homologação porque o</p><p>plano a ser homologado</p><p>a) só deve incluir, como meio de recuperação, o parcelamento ou abatimento de dívidas, com</p><p>a incidência de juros fixos à taxa de 12% (doze por cento) ao ano.</p><p>b) não pode contemplar o pagamento antecipado de dívidas nem tratamento desfavorável aos</p><p>credores que a ele não estejam sujeitos.</p><p>c) não pode prever a produção de efeitos anteriores à sua homologação, ainda que exclusiva-</p><p>mente em relação à modificação do valor de créditos dos credores signatários.</p><p>d) não pode incluir credores enquadrados como empresas de pequeno porte, porque está limi-</p><p>tado às classes de credores com garantia real, com privilégio geral, quirografários e sub-qui-</p><p>rografários.</p><p>Segundo a Lei n. 11.101/05, art. 161:</p><p>§ 2 O plano não poderá contemplar o pagamento antecipado de dívidas nem tratamento desfavorável</p><p>aos credores que a ele não estejam sujeitos.</p><p>Letra b.</p><p>010. (XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/REAPLICAÇÃO SALVADOR/BA/2016/FGV) O es-</p><p>tatuto de uma sociedade empresária do tipo anônima estabelece que seu objeto social é a</p><p>exploração de serviços aéreos públicos de transporte regular e não regular. Diante do proces-</p><p>samento da recuperação judicial da referida sociedade empresária, o exercício dos direitos</p><p>derivados de contratos de arrendamento de aeronaves ou de seus motores pelos credores</p><p>a) ficará suspenso pelo prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias contado da data do pro-</p><p>cessamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos arrendado-</p><p>res de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>54 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>b) não ficará suspenso, e os arrendadores podem continuar suas ações e execuções, mas, du-</p><p>rante o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data do processamento da recuperação,</p><p>não é permitida a venda ou a retirada do estabelecimento das aeronaves, por serem bens de</p><p>capital essenciais à empresa.</p><p>c) ficará suspenso até a concessão da recuperação judicial, exceto se o plano de recuperação</p><p>estabelecer que as obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as condições ori-</p><p>ginalmente definidas em lei, inclusive no que diz respeito aos encargos.</p><p>d) não ficará suspenso em nenhuma hipótese e os créditos decorrentes dos contratos de ar-</p><p>rendamento não se submeterão aos efeitos da recuperação judicial, prevalecendo os direitos</p><p>de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais.</p><p>Segundo a Lei n. 11.101/05:</p><p>Art. 199. Não se aplica o disposto no art. 198 desta Lei às sociedades a que se refere o art. 187 da Lei</p><p>n. 7.565, de 19 de dezembro de 1986.</p><p>§ 1º Na recuperação judicial e na falência das sociedades de que trata o caput deste artigo, em nenhu-</p><p>ma hipótese ficará suspenso o exercício de direitos derivados de contratos de locação, arrendamento</p><p>mercantil ou de qualquer outra modalidade de arrendamento de aeronaves ou de suas partes.</p><p>§ 2º Os créditos decorrentes dos contratos mencionados no § 1º deste artigo não se submeterão aos</p><p>efeitos da recuperação judicial ou extrajudicial, prevalecendo os direitos de propriedade sobre a coisa e as</p><p>condições contratuais, não se lhes aplicando a ressalva contida na parte final do § 3º do art. 49 desta Lei.</p><p>Letra d.</p><p>011. (XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/REAPLICAÇÃO SALVADOR/BA/2016/FGV) A so-</p><p>ciedade Boaventura & Cia. Ltda. obteve concessão de recuperação judicial, mas por insupe-</p><p>ráveis problemas de fluxo de caixa a recuperação foi convolada em falência. Um dos forne-</p><p>cedores de produtos agrícolas à devedora antes do pedido de recuperação judicial era Barra</p><p>do Jacaré EIRELI ME. Contudo, com o pedido de recuperação judicial e inclusão do crédito no</p><p>plano, a fornecedora interrompeu imediatamente a entrega dos produtos e resiliu o contrato.</p><p>Os créditos estão representados por duplicatas de venda, sendo o valor total de R$ 240.000,00</p><p>(duzentos e quarenta mil reais), exigíveis antes da recuperação judicial e ainda não pagos.</p><p>Com base nessas informações e na regra estabelecida na Lei n. 11.101/2005, assinale a afir-</p><p>mativa correta.</p><p>a) O crédito será classificado na falência como quirografário.</p><p>b) O crédito será classificado na falência como extraconcursal.</p><p>c) O crédito será classificado na falência como com privilégio geral.</p><p>d) O crédito será classificado na falência como com privilégio especial.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>55 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>A questão está DESATUALIZADA!! Com o advento da Lei n. 14.112/20, os incisos IV (créditos com</p><p>privilégio especial) e o V (créditos com privilégio geral), do art. 83, foram totalmente revogados.</p><p>Como a prova é de 2016, seguia o texto antigo d a Lei n. 11.101/05 que o classificava como</p><p>crédito com privilégio especial:</p><p>Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:</p><p>IV – créditos com privilégio especial, a saber:</p><p>d) aqueles em favor dos microempreendedores individuais e das microempresas e empresas de pe-</p><p>queno porte de que trata a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006 (Incluído pela Lei</p><p>Complementar n. 147, de 2014)</p><p>Letra d*.</p><p>012. (XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2016/FGV) Mostardas, Tavares & Cia Ltda. EPP</p><p>requereu sua recuperação judicial tendo o pedido sido despachado pelo juiz com a nomeação</p><p>de Frederico Portela como administrador-judicial. Em relação à remuneração do administra-</p><p>dor-judicial, será observada a seguinte regra:</p><p>a) a remuneração não excederá 5% (cinco por cento) do valor devido aos credores submetidos</p><p>à recuperação judicial.</p><p>b) caberá ao devedor arcar com as despesas relativas à remuneração do administrador-judicial</p><p>e das pessoas eventualmente contratadas para auxiliá-lo.</p><p>c) a remuneração deverá ser paga até o final do encerramento da verificação dos créditos e</p><p>publicação do quadro de credores.</p><p>d) será devida remuneração proporcional ao trabalho realizado quando o administrador-judicial</p><p>for destituído por descumprimento de deveres legais.</p><p>Segundo a Lei n. 11.101/05:</p><p>Art. 24. O juiz fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração do administrador-judicial, ob-</p><p>servados a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade do trabalho e os valores</p><p>praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes.</p><p>§ 1º Em qualquer hipótese, o total pago ao administrador-judicial não excederá 5% (cinco por cento) do</p><p>valor devido aos credores submetidos à recuperação judicial ou do valor de venda dos bens na falência.</p><p>§ 2º Será reservado 40% (quarenta por cento) do montante devido ao administrador-judicial para pa-</p><p>gamento após atendimento do previsto nos arts. 154 e 155 desta Lei.</p><p>§ 3º O administrador-judicial substituído será remunerado proporcionalmente ao trabalho realizado,</p><p>salvo se renunciar sem relevante razão ou for destituído de suas funções por desídia, culpa, dolo ou</p><p>descumprimento das obrigações fixadas nesta Lei,</p><p>hipóteses em que não terá direito à remuneração.</p><p>§ 4º Também não terá direito a remuneração o administrador que tiver suas contas desaprovadas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>56 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>§ 5º A remuneração do administrador-judicial fica reduzida ao limite de 2% (dois por cento), no caso</p><p>de microempresas e empresas de pequeno porte. (Incluído pela Lei Complementar n. 147, de 2014)</p><p>§ 5º A remuneração do administrador-judicial fica reduzida ao limite de 2% (dois por cento), no caso</p><p>de microempresas e de empresas de pequeno porte, bem como na hipótese de que trata o art. 70-A</p><p>desta Lei. (Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020) (Vigência)</p><p>Art. 25. Caberá ao devedor ou à massa falida arcar com as despesas relativas à remuneração do</p><p>administrador-judicial e das pessoas eventualmente contratadas para auxiliá-lo.</p><p>�a) Errada. Em discordância com o art. 24, § 5º. Mesmo com a redação anterior, em caso de</p><p>empresas de pequeno porte, tinham o limite de até 2% para remuneração do administrador e</p><p>não 5%, como na alternativa.</p><p>�b) Certa. De acordo com o art. 25.</p><p>�c) Errada. Em discordância com o art. 24, § 2º. Os arts. 154 e 155 mencionados na alternativa</p><p>dizem respeito ao ‘encerramento da falência e extinção das obrigações do falido’. O § 2º diz</p><p>que 40% (quarenta por cento) será reservado para o pagamento após o encerramento, e não a</p><p>totalidade como é dito na alternativa.</p><p>�d) Errada. Em discordância com o art. 24, § 3º. Quando for destituído por descumprimento das</p><p>obrigações, não terá direito à remuneração.</p><p>Letra b.</p><p>013. (XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2015/FGV) Calçados Machadinho Ltda. requereu</p><p>sua recuperação judicial e o pedido foi devidamente processado. O devedor não alterou, no</p><p>plano de recuperação, o valor ou as condições originais de pagamento do crédito de Curtume</p><p>Arroio do Sal Ltda. EPP, referentes ao contrato de fornecimento de couro sintético, no valor de</p><p>R$ 288.000,00 (duzentos e oitenta e oito mil reais).</p><p>Com base nessas informações e nas disposições da Lei n. 11.101/2005, assinale a afirmati-</p><p>va correta.</p><p>a) A credora não terá direito a voto nas assembleias de credores realizadas durante a recupera-</p><p>ção judicial e o crédito não será considerado para fins de verificação de quórum de deliberação.</p><p>b) O crédito será novado com a concessão da recuperação judicial, após a aprovação do plano</p><p>pela assembleia de credores, como todos os demais créditos sujeitos à recuperação.</p><p>c) A credora poderá votar nas assembleias de credores realizadas durante a recuperação, com</p><p>base no valor de seu crédito, na classe dos credores microempresários e empresários de pe-</p><p>queno porte (Classe 4).</p><p>d) A partir do processamento da recuperação judicial, é permitido à credora ajuizar ação de co-</p><p>brança em face do devedor pela manutenção das condições originais de pagamento do crédito</p><p>no plano de recuperação.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>57 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>Segundo a Lei n. 11.101/05:</p><p>Art. 45. Nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial, todas as classes de credores referi-</p><p>das no art. 41 desta Lei deverão aprovar a proposta.</p><p>§ 3º O credor não terá direito a voto e não será considerado para fins de verificação de quórum de</p><p>deliberação se o plano de recuperação judicial não alterar o valor ou as condições originais de paga-</p><p>mento de seu crédito.</p><p>Letra a.</p><p>014. (XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2014/FGV) Passa Sete Serviços Médicos S/A apre-</p><p>sentou a seus credores plano de recuperação extrajudicial, que obteve a aprovação de mais</p><p>de quatro quintos dos créditos de todas as classes por ele abrangidas. O plano estabeleceu</p><p>a produção de efeitos anteriores à homologação judicial, exclusivamente, em relação à forma</p><p>de pagamento dos credores signatários que a ele aderiram, alterando o valor dos créditos com</p><p>deságio de 30% (trinta por cento).</p><p>A companhia consultou seu advogado, que se pronunciou corretamente sobre o caso, da se-</p><p>guinte forma:</p><p>a) o plano não pode estabelecer a produção de efeitos anteriores à homologação, devendo o juiz</p><p>indeferir sua homologação, permitindo, contudo, novo pedido, desde que sanada a irregularidade.</p><p>b) o plano não pode estabelecer a produção de efeitos anteriores à homologação, devendo o</p><p>juiz negar liminarmente sua homologação e decretar a falência.</p><p>c) é lícito que o plano estabeleça a produção de efeitos anteriores à homologação, desde que exclu-</p><p>sivamente em relação à modificação do valor ou da forma de pagamento dos credores signatários.</p><p>d) é lícito que o plano estabeleça a produção de efeitos anteriores à homologação, desde que exclu-</p><p>sivamente em relação à supressão da garantia ou sua substituição de bem objeto de garantia real.</p><p>Segundo a Lei n. 11.101/05:</p><p>Art. 165. O plano de recuperação extrajudicial produz efeitos após sua homologação judicial.</p><p>§ 1º É lícito, contudo, que o plano estabeleça a produção de efeitos anteriores à homologação, desde que</p><p>exclusivamente em relação à modificação do valor ou da forma de pagamento dos credores signatários.</p><p>Letra c.</p><p>015. (XII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2013/FGV) Laranja da Terra Comércio de Frutas</p><p>Ltda. requereu sua recuperação judicial e o pedido foi distribuído para a 2ª Vara Cível.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>58 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>A distribuição do pedido de recuperação produziu como efeito</p><p>a) a nomeação pelo juiz do administrador-judicial dentre os maiores credores da sociedade em</p><p>recuperação judicial.</p><p>b) a suspensão das ações e execuções ajuizadas anteriormente ao pedido em face do devedor</p><p>por até 180 (cento e oitenta) dias.</p><p>c) a proibição de alienação ou oneração de bens ou direitos do ativo permanente, salvo eviden-</p><p>te utilidade reconhecida pelo juiz, ouvido o Comitê.</p><p>d) o afastamento imediato dos administradores e sócios controladores da sociedade até a</p><p>deliberação dos credores sobre o plano de recuperação.</p><p>�a) Errada. Em discordância com o art. 52, inciso I:</p><p>Art. 52. Estando em termos a documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o processa-</p><p>mento da recuperação judicial e, no mesmo ato:</p><p>I – nomeará o administrador-judicial, observado o disposto no art. 21 desta Lei;</p><p>�b) Errada. De acordo com o art. 52, inciso III:</p><p>Art. 52. Estando em termos a documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o processa-</p><p>mento da recuperação judicial e, no mesmo ato:</p><p>III – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor, na forma do art. 6º</p><p>desta Lei, permanecendo os respectivos autos no juízo onde se processam, ressalvadas as ações</p><p>previstas nos §§ 1º, 2º e 7º do art. 6º desta Lei e as relativas a créditos excetuados na forma dos §§</p><p>3º e 4º do art. 49 desta Lei;</p><p>�c) Certa. A redação antiga da Lei n. 11.101/05 dispunha:</p><p>Art. 66. Após a distribuição do pedido de recuperação judicial, o devedor não poderá alienar ou onerar</p><p>bens ou direitos de seu ativo permanente, salvo evidente utilidade</p><p>reconhecida pelo juiz, depois de</p><p>ouvido o Comitê, com exceção daqueles previamente relacionados no plano de recuperação judicial.</p><p>�Assim, deixava esta alternativa correta. No entanto, a redação foi alterada pela Lei n. 14.112/20</p><p>para ativo não circulante.</p><p>Art. 66. Após a distribuição do pedido de recuperação judicial, o devedor não poderá alienar ou onerar</p><p>bens ou direitos de seu ativo não circulante, inclusive para os fins previstos no art. 67 desta Lei, salvo</p><p>mediante autorização do juiz, depois de ouvido o Comitê de Credores, se houver, com exceção daque-</p><p>les previamente autorizados no plano de recuperação judicial.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>59 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>�d) Errada. O afastamento dos administradores e sócios controladores é medida excepcional no</p><p>campo da recuperação judicial, a qual só ocorrerá nas hipóteses do art. 64 da Lei n. 11.101/05:</p><p>Art. 64. Durante o procedimento de recuperação judicial, o devedor ou seus administradores serão</p><p>mantidos na condução da atividade empresarial, sob fiscalização do Comitê, se houver, e do adminis-</p><p>trador-judicial, salvo se qualquer deles:</p><p>Letra c*.</p><p>016. (XI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2013/FGV) Uma sociedade empresária atuante no</p><p>mercado imobiliário, com sede e principal estabelecimento na cidade de Pedro Afonso, obteve</p><p>concessão de sua recuperação judicial. Diante da necessidade de alienação de bens do ativo</p><p>permanente, não relacionados previamente no plano de recuperação, foi convocada assem-</p><p>bleia geral de credores. A proposta de alienação foi aprovada em razão do voto decisivo da</p><p>credora Tuntum Imperatriz Representações Ltda., cujo sócio majoritário tem participação de</p><p>25% no capital da sociedade recuperanda.</p><p>Com base nas disposições da Lei n. 11.101/2005 (Lei de Falências e Recuperação Judicial de</p><p>Empresas), assinale a afirmativa correta.</p><p>a) A decisão é nula de pleno direito, pois a pretensão de alienação de bens do ativo permanen-</p><p>te, não relacionados no plano, enseja a convolação da recuperação judicial em falência.</p><p>b) A autorização para a alienação de bens do ativo permanente, não relacionados no plano de</p><p>recuperação judicial, é uma prerrogativa exclusiva do administrador-judicial.</p><p>c) O voto de Tuntum Imperatriz Representações Ltda. não poderia ter sido considerado para</p><p>fins de verificação do quórum de instalação e de deliberação da assembleia geral.</p><p>d) A decisão assemblear é anulável, pois a sociedade Tuntum Imperatriz Representações Ltda.</p><p>como credora, não poderia ter participado da assembleia geral.</p><p>Segundo a Lei n. 11.101/05:</p><p>Art. 43. Os sócios do devedor, bem como as sociedades coligadas, controladoras, controladas ou as</p><p>que tenham sócio ou acionista com participação superior a 10% (dez por cento) do capital social do</p><p>devedor ou em que o devedor ou algum de seus sócios detenham participação superior a 10% (dez</p><p>por cento) do capital social, poderão participar da assembleia geral de credores, sem ter direito a</p><p>voto e não serão considerados para fins de verificação do quórum de instalação e de deliberação.</p><p>Letra c.</p><p>017. (X EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2013/FGV) Com relação às atribuições do Comitê de</p><p>Credores, quando constituído no âmbito da recuperação judicial, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Fiscalizar a execução do plano de recuperação judicial.</p><p>b) Fornecer, com presteza, todas as informações exigidas pelos credores interessados.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>60 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>c) Consolidar o quadro geral de credores e providenciar sua publicação.</p><p>d) Apresentar ao juiz, para juntada aos autos, relatório mensal das atividades do devedor.</p><p>Segundo a Lei n. 11.101/05:</p><p>Art. 27. O Comitê de Credores terá as seguintes atribuições, além de outras previstas nesta Lei:</p><p>I – na recuperação judicial e na falência:</p><p>a) fiscalizar as atividades e examinar as contas do administrador-judicial;</p><p>b) zelar pelo bom andamento do processo e pelo cumprimento da lei;</p><p>c) comunicar ao juiz, caso detecte violação dos direitos ou prejuízo aos interesses dos credores;</p><p>d) apurar e emitir parecer sobre quaisquer reclamações dos interessados;</p><p>e) requerer ao juiz a convocação da assembleia geral de credores;</p><p>f) manifestar-se nas hipóteses previstas nesta Lei;</p><p>II – na recuperação judicial:</p><p>a) fiscalizar a administração das atividades do devedor, apresentando, a cada 30 (trinta) dias, relatório</p><p>de sua situação;</p><p>b) fiscalizar a execução do plano de recuperação judicial;</p><p>c) submeter à autorização do juiz, quando ocorrer o afastamento do devedor nas hipóteses previstas</p><p>nesta Lei, a alienação de bens do ativo permanente, a constituição de ônus reais e outras garantias,</p><p>bem como atos de endividamento necessários à continuação da atividade empresarial durante o perí-</p><p>odo que antecede a aprovação do plano de recuperação judicial.</p><p>�a) Certa. De acordo com o art. 27, inciso II, alínea “b”.</p><p>�b) Errada. Em dissonância com o art. 22, inciso I, alínea “b”. Fornecer, com presteza, todas as</p><p>informações pedidas pelos credores interessados é atribuição do administrador-judicial</p><p>�c) Errada. Em discordância com o art. 22, inciso I, alínea “f”. Consolidar o quadro geral de cre-</p><p>dores é atribuição do administrador-judicial</p><p>�d) Errada. Em discordância com o art. 22, inciso II, alínea “b”. Apresentar ao juiz, para juntada</p><p>aos autos, relatório mensal das atividades do devedor é atribuição do administrador-judicial.</p><p>Letra a.</p><p>018. (VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2012/FGV) A respeito da recuperação judicial, as-</p><p>sinale a afirmativa correta.</p><p>a) O juiz somente poderá conceder a recuperação judicial do devedor cujo plano de recupera-</p><p>ção tenha sido aprovado pela assembleia geral de credores.</p><p>b) O devedor poderá desistir do pedido de recuperação judicial a qualquer tempo, desde que</p><p>antes da concessão da recuperação judicial pelo juiz, bastando, para tanto, comunicar sua de-</p><p>sistência ao juízo da recuperação.</p><p>c) O juiz decretará falência, caso o devedor não apresente o plano de recuperação no prazo</p><p>de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>61 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>d) O plano de recuperação apresentado pelo devedor, em hipótese alguma, poderá sofrer alterações.</p><p>Segundo a Lei n. 11.101/05:</p><p>Art. 53 O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60</p><p>(sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob</p><p>pena de convolação em falência.</p><p>Art. 73 O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial:</p><p>II – pela não apresentação, pelo devedor, do plano de recuperação no prazo do art. 53 desta Lei.</p><p>Letra c.</p><p>019. (V EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2011/FGV) A respeito do Administrador-judicial, no</p><p>âmbito da recuperação judicial, é correto afirmar que</p><p>a) somente pode ser destituído pelo Juízo da Falência na hipótese de,</p><p>após intimado, não apre-</p><p>sentar, no prazo de 5 (cinco) dias, suas contas ou os relatórios previstos na Lei 11.101/2005.</p><p>b) o Administrador-judicial, pessoa física, pode ser formado em Engenharia.</p><p>c) será escolhido pela Assembleia Geral de Credores.</p><p>d) perceberá remuneração fixada pelo Comitê de Credores.</p><p>�a) Errada. Esta hipótese está prevista no art. 23 da Lei n. 11.101/05:</p><p>Art. 23. O administrador-judicial que não apresentar, no prazo estabelecido, suas contas ou qualquer</p><p>dos relatórios previstos nesta Lei será intimado pessoalmente a fazê-lo no prazo de 5 (cinco) dias, sob</p><p>pena de desobediência.</p><p>Parágrafo único. Decorrido o prazo do caput deste artigo, o juiz destituirá o administrador-judicial e</p><p>nomeará substituto para elaborar relatórios ou organizar as contas, explicitando as responsabilidades</p><p>de seu antecessor.</p><p>Contudo, esta não é a única hipótese de destituição, há também previsão no art. 31:</p><p>Art. 31. O juiz, de ofício ou a requerimento fundamentado de qualquer interessado, poderá determinar</p><p>a destituição do administrador-judicial ou de quaisquer dos membros do Comitê de Credores quando</p><p>verificar desobediência aos preceitos desta Lei, descumprimento de deveres, omissão, negligência ou</p><p>prática de ato lesivo às atividades do devedor ou a terceiros.</p><p>�b) Certa. Embora haja formações preferenciais, estas não excluem as demais, como a enge-</p><p>nharia, podendo esta.</p><p>Art. 21. O administrador-judicial será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista,</p><p>administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>62 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>�c) Errada. O administrador-judicial será nomeado pelo juiz.</p><p>Art. 21, Parágrafo único. Se o administrador-judicial nomeado for pessoa jurídica, declarar-se-á, no</p><p>termo de que trata o art. 33 desta Lei, o nome de profissional responsável pela condução do processo</p><p>de falência ou de recuperação judicial, que não poderá ser substituído sem autorização do juiz.</p><p>�d) Errada. O administrador-judicial terá sua remuneração fixada pelo juiz, observados determi-</p><p>nados requisitos:</p><p>Art. 24. O juiz fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração do administrador-judicial, ob-</p><p>servados a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade do trabalho e os valores</p><p>praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes.</p><p>Letra b.</p><p>020. (TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO/2020/FCC) De acordo com a atual redação da Lei n. 11.101/2005,</p><p>o pedido de recuperação judicial, com base em plano especial para microempresas e empresas de</p><p>pequeno porte,</p><p>a) abrange exclusivamente os créditos quirografários.</p><p>b) é obrigatório para as microempresas e facultativo para as empresas de pequeno porte.</p><p>c) acarreta a suspensão das execuções movidas contra o devedor, ainda que fundadas em</p><p>créditos não abrangidos pelo plano.</p><p>d) dispensa a convocação de assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano.</p><p>e) só será julgado procedente se houver a concordância expressa de mais da metade dos cre-</p><p>dores sujeitos ao plano.</p><p>Conforme a Lei 11.101/2005:</p><p>Seção V</p><p>Do Plano de Recuperação Judicial para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte</p><p>Art. 70. As pessoas de que trata o art. 1º desta Lei e que se incluam nos conceitos de microempresa</p><p>ou empresa de pequeno porte, nos termos da legislação vigente, sujeitam-se às normas deste Capítulo.</p><p>Art. 72. Caso o devedor de que trata o art. 70 desta Lei opte pelo pedido de recuperação judicial com</p><p>base no plano especial disciplinado nesta Seção, não será convocada assembleia geral de credo-</p><p>res para deliberar sobre o plano, e o juiz concederá a recuperação judicial se atendidas as demais</p><p>exigências desta Lei.</p><p>Letra d.</p><p>021. (TJ-AL/JUIZ SUBSTITUTO/2019/FCC) Acerca da recuperação judicial, é correto afirmar:</p><p>a) Conforme entendimento sumulado do STJ, a recuperação judicial do devedor principal im-</p><p>pede, durante o prazo de cento e oitenta dias contados do deferimento do seu processamento,</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>63 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>o prosseguimento das execuções ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobriga-</p><p>dos em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória.</p><p>b) Conforme entendimento sumulado do STJ, o Juízo da recuperação judicial é competente</p><p>para decidir sobre a constrição de quaisquer bens do devedor, ainda que não abrangidos pelo</p><p>plano de recuperação da empresa.</p><p>c) Depois de deferido o processamento da recuperação judicial, a desistência do pedido pelo</p><p>devedor dependerá de aprovação da Assembleia Geral de Credores.</p><p>d) Obtida maioria absoluta em todas as classes de credores, o plano de recuperação apresenta-</p><p>do pelo devedor poderá ser modificado, independentemente do consentimento deste, desde que</p><p>as modificações não impliquem diminuição dos direitos exclusivamente dos credores ausentes.</p><p>e) As objeções formuladas pelos credores ao plano de recuperação, independentemente da</p><p>matéria que versarem, serão resolvidas pelo Juiz, por decisão fundamentada, sendo admitida</p><p>a convocação da Assembleia Geral de Credores somente nos casos que envolverem alienação</p><p>de ativos do devedor ou supressão de garantias reais.</p><p>Conforme a jurisprudência dos Tribunais Superiores e a Lei 11.101/2005:</p><p>�a) Errada.</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>A recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento das execuções</p><p>nem induz suspensão ou extinção de ações ajuizadas contra terceiros devedores solidá-</p><p>rios ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória, pois não se lhes</p><p>aplicam a suspensão prevista nos arts. 6º, caput, e 52, inciso III, ou a novação a que se</p><p>refere o art. 59, caput, por força do que dispõe o art. 49, § 1º, todos da Lei 11.101/2005.”</p><p>STJ. 2ª Seção. REsp 1.333.349-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 26/11/2014</p><p>(recurso repetitivo) (Info 554) – Súmula 581 do STJ.</p><p>�b) Errada. Súmula 480 do STJ:</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>O juízo da recuperação judicial não é competente para decidir sobre a constrição de bens</p><p>não abrangidos pelo plano de recuperação da empresa.</p><p>�c) Certa. Lei 11.101/2005:</p><p>Art. 56. Havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o juiz convocará a as-</p><p>sembleia geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação.</p><p>§ 4º Rejeitado o plano de recuperação judicial, o administrador-judicial submeterá, no ato, à votação</p><p>da assembleia geral de credores a concessão de prazo de 30 (trinta) dias para que seja apresentado</p><p>plano de recuperação judicial pelos credores. (Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>64 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>�d) Errada. Em princípio, o plano aprovado e homologado é imutável (se o devedor dele se afastar,</p><p>corre o risco de ter decretada sua falência). Mas, passando a condição econômica do devedor por</p><p>considerável mudança, o plano pode ser aditado mediante retificação pela</p><p>assembleia de credores.</p><p>�e) Errada. Lei 11.101/2005:</p><p>Art. 56. Havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o juiz convocará a</p><p>assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação.</p><p>Letra c.</p><p>022. (SEFAZ-SC/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/GESTÃO TRIBUTÁRIA/2018/</p><p>FCC) Em relação à recuperação judicial,</p><p>a) embora a execução fiscal não se suspenda em virtude do deferimento do processamento</p><p>da recuperação judicial, os atos que importem constrição do patrimônio do devedor devem ser</p><p>analisados pelo Juízo recuperacional, a fim de garantir o princípio da preservação da empresa.</p><p>b) a decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial sus-</p><p>pende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, salvo aque-</p><p>las dos credores particulares do sócio solidário, que podem ser exigidas autonomamente.</p><p>c) para requerer recuperação judicial não pode o devedor, entre outros requisitos, ter obtido o</p><p>mesmo benefício há menos de três anos e, em igual prazo, deve estar exercendo regularmente</p><p>suas atividades.</p><p>d) estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, salvo</p><p>se não vencidos ou ilíquidos.</p><p>e) as obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as condições originalmente con-</p><p>tratadas ou definidas em lei, inclusive quanto aos encargos, em qualquer situação e hipótese.</p><p>�a) Certa.</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>Embora a execução fiscal não se suspenda em virtude do deferimento da recuperação judi-</p><p>cial, os atos que importem em constrição do patrimônio da sociedade empresarial devem</p><p>ser analisados pelo juízo universal, a fim de garantir o princípio da preservação da empresa.</p><p>(AgRg no CC 133.509/DF, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, SEGUNDA SEÇÃO, DJe 06/04/2015)</p><p>�b) Errada.</p><p>Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspen-</p><p>de o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos</p><p>credores particulares do sócio solidário.</p><p>�</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>65 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>�c) Errada.</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmen-</p><p>te suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente:</p><p>II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;</p><p>�d) Errada.</p><p>Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda</p><p>que não vencidos.</p><p>Art. 6º, § 1º Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quan-</p><p>tia ilíquida.</p><p>�e) Errada.</p><p>Art. 49, § 2º As obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as condições originalmente</p><p>contratadas ou definidas em lei, inclusive no que diz respeito aos encargos, salvo se de modo diverso</p><p>ficar estabelecido no plano de recuperação judicial.</p><p>Letra a.</p><p>023. (TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2017/FCC) Sobre recuperação judicial ou fa-</p><p>lência, a legislação vigente estabelece:</p><p>a) As remunerações devidas ao administrador-judicial e seus auxiliares, e os créditos deriva-</p><p>dos da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços</p><p>prestados após a decretação da falência são considerados créditos extraconcursais e serão</p><p>pagos com precedência sobre os demais créditos extraconcursais, mas após o pagamento</p><p>dos créditos concursais.</p><p>b) A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspen-</p><p>de o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas</p><p>dos credores particulares do sócio solidário e das ações e execuções ajuizadas contra terceiros</p><p>devedores solidários, ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória.</p><p>c) Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, assim considerados os habi-</p><p>litados após o prazo de quinze dias do edital, não terão direito a voto nas deliberações da as-</p><p>sembleia geral de credores, inclusive os titulares de créditos derivados da relação de trabalho.</p><p>d) As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judi-</p><p>cial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos da legislação, mas os atos de cons-</p><p>trição e alienação devem ser submetidos ao juízo da recuperação judicial.</p><p>e) Na falência, os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a cento e cinquenta</p><p>salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho, preferem todos os de-</p><p>mais, preferência que também se estende aos créditos trabalhistas cedidos a terceiros.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>66 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>�a) Errada.</p><p>Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os men-</p><p>cionados no art. 83 desta Lei (concursais), na ordem a seguir, os relativos a:</p><p>I – remunerações devidas ao administrador-judicial e seus auxiliares, e créditos derivados da legisla-</p><p>ção do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decre-</p><p>tação da falência;</p><p>�b) Errada.</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>Súmula 581, STJ</p><p>A recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento das ações e</p><p>execuções ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por</p><p>garantia cambial, real ou fidejussória.</p><p>�c) Errada.</p><p>Art. 10. Não observado o prazo estipulado no art. 7º, § 1º, desta Lei, as habilitações de crédito serão</p><p>recebidas como retardatárias.</p><p>§ 1º Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, excetuados os titulares de crédi-</p><p>tos derivados da relação de trabalho, não terão direito a voto nas deliberações da assembleia geral</p><p>de credores.</p><p>�d) Certa.</p><p>Art. 6º, § 7º As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação</p><p>judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da le-</p><p>gislação ordinária específica.</p><p>Outrossim, conforme a jurisprudência:</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXE-</p><p>CUÇÃO FISCAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL. COMPETÊNCIA DO JUÍZO UNIVERSAL.</p><p>EDIÇÃO DA LEI N. 13.043, DE 13.11.2014. PARCELAMENTO DE CRÉDITOS DE EMPRESA</p><p>EM RECUPERAÇÃO. JURISPRUDÊNCIA MANTIDA.</p><p>1. O juízo onde se processa a recuperação judicial é o competente para julgar as causas</p><p>em que estejam envolvidos interesses e bens da empresa recuperanda.</p><p>2. O deferimento da recuperação judicial não suspende a execução fiscal, mas os atos</p><p>de constrição ou de alienação devem-se submeter ao juízo universal.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>67 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>(...)</p><p>(STJ – AgRg no CONFLITO DE COMPETÊNCIA N. 129.290 – PE (2013⁄0252345-0)</p><p>�e) Errada.</p><p>Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os men-</p><p>cionados</p><p>no art. 83 desta Lei (concursais)</p><p>Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:</p><p>I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinquenta) salários-míni-</p><p>mos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;</p><p>Letra d.</p><p>024. (ARTESP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE I/DIREITO/2017/FCC)</p><p>No procedimento de recuperação judicial, a Lei reserva determinadas atribuições à Assembleia</p><p>de Credores, entre as quais:</p><p>I – eleger o gestor judicial, quando do afastamento do devedor.</p><p>II – aprovar, rejeitar e revisar o plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor.</p><p>III – aprovar a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição.</p><p>IV – destituir o administrador-judicial e eleger seu substituto.</p><p>Está correto o que consta APENAS em</p><p>a) I, II e III.</p><p>b) I e III.</p><p>c) II e III.</p><p>d) II e IV.</p><p>e) III e IV.</p><p>Conforme a Lei 11.101/2005:</p><p>Art. 35. A assembleia geral de credores terá por atribuições deliberar sobre:</p><p>I – na recuperação judicial:</p><p>a) aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor;</p><p>b) a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição;</p><p>(...)</p><p>d) o pedido de desistência do devedor, nos termos do § 4º do art. 52 desta Lei;</p><p>e) o nome do gestor judicial, quando do afastamento do devedor;</p><p>f) qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos credores;</p><p>g) alienação de bens ou direitos do ativo não circulante do devedor, não prevista no plano de recupe-</p><p>ração judicial; (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020) (Vigência)</p><p>II – na falência:</p><p>b) a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição;</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>68 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>c) a adoção de outras modalidades de realização do ativo, na forma do art. 145 desta Lei;</p><p>d) qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos credores.</p><p>Letra a.</p><p>025. (STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/JUDICIÁRIA/2018/CEBRASPE) Diversas modificações</p><p>foram feitas na Lei de Recuperação Judicial — Lei n.º 11.101/2005 —, entre elas, o fim da su-</p><p>cessão empresarial e a busca pela preservação da empresa. Com referência ao disposto na</p><p>referida norma e em suas alterações, julgue o item a seguir.</p><p>Apesar de disposição legal em contrário, a jurisprudência permite que seja ampliado o prazo</p><p>legal de suspensão das execuções contra o devedor no processo de recuperação judicial.</p><p>Conforme a jurisprudência dos Tribunais Superiores:</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>O mero decurso do prazo de 180 dias previsto no art. 6º, § 4º, da LFRE não é bastante para,</p><p>isoladamente, autorizar a retomada das demandas movidas contra o devedor, uma vez que</p><p>a suspensão também encontra fundamento nos arts. 47 e 49 daquele diploma legal, cujo</p><p>objetivo é garantir a preservação da empresa e a manutenção dos bens de capital essen-</p><p>ciais à atividade na posse da recuperanda. Precedentes.</p><p>5– O processo de recuperação é sensivelmente complexo e burocrático. Mesmo que a</p><p>recuperanda cumpra rigorosamente o cronograma demarcado pela legislação, é aceitável</p><p>supor que a aprovação do plano pela Assembleia Geral de Credores ocorra depois de esco-</p><p>ado o prazo de 180 dias.</p><p>6 – Hipótese em que o Tribunal de origem assentou que a prorrogação é necessária e que</p><p>a recorrida não está contribuindo, direta ou indiretamente, para a demora na realização da</p><p>assembleia de credores, não se justificando, portanto, o risco de se frustrar a recuperação</p><p>judicial pela não prorrogação do prazo.</p><p>(REsp 1610860/PB, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, DJe 19/12/2016)</p><p>Certo.</p><p>026. (TELEBRAS/ADVOGADO/2015/CEBRASPE) Uma sociedade empresarial em recupera-</p><p>ção judicial, após a aprovação do seu plano de recuperação, informou ao juízo falimentar com-</p><p>petente a mudança de seu domicílio, sem, contudo, comunicar o fato aos seus credores nem</p><p>fixar data para a instalação do novo estabelecimento.</p><p>Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsequente nos termos da jurisprudên-</p><p>cia do STJ.</p><p>Na situação apresentada, a mudança da recuperação judicial para falência deverá ser decreta-</p><p>da, de ofício, pelo magistrado, visto que a falta por parte da referida empresa de comunicação</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>69 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>aos credores acerca da mudança de domicílio, bem como a não estipulação de data para a</p><p>instalação do novo estabelecimento são motivos suficientes para a decretação da quebra da</p><p>sociedade empresária.</p><p>Conforme a jurisprudência dos Tribunais Superiores:</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>A simples alteração de endereço não é causa suficiente para o decreto de quebra, havendo</p><p>que se perquirir se houve, de fato, abandono ou ocultação pelo devedor, o que deverá se</p><p>dar sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, de modo que a sociedade empresária</p><p>em recuperação deverá ser intimada para, em se constatando que não mais exerce sua</p><p>empresa em seu antigo endereço, informar ao juízo acerca do ocorrido e fazer prova de que</p><p>não houve tentativa de furtar-se ao cumprimento de suas obrigações.</p><p>REsp 1.366.845-MG, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 18/6/2015, DJe 25/6/2015</p><p>Errado.</p><p>027. (TELEBRAS/ADVOGADO/2015/CEBRASPE) Uma sociedade empresarial em recupera-</p><p>ção judicial, após a aprovação do seu plano de recuperação, informou ao juízo falimentar com-</p><p>petente a mudança de seu domicílio, sem, contudo, comunicar o fato aos seus credores nem</p><p>fixar data para a instalação do novo estabelecimento.</p><p>Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsequente nos termos da jurisprudên-</p><p>cia do STJ.</p><p>Caso haja créditos posteriores ao pedido de recuperação judicial, estes não estarão sujeitos</p><p>ao plano de recuperação judicial aprovado, não havendo, por conseguinte, a habilitação desse</p><p>crédito no juízo universal da recuperação judicial.</p><p>Segundo o STJ:</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>Assim sendo, as dívidas trabalhistas constituídas após o pedido de recuperação judicial</p><p>não podem se inserir na recuperação, até porque existindo plano para pagamento e recu-</p><p>peração, não se pode, indefinidamente, incluírem-se novas dívidas, sob pena de ocorrer</p><p>constantemente o refazimento do plano de recuperação, o que transformaria a ação de</p><p>recuperação em uma fonte eterna de descumprimento de obrigações assumidas.</p><p>(STJ – CC: 129720 SP 2013/0295228-3, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de</p><p>Julgamento: 14/10/2015, S2 – SEGUNDA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 20/11/2015).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>70 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>A jurisprudência sedimentou-se no âmbito desta Corte de Justiça no sentido de que os</p><p>créditos posteriores ao pedido de recuperação judicial não estão sujeitos ao plano eventu-</p><p>almente aprovado, nos termos do artigo 49 da Lei n. 11.101 ⁄ 2005.</p><p>(AgRg no AREsp 468.895/MG, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em</p><p>06/11/2014, DJe 14/11/2014; EDcl nos EDcl</p><p>nos EDcl no AgRg no CC 105.345/DF, Rel.</p><p>Ministro RAUL ARAÚJO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 09/11/2011, DJe 25/11/2011).</p><p>Certo.</p><p>028. (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2015/CEBRASPE) Julgue o item a seguir, relativo à regu-</p><p>laridade, ou não, de sociedades empresárias e às possíveis consequências devidas a situa-</p><p>ções de irregularidade.</p><p>A sociedade empresária irregular não tem legitimidade ativa para pleitear a falência de outro co-</p><p>merciante, mas pode requerer recuperação judicial, devido ao princípio da preservação da empresa.</p><p>De fato, a sociedade empresária irregular não tem legitimidade para pleitear a falência de terceiro,</p><p>mas, diferentemente do que sustenta a assertiva, ela também não pode requerer sua própria recu-</p><p>peração judicial. Isso porque, segundo previsão já contida no art. 1º da Lei 11.101/05, os institutos</p><p>previstos nesta lei apenas são aplicáveis ao empresário e à sociedade empresária, assim conside-</p><p>rada aquela regular. Dessa forma, considerando essa parte final, o quesito está, de fato, incorreto.</p><p>Errado.</p><p>029. (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2015/CEBRASPE) Julgue o item a seguir com base no</p><p>entendimento atual do STJ acerca de direito empresarial.</p><p>A novação decorrente da concessão da recuperação judicial após aprovado o plano em as-</p><p>sembleia enseja a suspensão das execuções individuais ajuizadas contra a própria devedora.</p><p>Segundo o art. 59 da Lei 11.101/2005: “O Plano de recuperação implica novação dos créditos</p><p>anteriores ao pedido, e obriga o devedor e todos os credores a ele sujeitos. sem prejuízo das</p><p>garantias, observando o disposto no §1º do art. 50 desta lei”</p><p>Ora, se há novação, há uma modalidade de extinção da obrigação originária. Logo, todas as execu-</p><p>ções individuais propostas contra o devedor principal deverão ser extintas, e não apenas suspensas.</p><p>Para acrescentar informações, cumpre registrar que o art. 49, § 1º menciona que “os credores</p><p>do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os coobrigados,</p><p>fiadores e obrigados de regresso”.</p><p>De modo que, ao contrário da novação prevista no Código Civil, que extingue também as ga-</p><p>rantias, nessa modalidade de novação não há extinção das garantias. Logo, segundo o STJ, a</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>71 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento das ações e execuções</p><p>ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia cambial,</p><p>real ou fidejussória (súmula 581).</p><p>Errado.</p><p>030. (CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/CONSULTOR LEGISLATIVO</p><p>ÁREA IX/2014/CEBRASPE) Acerca da legislação falimentar em vigor, julgue o item a seguir.</p><p>Segundo a jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça, aplica-se a trava bancária</p><p>ao regime de recuperação judicial quanto à cessão fiduciária de direitos creditórios.</p><p>De acordo com o STJ:</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. DIREITO EMPRESARIAL. RECUPERAÇÃO</p><p>JUDICIAL. CRÉDITO GARANTIDO POR CESSÃO FIDUCIÁRIA. NÃO SUBMISSÃO AO PRO-</p><p>CESSO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL. PRECEDENTES.</p><p>1. – Conforme a jurisprudência das Turmas que compõem a Segunda Seção desta Corte o</p><p>crédito garantido por cessão fiduciária não se submete ao processo de recuperação judi-</p><p>cial, uma vez que possui a mesma natureza de propriedade fiduciária, podendo o credor</p><p>valer-se da chamada trava bancária.</p><p>2. – Agravo Regimental improvido.</p><p>(AgRg no REsp 1326851/MT, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em</p><p>19/11/2013, DJe 03/12/2013)</p><p>Certo.</p><p>031. (CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/CONSULTOR LEGISLATIVO</p><p>ÁREA IX/2014/CEBRASPE) Acerca da legislação falimentar em vigor, julgue o item a seguir.</p><p>Não são passíveis de arrecadação pelo administrador-judicial veículos da sociedade limitada</p><p>transportadora que estejam na posse de depositário a quem não foi paga a retribuição combinada.</p><p>Art. 116. A decretação da falência suspende:</p><p>I – o exercício do direito de retenção sobre os bens sujeitos à arrecadação, os quais deverão ser en-</p><p>tregues ao administrador-judicial;</p><p>II – o exercício do direito de retirada ou de recebimento do valor de suas quotas ou ações, por parte</p><p>dos sócios da sociedade falida.</p><p>Errado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>72 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>032. (ANCINE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ATIVIDADE CINEMATOGRÁFICA E AUDIO-</p><p>VISUAL/ÁREA 3/2013/CEBRASPE) A respeito da recuperação de empresa e falência, julgue</p><p>os itens seguintes.</p><p>Em razão de abuso de direito, o magistrado pode desconsiderar o voto de credores ou a mani-</p><p>festação de vontade do devedor.</p><p>É exatamente o que dispõe o Enunciado 45 da I Jornada de Direito Comercial do CJF: “O ma-</p><p>gistrado pode desconsiderar o voto de credores ou a manifestação de vontade do devedor, em</p><p>razão de abuso de direito.”</p><p>Certo.</p><p>033. (ANCINE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ATIVIDADE CINEMATOGRÁFICA E AUDIO-</p><p>VISUAL/ÁREA 3/2013/CEBRASPE) A respeito da recuperação de empresa e falência, julgue</p><p>os itens seguintes.</p><p>A homologação de plano de recuperação judicial aprovado pelos credores se sujeita ao contro-</p><p>le judicial de legalidade.</p><p>É exatamente o que dispõe o Enunciado 44 da I Jornada de Direito Comercial do CJF: “A ho-</p><p>mologação de plano de recuperação judicial aprovado pelos credores está sujeita ao controle</p><p>judicial de legalidade.”</p><p>Certo.</p><p>034. (ANCINE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ATIVIDADE CINEMATOGRÁFICA E AUDIO-</p><p>VISUAL/ÁREA 3/2013/CEBRASPE) A respeito da recuperação de empresa e falência, julgue</p><p>os itens seguintes.</p><p>Não ensejará o cancelamento da negativação do nome do devedor, nos órgãos de proteção ao</p><p>crédito e nos tabelionatos de protestos, o deferimento do processamento da recuperação judicial.</p><p>É exatamente o que dispõe o Enunciado 54 da I Jornada de Direito Comercial do CJF: “O deferi-</p><p>mento do processamento da recuperação judicial não enseja o cancelamento da negativação do</p><p>nome do devedor nos órgãos de proteção ao crédito e nos tabelionatos de protestos.”</p><p>Certo.</p><p>035. (AGU/PROCURADOR FEDERAL/2013/CEBRASPE) Carnes da Planície S.A. processa e vende</p><p>carnes congeladas no Brasil, onde detém 60% do mercado relevante de suínos congelados, e tam-</p><p>bém exporta esses produtos para diferentes países. Não obstante ela ser companhia sólida e com</p><p>ações vendidas em bolsa de valores, Paulino dos Santos e Alice Nova, como seus administradores e</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>73 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>acionistas, resolveram duplicar o faturamento da sociedade, negociando a compra e venda de dóla-</p><p>res no mercado de câmbio futuro. Apesar de inexistir autorização nos estatutos da sociedade para</p><p>tal, assim o fizeram sem consultar os demais órgãos da companhia e os agentes reguladores compe-</p><p>tentes. Ocorre que a cotação do dólar os surpreendeu, levando a que a situação financeira da Carnes</p><p>da Planície S.A. beirasse a insolvência. Considere, adicionalmente, que os problemas de solvência</p><p>de Carnes</p><p>da Planície S.A. permaneçam, forçando seus administradores a avaliarem as soluções</p><p>oferecidas pela Lei n. º 11.101/2005 (Lei de Recuperação Judicial e Falência). Em face dessas consi-</p><p>derações e com base nas leis aplicáveis, julgue os itens a seguir.</p><p>Caso obtenha recuperação judicial, Carnes da Planície S.A. poderá nela negociar patentes, mar-</p><p>cas e segredos empresariais de sua titularidade no respectivo plano a ser apresentado aos cre-</p><p>dores, desde que tais direitos estejam registrados no Instituto Nacional de Propriedade Industrial.</p><p>Não há óbice a que uma companhia negocie suas patentes, marcas e segredos caso venha a</p><p>enfrentar um processo de recuperação judicial. Nesse sentido, o registro no INPI não é con-</p><p>dição para que tais negociações se concretizem, dado o fato, inclusive, de que muitos inven-</p><p>tores preferem não registrar seus inventos em tal entidade, à vista do disposto no art. 30 da</p><p>Lei 9.279/96: “Art. 30. O pedido de patente será mantido em sigilo durante 18 (dezoito) meses</p><p>contados da data de depósito ou da prioridade mais antiga, quando houver, após o que será pu-</p><p>blicado, à exceção do caso previsto no art. 75.”</p><p>Errado.</p><p>036. (AGU/PROCURADOR FEDERAL/2013/CEBRASPE) Carnes da Planície S.A. processa e ven-</p><p>de carnes congeladas no Brasil, onde detém 60% do mercado relevante de suínos congelados, e</p><p>também exporta esses produtos para diferentes países. Não obstante ela ser companhia sólida e</p><p>com ações vendidas em bolsa de valores, Paulino dos Santos e Alice Nova, como seus adminis-</p><p>tradores e acionistas, resolveram duplicar o faturamento da sociedade, negociando a compra e</p><p>venda de dólares no mercado de câmbio futuro. Apesar de inexistir autorização nos estatutos da</p><p>sociedade para tal, assim o fizeram sem consultar os demais órgãos da companhia e os agentes</p><p>reguladores competentes. Ocorre que a cotação do dólar os surpreendeu, levando a que a situação</p><p>financeira da Carnes da Planície S.A. beirasse a insolvência. Considere, adicionalmente, que os</p><p>problemas de solvência de Carnes da Planície S.A. permaneçam, forçando seus administradores a</p><p>avaliarem as soluções oferecidas pela Lei n. º 11.101/2005 (Lei de Recuperação Judicial e Falên-</p><p>cia). Em face dessas considerações e com base nas leis aplicáveis, julgue os itens a seguir.</p><p>Na hipótese de Carnes da Planície S.A. negociar recuperação extrajudicial, esse procedimento</p><p>só poderá envolver os credores que aquiescerem com o plano de recuperação apresentado ao</p><p>juízo competente para homologação.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>74 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>De acordo com a Lei 11.101/2002:</p><p>Art. 163. O devedor poderá também requerer a homologação de plano de recuperação extrajudicial</p><p>que obriga todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por credores que representem</p><p>mais da metade dos créditos de cada espécie abrangidos pelo plano de recuperação extrajudicial.</p><p>(Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>§ 1º O plano poderá abranger a totalidade de uma ou mais espécies de créditos previstos no art. 83, inci-</p><p>sos II, IV, V, VI e VIII do caput, desta Lei, ou grupo de credores de mesma natureza e sujeito a semelhantes</p><p>condições de pagamento, e, uma vez homologado, obriga a todos os credores das espécies por ele</p><p>abrangidas, exclusivamente em relação aos créditos constituídos até a data do pedido de homologação.</p><p>Errado.</p><p>037. (TELEBRAS/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES/ADVOGADO/2013/</p><p>CEBRASPE) Com base nas disposições da Lei n.º 11.101/2005, julgue os itens a seguir.</p><p>A homologação do plano de recuperação extrajudicial pode ser, em algumas circunstâncias,</p><p>de caráter obrigatório, desde que seja assinada por credores que representem mais de quatro</p><p>quintos de todos os créditos de cada espécie abrangidos pelo plano.</p><p>De acordo com a Lei 11.101/2002:</p><p>Art. 162. O devedor poderá requerer a homologação em juízo do plano de recuperação extrajudicial,</p><p>juntando sua justificativa e o documento que contenha seus termos e condições, com as assinaturas</p><p>dos credores que a ele aderiram.</p><p>Art. 163. O devedor poderá também requerer a homologação de plano de recuperação extrajudicial</p><p>que obriga todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por credores que representem</p><p>mais da metade dos créditos de cada espécie abrangidos pelo plano de recuperação extrajudicial.</p><p>(Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>§ 1º O plano poderá abranger a totalidade de uma ou mais espécies de créditos previstos no art. 83, inci-</p><p>sos II, IV, V, VI e VIII do caput, desta Lei, ou grupo de credores de mesma natureza e sujeito a semelhan-</p><p>tes condições de pagamento, e, uma vez homologado, obriga a todos os credores das espécies por ele</p><p>abrangidas, exclusivamente em relação aos créditos constituídos até a data do pedido de homologação.</p><p>Errado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>75 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>038. (ANAC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL/ÁREA 5/2012/CEBRAS-</p><p>PE) A respeito da intervenção e da liquidação extrajudicial das instituições financeiras, julgue</p><p>o item que se segue.</p><p>O ato de decretação da liquidação extrajudicial torna exigível a cláusula penal dos contratos</p><p>unilaterais antecipadamente vencidos, os juros posteriores à decretação, se não pago integral-</p><p>mente o passivo, e as penas pecuniárias por infração de leis penais ou administrativas.</p><p>Conforme a Lei 6.024/74 (Dispõe sobre a intervenção e a liquidação extrajudicial de institui-</p><p>ções financeiras, e dá outras providências):</p><p>Art. 18. A decretação da liquidação extrajudicial produzirá, de imediato, os seguintes efeitos:</p><p>a) suspensão das ações e execuções iniciadas sobre direitos e interesses relativos ao acervo da enti-</p><p>dade liquidanda, não podendo ser intentadas quaisquer outras, enquanto durar a liquidação;</p><p>b) vencimento antecipado das obrigações da liquidanda;</p><p>c) não atendimento das cláusulas penais dos contratos unilaterais vencidos em virtude da decreta-</p><p>ção da liquidação extrajudicial;</p><p>d) não fluência de juros, mesmo que estipulados, contra a massa, enquanto não integralmente pago</p><p>o passivo;</p><p>e) interrupção da prescrição relativa a obrigações de responsabilidade da instituição;</p><p>f) não reclamação de correção monetária de quaisquer divisas passivas, nem de penas pecuniárias</p><p>por infração de leis penais ou administrativas.</p><p>Errado.</p><p>039. (ANAC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL/ÁREA 5/2012/CEBRAS-</p><p>PE) A respeito da intervenção e da liquidação extrajudicial das instituições financeiras, julgue</p><p>o item que se segue.</p><p>Do relatório ou da proposta do interventor, o Banco Central do Brasil poderá autorizá-lo a re-</p><p>querer a falência da entidade, quando o seu ativo não for suficiente para cobrir sequer metade</p><p>do valor dos créditos quirografários. Das decisões do interventor caberá recurso, com efeito</p><p>suspensivo, para o Banco Central do Brasil, em única instância.</p><p>Conforme a Lei 6.024/74 (Dispõe sobre a intervenção e a liquidação extrajudicial de instituições</p><p>financeiras, e dá outras providências):</p><p>Art. 13. Das decisões do interventor caberá recurso, sem efeito suspensivo, dentro em dez dias da</p><p>respectiva ciência, para o Banco Central do Brasil, em única instância.</p><p>Errado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer</p><p>meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>76 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>040. (BANCO DA AMAZÔNIA/TÉCNICO CIENTÍFICO/DIREITO/2012/CEBRASPE) As insti-</p><p>tuições financeiras privadas e as públicas não federais estão sujeitas à liquidação extrajudicial,</p><p>sendo a sua liquidação decretada de ofício quando a instituição sofrer prejuízo que sujeite a</p><p>risco anormal seus credores quirografários.</p><p>Conforme a Lei 6.024/74 (Dispõe sobre a intervenção e a liquidação extrajudicial de institui-</p><p>ções financeiras, e dá outras providências):</p><p>Art. 1º As instituições financeiras privadas e as públicas não federais, assim como as cooperativas de</p><p>crédito, estão sujeitas, nos termos desta Lei, à intervenção ou à liquidação extrajudicial, em ambos os</p><p>casos efetuada e decretada pelo Banco Central do Brasil, sem prejuízo do disposto nos artigos 137 e</p><p>138 do Decreto-lei n. 2.627, de 26 de setembro de 1940, ou à falência, nos termos da legislação vigente.</p><p>Certo.</p><p>041. (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2012/CEBRASPE) Julgue os próximos itens, relativos às</p><p>normas de falência e de recuperação de empresas.</p><p>De acordo com a legislação de regência, o deferimento do processamento da recuperação judi-</p><p>cial de sociedade empresária suspende o curso de todas as ações e execuções que tramitem</p><p>contra o devedor; contudo, em hipótese nenhuma, a suspensão pode exceder o prazo impror-</p><p>rogável de cento e oitenta dias contado do deferimento do processamento da recuperação,</p><p>restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas</p><p>ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial.</p><p>Pois bem, em que pese constar do enunciado a expressão “em hipótese nenhuma”, a banca Ce-</p><p>braspe, à época, posicionou-se pela manutenção do gabarito como CORRETO, com a seguinte</p><p>justificativa:</p><p>O item está nos estritos termos da Lei n.º 11.101/2005: ‘De acordo com a legislação de regência, o</p><p>deferimento do processamento da recuperação judicial de sociedade empresária suspende o curso</p><p>de todas as ações e execuções que tramitem contra o devedor; contudo, em hipótese nenhuma, a</p><p>suspensão pode exceder o prazo improrrogável de cento e oitenta dias contado do deferimento do</p><p>processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos credores</p><p>de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial’.</p><p>Certo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>77 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>042. (DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2010/CEBRASPE) No que tange à recuperação judicial</p><p>e à falência, julgue o item a seguir.</p><p>O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, inte-</p><p>resses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não regula-</p><p>das na lei de regência, caso o falido figure como autor ou litisconsorte ativo.</p><p>De acordo com a Lei 11.101/2005:</p><p>Art. 76. O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, inte-</p><p>resses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta</p><p>Lei em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo.</p><p>Certo.</p><p>043. (MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/CEBRASPE) A Lei n.º 11.101/2005, que regu-</p><p>la a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária,</p><p>trouxe substanciais mudanças à disciplina da matéria.</p><p>Com base nessas novas disposições, julgue os itens a seguir. Deferido o processamento de re-</p><p>cuperação judicial, o devedor terá sessenta dias para apresentar o plano de recuperação judicial,</p><p>que só será submetido à assembleia geral de credores se sofrer objeção por qualquer credor.</p><p>De acordo com a Lei 11.101/2005:</p><p>Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60</p><p>(sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob</p><p>pena de convolação em falência, e deverá conter:</p><p>Art. 56. Havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o juiz convocará a as-</p><p>sembleia geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação.</p><p>Certo.</p><p>044. (MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/CEBRASPE) A lei permite que a recuperação</p><p>judicial seja requerida pelo cônjuge de empresário falecido, embora ela não identifique expressa-</p><p>mente quem será o eventual empresário em recuperação judicial, caso deferido o requerimento.</p><p>De acordo com a Lei 11.101/2005:</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmen-</p><p>te suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente:</p><p>I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as res-</p><p>ponsabilidades daí decorrentes;</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>78 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;</p><p>III – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano</p><p>especial de que trata a Seção V deste Capítulo; (Redação dada pela Lei Complementar n. 147, de 2014)</p><p>IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada</p><p>por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.</p><p>§ 1º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do</p><p>devedor, inventariante ou sócio remanescente. (Renumerado pela Lei n. 12.873, de 2013)</p><p>Certo.</p><p>045. (DPE-CE/DEFENSOR PÚBLICO/2008/CEBRASPE) Acerca da recuperação judicial e da</p><p>recuperação extrajudicial, bem como da falência do empresário e da sociedade empresária,</p><p>julgue os itens a seguir.</p><p>O plano de recuperação judicial para empresas de pequeno porte sujeita a sociedade devedora</p><p>a prévia autorização do juiz, após ouvido o administrador-judicial e o comitê de credores, para</p><p>contratar empregados.</p><p>Conforme a Lei 11.101/2005:</p><p>Art. 71. O plano especial de recuperação judicial será apresentado no prazo previsto no art. 53 desta</p><p>Lei e limitar-se-á às seguintes condições:</p><p>I – abrangerá todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos, excetuados os</p><p>decorrentes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e os previstos nos §§ 3º e 4º do art. 49; (Reda-</p><p>ção dada pela Lei Complementar n. 147, de 2014)</p><p>II – preverá parcelamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas, acrescidas de</p><p>juros equivalentes à taxa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC, podendo conter ainda</p><p>a proposta de abatimento do valor das dívidas; (Redação dada pela Lei Complementar n. 147, de 2014)</p><p>III – preverá o pagamento da 1ª (primeira) parcela no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias,</p><p>contado da distribuição do pedido de recuperação judicial;</p><p>IV – estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, após ouvido o administrador-judicial e o</p><p>Comitê de Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados.</p><p>Parágrafo único. O pedido de recuperação judicial com</p><p>base em plano especial não acarreta a sus-</p><p>pensão do curso da prescrição nem das ações e execuções por créditos não abrangidos pelo plano.</p><p>Certo.</p><p>046. (DPE-CE/DEFENSOR PÚBLICO/2008/CEBRASPE) Acerca da recuperação judicial e da</p><p>recuperação extrajudicial, bem como da falência do empresário e da sociedade empresária,</p><p>julgue os itens a seguir.</p><p>Considere que determinada sociedade empresária, em situação de crise econômico-financeira,</p><p>tenha requerido sua recuperação judicial e que o juízo competente, tendo verificado o cumpri-</p><p>mento dos requisitos legais, tenha deferido o processamento da referida recuperação. Nesse</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>79 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>caso, a sociedade empresária somente poderá desistir do pedido de recuperação judicial se</p><p>obtiver a aprovação da desistência na assembleia geral de credores.</p><p>Conforme a Lei 11.101/2005:</p><p>Art. 52. Estando em termos a documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o processa-</p><p>mento da recuperação judicial e, no mesmo ato:</p><p>§ 4º O devedor não poderá desistir do pedido de recuperação judicial após o deferimento de seu</p><p>processamento, salvo se obtiver aprovação da desistência na assembleia geral de credores.</p><p>Certo.</p><p>047. (DPE-CE/DEFENSOR PÚBLICO/2008/CEBRASPE) Acerca da recuperação judicial e da</p><p>recuperação extrajudicial, bem como da falência do empresário e da sociedade empresária,</p><p>julgue os itens a seguir.</p><p>Na recuperação judicial, o administrador-judicial tem competência para requerer a falência do</p><p>devedor no caso de descumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação.</p><p>Segundo a Lei 11.101/2005:</p><p>Art. 22. Ao administrador-judicial compete, sob a fiscalização do juiz e do Comitê, além de outros</p><p>deveres que esta Lei lhe impõe:</p><p>II – na recuperação judicial:</p><p>a) fiscalizar as atividades do devedor e o cumprimento do plano de recuperação judicial;</p><p>b) requerer a falência no caso de descumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação;</p><p>Certo.</p><p>048. (AGU/PROCURADOR FEDERAL/2007/CEBRASPE) Acerca da recuperação judicial de</p><p>empresas, julgue o item que se segue.</p><p>Caso certa empresa de aviação comercial efetue pedido de recuperação judicial perante o juí-</p><p>zo competente, o deferimento do pedido de recuperação judicial suspenderá eventuais ações</p><p>de execução fiscal em curso contra a referida empresa.</p><p>De acordo com o que dispunha o § 7º do Art. 6º da Lei 11.101/05 à época da questão:</p><p>§ 7º As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial,</p><p>ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação</p><p>ordinária específica. (Revogado pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>80 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>Hoje, mencionado dispositivo está redigido da seguinte forma:</p><p>§ 7º-A O disposto nos incisos I, II e III do caput deste artigo não se aplica aos créditos referidos nos §§ 3º e</p><p>4º do art. 49 desta Lei, admitida, todavia, a competência do juízo da recuperação judicial para determinar a</p><p>suspensão dos atos de constrição que recaiam sobre bens de capital essenciais à manutenção da atividade</p><p>empresarial durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4º deste artigo, a qual será implementada</p><p>mediante a cooperação jurisdicional, na forma do art. 69 da Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015 (Código</p><p>de Processo Civil), observado o disposto no art. 805 do referido Código. (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>§ 7º-B O disposto nos incisos I, II e III do caput deste artigo não se aplica às execuções fiscais, admiti-</p><p>da, todavia, a competência do juízo da recuperação judicial para determinar a substituição dos atos de</p><p>constrição que recaiam sobre bens de capital essenciais à manutenção da atividade empresarial até o</p><p>encerramento da recuperação judicial, a qual será implementada mediante a cooperação jurisdicional,</p><p>na forma do art. 69 da Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), observado o</p><p>disposto no art. 805 do referido Código. (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>Errado.</p><p>049. (CAIXA/2006/CEBRASPE) Julgue o item abaixo, acerca da disciplina que rege a recupe-</p><p>ração judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.</p><p>Considere a seguinte situação hipotética. Lia e Zilda são sócias de pequeno salão de beleza</p><p>cujo contrato social não foi inscrito no registro público de empresas mercantis. Nessa situa-</p><p>ção, caracterizada a impontualidade da sociedade, com posterior requerimento e decretação</p><p>de falência, essa decisão acarretará também a falência de Lia e de Zilda, que ficarão sujeitas</p><p>aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação à sociedade formada entre as sócias.</p><p>Conforme o CC/2002:</p><p>Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do</p><p>benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.</p><p>Por seu turno, conforme a Lei 11.101/2005:</p><p>Art. 81. A decisão que decreta a falência da sociedade com sócios ilimitadamente responsáveis tam-</p><p>bém acarreta a falência destes, que ficam sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação</p><p>à sociedade falida e, por isso, deverão ser citados para apresentar contestação, se assim o desejarem.</p><p>Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:</p><p>I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título</p><p>ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-míni-</p><p>mos na data do pedido de falência;</p><p>Certo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>81 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>050. (CAIXA/ADVOGADO/2006/CEBRASPE) Julgue os próximos itens, acerca da disciplina que</p><p>rege a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.</p><p>O deferimento do pedido de recuperação judicial a determinada sociedade operadora de plano</p><p>de assistência à saúde está condicionado à demonstração de que esta não vinha obtendo o</p><p>referido benefício há menos de 5 anos.</p><p>Conforme a Lei 11.101/2005:</p><p>Art. 2º Esta Lei não se aplica a:</p><p>I – empresa pública e sociedade de economia mista;</p><p>II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdên-</p><p>cia complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, so-</p><p>ciedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.</p><p>Errado.</p><p>051. (EMBRAPA/2005/CEBRASPE) Julgue o item seguinte, relativo a recuperação judicial e</p><p>extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.</p><p>Considere a seguinte situação hipotética.</p><p>Um empresário devedor propôs aos seus credores plano de recuperação extrajudicial e a maio-</p><p>ria aderiu. Após a regular distribuição do plano de recuperação para homologação do juízo</p><p>competente, alguns credores decidiram desistir da adesão. Nessa situação,</p><p>onde possui filial;</p><p>IX – a relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais e procedimentos arbitrais em que</p><p>este figure como parte, inclusive as de natureza trabalhista, com a estimativa dos respectivos valores</p><p>demandados; (Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>X – o relatório detalhado do passivo fiscal; e (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>XI – a relação de bens e direitos integrantes do ativo não circulante, incluídos aqueles não sujeitos à</p><p>recuperação judicial, acompanhada dos negócios jurídicos celebrados com os credores de que trata o</p><p>§ 3º do art. 49 desta Lei. (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>§ 1º Os documentos de escrituração contábil e demais relatórios auxiliares, na forma e no suporte pre-</p><p>vistos em lei, permanecerão à disposição do juízo, do administrador-judicial e, mediante autorização</p><p>judicial, de qualquer interessado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>8 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>§ 2º Com relação à exigência prevista no inciso II do caput deste artigo, as microempresas e empre-</p><p>sas de pequeno porte poderão apresentar livros e escrituração contábil simplificados nos termos da</p><p>legislação específica.</p><p>§ 3º O juiz poderá determinar o depósito em cartório dos documentos a que se referem os §§ 1º e 2º</p><p>deste artigo ou de cópia destes.</p><p>§ 4º Na hipótese de o ajuizamento da recuperação judicial ocorrer antes da data final de entrega do</p><p>balanço correspondente ao exercício anterior, o devedor apresentará balanço prévio e juntará o balan-</p><p>ço definitivo no prazo da lei societária aplicável. (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>§ 5º O valor da causa corresponderá ao montante total dos créditos sujeitos à recuperação judicial.</p><p>(Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>§ 6º Em relação ao período de que trata o § 3º do art. 48 desta Lei: (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>I – a exposição referida no inciso I do caput deste artigo deverá comprovar a crise de insolvência,</p><p>caracterizada pela insuficiência de recursos financeiros ou patrimoniais com liquidez suficiente para</p><p>saldar suas dívidas; (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>II – os requisitos do inciso II do caput deste artigo serão substituídos pelos documentos mencionados</p><p>no § 3º do art. 48 desta Lei relativos aos últimos 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>Como se pode notar, com a exigência de todos os documentos acima, afasta-se sobrema-</p><p>neira a possibilidade de fraude, garantindo-se maior lisura ao procedimento. Ressalta-se que,</p><p>caso o empresário apresente algum documento falso, estará submetido à pena relativa ao</p><p>crime previsto no artigo 171 da Lei1.</p><p>Para fins de provas de concursos públicos e exames afins, sugerimos apenas a leitura</p><p>atenta dos incisos do dispositivo supra, suficiente à resolução das questões acerca do tema.</p><p>1.4. (in)deFerimento do processAmento do pedido</p><p>A ausência de algum dos requisitos colacionados acima enseja o indeferimento liminar da</p><p>petição inicial, com a prolação de uma sentença de natureza terminativa, fundada nos artigos</p><p>485, I, e 330, ambos do CPC/2015, combinados com o artigo 189 da Lei objeto do nosso estu-</p><p>do, que assim dispõe:</p><p>Art. 189. Aplica-se, no que couber, aos procedimentos previstos nesta Lei, o disposto na Lei n. 13.105,</p><p>de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), desde que não seja incompatível com os princí-</p><p>pios desta Lei. (Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>Com efeito, dizemos tratar-se de uma sentença terminativa porquanto a hipótese de inde-</p><p>ferimento da exordial não se amolda a quaisquer dos incisos do artigo 73 da Lei de Falências,</p><p>1 Art. 171. Sonegar ou omitir informações ou prestar informações falsas no processo de falência, de recuperação judicial</p><p>ou de recuperação extrajudicial, com o fim de induzir a erro o juiz, o Ministério Público, os credores, a assembleia geral de</p><p>credores, o Comitê ou o administrador judicial:</p><p>Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>9 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>que dispõem sobre as hipóteses de prolação de decisão interlocutória (recorrível por meio de</p><p>agravo de instrumento) de convolação da recuperação judicial em falência.</p><p>Assim, repita-se, a ausência das formalidades previstas no artigo 51 acarreta a mera extinção</p><p>do processo de recuperação judicial, sem a resolução de seu mérito, dada a carência da ação.</p><p>Vale dizer que de tal sentença terminativa cabe apelação, em quinze dias (vide artigos 1.003,</p><p>§ 5º, e 1.009, caput, do CPC/2015, combinados com o artigo 189 da Lei 11.101/2005, já citado).</p><p>Contudo, como é sabido, diante da natureza terminativa da sentença que indefere a recupera-</p><p>ção judicial, nada impedirá a propositura de uma nova, tão logo se vejam atendidos os requisitos</p><p>formais antes ausentes. Com efeito, a combinação do artigo 486, caput e §§, do CPC/2015, com</p><p>o artigo 48 da Lei de Falência, conduz ao raciocínio de que o posterior cumprimento do requisito</p><p>formal antes ausente naturalmente permite a propositura de nova ação de recuperação judicial.</p><p>Sob outra perspectiva, temos que, “estando em termos a documentação exigida no art. 51</p><p>desta Lei, o juiz deferirá o processamento da recuperação judicial (...)”. Ou seja, aqui haverá o</p><p>recebimento da petição inicial pelo magistrado competente, o qual, nesse mesmo ato judicial:</p><p>I – nomeará o administrador-judicial, observado o disposto no art. 21 desta Lei;</p><p>II – determinará a dispensa da apresentação de certidões negativas para que o devedor exerça suas</p><p>atividades, observado o disposto no § 3º do art. 195 da Constituição Federal e no art. 69 desta Lei;</p><p>(Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>III – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor, na forma do art. 6º</p><p>desta Lei, permanecendo os respectivos autos no juízo onde se processam, ressalvadas as ações</p><p>previstas nos §§ 1º, 2º e 7º do art. 6º desta Lei e as relativas a créditos excetuados na forma dos §§</p><p>3º e 4º do art. 49 desta Lei;</p><p>IV – determinará ao devedor a apresentação de contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a</p><p>recuperação judicial, sob pena de destituição de seus administradores;</p><p>V – ordenará a intimação eletrônica do Ministério Público e das Fazendas Públicas federal e de todos</p><p>os Estados, Distrito Federal e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, a fim de que tomem</p><p>conhecimento da recuperação judicial e informem eventuais créditos perante o devedor, para divulga-</p><p>ção aos demais interessados.</p><p>A respeito da ordem de suspensão de todas as ações ou execuções existentes contra o de-</p><p>vedor (inciso III), vale registrar o termo em inglês por meio do qual a doutrina e a jurisprudência</p><p>a ele se referem, a saber: “stay period” (ou “período de sobrestamento”, em uma tradução livre</p><p>para a nossa língua).</p><p>Outrossim, acerca dos efeitos de tal ato decisório, impende acentuar que “o deferimento do</p><p>processamento da recuperação judicial não enseja o cancelamento da negativação do nome</p><p>do devedor nos órgãos de proteção ao crédito e nos tabelionatos de protestos” (Enunciado 54</p><p>da I Jornada de Direito Comercial do CJF).</p><p>Vale lembrar, ainda, que conforme estudamos na Teoria Geral do Direito Falimentar, cabe</p><p>também ao juiz, quando do deferimento do processamento da recuperação, pronunciar-se</p><p>a desistência de-</p><p>penderá da anuência expressa dos demais credores signatários.</p><p>Conforme a Lei 11.101/2005:</p><p>Art. 161. O devedor que preencher os requisitos do art. 48 desta Lei poderá propor e negociar com</p><p>credores plano de recuperação extrajudicial.</p><p>§ 5º Após a distribuição do pedido de homologação, os credores não poderão desistir da adesão ao</p><p>plano, salvo com a anuência expressa dos demais signatários.</p><p>Certo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>82 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>CHAGAS, Edilson Enedino das. Direito empresarial esquematizado. 7ª. Ed. – São Paulo: Saraiva</p><p>Educação, 2020.</p><p>COELHO, Fábio Ulhoa. Novo Manual De Direito Comercial. 31ª Ed. – São Paulo: RT – Revista</p><p>dos Tribunais, 2020.</p><p>GARRIGUES, Joaquin. Curso de Derecho Mercantil. 7ª. Ed. Bogotá: Temis, 1987, v. 01.</p><p>BORGES, João Eunápio. Curso de Direito Comercial Terrestre. Rio de Janeiro: Forense, 1959, v. 01.</p><p>ABREU, Jorge Manuel Coutinho de. Curso de Direito Comercial. Coimbra: Almedina, 1999, v. 01.</p><p>FRANCO, Vera Helena de Mello. Manual de direito comercial. São Paulo: RT, 2001, v. 01.</p><p>ROCCO, Alfredo. Princípios de Direito Comercial. Tradução de Ricardo Rodrigues Gama. Cam-</p><p>pinas: LZN, 2003.</p><p>RAMOS, André Luiz Santa Cruz; Direito empresarial/André Luiz Santa Cruz Ramos. – 7. ed. rev.</p><p>e atual. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017.</p><p>Renato Borelli</p><p>Juiz federal e especialista em Direito Público, Direito Tributário e Sociologia Jurídica. Juiz federal do TRF-1.</p><p>Foi juiz federal do TRF-5. Exerceu a advocacia privada e pública. Foi servidor público e assessor de desem-</p><p>bargador federal (TRF-1) e ministro (STJ). Atuou no Carf/Ministério da Fazenda (antigo Conselho de Con-</p><p>tribuintes) como conselheiro. É formado em Direito e Economia, com especialização em Direito Público,</p><p>Direito Tributário e Sociologia Jurídica.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>Apresentação</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>1. Recuperação Judicial</p><p>1.1. O Princípio da Preservação da Atividade Empresarial</p><p>1.2. Requisitos Legais do Processamento da Recuperação Judicial</p><p>1.3. Requisitos Formais da Petição Inicial</p><p>1.4. (In)Deferimento do Processamento do Pedido</p><p>1.5. O Plano de Recuperação Judicial</p><p>1.6. Apresentação da “Certidão Negativa de Débitos Tributários” (CND) pelo Devedor</p><p>1.7. Concessão da Recuperação Judicial</p><p>1.8. Convolação da Recuperação em Falência</p><p>1.9. Encerramento do Processo</p><p>1.10. Plano Especial de Recuperação Judicial para Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP)</p><p>2. Recuperação Extrajudicial</p><p>2.1. Aspectos Introdutórios</p><p>2.2. Requisitos Legais da Recuperação Extrajudicial</p><p>2.3. O Plano de Recuperação Extrajudicial</p><p>2.4. Credores Submetidos ao Plano de Recuperação Extrajudicial</p><p>2.5. Possíveis Pedidos de Homologação (Artigos 162 e 163 da Lei n. 11.101/2005)</p><p>2.6. Procedimento de Homologação</p><p>2.7. Efeitos da Homologação do Plano de Recuperação Extrajudicial</p><p>Questões de Concurso</p><p>Gabarito</p><p>Gabarito Comentado</p><p>Referências</p><p>AVALIAR 5:</p><p>Página 83:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>10 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>acerca da conveniência da constituição de um Comitê de credores (órgão de caráter facultati-</p><p>vo), vide o § 2º do art. 52:</p><p>§ 2º Deferido o processamento da recuperação judicial, os credores poderão, a qualquer tempo, reque-</p><p>rer a convocação de assembleia geral para a constituição do Comitê de Credores ou substituição de</p><p>seus membros, observado o disposto no § 2º do art. 36 desta Lei.</p><p>De mais a mais, pontuamos que, uma vez ajuizado o pleito de recuperação judicial, não</p><p>pode o devedor desistir de tal pedido caso o seu processamento já tenha sido deferido, salvo</p><p>se obtiver aprovação da desistência na assembleia geral de credores.</p><p>À derradeira, salientamos que “após a distribuição do pedido de recuperação judicial, o de-</p><p>vedor não poderá alienar ou onerar bens ou direitos de seu ativo não circulante, inclusive para</p><p>os fins previstos no art. 67 desta Lei, salvo mediante autorização do juiz, depois de ouvido o</p><p>Comitê de Credores, se houver, com exceção daqueles previamente autorizados no plano de</p><p>recuperação judicial”2 (Art. 66).</p><p>001. (ANCINE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ATIVIDADE CINEMATOGRÁFICA E AUDIO-</p><p>VISUAL/ÁREA 3/2013/CEBRASPE) A respeito da recuperação de empresa e falência, julgue</p><p>os itens seguintes.</p><p>Não ensejará o cancelamento da negativação do nome do devedor, nos órgãos de proteção ao</p><p>crédito e nos tabelionatos de protestos, o deferimento do processamento da recuperação judicial.</p><p>De acordo com o Enunciado n. 54 da I Jornada de Direito Comercial:</p><p>54. O deferimento do processamento da recuperação judicial NÃO enseja o cancelamento da negati-</p><p>vação do nome do devedor nos órgãos de proteção ao crédito e nos tabelionatos de protestos.</p><p>Certo.</p><p>2 “Art. 67. Os créditos decorrentes de obrigações contraídas pelo devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles rela-</p><p>tivos a despesas com fornecedores de bens ou serviços e contratos de mútuo, serão considerados extraconcursais, em caso</p><p>de decretação de falência, respeitada, no que couber, a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.</p><p>Parágrafo único. O plano de recuperação judicial poderá prever tratamento diferenciado aos créditos sujeitos à recuperação</p><p>judicial pertencentes a fornecedores de bens ou serviços que continuarem a provê-los normalmente após o pedido de recupe-</p><p>ração judicial, desde que tais bens ou serviços sejam necessários para a manutenção das atividades e que o tratamento dife-</p><p>renciado seja adequado e razoável no que concerne à relação comercial futura. (Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)”</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>11 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>1.4.1. Verificação e Habilitação dos Créditos</p><p>Ao exarar a decisão de deferimento do processamento da recuperação judicial, o magistra-</p><p>do também deve observar o que preceitua o § 1º do artigo 52, in verbis:</p><p>§ 1º O juiz ordenará a expedição de edital, para publicação no órgão oficial, que conterá:</p><p>I – o resumo do pedido do devedor e da decisão que defere o processamento da recuperação judicial;</p><p>II – a relação nominal de credores, em que se discrimine o valor atualizado e a classificação de cada</p><p>crédito;</p><p>III – a advertência acerca dos prazos para habilitação dos créditos, na forma do art. 7º, § 1º, desta</p><p>Lei, e para que os credores apresentem objeção ao plano de recuperação judicial apresentado pelo</p><p>devedor nos termos do art. 55 desta Lei.</p><p>Tais editais convocatórios revelam-se importantes instrumentos necessários ao prosse-</p><p>guimento das recuperações judiciais, sem prejuízo da possibilidade de serem “publicados em</p><p>versão resumida, somente apontando onde se encontra a relação de credores nos autos, bem</p><p>como indicando o sítio eletrônico que contenha a íntegra do edital” (Enunciado 103 da III Jorna-</p><p>da de Direito Comercial do CJF).</p><p>Nesse contexto, temos que a verificação dos créditos é tarefa atribuída ao administrador-</p><p>-judicial (síndico), que deve fazê-lo “com base nos livros contábeis e documentos comerciais</p><p>e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo</p><p>contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas” (Art. 7º, caput). Tem por</p><p>objetivo, ao final, possibilitar a formação do chamado “quadro-geral de credores”.</p><p>Caso o empresário-devedor, no momento do ajuizamento do pedido de recuperação, ou</p><p>mesmo o administrador-judicial nomeado, não incluam determinado crédito na listagem que</p><p>redundará na formação do referido quadro-geral, a Lei assegura que “os credores terão o prazo</p><p>de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador-judicial suas habilitações ou suas diver-</p><p>gências quanto aos créditos relacionados” (§ 1º do Art. 7º).</p><p>Quanto a essa habilitação e às possíveis divergências, a Lei 11.101/2005 estabelece, a</p><p>partir dos incisos do artigo 9º, os seguintes requisitos para os pretensos credores:</p><p>I – nome, endereço do credor e endereço em que receberá comunicação de qualquer ato</p><p>do processo;</p><p>II – valor do crédito, atualizado até a data da decretação da falência ou do pedido de recupe-</p><p>ração judicial, sua origem e classificação;</p><p>III – documentos comprobatórios do crédito e indicação das demais provas a serem</p><p>produzidas;</p><p>IV – indicação da garantia prestada pelo devedor, se houver, e respectivo instrumento;</p><p>V – especificação do objeto da garantia que estiver na posse do credor.</p><p>Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias acima destacado, e com base em todas as infor-</p><p>mações e documentos colhidos, o administrador-judicial fará publicar novo edital contendo a</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>12 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>relação de credores, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo quinzenal</p><p>mencionado, no qual deverá indicar o local, o horário e o prazo comum em que o Comitê de</p><p>credores, ou qualquer credor, ou o devedor, seus sócios ou, ainda, o Ministério Público terão</p><p>acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação (§ 2º do Art. 7º).</p><p>Contra essa relação, caberá impugnação pelos legitimados acima, no prazo de 10 (dez) dias</p><p>(Art. 8º, caput). Caso não haja impugnações, o juiz homologará, como quadro-geral de credores,</p><p>a relação dos credores formulada pelo administrador-judicial (Art. 14), sendo que o ordenamento</p><p>jurídico não admite impugnações “retardatárias” (vide o que se decidiu no REsp 1.704.201/RS).</p><p>PONTO ESPECIAL</p><p>Procedimento de Impugnação de Crédito</p><p>Art. 13. A impugnação será dirigida ao juiz por meio de petição, instruída com</p><p>os documentos que tiver o impugnante, o qual indicará as provas consideradas</p><p>necessárias.</p><p>Parágrafo único. Cada impugnação será autuada em separado, com os documen-</p><p>tos a ela relativos, mas terão uma só autuação as diversas impugnações versando</p><p>sobre o mesmo crédito.</p><p>Art. 15. Transcorridos os prazos previstos nos arts. 11 e 12 desta Lei3, os autos de</p><p>impugnação serão conclusos ao juiz, que:</p><p>I – determinará</p><p>a inclusão no quadro-geral de credores das habilitações de créditos</p><p>não impugnadas, no valor constante da relação referida no § 2º do art. 7º desta Lei;</p><p>II – julgará as impugnações que entender suficientemente esclarecidas pelas ale-</p><p>gações e provas apresentadas pelas partes, mencionando, de cada crédito, o valor</p><p>e a classificação;</p><p>III – fixará, em cada uma das restantes impugnações, os aspectos controvertidos</p><p>e decidirá as questões processuais pendentes;</p><p>IV – determinará as provas a serem produzidas, designando audiência de instru-</p><p>ção e julgamento, se necessário.</p><p>Sobre o tema, vale também dizer que para fins de rateio, pode o magistrado</p><p>reservar montante suficiente à satisfação do(s) crédito(s) impugnado(s) (vide</p><p>caput do artigo 16).</p><p>Outrossim, não podemos mencionar que “da decisão judicial sobre a</p><p>impugnação caberá agravo” (Art. 17, caput).</p><p>3 “Art. 11. Os credores cujos créditos forem impugnados serão intimados para contestar a impugnação, no prazo de 5 (cinco)</p><p>dias, juntando os documentos que tiverem e indicando outras provas que reputem necessárias.</p><p>Art. 12. Transcorrido o prazo do art. 11 desta Lei, o devedor e o Comitê, se houver, serão intimados pelo juiz para se manifestar</p><p>sobre ela no prazo comum de 5 (cinco) dias.</p><p>Parágrafo único. Findo o prazo a que se refere o caput deste artigo, o administrador judicial será intimado pelo juiz para emitir</p><p>parecer no prazo de 5 (cinco) dias, devendo juntar à sua manifestação o laudo elaborado pelo profissional ou empresa espe-</p><p>cializada, se for o caso, e todas as informações existentes nos livros fiscais e demais documentos do devedor acerca do cré-</p><p>dito, constante ou não da relação de credores, objeto da impugnação.”</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>13 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>Não obstante a impossibilidade de serem apresentadas impugnações retardatárias, o §</p><p>5º do artigo 10 da Lei objeto do nosso estudo estabelece que “as habilitações de crédito retar-</p><p>datárias, se apresentadas antes da homologação do quadro-geral de credores, serão recebidas</p><p>como impugnação e processadas na forma dos arts. 13 a 15 desta Lei”. O parágrafo subse-</p><p>quente, por seu turno, preceitua que “após a homologação do quadro-geral de credores, aqueles</p><p>que não habilitaram seu crédito poderão, observado, no que couber, o procedimento ordinário</p><p>previsto no Código de Processo Civil, requerer ao juízo da falência ou da recuperação judicial a</p><p>retificação do quadro-geral para inclusão do respectivo crédito”.</p><p>Ao final de toda essa etapa de verificação e habilitação dos créditos, nos moldes do artigo</p><p>18, temos que o juiz procede à homologação do quadro-geral de credores, cuja consolidação é</p><p>da responsabilidade do administrador-judicial, que faz com base tanto na relação de credores</p><p>obtida a partir da publicação do edital convocatório (Art. 7º, § 2º) quanto em decisões proferi-</p><p>das acerca das eventuais impugnações apresentadas.</p><p>Até o final do processo de recuperação judicial (ou do de falência), porém, podem o admi-</p><p>nistrador-judicial, o Comitê, qualquer credor ou o representante do Ministério Público pedir a</p><p>exclusão, outra classificação ou a retificação de qualquer crédito, nos casos de descoberta de</p><p>falsidade, dolo, simulação, fraude, erro essencial ou, ainda, documentos ignorados na época</p><p>do julgamento do crédito ou da inclusão no quadro-geral de credores, observado, no que cou-</p><p>ber, o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil (Art. 19).</p><p>1.4.2. Suspensão das Ações e Execuções Individuais</p><p>O chamado “stay period” (ou “período de sobrestamento”, como dissemos há pouco) tem iní-</p><p>cio a partir do deferimento, pelo magistrado competente, do processamento do pedido de recu-</p><p>peração judicial, oportunidade na qual, no mesmo ato, ordena a suspensão de todas as ações ou</p><p>execuções contra o devedor (Art. 6º, inciso I) – inclusive do curso da prescrição das obrigações</p><p>do devedor sujeitas ao regime da Lei –, permanecendo os respectivos autos no juízo onde se</p><p>processam, e ressalvadas as ações que demandem quantias ilíquidas (Art. 6º, § 1º), as recla-</p><p>mações trabalhistas (Art. 6º, § 2º), as execuções fiscais (Art. 6º, § 7º) e as ações referentes a</p><p>créditos não sujeitos ao regime falimentar empresarial (Art. 49, §§ 3º e 4º), a exemplo daquelas</p><p>nas quais se discutem contratos de alienação fiduciária ou de arrendamento mercantil.</p><p>Sobre tal prazo de suspensão, deve-se observar que que o § 4º do art. 6º (com a redação</p><p>dada pela Lei 14.112/2020) estabelece que a sua eventual prorrogação só poderá ocorrer uma</p><p>única vez, por igual período, em caráter excepcional, e desde que o devedor não haja concor-</p><p>rido com a superação do lapso temporal originalmente deferido.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>14 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>002. (STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/JUDICIÁRIA/2018/CEBRASPE) Diversas modificações</p><p>foram feitas na Lei de Recuperação Judicial — Lei n.º 11.101/2005 —, entre elas, o fim da su-</p><p>cessão empresarial e a busca pela preservação da empresa. Com referência ao disposto na</p><p>referida norma e em suas alterações, julgue o item a seguir.</p><p>Apesar de disposição legal em contrário, a jurisprudência permite que seja ampliado o prazo</p><p>legal de suspensão das execuções contra o devedor no processo de recuperação judicial.</p><p>Como dito, a Lei n. 14.112/2020 expressamente estabeleceu a possibilidade de prorrogação da sus-</p><p>pensão, por mais 180 dias, uma única vez, em caráter excepcional (art. 6º, §4º, da LFRE). No entanto,</p><p>o STJ já admitia a possibilidade da prorrogação, mas sem limitar o tempo e quantidade de vezes.</p><p>Enunciado 42 da I Jornada de Direito Comercial:</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>O prazo de suspensão previsto no art. 6º, § 4º, da Lei n. 11.101/2005 pode excepcional-</p><p>mente ser prorrogado, se o retardamento do feito não puder ser imputado ao devedor.</p><p>Certo.</p><p>1.5. o plAno de recuperAção JudiciAl</p><p>O plano de recuperação judicial é, pois, a peça processual por meio da qual o administrador</p><p>apresentará perante o juízo e demais interessados no processo (credores) quais são as formas</p><p>a serem adotadas para que a empresa restabeleça sua situação de normalidade, isto é, a sua</p><p>regularidade econômica e operacional.</p><p>Nesse cenário, dispõe o artigo 53 da Lei 11.101/2005 que:</p><p>Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60</p><p>(sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob</p><p>pena de convolação em falência, e deverá conter:</p><p>I – discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregados, conforme o art. 50</p><p>desta Lei, e seu resumo;</p><p>II – demonstração de sua viabilidade econômica; e</p><p>III – laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor, subscrito por profissio-</p><p>nal legalmente habilitado ou empresa especializada.</p><p>Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital contendo aviso aos credores sobre o recebi-</p><p>mento do plano de recuperação e fixando o prazo para a manifestação de eventuais objeções, obser-</p><p>vado o art. 55 desta Lei.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização</p><p>civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>15 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>Portanto, guarde a seguinte informação: O prazo para a apresentação do plano de recupe-</p><p>ração judicial, pelo administrador responsável, é de 60 (sessenta) dias, contados a partir da</p><p>publicação da decisão que defere o processamento do pedido.</p><p>Além disso, são elementos que devem estar presentes no plano de recuperação judicial:</p><p>I – discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregados, conforme o art. 50</p><p>desta Lei, e seu resumo;</p><p>II – demonstração de sua viabilidade econômica; e</p><p>III – laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor, subscrito por profis-</p><p>sional legalmente habilitado ou empresa especializada.</p><p>Importante anotar que o artigo subsequente (Art. 54, caput) estabelece que “o plano de recupe-</p><p>ração judicial não poderá prever prazo superior a 1 (um) ano para pagamento dos créditos derivados</p><p>da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido</p><p>de recuperação judicial”. “O plano não poderá, ainda, prever prazo superior a 30 (trinta) dias para o</p><p>pagamento, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza es-</p><p>tritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores ao pedido de recuperação judicial” (§ 1º).</p><p>Não obstante, não se pode deixar de mencionar que tal prazo de 1 (um ano) poderá ser</p><p>estendido em até 2 (dois) anos, caso o plano de recuperação atenda aos seguintes requisitos:</p><p>a) apresentação de garantias julgadas suficientes pelo juiz; b) aprovação pelos credores titu-</p><p>lares de créditos derivados da legislação trabalhista ou decorrentes de acidentes de trabalho,</p><p>na forma do § 2º do art. 45 desta Lei; e c) garantia da integralidade do pagamento dos créditos</p><p>trabalhistas(§ 2º, incisos I a III, incluídos pela Lei 14.112/2020).</p><p>003. (MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008/CEBRASPE) A Lei n.º 11.101/2005, que regu-</p><p>la a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária,</p><p>trouxe substanciais mudanças à disciplina da matéria.</p><p>Com base nessas novas disposições, julgue os itens a seguir. Deferido o processamento de re-</p><p>cuperação judicial, o devedor terá sessenta dias para apresentar o plano de recuperação judicial,</p><p>que só será submetido à assembleia geral de credores se sofrer objeção por qualquer credor.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>16 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>Segundo a Lei 11.101/05:</p><p>Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de</p><p>60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial,</p><p>sob pena de convolação em falência, e deverá conter: [...]</p><p>Art. 56. Havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o juiz convocará a</p><p>assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação. [...]</p><p>Certo.</p><p>1.5.1. Formas de Recuperação</p><p>De acordo com o artigo 50 da Lei de Falência e Recuperação Judicial, temos o seguinte:</p><p>Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada caso,</p><p>dentre outros:</p><p>I – concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas;</p><p>II – cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária integral,</p><p>ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente;</p><p>III – alteração do controle societário;</p><p>IV – substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus órgãos</p><p>administrativos;</p><p>V – concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de poder de veto</p><p>em relação às matérias que o plano especificar;</p><p>VI – aumento de capital social;</p><p>VII – trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios</p><p>empregados;</p><p>VIII – redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou conven-</p><p>ção coletiva;</p><p>IX – dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de garantia</p><p>própria ou de terceiro;</p><p>X – constituição de sociedade de credores;</p><p>XI – venda parcial dos bens;</p><p>XII – equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como termo</p><p>inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos contratos</p><p>de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica;</p><p>XIII – usufruto da empresa;</p><p>XIV – administração compartilhada;</p><p>XV – emissão de valores mobiliários;</p><p>XVI – constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em paqamento dos créditos,</p><p>os ativos do devedor.</p><p>XVII – conversão de dívida em capital social; (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>17 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>XVIII – venda integral da devedora, desde que garantidas aos credores não submetidos ou não ade-</p><p>rentes condições, no mínimo, equivalentes àquelas que teriam na falência, hipótese em que será, para</p><p>todos os fins, considerada unidade produtiva isolada. (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>Vale pontuar que referido rol, conquanto extenso, tem natureza meramente exemplificativa</p><p>(não exaustivo, portanto).</p><p>1.5.2. Possíveis Objeções dos Credores</p><p>Pois bem, apresentado o plano de recuperação judicial perante o juízo, qualquer credor</p><p>poderá manifestar eventuais objeções no prazo de 30 (trinta) dias, contados ou da publicação</p><p>da relação preliminar de credores elaborada pelo administrador-judicial ou do aviso de recebi-</p><p>mento do referido plano (Art. 55).</p><p>Por conseguinte, havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o</p><p>juiz convocará a assembleia geral de credores para que sobre ele deliberem (Art. 56).</p><p>Lado outro, temos que, após a juntada aos autos do plano aprovado (aprovação expressa)</p><p>pela assembleia geral de credores ou o decurso do prazo previsto de 30 (trinta) dias sem que</p><p>tenham havido objeções dos credores (aprovação tácita) (Art. 57), o processo de recuperação</p><p>prosseguirá, conforme veremos a seguir.</p><p>1.5.3. Deliberação dos Credores</p><p>Acerca das deliberações dos credores acerca do plano de recuperação judicial – seja para</p><p>aprová-lo sem alterações, aprová-lo com alterações ou simplesmente não o aprovar –, podemos</p><p>afirmar que a designação da assembleia geral para tal finalidade não excederá 150 (cento e cin-</p><p>quenta) dias contados do deferimento do processamento da recuperação judicial (Art. 56, § 1º).</p><p>Outrossim, importante reforçar que a decisão acerca de eventuais alterações no plano de</p><p>recuperação judicial apresentado cabe aos credores, reunidos em assembleia, e não ao ma-</p><p>gistrado responsável pelo processo, visto que a vontade destes é soberana e deve prevalecer</p><p>(Art. 56, caput).</p><p>Havendo aprovação do plano de recuperação judicial, a assembleia poderá designar os</p><p>membros que comporão o Comitê de credores, passando-se, em seguida, à próxima fase do</p><p>processo (§ 2º).</p><p>Por outro lado, havendo alterações, far-se-á necessária a “expressa concordância do de-</p><p>vedor e em termos que não impliquem diminuição dos direitos exclusivamente</p><p>dos credores</p><p>ausentes” (§ 3º).</p><p>Por fim, em caso de rejeição, caberá ao administrador submeter “à votação da assembleia</p><p>geral de credores a concessão de prazo de 30 (trinta) dias para que seja apresentado plano de</p><p>recuperação judicial pelos credores” (§ 4º, com a redação dada pela Lei 14.112/2020).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>18 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>Nesse último caso, tem-se que tal concessão de prazo “deverá ser aprovada por credores</p><p>que representem mais da metade dos créditos presentes à assembleia geral de credores” (§</p><p>5º, incluído pela Lei 14.112/2020).</p><p>Então, segue-se que, segundo o § 6º desse mesmo artigo 56, também incluído pela Lei</p><p>14.112/2020, o plano de recuperação judicial proposto pelos credores somente será posto em</p><p>votação caso satisfeitas, cumulativamente, as seguintes condições:</p><p>I – não preenchimento dos requisitos previstos no § 1º do art. 58 desta Lei; (Incluído pela Lei n. 14.112,</p><p>de 2020)</p><p>II – preenchimento dos requisitos previstos nos incisos I, II e III do caput do art. 53 desta Lei; (Incluído</p><p>pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>III – apoio por escrito de credores que representem, alternativamente: (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>a) mais de 25% (vinte e cinco por cento) dos créditos totais sujeitos à recuperação judicial; ou (Incluído</p><p>pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>b) mais de 35% (trinta e cinco por cento) dos créditos dos credores presentes à assembleia geral a que</p><p>se refere o § 4º deste artigo; (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>IV – não imputação de obrigações novas, não previstas em lei ou em contratos anteriormente celebra-</p><p>dos, aos sócios do devedor; (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>V – previsão de isenção das garantias pessoais prestadas por pessoas naturais em relação aos cré-</p><p>ditos a serem novados e que sejam de titularidade dos credores mencionados no inciso III deste pa-</p><p>rágrafo ou daqueles que votarem favoravelmente ao plano de recuperação judicial apresentado pelos</p><p>credores, não permitidas ressalvas de voto; e (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>VI – não imposição ao devedor ou aos seus sócios de sacrifício maior do que aquele que decorreria</p><p>da liquidação na falência. (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>Antes de avançarmos, observa-se que acaso não seja aplicado o procedimento de altera-</p><p>ção acima representado ou o plano de recuperação judicial proposto pelos credores tenha sido</p><p>rejeitado, caberá ao juiz convolar a recuperação judicial em falência (§ 8º).</p><p>Vale lembrar, ainda, que às deliberações nos casos narrados também se aplica a regra do</p><p>artigo 45 da Lei de Falência, que dispõe sobre a forma e ordem de votação de acordo com a</p><p>classe dos créditos de cada credor.</p><p>Por fim, pontua-se que “a assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano de recupera-</p><p>ção judicial é una, podendo ser realizada em uma ou mais sessões, das quais participarão ou serão</p><p>considerados presentes apenas os credores que firmaram a lista de presença encerrada na sessão</p><p>em que instalada a assembleia geral” (Enunciado 53 da I Jornada de Direito Comercial do CJF).</p><p>1.6. ApresentAção dA “certidão negAtivA de débitos tributários”</p><p>(cnd) pelo devedor</p><p>Antes de ser concedida judicialmente a recuperação requerida pelo empresário-devedor, a</p><p>Lei 11.101/2005 estabelece que, após a fase deliberativa que analisamos acima, “o devedor</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>19 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>apresentará certidões negativas de débitos tributários nos termos dos arts. 151, 205, 206 da Lei</p><p>n. 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional”. Tais certidões também são</p><p>conhecidas como “Certidões Positivas com efeitos Negativos”.</p><p>Sobre o tema, importante anotar o que dispõe o artigo 68:</p><p>Art. 68. As Fazendas Públicas e o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS poderão deferir, nos termos</p><p>da legislação específica, parcelamento de seus créditos, em sede de recuperação judicial, de acordo com</p><p>os parâmetros estabelecidos na Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional.</p><p>Parágrafo único. As microempresas e empresas de pequeno porte farão jus a prazos 20% (vinte por</p><p>cento) superiores àqueles regularmente concedidos às demais empresas. (Incluído pela Lei Comple-</p><p>mentar n. 147, de 2014)”</p><p>Trata-se de um parcelamento e um prazo especiais para devedores que estejam enfrentan-</p><p>do situações de crise financeira e que, mais especificamente, sejam partes em processos de</p><p>recuperação judicial.</p><p>Nesse contexto, considerando que a edição da referida “legislação específica” foi demasia-</p><p>damente demorada, firmou-se o entendimento, em tal período, no sentido de que “o parcela-</p><p>mento do crédito tributário na recuperação judicial é um direito do contribuinte, e não uma facul-</p><p>dade da Fazenda Pública, e, enquanto não for editada lei específica, não é cabível a aplicação do</p><p>disposto no art. 57 da Lei n. 11.101/2005 e no art. 191-A do CTN” (Enunciado 55 da I Jornada</p><p>de Direito Comercial do CJF).</p><p>Hoje, contudo, o empresário, a sociedade empresária e a EIRELI, desde o requerimento do</p><p>processamento da recuperação judicial, podem ter seus débitos com a Fazenda Pública dividi-</p><p>dos em prestações mensais e sucessivas, vide o que dispõe o artigo 10-A da Lei 10.522/2002</p><p>(Dispõe sobre o Cadastro Informativo dos créditos não quitados de órgãos e entidades federais</p><p>e dá outras providências), cuja redação foi atualizada pela Lei 14.112/2020:</p><p>Art. 10-A. O empresário ou a sociedade empresária que pleitear ou tiver deferido o processamento</p><p>da recuperação judicial, nos termos dos arts. 51, 52 e 70 da Lei n. 11.101, de 9 de fevereiro de 2005,</p><p>poderá liquidar os seus débitos para com a Fazenda Nacional existentes, ainda que não vencidos até</p><p>a data do protocolo da petição inicial da recuperação judicial, de natureza tributária ou não tributária,</p><p>constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, mediante a opção por uma das seguintes moda-</p><p>lidades: (Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>V – parcelamento da dívida consolidada em até 120 (cento e vinte) prestações mensais e sucessivas,</p><p>calculadas de modo a observar os seguintes percentuais mínimos, aplicados sobre o valor da dívida</p><p>consolidada no parcelamento: (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>a) da primeira à décima segunda prestação: 0,5% (cinco décimos por cento); (Incluído pela Lei n.</p><p>14.112, de 2020)</p><p>b) da décima terceira à vigésima quarta prestação: 0,6% (seis décimos por cento); (Incluído pela Lei</p><p>n. 14.112, de 2020)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>20 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>c) da vigésima quinta prestação em diante: percentual correspondente ao saldo remanescente, em até</p><p>96 (noventa e seis) prestações mensais e sucessivas; ou (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>VI – em relação aos débitos administrados pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil,</p><p>liquidação de até 30% (trinta por cento) da dívida consolidada</p><p>no parcelamento com a utilização de</p><p>créditos decorrentes de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o</p><p>Lucro Líquido (CSLL) ou com outros créditos próprios relativos aos tributos administrados pela Se-</p><p>cretaria Especial da Receita Federal do Brasil, hipótese em que o restante poderá ser parcelado em</p><p>até 84 (oitenta e quatro) parcelas, calculadas de modo a observar os seguintes percentuais mínimos,</p><p>aplicados sobre o saldo da dívida consolidada: (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>a) da primeira à décima segunda prestação: 0,5% (cinco décimos por cento); (Incluído pela Lei n.</p><p>14.112, de 2020)</p><p>b) da décima terceira à vigésima quarta prestação: 0,6% (seis décimos por cento); (Incluído pela Lei</p><p>n. 14.112, de 2020)</p><p>c) da vigésima quinta prestação em diante: percentual correspondente ao saldo remanescente, em até</p><p>60 (sessenta) prestações mensais e sucessivas. (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>1.7. concessão dA recuperAção JudiciAl</p><p>Após tudo o que vimos até o momento referente ao processo de recuperação judicial, isto</p><p>é, com a aprovação – expressa ou tácita – do plano elaborado pelo administrador responsável,</p><p>o juiz finalmente concede o benefício ao empresário-devedor (ou à sociedade, ou à EIRELI, por</p><p>óbvio), nos moldes do artigo 58, in verbis:</p><p>Art. 58. Cumpridas as exigências desta Lei, o juiz concederá a recuperação judicial do devedor cujo</p><p>plano não tenha sofrido objeção de credor nos termos do art. 55 desta Lei ou tenha sido aprovado pela</p><p>assembleia geral de credores na forma dos arts. 45 ou 56-A desta Lei.</p><p>Por conseguinte, nos termos do artigo 59, tem-se que “o plano de recuperação judicial im-</p><p>plica novação dos créditos anteriores ao pedido, e obriga o devedor e todos os credores a ele</p><p>sujeitos, sem prejuízo das garantias, observado o disposto no § 1º do art. 50 desta Lei”.</p><p>Vale destacar que a novação cível, em regra, extingue os acessórios e as garantias da dívida (art. 364</p><p>do Código Civil), mas essa novação operada pela concessão da recuperação judicial não afasta as</p><p>garantias, e caso a recuperação seja convolada em falência, as relações creditícias retornam ao seu</p><p>status de origem (art. 61, § 2º da LFRE).4</p><p>Sob outro aspecto, impende registrar que a decisão judicial que concede a recuperação</p><p>judicial constitui título executivo judicial, nos moldes do artigo 515, inciso II, do CPC/2015.</p><p>Ainda, assevera-se que, dada a natureza interlocutória – visto que não define o mérito, tam-</p><p>pouco termina (encerra) o processo – o ato decisório concessivo da recuperação é recorrível por</p><p>4 RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito empresarial/André Luiz Santa Cruz Ramos. – 3ª. ed. rev. e atual. – Salvador/BA:</p><p>JusPODIVM, 2020. P. 310</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>21 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>meio de agravo de instrumento, “que poderá ser interposto por qualquer credor e pelo Ministério</p><p>Público” (Art. 59, § 2º).</p><p>004. (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2015/CEBRASPE) Julgue o item a seguir com base no</p><p>entendimento atual do STJ acerca de direito empresarial.</p><p>A novação decorrente da concessão da recuperação judicial após aprovado o plano em as-</p><p>sembleia enseja a suspensão das execuções individuais ajuizadas contra a própria devedora.</p><p>Elas são extintas e não suspensas.</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>DIREITO EMPRESARIAL. RECUPERAÇÃO JUDICIAL. APROVAÇÃO DO PLANO. NOVAÇÃO.</p><p>EXECUÇÕES INDIVIDUAIS AJUIZADAS CONTRA A RECUPERANDA. EXTINÇÃO. 1. A novação</p><p>resultante da concessão da recuperação judicial após aprovado o plano em assembleia é sui</p><p>generis, e as execuções individuais ajuizadas contra a própria devedora devem ser extintas,</p><p>e não apenas suspensas. 2. Isso porque, caso haja inadimplemento da obrigação assumida</p><p>por ocasião da aprovação do plano, abrem-se três possibilidades: (a) se o inadimplemento</p><p>ocorrer durante os 2 (dois) anos a que se refere o caput do art. 61 da Lei n. 11.101/2005, o</p><p>juiz deve convolar a recuperação em falência; (b) se o descumprimento ocorrer depois de</p><p>escoado o prazo de 2 (dois) anos, qualquer credor poderá pedir a execução específica assu-</p><p>mida no plano de recuperação; ou (c) requerer a falência com base no art. 94 da Lei. 3. Com</p><p>efeito, não há possibilidade de a execução individual de crédito constante no plano de recu-</p><p>peração – antes suspensa – prosseguir no juízo comum, mesmo que haja inadimplemento</p><p>posterior, porquanto, nessa hipótese, se executa a obrigação específica constante no novo</p><p>título judicial ou a falência é decretada, caso em que o credor, igualmente, deverá habilitar</p><p>seu crédito no juízo universal. 4. Recurso especial provido. (REsp 1272697/DF, Rel. Ministro</p><p>LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 02/06/2015, DJe 18/06/2015)</p><p>Errado.</p><p>1.8. convolAção dA recuperAção em FAlênciA</p><p>Convolar significa mudar ou transformar. Portanto, ocorrerá a convolação do processo de recu-</p><p>peração judicial em um processo de falência quando o juiz determinar a transformação de um pro-</p><p>cedimento no outro nos mesmos autos, desde que presentes determinados requisitos autorizativos.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>22 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>Conforme o disposto no artigo 73 da Lei 11.101/2005:</p><p>Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial:</p><p>I – por deliberação da assembleia geral de credores, na forma do art. 42 desta Lei;</p><p>II – pela não apresentação, pelo devedor, do plano de recuperação no prazo do art. 53 desta Lei;</p><p>III – quando não aplicado o disposto nos §§ 4º, 5º e 6º do art. 56 desta Lei, ou rejeitado o plano de</p><p>recuperação judicial proposto pelos credores, nos termos do § 7º do art. 56 e do art. 58-A desta Lei;</p><p>(Redação dada pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>IV – por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação, na forma do §</p><p>1º do art. 61 desta Lei.</p><p>V – por descumprimento dos parcelamentos referidos no art. 68 desta Lei ou da transação prevista no</p><p>art. 10-C da Lei n. 10.522, de 19 de julho de 2002; e (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>VI – quando identificado o esvaziamento patrimonial da devedora que implique liquidação substancial</p><p>da empresa, em prejuízo de credores não sujeitos à recuperação judicial, inclusive as Fazendas Públi-</p><p>cas. (Incluído pela Lei n. 14.112, de 2020)</p><p>O disposto no artigo supramencionado, porém, não impede a decretação da falência por ina-</p><p>dimplemento de obrigações não sujeitas ao regime recuperacional, ou mesmo pela prática de ou-</p><p>tros atos – fraudulentos ou não – incompatíveis com a manutenção da atividade empresarial (§ 1º).</p><p>Acerca da hipótese de descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recu-</p><p>peração, a Lei dispõe que tal fato não implicará a invalidade ou a ineficácia dos atos até então</p><p>praticados, mas o juiz determinará o bloqueio do produto de eventuais alienações e a devolu-</p><p>ção ao devedor dos valores já distribuídos, os quais ficarão à disposição do juízo (§ 2º).</p><p>Ademais, quanto ao inciso VI, tem-se que é considerada substancial a liquidação da empre-</p><p>sa quando não forem reservados bens, direitos ou projeção de fluxo de caixa futuro suficientes</p><p>à manutenção da atividade econômica para fins de cumprimento de suas obrigações, faculta-</p><p>da a realização de perícia específica para essa finalidade. (§ 3º).</p><p>Por fim, não se pode deixar de dizer que, na</p><p>convolação da recuperação em falência, os</p><p>atos de administração, endividamento, oneração ou alienação praticados durante a recupera-</p><p>ção judicial presumem-se válidos, desde que realizados na forma da Lei (Art. 74).</p><p>1.9. encerrAmento do processo</p><p>Proferida a decisão de concessão da recuperação judicial, o juiz poderá determinar a ma-</p><p>nutenção do devedor em recuperação judicial até que sejam cumpridas todas as obrigações</p><p>previstas no plano que vencerem até, no máximo, 2 (dois) anos depois da concessão da recu-</p><p>peração judicial, independentemente do eventual período de carência (art. 61).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>23 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>Após esse prazo bienal, uma vez cumpridas, pelo devedor, todas as obrigações vencidas</p><p>nesse período, “o juiz decretará por sentença o encerramento da recuperação judicial” (Art. 63).</p><p>Nesse mesmo ato, determinará:</p><p>I – o pagamento do saldo de honorários ao administrador-judicial,</p><p>somente podendo efetuar a quitação dessas obrigações mediante</p><p>prestação de contas, no prazo de 30 (trinta) dias, e aprovação do</p><p>relatório previsto no inciso III do caput deste artigo;</p><p>II – a apuração do saldo das custas judiciais a serem recolhidas;</p><p>III – a apresentação de relatório circunstanciado do administrador-</p><p>judicial, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, versando sobre a</p><p>execução do plano de recuperação pelo devedor;</p><p>IV – a dissolução do Comitê de Credores e a exoneração do</p><p>administrador-judicial;</p><p>V – a comunicação ao Registro Público de Empresas e à Secretaria</p><p>Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia para</p><p>as providências cabíveis. (Redação dada pela Lei 14.112/2020)</p><p>Vale ressaltar, apenas, que “mesmo que o plano tenha previsto obrigações a serem cumpri-</p><p>das em prazo superior a dois anos, o processo de recuperação judicial só durará dois anos. As</p><p>obrigações do plano continuarão a ser cumpridas pelo devedor, mas após dois anos ele não</p><p>estará ais em recuperação judicial”5.</p><p>1.10. plAno especiAl de recuperAção JudiciAl pArA microempresAs</p><p>(me) e empresAs de pequeno porte (epp)</p><p>Para encerrarmos os aspectos relacionados à recuperação judicial, devemos destacar</p><p>o tratamento jurídico diferenciado (na esteira do artigo 179 da CF/886) dispensado pela Lei</p><p>11.101/2005 às Microempresas (ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP), as quais podem</p><p>se submeter – caso desejem, dada a natureza facultativa do instituto – a um plano especial,</p><p>disciplinado nos artigos 70 a 72, a seguir reproduzidos:</p><p>Seção V</p><p>Do Plano de Recuperação Judicial para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte</p><p>Art. 70. As pessoas de que trata o art. 1º desta Lei e que se incluam nos conceitos de microempresa</p><p>ou empresa de pequeno porte, nos termos da legislação vigente, sujeitam-se às normas deste Capítulo.</p><p>§ 1º As microempresas e as empresas de pequeno porte, conforme definidas em lei, poderão apre-</p><p>sentar plano especial de recuperação judicial, desde que afirmem sua intenção de fazê-lo na petição</p><p>inicial de que trata o art. 51 desta Lei.</p><p>5 RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito empresarial/André Luiz Santa Cruz Ramos. – 3ª. ed. rev. e atual. – Salvador/BA:</p><p>JusPODIVM, 2020. P. 312</p><p>6 Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno</p><p>porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obriga-</p><p>ções administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>24 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>§ 2º Os credores não atingidos pelo plano especial não terão seus créditos habilitados na recuperação</p><p>judicial.</p><p>Art. 71. O plano especial de recuperação judicial será apresentado no prazo previsto no art. 53 desta</p><p>Lei e limitar-se-á às seguintes condições:</p><p>I – abrangerá todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos, excetuados os</p><p>decorrentes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e os previstos nos §§ 3º e 4º do art. 49; (Reda-</p><p>ção dada pela Lei Complementar n. 147, de 2014)</p><p>II – preverá parcelamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas, acrescidas de</p><p>juros equivalentes à taxa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC, podendo conter ainda</p><p>a proposta de abatimento do valor das dívidas; (Redação dada pela Lei Complementar n. 147, de 2014)</p><p>III – preverá o pagamento da 1ª (primeira) parcela no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias,</p><p>contado da distribuição do pedido de recuperação judicial;</p><p>IV – estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, após ouvido o administrador-judicial e o Co-</p><p>mitê de Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados.</p><p>Parágrafo único. O pedido de recuperação judicial com base em plano especial não acarreta a sus-</p><p>pensão do curso da prescrição nem das ações e execuções por créditos não abrangidos pelo plano.</p><p>Art. 72. Caso o devedor de que trata o art. 70 desta Lei opte pelo pedido de recuperação judicial com base</p><p>no plano especial disciplinado nesta Seção, não será convocada assembleia geral de credores para delibe-</p><p>rar sobre o plano, e o juiz concederá a recuperação judicial se atendidas as demais exigências desta Lei.</p><p>Parágrafo único. O juiz também julgará improcedente o pedido de recuperação judicial e decretará a</p><p>falência do devedor se houver objeções, nos termos do art. 55, de credores titulares de mais da me-</p><p>tade de qualquer uma das classes de créditos previstos no art. 83, computados na forma do art. 45,</p><p>todos desta Lei. (Redação dada pela Lei Complementar n. 147, de 2014)</p><p>Portanto, como grandes diferenças em relação ao plano de recuperação judicial “conven-</p><p>cional”, o plano especial facultado às ME e às EPP apresenta as seguintes:</p><p>• Condições predeterminadas pela Lei;</p><p>• Parcelamento das dívidas em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas,</p><p>acrescidas de juros equivalentes à taxa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC;</p><p>• Pagamento da 1ª (primeira) parcela no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, con-</p><p>tado da distribuição do pedido de recuperação judicial;</p><p>• Necessidade de autorização do juiz, após ouvido o administrador-judicial e o Comitê de</p><p>Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados;</p><p>• Desnecessidade de deliberação da assembleia geral de credores para a aprovação do</p><p>plano especial.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KRIS ELLEN DE LUCENA NOGUEIRA - 06263200464, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>25 de 83www.grancursosonline.com.br</p><p>Recuperação Judicial e Extrajudicial</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Renato Borelli</p><p>005. (TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO/2020/FCC) De acordo com a atual redação da Lei n.</p><p>11.101/2005, o pedido de recuperação judicial, com base em plano especial para microempre-</p><p>sas e empresas de pequeno porte,</p><p>a) abrange exclusivamente os créditos quirografários.</p><p>b) é obrigatório para as microempresas e facultativo para as empresas de pequeno porte.</p><p>c) acarreta a suspensão das execuções</p>