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<p>UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL</p><p>CAMPUS LARANJEIRAS DO SUL</p><p>CURSO DE AGRONOMIA</p><p>REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE A CULTURA DA MANDIOCA (Manihot esculenta)</p><p>LARANJEIRAS DO SUL</p><p>2022</p><p>REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE A CULTURA DA MANDIOCA (Manihot esculenta)</p><p>Revisão bibliográfica realizada para a disciplina de Cultivos Integrados de Verão do curso de Agronomia do Campus de Laranjeiras do Sul.</p><p>Orientador:</p><p>LARANJEIRAS DO SUL</p><p>2022</p><p>Resumo</p><p>Este trabalho teve como objetivo fazer uma revisão bibliográfica a respeito da cultura da mandioca (Manihot esculenta Crantz), a fim de explicar todo o processo desta cultura de forma sucinta mas com certo aprofundamento direcionado ao método de produção da mesma. A mandioca é uma cultura de origem sul americana, no qual hoje é consumida em todo o planeta como uma fonte de energia excepcional, sendo inclusive considera a cultura do século 21 pela Food and Agriculture Organization (FAO), e é ainda uma das principais fontes de subsistência e desenvolvimento econômico de alguns países. Esta cultura é adaptável para diferentes climas e solos, tendo preferências por solos mais arenosos ou de textura média, friáveis, e se adaptando a condições adversas como escassez hídrica (menos na brotação), pH mais variado, e também não tão exigente em nutrientes como demais culturas anuais, pois possui inclusive associações com bactérias diazotróficas e fungos micorrízicos que facilitam a absorção de nitrogênio. Além de todos esses fatores têm alta produtividade e diversas possibilidades de produtos oriundos da sua raiz, como farinha, fécula, produtos farmacêuticos, consumo in natura e diversas outras áreas que seus subprodutos podem estar inseridos.</p><p>Palavras-chave: Mandioca, fécula, cultivar</p><p>Sumário</p><p>1 - Introdução, com objetivos gerais e específicos, justificativas e breve abordagem dos pontos principais que serão relatados, destacando a origem e importância da Cultura na alimentação e na economia;	5</p><p>2 - Clima, Solo e Época de Cultivo;	6</p><p>3 - Cultivares ou Variedades Cultivadas;	8</p><p>4 - Manejo do Solo;	10</p><p>4.1 - Preparo do Solo;	11</p><p>4.2 - Correção da fertilidade e adubação	12</p><p>4.2.1 - Sistema convencional de calagem e adubação:	12</p><p>4.2.2 - Adubação orgânica	15</p><p>5 - Semeadura e/ou Plantio: semeadura direta ou produção de mudas em canteiros, bandejas, etc.	17</p><p>6 - Tratos Culturais:	19</p><p>6.1 - Capinas e limpezas do terreno. Principais inços ou plantas indicadoras espontâneas e seu controle.	19</p><p>6.1.1 - CAPINAS	19</p><p>6.1.2 - IRRIGAÇÃO	22</p><p>6.1.3 - PODA	23</p><p>7 - Manejo Fitossanitário:	24</p><p>7.1 - Principais espécies fitófagas (insetos, ácaros, nematóides, pássaros, mamíferos) e seus tratamentos preventivos e curativos;	25</p><p>7.2 - Principais fitopatógenos (fungos, bactérias, vírus, etc.) e seus tratamentos preventivos e curativos;	27</p><p>8 - Colheita;	28</p><p>9 - Comercialização;	30</p><p>10 - Considerações finais, Conclusões;	31</p><p>Referências Bibliográficas	32</p><p>1 - Introdução, com objetivos gerais e específicos, justificativas e breve abordagem dos pontos principais que serão relatados, destacando a origem e importância da Cultura na alimentação e na economia;</p><p>O seguinte trabalho buscou abordar os principais tópicos que envolvem a cultura da mandioca, procurando descrever de forma objetiva cada elemento que compõe a cultura, indo assim desde as necessidades básicas da cultura como manejo de solo, adubação, época de plantio até a parte final da cadeia onde é feita a colheita e comercialização, podendo ser destinada para consumo in natura, processamento mínimo ou transformação para fécula na indústria do amido.</p><p>A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é uma planta perene arbustiva da família das Euphorbiaceae, no qual o gênero Manihot possui mais de 100 espécies, com raízes tuberosas, podendo produzir de 5 a 20 raízes com dimensões de 20cm a 80cm de comprimento e 5cm a 10 cm de diâmetro (MARCON et al., 2007), e podendo essas raízes tuberosas ter peso de 100 g a 5 kg (PANDEY et al., 2000). Sua altura varia de 1 a 2 metros, podendo chegar a 4 metros (TOMICH, 2008) É uma espécie alógama, apresentando alta taxa de heterozigose, pela polinização cruzada facilitada na espécie, também possui bancos de germoplasma por todo o mundo, inclusive tendo um centro de pesquisa nacional da EMBRAPA chamado EMBRAPA mandioca e fruticultura tropical. Foi domesticada entre 5000-7000 AC por algum povo indígena na região da Amazônia (ALLEM, 2002), sendo que o processamento básico conhecido por esses indígenas era a fabricação do beiju, não da farinha da mandioca (FRIKEL, 1959). A sua distribuição entre os povos da América então foi feito por povos originários da mesma, e após a colonização dos portugueses essa cultura foi disseminada para os demais continentes, principalmente a África e a Ásia, isso porque a cultura apresenta alta rusticidade, adaptabilidade e poucos tratos culturais, gerando um produto que se tornou a base energética de alimentação de vários países tropicais (ALTIERI, 2002). O maior produtor mundial é o continente africano, seguido por Ásia e América do Sul, já em relação aos países, Nigéria, Congo, Gana, Tailândia, Indonésia e Brasil compreendem os países com maior destaque de produção dessa cultura no mundo. No Brasil os maiores produtores são Pará, Paraná e Bahia com cerca de 45% da produção nacional (Embrapa Amazônia Oriental/IBGE, 2017). Essa cultura, além de ser essencial para a subsistência, se tornou alternativa de desenvolvimento rural para diversos países, inclusive sendo considerada a cultura do século 21 pela FAO (Food and Agriculture Organization) (FAO, 2013).</p><p>A cultura é classificada entre “brava” ou amarga e “mansa” ou doce de acordo com o nível de ácido cianídrico (HCN), substância tóxica com potencial de inibir atividade de enzimas da cadeia respiratória, no qual se apresentar nível de HCN superior a 100 ppm é classificada como brava ou amarga, e se esse nível de HCN for inferior a 100 ppm é considerada mansa ou doce (OTSUBO; LORENZI, 2004 ). Não há nenhuma cultivar/variedade que possua nível de HCN zero (VETTER, 2000), pois todas possuem glicosídeos, estes que sofrem hidrólise e liberam HCN. A efeito de demonstração, segundo Padmaja (1995), doses entre 50 mg a 100 mg de HCN são letais para seres humanos adultos.</p><p>No Brasil a cultura possui grande potencialidade para todos os tipos de comercialização, tem grande papel na geração de empregos, gerando empregos tanto no próprio cultivo em tratos culturais como a capina, quanto na indústria da fécula, totalizando cerca de 1 milhão de empregos. Dentro do processamento o produto final pode ser tanto farinha para alimentação como fécula, que possui uma gama grande de possibilidades de uso, podendo ser usada para farinhas de pudim, indústria farmacêutica, amidos solúveis, dextrinas, amido para panificação, embalagem, colas, alimentos embutidos e vários outros possíveis produtos finais oriundos dessa fécula.</p><p>2 - Clima, Solo e Época de Cultivo;</p><p>Por ser originária da amazônia possui preferência por climas tropicais e subtropicais. Temperaturas entre 20 C e 27 C graus de média anual são as ideias, porém temperaturas abaixo de 15 C acabam retardando a germinação e suspendendo a atividade vegetativa, colocando a planta em fase de repouso, fato que ocorre no Sul do Brasil. Ainda quanto a região sul, deve-se levar em conta que a mandioca é uma planta de dias longos, ou seja, 12 horas de luz por dia, por isso o crescimento dela pode variar de acordo com as estações do ano. Suporta altitudes de até 2300 metros, porém com melhor desempenho em regiões baixas ou com altitude entre 600 a 800 metros. Quanto a questão pluviométrica tem o ideal entre 1000 mm/ano a 1500 mm/ano, podendo se adaptar em regiões com ampla disponibilidade de chuvas de até 4000 mm/ano desde que o solo seja bem manejado, ou seja, seja bem drenado (não compactado) para não apodrecer as raízes, e também em regiões mais áridas com médias anuais de 500 mm a 700 mm desde que nos cinco primeiros meses do cultivo não ocorra déficit hídrico, pois é o período crítico para que</p><p>ela possa se desenvolver de forma adequada (GOMES; LEAL, 2003)</p><p>Como o produto final é a raiz, a escolha do solo é essencial para principalmente evitar problemas de doenças que venham a cometer a raiz devido encharcamento em solos compactados argilosos. Os solos mais recomendados para a cultura são os arenosos e de textura média, pois solos argilosos podem ficar compactados se manejados incorretamente, e ainda épocas de seca dificultam a colheita da raiz. A compactação oriunda da aração contínua pode prejudicar o crescimento das raízes, levando a necessidade de subsolagem e outros métodos que busquem atingir camadas mais profundas do solo. O ideal é o cultivo em solos mais planos com no máximo 10% de inclinação, isso porque a cultura tem brotação lenta que pode acarretar na erosão do solo e perda de água também, e evitar áreas de baixas que possam sofrer com alagamentos temporários. Quanto às características químicas do solo essa cultura possui adaptabilidade a solos pouco férteis e ácidos, e geralmente são manejados de forma a aproveitar nutrientes residuais de outras culturas SILVA (2016). Por isso, em relação ao solo o fator mais importante são as características físicas do solo. A faixa de pH favorável é entre 5,5 e 7,0, sendo 6,5 o ideal (GOMES; LEAL, 2003).</p><p>Devido às diferenças climáticas que tem entre as regiões do Brasil não existe uma recomendação geral para a época de cultivo da mandioca, porém deve-se levar em conta alguns fatores para a escolha do período de plantio. Um método é pelo Zoneamento agroclimático remendado para cada região de acordo com a classe do solo (1,2,3), no qual há inclusive aplicações de smartphones destinados a esse tipo de informativo como é o caso do aplicativo ZARC - Plantio Certo da Embrapa que fornece informações para cada município, levando em consideração o decendio (3 decêndios por mês), classe do solo (arenosa, textura média e argilosa) e fornecendo a porcentagem de risco do plantio em cada decêndio. Levando em consideração em específico o município de Laranjeiras do Sul o recomendável segundo o aplicativo ZARC - Plantio certo é fazer o plantio em todo o mês de Setembro e o primeiro decêndio de Outubro, período ao qual o risco é mínimo e corresponde a 20%</p><p>A época ideal em geral é no começo das chuvas pois existe necessidade grande de água para que haja brotação das manivas, assim como é necessário evitar o excesso. Para casos de mandioca com fim industrial deve-se combinar períodos de cultivo de acordo com o ciclo da cultivar para ter a colheita constante (GOMES; LEAL, 2003).</p><p>3 - Cultivares ou Variedades Cultivadas;</p><p>As cultivares podem ser classificadas entre as destinadas para mesa e para industrialização (farinha e fécula). As cultivares de mesa tem algumas características desejadas que são avaliadas no consumo como é o caso da textura (farinácea por exemplo), sabor, presença ou ausência de fibras e tempo de cozimento.</p><p>Cultivares de mesa</p><p>BRS 429: Têm uma produtividade média muito acima de outras cultivares comerciais, possuindo raízes cilíndricas, longas e uniformes, polpa amarela intensa, bom cozimento tanto para preparo cozido ou frito, quanto para fazer massas. Ainda possui moderada resistência à bacteriose, superalongamento e antracnose. Tem os estados do Paraná e São Paulo como regiões adaptadas (EMBRAPA CERRADOS, 2022).</p><p>BRS 401: Cultivar lançada em 2015 com polpa rosada devido presença de carotenóides como licopeno, sendo assim mais nutritiva que cultivares de polpa creme ou branca. Apresenta boas características para cozimento, elevada produtividade, precocidade além de moderada resistência à bacteriose. É indicada para regiões do Cerrado (EMBRAPA CERRADOS, 2020a).</p><p>BRS 399: Essa cultivar possui alta produtividade podendo alcançar 70 t/ha, tem polpa amarela, poucas ramificações o que permite maior facilidade nos tratos culturais, precocidade que permite colher a partir do sétimo mês. É uma cultivar recomendada para solos de média e alta fertilidade, e é recomendada tanto para região de Cerrado como para os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. Foi lançada em 2015 (EMBRAPA CERRADOS, 2014).</p><p>BRS 398: Cultivar de polpa creme, lançada em 2015, que apresenta produtividade alcançando até 49 t/ha, precocidade permitindo colheita a partir do oito meses após plantio (preferencialmente até doze meses após plantio), apresenta ramos poucos ramificados o que permite tratos culturais facilitados, e colheita facilitada pela distribuição horizontal das raízes. Tem moderada resistência a bacteriose e é indicada para solos de média e alta fertilidade. Além disso, possui boas características para cozimento, sabor, textura farinácea e pode ser usada para produção de massas (EMBRAPA CERRADOS, 2020b).</p><p>Cultivares para industrialização</p><p>BRS Poti Branca: Variedade com bastante tempo de estudo, sendo obtida por cruzamentos em 1987 e utilizada até hoje, estando em domínio público e por isso não é controlada pela Embrapa a produção de manivas para reprodução. Essa variedade é muito utilizada em microrregiões da Bahia como de Vitória da Conquista por superar a variedade Sergipe. Quando as características tem alta produtividade de raízes com média de 19,4 t/ha, elevado teor de amido e grande produção de manivas pela alta produção de parte aérea com hastes vigorosas e eretas. O teor de matéria seca (amido) é de 32,3%, assim com produtividade de 6,4 t/ha. Variedade destinada à produção de farinha e fécula (EMBRAPA MANDIOCA E FRUTICULTURA, 2019a).</p><p>BRS Formosa: Variedade usada para produção de farinha e fécula, e também está em domínio público, e foi obtida por policruzamentos feitos pela Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical no ano de 1986. Possui rendimento de raízes de 19,3 t/ha com 26,7 % de teor de amido, totalizando 5,1 t/ha. Possui porte ereto que permite maior densidade populacional e facilidade de colheita. (EMBRAPA RORAIMA, 2019).</p><p>BRS Kiriris: Variedade lançada em 2001, tendo seu uso a princípio nos tabuleiros costeiros e semiárido do nordeste, apresentando produtividade superior às demais demais cultivadas na região. Possui resistência a podridão da raiz, produtividade média de 34 t/ha com rendimento médio de amido de 30%, porte ereto que facilita adensamento maior e raízes horizontais que facilita o arranquio. Ela está em domínio público (EMBRAPA MANDIOCA E FRUTICULTURA, 2017).</p><p>BRS 417: Cultivar lançada em 2021 para produção de farinha e fécula, recomendada para região do Cerrado com produtividade média de 38 t/ha com teor de amido de 31,5%, sendo assim rendimento médio de 12 t/ha. Ainda tem moderada resistência a bacteriose (EMBRAPA CERRADOS, 2020c).</p><p>BRS 420: Cultivar recomendada para os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul que pode inclusive ser usada em sistema de plantio direto, pode ser cultivada em um ou dois ciclos, e com teor de amido que pode ir de 28,9% a 31,9% (a depender do ciclo). Possui ainda moderada resistência à bacteriose, antracnose e superalongamento. Essa cultivar é recomendada para solos com média e alta fertilidade sem presença de alumínio (EMBRAPA MANDIOCA E FRUTICULTURA, 2019b).</p><p>4 - Manejo do Solo;</p><p>É uma cultura que possui manejo do solo convencional com revolvimento e sem cobertura como acontece em plantio direto. Existe preferência por solos arenosos e de textura média, pela necessidade da cultura de solos friáveis sem compactação do solo. Para a mandioca é necessário o mínimo de revolvimento do solo para evitar problemas com a física do solo (principalmente solos argilosos), alternar equipamentos que atinjam profundidades diferentes, sendo costumeiramente usado aração nos 30 cm e gradagem com niveladora. Outros fatores são essenciais para o manejo de solo para essa cultura pois devido o porte da planta e o período de brotação e desenvolvimento da mesma, pode acabar ocorrendo problemas de erosão do solo por exemplo, sendo que em casos de plantio em áreas inclinadas é recomendado o consórcio com outras culturas como milho ou feijão, sempre lembrando de proporcionar um ambiente em que não haja competição entre as plantas, além da</p><p>possibilidade de usar curvas de nível, terraços, uso de cordões de contorno, capina de forma alternada e plantio no sentido contrário ao das águas. Rotação de cultura e cobertura viva sempre presente no solo como fabáceas para proteção da ação do sol e também melhorar a qualidade física e nutricional do solo também são recomendações adequadas para conservar o solo. Ademais, quanto ao manejo adequado do solo é necessário sempre se orientar por análises químicas do solo para fazer a aplicação adequada de adubos ou corretivos.</p><p>Em algumas regiões do Brasil há a prática de destoca e queima em novas áreas, ocorrendo o chamado plantio no toco, porém tais práticas não são adequadas. A mandioca é uma cultura que leva a perda de água e solo, pela características da espécie de crescimento e revolvimento constante do solo (PEQUENO et al. apud CARVALHO, 2007. p. 4), além disso exporta muitos nutrientes que absorve pois quase nenhuma parte da planta (aérea ou subterrânea) permanece no solo, e também exporta do solo muitos nutrientes (MATTOS; BEZERRA, 2003) , logo, práticas de manejo e conservação de solo para essa cultura são essenciais.</p><p>A cultura da mandioca manejada sobre o plantio direto ainda não é muito explorada, devido às necessidades que envolvem as práticas de conservação de solo do plantio, necessitando planejamento por precisar levar em conta vários fatores como a topografia da área, rotação de cultura, mecanização da área entre outros, porém é recomendada em área de culturas anuais que já utilizem o plantio direto, sendo nesse caso preciso planejamento da rotação para manter a palhada, e demais práticas de correção e adubação do solo. Outro manejo que visa a conservação do solo é o cultivo mínimo que busca o mínimo revolvimento do solo (RANGEL, et al., 2018).</p><p>4.1 - Preparo do Solo;</p><p>Há ainda algumas práticas inadequadas para o preparo do solo como é o caso do uso de fogo para limpeza de novos locais, visando limpar locais com mata ou capoeira, e ainda há aqueles lugares onde é necessário a derrubada e capina para o plantio da cultura. No geral, quando é feita de forma mecanizada, se utiliza de arado nos 20-30 cm de profundidade, aplicação de calcário e uma gradagem para incorporar esse calcário ao solo. Em casos de topografia irregular é recomendado fazer o plantio em sentido contrário ao das águas, e em nível para evitar a erosão do solo, podendo também ser usado maior adensamento de plantas. O preparo do solo também varia muito da classe do solo, pois solos arenosos e de textura média não vão sofrer com problemas de compactação como é o caso de solos argilosos, por isso o nível de preparo do solo vai variar de acordo com o classe do solo, topografia, manejo (convencional, plantio direto, cultivo mínimo), e em casos de implantação a destoca, capina ou outra prática realizada. O processo de calagem é interessante para elevação de produtividade, mas em solos mais ácidos essa premissa não é aplicada devido a tolerância da cultura a solos ácidos, sendo mais uma prática auxiliar para suprir cálcio e magnésio (SOUZA, et al., 2009). Em todos os sistemas a adubação é eficiente pois é uma cultura exigente em nutrientes e que permanece um período longo no campo, podendo ser um ciclo ou dois ciclos, a depender da cultivar e do fim de comercialização do produto. No caso de manejo de plantio direto é possível usar braquiária por exemplo como cobertura morta para a cultura, no qual é recomendado deixar apenas a linha de plantio das manivas descobertas para que a temperatura possa ficar mais elevada e permitir a brotação das manivas (RANGEL, et al., 2018).</p><p>4.2 - Correção da fertilidade e adubação</p><p>4.2.1 - Sistema convencional de calagem e adubação:</p><p>A calagem é uma prática que tem como objetivo disponibilizar fósforo para as plantas, porém no caso da mandioca essa prática em solos mais ácidos não tende a ter grandes resultados. É recomendado o uso de forma moderada de calcário não ultrapassando 2 toneladas por hectare, e cada Estado geralmente tem seu método de correção de acidez do solo, no qual o Paraná é recomendado a correção por método de saturação por bases (V%), sendo recomendado elevar o V% para 50% caso ele esteja abaixo de 40% (PAVINATO, et al., 2017). O método de incorporação desse calcário vai depender do manejo (convencional, plantio direto, cultivo mínimo. Essa cultura é bem adaptada para solos mais ácidos, então essa prática tem que ter atenção redobrada para quando deve ser feita, pois em sistemas convencionais além de a própria aplicação poder promover desregulamento da fauna do solo, ela também pode promover compactação do solo pela mecanização em caso de solos argilosos.</p><p>A adubação é uma prática muito útil para a cultura devido ao esgotamento de nutrientes que a cultura promove nos solos em que é cultivada. Sempre levar em consideração análise do solo ou foliar para as aplicações dos fertilizantes. Abaixo tabela com quantidade de nutrientes extraídos do solo para produção de 60 t/ha:</p><p>Elemento</p><p>Quantidade (kg)</p><p>Raízes</p><p>Parte aérea</p><p>Total</p><p>Potássio</p><p>76</p><p>124</p><p>200</p><p>Nitrogênio</p><p>38</p><p>126</p><p>164</p><p>Cálcio</p><p>9</p><p>71</p><p>80</p><p>Fósforo</p><p>10</p><p>21</p><p>31</p><p>Magnésio</p><p>9</p><p>22</p><p>31</p><p>Enxofre</p><p>3</p><p>11</p><p>14</p><p>Fonte: Elaborada por autores com base em Asher et al, 1980.</p><p>No caso da adubação nitrogenada deve-se levar em conta a produtividade esperada de raízes em toneladas por hectare, no qual é preciso avaliar qual a família da cultura anterior estava instalada na área para poder tomar a decisão de quanto de adubo nitrogenado deve ser aplicado. A cultura não atende bem a adubação nitrogenada por associação da cultura com bactérias diazotróficas e fungos micorrízicos arbusculares que permitem a fixação biológica de nitrogênio no solo da rizosfera, raízes absorventes, raízes tuberosas e manivas (BALOTA, et al., 1999) . Uma prática que pode ser feita é a aplicação em cobertura de adubação nitrogenada com 40 kg ha-1 em 30 a 60 dias após a brotação (OTSUBO; LORENZI, 2004) . A tabela abaixo mostra a indicação para o Estado do Paraná:</p><p>Produtividade de raízes esperada (t ha-1)</p><p>Cultura anterior</p><p><15</p><p>15 - 30</p><p>31 - 40</p><p>>40</p><p>N (kg ha-1)</p><p>Poaceae</p><p>10 - 15</p><p>16 - 30</p><p>31 - 40</p><p>41 - 50</p><p>Fabaceae</p><p>5 - 10</p><p>11 - 20</p><p>21 - 30</p><p>31 - 40</p><p>Fonte: Elaborada por autores com base em PAVINATO, 2017.</p><p>Para fósforo a lógica de produtividade é a mesma, e é um nutriente que a planta responde bem quando aplicado. Abaixo a tabela com recomendações:</p><p>Produtividade de raízes esperada (t ha-1)</p><p>P no solo</p><p><15</p><p>15 - 30</p><p>31 - 40</p><p>>40</p><p>P2O5 (kg ha-1)</p><p>Muito baixo</p><p>36 - 50</p><p>51 - 65</p><p>66 - 80</p><p>Inviável</p><p>Baixo</p><p>21 - 35</p><p>36 - 50</p><p>51 - 65</p><p>66 - 80</p><p>Médio</p><p>10 - 20</p><p>21 - 35</p><p>36 - 50</p><p>51 - 65</p><p>Alto</p><p>10 - 20</p><p>10 - 20</p><p>21 - 35</p><p>36 - 50</p><p>Muito alto</p><p>0</p><p>0</p><p>0</p><p>20 - 35</p><p>Condição a evitar</p><p>0</p><p>0</p><p>0</p><p>0</p><p>Fonte: Elaborada por autores com base em PAVINATO, 2017.</p><p>No caso do potássio, também segue o mesmo padrão para N e P, e é o nutriente mais extraído pela cultura, devido principalmente ao processo de suberização e translocação de nutrientes. Abaixo a tabela com recomendações:</p><p>Produtividade de raízes esperada (t ha-1)</p><p>K no solo</p><p><15</p><p>15 - 30</p><p>31 - 40</p><p>>40</p><p>K2O (kg ha-1)</p><p>Muito baixo</p><p>41 - 80</p><p>81 - 120</p><p>121 - 160</p><p>Inviável</p><p>Baixo</p><p>20 - 40</p><p>41 - 80</p><p>81 - 120</p><p>121 - 160</p><p>Médio</p><p>20</p><p>21 - 40</p><p>41 - 80</p><p>81 - 120</p><p>Alto</p><p>0</p><p>0</p><p>20 - 40</p><p>41 - 80</p><p>Muito alto</p><p>0</p><p>0</p><p>0</p><p>20 - 40</p><p>Condição a evitar</p><p>0</p><p>0</p><p>0</p><p>0</p><p>Fonte: Elaborada por autores com base em PAVINATO, 2017.</p><p>Quanto às fontes de adubos para sistema convencional de calagem e adubação pode ser utilizado vários tipos de fontes para os nutrientes e a escolha vai depender da disponibilidade dos insumos, dando ênfase a calagem que pode ser mais adequada quando realizada com calcário calcítico, pois possui maior teor de cálcio em relação ao magnésio, impedindo com que o potássio seja inibido pelo excesso de magnésio. Adubações nitrogenadas também não devem ser feitas em excesso, pois podem promover excesso de produção da parte aérea da planta como superlongamento da haste, além de permitir ambiente</p><p>favorável para proliferação de patógenos e pragas, e também contaminação do ambiente.</p><p>4.2.2 - Adubação orgânica</p><p>Diferente da lógica dos demais sistemas convencionais de adubação que utilizam fertilizantes químicos, calagem como meio de disponibilizar fósforo, e pouco ou quase nenhum uso de espécies benéficas como adubo verde, o método de adubação orgânica segue uma lógica de promover o equilíbrio do solo através de uma série de manejos que buscam o equilíbrio principalmente a longo prazo da fertilidade do solo e demais características que compõem este. O método de adubação orgânica diferente do convencional não começa pela correção da acidez do solo com calagem, ele começa pela aplicação de fosfatos naturais para correção do solo, estes que possuem características como menor solubilidade em água do que fertilizantes como Superfosfato triplo e superfosfato simples, esta solubilidade que pode acelerar o processo de fixação do fósforo no solo por interação com outros minerais como o Ferro (relação antagonista), além de outros benefícios como efeito residual no solo por maior tempo, menor contaminação do ambiente, menor custo energético para produção e fornecimento de outros micronutrientes. Em sequência é utilizado adubação verde em mixes com diferentes objetivos como descompactação de solo com nabo forrageiro por exemplo, efeito alelopático sobre plantas espontâneas como é o caso da aveia preta, e fixação biológica de nitrogênio com ervilhaca por exemplo, sendo possível variar com diversas outras culturas a depender da disponibilidade e estação. Na cultura da mandioca essa adubação verde pode ser feita nas entrelinhas em caso de cultivos com fileira dupla, auxiliando também a proteger o solo da ação do tempo. Uma calagem complementar é recomendada caso seja preciso corrigir a acidez do solo, dando preferência a calcário calcítico que tenha maior proporção de cálcio para magnésio, e não ultrapassando a quantidade de 2 t/ha. Após é necessário aplicar o adubo orgânico de acordo com a necessidade da cultura. As fontes dos adubos orgânicos e calcário vai depender da disponibilidade dos insumos no em locais próximos ao local da cultura, porém há uma variedade grande de possibilidades. A rotação e sucessão são ferramentas auxiliares que contribuem para a prática. Abaixo tabela com teores médios matéria orgânica (MO), nitrogênio, fósforo e potássio em alguns adubos orgânicos:</p><p>Adubo orgânico</p><p>MO (%)</p><p>N (%)</p><p>P2O5 (%)</p><p>K2O (%)</p><p>Esterco de bovinos</p><p>57</p><p>1,7</p><p>0,9</p><p>1,4</p><p>Esterco de equinos</p><p>46</p><p>1,4</p><p>0,5</p><p>1,7</p><p>Esterco de suínos</p><p>53</p><p>1,9</p><p>0,7</p><p>0,4</p><p>Esterco de ovinos</p><p>65</p><p>1,4</p><p>1,0</p><p>2,0</p><p>Esterco de aves</p><p>50</p><p>3,0</p><p>3,0</p><p>2,0</p><p>Composto orgânico</p><p>31</p><p>1,4</p><p>1,4</p><p>0,8</p><p>Fonte: Elaborada por autores com base em EMBRAPA.</p><p>Algo essencial para todas as culturas é a identificação de deficiências nutricionais para que não haja confundimento com doenças ou ataque de pragas, e também para correção do solo em que a cultura está instalada, sendo possível identificar de forma concreta através de análise de solo ou foliar. Abaixo uma tabela com alguns sintomas de deficiência nutricional:</p><p>Nutrientes</p><p>Sintomas de deficiência</p><p>N</p><p>Crescimento reduzido da planta; em algumas cultivares ocorre amarelecimento uniforme e generalizado das folhas, iniciando nas folhas inferiores e atingindo toda a planta</p><p>P</p><p>Crescimento reduzido da planta, folhas pequenas, estreitas e com poucos lóbulos, hastes finas; em condições severas ocorre o amarelecimento das folhas inferiores, que se tornam flácidas e necróticas e caem; diferentemente da deficiência de N, as folhas superiores mantêm sua cor verde-escura, mas podem ser pequenas e pendentes.</p><p>K</p><p>Crescimento e vigor reduzido da planta, entrenós curtos, pecíolos curtos e folhas pequenas; em deficiência muito severa ocorrem manchas avermelhadas, amarelecimento e necrose dos ápices e bordas das folhas inferiores, que envelhecem prematuramente e caem; necrose e ranhuras finas nos pecíolos e na parte superior das hastes</p><p>Ca</p><p>Crescimento reduzido da planta; folhas superiores pequenas, com amarelecimento, queima e deformação dos ápices foliares; escassa formação de raízes.</p><p>Mg</p><p>Clorose internerval marcante nas folhas inferiores, iniciando nos ápices ou bordas das folhas e avançando até o centro; em deficiência severa as margens foliares podem tornar-se necróticas; pequena redução na altura da planta</p><p>S</p><p>Amarelecimento uniforme das folhas superiores, similar ao produzido pela deficiência de N; algumas vezes são observados sintomas similares nas folhas inferiores.</p><p>B</p><p>Altura reduzida da planta, entrenós e pecíolos curtos, folhas jovens verdes escuras, pequenas e disformes, com pecíolos curtos; manchas cinzas, marrons ou avermelhadas nas folhas completamente desenvolvidas; exsudação gomosa cor de café nas hastes e pecíolos; redução do desenvolvimento lateral da raiz.</p><p>Cu</p><p>Deformação e clorose uniforme das folhas superiores; ápices foliares tornam-se necróticos e as margens das folhas dobram-se para cima ou para baixo; pecíolos largos e pendentes nas folhas completamente desenvolvidas; crescimento reduzido da raiz.</p><p>Fe</p><p>Clorose uniforme das folhas superiores e dos pecíolos, os quais se tornam brancos em deficiência severa; inicialmente as nervuras e os pecíolos permanecem verdes, tornando-se de cor amarela-pálida, quase branca; crescimento reduzido da planta; folhas jovens pequenas, porém em formato normal.</p><p>Mn</p><p>Clorose entre as nervuras nas folhas superiores ou intermediárias completamente expandidas; clorose uniforme em deficiência severa; crescimento reduzido da planta; folhas jovens pequenas, porém em formato normal</p><p>Zn</p><p>Manchas amarelas ou brancas entre as nervuras nas folhas jovens, as quais com o tempo tornam-se cloróticas, com lóbulos muito pequenos e estreitos, podendo crescer agrupadas em roseta; manchas necróticas nas folhas inferiores; crescimento reduzido da planta</p><p>Fonte: Elaborada por autores com base em Howeler, 1981.</p><p>5 - Semeadura e/ou Plantio: semeadura direta ou produção de mudas em canteiros, bandejas, etc.</p><p>A cultura da mandioca utiliza manivas para o plantio, estas que são partes das hastes do terço médio da planta. Deve ter atenção quanto a origem destas manivas pois estas devem estar sadias, ou seja, sem a presença de fitopatógenos como bacterioses, superlongamento, vírus ou de insetos pragas da cultura como mandarová, e também evitar usar manivas oriundas de plantas que sofreram danos por geadas ou granizos. A escolha da cultivar é fundamental, especialmente em cultivos voltados à indústria que precisam ser combinados em diferentes cultivares para poder ter material para a venda. Caso seja optado por produzir cultivares voltadas ao consumo in natura o ideal é avaliar os aspectos qualitativos da cultivar quanto ao cozimento, textura, gosto, presença de fibras ou não, e caso seja optado por cultivares voltadas a indústria aspectos como quantitativos como teor de amido são essenciais, sendo possível também em ambos os casos avaliar o hábito da cultivar principalmente quanto ao enraizamento, pois cultivares que desenvolvem sua parte subterrânea de forma horizontal tem melhor adaptabilidade para uso de mecanização em colheitas.</p><p>A seleção das ramas é feita a partir de manivas com 10 a 14 meses de idade, que devem ser do terço médio da planta pois a parte mais próxima as folhas têm pouca concentração de amido, e a parte baixa por ser muito lenhosa e com gemas geralmente não diferenciáveis. Testes com canivete para avaliação de facilidade de corte e quantidade de látex conferem melhor vigor à rama. Em relação ao armazenamento este pode ser feito conservando as ramas em forma horizontal no qual são empilhadas e cobertas, e em forma vertical em solo afofado no qual sua base é enterrada em 5 cm e este é molhado durante o período de armazenamento. As manivas precisam ter entre 15 cm e 20 cm de comprimento, com no mínimo 5 a 7 gemas, diâmetro de 2,5 cm, e com a medula ocupando em média 50%. A quantia média de manivas necessárias para plantar um hectare é de 4 a 6 m3, sendo que um m3 tem</p><p>em média 150 kg com a quantidade de ramas entre 2500 a 3000, e um hectare é capaz de produzir ramas para 4 a 5 hectares. A época de plantio vai variar de acordo com a região que será implantada a cultura, pois normalmente nas regiões Norte, Nordeste, Centro-oeste (Cerrado) o recomendado é fazer o plantio nos meses chuvosos devido a necessidade da planta de calor e umidade para brotação, porém no centro-sul há possibilidade de fazer o plantio antecipado entre os meses de maio a agosto visando melhor controle de plantas espontâneas, maior controle de doenças e pragas e até melhor produtividade, porém existe o problema das geadas que precisa ser levado em conta em regiões que sofram com esse problema. A mandioca possui plantio em fileiras simples ou duplas, sendo espaçamento vai depender das recomendações da cultivar, topografia pois em lugares com mais declividade se busca maior cobertura do solo, do objetivo da produção (raízes ou ramas), tratos culturais e também do método de colheita. As medidas para fileiras simples são entre 1,0 m a 1,2 m entre as fileiras e 0,6 m a 0,8 m entre plantas, e para fileiras duplas geralmente é usado 2,0 x 0,6 x 0,6, e as covas devem ser feitas a 10 cm de profundidade e plantadas de forma horizontal, com exceção de locais com solo mais argilosos que precisam levantar leiras para evitar problemas com a sanidade da raiz. O plantio pode ser feito de forma manual ou de forma mecanizada, esta última executa a abertura do sulco, faz a adubação, corta as manilhas (pois o implemento possui armazenamento para as hastes inteiras), derruba a manilha no sulco e faz a cobertura com o solo, sendo que esses implementos de plantadeira de manivas conseguem fazer geralmente duas linhas por vez, podendo chegar até quatro linhas. Há ainda a situação do manejo em plantio direto que requer sulcador adaptado para evitar perder a cobertura do solo, (OTSUBO; LORENZI, 2004).</p><p>6 - Tratos Culturais:</p><p>Os tratos culturais englobam práticas e técnicas que contribuem para que uma determinada cultura agrícola apresente melhor crescimento e desenvolvimento no decorrer do seu ciclo, podem definir ainda aspectos como qualidade e quantidade final de produção, porém, no geral, a mandioca (Manihot esculenta) não possui a necessidade de ser conduzida como ocorre em culturas onde são essenciais as práticas de transplantio, amontoa, desbrotas, entre outros, o que não significa que não existam alguns manejos importantes inerentes a sua otimização de produção.</p><p>6.1 - Capinas e limpezas do terreno. Principais inços ou plantas indicadoras espontâneas e seu controle.</p><p>6.1.1 - CAPINAS</p><p>As limpezas de plantas espontâneas nas entrelinhas, chamadas também de capinas, podem ser realizadas tanto antes ou durante o ciclo de produção da cultura e, ainda podem ser divididas de acordo com métodos de controle manuais, culturais, mecanizados e químicos. Os principais tipos de plantas, ou inços, que competem com a cultura vão depender muito da região onde a mandioca está sendo produzida. O que se sabe é que uma correta densidade de plantio, rotação de culturas e adubação verde podem contribuir para supressão das plantas não desejadas. Em se tratando de época de controle das plantas competidoras, o ideal é que se faça o controle a partir dos 20 ou 30 dias após a brotação e que a cultura permaneça livre de competição nos primeiros quatro a cinco meses. Dentre os métodos de controle mais recomendados para o manejo se destacam o método cultural, principalmente com o emprego da rotação de culturas, posteriormente, o método manual/mecânico, onde é realizado o arranquio utilizando enxada ou corte com roçadeira e equipamentos tracionados por animais ou tratorizados, que são os mais comumente utilizados, porém os mecanizados implicam maior custo. O método químico também possui grande destaque podendo substituir o controle mecânico, sendo que as aplicações são determinadas baseadas em pré ou pós emergência. Uma última alternativa é o controle integrado que compreende a junção e combinação de diversos métodos buscando extrair as melhores características de cada um e diminuir assim o custo final. A capina também passa a ser muito importante no período próximo aos 200 dias de ciclo para que chegando no momento de colheita a mesma possa ser realizada no “limpo”. A fim de exemplificar algumas das principais plantas competidoras relacionadas a cultura da mandioca, segue a tabela abaixo.</p><p>Famílias</p><p>Nomes científicos</p><p>Nomes populares</p><p>Compositae</p><p>Acanthospermum australe</p><p>Carrapicho rasteiro</p><p>Acanthospermum hispidum</p><p>Carrapicho-de-carneiro</p><p>Eupatorium ballataefolium</p><p>Eupatorio, picão-preto</p><p>Eupatorium laevigatum</p><p>Eupatorio, erva-formigueira</p><p>Blainvillea rhomboidea</p><p>Picão-grande</p><p>Centratheum punctatum</p><p>Perpétua</p><p>Ageratum conyzoides</p><p>Mentrasto</p><p>Bidens pilosa</p><p>Picão-preto</p><p>Sonchus oleraceus</p><p>Serralha</p><p>Emilia sonchifolia</p><p>Falsa-serralha</p><p>Tagetes minuta</p><p>Cravo-de-defunto</p><p>Galinsoga parviflora</p><p>Picão-branco</p><p>Galinsoga ciliata</p><p>Picão-branco, fazendeiro</p><p>Poaceae</p><p>Brachiaria plantaginea</p><p>Capim-marmelada</p><p>Rhynchelytrum repens</p><p>Capim-favorito</p><p>Pennisetum setosum</p><p>Capim-oferecido</p><p>Leptocloa filiformis</p><p>Capim-mimoso</p><p>Echinochloa colonum</p><p>Capim-coloninho</p><p>Digitaria horizontalis</p><p>Capim-colchão</p><p>Setaria vulpiseta</p><p>Capim-rabo-de-raposa</p><p>Eleusine indica</p><p>Capim-pé-de-galinha</p><p>Fabaceae</p><p>Senna occidentalis</p><p>Fedegoso</p><p>Malvaceae</p><p>Sida spinosa</p><p>Guanxuma, malva</p><p>Sida rhombifolia</p><p>Guanxuma, relógio</p><p>Sida cordifolia</p><p>Malva-branca</p><p>Rubiaceae</p><p>Spermacoce verticillata</p><p>Vassourinha-de-botão</p><p>Mitracarpus hirtus</p><p>Poaia-da-praia</p><p>Diodia teres</p><p>Mata pasto</p><p>Richardia brasiliensis</p><p>Poaia-branca</p><p>Spermacoce latifolia</p><p>Erva-quente</p><p>Richardia scabra</p><p>Poaia-do-cerrado</p><p>Euphorbiaceae</p><p>Croton lobatus</p><p>Café-bravo</p><p>Euphorbia heterophylla</p><p>Amendoim-bravo</p><p>Phyllanthus tenellus</p><p>Quebra-pedra</p><p>Chamaesyce hirta</p><p>Erva-de-santa-luzia</p><p>Chamaesyce prostata</p><p>Quebra-pedra rasteiro</p><p>Euphorbia brasiliensis</p><p>Leiteira</p><p>Convolvulaceae</p><p>Ipomoea sp</p><p>Corda-de-viola</p><p>Portulacaceae</p><p>Portulaca oleracea</p><p>Beldroega</p><p>Amaranthaceae</p><p>Amaranthus viridis</p><p>Caruru verde</p><p>Amaranthus spinosus</p><p>Caruru-de-espinho</p><p>Amaranthus hybridus</p><p>Caruru roxo</p><p>Alternanthera tenella</p><p>Apaga-fogo</p><p>Commelinaceae</p><p>Commelina benghalensis</p><p>Trapoeraba, marianinha</p><p>Commelina difusa</p><p>Trapoeraba, marianinha</p><p>Cyperaceae</p><p>Cyperus rotundus</p><p>Tiririca roxa</p><p>Cyperus esculentus</p><p>Tiriricão, tiririca amarela</p><p>Molluginaceae</p><p>Mollugo verticillata</p><p>Cabelo-de-guia</p><p>Fonte: Elaborada por autores com base em OTSUBO; LORENZI, 2004.</p><p>6.1.2 IRRIGAÇÃO</p><p>Um outro trato cultural ainda pouco discutido mas que deveria ser abordado com maior importância dentro da condução e manejo da mandioca é a irrigação e, mesmo que de acordo com estudos já realizados e conclusivos, a mandioca seja uma planta que demonstre boa resistência a seca, deve-se observar que faixas ideais de molhamento podem proporcionar um ganho de produção impactante e consequentemente um ganho econômico. A pluviosidade ideal para para a cultura Manihot esculenta gira em torno de 1000 a 1500 mm/ano e em caso de uma má distribuição pluviométrica é interessante o aporte de irrigação (MATTOS; BEZERRA, 2003).</p><p>Uma unanimidade entre os pesquisadores é de que a fase mais importante que está ligada à necessidade hídrica para garantia de um bom desenvolvimento da lavoura compreende os primeiros 15 dias após o plantio, pois nesse período as manivas necessitam de maior grau de umidificação imediata para que ocorra bom enraizamento e brotação de parte aérea e, no geral, os primeiros cinco meses, considerando previamente um ciclo de 12 meses, correspondem ao período onde se deve dar maior atenção ao adequado molhamento devido a planta estar em pleno processo de crescimento vegetativo e tuberização.</p><p>Alguns dos benefícios de uma irrigação bem feita são a possibilidade de escalonamento de produção visando diferentes épocas de colheita, maior qualidade de raízes, precocidade de colheita e rendimento</p><p>e produtividade elevados. Como exemplo da importância de uma irrigação bem feita o pesquisador Maurício Coelho (Embrapa e Rothamstead Research) divulgou que em condições semiáridas a produtividade média de uma lavoura pode atingir de 2 a 7 toneladas/hectare em 24 meses de cultivo, enquanto que com um correto aporte hídrico esse número pode saltar para 30 toneladas em um período de apenas 10 meses, considerando o mesmo tamanho de área (COELHO, 2020).</p><p>Apesar das vantagens citadas no manejo de irrigação, é importante salientar também que um molhamento excessivo é prejudicial à cultura e em locais onde existe produção com clima de alta pluviosidade, exemplo do estado do Pará (4000 mm), é necessário que os solos tenham boa capacidade de drenagem a fim de evitar doenças e podridão das raízes.</p><p>Concluindo, a irrigação ainda é um tema que possui muitos aspectos a serem analisados na produção de lavouras de mandioca, podendo ser dimensionada e atrelada, por exemplo, a fatores como tipo e clima da região, tipo de solo, adubação aportada e, ainda, a escolha de variedades para cada tipo de destino (OTSUBO; LORENZI, 2004 ).</p><p>6.1.3 PODA</p><p>A poda costuma ser uma forma de proporcionar equilíbrio nos processos vegetativos e reprodutivos na maioria dos vegetais, principalmente os inerentes à fruticultura. No caso da cultura da mandioca também existe a possibilidade da realização de podas na planta (Manihot esculenta), porém, eventualmente esse manejo só é utilizado em lavouras com escolha de produção de dois ciclos vegetativos (24 meses) onde é realizada a poda no final do primeiro ciclo vegetativo. Esse tipo de condução, no entanto, não possui estudos conclusivos a respeito da eficiência e melhor produtividade das raízes tuberosas. Os principais aspectos sobre o qual faltam informações dizem respeito ao teor de amido.</p><p>O que já se sabe é que uma planta podada desenvolve um índice de área foliar (IAF) maior do que uma planta não podada, em contrapartida, tal planta utiliza uma maior quantidade de reservas das raízes para restabelecimento da parte vegetativa. É interessante que ao realizar a poda se tenha claro que esse procedimento poderá interferir positiva ou negativamente no tempo e resultado final de produção da lavoura. Outros motivos que podem determinar a realização deste trato cultural está ligado ao manejo de inços, que pode ser facilitado no caso do segundo ciclo e, também quando se deseja retirar as partes do ramo para obtenção de material para implantação de novas lavouras, alimentação animal, entre outros motivos. Caso a poda tenha sido efetuada em algum momento, a planta leva em média de 4 a 6 meses para recuperar-se plenamente e estar pronta para uma possível colheita, portanto, a depender do momento, a poda nem sempre é recomendada. A questão da sanidade também deve ser analisada com muito cuidado para determinar a realização deste tipo de condução, devido a possibilidade de incidência e disseminação de pragas e doenças.</p><p>Dentro dos aspectos que estão diretamente ligados às raízes comerciais, comumente, as plantas que sofreram o processo de poda apresentam maior teor de fibras nas raízes e menor distribuição equilibrada de amido, muitas vezes fazendo com que o mesmo (amido) fique concentrado nas regiões radiais causando o chamado cocheamento no centro das raízes produzidas. A poda normalmente é realizada a uma altura de 10 a 15 cm da superfície do solo em plantas com aproximadamente 12 meses de idade.</p><p>7 - Manejo Fitossanitário:</p><p>O manejo fitossanitário na cultura da mandioca, assim como em outras espécies, deve ser levado muito a sério a fim de garantir a sanidade da lavoura do início ao final do ciclo</p><p>7.1 - Principais espécies fitófagas (insetos, ácaros, nematóides, pássaros, mamíferos) e seus tratamentos preventivos e curativos;</p><p>Dentre as pragas que podem atacar a Manihot esculenta podemos destacar lagartas, ácaros, percevejos, cochonilhas, cupins e formigas, sendo que algumas têm maior expressão de danos a cultura. No caso do Brasil, os maiores ataques são provenientes de Mandarová, percevejo de renda, mosca branca e ácaros, patógenos estes que serão descritos com maior detalhamento na linhas abaixo.</p><p>O mandarová (Erynnis ello) é considerado por alguns a praga mais importante da cultura da mandioca, muito pelo fato da alta capacidade de desfolha que pode levar a planta à morte caso a mesma esteja em início de desenvolvimento. O mandarová é um inseto (lagarta/mariposa) que pode ocorrer em qualquer época do ano e ainda na fase de ínstar causa o maior prejuízo à cultura.Considerada uma praga esporádica, na região centro sul ocorre predominantemente entre os meses de novembro e março e quando em fase de mariposa deposita seus ovos sobre a folha durante a noite.</p><p>Um controle eficiente para conter a praga envolve monitoramento da própria praga e também de inimigos naturais como a vespa parasitóide Trichogramma que atua como controle biológico do mandarová. Outras formas de controle biológico são o Baculovirus erinnys e o inseticida biológico à base de Bacillus thuringiensis que atacam a fase de lagarta. O método químico também pode ser utilizado com uso de inseticidas à base de carbamatos e piretróides, porém não é recomendado pela possibilidade de eliminar também os inimigos naturais podendo ocasionar um desequilíbrio ambiental. Para se ter uma ideia, poucos eram os produtos devidamente registrados para o patógeno no estado do Paraná.</p><p>O controle cultural com a prática de aração também contribui para redução da praga que geralmente sofre enterrio das pupas e não consegue se sobressair. Ainda em caso de lavouras de pequeno porte se recomenda a catação manual e destruição.</p><p>Uma outra praga comum ao território brasileiro (cerrado) é o percevejo de renda (Vatiga manihotae) que possui hábito sugador e pode propiciar ataques severos partindo das folhas basais e medianas e na face inferior das mesmas. Quando ocorre ataque com alta severidade a planta reduz a taxa fotossintética e fica passível de desfolhamento. Na região sul a praga ocorre mais comumente na época de seca e nos períodos de veranico. O controle mais eficaz é a utilização de variedades tolerantes e eventualmente o método químico com utilização de inseticidas fosforados.</p><p>A terceira praga a ser descrita é a mosca branca (Bemisia spp.). Inseto vetor de vírus (inclusive o vírus do mosaico africano ainda inexistente no Brasil), tanto os adultos quanto os jovens sugam a seiva das folhas e, além do dano direto a planta (abscisão), a mosca excreta uma substância açucarada (mela) onde ocorre o desenvolvimento do fungo conhecido como Fumagina que cobre a superfície da folha e reduz a taxa fotossintética. Na região sul a espécie Aleurothrixus aepim é mais comumente observada. No geral, os insetos podem ser observados quando se apresentam em grande número na face abaxial das folhas da planta de mandioca. Quando muito atacadas as plantas podem sofrer com a queda de folhas e as hastes podem secar do ápice para a base.</p><p>Os métodos de controle recomendados podem compreender utilização de cultivares tolerantes intercaladas com culturas não hospedeiras, pulverização com detergente e óleo, destruição de restos culturais, utilização de fungos que atuam como agentes de controle naturais (Cladosporium cladosporioides), porém, apesar da utilização dessas técnicas o controle da mosca branca é muito difícil, até mesmo quando se pensa em controle químico com inseticidas.</p><p>Por último podemos destacar os ácaros como uma das pragas mais severas dentro da cultura da mandioca. Normalmente aparecem durante a estação seca do ano e são capazes de ocasionar morte de gemas e deformação de folhas. As principais espécies fitófagas que causam grande prejuízo na produção são o ácaro verde e o ácaro rajado, sendo que o ácaro verde (Mononychellus tanajoa) é o que possui maior poder de dano à cultura e é mais comumente encontrado na região nordeste. Outros sintomas do ataque severo à planta são o encurtamento de entrenós, desfolhamento e morte do ápice do ramo. No geral, os ácaros atacam plantas</p><p>isoladas e depois se agrupam em plantas até que a lavoura seja totalmente tomada.</p><p>Os manejos de controle para os ácaros englobam práticas culturais como a destruição de restos de cultura, variedades resistentes e controle biológico com ácaros predadores fitoseídeos e fungos (Neozygites sp.). Outro fator que pode ajudar no controle e diminuição da população das pragas é o aumento de precipitação (chuva forte).</p><p>Cupins e formigas cortadeiras também merecem atenção, apesar de não serem pragas exclusivas da Manihot esculenta. Alguns tipos gerais de controle que englobam qualquer tipo de praga são a rotação de culturas, utilização de iscas, variedades resistentes, consórcios, eliminação de plantas doentes e hospedeiras, manejo biológico e controle químico.</p><p>7.2 - Principais fitopatógenos (fungos, bactérias, vírus, etc.) e seus tratamentos preventivos e curativos;</p><p>As doenças que eventualmente ou predominantemente acometem a Manihot esculenta podem variar muito de acordo com o local e clima de determinada lavoura. Alguns exemplos de doenças são a podridão radicular, antracnose, superalongamento, superbrotamento, ferrugem, cercosporiose, bacteriose e viroses.</p><p>No presente trabalho vamos destacar os quatro principais agentes que causam perdas significativas em lavouras de diversas regiões do Brasil, são eles:</p><p>Phythophtora sp. e Fusarium sp. são os causadores da podridão radicular que se caracteriza como a doença mais limitante da produtividade na região nordeste e no estado do Pará. Os ambientes ou áreas sujeitos ao encharcamento, com textura argilosa e ph levemente alcalino são mais propensos ao aparecimento de Phythophtora, já solos adensados e ácidos estão relacionados ao fungo Fusarium. Os sintomas respectivamente na ordem dos fungos acima são podridão mole e com forte odor nas raízes “maduras” e podridão seca devido a obstrução dos tecidos vasculares que provocam podridão indireta nas raízes em qualquer fase de desenvolvimento.</p><p>As principais medidas de controle são a adoção de variedades tolerantes, correto manejo do solo, estabelecimento de práticas culturais como a rotação de culturas e controle do excesso de água no solo. Caso seja detectado alto índice de podridão as plantas devem ser erradicadas e queimadas.</p><p>O agente causal Xanthomonas campestris pv. manihotis é responsável pela doença conhecida como bacteriose que causa os maiores prejuízos das regiões sul, sudeste e centro-oeste com as perdas podendo chegar a 30% do total quando a variedade é resistente, caso se trate de uma variedade susceptível a perda pode ser total. Os locais com grande amplitude térmica costumam favorecer o patógeno que causa manchas angulares de aparência aquosa, murcha das folhas, exsudação de goma nas hastes, necrose vascular e morte da planta.</p><p>As variedades tolerantes conseguem resistir bem à doença e portanto são consideradas o principal método de controle da bacteriose. Além disso, a escolha de um material saudável associado a correta época de implantação da lavoura pode contribuir para diminuição ou ausência da patologia.</p><p>O terceiro agente causal de grande importância na cultura da mandioca é o Sphaceloma manihoticola que causa a doença conhecida como superalongamento das hastes formando ramas finas e com longos entrenós. Esses sintomas podem evoluir para lesões nas hastes, pecíolos e nervuras, retorcimento nas folhas e morte dos tecidos. A dimensão dos prejuízos vai depender da quantidade que a planta foi afetada, das condições climáticas, onde geralmente as chuvas favorecem o agente, e também da variedade de Manihot em questão. Os métodos de controle recomendados são, como em outros casos, o uso de variedades tolerantes ou resistentes, rotação de culturas e materiais de plantio sadios.</p><p>Por último, mas não menos importante, está o fitoplasma causador do superbrotamento que atinge lavouras de qualquer região do Brasil. Esse agente atua fazendo com que quase todas as gemas da planta “brotem” proporcionando um aspecto de vassoura e as hastes fiquem com um tamanho reduzido. Apesar do grande número de brotamentos a planta sofre de raquitismo e fica com aspecto amarelado. A transmissão ocorre por insetos de hábito sugador ou por plantio de manivas (material semente) contaminadas. Segundo pesquisas, as perdas de rendimento de raízes podem chegar a 70% e nos teores de amido 80%. O controle para essa doença deve partir do momento da escolha de material para plantio, através de seleção e implantação de materiais sadios para formação da lavoura. Materiais com resistência ao fitopatógeno também auxiliam na prevenção da doença.</p><p>8 - Colheita;</p><p>A colheita pode ser entendida como a etapa final de um ciclo, sendo talvez até a mais gratificante e de maior importância para o produtor. O tempo de colheita de uma lavoura de mandioca vai depender muito do tipo e do objetivo de destinação final do produto, pode ainda ser dividido em colheita precoce (10 a 12 meses), semi-precoce (14 a 16 meses) e tardia (18 a 24 meses), inclusive, além da variedade, esses valores de tempo ou idade da planta podem influenciar no teor de ácido cianídrico (HCN) e necessidade de cozimento das raízes, principalmente no caso da mandioca de mesa.</p><p>A principal forma de colheita ainda é a manual, onde se utilizam ferramentas como facão e enxada para corte e arranquio, porém em grandes lavouras com apelo industrial a colheita mecanizada já tem lugar de destaque e portanto, no momento da implantação, a distância entre linhas deve ser dimensionada em conformidade com o tamanho dos equipamentos que serão utilizados. As condições da lavoura também podem influenciar no momento de “retirada” das raízes, como por exemplo,se forem observadas plantas com sinais de má sanidade as mesmas podem ser imediatamente eliminadas.</p><p>Segundo materiais divulgados pela Embrapa o início de colheita da mandioca depende ainda de fatores técnicos, ambientais e econômicos e as épocas mais indicadas para colheita são aquelas onde a planta está em período de repouso, caracterizado por diminuição no número e tamanho de folhas, período esse em que as raízes estão com máxima produção de amido. Os processos relacionados à colheita, tanto manual, como semimecanizada (afofadores) e mecanizada consistem basicamente em duas etapas que compreendem a poda da rama a uma altura de 15 a 30 centímetros e posterior arranquio, podendo variar de acordo com o tipo de solo e as condições climáticas do momento. Um dado “curioso” sobre o processo de colheita manual descrito em material de pesquisa da Embrapa indica que um trabalhador pode chegar a colher 1000 Kg de raízes em uma jornada de trabalho de oito horas/dia em solos limpos, friáveis e arenosos.</p><p>Para as variedades destinadas ao consumo de mesa aspectos como, padrão mercadológico, baixo teor de HCN(<100 ppm ou 100 mg HCN/Kg), baixo nível de deterioração, ausência de fibras e palatabilidade são importantíssimos e devem ser levados em consideração na escolha do momento e tempo de colheita, o que justifica na maioria das vezes um menor tempo de ciclo (10 a 14 meses). Já nas variedades destinadas à indústria a colheita não necessita de tantos cuidados físicos (mecânicos) e o “perigo” químico do HCN tóxico, devido ao fato de no momento do processamento ser extraído, não oferece risco no momento de fabricação dos subprodutos. Ainda em relação às variedades para indústria é importante que possuam alto índice de produção, película fina e raízes grossas, coloração branca e boa qualidade de amido. No geral, para qualquer tipo de variedade, o transporte deve ser realizado quase que imediatamente (24 horas) após os processos de destacamento das raízes a fim de evitar deterioração fisiológica e perdas de qualidade, por exemplo, no teor de amido (SILVA, A. D. A.; SANTOS, 2008).</p><p>9 - Comercialização;</p><p>As mandiocas são classificadas em mansas ou de mesa com baixo teor de ácido cianídrico (HCN), e as classificadas como amargas ou bravas com maior teor de ácido cianídrico. As de “mesa” possuem características que buscam agradar o consumidor final como tempo de cozimento,</p><p>sabor, textura, presença ou não de fibras, e as “amargas” são utilizadas indiretamente para o consumo humano, através da industrialização e processamento do amido produzido nas raízes da cultura. Entre os produtos finais para as variedades de “amargas” estão:</p><p>Fécula ou goma por definição é o produto amiláceo extraído das partes subterrâneas comestíveis dos vegetais (tubérculos, raízes e rizomas) (RESOLUÇÃO - CNNPA Nº 12, DE 1978). É utilizado para produção de polvilho azedo, tapioca, sagu, pudim, molho, caldo, creme e alimentos infantis. Os processos para obtenção de fécula em escala industrial são lavagem e descascamento, ralação, adição de água, extração da fécula, decantação, secagem, moagem, acondicionamento e armazenamento (FILHO, et al., 2013). O preço médio varia de acordo com o estado, e levando em consideração a cultivar BRS 420 com alta produtividade em um ciclo, a receita gerada pode chegar a 80 mil reais o hectare. Deve-se levar em conta ainda características física e químicas que precisam seguir as normas vigentes:</p><p>Umidade %p/p máximo</p><p>Acidez em ml de solução N% v/p máximo</p><p>Amido %p/p mínimo</p><p>Resíduo Mineral Fixo %p/p máximo</p><p>Mandioca</p><p>13,0</p><p>1,5</p><p>–</p><p>0,25</p><p>Fonte: Elaborado por autores com base em RESOLUÇÃO - CNNPA Nº 12, DE 1978</p><p>Farinha é um produto de alto consumo principalmente nas regiões Norte e Nordeste, sendo uma das principais fontes de energia da alimentação de pessoas em estado mais vulnerável. Para o seu processamento é necessário a lavagem e descascamento, ralação, esfarelamento, peneiragem (processo opcional), torração, peneiragem, acondicionamento e armazenamento (FILHO, et al., 2013).</p><p>Há ainda o consumo in natura que pode ter seu valor agregado caso seja optado por processamento mínimo como a descascagem e congelamento, e diversas outras aplicações como produção de alimentos pré-fritos, caldos, panificados etc. O seu preço vai variar de acordo com a sazonalidade, flutuando o preço para cima em períodos de menor quantidade comercializada, isso a depender da região.</p><p>Além do consumo humano, a mandioca possui grande potencial como alternativa à alimentação animal, podendo servir como componente de rações, produção de feno a partir das folhas e ramos e até em situações mais pontuais proporcionar uma substituição a cereais.</p><p>10 - Considerações finais, Conclusões;</p><p>Antigamente a mandioca era tida como uma cultura de subsistência familiar, porém a partir dos anos 90, com a inserção da mecanização e com o aumento de processos industriais, principalmente na região centro-sul, a cultura ganhou destaque e projeção para que se aumentasse consideravelmente o número de produtores (ROYO, 2010), consequentemente foi necessário um avanço de pesquisas a fim de melhorar e otimizar a produção. Logo, os manejos também necessitaram de adaptação às exigências e demandas do mercado. Como visto no decorrer do trabalho, essas adaptações englobam aspectos como conhecer, selecionar e implementar corretamente a cultura da Manihot esculenta levando em consideração zoneamento agroclimático, necessidade hídrica, correção e adubação de solo, manejo de pragas e doenças, mecanização de práticas e por fim a comercialização. Após todas essas análise ficou claro a importância, tanto alimentícia, quanto a importância ligada ao desenvolvimento regional e social que pode ser alcançado com a evolução de um produto capaz de se transformar em “quase tudo”.</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>ALLEM, A C. The origins and taxonomy of cassava. In: HILLOCKS, R. J.; THRESH, J. M.; BELLOTTI, A. Cassava: biology, production and utilization. New York: Wallingford, UK, 2002. p. 1-16.</p><p>ALTIERI, M.A. Agroecology: the science of natural resource management for poor farmers in marginal environments. 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