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APOSTILA COMPLEMENTAR COMPORTAMENTO ETICO

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Amanda Santos

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<p>CÓD: SL-086FV-24</p><p>7908433249771</p><p>CAIXA ECONÔMICA FEDERAL</p><p>CAIXA</p><p>Técnico bancário Novo</p><p>MATERIAL DIGITAL</p><p>Comportamentos Éticos e Compliance</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>ÍNDICE</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Comportamentos Éticos e Compliance</p><p>1. Prevenção à lavagem de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e suas alterações ....................................................................................... 4</p><p>2. Circular nº 3.978, de 23 de janeiro de 2020 e Carta Circular nº 4.001, de 29 de janeiro de 2020 e suas alterações ................ 9</p><p>3. Resolução CVM 50/2021 ............................................................................................................................................................ 24</p><p>4. Conceitos e medidas de enfrentamento ao assédio moral e sexual .......................................................................................... 37</p><p>5. Atitudes éticas, respeito, valores e virtudes .............................................................................................................................. 38</p><p>6. Noções de ética empresarial e profissional; A gestão da ética nas empresas públicas e privadas ............................................ 40</p><p>7. Código de Ética, Conduta e integridade ..................................................................................................................................... 41</p><p>8. Segurança da informação: fundamentos, conceitos e mecanismos de segurança; Segurança cibernética: Resolução CMN nº</p><p>4893, de 26 de fevereiro de 2021 .............................................................................................................................................. 61</p><p>9. Artigo 37 da Constituição Federal (Princípios constitucionais da Administração Pública: Princípios da legalidade, impessoali-</p><p>dade, moralidade, publicidade e eficiência) .............................................................................................................................. 61</p><p>10. Sigilo Bancário: Lei Complementar nº 105/2001 e suas alterações ........................................................................................... 64</p><p>11. Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 e suas alterações ........................................ 67</p><p>12. Legislação anticorrupção: Lei nº 12.846/2013 e Decreto nº 8.420/2015 e suas alterações ...................................................... 80</p><p>13. Política de Responsabilidade Socioambiental da Caixa Econômica Federal .............................................................................. 93</p><p>14. Boas práticas de governança corporativa .................................................................................................................................. 95</p><p>4</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E</p><p>COMPLIANCE</p><p>PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO: LEI Nº 9.613/98 E</p><p>SUAS ALTERAÇÕES</p><p>O crime de lavagem de dinheiro tem como característica ser</p><p>um conjunto de operações comerciais e financeiras que visam a</p><p>incorporação de dinheiro de origem ilícita na economia de um país,</p><p>com a finalidade de dar uma aparência lícita. O maior desafio é</p><p>esconder a origem dos recursos. A lavagem de dinheiro pode ter um</p><p>caráter transitório ou definitivo. Para que esse processo dinâmico se</p><p>concretize, será necessário conhecer as três etapas independentes</p><p>que normalmente ocorrem simultaneamente.</p><p>Antes de apresentar as etapas, é importante ressaltar que</p><p>há uma cooperação mundial a fim de coibir e evitar a lavagem</p><p>de dinheiro. Diversos governos e empresas participam desta</p><p>cooperação, principalmente as ligadas ao mercado financeiro</p><p>mundial.</p><p>Para disfarçar os lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos,</p><p>a lavagem de dinheiro realiza-se por meio de um processo</p><p>dinâmico que requer: primeiro, o distanciamento dos fundos de</p><p>sua origem, evitando uma associação direta deles com o crime;</p><p>segundo, o disfarce de suas várias movimentações para dificultar</p><p>o rastreamento desses recursos; e terceiro, a disponibilização</p><p>do dinheiro novamente para os criminosos depois de ter sido</p><p>suficientemente movimentado no ciclo de lavagem e poder ser</p><p>considerado “limpo”.</p><p>— Fases da Lavagem de Dinheiro</p><p>Colocação: é a primeira etapa da lavagem de dinheiro onde</p><p>ocorre a introdução do dinheiro ilícito no sistema financeiro, de</p><p>forma a torná-lo mais portátil e menos suspeito, ou seja, objetiva</p><p>ocultar sua origem, evitando uma associação direta dos recursos</p><p>com o crime cometido. Exemplo: Nesta etapa, as instituições</p><p>financeiras são utilizadas para receber esses recursos sem saber</p><p>a origem. O objetivo é a realização de depósitos e transferências</p><p>entre contas-correntes; mediante compra e venda de moedas</p><p>estrangeiras; aquisição de cotas de fundos de investimento;</p><p>aquisição de valores mobiliários, etc.</p><p>Ocultação: é a segunda etapa da lavagem de dinheiro.</p><p>Nela ocorre a realização de várias transações financeiras que</p><p>visam confundir o rastreamento. São transações com baixa</p><p>complexidade e baixo volume financeiro, porém em elevada</p><p>quantidade. Os criminosos procuram esconder o dinheiro ilícito</p><p>efetuando transferências para contas de “laranjas” a fim de</p><p>dificultar evidências sobre a origem do dinheiro. Com o advento</p><p>da tecnologia e uso crescente de aplicativos bancários, facilita aos</p><p>criminosos que priorizam movimentar os recursos ilícitos de forma</p><p>eletrônica, transferindo os ativos ou efetuando depósitos em alta</p><p>frequência. Nesta etapa também pode ocorrer a conversão dos</p><p>recursos na aquisição de imóveis, automóveis, pedras preciosas,</p><p>joias e ouro. Em resumo, o objetivo aqui é dificultar o rastreamento</p><p>das operações pelas autoridades competentes.</p><p>Integração: é a terceira e última etapa no ciclo da lavagem.</p><p>Se chegar até aqui o dinheiro ilícito, que agora está com status</p><p>de dinheiro lícito, ele é introduzido formalmente à economia,</p><p>ao sistema financeiro e as organizações criminosas buscam</p><p>oportunidades de investir em empreendimentos que facilitem as</p><p>suas atividades. Podendo tais sociedades prestarem serviços entre</p><p>si, por meio de empréstimos ou geração de lucros falsos através de</p><p>empresas de “fachada”. Após a formação de um conglomerado de</p><p>empresas falsas, fica mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.</p><p>LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998.</p><p>Dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens,</p><p>direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro</p><p>para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle de</p><p>Atividades Financeiras - COAF, e dá outras providências.</p><p>O PRESIDENTE DAREPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-</p><p>cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:</p><p>CAPÍTULO I</p><p>DOS CRIMES DE “LAVAGEM” OU OCULTAÇÃO DE BENS,</p><p>DIREITOS E VALORES</p><p>Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização,</p><p>disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou va-</p><p>lores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. (Re-</p><p>dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>VI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>VII - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>VIII - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa. (Redação</p><p>dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular</p><p>a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de infração</p><p>penal: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>I - os converte em ativos lícitos;</p><p>II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garan-</p><p>tia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;</p><p>III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes</p><p>aos verdadeiros.</p><p>de recursos por meio da</p><p>compensação interbancária de cheque, a instituição sacada deve</p><p>informar à instituição depositária, e a instituição depositária deve</p><p>informar à instituição sacada, os números de inscrição no CPF ou</p><p>no CNPJ dos titulares da conta sacada e da conta depositária, res-</p><p>pectivamente.</p><p>SEÇÃO III</p><p>DO REGISTRO DAS OPERAÇÕES EM ESPÉCIE</p><p>Art. 33. No caso de operações com utilização de recursos em</p><p>espécie de valor individual superior a R$2.000,00 (dois mil reais),</p><p>as instituições referidas no art. 1º devem incluir no registro, além</p><p>das informações previstas nos arts. 28 e 30, o nome e o respectivo</p><p>número de inscrição no CPF do portador dos recursos.</p><p>Parágrafo único. Nas operações de que trata o caput, realizadas</p><p>por empresa de transporte de valores devidamente autorizada e</p><p>registrada na autoridade competente, nos termos da legislação em</p><p>vigor, considera-se essa empresa como a portadora dos recursos, a</p><p>qual será identificada por meio do registro do número de inscrição</p><p>no CNPJ e da firma ou denominação social. (Incluído, a partir de</p><p>1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>Art. 34. No caso de operações de depósito ou aporte em espé-</p><p>cie de valor individual igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta</p><p>mil reais), as instituições referidas no art. 1º devem incluir no regis-</p><p>tro, além das informações previstas nos arts. 28 e 30:</p><p>I- o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no</p><p>CNPJ, conforme o caso, do proprietário dos recursos;</p><p>II- o nome e o respectivo número de inscrição no CPF do porta-</p><p>dor dos recursos; e</p><p>III- a origem dos recursos depositados ou aportados.</p><p>Parágrafo único. Na hipótese de recusa do cliente ou do porta-</p><p>dor dos recursos em prestar a informação referida no inciso III do</p><p>caput, a instituição deve registrar o fato e utilizar essa informação</p><p>nos procedimentos de monitoramento, seleção e análise de que</p><p>tratam os art. 38 a 47.</p><p>Art. 35. No caso de operações de saque, inclusive as realizadas</p><p>por meio de cheque ou ordem de pagamento, de valor individual</p><p>igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais), as institui-</p><p>ções referidas no art. 1º devem incluir no registro, além das infor-</p><p>mações previstas nos arts. 28 e 30:</p><p>I- o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no</p><p>CNPJ, conforme o caso, do destinatário dos recursos;</p><p>II- o nome e o respectivo número de inscrição no CPF do por-</p><p>tador dos recursos;</p><p>III- a finalidade do saque; e</p><p>IV- o número do protocolo referido no art. 36, §2º, inciso II.</p><p>Parágrafo único. Na hipótese de recusa do cliente ou do porta-</p><p>dor dos recursos em prestar a informação referida no inciso III do</p><p>caput, a instituição deve registrar o fato e utilizar essa informação</p><p>nos procedimentos de monitoramento, seleção e análise de que</p><p>tratam os art. 38 a 47.</p><p>Art. 36. As instituições mencionadas no art. 1º devem requerer</p><p>dos sacadores clientes e não clientes solicitação de provisionamen-</p><p>to com, no mínimo, três dias úteis de antecedência, das operações</p><p>de saque, inclusive as realizadas por meio de cheque ou ordem de</p><p>pagamento, de valor igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil</p><p>reais).</p><p>§1º As operações de saque de que trata o caput devem ser</p><p>consideradas individualmente, para efeitos de observação do limite</p><p>previsto no caput.</p><p>§2º As instituições referidas no caput devem:</p><p>I- possibilitar a solicitação de provisionamento por meio do sí-</p><p>tio eletrônico da instituição na internet e das agências ou Postos de</p><p>Atendimento;</p><p>II- emitir protocolo de atendimento ao cliente ou ao sacador</p><p>não cliente, no qual devem ser informados o valor da operação, a</p><p>dependência na qual deverá ser efetuado o saque e a data progra-</p><p>mada para o saque; e</p><p>III- registrar, no ato da solicitação de provisionamento, as infor-</p><p>mações indicadas no art. 35, conforme o caso.</p><p>§3º No caso de saque em espécie a ser realizado por meio de</p><p>cheque por sacador não cliente, a solicitação de provisionamento</p><p>de que trata o caput deve ser realizada exclusivamente em agências</p><p>ou em Postos de Atendimento.</p><p>§4º O disposto neste artigo deve ser observado sem prejuízo</p><p>do art. 2º da Resolução nº 3.695, de 26 de março de 2009.</p><p>Art. 37. As instituições referidas no art. 1º devem manter regis-</p><p>tro específico de recebimentos de boleto de pagamento pagos com</p><p>recursos em espécie.</p><p>Parágrafo único. A instituição que receber boleto de pagamen-</p><p>to que não seja de sua emissão deve remeter à instituição emissora</p><p>a informação de que o boleto foi pago em espécie.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>1616</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>CAPÍTULO VII</p><p>DO MONITORAMENTO, DA SELEÇÃO E DA ANÁLISE DE</p><p>OPERAÇÕES E SITUAÇÕES SUSPEITAS</p><p>SEÇÃO I</p><p>DOS PROCEDIMENTOS DE MONITORAMENTO, SELEÇÃO E</p><p>ANÁLISE DE OPERAÇÕES E SITUAÇÕES SUSPEITAS</p><p>Art. 38. As instituições referidas no art. 1º devem implemen-</p><p>tar procedimentos de monitoramento, seleção e análise de opera-</p><p>ções e situações com o objetivo de identificar e dispensar especial</p><p>atenção às suspeitas de lavagem de dinheiro e de financiamento do</p><p>terrorismo.</p><p>§1º Para os fins desta Circular, operações e situações suspeitas</p><p>referem-se a qualquer operação ou situação que apresente indícios</p><p>de utilização da instituição para a prática dos crimes de lavagem de</p><p>dinheiro e de financiamento do terrorismo.</p><p>§2º Os procedimentos de que trata o caput devem ser aplica-</p><p>dos, inclusive, às propostas de operações.</p><p>§3º Os procedimentos mencionados no caput devem:</p><p>I- ser compatíveis com a política de prevenção à lavagem de</p><p>dinheiro e ao financiamento do terrorismo de que trata o art. 2º;</p><p>II- ser definidos com base na avaliação interna de risco de que</p><p>trata o art. 10;</p><p>III- considerar a condição de pessoa exposta politicamente, nos</p><p>termos do art. 27, bem como a condição de representante, familiar</p><p>ou estreito colaborador da pessoa exposta politicamente, nos ter-</p><p>mos do art. 19; e</p><p>IV- estar descritos em manual específico, aprovado pela direto-</p><p>ria da instituição.</p><p>SEÇÃO II</p><p>DO MONITORAMENTO E DA SELEÇÃO DE OPERAÇÕES E</p><p>SITUAÇÕES SUSPEITAS</p><p>Art. 39. As instituições referidas no art. 1º devem implementar</p><p>procedimentos de monitoramento e seleção que permitam identifi-</p><p>car operações e situações que possam indicar suspeitas de lavagem</p><p>de dinheiro e de financiamento do terrorismo, especialmente:</p><p>I- as operações realizadas e os produtos e serviços contrata-</p><p>dos que, considerando as partes envolvidas, os valores, as formas</p><p>de realização, os instrumentos utilizados ou a falta de fundamento</p><p>econômico ou legal, possam configurar a existência de indícios de</p><p>lavagem de dinheiro ou de financiamento do terrorismo, inclusive:</p><p>a)as operações realizadas ou os serviços prestados que, por</p><p>sua habitualidade, valor ou forma, configurem artifício que objeti-</p><p>ve burlar os procedimentos de identificação, qualificação, registro,</p><p>monitoramento e seleção previstos nesta Circular;</p><p>b)as operações de depósito ou aporte em espécie, saque em</p><p>espécie, ou pedido de provisionamento para saque que apresen-</p><p>tem indícios de ocultação ou dissimulação da natureza, da origem,</p><p>da localização, da disposição, da movimentação ou da propriedade</p><p>de bens, direitos e valores;</p><p>c)as operações realizadas e os produtos e serviços contratados</p><p>que, considerando as partes e os valores envolvidos, apresentem</p><p>incompatibilidade com a capacidade financeira do cliente, incluindo</p><p>a renda, no caso de pessoa natural, ou o faturamento, no caso de</p><p>pessoa jurídica, e o patrimônio;</p><p>d)as operações com pessoas expostas politicamente de nacio-</p><p>nalidade brasileira e com representantes, familiares ou estreitos</p><p>colaboradores de pessoas expostas politicamente;</p><p>e)as operações com pessoas expostas politicamente estrangei-</p><p>ras;</p><p>f)os clientes e as operações em relação aos quais não seja pos-</p><p>sível identificar o beneficiário final;</p><p>g)as operações oriundas ou destinadas a países ou territórios</p><p>com deficiências estratégicas na implementação das recomenda-</p><p>ções do Grupo de Ação Financeira (Gafi); e</p><p>h)as situações em que não seja possível manter atualizadas as</p><p>informações</p><p>cadastrais de seus clientes; e</p><p>II- as operações e situações que possam indicar suspeitas de</p><p>financiamento do terrorismo.</p><p>Parágrafo único. O período para a execução dos procedimentos</p><p>de monitoramento e de seleção das operações e situações suspei-</p><p>tas não pode exceder o prazo de quarenta e cinco dias, contados a</p><p>partir da data de ocorrência da operação ou da situação.</p><p>Art. 40. As instituições referidas no art. 1º devem assegurar que</p><p>os sistemas utilizados no monitoramento e na seleção de operações</p><p>e situações suspeitas contenham informações detalhadas das ope-</p><p>rações realizadas e das situações ocorridas, inclusive informações</p><p>sobre a identificação e a qualificação dos envolvidos.</p><p>§1º As instituições devem manter documentação detalhada</p><p>dos parâmetros, variáveis, regras e cenários utilizados no monitora-</p><p>mento e seleção de operações e situações que possam indicar sus-</p><p>peitas de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo.</p><p>§2º Os sistemas e os procedimentos utilizados no monitora-</p><p>mento e na seleção de operações e situações suspeitas devem ser</p><p>passíveis de verificação quanto à sua adequação e efetividade.</p><p>Art. 41. Devem ser incluídos no manual referido no art. 38, §3º,</p><p>inciso IV:</p><p>I- os critérios de definição da periodicidade de execução dos</p><p>procedimentos de monitoramento e seleção para os diferentes ti-</p><p>pos de operações e situações monitoradas ; e</p><p>II- os parâmetros, as variáveis, as regras e os cenários utilizados</p><p>no monitoramento e seleção para os diferentes tipos de operações</p><p>e situações.</p><p>Art. 42. Os procedimentos de monitoramento e seleção referi-</p><p>dos no art. 39 podem ser realizados de forma centralizada em ins-</p><p>tituição do conglomerado prudencial e do sistema cooperativo de</p><p>crédito.</p><p>Parágrafo único. As instituições que optarem por realizar os</p><p>procedimentos de monitoramento e seleção na forma do caput de-</p><p>vem formalizar essa opção em reunião do conselho de administra-</p><p>ção ou, se inexistente, da diretoria da instituição.</p><p>SEÇÃO III</p><p>DOS PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE OPERAÇÕES E</p><p>SITUAÇÕES SUSPEITAS</p><p>Art. 43. As instituições referidas no art. 1º devem implementar</p><p>procedimentos de análise das operações e situações selecionadas</p><p>por meio dos procedimentos de monitoramento e seleção de que</p><p>trata o art. 39, com o objetivo de caracterizá-las ou não como sus-</p><p>peitas de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo.</p><p>§1º O período para a execução dos procedimentos de análise</p><p>das operações e situações selecionadas não pode exceder o prazo</p><p>de quarenta e cinco dias, contados a partir da data da seleção da</p><p>operação ou situação.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>17</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>§2º A análise mencionada no caput deve ser formalizada em</p><p>dossiê, independentemente da comunicação ao Coaf referida no</p><p>art. 48.</p><p>Art. 44. É vedada:</p><p>I- a contratação de terceiros para a realização da análise refe-</p><p>rida no art. 43; e</p><p>II- a realização da análise referida no art. 43 no exterior.</p><p>Parágrafo único. A vedação mencionada no caput não inclui a</p><p>contratação de terceiros para a prestação de serviços auxiliares à</p><p>análise referida no art. 43.</p><p>Art. 45. As instituições referidas no art. 1º devem dispor, no</p><p>País, de recursos e competências necessários à análise de opera-</p><p>ções e situações suspeitas referida no art. 43.</p><p>Art. 46. Os procedimentos de análise referidos no art. 43 po-</p><p>dem ser realizados de forma centralizada em instituição do conglo-</p><p>merado prudencial e do sistema cooperativo de crédito.</p><p>Parágrafo único. As instituições que optarem por realizar os</p><p>procedimentos de análise na forma do caput devem formalizar a</p><p>opção em reunião do conselho de administração ou, se inexistente,</p><p>da diretoria da instituição.</p><p>SEÇÃO IV</p><p>DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>Art. 47. No caso de contratação de serviços de processamento</p><p>e armazenamento de dados e de computação em nuvem utilizados</p><p>para monitoramento e seleção de operações e situações suspeitas,</p><p>bem como de serviços auxiliares à análise dessas operações e situa-</p><p>ções, as instituições referidas no art. 1º devem observar:</p><p>I- o disposto no Capítulo III da Circular nº 3.909, de 16 de agos-</p><p>to de 2018, e, no que couber, nos Capítulos IV e V da referida Circu-</p><p>lar, no caso de instituições de pagamento; e</p><p>II- o disposto no Capítulo III da Resolução nº 4.658, de 26 de</p><p>abril de 2018, e, no que couber, nos Capítulos IV e V da referida</p><p>Resolução, no caso de instituições financeiras e demais instituições</p><p>autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.</p><p>CAPÍTULO VIII</p><p>DOS PROCEDIMENTOS DE COMUNICAÇÃO AO COAF</p><p>SEÇÃO I</p><p>DA COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES E SITUAÇÕES</p><p>SUSPEITAS</p><p>Art. 48. As instituições referidas no art. 1º devem comunicar ao</p><p>Coaf as operações ou situações suspeitas de lavagem de dinheiro e</p><p>de financiamento do terrorismo.</p><p>§1º A decisão de comunicação da operação ou situação ao Coaf</p><p>deve:</p><p>I- ser fundamentada com base nas informações contidas no</p><p>dossiê mencionado no art. 43, §2º;</p><p>II- ser registrada de forma detalhada no dossiê mencionado no</p><p>art. 43, §2º; e</p><p>III- ocorrer até o final do prazo de análise referido no art. 43,</p><p>§1º.</p><p>§2º A comunicação da operação ou situação suspeita ao Coaf</p><p>deve ser realizada até o dia útil seguinte ao da decisão de comuni-</p><p>cação.</p><p>SEÇÃO II</p><p>DA COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES EM ESPÉCIE</p><p>Art. 49. As instituições mencionadas no art. 1º devem comuni-</p><p>car ao Coaf:</p><p>I- as operações de depósito ou aporte em espécie ou saque</p><p>em espécie de valor igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil</p><p>reais);</p><p>II- as operações relativas a pagamentos, recebimentos e trans-</p><p>ferências de recursos, por meio de qualquer instrumento, contra</p><p>pagamento em espécie, de valor igual ou superior a R$50.000,00</p><p>(cinquenta mil reais); e</p><p>III- a solicitação de provisionamento de saques em espécie de</p><p>valor igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais) de que</p><p>trata o art. 36.</p><p>Parágrafo único. A comunicação mencionada no caput deve ser</p><p>realizada até o dia útil seguinte ao da ocorrência da operação ou do</p><p>provisionamento.</p><p>SEÇÃO III</p><p>DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>Art. 50. As instituições referidas no art. 1º devem realizar as</p><p>comunicações mencionadas nos arts. 48 e 49 sem dar ciência aos</p><p>envolvidos ou a terceiros.</p><p>Art. 51. As comunicações alteradas ou canceladas após o quin-</p><p>to dia útil seguinte ao da sua realização devem ser acompanhadas</p><p>de justificativa da ocorrência.</p><p>Art. 52. As comunicações podem ser realizadas de forma cen-</p><p>tralizada por meio de instituição do conglomerado prudencial e de</p><p>sistema cooperativo de crédito, em nome da instituição na qual</p><p>ocorreu a operação ou a situação.</p><p>Parágrafo único. As instituições que optarem por realizar as</p><p>comunicações de forma centralizada, nos termos do caput, devem</p><p>formalizar a opção em reunião do conselho de administração ou, se</p><p>inexistente, da diretoria da instituição.</p><p>Art. 53. As comunicações referidas nos arts. 48 e 49 devem es-</p><p>pecificar, quando for o caso, se a pessoa objeto da comunicação:</p><p>I- é pessoa exposta politicamente ou representante, familiar ou</p><p>estreito colaborador dessa pessoa;</p><p>II- é pessoa que, reconhecidamente, praticou ou tenha intenta-</p><p>do praticar atos terroristas ou deles participado ou facilitado o seu</p><p>cometimento; e</p><p>III- é pessoa que possui ou controla, direta ou indiretamente,</p><p>recursos na instituição, no caso do inciso II.</p><p>Art. 54. As instituições de que trata o art. 1º que não tiverem</p><p>efetuado comunicações ao Coaf em cada ano civil deverão prestar</p><p>declaração, até dez dias úteis após o encerramento do referido ano,</p><p>atestando a não ocorrência de operações ou situações passíveis de</p><p>comunicação.</p><p>Art. 55. As instituições referidas no art. 1º devem se habilitar</p><p>para realizar as comunicações no Sistema de Controle de Atividades</p><p>Financeiras (Siscoaf), do Coaf.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>1818</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>CAPÍTULO IX</p><p>DOS PROCEDIMENTOS DESTINADOS A CONHECER</p><p>FUNCIONÁRIOS, PARCEIROS E PRESTADORES DE SERVIÇOS</p><p>TERCEIRIZADOS</p><p>Art. 56. As instituições mencionadas no art. 1º devem imple-</p><p>mentar</p><p>procedimentos destinados a conhecer seus funcionários,</p><p>parceiros e prestadores de serviços terceirizados, incluindo proce-</p><p>dimentos de identificação e qualificação.</p><p>Parágrafo único. Os procedimentos referidos no caput devem</p><p>ser compatíveis com a política de prevenção à lavagem de dinheiro</p><p>e ao financiamento do terrorismo de que trata o art. 2º e com a</p><p>avaliação interna de risco de que trata o art. 10.</p><p>Art. 57. Os procedimentos referidos no art. 56 devem ser for-</p><p>malizados em documento específico aprovado pela diretoria da ins-</p><p>tituição.</p><p>Parágrafo único. O documento mencionado no caput deve ser</p><p>mantido atualizado.</p><p>Art. 58. As instituições referidas no art. 1º devem classificar as</p><p>atividades exercidas por seus funcionários, parceiros e prestadores</p><p>de serviços terceirizados nas categorias de risco definidas na avalia-</p><p>ção interna de risco, nos termos do art. 10.</p><p>§1º A classificação em categorias de risco mencionada no caput</p><p>deve ser mantida atualizada.</p><p>§2º Os critérios para a classificação em categorias de risco re-</p><p>ferida no caput devem estar previstos no documento mencionado</p><p>no art. 57.</p><p>§3º As informações relativas aos funcionários, parceiros e pres-</p><p>tadores de serviços terceirizados devem ser mantidas atualizadas,</p><p>considerando inclusive eventuais alterações que impliquem mu-</p><p>dança de classificação nas categorias de risco.</p><p>Art. 59. As instituições referidas no art. 1º, na celebração de</p><p>contratos com instituições financeiras sediadas no exterior, devem:</p><p>I- obter informações sobre o contratado que permitam com-</p><p>preender a natureza de sua atividade e a sua reputação;</p><p>II- verificar se o contratado foi objeto de investigação ou de</p><p>ação de autoridade supervisora relacionada com lavagem de di-</p><p>nheiro ou com financiamento do terrorismo;</p><p>III- certificar que o contratado tem presença física no país onde</p><p>está constituído ou licenciado;</p><p>IV- conhecer os controles adotados pelo contratado relativos à</p><p>prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo;</p><p>V- obter a aprovação do detentor de cargo ou função de nível</p><p>hierárquico superior ao do responsável pela contratação; e</p><p>VI- dar ciência do contrato de parceria ao diretor mencionado</p><p>no art. 9º.</p><p>Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se inclusive às re-</p><p>lações de parceria estabelecidas com bancos correspondentes no</p><p>exterior.</p><p>Art. 60. As instituições referidas no art. 1º, na celebração de</p><p>contratos com terceiros não sujeitos a autorização para funcionar</p><p>do Banco Central do Brasil, participantes de arranjo de pagamento</p><p>do qual a instituição também participe, devem:</p><p>I- obter informações sobre o terceiro que permitam compreen-</p><p>der a natureza de sua atividade e a sua reputação;</p><p>II- verificar se o terceiro foi objeto de investigação ou de ação</p><p>de autoridade supervisora relacionada com lavagem de dinheiro ou</p><p>com financiamento do terrorismo;</p><p>III- certificar que o terceiro tem licença do instituidor do arranjo</p><p>para operar, quando for o caso;</p><p>IV- conhecer os controles adotados pelo terceiro relativos à</p><p>prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terroris-</p><p>mo; e</p><p>V- dar ciência do contrato ao diretor mencionado no art. 9º.</p><p>CAPÍTULO X</p><p>DOS MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E DE</p><p>CONTROLE</p><p>Art. 61. As instituições mencionadas no art. 1º devem instituir</p><p>mecanismos de acompanhamento e de controle de modo a assegu-</p><p>rar a implementação e a adequação da política, dos procedimentos</p><p>e dos controles internos de que trata esta Circular, incluindo:</p><p>I- a definição de processos, testes e trilhas de auditoria;</p><p>II- a definição de métricas e indicadores adequados; e</p><p>III- a identificação e a correção de eventuais deficiências.</p><p>Parágrafo único. Os mecanismos de que trata o caput devem</p><p>ser submetidos a testes periódicos pela auditoria interna, quando</p><p>aplicáve is, compatíveis com os controles internos da instituição.</p><p>CAPÍTULO XI</p><p>DA AVALIAÇÃO DE EFETIVIDADE</p><p>Art. 62. As instituições referidas no art. 1º devem avaliar a efe-</p><p>tividade da política, dos procedimentos e dos controles internos de</p><p>que trata esta Circular.</p><p>§1º A avaliação referida no caput deve ser documentada em</p><p>relatório específico.</p><p>§2º O relatório de que trata o §1º deve ser:</p><p>I- elaborado anualmente, com data-base de 31 de dezembro; e</p><p>II- encaminhado, para ciência, até 31 de março do ano seguinte</p><p>ao da data-base:</p><p>a)ao comitê de auditoria, quando houver; e</p><p>b)ao conselho de administração ou, se inexistente, à diretoria</p><p>da instituição. Art. 63. O relatório referido no art. 62, §1º, deve:</p><p>I - conter informações que descrevam:</p><p>a)a metodologia adotada na avaliação de efetividade;</p><p>b)os testes aplicados;</p><p>c)a qualificação dos avaliadores; e</p><p>d)as deficiências identificadas; e II - conter, no mínimo, a ava-</p><p>liação:</p><p>a)dos procedimentos destinados a conhecer clientes, incluindo</p><p>a verificação e a validação das informações dos clientes e a adequa-</p><p>ção dos dados cadastrais;</p><p>b)dos procedimentos de monitoramento, seleção, análise e co-</p><p>municação ao Coaf, incluindo a avaliação de efetividade dos parâ-</p><p>metros de seleção de operações e de situações suspeitas;</p><p>c)da governança da política de prevenção à lavagem de dinhei-</p><p>ro e ao financiamento do terrorismo;</p><p>d)das medidas de desenvolvimento da cultura organizacional</p><p>voltadas à prevenção da lavagem de dinheiro e ao financiamento</p><p>do terrorismo;</p><p>e)dos programas de capacitação periódica de pessoal;</p><p>f)dos procedimentos destinados a conhecer os funcionários,</p><p>parceiros e prestadores de serviços terceirizados; e</p><p>g)das ações de regularização dos apontamentos oriundos da</p><p>auditoria interna e da supervisão do Banco Central do Brasil.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>19</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Art. 64. Admite-se a elaboração de um único relatório de ava-</p><p>liação de efetividade nos termos do art. 62, §1º, relativo às insti-</p><p>tuições do conglomerado prudencial e do sistema cooperativo de</p><p>crédito.</p><p>Parágrafo único. As instituições que optarem por realizar o re-</p><p>latório de avaliação de efetividade na forma do caput devem for-</p><p>malizar a opção em reunião do conselho de administração ou, se</p><p>inexistente, da diretoria da instituição.</p><p>Art. 65. As instituições referidas no art. 1º devem elaborar pla-</p><p>no de ação destinado a solucionar as deficiências identificadas por</p><p>meio da avaliação de efetividade de que trata o art. 62.</p><p>§1º O acompanhamento da implementação do plano de ação</p><p>referido no caput deve ser documentado por meio de relatório de</p><p>acompanhamento.</p><p>§2º O plano de ação e o respectivo relatório de acompanha-</p><p>mento devem ser encaminhados para ciência e avaliação, até 30 de</p><p>junho do ano seguinte ao da data-base do relatório de que trata o</p><p>art. 62, §1º:</p><p>I- do comitê de auditoria, quando houver;</p><p>II- da diretoria da instituição; e</p><p>III- do conselho de administração, quando existente.</p><p>CAPÍTULO XII</p><p>DISPOSIÇÕES FINAIS</p><p>Art. 66. Devem permanecer à disposição do Banco Central do</p><p>Brasil:</p><p>I- o documento de que trata o art. 7º, inciso I, relativo à política</p><p>de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terroris-</p><p>mo de que trata o art. 2º;</p><p>II- a ata de reunião do conselho de administração ou, na sua</p><p>inexistência, da diretoria da instituição, no caso de ser formalizada</p><p>a opção de que trata o caput do art. 4º;</p><p>III- o relatório de que trata o art. 5º, parágrafo único, se exis-</p><p>tente;</p><p>IV- o documento relativo à avaliação interna de risco de que</p><p>trata o art. 12, inciso I, juntamente com a documentação de suporte</p><p>à sua elaboração;</p><p>V- o contrato referido no art. 31;</p><p>VI- a ata de reunião do conselho de administração ou, na sua</p><p>inexistência, da diretoria da instituição, no caso de serem formaliza-</p><p>das as opções mencionadas nos arts. 11, 42, 46, 52 e 64;</p><p>VII- o relatório de avaliação de efetividade de que trata o art.</p><p>62, §1º;</p><p>VIII- as versões anteriores da avaliação interna de risco de que</p><p>trata o art. 10;</p><p>IX- o manual relativo aos procedimentos destinados a conhecer</p><p>os clientes referido no art. 13, §2º;</p><p>X- o manual relativo aos procedimentos de monitoramento, se-</p><p>leção e análise de operações</p><p>e situações suspeitas mencionado no</p><p>art. 38, §3º, inciso IV;</p><p>XI- o documento relativo aos procedimentos destinados a co-</p><p>nhecer os funcionários, parceiros e prestadores de serviços terceiri-</p><p>zados mencionado no art. 57;</p><p>XII- as versões anteriores do relatório de avaliação de efetivida-</p><p>de de que trata o art. 62, §1º;</p><p>XIII- os dados, os registros e as informações relativas aos meca-</p><p>nismos de acompanhamento e de controle de que trata o art. 61; e</p><p>XIV- os documentos relativos ao plano de ação e ao respectivo</p><p>relatório de acompanhamento mencionados no art. 65.</p><p>§1º O contrato referido no inciso V do caput deve permanecer</p><p>à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo mínimo de cinco</p><p>anos após o encerramento da relação contratual.</p><p>§2º Os documentos e informações referidos nos incisos VIII a</p><p>XIV do caput devem permanecer à disposição do Banco Central do</p><p>Brasil pelo prazo mínimo de cinco anos.</p><p>Art. 67. As instituições referidas no art. 1º devem manter à dis-</p><p>posição do Banco Central do Brasil e conservar pelo período míni-</p><p>mo de dez anos:</p><p>I- as informações coletadas nos procedimentos destinados a</p><p>conhecer os clientes de que tratam os arts. 13, 16 e 18, contado o</p><p>prazo referido no caput a partir do primeiro dia do ano seguinte ao</p><p>término do relacionamento com o cliente;</p><p>II- as informações coletadas nos procedimentos destinados a</p><p>conhecer os funcionários, parceiros e prestadores de serviços ter-</p><p>ceirizados de que trata o art. 56, contado o prazo referido no caput</p><p>a partir da data de encerramento da relação contratual;</p><p>III- as informações e registros de que tratam os arts. 28 a 37,</p><p>contado o prazo referido no caput a partir do primeiro dia do ano</p><p>seguinte ao da realização da operação; e</p><p>IV- o dossiê referido no art. 43, §2º.</p><p>Art. 68. (Revogado pela Resolução BCB nº 282, de 31/12/2022.)</p><p>Art. 69. Ficam revogados:</p><p>I- a Circular nº 3.461, de 24 de julho de 2009;</p><p>II- a Circular nº 3.517, de 7 de dezembro de 2010;</p><p>III- a Circular nº 3.583, de 12 de março de 2012;</p><p>IV- a Circular nº 3.654, de 27 de março de 2013;</p><p>V- a Circular nº 3.839, de 28 de junho de 2017;</p><p>VI- a Circular nº 3.889, de 28 de março de 2018;</p><p>VII- os arts. 6º, 6º-A e 6º-B da Circular nº 3.680, de 4 de novem-</p><p>bro de 2013;</p><p>VIII- o §2º do art. 11 da Circular nº 3.691, de 2013;</p><p>IX- o parágrafo único do art. 19 da Circular nº 3.691, de 2013;</p><p>X- o art. 32 da Circular nº 3.691, de 2013;</p><p>XI- o inciso IV do art. 32-A da Circular nº 3.691, de 2013;</p><p>XII- os incisos I e II do art. 139 da Circular nº 3.691, de 2013;</p><p>XIII- o art. 166 da Circular nº 3.691, de 2013;</p><p>XIV- o art. 170 da Circular nº 3.691, de 2013;</p><p>XV- o art. 213 da Circular nº 3.691, de 2013;</p><p>XVI- o art. 2º da Circular nº 3.727, de 6 de novembro de 2014;</p><p>XVII- o art. 3º da Circular nº 3.780, de 21 de janeiro de 2016; e</p><p>(Vide Circular nº 3.942, de 21/5/2019.)</p><p>XVIII- o art. 18 da Circular nº 3.858, de 14 de novembro de</p><p>2017. Art. 70. Esta Circular entra em vigor em 1º de outubro de</p><p>2020. (Redação dada, a partir de 1º/6/2020, pela Circular nº 4.005,</p><p>de 16/4/2020.)</p><p>A carta circular nº 4.001 nos mostra um rol de informações</p><p>sobre operações que podem ser consideradas indícios de lavagem</p><p>de dinheiro. Ressalto a importância da leitura completa desta</p><p>carta circular. Vamos verificar algumas consideradas entre as</p><p>mais importantes e que merecem monitoramento por parte das</p><p>instituições.</p><p>– Movimentação em espécie que apresente atipicidade em</p><p>relação à atividade econômica do cliente ou incompatibilidade com</p><p>sua capacidade financeira;</p><p>– Aumentos substanciais no volume de depósitos ou aportes</p><p>em espécie dentro de curto período de tempo, com destino não</p><p>relacionado ao cliente;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>2020</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>– Fragmentação de depósitos ou outro instrumento de</p><p>transferência de recursos em espécie, inclusive boleto de</p><p>pagamento, de forma a dissimular o valor total da movimentação;</p><p>– Fragmentação de saques em espécie, a fim de burlar limites</p><p>regulatórios de reportes;</p><p>– Depósitos ou aportes em espécie em contas de clientes que</p><p>exerçam atividade comercial relacionada à negociação de bens de</p><p>luxo ou de alto valor, como obras de arte, imóveis, barcos, joias,</p><p>automóveis ou aeronaves;</p><p>– Depósitos ou aportes em espécie com cédulas úmidas,</p><p>malcheirosas, mofadas, ou ainda que apresentem marcas, símbolos</p><p>ou selos desconhecidos, empacotadas em maços desorganizados e</p><p>não uniformes;</p><p>– Depósitos em espécie relevantes em contas de servidores</p><p>públicos e de qualquer tipo de Pessoas Expostas Politicamente</p><p>(PEP);</p><p>– Saques em espécie de conta que receba diversos depósitos</p><p>por transferência eletrônica de várias origens em curto período de</p><p>tempo;</p><p>– Dois ou mais saques em espécie no caixa no mesmo dia, com</p><p>indícios de tentativa de burla para evitar a identificação do sacador.</p><p>CARTA CIRCULAR Nº 4.001, DE 29 DE JANEIRO DE 2020</p><p>Divulga relação de operações e situações que podem configu-</p><p>rar indícios de ocorrência dos crimes de “lavagem” ou ocultação de</p><p>bens, direitos e valores, de que trata a Lei nº 9.613, de 3 de mar-</p><p>ço de 1998, e de financiamento ao terrorismo, previstos na Lei nº</p><p>13.260, de 16 de março de 2016, passíveis de comunicação ao Con-</p><p>selho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).</p><p>A Chefe do Departamento de Supervisão de Conduta (Decon),</p><p>no uso da atribuição que lhe confere o art. 23, inciso I, alínea “a”, do</p><p>Regimento Interno do Banco Central do Brasil, anexo à Portaria nº</p><p>105.173, de 24 de outubro de 2019,</p><p>RESOLVE :</p><p>Art. 1º As operações ou as situações descritas a seguir exem-</p><p>plificam a ocorrência de indícios de suspeita para fins dos procedi-</p><p>mentos de monitoramento e seleção previstos na Circular nº 3.978,</p><p>de 23 de janeiro de 2020:</p><p>I- situações relacionadas com operações em espécie em moeda</p><p>nacional com a utilização de contas de depósitos ou de contas de</p><p>pagamento:</p><p>a)depósitos, aportes, saques, pedidos de provisionamento para</p><p>saque ou qualquer outro instrumento de transferência de recursos</p><p>em espécie, que apresentem atipicidade em relação à atividade</p><p>econômica do cliente ou incompatibilidade com a sua capacidade</p><p>financeira;</p><p>b)movimentações em espécie realizadas por clientes cujas ati-</p><p>vidades possuam como característica a utilização de outros instru-</p><p>mentos de transferência de recursos, tais como cheques, cartões de</p><p>débito ou crédito;</p><p>c)aumentos substanciais no volume de depósitos ou aportes</p><p>em espécie de qualquer pessoa natural ou jurídica, sem causa apa-</p><p>rente, nos casos em que tais depósitos ou aportes forem posterior-</p><p>mente transferidos, dentro de curto período de tempo, a destino</p><p>não relacionado com o cliente;</p><p>d)fragmentação de depósitos ou outro instrumento de trans-</p><p>ferência de recurso em espécie, inclusive boleto de pagamento, de</p><p>forma a dissimular o valor total da movimentação;</p><p>e)fragmentação de saques em espécie, a fim de burlar limites</p><p>regulatórios de reportes;</p><p>f)depósitos ou aportes de grandes valores em espécie, de for-</p><p>ma parcelada, principalmente nos mesmos caixas ou terminais de</p><p>autoatendimento próximos, destinados a uma única conta ou a vá-</p><p>rias contas em municípios ou agências distintas;</p><p>g)depósitos ou aportes em espécie em contas de clientes que</p><p>exerçam atividade comercial relacionada com negociação de bens</p><p>de luxo ou de alto valor, tais como obras de arte, imóveis, barcos,</p><p>joias, automóveis ou aeronaves;</p><p>h)saques em espécie de conta que receba diversos depósitos</p><p>por transferência eletrônica de várias origens em curto período de</p><p>tempo;</p><p>i)depósitos ou aportes em espécie com cédulas úmidas, mal-</p><p>cheirosas, mofadas, ou com aspecto de que foram armazenadas em</p><p>local impróprio ou ainda que apresentem marcas, símbolos ou se-</p><p>los desconhecidos, empacotadas em maços desorganizados e não</p><p>uniformes;</p><p>j)depósitos, aportes ou troca de grandes quantidades de cédu-</p><p>las de pequeno valor, por pessoa natural ou jurídica, cuja atividade</p><p>ou negócio não tenha como característica recebimentos de grandes</p><p>quantias de recursos em espécie;</p><p>k)saques no período de cinco</p><p>dias úteis em valores inferiores</p><p>aos limites estabelecidos, de forma a dissimular o valor total da</p><p>operação e evitar comunicações de operações em espécie;</p><p>l)dois ou mais saques em espécie no caixa no mesmo dia, com</p><p>indícios de tentativa de burla para evitar a identificação do sacador;</p><p>m)dois ou mais depósitos em terminais de autoatendimento</p><p>em espécie, no período de cinco dias úteis, com indícios de tentati-</p><p>va de burla para evitar a identificação do depositante;</p><p>n)depósitos em espécie relevantes em contas de servidores pú-</p><p>blicos e de qualquer tipo de Pessoas Expostas Politicamente (PEP),</p><p>conforme elencados no art. 27 da Circular nº 3.978, de 2020, bem</p><p>como seu representante, familiar ou estreito colaborador;</p><p>II- situações relacionadas com operações em espécie e cartões</p><p>pré-pagos em moeda estrangeira e cheques de viagem:</p><p>a)movimentações de moeda estrangeira em espécie ou de</p><p>cheques de viagem denominados em moeda estrangeira, que apre-</p><p>sentem atipicidade em relação à atividade econômica do cliente ou</p><p>incompatibilidade com a sua capacidade financeira;</p><p>b)negociações de moeda estrangeira em espécie ou de cheques</p><p>de viagem denominados em moeda estrangeira, que não apresen-</p><p>tem compatibilidade com a natureza declarada da operação;</p><p>c)negociações de moeda estrangeira em espécie ou de cheques</p><p>de viagem denominados em moeda estrangeira, realizadas por di-</p><p>ferentes pessoas naturais, não relacionadas entre si, que informem</p><p>o mesmo endereço residencial, telefone de contato ou possuam o</p><p>mesmo representante legal;</p><p>d)negociações envolvendo taxas de câmbio com variação signi-</p><p>ficativa em relação às praticadas pelo mercado;</p><p>e)negociações de moeda estrangeira em espécie envolvendo</p><p>cédulas úmidas, malcheirosas, mofadas, ou com aspecto de terem</p><p>sido armazenadas em local impróprio, ou ainda que apresentem</p><p>marcas, símbolos ou selos desconhecidos, empacotadas em maços</p><p>desorganizados e não uniformes;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>21</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>f)negociações de moeda estrangeira em espécie ou troca de</p><p>grandes quantidades de cédulas de pequeno valor, realizadas por</p><p>pessoa natural ou jurídica, cuja atividade ou negócio não tenha</p><p>como característica o recebimento desse tipo de recurso;</p><p>g)utilização, carga ou recarga de cartão pré-pago em valor não</p><p>compatível com a capacidade financeira, atividade ou perfil do</p><p>cliente;</p><p>h)utilização de diversas fontes de recursos para carga e recarga</p><p>de cartões pré-pagos;</p><p>i)carga e recarga de cartões pré-pagos seguidas imediatamente</p><p>por saques em caixas eletrônicos;</p><p>III- situações relacionadas com a identificação e qualificação de</p><p>clientes:</p><p>a)resistência ao fornecimento de informações necessárias para</p><p>o início de relacionamento ou para a atualização cadastral;</p><p>b)oferecimento de informação falsa;</p><p>c)prestação de informação de difícil ou onerosa verificação;</p><p>d)abertura, movimentação de contas ou realização de ope-</p><p>rações por detentor de procuração ou de qualquer outro tipo de</p><p>mandato;</p><p>e)ocorrência de irregularidades relacionadas aos procedimen-</p><p>tos de identificação e registro das operações exigidos pela regula-</p><p>mentação vigente;</p><p>f)cadastramento de várias contas em uma mesma data, ou em</p><p>curto período, com depósitos de valores idênticos ou aproximados,</p><p>ou com outros elementos em comum, tais como origem dos recur-</p><p>sos, titulares, procuradores, sócios, endereço, número de telefone,</p><p>etc.;</p><p>g)operações em que não seja possível identificar o beneficiário</p><p>final, observados os procedimentos definidos na regulamentação</p><p>vigente;</p><p>h)representação de diferentes pessoas jurídicas ou organiza-</p><p>ções pelos mesmos procuradores ou representantes legais, sem</p><p>justificativa razoável para tal ocorrência;</p><p>i)informação de mesmo endereço residencial ou comercial por</p><p>pessoas naturais, sem demonstração da existência de relação fami-</p><p>liar ou comercial;</p><p>j)incompatibilidade da atividade econômica ou faturamento</p><p>informados com o padrão apresentado por clientes com o mesmo</p><p>perfil;</p><p>k)registro de mesmo endereço de e-mail ou de Internet Proto-</p><p>col (IP) por diferentes pessoas jurídicas ou organizações, sem justi-</p><p>ficativa razoável para tal ocorrência;</p><p>l)registro de mesmo endereço de e-mail ou Internet Protocol</p><p>(IP) por pessoas naturais, sem justificativa razoável para tal ocor-</p><p>rência;</p><p>m)informações e documentos apresentados pelo cliente confli-</p><p>tantes com as informações públicas disponíveis;</p><p>n)sócios de empresas sem aparente capacidade financeira para</p><p>o porte da atividade empresarial declarada;</p><p>IV- situações relacionadas com a movimentação de contas de</p><p>depósito e de contas de pagamento em moeda nacional, que digam</p><p>respeito a:</p><p>a)movimentação de recursos incompatível com o patrimônio,</p><p>a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade</p><p>financeira do cliente;</p><p>b)transferências de valores arredondados na unidade de milhar</p><p>ou que estejam um pouco abaixo do limite para notificação de ope-</p><p>rações;</p><p>c)movimentação de recursos de alto valor, de forma contumaz,</p><p>em benefício de terceiros;</p><p>d)manutenção de numerosas contas destinadas ao acolhimen-</p><p>to de depósitos em nome de um mesmo cliente, cujos valores, so-</p><p>mados, resultem em quantia significativa;</p><p>e)movimentação de quantia significativa por meio de conta até</p><p>então pouco movimentada ou de conta que acolha depósito inusi-</p><p>tado;</p><p>f)ausência repentina de movimentação financeira em conta</p><p>que anteriormente apresentava grande movimentação;</p><p>g)utilização de cofres de aluguel de forma atípica em relação</p><p>ao perfil do cliente;</p><p>h)dispensa da faculdade de utilização de prerrogativas como</p><p>recebimento de crédito, de juros remuneratórios para grandes sal-</p><p>dos ou, ainda, de outros serviços bancários especiais que, em cir-</p><p>cunstâncias normais, sejam valiosas para qualquer cliente;</p><p>i)mudança repentina e injustificada na forma de movimenta-</p><p>ção de recursos ou nos tipos de transação utilizados;</p><p>j)solicitação de não observância ou atuação no sentido de in-</p><p>duzir funcionários da instituição a não seguirem os procedimentos</p><p>regulamentares ou formais para a realização de uma operação;</p><p>k)recebimento de recursos com imediata compra de instru-</p><p>mentos para a realização de pagamentos ou de transferências a ter-</p><p>ceiros, sem justificativa;</p><p>l)operações que, por sua habitualidade, valor e forma, configu-</p><p>rem artifício para burla da identificação da origem, do destino, dos</p><p>responsáveis ou dos destinatários finais;</p><p>m)existência de contas que apresentem créditos e débitos com</p><p>a utilização de instrumentos de transferência de recursos não ca-</p><p>racterísticos para a ocupação ou o ramo de atividade desenvolvida</p><p>pelo cliente;</p><p>n)recebimento de depósitos provenientes de diversas origens,</p><p>sem fundamentação econômico-financeira, especialmente prove-</p><p>nientes de regiões distantes do local de atuação da pessoa jurídica</p><p>ou distantes do domicílio da pessoa natural;</p><p>o)pagamentos habituais a fornecedores ou beneficiários que</p><p>não apresentem ligação com a atividade ou ramo de negócio da</p><p>pessoa jurídica;</p><p>p)pagamentos ou transferências por pessoa jurídica para for-</p><p>necedor distante de seu local de atuação, sem fundamentação eco-</p><p>nômico-financeira;</p><p>q)depósitos de cheques endossados totalizando valores signi-</p><p>ficativos;</p><p>r)existência de conta de depósitos à vista ou de conta de pa-</p><p>gamento de organizações sem fins lucrativos cujos saldos ou movi-</p><p>mentações financeiras não apresentem fundamentação econômica</p><p>ou legal ou nas quais pareça não haver vinculação entre a atividade</p><p>declarada da organização e as outras partes envolvidas nas transa-</p><p>ções;</p><p>s)movimentação habitual de recursos financeiros de ou para</p><p>qualquer tipo de PEP, conforme elencados no art. 27 da Circular nº</p><p>3.978, de 2020, bem como seu representante, familiar ou estreito</p><p>colaborador, não justificada por eventos econômicos;</p><p>t)existência de contas em nome de menores ou incapazes,</p><p>cujos representantes realizem grande número de operações e/ou</p><p>operações de valores relevantes;</p><p>u)transações significativas e incomuns por meio de contas de</p><p>depósitos</p><p>ou de contas de pagamento de investidores não residen-</p><p>tes constituídos sob a forma de trust;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>2222</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>v)recebimentos de valores relevantes no mesmo terminal de</p><p>pagamento (Point of Sale - POS), que apresentem indícios de ati-</p><p>picidade ou de incompatibilidade com a capacidade financeira do</p><p>estabelecimento comercial credenciado;</p><p>w)recebimentos de valores relevantes no mesmo terminal de</p><p>pagamento (Point of sale - POS), que apresentem indícios de ati-</p><p>picidade ou de incompatibilidade com o perfil do estabelecimento</p><p>comercial credenciado;</p><p>x)desvios frequentes em padrões adotados por cada adminis-</p><p>tradora de cartões de credenciamento ou de cartões de crédito, ve-</p><p>rificados no monitoramento das compras de seus titulares;</p><p>y)transações em horário considerado incompatível com a ativi-</p><p>dade do estabelecimento comercial credenciado;</p><p>z)transações em terminal (Point of sale - POS) realizadas em</p><p>localização geográfica distante do local de atuação do estabeleci-</p><p>mento comercial credenciado;</p><p>aa) operações atípicas em contas de clientes que exerçam ativi-</p><p>dade comercial relacionada com negociação de bens de luxo ou de</p><p>alto valor, tais como obras de arte, imóveis, barcos, joias, automó-</p><p>veis ou aeronaves;</p><p>ab) utilização de instrumento financeiro de forma a ocultar pa-</p><p>trimônio e/ou evitar a realização de bloqueios judiciais, inclusive</p><p>cheque administrativo;</p><p>ac) movimentação de valores incompatíveis com o faturamen-</p><p>to mensal das pessoas jurídicas;</p><p>ad) recebimento de créditos com o imediato débito dos valo-</p><p>res;</p><p>ae) movimentações de valores com empresas sem atividade</p><p>regulamentada pelos órgãos competentes;</p><p>V- situações relacionadas com operações de investimento no</p><p>País:</p><p>a)operações ou conjunto de operações de compra ou de venda</p><p>de ativos financeiros a preços incompatíveis com os praticados no</p><p>mercado ou quando realizadas por pessoa natural ou jurídica cuja</p><p>atividade declarada e perfil não se coadunem ao tipo de negociação</p><p>realizada;</p><p>b)operações atípicas que resultem em elevados ganhos para os</p><p>agentes intermediários, em desproporção com a natureza dos ser-</p><p>viços efetivamente prestados;</p><p>c)investimentos significativos em produtos de baixa rentabili-</p><p>dade e liquidez;</p><p>d)investimentos significativos não proporcionais à capacidade</p><p>financeira do cliente, ou cuja origem não seja claramente conhe-</p><p>cida;</p><p>e)resgates de investimentos no curtíssimo prazo, independen-</p><p>temente do resultado auferido;</p><p>VI- situações relacionadas com operações de crédito no País:</p><p>a)operações de crédito no País liquidadas com recursos apa-</p><p>rentemente incompatíveis com a situação financeira do cliente;</p><p>b)solicitação de concessão de crédito no País incompatível com</p><p>a atividade econômica ou com a capacidade financeira do cliente;</p><p>c)operação de crédito no País seguida de remessa de recursos</p><p>ao exterior, sem fundamento econômico ou legal, e sem relaciona-</p><p>mento com a operação de crédito;</p><p>d)operações de crédito no País, simultâneas ou consecutivas,</p><p>liquidadas antecipadamente ou em prazo muito curto;</p><p>e)liquidação de operações de crédito ou assunção de dívida no</p><p>País por terceiros, sem justificativa aparente;</p><p>f)concessão de garantias de operações de crédito no País por</p><p>terceiros não relacionados ao tomador;</p><p>g)operação de crédito no País com oferecimento de garantia</p><p>no exterior por cliente sem tradição de realização de operações no</p><p>exterior;</p><p>h)aquisição de bens ou serviços incompatíveis com o objeto da</p><p>pessoa jurídica, especialmente quando os recursos forem origina-</p><p>dos de crédito no País;</p><p>VII- situações relacionadas com a movimentação de recursos</p><p>oriundos de contratos com o setor público:</p><p>a)movimentações atípicas de recursos por agentes públicos,</p><p>conforme definidos no art. 2º da Lei nº 8.429, de 2 de junho de</p><p>1992;</p><p>b)movimentações atípicas de recursos por pessoa natural ou</p><p>jurídica relacionadas a patrocínio, propaganda, marketing, consul-</p><p>torias, assessorias e capacitação;</p><p>c)movimentações atípicas de recursos por organizações sem</p><p>fins lucrativos;</p><p>d)movimentações atípicas de recursos por pessoa natural ou</p><p>jurídica relacionadas a licitações;</p><p>VIII- situações relacionadas a consórcios:</p><p>a)existência de consorciados detentores de elevado número de</p><p>cotas,</p><p>incompatível com sua capacidade financeira ou com o objeto</p><p>da pessoa jurídica;</p><p>b)aumento expressivo do número de cotas pertencentes a um</p><p>mesmo consorciado;</p><p>c)oferecimento de lances incompatíveis com a capacidade fi-</p><p>nanceira do consorciado;</p><p>d)oferecimento de lances muito próximos ao valor do bem;</p><p>e)pagamento antecipado de quantidade expressiva de pres-</p><p>tações vincendas, não condizente com a capacidade financeira do</p><p>consorciado;</p><p>f)aquisição de cotas previamente contempladas, seguida de</p><p>quitação das prestações vincendas;</p><p>g)utilização de documentos falsificados na adesão ou tentativa</p><p>de adesão a grupo de consórcio;</p><p>h)pagamentos realizados em localidades diferentes ao do en-</p><p>dereço do cadastro;</p><p>i)informe de conta de depósito à vista ou de poupança para</p><p>pagamento de crédito em espécie, em agência/localidade diferente</p><p>da inicialmente fornecida ou remessa de eventual Ordem de Paga-</p><p>mento (OP) para conta de depósito à vista ou de poupança diver-</p><p>gente da inicialmente fornecida;</p><p>IX- situações relacionadas a pessoas ou entidades suspeitas de</p><p>envolvimento com financiamento ao terrorismo e a proliferação de</p><p>armas de destruição em massa:</p><p>a)movimentações financeiras envolvendo pessoas ou entida-</p><p>des relacionadas a atividades terroristas listadas pelo Conselho de</p><p>Segurança das Nações Unidas (CSNU);</p><p>b)operações ou prestação de serviços, de qualquer valor, a pes-</p><p>soas ou entidades que reconhecidamente tenham cometido ou in-</p><p>tentado cometer atos terroristas, ou deles participado ou facilitado</p><p>o seu cometimento;</p><p>c)existência de recursos pertencentes ou controlados, direta ou</p><p>indiretamente, por pessoas ou entidades que reconhecidamente</p><p>tenham cometido ou intentado cometer atos terroristas, ou deles</p><p>participado ou facilitado o seu cometimento;</p><p>d)movimentações com indícios de financiamento ao terroris-</p><p>mo;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>23</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>e)movimentações financeiras envolvendo pessoas ou entida-</p><p>des relacionadas à proliferação de armas de destruição em massa</p><p>listadas pelo CSNU;</p><p>f)operações ou prestação de serviços, de qualquer valor, a pes-</p><p>soas ou entidades que reconhecidamente tenham cometido ou in-</p><p>tentado cometer crimes de proliferação de armas de destruição em</p><p>massa, ou deles participado ou facilitado o seu cometimento;</p><p>g)existência de recursos pertencentes ou controlados, direta</p><p>ou indiretamente, por pessoas ou entidades que reconhecidamente</p><p>tenham cometido ou intentado cometer crimes de proliferação de</p><p>armas de destruição em massa, ou deles participado ou facilitado o</p><p>seu cometimento;</p><p>h)movimentações com indícios de financiamento da prolifera-</p><p>ção de armas de destruição em massa;</p><p>X- situações relacionadas com atividades internacionais:</p><p>operação com pessoas naturais ou jurídicas, inclusive socieda-</p><p>des e instituições financeiras, situadas em países que não apliquem</p><p>ou apliquem insuficientemente as recomendações do Grupo de</p><p>Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terro-</p><p>rismo (Gafi), ou que tenham sede em países ou dependências com</p><p>tributação favorecida ou regimes fiscais privilegiados, ou em locais</p><p>onde seja observada a prática contumaz dos crimes previstos na Lei</p><p>nº 9.613, de 3 de março de 1998, não claramente caracterizadas em</p><p>sua legalidade e fundamentação econômica;</p><p>a)operações complexas e com custos mais elevados que visem</p><p>a dificultar o rastreamento dos recursos ou a identificação da natu-</p><p>reza da operação;</p><p>b)pagamentos de importação e recebimentos de exportação,</p><p>antecipados ou não, por empresa sem tradição ou cuja capacidade</p><p>financeira seja incompatível com o montante negociado;</p><p>c)pagamentos a terceiros não relacionados a operações de im-</p><p>portação ou de exportação;</p><p>d)transferências</p><p>unilaterais que, pela habitualidade, valor ou</p><p>forma, não se justifiquem ou apresentem atipicidade;</p><p>e)transferências internacionais, inclusive a título de disponibi-</p><p>lidade no exterior, nas quais não se justifique a origem dos fundos</p><p>envolvidos ou que se mostrem incompatíveis com a capacidade fi-</p><p>nanceira ou com o perfil do cliente;</p><p>f)exportações ou importações aparentemente fictícias ou com</p><p>indícios de superfaturamento ou subfaturamento, ou ainda em si-</p><p>tuações que não seja possível obter informações sobre o desemba-</p><p>raço aduaneiro das mercadorias;</p><p>g)existência de informações na carta de crédito com discre-</p><p>pâncias em relação a outros documentos da operação de comércio</p><p>internacional;</p><p>h)pagamentos ao exterior após créditos em reais efetuados</p><p>nas contas de depósitos dos titulares das operações de câmbio por</p><p>pessoas naturais ou jurídicas que não demonstrem a existência de</p><p>vínculo comercial ou econômico;</p><p>i)movimentações decorrentes de programa de repatriação de</p><p>recursos que apresentem inconsistências relacionadas à identifica-</p><p>ção do titular ou do beneficiário final, bem como ausência de infor-</p><p>mações confiáveis sobre a origem e a fundamentação econômica</p><p>ou legal;</p><p>j)pagamentos de frete ou de outros serviços que apresentem</p><p>indícios de atipicidade ou de incompatibilidade com a atividade ou</p><p>capacidade econômico-financeira do cliente;</p><p>k)transferências internacionais por uma ou mais pessoas na-</p><p>turais ou jurídicas com indícios de fragmentação, como forma de</p><p>ocultar a real origem ou destino dos recursos;</p><p>l)transações em uma mesma data, ou em curto período, de</p><p>valores idênticos ou aproximados, ou com outros elementos em</p><p>comum, tais como origem ou destino dos recursos, titulares, procu-</p><p>radores, endereço, número de telefone, que configurem artifício de</p><p>burla do limite máximo de operação;</p><p>m)transferência via facilitadora de pagamentos ou com a utili-</p><p>zação do cartão de crédito de uso internacional, que, pela habitu-</p><p>alidade, valor ou forma, não se justifiquem ou apresentem atipici-</p><p>dade;</p><p>n)transferências relacionadas a investimentos não convencio-</p><p>nais que, pela habitualidade, valor ou forma, não se justifiquem ou</p><p>apresentem atipicidade;</p><p>o)pagamento de frete internacional sem amparo em documen-</p><p>tação que evidencie vínculo com operação comercial;</p><p>XI- situações relacionadas com operações de crédito contrata-</p><p>das no exterior:</p><p>a)contratação de operações de crédito no exterior com cláusu-</p><p>las que estabeleçam condições incompatíveis com as praticadas no</p><p>mercado, como juros destoantes da prática ou prazo muito longo;</p><p>b)contratação, no exterior, de várias operações de crédito con-</p><p>secutivas, sem que a instituição tome conhecimento da quitação</p><p>das anteriores;</p><p>c)contratação, no exterior, de operações de crédito que não</p><p>sejam quitadas por intermédio de operações na mesma instituição;</p><p>d)contratação, no exterior, de operações de crédito, quitadas</p><p>sem explicação aparente para a origem dos recursos;</p><p>e)contratação de empréstimos ou financiamentos no exterior,</p><p>oferecendo garantias em valores ou formas incompatíveis com a</p><p>atividade ou capacidade financeira do cliente ou em valores muito</p><p>superiores ao valor das operações contratadas ou cuja origem não</p><p>seja claramente conhecida;</p><p>f)contratação de operações de crédito no exterior, cujo credor</p><p>seja de difícil identificação e sem que exista relação ou fundamen-</p><p>tação para a operação entre as partes;</p><p>XII- situações relacionadas com operações de investimento ex-</p><p>terno:</p><p>a)recebimento de investimento externo direto, cujos recursos</p><p>retornem imediatamente a título de disponibilidade no exterior;</p><p>b)recebimento de investimento externo direto, com realização</p><p>quase imediata de remessas de recursos para o exterior a título de</p><p>lucros e dividendos;</p><p>c)remessas de lucros e dividendos ao exterior em valores in-</p><p>compatíveis com o valor investido;</p><p>d)remessas ao exterior a título de investimento em montantes</p><p>incompatíveis com a capacidade financeira do cliente;</p><p>e)remessas de recursos de um mesmo investidor situado no</p><p>exterior para várias empresas no País;</p><p>f)remessas de recursos de vários investidores situados no exte-</p><p>rior para uma mesma empresa no País;</p><p>g)recebimento de aporte de capital desproporcional ao porte</p><p>ou à natureza empresarial do cliente, ou em valores incompatíveis</p><p>com a capacidade financeira dos sócios;</p><p>h)retorno de investimento feito no exterior sem comprovação</p><p>da remessa que lhe tenha dado origem;</p><p>XIII- situações relacionadas com funcionários, parceiros e pres-</p><p>tadores de serviços terceirizados:</p><p>a)alteração inusitada nos padrões de vida e de comportamento</p><p>do empregado, do parceiro ou de prestador de serviços terceiriza-</p><p>dos, sem causa aparente;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>2424</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>b)modificação inusitada do resultado operacional da pessoa</p><p>jurídica do parceiro, incluído correspondente no País, sem causa</p><p>aparente;</p><p>c)qualquer negócio realizado de modo diverso ao procedimen-</p><p>to formal da instituição por funcionário, parceiro, incluído corres-</p><p>pondente no País, ou prestador de serviços terceirizados;</p><p>d)fornecimento de auxílio ou informações, remunerados ou</p><p>não, a cliente em prejuízo do programa de prevenção à lavagem</p><p>de dinheiro e ao financiamento do terrorismo da instituição, ou de</p><p>auxílio para estruturar ou fracionar operações, burlar limites regu-</p><p>lamentares ou operacionais;</p><p>XIV- situações relacionadas a campanhas eleitorais:</p><p>a)recebimento de doações, em contas (eleitorais ou não) de</p><p>candidatos, contas de estreito colaborador dessas pessoas ou em</p><p>contas de partidos políticos, de valores que desrespeitem as veda-</p><p>ções ou extrapolem os limites definidos na legislação em vigor;</p><p>b)uso incompatível com as exigências regulatórias do fundo de</p><p>caixa do partido eleitoral;</p><p>c)recebimento de doações, em contas de candidatos, de valo-</p><p>res que desrespeitem as vedações ou extrapolem os limites defini-</p><p>dos na legislação em vigor, inclusive mediante uso de terceiros e/ou</p><p>de contas de terceiros;</p><p>d)transferências, a partir das contas de candidatos, para pesso-</p><p>as naturais ou jurídicas cuja atividade não guarde aparente relação</p><p>com contas de campanha;</p><p>XV- situações relacionadas a BNDU e outros ativos não finan-</p><p>ceiros:</p><p>a)negociação de BNDU ou outro ativo não financeiro para pes-</p><p>soas naturais ou jurídicas sem capacidade financeira;</p><p>b)negociação de BNDU ou outro ativo não financeiro mediante</p><p>pagamento em espécie;</p><p>c)negociação de BNDU ou outro ativo não financeiro por preço</p><p>significativamente superior ao de avaliação;</p><p>d)negociação de outro ativo não financeiro em benefício de</p><p>terceiros;</p><p>XVI- situações relacionadas com a movimentação de contas</p><p>correntes em moeda estrangeira (CCME):</p><p>a)movimentação de recursos incompatível com a atividade</p><p>econômica e a capacidade financeira do cliente;</p><p>b)recebimentos ou pagamentos de/para terceiros cujas movi-</p><p>mentações financeiras não apresentem fundamentação econômica</p><p>ou legal ou nas quais pareça não haver vinculação entre a ativida-</p><p>de declarada do titular da CCME e as outras partes envolvidas nas</p><p>transações;</p><p>c)movimentação de recursos, em especial nas contas tituladas</p><p>por agentes autorizados a operar no mercado de câmbio, que de-</p><p>notem inobservância a limites por operação cambial ou qualquer</p><p>outra situação em que não se justifiquem ou apresentem atipici-</p><p>dade, pela habitualidade, valor, forma ou ausência de aderência às</p><p>normas cambiais;</p><p>d)transações atípicas em CCME de movimentação restrita.</p><p>Exemplos: contas de agências de turismo e contas de administrado-</p><p>ras de cartão de crédito;</p><p>XVII- situações relacionadas com operações realizadas em mu-</p><p>nicípios localizados em regiões de risco:</p><p>a)operação atípica em municípios localizados em regiões de</p><p>fronteira;</p><p>b)operação atípica em municípios localizados em regiões de</p><p>extração mineral;</p><p>c)operação atípica em municípios localizados em outras regi-</p><p>ões de risco.</p><p>§1º As operações ou as situações referidas no caput devem ser</p><p>comunicadas, nos termos da referida Circular, somente nos</p><p>casos</p><p>em que os indícios forem confirmados ao término da execução dos</p><p>procedimentos de análise de operações e situações suspeitas.</p><p>§2º Os procedimentos referidos no §1º devem considerar to-</p><p>das as informações disponíveis, inclusive aquelas obtidas por meio</p><p>dos procedimentos destinados a conhecer clientes, funcionários,</p><p>parceiros e prestadores de serviços terceirizados.</p><p>Art. 2º Esta Carta Circular entra em vigor em 1º de outubro</p><p>de 2020, quando fica revogada a Carta Circular nº 3.542, de 12 de</p><p>março de 2012. (Redação dada, a partir de 1º/6/2020, pela Carta</p><p>Circular nº 4.037, de 27/4/2020.)</p><p>RESOLUÇÃO CVM 50/2021</p><p>RESOLUÇÃO CVM Nº 50, DE 31 DE AGOSTO DE 2021 COM</p><p>AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA RESOLUÇÃO CVM Nº</p><p>179/23.</p><p>Dispõe sobre a prevenção à lavagem de dinheiro, ao financia-</p><p>mento do terrorismo e ao financiamento da proliferação de armas</p><p>de destruição em massa – PLD/FTP no âmbito do mercado de valo-</p><p>res mobiliários e revoga a Instrução CVM nº 617, de 5 de dezembro</p><p>de 2019 e a Nota Explicativa à Instrução CVM nº 617, de 5 de de-</p><p>zembro de 2019.</p><p>O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS –</p><p>CVM torna público que o Colegiado, em reunião realizada em 25 de</p><p>agosto de 2021, tendo em vista as Leis nos 6.385, de 7 de dezembro</p><p>de 1976, 9.613, de 3 de março de 1998, 13.260, de 16 de março de</p><p>2016, e 13.810, de 8 de março de 2019, bem como o Decreto nº</p><p>5.640, de 26 de dezembro de 2005, APROVOU a seguinte Resolu-</p><p>ção:</p><p>CAPÍTULO I – ÂMBITO, DEFINIÇÕES E FINALIDADE</p><p>Art. 1º São disciplinados pela presente Resolução:</p><p>I – o estabelecimento da política de prevenção à lavagem de di-</p><p>nheiro, ao financiamento do terrorismo e ao financiamento da pro-</p><p>liferação de armas de destruição em massa – PLD/FTP, da avaliação</p><p>interna de risco e de regras, procedimentos e controles internos;</p><p>II – a identificação e o cadastro de clientes, assim como as dili-</p><p>gências contínuas visando à coleta de informações suplementares</p><p>e, em especial, à identificação de seus respectivos beneficiários fi-</p><p>nais;</p><p>III – o monitoramento, a análise e a comunicação das opera-</p><p>ções e situações mencionadas nesta Resolução;</p><p>IV – o registro de operações e manutenção de arquivos; e</p><p>V – a efetivação, no âmbito do mercado de valores mobiliários:</p><p>a) das medidas visando à indisponibilidade de bens, direitos e</p><p>valores em decorrência de resoluções do Conselho de Segurança</p><p>das Nações Unidas – CSNU; e</p><p>b) de demandas de cooperação jurídica internacional advindas</p><p>de outras jurisdições em conformidade com a legislação nacional</p><p>vigente, e demais previsões legais.</p><p>Art. 2º Para fins da presente Resolução, considera-se:</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>25</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>I – alta administração: órgão decisório máximo ou indivíduos</p><p>integrantes da administração, responsável pela condução de seus</p><p>assuntos estratégicos conforme previsto na política de PLD/FTP;</p><p>II – autoridade central estrangeira: órgão, entidade ou agen-</p><p>te público de jurisdição estrangeira responsável, conforme a sua</p><p>legislação própria ou acordos internacionais, por centralizar a in-</p><p>terlocução com outras jurisdições sobre a adoção de medidas de</p><p>cooperação em matéria de prevenção e combate, ao terrorismo, ao</p><p>financiamento do terrorismo e ao financiamento da proliferação de</p><p>armas de destruição em massa;</p><p>III – beneficiário final: pessoa natural ou pessoas naturais que,</p><p>em conjunto, possuam, controlem ou influenciem significativamen-</p><p>te, direta ou indiretamente, um cliente em nome do qual uma tran-</p><p>sação esteja sendo conduzida ou dela se beneficie;</p><p>IV – cadastro: registro, em meio físico ou eletrônico, das infor-</p><p>mações e dos documentos de identificação de clientes com os quais</p><p>a instituição mantém relacionamento direto em função da presta-</p><p>ção de serviços no mercado de valores mobiliários;</p><p>V – cliente: investidor que mantém relacionamento comercial</p><p>direto com as pessoas mencionadas no art. 3º desta Resolução;</p><p>VI – cliente ativo: o cliente que nos últimos 12 (doze) meses</p><p>tenha:</p><p>a) efetuado movimentação, em sua conta-corrente ou em sua</p><p>posição de custódia;</p><p>b) realizado operação no mercado de valores mobiliários; ou</p><p>c) apresentado saldo em sua posição de custódia;</p><p>VII – entidade autorreguladora: entidade responsável pela</p><p>autorregulação dos mercados organizados de que trata a regula-</p><p>mentação que disciplina os mercados regulamentados de valores</p><p>mobiliários;</p><p>VIII – entidade operadora de infraestrutura do mercado finan-</p><p>ceiro: entidade que realiza, cumulativa ou isoladamente, o proces-</p><p>samento e a liquidação de operações, o registro e o depósito cen-</p><p>tralizado de valores mobiliários;</p><p>IX – influência significativa: situação em que uma pessoa natu-</p><p>ral, seja o controlador ou não, exerça influência de fato nas decisões</p><p>ou seja titular de mais de 25% (vinte e cinco por cento) do capital</p><p>social das pessoas jurídicas ou do patrimônio líquido dos fundos de</p><p>investimento e demais entidades nos casos de que tratam os incisos</p><p>II a V do art. 1º do Anexo B, sem prejuízo da utilização de cadastro</p><p>simplificado de que trata o Anexo C;</p><p>X – investidor: pessoa natural ou jurídica, fundo ou veículo de</p><p>investimento coletivo ou o investidor não residente em nome do</p><p>qual são efetuadas operações com valores mobiliários;</p><p>XI – participante: pessoa jurídica, fundo ou veículo de inves-</p><p>timento a quem uma entidade administradora de mercado orga-</p><p>nizado tenha concedido autorização para atuar nos ambientes ou</p><p>sistemas de negociação ou de registro de operações dos mercados</p><p>por ela administrados; e.</p><p>XII – trust ou veículo assemelhado: qualquer ente desperso-</p><p>nalizado constituído por ativos mantidos sob titularidade fiduciária</p><p>e reunidos em patrimônio de afetação, segregado do patrimônio</p><p>geral do titular.</p><p>Parágrafo único. Equivalem ao beneficiário final, para fins da</p><p>presente norma, os seus prepostos, procuradores ou representan-</p><p>tes legais.</p><p>Art. 3º Sujeitam-se às obrigações previstas nesta Resolução, no</p><p>limite de suas atribuições:</p><p>I – as pessoas naturais ou jurídicas que prestem no mercado de</p><p>valores mobiliários, em caráter permanente ou eventual, os servi-</p><p>ços relacionados à distribuição, custódia, intermediação, ou admi-</p><p>nistração de carteiras;</p><p>II – entidades administradoras de mercados organizados e as</p><p>entidades operadoras de infraestrutura do mercado financeiro;</p><p>III – as demais pessoas referidas em regulamentação específica</p><p>que prestem serviços no mercado de valores mobiliários, incluindo:</p><p>a) os escrituradores;</p><p>b) os consultores de valores mobiliários;</p><p>c) as agências de classificação de risco;</p><p>d) os representantes de investidores não residentes; e</p><p>e) as companhias securitizadoras; e</p><p>IV – os auditores independentes no âmbito do mercado de va-</p><p>lores mobiliários.</p><p>§1º A presente Resolução não se aplica aos analistas de valores</p><p>mobiliários e às companhias abertas, desde que não exerçam ou-</p><p>tras atividades abrangidas pelos incisos I a IV do caput.</p><p>§2º As instituições integrantes do sistema de distribuição de</p><p>valores mobiliários devem submeter os assessores de investimento</p><p>e demais prepostos a elas vinculados à sua respectiva política de</p><p>PLD/FTP, bem como às regras, procedimentos e controles internos</p><p>estabelecidas nos termos da presente Resolução. (§2º com redação</p><p>dada pela Resolução CVM nº 179, de 14 de fevereiro de 2023.)</p><p>§3º O disposto no §2º não exime a responsabilidade das ins-</p><p>tituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobili-</p><p>ários pelo cumprimento dos comandos previstos nesta Resolução.</p><p>CAPÍTULO II – POLÍTICA DE PLD/FTP, AVALIAÇÃO INTERNA</p><p>DE RISCO E REGRAS, PROCEDIMENTOS E CONTROLES</p><p>INTERNOS</p><p>SEÇÃO I – POLÍTICA DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE</p><p>DINHEIRO, AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO E</p><p>AO FINANCIAMENTO DA PROLIFERAÇÃO DE ARMAS DE</p><p>DESTRUIÇÃO EM MASSA</p><p>Art. 4º As pessoas jurídicas mencionadas nos incisos I a III do</p><p>art. 3º desta Resolução devem elaborar e implementar política de</p><p>PLD/FTP contendo, no mínimo:</p><p>I – a governança relacionada ao cumprimento das obrigações</p><p>de que trata esta Resolução,</p><p>incluindo a descrição circunstanciada</p><p>de como estão estruturados os órgãos da alta administração, quan-</p><p>do aplicável, assim como a definição dos papéis e a atribuição de</p><p>responsabilidades dos integrantes de cada nível hierárquico da ins-</p><p>tituição no tocante à elaboração e implementação do processo de</p><p>abordagem baseada em risco, com especial ênfase para as rotinas</p><p>previstas nos arts. 17, 18, 20, 21, 22 e 23 desta Resolução;</p><p>II – a descrição da metodologia para tratamento e mitigação</p><p>dos riscos identificados, a qual deve amparar os parâmetros esta-</p><p>belecidos na avaliação interna de risco, contemplando o detalha-</p><p>mento das diretrizes:</p><p>a) que fundamentaram a abordagem baseada em risco adota-</p><p>da;</p><p>b) para continuamente conhecer:</p><p>1. os clientes ativos, incluindo procedimentos de verificação,</p><p>coleta, validação e atualização de informações cadastrais, bem</p><p>como demais diligências aplicáveis, de acordo com os arts. 11 e 17;</p><p>e</p><p>2. os funcionários e os prestadores de serviços relevantes;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>2626</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>c) utilizadas para nortear as diligências visando à identificação</p><p>do beneficiário final do respectivo cliente, conforme os incisos III e</p><p>IX e o parágrafo único do art. 2º, arts. 13 a 15 e inciso IV do art. 17;</p><p>d) de monitoramento e possível detecção das atipicidades,</p><p>conforme inciso III do art. 17 e art. 20, bem como a especificação</p><p>de outras situações de monitoramento reforçado; e</p><p>e) acerca dos critérios utilizados para a obtenção dos indicado-</p><p>res de efetividade da abordagem baseada em risco utilizada para</p><p>fins de PLD/FTP;</p><p>III – definição dos critérios e periodicidade para atualização dos</p><p>cadastros dos clientes ativos, de acordo com o art. 11, observando-</p><p>-se o intervalo máximo de 5 (cinco) anos;</p><p>IV – se for o caso, a descrição das rotinas que visem pautar as</p><p>diligências de que tratam os §§2º e 3º do art. 1º do Anexo C; e</p><p>V – as ações que envolvam a identificação das contrapartes das</p><p>operações realizadas nos ambientes de registro, quando aplicável.</p><p>§1º A política a que se refere o caput deve ser:</p><p>I – documentada;</p><p>II – aprovada pela alta administração; e</p><p>III – mantida atualizada.</p><p>§2º As pessoas mencionadas nos incisos I e III do art. 3º que</p><p>pertençam a um mesmo conglomerado financeiro devem estabele-</p><p>cer na política de PLD/FTP mecanismos de intercâmbio de informa-</p><p>ções entre suas áreas de controles internos para assegurar o cum-</p><p>primento de suas obrigações previstas neste artigo, considerando</p><p>a relevância do risco identificado em cada caso, em sua avaliação</p><p>interna de risco.</p><p>§3º O intercâmbio de informações referido no §2º pode con-</p><p>templar, sempre que aplicável e necessário, informações sobre o</p><p>perfil do cliente detidas por sociedades sujeitas à regulamentação</p><p>específica que dispõe sobre o dever de verificação da adequação</p><p>dos produtos, serviços e operações ao perfil do cliente.</p><p>§4º A política de PLD/FTP elaborada e implementada pelos au-</p><p>ditores independentes deve abranger, no mínimo, o conteúdo defi-</p><p>nido em regulamentação específica emitida pelo Conselho Federal</p><p>de Contabilidade – CFC.</p><p>SEÇÃO II – AVALIAÇÃO INTERNA DE RISCO</p><p>Art. 5º As pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º des-</p><p>ta Resolução devem, no limite de suas atribuições, identificar, ana-</p><p>lisar, compreender e mitigar os riscos de lavagem de dinheiro, do</p><p>financiamento do terrorismo e do financiamento da proliferação de</p><p>armas de destruição em massa – LD/FTP, inerentes às suas ativida-</p><p>des desempenhadas no mercado de valores mobiliários, adotando</p><p>uma abordagem baseada em risco para garantir que as medidas de</p><p>prevenção e mitigação sejam proporcionais aos riscos identificados</p><p>e assegurar o cumprimento desta Resolução, devendo:</p><p>I – elencar todos os produtos oferecidos, serviços prestados,</p><p>respectivos canais de distribuição e ambientes de negociação e</p><p>registro em que atuem, segmentando-os minimamente em baixo,</p><p>médio e alto risco de LD/FTP; e</p><p>II – classificar os respectivos clientes por grau de risco de LD/</p><p>FTP, segmentando-os minimamente em baixo, médio e alto risco.</p><p>§1º Para fins do disposto no caput deste artigo, devem ser leva-</p><p>das em consideração, dentre outros fatores:</p><p>I – o tipo de cliente e sua natureza jurídica, a sua atividade, a</p><p>sua localização geográfica, os produtos, serviços, operações e ca-</p><p>nais de distribuição por ele utilizados, bem como outros parâme-</p><p>tros de risco adotados no relacionamento com os seus clientes;</p><p>II – o relacionamento com outras pessoas previstas no art. 3º,</p><p>considerando, inclusive, as políticas de PLD/FTP de tais pessoas; e</p><p>III – a contraparte das operações realizadas em nome de seu</p><p>cliente, no caso de operações realizadas em ambientes de registro.</p><p>§2º Os riscos de LD/FTP inerentes às seguintes categorias de</p><p>clientes devem considerar as suas respectivas peculiaridades e ca-</p><p>racterísticas, assim como ser objeto de tratamento específico den-</p><p>tro da política de PLD/FTP e do processo periódico da avaliação in-</p><p>terna de risco:</p><p>I – pessoas expostas politicamente, bem como com seus fami-</p><p>liares, estreitos colaboradores e pessoas jurídicas de que partici-</p><p>pem, nos termos do Anexo A; e</p><p>II – organizações sem fins lucrativos, nos termos da legislação</p><p>específica.</p><p>§3º As pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º des-</p><p>ta Resolução que não têm relacionamento direto com o investidor</p><p>devem identificar, analisar, compreender e mitigar os riscos de LD/</p><p>FTP inerentes às suas atividades desempenhadas, considerando os</p><p>parâmetros estabelecidos nos §§1º e 2º do art. 17.</p><p>Art. 6º O diretor de que trata o caput do art. 8º deve elaborar</p><p>relatório relativo à avaliação interna de risco de LD/FTP, a ser en-</p><p>caminhado para os órgãos da alta administração especificados na</p><p>política de PLD/FTP, até o último dia útil do mês de abril, contendo</p><p>além das informações requeridas nos incisos I e II do art. 5º, o que</p><p>segue:</p><p>I – identificação e análise das situações de risco de LD/FTP, con-</p><p>siderando as respectivas ameaças, vulnerabilidades e consequên-</p><p>cias;</p><p>II – se for o caso, análise da atuação dos prepostos, assessores</p><p>de investimento ou prestadores de serviços relevantes contratados,</p><p>bem como a descrição da governança e dos deveres associados</p><p>à manutenção do cadastro simplificado, nos termos do Anexo C;</p><p>(Inciso II com redação dada pela Resolução CVM nº 179, de 14 de</p><p>fevereiro de 2023.)</p><p>III – tabela relativa ao ano anterior, contendo:</p><p>a) o número consolidado das operações e situações atípicas</p><p>detectadas, segregadas por cada hipótese, nos termos do art. 20;</p><p>b) o número de análises realizadas, conforme disposto no art.</p><p>21;</p><p>c) o número de comunicações de operações suspeitas reporta-</p><p>das para o Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF,</p><p>conforme disposto no art. 22; e</p><p>d) a data do reporte da declaração negativa, se for o caso, con-</p><p>forme disposto no art. 23;</p><p>IV – as medidas adotadas para o atendimento do disposto nas</p><p>alíneas “b” e “c” do inciso II do art. 4º;</p><p>V – a apresentação dos indicadores de efetividade nos termos</p><p>definidos na política de PLD/FTP, incluindo a tempestividade acerca</p><p>das atividades de detecção, análise e comunicação de operações ou</p><p>situações atípicas; e</p><p>VI – a apresentação, se for o caso, de recomendações visando</p><p>mitigar os riscos identificados do exercício anterior que ainda não</p><p>foram devidamente tratados, contendo:</p><p>a) possíveis alterações nas diretrizes previstas na política de</p><p>PLD/FTP de que trata o art. 4º;</p><p>b) aprimoramento das regras, procedimentos e controles inter-</p><p>nos referidos no art. 7º, com o estabelecimento de cronogramas de</p><p>saneamento;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>27</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>VII – a indicação da efetividade das recomendações adotadas</p><p>referidas no inciso VI em relação ao relatório respectivamente ante-</p><p>rior, de acordo com a metodologia de que trata o inciso II do art. 4º,</p><p>registrando de forma individualizada os resultados.</p><p>§1º O relatório referido no caput deve:</p><p>I – ser elaborado anualmente até</p><p>o último dia útil do mês de</p><p>abril e seu conteúdo deve se referir ao ano anterior à data de en-</p><p>trega;</p><p>II – ficar disponível para a CVM e, se for o caso, para a entidade</p><p>autorreguladora, na sede da instituição.</p><p>§2º O relatório de que trata o caput pode ser único ou com-</p><p>por relatório abrangente de supervisão de regras, procedimentos</p><p>e controles internos de implementação e cumprimento de políticas</p><p>exigido pela regulamentação da CVM, observada a compatibilidade</p><p>dos prazos de entrega, conforme aplicável.</p><p>SEÇÃO III – REGRAS, PROCEDIMENTOS E CONTROLES</p><p>INTERNOS</p><p>Art. 7º As pessoas jurídicas mencionadas nos incisos I a III do</p><p>art. 3º desta Resolução devem:</p><p>I – adotar e implementar regras, procedimentos e controles</p><p>internos consistentes com o seu porte, bem como com o volume,</p><p>complexidade e tipo das atividades que desempenham no mercado</p><p>de valores mobiliários de forma a viabilizar a fiel observância das</p><p>disposições desta Resolução, contemplando, inclusive:</p><p>a) a análise prévia para efeitos de mitigação de riscos de LD/FTP</p><p>de novas tecnologias, serviços e produtos; e</p><p>b) a seleção e o monitoramento de administradores, funcioná-</p><p>rios, assessores de investimento e prestadores de serviços relevan-</p><p>tes contratados, com o objetivo de garantir padrões elevados de</p><p>seus quadros; e (Alínea b com redação dada pela Resolução CVM nº</p><p>179, de 14 de fevereiro de 2023.)</p><p>c) a forma pela qual o diretor responsável a que se refere o art.</p><p>8º acessará as informações necessárias para o devido gerenciamen-</p><p>to de riscos de PLD/FTP; e</p><p>II – manter programa de treinamento contínuo para adminis-</p><p>tradores, funcionários, assessores de investimento e prestadores</p><p>de serviços relevantes contratados, destinado inclusive a divulgar</p><p>a sua política de PLD/FTP, assim como as respectivas regras, pro-</p><p>cedimentos e controles internos. (Inciso II com redação dada pela</p><p>Resolução CVM nº 179, de 14 de fevereiro de 2023.)</p><p>§1º As regras, os procedimentos e os controles internos de que</p><p>trata este artigo devem:</p><p>I – ser escritos;</p><p>II – ser passíveis de verificação; e</p><p>III – estar disponíveis para consulta da CVM, das entidades ad-</p><p>ministradoras dos mercados organizados e das entidades operado-</p><p>ras de infraestrutura de mercado em que a pessoa obrigada atue</p><p>como participante e da entidade autorreguladora, se for o caso.</p><p>§2º As regras, procedimentos e controles internos de que trata</p><p>este artigo devem prever que os administradores, funcionários, as-</p><p>sessores de investimento e prestadores de serviços relevantes con-</p><p>tratados, se for o caso, das pessoas jurídicas mencionadas nos inci-</p><p>sos I a III do art. 3º devem reportar, no limite de suas atribuições,</p><p>para a sua área responsável pelos controles internos as propostas</p><p>ou ocorrências das operações ou situações previstas no art. 20. (§2º</p><p>com redação dada pela Resolução CVM nº 179, de 14 de fevereiro</p><p>de 2023.)</p><p>§3º O programa de treinamento a que se refere o inciso II deve</p><p>ser realizado utilizando-se linguagem clara, acessível e ser compa-</p><p>tível com as funções desempenhadas e com a sensibilidade das in-</p><p>formações a que têm acesso aqueles que participam do programa.</p><p>§4º São considerados descumprimento do disposto nos incisos</p><p>I e II do caput não apenas a inexistência ou insuficiência das regras,</p><p>procedimentos e controles internos ali referidos, como também a</p><p>sua não implementação ou a implementação inadequada para os</p><p>fins previstos nesta Resolução.</p><p>§5º Os auditores independentes devem observar os limites, os</p><p>procedimentos e a conformidade requerida na execução de uma</p><p>auditoria de demonstrações contábeis ou revisão de informações</p><p>contábeis intermediárias, segundo regulamentação específica emi-</p><p>tida pelo CFC e as normas emanadas pela CVM.</p><p>CAPÍTULO III – RESPONSABILIDADES</p><p>SEÇÃO I – RESPONSABILIDADE DO DIRETOR</p><p>Art. 8º As pessoas jurídicas mencionadas nos incisos I a III do</p><p>art. 3º desta Resolução devem indicar um diretor estatutário, res-</p><p>ponsável pelo cumprimento das normas estabelecidas por esta Re-</p><p>solução, em especial, pela implementação e manutenção da res-</p><p>pectiva política de PLD/FTP compatível com a natureza, o porte, a</p><p>complexidade, a estrutura, o perfil de risco e o modelo de negócio</p><p>da instituição, de forma a assegurar o efetivo gerenciamento dos</p><p>riscos de LD/FTP apontados.</p><p>§1º A nomeação ou a substituição do diretor estatutário a que</p><p>se refere o caput deve ser informada à CVM e, quando for o caso,</p><p>às entidades administradoras dos mercados organizados, entidades</p><p>operadoras de infraestrutura do mercado financeiro e à entidade</p><p>autorreguladora com as quais as pessoas mencionadas nos incisos I</p><p>e III do art. 3º se relacionem, no prazo de 7 (sete) dias úteis, conta-</p><p>dos da sua investidura.</p><p>§2º A nomeação ou a substituição do diretor estatutário a que</p><p>se refere o caput deve ser informada à CVM pelas pessoas mencio-</p><p>nadas no inciso II do art. 3º no prazo de 7 (sete) dias úteis, contados</p><p>da sua investidura.</p><p>§3º Na hipótese de impedimento do diretor de que trata o</p><p>caput por prazo superior a 30 (trinta) dias, o substituto deve assu-</p><p>mir a referida responsabilidade, devendo a CVM ser comunicada no</p><p>prazo de 7 (sete) dias úteis a contar da sua ocorrência.</p><p>§4º A função a que se refere o caput pode ser desempenha-</p><p>da em conjunto com outras funções na instituição, desde que não</p><p>impliquem possíveis conflitos de interesses, principalmente com as</p><p>áreas de negócios da instituição.</p><p>§5º No caso de conglomerado financeiro, admite-se a indica-</p><p>ção do diretor previsto no caput deste artigo para todo o conglo-</p><p>merado.</p><p>§6º O diretor de que trata o caput deve agir com probidade,</p><p>boa fé e ética profissional, empregando, no exercício de suas fun-</p><p>ções, todo cuidado e diligência esperados dos profissionais em sua</p><p>posição.</p><p>§7º Caso as pessoas referidas nos incisos I a III no art. 3º te-</p><p>nham auditoria interna em sua estrutura funcional, suas análises e</p><p>avaliações acerca da adequação e efetividade das regras, procedi-</p><p>mentos e controles internos da instituição devem ficar disponíveis</p><p>para a CVM.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>2828</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>SEÇÃO II – RESPONSABILIDADE DOS ÓRGÃOS DA ALTA</p><p>ADMINISTRAÇÃO</p><p>Art. 9º Sem prejuízo da responsabilidade do diretor de que tra-</p><p>ta o caput do art. 8º, os órgãos da alta administração, conforme es-</p><p>pecificados na política de PLD/FTP, são responsáveis pela aprovação</p><p>e adequação da respectiva política, da avaliação interna de risco,</p><p>assim como das regras, dos procedimentos e dos controles internos</p><p>de que tratam os arts. 4º a 7º.</p><p>Seção III – Responsabilidade do Auditor Independente Pessoa</p><p>Natural e do Representante do Auditor Independente Pessoa Jurí-</p><p>dica</p><p>Art. 10. O auditor independente pessoa natural e o represen-</p><p>tante do auditor independente pessoa jurídica indicado nos termos</p><p>da regulamentação específica que dispõe sobre o registro e o exer-</p><p>cício da atividade de auditoria independente no âmbito do mercado</p><p>de valores mobiliários são os responsáveis pelo cumprimento das</p><p>normas estabelecidas por esta Resolução relativamente aos audi-</p><p>tores independentes.</p><p>CAPÍTULO IV – PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DOS</p><p>CLIENTES</p><p>SEÇÃO I – CADASTRO E IDENTIFICAÇÃO DE BENEFICIÁRIO</p><p>FINAL</p><p>Art. 11. As pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º</p><p>desta Resolução que tenham relacionamento direto com o investi-</p><p>dor devem identificá-lo, manter seu cadastro atualizado de acordo</p><p>com o conteúdo indicado nos Anexos B e C e nos termos da alínea</p><p>“b”, inciso II do art. 4º.</p><p>§1º As pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º de-</p><p>vem continuamente difundir perante seus clientes a importância da</p><p>manutenção de seus dados cadastrais atualizados, disponibilizando</p><p>canais para que esses investidores e seus representantes, conforme</p><p>o caso, comuniquem quaisquer atualizações, observado o disposto</p><p>no inciso II do art. 2º do Anexo B.</p><p>§2º As entidades administradoras de mercados organizados e</p><p>as entidades operadoras de infraestrutura do mercado financeiro</p><p>que não tenham relacionamento direto com os investidores</p><p>§2º Incorre, ainda, na mesma pena quem:(Redação dada pela</p><p>Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>5</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos</p><p>ou valores provenientes de infração penal; (Redação dada pela Lei</p><p>nº 12.683, de 2012)</p><p>II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhe-</p><p>cimento de que sua atividade principal ou secundária é dirigida à</p><p>prática de crimes previstos nesta Lei.</p><p>§3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do art.</p><p>14 do Código Penal.</p><p>§4º A pena será aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois ter-</p><p>ços) se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos de forma</p><p>reiterada, por intermédio de organização criminosa ou por meio</p><p>da utilização de ativo virtual. (Redação dada pela Lei nº 14.478, de</p><p>2022)Vigência</p><p>§5º A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cum-</p><p>prida em regime aberto ou semiaberto, facultando-se ao juiz deixar</p><p>de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de</p><p>direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamen-</p><p>te com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à</p><p>apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coauto-</p><p>res e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto</p><p>do crime. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§6º Para a apuração do crime de que trata este artigo, admi-</p><p>te-se a utilização da ação controlada e da infiltração de agentes.</p><p>(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)</p><p>CAPÍTULO II</p><p>DISPOSIÇÕES PROCESSUAIS ESPECIAIS</p><p>Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta Lei:</p><p>I – obedecem às disposições relativas ao procedimento comum</p><p>dos crimes punidos com reclusão, da competência do juiz singular;</p><p>II - independem do processo e julgamento das infrações pe-</p><p>nais antecedentes, ainda que praticados em outro país, cabendo</p><p>ao juiz competente para os crimes previstos nesta Lei a decisão so-</p><p>bre a unidade de processo e julgamento; (Redação dada pela Lei nº</p><p>12.683, de 2012)</p><p>III - são da competência da Justiça Federal:</p><p>a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem</p><p>econômico-financeira, ou em detrimento de bens, serviços ou in-</p><p>teresses da União, ou de suas entidades autárquicas ou empresas</p><p>públicas;</p><p>b) quando a infração penal antecedente for de competência da</p><p>Justiça Federal. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§1º A denúncia será instruída com indícios suficientes da exis-</p><p>tência da infração penal antecedente, sendo puníveis os fatos pre-</p><p>vistos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor,</p><p>ou extinta a punibilidade da infração penal antecedente. (Redação</p><p>dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§2º No processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica o</p><p>disposto no art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de</p><p>1941 (Código de Processo Penal), devendo o acusado que não com-</p><p>parecer nem constituir advogado ser citado por edital, prosseguin-</p><p>do o feito até o julgamento, com a nomeação de defensor dativo.</p><p>(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>Art. 3º (Revogado pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>Art. 4º O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Públi-</p><p>co ou mediante representação do delegado de polícia, ouvido o</p><p>Ministério Público em 24 (vinte e quatro) horas, havendo indícios</p><p>suficientes de infração penal, poderá decretar medidas assecurató-</p><p>rias de bens, direitos ou valores do investigado ou acusado, ou exis-</p><p>tentes em nome de interpostas pessoas, que sejam instrumento,</p><p>produto ou proveito dos crimes previstos nesta Lei ou das infrações</p><p>penais antecedentes. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§1º Proceder-se-á à alienação antecipada para preservação do</p><p>valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau de</p><p>deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade para</p><p>sua manutenção. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§2º O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens,</p><p>direitos e valores quando comprovada a licitude de sua origem,</p><p>mantendo-se a constrição dos bens, direitos e valores necessários</p><p>e suficientes à reparação dos danos e ao pagamento de prestações</p><p>pecuniárias, multas e custas decorrentes da infração penal. (Reda-</p><p>ção dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§3º Nenhum pedido de liberação será conhecido sem o com-</p><p>parecimento pessoal do acusado ou de interposta pessoa a que se</p><p>refere o caput deste artigo, podendo o juiz determinar a prática de</p><p>atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores, sem</p><p>prejuízo do disposto no §1º. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de</p><p>2012)</p><p>§4º Poderão ser decretadas medidas assecuratórias sobre</p><p>bens, direitos ou valores para reparação do dano decorrente da</p><p>infração penal antecedente ou da prevista nesta Lei ou para paga-</p><p>mento de prestação pecuniária, multa e custas. (Redação dada pela</p><p>Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>Art. 4º-A. A alienação antecipada para preservação de valor de</p><p>bens sob constrição será decretada pelo juiz, de ofício, a requeri-</p><p>mento do Ministério Público ou por solicitação da parte interessa-</p><p>da, mediante petição autônoma, que será autuada em apartado e</p><p>cujos autos terão tramitação em separado em relação ao processo</p><p>principal. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§1º O requerimento de alienação deverá conter a relação de</p><p>todos os demais bens, com a descrição e a especificação de cada</p><p>um deles, e informações sobre quem os detém e local onde se en-</p><p>contram. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§2º O juiz determinará a avaliação dos bens, nos autos apar-</p><p>tados, e intimará o Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 12.683,</p><p>de 2012)</p><p>§3º Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências sobre o</p><p>respectivo laudo, o juiz, por sentença, homologará o valor atribuído</p><p>aos bens e determinará sejam alienados em leilão ou pregão, pre-</p><p>ferencialmente eletrônico, por valor não inferior a 75% (setenta e</p><p>cinco por cento) da avaliação. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§4º Realizado o leilão, a quantia apurada será depositada em</p><p>conta judicial remunerada, adotando-se a seguinte disciplina: (In-</p><p>cluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>I - nos processos de competência da Justiça Federal e da Justiça</p><p>do Distrito Federal: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>a) os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica Federal ou</p><p>em instituição financeira pública, mediante documento adequado</p><p>para essa finalidade; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>b) os depósitos serão repassados pela Caixa Econômica Federal</p><p>ou por outra instituição financeira pública para a Conta Única do</p><p>Tesouro Nacional, independentemente de qualquer formalidade,</p><p>no prazo de 24 (vinte e quatro) horas; e (Incluída pela Lei nº 12.683,</p><p>de 2012)</p><p>c) os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal ou por</p><p>instituição financeira pública serão debitados à Conta Única do Te-</p><p>souro Nacional, em subconta de restituição; (Incluída pela Lei nº</p><p>12.683, de 2012)</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>66</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>II - nos processos de competência da Justiça dos Estados: (In-</p><p>cluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>a) os depósitos serão efetuados em instituição financeira desig-</p><p>nada em lei, preferencialmente pública, de cada Estado ou, na sua</p><p>ausência, em instituição financeira pública da União; (Incluída pela</p><p>Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>b) os depósitos serão repassados para a conta única de cada Es-</p><p>tado, na forma da respectiva legislação. (Incluída pela Lei nº 12.683,</p><p>de 2012)</p><p>§5º Mediante ordem da autoridade judicial, o valor do depósi-</p><p>to, após o trânsito em julgado da sentença proferida na ação penal,</p><p>será: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>I - em caso de sentença condenatória, nos processos de com-</p><p>petência da Justiça Federal e da Justiça do Distrito Federal, incor-</p><p>porado definitivamente ao patrimônio da União, e, nos processos</p><p>de competência da Justiça Estadual, incorporado ao patrimônio do</p><p>Estado respectivo; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>II - em caso de sentença</p><p>devem</p><p>utilizar as informações cadastrais dos participantes para fins de apli-</p><p>cação deste artigo à política de PLD/FTP.</p><p>§3º As pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º não</p><p>devem aceitar ordens de movimentação de contas de clientes que</p><p>estejam com os cadastros desatualizados, exceto nas hipóteses de</p><p>pedidos de encerramento de conta ou de alienação ou resgate de</p><p>ativos.</p><p>Art. 12. É permitida a adoção de sistemas alternativos de ca-</p><p>dastro, inclusive por meio eletrônico, desde que as soluções adota-</p><p>das satisfaçam os objetivos das normas vigentes e os procedimen-</p><p>tos sejam passíveis de verificação.</p><p>Parágrafo único. A assinatura do cliente ou de seu procurador</p><p>no cadastro pode ser efetuada por meio digital, ou, no caso de sis-</p><p>temas eletrônicos, suprida por outros mecanismos, desde que os</p><p>procedimentos adotados permitam confirmar com precisão a iden-</p><p>tificação do cliente.</p><p>Art. 13. As informações cadastrais relativas a clientes classifica-</p><p>dos nos incisos II a V do art. 1º do Anexo B devem abranger as pes-</p><p>soas naturais autorizadas a representá-los, todos seus controlado-</p><p>res, diretos e indiretos, e as pessoas naturais que sobre eles tenham</p><p>influência significativa, até alcançar a pessoa natural caracterizada</p><p>como beneficiário final ou qualquer das entidades mencionadas no</p><p>§2º.</p><p>§1º As pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º de-</p><p>vem definir, de acordo com sua política de PLD/FTP, o percentual de</p><p>participação mínimo que caracteriza o controle direto ou indireto,</p><p>observado que, exclusivamente para fins de cumprimento do caput,</p><p>o percentual não pode ser superior a 25% (vinte e cinco por cento)</p><p>da participação.</p><p>§2º Excetua-se do disposto no caput no que se refere à obriga-</p><p>ção de identificação da pessoa natural caracterizada como benefi-</p><p>ciário final:</p><p>I – a pessoa jurídica constituída como companhia aberta no</p><p>Brasil;</p><p>II – fundos e clubes de investimento nacionais registrados, des-</p><p>de que:</p><p>a) não seja fundo exclusivo;</p><p>b) obtenham recursos de investidores com o propósito de atri-</p><p>buir o desenvolvimento e a gestão de uma carteira de investimento</p><p>a um gestor qualificado que deve ter plena discricionariedade na</p><p>representação e na tomada de decisão junto às entidades investi-</p><p>das, não sendo obrigado a consultar os cotistas para essas decisões</p><p>e tampouco indicar os cotistas ou partes a eles ligadas para atuar</p><p>nas entidades investidas; e</p><p>c) seja informado o número do CPF/MF ou de inscrição no Ca-</p><p>dastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ de todos os cotistas para</p><p>a Receita Federal do Brasil na forma definida em regulamentação</p><p>específica daquele órgão;</p><p>III – instituições financeiras e demais entidades autorizadas a</p><p>funcionar pelo Banco Central do Brasil;</p><p>IV – seguradoras, entidades abertas e fechadas de previdência</p><p>complementar e de regimes próprios de previdência social;</p><p>V – os investidores não residentes classificados como:</p><p>a) bancos centrais, governos ou entidades governamentais, as-</p><p>sim como fundos soberanos ou companhias de investimento con-</p><p>troladas por fundos soberanos e similares;</p><p>b) organismos multilaterais;</p><p>c) companhias abertas ou equivalentes;</p><p>d) instituições financeiras ou similares, agindo por conta pró-</p><p>pria</p><p>e) administradores de carteiras, agindo por conta própria;</p><p>f) seguradoras e entidades de previdência; e</p><p>g) fundos ou veículos de investimento coletivo, desde que,</p><p>cumulativamente:</p><p>1. o número de cotistas seja igual ou superior a 100 (cem) e</p><p>nenhum deles tenha influência significativa; e</p><p>2. a administração da carteira de ativos seja feita de forma dis-</p><p>cricionária por administrador profissional sujeito à regulação de</p><p>órgão regulador que tenha celebrado com a CVM acordo de coope-</p><p>ração mútua, nos termos dispostos no inciso III do §3º.</p><p>§3º O enquadramento de algum investidor no rol do inciso V do</p><p>§2º não isenta as pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º</p><p>de cumprir as demais obrigações previstas nesta Resolução, naquilo</p><p>que for aplicável, em especial, a condução das demais diligências</p><p>previstas nos arts. 17 e 18, devendo também ser observado se a</p><p>respectiva jurisdição de origem:</p><p>I – está classificada por organismos internacionais, em espe-</p><p>cial o Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e</p><p>o Financiamento do Terrorismo – GAFI, como não cooperante ou</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>29</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>com deficiências estratégicas, em relação à prevenção à lavagem</p><p>de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e ao financiamento da</p><p>proliferação de armas de destruição em massa;</p><p>II – integra alguma lista de sanções ou restrições emanadas</p><p>pelo CSNU; e</p><p>III – possui órgão regulador do mercado de capitais, em espe-</p><p>cial, que tenha celebrado com a CVM acordo de cooperação mútua</p><p>que permita o intercâmbio de informações financeiras de investido-</p><p>res, ou seja signatário do memorando multilateral de entendimen-</p><p>to da Organização Internacional das Comissões de Valores – OICV/</p><p>IOSCO.</p><p>§4º As pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º tam-</p><p>bém devem verificar, para efeitos do inciso V do §2º, e sem pre-</p><p>juízo do inciso III do §3º, se o respectivo cliente em sua jurisdição</p><p>de origem é regulado e fiscalizado por autoridade governamental</p><p>competente</p><p>§5º Adicionalmente, para os investidores classificados na alí-</p><p>nea “c” do inciso V do §2º, a respectiva dispensa somente se aplica</p><p>se na jurisdição da sua respectiva sede vigore lei ou regulamenta-</p><p>ção que exija a divulgação pública e periódica de acionistas relevan-</p><p>tes pessoas naturais.</p><p>§6º Nas situações previstas no §2º, as pessoas listadas nos</p><p>incisos I a III do art. 3º devem informar no cadastro quem são as</p><p>pessoas naturais representantes dos clientes perante seus órgãos</p><p>reguladores.</p><p>Art. 14. Os auditores independentes devem identificar seus</p><p>clientes e respectivos beneficiários finais, na forma dos procedi-</p><p>mentos definidos pela regulamentação específica emitida pelo CFC.</p><p>Art. 15. Nas situações em que for necessária a condução de</p><p>diligências visando à identificação do beneficiário final de entes</p><p>constituídos sob a forma de trust ou veículo assemelhado, também</p><p>devem ser envidados e evidenciados esforços para identificar:</p><p>I – a pessoa que instituiu o trust ou veículo assemelhado</p><p>(settlor);</p><p>II – o supervisor do veículo de investimento, se houver (pro-</p><p>tector);</p><p>III – o administrador ou gestor do veículo de investimento</p><p>(curador ou trustee); e</p><p>IV – o beneficiário do trust, seja uma ou mais pessoas naturais</p><p>ou jurídicas.</p><p>Parágrafo único. Para fins desta Resolução, equipara-se ao</p><p>curador ou trustee a pessoa que não for settlor ou protector, mas</p><p>que tenha influência significativa nas decisões de investimento do</p><p>trust ou veículo assemelhado.</p><p>Art. 16. As pessoas a que se referem os incisos I a III do art.</p><p>3º que tenham relacionamento direto com o investidor devem, de</p><p>forma consistente com sua política de PLD/FTP, avaliação interna de</p><p>risco e demais regras, procedimentos e controles internos, dispen-</p><p>sar especial atenção às situações em que não seja possível identifi-</p><p>car o beneficiário final, observado o disposto no §2º do art. 13, bem</p><p>como em que as diligências previstas na seção II do Capítulo IV não</p><p>possam ser concluídas.</p><p>§1º Nos casos descritos no caput, as pessoas lá mencionadas</p><p>devem adotar os seguintes procedimentos:</p><p>I – monitoramento reforçado, mediante a adoção de procedi-</p><p>mentos mais rigorosos para a seleção de operações ou situações</p><p>atípicas, nos termos do art. 20, independentemente da classificação</p><p>de risco desse investidor;</p><p>II – análise mais criteriosa com vistas à verificação da necessi-</p><p>dade das comunicações de que tratam os arts. 22 e 27, na hipótese</p><p>de detecção de outros sinais de alerta, nos termos do inciso I do §1º</p><p>deste artigo e do art. 21;</p><p>III – avaliação do diretor responsável de que trata o caput do</p><p>art. 8º, passível de verificação, quanto ao interesse no início ou ma-</p><p>nutenção do relacionamento com o investidor.</p><p>§2º Em relação aos investidores, as entidades administradoras</p><p>de mercados organizados e as entidades operadoras de infraestru-</p><p>tura do mercado financeiro adotarão as medidas previstas neste</p><p>artigo com base nas informações recebidas dos participantes, ob-</p><p>servada a regulamentação em vigor.</p><p>SEÇÃO II – DILIGÊNCIAS DEVIDAS RELATIVAS AO</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO DOS CLIENTES</p><p>SUBSEÇÃO I – DILIGÊNCIAS DEVIDAS PELAS PESSOAS DE</p><p>QUE TRATAM OS INCISOS I A III DO ART. 3º</p><p>Art. 17. As pessoas mencionadas no caput do art. 11 devem</p><p>adotar continuamente regras, procedimentos e controles internos,</p><p>de acordo com diretrizes prévia e expressamente estabelecidos na</p><p>política a que se refere o art. 4º, para:</p><p>I – validar as informações cadastrais de seus clientes e man-</p><p>tê-las atualizadas, nos termos da alínea “b”, inciso II do art. 4º, ou</p><p>a qualquer momento, caso surjam novas informações relevantes;</p><p>II – aplicar e evidenciar procedimentos de verificação das infor-</p><p>mações cadastrais proporcionais ao risco de utilização de seus pro-</p><p>dutos, serviços e canais de distribuição para a lavagem de dinheiro,</p><p>o financiamento do terrorismo e o financiamento da proliferação de</p><p>armas de destruição em massa;</p><p>III – monitorar as operações e situações de forma a permanen-</p><p>temente conhecer os seus clientes ativos;</p><p>IV – adotar as diligências devidas para a identificação do bene-</p><p>ficiário final;</p><p>V – classificar os clientes ativos por grau de risco de LD/FTP,</p><p>conforme disposto no inciso II do art. 5º, e acompanhar a evolução</p><p>do relacionamento da instituição com eles, de forma a rever tem-</p><p>pestivamente a respectiva classificação, se cabível;</p><p>VI – quanto aos clientes ativos qualificados no §2º do art. 5º:</p><p>a) monitorar continuamente e de maneira diferenciada a rela-</p><p>ção de negócio;</p><p>b) acompanhar de maneira diferenciada as propostas de início</p><p>de relacionamento; e</p><p>c) identificar clientes que, após o início do relacionamento com</p><p>a instituição, passem a se enquadrar nesse rol, ou para os quais se</p><p>constate que já tinham essa qualidade no início do relacionamento</p><p>com a instituição;</p><p>VII – nas situações de maior risco de LD/FTP envolvendo clien-</p><p>tes ativos:</p><p>a) envidar esforços adicionais para identificar a origem dos re-</p><p>cursos envolvidos nas referidas operações; e</p><p>b) acompanhar de maneira mais rigorosa a evolução do seu re-</p><p>lacionamento com eles, descrevendo as eventuais medidas adota-</p><p>das na avaliação interna de risco, conforme Seção II do Capítulo II; e</p><p>VIII – identificar possíveis clientes e respectivos beneficiários</p><p>finais que detenham bens, valores e direitos de posse ou proprie-</p><p>dade, bem como de todos os demais direitos, reais ou pessoais, de</p><p>titularidade, direta ou indireta, e que estejam relacionados com as</p><p>situações previstas nos arts. 27 e 28.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>3030</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>§1º As pessoas mencionadas nos incisos I e III do art. 3º que</p><p>não têm relacionamento direto com os investidores devem, no limi-</p><p>te de suas atribuições:</p><p>I – considerar, para fins da abordagem baseada em risco de LD/</p><p>FTP, a política de PLD/FTP e as respectivas regras, procedimentos</p><p>e controles internos de outras pessoas mencionadas nos mesmos</p><p>incisos com quem se relacionem;</p><p>II – buscar a implementação de mecanismos de intercâmbio</p><p>de informações com as áreas de controles internos das instituições</p><p>mencionadas no inciso I que tenham tal relacionamento direto, ob-</p><p>servados eventuais regimes de sigilo ou restrição de acesso previs-</p><p>tos na legislação;</p><p>III – monitorar continuamente as operações realizadas em</p><p>nome desses investidores, considerando as operações ou situações</p><p>que não dependam da posse dos dados cadastrais, nem tampouco</p><p>da identificação do beneficiário final, assim como, quando cabível,</p><p>adotar as providências previstas nos arts. 21 e 22; e</p><p>IV – avaliar a pertinência e a oportunidade de solicitar informa-</p><p>ções adicionais às pessoas mencionadas nos incisos I e III do art. 3º</p><p>que tenham relacionamento direto com os investidores, por meio</p><p>dos mecanismos de intercâmbio a que se refere o inciso II, caso</p><p>aplicáveis, em observância às diretrizes estabelecidas na política de</p><p>PLD/FTP e à avaliação interna de risco.</p><p>§2º Em relação aos investidores, as entidades administradoras</p><p>de mercados organizados e as entidades operadoras de infraes-</p><p>trutura do mercado financeiro devem adotar as medidas previstas</p><p>neste artigo com base nas informações recebidas dos participantes,</p><p>observada a regulamentação em vigor.</p><p>Art. 18. As pessoas mencionadas nos incisos I e III do art. 3º</p><p>somente devem iniciar qualquer relação de negócio ou dar pros-</p><p>seguimento a relação já existente com o cliente ou prestador de</p><p>serviço relevante se observadas as providências estabelecidas neste</p><p>Capítulo.</p><p>Parágrafo único. As pessoas mencionadas nos incisos I e III do</p><p>art. 3º devem, de forma passível de verificação, compreender e,</p><p>quando apropriado, empreender esforços para obter informações</p><p>adicionais a respeito do propósito da relação de negócio mantida</p><p>pelo cliente ou, se for o caso, por procurador legalmente constituí-</p><p>do, com a instituição.</p><p>SUBSEÇÃO II – DILIGÊNCIAS DEVIDAS PELOS AUDITORES</p><p>INDEPENDENTES</p><p>Art. 19. Os auditores independentes devem adotar, continua-</p><p>mente, regras, de acordo com os procedimentos prévia e expres-</p><p>samente estabelecidos nas políticas a que se refere o §4º do art.</p><p>4º, para:</p><p>I – confirmar as informações cadastrais de seus clientes, bem</p><p>como dos beneficiários finais, e manter atualizado o respectivo ca-</p><p>dastro;</p><p>II – dedicar especial atenção às propostas de início de relacio-</p><p>namento;</p><p>III – dedicar especial atenção às operações societárias, ou de</p><p>qualquer outra natureza, de seus clientes e respectivos beneficiá-</p><p>rios finais, identificadas durante a execução dos trabalhos de au-</p><p>ditoria, que possam estar associadas à lavagem de dinheiro, ao fi-</p><p>nanciamento do terrorismo e ao financiamento da proliferação de</p><p>armas de destruição em massa; e</p><p>IV – identificar, sempre que possível e em conformidade com os</p><p>procedimentos de auditoria executados, os respectivos beneficiá-</p><p>rios finais de operações societárias, ou de qualquer outra natureza,</p><p>que possam estar associadas à lavagem de dinheiro, ao financia-</p><p>mento do terrorismo e ao financiamento da proliferação de armas</p><p>de destruição em massa.</p><p>CAPÍTULO V – MONITORAMENTO, ANÁLISE E</p><p>COMUNICAÇÃO DAS OPERAÇÕES E SITUAÇÕES SUSPEITAS</p><p>SEÇÃO I – MONITORAMENTO DE OPERAÇÕES</p><p>Art. 20. Para fins do disposto no inciso I do art. 11, da Lei nº</p><p>9.613, de 1998, as pessoas mencionadas nos incisos I a IV do art.</p><p>3º devem, no limite de suas atribuições, monitorar continuamente</p><p>todas as operações e situações, bem como observar as seguintes</p><p>atipicidades, que podem, após detecção e respectiva análise, confi-</p><p>gurar indícios de LD/FTP:</p><p>I – situações derivadas do processo de identificação do cliente,</p><p>conforme Capítulo IV, tais como:</p><p>a) situações em que não seja possível manter atualizadas as</p><p>informações cadastrais de seus clientes;</p><p>b) situações em que não seja possível identificar o beneficiário</p><p>final;</p><p>c) situações em que as diligências previstas na seção II do Capí-</p><p>tulo IV não possam ser concluídas;</p><p>d) no caso de clientes classificados no inciso I do art. 1º do</p><p>Anexo B, operações cujos valores se afigurem incompatíveis com a</p><p>ocupação profissional, os rendimentos ou a situação patrimonial ou</p><p>financeira de qualquer das partes envolvidas, tomando-se por base</p><p>as informações cadastrais respectivas; e</p><p>e) no caso de clientes classificados nos incisos II a V do art. 1º</p><p>do Anexo B, incompatibilidade da atividade econômica, do objeto</p><p>social ou do faturamento informados com o padrão operacional</p><p>apresentado por clientes com o mesmo perfil;</p><p>II – situações relacionadas com operações cursadas no merca-</p><p>do de valores mobiliários, tais como:</p><p>a) realizadas entre as mesmas partes ou em benefício das mes-</p><p>mas partes, nas quais haja seguidos ganhos ou perdas no que se</p><p>refere a algum dos envolvidos;</p><p>b) que evidenciem oscilação significativa em relação ao volume</p><p>ou frequência de negócios de qualquer das</p><p>partes envolvidas;</p><p>c) cujos desdobramentos contemplem características que pos-</p><p>sam constituir artifício para burla da identificação dos efetivos en-</p><p>volvidos e beneficiários respectivos;</p><p>d) cujas características e desdobramentos evidenciem atuação,</p><p>de forma contumaz, em nome de terceiros;</p><p>e) que evidenciem mudança repentina e objetivamente injusti-</p><p>ficada relativamente às modalidades operacionais usualmente uti-</p><p>lizadas pelos envolvidos;</p><p>f) cujo grau de complexidade e risco se afigurem incompatíveis</p><p>com:</p><p>1. o perfil do cliente ou de seu representante, nos termos da</p><p>regulamentação específica que dispõe sobre o dever de verificação</p><p>da adequação dos produtos, serviços e operações ao perfil do clien-</p><p>te; e</p><p>2. com o porte e o objeto social do cliente;</p><p>g) realizadas com a aparente finalidade de gerar perda ou ga-</p><p>nho para as quais falte, objetivamente, fundamento econômico ou</p><p>legal;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>31</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>h) transferências privadas de recursos e de valores mobiliários</p><p>sem motivação aparente, tais como:</p><p>1. entre contas-correntes de investidores perante o interme-</p><p>diário;</p><p>2. de titularidade de valores mobiliários sem movimentação</p><p>financeira; e</p><p>3. de valores mobiliários fora do ambiente de mercado orga-</p><p>nizado;</p><p>i) depósitos ou transferências realizadas por terceiros, para a</p><p>liquidação de operações de cliente, ou para prestação de garantia</p><p>em operações nos mercados de liquidação futura;</p><p>j) pagamentos a terceiros, sob qualquer forma, por conta de</p><p>liquidação de operações ou resgates de valores depositados em ga-</p><p>rantia, registrados em nome do cliente; e</p><p>k) operações realizadas fora de preço de mercado;</p><p>III – operações e situações relacionadas a pessoas suspeitas de</p><p>envolvimento com atos terroristas, com o financiamento do terro-</p><p>rismo, ou com o financiamento da proliferação de armas de destrui-</p><p>ção em massa, tais como aquelas que envolvam:</p><p>a) ativos alcançados por sanções impostas pelas resoluções do</p><p>CSNU de que trata a Lei nº 13.810, de 8 de março de 2019;</p><p>b) ativos alcançados por requerimento de medida de indisponi-</p><p>bilidade oriundo de autoridade central estrangeira de que se venha</p><p>a ter conhecimento;</p><p>c) a realização de negócios, qualquer que seja o valor, por pes-</p><p>soas que tenham cometido ou intentado cometer atos terroristas,</p><p>ou deles participado ou facilitado o seu cometimento, conforme o</p><p>disposto na Lei nº 13.260, 16 de março de 2016;</p><p>d) valores mobiliários pertencentes ou controlados, direta ou</p><p>indiretamente, por pessoas que tenham cometido ou intentado</p><p>cometer atos terroristas, ou deles participado ou facilitado o seu</p><p>cometimento, conforme o disposto na Lei nº 13.260, de 2016; e</p><p>e) movimentação passível de ser associada ao financiamento</p><p>do terrorismo ou ao financiamento da proliferação de armas de</p><p>destruição em massa, conforme o disposto nas Leis nº 13.260, de</p><p>2016, e 13.810, de 8 de março de 2019; e</p><p>IV – operações com a participação de pessoas naturais, pessoas</p><p>jurídicas ou outras entidades que residam, tenham sede ou sejam</p><p>constituídas em países, jurisdições, dependências ou locais:</p><p>a) que não aplicam ou aplicam insuficientemente as recomen-</p><p>dações do GAFI, conforme listas emanadas por aquele organismo; e</p><p>b) com tributação favorecida e submetidos a regimes fiscais</p><p>privilegiados, conforme normas emanadas pela Receita Federal do</p><p>Brasil; e</p><p>V – outras hipóteses que, a critério das pessoas mencionadas</p><p>no caput deste artigo, configurem indícios de LD/FTP, cujas notifi-</p><p>cações deverão ser acompanhadas de breve descrição da possível</p><p>irregularidade, de acordo com o §1º do art. 22.</p><p>§1º As operações ou situações mencionadas no caput compre-</p><p>endem as seguintes:</p><p>I – aquelas objeto de negociação ou registro envolvendo valo-</p><p>res mobiliários, independentemente de seu valor ou da classifica-</p><p>ção de risco de LD/FTP do investidor;</p><p>II – eventos não usuais identificados no âmbito da condução</p><p>das diligências e respectivo monitoramento que possam estar asso-</p><p>ciados com operações e situações que envolvam alto risco de LD/</p><p>FTP; e</p><p>III – societárias ou de qualquer natureza identificadas e avalia-</p><p>das pelos auditores independentes no transcorrer dos trabalhos de</p><p>auditoria de demonstrações contábeis e de revisão de informações</p><p>contábeis intermediárias, pelo prazo de duração destes trabalhos,</p><p>e nos limites e na forma definidos pela regulamentação específica</p><p>emitida pelo CFC e pelas normas emanadas da CVM.</p><p>§2º O monitoramento deve contemplar as operações e situ-</p><p>ações que aparentem estar relacionadas com outras operações e</p><p>situações conexas ou que integrem um mesmo grupo de operações.</p><p>§3º Em relação aos investidores, as entidades administradoras</p><p>de mercados organizados e as entidades operadoras de infraes-</p><p>trutura do mercado financeiro devem adotar as medidas previstas</p><p>neste artigo com base nas informações recebidas dos participantes,</p><p>observada a regulamentação em vigor.</p><p>§4º Para fins do enquadramento das situações descritas nas alí-</p><p>neas “c”, “d” e “e” do inciso III, assim como na alínea “b” do inciso</p><p>IV do caput, as pessoas mencionadas no art. 3º devem verificar se</p><p>as informações disponíveis atendem os padrões mínimos estabe-</p><p>lecidos na política de PLD/FTP que ensejem a comunicação de que</p><p>trata o art. 22.</p><p>SEÇÃO II – ANÁLISE DE OPERAÇÕES</p><p>Art. 21. As pessoas mencionadas nos incisos I a IV do art. 3º de-</p><p>vem estabelecer um procedimento regular e tempestivo de análise</p><p>das operações e situações detectadas nos termos do art. 20, indi-</p><p>vidualmente ou em conjunto, com o objetivo de, no limite de suas</p><p>atribuições, identificar aquelas que configurem indícios de LD/FTP.</p><p>Parágrafo único. A análise deve observar os parâmetros pre-</p><p>vistos na política de PLD/FTP e na avaliação interna de risco, bem</p><p>como observar, no que couber, as respectivas regras, procedimen-</p><p>tos e controles internos, conforme os arts. 4º a 7º desta Resolução.</p><p>SEÇÃO III – COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES</p><p>Art. 22. As pessoas mencionadas nos incisos I a IV do art. 3º</p><p>desta Resolução devem, em conformidade com o disposto nesta se-</p><p>ção e mediante análise fundamentada, comunicar ao COAF todas as</p><p>situações e operações detectadas, ou propostas de operações que</p><p>possam constituir-se em sérios indícios de LD/FTP.</p><p>§1º As comunicações referidas no caput devem conter mini-</p><p>mamente:</p><p>I – a data do início de relacionamento do comunicante com a</p><p>pessoa autora ou envolvida na operação ou situação;</p><p>II – a explicação fundamentada dos sinais de alerta identifica-</p><p>dos;</p><p>III – a descrição e o detalhamento das características das ope-</p><p>rações realizadas;</p><p>IV – a apresentação das informações obtidas por meio das dili-</p><p>gências previstas no art. 17, que qualifiquem os envolvidos, inclusi-</p><p>ve informando tratar-se, ou não, de pessoas expostas politicamen-</p><p>te, e que detalhem o comportamento da pessoa comunicada; e</p><p>V – a conclusão da análise, incluindo o relato fundamentado</p><p>que caracterize os sinais de alerta identificados como uma situação</p><p>suspeita a ser comunicada para o COAF, contendo minimamente as</p><p>informações definidas nos demais incisos deste parágrafo.</p><p>§2º As pessoas mencionadas no caput devem abster-se de dar</p><p>ciência de tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela a qual se refira</p><p>a informação.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>3232</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>§3º A comunicação de que trata o caput deve ser efetuada no</p><p>prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar da conclusão da análise</p><p>que caracterizou a atipicidade da operação, respectiva proposta, ou</p><p>mesmo da situação atípica detectada, como uma suspeição a ser</p><p>comunicada para o COAF.</p><p>§4º As comunicações de boa-fé não acarretam, nos termos da</p><p>lei, responsabilidade civil ou administrativa às pessoas referidas no</p><p>caput deste artigo.</p><p>Art. 23. As pessoas mencionadas nos incisos I a IV do art. 3º</p><p>desta Resolução devem comunicar à CVM, se for o caso, a não ocor-</p><p>rência, no ano civil anterior, de situações, operações ou propostas</p><p>de operações passíveis de serem comunicadas.</p><p>Parágrafo</p><p>único. A comunicação de que trata o caput deve ser</p><p>realizada anualmente, até o último dia útil do mês de abril, por</p><p>meio dos mecanismos estabelecidos no convênio celebrado entre</p><p>a CVM e o COAF.</p><p>Art. 24. Para fins do disposto no inciso I do art. 11 da Lei nº</p><p>9.613, de 1998, os auditores independentes devem realizar o mo-</p><p>nitoramento, a análise e a comunicação de que trata este Capítulo</p><p>considerando, no mínimo, a aplicação dos procedimentos previstos</p><p>em regulamentação específica emitida pelo CFC.</p><p>CAPÍTULO VI – REGISTRO DE OPERAÇÕES E MANUTEN-</p><p>ÇÃO DE ARQUIVOS</p><p>Art. 25. As pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º</p><p>devem manter registro de toda operação envolvendo valores mobi-</p><p>liários, independentemente de seu valor, de forma a permitir:</p><p>I – a verificação da movimentação financeira de cada cliente,</p><p>consoante a política de PLD/FTP, a avaliação interna de risco e as</p><p>respectivas regras, procedimentos e controles internos, conforme</p><p>arts. 4º a 7º desta Resolução, assim como em face das informações</p><p>obtidas no processo de identificação dos clientes previsto no Capí-</p><p>tulo IV desta Resolução, considerando em especial:</p><p>a) os valores pagos a título de liquidação de operações;</p><p>b) os valores ou ativos depositados a título de garantia, em</p><p>operações nos mercados de liquidação futura; e</p><p>c) as transferências de valores mobiliários para a conta de cus-</p><p>tódia do cliente; e</p><p>II – as tempestivas análises e comunicações às quais se referem</p><p>os arts. 21 a 23.</p><p>Art. 26. As pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º</p><p>devem manter à disposição da CVM, durante o período mínimo de</p><p>5 (cinco) anos, toda documentação relacionada às obrigações pre-</p><p>vistas nos Capítulos II a V e VII.</p><p>§1º A documentação referida no caput deve necessariamente</p><p>contemplar, mas não se limitar, as conclusões que fundamentaram</p><p>a decisão de efetuar, ou não, as comunicações de que trata os arts.</p><p>22 e 23.</p><p>§2º Em se tratando do disposto nos Capítulos IV, V e VII, o prazo</p><p>a que se refere o caput passa a contar, conforme o caso, a partir</p><p>do cadastro ou da última atualização cadastral, ou da detecção da</p><p>situação atípica, podendo esse prazo ser sucessivamente estendido</p><p>por determinação da CVM.</p><p>§3º Os documentos e informações a que se refere este artigo,</p><p>assim como os registros de que trata o art. 25, podem ser guarda-</p><p>dos em meios físico ou eletrônico.</p><p>§4º As imagens digitalizadas são admitidas em substituição aos</p><p>documentos originais, desde que o processo seja realizado de acor-</p><p>do com a lei que dispõe sobre elaboração e o arquivamento de do-</p><p>cumentos públicos e privados em meios eletromagnéticos, e com o</p><p>decreto que estabelece a técnica e os requisitos para a digitalização</p><p>desses documentos.</p><p>§5º O documento de origem pode ser descartado após sua di-</p><p>gitalização, exceto se apresentar danos materiais que prejudiquem</p><p>sua legibilidade.</p><p>§6º Os sistemas eletrônicos de que trata o §3º devem:</p><p>I – possibilitar o acesso imediato das pessoas mencionadas no</p><p>art. 3º aos documentos e informações a que se refere este artigo; e</p><p>II – utilizar tecnologia capaz de cumprir integralmente com o</p><p>disposto na presente Resolução a respeito de cadastro de clientes.</p><p>CAPÍTULO VII – CUMPRIMENTO DE SANÇÕES IMPOSTAS</p><p>POR RESOLUÇÕES DO CSNU</p><p>Art. 27. As pessoas mencionadas nos incisos I a IV do art. 3º de-</p><p>vem cumprir, imediatamente e sem aviso prévio aos sancionados,</p><p>as medidas estabelecidas nas resoluções sancionatórias do CSNU</p><p>ou as designações de seus comitês de sanções que determinem a</p><p>indisponibilidade de ativos, de quaisquer valores, de titularidade,</p><p>direta ou indireta, de pessoas naturais, de pessoas jurídicas ou de</p><p>entidades, nos termos da Lei nº 13.810, de 2019, sem prejuízo do</p><p>dever de cumprir determinações judiciais de indisponibilidade tam-</p><p>bém previstas na referida lei.</p><p>§1º As pessoas mencionadas nos incisos I a IV do art. 3º devem</p><p>ainda informar, sem demora, ao Ministério da Justiça e Segurança</p><p>Pública (MJSP) e à CVM, a existência de pessoas e ativos sujeitos às</p><p>determinações de indisponibilidade referidas no caput a que dei-</p><p>xaram de dar o imediato cumprimento, justificando as razões para</p><p>tanto.</p><p>§2º A indisponibilidade de que trata o caput refere-se à proibi-</p><p>ção de transferir, converter, trasladar, disponibilizar ativos ou deles</p><p>dispor, direta ou indiretamente, incidindo inclusive sobre os juros</p><p>e outros frutos civis e rendimentos decorrentes do contrato, con-</p><p>forme o previsto no inciso II do art. 2º e no §2º do art. 31 da Lei nº</p><p>13.810, de 2019.</p><p>§3º As pessoas mencionadas nos incisos I a IV do art. 3º devem</p><p>adotar os procedimentos abaixo, sem que para tanto seja necessá-</p><p>ria a comunicação da CVM de que trata o inciso I do art. 10 da Lei</p><p>nº 13.810, de 2019:</p><p>I – monitorar, direta e permanentemente, as determinações de</p><p>indisponibilidade referidas no caput, bem como eventuais informa-</p><p>ções a serem observadas para o seu adequado atendimento, inclu-</p><p>sive o eventual levantamento total ou parcial de tais determinações</p><p>em relação a pessoas, entidades ou ativos, visando ao cumprimento</p><p>imediato do quanto determinado, acompanhando para tanto, sem</p><p>prejuízo da adoção de outras providências de monitoramento, as</p><p>informações divulgadas na página do CSNU na rede mundial de</p><p>computadores; e</p><p>II – comunicar imediatamente a indisponibilidade de ativos e</p><p>as tentativas de sua transferência relacionadas às pessoas naturais,</p><p>às pessoas jurídicas ou às entidades sancionadas por resolução do</p><p>CSNU ou por designações de seus comitês de sanções, nos termos</p><p>do art. 11 da Lei nº 13.810, de 2019:</p><p>a) à CVM;</p><p>b) ao MJSP;</p><p>c) ao COAF; e</p><p>III – manter sob verificação a existência ou o surgimento, em</p><p>seu âmbito, de ativos alcançados pelas determinações de indispo-</p><p>nibilidade de que trata o caput, para efeito de pôr tais ativos ime-</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>33</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>diatamente, tão logo detectados, sob o regime de indisponibilidade</p><p>previsto no inciso II do art. 2º e no §2º do art. 31 da Lei nº 13.810,</p><p>de 2019.</p><p>§4º As pessoas mencionadas nos incisos I a IV do art. 3º de-</p><p>vem proceder ao imediato levantamento da indisponibilidade de</p><p>ativos de que trata o caput, nas hipóteses de exclusão de pessoas,</p><p>entidades ou ativos das correspondentes listas do CSNU ou de seus</p><p>comitês de sanções.</p><p>§5º O cumprimento das obrigações de que trata o Capítulo VII</p><p>não devem se submeter aos parâmetros da abordagem baseada em</p><p>risco de LD/FTP.</p><p>Art. 28. Para o fim de assegurar o fiel cumprimento do dispos-</p><p>to no art. 27, as pessoas mencionadas nos incisos I a IV do art. 3º</p><p>devem, no limite de suas atribuições, adequar suas regras, procedi-</p><p>mentos e controles internos no tocante a todas as relações de negó-</p><p>cio já existentes, ou que venham a ser posteriormente iniciadas em</p><p>seu âmbito, quanto às quais possam ser identificadas como inte-</p><p>ressadas pessoas físicas, pessoas jurídicas ou entidades alcançadas</p><p>pelas determinações de indisponibilidade de que trata o art. 27.</p><p>CAPÍTULO VIII - DISPOSIÇÕES FINAIS</p><p>Art. 29. Podem ser consideradas graves para efeito do disposto</p><p>na Lei nº 9.613, de 1998, as infrações relacionadas aos arts. 4º a 6º</p><p>e 17 a 28 desta Resolução.</p><p>Art. 30. Ficam revogadas:</p><p>I – a Instrução CVM nº 617, de 5 de dezembro de 2019; e</p><p>II – a Nota Explicativa à Instrução CVM nº 617, de 5 de dezem-</p><p>bro de 2019.</p><p>Art. 31. Esta Resolução entra em vigor em 1º dia de outubro</p><p>de 2021.</p><p>ANEXO A À RESOLUÇÃO CVM Nº 50, DE 31 DE AGOSTO DE</p><p>2021</p><p>Dispõe sobre as Pessoas Expostas Politicamente de que trata o</p><p>art. 5, inciso I</p><p>Art. 1º Para efeitos do disposto nesta Resolução, considera-se</p><p>pessoas expostas politicamente:</p><p>I – os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo</p><p>e Legislativo da União;</p><p>II – os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União, de:</p><p>a) Ministro de Estado ou equiparado;</p><p>b) Natureza Especial ou equivalente;</p><p>c) presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de en-</p><p>tidades da administração pública indireta; e</p><p>d) Grupo Direção e Assessoramento Superiores</p><p>(DAS), nível 6,</p><p>ou equivalente;</p><p>III – os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo</p><p>Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores, dos Tribunais Regionais</p><p>Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho, dos Tribunais Regio-</p><p>nais Eleitorais, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e do</p><p>Conselho da Justiça Federal;</p><p>IV – os membros do Conselho Nacional do Ministério Público,</p><p>o Procurador-Geral da República, o Vice-Procurador-Geral da Repú-</p><p>blica, o Procurador-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça</p><p>Militar, os Subprocuradores-Gerais da República e os Procuradores-</p><p>-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal;</p><p>V – os membros do Tribunal de Contas da União, o Procurador-</p><p>-Geral e os Subprocuradores-Gerais do Ministério Público junto ao</p><p>Tribunal de Contas da União;</p><p>VI – os presidentes e os tesoureiros nacionais, ou equivalentes,</p><p>de partidos políticos;</p><p>VII – os Governadores e os Secretários de Estado e do Distri-</p><p>to Federal, os Deputados Estaduais e Distritais, os presidentes, ou</p><p>equivalentes, de entidades da administração pública indireta esta-</p><p>dual e distrital e os presidentes de Tribunais de Justiça, Tribunais</p><p>Militares, Tribunais de Contas ou equivalentes dos Estados e do Dis-</p><p>trito Federal; e</p><p>VIII – os Prefeitos, os Vereadores, os Secretários Municipais, os</p><p>presidentes, ou equivalentes, de entidades da administração públi-</p><p>ca indireta municipal e os Presidentes de Tribunais de Contas ou</p><p>equivalentes dos Municípios.</p><p>Parágrafo único. Para fins de identificação de pessoas expostas</p><p>politicamente que se enquadram no caput, as pessoas menciona-</p><p>das nos incisos I a IV do art. 3º da Resolução devem consultar a base</p><p>de dados específica, disponibilizada pelo Governo Federal.</p><p>Art. 2º São também consideradas expostas politicamente as</p><p>pessoas que, no exterior, sejam:</p><p>I – chefes de estado ou de governo;</p><p>II – políticos de escalões superiores;</p><p>III – ocupantes de cargos governamentais de escalões superio-</p><p>res;</p><p>IV – oficiais-generais e membros de escalões superiores do Po-</p><p>der Judiciário;</p><p>V – executivos de escalões superiores de empresas públicas; ou</p><p>VI – dirigentes de partidos políticos.</p><p>Art. 3º São também consideradas pessoas expostas politica-</p><p>mente os dirigentes de escalões superiores de entidades de direito</p><p>internacional público ou privado.</p><p>Art. 4º Para fins de identificação de pessoas expostas politica-</p><p>mente que se enquadram nos arts. 2º e 3º, as pessoas mencionadas</p><p>nos incisos I a IV do art. 3º da Resolução devem recorrer a fontes</p><p>abertas e bases de dados públicas e privadas.</p><p>Art. 5º A condição de pessoa exposta politicamente perdura</p><p>até 5 (cinco) anos contados da data em que a pessoa deixou de se</p><p>enquadrar nos arts 1º a 3º deste Anexo A.</p><p>Art. 6º Para fins do disposto no inciso I, §2º do art. 5º desta</p><p>Resolução, são considerados:</p><p>I – familiares: os parentes, na linha direta, até o segundo grau,</p><p>o cônjuge, o companheiro, a companheira, o enteado e a enteada; e</p><p>II – estreitos colaboradores:</p><p>a) pessoas naturais que são conhecidas por terem sociedade</p><p>ou propriedade conjunta em pessoas jurídicas de direito privado ou</p><p>em arranjos sem personalidade jurídica, que figurem como manda-</p><p>tárias, ainda que por instrumento particular, ou possuam qualquer</p><p>outro tipo de estreita relação de conhecimento público com uma</p><p>pessoa exposta politicamente; e</p><p>b) pessoas naturais que têm o controle de pessoas jurídicas de</p><p>direito privado ou em arranjos sem personalidade jurídica, conheci-</p><p>dos por terem sido criados para o benefício de uma pessoa exposta</p><p>politicamente.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>3434</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>ANEXO B À RESOLUÇÃO CVM Nº 50, DE 31 DE AGOSTO DE</p><p>2021</p><p>Dispõe sobre o conteúdo do cadastro de investidores de que</p><p>trata o art. 11</p><p>Art. 1º O cadastro de investidores deve ter, no mínimo, o se-</p><p>guinte conteúdo:</p><p>I – se pessoa natural:</p><p>a) nome completo;</p><p>b) data de nascimento;</p><p>c) naturalidade;</p><p>d) nacionalidade;</p><p>e) estado civil;</p><p>f) nome da mãe;</p><p>g) número do documento de identificação e órgão expedidor;</p><p>h) número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF/</p><p>MF;</p><p>i) nome e respectivo número do CPF/MF do cônjuge ou compa-</p><p>nheiro, se for o caso;</p><p>j) local de residência (logradouro, complemento, bairro, cidade,</p><p>unidade da federação e CEP) e número de telefone;</p><p>k) endereço eletrônico para correspondência;</p><p>l) ocupação profissional;</p><p>m) nome da entidade, com respectiva inscrição no CNPJ, para a</p><p>qual trabalha, quando aplicável;</p><p>n) informações atualizadas sobre os rendimentos e a situação</p><p>patrimonial;</p><p>o) informações sobre o perfil do cliente, conforme regulamen-</p><p>tação específica que dispõe sobre dever de verificação da adequa-</p><p>ção dos produtos, serviços e operações ao perfil do cliente, quando</p><p>aplicável;</p><p>p) se o cliente opera por conta de terceiros, no caso dos admi-</p><p>nistradores de fundos de investimento e de carteiras administradas;</p><p>q) se o cliente autoriza ou não a transmissão de ordens por</p><p>procurador;</p><p>r) local de residência dos procuradores, se houver, bem como</p><p>registro se eles são considerados pessoas expostas politicamente,</p><p>se for o caso, nos termos desta Resolução;</p><p>s) qualificação dos procuradores e descrição de seus poderes,</p><p>se houver;</p><p>t) datas das atualizações do cadastro;</p><p>u) assinatura do cliente, observado o disposto no parágrafo</p><p>único do art. 12;</p><p>v) se o cliente é considerado pessoa exposta politicamente nos</p><p>termos desta Resolução;</p><p>w) cópia dos seguintes documentos:</p><p>1. documento de identidade; e</p><p>2. comprovante de residência ou domicílio; e</p><p>x) cópias dos seguintes documentos, se for o caso:</p><p>1. procuração; e</p><p>2. documento de identidade dos procuradores e respectivo nú-</p><p>mero de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF/MF;</p><p>II – se pessoa jurídica, exceto pessoas jurídicas com valores</p><p>mobiliários de sua emissão admitidos à negociação em mercado</p><p>organizado:</p><p>a) denominação ou nome empresarial;</p><p>b) nomes e CPF/MF dos controladores diretos ou nome empre-</p><p>sarial e inscrição no CNPJ dos controladores diretos, com a indica-</p><p>ção se eles são pessoas expostas politicamente;</p><p>c) nomes e CPF/MF dos administradores;</p><p>d) nomes e CPF/MF dos procuradores, se couber;</p><p>e) inscrição no CNPJ;</p><p>f) endereço completo (logradouro, complemento, bairro, cida-</p><p>de, unidade da federação e CEP);</p><p>g) número de telefone;</p><p>h) endereço eletrônico para correspondência;</p><p>i) informações atualizadas sobre o faturamento médio mensal</p><p>dos últimos 12 (doze) meses e a respectiva situação patrimonial;</p><p>j) informações sobre o perfil do cliente, conforme regulamen-</p><p>tação específica que dispõe sobre dever de verificação da adequa-</p><p>ção dos produtos, serviços e operações ao perfil do cliente, quando</p><p>aplicável;</p><p>k) denominação ou razão social, bem como respectiva inscrição</p><p>no CNPJ de pessoas jurídicas controladoras, controladas ou coliga-</p><p>das, quando aplicável, observado que na hipótese de a controlado-</p><p>ra, controlada ou coligada ter domicílio ou sede no exterior e não</p><p>ter CNPJ no Brasil, deverá ser informada a razão social e o número</p><p>de identificação ou de registro em seu país de origem;</p><p>l) se o cliente opera por conta de terceiros, no caso dos gesto-</p><p>res de fundos de investimento e de carteiras administradas;</p><p>m) se o cliente autoriza ou não a transmissão de ordens por</p><p>representante ou procurador;</p><p>n) qualificação dos representantes ou procuradores, se couber</p><p>e descrição de seus poderes;</p><p>o) datas das atualizações do cadastro;</p><p>p) assinatura do cliente, observado o disposto no parágrafo</p><p>único do art. 12;</p><p>q) cópia dos seguintes documentos:</p><p>1. documento de constituição da pessoa jurídica devidamente</p><p>atualizado e registrado no órgão competente; e</p><p>2. atos societários que indiquem os administradores da pessoa</p><p>jurídica, se for o caso;</p><p>r) cópias dos seguintes documentos, se for o caso:</p><p>1. procuração; e</p><p>2. documento de identidade dos procuradores e respectivo nú-</p><p>mero de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF/MF; e</p><p>s) endereço completo dos procuradores, se houver, bem como</p><p>registro se ele é considerado pessoa</p><p>exposta politicamente, se for o</p><p>caso, nos termos desta Resolução;</p><p>III – se pessoa jurídica com valores mobiliários de sua emissão</p><p>admitidos à negociação em mercado organizado:</p><p>a) denominação ou razão social;</p><p>b) nomes e número do CPF/MF de seus administradores;</p><p>c) inscrição no CNPJ;</p><p>d) endereço completo (logradouro, complemento, bairro, cida-</p><p>de, unidade da federação e CEP);</p><p>e) número de telefone;</p><p>f) endereço eletrônico para correspondência;</p><p>g) datas das atualizações do cadastro; e</p><p>h) concordância do cliente com as informações;</p><p>IV – se fundos de investimento registrados na Comissão de Va-</p><p>lores Mobiliários:</p><p>a) a denominação;</p><p>b) inscrição no CNPJ;</p><p>c) identificação completa do seu administrador fiduciário e do</p><p>seu gestor, nos termos do inciso II ou III deste artigo, conforme apli-</p><p>cável; e</p><p>d) datas das atualizações do cadastro; e</p><p>V – nas demais hipóteses:</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>35</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>a) a identificação completa dos clientes, nos termos dos incisos</p><p>I a IV, no que couber;</p><p>b) a identificação completa de seus representantes e adminis-</p><p>tradores, conforme aplicável;</p><p>c) informações atualizadas sobre a situação financeira e patri-</p><p>monial;</p><p>d) informações sobre perfil do cliente, conforme regulamen-</p><p>tação específica que dispõe sobre dever de verificação da adequa-</p><p>ção dos produtos, serviços e operações ao perfil do cliente, quando</p><p>aplicável;</p><p>e) se o cliente opera por conta de terceiros, no caso dos admi-</p><p>nistradores de fundos de investimento e de carteiras administradas;</p><p>f) datas das atualizações do cadastro; e</p><p>g) assinatura do cliente, observado o disposto no parágrafo úni-</p><p>co do art. 12.</p><p>§1º As informações contidas nas alíneas “i”, “m”, “q”, “r” e “s”</p><p>do inciso I e “k” e “s” do inciso II somente serão exigidas com rela-</p><p>ção ao cadastro de investidores que atuem em mercados organiza-</p><p>dos de valores mobiliários.</p><p>§2º As alterações no endereço constante do cadastro depen-</p><p>dem de ordem dos investidores, por meio físico ou eletrônico, e</p><p>comprovante do correspondente endereço.</p><p>§3º No caso de investidores não residentes, o cadastro deve</p><p>conter, adicionalmente:</p><p>I – os nomes e respectivos números de CPF/MF das pessoas na-</p><p>turais autorizadas a emitir ordens no Brasil e, conforme o caso, dos</p><p>administradores da instituição ou responsáveis pela administração</p><p>da carteira; e</p><p>II – os nomes e respectivos números de CPF/MF do represen-</p><p>tante legal e do responsável pela custódia dos seus valores mobili-</p><p>ários no Brasil.</p><p>§4º As informações relativas aos fundos de investimento exi-</p><p>gidas nas alíneas “a” e “b” do inciso IV deste artigo podem ser</p><p>obtidas e atualizadas diretamente por meio da página da CVM na</p><p>rede mundial de computadores, sem necessidade de autorização</p><p>ou aprovação do administrador fiduciário ou do gestor do fundo de</p><p>investimento.</p><p>§5º Nas hipóteses de investimento realizado por fundos de</p><p>investimento em cotas de fundos de investimento, a obrigação da</p><p>coleta prévia e formal das informações cadastrais está dispensada</p><p>se o administrador fiduciário do fundo investidor e do fundo investi-</p><p>do pertencerem ao mesmo conglomerado financeiro e mantiverem</p><p>sistema eletrônico que permita o acesso, a qualquer tempo, das in-</p><p>formações cadastrais exigidas pela regulamentação.</p><p>§6º A dispensa prevista no §5º não desobriga o administrador</p><p>fiduciário e nem tampouco o distribuidor de cotas das demais obri-</p><p>gações previstas na Resolução.</p><p>Art. 2º Do cadastro deve constar declaração, datada e assinada</p><p>pelo investidor:</p><p>I – de que são verdadeiras as informações fornecidas para o</p><p>preenchimento do cadastro;</p><p>II – de que se compromete a informar, no prazo de 10 (dez)</p><p>dias, quaisquer alterações que vierem a ocorrer nos seus dados</p><p>cadastrais, inclusive eventual revogação de mandato, caso exista</p><p>procurador;</p><p>III – de que é pessoa vinculada ao intermediário, quando apli-</p><p>cável;</p><p>IV – de que não está impedido de operar no mercado de valo-</p><p>res mobiliários;</p><p>V – informando os meios pelos quais suas ordens devem ser</p><p>transmitidas; e</p><p>VI – de que autoriza os intermediários, caso existam débitos</p><p>pendentes em seu nome, a liquidar os contratos, direitos e ativos</p><p>adquiridos por sua conta e ordem, bem como a executar bens e di-</p><p>reitos dados em garantia de suas operações ou que estejam em po-</p><p>der do intermediário, aplicando o produto da venda no pagamento</p><p>dos débitos pendentes, independentemente de notificação judicial</p><p>ou extrajudicial, quando aplicável.</p><p>§1º Para a negociação de cotas de fundo de investimento, será</p><p>ainda obrigatório que conste do cadastro autorização prévia do</p><p>investidor mediante instrumento próprio, incluindo declaração de</p><p>ciência de que:</p><p>I – recebeu o regulamento e, se for o caso, o prospecto ou lâ-</p><p>mina;</p><p>II – tomou ciência dos riscos envolvidos e da política de inves-</p><p>timento;</p><p>III – tomou ciência da possibilidade da obrigação de aporte adi-</p><p>cional de recursos, no caso de o patrimônio líquido do fundo de</p><p>investimento tornar-se negativo.</p><p>§2º O disposto no §1º deste artigo não se aplica à negociação</p><p>de cotas em mercado organizado.</p><p>§3º No caso de adoção de sistemas alternativos de cadastro,</p><p>inclusive eletrônicos, as declarações referidas no caput podem ser</p><p>apresentadas por outro meio que comprove a manifestação de von-</p><p>tade do investidor.</p><p>Art. 3º O participante deve manter os cadastros atualizados</p><p>junto às pessoas mencionadas no inciso II do art. 3º nas quais ope-</p><p>re, nos termos e padrões por elas estabelecidos.</p><p>Parágrafo único. As pessoas mencionadas no inciso II do art. 3°</p><p>podem solicitar aos seus participantes informações suplementares</p><p>relativas a seus clientes, visando o fiel atendimento do disposto no</p><p>art. 11 da presente Resolução.</p><p>ANEXO C À RESOLUÇÃO CVM Nº 50, DE 31 DE AGOSTO DE</p><p>2021</p><p>Dispõe sobre o conteúdo do cadastro simplificado de que trata</p><p>o art. 11</p><p>Art. 1º É facultada a utilização de cadastro simplificado de in-</p><p>vestidores não residentes, possibilitando que a coleta e a manuten-</p><p>ção dos dados cadastrais sejam realizadas por instituição estrangei-</p><p>ra, desde que:</p><p>I – o investidor não residente seja cliente de instituição estran-</p><p>geira, perante a qual esteja devidamente cadastrado na forma da</p><p>legislação aplicável em seu país de origem;</p><p>II – a instituição estrangeira a que se refere o inciso I assuma,</p><p>perante as pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º, a obri-</p><p>gação de apresentar, sempre que solicitadas, todas as informações</p><p>relativas ao investidor decorrentes do processo de sua identifica-</p><p>ção;</p><p>III – as pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º desta</p><p>Resolução:</p><p>a) estabeleçam critérios que lhes permitam verificar o grau de</p><p>confiabilidade da instituição estrangeira a que se refere o inciso I;</p><p>b) adotem as medidas necessárias para assegurar que as infor-</p><p>mações cadastrais do investidor sejam prontamente apresentadas</p><p>pela instituição estrangeira, sempre que solicitadas;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>3636</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>c) estabeleçam critérios que lhes permitam verificar que a ins-</p><p>tituição estrangeira a que se refere o inciso I:</p><p>1. adota práticas adequadas de identificação e cadastro de</p><p>investidores, condizentes com a legislação aplicável no respectivo</p><p>país de origem; e</p><p>2. implementa as diligências devidas visando à identificação do</p><p>beneficiário final, condizentes com a legislação aplicável no respec-</p><p>tivo país de origem;</p><p>IV – a instituição estrangeira a que se refere o inciso I esteja</p><p>localizada em país que não:</p><p>a) esteja classificado por organismos internacionais, em espe-</p><p>cial o GAFI, como não cooperante ou com deficiências estratégicas</p><p>em relação à prevenção à lavagem de dinheiro, ao financiamento</p><p>do terrorismo e ao financiamento da proliferação de armas de des-</p><p>truição em massa; e</p><p>b) integre alguma lista de sanções ou restrições emanadas pelo</p><p>CSNU; e</p><p>V – o órgão regulador do mercado de capitais do país de ori-</p><p>gem da instituição estrangeira tenha celebrado com a CVM acordo</p><p>de cooperação mútua que permita o intercâmbio de</p><p>informações</p><p>financeiras de investidores, ou seja signatário do memorando mul-</p><p>tilateral de entendimento da OICV/IOSCO.</p><p>§1º Cabe às pessoas mencionadas no inciso II do art. 3° definir</p><p>o conteúdo mínimo do cadastro simplificado e ter mecanismos de</p><p>controle que garantam o cumprimento do disposto neste artigo.</p><p>§2º As pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º desta</p><p>Resolução devem identificar junto à instituição estrangeira, ou, al-</p><p>ternativamente, junto a terceiros confiáveis, em quais categorias o</p><p>investidor não residente está qualificado, nos termos da regulamen-</p><p>tação específica da CVM que dispõe sobre o registro, as operações e</p><p>a divulgação de informações de investidor não residente no Brasil.</p><p>§3º As pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º devem,</p><p>de acordo com sua avaliação interna de risco, conduzir diligências</p><p>para:</p><p>I – reunir informações adicionais para a melhor compreensão</p><p>da renda ou faturamento, assim como do patrimônio daquele inves-</p><p>tidor não residente, nas situações em que isso for aplicável; e</p><p>II – identificar, observado o disposto nos arts. 13, 15 e 16 da</p><p>Resolução e no §2º do art. 1º do Anexo III, as situações em que</p><p>são possíveis a individualização de uma pessoa natural, ou pessoas</p><p>naturais como efetivos beneficiários finais, assim como envidar os</p><p>esforços necessários para identificá-los.</p><p>§4º Sem prejuízo das diligências previstas nos §§2º e 3º do art.</p><p>1º do Anexo III, deve-se observar, no que couber, as demais obriga-</p><p>ções previstas nos arts. 17, 18, 20, 21, 22, 27 e 28.</p><p>§5º As diligências de que tratam os §§2º e 3º do art. 1º do Ane-</p><p>xo III devem ter caráter permanente, ser tratadas na política previs-</p><p>ta no art. 4º da Resolução e ser passíveis de verificação.</p><p>§6º Caso as informações necessárias não sejam providencia-</p><p>das pela instituição estrangeira, ou mesmo não possam ser obtidas</p><p>junto a terceiros confiáveis, e que esta lacuna comprometa o pleno</p><p>conhecimento do cliente classificado como investidor não residen-</p><p>te, a instituição brasileira deve:</p><p>I – compilar todos os demais sinais de alerta que foram detec-</p><p>tados acerca das situações, operações, ou propostas de operações</p><p>desse investidor, no âmbito do art. 20 desta Resolução, se for o caso;</p><p>II – avaliar em análise individualizada a pertinência e a oportu-</p><p>nidade de comunicação ao COAF, nos termos dos arts. 21 e 22 desta</p><p>Resolução; e</p><p>III – adotar medidas suplementares visando à mitigação do ris-</p><p>co de LD/FTP, nos termos do §1º do art. 16.</p><p>Art. 2º As normas estabelecidas pelas pessoas mencionadas</p><p>no inciso II do art. 3° e pela entidade autorreguladora para o cum-</p><p>primento da presente seção devem contemplar, no mínimo, o que</p><p>segue:</p><p>I – exigência de celebração de contrato escrito entre as institui-</p><p>ções brasileiras e estrangeiras, o qual deve contemplar o seguinte</p><p>conteúdo mínimo:</p><p>a) obrigação da instituição estrangeira em apresentar à brasilei-</p><p>ra, às pessoas mencionadas no inciso II do art. 3° de que participe,</p><p>à entidade autorreguladora ou diretamente à CVM, nos prazos es-</p><p>tabelecidos, as informações devidamente atualizadas sobre a iden-</p><p>tificação do cliente;</p><p>b) cláusula que estabeleça a sujeição do contrato às leis brasi-</p><p>leiras, e a competência do Poder Judiciário brasileiro para conhecer</p><p>quaisquer demandas ajuizadas em razão de controvérsias derivadas</p><p>do contrato, admitida a existência ou a competência de juízo arbi-</p><p>tral, desde que a cláusula compromissória arbitral estipule que a ar-</p><p>bitragem deverá será sediada e desenvolver-se no Brasil, conduzida</p><p>em português, e que eventual confidencialidade do procedimento</p><p>não se aplicará à CVM, a qual deverá ser informada a respeito de</p><p>sua existência e poderá ter acesso aos autos, caso entenda neces-</p><p>sário; e</p><p>c) cláusula que imponha a rescisão em caso de descumprimen-</p><p>to da obrigação de fornecimento das informações de investidores</p><p>não residentes por requisição da instituição brasileira, da entidade</p><p>administradora de mercado organizado ou de órgão público brasi-</p><p>leiro com poderes de fiscalização;</p><p>II – proibição do uso de cadastro simplificado para clientes que</p><p>atuem por meio de instituição estrangeira que tenha descumpri-</p><p>do a obrigação de fornecimento de informações sobre investidores</p><p>não residentes;</p><p>III – prazos e forma de comunicação, à entidade administradora</p><p>de mercado organizado em que o participante esteja autorizado a</p><p>operar, sobre a celebração, rescisão ou alteração do contrato a que</p><p>se refere o inciso I do caput, bem como sobre o descumprimento de</p><p>quaisquer estipulações nele contidas; e</p><p>IV – inclusão da verificação de conformidade dos contratos a</p><p>que se refere o inciso I do caput e do cumprimento das normas per-</p><p>tinentes na programação de trabalho da entidade autorreguladora.</p><p>Parágrafo único. As pessoas mencionadas no inciso II do art. 3°</p><p>e a entidade autorreguladora devem:</p><p>I – submeter as normas mencionadas no caput à aprovação da</p><p>CVM antes do início de sua vigência; e</p><p>II – manter à disposição da CVM relação atualizada dos con-</p><p>tratos celebrados entre as instituições estrangeiras e as instituições</p><p>brasileiras sujeitas à autorregulação.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>37</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>CONCEITOS E MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO AO ASSÉDIO</p><p>MORAL E SEXUAL</p><p>O assédio moral e sexual é uma forma de violência no local de</p><p>trabalho que prejudica a saúde física e mental dos colaboradores.</p><p>Estas práticas não são apenas inaceitáveis, mas também podem re-</p><p>sultar em sanções legais, por isso é importante que as empresas e</p><p>organizações reconheçam o problema e tomem medidas eficazes</p><p>para combatê-lo. Neste artigo, veremos o conceito desse tipo de</p><p>assédio e quais medidas você pode tomar para combatê-lo.</p><p>— Assédio moral: Degradação da dignidade</p><p>O assédio no local de trabalho é uma forma de abuso psico-</p><p>lógico que pode ter um sério impacto na saúde e no bem-estar do</p><p>funcionário. Isto assume a forma de comportamento abusivo, como</p><p>ameaças, insultos, ameaças leves, isolamento social e difamação.</p><p>Estas práticas não só impactam o nível emocional da vítima, afetan-</p><p>do a sua autoestima e integridade psicológica, mas também impac-</p><p>tam diretamente o seu desempenho profissional. As pessoas que</p><p>sofrem assédio muitas vezes têm dificuldade de concentração no</p><p>trabalho e apresentam sintomas de ansiedade, estresse e depres-</p><p>são, o que pode levar a um ciclo perigoso de absenteísmo e baixa</p><p>produtividade.</p><p>Para prevenir eficazmente o assédio, as organizações devem</p><p>desenvolver políticas claras e fortes que condenem e proíbam tal</p><p>comportamento. Esta política deve ser amplamente divulgada e</p><p>compreendida por todos os colaboradores e deve deixar claro que</p><p>o assédio não será tolerado em nenhuma circunstância. Além disso,</p><p>é importante implementar procedimentos de denúncia seguros e</p><p>confidenciais para incentivar as vítimas e testemunhas a denunciar</p><p>incidentes sem receio de retaliação.</p><p>Os treinamentos regulares sobre o tema do assédio moral tam-</p><p>bém desempenham um papel fundamental na prevenção e cons-</p><p>cientização. Ao educar os colaboradores sobre o que constitui as-</p><p>sédio, como reconhecê-lo e como agir diante dessas situações, as</p><p>organizações capacitam sua equipe para identificar e interromper o</p><p>ciclo de abuso. Além disso, os líderes e gestores desempenham um</p><p>papel crucial no combate ao assédio moral. Eles devem ser exem-</p><p>plos de conduta ética e respeitosa, estando abertos para ouvir e</p><p>agir prontamente diante de denúncias.</p><p>Sendo assim, enfrentar o assédio moral requer um esforço con-</p><p>junto de toda a organização. A criação de uma cultura de respeito,</p><p>empatia e dignidade no ambiente de trabalho não só protege os</p><p>trabalhadores contra o abuso, mas também promove um ambiente</p><p>mais saudável, produtivo e acolhedor para todos. É uma respon-</p><p>sabilidade de todos os membros da equipe trabalhar juntos para</p><p>eliminar o assédio moral e criar um local de trabalho onde cada</p><p>indivíduo seja valorizado e respeitado.</p><p>— Assédio Sexual: Uma Violência de Gênero</p><p>O assédio sexual é uma forma repugnante de discriminação</p><p>de</p><p>gênero que mina a dignidade e os direitos individuais. Consiste em</p><p>uma variedade de comportamentos de natureza sexuais não solici-</p><p>tados, que vão desde comentários sugestivos, piadas de teor sexu-</p><p>al, gestos obscenos até formas mais graves como coerção sexual,</p><p>chantagem e até mesmo abuso físico. Este tipo de conduta cria um</p><p>ambiente de trabalho hostil e desigual, onde as vítimas se sentem</p><p>vulneráveis constrangidas e muitas vezes incapazes de desempe-</p><p>nhar suas funções de forma adequada. Para abordar eficazmente</p><p>o assédio sexual, as organizações devem ter políticas fortes e cla-</p><p>ras que proíbam e condenem veementemente tal comportamento.</p><p>Esta política deve ser amplamente divulgada e compreendida por</p><p>todos os colaboradores e deve deixar claro que o assédio sexual</p><p>não será tolerado em nenhuma circunstância. É também importan-</p><p>te estabelecer canais de denúncia seguros e confidenciais para que</p><p>as vítimas se sintam encorajadas e protegidas ao denunciar estes</p><p>incidentes.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>3838</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>A forma como você lida com as reclamações também é mui-</p><p>to importante. Todas as alegações de assédio sexual devem ser in-</p><p>vestigadas de forma justa e exaustiva para garantir que as vítimas</p><p>recebem o apoio de que necessitam e que os perpetradores são</p><p>responsabilizados pelas suas ações. É importante que as organiza-</p><p>ções criem uma cultura de tolerância zero relativamente ao assédio</p><p>sexual, onde as vítimas se sintam seguras para denunciar e confian-</p><p>tes de que as suas vozes serão ouvidas.</p><p>Além das políticas e procedimentos, a formação e a sensibili-</p><p>zação são ferramentas poderosas na luta contra o assédio sexual. A</p><p>formação regular para todos os funcionários e gestores que enfatize</p><p>o que significa o assédio sexual, como reconhecê-lo e como denun-</p><p>ciá-lo pode ajudar a criar uma cultura organizacional de respeito e</p><p>igualdade de género. É mais provável que seja criado um ambien-</p><p>te de trabalho seguro e inclusivo quando todos numa organização</p><p>estão conscientes e empenhados em prevenir o assédio sexual.</p><p>Simplificando, o assédio moral e sexual é uma prática inaceitável</p><p>que não só afeta o bem-estar emocional e psicológico das vítimas,</p><p>mas também tem impacto na integridade e na igualdade no local</p><p>de trabalho. As organizações têm a responsabilidade de estabelecer</p><p>políticas claras e canais de denúncia eficazes e de promover uma</p><p>cultura de respeito e tolerância zero para esta forma de violência. A</p><p>conscientização, o treinamento e o envolvimento de todos os fun-</p><p>cionários são essenciais para prevenir o assédio e criar um ambien-</p><p>te de trabalho seguro, inclusivo e digno para todos. Ao eliminar o</p><p>assédio moral e o assédio sexual, as organizações não só protegem</p><p>os seus colaboradores, mas também fortalecem a sua reputação,</p><p>promovem a igualdade de oportunidades e contribuem para uma</p><p>sociedade mais justa e ética.</p><p>ATITUDES ÉTICAS, RESPEITO, VALORES E VIRTUDES</p><p>Atitudes éticas, respeito, valores e virtudes são elementos fun-</p><p>damentais que formam a base do comportamento humano nas</p><p>sociedades e organizações. Neste contexto, a ética refere-se a um</p><p>conjunto de princípios e padrões que orientam as escolhas e ações</p><p>das pessoas e influenciam diretamente as suas interações e com-</p><p>portamento. Estes princípios éticos são a base para a promoção de</p><p>relações saudáveis, justas e responsáveis entre os membros da co-</p><p>munidade.</p><p>Valores são crenças ou ideias que um indivíduo ou grupo con-</p><p>sidera importantes na vida. É um fator que determina as decisões</p><p>e desejos de um indivíduo, molda o comportamento e influencia o</p><p>relacionamento com outras pessoas. Os valores podem variar mui-</p><p>to de pessoa para pessoa e de cultura para cultura, mas exemplos</p><p>comuns incluem honestidade, respeito, responsabilidade e justiça.</p><p>Esses valores constituem a base do comportamento ético e respei-</p><p>toso.</p><p>Além dos valores, os valores morais também desempenham</p><p>um papel importante na formação do comportamento humano.</p><p>A virtude é um traço moral que uma pessoa considera louvável e</p><p>desejável. Refletem qualidades como coragem, generosidade, ge-</p><p>nerosidade, compaixão e honestidade, entre outras coisas. O de-</p><p>senvolvimento e a prática de valores morais não só fortalecem o</p><p>caráter individual, mas também contribuem para a criação de uma</p><p>sociedade mais justa e solidária.</p><p>Neste contexto, o respeito é outro elemento importante que</p><p>fundamenta as relações humanas saudáveis e harmoniosas. Respei-</p><p>to mútuo significa reconhecer e valorizar a dignidade, as diferenças</p><p>e os direitos de cada pessoa. Promove a igualdade, a inclusão e o</p><p>respeito pelas necessidades e perspectivas dos outros, criando um</p><p>ambiente de vida harmonioso e colaborativo.</p><p>Em resumo, atitudes éticas, respeito, valores e gentileza são os</p><p>pilares da construção de sociedades e organizações éticas, justas e</p><p>respeitosas. São eles que orientam as escolhas e ações das pessoas,</p><p>criam a cultura e a integridade ambiental. Praticar e nutrir estes</p><p>elementos não só promove relacionamentos saudáveis e colabora-</p><p>tivos, mas também promove o desenvolvimento pessoal e o bem-</p><p>-estar coletivo.</p><p>— Atitudes Éticas: Diretrizes para Comportamento Correto</p><p>As atitudes éticas são um guia importante para o bom com-</p><p>portamento em todas as áreas da vida. Representa um conjunto de</p><p>valores, princípios e crenças que um indivíduo adota para orientar</p><p>suas ações e decisões. Tais atitudes são essenciais não só para a</p><p>integridade do indivíduo, mas também para o bem-estar geral e o</p><p>funcionamento saudável da sociedade como um todo. Quando fa-</p><p>lamos em comportamento ético, estamos nos referindo a um con-</p><p>junto de princípios que norteiam o comportamento humano. Isto</p><p>inclui o conceito de justiça: tratar todas as pessoas de forma igual</p><p>e justa, sem discriminação ou favoritismo. A honestidade também</p><p>é um fator chave que obriga as pessoas a serem honestas em suas</p><p>palavras e ações, evitando fraudes e enganos.</p><p>O comportamento ético também inclui o respeito pelos outros</p><p>e o reconhecimento da dignidade e dos direitos de cada pessoa.</p><p>Isso significa levar em consideração as perspectivas, necessidades e</p><p>sentimentos de outras pessoas ao tomar decisões ou realizar ações</p><p>que possam afetá-las. A equidade é outro princípio importante que</p><p>garante uma distribuição justa e igualitária de oportunidades e re-</p><p>cursos.</p><p>O comportamento ético não se limita ao cumprimento de re-</p><p>gras e regulamentos. Inclui também a capacidade de julgar o que é</p><p>moralmente correto numa variedade de situações e de agir de acor-</p><p>do com esses princípios, mesmo sem supervisão direta. Isso requer</p><p>autoconsciência, autodisciplina e um alto nível de responsabilidade</p><p>pessoal.</p><p>É importante enfatizar que as atitudes éticas não são fixas ou</p><p>imutáveis. Pode ser cultivado e desenvolvido ao longo da vida atra-</p><p>vés da reflexão, do estudo e da prática contínua. Isso significa estar</p><p>aberto a feedbacks, aprender com os erros e buscar sempre a me-</p><p>lhoria contínua.</p><p>O comportamento ético no local de trabalho é muito impor-</p><p>tante. Eles criam uma atmosfera organizacional saudável baseada</p><p>na confiança, transparência e respeito mútuo. Os funcionários que</p><p>demonstram atitudes éticas têm maior probabilidade de trabalhar</p><p>melhor em equipe, resolver conflitos de forma construtiva e tomar</p><p>decisões que considerem o impacto em todos os envolvidos.</p><p>— Respeito: Um pilar da convivência humana</p><p>O respeito é um dos pilares da convivência humana e da cons-</p><p>trução de sociedades saudáveis e inclusivas. Vai além de simples</p><p>formalidades ou regras de ética. É um reconhecimento profundo</p><p>da dignidade inerente a cada pessoa, independentemente das suas</p><p>características ou origens.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>39</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>O respeito se baseia na capacidade de ver e valorizar a individu-</p><p>alidade de cada pessoa. Isso significa perceber que todos têm valo-</p><p>res, crenças, histórias e experiências únicas que os tornam únicos.</p><p>Reconhecer essa singularidade nos permite tratar os</p><p>outros com</p><p>cortesia, consideração e empatia. O respeito também é evidente</p><p>na forma como nos comunicamos e interagimos com os outros. Isso</p><p>inclui ouvir atentamente as perspectivas das pessoas, mesmo que</p><p>sejam diferentes das nossas. Isto significa proporcionar espaço para</p><p>que diversas perspectivas sejam expressas e consideradas e criar</p><p>um ambiente de diálogo aberto e respeitoso.</p><p>Além disso, o respeito inclui a valorização da diversidade em</p><p>todas as suas manifestações. Isto inclui a diversidade cultural, ét-</p><p>nica e religiosa, bem como a diversidade de ideias, pensamentos e</p><p>perspectivas. Ao reconhecer e celebrar esta diversidade de visões</p><p>do mundo, contribuímos para um ambiente mais rico, mais criativo</p><p>e mais inclusivo.</p><p>Num contexto mais amplo, o respeito é a base sobre a qual são</p><p>construídas as relações sociais, as comunidades e as nações. Esta</p><p>é a base para a paz e a harmonia. Porque quando cada indivíduo é</p><p>plenamente respeitado, há espaço para cooperação, compreensão</p><p>mútua e resolução pacífica de conflitos.</p><p>O respeito é muito importante no local de trabalho. Isso cria</p><p>um clima organizacional positivo onde os funcionários se sentem</p><p>valorizados e motivados a contribuir da melhor forma possível. As</p><p>equipes que promovem o respeito mútuo são mais produtivas, cria-</p><p>tivas e engajadas porque cada membro se sente parte de um todo</p><p>coeso e solidário.</p><p>Simplificando, respeito é mais do que superficialidade. Estes</p><p>são os princípios fundamentais que regem as nossas interações e</p><p>relacionamentos com o mundo que nos rodeia. Ao cultivar a digni-</p><p>dade da vida, contribuímos para uma sociedade mais justa, iguali-</p><p>tária e humana.</p><p>— Valores: Pilares da Moral e da Ética</p><p>Os valores desempenham um papel importante no comporta-</p><p>mento humano e servem como pilares que norteiam nossas ações e</p><p>decisões. Crenças fundamentais que refletem o que consideramos</p><p>importante e significativo em nossas vidas. Esses valores podem ser</p><p>pessoais, derivados de experiências e crenças pessoais ou compar-</p><p>tilhados por um grupo, comunidade ou organização.</p><p>Entre os valores mais comuns está a honestidade, que se re-</p><p>fere à sinceridade e sinceridade nas relações interpessoais e nas</p><p>atividades diárias. A responsabilidade é outro valor importante que</p><p>demonstra a disposição de aceitar as consequências das próprias</p><p>escolhas e ações. Justiça, por outro lado, é a busca pela igualdade,</p><p>justiça e imparcialidade em todas as interações. A harmonia é um</p><p>valor que enfatiza a importância do apoio mútuo, da empatia e da</p><p>cooperação com os outros. Esses valores não apenas determinam</p><p>o comportamento individual, mas também têm um impacto signifi-</p><p>cativo nas organizações. Nas empresas e instituições, os valores são</p><p>a base da cultura organizacional. Define a identidade da empresa e</p><p>influencia as políticas, práticas e decisões tomadas em todos os ní-</p><p>veis. Por exemplo, uma empresa que valoriza a transparência pode</p><p>ter uma comunicação aberta e políticas de responsabilização claras.</p><p>Os valores de uma organização também determinam como os</p><p>membros da equipe se relacionam entre si e com outras partes in-</p><p>teressadas, como clientes, fornecedores e a comunidade em geral.</p><p>Por exemplo, as organizações interessadas na sustentabilidade po-</p><p>dem implementar práticas e políticas para reduzir o impacto am-</p><p>biental das suas operações.</p><p>A importância dos valores na vida organizacional vai além de</p><p>simplesmente serem declarados em um código de ética. Os mem-</p><p>bros da organização, desde gerentes até funcionários em geral, de-</p><p>vem vivenciar e praticar isso todos os dias. Quando os valores são</p><p>incorporados à cultura de uma empresa, cria-se um ambiente que</p><p>promove confiança, cooperação e respeito mútuo.</p><p>Simplificando, os valores são a base da moral e da ética que</p><p>influenciam muito a forma como nos comportamos, tomamos de-</p><p>cisões e nos relacionamos com os outros. Numa organização, eles</p><p>definem a sua identidade, moldam a sua cultura e orientam as suas</p><p>práticas de trabalho. Os valores criam uma base sólida para o suces-</p><p>so sustentável e contribuições positivas para a sociedade.</p><p>Os valores são princípios fundamentais que determinam o</p><p>comportamento e as escolhas humanas, tanto no nível individual</p><p>quanto organizacional. Reflete crenças profundas como honesti-</p><p>dade, responsabilidade e justiça na formação do comportamento</p><p>ético e moral das pessoas. Nas organizações, os valores definem a</p><p>identidade e a cultura da organização e influenciam políticas, práti-</p><p>cas e decisões. Quando vividos de forma autêntica, os valores pro-</p><p>movem um ambiente de trabalho saudável, relacionamentos posi-</p><p>tivos e orientam o comportamento dos funcionários em direção à</p><p>ética e ao respeito mútuo.</p><p>— Virtudes: Qualidades Humanas Elevadas</p><p>A virtude é um conjunto básico de qualidades morais e éticas</p><p>que refletem o melhor da humanidade. Vai além de apenas fazer</p><p>a coisa certa e abrange as qualidades superiores que constituem</p><p>nosso comportamento e caráter. Uma das virtudes fundamentais é</p><p>a coragem. Permite-nos enfrentar desafios, superar medos e agir de</p><p>acordo com princípios mesmo diante das adversidades. A coragem</p><p>não apenas nos motiva a agir, mas também nos fortalece por den-</p><p>tro, permitindo-nos manter a integridade sob pressão.</p><p>A generosidade é outro valor que desempenha um papel im-</p><p>portante na governança corporativa. Demonstra vontade de com-</p><p>partilhar recursos, conhecimentos e oportunidades com outras</p><p>pessoas sem esperar nada em troca. A generosidade promove um</p><p>ambiente de cooperação e apoio mútuo, promovendo a confiança</p><p>e o bem-estar para todos os envolvidos. Também ajuda a construir</p><p>relacionamentos positivos e duradouros entre colegas, gerentes e</p><p>partes interessadas.</p><p>A honestidade é a base dos valores éticos. Isto reflete a consis-</p><p>tência entre palavras e ações, sendo honesto, transparente e res-</p><p>ponsável em todas as interações. Integridade não é simplesmente</p><p>seguir regras e regulamentos; é agir de acordo com os nossos va-</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>4040</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>lores mais profundos, mesmo quando ninguém está observando.</p><p>Numa organização, a integridade do líder dá o tom ético para toda</p><p>a empresa, gerando confiança e respeito.</p><p>A gratidão é um valor muitas vezes dado como certo, mas de-</p><p>sempenha um papel importante na construção de relacionamentos</p><p>positivos e saudáveis. Expressar gratidão pelo trabalho árduo, pelas</p><p>realizações e pelas contribuições de outras pessoas cria um am-</p><p>biente de gratidão e reconhecimento. Isto não só aumenta o moral</p><p>da equipe, mas também promove a gratidão e o sentimento de per-</p><p>tencimento. Além dessas virtudes, existem muitas outras virtudes</p><p>que desempenham um papel importante na governança corpora-</p><p>tiva, como honestidade, responsabilidade, empatia e resiliência.</p><p>As virtudes não são apenas qualidades admiráveis, mas também</p><p>diretrizes práticas para um comportamento ético e uma liderança</p><p>eficaz. Ao cultivar e promover estas virtudes em todos os níveis da</p><p>organização, as empresas podem criar uma cultura e valores éticos</p><p>que vão além do sucesso financeiro, contribuindo para um ambien-</p><p>te de trabalho positivo e uma sociedade mais justa e igualitária.</p><p>O comportamento ético baseado em valores e virtudes é es-</p><p>sencial para a integridade e o funcionamento saudável das socieda-</p><p>des e organizações. Atitudes éticas como honestidade, integridade</p><p>e respeito orientam nosso comportamento, fortalecem relaciona-</p><p>mentos e promovem a confiança mútua. O respeito, base de toda</p><p>interação humana, e o reconhecimento da dignidade e das diferen-</p><p>ças de cada indivíduo promovem a paz social. Valores como res-</p><p>ponsabilidade e unidade definem nosso comportamento moral e</p><p>impulsionam nossa cultura organizacional. Finalmente, virtudes</p><p>como a coragem e a generosidade representam as mais elevadas</p><p>qualidades humanas que orientam uma vida ética e significativa.</p><p>NOÇÕES DE ÉTICA EMPRESARIAL E PROFISSIONAL; A GES-</p><p>TÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS</p><p>As noções de ética empresarial e profissional são</p><p>fundamentais</p><p>no mundo dos negócios e nas diversas profissões, atuando como</p><p>um guia para a conduta e as decisões tomadas dentro e fora do am-</p><p>biente de trabalho. Esses conceitos estão intrinsecamente ligados</p><p>ao bom funcionamento das organizações e à manutenção de uma</p><p>sociedade justa e ordenada.</p><p>Ética Empresarial</p><p>A ética empresarial refere-se aos princípios e padrões que as</p><p>empresas seguem para garantir integridade e transparência em</p><p>suas operações. Ela abrange uma variedade de aspectos, incluindo,</p><p>mas não se limitando a:</p><p>– Honestidade e transparência: as empresas devem fornecer</p><p>informações verdadeiras sobre seus produtos, serviços e operações</p><p>financeiras.</p><p>– Responsabilidade social: isso envolve o compromisso da</p><p>empresa com o bem-estar da sociedade e do meio ambiente, indo</p><p>além do objetivo de lucro.</p><p>– Justiça e equidade: as práticas empresariais devem ser justas,</p><p>garantindo igualdade de oportunidades para funcionários, clientes</p><p>e parceiros de negócios.</p><p>– Respeito pelas leis e regulamentos: cumprimento rigoroso</p><p>de todas as leis e regulamentos aplicáveis.</p><p>Ética Profissional</p><p>A ética profissional, por outro lado, foca na conduta individual</p><p>dos profissionais em seus campos de trabalho. Ela orienta como os</p><p>indivíduos devem agir em situações profissionais, baseando-se em</p><p>valores como:</p><p>– Integridade: manter um comportamento honesto e íntegro</p><p>em todas as atividades profissionais.</p><p>– Confidencialidade: proteger informações sensíveis, respei-</p><p>tando a privacidade de clientes e da empresa.</p><p>– Competência: manter um alto nível de profissionalismo e co-</p><p>nhecimento na área de atuação.</p><p>– Respeito pelas pessoas: tratar colegas, clientes e outras par-</p><p>tes interessadas com respeito e dignidade.</p><p>Importância da Ética Empresarial e Profissional</p><p>– Construção de confiança: uma forte ética empresarial e pro-</p><p>fissional ajuda a construir confiança entre a empresa, seus funcio-</p><p>nários, clientes e outras partes interessadas.</p><p>– Sustentabilidade do negócio: empresas que adotam práticas</p><p>éticas tendem a ser mais sustentáveis a longo prazo.</p><p>– Melhoria da imagem corporativa: a ética no ambiente de</p><p>trabalho melhora a imagem pública da empresa e pode ser um di-</p><p>ferencial competitivo.</p><p>– Prevenção de conflitos legais e financeiros: adotar uma pos-</p><p>tura ética ajuda a evitar litígios e problemas financeiros decorrentes</p><p>de práticas inadequadas.</p><p>A ética empresarial e profissional não é apenas uma questão</p><p>de cumprir a lei ou seguir regras. Trata-se de cultivar uma cultura</p><p>de integridade e responsabilidade, que não só beneficia a empresa</p><p>e os profissionais individualmente, mas também a sociedade como</p><p>um todo. É um investimento na reputação e na sustentabilidade a</p><p>longo prazo de qualquer organização ou carreira profissional.</p><p>— A gestão da ética nas empresas públicas e privadas</p><p>A gestão da ética em empresas públicas e privadas é um aspec-</p><p>to crucial que aborda como as organizações desenvolvem, imple-</p><p>mentam e mantêm políticas e práticas éticas. Este conceito é fun-</p><p>damental tanto para sustentar a integridade das operações quanto</p><p>para construir uma reputação positiva no mercado e na sociedade.</p><p>A abordagem da gestão da ética varia entre empresas públicas e</p><p>privadas devido às suas diferentes naturezas e objetivos.</p><p>Empresas Públicas</p><p>Nas empresas públicas, a gestão da ética frequentemente en-</p><p>volve considerações adicionais devido ao seu papel e responsabili-</p><p>dade perante o público e os stakeholders governamentais.</p><p>Aspectos chave incluem:</p><p>– Transparência e prestação de contas: como entidades públi-</p><p>cas, há uma expectativa mais alta de transparência em suas opera-</p><p>ções. Isso inclui a gestão financeira, contratações e decisões ope-</p><p>racionais.</p><p>– Conformidade com regulamentos governamentais: empre-</p><p>sas públicas devem aderir estritamente às leis e regulamentos,</p><p>muitas vezes sujeitas a escrutínio e auditorias governamentais mais</p><p>rigorosos.</p><p>– Interesse público e serviço: a tomada de decisão deve consi-</p><p>derar o bem-estar público e a ética no serviço público, colocando os</p><p>interesses da comunidade acima dos interesses empresariais.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>41</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Empresas Privadas</p><p>Nas empresas privadas, a gestão da ética também é vital, mas</p><p>com enfoque em aspectos ligeiramente diferentes, como:</p><p>– Cultura corporativa ética: a criação de uma cultura empresa-</p><p>rial que valoriza a ética, desde a liderança até os colaboradores, é</p><p>essencial. Isso envolve a incorporação de princípios éticos nas práti-</p><p>cas diárias e na tomada de decisão.</p><p>– Reputação e competitividade no mercado: empresas priva-</p><p>das muitas vezes usam a ética como um diferencial competitivo,</p><p>melhorando a reputação e a confiança do consumidor.</p><p>– Responsabilidade Social Corporativa (RSC): iniciativas de RSC</p><p>são cruciais para demonstrar compromisso ético, envolvendo-se</p><p>em práticas que beneficiam a sociedade e o meio ambiente.</p><p>Gestão da ética em ambos os tipos de empresas</p><p>Em ambos os cenários, a gestão eficaz da ética envolve:</p><p>– Códigos de Conduta e Políticas Éticas: desenvolver e imple-</p><p>mentar códigos de conduta claros e políticas éticas que definem as</p><p>expectativas e orientam o comportamento de todos na organiza-</p><p>ção.</p><p>– Treinamento e educação: oferecer treinamento regular em</p><p>ética para garantir que todos os membros da organização enten-</p><p>dam as normas e práticas éticas.</p><p>– Canais de comunicação e denúncia: estabelecer mecanismos</p><p>seguros e confidenciais para que os funcionários possam relatar</p><p>comportamentos antiéticos ou dilemas éticos.</p><p>– Avaliação e monitoramento: regularmente avaliar e moni-</p><p>torar a aderência às práticas éticas, ajustando políticas conforme</p><p>necessário para lidar com novos desafios éticos.</p><p>A gestão da ética é um processo contínuo que requer compro-</p><p>metimento e adaptação constantes. Empresas públicas e privadas,</p><p>embora enfrentem desafios únicos em relação à ética, comparti-</p><p>lham o objetivo comum de operar de maneira responsável e íntegra,</p><p>o que é crucial para o sucesso a longo prazo e a sustentabilidade.</p><p>CÓDIGO DE ÉTICA, CONDUTA E INTEGRIDADE</p><p>CÓDIGO DE ÉTICA, CONDUTA E INTEGRIDADE DA CAIXA</p><p>1 OBJETIVO</p><p>1.1Sistematizar os valores éticos que devem nortear a condu-</p><p>ção dos negócios do Conglomerado CAIXA e orientar as ações e o</p><p>relacionamento com os interlocutores internos e externos;</p><p>1.2Nortear o comportamento dos agentes públicos na execu-</p><p>ção das atividades administrativas e negócios realizados em nome</p><p>da CAIXA, em suas dependências ou fora delas;</p><p>1.3Resguardar a imagem institucional e a reputação dos agen-</p><p>tes públicos, cujas condutas estejam de acordo com as normas es-</p><p>tabelecidas neste Código e nos demais normativos;</p><p>1.4Servir como instrumento de consulta destinado a possibili-</p><p>tar o prévio e pronto esclarecimento de dúvidas quanto à conduta</p><p>ética exigida;</p><p>1.5Tornar claras as regras éticas de conduta dos agentes pú-</p><p>blicos para que a sociedade possa aferir a integridade e a lisura do</p><p>processo decisório no Conglomerado CAIXA;</p><p>1.6 Contribuir para o aperfeiçoamento dos padrões éticos do</p><p>Conglomerado CAIXA, a partir do exemplo dado pelas autoridades</p><p>de nível hierárquico superior;</p><p>1.7Estabelecer regras básicas para prevenir situações que pos-</p><p>sam suscitar conflitos entre os interesses públicos e privados e limi-</p><p>tações às atividades profissionais paralelas e posteriores ao exercí-</p><p>cio de cargo;</p><p>1.8Estabelecer regras e normas que possibilitem a fundamen-</p><p>tação das decisões da Comissão de Ética da CAIXA, da Comissão de</p><p>Prevenção ao Conflito de Interesses da CAIXA e, quando o caso, a</p><p>abertura e instrução de processos administrativos disciplinares.</p><p>1.9Estabelecer diretrizes para prevenção e correição, de modo</p><p>a mitigar o risco de envolvimento dos colaboradores, fornecedores</p><p>e parceiros do conglomerado CAIXA em atos de corrupção.</p><p>1.10Promover o fortalecimento do Programa de Integridade da</p><p>CAIXA, conforme OR142.</p><p>2 DEFINIÇÕES</p><p>2.1Siglas:</p><p>• ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados</p><p>Financeiro e de Capitais. É a representante das instituições</p><p>absolutória extintiva de punibilidade,</p><p>colocado à disposição do réu pela instituição financeira, acrescido</p><p>da remuneração da conta judicial. (Incluído pela Lei nº 12.683, de</p><p>2012)</p><p>§6º A instituição financeira depositária manterá controle dos</p><p>valores depositados ou devolvidos. (Incluído pela Lei nº 12.683, de</p><p>2012)</p><p>§7º Serão deduzidos da quantia apurada no leilão todos os tri-</p><p>butos e multas incidentes sobre o bem alienado, sem prejuízo de</p><p>iniciativas que, no âmbito da competência de cada ente da Fede-</p><p>ração, venham a desonerar bens sob constrição judicial daqueles</p><p>ônus. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§8º Feito o depósito a que se refere o §4º deste artigo, os autos</p><p>da alienação serão apensados aos do processo principal. (Incluído</p><p>pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§9º Terão apenas efeito devolutivo os recursos interpostos con-</p><p>tra as decisões proferidas no curso do procedimento previsto neste</p><p>artigo. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§10. Sobrevindo o trânsito em julgado de sentença penal con-</p><p>denatória, o juiz decretará, em favor, conforme o caso, da União ou</p><p>do Estado: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>I - a perda dos valores depositados na conta remunerada e da</p><p>fiança; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>II - a perda dos bens não alienados antecipadamente e daque-</p><p>les aos quais não foi dada destinação prévia; e (Incluído pela Lei nº</p><p>12.683, de 2012)</p><p>III - a perda dos bens não reclamados no prazo de 90 (noventa)</p><p>dias após o trânsito em julgado da sentença condenatória, ressal-</p><p>vado o direito de lesado ou terceiro de boa-fé. (Incluído pela Lei nº</p><p>12.683, de 2012)</p><p>§11. Os bens a que se referem os incisos II e III do §10 deste</p><p>artigo serão adjudicados ou levados a leilão, depositando-se o saldo</p><p>na conta única do respectivo ente. (Incluído pela Lei nº 12.683, de</p><p>2012)</p><p>§12. O juiz determinará ao registro público competente que</p><p>emita documento de habilitação à circulação e utilização dos bens</p><p>colocados sob o uso e custódia das entidades a que se refere o</p><p>caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§13. Os recursos decorrentes da alienação antecipada de bens,</p><p>direitos e valores oriundos do crime de tráfico ilícito de drogas e</p><p>que tenham sido objeto de dissimulação e ocultação nos termos</p><p>desta Lei permanecem submetidos à disciplina definida em lei es-</p><p>pecífica. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>Art. 4º-B. A ordem de prisão de pessoas ou as medidas asse-</p><p>curatórias de bens, direitos ou valores poderão ser suspensas pelo</p><p>juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução imediata</p><p>puder comprometer as investigações. (Incluído pela Lei nº 12.683,</p><p>de 2012)</p><p>Art. 5º Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz, ouvido</p><p>o Ministério Público, nomeará pessoa física ou jurídica qualificada</p><p>para a administração dos bens, direitos ou valores sujeitos a me-</p><p>didas assecuratórias, mediante termo de compromisso. (Redação</p><p>dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>Art. 6º A pessoa responsável pela administração dos bens: (Re-</p><p>dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será satis-</p><p>feita com o produto dos bens objeto da administração;</p><p>II - prestará, por determinação judicial, informações periódicas</p><p>da situação dos bens sob sua administração, bem como explicações</p><p>e detalhamentos sobre investimentos e reinvestimentos realizados.</p><p>Parágrafo único. Os atos relativos à administração dos bens su-</p><p>jeitos a medidas assecuratórias serão levados ao conhecimento do</p><p>Ministério Público, que requererá o que entender cabível. (Redação</p><p>dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>CAPÍTULO III</p><p>DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO</p><p>Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no Có-</p><p>digo Penal:</p><p>I - a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de</p><p>competência da Justiça Estadual -, de todos os bens, direitos e valo-</p><p>res relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos crimes pre-</p><p>vistos nesta Lei, inclusive aqueles utilizados para prestar a fiança,</p><p>ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé; (Redação</p><p>dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>II - a interdição do exercício de cargo ou função pública de qual-</p><p>quer natureza e de diretor, de membro de conselho de administra-</p><p>ção ou de gerência das pessoas jurídicas referidas no art. 9º, pelo</p><p>dobro do tempo da pena privativa de liberdade aplicada.</p><p>§1º A União e os Estados, no âmbito de suas competências,</p><p>regulamentarão a forma de destinação dos bens, direitos e valores</p><p>cuja perda houver sido declarada, assegurada, quanto aos proces-</p><p>sos de competência da Justiça Federal, a sua utilização pelos órgãos</p><p>federais encarregados da prevenção, do combate, da ação penal e</p><p>do julgamento dos crimes previstos nesta Lei, e, quanto aos proces-</p><p>sos de competência da Justiça Estadual, a preferência dos órgãos</p><p>locais com idêntica função. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>Regulamento</p><p>§2º Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja perda</p><p>em favor da União ou do Estado for decretada serão inutilizados ou</p><p>doados a museu criminal ou a entidade pública, se houver interesse</p><p>na sua conservação. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>CAPÍTULO IV</p><p>DOS BENS, DIREITOS OU VALORES ORIUNDOS DE CRIMES</p><p>PRATICADOS NO ESTRANGEIRO</p><p>Art. 8º O juiz determinará, na hipótese de existência de tratado</p><p>ou convenção internacional e por solicitação de autoridade estran-</p><p>geira competente, medidas assecuratórias sobre bens, direitos ou</p><p>valores oriundos de crimes descritos no art. 1º praticados no es-</p><p>trangeiro. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>7</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>§1º Aplica-se o disposto neste artigo, independentemente de</p><p>tratado ou convenção internacional, quando o governo do país da</p><p>autoridade solicitante prometer reciprocidade ao Brasil.</p><p>§2º Na falta de tratado ou convenção, os bens, direitos ou va-</p><p>lores privados sujeitos a medidas assecuratórias por solicitação de</p><p>autoridade estrangeira competente ou os recursos provenientes da</p><p>sua alienação serão repartidos entre o Estado requerente e o Brasil,</p><p>na proporção de metade, ressalvado o direito do lesado ou de ter-</p><p>ceiro de boa-fé. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>CAPÍTULO V</p><p>DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE CONTROLE</p><p>(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>Art. 9º Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11 as</p><p>pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter permanente ou</p><p>eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente</p><p>ou não: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>I - a captação, intermediação e aplicação de recursos financei-</p><p>ros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira;</p><p>II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo</p><p>financeiro ou instrumento cambial;</p><p>III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, negociação,</p><p>intermediação ou administração de títulos ou valores mobiliários.</p><p>Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:</p><p>I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou futuros e</p><p>os sistemas de negociação do mercado de balcão organizado; (Re-</p><p>dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades de</p><p>previdência complementar ou de capitalização;</p><p>III - as administradoras de cartões de credenciamento ou car-</p><p>tões de crédito, bem como as administradoras de consórcios para</p><p>aquisição de bens ou serviços;</p><p>IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de cartão</p><p>ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou equivalente, que</p><p>permita a transferência de fundos;</p><p>V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing), as em-</p><p>presas de fomento comercial (factoring) e as Empresas Simples de</p><p>Crédito (ESC); (Redação dada pela Lei Complementar nº 167, de</p><p>2019)</p><p>VI - as sociedades que, mediante sorteio, método assemelha-</p><p>do, exploração de loterias, inclusive de apostas de quota fixa, ou</p><p>outras sistemáticas de captação de apostas com pagamento de prê-</p><p>mios, realizem distribuição de dinheiro, de bens móveis,</p><p>que atu-</p><p>am nos mercados financeiro e de capitais. Atua como agente regu-</p><p>lador privado e supervisiona o cumprimento das regras dos Códigos</p><p>de Regulação e Melhores Práticas da ANBIMA e suas deliberações,</p><p>que podem ser consultados no endereço www.anbima.com.br;</p><p>• BACEN – Banco Central do Brasil;</p><p>• CCAAF – Código de Conduta da Alta Administração Federal</p><p>• CEP – Comissão de Ética Pública;</p><p>• CETIP – Balcão Organizado de Ativos e Derivativos;</p><p>• CGU – Controladoria-Geral da União;</p><p>• CMN – Conselho Monetário Nacional;</p><p>• CVM – Comissão de Valores Mobiliários;</p><p>• FUNCEF – Fundação dos Economiários Federais;</p><p>• IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio-</p><p>nal;</p><p>• PLD - Prevenção à Lavagem de Dinheiro;</p><p>• PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência Comple-</p><p>mentar;</p><p>• SeCI – Sistema Eletrônico de Prevenção de Conflito de Inte-</p><p>resses;</p><p>• SR – Superintendência Regional;</p><p>• STF – Supremo Tribunal Federal;</p><p>• SUSEP – Superintendência de Seguros Privados;</p><p>• TCU – Tribunal de Contas da União.</p><p>2.2Conceitos:</p><p>• Ações - títulos de renda variável, emitidos por sociedades</p><p>anônimas, que representam a menor fração do capital da empresa</p><p>emissora;</p><p>• Administração pública estrangeira - órgãos e entidades esta-</p><p>tais ou representações diplomáticas de país estrangeiro, de qual-</p><p>quer nível ou esfera de governo, bem como as pessoas jurídicas</p><p>controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público de país</p><p>estrangeiro. Equiparam-se à administração pública estrangeira as</p><p>organizações públicas internacionais;</p><p>• Agente Público – o agente político, o servidor público e todo</p><p>aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remunera-</p><p>ção, por eleição, nomeação, designação, contratação, contratação</p><p>a termo, ou qualquer o utra forma de investidura ou vínculo, man-</p><p>dato, cargo, emprego ou função na CAIXA, no Conglomerado e na</p><p>FUNCEF, mesmo que licenciado, cedido, requisitado, liberado ou</p><p>disponibilizado para outro órgão ou para a CAIXA;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>4242</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>• Agente público estrangeiro – aquele que, ainda que transi-</p><p>toriamente ou sem remuneração, exerça cargo, emprego ou fun-</p><p>ção pública em órgãos, entidades estatais ou em representações</p><p>diplomáticas de país estrangeiro, assim como em pessoas jurídicas</p><p>controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público de país</p><p>estrangeiro ou em organizações públicas internacionais;</p><p>• Assédio Moral – é a exposição de pessoas a situações humi-</p><p>lhantes e constrangedoras, no âmbito das relações de trabalho, de</p><p>forma repetitiva e prolongada, manifestando-se por comportamen-</p><p>tos, palavras, atos, gestos ou escritos que possam trazer danos à</p><p>personalidade, à dignidade e/ou à integridade física e psíquica de</p><p>uma pessoa, pondo em perigo o seu emprego ou degradando o am-</p><p>biente de trabalho;</p><p>• Assédio Sexual – conduta de conotação sexual, reiterada ou</p><p>não, praticada contra a vontade de alguém, sob forma verbal, não</p><p>verbal ou física, manifestada por palavras, gestos, contatos físicos</p><p>ou outros meios, com o efeito de perturbar ou constranger, restrin-</p><p>gindo a liberdade sexual da vítima com o intuito de obter vantagem</p><p>ou favorecimento sexual;</p><p>• Atividade profissional paralela – qualquer atividade, ainda</p><p>que transitória ou sem remuneração, exercida concomitantemente</p><p>à atividade na CAIXA, no Conglomerado ou na FUNCEF, ou em até</p><p>seis meses contados da data da dispensa, exoneração, destituição,</p><p>demissão ou aposentadoria, salvo quando expressamente autoriza-</p><p>do pela CEP ou pela CGU, conforme o caso;</p><p>• Ato ou fato relevante – qualquer ato ou fato ocorrido na em-</p><p>presa que possa influenciar de modo preponderante nas decisões</p><p>de negócios dos investidores nacionais e internacionais que se rela-</p><p>cionam com a CAIXA;</p><p>• Audiência - compromisso presencial ou telepresencial do</p><p>qual participe agente público e em que haja representação privada</p><p>de interesses;</p><p>• Audiência pública - sessão pública de caráter presencial ou te-</p><p>lepresencial, consultiva, aberta a qualquer interessado, com a pos-</p><p>sibilidade de manifestação oral dos participantes, com o objetivo de</p><p>subsidiar o processo de decisão em âmbito estatal;</p><p>• Brinde – lembrança distribuída a título de cortesia, propagan-</p><p>da, divulgação habitual ou por ocasião de eventos ou datas come-</p><p>morativas de caráter histórico ou cultural, com distribuição genera-</p><p>lizada, ou seja, não se destinar exclusivamente a um determinado</p><p>agente público, de valor não superior a 1% (um por cento) do teto</p><p>remuneratório previsto no inciso XI do caput do art. 37 da Consti-</p><p>tuição Federal;</p><p>• Bullying – prática de atos de violência física ou psicológica,</p><p>intencionais e repetidos, cometidos por um ou mais agressores con-</p><p>tra uma determinada vítima;</p><p>• Colaborador – prestador de serviço, fornecedor, parceiro,</p><p>estagiário e aprendiz, não empregado, que presta algum tipo de</p><p>serviço para a CAIXA ou qualquer empresa do Conglomerado ou</p><p>FUNCEF;</p><p>• Conglomerado CAIXA – é o conjunto de empresas formado</p><p>pela CAIXA e pelas empresas onde ela possui participação societária</p><p>direta ou por meio de suas subsidiárias;</p><p>• Contrato interrompido – contrato de trabalho vigente; entre-</p><p>tanto, não há prestação de serviço, mas há pagamento de salário;</p><p>• Contrato suspenso – contrato de trabalho vigente; entretan-</p><p>to, não há prestação de serviço e nem pagamento de salário;</p><p>• Compromisso Público - atividade da qual o agente público</p><p>participe em razão do cargo, da função ou do emprego que ocupe,</p><p>abrangidos a audiência, a audiência pública, o evento, a reunião e</p><p>o despacho interno;</p><p>• Corrupção – exigir, solicitar ou receber, para si ou para ou-</p><p>trem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de</p><p>assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar pro-</p><p>messa de tal vantagem, bem como deixar de praticar ou retardar</p><p>ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou</p><p>influência de outrem e, ainda, retardar ou deixar de praticar qual-</p><p>quer ato de ofício ou o praticar infringindo d ever funcional. Tam-</p><p>bém configura ato de corrupção a oferta ou promessa de vantagem</p><p>indevida a agente público, para determiná-lo a praticar, a omitir ou</p><p>a retardar ato de ofício, bem como omitir-se a praticar ato de ofício</p><p>ou o praticar infringindo dever funcional;</p><p>• Cotas de Fundos – as cotas de fundos correspondem a fra-</p><p>ções ideais de seu patrimônio e são registradas em contas de depó-</p><p>sitos individualizadas;</p><p>• Debêntures – são valores mobiliários representativos de dívi-</p><p>da de médio e longo prazo, que asseguram a seus detentores (de-</p><p>benturistas) direito de crédito contra a companhia emissora;</p><p>• Designações recíprocas – também entendidas como “nepo-</p><p>tismo cruzado”, são as situações em que a autoridade nomeia fami-</p><p>liar ligado a outra autoridade, enquanto a segunda autoridade no-</p><p>meia familiar ligado à primeira autoridade, como troca de favores</p><p>ou como tentativa de descaracterizar o nepotismo;</p><p>• Despacho interno - encontro entre agentes públicos do mes-</p><p>mo órgão ou da mesma entidade;</p><p>• Dirigente – ocupante de cargo estatutário, a saber: Presiden-</p><p>te, Vice-Presidentes e Diretores da CAIXA;</p><p>• Empregado – trabalhador com contrato de trabalho e vín-</p><p>culo empregatício válido com a CAIXA, considerando as situações</p><p>de contrato ativo, contrato suspenso, contrato interrompido, bem</p><p>como emprega do cedido, liberado, contratado a termo e requisi-</p><p>tado;</p><p>• Empresa Coligada – sociedade empresarial na qual a CAIXA,</p><p>como investidora, detém influência significativa e exerce o poder</p><p>de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da</p><p>investi da, sem controlá-la, conforme consignado nos instrumentos</p><p>societários e traduzidos em representações nas instâncias de go-</p><p>vernança;</p><p>• Empresa Controlada – participações societárias em que a</p><p>CAIXA detém o controle, diretamente ou através de outra Contro-</p><p>lada, ou seja, detém acima de 50% do capital com direito a voto</p><p>e governança majoritária, sendo titular de direitos de sócio que</p><p>lhe assegurem, de modo permanente, preponderância</p><p>nas delibe-</p><p>rações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores,</p><p>conforme consignado nos instrumentos societários e traduzido em</p><p>representações nas instâncias de governança;</p><p>• Empresa Parceira – empresa que realiza negócios em parceria</p><p>com a CAIXA;</p><p>• Empresa Participada – empresa na qual a CAIXA possui parti-</p><p>cipação societária, de forma direta ou indireta;</p><p>• Empresa Subsidiária – empresa na qual a CAIXA possui par-</p><p>ticipação integral ou detém o controle, ou seja, exerce o papel de</p><p>controladora, de forma direta ou por meio de outra controlada;</p><p>• Ética – conjunto de princípios morais que se deve observar no</p><p>exercício de uma profissão;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>43</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>• Evento - atividade aberta ao público, geral ou específico, tais</p><p>como congressos, seminários, convenções, cursos, solenidades, fó-</p><p>runs, conferências e similares;</p><p>• Hospitalidade - oferta de serviço ou despesas com transpor-</p><p>te, com alimentação, com hospedagem, com cursos, com seminá-</p><p>rios, com congressos, com eventos, com feiras ou com atividades de</p><p>entretenimento, concedidos por agente privado para agente públi-</p><p>co no interesse institucional do órgão ou da entidade em que atua;</p><p>• Informação privilegiada – informação interna que diz respeito</p><p>a assuntos sigilosos ou aquela relevante ao processo de decisão no</p><p>âmbito da CAIXA, que tenha repercussão econômica ou financeira e</p><p>que não seja de amplo conhecimento público, de uso restrito, que</p><p>deve ser mantida em sigilo até sua divulgação como ato ou fato</p><p>relevante, segundo classificação do OR016 e Política de Divulgação</p><p>de Atos ou Fatos Relevantes e Negociação de Valores Mobiliários –</p><p>PO061;</p><p>• Insider trading – utilização de informações relevantes sobre</p><p>uma empresa, por pessoas que, em função das suas atribuições ou</p><p>cargos, tenham acesso a essas informações e as utilizem para tran-</p><p>sacionar seus valores mobiliários antes que tais informações sejam</p><p>de conhecimento do público;</p><p>• Interesse institucional – a participação ou atuação no inte-</p><p>resse institucional diz respeito à representação, à imagem, à função</p><p>ou à finalidade do órgão ou entidade, ou que atenda a razões de</p><p>interesse público;</p><p>• Lisura - franqueza, sinceridade;</p><p>• Membro estatutário – empregado ou pessoa física indicada</p><p>pela CAIXA, pela União e ou por suas subsidiárias, para represen-</p><p>tá-la em órgãos estatutários, diretorias das empresas e instituições</p><p>das quais participe, e fundos por ela administrados ou outras enti-</p><p>dades;</p><p>• Oferta Pública – é o processo de distribuição de valores mobi-</p><p>liários regulamentado pela CVM por meio do qual um coordenador</p><p>efetua a distribuição de valores mobiliários de um emissor ou ofer-</p><p>tante, como ações, debêntures, CRI, cotas de fundos imobiliários,</p><p>dentre outros, aos potenciais investidores;</p><p>• Pessoa exposta politicamente – detentora de mandato eleti-</p><p>vo dos Poderes Executivo e Legislativo da União; ocupante de cargo</p><p>no Poder Executivo da União de Ministro de Estado ou equipara-</p><p>do, natureza especial ou equivalente, presidente, vice-presidente</p><p>e diretor ou equivalente da administração pública indireta; grupo</p><p>direção e assessoramento superior – DAS nível 6 ou equivalente;</p><p>membros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e</p><p>dos Tribunais Regionais Federais, do Trabalho e Eleitorais; Procu-</p><p>rador-Geral da República, Procurador-Geral do Trabalho, Procura-</p><p>dor-Geral da Justiça Militar e Procuradores-Gerais de Justiça dos</p><p>Estados e do Distrito Federal; membros do Tribunal de Contas da</p><p>União e Procurador-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal</p><p>de Contas da União; presidentes e tesoureiros nacionais ou equiva-</p><p>lentes de partidos políticos; governadores e secretários de Estado</p><p>e do Distrito Federal, Deputados Estaduais e Distritais; presidentes</p><p>ou equivalentes de entidades da administração pública indireta es-</p><p>tadual e distrital e presidentes de Tribunais de Justiça, Militares, de</p><p>Contas ou equivalente de Estado e do Distrito Federal; Prefeitos,</p><p>Vereadores, Presidentes de Tribunais de Contas ou equivalente dos</p><p>Municípios. No exterior, chefes de estado ou de governo; políticos</p><p>de escalões superiores; ocupantes de cargos governamentais de</p><p>escalões superiores; oficiais generais e membros de escalões su-</p><p>periores do poder judiciário; executivos de escalões superiores de</p><p>empresas públicas; dirigentes de partidos políticos;</p><p>• Pessoa Jurídica – sociedades empresárias e sociedades sim-</p><p>ples, personificadas ou não, independentemente da forma de or-</p><p>ganização ou modelo societário adotado, bem como quaisquer</p><p>fundações, associações de entidades ou pessoas, ou sociedades</p><p>estrangeiras, que tenham sede, filial ou representação no território</p><p>brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda que temporaria-</p><p>mente;</p><p>• Pessoa Vinculada – pessoas naturais ou jurídicas atuantes no</p><p>mercado de capitais que possuam vínculos relacionais de cunho</p><p>empregatício, negocial ou comercial com a CAIXA, as quais devem</p><p>adotar padrão espec ífico de conduta ou observar restrições espe-</p><p>cíficas em relação a investimentos pessoais, conforme definição da</p><p>CVM;</p><p>• Presente –são bens, serviços ou vantagens de qualquer es-</p><p>pécie, recebidos de quem tenha interesse em decisão do agente</p><p>público ou de colegiado do qual este participe, e que não configure</p><p>brinde ou hospitalidade;</p><p>• Probidade – integridade de caráter, retidão, honradez;</p><p>• Redes Sociais – estruturas sociais digitais compostas por pes-</p><p>soas ou organizações conectadas por um ou vários tipos de rela-</p><p>ções, que partilham valores e objetivos comum (textos, arquivos,</p><p>imagens, fotos, vídeos e outros);</p><p>• Representantes em órgãos estatutários – empregado que de-</p><p>tenha, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por elei-</p><p>ção, nomeação, designação ou qualquer outra forma de investidura</p><p>ou vínculo, mandato em empresas públicas ou privadas;</p><p>• Representação Institucional - a participação de agente público</p><p>em compromisso público, presencial ou telepresencial, organizado</p><p>por outro órgão ou outra entidade ou por agente privado, no qual</p><p>o agente público represente oficialmente o órgão ou a entidade;</p><p>• Requisitado – empregado da CAIXA requerido por ato libera-</p><p>tivo, em caráter irrecusável, com a transferência do empregado sem</p><p>alteração da lotação no órgão de origem;</p><p>• Reunião - encontro de trabalho entre o agente público e uma</p><p>ou mais pessoas externas ao órgão ou à entidade em que atue, em</p><p>que não haja representação privada de interesses;</p><p>• Valor mobiliário – é um instrumento financeiro emitido, con-</p><p>ferindo a seus proprietários direitos patrimoniais ou creditícios so-</p><p>bre o emissor, que capta recursos para financiar suas atividades;</p><p>• Vazamento de informação – divulgação não autorizada de in-</p><p>formação privilegiada ou de ato ou fato relevante, cujo responsável</p><p>pelo vazamento tenha acesso em razão de seu cargo, função ou ati-</p><p>vidade que realize.</p><p>3 NORMAS</p><p>3.1CÓDIGO DE ÉTICA, CONDUTA E INTEGRIDADE DA CAIXA</p><p>3.1.1Constitui o Código de Ética, Conduta e Integridade da CAI-</p><p>XA o documento constante do ANEXO I.</p><p>3.1.1.1A existência de Códigos específicos em áreas da CAIXA</p><p>e nas subsidiárias não exime a observância do Código previsto no</p><p>ANEXO I.</p><p>3.1.1.2Na hipótese de disposições conflitantes eventualmente</p><p>existentes entre o Código de Ética, Conduta e Integridade das subsi-</p><p>diárias e o Código da CAIXA, prevalece este sobre aquele.</p><p>3.1.1.3As subsidiárias que não tenham Código de Ética, Con-</p><p>duta e Integridade próprio devem seguir o documento constante</p><p>do ANEXO I.</p><p>3.1.2O Código de Ética, Conduta e Integridade expressa o sen-</p><p>timento ético dos empregados e dirigentes, e contempla os valores:</p><p>• Respeito;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>4444</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>• Honestidade;</p><p>• Compromisso;</p><p>• Transparência;</p><p>• Responsabilidade.</p><p>3.1.3Devem observância ao Código de Ética, Conduta e Inte-</p><p>gridade da CAIXA todos os empregados, colaboradores, dirigentes,</p><p>membros estatutários e representantes em órgãos estatutários de</p><p>empresas</p><p>de que participe.</p><p>3.1.3.1De acordo com o que estabelece o Decreto n.º</p><p>1.171/1994, os empregados da administração pública indireta tam-</p><p>bém estão sujeitos ao Código de Ética Profissional do Servidor Pú-</p><p>blico Civil do Poder Executivo Federal, o qual se encontra apensado</p><p>a este manual normativo.</p><p>3.1.4O Termo de Ciência do Código de Ética, Conduta e Inte-</p><p>gridade da CAIXA (ANEXO II) é assinado eletronicamente pelos em-</p><p>pregados e dirigentes no Portal Integra Mais, endereço eletrônico</p><p>integramais.caixa, e renovado anualmente.</p><p>3.1.5Para aprimorar o conhecimento e a observância ao Código</p><p>de Ética, Conduta e Integridade da CAIXA, o gestor da Unidade de</p><p>lotação deve realizar reunião semestral para estudo e disseminação</p><p>da norma junto à equipe.</p><p>3.1.5.1A reunião citada no item anterior é registrada em ata,</p><p>assinada por todos os presentes, e inserida no sistema de Gestão</p><p>das Ocorrências Éticas – SIETI, pelo gestor da unidade, no endereço</p><p>eletrônico http://sieti.caixa/jsp/index.jsf.</p><p>3.1.5.2Para aprimorar o conhecimento e a observância ao Có-</p><p>digo de Ética, Conduta e Integridade da CAIXA, será realizada, com</p><p>periodicidade mínima anual, ação educacional acerca deste Código</p><p>para dirigentes e membros estatutários.</p><p>3.1.6A denúncia de infringência a valores do Código de Ética,</p><p>Conduta e Integridade da CAIXA será tratada conforme competên-</p><p>cia descrita abaixo:</p><p>• se atribuída a dirigente ou ex-dirigente, relativamente ao pe-</p><p>ríodo em que esteve no exercício do mandato, é apreciada pela CEP;</p><p>• se atribuída a membros estatutários ou ex-membro estatutá-</p><p>rio, é encaminhada à CEP para avaliação, e ao órgão de origem para</p><p>as providências administrativas cabíveis;</p><p>• se atribuída a colaborador, é encaminhada para a unidade</p><p>gestora do contrato com a res pectiva empresa de vínculo, para</p><p>adoção das providências pertinentes;</p><p>• se atribuída a empregado e/ou ex-empregado durante o vín-</p><p>culo com a CAIXA, é encaminhada para apreciação da Comissão de</p><p>Ética da CAIXA, conforme rito previsto no AE103.</p><p>3.1.7A CAIXA dispõe de canais para recepção de denúncias so-</p><p>bre eventuais infringências a este Código, que estão disciplinados</p><p>no OR172.</p><p>3.1.8É vedada a retaliação à pessoa que utilize os canais de de-</p><p>núncia, sendo admitido também o registro de denúncia de forma</p><p>anônima.</p><p>3.1.9Na ocorrência de ato de retaliação a quem utilize os canais</p><p>de denúncia, seu responsável responderá à apuração de responsa-</p><p>bilidade disciplinar e civil.</p><p>3.1.10Todas as reuniões com agentes públicos envolvendo pes-</p><p>soas externas à CAIXA deverão ser registradas em ata, ressalvadas</p><p>as hipóteses de confidencialidade definidas em norma específica .</p><p>3.1.10.1A ata deverá conter no mínimo: data, local, participan-</p><p>tes e resumo dos assuntos tratados.</p><p>3.1.10.2Quando houver a participação de mais de uma área da</p><p>CAIXA, fica responsável pela ata a unidade que organizar a reunião.</p><p>3.1.11 O Conselho de Administração é a instância responsável</p><p>pela aprovação de alterações no Código de Ética, Conduta e Integri-</p><p>dade da CAIXA (ANEXO I).</p><p>3.1.12O Conselho Diretor é a instância responsável pela apro-</p><p>vação de alterações no Regimento Interno da Comissão de Ética da</p><p>CAIXA e no Regimento Interno da Comissão de Prevenção ao Con-</p><p>flito de Interesses.</p><p>3.1.13Cada pessoa tem o desafio de transformar os princípios</p><p>éticos previstos neste Código em parte essencial de sua atuação na</p><p>CAIXA, pois os princípios indicam a direção a seguir, principalmente</p><p>quando se deparar com dilemas éticos em que é preciso tomar de-</p><p>cisões aderentes às expectativas da CAIXA, ainda que não tenham</p><p>sido previstas em normas específicas.</p><p>3.1.14A CAIXA possui política específica (PO048) que veda a</p><p>realização de Transações com Partes Relacionadas em condições</p><p>diversas às de mercado.</p><p>3.1.15O Código de Ética, Conduta e Integridade encontra-se</p><p>em consonância com as PO002, PO007, PO048, PO055 e PO070.</p><p>3.2 COMISSÃO DE ÉTICA</p><p>3.2.1A Comissão de Ética da CAIXA é um órgão autônomo de</p><p>caráter deliberativo, cuja finalidade é orientar, aconselhar e atuar</p><p>na gestão sobre a ética profissional dos dirigentes e empregados da</p><p>CAIXA, bem como no tratamento com as pessoas e com o patrimô-</p><p>nio público, cabendo-lhe ainda deliberar sobre condutas antiéticas</p><p>e sobre transgressões das normas de conduta e integridade da CAI-</p><p>XA levadas ao seu conhecimento.</p><p>3.2.2 A Comissão de Ética da CAIXA será integrada por três</p><p>membros titulares e três suplentes, escolhidos entre os emprega-</p><p>dos do quadro permanente e designados pelo Presidente da CAIXA,</p><p>sendo um deles indicad o como Presidente da Comissão.</p><p>3.2.2.1 Os membros da Comissão de Ética da CAIXA cumprirão</p><p>mandatos, não coincidentes, de três anos, sendo permitida uma</p><p>única recondução.</p><p>3.2.2.1.1 O mandato de Presidente da Comissão será de um</p><p>ano, promovendo-se a rotatividade anual da presidência da Comis-</p><p>são, sendo o sucessor o empregado integrante da Comissão que</p><p>possuir maior tempo de efetivo exercício na CAIXA. Em caso de</p><p>empate, promove-se o desempate, sucessivamente, em favor do</p><p>empregado:</p><p>I– Com mais tempo de exercício de atividade na Comissão de</p><p>Ética da CAIXA; e</p><p>II– Mais idoso.</p><p>3.2.2.1.2 A Comissão de Ética da CAIXA pode convocar empre-</p><p>gados ou gestores de Unidade para assessoramento técnico-opera-</p><p>cional, conforme indique a situação, sem direito a voto.</p><p>3.2.2.2 A CORED presta o apoio administrativo à Comissão de</p><p>Ética da CAIXA, por delegação da PRESI.</p><p>3.2.2.3A atuação no âmbito da Comissão de Ética da CAIXA não</p><p>enseja qualquer remuneração adicional para seus membros, e os</p><p>trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de rele-</p><p>vante serviço público.</p><p>3.2.3A regulamentação da Comissão de Ética da CAIXA está</p><p>contemplada em seu Regimento Interno, disposto no OR182.</p><p>4 PROCEDIMENTOS</p><p>Não se aplica.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>45</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>5 ARQUIVAMENTO DE DOCUMENTOS</p><p>DOCUMENTO</p><p>DESCRIÇÃO /</p><p>ASSUNTO CÓDIGO TIPO SISTEMA SUPORTE CÓDIGO CCD</p><p>Agenda de</p><p>reunião Não se aplica Não se aplica Papel 027.3</p><p>Termo de</p><p>Ciência do</p><p>Código de</p><p>Conduta</p><p>Não se aplica Portal Integra</p><p>Mais</p><p>Eletrônico e</p><p>papel 027.3</p><p>ARQUIVAMENTO</p><p>OBSERVAÇÕES</p><p>CORRENTE INTERMEDI-</p><p>ÁRIO</p><p>DESTINAÇÃO</p><p>FINAL EMBASAMENTO</p><p>UNIDADE PRAZO PRAZO Eliminação PORTARIA 47 MJSP</p><p>Consultoria</p><p>da VP 5 anos 52 anos Eliminação PORTARIA 47 MJSP</p><p>VIPES e SEGER 5 anos 52 anos</p><p>6 ANEXOS</p><p>Páginas subsequentes.</p><p>6.1 ANEXO I – CÓDIGO DE ÉTICA, CONDUTA E INTEGRIDADE DA CAIXA</p><p>6.1.1DISPOSIÇÕES PRELIMINARES</p><p>6.1.1.1Este Código define os princípios, valores propósito e missão da CAIXA, bem como as orientações sobre a prevenção de conflito</p><p>de interesses e vedação a atos de corrupção e fraude, além das demais condutas vedadas, aplicando-se a todos os agentes públicos em</p><p>atuação no conglomerado CAIXA ou em posições em órgãos estatutários, conselhos, comitês ou outros cargos em empresas ou entidades</p><p>por indicação ou nomeação da CAIXA.</p><p>6.1.1.2Devem ser observadas as disposições contidas neste Código, sem prejuízo da aplicação do disposto no Código de Ética Profis-</p><p>sional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e, quando for o caso, o Código de Conduta da Alta Administração Federal, que</p><p>se encontram apensados a este normativo.</p><p>6.1.1.3 No exercício das atribuições profissionais, a conduta deve ser pautada por elevados padrões de ét ica, baseados no respeito,</p><p>honestidade, compromisso, transparência e responsabilidade.</p><p>6.1.1.4A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais devem nortear toda e qualquer conduta, seja no</p><p>exercício das atribuições profissionais ou fora dele.</p><p>6.1.1.5As condutas devem levar em consideração não somente o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente,</p><p>o oportuno e o inoportuno, mas, principalmente, o honesto e o desonesto, tendo como fim o bem comum.</p><p>6.1.1.6O exercício profissional na CAIXA é equiparado à função pública, estando os agentes públicos sujeito à obediência às normas</p><p>legais ou regulamentares e aos manuais normativos que regem</p><p>suas atividades.</p><p>6.1.1.7A CAIXA disponibiliza aos seus empregados e à sociedade em geral, canal de denúncias que possibilita o recebimento de denún-</p><p>cias internas e externas relativas ao descumprimento deste Código e das demais normas internas de ética e obrigacionais.</p><p>6.1.1.8A CAIXA assegura mecanismos de proteção que impeçam qualquer espécie de retal iação à pessoa que utilize o canal de de-</p><p>núncias.</p><p>6.1.1.8.1 O Canal de Denúncias está disponível em período integral para receber registros, por qualquer cidadão, pelos seguintes</p><p>meios:</p><p>• Site: https://canalconfidencial.com.br/caixa/</p><p>• Internet CAIXA: www.caixa.gov.br/denuncia</p><p>• Intranet: https://caixa.sharepoint.com/sites/pessoas/SitePages/Empregado-Canais-de-Atendimento-Canal-de- Denuncia.aspx.</p><p>• Telefone: 0800 721 07 38</p><p>6.1.1.9A corrupção prejudica a democracia e o Estado de Direito, gera instabilidade e insegurança no ambiente de trabalho e descon-</p><p>fiança por parte da sociedade, além de impactar negativamente a reputação de todos os envolvidos nos negócios da CAIXA.</p><p>6.1.1.10A CAIXA está comprometida com as legislações anticorrupção nacionais e internacionais e não tolera nenhuma forma de frau-</p><p>de e corrupção, seja dentro do Conglomerado CAIXA ou nas interações com entidades públicas ou privadas.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>4646</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>6.1.1.11A CAIXA orienta seus colaboradores a repudiar qual-</p><p>quer prática de corrupção ativa ou passiva, suborno, pagamentos</p><p>de propina, pagamentos de facilitação e tráfico de influências.</p><p>6.1.1.12É assegurada a devida apuração e tratamento adequa-</p><p>do pela área competente, das condutas que porventura configurem</p><p>violação aos princípios aqui estabelecidos, seja de ofício ou em ra-</p><p>zão de denúncias, desde que disponham das informações necessá-</p><p>rias para que seja iniciado um processo de investigação.</p><p>6.1.1.13A eventual sanção disciplinar ou administrativa será</p><p>motivada, razoável e proporcional aos efeitos da ação, omissão,</p><p>fato ou evento praticado a que o agente tenha dado causa, e serão</p><p>aplicadas conforme previsão na legislação e normativos pertinen-</p><p>tes.</p><p>6.1.1.13.1A eventual infração às regras deste Código, assegu-</p><p>rado o contraditório e a ampla de fesa, sujeita o agente público a</p><p>sanções de ordem ética previstas no AE103 e de ordem disciplinar</p><p>previstas no RH053, a exemplo de censura ética, advertência, sus-</p><p>pensão e rescisão de contrato, sem prejuízo da imputação de res-</p><p>ponsabilidade civil para reparação de danos causados à CAIXA.</p><p>6.1.1.14Aa infrações aos princípios, aos valores e às condu-</p><p>tas estipulados neste Código são apuradas conforme preceitos do</p><p>AE103 ou AE079, a depender do caso.</p><p>6.1.1.15Os assuntos referentes à CAIXA são tratados com a</p><p>imprensa, exclusivamente, por seus Porta -vozes e Representantes</p><p>Institucionais, conforme definido na PO001.</p><p>6.1.1.16São de uso exclusivo e de propriedade da CAIXA as</p><p>informações, programas, modelos, documentos e metodologias,</p><p>desenvolvidos ou em uso pela instituição, mesmo que o agente pú-</p><p>blico tenha participado de seu desenvolvimento.</p><p>6.1.1.17Empregados atuantes no mercado de valores mobili-</p><p>ários são considerados Pessoas Vinculadas à CAIXA, e devem man-</p><p>ter atualizados os dados cadastrais na unidade de lotação, além de</p><p>observar condutas específicas acerca da sua atuação, na forma da</p><p>legislação.</p><p>6.1.1.18O prazo para o agente público se desincompatibilizar</p><p>nas situações de exercíci o de atividade paralela vedadas neste Có-</p><p>digo é de 6 meses, a partir da sua publicação, sob informe à Co-</p><p>missão de Ética da CAIXA para o empregado e à Comissão de Ética</p><p>Pública para o dirigente e o membro de órgão estatutário.</p><p>6.1.1.19É vedada a participação em licitações promovidas pela</p><p>CAIXA, bem como a contratação, pela CAIXA, de empresa cujo ad-</p><p>ministrador ou sócio seja agente público.</p><p>6.1.2 PRINCÍPIOS</p><p>6.1.2.1A atuação do Conglomerado CAIXA é estabelecida com</p><p>base na ética, transparência, equidade, responsabilidade corpora-</p><p>tiva, prestação de contas, responsabilidade social, ambiental e cli-</p><p>mática (OR137), compromisso com o desenvolvimento sustentável,</p><p>espírito público, integridade e inclusão.</p><p>6.1.3 VALORES</p><p>6.1.3.1 RESPEITO.</p><p>6.1.3.1.1As pessoas na CAIXA são tratadas com ética, justiça,</p><p>respeito, cortesia, igualdade e dignidade.</p><p>6.1.3.1.2Exigimos de empregados, colaboradores, dirigentes,</p><p>membros estatutários e representantes em órgãos estatutários de</p><p>empresas de que participe, absoluto respeito pelo ser humano,</p><p>pelo bem público, pela sociedade e pelo meio ambiente.</p><p>6.1.3.1.3Repudiamos todas as atitudes de preconceitos rela-</p><p>cionadas à origem, gênero, raça/cor, geração, religião, credo, classe</p><p>social, incapacidade física orientação sexual/identidade de gênero</p><p>e quaisquer outras formas de discriminação.</p><p>6.1.3.1.4Respeitamos e valorizamos nossos clientes e seus di-</p><p>reitos de consumidores e titulares de dados pessoais, com a presta-</p><p>ção de informações corretas, cumprimento dos prazos acordados e</p><p>ofereciment o de alternativa para satisfação de suas necessidades</p><p>de negócios com a CAIXA.</p><p>6.1.3.1.5Preservamos a dignidade de empregados, colaborado-</p><p>res, dirigentes, membros estatutários e representantes em órgãos</p><p>estatutários de empresas de que participe, em qualquer circunst</p><p>ância, com a determinação de eliminar situações de assédio, de</p><p>provocação e constrangimento no ambiente de trabalho que dimi-</p><p>nuam o seu amor-próprio e a sua integridade moral.</p><p>6.1.3.1.6Os nossos patrocínios atentam para o respeito aos</p><p>costumes, tradições e valores d a sociedade, bem como a preserva-</p><p>ção do meio ambiente e a sustentabilidade.</p><p>6.1.3.1.7A CAIXA trata de maneira responsável e ética os dados</p><p>coletados, durante todo o ciclo de vida da informação, com respeito</p><p>a privacidade, de acordo com a legislação relativa ao assun to, inclu-</p><p>sive no uso e tratamento de bases de dados.</p><p>6.1.3.1.7.1 O compromisso da CAIXA com a ética e a integrida-</p><p>de em sua atuação aplica-se em qualquer ambiente, inclusive em</p><p>canais digitais, bem como relativamente ao tratamento de dados.</p><p>6.1.3.2 HONESTIDADE</p><p>6.1.3.2.1No exercício profissional, os interesses da CAIXA de-</p><p>vem estar em primeiro lugar nas mentes dos nossos empregados,</p><p>colaboradores, dirigentes, membros estatutários e representantes</p><p>em órgãos estatutários de empresas de que participe, em detri-</p><p>mento de interesses pessoais, de grupos ou de terceiros, de forma</p><p>a resguardar a lisura dos seus processos e de sua imagem.</p><p>6.1.3.2.2Gerimos com honestidade nossos negócios, os recur-</p><p>sos da sociedade e dos fundos e programas que administramos,</p><p>oferecendo oportunidades iguais nas transações e relações de em-</p><p>prego.</p><p>6.1.3.2.3 Não admitimos qualquer relacionamento ou prática</p><p>desleal de comportamento que resulte em conflito de interesses e</p><p>que estejam em desacordo com o mais alto padrão ético.</p><p>6.1.3.2.4Não admitimos práticas que fragilizem a imagem da</p><p>CAIXA e comprometam o seu corpo funcional.</p><p>6.1.3.2.5 Condenamos atitudes que privilegiem fornecedores e</p><p>prestadores de serviços, sob qualquer pretexto.</p><p>6.1.3.2.6 Condenamos a solicitação de doações, contribuições</p><p>de bens materiais ou valores a parceiros comerciais ou institucio-</p><p>nais em nome da CAIXA, sob qualquer pretexto.</p><p>6.1.3.3 COMPROMISSO</p><p>6.1.3.3.1 Os empregados, colaboradores, dirigentes, membros</p><p>estatutários e representantes em órgãos estatutários de empresas</p><p>de que participe, estão comprometidos com a uniformidade de pro-</p><p>cedimentos e com o ma is elevado padrão ético no exercício de suas</p><p>atribuições profissionais.</p><p>6.1.3.3.2Temos compromisso permanente com o cumprimento</p><p>das leis, das normas e dos regulamentos internos e externos que</p><p>regem a nossa Instituição.</p><p>6.1.3.3.3Pautamos nosso relacionamento com clientes, forne-</p><p>cedores, correspondentes, coligadas, controladas, patrocinadas, as-</p><p>sociações e entidades de classe dentro dos princípios deste Código.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>47</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>6.1.3.3.4Temos o compromisso de oferecer produtos e serviços</p><p>de qualidade</p><p>que atendam ou superem as expectativas dos nossos</p><p>clientes.</p><p>6.1.3.3.5Prestamos orientações e informações corretas aos</p><p>nossos clientes para que tomem decisões conscientes em seus ne-</p><p>gócios.</p><p>6.1.3.3.6Os produtos e serviços ofertados aos nossos clientes</p><p>devem ser adequados ao seu perfil e estar em conformidade com</p><p>a legislação.</p><p>6.1.3.3.7Preservamos o sigilo e a segurança das informações e</p><p>atuamos para garantir a confidencialidade, a integridade, a disponi-</p><p>bilidade e a autenticidade das informações.</p><p>6.1.3.3.8A ética e a integridade norteiam nossas relações com</p><p>a concorrência.</p><p>6.1.3.3.8.1 Não emitimos juízo de valor sobre a concorrência</p><p>ou a respeito de seus produtos e serviços.</p><p>6.1.3.3.9Buscamos relações de trabalho justas, a melhoria das</p><p>condições de segurança e saúde do ambiente de trabalho, preser-</p><p>vando a qualidade de vida dos que nele convivem, com o respeito</p><p>e a valori zação das pessoas em sua diversidade e dignidade, com</p><p>confiança mútua, cooperação, meritocracia e solidariedade.</p><p>6.1.3.3.10Incentivamos a participação voluntária em atividades</p><p>sociais destinadas a resgatar a cidadania do povo brasileiro.</p><p>6.1.3.4 TRANSPARÊNCIA</p><p>6.1.3.4.1As relações da CAIXA com os segmentos da sociedade</p><p>são pautadas no princípio da transparência e na adoção de critérios</p><p>técnicos.</p><p>6.1.3.4.2Como empresa pública, estamos comprometidos com</p><p>a prestação de contas de nossas atividades, dos recursos por nós</p><p>geridos e com a integridade dos nossos controles.</p><p>6.1.3.4.3Aos nossos clientes, parceiros comerciais, fornecedo-</p><p>res e à mídia, dispensamos tratamento equânime na disponibilida-</p><p>de de informações claras e tempestivas, por meio de fontes auto-</p><p>rizadas e no estrito cumprimento dos normativos a que estamos</p><p>subordinados.</p><p>6.1.3.4.4Oferecemos aos nossos empregados oportunidades</p><p>de ascensão profissional, com critérios claros e do conhecimento</p><p>de todos.</p><p>6.1.3.4.4.1 As formas de reconhecimento, recompensa, pre-</p><p>miação, avaliação e investimento em pessoas baseiam - se em cri-</p><p>térios claros e meritocráticos, sendo vedados o favorecimento e o</p><p>nepotismo.</p><p>6.1.3.4.5Valorizamos o processo de comunicação interna, dis-</p><p>seminando informações relevantes relacionadas aos negócios e às</p><p>decisões corporativas.</p><p>6.1.3.5 RESPONSABILIDADE</p><p>6.1.3.5.1Pautamos nossas ações nos preceitos e valores éticos</p><p>deste Código, de forma a resguardar a CAIXA de ações e atitudes</p><p>inadequadas à sua missão e imagem, e a não prejudicar ou com-</p><p>prometer, direta ou indiretamente, empregados, colaboradores,</p><p>dirigentes, membros estatutários e representantes e m órgãos esta-</p><p>tutários de empresas de que participe.</p><p>6.1.3.5.2Zelamos pela proteção do patrimônio público, com a</p><p>adequada utilização das informações, dos bens, equipamentos e</p><p>demais recursos colocados à nossa disposição para a gestão eficaz</p><p>dos nossos negócios.</p><p>6.1.3.5.3Buscamos a preservação ambiental nos projetos dos</p><p>quais participamos, por entendermos que a vida depende direta-</p><p>mente da qualidade do meio ambiente.</p><p>6.1.3.5.4Garantimos proteção contra qualquer forma de repre-</p><p>sália ou discriminação profissional a quem denunciar as violações a</p><p>este Código, como forma de preservar os valores da CAIXA.</p><p>6.1.3.5.5Somos responsáveis coletiva e individualmente pela</p><p>cibersegurança, a fim de evitar que a instituição sofra possíveis ci-</p><p>bercrimes e venha a ter prejuízos financeiros, jurídicos e de repu-</p><p>tação.</p><p>6.1.4 PROPÓSITO E VISÃO</p><p>6.1.4.1Ser a instituição financeira pública que fomenta a in-</p><p>clusão e o desenvolvimento sustentável, transformando a vida das</p><p>pessoas.</p><p>6.1.4.2Ser referência para a sociedade brasileira pelo relacio-</p><p>namento social e comercial, viabilizando cidadania financeira, de-</p><p>senvolvimento sustentável e excelência na execução de políticas</p><p>públicas, com eficiência e rentabilidade.</p><p>6.1.5 ORIENTAÇÕES SOBRE PREVENÇÃO AO CONFLITO DE IN-</p><p>TERESSES</p><p>6.1.5.1Conflito de interesses é a situação gerada pelo confron-</p><p>to entre interesses da CAIXA, inclusive quando atuando por manda-</p><p>to de terceiros, diverso do mandato de fundos de investimento/car-</p><p>teiras administradas, e interesse pessoal que possa comprometer o</p><p>interesse coletivo ou influenciar de maneira imprópria o desempen</p><p>ho da função pública, inclusive no trabalho voluntário em organiza-</p><p>ções do terceiro setor, sem finalidade de lucro.</p><p>6.1.5.2O conflito de interesses ocorre sempre que interesses</p><p>pessoais influenciem ou possam influenciar, direta ou indiretamen-</p><p>te, nas análises e decisões tomadas quando do exercício das ativi-</p><p>dades na CAIXA ou na sua representação.</p><p>6.1.5.3 O interesse pessoal é caracterizado pela vontade do</p><p>agente público em obter qualquer vantagem, imediata ou não, ma-</p><p>terial ou não, em favor próprio ou de parentes, amigos, ou outras</p><p>pessoas com as quais tenham ou tiveram relações pessoais, comer-</p><p>ciais ou políticas em detrimento da CAIXA ou de terceiros quando a</p><p>CAIXA atue por mandato.</p><p>6.1.5.4A ocorrência de conflito de interesses independe da</p><p>existência de lesão ao patrimônio público, bem como do alcance</p><p>efetivo do benefício, econômico ou não, pelo agente público ou por</p><p>terceiro.</p><p>6.1.5.5 Configura conflito de interesses na relação de trabalho</p><p>com a CAIXA:</p><p>• divulgar ou fazer uso de informação privilegiada, em proveito</p><p>próprio ou de terceiros, obtida em razão das atividades exercidas;</p><p>• exercer atividade que implique a prestação de serviços ou a</p><p>manutenção de relação de negócio com pessoa física ou jurídica,</p><p>nessa incluindo o correspondente bancário e o permissionário lo-</p><p>térico, que tenha interes se em decisão do agente público ou de</p><p>colegiado do qual este participe;</p><p>• exercer, direta ou indiretamente, atividade que, em razão da</p><p>sua natureza, seja incompatível com as atribuições do cargo ou em-</p><p>prego, considerando-se como tal, inclusive, a atividade desenvolvi-</p><p>da em áreas ou matérias correlatas;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>4848</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>• atuar, ainda que informalmente, como procurador, consul-</p><p>tor, assessor ou intermediário de interesses privados nos órgãos ou</p><p>entidades da administração pública direta ou indireta de qualquer</p><p>dos Poderes da Uniã o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-</p><p>nicípios;</p><p>• praticar ato em benefício de interesse de pessoa jurídica de</p><p>que participe o agente público, seu cônjuge, companheiro ou pa-</p><p>rentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o</p><p>terceiro gr au, e que possa ser por ele beneficiada ou influir em seus</p><p>atos de gestão;</p><p>• receber presente de quem tenha interesse em decisão do</p><p>agente público ou de colegiado do qual este participe fora dos li-</p><p>mites e condições estabelecidos no decreto 10.889/2021 e neste</p><p>Código;</p><p>• prestar serviços, ainda que eventuais, a empresa cuja ativi-</p><p>dade seja controlada, fiscalizada ou regulada pelo ente ao qual o</p><p>agente público está vinculado;</p><p>6.1.5.6Para prevenir ou impedir conflito de interesses na rela-</p><p>ção de trabalho na CAIXA ou fora dela, o agente público se obriga a</p><p>adotar, considerando-se a situação concreta, uma ou mais das se-</p><p>guintes providências:</p><p>• abdicar da atividade particular, ou solicitar a destituição da</p><p>função, ou retorno ao órgão de origem, ou destituição da função de</p><p>representante ou, ainda, solicitar alteração de lotação;</p><p>• alienar bens e direitos que integram o seu patrimônio e que</p><p>possam dar causa ao conflito.</p><p>6.1.5.6.1Na hipótese de conflito de interesses, inclusive em ca-</p><p>ráter específico e transitório, o agente público deve formalizar sua</p><p>ocorrência ao superior hierárquico e aos demais membros de órgão</p><p>colegiado do qual faça parte, em se tratando de decisão coletiva,</p><p>abstendo-se de votar ou participar da discussão do assunto.</p><p>6.1.5.6.1.1 No caso de adoção das providências referidas no</p><p>item 6.1.5.6.1 o empregado deve informar a situação e a providên-</p><p>cia adotada, de maneira detalhada, à Comissão de Prevenção ao</p><p>Conflito de Interesses da CAIXA, por meio da caixa postal CORED02.</p><p>6.1.5.6.1.2 No caso de adoção das providências referidas no</p><p>item 6.1.5.6.1 o dirigente e o membro estatutário devem</p><p>informar</p><p>a situação e a providência adotada, de maneira detalhada, à Comis-</p><p>são de Ética Pública, que opinará sobre sua suficiência.</p><p>6.1.5.7A consulta sobre existência de conflito de interesses e o</p><p>pedido de autorização para o exercício de atividade privada estão</p><p>normatizados no RH217.</p><p>6.1.5.7.1Havendo dúvida sobre como prevenir ou impedir uma</p><p>situação potencialmente c ausadora de conflito de interesses, ou</p><p>sobre o exercício de alguma atividade profissional paralela, o em-</p><p>pregado deve efetuar consulta sobre caso concreto, por meio do</p><p>SeCI, disponibilizado pela CGU no endereço https://seci.cgu.gov.</p><p>br/seci/Login/Externo.aspx?ReturnUrl=%2fseci%2fSite%2fDefault.</p><p>aspx .</p><p>6.1.5.7.2Caso o dirigente e/ou o membro estatutário tenham</p><p>dúvida sobre como prevenir ou impedir alguma situação potencial-</p><p>mente causadora de conflito de interesses, ou sobre a possibilidade</p><p>do exercício de alguma atividade profissional paralela, deverá for-</p><p>malizar consulta à Comissão de Ética Pública, assim como informá</p><p>-la sobre as medidas adotadas.</p><p>6.1.5.7.3Caso o dirigente e/ou o membro estatutário tenham</p><p>dúvida sobre possível conflito de interesses no exercício de alguma</p><p>atividade profissional paralela que pretendam exercer, ou acerca de</p><p>situação potencialmente causadora de conflito de interesses, de-</p><p>vem efetuar consulta sobre caso concreto diretamente à Comissão</p><p>de Ética Pública.</p><p>6.1.5.8Agente público que ocupe cargo ou função em outra</p><p>instituição, não pode praticar ato em benefício de interesse da CAI-</p><p>XA em prejuízo do órgão cessionário, devendo se ater às premissas</p><p>deste Código.</p><p>6.1.5.9A atividade de magistério dispensa a consulta acerca da</p><p>existência de conflito de interesses e o pedido de autorização para</p><p>o exercício de atividade paralela, excetuadas as situações que pos-</p><p>sam suscitar conflito de interesses, sendo permitida, inclusive para</p><p>dirigentes, respeitadas, além do disposto na Lei nº 12.813, de 16 de</p><p>maio de 2013:</p><p>• a compatibilidade de horários;</p><p>• as normas atinentes à acumulação de cargos e empregos pú-</p><p>blicos; e</p><p>• a legislação específica aplicável ao regime jurídico do cargo</p><p>ou emprego público ocupado.</p><p>6.1.5.9.1 O exercício de atividades de magistério para público</p><p>específico que possa ter interesse em decisão do agente público, da</p><p>instituição ou do colegiado do qual participe, deve ser precedido de</p><p>consulta acerca da existência de conflito de interesses, conforme</p><p>RH217.</p><p>6.1.5.9.2Entende-se por atividade de magistério, ainda que</p><p>exercida de forma esporádica ou não remunerada:</p><p>• docência em instituições de ensino, de pesquisa ou de ciência</p><p>e tecnologia, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras;</p><p>• capacitação ou treinamento, mediante cursos, palestras ou</p><p>conferências para público específico ou não;</p><p>• outras correlatas, tais como funções de coordenador, moni-</p><p>tor, avaliador, integrante de banca examinadora de discente, reda-</p><p>tor ou debatedor.</p><p>6.1.5.9.3 O Presidente, os Vice-Presidentes e Diretores da CAI-</p><p>XA tem a sua atuação em Conselhos e Comitês de empresas par-</p><p>ticipadas, direta ou indiretamente, coligadas, investidas e/ou na</p><p>FUNCEF, limitada aos preceitos e diretrizes constantes do Estatuto</p><p>da CAIXA.</p><p>6.1.5.9.3.1 O exercício de atividades em outras sociedades nas</p><p>quais a CAIXA não detenha participação, incluídas nesse conceito</p><p>investidas do FI-FGTS e da FUNCEF, por parte do Presidente, Vice-</p><p>-Presidentes e Diretores da CAIXA, depende de prévia e expressa</p><p>autorização do Conselho de Administração, respeitada a regula-</p><p>mentação vigente e o Estatuto da CAIXA.</p><p>6.1.6 CONDUTAS A SEREM OBSERVADAS E CONDUTAS VEDA-</p><p>DAS</p><p>6.1.6.1As condutas elencadas nos subitens seguintes não são</p><p>taxativas, devendo se r levados em consideração, para configuração</p><p>de episódios de descumprimento do comportamento ou da condu-</p><p>ta indicada , os elementos que caracterizam cada tipologia.</p><p>6.1.6.2 ASSÉDIO MORAL E SEXUAL</p><p>6.1.6.2.1As condutas caracterizadoras de assédio moral e sexu-</p><p>al não são toleradas pela CAIXA, e para prevenção à sua materializa-</p><p>ção o agente público deve praticar condutas tais como:</p><p>a)Não ameaçar subordinados de demissão, transferência ou</p><p>destituição de função gratificada;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>49</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>b)Não impor condições e regras de trabalho personalizadas,</p><p>diferentes das que são estabelecidas para outros empregados e da-</p><p>quelas instituídas pela CAIXA, com o objetivo de prejudicar empre-</p><p>gado, dirigente ou colaborador;</p><p>c)Não dar causa, não incentivar, se opor e denunciar quaisquer</p><p>situações de humilhação, intimidação, discriminação, exposição ao</p><p>ridículo, hostilidade ou constrangimento na presença de outros ou</p><p>de forma privada;</p><p>d)Não se utilizar de palavras ou gestos grosseiros e inadequa-</p><p>dos, comentários maliciosos, insultos preconceituosos ou discrimi-</p><p>natórios, apelidos pejorativos, bullying e piadas inoportunas;</p><p>e)Não se comportar de forma a desestabilizar emocional e pro-</p><p>fissionalmente qualquer pessoa, utilizando -se de acusações, ofen-</p><p>sas, gritos e/ou humilhações públicas;</p><p>f)Não segregar empregado ou colaborador no ambiente de tra-</p><p>balho, mediante isolamento físico, para que não haja comunicação</p><p>com os demais colegas e/ou omitir-se de adotar comunicação di-</p><p>reta;</p><p>g)Não impor punições vexatórias a empregados e colaborado-</p><p>res;</p><p>h)Não retirar a autonomia do empregado e/ou colaborador</p><p>reiteradamente, contrariando as competências e tarefas normati-</p><p>vamente atribuídas ao exercício do cargo ou função;</p><p>i)Não sobrecarregar o empregado e/ou colaborador com no-</p><p>vas tarefas ou retirar o trabalho que habitualmente competia a ele</p><p>executar, sem justo motivo institucional comunicado, provocando a</p><p>sensação de inutilidade e de incompetência;</p><p>j)Não ironizar e/ou expor de forma vexatória as opiniões do</p><p>empregado e/ou colaborador;</p><p>k)Não delegar tarefas impossíveis de serem cumpridas ou de-</p><p>terminar prazos manifestamente in compatíveis para a finalização</p><p>de um trabalho;</p><p>l)Não omitir ou manipular informações necessárias, de forma</p><p>recorrente, deixando de repassá -las com a devida antecedência</p><p>para que o colaborador realize suas atividades;</p><p>m)Não realizar vigilância excessiva sobre os empregados e/ou</p><p>colaboradores em seu ambiente de trabalho;</p><p>n)Não limitar o número de vezes que o empregado e/ou cola-</p><p>borador vai ao banheiro e/ou monitorar o tempo que lá ele perma-</p><p>nece;</p><p>o)Não instigar o controle de um empregado e/ou colaborador</p><p>por outro, criando uma vigilância fora do contexto da estrutura hie-</p><p>rárquica;</p><p>p)Não pressionar o empregado e/ou colaborador para que não</p><p>exerçam seus direitos trabalhistas ;</p><p>q)Não interferir em processos de seleção visando dificultar ou</p><p>impedir a promoção do empregado e/ou colaborador por motivos</p><p>pessoais, perseguição ou discriminação;</p><p>6.1.6.2.2É inaceitável a prática pelo agente público de condutas</p><p>associadas a Assédio Sexual, no âmbito das relações de trabalho,</p><p>com o intuito de obter favores ou vantagens sexuais, e para pre-</p><p>venir a sua ocorrência o agente público deve observar a PO073 e</p><p>adotar condutas tais como:</p><p>a)Não se utilizar de gestos ou palavras, escritas ou faladas, de</p><p>caráter sexual ou de duplo sentido;</p><p>b)Não interagir por meio de conversas indesejáveis e ofensivas</p><p>sobre temas íntimos ;</p><p>c)Não realizar e não insistir em convites amorosos indesejados;</p><p>d)Não enviar mensagens, por qualquer meio, ou até mesmo</p><p>realizar ligações, como meio de intimidação, com teor sexual, para</p><p>pessoa com quem mantém apenas relação de trabalho;</p><p>e)Não promover perseguição e perturbação na internet, nas</p><p>redes sociais, inclusive nas ruas ;</p><p>f)Não capturar, não vazar e não ameaçar vazar imagens íntimas</p><p>propositalmente, de forma a obter favores ou vantagens sexuais;</p><p>g)Não tecer comentários sobre atributos físicos e vestimentas,</p><p>de forma a constranger, diminuir ou intimidar ;</p><p>h)Não fazer referências à sexualidade, orientação sexual, iden-</p><p>tidade de gênero ou corpo de qualqu er pessoa, bem como não</p><p>fazer observações obscenas, brincadeiras, provocações sexuais ou</p><p>convites</p><p>insistentes e/ou impertinentes e não desejados;</p><p>i)Não abordar de forma grosseira e ofensiva qualquer pessoa</p><p>com propostas inadequadas e de cunho sexista ;</p><p>j)Não oferecer vantagem de qualquer natureza, ou, ainda, me-</p><p>diante chantagem ou ameaça de destituição de função, transferên-</p><p>cia de unidade, ou qualquer ato com efeito prejudicial à atividade</p><p>laboral de empregado ou colaborador, de forma a obter favores ou</p><p>vantagens sexuais;</p><p>k)Não promover contatos físicos inadequados ou indesejados</p><p>em empregado, colaborador ou cliente ;</p><p>l)Não constranger empregado, colaborador ou cliente, median-</p><p>te convite, abordagem e/ou insinuação, explicitas ou veladas, de</p><p>cunho sexual;</p><p>m)Não adotar comportamento de cunho sexual, com efeito</p><p>de desestabilizar a atuação laboral de empregado, colaborador ou</p><p>cliente, mediante situação ofensiva, de intimidação e/ou humilha-</p><p>ção .</p><p>6.1.6.3 ATIVIDADES PROFISSIONAIS PARALELAS AO EMPREGO</p><p>NA CAIXA</p><p>6.1.6.3.1Para a prevenção à ocorrência de situações de conflito</p><p>de interesses no exercício de atividade paralela ao emprego na CAI-</p><p>XA, o agente público deve adotar condutas tais como:</p><p>a)Não prestar assessoria/consultoria ou outro tipo de serviços</p><p>a pessoa jurídica ou física que possa se beneficiar dos conhecimen-</p><p>tos internos e específicos adquiridos em qualquer área da CAIXA,</p><p>exceto nos casos autorizados pela CAIXA;</p><p>b)Não estabelecer relações comerciais ou profissionais, direta-</p><p>mente ou por terceiros, com cliente da CAIXA, seus controladores</p><p>e empresas do mesmo grupo econômico, quando o agente público</p><p>tenha poder de decisão sobre os interesses do cliente no relaciona-</p><p>mento com a CAIXA;</p><p>c)Não exercer atividade que viole o princípio da integral dedica-</p><p>ção pelo ocupante do cargo de dirigente, ouvidor e corregedor, que</p><p>exige a precedência das atribuições do cargo ou função gratificada</p><p>sobre quaisquer outras atividades;</p><p>d)Não exercer atividade paralela ao emprego na CAIXA como:</p><p>• consultor financeiro, independentemente da função ou uni-</p><p>dade de lotação, incluindo -se nesse conceito agente de investi-</p><p>mentos, corretor de bolsa de valores, analista de mercado, coach</p><p>financeiro e demais profissionais de orientação a investimentos</p><p>financeiros;</p><p>• corretor de seguros, independentemente da função ou uni-</p><p>dade de lotação;</p><p>• corretor de imóveis, independentemente da função ou uni-</p><p>dade de lotação;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>5050</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>• sócio, empregado, consultor ou administrador de construto-</p><p>ra/incorporadora, independentemente do cargo, carreira profissio-</p><p>nal, função ou unidade de lotação.</p><p>e)Não negociar por conta própria ou alheia, produtos ou ser-</p><p>viços que constituam ato de concorrência com a CAIXA ou com o</p><p>Conglomerado;</p><p>f)Não manter relação de emprego ou de prestação de serviço</p><p>de engenharia/arquitetura em organização bancária ou em empre-</p><p>sa concorrente da CAIXA;</p><p>g)Não exercer advocacia contra a CAIXA e seu conglomerado,</p><p>contra a FUNCEF ou contra a União, suas autarquias, fundações e</p><p>empresas estatais dependentes, bem como em ações envolvendo a</p><p>CAIXA e seus interesses, exceto quando decorrente de sua atribui-</p><p>ção na condição de advogado CAIXA;</p><p>h)Não ser sócio ou atuar em sociedade de advocacia que patro-</p><p>cinem ações envolvendo a CAIXA ;</p><p>i)Não manter relação de emprego ou prestação de serviço de</p><p>advocacia em organização bancária ou em empresa concorrente da</p><p>CAIXA;</p><p>j)Não exercer advocacia ou prestar consultoria em favor de</p><p>empregados que estejam respondendo processos disciplinares ou</p><p>éticos, relativamente a tais procedimentos ou processos.</p><p>6.1.6.3.2É vedado aos ocupantes/titulares de cargo de direção</p><p>e de função de qualquer nível gerencial na CAIX A o exercício da</p><p>advocacia privada.</p><p>6.1.6.3.2.1 Os ocupantes de cargos de direção e de chefia das</p><p>Unidades Jurídicas da CAIXA, estão autorizados exclusivamente</p><p>para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam na</p><p>CAIXA durante o período da investidura, bem como em causa pró-</p><p>pria ou em favor cônjuge ou de parentes até 3º grau, em linha reta</p><p>ou colateral, por consanguinidade ou afinidade, desde que a atua-</p><p>ção não represente atividade profissional regular.</p><p>6.1.6.4 COMPORTAMENTO EM REDES SOCIAIS, CRÍTICAS À</p><p>REPUTAÇÃO DE EMPREGADO E À IMAGEM DA CAIXA E ATENDI-</p><p>MENTO DE INTERESSE PARTICULAR</p><p>6.1.6.4.1Para a prevenção à materialização de situações de da-</p><p>nos à imagem e/ou reputação da CAIXA, bem como de outra natu-</p><p>reza, o agente público deve observar condutas tais como:</p><p>a)Não publicar, nas redes sociais, qualquer assunto ofensivo à</p><p>imagem da CAIXA e à imagem/reputação de seus agentes públicos;</p><p>b)Não utilizar, nas redes sociais, as logomarcas da CAIXA;</p><p>c)Não comentar/compartilhar nas redes sociais quaisquer as-</p><p>suntos de caráter restrito ou sigiloso relativo à CAIXA;</p><p>d)Não publicar/compartilhar nas redes sociais rotinas de traba-</p><p>lho na CAIXA e do funcionamento das unidades da CAIXA;</p><p>e)Não publicar nas redes sociais fotos e imagens do interior das</p><p>unidades da CAIXA que fragilizem a segurança e exponham infor-</p><p>mações;</p><p>f)Não se manifestar em nome da CAIXA nas redes sociais, salvo</p><p>nas condições previstas em norma;</p><p>g)Utilizar os canais corporativos adequados para suas eventu-</p><p>ais manifestações, de maneira cordial e fundamentada;</p><p>h)Não apresentar comportamento que prejudique o ambiente</p><p>de trabalho e a formulação de críticas à reputação de colegas, su-</p><p>periores e à CAIXA;</p><p>i)Não desviar colega, prestador de serviço, estagiário ou jovem</p><p>aprendiz para atendimento a interesse particular;</p><p>j)Não exercer atividade paralela que provoque dúvida a res-</p><p>peito da integridade, moralidade, clareza de posições e decoro do</p><p>empregado ou dirigente;</p><p>k)Não registrar denúncia e/ou fato irregular contra alguém que</p><p>sabe inocente ou cujo fato seja inexistente;</p><p>l)Não adotar conduta discriminatória relacionada à origem,</p><p>raça, gênero, cor, idade, religião, credo, classe social ou incapaci-</p><p>dade física.</p><p>6.1.6.5 CONDUTAS EM PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS E ATIVI-</p><p>DADES CUSTEADAS POR TERCEIROS E PELA CAIXA</p><p>6.1.6.5.1A participação de agente público em atividades exter-</p><p>nas, tais como seminários , congressos, palestras, visitas, reuniões</p><p>técnicas e eventos semelhantes, no Brasil ou no exterior, de interes-</p><p>se institucional, deve observar os seguintes requisitos:</p><p>a)Convite para a participação em eventos organizados ou pro-</p><p>movidos por instituição privada, deve ser encaminhado à Presidên-</p><p>cia da CAIXA ou a outra instância ou autoridade por ela designada,</p><p>que indica, em caso de aceitação, o representante adequado, tendo</p><p>em vista a natureza e os assuntos a serem tratados no evento;</p><p>b)As despesas relacionadas à participação de agente público</p><p>tais como transporte, estada, alimentação e taxa de inscrição em</p><p>eventos que guardem relação com as atribuições de seu cargo, em-</p><p>prego ou função, promovidos por instituição privada, devem ser</p><p>custeadas pela CAIXA;</p><p>c)Excepcionalmente, poderão ser custeadas as despesas de</p><p>transporte, estada e alimentação, bem como as taxas de inscrição,</p><p>no todo ou em parte, se o patrocinador do evento for:</p><p>• organismo internacional do qual o Brasil faça parte;</p><p>• governo estrangeiro e suas instituições;</p><p>• instituição acadêmica, científica e cultural;</p><p>• empresa, entidade ou associação de classe que não mante-</p><p>nha ou pretenda manter relação de negócio e que não possa ser</p><p>beneficiária de decisão da qual participe o agente público, seja indi-</p><p>vidua lmente, seja em caráter coletivo;</p><p>• por pessoa física ou jurídica com a qual a CAIXA mantenha</p><p>relação de negócio, desde que decorra da natureza de obrigação</p><p>contratual previamente assumida perante a CAIXA.</p><p>d)O agente público não poderá receber remuneração em de-</p><p>corrência do exercício de representação institucional;</p><p>e)Quando o assunto a ser tratado estiver relacionado com suas</p><p>funções institucionais, o empregado chefe de unidade, o dirigente</p><p>e o membro estatutário não podem aceitar convites para jantares,</p><p>almoços, cafés da manhã e atividades de natureza similar custeados</p><p>por terceiros.</p><p>6.1.6.5.2Quando em representação externa, o agente público</p><p>deve pautar a realização das atividades do cargo pelo atendimento</p><p>da missão e dos interesses institucionais.</p><p>6.1.6.5.3As atividades externas de interesse pessoal não po-</p><p>dem ser exercidas em prejuízo das atividades desempenhadas na</p><p>CAIXA, exceto quando expressamente autorizadas pelo gestor.</p><p>6.1.6.5.4Nas participações em eventos de interesse pessoal, o</p><p>agente público deve se abster de comentar fatos ou emitir opiniões</p><p>de assuntos relacionados à CAIXA.</p><p>6.1.6.5.5Quando se tratar de evento de interesse pessoal, a</p><p>participação do agente público em cursos, seminários, congressos</p><p>ou eventos semelhantes, deve ser custeada pelo próprio interes-</p><p>sado, desde que a atividade não conflite com o exercício do cargo</p><p>ou função de confiança, nem se valha de informações privilegiadas,</p><p>sendo, nestes casos, necessária a comunicação ao gestor, na for-</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>51</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>ma deste Código e observado o RH217, quando do recebimento do</p><p>convite pelo empregado, e à Comissão de Ética Pública pelo dirigen-</p><p>te e pelo membro estatutário.</p><p>6.1.6.5.5.1 Excepcionalmente, as despesas de remuneração,</p><p>transporte e estada poderão ser custeadas pelo patrocinador, des-</p><p>de que:</p><p>• o empregado comunique à Comissão de Prevenção ao Confli-</p><p>to de Interesses da CAIXA, na forma deste Código e do RH217, e o</p><p>dirigente e o membro estatutário comuniquem à Comissão de Ética</p><p>Pública, antes do evento, as condições aplicáveis à sua participação,</p><p>inclusive o valor da remuneração, se for o caso;</p><p>• o promotor do evento não tenha interesse em decisão que</p><p>possa ser tomada pelo agente público, seja individualmente, seja</p><p>de caráter coletivo;</p><p>• não haja conflito de interesses com o exercício do cargo ou</p><p>da função;</p><p>• não se trate de instituição que mantenha relacionamento ou</p><p>interesse comercial com a CAIXA;</p><p>• não se valha de informações privilegiadas;</p><p>6.1.6.5.6A publicidade da remuneração e das despesas de</p><p>transporte, alimentação e estada será assegurada mediante regis-</p><p>tro do compromisso na respectiva agenda de trabalho do dirigente</p><p>com explicitação das condições de sua participação.</p><p>6.1.6.5.6.1 Os dados sobre despesas com “Diárias, Hotel e Pas-</p><p>sagens” de eventos externos e internos, realizados no Brasil e no</p><p>exterior e custeados pela CAIXA, são publicados no Portal da Trans-</p><p>parência do Poder Executivo Federal.</p><p>6.1.6.6 INVESTIMENTOS PESSOAIS</p><p>6.1.6.6.1Para a prevenção à ocorrência de situações de conflito</p><p>de interesses e o uso de informações privilegiadas, o agente públi-</p><p>co não deve realizar investimentos pessoais cuja remuneração ou</p><p>cotação possa ser afetada por decisão ou fato em que tenha tido</p><p>participação ou conhecimento ou, ainda, que tenha obtido infor-</p><p>mação privilegiada, no exercício de suas atribuições na CAIXA, no</p><p>conglomerado e na FUNCEF.</p><p>6.1.6.6.1.1 As aplicações em produtos bancários ou financeiros</p><p>com padrões e normas pré -estabelecidas e ofertadas ao público</p><p>em geral podem ser mantidas pelo agente público.</p><p>6.1.6.6.2 Ao agente público caracterizado como “Pessoa Vin-</p><p>culada”, na forma da legislação em vigor, não é permitida a reali-</p><p>zação de operação por intermédio de outras instituições para os</p><p>mercados da B3 em que a CAIXA ofereça serviço de intermediação</p><p>e distribuição de valores mobiliários, somente estando autorizadas</p><p>a realizar suas operações por intermédio da CAIXA.</p><p>6.1.6.6.2.1 O agente público caracterizado como “Pessoa Vin-</p><p>culada” deve manter atualizados os dados cadastrais, além de ter</p><p>conta de custódia ativa na CAIXA (Home Broker CAIXA), bem como</p><p>quando do cadastramento de eventuais familiares, na forma da re-</p><p>gulamentação vigente.</p><p>6.1.6.7 NEPOTISMO</p><p>6.1.6.7.1Para prevenção à ocorrência de situações caracteriza-</p><p>doras da prática de nepotismo o agente público deve adotar con-</p><p>dutas tais como:</p><p>a)Não nomear para o exercício de Função Gratificada, empre-</p><p>gado familiar ou ter sob sua subordinação direta ou indireta, inclusi-</p><p>ve na eventualidade, familiar com ou sem função gratificada;</p><p>b)Não nomear familiar de terceiros para o exercício de função</p><p>gratificada, mediante o ajuste de designações recíprocas, inclusive</p><p>nas empresas subsidiárias;</p><p>6.1.6.7.1.1 É considerado familiar o cônjuge, o companheiro ou</p><p>o parente, em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afini-</p><p>dade, até o terceiro grau:</p><p>• filho, enteado, neto, bisneto, pais, avôs e bisavôs;</p><p>• irmão, tio e sobrinho;</p><p>• irmão do cônjuge ou do companheiro;</p><p>• sogros, genro e nora;</p><p>• cônjuge de: irmão, tio, sobrinho, neto e bisneto.</p><p>6.1.6.8 OBSERVÂNCIA AOS PRECEITOS DE RESPONSABILIDADE</p><p>SÓCIO-EMPRESARIAL</p><p>6.1.6.8.1 O agente público deve atuar em observância aos</p><p>preceitos de responsabilidade sócio empresa rial, não contratan-</p><p>do fornecedores e/ou não estabelecendo parcerias com entidades</p><p>ou empresas que pratiquem trabalho infantil, escravo ou análogo,</p><p>que adotem práticas contrárias à Carta Internacional dos Direitos</p><p>Humanos, assim como Estatuto do Idoso, Estatuto da Criança e do</p><p>Adolescente e ao Estatuto da Pessoa com Deficiência.</p><p>6.1.6.9 OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO</p><p>PÚBLICA</p><p>6.1.6.9.1Com o propósito de respeito aos princípios da admi-</p><p>nistração pública, o agente público deve adotar condutas tais como:</p><p>a)Não praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento</p><p>ou diverso daquele previsto na regra de competência;</p><p>b)Não retardar ou não deixar de praticar, indevidamente, ato</p><p>de ofício;</p><p>c)Não revelar fato ou circunstância de que tem ciência em ra-</p><p>zão das atribuições e que deva permanecer em segredo;</p><p>d)Dar publicidade aos atos oficiais, quando não protegidos por</p><p>sigilo, ou outra forma de restrição de acesso à informação;</p><p>e)Não frustrar a licitude de concurso público;</p><p>f)Prestar contas, quando esteja obrigado a fazê-lo;</p><p>g)Não consumir bebidas alcoólicas ou substâncias entorpecen-</p><p>tes em unidades, instalações ou dependências da CAIXA;</p><p>h)Não portar quaisquer espécies de armas em unidades, ins-</p><p>talações ou dependências da CAIXA, exceto quando inerente à sua</p><p>atividade e autorizado em legislação específica.</p><p>6.1.6.10 OFERTA PÚBLICA DE DISTRIBUIÇÃO DE VALORES MO-</p><p>BILIÁRIOS</p><p>6.1.6.10.1 Os agentes públicos que desempenhem funções li-</p><p>gadas à intermediação de ofertas públicas de distribuição de valo-</p><p>res mobiliários deverão adotar condutas tais como:</p><p>a)Tomar todas as cautelas e agir com elevados padrões de</p><p>diligência, respondendo pela falta de diligência ou omissão, para</p><p>assegurar que as informações prestadas sejam verdadeiras, con-</p><p>sistentes, corretas e suficientes, permitindo aos investidores uma</p><p>tomada de decisão fundamentada a re speito da oferta, observadas</p><p>as regras previstas na norma que dispõe sobre ofertas públicas de</p><p>distribuição de valores mobiliários;</p><p>b)Divulgar publicamente as ofertas nos termos estabelecidos</p><p>na norma que dispõe sobre a oferta pública de distribuição primá-</p><p>ria ou secundária de valores mobiliários ofertados nos mercados</p><p>regulamentados ;</p><p>c)Divulgar eventuais conflitos de interesse aos investidores;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>5252</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>d)Certificar-se de que o investimento é adequado ao nível de</p><p>sofisticação e ao perfil de risco dos investidores, nos termos da re-</p><p>gulamentação específica da CVM sobre o tema;</p><p>e)Zelar para que as formas de comunicação, publicidade e a</p><p>linguagem utilizada na sua interlocução com os investidores sejam</p><p>adequadas com a complexidade da oferta e com o nível de sofisti-</p><p>cação dos investidores;</p><p>f)Manter atualizada, em perfeita ordem, na forma e prazos es-</p><p>tabelecidos em suas regras internas e na regulação, toda a docu-</p><p>mentação relativa às operações de intermediação de ofertas públi-</p><p>cas de valores mobiliários;</p><p>g)Zelar para que as informações divulgadas e a alocação da</p><p>oferta não privilegiem partes vinculadas, em detrimento de partes</p><p>não vinculadas;</p><p>h)Não assegurar e não sugerir a existência de garantia de resul-</p><p>tados futuros ou a isenção de risco para o investidor;</p><p>i)Não</p><p>fazer projeções de rentabilidade em desacordo com os</p><p>documentos da oferta.</p><p>6.1.6.11 PREVENÇÃO À CORRUPÇÃO, AO SUBORNO E AO AS-</p><p>SÉDIO</p><p>6.1.6.11.1Para prevenir a materialização de atos caracterizados</p><p>como corrupção, suborno ou assédio, o agente público deve adotar</p><p>condutas tais como:</p><p>a)Pautar o relacionamento com órgãos, entidades e empresas</p><p>na observação dos princípios da legalidade, impessoalidade, mora-</p><p>lidade, publicidade e eficiência, assegurando ampla transparência</p><p>de informação à sociedade;</p><p>b)Denunciar, por meio dos canais disponibilizados pela CAIXA,</p><p>quaisquer atos contrários ao interesse público e a este Código, com-</p><p>portamentos que revelem indícios de corrupção e situações irregu-</p><p>lares que favoreçam conflito de interesses, praticados por superio-</p><p>res hierárquicos, colegas, contratados ou p restadores de serviços;</p><p>c)Não atrair clientes, ou manter os atuais, mediante o ofere-</p><p>cimento de benefícios não permitidos pelos normativos vigentes;</p><p>d)Não adotar práticas de corrupção e lavagem de dinheiro;</p><p>e)Não oferecer ou receber suborno, inclusive em relaciona-</p><p>mentos internacionais, mesmo que a prática não seja vedada no</p><p>país onde se desenvolve o relacionamento comercial;</p><p>f)Não pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer</p><p>tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou</p><p>vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pes-</p><p>soa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro</p><p>empregador para o mesmo fim;</p><p>g)Não receber transporte, hospedagem, refeições ou quais-</p><p>quer favores de particulares, inclusive de clientes, fornecedores ou</p><p>prestadores de serviços, de forma a permitir situação que possa ge-</p><p>rar dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade;</p><p>h)Não praticar qualquer tipo de assédio, mediante conduta</p><p>verbal ou física de humilhação, coação ou ameaça.</p><p>6.1.6.12 PREVENÇÃO AO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO</p><p>6.1.6.12.1Para fins de prevenção à ocorrência de situações de</p><p>enriquecimento ilícito, o agente público deve observar condutas</p><p>tais como:</p><p>a)Não receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel</p><p>ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indi-</p><p>reta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente</p><p>de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido</p><p>ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do</p><p>agente público;</p><p>b)Não perceber vantagem econômica de qualquer natureza,</p><p>direta ou indireta, para:</p><p>• facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou</p><p>imóvel, ou a contratação de serviços pelas empresas do conglome-</p><p>rado CAIXA;</p><p>• facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o</p><p>fornecimento de serviço por ente estatal;</p><p>• intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de</p><p>qualquer natureza;</p><p>• tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocí-</p><p>nio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra</p><p>atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;</p><p>• fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras</p><p>públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, me-</p><p>dida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens forneci-</p><p>dos a qualquer das empresas do conglomerado CAIXA;</p><p>• omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja</p><p>obrigado;</p><p>• qualquer outro fim ilícito ou não autorizado.</p><p>c)Não utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máqui-</p><p>nas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de proprie-</p><p>dade ou à disposição de qualquer das empresas do conglomerado</p><p>CAIXA, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados</p><p>ou terceiros contratados por essas empresas;</p><p>d)Não adquirir, para si ou para outrem, no exercício de manda-</p><p>to, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza</p><p>cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à ren-</p><p>da do agente público;</p><p>e)Não incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio,</p><p>bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial</p><p>das empresas do conglomerado CAIXA;</p><p>f)Não usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valo-</p><p>res integrantes do acervo patrimonial das empresas do conglome-</p><p>rado CAIXA.</p><p>6.1.6.13 PREVENÇÃO À MATERIALIZAÇÃO DE PREJUÍZO AO</p><p>ERÁRIO</p><p>6.1.6.13.1Para prevenir a ocorrência de situações que geram</p><p>prejuízo ao erário, o agente público deve adotar as seguintes con-</p><p>dutas:</p><p>a)Não facilitar ou concorrer por qualquer forma para:</p><p>• a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou</p><p>jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo</p><p>patrimonial das empresas do conglomerado CAIXA;</p><p>• a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou</p><p>jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos</p><p>pela administração pública a entidades privadas mediante celeb</p><p>ração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou</p><p>regulamentares aplicáveis à espécie.</p><p>b)Não permitir ou concorrer para:</p><p>• que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, ver-</p><p>bas ou valores integrantes do acervo patrimonial das empresas do</p><p>conglomerado CAIXA, sem a observância das formalidades legais ou</p><p>regulamentares aplicáveis à espécie;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>53</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>• que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, ver-</p><p>bas ou valores públicos transferidos pela administração pública a</p><p>entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a obser-</p><p>vância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à es-</p><p>pécie.</p><p>c)Não doar, à pessoa física ou jurídica, bem como ao ente des-</p><p>personalizado, ainda que de fins educativos ou assistenciais, bens,</p><p>rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das empresas</p><p>do conglomerado CAIXA, sem observância das formalidades legais</p><p>e regulamentares aplicáveis à espécie ;</p><p>d)Não permitir ou facilitar fora das hipóteses legais a alienação,</p><p>permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer</p><p>das empresas do conglomerado CAIXA, ou ainda a prestação de ser-</p><p>viço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;</p><p>e)Não permitir a aquisição, permuta ou locação de bem ou ser-</p><p>viço por preço superior ao de mercado ;</p><p>f)Não realizar operação financeira sem observância das normas</p><p>legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidô-</p><p>nea;</p><p>g)Não conceder benefício administrativo ou fiscal sem a ob-</p><p>servância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à</p><p>espécie;</p><p>h)Não frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo</p><p>seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucra-</p><p>tivos, ou dispensá-los indevidamente;</p><p>i)Não ordenar ou permitir a realização de despesas não autori-</p><p>zadas em lei ou regulamento ;</p><p>j)Não agir negligentemente na arrecadação de tributo ou ren-</p><p>da, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio</p><p>público ou na celebração, fiscalização e análise das prestações de</p><p>contas de parcerias firmadas pela administração pública com enti-</p><p>dades privadas;</p><p>k)Não liberar verba pública sem a estrita observância das nor-</p><p>mas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação</p><p>irregular;</p><p>l)Não permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enri-</p><p>queça ilicitamente;</p><p>m)Não permitir que se utilize, em obra ou serviço particular,</p><p>veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natu-</p><p>reza, de propriedade ou à disposição de qualquer das empresas do</p><p>conglomerado CAIXA, bem como o trabalho de servidor público,</p><p>empregados ou terceiros contratados por essas en tidades;</p><p>n)Não celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por</p><p>objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associa-</p><p>da sem observar as formalidades previstas na lei ;</p><p>o)Não celebrar contrato de rateio de consórcio público sem su-</p><p>ficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as forma-</p><p>lidades previstas na lei;</p><p>p)Não celebrar parcerias da administração pública com entida-</p><p>des privadas sem a observância das formalidades legais ou regula-</p><p>mentares aplicáveis à espécie.</p><p>6.1.6.14 PREVENÇÃO À PRÁTICA DE ATOS LESIVOS À ADMINIS-</p><p>TRAÇÃO PÚBLICA NACIONAL OU ESTRANGEIRA</p><p>6.1.6.14.1Para prevenção à ocorrência de situações que confi-</p><p>gurem prática de atos lesivos à administra pública nacional ou es-</p><p>trangeira, o agente público deve observar as seguintes condutas:</p><p>a)Não prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, van-</p><p>tagem indevida a agente público, ou a terceira pessoa a ele relacio-</p><p>nada;</p><p>b)Não financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo sub-</p><p>vencionar a prática dos atos ilícitos previstos em lei;</p><p>c)Não dificultar atividade de investigação ou fiscalização de ór-</p><p>gãos, entidades ou agentes públicos, ou intervir em sua atuação,</p><p>inclusive no âmbito das agências reguladoras e dos órgãos de fisca-</p><p>lização do sistema financeiro nacional;</p><p>d)Não frustrar ou não fraudar, mediante ajuste, combinação ou</p><p>qualquer outro expediente, o caráter competitivo de procedimento</p><p>licitatório público;</p><p>e)Não impedir, não perturbar ou não fraudar a realização de</p><p>qualquer ato de procedimento licitatório público;</p><p>f)Não afastar ou não procurar afastar licitante, por meio de</p><p>fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo;</p><p>g)Não fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;</p><p>h)Não criar, por qualquer modo, pessoa jurídica para participar</p><p>de licitação pública ou celebrar contrato administrativo;</p><p>i)Não obter vantagem ou benefício indevido, de modo frau-</p><p>dulento, de modificações ou prorrogações de contratos celebra-</p><p>dos com a administração pública, sem autorização em lei, no ato</p><p>convocatório da licitação pública ou nos respectivos instrumentos</p><p>contratuais;</p><p>j)Não manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro</p><p>dos contratos celebrados com a administração pública.</p><p>6.1.6.15 RECEBIMENTO E OFERTA DE BRINDES E PRESENTES</p><p>6.1.6.15.1 O agente público, em razão de suas atribuições, não</p><p>deve aceitar favores, comissões, gratificações, vantagens financei-</p><p>ras ou materiais, doações, brindes ou presentes de qualquer natu-</p><p>reza, para si ou para outras pessoas, oferecidos de forma direta ou</p><p>indireta, resultantes ou não de relacionamentos com a CAIXA e que</p><p>possam influenciar em decisões, facilitação de negócios, beneficia-</p><p>mento de terceiros, ou causar prejuízo de imagem à Empresa, de</p><p>modo que, para prevenir a materialização de situações caracteriza-</p><p>doras de desvios éticos ou a configuração de conduta profissional e</p><p>pessoal inadequadas, deve pautar sua atuação na observância de</p><p>condutas tais como:</p><p>a)Não aceitar convites de caráter pessoal para viagens, hospe-</p><p>dagens e outras atrações, nem para si nem para cônjuge, compa-</p><p>nheiro ou parente por consanguinidade ou afinidade, em linha reta</p><p>ou colateral até terc eiro grau;</p><p>b)Não aceitar presente de qualquer valor, em razão do cargo ou</p><p>função que ocupa o agente público, quando o ofertante for pessoa,</p><p>empresa ou entidade que:</p><p>• tenha interesse pessoal, profissional ou empresarial em deci-</p><p>são que possa ser tomada pelo ag ente público, individualmente ou</p><p>de caráter coletivo, em razão do cargo;</p><p>• seja ofertado de pessoa física ou jurídica que tenha relacio-</p><p>namento com a CAIXA e que possa representar relacionamento im-</p><p>próprio ou prejuízo financeiro ou de reputação para a CAIXA;</p><p>• mantenha relação comercial com a CAIXA e suas subsidiárias;</p><p>• represente interesse de terceiros, como procurador ou pre-</p><p>posto de pessoas, empresas ou entidades compreendidas nos itens</p><p>anteriores.</p><p>c)Não aceitar convites ou ingressos para atividades de entrete-</p><p>nimento como shows, peças teatrais, espetáculos, apresentações e</p><p>atividades esportivas;</p><p>6.1.6.15.2Não se considera presente, para os fins deste Código</p><p>de Conduta, aquilo que:</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>5454</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>a)represente prêmio em dinheiro ou bens concedidos por enti-</p><p>dade acadêmica, científica ou cult ural, em reconhecimento por sua</p><p>contribuição de caráter intelectual;</p><p>b)represente prêmio concedido em razão de concurso de aces-</p><p>so público a trabalho de natureza acadêmica, científica, tecnológica</p><p>ou cultural;</p><p>c)seja bolsa de estudo vinculada ao aperfeiçoamento profissio-</p><p>nal ou técnico, desde que o patrocinador não tenha interesse em</p><p>decisão que possa ser tomada pelo agente público, em razão do</p><p>cargo que ocupa;</p><p>d)seja prêmio recebido da CAIXA ou de suas empresas coliga-</p><p>das, subsidiárias e parceiras como reconhecimen to ao desempe-</p><p>nho para obtenção de resultados empresariais, desde que previa-</p><p>mente estabelecido em campanha de incentivo e que seja aprovada</p><p>nas instâncias decisórias da CAIXA.</p><p>6.1.6.15.3 Os itens ou as despesas de transporte, alimenta-</p><p>ção, hospedagem, cursos, seminário s, congressos, eventos, feiras</p><p>ou atividades de entretenimento, concedidos por agente privado</p><p>a agente público, em decorrência de suas atribuições, porém não</p><p>relacionados ao exercício de representação institucional, são con-</p><p>siderados presentes.</p><p>6.1.6.15.4É permitida a aceitação de presentes que sejam re-</p><p>cebidos em situação protocolar, quando o agente público estiver</p><p>representando a CAIXA e quando houver reciprocidade.</p><p>6.1.6.15.5Para o presente que, por qualquer razão, não possa</p><p>ser recusado ou devolvido sem ônus para o agente público, devem</p><p>ser adotadas uma das seguintes providências, em razão da natureza</p><p>do bem:</p><p>a)tratando-se de bem de valor histórico, cultural ou artístico,</p><p>incorporar ao acervo cultural da CAIXA;</p><p>b)encaminhar ao acervo do Instituto do Patrimônio Histórico</p><p>e Artístico Nacional – IPHAN para que este lhe dê o destino legal</p><p>adequado;</p><p>c)nos demais casos, promover a sua doação a entidade de ca-</p><p>ráter assistencial ou filantrópico, reconhecida como de utilidade</p><p>pública, desde que, tratando-se de bem não perecível, e que se</p><p>comprometa a aplicar o bem ou o produto da sua alienação em</p><p>suas atividades fim;</p><p>d)no caso de bem perecível, esse também deve ser doado a</p><p>entidade de caráter assistencial ou filantrópico, reconhecida como</p><p>de utilidade pública, para consumo por aquela.</p><p>6.1.6.15.6A incorporação de presente ao patrimônio histórico-</p><p>-cultural e artístico, assim como a sua doação a entidade de caráter</p><p>assistencial ou filantrópico, reconhecida como de utilidade pública,</p><p>deve cons tar na página de Acesso à Informação, para fins de even-</p><p>tual controle.</p><p>6.1.6.15.7É permitido ao agente público aceitar convites ou in-</p><p>gressos para atividades de entretenimento como shows, peças tea-</p><p>trais, espetáculos, apresentações e atividades esportivas quando se</p><p>enc ontre no exercício de representação institucional, hipótese em</p><p>que fica vedada a transferência dos convites ou ingressos a tercei-</p><p>ros alheios à instituição.</p><p>6.1.6.15.8É permitido ao agente público aceitar convites ou in-</p><p>gressos para atividades de entretenimento como shows, peças tea-</p><p>trais, espetáculos, apresentações e atividades esportivas quando os</p><p>convites ou ingressos forem originários de promoções ou sorteios</p><p>de acesso público, ou de relação consumerista privada, sem vincu-</p><p>lação, em qualquer caso, com a condição de agente público, bem</p><p>como quando os convites ou ingressos forem distribuídos por órgão</p><p>ou entidade pública de qualquer esfera de poder, desde que obser-</p><p>vado limite de valor fixado pela Comissão de Ética Pública.</p><p>6.1.6.15.9É permitido ao agente público aceitar convites ou in-</p><p>gressos para atividades de entretenimento, como shows, apresen-</p><p>tações, festas, desfiles carnavalescos e atividades esportivas pro-</p><p>movidos pela CAIXA ou decorrente de contrapartida de patrocínio</p><p>pela CAIXA, desde que a unidade promotora do evento defina os</p><p>critérios de distribuição dos convites e ingressos entre os agentes</p><p>públicos.</p><p>6.1.6.15.10Os Dirigentes da CAIXA deverão divulgar em suas</p><p>agendas as informações relativas à participação em eventos e ativi-</p><p>dades custeados por terceiros.</p><p>6.1.6.15.11É permitida a aceitação de brindes, como tal enten-</p><p>didos aqueles que:</p><p>a)não tenham valor comercial;</p><p>b)sejam distribuídos por entidades de qualquer natureza a títu-</p><p>lo de cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por ocasião de</p><p>eventos especiais</p><p>de bens</p><p>imóveis e de outras mercadorias ou serviços, bem como concedam</p><p>descontos na sua aquisição ou contratação; (Redação dada pela Lei</p><p>nº 14.183, de 2021)</p><p>VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros que exer-</p><p>çam no Brasil qualquer das atividades listadas neste artigo, ainda</p><p>que de forma eventual;</p><p>VIII - as demais entidades cujo funcionamento dependa de au-</p><p>torização de órgão regulador dos mercados financeiro, de câmbio,</p><p>de capitais e de seguros;</p><p>IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras,</p><p>que operem no Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras,</p><p>comissionárias ou por qualquer forma representem interesses de</p><p>ente estrangeiro que exerça qualquer das atividades referidas neste</p><p>artigo;</p><p>X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de</p><p>promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis; (Redação</p><p>dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pe-</p><p>dras e metais preciosos, objetos de arte e antigüidades.</p><p>XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de</p><p>luxo ou de alto valor, intermedeiem a sua comercialização ou exer-</p><p>çam atividades que envolvam grande volume de recursos em espé-</p><p>cie; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>XIII - as juntas comerciais e os registros públicos; (Incluído pela</p><p>Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que</p><p>eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, au-</p><p>ditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em</p><p>operações: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais</p><p>ou industriais ou participações societárias de qualquer natureza;</p><p>(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos;</p><p>(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, in-</p><p>vestimento ou de valores mobiliários; (Incluída pela Lei nº 12.683,</p><p>de 2012)</p><p>d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer</p><p>natureza, fundações, fundos fiduciários ou estruturas análogas; (In-</p><p>cluída pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e (Incluída pela Lei nº</p><p>12.683, de 2012)</p><p>f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacio-</p><p>nados a atividades desportivas ou artísticas profissionais; (Incluída</p><p>pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, in-</p><p>termediação, comercialização, agenciamento ou negociação de di-</p><p>reitos de transferência de atletas, artistas ou feiras, exposições ou</p><p>eventos similares; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>XVI - as empresas de transporte e guarda de valores; (Incluído</p><p>pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de</p><p>alto valor de origem rural ou animal ou intermedeiem a sua comer-</p><p>cialização; e (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>XVIII - as dependências no exterior das entidades mencionadas</p><p>neste artigo, por meio de sua matriz no Brasil, relativamente a resi-</p><p>dentes no País. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>XIX - as prestadoras de serviços de ativos virtuais. (Incluído pela</p><p>Lei nº 14.478, de 2022) Vigência</p><p>CAPÍTULO VI</p><p>DA IDENTIFICAÇÃO DOS CLIENTES E MANUTENÇÃO DE</p><p>REGISTROS</p><p>Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º:</p><p>I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado,</p><p>nos termos de instruções emanadas das autoridades competentes;</p><p>II - manterão registro de toda transação em moeda nacional ou</p><p>estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais,</p><p>ativos virtuais, ou qualquer ativo passível de ser convertido em di-</p><p>nheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente e</p><p>nos termos de instruções por esta expedidas; (Redação dada pela</p><p>Lei nº 14.478, de 2022) Vigência</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>88</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>III - deverão adotar políticas, procedimentos e controles inter-</p><p>nos, compatíveis com seu porte e volume de operações, que lhes</p><p>permitam atender ao disposto neste artigo e no art. 11, na forma</p><p>disciplinada pelos órgãos competentes; (Redação dada pela Lei nº</p><p>12.683, de 2012)</p><p>IV - deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no</p><p>órgão regulador ou fiscalizador e, na falta deste, no Conselho de</p><p>Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na forma e condições por</p><p>eles estabelecidas; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>V - deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na pe-</p><p>riodicidade, forma e condições por ele estabelecidas, cabendo-lhe</p><p>preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações prestadas. (In-</p><p>cluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§1º Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa jurídica,</p><p>a identificação referida no inciso I deste artigo deverá abranger as</p><p>pessoas físicas autorizadas a representá-la, bem como seus proprie-</p><p>tários.</p><p>§2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II deste</p><p>artigo deverão ser conservados durante o período mínimo de cinco</p><p>anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da tran-</p><p>sação, prazo este que poderá ser ampliado pela autoridade com-</p><p>petente.</p><p>§3º O registro referido no inciso II deste artigo será efetuado</p><p>também quando a pessoa física ou jurídica, seus entes ligados, hou-</p><p>ver realizado, em um mesmo mês-calendário, operações com uma</p><p>mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em seu conjunto, ul-</p><p>trapassem o limite fixado pela autoridade competente.</p><p>Art. 10A. O Banco Central manterá registro centralizado for-</p><p>mando o cadastro geral de correntistas e clientes de instituições</p><p>financeiras, bem como de seus procuradores. (Incluído pela Lei nº</p><p>10.701, de 2003)</p><p>CAPÍTULO VII</p><p>DA COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS</p><p>Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º:</p><p>I - dispensarão especial atenção às operações que, nos termos</p><p>de instruções emanadas das autoridades competentes, possam</p><p>constituir-se em sérios indícios dos crimes previstos nesta Lei, ou</p><p>com eles relacionar-se;</p><p>II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência de</p><p>tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual se refira a infor-</p><p>mação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a proposta ou realiza-</p><p>ção: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>a) de todas as transações referidas no inciso II do art. 10, acom-</p><p>panhadas da identificação de que trata o inciso I do mencionado</p><p>artigo; e (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>b) das operações referidas no inciso I; (Redação dada pela Lei</p><p>nº 12.683, de 2012)</p><p>III - deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da</p><p>sua atividade ou, na sua falta, ao Coaf, na periodicidade, forma e</p><p>condições por eles estabelecidas, a não ocorrência de propostas,</p><p>transações ou operações passíveis de serem comunicadas nos ter-</p><p>mos do inciso II. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>§1º As autoridades competentes, nas instruções referidas no</p><p>inciso I deste artigo, elaborarão relação de operações que, por suas</p><p>características, no que se refere às partes envolvidas, valores, forma</p><p>de realização, instrumentos utilizados, ou pela falta de fundamento</p><p>econômico ou legal, possam configurar a hipótese nele prevista.</p><p>§2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista neste</p><p>artigo, não acarretarão responsabilidade civil ou administrativa.</p><p>§3º O Coaf disponibilizará as comunicações recebidas com base</p><p>no inciso II do caput aos respectivos órgãos responsáveis pela regu-</p><p>lação ou fiscalização das pessoas a que se refere o art. 9º. (Redação</p><p>dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>Art. 11-A. As transferências internacionais e os saques em es-</p><p>pécie deverão ser previamente comunicados à instituição financei-</p><p>ra, nos termos, limites, prazos e condições fixados pelo Banco Cen-</p><p>tral do Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>CAPÍTULO VIII</p><p>DA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA</p><p>Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos admi-</p><p>nistradores das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as obriga-</p><p>ou datas comemorativas de caráter histórico ou</p><p>cultural, e que não ultrapassem o valor definido em Resolução da</p><p>CEP ou outra autoridade;</p><p>c)cuja periodicidade de distribuição não seja inferior a 12 me-</p><p>ses;</p><p>d)que sejam de caráter geral e, portanto, não se destinem a</p><p>agraciar exclusivamente determinado age nte público.</p><p>6.1.6.15.12Havendo dúvida se o brinde tem valor comercial, o</p><p>agente público pode realizar sua avaliação junto ao comércio, po-</p><p>dendo ainda, se julgar conveniente, dar-lhe desde logo o tratamen-</p><p>to de presente.</p><p>6.1.6.1 6RELACIONAMENTO COM CLIENTES, FORNECEDORES,</p><p>PARCEIROS, UNIDADES DO CONGLOMERADO CAIXA, AGENTES</p><p>PÚBLICOS DE ÓRGÃOS/ENTIDADES E DEMAIS INSTITUIÇÕES</p><p>6.1.6.16.1 Os relacionamentos com clientes, fornecedores,</p><p>parceiros, unidades do conglomerado CAIXA, agentes públicos de</p><p>órgãos/entidades e demais instituições, são pautados pelos valores</p><p>éticos e socialmente responsáveis, estabelecidos pela CAIXA, em</p><p>especial neste Código, evitando-se situações que possam caracte-</p><p>rizar conflito de interesses, razão pela qual o agente público deve</p><p>adotar condutas tais como:</p><p>a)Não realizar contatos profissionais com representantes de</p><p>fornecedores, prestadores de serviço, entidades e empresas pa-</p><p>trocinadas ou clientes, sem estar acompanhado por um segundo</p><p>empregado, indicado pela chefia imediata e, quando dirigente e</p><p>membro estatutário, por outro dirigente, membro estatutário ou</p><p>empregado;</p><p>b)Não realizar reuniões com clientes que envolvam áreas da</p><p>matriz e filiais sem a presença de representantes de outras áreas,</p><p>quando se tratar de cliente ou negócio sob gestão/mandato de ou-</p><p>tra área;</p><p>c)Registrar em ata os contatos profissionais com representan-</p><p>tes de fornecedores, prestadores de serviço, entidades e empresas</p><p>patrocinadas ou clientes;</p><p>d)Não realizar reuniões com agentes públicos de órgãos e enti-</p><p>dades ou pessoas expostas politicamente sem estar acompanhado</p><p>de outro empregado, dirigente ou integrante de órgão estatutário,</p><p>devendo constar em ata a eventual hipótese de o anfitrião, agente</p><p>público de órgão e entidade, ou pessoa exposta politicamente, não</p><p>permitir a presença de todos os representantes da CAIXA;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>55</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>e)Atuar com isenção e profissionalismo, rejeitando qualquer</p><p>tentativa ou mesmo aparência de favorecimento no trato com for-</p><p>necedores;</p><p>f)Comunicar-se com fornecedores de forma clara e objetiva ou</p><p>utilizando os meios e canis corporativos disponíveis;</p><p>g)Manter relacionamento cooperativo e equilibrado com clien-</p><p>tes e usuários;</p><p>h)Oferecer tratamento justo e equitativo a clientes e usuários;</p><p>i)Prestar informações a clientes e usuários de forma clara e pre-</p><p>cisa, a respeito de produtos e serviços e do tratamento de dados</p><p>pessoais realizado pela CAIXA;</p><p>j)Atender demandas de clientes e usuários de forma tempes-</p><p>tiva;</p><p>k)Primar pela inexistência de barreiras, critérios ou procedi-</p><p>mentos desarrazoados para a extinção da relação contratual relati-</p><p>va a produtos e serviços, bem como para a transferência de relacio-</p><p>namento para outra instituição, a pedido do cliente.</p><p>6.1.6.17 USO, DIVULGAÇÃO E SIGILO DE INFORMAÇÕES</p><p>6.1.6.17.1Para o adequado uso e divulgação de informações do</p><p>Conglomerado CAIXA, bem como a preservação do seu sigilo, sem</p><p>prejuízo da observância da PO061, o agente público deve observar</p><p>condutas tais como:</p><p>a)Guardar sigilo sobre dados, inclusive dados pessoais e da-</p><p>dos pessoais sensíveis, informações e operações da CAIXA, de seus</p><p>clientes, de empresas coligadas ou subsidiárias, de prestadores de</p><p>serviço s e de fornecedores, ou de empresa/entidade que participe</p><p>enquanto representante da CAIXA em fundos, em órgãos estatu-</p><p>tários, conselhos ou comitês, que ainda não sejam públicas e das</p><p>quais tenha conhecimento em razão de sua atuação profissional,</p><p>observadas as hipóteses legais ou de determinação judicial, antece-</p><p>dido de orientação da área jurídica da CAIXA;</p><p>b)Obter prévia e expressa autorização da área gestora do pro-</p><p>duto ou serviço para publicação de estudos, pareceres, pesquisas e</p><p>demais trabalhos de caráter particular, que envolvam assuntos e/ou</p><p>informações restritos ou sigilosos;</p><p>c)Comunicar qualquer informação privilegiada que possa vir</p><p>a se tornar ato ou fato relevante ao Vice -Presidente responsável</p><p>pela comunicação com o mercado e a sociedade em geral, observ</p><p>ando o mandato dessa Vice- Presidência e a eventual segregação</p><p>de atividades;</p><p>d)Não fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âm-</p><p>bito interno de seu serviço ou enquanto representante em fundos,</p><p>órgãos estatutários, conselhos e comitês, em benefício pró prio, de</p><p>parentes, de amigos ou de terceiros;</p><p>e)Não veicular junto à imprensa ou disponibilizar a terceiros</p><p>informação sigilosa, privilegiada, de ato ou fato relevante concer-</p><p>nente à CAIXA, que ainda não tenha sido divulgado de maneira</p><p>oficial pelos canais da Instituição caracterizando o vazamento da</p><p>informação;</p><p>f)Não disseminar informações difamatórias, bem como não</p><p>transmitir à opinião pública dúvida a respeito da integridade, mo-</p><p>ralidade, clareza de posições e decoro do empregado e dirigente;</p><p>g)Não permitir o acesso de terceiros a sistemas de informa-</p><p>ções, operações e bancos de dados de responsabilidade e/ou pro-</p><p>priedade da CAIXA, salvo se expressamente autorizado pelo gestor</p><p>competente ;</p><p>h)Não utilizar informações privilegiadas a que tenha acesso</p><p>para obter vantagens para si ou para terceiros, em especial nas ne-</p><p>gociações dos títulos de valores mobiliários emitidos pela CAIXA,</p><p>sendo responsável por evitar, no âmbito da sua atuação, que os in-</p><p>vestidores sejam prejudicados pela prática de insider trading.</p><p>6.1.6.18 USO DE BENS E PATRIMÔNIO DA CAIXA</p><p>6.1.6.18.1Para prevenção à ocorrência de situações de indevi-</p><p>do uso de bens e patrimônio da CAIXA o agente público deve adotar</p><p>condutas tais como:</p><p>a)Zelar pela proteção do patrimônio público, com a adequa-</p><p>da utilização das informações, dos bens, equipamentos e demais</p><p>recursos colocados à disposição para a gestão eficaz dos negócios</p><p>realizados em nome da CAIXA;</p><p>b)Não utilizar os recursos materiais, meios de comunicação e</p><p>instalações colocados à disposição para fins estranhos às suas ativi-</p><p>dades profissionais;</p><p>c)Não usar tecnologias, metodologias, modelos, know-how</p><p>e outras informações de propriedade da CAIXA ou por ela desen-</p><p>volvidas ou obtidas, para fins particulares ou repassar a terceiros,</p><p>mesmo que o agente público tenha participado de seu desenvol-</p><p>vimento.</p><p>6.1.7 PADRÕES ESPECÍFICOS DE CONDUTA</p><p>6.1.7.1 O agente público, para o exercício de suas atividades na</p><p>administração e gestão de ativos de terceiros, no risco, nas opera-</p><p>ções de tesouraria, nas típicas de banco de investimento, nas ofer-</p><p>tas públicas pela emissora ou ofertante, sem prejuízo da aplicação</p><p>do disposto no Padrão Geral de Conduta previsto neste Código,</p><p>deve observar as normas reguladoras, autorreguladoras e internas</p><p>que lhes sejam aplicáveis.</p><p>6.1.7.2Por ocasião de eventual procedimento administrativo</p><p>com intuito de apurar situações de possível conflito de interesses</p><p>ou descumprimento de normas ou leis, os dirigentes e os integran-</p><p>tes de órgãos estatutários autorizam acesso aos seus dados fiscais,</p><p>bancários, telefônicos e de dados, pertinentes ao objeto da apu-</p><p>ração, sempr e que a autoridade responsável pela instauração do</p><p>procedimento administrativo assim determinar, nos estritos limites</p><p>do necessário para os esclarecimentos dos fatos.</p><p>6.1.7.2.1As informações obtidas restarão protegidas por sigilo</p><p>e não serão reveladas sem o consent imento dos interessados, salvo</p><p>os casos legalmente previstos.</p><p>6.1.7.3 O dirigente e o membro de órgão estatutário que man-</p><p>tiverem participação superior a cinco por cento do capital de qual-</p><p>quer sociedade, devem informar tal fato à Comissão de Ética Pú-</p><p>blica.</p><p>6.1.7.4O dirigente e o integrante de órgão estatutário que re-</p><p>ceberem salário ou qualquer outra remuneração de fonte privada,</p><p>deve informar tal fato à Comissão de Ética</p><p>Pública, exceto remune-</p><p>ração proveniente de participação em conselhos de empresas em</p><p>que a CAIXA detenha participação societária ou direito de indicar</p><p>representantes, e prêmio recebido da CAIXA ou de suas empresas</p><p>coligadas, subsidiárias e parceiras conforme descrito neste Código.</p><p>6.1.7.5Durante o exercício do seu mandato, os dirigentes e</p><p>os integrantes de órgãos estatutários devem adotar condutas tais</p><p>como:</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>5656</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>a)Não realizar investimento em bens cujo valor ou cotação pos-</p><p>sa ser afetado por decisão ou política governamental ou relaciona-</p><p>mentos comerciais mantidos pela CAIXA a respeito do qual tenha</p><p>informações privilegiadas, em razão da ocupação do cargo de diri-</p><p>gente e de membro estatutário;</p><p>b)Não se utilizar de informações privilegiadas para qualquer</p><p>fim, ou se valer do cargo de dirigente e de membro estatutário em</p><p>benefício próprio ou de terceiros;</p><p>c)Não comentar com terceiros assuntos internos que envolvam</p><p>informações confidenciais ou que possam vir a antecipar algum</p><p>comportamento do mercado;</p><p>d)Não usar ou divulgar, a qualquer tempo, em proveito próprio</p><p>ou de terceiros, informação privilegiada obtida em razão das ativi-</p><p>dades exercidas, ainda que após seu desligamento das atividades</p><p>de dirigente e de membro estatutário;</p><p>e)Não receber transporte, hospedagem ou quaisquer favores</p><p>de particulares de forma a permitir situação que possa gerar dúvida</p><p>sobre a sua probidade ou honorabilidade;</p><p>f)Não se utilizar de membro de sua equipe para tratar de as-</p><p>suntos particulares.</p><p>6.1.7.5.1Em relação aos investimentos pessoais, o dirigente e</p><p>o integrante de órgão estatutário devem, ainda, observar a Reso-</p><p>lução CVM nº 44, de 23/08/2021, e outras que vierem substituir e/</p><p>ou complementá -la, bem como as diretrizes contidas na PO061;</p><p>devem ainda atender integralmente ao CCAAF e ao disposto na Re-</p><p>solução nº 15, de 1º de fevereiro de 2020.</p><p>6.1.7.5.2No relacionamento com outros órgãos públicos e pri-</p><p>vados, empresas e outras entidades, o di rigente e o membro esta-</p><p>tutário devem esclarecer a existência de eventual conflito de inte-</p><p>resses, bem como comunicar ao colegiado qualquer circunstância</p><p>ou fato impeditivo de sua participação em decisão coletiva ou em</p><p>órgão colegiado.</p><p>6.1.7.5.3As eventuais divergências entre os dirigentes e os</p><p>membros estatutários serão resolvidas internamente, mediante co-</p><p>ordenação administrativa, não lhes cabendo manifestar-se publica-</p><p>mente sobre matéria que não seja afeta à sua área de competência.</p><p>6.1.7.6O dirigente e o integrante de órgão estatutário devem</p><p>guardar sigilo das informações privilegiadas e ato ou fato relevante</p><p>aos quais tenham acesso em razão do cargo ou posição que ocu-</p><p>pam, até sua efetiva divulgação ao mercado.</p><p>6.1.7.6.1 O dirigente e o integrante de órgão estatutário de-</p><p>vem divulgar e manter arquivadas, nas respectivas Consultorias, as</p><p>agendas de reuniões e encontros com pessoas físicas e jurídicas que</p><p>tenham qualquer tipo de interesse junto à CAIXA, mantendo regis-</p><p>tro sumário das matérias tratadas, bem como informando necessa-</p><p>riamente o nome do acompanhante e relação das pessoas presen-</p><p>tes, que ficarão disponíveis aos interessados.</p><p>6.1.7.7No exercício de seu mandato o dirigente e o integrante</p><p>de órgão estatutário devem adotar condutas tais como:</p><p>a)Não opinar publicamente a respeito da honorabilidade e do</p><p>desempenho funcional de outros membros ou das autoridades pú-</p><p>blicas federais;</p><p>b)Não opinar publicamente sobre o mérito de questão que lhe</p><p>será submetida para decisão individual ou em órgão colegiado;</p><p>c)Resguardar o sigilo das informações relativas a ato ou fato</p><p>relevante às quais tenha acesso privilegiado em razão do cargo, fun-</p><p>ção ou emprego público que ocupe até a divulgação ao mercado;</p><p>d)Comunicar qualquer ato ou fato relevante de que tenha co-</p><p>nhecimento ao Diretor de Relações com Investidores da CAIXA, que</p><p>promoverá sua divulgação, ou na hipótese de omissão deste, à Co-</p><p>missão de Valores Mobiliários – CVM; e</p><p>e)Não divulgar, sem autorização do órgão competente da CAI-</p><p>XA, informação que possa causar impacto na cotação dos títulos da</p><p>empresa e em suas relações com o mercado ou com consumidores</p><p>e fornecedores.</p><p>6.1.7.8As propostas de trabalho ou de negócio futuro no se-</p><p>tor privado destinadas aos dirigentes e membros estatutários, bem</p><p>como qualquer negociação que envolva conflito de interesses, de-</p><p>vem ser imediatamente informadas à Comissão de Ética Pública,</p><p>independentemente da sua aceitação ou rejeição.</p><p>6.1.7.8.1Após deixar o cargo de dirigente e de membro estatu-</p><p>tário, no período de seis meses, não poderá desenvolver nenhum</p><p>tipo de atividade profissional que eventualmente possa ens ejar</p><p>conflito de interesses com as atividades da CAIXA.</p><p>6.1.7.8.2No período de seis meses, contado da data da dispen-</p><p>sa, exoneração, destituição, demissão ou aposentadoria de cargo</p><p>de dirigente e de membro estatutário, configura conflito de inte-</p><p>resses, salvo quando expressamente autorizado pela Comissão de</p><p>Ética Pública:</p><p>a)prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo de serviço a</p><p>pessoa física ou jurídica com quem tenha estabelecido relaciona-</p><p>mento relevante em razão do exercício do cargo de dirigente e de</p><p>membro est atutário na CAIXA;</p><p>b)aceitar cargo de administrador ou conselheiro ou estabelecer</p><p>vínculo profissional com pessoa física ou jurídica que desempenhe</p><p>atividade relacionada à área de competência do cargo de dirigente</p><p>anteriormente ocupado;</p><p>c)celebrar com as empresas do conglomerado CAIXA contratos</p><p>de serviço, consultoria, assessoramento ou atividades similares;</p><p>d)intervir, direta ou indiretamente, em favor de interesse pri-</p><p>vado perante a CAIXA ou órgão com o qual tenha estabelecido rela-</p><p>cionamento relevante em razão do exercício do cargo de dirigente.</p><p>6.1.7.9Além das medidas descritas neste Código, o dirigente e</p><p>o integrante de órgão estatutário poderão prevenir a ocorrência de</p><p>conflito de interesses, adotando a seguinte providência em até seis</p><p>meses a partir da publicação deste Código:</p><p>a) transferir a administração dos bens e direitos que possam</p><p>suscitar conflito de interesses para instituição financeira ou admi-</p><p>nistradora de carteira de valores mobiliários autorizada a funcionar</p><p>pelo BACEN ou pela CVM, conforme o caso, mediante instrumento</p><p>contratual que contenha cláusula que vede a interferência do di-</p><p>rigente e do membro estatutário em qualquer decisão de investi-</p><p>mento, assim como o seu prévio conhecimento de decisões toma-</p><p>das pela instituição administradora a respeito da gestão dos bens</p><p>e direitos.</p><p>6.1.7.10Todo ato de posse ou investidura em função de dirigen-</p><p>te e de membro estatutário deve ser acompanhado da assinatura</p><p>do termo de ciência e concordância com as normas estabelecidas</p><p>pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal (arquivo</p><p>apensado à norma) e por este Código.</p><p>6.1.7.11Em caso de dúvida, o dirigente e o membro estatutário</p><p>devem solicitar informações adicionais e esclarecimentos à Comis-</p><p>são de Ética Pública.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>57</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>6.1.7.12O dirigente e o membro estatutário devem se abster</p><p>de exercer trabalho ou prestar serviços de consultoria, de assesso-</p><p>ria, de assistência técnica e de treinamento, exceto nas atividades</p><p>de magistério e nas situações analisadas e aprovadas pela Comissão</p><p>de Ética Pública.</p><p>6.1.7.13 VIART</p><p>6.1.7.13.1 Os empregados e dirigentes lotados na Vice-Presi-</p><p>dência e nas unidades subordinadas à Vice- Presidência de Fundos</p><p>de Investimento, observam, além das normas expressas neste Códi-</p><p>go, ao disposto no Código de Conduta da Vice-Presidência de Fun-</p><p>dos de Investimento RH169.</p><p>6.1.7.14 VICOR</p><p>6.1.7.14.1 As atividades da Vice-Presidência Riscos (VICOR) não</p><p>devem ser desempenhadas por empregado que atue em atividades</p><p>negociais, de modo a resguardar a isenção de opinião e a integrida-</p><p>de do empregado e da CAIXA.</p><p>6.1.7.14.2Os empregados da VICOR lotados na matriz, incluin-</p><p>do o Vice-Presidente</p><p>e os Diretores Executivos, são impedidos de</p><p>realizar atendimento a clientes da CAIXA e PEP para tratar de as-</p><p>suntos relacionados à avaliação de risco de crédito, operações e</p><p>renegociações, salvo aqueles vinculados à SUICO (e suas unidades</p><p>subordinadas), enquanto detentora do mandato de fomento ao cré-</p><p>dito sustentável, e à GEREP, com atuação exclusiva na avaliação de</p><p>risco social, ambiental e climático, observados os limites normati-</p><p>vamente estabelecidos p ara a execução das respectivas atividades.</p><p>6.1.7.14.3 O atendimento pessoal a clientes da CAIXA, seja visi-</p><p>tando-os ou sendo visitado por eles, quando necessário para avalia-</p><p>ção de risco de crédito de operações e renegociações (SUICO/GER-</p><p>CR/GEARI/CERIS/CEPRA) ou avaliação e monitoramento de risco</p><p>social, ambiental e climático (GEREP), será feito exclusivamente por</p><p>empregados de unidades assim autorizadas por mandato, sendo no</p><p>mínimo dois, e um deles com função gerencial (gestor/coordena-</p><p>dor de centralizadoras/coordenador de projetos matriz), obrigato-</p><p>riamente acompanhados de representante da área negocial, salvo</p><p>quando tratar -se de monitoramento de risco social, ambiental e</p><p>climático.</p><p>6.1.7.14.4Eventual atendimento, conforme definido no subi-</p><p>tem 6.1.7.14.3, deverá ser registrado em documento formal de me-</p><p>mória de visita, a ser guardado pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos,</p><p>preferencialmente em meio digital, que registre a data, o local, a</p><p>identificação dos representantes da CAIXA, das entidades, pess oas</p><p>jurídicas e/ou pessoas físicas relacionadas, bem como o objetivo da</p><p>visita.</p><p>6.1.7.14.5Os empregados envolvidos nos processos de análise</p><p>de risco de crédito e renegociação não devem se manifestar pre-</p><p>viamente sobre matéria sujeita a sua decisão ou de cujo processo</p><p>decisório venha a participar, a não ser com as pessoas que partici-</p><p>pam ou participarão conjuntamente da análise da matéria e asse-</p><p>gurando que a divulgação do resultado final das atividades ocorra</p><p>somente após a conclusão de todas as providências previstas nor-</p><p>mativamente.</p><p>6.1.7.14.6É assegurada a segregação entre a modelagem do</p><p>risco de crédito, a execução da avaliação de risco de crédito e a va-</p><p>lidação dos modelos.</p><p>6.1.7.14.7O empregado da área de riscos que participa da</p><p>construção de modelos de risco de crédito e de recuperação não</p><p>deve participar da análise, de negociações, da estruturação de ope-</p><p>rações e visitas a clientes.</p><p>6.1.7.14.8As solicitações de informações e esclarecimentos</p><p>acerca de avaliações de risco de crédito deverão ser realizadas via</p><p>servicos.caixa ou canal similar que venha a substituí-lo.</p><p>6.1.7.14.9Na execução de suas atribuições, é dever do empre-</p><p>gado:</p><p>• Preservar o sigilo e a segurança das informações, prestigian-</p><p>do a correta classificação dos dados e informaçõ es, conforme nor-</p><p>mativo OR016;</p><p>• Respeitar e valorizar os stakeholders e seus direitos, com a</p><p>prestação de informações corretas, cumprimento dos prazos acor-</p><p>dados e oferecimento de alternativa(s), quando existente(s), para</p><p>satisfação de suas necessidades de negócios, observado nosso com-</p><p>promisso maior com resultados corporativos sustentáveis;</p><p>• Proteger os dados pessoais e respeitar a privacidade dos titu-</p><p>lares dos dados no desempenho de suas atividades.</p><p>6.1.7.14.10 Apenas os Agentes de Compliance e Integridade e</p><p>os empregados em trabalho remoto e/ou em equipe virtual, em ob-</p><p>servância às modalidades previstas na normatização interna vigen-</p><p>te, podem ter lotação física em unidades não vinculadas à VICOR.</p><p>6.1.7.14.11Em relação ao processo de Prevenção à Lavagem de</p><p>Dinheiro (PLD/FTP):</p><p>a)As informações obtidas no processo de Prevenção à Lavagem</p><p>de Dinheiro (PLD/FTP) devem preservar o sigilo das comunicações</p><p>impostos pela legislação vigente, não podendo ser compartilhadas</p><p>com terceiros, alheios ao processo;</p><p>b)Todos os empregados, inclusive os que atuam diretamente</p><p>na PLD/FTP devem preservar o sigilo das comunicações efetuadas</p><p>às autoridades responsáveis, sem revelar ou dar ciência da ocorrên-</p><p>cia aos clientes , envolvidos ou terceiros;</p><p>c)Todo empregado deve preservar o sigilo das partes envolvi-</p><p>das em denúncias.</p><p>6.1.7.15 SUOPE</p><p>6.1.7.15.1 Os padrões de conduta a seguir definidos se desti-</p><p>nam aos empregados lotados na SUOPE e nas áreas subordinadas</p><p>(Gerências Nacionais), no desempenho das atividades administra-</p><p>tivas e de negócios realizados em nome da CAIXA, em suas depen-</p><p>dências ou fora dela, no intuito de preservar a excelência da qua-</p><p>lidade, a ética e o profissionalismo na gestão e administração dos</p><p>recursos de tesouraria, câmbio e mercado de capitais.</p><p>6.1.7.15.2 As condutas relacionadas abaixo ferem a preserva-</p><p>ção dos padrões éticos, profissi onais e das boas práticas de mer-</p><p>cado e governança corporativa, sendo caracterizados, ainda, como</p><p>impedimentos:</p><p>a)realizar diretamente ou por meio de terceiros, operações</p><p>com instrumentos financeiros derivativos ou derivativos embuti-</p><p>dos, ações de qualquer espécie e cotas de fundos cotados em bolsa</p><p>para interesse próprio com prazo mínimo de retenção do instru-</p><p>mento inferior a 90 dias corridos;</p><p>b)alienar ou resgatar títulos privados, adquiridos por meio de</p><p>Oferta Pública, antes do prazo mínimo de 90 dias corridos de reten-</p><p>ção dos títulos, a fim de evitar possíveis questionamentos relacio-</p><p>nados à manipulação do mercado de valores mobiliários e ao uso</p><p>indevido de informações privilegiadas;</p><p>c)realizar diretamente ou por meio de terceiros, operações de</p><p>day trade de qualqu er espécie para interesse próprio;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>5858</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>d)realizar operações com corretoras cadastradas a operar com</p><p>a SUOPE para interesse próprio, exceto no caso de aquisição de</p><p>ações e cotas de fundos fechados com distribuição em oferta pú-</p><p>blica, desde que as ações sejam mantidas pelo prazo mínimo de 90</p><p>dias corridos;</p><p>e)participar de almoços, jantares, reuniões, solenidades, semi-</p><p>nários ou encontros patrocinados por clientes, instituições concor-</p><p>rentes ou quaisquer pessoas que tenham interesse junto à CAIXA,</p><p>sem a devida observância ao disposto no Código;</p><p>f)comentar com pessoas não relacionadas sobre os assuntos da</p><p>Superintendência, sobre as operações proprietárias ou de clientes,</p><p>assim como as estratégias de atuação da SUOPE;</p><p>g)divulgar ou repassar qualquer informação sigilosa de clientes</p><p>ou operações do mercado financeiro e de capitais realizadas no âm-</p><p>bito desta Superintendência Nacional;</p><p>h)divulgar informações sobre as operações em estruturação</p><p>durante o período de silêncio até que a oferta pública seja divulga-</p><p>da ao mercado;</p><p>i)concretizar ou negociar operações da CAIXA, por mensagens</p><p>de texto, celular, tablet ou similares;</p><p>j)utilizar-se de informações ou bens sob administração da Su-</p><p>perintendência em proveito próprio ou de terceiros, mesmo após</p><p>desligar-se da área;</p><p>k)ter participação societária em empresas que tenham como</p><p>objetivo serviços ou produtos ligados ao mercado financeiro ou de</p><p>capitais, ou em atividades correlatas ao mercado financeiro ou de</p><p>capitais, que gerem conflitos ou potenciais conflitos de interesses,</p><p>em relação às atividades exercidas na CAIXA;</p><p>l)transitar informações de natureza corporativa ou inerente às</p><p>atividades, por meio do correio eletrônico – CAIXA-M@IL, sem ob-</p><p>servância do contido no OR003, OR007, OR016 e PO007;</p><p>m)realizar análises de títulos e valores mobiliários sem a devida</p><p>certificação profissional requerida.</p><p>6.1.7.15.3 Não se aplicam restrições à:</p><p>a)aplicação em Fundos de Investimento abertos, constituídos</p><p>com base na Instrução CVM 409, Títulos de renda fixa, tais como</p><p>Títulos de Emissão do Tesouro Nacional por meio da ferramenta Te-</p><p>souro Direto, LCI, CDB, RDB, CRI e Debêntures;</p><p>b)realização de operações com instrumentos derivativos e</p><p>ações de qualquer espécie e cotas de fundos fechados para interes-</p><p>se próprio, com prazo mínimo de retenção do instrumento superior</p><p>a 90 dias corridos.</p><p>6.1.7.15.4 Cabe aos empregados citados no item 6.1.7.15.1:</p><p>a)atender às ligações telefônicas</p><p>com cortesia;</p><p>b)evitar a utilização de procedimentos que possam vir a confi-</p><p>gurar a criação de condições artificiais de mercado, manipulação de</p><p>preços, realização de operações fraudulentas e uso de práticas não</p><p>equita tivas em operações de mercado financeiro;</p><p>c)identificar com precisão os objetivos e intenções dos clientes,</p><p>a fim de auxiliar adequadamente às SR e Agências/PA a recomenda-</p><p>rem os produtos e serviços mais adequados aos clientes;</p><p>d)manter em perfeita ordem o registro das operações realiza-</p><p>das, a fim de possibilitar consulta posterior ao mesmo;</p><p>e)manter em sigilo informações referentes aos clientes e à</p><p>CAIXA, exceto no caso de requisição formal de órgão externo após</p><p>devidamente autorizado pela CAIXA, tais como BACEN, CMN, CVM,</p><p>TCU, CGU, ANBIMA, dentre outros, ou ante cumprimento de ordem</p><p>judicial;</p><p>f)obedecer às normas legais ou regulamentares que regem</p><p>suas atividades, bem como os manuais normativos;</p><p>g)obter prévia e expressa autorização da Superintendência Na-</p><p>cional de Operações de Tesouraria para publicação de estudos, pa-</p><p>receres, pesquisas e demais trabalhos, de sua autoria ou não, que</p><p>envolvam assuntos relacionados às atividades da área;</p><p>h)cumprir estritamente todas as normas legais e regulamenta-</p><p>res emanadas de entidade s governamentais, tais como, CMN, BA-</p><p>CEN, CVM, Tesouro Nacional, e das não governamentais, tais como,</p><p>ANBIMA, B3SA, e demais entidades que regulem suas atividades</p><p>profissionais;</p><p>i)notificar seu Gerente Nacional ou seu Superintendente Nacio-</p><p>nal (no caso de empr egados com função gratificada de Gerente Na-</p><p>cional ou lotados na SUOPE), sobre situações ou comportamentos</p><p>que possam, de alguma forma, configurar conflitos ou potenciais</p><p>conflitos de interesse ou inobservância ao presente Código.</p><p>6.1.7.15.5 Cabe aos Gerentes Nacionais e/ou seus substitutos</p><p>eventuais:</p><p>a)realizar reunião anual com os empregados lotados na respec-</p><p>tiva Gerência Nacional para reforço das orientações contidas neste</p><p>Código;</p><p>b)realizar reunião periódica com os empregados lotados na</p><p>respectiva Gerência Nacional s empre que houver atualizações rele-</p><p>vantes deste capítulo;</p><p>c)registrar em Ata as reuniões citadas nos itens anteriores e in-</p><p>cluí-las no Sistema de Gestão da Ética – SIETI;</p><p>d)disponibilizar exemplar deste normativo a todos os emprega-</p><p>dos sob sua gestão, orientand o a assinatura do Anexo ll – Termo de</p><p>Ciência do Código de Conduta da CAIXA;</p><p>e)dar ciência imediata deste normativo aos novos empregados</p><p>sob sua gestão, orientando a assinatura do Anexo II – Termo de Ci-</p><p>ência do Código de Conduta da CAIXA;</p><p>f)proceder conforme disposto no item 6.1.7.15.7 no caso de</p><p>recusa por parte de qualquer empregado em assinar o Anexo ll;</p><p>g)levar ao conhecimento do Superintendente Nacional as no-</p><p>tificações recebidas de seus empregados, mencionadas no item</p><p>6.1.7.15.4, alínea “i”, e, em conjunto, decidir qual procedimento</p><p>deve ser adotado, tomando por base o disposto neste normativo e</p><p>todos os outros relacionados;</p><p>h)dar conhecimento ao empregado que efetuou a notificação</p><p>sobre o acatamento ou não das razões da notificação;</p><p>i)em sendo procedente a notificação recebida, apurar os fatos,</p><p>tomando por base o normativo, AE079, conforme o caso, e garan-</p><p>tindo, sob qualquer hipótese, o sigilo quanto a identificação do de-</p><p>nunciante;</p><p>j)efetuar correções tempestivas dos desvios de condutas iden-</p><p>tificados no desempenho das atividades dos empregados sob sua</p><p>gestão.</p><p>6.1.7.15.6 Cabe ao Superintendente Nacional da SUOPE:</p><p>a)mediar e conciliar situações que envolvam questões para as</p><p>quais este Código seja omisso;</p><p>b)realizar reunião anual ou sempre que houver novas atualiza-</p><p>ções deste Código, com os Gerentes Nacionais da GESUP e GETES,</p><p>e com os empregados lotados na SUOPE, repassando e reforçando</p><p>todas as orientações contidas neste normativo;</p><p>c)registrar em Ata as reuniões citadas no item anterior e incluí-</p><p>-las no Sistema de Gestão da Ética – SIETI;</p><p>d)disponibilizar exemplar deste normativo para todos os em-</p><p>pregados sob sua gestão, orientando sobre a assinatura do Anexo II;</p><p>e)dar ciência imediata deste normativo aos novos empregados</p><p>sob sua gestão, orientando a assinatura do Anexo II – Termo de Ci-</p><p>ência do Código de Conduta da CAIXA;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>59</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>f)proceder conforme disposto no item 6.1.7.15.7 no caso de</p><p>recusa por parte de qualquer empregado em assinar o Anexo II;</p><p>g)decidir sobre as situações descritas nos itens 6.1.7.15.4 e</p><p>6.1.7.15.5, alíneas “i” e “g” respectivamente e, sendo procedentes,</p><p>solicitar ou apurar os fatos, tomando por base o normativo AE079,</p><p>conforme o caso, e garantindo, sob qualquer hipótese, o sigilo</p><p>quanto a identificação do denunciante;</p><p>h)efetuar correções tempestivas dos desvios de condutas iden-</p><p>tificados no desempenho das atividades dos empregados sob sua</p><p>gestão.</p><p>6.1.7.15.7A recusa em assinar o Termo de Ciência citado no</p><p>item 6.1.7.15.5, alínea “d” não exime o empregado da observância</p><p>do contido neste normativo, podendo o ateste ocorrer por aposição</p><p>de assinatura do gestor da Gerência Nacional ou Superintendência</p><p>Nacional de lotação do empregado na presença de 2 testemunhas.</p><p>6.1.7.15.8Após a assinatura do Termo de Ciência, o emprega-</p><p>do terá o prazo de 60 dias corridos para o enquadramento de suas</p><p>atividades em cumprimento de todas as exigências contidas neste</p><p>Código.</p><p>6.1.8 DISPOSIÇÕES FINAIS</p><p>6.1.8.1As violações a este Código, cometidas por empregado,</p><p>estão sujeitas à abertura de procedimento de apuração de respon-</p><p>sabilidade disciplinar e civil, conforme AE079, ou de processo de</p><p>apuração ética, conforme AE103.</p><p>6.1.8.2 As violações a este Código cometidas por Presidente,</p><p>Vice-Presidentes, Diretores e membro estatutário serão submeti-</p><p>das à apreciação do Conselho de Administração, ressalvada a com-</p><p>petência da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.</p><p>6.1.8.3A responsabilização do agente público em situação de</p><p>conflito de interesses é considerada improbidade administrativa,</p><p>conforme previsto na Lei n.º 12.813/2013.</p><p>6.1.8.4 Cabe aos gestores manterem os empregados devida-</p><p>mente informados e esclarecidos sobre o conteúdo do presente</p><p>Código, orientando-os sobre a necessidade de leitura e reflexão</p><p>constantes sobre as prescrições nele estabelecidas.</p><p>6.1.8.5Este Código deve constar como anexo nos contratos de</p><p>prestação de serviços da CAIXA, de forma a também orientar a con-</p><p>duta dos prestadores de serviço.</p><p>6.1.8.6O Conselho de Administração é competente para discu-</p><p>tir, aprovar e monitorar decisões relativas ao Código de Ética, Con-</p><p>duta e Integridade da CAIXA.</p><p>6.1.8.7A Corregedoria da CAIXA elaborará, disponibilizará e</p><p>manterá atualizado “Perguntas e Respostas”, “Cartilha” (arquivo</p><p>apensado à norma) e “Guia de Orientações” acerca de tópicos tra-</p><p>tados neste Código.</p><p>6.2 ANEXO II – TERMO DE CIÊNCIA DO CÓDIGO DE ÉTICA,</p><p>CONDUTA E INTEGRIDADE DA CAIXA</p><p>TERMO DE CIÊNCIA DO CÓDIGO DE ÉTICA, CONDUTA</p><p>E INTEGRIDADE DA CAIXA E DO CÓDIGO DE ÉTICA</p><p>PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER</p><p>EXECUTIVO FEDERAL</p><p>Eu, , Matrícula , lotado(a) na , declaro haver lido</p><p>e compreendido todos os termos do Código de Ética, Conduta e In-</p><p>tegridade da CAIXA e do Código de Ética Profissional do Servidor</p><p>Público Civil do Poder Executivo Federal, anexo do Decreto 1.171</p><p>de 22/06/1994.</p><p>Data da última assinatura: / /</p><p>Ass. Empregado:</p><p>6.3 ANEXO III – CÓDIGO DE CONDUTA DOS INTEGRANTES</p><p>DO PROCESSO LOTERIAS CAIXA</p><p>A sociedade brasileira confia nas LOTERIAS CAIXA e é a confian-</p><p>ça um dos pilares que sustenta a reputação da Empresa. O compro-</p><p>misso ético de cada integrante desse processo é expresso também</p><p>na preservação da conformidade entre ações e decisões do negó-</p><p>cio, de modo que estejam de acordo com os termos e as condiçõ es</p><p>estabelecidas por este Código e com a Legislação em vigor.</p><p>Exige-se do profissional CAIXA uma conduta em consonância</p><p>com as diretrizes estabelecidas, com as ações necessárias ao negó-</p><p>cio e com o padrão</p><p>ético definido por esta Empresa Pública.</p><p>A conduta profissional manifesta-se pela competência técnica,</p><p>pela consciência de que o trabalho é regido por princípios éticos ex-</p><p>ternados na adequada prestação dos serviços que lhe competem, e</p><p>por uma permanente reflexão sobre a moralidade na Administração</p><p>Pública.</p><p>Este Código destina-se a nortear a conduta dos integrantes do</p><p>processo Loterias da CAIXA.</p><p>A Comissão de Ética da CAIXA é o órgão responsável por delibe-</p><p>rar sobre as infrações a este Código, em consonância com o dispos-</p><p>to em seu Regimento Interno.</p><p>INTEGRANTES DO PROCESSO LOTERIAS CAIXA</p><p>Os integrantes do processo Loterias CAIXA estão agrupados</p><p>em:</p><p>• Dirigentes;</p><p>• Administração;</p><p>• Equipe.</p><p>Para efeito deste Código, consideram-se Dirigentes:</p><p>• Presidente da CAIXA;</p><p>• Vice-Presidentes;</p><p>• Diretores Executivos.</p><p>Para efeito deste Código a Administração é composta por:</p><p>• Superintendente Nacional de Loterias e Gerentes Nacionais</p><p>vinculados;</p><p>• Superintendente Nacional de Estruturação, Construção e Ar-</p><p>quitetura em Tecnologia da Informação e Gerentes Nacionais vincu-</p><p>lados ao Processo Loterias;</p><p>• Superintendente Nacional de Operações e Suporte em Tec-</p><p>nologia da Informação e Gerentes Nacionais vinculados ao Processo</p><p>Loterias;</p><p>• Superintendente Nacional de Gestão Operacional de Canais e</p><p>Gerentes Nacionais vinculados ao Processo Loterias;</p><p>• Superintendente Nacional de Controle Institucional e Geren-</p><p>tes Nacionais vinculados ao Processo Loterias;</p><p>• Superintendente Nacional de Retaguarda e Gerentes Nacio-</p><p>nais vinculados ao Processo Loterias;</p><p>• Superintendente Nacional de Suprimento e Infraestrutura;</p><p>• Superintendente Nacional da Auditoria Geral e Gerentes Na-</p><p>cionais vinculados ao Processo Loterias;</p><p>• Gerente da Centralizadora Nacional de Desenvolvimento em</p><p>Tecnologia da Informação de Brasília;</p><p>• Gerente da Centralizadora Nacional de Operações de Tecno-</p><p>logia da Informação de Brasília;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>6060</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>• Gerente da Centralizadora Nacional de Operações de Tecno-</p><p>logia da Informação de São Paulo.</p><p>Para efeito deste Código a Equipe é composta por:</p><p>• Empregados lotados nas Superintendências Nacionais e Ge-</p><p>rências Nacionais vinculadas ao Processo Loterias mencionados no</p><p>item anterior e os empregados lotados nas Centralizadoras e Repre-</p><p>sentações vinculadas a área de Tecnologia da Informação;</p><p>• Consultores Jurídicos vinculados ao Processo Loterias;</p><p>• Gerentes de Canais e Negócios;</p><p>• Supervisor de Canais;</p><p>• Consultores Regionais de Canais (cargo em extinção);</p><p>• Empregados das Superintendências Regionais vinculados ao</p><p>Processo Loterias;</p><p>• Empregados que atuem nos processos de sorteios e apura-</p><p>ção, independentemente da unidade de l otação.</p><p>•</p><p>Na hipótese de alteração na estrutura interna da CAIXA, ainda</p><p>que em virtude de simples alteração de denominação da unidade,</p><p>aos empregados ou dirigentes da nova área responsável por qual-</p><p>quer das etapas do processo Loterias CAIXA aplicar-se-ão as dispo-</p><p>sições do presente Código de Conduta.</p><p>CONDUTAS A SEREM OBSERVADAS</p><p>Considerando a importância do serviço público Loterias, dele-</p><p>gado pela União à CAIXA, os integrantes do processo Loterias CAIXA</p><p>devem observar as seguintes condutas em seus relacionamentos:</p><p>• familiarizar-se e cumprir integralmente o disposto em legis-</p><p>lação pertinente e em normativos internos referentes à condução</p><p>do processo Loterias CAIXA, de modo a assegurar a exatidão e a</p><p>qualidade na realização do trabalho sob sua responsabilidade pro-</p><p>fissional, contribuindo para a credibilidade do processo;</p><p>• conhecer e cumprir as diretrizes do Programa do Jogo Res-</p><p>ponsável da CAIXA, bem como atuar para prevenir o jogo compul-</p><p>sivo e proteger grupos considerados vulneráveis, como os menores</p><p>de idade;</p><p>• em caso de greve, contribuir para que se mantenha o per-</p><p>centual necessário para que o serviço público Loterias não sofra</p><p>solução de continuidade, de acordo com os termos da legislação</p><p>vigente;</p><p>• assumir a integral responsabilidade decorrente de atos prati-</p><p>cados no exercício das suas atividades;</p><p>• preservar o bom relacionamento entre as Unidades da CAIXA</p><p>e as empresas contratadas (fornecedoras dos serviços), de modo a</p><p>garantir a perfeita sinergia entre elas, criando no ambiente de tra-</p><p>balho um cli ma de cortesia, profissionalismo e cooperação para</p><p>com todos;</p><p>• buscar a excelência na gestão dos negócios lotéricos, dos re-</p><p>cursos e da transferência dos benefícios sob sua responsabilidade,</p><p>considerando o caráter de empresa pública e a missão social da CAI</p><p>XA;</p><p>• atualizar os conhecimentos necessários ao desempenho de</p><p>suas funções, bem como, buscar o aprimoramento constante de</p><p>suas competências, colaborando com as mudanças administrativas</p><p>ou de políticas implementadas na CAIXA;</p><p>• zelar pela elaboração de normativos internos em conformida-</p><p>de com a lei, bem como pela sua atualização;</p><p>• obter prévia e expressa autorização da CAIXA para publicação</p><p>de estudos, pareceres, pesquisas e demais trabalhos de sua auto-</p><p>ria, que envolvam assuntos relacionados às atividades do proc esso</p><p>Loterias CAIXA;</p><p>• assumir claramente a responsabilidade pela execução do seu</p><p>trabalho, de pareceres e de opiniões profissionais de sua autoria,</p><p>guardando a devida imparcialidade, a fim de que prevaleça o equi-</p><p>líbrio e a justiça no exercício das atividades que caracterizam a ges-</p><p>tão dos recursos lotéricos;</p><p>• esclarecer a existência de eventual conflito de interesses, e</p><p>comunicar à autoridade competente no assunto qualquer circuns-</p><p>tância ou fato impeditivo de sua participação em decisão ou órgão</p><p>colegiado;</p><p>• informar tempestivamente ao gestor imediato propostas de</p><p>trabalho ou de negócios recebidas do setor privado, bem como</p><p>qualquer negociação que envolva conflito de interesses, relaciona-</p><p>da a terceiros (fornecedores, distribuidores etc);</p><p>• rejeitar favores, entretenimento, refeição, recepção, comis-</p><p>são, dinheiro, presente ou vantagem de qualquer espécie e valor,</p><p>para si, familiares ou outrem, inclusive convites de caráter pessoal</p><p>para viagens, hospedagens, eventos teatrais ou esportivos e simi-</p><p>lares, oferecidos por qualquer pessoa, ou empresa, com relaciona-</p><p>mento ou interesse comercial com a CAIXA;</p><p>• não oferecer favores, entretenimento, refeição, recepção,</p><p>comissão, dinheiro, presente ou vantagem de qualquer espécie e</p><p>valor aos terceiros que negociem com a CAIXA, ressalvados a distri-</p><p>buição de brindes promocionais e os eventos institucionais;</p><p>• preservar documentos, de acordo com as normas e práticas</p><p>de preservação e retenção de documentos da CAIXA;</p><p>• preservar documentos, expedientes internos, arquivos ele-</p><p>trônicos ou qualquer outro meio que contenha informações de in-</p><p>teresse da CAIXA, protegidos conforme a norma que regula a Segu-</p><p>rança da Informação na CAIXA;</p><p>• denunciar, por meio dos canais disponibilizados pela CAIXA,</p><p>quaisquer atos contrários ao interesse público, condutas antiéticas,</p><p>comportamentos que revelem indícios de corrupção e situações ir-</p><p>regulares que favoreçam conflito de interesses, praticados por su-</p><p>periores hierárquicos, colegas ou contratados;</p><p>• não fornecer informações estratégicas do processo Loterias</p><p>CAIXA a qualquer órgão ou entidade externa, salvo nas hipóteses le-</p><p>gais, em caso de contratação formal de consultorias, determinação</p><p>judicial ou requisição formal do BANCO CENTRAL DO BRASIL, em</p><p>processo devidamente instaurado e mediante orientação da área</p><p>jurídica da CAIXA, ou ainda em caso de requisição das associações</p><p>internacionais de loterias das quais a CAIXA seja membro, quando</p><p>do interesse desta;</p><p>• manter sigilo sobre todas as informações não-públicas ine-</p><p>rentes ao processo Loterias CAIXA, assim identificadas pelos graus</p><p>de sigilo da informação vigentes na CAIXA, conforme MN OR 016;</p><p>• manter sigilo e não divulgar informações oriundas de acesso</p><p>aos sistemas corporativos da Rede CAIXA ou da Intranet CAIXA, sem</p><p>autorização expressa da autoridade competente no assunto;</p><p>• acessar sistemas corporativos da</p><p>CAIXA apenas para a execu-</p><p>ção de suas atividades definidas nos normativos internos da CAIXA;</p><p>• não retirar, sem prévia autorização da autoridade competen-</p><p>te no assunto, qualquer documento ou objeto da CAIXA, que tenha</p><p>estreita relação com as atividades do Processo Loterias;</p><p>• abster-se de comentar fatos ou emitir opiniões que não se-</p><p>jam de sua área de competência ou, caso sejam, revelem-se de pro-</p><p>cedência duvidosa;</p><p>• não se valer das informações obtidas no exercício das suas</p><p>atividades no processo Loterias CAIXA em proveito próprio ou de</p><p>terceiros;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>61</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>• não opinar publicamente, inclusive por meio de mídias so-</p><p>ciais, e não conceder entrevistas sobre o processo Loterias CAIXA,</p><p>sem a autorização formal da autoridade competente no assunto;</p><p>• ser receptivo aos colegas que manifestem preocupações, per-</p><p>guntas ou reclamações, inclusive as de natureza ética, adotando as</p><p>medidas cabíveis com celeridade e seriedade necessárias, de forma</p><p>confidencial e profissional;</p><p>• fazer-se, preferencialmente, acompanhar por outro empre-</p><p>gado, em contato profissional com representantes de contratados</p><p>(fornecedores), sendo recomendável o registro do assunto tratado</p><p>em ata ou em outra forma equivalente;</p><p>• solicitar anuência da autoridade competente no assunto para</p><p>participar de encontros profissionais com pessoas ou instituições</p><p>que tenham interesses junto à CAIXA, inclusive quanto ao custeio</p><p>de transporte e hospedagem por terceiros;</p><p>• solicitar anuência da autoridade competente no assunto para</p><p>participar de almoço ou jan tar de negócios, reuniões, solenidades,</p><p>seminários ou quaisquer outros encontros patrocinados por contra-</p><p>tados, terceiros, investidores ou instituições concorrentes ou não;</p><p>• respeitar o disposto em legislação sobre a atuação profissio-</p><p>nal, mesmo após o desligamento da CAIXA, quanto à prestação de</p><p>serviços a benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica, inclu-</p><p>sive sindicato ou associação de classe, valendo-se de informações</p><p>sigilosas, seja a respeito de programas e políticas da CAIXA em pro-</p><p>cesso ou negócio do qual tenha participado, direta ou indiretamen-</p><p>te, ou em razão do cargo ou função anteriormente ocupado;</p><p>• velar pela conservação e boa utilização dos bens relaciona-</p><p>dos com o trabalho que lhe foi confiado, utilizando corretamente e</p><p>seguindo as instruções transmitidas pela autoridade competente,</p><p>máquinas, aparelhos, instrumentos e outros equipamentos e meios</p><p>postos a sua disposição, sejam coletivos ou individuais, bem como</p><p>cumprir os procedimentos de trabalho estabelecidos;</p><p>• contribuir para que a CAIXA não mantenha vínculos de qual-</p><p>quer natureza com organizações ou clientes cujas condutas sejam</p><p>incompatíveis com padrões éticos, tais como: a adoção de práticas</p><p>que caracterizem trabalho escravo, que sejam contrárias ao Estatu-</p><p>to do Idoso e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, que causem</p><p>danos ao meio-ambiente e que, de algum modo, contribuam para a</p><p>corrupção e a lavagem de dinheiro, inclusive comunicando a irregu-</p><p>laridade à autoridade competente para aferição;</p><p>• abster-se de efetuar apostas em jogos de azar não autoriza-</p><p>dos pela Lei ou contribuir de qualquer maneira com entidades ou</p><p>pessoas que os operem;</p><p>• no relacionamento com órgãos governamentais, contratados</p><p>e terceiros, os Dirigentes, a Administração e a Equipe vinculadas ao</p><p>Processo Loterias devem esclarecer a existência de eventual confli-</p><p>to de interesses, bem como comunicar qualquer circunstância ou</p><p>fato impeditivo de sua participação em decisão ou órgão colegiado.</p><p>• solicitar o apoio da área jurídica da CAIXA, sempre que neces-</p><p>sário, para acompanhamento d as ações a serem implementadas,</p><p>em particular, em acordos comerciais internacionais com outras</p><p>organizações do ramo de loterias, exigindo atenção às leis, normas</p><p>e condutas dos países integrantes dessas organizações, bem como</p><p>observância dos acordos internacionais em vigor.</p><p>• assinar eletronicamente o Termo de Ciência do Código de</p><p>Conduta, após ter lido e compreendido este Código;</p><p>Aos Gestores (Dirigentes e Administração) do processo Loterias</p><p>CAIXA cabe ainda observar as seguintes condutas:</p><p>• manter os empregados devidamente informados dos diversos</p><p>canais de orientação sobre o processo Loterias CAIXA disponíveis;</p><p>• assegurar que os empregados alocados no processo Loterias</p><p>CAIXA tenham ou venham a ter o nível adequado de capacitação e</p><p>experiência funcional para atingir os objetivos operacionais que a</p><p>prestação do serviço público de Loterias exige;</p><p>• divulgar este Código para as suas equipes, envidando esfor-</p><p>ços para que cada empregado compreenda o seu conteúdo;</p><p>• assegurar o pleno cumprimento das normas vigentes da CAI-</p><p>XA, inclusive nas ações de alcance das metas ou objetivos estabe-</p><p>lecidos.</p><p>DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>• recomenda-se aos Dirigentes, Administração e Equipe, para</p><p>efeito deste Código, assim como aos demais empregados que traba-</p><p>lhem na captação, apuração e rateio das loterias, que não efetuem</p><p>apostas nos jogos das Loterias;</p><p>• na conformidade com o que dispõe o Regulamento de Pes-</p><p>soal, qualquer violação ao presente Código de Conduta deve ser</p><p>comunicada à chefia imediata e caso não tratada de forma adequa-</p><p>da, informada à autoridade imediatamente superior àquela chefia.</p><p>SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO: FUNDAMENTOS, CONCEITOS</p><p>E MECANISMOS DE SEGURANÇA; SEGURANÇA CIBERNÉTICA:</p><p>RESOLUÇÃO CMN Nº 4893, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2021</p><p>Prezado (a), o tema acima supracitado, já foi abordado na ma-</p><p>téria de Conhecimentos de Tecnologia da Informação e Comunica-</p><p>ção.</p><p>Bons estudos!</p><p>ARTIGO 37 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL (PRINCÍPIOS</p><p>CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: PRIN-</p><p>CÍPIOS DA LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE,</p><p>PUBLICIDADE E EFICIÊNCIA)</p><p>Princípios da Administração Pública</p><p>Nos termos do caput do Artigo 37 da CF, a administração públi-</p><p>ca direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,</p><p>do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de</p><p>legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.</p><p>As provas de Direito Constitucional exigem com frequência a</p><p>memorização de tais princípios. Assim, para facilitar essa memori-</p><p>zação, já é de praxe valer-se da clássica expressão mnemônica “LIM-</p><p>PE”. Observe o quadro abaixo:</p><p>Princípios da Administração Pública</p><p>L Legalidade</p><p>I Impessoalidade</p><p>M Moralidade</p><p>P Publicidade</p><p>E Eficiência</p><p>LIMPE</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>6262</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Passemos ao conceito de cada um deles:</p><p>– Princípio da Legalidade</p><p>De acordo com este princípio, o administrador não pode agir</p><p>ou deixar de agir, senão de acordo com a lei, na forma determinada.</p><p>O quadro abaixo demonstra suas divisões.</p><p>Princípio da Legalidade</p><p>Em relação à Administração</p><p>Pública</p><p>A Administração Pública somente</p><p>pode fazer o que a lei permite →</p><p>Princípio da Estrita Legalidade</p><p>Em relação ao Particular O Particular pode fazer tudo que</p><p>a lei não proíbe</p><p>– Princípio da Impessoalidade</p><p>Em decorrência deste princípio, a Administração Pública deve</p><p>servir a todos, sem preferências ou aversões pessoais ou partidá-</p><p>rias, não podendo atuar com vistas a beneficiar ou prejudicar de-</p><p>terminadas pessoas, uma vez que o fundamento para o exercício de</p><p>sua função é sempre o interesse público.</p><p>– Princípio da Moralidade</p><p>Tal princípio caracteriza-se por exigir do administrador público</p><p>um comportamento ético de conduta, ligando-se aos conceitos de</p><p>probidade, honestidade, lealdade, decoro e boa-fé.</p><p>A moralidade se extrai do senso geral da coletividade represen-</p><p>tada e não se confunde com a moralidade íntima do administrador</p><p>(moral comum) e sim com a profissional (ética profissional).</p><p>O Artigo 37, §4º da CF elenca as consequências possíveis, devi-</p><p>do a atos de improbidade administrativa:</p><p>Sanções ao cometimento de atos de improbidade administra-</p><p>tiva</p><p>Suspensão dos direitos políticos (responsabilidade política)</p><p>Perda da função pública (responsabilidade disciplinar)</p><p>Indisponibilidade dos bens (responsabilidade patrimonial)</p><p>Ressarcimento ao erário (responsabilidade patrimonial)</p><p>– Princípio da Publicidade</p><p>O princípio da publicidade determina que a Administração Pú-</p><p>blica tem a obrigação de dar ampla divulgação dos atos que pratica,</p><p>salvo a hipótese de sigilo necessário.</p><p>A publicidade é a condição de eficácia do ato administrativo e</p><p>tem por finalidade propiciar seu conhecimento pelo cidadão e pos-</p><p>sibilitar o controle por todos os interessados.</p><p>– Princípio da Eficiência</p><p>Segundo o princípio da eficiência, a atividade administrativa</p><p>deve ser exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional,</p><p>evitando atuações amadorísticas.</p><p>Este princípio impõe à Administração Pública o dever de agir</p><p>com eficiência real e concreta, aplicando, em cada caso concreto, a</p><p>medida, dentre as previstas e autorizadas em lei, que mais satisfaça</p><p>o interesse público com o menor ônus possível (dever jurídico de</p><p>boa administração).</p><p>Em decorrência disso, a administração pública está obrigada a</p><p>desenvolver mecanismos capazes de propiciar os melhores resul-</p><p>tados possíveis para os administrados. Portanto, a Administração</p><p>Pública será considerada eficiente sempre que o melhor resultado</p><p>for atingido.</p><p>Disposições Gerais na Administração Pública</p><p>O esquema abaixo sintetiza a definição de Administração Pú-</p><p>blica:</p><p>Administração Pública</p><p>Direta Indireta</p><p>Federal</p><p>Estadual</p><p>Distrital</p><p>Municipal</p><p>Autarquias (podem ser quali-</p><p>ficadas como agências regula-</p><p>doras)</p><p>Fundações (autarquias e fun-</p><p>dações podem ser qualificadas</p><p>como agências executivas)</p><p>Sociedades de economia mista</p><p>Empresas públicas</p><p>Entes Cooperados</p><p>Não integram a Administração Pública, mas prestam serviços de</p><p>interesse público. Exemplos: SESI, SENAC, SENAI, ONG’s</p><p>As disposições gerais sobre a Administração Pública estão elen-</p><p>cadas nos Artigos 37 e 38 da CF. Vejamos:</p><p>CAPÍTULO VII</p><p>DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>SEÇÃO I</p><p>DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer</p><p>dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-</p><p>cípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mo-</p><p>ralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:</p><p>I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos</p><p>brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim</p><p>como aos estrangeiros, na forma da lei;</p><p>II - a investidura em cargo ou emprego público depende de</p><p>aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e</p><p>títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou em-</p><p>prego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para car-</p><p>go em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;</p><p>III - o prazo de validade do concurso público será de até dois</p><p>anos, prorrogável uma vez, por igual período;</p><p>IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convo-</p><p>cação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de pro-</p><p>vas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursa-</p><p>dos para assumir cargo ou emprego, na carreira;</p><p>V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por ser-</p><p>vidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a se-</p><p>rem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e</p><p>percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atri-</p><p>buições de direção, chefia e assessoramento;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>63</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre asso-</p><p>ciação sindical;</p><p>VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites</p><p>definidos em lei específica;</p><p>VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos</p><p>para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de</p><p>sua admissão;</p><p>IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo de-</p><p>terminado para atender a necessidade temporária de excepcional</p><p>interesse público;</p><p>X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que</p><p>trata o §4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por</p><p>lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, asse-</p><p>gurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção</p><p>de índices;</p><p>XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, fun-</p><p>ções e empregos públicos da administração direta, autárquica e</p><p>fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos</p><p>Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de</p><p>mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,</p><p>pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativa-</p><p>mente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer ou-</p><p>tra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie,</p><p>dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como li-</p><p>mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no</p><p>Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do</p><p>Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no</p><p>âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do</p><p>Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco cen-</p><p>tésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do</p><p>Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável</p><p>este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e</p><p>aos Defensores Públicos;</p><p>XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder</p><p>Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Execu-</p><p>tivo;</p><p>XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer es-</p><p>pécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do</p><p>serviço público;</p><p>XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor públi-</p><p>co não serão computados nem acumulados para fins de concessão</p><p>de acréscimos ulteriores;</p><p>XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e</p><p>empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos inci-</p><p>sos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, §4º, 150, II, 153, III, e 153,</p><p>§2º, I;</p><p>XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,</p><p>exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em</p><p>qualquer caso o disposto no inciso XI:</p><p>a) a de dois cargos de professor;</p><p>b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;</p><p>c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de</p><p>saúde, com profissões regulamentadas;</p><p>XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e fun-</p><p>ções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, socieda-</p><p>des de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,</p><p>direta ou indiretamente, pelo poder público;</p><p>XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais te-</p><p>rão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência</p><p>sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;</p><p>XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e</p><p>autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de eco-</p><p>nomia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste úl-</p><p>timo caso, definir as áreas de sua atuação;</p><p>XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação</p><p>de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim</p><p>como a participação de qualquer delas em empresa privada;</p><p>XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,</p><p>serviços, compras e alienações serão contratados mediante pro-</p><p>cesso de licitação pública que assegure igualdade de condições a</p><p>todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações</p><p>de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos ter-</p><p>mos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação</p><p>técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das</p><p>obrigações.</p><p>XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do</p><p>Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcio-</p><p>namento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específi-</p><p>cas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades</p><p>e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento</p><p>de cadastros</p><p>e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.</p><p>§1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e</p><p>campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,</p><p>informativo ou de orientação social, dela não podendo constar</p><p>nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal</p><p>de autoridades ou servidores públicos.</p><p>§2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a</p><p>nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos</p><p>da lei.</p><p>§3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na</p><p>administração pública direta e indireta, regulando especialmente:</p><p>I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos</p><p>em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento</p><p>ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade</p><p>dos serviços;</p><p>II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a infor-</p><p>mações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X</p><p>e XXXIII;</p><p>III - a disciplina da representação contra o exercício negligente</p><p>ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.</p><p>§4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a</p><p>suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a</p><p>indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e</p><p>gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.</p><p>§5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos</p><p>praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem</p><p>prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de</p><p>ressarcimento.</p><p>§6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito</p><p>privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos</p><p>danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,</p><p>assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos</p><p>de dolo ou culpa.</p><p>§7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante</p><p>de cargo ou emprego da administração direta e indireta que</p><p>possibilite o acesso a informações privilegiadas.</p><p>§8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos</p><p>órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá</p><p>ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>6464</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação</p><p>de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei</p><p>dispor sobre:</p><p>I - o prazo de duração do contrato;</p><p>II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direi-</p><p>tos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;</p><p>III - a remuneração do pessoal.”</p><p>§9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às</p><p>sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem</p><p>recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos</p><p>Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio</p><p>em geral.</p><p>§10. É vedada a percepção simultânea de proventos de</p><p>aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a</p><p>remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os</p><p>cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos</p><p>e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e</p><p>exoneração.</p><p>§11. Não serão computadas, para efeito dos limites</p><p>remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as</p><p>parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.</p><p>§12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo,</p><p>fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito,</p><p>mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica,</p><p>como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do</p><p>respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte</p><p>e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros</p><p>do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste</p><p>parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos</p><p>Vereadores.</p><p>§13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá</p><p>ser readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e</p><p>responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que</p><p>tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto</p><p>permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o</p><p>nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida</p><p>a remuneração do cargo de origem. (Incluído pela Emenda</p><p>Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo</p><p>de contribuição decorrente de cargo, emprego ou função pública,</p><p>inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o</p><p>rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição.</p><p>(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§15. É vedada a complementação de aposentadorias de</p><p>servidores públicos e de pensões por morte a seus dependentes</p><p>que não seja decorrente do disposto nos §§14 a 16 do art. 40 ou que</p><p>não seja prevista em lei que extinga regime próprio de previdência</p><p>social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual</p><p>ou conjuntamente, devem realizar avaliação das políticas públicas,</p><p>inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos resultados</p><p>alcançados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional</p><p>nº 109, de 2021)</p><p>Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica</p><p>e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as se-</p><p>guintes disposições:</p><p>I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital,</p><p>ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;</p><p>II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,</p><p>emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remune-</p><p>ração;</p><p>III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibili-</p><p>dade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego</p><p>ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não</p><p>havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;</p><p>IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício</p><p>de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos</p><p>os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;</p><p>V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdên-</p><p>cia social, permanecerá filiado a esse regime, no ente federativo</p><p>de origem. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de</p><p>2019)</p><p>SIGILO BANCÁRIO: LEI COMPLEMENTAR Nº 105/2001 E</p><p>SUAS ALTERAÇÕES</p><p>Prezado (a), o entendimento da lei do sigilo bancário é</p><p>de extrema importância para os funcionários de instituições</p><p>financeiras. Com base nesse entendimento, cabe ressaltar que o</p><p>princípio que limita o acesso às informações apenas às entidades</p><p>legítimas é também conhecido como confidencialidade, isto é,</p><p>trata-se da garantia de que a informação é acessível somente por</p><p>pessoas autorizadas a tê-las.</p><p>Com base no §4º do artigo 1º desta lei.</p><p>§4º A quebra de sigilo poderá ser decretada, quando necessária</p><p>para apuração de ocorrência de qualquer ilícito, em qualquer fase</p><p>do inquérito ou do processo judicial, e especialmente nos seguintes</p><p>crimes:</p><p>I – de terrorismo;</p><p>II – de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas</p><p>afins;</p><p>III – de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material</p><p>destinado a sua produção;</p><p>IV – De extorsão mediante seqüestro;</p><p>V – Contra o sistema financeiro nacional;</p><p>VI – Contra a Administração Pública;</p><p>VII – contra a ordem tributária e a previdência social;</p><p>VIII – lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e</p><p>valores;</p><p>IX – Praticado por organização criminosa.</p><p>A lei do sigilo também se estende ao Banco Central do Brasil,</p><p>em relação às operações que realiza e às informações que obtém</p><p>no exercício de suas atribuições. Esse sigilo refere-se às contas de</p><p>depósitos, aplicações e investimentos mantidos em instituições</p><p>financeiras. Não pode ser negado um pedido de quebra de sigilo</p><p>pelo Banco Central do Brasil, enquanto a CVM não tem poderes para</p><p>quebrar o sigilo bancário. Nesse caso, ela deve solicitar à autoridade</p><p>judiciária competente o levantamento do sigilo do investigado. Vale</p><p>ressaltar</p><p>que as normas e resoluções do sistema financeiro nacional</p><p>não se sobrepõem às leis.</p><p>O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários,</p><p>quando verificarem a ocorrência de crime definido em lei como de</p><p>ação pública, ou indícios da prática de tais crimes, devem informar</p><p>o Ministério Público, juntando à comunicação os documentos</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>65</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>necessários à apuração ou comprovação dos fatos. Quando as</p><p>informações cadastrais e movimentações de operações financeiras</p><p>sugerirem atividade ilícita, essa comunicação é direcionada ao</p><p>COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). A AGU</p><p>(Advocacia-Geral da União) também pode solicitar informações ao</p><p>Bacen e à CVM de forma restrita, no que for necessário à defesa da</p><p>União nas ações em que seja parte.</p><p>Multa</p><p>Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas nesta</p><p>Lei Complementar, constitui crime e sujeita os responsáveis à pena</p><p>de reclusão, de um a quatro anos, e multa, aplicando-se, no que</p><p>couber, o Código Penal, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.</p><p>Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem omitir,</p><p>retardar injustificadamente ou prestar falsamente as informações</p><p>requeridas nos termos desta Lei Complementar.</p><p>Podemos constatar que é quebra de sigilo bancário fornecer</p><p>informações em qualquer situação diferente daquelas mencionadas</p><p>no §4º do artigo 1º da Lei nº 105. É passível de multa e prisão de um</p><p>a quatro anos.</p><p>No caso de servidor público que, estando de posse da</p><p>informação da quebra do sigilo bancário, utilizar ou fornecer a</p><p>informação para outros, responderá de forma pessoal e direta</p><p>pelos danos causados, sem qualquer tipo de responsabilidade da</p><p>entidade pública da qual ele faz parte.</p><p>LEI COMPLEMENTAR Nº 105, DE 10 DE JANEIRO DE 2001.</p><p>Dispõe sobre o sigilo das operações de instituições financeiras</p><p>e dá outras providências.</p><p>O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-</p><p>cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:</p><p>Art. 1º As instituições financeiras conservarão sigilo em suas</p><p>operações ativas e passivas e serviços prestados.</p><p>§1º São consideradas instituições financeiras, para os efeitos</p><p>desta Lei Complementar:</p><p>I – os bancos de qualquer espécie;</p><p>II – distribuidoras de valores mobiliários;</p><p>III – corretoras de câmbio e de valores mobiliários;</p><p>IV – sociedades de crédito, financiamento e investimentos;</p><p>V – sociedades de crédito imobiliário;</p><p>VI – administradoras de cartões de crédito;</p><p>VII – sociedades de arrendamento mercantil;</p><p>VIII – administradoras de mercado de balcão organizado;</p><p>IX – cooperativas de crédito;</p><p>X – associações de poupança e empréstimo;</p><p>XI – bolsas de valores e de mercadorias e futuros;</p><p>XII – entidades de liquidação e compensação;</p><p>XIII – outras sociedades que, em razão da natureza de suas ope-</p><p>rações, assim venham a ser consideradas pelo Conselho Monetário</p><p>Nacional.</p><p>§2º As empresas de fomento comercial ou factoring, para os</p><p>efeitos desta Lei Complementar, obedecerão às normas aplicáveis</p><p>às instituições financeiras previstas no §1º.</p><p>§3º Não constitui violação do dever de sigilo:</p><p>I – a troca de informações entre instituições financeiras, para</p><p>fins cadastrais, inclusive por intermédio de centrais de risco, obser-</p><p>vadas as normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo</p><p>Banco Central do Brasil;</p><p>II - o fornecimento de informações constantes de cadastro</p><p>de emitentes de cheques sem provisão de fundos e de devedores</p><p>inadimplentes, a entidades de proteção ao crédito, observadas as</p><p>normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco</p><p>Central do Brasil;</p><p>III – o fornecimento das informações de que trata o §2º do art.</p><p>11 da Lei no 9.311, de 24 de outubro de 1996;</p><p>IV – a comunicação, às autoridades competentes, da prática de</p><p>ilícitos penais ou administrativos, abrangendo o fornecimento de</p><p>informações sobre operações que envolvam recursos provenientes</p><p>de qualquer prática criminosa;</p><p>V – a revelação de informações sigilosas com o consentimento</p><p>expresso dos interessados;</p><p>VI – a prestação de informações nos termos e condições es-</p><p>tabelecidos nos artigos 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º e 9 desta Lei Comple-</p><p>mentar.</p><p>VII - o fornecimento de dados financeiros e de pagamentos,</p><p>relativos a operações de crédito e obrigações de pagamento adim-</p><p>plidas ou em andamento de pessoas naturais ou jurídicas, a gesto-</p><p>res de bancos de dados, para formação de histórico de crédito, nos</p><p>termos de lei específica. (Incluído pela Lei Complementar nº 166,</p><p>de 2019) (Vigência)</p><p>§4º A quebra de sigilo poderá ser decretada, quando necessá-</p><p>ria para apuração de ocorrência de qualquer ilícito, em qualquer</p><p>fase do inquérito ou do processo judicial, e especialmente nos se-</p><p>guintes crimes:</p><p>I – de terrorismo;</p><p>II – de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas</p><p>afins;</p><p>III – de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material</p><p>destinado a sua produção;</p><p>IV – de extorsão mediante seqüestro;</p><p>V – contra o sistema financeiro nacional;</p><p>VI – contra a Administração Pública;</p><p>VII – contra a ordem tributária e a previdência social;</p><p>VIII – lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e va-</p><p>lores;</p><p>IX – praticado por organização criminosa.</p><p>Art. 2º O dever de sigilo é extensivo ao Banco Central do Brasil,</p><p>em relação às operações que realizar e às informações que obtiver</p><p>no exercício de suas atribuições.</p><p>§1º O sigilo, inclusive quanto a contas de depósitos, aplicações</p><p>e investimentos mantidos em instituições financeiras, não pode ser</p><p>oposto ao Banco Central do Brasil:</p><p>I – no desempenho de suas funções de fiscalização, compre-</p><p>endendo a apuração, a qualquer tempo, de ilícitos praticados por</p><p>controladores, administradores, membros de conselhos estatutá-</p><p>rios, gerentes, mandatários e prepostos de instituições financeiras;</p><p>II – ao proceder a inquérito em instituição financeira submetida</p><p>a regime especial.</p><p>§2º As comissões encarregadas dos inquéritos a que se refere o</p><p>inciso II do §1º poderão examinar quaisquer documentos relativos</p><p>a bens, direitos e obrigações das instituições financeiras, de seus</p><p>controladores, administradores, membros de conselhos estatutá-</p><p>rios, gerentes, mandatários e prepostos, inclusive contas correntes</p><p>e operações com outras instituições financeiras.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>6666</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>§3º O disposto neste artigo aplica-se à Comissão de Valores</p><p>Mobiliários, quando se tratar de fiscalização de operações e ser-</p><p>viços no mercado de valores mobiliários, inclusive nas instituições</p><p>financeiras que sejam companhias abertas.</p><p>§4º O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobi-</p><p>liários, em suas áreas de competência, poderão firmar convênios:</p><p>I - com outros órgãos públicos fiscalizadores de instituições fi-</p><p>nanceiras, objetivando a realização de fiscalizações conjuntas, ob-</p><p>servadas as respectivas competências;</p><p>II - com bancos centrais ou entidades fiscalizadoras de outros</p><p>países, objetivando:</p><p>a) a fiscalização de filiais e subsidiárias de instituições financei-</p><p>ras estrangeiras, em funcionamento no Brasil e de filiais e subsidiá-</p><p>rias, no exterior, de instituições financeiras brasileiras;</p><p>b) a cooperação mútua e o intercâmbio de informações para a</p><p>investigação de atividades ou operações que impliquem aplicação,</p><p>negociação, ocultação ou transferência de ativos financeiros e de</p><p>valores mobiliários relacionados com a prática de condutas ilícitas.</p><p>§5º O dever de sigilo de que trata esta Lei Complementar es-</p><p>tende-se aos órgãos fiscalizadores mencionados no §4º e a seus</p><p>agentes.</p><p>§6º O Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobili-</p><p>ários e os demais órgãos de fiscalização, nas áreas de suas atribui-</p><p>ções, fornecerão ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras</p><p>– COAF, de que trata o art. 14 da Lei no 9.613, de 3 de março de</p><p>1998, as informações cadastrais e de movimento de valores rela-</p><p>tivos às operações previstas no inciso I do art. 11 da referida Lei.</p><p>Art. 3º Serão prestadas pelo Banco</p><p>Central do Brasil, pela Co-</p><p>missão de Valores Mobiliários e pelas instituições financeiras as</p><p>informações ordenadas pelo Poder Judiciário, preservado o seu</p><p>caráter sigiloso mediante acesso restrito às partes, que delas não</p><p>poderão servir-se para fins estranhos à lide.</p><p>§1º Dependem de prévia autorização do Poder Judiciário a</p><p>prestação de informações e o fornecimento de documentos sigilo-</p><p>sos solicitados por comissão de inquérito administrativo destinada</p><p>a apurar responsabilidade de servidor público por infração pratica-</p><p>da no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as</p><p>atribuições do cargo em que se encontre investido.</p><p>§2º Nas hipóteses do §1º, o requerimento de quebra de sigilo</p><p>independe da existência de processo judicial em curso.</p><p>§3º Além dos casos previstos neste artigo o Banco Central do</p><p>Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários fornecerão à Advocacia-</p><p>-Geral da União as informações e os documentos necessários à de-</p><p>fesa da União nas ações em que seja parte.</p><p>Art. 4º O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mo-</p><p>biliários, nas áreas de suas atribuições, e as instituições financeiras</p><p>fornecerão ao Poder Legislativo Federal as informações e os docu-</p><p>mentos sigilosos que, fundamentadamente, se fizerem necessários</p><p>ao exercício de suas respectivas competências constitucionais e le-</p><p>gais.</p><p>§1º As comissões parlamentares de inquérito, no exercício de</p><p>sua competência constitucional e legal de ampla investigação, ob-</p><p>terão as informações e documentos sigilosos de que necessitarem,</p><p>diretamente das instituições financeiras, ou por intermédio do Ban-</p><p>co Central do Brasil ou da Comissão de Valores Mobiliários.</p><p>§2º As solicitações de que trata este artigo deverão ser pre-</p><p>viamente aprovadas pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do</p><p>Senado Federal, ou do plenário de suas respectivas comissões par-</p><p>lamentares de inquérito.</p><p>Art. 5º O Poder Executivo disciplinará, inclusive quanto à perio-</p><p>dicidade e aos limites de valor, os critérios segundo os quais as insti-</p><p>tuições financeiras informarão à administração tributária da União,</p><p>as operações financeiras efetuadas pelos usuários de seus serviços.</p><p>(Regulamento)</p><p>§1º Consideram-se operações financeiras, para os efeitos deste</p><p>artigo:</p><p>I – depósitos à vista e a prazo, inclusive em conta de poupança;</p><p>II – pagamentos efetuados em moeda corrente ou em cheques;</p><p>III – emissão de ordens de crédito ou documentos assemelha-</p><p>dos;</p><p>IV – resgates em contas de depósitos à vista ou a prazo, inclu-</p><p>sive de poupança;</p><p>V – contratos de mútuo;</p><p>VI – descontos de duplicatas, notas promissórias e outros títu-</p><p>los de crédito;</p><p>VII – aquisições e vendas de títulos de renda fixa ou variável;</p><p>VIII – aplicações em fundos de investimentos;</p><p>IX – aquisições de moeda estrangeira;</p><p>X – conversões de moeda estrangeira em moeda nacional;</p><p>XI – transferências de moeda e outros valores para o exterior;</p><p>XII – operações com ouro, ativo financeiro;</p><p>XIII - operações com cartão de crédito;</p><p>XIV - operações de arrendamento mercantil; e</p><p>XV – quaisquer outras operações de natureza semelhante que</p><p>venham a ser autorizadas pelo Banco Central do Brasil, Comissão de</p><p>Valores Mobiliários ou outro órgão competente.</p><p>§2º As informações transferidas na forma do caput deste ar-</p><p>tigo restringir-se-ão a informes relacionados com a identificação</p><p>dos titulares das operações e os montantes globais mensalmente</p><p>movimentados, vedada a inserção de qualquer elemento que per-</p><p>mita identificar a sua origem ou a natureza dos gastos a partir deles</p><p>efetuados.</p><p>§3º Não se incluem entre as informações de que trata este arti-</p><p>go as operações financeiras efetuadas pelas administrações direta e</p><p>indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.</p><p>§4º Recebidas as informações de que trata este artigo, se de-</p><p>tectados indícios de falhas, incorreções ou omissões, ou de cometi-</p><p>mento de ilícito fiscal, a autoridade interessada poderá requisitar as</p><p>informações e os documentos de que necessitar, bem como realizar</p><p>fiscalização ou auditoria para a adequada apuração dos fatos.</p><p>§5º As informações a que refere este artigo serão conservadas</p><p>sob sigilo fiscal, na forma da legislação em vigor.</p><p>Art. 6º As autoridades e os agentes fiscais tributários da União,</p><p>dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente poderão</p><p>examinar documentos, livros e registros de instituições financeiras,</p><p>inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações financei-</p><p>ras, quando houver processo administrativo instaurado ou procedi-</p><p>mento fiscal em curso e tais exames sejam considerados indispen-</p><p>sáveis pela autoridade administrativa competente. (Regulamento)</p><p>Parágrafo único. O resultado dos exames, as informações e os</p><p>documentos a que se refere este artigo serão conservados em sigi-</p><p>lo, observada a legislação tributária.</p><p>Art. 7º Sem prejuízo do disposto no §3º do art. 2º, a Comissão</p><p>de Valores Mobiliários, instaurado inquérito administrativo, poderá</p><p>solicitar à autoridade judiciária competente o levantamento do si-</p><p>gilo junto às instituições financeiras de informações e documentos</p><p>relativos a bens, direitos e obrigações de pessoa física ou jurídica</p><p>submetida ao seu poder disciplinar.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>67</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Parágrafo único. O Banco Central do Brasil e a Comissão de</p><p>Valores Mobiliários, manterão permanente intercâmbio de infor-</p><p>mações acerca dos resultados das inspeções que realizarem, dos</p><p>inquéritos que instaurarem e das penalidades que aplicarem, sem-</p><p>pre que as informações forem necessárias ao desempenho de suas</p><p>atividades.</p><p>Art. 8º O cumprimento das exigências e formalidades previstas</p><p>nos artigos 4º, 6º e 7º, será expressamente declarado pelas auto-</p><p>ridades competentes nas solicitações dirigidas ao Banco Central do</p><p>Brasil, à Comissão de Valores Mobiliários ou às instituições finan-</p><p>ceiras.</p><p>Art. 9º Quando, no exercício de suas atribuições, o Banco Cen-</p><p>tral do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários verificarem a</p><p>ocorrência de crime definido em lei como de ação pública, ou in-</p><p>dícios da prática de tais crimes, informarão ao Ministério Público,</p><p>juntando à comunicação os documentos necessários à apuração ou</p><p>comprovação dos fatos.</p><p>§1º A comunicação de que trata este artigo será efetuada pelos</p><p>Presidentes do Banco Central do Brasil e da Comissão de Valores</p><p>Mobiliários, admitida delegação de competência, no prazo máximo</p><p>de quinze dias, a contar do recebimento do processo, com manifes-</p><p>tação dos respectivos serviços jurídicos.</p><p>§2º Independentemente do disposto no caput deste artigo, o</p><p>Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários comu-</p><p>nicarão aos órgãos públicos competentes as irregularidades e os ilí-</p><p>citos administrativos de que tenham conhecimento, ou indícios de</p><p>sua prática, anexando os documentos pertinentes.</p><p>Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas nesta</p><p>Lei Complementar, constitui crime e sujeita os responsáveis à pena</p><p>de reclusão, de um a quatro anos, e multa, aplicando-se, no que</p><p>couber, o Código Penal, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.</p><p>Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem omitir, retar-</p><p>dar injustificadamente ou prestar falsamente as informações reque-</p><p>ridas nos termos desta Lei Complementar.</p><p>Art. 11. O servidor público que utilizar ou viabilizar a utilização</p><p>de qualquer informação obtida em decorrência da quebra de sigilo</p><p>de que trata esta Lei Complementar responde pessoal e diretamen-</p><p>te pelos danos decorrentes, sem prejuízo da responsabilidade obje-</p><p>tiva da entidade pública, quando comprovado que o servidor agiu</p><p>de acordo com orientação oficial.</p><p>Art. 12. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua</p><p>publicação.</p><p>Art. 13. Revoga-se o art. 38 da Lei no 4.595, de 31 de dezembro</p><p>de 1964.</p><p>Brasília, 10 de janeiro de 2001; 180o da Independência e 113º</p><p>da República.</p><p>LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS (LGPD): LEI Nº 13.709,</p><p>DE 14 DE AGOSTO DE 2018 E SUAS ALTERAÇÕES</p><p>LEI Nº 13.709, DE 14 DE AGOSTO DE 2018</p><p>Lei Geral de Proteção de Dados</p><p>ções previstas nos arts. 10 e 11 serão aplicadas, cumulativamente</p><p>ou não, pelas autoridades competentes, as seguintes sanções:</p><p>I - advertência;</p><p>II - multa pecuniária variável não superior: (Redação dada pela</p><p>Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>a) ao dobro do valor da operação; (Incluída pela Lei nº 12.683,</p><p>de 2012)</p><p>b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria</p><p>obtido pela realização da operação; ou (Incluída pela Lei nº 12.683,</p><p>de 2012)</p><p>c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); (Inclu-</p><p>ída pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o</p><p>exercício do cargo de administrador das pessoas jurídicas referidas</p><p>no art. 9º;</p><p>IV - cassação ou suspensão da autorização para o exercício de</p><p>atividade, operação ou funcionamento. (Redação dada pela Lei nº</p><p>12.683, de 2012)</p><p>§1º A pena de advertência será aplicada por irregularidade no</p><p>cumprimento das instruções referidas nos incisos I e II do art. 10.</p><p>§2º A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas no</p><p>art. 9º, por culpa ou dolo: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de</p><p>2012)</p><p>I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de advertência,</p><p>no prazo assinalado pela autoridade competente;</p><p>II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art. 10; (Re-</p><p>dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a requisição</p><p>formulada nos termos do inciso V do art. 10; (Redação dada pela</p><p>Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a comunica-</p><p>ção a que se refere o art. 11.</p><p>§3º A inabilitação temporária será aplicada quando forem ve-</p><p>rificadas infrações graves quanto ao cumprimento das obrigações</p><p>constantes desta Lei ou quando ocorrer reincidência específica, de-</p><p>vidamente caracterizada em transgressões anteriormente punidas</p><p>com multa.</p><p>§4º A cassação da autorização será aplicada nos casos de rein-</p><p>cidência específica de infrações anteriormente punidas com a pena</p><p>prevista no inciso III do caput deste artigo.</p><p>Art. 12-A. Ato do Poder Executivo federal regulamentará a dis-</p><p>ciplina e o funcionamento do Cadastro Nacional de Pessoas Expos-</p><p>tas Politicamente (CNPEP), disponibilizado pelo Portal da Transpa-</p><p>rência. (Incluído pela Lei nº 14.478, de 2022) Vigência</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>9</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>§1º Os órgãos e as entidades de quaisquer Poderes da União,</p><p>dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios deverão encami-</p><p>nhar ao gestor CNPEP, na forma e na periodicidade definidas no</p><p>regulamento de que trata o caput deste artigo, informações atua-</p><p>lizadas sobre seus integrantes ou ex-integrantes classificados como</p><p>pessoas expostas politicamente (PEPs) na legislação e regulação vi-</p><p>gentes. (Incluído pela Lei nº 14.478, de 2022) Vigência</p><p>§2º As pessoas referidas no art. 9º desta Lei incluirão consulta</p><p>ao CNPEP entre seus procedimentos para cumprimento das obri-</p><p>gações previstas nos arts. 10 e 11 desta Lei, sem prejuízo de ou-</p><p>tras diligências exigidas na forma da legislação. (Incluído pela Lei nº</p><p>14.478, de 2022) Vigência</p><p>§3º O órgão gestor do CNPEP indicará em transparência ativa,</p><p>pela internet, órgãos e entidades que deixem de cumprir a obriga-</p><p>ção prevista no §1º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.478, de</p><p>2022) Vigência</p><p>Art. 13. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)</p><p>CAPÍTULO IX</p><p>DO CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES</p><p>FINANCEIRAS</p><p>Art. 14. É criado, no âmbito do Ministério da Fazenda, o Conse-</p><p>lho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, com a finalidade</p><p>de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e</p><p>identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas</p><p>nesta Lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entida-</p><p>des.</p><p>§1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às pessoas</p><p>mencionadas no art. 9º, para as quais não exista órgão próprio fis-</p><p>calizador ou regulador, serão expedidas pelo COAF, competindo-lhe,</p><p>para esses casos, a definição das pessoas abrangidas e a aplicação</p><p>das sanções enumeradas no art. 12.</p><p>§2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanismos de</p><p>cooperação e de troca de informações que viabilizem ações rápidas</p><p>e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direi-</p><p>tos e valores.</p><p>§3º O COAF poderá requerer aos órgãos da Administração Pú-</p><p>blica as informações cadastrais bancárias e financeiras de pessoas</p><p>envolvidas em atividades suspeitas. (Incluído pela Lei nº 10.701, de</p><p>2003)</p><p>Art. 15. O COAF comunicará às autoridades competentes para a</p><p>instauração dos procedimentos cabíveis, quando concluir pela exis-</p><p>tência de crimes previstos nesta Lei, de fundados indícios de sua</p><p>prática, ou de qualquer outro ilícito.</p><p>Art. 16.(Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)</p><p>Art. 17. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)</p><p>CAPÍTULO X</p><p>DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>(INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.683, DE 2012)</p><p>Art. 17-A. Aplicam-se, subsidiariamente, as disposições do De-</p><p>creto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo</p><p>Penal), no que não forem incompatíveis com esta Lei. (Incluído pela</p><p>Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>Art. 17-B. A autoridade policial e o Ministério Público terão</p><p>acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais do investigado que</p><p>informam qualificação pessoal, filiação e endereço, independente-</p><p>mente de autorização judicial, mantidos pela Justiça Eleitoral, pelas</p><p>empresas telefônicas, pelas instituições financeiras, pelos provedo-</p><p>res de internet e pelas administradoras de cartão de crédito. (Inclu-</p><p>ído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>Art. 17-C. Os encaminhamentos das instituições financeiras e</p><p>tributárias em resposta às ordens judiciais de quebra ou transferên-</p><p>cia de sigilo deverão ser, sempre que determinado, em meio infor-</p><p>mático, e apresentados em arquivos que possibilitem a migração de</p><p>informações para os autos do processo sem redigitação. (Incluído</p><p>pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor público, este</p><p>será afastado, sem prejuízo de remuneração e demais direitos pre-</p><p>vistos em lei, até que o juiz competente autorize, em decisão fun-</p><p>damentada, o seu retorno. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>(Vide ADIN 4911)</p><p>Art. 17-E. A Secretaria da Receita Federal do Brasil conservará</p><p>os dados fiscais dos contribuintes pelo prazo mínimo de 5 (cinco)</p><p>anos, contado a partir do início do exercício seguinte ao da declara-</p><p>ção de renda respectiva ou ao do pagamento do tributo. (Incluído</p><p>pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>Art. 17-F. (Incluído pela Medida Provisória nº 1.158, de 2023)</p><p>Vigência encerrada</p><p>Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.</p><p>Brasília, 3 de março de 1998; 177º da Independência e 110º da</p><p>República.</p><p>CIRCULAR Nº 3.978, DE 23 DE JANEIRO DE 2020 E CARTA</p><p>CIRCULAR Nº 4.001, DE 29 DE JANEIRO DE 2020 E SUAS AL-</p><p>TERAÇÕES</p><p>CIRCULAR Nº 3.978, DE 23 DE JANEIRO DE 2020</p><p>Dispõe sobre a política, os procedimentos e os controles inter-</p><p>nos a serem adotados pelas instituições autorizadas a funcionar</p><p>pelo Banco Central do Brasil visando à prevenção da utilização do</p><p>sistema financeiro para a prática dos crimes de “lavagem” ou ocul-</p><p>tação de bens, direitos e valores, de que trata a Lei nº 9.613, de 3 de</p><p>março de 1998, e de financiamento do terrorismo, previsto na Lei nº</p><p>13.260, de 16 de março de 2016.</p><p>A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão re-</p><p>alizada em 22 de janeiro de 2020, com base nos arts. 9º da Lei nº</p><p>4.595, de 31 de dezembro de 1964, 10, 11 e 11- A da Lei nº 9.613,</p><p>de 3 de março de 1998, 6º e 7º, inciso III, da Lei nº 11.795, de 8 de</p><p>outubro de 2008, e 15 da Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, e</p><p>tendo em vista o disposto na Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016,</p><p>na Convenção contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substân-</p><p>cias Psicotrópicas, promulgada pelo Decreto nº 154, de 26 de junho</p><p>de 1991, na Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organi-</p><p>zado Transnacional, promulgada pelo Decreto nº 5.015, de 12 de</p><p>março de 2004, na Convenção Interamericana contra o Terrorismo,</p><p>Pessoais (LGPD)</p><p>O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-</p><p>cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:</p><p>CAPÍTULO I</p><p>DISPOSIÇÕES PRELIMINARES</p><p>Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais,</p><p>inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurí-</p><p>dica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os</p><p>direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desen-</p><p>volvimento da personalidade da pessoa natural.</p><p>Parágrafo único. As normas gerais contidas nesta Lei são de in-</p><p>teresse nacional e devem ser observadas pela União, Estados, Dis-</p><p>trito Federal e Municípios. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)</p><p>Vigência</p><p>Art. 2º A disciplina da proteção de dados pessoais tem como</p><p>fundamentos:</p><p>I - o respeito à privacidade;</p><p>II - a autodeterminação informativa;</p><p>III - a liberdade de expressão, de informação, de comunicação</p><p>e de opinião;</p><p>IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;</p><p>V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação;</p><p>VI - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consu-</p><p>midor; e</p><p>VII - os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personali-</p><p>dade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais.</p><p>Art. 3º Esta Lei aplica-se a qualquer operação de tratamento re-</p><p>alizada por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público</p><p>ou privado, independentemente do meio, do país de sua sede ou do</p><p>país onde estejam localizados os dados, desde que:</p><p>I - a operação de tratamento seja realizada no território nacio-</p><p>nal;</p><p>II - a atividade de tratamento tenha por objetivo a oferta ou</p><p>o fornecimento de bens ou serviços ou o tratamento de dados de</p><p>indivíduos localizados no território nacional; ou(Redação dada pela</p><p>Lei nº 13.853, de 2019) Vigência</p><p>III - os dados pessoais objeto do tratamento tenham sido cole-</p><p>tados no território nacional.</p><p>§1º Consideram-se coletados no território nacional os dados</p><p>pessoais cujo titular nele se encontre no momento da coleta.</p><p>§2º Excetua-se do disposto no inciso I deste artigo o tratamen-</p><p>to de dados previsto no inciso IV do caput do art. 4º desta Lei.</p><p>Art. 4º Esta Lei não se aplica ao tratamento de dados pessoais:</p><p>I - realizado por pessoa natural para fins exclusivamente parti-</p><p>culares e não econômicos;</p><p>II - realizado para fins exclusivamente:</p><p>a) jornalístico e artísticos; ou</p><p>b) acadêmicos, aplicando-se a esta hipótese os arts. 7º e 11</p><p>desta Lei;</p><p>III - realizado para fins exclusivos de:</p><p>a) segurança pública;</p><p>b) defesa nacional;</p><p>c) segurança do Estado; ou</p><p>d) atividades de investigação e repressão de infrações penais;</p><p>ou</p><p>IV - provenientes de fora do território nacional e que não sejam</p><p>objeto de comunicação, uso compartilhado de dados com agentes</p><p>de tratamento brasileiros ou objeto de transferência internacional</p><p>de dados com outro país que não o de proveniência, desde que o</p><p>país de proveniência proporcione grau de proteção de dados pesso-</p><p>ais adequado ao previsto nesta Lei.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>6868</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>§1º O tratamento de dados pessoais previsto no inciso III será</p><p>regido por legislação específica, que deverá prever medidas pro-</p><p>porcionais e estritamente necessárias ao atendimento do interesse</p><p>público, observados o devido processo legal, os princípios gerais de</p><p>proteção e os direitos do titular previstos nesta Lei.</p><p>§2º É vedado o tratamento dos dados a que se refere o inciso</p><p>III do caput deste artigo por pessoa de direito privado, exceto em</p><p>procedimentos sob tutela de pessoa jurídica de direito público, que</p><p>serão objeto de informe específico à autoridade nacional e que de-</p><p>verão observar a limitação imposta no §4º deste artigo.</p><p>§3º A autoridade nacional emitirá opiniões técnicas ou reco-</p><p>mendações referentes às exceções previstas no inciso III do caput</p><p>deste artigo e deverá solicitar aos responsáveis relatórios de impac-</p><p>to à proteção de dados pessoais.</p><p>§4º Em nenhum caso a totalidade dos dados pessoais de banco</p><p>de dados de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá ser</p><p>tratada por pessoa de direito privado, salvo por aquela que pos-</p><p>sua capital integralmente constituído pelo poder público. (Redação</p><p>dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência</p><p>Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se:</p><p>I - dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural iden-</p><p>tificada ou identificável;</p><p>II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou</p><p>étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a</p><p>organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referen-</p><p>te à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quando</p><p>vinculado a uma pessoa natural;</p><p>III - dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser</p><p>identificado, considerando a utilização de meios técnicos razoáveis</p><p>e disponíveis na ocasião de seu tratamento;</p><p>IV - banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais,</p><p>estabelecido em um ou em vários locais, em suporte eletrônico ou</p><p>físico;</p><p>V - titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais</p><p>que são objeto de tratamento;</p><p>VI - controlador: pessoa natural ou jurídica, de direito público</p><p>ou privado, a quem competem as decisões referentes ao tratamen-</p><p>to de dados pessoais;</p><p>VII - operador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou</p><p>privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do</p><p>controlador;</p><p>VIII - encarregado: pessoa indicada pelo controlador e opera-</p><p>dor para atuar como canal de comunicação entre o controlador, os</p><p>titulares dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados</p><p>(ANPD); (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência</p><p>IX - agentes de tratamento: o controlador e o operador;</p><p>X - tratamento: toda operação realizada com dados pessoais,</p><p>como as que se referem a coleta, produção, recepção, classificação,</p><p>utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, processa-</p><p>mento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou</p><p>controle da informação, modificação, comunicação, transferência,</p><p>difusão ou extração;</p><p>XI - anonimização: utilização de meios técnicos razoáveis e dis-</p><p>poníveis no momento do tratamento, por meio dos quais um dado</p><p>perde a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indi-</p><p>víduo;</p><p>XII - consentimento: manifestação livre, informada e inequívo-</p><p>ca pela qual o titular concorda com o tratamento de seus dados</p><p>pessoais para uma finalidade determinada;</p><p>XIII - bloqueio: suspensão temporária de qualquer operação</p><p>de tratamento, mediante guarda do dado pessoal ou do banco de</p><p>dados;</p><p>XIV - eliminação: exclusão de dado ou de conjunto de dados</p><p>armazenados em banco de dados, independentemente do proce-</p><p>dimento empregado;</p><p>XV - transferência internacional de dados: transferência de da-</p><p>dos pessoais para país estrangeiro ou organismo internacional do</p><p>qual o país seja membro;</p><p>XVI - uso compartilhado de dados: comunicação, difusão, trans-</p><p>ferência internacional, interconexão de dados pessoais ou trata-</p><p>mento compartilhado de bancos de dados pessoais por órgãos e</p><p>entidades públicos no cumprimento de suas competências legais,</p><p>ou entre esses e entes privados, reciprocamente, com autorização</p><p>específica, para uma ou mais modalidades de tratamento permiti-</p><p>das por esses entes públicos, ou entre entes privados;</p><p>XVII - relatório de impacto à proteção de dados pessoais: docu-</p><p>mentação do controlador que contém a descrição dos processos de</p><p>tratamento de dados pessoais que podem gerar riscos às liberdades</p><p>civis e aos direitos fundamentais, bem como medidas, salvaguardas</p><p>e mecanismos de mitigação de risco;</p><p>XVIII - órgão de pesquisa: órgão ou entidade da administração</p><p>pública direta ou indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem</p><p>fins lucrativos legalmente constituída sob as leis brasileiras, com</p><p>sede e foro no País, que inclua em sua missão institucional ou em</p><p>seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de</p><p>caráter histórico, científico, tecnológico ou estatístico; e (Redação</p><p>dada pela Lei nº 13.853, de</p><p>promulgada pelo Decreto nº 5.639, de 26 de dezembro de 2005,</p><p>na Convenção Internacional para Supressão do Financiamento do</p><p>Terrorismo, promulgada pelo Decreto nº 5.640, de 26 de dezembro</p><p>de 2005, e na Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção,</p><p>promulgada pelo Decreto nº 5.687, de 31 de janeiro de 2006,</p><p>RESOLVE :</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>1010</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>CAPÍTULO I</p><p>DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO</p><p>Art. 1º Esta Circular dispõe sobre a política, os procedimentos</p><p>e os controles internos a serem adotados pelas instituições autori-</p><p>zadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil visando à prevenção</p><p>da utilização do sistema financeiro para a prática dos crimes de “la-</p><p>vagem” ou ocultação de bens, direitos e valores, de que trata a Lei</p><p>nº 9.613, de 3 de março de 1998, e de financiamento do terrorismo,</p><p>previsto na Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016.</p><p>Parágrafo único. Para os fins desta Circular, os crimes referidos</p><p>no caput serão denominados genericamente “lavagem de dinheiro”</p><p>e “financiamento do terrorismo”.</p><p>CAPÍTULO II</p><p>DA POLÍTICA DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO E</p><p>AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO</p><p>Art. 2º As instituições mencionadas no art. 1º devem imple-</p><p>mentar e manter política formulada com base em princípios e di-</p><p>retrizes que busquem prevenir a sua utilização para as práticas de</p><p>lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo.</p><p>Parágrafo único. A política de que trata o caput deve ser com-</p><p>patível com os perfis de risco:</p><p>I - dos clientes;</p><p>II - da instituição;</p><p>III - das operações, transações, produtos e serviços; e</p><p>IV - dos funcionários, parceiros e prestadores de serviços ter-</p><p>ceirizados. Art. 3º A política referida no art. 2º deve contemplar, no</p><p>mínimo:</p><p>I - as diretrizes para:</p><p>a)a definição de papéis e responsabilidades para o cumprimen-</p><p>to das obrigaçõesde que trata esta Circular;</p><p>b)a definição de procedimentos voltados à avaliação e à análise</p><p>prévia de novos produtos e serviços, bem como da utilização de</p><p>novas tecnologias, tendo em vista o risco de lavagem de dinheiro e</p><p>de financiamento do terrorismo;</p><p>c)a avaliação interna de risco e a avaliação de efetividade de</p><p>que tratam os arts. 10 e 62;</p><p>d)a verificação do cumprimento da política, dos procedimen-</p><p>tos e dos controles internos de que trata esta Circular, bem como a</p><p>identificação e a correção das deficiências verificadas;</p><p>e)a promoção de cultura organizacional de prevenção à lava-</p><p>gem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, contemplando,</p><p>inclusive, os funcionários, os parceiros e os prestadores de serviços</p><p>terceirizados;</p><p>f)a seleção e a contratação de funcionários e de prestadores de</p><p>serviços terceirizados, tendo em vista o risco de lavagem de dinhei-</p><p>ro e de financiamento do terrorismo; e</p><p>g)a capacitação dos funcionários sobre o tema da prevenção à</p><p>lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, incluindo os</p><p>funcionários dos correspondentes no País que prestem atendimen-</p><p>to em nome das instituições mencionadas no art. 1º;</p><p>II - as diretrizes para implementação de procedimentos:</p><p>a)de coleta, verificação, validação e atualização de informações</p><p>cadastrais, visando a conhecer os clientes, os funcionários, os par-</p><p>ceiros e os prestadores de serviços terceirizados;</p><p>b)de registro de operações e de serviços financeiros;</p><p>c)de monitoramento, seleção e análise de operações e situa-</p><p>ções suspeitas; e</p><p>d)de comunicação de operações ao Conselho de Controle de</p><p>Atividades Financeiras (Coaf); e</p><p>III - o comprometimento da alta administração com a efetivi-</p><p>dade e a melhoria contínua da política, dos procedimentos e dos</p><p>controles internos relacionados com a prevenção à lavagem de di-</p><p>nheiro e ao financiamento do terrorismo.</p><p>Art. 4º Admite-se a adoção de política de prevenção à lavagem</p><p>de dinheiro e ao financiamento do terrorismo única por conglome-</p><p>rado prudencial e por sistema cooperativo de crédito.</p><p>Parágrafo único. As instituições que não constituírem política</p><p>própria, em decorrência do disposto no caput, devem formalizar a</p><p>opção por essa faculdade em reunião do conselho de administração</p><p>ou, se inexistente, da diretoria da instituição.</p><p>Art. 5º As instituições mencionadas no art. 1º devem assegurar</p><p>a aplicação da política referida no art. 2º em suas unidades situadas</p><p>no exterior.</p><p>Parágrafo único. Na hipótese de impedimento ou limitação le-</p><p>gal à aplicação da política referida no caput à unidade da instituição</p><p>situada no exterior, deverá ser elaborado relatório justificando o</p><p>impedimento ou a limitação.</p><p>Art. 6º A política referida no art. 2º deve ser divulgada aos</p><p>funcionários da instituição, parceiros e prestadores de serviços ter-</p><p>ceirizados, mediante linguagem clara e acessível, em nível de de-</p><p>talhamento compatível com as funções desempenhadas e com a</p><p>sensibilidade das informações.</p><p>Art. 7º A política referida no art. 2º deve ser:</p><p>I - documentada;</p><p>II - aprovada pelo conselho de administração ou, se inexistente,</p><p>pela diretoria da instituição; e</p><p>III - mantida atualizada.</p><p>CAPÍTULO III</p><p>DA GOVERNANÇA DA POLÍTICA DE PREVENÇÃO À</p><p>LAVAGEM DE DINHEIRO E AO FINANCIAMENTO DO</p><p>TERRORISMO</p><p>Art. 8º As instituições mencionadas no art. 1º devem dispor</p><p>de estrutura de governança visando a assegurar o cumprimento da</p><p>política referida no art. 2º e dos procedimentos e controles internos</p><p>de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terroris-</p><p>mo previstos nesta Circular.</p><p>Art. 9º As instituições referidas no art. 1º devem indicar formal-</p><p>mente ao Banco Central do Brasil diretor responsável pelo cumpri-</p><p>mento das obrigações previstas nesta Circular.</p><p>§1º O diretor mencionado no caput pode desempenhar outras</p><p>funções na instituição, desde que não haja conflito de interesses.</p><p>§2º A responsabilidade mencionada no caput deve ser obser-</p><p>vada em cada instituição, mesmo no caso de opção pela faculdade</p><p>estabelecida nos arts. 4º, 11, 42, 46 e 52.</p><p>CAPÍTULO IV</p><p>DA AVALIAÇÃO INTERNA DE RISCO</p><p>Art. 10. As instituições referidas no art. 1º devem realizar ava-</p><p>liação interna com o objetivo de identificar e mensurar o risco de</p><p>utilização de seus produtos e serviços na prática da lavagem de di-</p><p>nheiro e do financiamento do terrorismo.</p><p>§1º Para identificação do risco de que trata o caput, a avaliação</p><p>interna deve considerar, no mínimo, os perfis de risco:</p><p>I - dos clientes;</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>11</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>II - da instituição, incluindo o modelo de negócio e a área geo-</p><p>gráfica de atuação;</p><p>III - das operações, transações, produtos e serviços, abrangen-</p><p>do todos os canais de distribuição e a utilização de novas tecnolo-</p><p>gias; e</p><p>IV - das atividades exercidas pelos funcionários, parceiros e</p><p>prestadores de serviços terceirizados.</p><p>§2º O risco identificado deve ser avaliado quanto à sua pro-</p><p>babilidade de ocorrência e à magnitude dos impactos financeiro,</p><p>jurídico, reputacional e socioambiental para a instituição.</p><p>§3º Devem ser definidas categorias de risco que possibilitem a</p><p>adoção de controles de gerenciamento e de mitigação reforçados</p><p>para as situações de maior risco e a adoção de controles simplifica-</p><p>dos nas situações de menor risco.</p><p>§4º Devem ser utilizadas como subsídio à avaliação interna de</p><p>risco, quando disponíveis, avaliações realizadas por entidades pú-</p><p>blicas do País relativas ao risco de lavagem de dinheiro e de finan-</p><p>ciamento do terrorismo.</p><p>Art. 11. A avaliação interna de risco pode ser realizada de forma</p><p>centralizada em instituição do conglomerado prudencial e do siste-</p><p>ma cooperativo de crédito.</p><p>Parágrafo único. As instituições que optarem por realizar a ava-</p><p>liação interna de risco na forma do caput devem formalizar essa</p><p>opção em reunião do conselho de administração ou, se inexistente,</p><p>da diretoria da instituição.</p><p>Art. 12. A avaliação interna de risco deve ser:</p><p>I - documentada e aprovada pelo diretor referido no art. 9º;</p><p>II - encaminhada para ciência:</p><p>a)ao comitê de risco, quando houver;</p><p>b)ao comitê de auditoria, quando houver; e</p><p>c)ao conselho de administração ou, se inexistente,</p><p>à diretoria</p><p>da instituição; e</p><p>III - revisada a cada dois anos, bem como quando ocorrerem</p><p>alterações significativas nos perfis de risco mencionados no art. 10,</p><p>§1º.</p><p>CAPÍTULO V</p><p>DOS PROCEDIMENTOS DESTINADOS A CONHECER OS</p><p>CLIENTES</p><p>SEÇÃO I</p><p>DOS PROCEDIMENTOS</p><p>Art. 13. As instituições mencionadas no art. 1º devem imple-</p><p>mentar procedimentos destinados a conhecer seus clientes, incluin-</p><p>do procedimentos que assegurem a devida diligência na sua identi-</p><p>ficação, qualificação e classificação.</p><p>§1º Os procedimentos referidos no caput devem ser compatí-</p><p>veis com:</p><p>I - o perfil de risco do cliente, contemplando medidas refor-</p><p>çadas para clientes classificados em categorias de maior risco, de</p><p>acordo com a avaliação interna de risco referida no art. 10;</p><p>II - a política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financia-</p><p>mento do terrorismo de que trata o art. 2º; e</p><p>III - a avaliação interna de risco de que trata o art. 10.</p><p>§2º Os procedimentos mencionados no caput devem ser for-</p><p>malizados em manual específico.</p><p>§3º O manual referido no §2º deve ser aprovado pela diretoria</p><p>da instituição e mantido atualizado.</p><p>Art. 14. As informações obtidas e utilizadas nos procedimentos</p><p>referidos no art. 13 devem ser armazenadas em sistemas informa-</p><p>tizados e utilizadas nos procedimentos de que trata o Capítulo VII.</p><p>Art. 15. Os procedimentos previstos neste Capítulo devem ser</p><p>observados sem prejuízo do disposto na regulamentação que disci-</p><p>plina produtos e serviços específicos.</p><p>SEÇÃO II</p><p>DA IDENTIFICAÇÃO DOS CLIENTES</p><p>Art. 16. As instituições referidas no art. 1º devem adotar proce-</p><p>dimentos de identificação que permitam verificar e validar a iden-</p><p>tidade do cliente.</p><p>§1º Os procedimentos referidos no caput devem incluir a ob-</p><p>tenção, a verificação e a validação da autenticidade de informações</p><p>de identificação do cliente, inclusive, se necessário, mediante con-</p><p>frontação dessas informações com as disponíveis em bancos de da-</p><p>dos de caráter público e privado.</p><p>§2º No processo de identificação do cliente devem ser coleta-</p><p>dos, no mínimo:</p><p>I - o nome completo e o número de registro no Cadastro de</p><p>Pessoas Físicas (CPF), no caso de pessoa natural; e (Redação dada,</p><p>a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>II - a firma ou denominação social e o número de registro no</p><p>Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), no caso de pessoa jurí-</p><p>dica. (Redação dada, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº</p><p>119, de 27/7/2021.)</p><p>§3º No caso de cliente pessoa natural residente no exterior de-</p><p>sobrigada de inscrição no CPF, na forma definida pela Secretaria da</p><p>Receita Federal do Brasil, admite -se a utilização de documento de</p><p>viagem na forma da Lei, devendo ser coletados, no mínimo, o país</p><p>emissor, o número e o tipo do documento.</p><p>§4º No caso de cliente pessoa jurídica com domicílio ou sede</p><p>no exterior desobrigada de inscrição no CNPJ, na forma definida</p><p>pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, as instituições devem</p><p>coletar, no mínimo, o nome da empresa, o endereço da sede e o</p><p>número de identificação ou de registro da empresa no respectivo</p><p>país de origem.</p><p>Art. 17. As informações referidas no art. 16 devem ser manti-</p><p>das atualizadas.</p><p>SEÇÃO III</p><p>DA QUALIFICAÇÃO DOS CLIENTES</p><p>Art. 18. As instituições mencionadas no art. 1º devem adotar</p><p>procedimentos que permitam qualificar seus clientes por meio da</p><p>coleta, verificação e validação de informações, compatíveis com o</p><p>perfil de risco do cliente e com a natureza da relação de negócio.</p><p>§1º Os procedimentos de qualificação referidos no caput de-</p><p>vem incluir a coleta de informações que permitam: (Redação dada,</p><p>a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>I - identificar o local de residência, no caso de pessoa natural;</p><p>(Incluído, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de</p><p>27/7/2021.)</p><p>II - identificar o local da sede ou filial, no caso de pessoa jurídi-</p><p>ca; e (Incluído, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119,</p><p>de 27/7/2021.)</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>1212</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>III - avaliar a capacidade financeira do cliente, incluindo a ren-</p><p>da, no caso de pessoa natural, ou o faturamento, no caso de pes-</p><p>soa jurídica. (Incluído, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº</p><p>119, de 27/7/2021.)</p><p>§2º A necessidade de verificação e de validação das informa-</p><p>ções referidas no §1º deve ser avaliada pelas instituições de acor-</p><p>do com o perfil de risco do cliente e com a natureza da relação de</p><p>negócio.</p><p>§3º Nos procedimentos de que trata o caput, devem ser cole-</p><p>tadas informações adicionais do cliente compatíveis com o risco de</p><p>utilização de produtos e serviços na prática da lavagem de dinheiro</p><p>e do financiamento do terrorismo.</p><p>§4º A qualificação do cliente deve ser reavaliada de forma per-</p><p>manente, de acordo com a evolução da relação de negócio e do</p><p>perfil de risco.</p><p>§5º As informações coletadas na qualificação do cliente devem</p><p>ser mantidas atualizadas.</p><p>§6º O Banco Central do Brasil poderá divulgar rol de informa-</p><p>ções a serem coletadas, verificadas e validadas em procedimentos</p><p>específicos de qualificação de clientes.</p><p>Art. 19. Os procedimentos de qualificação referidos no art. 18</p><p>devem incluir a verificação da condição do cliente como pessoa ex-</p><p>posta politicamente, nos termos do art. 27, bem como a verificação</p><p>da condição de representante, familiar ou estreito colaborador des-</p><p>sas pessoas.</p><p>§1º Para os fins desta Circular, considera-se:</p><p>I - familiar, os parentes, na linha reta ou colateral, até o segun-</p><p>do grau, o cônjuge, o companheiro, a companheira, o enteado e a</p><p>enteada; e</p><p>II - estreito colaborador:</p><p>a)pessoa natural conhecida por ter qualquer tipo de estreita</p><p>relação com pessoa exposta politicamente, inclusive por:</p><p>1.ter participação conjunta em pessoa jurídica de direito pri-</p><p>vado;</p><p>2.figurar como mandatária, ainda que por instrumento particu-</p><p>lar da pessoa mencionada no item 1; ou</p><p>3.ter participação conjunta em arranjos sem personalidade ju-</p><p>rídica; e</p><p>b)pessoa natural que tem o controle de pessoas jurídicas ou</p><p>de arranjos sem personalidade jurídica, conhecidos por terem sido</p><p>criados para o benefício de pessoa exposta politicamente.</p><p>§2º Para os clientes qualificados como pessoa exposta politi-</p><p>camente ou como representante, familiar ou estreito colaborador</p><p>dessas pessoas, as instituições mencionadas no art. 1º devem:</p><p>I- adotar procedimentos e controles internos compatíveis com</p><p>essa qualificação;</p><p>II- considerar essa qualificação na classificação do cliente nas</p><p>categorias de risco referidas no art. 20; e</p><p>III- avaliar o interesse no início ou na manutenção do relaciona-</p><p>mento com o cliente.</p><p>§3º A avaliação mencionada no §2º, inciso III, deve ser realiza-</p><p>da por detentor de cargo ou função de nível hierárquico superior ao</p><p>do responsável pela autorização do relacionamento com o cliente.</p><p>SEÇÃO IV</p><p>DA CLASSIFICAÇÃO DOS CLIENTES</p><p>Art. 20. As instituições mencionadas no art. 1º devem classificar</p><p>seus clientes nas categorias de risco definidas na avaliação interna</p><p>de risco mencionada no art. 10, com base nas informações obtidas</p><p>nos procedimentos de qualificação do cliente referidos no art. 18.</p><p>Parágrafo único. A classificação mencionada no caput deve ser:</p><p>I- realizada com base no perfil de risco do cliente e na natureza</p><p>da relação de negócio; e</p><p>II- revista sempre que houver alterações no perfil de risco do</p><p>cliente e na natureza da relação de negócio.</p><p>SEÇÃO V</p><p>DISPOSIÇÕES COMUNS À IDENTIFICAÇÃO, À</p><p>QUALIFICAÇÃO E À CLASSIFICAÇÃO DOS CLIENTES</p><p>Art. 21. As instituições referidas no art. 1º devem adotar os</p><p>procedimentos de identificação, de qualificação e de classificação</p><p>previstos neste Capítulo para os administradores de clientes pesso-</p><p>as jurídicas e para os representantes de clientes.</p><p>Parágrafo único. Os procedimentos referidos no caput devem</p><p>ser compatíveis com a função exercida pelo administrador e com a</p><p>abrangência da representação.</p><p>Art. 22. Os critérios utilizados para a definição das informações</p><p>necessárias e dos procedimentos de</p><p>verificação, validação e atu-</p><p>alização das informações para cada categoria de risco devem ser</p><p>previstos no manual de que trata o art. 13, §2º.</p><p>Art. 23. É vedado às instituições referidas no art. 1º iniciar re-</p><p>lação de negócios sem que os procedimentos de identificação e de</p><p>qualificação do cliente estejam concluídos.</p><p>Parágrafo único. Admite-se, por um período máximo de trinta</p><p>dias, o início da relação de negócios em caso de insuficiência de</p><p>informações relativas à qualificação do cliente, desde que não haja</p><p>prejuízo aos procedimentos de monitoramento e seleção de que</p><p>trata o art. 39.</p><p>Art. 23-A. As instituições referidas no art. 1º ficam dispensa-</p><p>das de realizar os procedimentos de qualificação e de classificação</p><p>de clientes na contratação de operação de crédito amparada por</p><p>programa instituído pelo poder público federal destinado à renego-</p><p>ciação de dívidas de pessoas físicas inscritas em cadastros de ina-</p><p>dimplentes, desde que, cumulativamente: (Incluído pela Resolução</p><p>BCB nº 344, de 4/10/2023.)</p><p>I - as operações renegociadas estejam inadimplidas na data do</p><p>estabelecimento do respectivo programa; (Incluído pela Resolução</p><p>BCB nº 344, de 4/10/2023.)</p><p>II - os recursos liberados na operação de que trata o caput se-</p><p>jam transferidos diretamente ao credor da dívida renegociada, sem</p><p>qualquer interferência do devedor; e (Incluído pela Resolução BCB</p><p>nº 344, de 4/10/2023.)</p><p>III - refiram-se a dívidas inadimplidas com pessoas jurídicas não</p><p>financeiras ou instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Cen-</p><p>tral do Brasil que sejam os responsáveis pela inscrição do devedor</p><p>em cadastros de inadimplentes. (Incluído pela Resolução BCB nº</p><p>344, de 4/10/2023.)</p><p>Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à contrata-</p><p>ção de outros produtos e serviços pelo cliente beneficiário da rene-</p><p>gociação. (Incluído pela Resolução BCB nº 344, de 4/10/2023.)</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>13</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>SEÇÃO VI</p><p>DA IDENTIFICAÇÃO E DA QUALIFICAÇÃO DO BENEFICIÁRIO</p><p>FINAL</p><p>Art. 24. Os procedimentos de qualificação do cliente pessoa ju-</p><p>rídica devem incluir a análise da cadeia de participação societária</p><p>até a identificação da pessoa natural caracterizada como seu bene-</p><p>ficiário final, observado o disposto no art. 25.</p><p>§1º Devem ser aplicados à pessoa natural referida no caput,</p><p>no mínimo, os procedimentos de qualificação definidos para a cate-</p><p>goria de risco do cliente pessoa jurídica na qual o beneficiário final</p><p>detenha participação societária.</p><p>§2º É também considerado beneficiário final o representante,</p><p>inclusive o procurador e o preposto, que exerça o comando de fato</p><p>sobre as atividades da pessoa jurídica.</p><p>§3º Excetuam-se do disposto no caput: (Redação dada, a partir</p><p>de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>I- as pessoas jurídicas caracterizadas como companhia aber-</p><p>ta; (Incluído, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de</p><p>27/7/2021.)</p><p>II- as entidade sem fins lucrativos; (Incluído, a partir de</p><p>1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>III- as cooperativas; (Incluído, a partir de 1º/9/2021, pela Reso-</p><p>lução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>IV- os fundos e clubes de investimento registrados na Comissão</p><p>de Valores Mobiliários, desde que, cumulativamente: (Incluído, a</p><p>partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>a)não sejam fundos exclusivos; (Incluída, a partir de 1º/9/2021,</p><p>pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>b)obtenham recursos de investidores com o propósito de atri-</p><p>buir o desenvolvimento e a gestão de uma carteira de investimento</p><p>a um gestor qualificado que deve ter plena discricionariedade na</p><p>representação e na tomada de decisão perante as entidades investi-</p><p>das, não sendo obrigado a consultar os cotistas para essas decisões</p><p>e tampouco indicar os cotistas ou partes a eles ligadas para atuar</p><p>nas entidades investidas; e (Incluída, a partir de 1º/9/2021, pela Re-</p><p>solução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>c)seja informado o número de registro no CPF, no caso de pes-</p><p>soa natural, ou do número de registro no CNPJ, no caso de pessoa</p><p>jurídica, de todos os cotistas para a Secretaria Especial da Receita</p><p>Federal do Brasil (RFB), na forma por esta definida em regulamenta-</p><p>ção específica; (Incluída, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB</p><p>nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>V- os fundos de investimento registrados na Comissão de Va-</p><p>lores Mobiliários, constituídos na forma de condomínio fechado,</p><p>cujas cotas sejam negociadas em mercado organizado; e (Incluído,</p><p>a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>VI- os investidores não residentes classificados como: (Incluído,</p><p>a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>a)governos, entidades governamentais e bancos centrais, as-</p><p>sim como fundos soberanos ou companhias de investimento con-</p><p>troladas por fundos soberanos e similares; (Incluída, a partir de</p><p>1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>b)organismos multilaterais; (Incluída, a partir de 1º/9/2021,</p><p>pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>c)companhias abertas ou equivalentes; (Incluída, a partir de</p><p>1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>d)instituições financeiras ou similares, operando por conta pró-</p><p>pria; (Incluída, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de</p><p>27/7/2021.)</p><p>e)administradores de carteiras, operando por conta própria;</p><p>(Incluída, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de</p><p>27/7/2021.)</p><p>f)sociedades seguradoras e entidades de previdência privada;</p><p>e (Incluída, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de</p><p>27/7/2021.)</p><p>g)fundos de investimento, desde que, cumulativamente:</p><p>(Incluída, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de</p><p>27/7/2021.)</p><p>1.o número de cotistas seja igual ou superior a cem e nenhum</p><p>deles detenha mais de 25% (vinte e cinco por cento) das cotas; e</p><p>(Incluído, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de</p><p>27/7/2021.)</p><p>2.a administração da carteira de ativos seja feita de forma dis-</p><p>cricionária por administrador profissional sujeito à fiscalização de</p><p>autoridade supervisora com a qual o Banco Central do Brasil man-</p><p>tenha convênio para a troca de informações relativas à prevenção</p><p>da utilização do sistema financeiro para a prática dos crimes de la-</p><p>vagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo. (Incluído, a</p><p>partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>§4º No caso das entidades relacionadas no §3º, as informações</p><p>coletadas devem abranger as das pessoas naturais autorizadas a re-</p><p>presentá-las, bem como as de seus controladores, administradores</p><p>ou gestores, e diretores, se houver. (Incluído, a partir de 1º/9/2021,</p><p>pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)</p><p>Art. 25. As instituições mencionadas no art. 1º devem estabe-</p><p>lecer valor mínimo de referência de participação societária para a</p><p>identificação de beneficiário final.</p><p>§1º O valor mínimo de referência de participação societária de</p><p>que trata o caput deve ser estabelecido com base no risco e não</p><p>pode ser superior a 25% (vinte e cinco por cento), considerada, em</p><p>qualquer caso, a participação direta e a indireta.</p><p>§2º O valor de referência de que trata o caput deve ser justifi-</p><p>cado e documentado no manual de procedimentos referido no art.</p><p>13, §2º.</p><p>Art. 26. No caso de relação de negócio com cliente residente</p><p>no exterior, que também seja cliente de instituição do mesmo gru-</p><p>po no exterior, fiscalizada por autoridade supervisora com a qual</p><p>o Banco Central do Brasil mantenha convênio para a troca de in-</p><p>formações, admite-se que as informações relativas ao beneficiário</p><p>final sejam obtidas da instituição no exterior, desde que assegurado</p><p>ao Banco Central do Brasil o acesso às informações e aos procedi-</p><p>mentos adotados.</p><p>SEÇÃO VII</p><p>DA QUALIFICAÇÃO COMO PESSOA EXPOSTA</p><p>POLITICAMENTE</p><p>Art. 27. As instituições mencionadas no art. 1º devem imple-</p><p>mentar procedimentos que permitam qualificar seus clientes como</p><p>pessoa exposta politicamente.</p><p>§1º Consideram-se pessoas expostas politicamente:</p><p>I -</p><p>os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e</p><p>Legislativo da União;</p><p>II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União, de:</p><p>a)Ministro de Estado ou equiparado;</p><p>b)Natureza Especial ou equivalente;</p><p>c)presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de en-</p><p>tidades da administração pública indireta; e</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>1414</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>d)Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS), nível 6,</p><p>ou equivalente;</p><p>III- os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo</p><p>Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores, dos Tribunais Regionais</p><p>Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho, dos Tribunais Regio-</p><p>nais Eleitorais, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e do</p><p>Conselho da Justiça Federal;</p><p>IV- os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o</p><p>Procurador-Geral da República, o Vice-Procurador-Geral da Repú-</p><p>blica, o Procurador-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça</p><p>Militar, os Subprocuradores-Gerais da República e os Procuradores-</p><p>Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal;</p><p>V- os membros do Tribunal de Contas da União, o Procurador-</p><p>-Geral e os Subprocuradores-Gerais do Ministério Público junto ao</p><p>Tribunal de Contas da União;</p><p>VI- os presidentes e os tesoureiros nacionais, ou equivalentes,</p><p>de partidos políticos;</p><p>VII- os Governadores e os Secretários de Estado e do Distrito</p><p>Federal, os Deputados Estaduais e Distritais, os presidentes, ou</p><p>equivalentes, de entidades da administração pública indireta esta-</p><p>dual e distrital e os presidentes de Tribunais de Justiça, Tribunais</p><p>Militares, Tribunais de Contas ou equivalentes dos Estados e do Dis-</p><p>trito Federal; e</p><p>VIII- os Prefeitos, os Vereadores, os Secretários Municipais, os</p><p>presidentes, ou equivalentes, de entidades da administração públi-</p><p>ca indireta municipal e os Presidentes de Tribunais de Contas ou</p><p>equivalentes dos Municípios.</p><p>§2º São também consideradas expostas politicamente as pes-</p><p>soas que, no exterior, sejam:</p><p>I- chefes de estado ou de governo;</p><p>II- políticos de escalões superiores;</p><p>III- ocupantes de cargos governamentais de escalões superio-</p><p>res;</p><p>IV- oficiais-generais e membros de escalões superiores do Po-</p><p>der Judiciário;</p><p>V- executivos de escalões superiores de empresas públicas; ou</p><p>VI- dirigentes de partidos políticos.</p><p>§3º São também consideradas pessoas expostas politicamente</p><p>os dirigentes de escalões superiores de entidades de direito inter-</p><p>nacional público ou privado.</p><p>§4º No caso de clientes residentes no exterior, para fins do dis-</p><p>posto no caput, as instituições mencionadas no art. 1º devem ado-</p><p>tar pelo menos duas das seguintes providências:</p><p>I- solicitar declaração expressa do cliente a respeito da sua qua-</p><p>lificação;</p><p>II- recorrer a informações públicas disponíveis; e</p><p>III- consultar bases de dados públicas ou privadas sobre pesso-</p><p>as expostas politicamente.</p><p>§5º A condição de pessoa exposta politicamente deve ser apli-</p><p>cada pelos cinco anos seguintes à data em que a pessoa deixou de</p><p>se enquadrar nas categorias previstas nos §§1º, 2º, e 3º.</p><p>§6º No caso de relação de negócio com cliente residente no</p><p>exterior que também seja cliente de instituição do mesmo grupo no</p><p>exterior, fiscalizada por autoridade supervisora com a qual o Banco</p><p>Central do Brasil mantenha convênio para troca de informações,</p><p>admite -se que as informações de qualificação de pessoa exposta</p><p>politicamente sejam obtidas da instituição no exterior, desde que</p><p>assegurado ao Banco Central do Brasil o acesso aos respectivos da-</p><p>dos e procedimentos adotados.</p><p>CAPÍTULO VI</p><p>DO REGISTRO DE OPERAÇÕES</p><p>SEÇÃO I</p><p>DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>Art. 28. As instituições referidas no art. 1º devem manter regis-</p><p>tros de todas as operações realizadas, produtos e serviços contrata-</p><p>dos, inclusive saques, depósitos, aportes, pagamentos, recebimen-</p><p>tos, transferências de recursos e operações no mercado de câmbio.</p><p>(Redação dada pela Resolução BCB nº 282, de 31/12/2022.)</p><p>§1º Os registros referidos no caput devem conter, no mínimo,</p><p>as seguintes informações sobre cada operação:</p><p>I- tipo;</p><p>II- valor, quando aplicável;</p><p>III- data de realização;</p><p>IV- nome e número de inscrição no CPF ou no CNPJ do titular</p><p>e do beneficiário da operação, no caso de pessoa residente ou se-</p><p>diada no País; e</p><p>V- canal utilizado.</p><p>§2º No caso de operações envolvendo pessoa natural residente</p><p>no exterior desobrigada de inscrição no CPF, na forma definida pela</p><p>Secretaria da Receita Federal do Brasil, as instituições devem incluir</p><p>no registro as seguintes informações:</p><p>I- nome;</p><p>II- tipo e número do documento de viagem e respectivo país</p><p>emissor; e</p><p>III- organismo internacional de que seja representante para o</p><p>exercício de funções específicas no País, quando for o caso.</p><p>§3º No caso de operações envolvendo pessoa jurídica com do-</p><p>micílio ou sede no exterior desobrigada de inscrição no CNPJ, na</p><p>forma definida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, as insti-</p><p>tuições devem incluir no registro as seguintes informações:</p><p>I- nome da empresa; e</p><p>II- número de identificação ou de registro da empresa no res-</p><p>pectivo país de origem.</p><p>§4º No caso de operações no mercado de câmbio, as institui-</p><p>ções referidas no art. 1º devem, adicionalmente, manter registro</p><p>e guarda dos documentos comprobatórios exigidos para a realiza-</p><p>ção de operações nesse mercado, conforme critérios alinhados à</p><p>avaliação interna de risco de que trata o Capítulo IV. (Incluído pela</p><p>Resolução BCB nº 282, de 31/12/2022.)</p><p>Art. 29. Os registros de que trata este Capítulo devem ser reali-</p><p>zados inclusive nas situações em que a operação ocorrer no âmbito</p><p>da mesma instituição.</p><p>SEÇÃO II</p><p>DO REGISTRO DE OPERAÇÕES DE PAGAMENTO, DE</p><p>RECEBIMENTO E DE TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS</p><p>Art. 30. No caso de operações relativas a pagamentos, rece-</p><p>bimentos e transferências de recursos, por meio de qualquer ins-</p><p>trumento, as instituições referidas no art. 1º devem incluir nos</p><p>registros mencionados no art. 28 as informações necessárias à iden-</p><p>tificação da origem e do destino dos recursos.</p><p>§1º A origem mencionada no caput refere-se à instituição pa-</p><p>gadora, sacada ou remetente e à pessoa sacada ou remetente dos</p><p>recursos, bem como ao instrumento de transferência ou de paga-</p><p>mento utilizado na transação.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>15</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>§2º O destino mencionado no caput refere-se à instituição re-</p><p>cebedora ou destinatária e à pessoa recebedora ou destinatária dos</p><p>recursos, bem como ao instrumento de transferência ou de paga-</p><p>mento utilizado na transação.</p><p>§3º Para fins do cumprimento do disposto no caput, devem ser</p><p>incluídas no registro das operações, no mínimo, as seguintes infor-</p><p>mações, quando couber:</p><p>I- nome e número de inscrição no CPF ou no CNPJ do remetente</p><p>ou sacado;</p><p>II- nome e número de inscrição no CPF ou no CNPJ do recebe-</p><p>dor ou beneficiário;</p><p>III- códigos de identificação, no sistema de liquidação de paga-</p><p>mentos ou de transferência de fundos, das instituições envolvidas</p><p>na operação; e</p><p>IV- números das dependências e das contas envolvidas na ope-</p><p>ração.</p><p>§4º No caso de transferência de recursos por meio de cheque,</p><p>as instituições mencionadas no art. 1º devem incluir no registro da</p><p>operação, além das informações referidas no §3º, o número do che-</p><p>que.</p><p>Art. 31. Caso as instituições referidas no art. 1º estabeleçam</p><p>relação de negócio com terceiros não sujeitos a autorização para</p><p>funcionar do Banco Central do Brasil, participantes de arranjo de</p><p>pagamento do qual a instituição também participe, deve ser esti-</p><p>pulado em contrato o acesso da instituição à identificação dos des-</p><p>tinatários finais dos recursos, para fins de prevenção à lavagem de</p><p>dinheiro e do financiamento do terrorismo.</p><p>Parágrafo único. O disposto no caput se aplica inclusive no caso</p><p>de relação de negócio que envolva a interoperabilidade com arran-</p><p>jo de pagamento não sujeito a autorização pelo Banco Central do</p><p>Brasil, do qual as instituições referidas no art. 1º não participem.</p><p>Art. 32. No caso de transferência</p>

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