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Contabilidade Básica

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Ciências Contábeis 
 
 
 
 
 
Contabilidade 
Básica 
 
 
 
 
Professor: Moisés Moura de Melo 
 
 Email:moisesmelo.melo@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
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1. EMENTA: 
 A função da Contabilidade - Campo de aplicação e usuário da contabilidade - 
Especialidades e mercado de trabalho do contador - Representação Gráfica - A Contabilidade como 
instrumento de gestão empresarial - Princípios básicos da Contabilidade - Estática e dinâmica 
patrimonial – Atos e Fatos contábeis - Procedimentos contábeis: Contas; Livros Diário e Razão - 
Método das partidas dobradas - mecanismos do débito e do crédito; lançamentos; balancete de 
verificação; Regime de competência; Regime de Caixa; apuração do Resultado do Exercício - Os 
Relatórios Contábeis: Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado. 
 
2. OBJETIVO: 
� Identificar a função da contabilidade, campo de aplicação, usuário e mercado de trabalho do 
contador; 
� Descrever a posição do contador no ambiente contábil, fortalecendo os conceitos sobre a 
representação contábil na empresa, os relatórios contábeis, a contabilidade como um 
instrumento de gestão empresarial e os princípios fundamentais de contabilidade; 
� Conceituar a contabilidade; 
� Identificar seu objetivo e definir o seu campo de atuação; 
� Conceituar o patrimônio; 
� Conceituar aspectos quantitativos e qualitativos, o objeto social, a estrutura de patrimônio, sua 
classificação e elementos. 
� 
3. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 
• MARION, José Carlos, Contabilidade Básica, São Paulo: Atlas, 2008. 
• RIBEIRO, Osni Moura, Contabilidade Geral fácil, Rio de Janeiro: Saraiva, 2010. 
• MELO, Moisés & Santo, Ivan. Auditoria Contábil. 1. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2012. 
• IUDÍCIBUS, Sérgio de et al, Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicável 
também as demais sociedades, São Paulo: Atlas, 2010. 
 
 
 
 
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4. BIBLIOGRAFIA ADICIONAL: 
• FAVERO, Hamilton Luiz, et al, Contabilidade Teoria e Prática, São Paulo: Atlas, 2007. 
• IUDÍCIBUS, Sérgio de, et al, Contabilidade Introdutória, São Paulo: Atlas, 2007. 
 
4.SUMÁRIO Páginas 
1. CONCEITO 6 
1.1 – Campo de Aplicação 6 
1.2 – Objeto de estudo 7 
1.3 – Finalidade 7 
1.4 - Usuários 7 
1.5 – Profissão contábil 8 
2. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS 8 
3. PATRIMÔNIO 9 
3.1 – Bens 9 
3.2 – Direitos 10 
3.3 – Obrigações 10 
3.4 – Aspectos do Patrimônio 10 
3.5 – Composição Patrimonial 11 
4. CAPITAL E SUAS NOMENCLATURAS 14 
5. ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS 15 
5.1 – Fatos Permutativos 15 
5.2 – Fatos Modificativos 17 
5.3 – Fatos Mistos ou Composto 17 
6. TÉCNICAS CONTÁBEIS 18 
6.1 – Escrituração 18 
6.2 – Classificação dos erros de escrituração 19 
6.3 – Partidas Dobradas 19 
7. CONTAS 20 
7.1 – Teorias das Contas 20 
7.2 – Modelo de conta Resumida 21 
7.3 – Quadro lógico de débito e crédito 21 
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7.4 – Plano de contas 21 
7.5 – Fórmulas de lançamentos 21 
Exercícios – Conceitos básicos 26 
8. REGIMES DE APURAÇÃO DO RESULTADO 35 
9. CONTABILIZAÇÃO DAS DESPESAS 39 
10. CONTABILIDAÇÃO DAS RECEITAS 42 
Exercícios – Regimes Contábeis 43 
11. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 44 
Exercícios 49 
12. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE – ART. 187 54 
Exercícios 54 
13. BALANÇO PATRIMONIAL – ART’s. 178 a 184 54 
Exercícios 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1- Conceito: 
 
Antes de conceituarmos Ciências Contábeis, devemos conhecer algumas de suas 
características importantes: 
 
1. Ciência - comprovadamente a Contabilidade é estudada como uma Ciência, embora 
em estudos realizados quanto sua evolução, podemos analisar que a contabilidade já 
foi considerada para muitos uma arte de registrar e memorizar fatos ocorridos, e mais 
recentemente como uma técnica de registros definida através da metodologia das 
partidas dobradas. O que os estudiosos discutem hoje em dia, é se a contabilidade é 
uma Ciência Exata ou Social; 
2. Fatos mensuráveis economicamente - a contabilidade é a Ciência que estuda os 
fatos que podem ser mensuráreis em dinheiro, ou seja, podem ser representados 
quantitativamente em moeda; 
3. Azienda - é o campo de aplicação de tal ciência. Pode ser entendido como Entidade ou 
toda Pessoa Física ou Pessoa Jurídica. 
4. Patrimônio - é o objeto de estudos; 
5. Informações - a contabilidade coleta os dados, registra-os, processa-os e produz 
informações úteis sobre a situação patrimonial da azienda; 
6. Usuários - a quem se destinam as informações que a contabilidade subsidia. 
 
Após o entendimento dessas seis características básicas, podemos conceituar a Ciência 
Contábil, como por exemplo: 
 
a) É uma Ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do 
patrimônio da empresa, com plena fundamentação epistemológica (episteme - ciência, 
conhecimento; λόγος [logos é um ramo relacionados com a crença e o conhecimento). 
b) É uma Ciência que estuda, registra e controla o patrimônio, com a finalidade de fornecer 
dados à administração da entidade ou a terceiros sobre a situação econômico-financeira 
dessa entidade, seja ela com ou sem fins lucrativos. 
c) É o meio pelo qual se efetua todo e qualquer registro pertinente à economia de uma entidade. 
d) É a Ciência que tem por objetivo estudar o sistema da riqueza administrativa a fim de observar 
se ela atinge os fins propostos pelo sujeito aziendal. 
 
1.1 Campo de Aplicação 
• Aziendas ou Entidades 
 
AZIENDA - Entidade econômico-administrativas, assim chamadas àquelas que, para 
atingirem seu objetivo, seja ele econômico ou social, utilizam bens patrimoniais e necessitam de um 
órgão administrativo, ou ainda, toda Pessoa Física ou Jurídica que tem um Patrimônio e sobre ele 
detém o poder decisório. 
 
 ENTIDADES - Pessoa Física ou Pessoa Jurídica 
 
 
1.1.1 Caráter: 
a) Econômico - Objetiva o lucro. Exemplo: Empresas comerciais. 
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b) Social - Prestam serviços à coletividade, sem objetivar lucro. Exemplo: Associações 
Beneficentes. 
 
1.1.2 Tipos: 
a) Públicas - Organizadas e mantidas pelo governo. 
b) Particulares - organizadas e mantidas por particulares. 
c) Mistas - envolvem os dois grupos. 
 
1.2 Objeto de Estudos: 
 
PATRIMÔNIO - é o meio que leva o homem à satisfação de suas necessidades primárias e 
até supérfluas e que o homem não tem limites nos seus desejos de riqueza. 
Para muitos autores, Patrimônio é um conjunto constituído de Bens, Direitos e Obrigações. 
Contudo, devemos entender o Patrimônio como sendo tudo aquilo que vem de encontro à satisfação 
da Empresa ou de quem a contabilidade está servindo; seja ela pessoa física ou jurídica. 
 
1.3 Finalidade: 
Fornecer aos usuários, independente de sua natureza, um conjunto básico de informações 
que, presumivelmente, deveria atender igualmente bem a todos os tipos de usuários, ou melhor, 
construir um arquivo básico de informação contábil, que possa ser utilizado, de forma flexível, por 
vários tipos de usuários, cada qual com seu objetivo. 
 
1.4 Usuários: 
• Internos - são os que utilizam a contabilidade com a finalidade de controle e planejamento. 
Este usuário é preferencial. Exemplos: Administradores, Gerentes, Diretores, etc. 
• Externos - são aqueles que estão fora da empresa. Eles não têm acesso aos documentos que 
deram origem à informação contábil. Exemplos: Bancos, Fornecedores, Clientes, Investidores, 
Governo, etc. 
 
PRINCIPAIS METAS DE CADA TIPO DE USUÁRIO 
USUÁRIO TIPO DE INFORMAÇÃO MAIS IMPORTANTE 
Acionista minoritário
Fluxo regular de dividendos. 
Acionista majoritário Fluxo de dividendos, valor de mercado da ação, lucro por ação. 
Acionista preferencial Fluxo de dividendos mínimos ou fixos. 
Emprestadores em geral Geração de fluxo de caixa futuros suficientes para receber de volta o 
capital mais os juros, com segurança. 
Entidades governamentais Valor adicionado, produtividade, lucro tributável. 
Empregados em geral, como 
assalariados. 
Fluxo de caixa futuro capaz de assegurar bons aumentos ou 
manutenção de salários, com segurança; liquidez. 
Média e alta administração Retorno sobre o ativo, retorno sobre o patrimônio líquido; situação de 
liquidez e endividamentos confortáveis. 
 
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“UM LEITOR BEM INFORMADO É CAPAZ DE SELECIONAR A INFORMAÇÃO DE QUE ELE PRECISA E FAZER UMA ESCOLHA 
E DECISÃO ADEQUADA”. 
 
“É IMPORTANTE LEMBRAR QUE O PATRIMÔNIO TAMBÉM É OBJETO DE OUTRAS CIÊNCIAS SOCIAIS COMO A ECONOMIA, 
DIREITO E ADMINISTRAÇÃO”. 
 
1.5 Profissão Contábil 
O Contador no Brasil hoje é uma peça essencial para qualquer entidade, pois sua principal 
função que é de produzir informações aos usuários da contabilidade para a tomada de decisão. 
 
QUADRO RESUMO DOS CAMPOS DE TRABALHO DO CONTADOR: 
 
Empresa 
 
Contador geral, contador de custos, controller (contador gerencial), 
subcontador, auditor interno, contador fiscal, cargos 
administrativos. 
Profissional independente Auditor independente, consultor, escritório de contabilidade, perito 
contábil. 
Educacional Professor, pesquisador, escritor, consultor. 
Órgão público Contador público (civil ou militar), fiscal de tributos, controlador de 
arrecadação, tribunal de contas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 – Princípios Contábeis: 
 
� Princípios contábeis: São premissas básicas acerca dos fenômenos e eventos contemplados pela 
Contabilidade; premissas que são a materialização da análise e observação da realidade econômica, 
social e institucional. 
� Os Princípios (conceitos) Contábeis Geralmente Aceitos (PCGA´s) são divididos em: 
a) Postulados; 
b) Princípios contábeis propriamente ditos; 
c) Convenções 
� Os postulados são dogmas ou premissas que não precisam ser demonstrados ou comprovados, mas 
que há aceitação geral, sem nenhum questionamento. Enunciam as condições sociais, econômicas e 
institucionais dentro das quais a Contabilidade atua. 
 
� Os princípios propriamente ditos representam a resposta da disciplina contábil aos postulados; é uma 
verdadeira postura filosófica e também prática diante do que, antes, apenas contemplávamos e 
admitíamos. 
 
� As convenções são restrições à aplicabilidade dos princípios e postulados, estabelecendo-lhes 
condicionamento de aplicação e delimitando-lhes o conceito. 
 
 
� A hierarquização dos princípios. 
 
Edifício Contábil 
 
� Postulados 
 1)Entidade (art. 4º) 
 2) Continuidade (art. 5º) 
 
� Princípios 
 3) Oportunidade (art. 6º) 
 4) Registro pelo Valor Original (art. 7º) 
Convenções 
Princípios 
Postulados 
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 5) Atualização Monetária (art. 8º) 
 6) Competência (art. 9º) 
 
� Convenções 
 7) Prudência (art. 10º) 
Resolução CFC n.º 750/93 
 
(Esta Resolução possui o Apêndice II aprovado pela Resolução CFC nº 1111/07). 
 
Dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC). 
Dispõe sobre os Princípios de Contabilidade (PC). (Redação dada pela Resolução CFC 
nº. 1.282/10) 
 
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas 
atribuições legais e regimentais, 
 
CONSIDERANDO que a evolução da última década na área da Ciência 
Contábil reclama a atualização substantiva e adjetiva dos Princípios Fundamentais de Contabilidade 
a que se refere a Resolução CFC 530/81, 
CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentação apropriada para 
interpretação e aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade, (Redação dada pela Resolução 
CFC nº. 1.282/10) 
 
RESOLVE: 
 
CAPÍTULO I 
DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA 
 
Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE (PFC) 
os enunciados por esta Resolução. 
 
§ 1º A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício 
da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). 
 
§ 2º Na aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade há situações concretas e a 
essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. 
Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por 
esta Resolução. 
 
§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e 
constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). 
 
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§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a essência das 
transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
CAPÍTULO II 
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO 
 
Art. 2º Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência 
das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à 
Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. 
Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e 
teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos 
científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo 
de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
 
Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade: 
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC 
nº. 1.282/10) 
 
I) o da ENTIDADE; 
 
II) o da CONTINUIDADE; 
 
III) o da OPORTUNIDADE; 
 
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
 
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
 
VI) o da COMPETÊNCIA; e 
 
VII) o da PRUDÊNCIA. 
 
SEÇÃO I 
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
 
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e 
afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no 
universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto 
de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins 
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lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus 
sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
 
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é 
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova 
ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. 
SEÇÃO II 
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
 
Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida definida 
ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações 
patrimoniais, quantitativas e qualitativas. 
 
§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos 
casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem 
prazo determinado, previsto ou previsível. 
 
§ 2º A observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável
à correta 
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação 
dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir 
a capacidade futura de geração de resultado. 
 
Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em 
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio 
levam em conta esta circunstância. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
SEÇÃO III 
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE 
 
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à 
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que 
este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as 
originaram. 
 
Parágrafo único – Como resultado da observância do Princípio da 
OPORTUNIDADE: 
 
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais 
deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência; 
 
II – o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, 
contemplando os aspectos físicos e monetários; 
 
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III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas 
no patrimônio da ENTIDADE, em um período de tempo determinado, base necessária para gerar 
informações úteis ao processo decisório da gestão. 
 
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. 
 
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na 
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário 
ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
SEÇÃO IV 
 
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL 
 
Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores 
originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que 
serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem 
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE. 
Parágrafo único – Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL 
resulta: 
 
I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos 
valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos 
ou da imposição destes; 
 
II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão 
ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição em elementos 
e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais; 
 
III – o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como 
parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste; 
 
IV – os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do REGISTRO PELO VALOR 
ORIGINAL são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e 
mantém atualizado o valor de entrada; 
 
V – o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes 
patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos. 
 
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do 
patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em 
moeda nacional. 
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 § 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e 
combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 
 
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em 
caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los 
na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos 
em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de 
caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e 
 
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes 
patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: 
 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de 
caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na 
data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação 
na data ou no período das demonstrações contábeis; 
 
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, 
os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos 
valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para 
liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; 
 
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de 
entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da 
Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida 
de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da 
Entidade; 
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre 
partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e 
 
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e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional 
devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos 
valores dos componentes patrimoniais. 
 
§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária: 
 
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade 
constante em termos do poder aquisitivo; 
 
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é 
necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam 
substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do 
Patrimônio Líquido; e 
 
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente 
o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou 
outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado 
período. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
O PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA 
 
Art. 8º Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser 
reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos 
componentes patrimoniais. 
 
Parágrafo único – São resultantes da adoção do Princípio da ATUALIZAÇÃO 
MONETÁRIA: 
 
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade 
constante em termos do poder aquisitivo; 
 
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações 
originais (art. 7º), é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que 
permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por 
conseqüência, o do patrimônio líquido; 
 
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão-somente, 
o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de
indexadores, ou 
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outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado 
período. (Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
SEÇÃO VI 
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA 
 
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do 
resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
 
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo 
ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes 
para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da 
OPORTUNIDADE. 
 
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, 
é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração. 
 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
 
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou 
assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens 
anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta prestados; 
 
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o 
motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 
 
III – pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção 
de terceiros; 
 
IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções. 
 
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas: 
 
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de 
sua propriedade para terceiro; 
 
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; 
 
III – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. 
 
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do 
recebimento ou pagamento. 
 
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Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da 
confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
 
SEÇÃO VII 
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 
 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para 
os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas 
igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
 
§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte 
menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais 
Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
 
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau 
de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de 
incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas 
não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da PRUDÊNCIA somente se 
aplica às mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do 
Princípio da COMPETÊNCIA. (Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para definição dos 
valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de 
grau variável. (Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
Art. 11. A inobservância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade 
constitui infração nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946 
e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. 
Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas 
alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicável, 
ao Código de Ética Profissional do Contabilista. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Art. 12. Revogada a Resolução CFC n.º 530/81, esta Resolução entra em vigor 
a partir de 1º de janeiro de 1994. 
 
 
Brasília, 29 de dezembro de 1993. 
 
 
Contador IVAN CARLOS GATTI 
Presidente 
 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 17
3 – Patrimônio 
 
3.1- Bens - tudo o que pode ser avaliado economicamente e que satisfaça as necessidades 
humanas. 
Podemos classificar os bens em: 
• Tangíveis, Corpóreos, Concretos ou Materiais - aqueles que têm existência física; 
existem como coisa ou objeto. 
• Bens Intangíveis, Incorpóreos, Abstratos ou Imateriais - aqueles que não possuem 
existência física, porém, representam uma aplicação de capital indispensável aos objetivos da 
empresa, como: Marcas e Patente, Direitos Autorais, Ponto Comercial, Fundo de Comércio, etc. 
 
3.2- Direitos- Valores a receber de terceiros, por vendas a prazo ou valores de nossa propriedade 
que se encontram em posse de terceiros. Geralmente vêm acompanhados da expressão “a 
Receber”. 
 
ELEMENTOS EXPRESSÕES 
Duplicatas a receber 
Promissórias a receber 
Impostos a recuperar 
 
 
3.3 - Obrigações- São dívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natureza, assumidos 
perante terceiros, ou bens de terceiros que se encontram em nossa posse. Geralmente vêm 
acompanhados da expressão “a Pagar”. 
ELEMENTOS EXPRESSÕES 
Duplicatas a pagar 
Promissórias a pagar 
Impostos a recolher 
 
3.4 - Aspectos do Patrimônio 
3.4.1 - Qualitativo - dá qualidade, é o nome de cada conta; 
3.4.2 Quantitativo - valoriza monetariamente cada conta. 
3.4.3 Representação gráfica do Patrimônio 
• Forma: Gráfico em “T” 
• Lado Esquerdo: Bens e Direitos 
• Lado Direito: Obrigações com terceiros e com o proprietário. 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 18
 P A T R I M Ô N I O - Aspectos 
QUALITATIVO QUANTITATIVO QUALITATIVO QUANTITATIVO 
BENS OBRIGAÇÕES 
Dinheiro 50,00 Dupl. a pagar 50,00 
Veículos 100,00 Imposto. a 
recolher 
 65,00 
Máquinas 50,00 Fornecedores 80,00 
DIREITOS 
Dupl. a receber 80,00 
Prom. a receber 15,00 Capital 100,00 
TOTAIS 295,00 TOTAIS 295,00 
 
3.5 Composição Patrimonial: 
 
O Patrimônio é dividido em três partes, a saber: 
1- Parte - Ativo (A) - parte positiva, composta de bens e direitos, também denominada 
de Patrimônio Bruto ou de Capital Total a disposição da empresa, pois é a soma das 
Origens de Capital de Terceiros e de Capital Próprio. É a parte esquerda do gráfico 
patrimonial 
2- Parte - Passivo Exigível (PE) - parte negativa, composta das obrigações com 
terceiros, também chamado de Capital de Terceiros ou Obrigações Exigíveis. É a 
parte direita do gráfico patrimonial. 
3- Parte - Patrimônio Líquido (PL) ou Situação Líquida (SL) - também chamado de 
Saldo Patrimonial, Capital Próprio ou Obrigações Inexigíveis. É a diferença entre o 
Ativo e o Passivo Exigível. O Patrimônio Líquido representa as obrigações da 
entidade para com os sócios ou acionistas (proprietários) e indica a diferença entre o 
valor dos Bens e Direitos (Ativo) e o valor das Obrigações com terceiros (Passivo 
Exigível). Essa parte diferencial (PL/SL), também localizada do lado direito, é que vai 
medir ou avaliar a situação ou condição da entidade, sendo definida pela Equação 
Patrimonial. 
 
3.5.1 Equação Fundamental da Contabilidade: 
 
A = P + PL 
 
 
3.5.1.1 - Situações líquidas ou estados patrimoniais 
 
1ª) Situação Favorável ou Positiva = PL + ou SL + ou A
> P, PL > 0 
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) excedem o valor das obrigações com terceiros 
(Passivo Exigível) 
 
 
 
 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 19
Exemplo: 
 PATRIMÔNIO 
A T I V O + P A S S I V O ( - ) 
Bens.................................. 
4.000,00 
Obrigações........................ 
2.000,00 
Direitos.............................. 
3.000,00 
PL/SL................................ 
5.000,00 
TOTAL...............................7.0
00,00 
TOTAL...............................7.0
00,00 
 
 
 
PL/SL = A (-) PE 
PL/SL = 7.000 (-) 2.000 = 5.000 
 
2ª) Situação Desfavorável ou Negativo ou Passivo a Descoberto = PL (-) ou SL (-) ou 
A<P, PL < 0. 
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem menores que as obrigações com terceiros 
(Passivo Exigível). 
Exemplo: 
 
 PATRIMÔNIO 
 
 OU 
 
 
 
A T I V O + P A S S I V O ( - ) 
Bens.................................. 
4.000,00 
Obrigações....................... 
8.000,00 
Direitos.............................. 
3.000,00 
PL/SL...............................(1.0
00,00) 
TOTAL...............................7.0
00,00 
TOTAL...............................7.0
00,00 
A T I V O + P A S S I V O ( - ) 
Bens.................................. 
4.000,00 
Obrigações....................... 
8.000,00 
Direitos.............................. 
3.000,00 
PL ..................................... 
0,00 
PL/SL 
...............................1.000,00 
 
TOTAL...............................8.0
00,00 
TOTAL.............................. 
..8.000,00 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 20
 PL/SL = A (-) PE 
PL/SL = 7.000 (-) 8.000 =(1.000) 
 
→Atenção: Quando a expressão está entre parênteses, significa que seu valor é 
negativo. 
 
→Atenção: O Patrimônio Bruto é igual ao Ativo. Ativo (Patrimônio Bruto) – Passivo = 
Patrimônio Líquido. 
 
3ª) Situação Líquida Inconcebível/Negativa = A=0, P=(PL) 
Ocorre quando da Situação anterior, a empresa utilizar seus bens e direitos (Ativo) para 
pagamento de suas dívidas no Passivo; nessa hipótese o Patrimônio Líquido será negativo no 
montante do Passivo. 
 
 
Exemplo: 
 
 PATRIMÔNIO 
A T I V O + P A S S I V O ( - ) 
Bens.................................. 
- 
Obrigações......................... 
1.000,00 
Direitos.............................. 
- 
PL/SL................................ 
(1.000,00) 
TOTAL.............................. 
0 
TOTAL............................... 
0 
 
 
 
A = P + PL/SL 
 A = 1.000 + (1.000) = 0 
 
 
 
4ª) Situação Nula ou de Equilíbrio aparente = A=PE, PL=0. 
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem iguais às obrigações com terceiros (Passivo 
Exigível); nessa hipótese o Patrimônio Líquido será nulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 21
 
Exemplo: 
 
 
 PATRIMÔNIO 
A T I V O + P A S S I V O ( - ) 
Bens.................................. 
4.000,00 
Obrigações....................... 
7.000,00 
Direitos.............................. 
3.000,00 
PL/SL............................... 
- 
TOTAL...............................7.0
00,00 
TOTAL...............................7.0
00,00 
 
PL/SL = A (-) PE 
PL/SL = 7.000 (-) 7.000 = 0 
 
 
 
5ª) Situação Plena ou Propriedade total dos Ativos = A=PL, PE=0) 
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem iguais ao Patrimônio Líquido; nessa hipótese, 
as obrigações (dívidas) com terceiros serão inexistentes. 
 
 
Exemplo: 
 
 PATRIMÔNIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
PL/SL = A (-) PE 
 PL/SL = 6.000 (-)6.000 = 0 
 
 
→Atenção: Essa situação, na prática, dificilmente ocorrerá; pode acontecer, eventualmente, no 
início das operações da entidade. 
 
A T I V O + P A S S I V O ( - ) 
Bens.................................. 
3.000,00 
Obrigações....................... 
- 
Direitos.............................. 
3.000,00 
PL/SL................................6.00
0,00 
TOTAL...............................6.0
00,00 
TOTAL...............................6.0
00,00 
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 22
 
 
RESOLUÇÃO CFC N.º 1.374/11 
 
 
Dá nova redação à NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – 
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de 
Relatório Contábil-Financeiro. 
(PARTE) 
Premissa subjacente 
 
Continuidade 
 
4.1. As demonstrações contábeis normalmente são elaboradas tendo como premissa que a 
entidade está em atividade (going concern assumption) e irá manter-se em operação por um 
futuro previsível. Desse modo, parte-se do pressuposto de que a entidade não tem a 
intenção, nem tampouco a necessidade, de entrar em processo de liquidação ou de reduzir 
materialmente a escala de suas operações. Por outro lado, se essa intenção ou necessidade 
existir, as demonstrações contábeis podem ter que ser elaboradas em bases diferentes e, 
nesse caso, a base de elaboração utilizada deve ser divulgada. 
 
Elementos das demonstrações contábeis 
 
4.2 As demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações e 
outros eventos, por meio do grupamento dos mesmos em classes amplas de acordo com as 
suas características econômicas. Essas classes amplas são denominadas de elementos das 
demonstrações contábeis. Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição 
patrimonial e financeira no balanço patrimonial são os ativos, os passivos e o patrimônio 
líquido. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração do desempenho na 
demonstração do resultado são as receitas e as despesas. A demonstração das mutações na 
posição financeira usualmente reflete os elementos da demonstração do resultado e as 
alterações nos elementos do balanço patrimonial. Assim, esta Estrutura Conceitual não 
identifica qualquer elemento que seja exclusivo dessa demonstração. 
 
4.3. A apresentação desses elementos no balanço patrimonial e na demonstração do resultado 
envolve um processo de subclassificação. Por exemplo, ativos e passivos podem ser 
classificados por sua natureza ou função nos negócios da entidade, a fim de mostrar as 
informações da maneira mais útil aos usuários para fins de tomada de decisões econômicas. 
 
Posição patrimonial e financeira 
 
4.4. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial e 
financeira são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido. Estes são definidos como segue: 
(a) ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do 
qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade; 
(b) passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 23
liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar 
benefícios econômicos; 
(c) patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos 
os seus passivos. 
 
4.5. As definições de ativo e de passivo identificam suas características essenciais, mas não 
procuram especificar os critérios que precisam ser observados para que eles possam ser 
reconhecidos no balanço patrimonial. Desse modo, as definições abrangem itens que não são 
reconhecidos como ativos ou como passivos no balanço patrimonial em função de não 
satisfazerem os critérios de reconhecimento discutidos nos itens 4.37 a 4.53. 
Especificamente, a expectativa de que futuros benefícios econômicos fluam
para a entidade 
ou saiam da entidade deve ser suficientemente certa para que seja observado o critério de 
probabilidade do item 4.38, antes que um ativo ou um passivo seja reconhecido. 
 
4.6. Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-
se atentar para a sua essência subjacente e realidade econômica e não apenas para sua 
forma legal. Assim, por exemplo, no caso do arrendamento mercantil financeiro, a essência 
subjacente e a realidade econômica são a de que o arrendatário adquire os benefícios 
econômicos do uso do ativo arrendado pela maior parte da sua vida útil, em contraprestação 
de aceitar a obrigação de pagar por esse direito valor próximo do valor justo do ativo e o 
respectivo encargo financeiro. Dessa forma, o arrendamento mercantil financeiro dá origem a 
itens que satisfazem à definição de ativo e de passivo e, portanto, devem ser reconhecidos 
como tais no balanço patrimonial do arrendatário. 
 
4.7. Balanços patrimoniais elaborados de acordo com as normas, interpretações e comunicados 
técnicos vigentes podem incluir itens que não satisfaçam às definições de ativo ou de passivo 
e que não sejam tratados como parte do patrimônio líquido. As definições estabelecidas no 
item 4.4 devem, por outro lado, subsidiar futuras revisões a serem promovidas nos 
documentos vigentes, bem como na formulação de normas, interpretações e comunicados 
técnicos adicionais. 
 
Ativos 
 
4.8. O benefício econômico futuro incorporado a um ativo é o seu potencial em contribuir, direta 
ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade. Tal 
potencial pode ser produtivo, quando o recurso for parte integrante das atividades 
operacionais da entidade. Pode também ter a forma de conversibilidade em caixa ou 
equivalentes de caixa ou pode ainda ser capaz de reduzir as saídas de caixa, como no caso 
de processo industrial alternativo que reduza os custos de produção. 
 
4.9. A entidade geralmente emprega os seus ativos na produção de bens ou na prestação de 
serviços capazes de satisfazer os desejos e as necessidades dos consumidores. Tendo em 
vista que esses bens ou serviços podem satisfazer esses desejos ou necessidades, os 
consumidores se predispõem a pagar por eles e a contribuir assim para o fluxo de caixa da 
entidade. O caixa por si só rende serviços para a entidade, visto que exerce um comando 
sobre os demais recursos. 
 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 24
4.10. Os benefícios econômicos futuros incorporados a um ativo podem fluir para a entidade de 
diversas maneiras. Por exemplo, o ativo pode ser: 
(a) usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de bens ou na 
prestação de serviços a serem vendidos pela entidade; 
(b) trocado por outros ativos; 
(c) usado para liquidar um passivo; ou 
(d) distribuído aos proprietários da entidade. 
 
4.11. Muitos ativos, como, por exemplo, itens do imobilizado, têm forma física. Entretanto, a forma 
física não é essencial para a existência de ativo. Assim sendo, as patentes e os direitos 
autorais, por exemplo, são considerados ativos, caso deles sejam esperados que benefícios 
econômicos futuros fluam para a entidade e caso eles sejam por ela controlados. 
 
4.12. Muitos ativos, como, por exemplo, contas a receber e imóveis, estão associados a direitos 
legais, incluindo o direito de propriedade. Ao determinar a existência do ativo, o direito de 
propriedade não é essencial. Assim, por exemplo, um imóvel objeto de arrendamento 
mercantil será um ativo, caso a entidade controle os benefícios econômicos que são 
esperados que fluam da propriedade. Embora a capacidade de a entidade controlar os 
benefícios econômicos normalmente resulte da existência de direitos legais, o item pode, 
contudo, satisfazer à definição de ativo mesmo quando não houver controle legal. Por 
exemplo, o conhecimento (know-how) obtido por meio da atividade de desenvolvimento de 
produto pode satisfazer à definição de ativo quando, mantendo esse conhecimento (know-
how) em segredo, a entidade controlar os benefícios econômicos que são esperados que 
fluam desse ativo. 
 
4.13. Os ativos da entidade resultam de transações passadas ou de outros eventos passados. As 
entidades normalmente obtêm ativos por meio de sua compra ou produção, mas outras 
transações ou eventos podem gerar ativos. Por exemplo, um imóvel recebido de ente 
governamental como parte de programa para fomentar o crescimento econômico de dada 
região ou a descoberta de jazidas minerais. Transações ou eventos previstos para ocorrer no 
futuro não dão origem, por si só, ao surgimento de ativos. Desse modo, por exemplo, a 
intenção de adquirir estoques não atende, por si só, à definição de ativo. 
 
4.14. Há uma forte associação entre incorrer em gastos e gerar ativos, mas ambas as atividades 
não são necessariamente indissociáveis. Assim, o fato de a entidade ter incorrido em gasto 
pode fornecer uma evidência de busca por futuros benefícios econômicos, mas não é prova 
conclusiva de que um item que satisfaça à definição de ativo tenha sido obtido. De modo 
análogo, a ausência de gasto relacionado não impede que um item satisfaça à definição de 
ativo e se qualifique para reconhecimento no balanço patrimonial. Por exemplo, itens que 
foram doados à entidade podem satisfazer à definição de ativo. 
 
Passivos 
 
4.15. Uma característica essencial para a existência de passivo é que a entidade tenha uma 
obrigação presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou de 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 25
desempenhar uma dada tarefa de certa maneira. As obrigações podem ser legalmente 
exigíveis em consequência de contrato ou de exigências estatutárias. Esse é normalmente o 
caso, por exemplo, das contas a pagar por bens e serviços recebidos. Entretanto, obrigações 
surgem também de práticas usuais do negócio, de usos e costumes e do desejo de manter 
boas relações comerciais ou agir de maneira equitativa. Desse modo, se, por exemplo, a 
entidade que decida, por questão de política mercadológica ou de imagem, retificar defeitos 
em seus produtos, mesmo quando tais defeitos tenham se tornado conhecidos depois da 
expiração do período da garantia, as importâncias que espera gastar com os produtos já 
vendidos constituem passivos. 
 
4.16. Deve-se fazer uma distinção entre obrigação presente e compromisso futuro. A decisão da 
administração de uma entidade para adquirir ativos no futuro não dá origem, por si só, a uma 
obrigação presente. A obrigação normalmente surge somente quando um ativo é entregue ou 
a entidade ingressa em acordo irrevogável para adquirir o ativo. Nesse último caso, a 
natureza irrevogável do acordo significa que as consequências econômicas de deixar de 
cumprir a obrigação, como, por exemplo, em função da existência de penalidade contratual 
significativa, deixam a entidade com pouca, caso haja alguma, liberdade para evitar o 
desembolso de recursos em favor da outra parte. 
 
4.17. A liquidação de uma obrigação presente geralmente implica a utilização, pela entidade, de 
recursos incorporados de benefícios econômicos a fim de satisfazer a demanda da outra 
parte. A liquidação de uma obrigação presente pode ocorrer de diversas maneiras, como, por 
exemplo, por meio de: 
(a) pagamento em caixa; 
(b) transferência de outros ativos; 
(c) prestação de serviços; 
(d) substituição da obrigação por outra; ou 
(e) conversão da obrigação em item do patrimônio líquido. 
 A obrigação pode também ser extinta por outros meios, tais como pela renúncia do credor ou 
pela perda dos seus direitos. 
 
4.18. Passivos resultam de transações ou outros eventos passados. Assim, por exemplo, a 
aquisição de bens e o uso de serviços dão origem a contas a pagar (a não ser que pagos 
adiantadamente ou na entrega) e o recebimento de empréstimo bancário
resulta na obrigação 
de honrá-lo no vencimento. A entidade também pode ter a necessidade de reconhecer como 
passivo os futuros abatimentos baseados no volume das compras anuais dos clientes. Nesse 
caso, a venda de bens no passado é a transação que dá origem ao passivo. 
 
4.19. Alguns passivos somente podem ser mensurados por meio do emprego de significativo grau 
de estimativa. No Brasil, denominam-se esses passivos de provisões. A definição de passivo, 
constante do item 4.4, segue uma abordagem ampla. Desse modo, caso a provisão envolva 
uma obrigação presente e satisfaça os demais critérios da definição, ela é um passivo, ainda 
que seu montante tenha que ser estimado. Exemplos concretos incluem provisões para 
pagamentos a serem feitos para satisfazer acordos com garantias em vigor e provisões para 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 26
fazer face a obrigações de aposentadoria. 
 
Patrimônio líquido 
 
4.20. Embora o patrimônio líquido seja definido no item 4.4 como algo residual, ele pode ter 
subclassificações no balanço patrimonial. Por exemplo, na sociedade por ações, recursos 
aportados pelos sócios, reservas resultantes de retenções de lucros e reservas 
representando ajustes para manutenção do capital podem ser demonstrados separadamente. 
Tais classificações podem ser relevantes para a tomada de decisão dos usuários das 
demonstrações contábeis quando indicarem restrições legais ou de outra natureza sobre a 
capacidade que a entidade tem de distribuir ou aplicar de outra forma os seus recursos 
patrimoniais. Podem também refletir o fato de que determinadas partes com direitos de 
propriedade sobre a entidade têm direitos diferentes com relação ao recebimento de 
dividendos ou ao reembolso de capital. 
 
4.21. A constituição de reservas é, por vezes, exigida pelo estatuto ou por lei para dar à entidade e 
seus credores uma margem maior de proteção contra os efeitos de prejuízos. Outras reservas 
podem ser constituídas em atendimento a leis que concedem isenções ou reduções nos 
impostos a pagar quando são feitas transferências para tais reservas. A existência e o 
tamanho de tais reservas legais, estatutárias e fiscais representam informações que podem 
ser importantes para a tomada de decisão dos usuários. As transferências para tais reservas 
são apropriações de lucros acumulados, portanto, não constituem despesas. 
 
4.22. O montante pelo qual o patrimônio líquido é apresentado no balanço patrimonial depende da 
mensuração dos ativos e passivos. Normalmente, o montante agregado do patrimônio líquido 
somente por coincidência corresponde ao valor de mercado agregado das ações da entidade 
ou da soma que poderia ser obtida pela venda dos seus ativos líquidos numa base de item-
por-item, ou da entidade como um todo, tomando por base a premissa da continuidade (going 
concern basis). 
 
4.23. Atividades comerciais e industriais, bem como outros negócios são frequentemente exercidos 
por meio de firmas individuais, sociedades limitadas, entidades estatais e outras organizações 
cujas estruturas, legal e regulamentar, em regra, são diferentes daquelas aplicáveis às 
sociedades por ações. Por exemplo, pode haver poucas restrições, caso haja, sobre a 
distribuição aos proprietários ou a outros beneficiários de montantes incluídos no patrimônio 
líquido. Não obstante, a definição de patrimônio líquido e os outros aspectos dessa Estrutura 
Conceitual que tratam do patrimônio líquido são igualmente aplicáveis a tais entidades. 
 
Performance 
 
4.24. O resultado é frequentemente utilizado como medida de performance ou como base para 
outras medidas, tais como o retorno do investimento ou o resultado por ação. Os elementos 
diretamente relacionados com a mensuração do resultado são as receitas e as despesas. O 
reconhecimento e a mensuração das receitas e despesas e, consequentemente, do 
resultado, dependem em parte dos conceitos de capital e de manutenção de capital adotados 
pela entidade na elaboração de suas demonstrações contábeis. Esses conceitos estão 
expostos nos itens 4.57 a 4.65. 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 27
 
4.25. Os elementos de receitas e despesas são definidos como segue: 
(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma 
da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam 
em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição 
dos detentores dos instrumentos patrimoniais; 
(b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a 
forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que 
resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com 
distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais. 
 
4.26. As definições de receitas e despesas identificam suas características essenciais, mas não 
são uma tentativa de especificar os critérios que precisam ser satisfeitos para que sejam 
reconhecidas na demonstração do resultado. Os critérios para o reconhecimento das receitas 
e despesas estão expostos nos itens 4.37 a 4.53. 
 
4.27. As receitas e as despesas podem ser apresentadas na demonstração do resultado de 
diferentes maneiras, de modo a serem prestadas informações relevantes para a tomada de 
decisões econômicas. Por exemplo, é prática comum distinguir os itens de receitas e 
despesas que surgem no curso das atividades usuais da entidade daqueles que não surgem. 
Essa distinção é feita considerando que a origem de um item é relevante para a avaliação da 
capacidade que a entidade tem de gerar caixa ou equivalentes de caixa no futuro. Por 
exemplo, atividades incidentais como a venda de um investimento de longo prazo são 
improváveis de voltarem a ocorrer em base regular. Quando da distinção dos itens dessa 
forma, deve-se levar em conta a natureza da entidade e suas operações. Itens que resultam 
das atividades usuais de uma entidade podem não ser usuais em outras entidades. 
 
4.28. A distinção entre itens de receitas e de despesas e a sua combinação de diferentes maneiras 
também permitem demonstrar várias formas de medir a performance da entidade, com maior 
ou menor grau de abrangência dos itens. Por exemplo, a demonstração do resultado pode 
apresentar a margem bruta, o lucro ou o prejuízo das atividades usuais antes dos tributos 
sobre o resultado, o lucro ou o prejuízo das atividades usuais depois desses tributos e o lucro 
ou prejuízo líquido. 
 
Receitas 
 
4.29. A definição de receita abrange tanto receitas propriamente ditas quanto ganhos. A receita 
surge no curso das atividades usuais da entidade e é designada por uma variedade de 
nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos, royalties, aluguéis. 
 
4.30. Ganhos representam outros itens que se enquadram na definição de receita e podem ou não 
surgir no curso das atividades usuais da entidade, representando aumentos nos benefícios 
econômicos e, como tais, não diferem, em natureza, das receitas. Consequentemente, não 
são considerados como elemento separado nesta Estrutura Conceitual. 
 
4.31. Ganhos incluem, por exemplo, aqueles que resultam da venda de ativos não circulantes. A 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 28
definição de receita também inclui ganhos não realizados. Por exemplo, os que resultam da 
reavaliação de títulos e valores mobiliários negociáveis e os que resultam de aumentos no 
valor contábil de ativos de longo prazo. Quando esses ganhos são reconhecidos na 
demonstração do resultado, eles são usualmente apresentados separadamente, porque sua 
divulgação é útil para fins de tomada de decisões econômicas. Os ganhos são, em regra, 
reportados líquidos das respectivas despesas. 
 
4.32. Vários tipos de ativos podem ser recebidos
ou aumentados por meio da receita; exemplos 
incluem caixa, contas a receber, bens e serviços recebidos em troca de bens e serviços 
fornecidos. A receita também pode resultar da liquidação de passivos. Por exemplo, a 
entidade pode fornecer mercadorias e serviços ao credor por empréstimo em liquidação da 
obrigação de pagar o empréstimo. 
 
Despesas 
 
4.33. A definição de despesas abrange tanto as perdas quanto as despesas propriamente ditas que 
surgem no curso das atividades usuais da entidade. As despesas que surgem no curso das 
atividades usuais da entidade incluem, por exemplo, o custo das vendas, salários e 
depreciação. Geralmente, tomam a forma de desembolso ou redução de ativos como caixa e 
equivalentes de caixa, estoques e ativo imobilizado. 
 
4.34. Perdas representam outros itens que se enquadram na definição de despesas e podem ou 
não surgir no curso das atividades usuais da entidade, representando decréscimos nos 
benefícios econômicos e, como tais, não diferem, em natureza, das demais despesas. 
Consequentemente, não são consideradas como elemento separado nesta Estrutura 
Conceitual. 
 
4.35. Perdas incluem, por exemplo, as que resultam de sinistros como incêndio e inundações, 
assim como as que decorrem da venda de ativos não circulantes. A definição de despesas 
também inclui as perdas não realizadas. Por exemplo, as que surgem dos efeitos dos 
aumentos na taxa de câmbio de moeda estrangeira com relação aos empréstimos da 
entidade a pagar em tal moeda. Quando as perdas são reconhecidas na demonstração do 
resultado, elas são geralmente demonstradas separadamente, pois sua divulgação é útil para 
fins de tomada de decisões econômicas. As perdas são, em regra, reportadas líquidas das 
respectivas receitas. 
 
Ajustes para manutenção de capital 
 
4.36. A reavaliação ou a atualização de ativos e passivos dão margem a aumentos ou a 
diminuições do patrimônio líquido. Embora tais aumentos ou diminuições se enquadrem na 
definição de receitas e de despesas, sob certos conceitos de manutenção de capital eles não 
são incluídos na demonstração do resultado. Em vez disso, tais itens são incluídos no 
patrimônio líquido como ajustes para manutenção do capital ou reservas de reavaliação. 
Esses conceitos de manutenção de capital estão expostos nos itens 4.57 a 4.65 desta 
Estrutura Conceitual. 
 
 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 29
 
4 - Capital e suas Nomenclaturas: 
 
O capital é dividido em: 
- Próprio - Fictício 
- De terceiros = Passivo = Obrigações = Capital Alheio/de terceiros. 
 
O capital próprio corresponde a recursos financeiros ou materiais aplicados na entidade por parte do 
proprietário (sócios), podem ser divididos em: 
 
• Capital Social: É o investimento efetuado pelo(s) sócio(s) e/ou acionista(s), abrangendo 
também valores obtidos pela empresa. 
• Capital Realizado: É a totalidade ou parcela do capital efetivamente integralizado na 
empresa. 
• Capital a Realizar: É o valor do capital social que ainda não foi colocado à disposição da 
empresa. 
 
OBSERVAÇÃO: CAPITAL SOCIAL = CAPITAL NOMINAL = CAPITAL REGISTRADO = CAPITAL 
SUBSCRITO = CAPITAL AUTORIZADO = CAPITAL DECLARADO. 
 
- O Capital de terceiros são todas as dívidas e obrigações de funcionamento ( dívidas 
operacionais) e financiamento (dívidas financeiras) vencíveis no exercício seguinte ou 
após o exercício seguinte. Exemplo: Duplicatas a Pagar, Fornecedores, Impostos a Pagar, 
Debêntures a Pagar e etc. 
 
 
RESOLUÇÃO CFC N.º 1.374/11 
 
Dá nova redação à NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – 
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de 
Relatório Contábil-Financeiro. 
(PARTE) 
 
Conceitos de capital e de manutenção de capital 
 
Conceitos de capital 
 
4.57. O conceito de capital financeiro (ou monetário) é adotado pela maioria das entidades na 
elaboração de suas demonstrações contábeis. De acordo com o conceito de capital 
financeiro, tal como o dinheiro investido ou o seu poder de compra investido, o capital é 
sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio líquido da entidade. Segundo o conceito de capital 
físico, tal como capacidade operacional, o capital é considerado como a capacidade produtiva 
da entidade baseada, por exemplo, nas unidades de produção diária. 
 
4.58. A seleção do conceito de capital apropriado para a entidade deve estar baseada nas 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 30
necessidades dos usuários das demonstrações contábeis. Assim, o conceito de capital 
financeiro deve ser adotado se os usuários das demonstrações contábeis estiverem 
primariamente interessados na manutenção do capital nominal investido ou no poder de 
compra do capital investido. Se, contudo, a principal preocupação dos usuários for com a 
capacidade operacional da entidade, o conceito de capital físico deve ser adotado. O conceito 
escolhido indica o objetivo a ser alcançado na determinação do lucro, mesmo que possa 
haver algumas dificuldades de mensuração ao tornar operacional o conceito. 
 
Conceitos de manutenção de capital e determinação do lucro 
 
4.59. Os conceitos de capital mencionados no item 4.57 dão origem aos seguintes conceitos de 
manutenção de capital: 
(a) Manutenção do capital financeiro. De acordo com esse conceito, o lucro é considedrado 
auferido somente se o montante financeiro (ou dinheiro) dos ativos líquidos no fim do 
período exceder o seu montante financeiro (ou dinheiro) no começo do período, depois de 
excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o 
período. A manutenção do capital financeiro pode ser medida em qualquer unidade 
monetária nominal ou em unidades de poder aquisitivo constante. 
(b) Manutenção do capital físico. De acordo com esse conceito, o lucro é considerado 
auferido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da 
entidade (ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade) no fim do 
período exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas 
quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período. 
 
4.60. O conceito de manutenção de capital está relacionado com a forma pela qual a entidade 
define o capital que ela procura manter. Ele representa um elo entre os conceitos de capital e 
os conceitos de lucro, pois fornece um ponto de referência para medição do lucro; é uma 
condição essencial para distinção entre o retorno sobre o capital da entidade e a recuperação 
do capital; somente os ingressos de ativos que excedam os montantes necessários para 
manutenção do capital podem ser considerados como lucro e, portanto, como retorno sobre o 
capital. Portanto, o lucro é o montante remanescente depois que as despesas (inclusive os 
ajustes de manutenção do capital, quando for apropriado) tiverem sido deduzidas do 
resultado. Se as despesas excederem as receitas, o montante residual será um prejuízo. 
 
4.61. O conceito de manutenção do capital físico requer a adoção do custo corrente como base de 
mensuração. O conceito de manutenção do capital financeiro, entretanto, não requer o uso de 
uma base específica de mensuração. A escolha da base conforme este conceito depende do 
tipo de capital financeiro que a entidade está procurando manter. 
 
4.62. A principal diferença entre os dois conceitos de manutenção de capital está no tratamento dos 
efeitos das mudanças nos preços dos ativos e passivos da entidade. Em termos gerais, a 
entidade terá mantido seu capital se ela tiver tanto capital no fim do período como tinha no 
início, computados os efeitos das distribuições aos proprietários e seus aportes para o capital 
durante esse período. Qualquer valor além daquele necessário para manter o capital do início 
do período é lucro. 
 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor
Moises Melo 
 
 31
4.63. De acordo com o conceito de manutenção do capital financeiro, por meio do qual o capital é 
definido em termos de unidades monetárias nominais, o lucro representa o aumento do 
capital monetário nominal ao longo do período. Assim, os aumentos nos preços de ativos 
mantidos ao longo do período, convencionalmente designados como ganhos de estocagem, 
são, conceitualmente, lucros. Entretanto, eles podem não ser reconhecidos como tais até que 
os ativos sejam realizados mediante transação de troca. Quando o conceito de manutenção 
do capital financeiro é definido em termos de unidades de poder aquisitivo constante, o lucro 
representa o aumento no poder de compra investido ao longo do período. Assim, somente a 
parcela do aumento nos preços dos ativos que exceder o aumento no nível geral de preços é 
considerada como lucro. O restante do aumento é tratado como ajuste para manutenção do 
capital e, consequentemente, como parte integrante do patrimônio líquido. 
 
4.64. De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, quando o capital é definido em 
termos de capacidade física produtiva, o lucro representa o aumento desse capital ao longo 
do período. Todas as mudanças de preços afetando ativos e passivos da entidade são vistas, 
nesse conceito, como mudanças na mensuração da capacidade física produtiva da entidade. 
Assim sendo, devem ser tratadas como ajustes para manutenção do capital, que são parte do 
patrimônio líquido, e não como lucro. 
 
4.65. A seleção das bases de mensuração e do conceito de manutenção de capital é que 
determina o modelo contábil a ser utilizado na elaboração das demonstrações contábeis. 
Diferentes modelos contábeis apresentam diferentes graus de relevância e confiabilidade e, 
como em outras áreas, a administração deve buscar o equilíbrio entre a relevância e a 
confiabilidade. Esta Estrutura Conceitual é aplicável ao elenco de modelos contábeis e 
fornece orientação para elaboração e apresentação das demonstrações contábeis elaboradas 
conforme o modelo escolhido. No momento presente, não é intenção do CFC eleger um 
modelo em particular a não ser em circunstâncias excepcionais. Essa intenção será, contudo, 
revista vis-à-vis os desenvolvimentos que forem sendo observados no mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 32
 
5 – Atos e Fatos Administrativos: 
 
• Atos Administrativos - são os que não provocam alterações nos elementos do Patrimônio 
ou do Resultado, podendo no futuro alterá-lo. 
 Exemplos: datilografar cartas ou orçamentos, atender telefonemas, firmar contratos, etc. 
• Fatos Administrativos - são os que provocam alterações nos elementos do Patrimônio ou do 
Resultado, portanto, interessam à contabilidade. Por essa razão, também são denominados 
Fatos Contábeis. 
 
 
Os fatos contábeis classificam-se em: 
 
⇒ Fatos Permutativos; 
⇒ Fatos Modificativos: aumentativos e diminutivos; 
⇒ Fatos Mistos ou Compostos: aumentativos e diminutivos. 
 
 
5.1 - Fatos Permutativos - são os que não provocam alterações no valor do Patrimônio Líquido (PL) 
ou Situação Líquida (SL), mas podem modificar a composição dos demais elementos patrimoniais. 
 
Exemplos: 
a) Compra de uma máquina à vista (em dinheiro). 
Há apenas uma permuta: deixa de existir o dinheiro no caixa da empresa (diminuição do 
Ativo), fato que é compensado pela aquisição da máquina (aumento do Ativo). Não há alteração do 
Patrimônio Líquido. 
 
 
 
PATRIMÔNIO ANTES DO FATO PATRIMÔNIO DEPOIS DO FATO 
ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO 
Caixa 10.000 PE 10.000 Bancos 10.000 PE 10.000 
Bancos 10.000 Móveis 15.000 
Móveis 15.000 PL 25.000 Máquina 10.000 PL 25.000 
Total 35.000 Total 35.000 Total 35.000 Total 35.000 
 
 
A composição do Ativo foi alterada sem ocorrer modificação no Patrimônio Líquido. 
 
b) Compra de uma máquina com financiamento bancário. 
No caso, há um aumento do Ativo (compra da máquina) que é compensado por aumento 
igual no Passivo Exigível (Empréstimo), deixando inalterado o PL. 
 
 
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 33
PATRIMÔNIO ANTES DO FATO PATRIMÔNIO DEPOIS DO FATO 
ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO 
Caixa 10.000 PE Caixa 10.000 PE 10.000 
Bancos 10.000 Dupl. a Pagar 10.000 Bancos 10.000 Dup. a Pag 10.000 
Móveis 15.000 Móveis 15.000 Empréstimos 10.000 
 
PL 25.000 Máquinas 10.000 PL 25.000 
Total 35.000 Total 35.000 Total 45.000 Total 45.000 
 
c) Pagamento de duplicatas a pagar (em dinheiro). 
Nesse caso, há uma diminuição do Ativo (deixa de existir o dinheiro em caixa) que é 
compensado por igual diminuição do Passivo Exigível. 
 
PATRIMÔNIO ANTES DO FATO PATRIMÔNIO DEPOIS DO FATO 
ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO 
Caixa 10.000 PE PE 
Bancos 10.000 Dupl. a Pagar 10.000 Bancos 10.000 
Móveis 15.000 Móveis 15.000 PL 25.000 
 
PL 25.000 
 
Total 35.000 Total 35.000 Total 25.000 Total 25.000 
 
d) Aumento de capital com incorporação de reservas ou lucros acumulados. 
Há apenas uma transferência entre contas do Patrimônio Líquido, cujo valor permanece 
inalterado. 
 
PATRIMÔNIO ANTES DO FATO PATRIMÔNIO DEPOIS DO FATO 
ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO 
Caixa 10.000 PE Caixa 10.000 PE 
 Dupl. a Pg 
10.000 
 Dup. a Pagar 10.000 
Bancos 10.000 PL Bancos 10.000 
 Capital 15.000 PL 
Móveis 15.000 Reservas 10.000 
25.000 
Móveis 15.000 Capital 25.000 
Total 35.000 Total 
35.000 
Total 35.000 Total 35.000 
 
5.2 - Fatos Modificativos - são os que provocam alterações no valor do Patrimônio Líquido (PL) ou 
Situação Líquida (SL), logo podem ser: 
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 34
 
• AUMENTATIVOS - quando provocam acréscimos no valor do Patrimônio Líquido; 
 
• DIMINUTIVOS - quando provocam reduções no valor do Patrimônio Líquido. 
 
EXEMPLOS DE FATOS MODIFICATIVOS 
AUMENTATIVOS 
• Receitas Operacionais; 
• Aumento de capital com recursos provenientes dos proprietários. 
DIMINUTIVOS 
• Despesas Operacionais; 
• Distribuição de lucros aos sócios ou acionistas. 
 
5.3 - Fatos Mistos Ou Compostos - são os que combinam fatos permutativos com fatos 
modificativos, logo podem ser: 
 
• AUMENTATIVOS -combinam fatos permutativos com fatos modificativos aumentativos; 
• DIMINUTIVOS - combinam fatos permutativos com fatos modificativos diminutivos. 
 
Exemplos: 
a) de fatos mistos aumentativos: 
1. recebimento de duplicatas com juros. 
2. pagamento de duplicatas com desconto. 
3. venda à vista de mercadorias em estoque por um preço superior a seu custo, portanto, 
com lucro; há uma permuta entre o valor da mercadoria em estoque e o dinheiro em caixa; só que o 
valor do dinheiro recebido é superior ao valor da mercadoria em estoque, sendo que esta diferença 
(lucro) aumenta o PL. 
 
PATRIMÔNIO ANTES DO FATO PATRIMÔNIO DEPOIS DO FATO 
ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO 
Caixa 10.000 PE Caixa 30.000 PE 
 Fornecedores 10.000 Fornecedores 10.000 
Mercadorias 15.000 PL PL 
 Capital 25.000 Móveis 10.000 Capital 25.000 
Móveis 10.000 Lucros Acumul. 5.000 
Total 35.000 Total 35.000 Total 40.000 Total 40.000 
 
b) de fatos mistos diminutivos: 
1. pagamento
de duplicatas com juros. 
2. recebimento de duplicatas com desconto. 
3. venda à vista de mercadorias com prejuízo. 
 
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PATRIMÔNIO ANTES DO FATO PATRIMÔNIO DEPOIS DO FATO 
ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO 
Caixa 10.000 PE Caixa 20.000 PE 
 Fornecedores 
10.000 
 Fornecedores 10.000 
Mercadorias 15.000 PL PL 
 Capital 
25.000 
Móveis 10.000 Capital 25.000 
Móveis 10.000 Prejuízos Ac. (5.000) 
Total 35.000 Total 35.000 Total 30.000 Total 30.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
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6 – Técnicas Contábeis 
 
É o conjunto de procedimentos utilizados pela contabilidade para registrar ou levantar os 
fatos contábeis. 
As principais técnicas contábeis são: 
 
1) Escrituração; 
2) Demonstrações Contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração de Lucros ou Prejuízos 
Acumulados, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração do Fluxo de Caixa, 
Demonstração do Valor Adicionado e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (se 
Companhia aberta para no último caso); DRA 
3) Análise das Demonstrações Contábeis; 
4) Auditoria. 
 
 
6.1 – Escrituração: 
É a técnica contábil utilizada para registro dos fatos administrativos (contábeis) ocorridos na 
entidade. O registro de cada fato administrativo chama-se Lançamento. Os lançamentos são 
efetuados nos livros contábeis tais como: Livro Diário, Livro Razão, etc. A escrituração pode, então, 
ser definida como um conjunto de lançamentos. 
 
 
6.2 – Classificação dos Erros de Escrituração: 
B.P.
CONTAS PATRIMONIAIS
D.R.E.
CONTAS RESULTADO
D.M.P.L. ou D.L.P.Ac.
INTERLIGAÇÃO
BALANCETE DE
VERIFICAÇÃO
LIVROS AUXILIARES
LIVROS FISCAIS
OBJETIVIDADE
COLETA DE DADOS
 
 
 OBSERVAÇÃO: O prazo para escrituração ser elaborada é de até 180 dias da data da operação. 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 37
 
6.3- Partidas Dobradas: 
 
A essência deste método, universalmente aceito, é que o registro de qualquer operação 
implica que a um débito em uma ou mais contas, deve corresponder um crédito equivalente, em uma 
ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores 
creditados, ou, simplificando: 
 
Não há débito sem crédito correspondente; 
Débito = crédito, ou aplicações = origens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
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7 – Contas: 
 
Representam registros de débitos e créditos da mesma natureza ou espécie, identificadas por 
nomes (títulos) que qualificam elementos patrimoniais (bens, direitos, obrigações, patrimônio líquido, 
receitas e despesas). Ou ainda, representa um conjunto de transações diferentes, mas de mesma 
natureza. 
 
As contas sintéticas indicam grupo de contas da mesma natureza. 
As contas analíticas indicam uma subclassificação das contas sintéticas, individualizam os 
registros. 
 
EXEMPLOS: 
 
 Sintética: Analítica: 
Banco Conta Movimento Banco Real, Itaú, Banco do Brasil e etc. 
Duplicatas a Pagar IBM, Metal Leve, Casa Cruz e etc. 
Estoque EPA, EPE, Matéria Prima, mercadorias e etc. 
Duplicatas a Receber Casa Nunes Martins, Mc Donalds, Bobs e etc. 
 
7.1 Teorias das Contas: 
 
TEORIAS SIGNIFICADO CLASSIFICAÇÃO CONTAS 
 
PERSONALISTA 
Vincula as contas a 
“pessoas” responsáveis 
pelos fatos. 
AGENTES 
CONSIGNATÁRIOS 
AGENTE 
CORRESPONDENTE 
PROPRIETÁRIO 
Bens 
Direitos e Obrig. Exig. 
Patrimônio Líquido 
 
MATERIALISTA 
As contas são 
apreciadas no sentido 
econômico ou impessoal. 
INTEGRAIS 
 
DIFERENCIAIS 
Ativo e Passivo 
 
Patrimônio Líquido 
 
PATRIMONIALISTA 
Aprecia as contas no 
sentido de objeto e 
controle. 
PATRIMONIAIS 
RESULTADO 
Ativo, Passivo, PL. 
Receitas e Despesas 
 
 
 
 
 
 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 39
7.2 - Modelo de Conta Resumida (Razonete) ou conta em forma de “T”: 
 
NOME DA CONTA 
VALORES 
ESCRITURADOS A 
DÉBITO 
VALORES 
ESCRITURADOS A 
CRÉDITO 
 
 
SALDO DEVEDOR 
 
 
SALDO CREDOR 
 
 
 
 
7.3 Quadro Lógico de DÉBITO e CRÉDITO: 
 
 ATIVO PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 D C D C D C 
 AUM DIM DIM AUM DIM AUM 
 
 
 
 DESPESA RECEITA 
 D C D C 
 AUM DIM DIM AUM 
 
 
 
 
 
7.4 Plano de Contas: 
 
É uma relação lógica e ordenada de todas as contas que serão utilizadas na escrituração 
dos diversos atos e fatos ocorridos na azienda. Tem como composição básica: 
* Elenco - é a relação das contas, podendo ser apenas por código ou por título ou ainda 
a composição de ambos; 
* Função - refere-se à finalidade de cada conta; 
* Funcionamento - informa como a conta será movimentada a Débito e a Crédito. 
 
7.5 Fórmulas de lançamentos: 
 
Há quatro fórmulas para o registro dos fatos contábeis, a saber: 
 
1ª Fórmula: simples (uma conta debitada e uma conta creditada) 
Exemplo: recebimento, em dinheiro, de duplicatas a receber no valor de R$ 5.000,00 
Contabilização: 
Caixa 
a Duplicatas a Receber R$ 5.000,00 
 Contabilidade Básica 2013 – Professor Moises Melo 
 
 40
 
2ª Fórmula: composta (uma conta debitada e mais de uma conta creditada) 
Exemplo: recebimento em dinheiro de duplicatas a receber, no valor de R$ 5.000,00 mais 
10% de juros devido ao atraso no pagamento efetuado pelo cliente. 
Contabilização: 
Caixa 5.500,00 
a Diversos 
a Duplicatas a Receber 5.000,00 
a Juros Ativos (Receita de Juros). 500,00 
 
3ª Fórmula: composta ( mais de uma conta debitada e uma conta creditada) 
Exemplo: pagamento a fornecedores, em dinheiro, R$ 5.000,00, mais juros de 10% devido ao 
atraso no pagamento. 
Contabilização: 
Diversos 
a Caixa 5.500,00 
Fornecedores 5.000,00 
Juros Passivos (Despesas de Juros) 500,00 
 
4ª Fórmula: composta (mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada). 
Exemplo: venda no valor de R$ 20.000,00, mais IPI à alíquota de 20%, sendo 50% à vista e 
50% a prazo. 
Contabilização: 
Diversos 
a Diversos 
Caixa 12.000,00 
Duplicatas a Receber 12.000,00 24.000,00 
a Receita de Vendas 20.000,00 
a IPI a Recolher 4.000,00 24.000,00 
 
7.5.1 Subscrição do Capital: 
 
No momento em que os sócios (ou acionistas) assinam o contrato social (subscrevem as 
ações), há o comprometimento com todas as cláusulas do documento de criação das sociedades, 
estando incluída a que trata de integralização do capital. 
Na implantação de uma hipotética empresa “Gama”, cujo contrato social estipula o capital 
em R$1.000,00, divididos em 100 ações de R$ 10,00, o registro do contrato na Junta Comercial 
geraria o seguinte lançamento: 
 
Capital a 
integralizar 
 Capital Subscrito 
1000 1000

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