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<p>OBJ 01. COMPREENDER A NEUROANOTOMOFISIOLOGIA</p><p>(SINAPSES, NEUROTRANSMISSORES, ESTRUTURAS, NEUROPLASTICIDADE... )</p><p>Ref: Adaptado de Anatomia Geral – 1° Edição ELÁDIO PESSOA DE ANDRADE FILHO.</p><p>SISTEMA NERVOSO</p><p>O Sistema Nervoso é uma rede intrincada e altamente organizada de cerca de cem bilhões de neurônios</p><p>imersos na neuroglia, que corresponde à maior parte do volume do Sistema Nervoso (SN). Ele origina-se do</p><p>ectoderma embrionário e se localiza na região dorsal do embrião. Durante o desenvolvimento embrionário,</p><p>o ectoderma sofre uma invaginação, dando origem à goteira neural, que se fecha, formando o tubo neural.</p><p>Durante a neurogênese estas estruturas irão se desenvolvendo até a formação definitiva do</p><p>Sistema Nervoso.</p><p>TELENCÉFALO: Compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena</p><p>linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo.</p><p>CORTEX: percepção, cognição, aprendizagem.</p><p>NÚCLEOS DA BASE: Controle Motor</p><p>HIPOCAMPO: formação da memória</p><p>DENCÉFALO</p><p>TÁLAMO: sensorial e motor para o córtex cerebral;</p><p>HIPOTÁLAMO: Controle autônomo e endócrino</p><p>EPITÁLAMO: Relógio Biológico</p><p>MESENCÉFALO: Controle dos movimentos oculares</p><p>METENCÉFALO</p><p>Cerebelo: Controle e aprendizagem motores</p><p>PONTE: Controle Respiratório, urinário e movimentos oculares.</p><p>MELENCÉFALO</p><p>Bulbo: Controle Cardiovascular, respiratório, reflexos do tronco.</p><p>Sistema nervoso central</p><p>Formada pelo encéfalo e medula espinhal (estruturas localizadas no esqueleto axial, dentro do</p><p>crânio e do canal medular). Esta porção é especializada na recepção e interpretação de</p><p>estímulos, de comando e desencadeadora de respostas.</p><p>Sistema Nervoso Periférico</p><p>Constituída pelas vias que conduzem os estímulos ao SNC (Sistema Nervoso Central) ou que</p><p>levam até os órgãos efetuadores (músculos ou glândulas) as ordens emanadas da porção central.</p><p>Esta porção está distribuída pelo corpo na forma de nervos cranianos e espinhais, gânglios e</p><p>terminações ou receptores nervosos.</p><p>Pode-se dividir o sistema nervoso em SN da vida de relação ou somático (soma= corpo físico) e SN de vida</p><p>vegetativa ou visceral. O SN somático é aquele que relaciona o organismo com o meio ambiente. Apresenta</p><p>um componente aferente que conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos</p><p>informando-os o que se passa no meio ambiente, e um componente eferente que leva aos músculos</p><p>estriados esqueléticos o comando dos centros nervosos, resultando em movimentos voluntários. O SN</p><p>visceral é aquele que se relaciona com a inervação e controle das estruturas viscerais, importante na</p><p>integração das diversas vísceras no sentido da manutenção da constância do meio interno. Assim como no</p><p>somático, tem um componente aferente que conduz os impulsos nervosos originados em receptores das</p><p>vísceras (visceroceptores) as áreas específicas do SN. O componente eferente leva os impulsos originados</p><p>em certos centros nervosos até as vísceras, terminando em glândulas, músculo liso e cardíaco. O</p><p>componente eferente do SN visceral é denominado Sistema Nervoso Autônomo e pode ser subdividido em</p><p>simpático e parassimpático.</p><p>Sistema Nervoso Somático</p><p>Aferente (sensitivo) Receptores sensitivas (exteroceptores)</p><p>Associação Ligação entre o aferente e o eferente</p><p>Eferente (MOTOR) Músculo Estriado Esquelético</p><p>Sistema Nervoso Visceral</p><p>Aferente (SENSITIVO) Visceroceptores e enteroceptores</p><p>Aferente (MOTOR) Músculos liso, cardíaco e glândulas.</p><p>COMPONENTES DO SISTEMA NERVOSO</p><p>No sistema nervoso diferenciam-se duas linhagens celulares: os neurônios e as células da glia ou da neuróglia</p><p>(tecido de sustentação dos neurônios que tem várias funções).</p><p>NEURÔNIOS</p><p>Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos do meio (interno e externo),</p><p>possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas para a relação com o meio ambiente como para a</p><p>manutenção da homeostase corporal. Para compreendermos melhor as funções de coordenação e regulação exercidas</p><p>pelo sistema nervoso, precisamos primeiro conhecer a estrutura básica de um neurônio e como a mensagem nervosa</p><p>é transmitida. Um neurônio é uma célula composta de um corpo celular (onde está o núcleo, o citoplasma e o</p><p>citoesqueleto), e de finos prolongamentos celulares denominados neuritos, que podem ser subdivididos em dendritos</p><p>e axônios. Os dendritos são prolongamentos geralmente muito ramificados e que atuam como receptores de estímulos</p><p>funcionando, portanto, como ”antenas” para o neurônio. Os axônios são prolongamentos longos que atuam como</p><p>condutores dos impulsos nervosos. Os axônios podem se ramificar e essas ramificações são chamadas de colaterais.</p><p>O axônio está envolvido por um dos tipos celulares seguintes: célula de Schwann (encontrada apenas no SN Periférico)</p><p>e oligodendrócito (encontrado apenas no SN Central). Em muitos axônios, esses tipos celulares determinam a formação</p><p>da bainha de mielina - invólucro principalmente lipídico (também possui como constituinte a chamada proteína básica</p><p>da mielina) que atua como isolante e facilita a transmissão do impulso nervoso. Os potenciais de ação assemelham-se</p><p>em tamanho e duração e não diminuem à medida em que são conduzidos ao longo do axônio, ou seja, são de tamanho</p><p>e duração fixos. Um fato a ressaltar é a presença de nódulos (Ranvier) ao longo dos axônios, o que faz com que o</p><p>impulso nervoso percorra de forma saltatória ou seja mais rápida, pois a resposta a um estímulo tem que ser muito</p><p>rápida.</p><p>Sinapse: é um tipo de junção especializada em que um terminal axonal faz contato com outro neurônio ou tipo celular.</p><p>As sinapses podem ser elétricas ou químicas (maioria).</p><p>Lado pré-sináptico: consiste de um terminal axonal.</p><p>Lado pós-sináptico: pode ser dendrito ou soma de outro neurônio ou ainda outra célula inervada pelo neurônio.</p><p>Transmissão sináptica: transferência de informação através de uma sinapse. As sinapses elétricas, mais simples e</p><p>evolutivamente antigas, permitem a transferência direta da corrente iônica de uma célula para outra. Ocorrem em sítios</p><p>especializados denominados junções gap ou junções comunicantes.</p><p>A transmissão sináptica no sistema nervoso humano maduro é química, as membranas pré e pós-sinápticas são</p><p>separadas por uma fenda com largura de 20 a 50 nm, a fenda sináptica.</p><p>A passagem do impulso nervoso nessa região é feita, então, por substâncias químicas: os neurotransmissores, também</p><p>chamados mediadores químicos ou neuro-hormônios, liberados na fenda sináptica.</p><p>As sinapses químicas também ocorrem nas junções entre as terminações dos axônios e os músculos; essas junções</p><p>são chamadas placas motoras ou junções neuromusculares. Por meio das sinapses, um neurônio pode passar</p><p>mensagens (impulsos nervosos) para centenas ou até milhares de neurônios diferentes. Estas mensagens é que</p><p>permitem de maneira geral toda a atividade que compete ao Sistema Nervoso, tanto em nível central como em</p><p>periférico.</p><p>Células da glia (neuroglia):cumprem a função de sustentar, proteger, isolar e nutrir os neurônios. Há diversos tipos</p><p>celulares, distinguem-se, entre elas, os astrócitos, oligodendrocitos e micróglia. Têm formas estreladas e</p><p>prolongações que envolvem as diferentes estruturas do tecido.</p><p>ÓLIGODENDRÓCITOS</p><p>São encontrados apenas no sistema nervoso central (SNC). Devem exercer papéis importantes na manutenção dos</p><p>neurônios uma vez que, sem eles, os neurônios não sobrevivem em meio de cultura. No SNC, são as células</p><p>responsáveis pela formação da bainha de mielina. Os astrócitos são as maiores células da neuróglia e estão associados</p><p>à sustentação e à nutrição dos neurônios. A micróglia é constituída por células fagocitárias, análogas aos macrófagos</p><p>e que participam da defesa do sistema nervoso.</p><p>No Sistema Nervoso Central, existem as chamadas substâncias cinzenta e branca. A substância cinzenta é formada</p><p>pelos corpos dos neurônios e a branca, por seus prolongamentos. Neurônio receptor: sensitivo ou</p><p>aferente, é o que</p><p>recebe o estímulo e os encaminha ao SNC, geralmente está localizado na periferia e no interior do corpo e nos órgãos</p><p>de sentidos especiais localizados na cabeça (visão, audição, olfação, equilíbrio e gustação).</p><p>Neurônio de associação: internuncial, geralmente localizados no Sistema Nervoso Central que realiza a interpretação</p><p>do estímulo (que pode ser consciente ou não) analisa as informações, armazena sob a forma de memória, elabora</p><p>padrões de resposta ou geram respostas espontâneas (comanda e desencadeia a resposta adequada a este estímulo).</p><p>Neurônio efetor: eferente ou motor, é o que conduz o impulso nervoso (geralmente emanado dos neurônios de</p><p>associação) ao órgão efetuador (encarregado da resposta) músculo estriado esquelético, glândula ou músculo liso.</p><p>Neurônio sensitivo: levam informações ao sistema nervoso central.</p><p>Neurônio motor: levam a resposta elaborada ao órgão efetuador da resposta (músculo ou glândula).</p><p>Neurônio de associação (recebe, analisa, armazena sob a forma de memória e elabora respostas) sendo que estas</p><p>podem ser conscientes ou inconscientes.</p><p>NERVO</p><p>Denominamos nervo a reunião de várias fibras nervosas, que podem ser formadas de axônios ou de dendritos. As</p><p>fibras nervosas formadas pelos prolongamentos dos neurônios e seus envoltórios, organizam-se em feixes.</p><p>Cada fibra nervosa é envolvida por uma camada conjuntiva - endoneuro. Cada feixe é envolvido por uma bainha</p><p>conjuntiva - perineuro. Vários feixes agrupados formam um nervo que está envolvido por uma bainha de tecido</p><p>conjuntivo - epineuro.</p><p>MEDULA ESPINHAL</p><p>É a parte do sistema nervoso central situado dentro do canal vertebral.</p><p>Limites: Superior: plano transversal que passa ao nível do forame magno;</p><p>Inferior: na altura das vértebras L1 e L2.</p><p>Cone medular: porção terminal da medula espinhal em forma de cone.</p><p>Fio terminal: prolongamento da pia-máter que se estende do cone medular até o fundo do saco dural em nível de S2.</p><p>Cauda equina: formada pelos ramos ventrais dos nervos espinhais surgida na intumescência lombar e que vão inervar</p><p>a região da pelve e membros inferiores.</p><p>Nervos espinhais: (31 pares), partem da medula espinhal 31 pares de nervos raquidianos ou espinhais que se</p><p>relacionam com a sensibilidade corporal e com os músculos esqueléticos: oito pares de nervos cervicais; doze pares</p><p>de nervos torácicos; cinco pares de nervos lombares; seis pares de nervos sacrais</p><p>Anatomia do Telencéfalo</p><p>O compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena linha mediana situada na porção</p><p>anterior do III ventrículo. É a porção do SNC suprasegmentar situada acima (recobrindo) o diencéfalo e ocupa a maior</p><p>parte da caixa craniana. Além das funções psíquicas, coordena os estímulos sensoriais e a motricidade. Reconhecemos</p><p>no telencéfalo dois hemisférios direito e esquerdo, separados pela fissura longitudinal superiores, porém internamente</p><p>unidos por fibras comissurais que formam o corpo caloso, comissura anterior e fórnice, formadas por substância branca,</p><p>que interconectam e relacionam os dois hemisférios. A palavra córtex vem do latim para “casca”. Isto porque o córtex</p><p>é a camada mais externa do cérebro, constituída principalmente de substância cinzenta. A espessura do córtex cerebral</p><p>varia de 2 a 6 mm. O lobo frontal - sendo responsável pelo planejamento consciente e pelo controle motor. O lobo</p><p>temporal - tem centros importantes de memória e audição. O lobo parietal - lida com os sentidos corporal e espacial, o</p><p>lobo occipital direciona a visão e a ínsula relaciona-se com a gustação. Os lobos são separados por sulcos, giros,</p><p>fissuras e reentrâncias para maior distribuição de sua área e tem as suas faces que levam o nome do osso em que</p><p>estão em contato. O córtex destaca-se pela sua superfície enrugada, saliências são chamadas giros; reentrâncias são</p><p>chamadas sulcos, sulcos muito profundos são denominados fissuras.</p><p>Anatomia do Diencéfalo</p><p>Hipotálamo: forma o assoalho do terceiro ventrículo e centro vital de controle de muitas funções corporais básicas.</p><p>• Regula o sono, a sede, a fome e o balanço hídrico do corpo.</p><p>• Comanda o Sistema Nervoso Autônomo (SNA).</p><p>• Comanda as respostas corporais por intermédio de conexões com a hipófise.</p><p>TÁLAMO</p><p>Região de substância cinzenta localizada entre o tronco encefálico e o cérebro.</p><p>• Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos receptores do olfato, passam pelo tálamo</p><p>antes de atingir o córtex cerebral;</p><p>• Atua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral;</p><p>• É responsável pela condução dos impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser processados;</p><p>• Também está relacionado com alterações no comportamento emocional, que decorre, não só da própria atividade,</p><p>mas também de conexões com outras estruturas do sistema límbico (que regula as emoções).</p><p>Tronco Encefálico</p><p>É a parte do sistema nervoso central situado entre a medula espinhal e o diencéfalo, ventralmente ao cerebelo.</p><p>Porção cranial do sistema nervoso segmentar, sua estrutura é constituída pelos núcleos dos nervos cranianos,</p><p>núcleos próprios do Tronco Encefálico, fibras de passagem e formação reticular que por sua vez, se agrupam em</p><p>feixes denominados tractos, fascículos e lemniscos.</p><p>• Bulbo ou Medula Oblonga (inferior);</p><p>• Ponte (média);</p><p>• Mesencéfalo (superior).</p><p>Formação reticular: é uma rede de células e fibras que se estende por todo tronco cerebral ocupando os espaços</p><p>deixados pelos núcleos do tronco e é uma área até pouco tempo relativamente desconhecida de funções</p><p>importantíssimas para a regulação da atividade neural. IV ventrículo: cavidade do tronco situado entre o bulbo, ponte</p><p>e cerebelo.</p><p>Aqueduto cerebral: cavidade do mesencéfalo.</p><p>FUNÇÕES:</p><p>• Receber informações sensitivas de nervos cranianos.</p><p>• Contém circuitos nervosos que transmitem informações da medula espinhal até outras regiões encefálicas e, em</p><p>direção contrária, do encéfalo para a medula espinhal.</p><p>• Regula a atenção, o sono e a vigília e controla a postura corporal.</p><p>Constituintes do tronco encefálico</p><p>Bulbo ou medula oblonga: o bulbo apresenta uma porção fechada, mais caudal, que contém o canal central continuo</p><p>com o da medula espinhal e, uma porção aberta, na qual o canal central se expande como quarto ventrículo.</p><p>LIMITES: inferiormente, pelo plano horizontal que intersecta as radículas mais proximais do primeiro par de nervos</p><p>raquidianos. Superiormente, pelo sulco bulbo pontino. Anteriormente, pela porção basilar do osso occipital.</p><p>A Ponte e o Mesencéfalo, situados acima do bulbo e que também participam do tronco encefálico, também tem</p><p>funções de agrupar os feixes de fibras que ascendem da medula (tractos e lemniscos) para estes se dirigirem a</p><p>regiões específicas do córtex, como também contém vários núcleos de nervos cranianos que vão controlar e</p><p>direcionarestes impulsos (sensitivos e motores).</p><p>Cerebelo</p><p>O cerebelo ou “pequeno cérebro” é um importante centro de controle do movimento. Arquicerebelo: lobo</p><p>flóculonodular</p><p>- núcleo fastigial- equilíbrio; Paleocerebelo: lobo anterior - núcleos emboliforme e globoso - tônus muscular;</p><p>Neocerbelo: lobo posterior - núcleo denteado - coordenação de movimentos finos.</p><p>O cerebelo é constituído de um centro de substância branca, o corpo medular do cerebelo, de onde irradia a lâmina</p><p>branca do cerebelo, revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar.</p><p>FUNÇÕES:</p><p>Recebe aferências maciças da medula espinhal e da ponte.</p><p>Aferências medulares: trazem informação a respeito da posição do corpo no espaço. Aferências pontinas: leva</p><p>informação do córtex cerebral especificando a meta do movimento pretendido, o cerebelo compara as informações e</p><p>calcula as sequências de contrações musculares necessárias para se atingir a meta de movimento, corrigindo quando</p><p>estas não saem como planejadas.</p><p>NEURODESENVOLVIMENTO</p><p>O cérebro é um órgão que está constantemente trabalhando</p><p>e processando as informações vindas do exterior, mas</p><p>também está encarregado de analisar os sinais do nosso próprio corpo. Há estudos que dizem que nós usamos</p><p>apenas 10% do nosso cérebro. Quando falamos sobre o desenvolvimento do cérebro não significa que o cérebro</p><p>esteja ficando cada vez maior. Na verdade, o desenvolvimento do cérebro implica: otimizar o espaço disponível;</p><p>melhorar a qualidade do espaço disponível; melhorando a qualidade das conexões feitas por nossos neurônios, que</p><p>são as células encarregadas de receber; processar e transmitir informação através de sinais químicos e elétricos.</p><p>Considere que o crânio de um adulto tem aproximadamente 1.350 centímetros cúbicos de espaço.</p><p>FORMAÇÃO DAS CONEXÕES</p><p>Nas primeiras semanas de semanas de gravidez começa o estágio de proliferação, em que um grande número de</p><p>células está sendo criado rapidamente. Algumas delas se diferenciará para se tornar um tipo especial de célula, nossos</p><p>neurônios, que se deslocam para um lugar específico neste cérebro formador. Os neurônios tomam seu lugar, eles</p><p>começam a desenvolver seus dendritos e axônios para fazer conexões específicas com outros neurônios. Os dendritos</p><p>recebem mensagens de outros neurônios e o axônio envia mensagens a eles, formando toda uma rede de</p><p>comunicação. Se imaginarmos o neurônio como uma árvore, os dendritos seriam como seus ramos e o axônio seria</p><p>como o tronco com raízes. Em torno de cinco meses de gravidez, os neurônios iniciam suas primeiras conexões, e por</p><p>volta dos sete meses já há conexões em todo o cérebro, que aumentam de forma impressionante após o primeiro ano</p><p>de nascimento. Mas a partir do primeiro ano de nascimento, nosso cérebro começa a selecionar quais conexões quer</p><p>manter. Temos que ter em mente que o cérebro tem espaço limitado e precisa utilizá-lo eficientemente.</p><p>APOPTOSE NEURONAL -> acontece a morte programada de certos neurônios que não usamos, a fim de alocar a</p><p>energia e os nutrientes para as boas conexões que temos e consolidamos. Este processo ocorre em diferentes</p><p>momentos da vida como uma forma de fazer ordem e limpeza dentro de nosso sistema nervoso.</p><p>CONEXÕES NEURONAIS</p><p>É importante mencionar que as experiências pelas quais vivemos desempenham um papel fundamental na construção</p><p>da arquitetura do cérebro, que irá alimentar o futuro de cada criança em seu aprendizado, social e emocional, afetivo e</p><p>comportamental. Por este motivo, é mais provável que conexões neurais efetivas sejam formadas e mantidas ao longo</p><p>do tempo, pois depende de como o meio ambiente e os cuidadores são capazes de estimulá-los. A "bainha de mielina"</p><p>é importante para garantir a velocidade da conexão, e o processo pelo qual os neurônios começam a se cobrir com</p><p>esta estrutura é chamada mielinização Os primeiros anos de vida são bastante intensos em termos de desenvolvimento</p><p>cerebral. Pois dentro dos primeiros 3 anos de vida, uma grande parte da estrutura do cérebro é desenvolvida. O</p><p>desenvolvimento ocorre de uma forma progressiva, e esta progressão está longe de parar quando atingimos a idade</p><p>de 3 anos. Isso acaba acontecendo porque o desenvolvimento do cérebro e mudanças na estrutura cerebral permitem</p><p>novas funções, comportamentos ou habilidades ao longo da vida. E nós como estudantes de fonoaudiologia ou</p><p>fonoaudiólogos temos que saber que posteriormente, são adquiridas as áreas associadas aos aspectos lingüísticos e</p><p>sócioemocionais, que, embora comecem na primeira infância, se tornam mais complexas ao longo da vida.</p><p>DESENVOLVIMENTO TÍPICO E ATÍPICO</p><p>Ao falar de típico e atípico, quer dizer com que freqüência observamos um determinado fenômeno em uma população.</p><p>Por exemplo, é típico que os gatos caminham quando têm um mês de idade, ou seja, a maioria dos gatinhos isso nesse</p><p>período. Se um gatinho começa aos cinco meses de idade, diríamos que é atípico. Então quando é falado de distúrbios</p><p>neurodisciplinares, está sendo referido aos estudos e avaliação de comportamentos ou habilidades que são observadas</p><p>em um desenvolvimento atípico. Desenvolvimento atípico pode ocorrer em nível global, ou seja, todas as funções têm</p><p>uma trajetória diferente da esperada para a idade da criança É importante mencionar que os distúrbios do</p><p>neurodesenvolvimento surgem a partir dos primeiros anos de vida ou na fase escolar e gerar dificuldades em diferentes</p><p>dificuldades em diferentes áreas de funcionamento da criança. Alguns distúrbios de desenvolvimento neurológico são:</p><p>Deficiências Intelectuais Déficit de Atenção Déficit de Aprendizagem Desordem do Espectro do Autismo No correr do</p><p>resumo serão abordado algumas características desses distúrbios. Mas para aprofundamentos de cada um é sugerido</p><p>uma leitura mais aprofundada em livros da área.</p><p>É importante saber que estes "distúrbios" não são "curados", porque não estamos falando de uma doença, mas de uma</p><p>forma diferente de desenvolvimento, que resulta em uma forma diferente de funcionamento. Lembrando que os</p><p>cérebros de crianças com distúrbios de desenvolvimento neurológico se desenvolvem de forma diferente, eles</p><p>processam, sentem e respondem ao mundo de diferentes formas.</p><p>DEFICIÊNCIA INTELECTUAL</p><p>É um estado individual no qual capacidades intelectuais, ou seja, processos como prestar atenção, memorizar,</p><p>solução de problemas, planejamento, comunicação de idéias e outros, seguem um trajetória atípica e não se</p><p>desenvolvem de acordo com o que se espera para sua idade. As pessoas com DI precisam de mais apoio para</p><p>realizar atividades da vida diária: aprender na escola; interagir com outras pessoas; desempenhar funções por conta</p><p>própria para torná-las mais independentes. Quando dizemos que uma pessoa com DI tem uma trajetória de</p><p>desenvolvimento atípica, queremos dizer que sua trajetória intelectual e adaptativa se desenvolveram de forma</p><p>diferente.</p><p>Mas é importante lembrar que: não devemos pensar na DI como um desenvolvimento atípico em todos os domínios.</p><p>Claro que isso não significa que a pessoa com DI tenha que se isolar dos outros em sua, muito pelo contrário, quanto</p><p>mais ela participar da sociedade, quanto mais ela puder se integrar, mais oportunidades terá de desenvolver suas</p><p>habilidades Em 2010, os especialistas do mundo concordaram em modificar o nome "retardamento mental" para</p><p>Deficiência Intelectual Processo avaliativo do indivíduo com DI: Avaliam o funcionamento intelectual (clínica – escola</p><p>– aspectos sociais). Desde a aplicação de testes, escalas e protocolos até a observação geral. Avaliam as</p><p>habilidades e comportamentos. A pessoa não se limita a um número de QI. Condutas adaptativas (como é a vida</p><p>desse sujeito). A avaliação do funcionamento intelectual ainda é essencial, porque ajuda a entender forças e</p><p>dificuldades cognitivas. É importante saber que estes "distúrbios" não são "curados", porque não estamos falando de</p><p>uma doença, mas de uma forma diferente de desenvolvimento, que resulta em uma forma diferente de</p><p>funcionamento.</p><p>Neurodesenvolvimento</p><p>O neurodesenvolvimento é o conjunto de habilidades no qual a pessoa passa a interagir com o meio que a rodeia,</p><p>esse contato se dá de forma dinâmica e será determinado pela idade, maturidade, estímulos presentes no ambiente</p><p>de convivência e fatores biológicos. Quando o neurodesenvolvimento é comprometido por problemas neurológicos,</p><p>que podem interferir na aquisição, retenção, ou aplicação de habilidades, chamamos de transtornos do</p><p>neurodesenvolvimento. Esses distúrbios, podem envolver disfunção da atenção, da memória, da percepção, da</p><p>linguagem, da solução de problemas ou da interação social neurodesenvolvimento. Esses distúrbios, podem envolver</p><p>disfunção da atenção, da memória, da percepção, da linguagem, da solução de problemas ou da interação social.</p><p>Nervos cranianos</p><p>Os nervos cranianos são um conjunto de pares de nervos que se conectam ao encéfalo, sendo que a maioria está</p><p>ligada ao tronco encefálico, com exceção apenas de dois, o olfatório (I par) e o óptico (II par), que se ligam ao</p><p>telencéfalo</p><p>e diencéfalo, respectivamente. No total, temos 12 pares, de tal forma que cada um será responsável por funções</p><p>sensitivas e motoras do organismo humano, algumas delas até mesmo vitais. O nosso organismo é dotado de 12 pares,</p><p>e que cada um deles apresenta uma numeração que vai de I a XII, além, é claro, de seu nome específico.Essa</p><p>numeração é algo bem intuitivo, de tal forma que ela é na sequência craniocaudal, isto é, o nervo de origem mais</p><p>superior é o I e o de origem mais inferior é o XII.</p><p>Nervos sensitivos: Olfatório (I), Óptico (II) e Vestibulococlear (VIII); são os nervos que têm o papel de transmitir os</p><p>impulsos nervosos do órgão receptor até ao SNC.</p><p>Nervos motores: Oculomotor (III), Troclear (IV), Abducente (VI), Acessório (XI) e Hipoglosso (XII);</p><p>conduzem o impulso codificado no encéfalo (SNC), até ao órgão efetor.</p><p>Nervos mistos: Trigêmeo (V), Facial (VII), Glossofaríngeo e Vago (X). tem o mesmo papel que os nervos sensitivos e</p><p>motores ao mesmo tempo.</p><p>• FUNÇÕES BÁSICAS DE CADA PAR</p><p>I PAR -> NERVO OLFATÓRIO</p><p>É formado por inúmeros feixes nervosos que se originam na região olfatória das nossas fossas nasais, atravessam a</p><p>lâmina cribiforme do etmoide e terminam no bulbo olfatório. Algumas condições podem resultar no não funcionamento</p><p>correto desse nervo, fazendo com que o indivíduo tenha alterações do olfato. Elas podem ser redução (hiposmia),</p><p>abolição (anosmia), sensação de mau-cheiro (cacosmia), odores distorcidos (parosmia), dentre outros. Como avaliar:</p><p>expondo o paciente (de olhos fechados) a aromas conhecidos, avaliando narina por narina.</p><p>II PAR -> NERVO ÓPTICO</p><p>Se constitui de um feixe grosso que se origina na retina, emergindo na porção posterior dos globos oculares e</p><p>penetrando no crânio pelo canal óptico. Posteriormente passa pelo quiasma óptico, trato óptico, radiculações ópticas,</p><p>até chegarno córtex visual. Seu objetivo é captar os estímulos luminosos, levando-os ao encéfalo, onde haverá a</p><p>interpretação dessa informação em visão. Um detalhe importante é que parte de suas fibras, as oriundas do polo</p><p>medial (nasal) da retina, estabelecem um cruzamento no quiasma óptico, de forma que as informações colhidas pela</p><p>retina nasal de um lado comporãopartedo trato ópticodo outro lado. Clinicamente, pode ser testado por meio de testes</p><p>de campo visual, reflexo fotomotor direto e reflexo motor consensual, que podem acusar abolição completa</p><p>ouparcialdo campo visual.</p><p>III PAR -> NERVO OCULOMOTOR</p><p>Esse nervo é exclusivamente motor, sendo responsável principalmente pela motricidade extrínseca dos olhos. Dessa</p><p>forma, ele inerva os músculos que fazem nossos olhos se mexerem: o reto superior, reto inferior, reto medial e</p><p>oblíquo inferior. Além disso, também atua em músculos do bulbo ocular, como o ciliar, responsável pela regulação da</p><p>convergência do cristalino, e o esfíncter da pupila, que controla o grau de abertura pupilar, e no levantador da</p><p>pálpebra superior.</p><p>IV PAR -> NERVO TROCLEAR</p><p>Esse par tem a mesma função do oculomotor, atuando na motricidade ocular. No entanto, o nervo troclear inerva o</p><p>oblíquo superior. Mas o que isso quer dizer? Tente olhar para a ponta do seu nariz. Conseguiu? Então, é o troclear e</p><p>o oblíquo superior trabalhando. As lesões desse nervo geralmente são oriundas de acidente vascular encefálico nos</p><p>pedúnculos cerebelares, oque acarreta fraqueza do oblíquo superior.</p><p>V PAR -> NERVO TRIGÊMEO</p><p>Esse é um nervo misto com várias funções. Seu componente motor atua nos músculos da mastigação, tensor do</p><p>tímpano, tensor do véu palatino, milo-hióideo e ventre anterior do digástrico. No componente sensitivo, ele atua na</p><p>sensibilidade geral da face, conjuntiva, dentes, 2/3 anteriores da língua e grande parte da dura-máter. Como o trigêmeo</p><p>está envolvido em várias funções, várias são as formas de testá-lo. A motricidade pode ser avaliada principalmente via</p><p>reflexos corneopalpebral e massetérico. Já sua função de sensibilidade pode ser testada por meio de estímulos táteis</p><p>na região da face e fronte.</p><p>VI PAR -> NERVO ABDUCENTE</p><p>O nervo abducente também é um nervo motor responsável pela motricidade ocular. Logo, ele atua junto com o</p><p>oculomotor e com o troclear nessa função. No entanto o músculo que ele inerva é o reto lateral, responsável pela</p><p>movimentação lateral do olho. Assim, caso haja uma lesão no nervo abducente, haverá um desvio medial do olho,</p><p>gerando um quadro de estrabismo convergente. Também poderá ocorrer diplopia, já que o desvio ocular faz com que</p><p>cada olho foque em um ponto.</p><p>VII PAR -> NERVO FACIAL</p><p>As funções básicas do nervo VII são na mímica facial, já que ele é responsável pela inervação dos músculos da</p><p>expressão, atuando também na secreção das glândulas lacrimal, sublingual e submandibular e na sensibilidade</p><p>especial da língua, sendo importante na gustação. Para avaliá-lo, o médico pode solicitar que o paciente faça</p><p>expressões variadas, como sorrir mostrando os dentes, elevar os olhos mostrando as rugas, já que a simetria é um</p><p>importante indicativo de normalidade. Lesões nesse nervo podem levar a paralisias faciais, no caso, a uma hemiplegia</p><p>ipsilateral ao nervo lesado.</p><p>VIII PAR -> NERVO VESTIBULOCOCLEAR</p><p>O vestibulococlear ocupa, juntamente com os nervos facial e intermédio, o meato acústico interno, na porção petrosa</p><p>do osso temporal. Ele é composto por duas partes: uma vestibular e outra coclear. A vestibular é responsável pelo</p><p>controle do equilíbrio, enquanto a coclear se associa com a audição. Dessa forma, lesão nesse nervo pode gerar</p><p>distúrbios auditivos, além de alterações no equilíbrio e enjoo. Ele pode ser testado de inúmeras formas. Caso queira</p><p>avaliar o componente auditivo, o profissional pode lançar mão dos testes de Weber e de Rinne, enquanto o de Romberg</p><p>pode avaliar o equilíbrio.</p><p>IX PAR -> NERVO GLOSSOFARÍNGEO</p><p>Este é um nervo misto. Sua ação de aferente se dá na língua, sendo responsável pela sensibilidade geral e especial</p><p>(gustação) do terço posterior da língua, faringe, tonsila, tuba auditiva, além de seio e corpo carotídeo. Já sua atividade</p><p>motora é de ordem visceral geral, pertencendo à divisão parassimpática do sistema nervoso autônomo. Alterações</p><p>clínicas nesse nervo podem gerar síndromes dolorosas no terço posterior da língua e faringe.</p><p>X PAR -> NERVO VAGO</p><p>É um nervo misto, com funções sensitivas e motoras. Na sensibilidade, também atua na condução de estímulos gerais</p><p>da faringe, além de laringe, traqueia, esôfago e as vísceras torácicas e abdominais. Já sua função motora se dá de</p><p>forma parassimpática, nas vísceras do tórax e abdome, além de inervar músculos da laringe e faringe.Clinicamente,</p><p>alterações nesse nervo podem gerar disfagia e disfonia. Nesse caso, ele pode ser testado ao solicitar que o paciente</p><p>abra a boca e fale “AAAA”. Uma possível indicação de lesão é a não elevação do palato, configurando o sinal da cortina,</p><p>no entanto podem haver condições mais graves devido a sua ação em vísceras vitais, como o coração.</p><p>XI -> NERVO ACESSÓRIO</p><p>Nervo puramente motor, formado por dois ramos, um interno e um externo. O primeiro,de origem craniana, e o</p><p>segundo,de origem espinal. O interno tem trajeto descendente com o vago para inervar vísceras torácicas, enquanto o</p><p>externo é responsável pelos músculos trapézio e esternocleidomastóideo. Em caso de lesão no acessório, esses</p><p>músculos podem atrofiar e o indivíduo apresentar os ombros caídos.</p><p>XII -> NERVO HIPOGLOSSO</p><p>O nervo hipoglosso é responsável pela inervação dos músculos associados à movimentação da língua, classificados</p><p>como extrínsecos e intrínsecos a ela. Dentre os músculos extrínsecos da língua, destacam-se o genioglosso, o</p><p>hioglosso, o estiloglosso, o gênio-hióideo e o tiro hióideo.</p><p>NEUROTRASMISSORES</p><p>Há pouco mais de uma dúzia de neurotransmissores conhecidos ou de existência suposta no cérebro. Para os</p><p>psicofarmacologistas, é particularmente importante conhecer os seis principais sistemas de neurotransmissores que</p><p>são alvos das substâncias</p><p>psicotrópicas:</p><p>• serotonina</p><p>• noradrenalina</p><p>• dopamina</p><p>• acetilcolina</p><p>• glutamato</p><p>• GABA (ácido γ-aminobutírico)</p><p>Alguns neurotransmissores são muito semelhantes aos fármacos e foram chamados “farmacopeia de Deus”. Por</p><p>exemplo, sabe-se muito bem que o cérebro produz sua própria morfina (i. e., β- endorfina) e sua própria maconha (i.</p><p>e., anandamida). O cérebro pode produzir até mesmo seus próprios antidepressivos, ansiolíticos e alucinógenos. Os</p><p>fármacos frequentemente imitam os neurotransmissores naturais do cérebro, e alguns deles foram até mesmo</p><p>descobertos antes do neurotransmissor natural. Assim, a morfina era usada na prática clínica antes da descoberta da</p><p>β- endorfina; fumava-se maconha antes da descoberta dos receptores canabinoides e da anandamida; os</p><p>benzodiazepínicos diazepam e alprazolam eram prescritos antes da descoberta dos receptores de benzodiazepínicos;</p><p>e os antidepressivos amitriptilina e fluoxetina passaram a ser usados na prática clínica antes da elucidação molecular</p><p>do sítio transportador da serotonina. Isso ressalta o fato de que a maioria das substâncias que atuam no sistema</p><p>nervoso central exerce sua ação no processo de neurotransmissão. Com efeito, isso aparentemente ocorre, às vezes,</p><p>de modo a imitar as ações do próprio cérebro, quando este utiliza suas próprias substâncias químicas.</p><p>O estímulo que chega a qualquer neurônio pode envolver vários neurotransmissores diferentes provenientes de</p><p>numerosos circuitos neuronais diversos. Compreender esses impulsos para os neurônios dentro de circuitos funcionais</p><p>pode ser a base de raciocínio para a seleção e a combinação de agentes terapêuticos. Esse tema é discutido</p><p>extensamente nos capítulos referentes aos diversos transtornos psiquiátricos. A ideia é que, para que os</p><p>psicofarmacologistas modernos possam influenciar a neurotransmissão anormal em pacientes com transtornos</p><p>psiquiátricos, pode ser necessário ter como alvos neurônios em circuitos específicos. Como essas redes de neurônios</p><p>enviam e recebem informações por meio de uma série de neurotransmissores, pode ser também necessário usar</p><p>diversas substâncias ativas sobre os neurotransmissores nos pacientes com transtornos psiquiátricos. Isso</p><p>particularmente quando agentes isolados com mecanismos relacionados com um único neurotransmissor não são</p><p>efetivos no alívio dos sintomas.</p><p>Neurotransmissão |</p><p>A neurotransmissão clássica começa por um processo elétrico, por meio do qual os neurônios enviam impulsos</p><p>elétricos de uma parte da célula a outra parte dessa mesma célula através de seus axônios (ver o neurônio A na Figura</p><p>1.3). Todavia, esses impulsos elétricos não saltam diretamente para outros neurônios. A neurotransmissão clássica</p><p>entre neurônios envolve um que envia um mensageiro químico ou neurotransmissor aos receptores de um segundo</p><p>neurônio (ver a sinapse entre o neurônio A e o neurônio B). Isso ocorre com frequência, mas não exclusivamente, nas</p><p>áreas de conexões sinápticas. No cérebro humano, 100 bilhões de neurônios fazem milhares de sinapses com outros</p><p>neurônios para algo em torno de 1 trilhão de sinapses de neurotransmissão química.</p><p>A comunicação entre todos esses neurônios nas sinapses é química, e não elétrica. Ou seja, um impulso elétrico no</p><p>primeiro neurônio converte-se em um sinal químico na sinapse entre tal neurônio e um segundo neurônio, em um</p><p>processo conhecido como acoplamento excitação-secreção, que é o primeiro estágio da neurotransmissão química.</p><p>Esse processo ocorre predominantemente, mas não de maneira exclusiva, em uma direção: do terminal axônico pré-</p><p>sináptico para um segundo neurônio pós-sináptico (Figuras 1.2 e 1.3). Por fim, a neurotransmissão prossegue no</p><p>segundo neurônio, que converte a informação química do primeiro neurônio novamente em um impulso elétrico ou,</p><p>talvez, de modo mais refinado, por meio da informação química proveniente do primeiro neurônio. Essa desencadeia</p><p>uma série de outras mensagens químicas no segundo neurônio, a fim de mudar seu funcionamento molecular e</p><p>genético.</p><p>Uma peculiaridade interessante relativa à neurotransmissão química foi a descoberta de que os neurônios pós-</p><p>sinápticos também podem “responder” aos seus pré-sinápticos. Essa resposta pode ser emitida por meio de</p><p>neurotransmissão retrógrada do segundo neurônio ao primeiro na sinapse entre eles (Figura 1.5, ilustração à direita).</p><p>As substâncias químicas produzidas especificamente como neurotransmissores retrógrados em algumas sinapses são</p><p>os endocanabinoides (EC, também conhecidos como “maconha endógena”), sintetizados no neurônio pós-sináptico.</p><p>Em seguida, são liberados e sofrem difusão para receptores canabinoides pré-sinápticos, como o CB1 ou o receptor</p><p>de canabinoide 1 (Figura 1.5, ilustração à direita). Outro neurotransmissor retrógrado é o neurotransmissor gasoso NO,</p><p>ou óxido nítrico, sintetizado pós-sinapticamente e que, em seguida, sofre difusão pela membrana pós-sináptica para a</p><p>membrana pré-sináptica, onde interage com alvos sensíveis ao monofosfato de guanosina cíclico (cGMP) (Figura 1.5,</p><p>ilustração à direita). Um terceiro grupo de transmissores retrógrados constitui-se de fatores neurotróficos, como o NGF</p><p>(fator de crescimento neural), que é liberado de locais pós-sinápticos e, em seguida, sofre difusão para o neurônio pré-</p><p>sináptico. Neste é captado em vesículas e transportado de volta ao núcleo da célula por sistemas de transporte</p><p>retrógrados, a fim de interagir com o genoma (Figura 1.5, ilustração à direita). A mensagem transmitida por esses</p><p>neurotransmissores retrógrados no neurônio pré-sináptico e como isso modifica ou regula a comunicação entre o</p><p>neurônio pré-sináptico e o neurônio pós-sináptico constituem temas de intensa pesquisa ativa.</p><p>Neurotransmissão retrógrada.</p><p>Nem toda neurotransmissão é clássica ou anterógrada ou de cima para baixo – isto é, de neurônios pré-sinápticos</p><p>para neurônios pós-sinápticos (à esquerda). Os neurônios pós-sinápticos também podem se comunicar com</p><p>neurônios pré-sinápticos de baixo para cima por meio de neurotransmissão retrógrada, do neurônio pós-sináptico</p><p>para o neurônio pré-sináptico (à direita). Alguns neurotransmissores produzidos especificamente como</p><p>neurotransmissores retrógrados em algumas sinapses são os endocanabinoides (EC ou “maconha endógena”), que</p><p>são sintetizados no neurônio pós-sináptico e liberados difundindo-se para os receptores de canabinoides pré-</p><p>sinápticos, como o receptor de canabinoide 1 (CB1); o neurotransmissor gasoso, óxido nítrico (NO), o qual é</p><p>sintetizado em nível pós- sináptico e que, em seguida, sofre difusão para fora da membrana pós-sináptica e entra na</p><p>membrana pré-sináptica, onde interage com alvos sensíveis ao monofosfato de guanosina cíclico (cGMP); e fatores</p><p>neurotróficos, como o fator de crescimento neural (NGF), que é liberado de locais pós-sinápticos e sofre difusão para</p><p>o neurônio pré-sináptico, onde é captado em vesículas e transportado de volta ao núcleo celular por meio de sistemas</p><p>de transporte retrógrados para interagir com o genoma.</p><p>Neurotransmissão de volume.</p><p>A neurotransmissão também pode ocorrer sem sinapse. Ela é chamada de neurotransmissão de volume ou difusão</p><p>não sináptica. Nesta figura, duas sinapses de acordo com o enfoque anatômico (neurônios A e B) são mostradas se</p><p>comunicando com seus receptores pós-sinápticos correspondentes (a e b, setas 1). Entretanto, existem também</p><p>receptores para o neurotransmissor A, o neurotransmissor B e o neurotransmissor C, que estão distantes das conexões</p><p>sinápticas do sistema nervoso de acordo com o enfoque anatômico. Caso o neurotransmissor A ou B possa se difundir</p><p>a partir de sua sinapse antes de ser destruído, ele conseguirá interagir com outros sítios receptores equivalentes, porém</p><p>distantes da própria sinapse (setas 2). Se o neurotransmissor A ou B encontrar um receptor diferente incapaz de</p><p>reconhecê-lo (receptor c), o neurotransmissor não irá interagir com esse receptor, mesmo que sofra difusão (seta 3).</p><p>Consequentemente,</p><p>um mensageiro químico é enviado por um neurônio a outra seta 3).</p><p>Neurotransmissão de volume: dopamina. Um exemplo de neurotransmissão de volume seria o da dopamina no córtex</p><p>pré-frontal. Como existem poucas bombas de recaptação de dopamina no córtex pré-frontal, ela está disponível para</p><p>se difundir até sítios receptores próximos. Desse modo, a dopamina liberada de uma sinapse (seta 1) tendo como alvo</p><p>o neurônio pós-sináptico A está livre para se difundir ainda mais sem uma bomba de recaptação, podendo alcançar</p><p>receptores de dopamina no mesmo neurônio, porém fora da sinapse a partir da qual foi liberada, em dendritos vizinhos</p><p>(seta 2). A figura mostra a dopamina que também alcança receptores extrassinápticos em um neurônio vizinho (seta</p><p>3).</p><p>NEUROPLASTICIDADE</p><p>Define-se neuroplasticidade como a propriedade do sistema nervoso de alterar a sua função ou a sua estrutura em</p><p>resposta às influências ambientais que o atingem. Tanto as alterações plásticas quanto as influências ambientais que</p><p>as provocam podem variar bastante, de muito fortes a extremamente sutis. Por exemplo: em um dos extremos, uma</p><p>lesão traumática, cirúrgica ou congênita no cérebro pode levar a mudanças de posição de setores funcionais com o</p><p>redirecionamento de circuitos neurais, ambos detectáveis experimentalmente em animais, ou por meio de técnicas de</p><p>neuroimagem em seres humanos; no outro extremo, um simples fato novo que presenciamos pode resultar em</p><p>alterações sinápticas moleculares capazes de possibilitar a memorização daquele fato por um longo tempo durante a</p><p>vida. Em ambos os casos, bem como nas numerosas possibilidades intermediárias, trata-se de neuroplasticidade.</p><p>COMO O SISTEMA NERVOSO SE REGENERA?</p><p>No caso do sistema nervoso, a palavra-chave é neu-rogênese, ou seja, a capacidade de proliferação neuronal. Sempre</p><p>se soube que a neurogênese é ativa durante as fases iniciais do desenvolvimento, cessando em seguida para dar lugar</p><p>aos mecanismos de posicionamento e diferenciação das células neurais; mas não se sabia que algumas regiões do</p><p>sistema nervoso retinham essa propriedade até a vida adulta. Tornou-se então realista supor a existência de uma certa</p><p>capacidade regenerativa do sistema nervoso adulto.</p><p>NEUROGENESE NO DESENVOLVIMENTO</p><p>As primeiras fases do desenvolvimento embrionário se caracterizam justamente por uma intensa proliferação de</p><p>precursores neuronais e gliais, que gradualmente vai formando as diferentes regiões do sistema nervoso central.</p><p>Nessa fase precoce, tudo indica que o genoma controla sozinho a maior parte do processo, tendo em vista que o</p><p>ambiente externo tem ainda pouco acesso ao sistema nervoso imaturo, formando-se in utero. Sendo assim, a</p><p>neurogênese ontogenética representa um mecanismo do desenvolvimento, mas não uma forma de neuroplasticidade.</p><p>Neurogênese significa o exercício do ciclo celular integral pela célula nervosa. Ou seja: a sucessão de fases que</p><p>resulta na mitose da célula-mãe, produzindo duas células-filhas. Nada extraordinário para a grande maioria das</p><p>células do organismo, mas não para o neurônio. Os precursores neuronais ciclam um certo número de vezes bem</p><p>definido para cada região das zonas germinativas. A neurogênese, embrionária na maior parte das regiões neurais,</p><p>estende-se ao longo da vida pós-natal em algumas poucas regiões. O giro denteado do hipocampo é uma de-las, a</p><p>zona subependimária dos ventrículos laterais do telencéfalo é outra, e o hipotálamo é uma terceira. Nessas regiões,</p><p>ocorre neurogênese durante a vida adulta.</p><p>Neurogênese na maturidade</p><p>A neurogênese que ocorre no giro denteado do hipocampo, na zona subependimária do telencéfalo e no hipotálamo</p><p>explica-se pela permanência, nessas regiões, de uma população permanente de células-tronco. Células-tronco são</p><p>aquelas capazes de auto-regeneração e multipotencialidade, ou seja, aptas a ciclar continuamente, gerando outras</p><p>células-tronco por mitose, e dar origem a tipos celulares maduros diversos. Como se pode supor, há células-tronco em</p><p>graus diversos, desde aquelas totipoten-tes, capazes de gerar qualquer tipo celular do organismo e que existem apenas</p><p>nos embriões precoces, até aquelas multipotentes mais restritas, capazes de gerar diversos tipos celulares mas dentro</p><p>de um mesmo sistema orgânico. Este é o caso das células-tronco situadas no encéfalo, que se supõe serem capazes</p><p>de gerar neurônios e gliócitos de tipos diferentes.</p><p>OBJ 02. ENTENDER O PROCESSO NEUROCOGNITIVO RELACIONADO A LINGUAGEM</p><p>DO ADULTO E IDOSO</p><p>A influência de regiões situadas fora do cerne Wernicke/Broca na linguagem se dá de maneira direta, no processamento</p><p>dos elementos linguísticos; ou indiretamente, por meio de uma outra função cognitiva que pode interferir na linguagem</p><p>(por exemplo, memória). O hemisfério dominante para a linguagem é o hemisfério cerebral esquerdo, porém, o</p><p>hemisfério direito, atua nos aspectos paralinguísticos, que então complementa o papel linguístico do hemisfério</p><p>esquerdo, propiciando a verdadeira comunicação verbal.</p><p>• ÁREA DE WERNICKE</p><p>situada na porção medial e superior do lobo temporal, está envolvida na compreensão da linguagem. A área de</p><p>Wernicke atua na decodificação do material linguístico para a compreensão do significado e na codificação do conceito</p><p>em palavras, sendo esta uma etapa necessária para haver a expressão verbal. Vias de ativação do sistema semântico</p><p>(significado) Canal Sonoro – Para a compreensão verbal oral os sons da fala são analisados acusticamnete e</p><p>fonemicamente no lobo temporal, inclusive na área de Wernicke. Os aspectos sintáticos dependentes do lobo frontal</p><p>ajudam na compreensão do tema e a mensagem atinge o nível léxico-semântico. Canal visual – Na leitura, os símbolos</p><p>gráficos são processados nos lobos occipital, temporal e parietal. Essa informação chega a área de Wernicke e então</p><p>entra no nível léxicosemântico. Canal táctil – É possível reconhecer letras e palavras desenhadas na pele, sem o auxílio</p><p>da visão (grafoestesia). Esse estímulo é então analisado nas áreas sensitivas primária e secundária do lobo parietal e</p><p>deve então passar pela área de Wernicke. A forma das palavras, portanto, pode ser de diferentes modalidades: auditiva,</p><p>visual, táctil. Sendo assim, a área de Wernicke é um processador da forma das palavras, independentemente de sua</p><p>representação sensorial, e coordena a interação recíproca entre elas e o significado semântico.</p><p>• ÁREA DE BROCA</p><p>situada no giro frontal ascendente esquerdo, é a principal área cortical responsável pelo controle da fonação, estando</p><p>envolvida, principalmente, no planejamento motor da linguagem, na articulação e no ritmo da fala. A motricidade dos</p><p>músculos da face. Língua, faringe e laringe, é controlada pelos nervos cranianos: trigêmio, facial, hipoglosso e</p><p>acessório. Os atos motores da fonação são organizados pela área de Broca (córtex pré-motor) que controla o cortex</p><p>motor associado a musculatura dos órgãos fonoarticulatórios (OFAS). Portanto, o papel da área de Broca é organizar</p><p>os atos motores para produzir distintos fonemas que constituem palavras de uma frase. Para a expressão verbal oral,</p><p>a ideia conceitual se traduz semanticamente em estruturas parietotemporais, e o lobo frontal escolhe como o tópico</p><p>será enfocado. Após realizar a compreensão pelo acesso semântico, o passo seguinte é o acesso lexical, a escolha</p><p>das palavras, também dependente de áreas anteriores e posteriores. O conjunto léxico-semântico é transposto em</p><p>forma de palavra oral pela área de Wernicke, que passa a informação para a área de Broca. Em seguida, as palavras</p><p>são arranjadas em uma estrutura sintática com grande atuação do lobo frontal e inicia-se a codificação fonológica, da</p><p>qual participam áreas anteriores e posteriores. Assim, a mensagem verbal entra então no sistema motor e articulatório.</p><p>Na escrita é necessária a participação do lobo parietal (giros supramarginal e angular), que integra os aspectos</p><p>espaciais da letra. A área de Wernicke codifica a forma de palavra gráfica a partir do conceito semântico. A informação</p><p>passa para as áreas anteriores, completa-se o processamento sintático-fonológico e a mensagem atinge a área motora</p><p>da mão para a execução. A comunicação entre as áreas posteriores e anteriores se faz pelo fascículo arqueado, que</p><p>liga estas duas áreas, relaciona-se com a integração, compreensão e expressão. Esse feixe de fibras é bidirecional,</p><p>com as informações partindo das áreas posteriores para as anteriores e vice-versa.</p><p>ESTRUTURAS SUCORTICAIS NA FALA E NA LINGUAGEM</p><p>• NÚCLEOS DA BASE</p><p>O ato da fonação depende também de circuitos neurais para a movimentação automatizada da mandíbula, língua,</p><p>músculos toráxicos e diafragma. Para isso é necessário a participação dos núcleos de base (globo pálido, substancia</p><p>negra, núcleo rubro e núcleo caudado) que são estruturas sub-corticais que controlam o automatismo motor. O córtex</p><p>cerebral conecta-se aos gânglios da base situados na profundidade dos hemisférios cerebrais. O córtex projeta-se</p><p>sobre o striatum (núcleo caudado e putâmem), este sobre o globo pálido, o qual se conecta com o tálamo que, por sua</p><p>vez, envia fibras ao córtex, fechando o circuito.</p><p>• CEREBELO</p><p>O cerebelo é responsável pela sequencialização dos movimentos na fala e pela monitoração da fonação, ou seja, se o</p><p>ato motor foi executado da forma anteriormente planejada.</p><p>• GIRO ANGULAR</p><p>O chamado giro angular está localizado no lobo parietal, e faz a integração entre as funções gnósicas e práxicas da</p><p>linguagem, tendo grande participação nos processos de escrita e leitura. Outra área envolvida nestas funções é a do</p><p>giro parietal inferior, ou giro supramarginal.</p><p>HEMISFÉRIO DIREITO</p><p>Na maioria da população há a linguagem no hemisfério esquerdo, porém não se pode descartar o hemisfério direito, o</p><p>qual é responsável pela organização da prosódia (entonação, segmentação supra-fonética, modulação emocional e</p><p>etc.). Isso remete a uma intensa troca de informações entre os dois hemisférios para a integração entre a programação</p><p>fonética e a prosódia. A relação entre os dois hemisférios cerebrais possibilita que um mesmo fonema possa ser</p><p>produzido de várias formas, dependendo do contexto da frase e do conteúdo emotivo.</p><p>ASPECTOS LINGUÍSTICOS</p><p>A análise do som verbal realizada pelo hemisfério D, baseada na cadência sonora, propicia a discriminação do conteúdo</p><p>emocional e do reconhecimento do interlocutor. A capacidade sintática do hemisfério D parece ser limitada. Pacientes</p><p>submetidos à desconexão do corpo caloso, apesar de conseguirem julgar se uma sentença está ou não</p><p>gramaticalmente correta, são incapazes de utilizar a informação sintática na compreensão de sentenças. Estes mesmos</p><p>pacientes podem ser avaliados lexicamente. Se a palavra maçã for apresentada ao hemisfério D, na forma auditiva ou</p><p>escrita, a mão E aponta a figura da maçã. O hemisfério D tem propriedades léxico-semânticas. No entanto,</p><p>provavelmente se limita a palavras isoladas e frases curtas. Portadores de lesão no hemisfério D apresentam</p><p>dificuldade em provas de completar frase (escolha de uma palavra), associar um objeto à palavra oralmente fornecida</p><p>e em dar a definição de uma palavra, embora sejam capazes de nomear a partir da definição.</p><p>HIERARQUIZAÇÃO DO CORTÉX CEREBRAL</p><p>PRIMÁRIAS: São áreas relacionadas somente a recepção ou transmissão de informação, ou seja, essa área apenas</p><p>recebe a informação e não realiza o processamento e também realiza a transmissão dessa informação para outra</p><p>região. É uma área unimodal.</p><p>SECUNDÁRIAS: Recebe a informação vinda da área primaria e identifica qual o aspecto da informação que recebeu,</p><p>ou seja, decodifica e identifica as características do estimulo e envia a informação para a área terciaria. É uma área</p><p>unimodal.</p><p>TERCIÁRIAS: É uma área relacionada a tomada de decisão, ou seja, quando a informação chega nessa área, é</p><p>acoplada a outras informações para uma tomada de decisão de forma que se possa responder ao determinado</p><p>comando. É uma área polimodal.</p><p>PROCESSAMENTO DA LIINGUAGEM</p><p>PROCESSAMENTO SINTÁTICO</p><p>-O córtex frontal inferior esquerdo é classicamente associado à esse processamento.</p><p>- Tarefas gramaticais ativam a região frontal ínfero-posterior e também a porção mais lateral.</p><p>- Essas provas requerem, além da capacidade sintática, a utilização de memória de trabalho para reter a sequência</p><p>das palavras.</p><p>- A gramaticalização envolve o conhecimento da categoria sintática da palavra e a estruturação da frase como um todo,</p><p>na sequência de elementos linguísticos.</p><p>PROCESSAMENTO LÉXICO-SEMÂNTICO</p><p>- Toda tarefa semântica envolve estratégias cognitivas para acessar a representação semântica: a busca na memória,</p><p>a seleção da resposta, a tomada de decisão, a memória de trabalho.</p><p>- O giro frontal inferior está principalmente implicado nesses aspectos relacionados à semântica.</p><p>- Acredita-se que as formas altamente estruturadas de conhecimento semântico dependem de áreas cerebrais</p><p>posteriores, cabendo às áreas frontais os mecanismos de acesso a essas informações para sua utilização.</p><p>PROCESSAMENTO DA ESCRITA</p><p>- Os primeiros passos na realização da escrita sob ditado são ouvir o estímulo (tratamento da informação aferente) e</p><p>reconhecê-lo como uma sequência de sílabas da língua.</p><p>- Esse reconhecimento das sílabas da língua é realizado no registro fonossilábico de entrada, e constitui o início do</p><p>processamento central da escrita.</p><p>- Para a realização da soletração, essas sílabas poderão sofrer 3 tipos de processamentos: lexical, segmentar silábico</p><p>ou segmentar literal (escrita letra por letra).</p><p>PROCESSAMENTO LEXICAL</p><p>- As sílabas reconhecidas no registro fonossilábico de entrada são emparelhadas a representações do léxico fonológico</p><p>de entrada, uma memória na qual estão armazenadas todas as palavras da língua que um indivíduo conhece.</p><p>- Caso a sequência de sílabas seja correspondente a uma palavra familiar, o estímulo será reconhecido e a memória</p><p>semântica poderá ser acessada para dar significado ao que foi ouvido.</p><p>- Assim, as informações semânticas serão emparelhadas com suas representações ortográficas, armazenadas em</p><p>uma memória denominada léxico ortográfico de saída.</p><p>- Essas representações, por sua vez, passarão por um procedimento de codificação logoliteral, ou seja, serão</p><p>segmentadas em suas unidades literais e reconhecidas pelo registro alfabético de saída.</p><p>- Por fim, as informações literais serão enviadas para um estoque mnésico denominado buffer grafêmico, no qual a</p><p>sequência de grafemas que compõe determinada palavra ficará ativa enquanto os movimentos do grafismo são</p><p>programados e executados.</p><p>- Esses últimos mecanismos periféricos serão descritos de forma detalhada mais adiante.</p><p>- É importante salientar que existe um tipo de processamento lexical que não envolve o acesso à memória semântica,</p><p>o qual pode ser observado em casos patológicos em que há uma disfunção, na memória semântica ou no acesso a</p><p>ela.</p><p>OBJ 03. IDENTIFICAR AS DOENÇAS QUE AFETAM A COMUNICAÇÃO NO ADULTO E NO IDOSO</p><p>REFERÊNCIA: NEUROCIENCIA DA MENTE E DO COMPORTAMENTO; ROBERTO LENT; CÁP 14, PAG 291</p><p>DOENÇAS QUE AFETAM A COMUNICAÇÃO</p><p>NO ADULTO E IDOSO</p><p>NOME DEFINIÇÃO</p><p>AMNÉSIA</p><p>Incapacidade de formar ou evocar memórias a despeito de o indivíduo estar acordado.</p><p>Anterógrada- incapacidade de aprender fatos novos</p><p>Retrógada-incapacidade de relembrar fatos antigos</p><p>AGNOSIA</p><p>Déficit perceptivo, a pessoa ouve ou sente, mas não aprende os significados</p><p>Prosopagnosia- inncapacidade de identificar pessoas conhecidas pelo rosto</p><p>Agnosia do ambiente- incapacidade de reconhecer lugares familiares</p><p>AFASIA</p><p>Geralmente causada por um acidente vascular cerebral (AVC), a afasia afeta a capacidade de</p><p>uma pessoa de usar ou compreender palavras.</p><p>Fluente- dá a iimpressao de confusão mental</p><p>Não-fluente- fala obstruida ou espessa</p><p>APRAXIA Distúrbio dos movimentos aprendidos</p><p>Para uso de ferramentas-dificuldade de manusear e utilizar objetos como garfo, faca, toalha</p><p>de banho</p><p>Ideativa- ações rotineiras como lavar a louça, dirigir</p><p>SÍNDROME</p><p>DISEXECUTIVA</p><p>Comprometimento da autonomia pessoal, passividade e desorganização nas tarefas</p><p>cotidianas</p><p>DISLEXIA</p><p>Transtorno congênito e hereditário da decodificação da linguagem que compromete a</p><p>capacidade de ler e escrever corretamente do indivíduo</p><p>TRANSTORNO</p><p>DE DÉFICIT DE</p><p>ATENÇÃO E</p><p>HIPERATIVIDADE</p><p>(TDAH)</p><p>Caracterizado por um padrão crônico de desatenção, hiperatividade e impulsividade.</p><p>Entre os sinais mais frequentes do TDAH em adultos estão: atrasos frequentes em</p><p>compromissos de trabalho, falta de organização, oscilação abrupta de humor, dificuldade de</p><p>se expressar, repetição de palavras com frequência e problemas ao dirigir.</p><p>DEMÊNCIA</p><p>Entre os sinais mais frequentes do TDAH em adultos estão: atrasos frequentes em</p><p>compromissos de trabalho, falta de organização, oscilação abrupta de humor, dificuldade de</p><p>se expressar, repetição de palavras com frequência e problemas ao dirigir</p><p>OBJ 04 ENTENDER COMO OS PSICOFÁRMACOS ATUAM NO TRATAMENTO</p><p>DE DOENÇAS NEUROLÓGICAS</p><p>REFERENCIA: NEUROCIENCIA DA MENTE E DO COMPORTAMENTO; ROBERTO LENT; CAP 16.</p><p>MECANISMOS GERAIS RESPONSÁVEIS PELOS EFEITOS DOS PSICOFÁRMACOS</p><p>As substâncias psicoativas atuam, basicamente, modificando a comunicação sináptica entre neurônios. Fazem isso</p><p>mediante interação com neurotransmissores específicos. Os mecanismos dessa interação variam, e incluem</p><p>interferência na síntese, na liberação, na atuação em receptores específicos pré- ou pós-sinápticos, na metabolização,</p><p>na recaptação, ou em sistemas de segundos mensageiros.</p><p>EFEITOS A LONGO PRAZO DOS PSICOFÁRMACOS</p><p>A plasticidade neuronal, ou seja, a capacidade de alterar a estrutura e/ou a função ao longo do tempo em resposta a</p><p>estímulos persistentes, é uma das propriedades fundamentais do sistema nervoso central. Como será discutido adiante,</p><p>muitos dos psicofármacos necessitam de administração repetida para o aparecimento do efeito terapêutico. É provável,</p><p>portanto, que nessa condição a substância psicoativa esteja atuando como um estímulo repetido que leva a alterações</p><p>plásticas do sistema nervoso central. Essas alterações seriam, em última instância, as responsáveis pelos efeitos</p><p>observados.</p><p>ANTIPSICÓTICOS</p><p>FÁRMACOS EMPREGADOS EM TRANSTONOS DO HUMOR</p><p>Os transtornos afetivos podem ser classificados em dois grandes grupos: os depressivos e os bipolares. Os primeiros</p><p>incluem a depressão maior, a distimia e outros tipos não-especificados.</p><p>A depressão maior é uma doença recorrente, caracterizada pelo aparecimento de episódios com humor deprimido,</p><p>perda de interesse pelas atividades habituais, sentimentos de desesperança, desvalia, culpa, desamparo, associados</p><p>a alterações do apetite e do sono, fadiga, retardo ou agitação psicomotora, diminuição do desempenho sexual,</p><p>dificuldade de concentração e de raciocínio e pensamentos recorrentes sobre a morte, com ou sem tentativas de</p><p>suicídio.</p><p>O transtorno bipolar é caracterizado pela ocorrência, além de episódios de depressão semelhantes aos descritos</p><p>anteriormente, de crises de mania ou hipomania. Os episódios de mania, mais graves do que os de hipomania,</p><p>caracterizam-se por elevação contínua do humor, excesso de auto-estima, prolixidade, hiperatividade motora,</p><p>aceleração do pensamento com fuga de idéias, diminuição das necessidades de sono, dispersão e envolvimento em</p><p>atividades de risco.No entanto, a semelhança entre os sintomas maníacos e aqueles provocados por substancias que</p><p>facilitam a neurotransmissão dopaminérgica sugere o envolvimento desse neurotransmissor.</p><p>TRATAMENTO: ANTIDEPRESSIVOS</p><p>O primeiro representante dos antidepressivos foi a imipramina. A partir desse composto, vários outros com propriedades</p><p>semelhantes foram introduzidos na clínica. Em decorrência de sua estrutura química, esse grupo foi denominado</p><p>antidepressivos tricíclicos (Tabela 16.4).</p><p>Inicialmente esses compostos se mostraram eficazes em reduzir os sintomas da depressão maior, com resposta</p><p>terapêutica significativa em aproximadamente 70% dos pacientes. Uma característica desse grupo, no entanto, é a</p><p>latência, ou seja, a demora para o início de seus efeitos, o que leva à necessidade de uso contínuo da substância por</p><p>períodos de 4 a 6 semanas para a manifestação plena de seus efeitos terapêuticos. No início dos anos 1960 o</p><p>mecanismo farmacológico desses efeitos começou a ser elucidado, com a descoberta de que a impramina era capaz</p><p>de bloquear a recaptação neuronal de norepinefrina e serotonina pelos terminais axônicos pré-sinápticos. A recaptação</p><p>(Figura 16.3) é a principal responsável pela retirada dessas duas monoaminas da fenda sináptica e, em consequência,</p><p>da interrupção de sua ação.</p><p>"ESTABILIZADORES" DO HUMOR</p><p>Pacientes que têm transtorno bipolar, durante uma crise depressiva podem ser confundidos com pacientes portadores</p><p>de depressão maior. No entanto, o diagnóstico diferencial é importante e o uso de fármacos antidepressivos deve ser</p><p>realizado com cuidado, já que existe a possibilidade de passagem direta da crise de depressão para a crise de mania.</p><p>O principal representante dos "estabilizadores" do humor é o lítio, um metal alcalino encontrado em abundância na</p><p>natureza. O lítio é eficaz tanto no tratamento de episódios maníacos agudos quanto, em especial, na prevenção de</p><p>recorrência de crises maníacas ou depressivas. Esse último efeito é que o caracteriza como "estabilizador" do humor.</p><p>Além disso, pode ser útil em pacientes que têm depressão maior e que não respondem a fármacos antidepressivos.</p><p>Não se conhece um papel fisiológico para o lítio. No entanto, embora o mecanismo de ação do efeito terapêutico</p><p>permaneça desconhecido, seus efeitos farmacológicos são inúmeros. Existem evidências de facilitação da transmissão</p><p>sináptica mediada pela serotonina e pela norepinefrina.</p>

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