Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>CONTROLE DE VETORES EM ESTABELECIMENTOS VETERINÁRIOS</p><p>Fred Julio da Costa Monteiro</p><p>Rackel Barroso Monteiro</p><p>· INTRODUÇÃO</p><p>Estabelecimentos veterinários são ambientes naturalmente insalubres, não somente pelos perigos e riscos que envolvem tais empreendimentos, mas, principalmente, pelo fato de os pacientes serem, por muitas vezes, portadores de vetores de interesse à saúde. Além dos vetores que existem normalmente nos estabelecimentos de saúde (humanos ou animais), há uma diversidade presente nos animais que pode infestar, além de outros hospedeiros (inclusive o homem), o ambiente.</p><p>Neste artigo, consideram-se vetores as espécies pertencentes ao filo Arthropoda, que possuem a capacidade de transmitir, direta ou indiretamente, agentes infecciosos, tais como vírus, bactérias, parasitas. Esses vetores transitam livremente pelos diversos setores dos estabelecimentos de saúde, sendo considerados potenciais disseminadores de patógenos, especialmente em infecções hospitalares.</p><p>Realizar controle vetorial dentro de ambientes hospitalares veterinários requer não só a compreensão do ciclo de vida dos animais, mas também da bioecologia de cada um dos vetores presentes no estabelecimento e dos fatores que a alteram.</p><p>· OBJETIVOS</p><p>Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de</p><p>· reconhecer a importância do controle vetorial em ambientes hospitalares veterinários;</p><p>· identificar os principais métodos de controle vetorial;</p><p>· identificar as técnicas de controle vetorial utilizadas na rotina dos estabelecimentos médicos veterinários.</p><p>· ESQUEMA CONCEITUAL</p><p>· MÉTODOS DE CONTROLE VETORIAL</p><p>Medidas de controle vetorial devem ser adotadas, preferencialmente, de forma preventiva. É imprescindível que tais práticas sejam utilizadas de forma racional com o objetivo de eliminar ou reduzir os riscos ocasionados por determinado vetor, seja nas transmissões de patógenos ou até mesmo quando eles são causadores de enfermidades.</p><p>Os métodos de controle vetorial podem ser adotados de maneira individual (por exemplo, coleiras impregnadas com carrapaticidas) ou coletiva (por exemplo, telagem de um canil). Neste artigo, serão considerados os métodos de controle coletivo, uma vez que o foco será o ambiente.</p><p>O manejo integrado de pragas (MIP), aplicado inicialmente à agricultura, é definido como a seleção, a integração e a implementação de técnicas de controle com base nas consequências econômicas, ecológicas e sociológicas previstas, utilizando, ao máximo, agentes de controle que ocorram naturalmente, incluindo clima, organismos patogênicos, predadores e parasitas.1</p><p>Adotar o MIP é imprescindível como prática sustentável no controle vetorial.</p><p>Para fins didáticos, as técnicas de controle vetorial serão classificadas quanto ao método (mecânicos, biológicos e químicos) e a forma de aplicação (focal, residual e espacial).</p><p>A combinação dos métodos de controle vetorial (mecânicos, biológicos e químicos) proporciona um controle integrado, de forma mais eficaz, reduzindo os efeitos adversos ao ecossistema de maneira ecologicamente aceitável.</p><p>No processo de controle vetorial, a educação ambiental é fundamento básico para todos os envolvidos, especialmente funcionários do estabelecimento veterinário, a fim de que pratiquem as recomendações para o controle vetorial e, quando identificarem a presença de vetores nos estabelecimentos, possam comunicar o responsável técnico do estabelecimento.</p><p>CONTROLE MECÂNICO</p><p>Geralmente, o controle vetorial mecânico inclui técnicas simples e eficazes, mas de resultados permanentes. Esse tipo de ação pode variar de uma simples atitude (por exemplo, telar janelas do estabelecimento), a complexas obras de estruturação que dificultem a presença dos vetores (por exemplo, drenar uma área para evitar a proliferação de mosquitos).</p><p>CONTROLE BIOLÓGICO</p><p>O controle vetorial biológico consiste no uso de uma determinada espécie com o objetivo de controlar outra espécie-alvo, podendo ser por parasitismo, predação ou patógenos.</p><p>Em estabelecimentos de saúde, o controle vetorial biológico é o método menos convencional e que raramente é adotado (por exemplo, emprego do Bacillus thuringiensis israelensis (BTI) e do Bacillus sphaericus (BS) como larvicidas para mosquitos).</p><p>CONTROLE QUÍMICO</p><p>O controle vetorial químico consiste no emprego de elementos químicos para controlar ou eliminar vetores.</p><p>Apesar de ser amplamente praticado, o controle vetorial químico deve ser a última intervenção a ser estabelecida, em razão dos perigos que envolvem a saúde de animais, homens e ambiente. Também é necessário que haja avaliação periódica da eficácia, pois esse tipo de controle deve ser complementar ao biológico e ao mecânico.</p><p>LEMBRAR</p><p>Quando o foco é o ambiente, antes de iniciar o procedimento de controle vetorial químico, são necessários cuidados para evitar o contato do pesticida com animais domésticos, alimento e água para consumo.</p><p>A aplicação de substâncias pesticidas no ambiente é influenciada por diversos fatores. Os materiais que constituem a superfície de aplicação (madeira, tijolo, parede rebocada sem pintura, parede rebocada com pintura ou revestida com azulejo), bem como sua lavagem interferem diretamente no efeito do inseticida.2</p><p>A apresentação do produto (concentrado emulsionável, emulsão de água em óleo, entre outros), interfere na escolha, pois influenciará a técnica para aplicação. Os métodos de preparação e diluição, bem como a técnica de aplicação devem seguir as recomendações do fabricante e ser realizados por pessoas treinadas e com a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs).</p><p>O controle vetorial por métodos químicos empregados no ambiente deve ser realizado e certificado por empresas prestadoras de serviço especializado, devidamente registradas na autoridade sanitária competente (Quadro 1).</p><p>Quadro 1</p><p>PESTICIDAS UTILIZADOS EM SAÚDE PÚBLICA E COM ESPECIFICAÇÕES PRECONIZADAS PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE PRESENTES NAS MONOGRAFIAS AUTORIZADAS PELA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA</p><p>Princípio ativo</p><p>Grupo</p><p>Tipo de formulação*</p><p>Uso</p><p>Classificação toxicológica**</p><p>α-cipermetrina</p><p>Piretroide</p><p>Líquido premido ou não; pó seco</p><p>Inseticida; aracnicida</p><p>Classe II</p><p>D-aletrina</p><p>Piretroide</p><p>Líquido premido ou não; isca; pó; granulado; pasta; cartela; espiral</p><p>Inseticida</p><p>Classe III</p><p>BTI</p><p>Inseticida microbiológico</p><p>Granulado; tablete; suspensão concentrada; solução aquosa concentrada</p><p>Inseticida</p><p>Classe IV</p><p>BS</p><p>Inseticida microbiológico</p><p>Pó molhável; suspensão concentrada; granulado</p><p>Inseticida</p><p>Classe IV</p><p>Bendiocarbe</p><p>Carbamato</p><p>Pó; pó molhável</p><p>Inseticida; aracnicida</p><p>Classe I</p><p>Bioaletrina</p><p>Piretroide</p><p>Líquido premido ou não; isca; pó; granulado; pasta; cartela; espiral</p><p>Inseticida</p><p>Classe III</p><p>Bifentrina</p><p>Piretroide</p><p>Líquido premido ou não; pó; granulado; líquido</p><p>Inseticida; aracnicida</p><p>Classe II</p><p>Ciflutrina</p><p>Piretroide</p><p>Líquidos premidos; líquido para aplicação residual; pó molhável; concentrado emulsionável</p><p>Inseticida</p><p>Classe II</p><p>Deltametrina</p><p>Piretroide</p><p>Aerossol; isca; líquido; pó; suspensão concentrada; substância volatilizante; granulado; pasta; substâncias vendidas prontas para uso; sólido; aplicação a ultrabaixo volume (UBV)</p><p>Inseticida; aracnicida</p><p>Classe III</p><p>Cifenotrina</p><p>Piretroide</p><p>Líquido premido; líquido para aplicação residual; pó seco; granulado; isca (pó granulado); para fumegação</p><p>Inseticida</p><p>Classe III</p><p>Diflubenzuron</p><p>Benzoilureia</p><p>Pó; tablete; granulado; suspensão</p><p>Inseticida; aracnicida</p><p>Classe IV</p><p>Esbiotrim</p><p>Piretroide</p><p>Líquido premido ou não; isca; pó; granulado; pasta; cartela; espiral</p><p>Inseticida</p><p>Classe III</p><p>λ-cialotrina</p><p>Piretroide</p><p>Pó molhável; microemulsão; suspensão de encapsulado; suspensão concentrada; emulsão em água; concentrado emulsionável; pó molhável; microencapsulado</p><p>Inseticida</p><p>Classe III</p><p>Malation</p><p>Organofosforado</p><p>Líquido premido ou não; isca; pó; granulado; pó molhável, UBV; concentrado emulsionável</p><p>Inseticida; aracnicida</p><p>Classe III</p><p>Metopreno</p><p>Éster alifático insaturado</p><p>Líquido premido ou não; concentrado emulsionável; granulado</p><p>Inseticida</p><p>Classe</p><p>III</p><p>Novaluron</p><p>Benzoilureia</p><p>Líquido</p><p>Inseticida</p><p>Classe IV</p><p>Fenotrina</p><p>Piretroide</p><p>Líquido premido ou não</p><p>Inseticida</p><p>Classe III</p><p>Permetrina</p><p>Piretroide</p><p>Concentrado emulsionável; líquido premido; UBV; isca; pó; granulado; líquido; pasta; espiral; cartela; substância volatilizante</p><p>Inseticida</p><p>Classe III</p><p>Pirimifós-metílico</p><p>Organofosforado</p><p>Líquido premido ou não; granulado; pó seco; fumegante; suspensão do encapsulado</p><p>Inseticida; aracnicida</p><p>Classe III</p><p>Praletrina</p><p>Piretroide</p><p>Líquido premido ou não; cartela; espiral</p><p>Inseticida</p><p>Classe III</p><p>Propoxur</p><p>Carbamato</p><p>Líquido premido ou não; isca; pó; granulado</p><p>Inseticida</p><p>Classe II</p><p>Piriproxifem</p><p>Éter piridiloxipropílico</p><p>Líquido premido ou não; concentrado emulsionável; granulado</p><p>Inseticida</p><p>Classe IV</p><p>Temefós</p><p>Organofosforado</p><p>Líquido premido ou não; pó; granulado; concentrado emulsionável</p><p>Inseticida</p><p>Classe III</p><p>Transflutrina</p><p>Piretroide</p><p>Líquido e aerossol; repelente líquido; repelente de pastilha e tira; espiral; papel antitraça; repelente em gel; repelente de longa duração, pastilha e disco</p><p>Classe IV</p><p>*Classificação de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). **Classe I: extremamente tóxico. Classe II: altamente tóxico. Classe III: mediamente tóxico. Classe IV: pouco tóxico.</p><p>Fonte: World Health Organization (2016);3 Brasil (2016).4</p><p>· TÉCNICAS DE TRATAMENTO DO AMBIENTE</p><p>As técnicas de tratamento do ambiente podem ser de caráter focal, residual ou espacial.</p><p>TRATAMENTO FOCAL</p><p>O tratamento focal consiste na aplicação direta do produto no local provável de desenvolvimento do vetor, utilizado no combate a formas imaturas (principalmente de mosquitos).</p><p>O tratamento focal consiste na aplicação de larvicida diretamente no foco (recipiente — por exemplo, tratamento de um reservatório com BTI).</p><p>TRATAMENTO RESIDUAL</p><p>O tratamento residual é a aplicação de pesticidas que possuem ação residual na superfície.</p><p>Quando a espécie-alvo entrar em contato com a superfície impregnada pelo pesticida com ação residual, consequentemente, entrará em contato com o princípio ativo.</p><p>Antes do emprego do tratamento residual, é imprescindível adotar medidas para minimizar os riscos desse tipo de operação, tais como:</p><p>· respeitar o tempo de vazio sanitário do estabelecimento (de acordo com a técnica e o pesticida utilizado);</p><p>· retirar todos os alimentos e utensílios a fim de impossibilitar o contato com o pesticida;</p><p>· orientar que o piso seja varrido ou lavado antes de permitir novamente a entrada de pessoas e animais (não lavar a superfície borrifada).</p><p>TRATAMENTO ESPACIAL</p><p>O tratamento espacial consiste em técnicas empregadas para combater espécies voadoras com o objetivo de atingir, com a nuvem de pesticidas, as espécies-alvo.</p><p>O tratamento espacial é empregado, usualmente, como método de saúde pública (UBV, termonebulização), e os princípios ativos devem ser empregados conforme recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS — World Health Organization [WHO]).</p><p>· CONTROLE DE VETORES NO AMBIENTE</p><p>Os principais vetores com importância médica e veterinária, pertencentes ao Filo Artrophoda, são da classe Insecta — ordem dos Phthiraptera (piolhos), Hemiptera (percevejos), Siphonaptera (pulgas), Diptera (mosquitos, moscas, entre outros), Dictyoptera (baratas), Coleoptera (besouros) e Hymenoptera (formigas, abelhas e vespas) — e da classe Arachnida, que inclui duas importantes ordens: Ixodida (carrapatos) e Acari (ácaros).5</p><p>Para um controle vetorial eficiente, é necessário o conhecimento das espécies de interesse à saúde presente no estabelecimento, assim como da bioecologia de cada uma. Esse conhecimento permitirá o melhor delineamento das ações, com a determinação dos melhores métodos para cada espécie e cada fase do ciclo evolutivo (Figura 1).</p><p>Figura 1 — Esquema para estabelecer as ações de controle vetorial.</p><p>Fonte: Elaborada pelos autores.</p><p>EXTERNO</p><p>A avaliação do ambiente externo, tanto do estabelecimento de saúde quanto do circunvizinho, é de grande importância para estabelecer métodos eficazes e capazes de reduzir ou prevenir a presença de vetores.</p><p>Se o ambiente externo ao estabelecimento possuir grama ou jardim, devem estar devidamente aparados, pois serão excelentes abrigos de uma série de espécies de grande importância médica e veterinária.</p><p>Os ralos devem ser sifonados e com sistema abre-fecha. O ambiente externo deve estar livre de material acumulado ou em desuso para evitar que se torne abrigo de animais. Também deve ser limpo e higienizado periodicamente, sempre que necessário, com a utilização de produtos recomendados para essa finalidade (desinfetantes, desincrustantes, desengordurantes, entre outros), devidamente registrados e segundo a orientação do fabricante.</p><p>Um produto aplicado de maneira errônea (concentração, método de aplicação, tempo de ação), além de poder não ser eficaz, possivelmente trará danos ao ambiente.</p><p>O piso e as paredes do ambiente devem ser íntegros, de cor clara e laváveis. A caixa de gordura e a fossa asséptica, entre outras aberturas, devem estar seladas e ser limpas periodicamente ou sempre que necessário.</p><p>LEMBRAR</p><p>As condições adequadas de estrutura, limpeza e higienização do ambiente facilitam a identificação de potenciais vetores, além de dificultarem sua proliferação.</p><p>Calhas devem ser inspecionadas regularmente para que não acumulem água ou matéria orgânica, uma vez que os mosquitos necessariamente precisam de água para completar o seu ciclo evolutivo e os flebotomíneos, como o Lutzomyia longipalpis, precisam de matéria orgânica.</p><p>INTERNO</p><p>Toda e qualquer abertura que tenha comunicação com o ambiente externo deve ter alguma barreira que impeça ou dificulte a passagem dos vetores para o ambiente interno do estabelecimento, principalmente a área hospitalar. As barreiras podem ser telas milimetradas, cujo tamanho da malha deve ser impeditivo para o acesso da espécie-alvo. Todas as portas devem ser dotadas de sistema de fechamento automático. A porta do estabelecimento que dá acesso à rua pode conter aparelho de cortina de ar, que, além de impedir a entrada de poeira e odores, também evita a entrada de vetores. Outro método simples, porém eficaz, é a adição de borracha no rodapé de portas, que serve de barreira física para entrada de vetores.</p><p>A presença de vasos, tapetes e estofados em geral (sofás, longarinas com estofamento, poltronas estofadas, entre outros), em estabelecimentos veterinários, não é desejável, uma vez que muitos dos pacientes são portadores de ectoparasitas, e esses locais servirão de abrigo para tais ectoparasitas, podendo tornar o ambiente infestado. Dessa forma, sugere-se que o assento seja de polipropileno (ou similar), pois, além de evitar a proliferação de vetores, é de fácil limpeza, e de cor clara para permitir fácil visualização.</p><p>ATIVIDADES</p><p>1. Ambientes hospitalares veterinários estão sujeitos, constantemente, à infestação por vetores. Com relação ao estabelecimento de métodos eficientes de controle vetorial, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).</p><p>(  ) Conhecer a bioecologia dos vetores existentes no ambiente.</p><p>(  ) Promover educação ambiental para os envolvidos no controle vetorial, principalmente funcionários do estabelecimento.</p><p>(  ) Treinar os funcionários do estabelecimento para a realização de controle vetorial por métodos químicos no ambiente.</p><p>(  ) Avaliar periodicamente a eficácia dos métodos de controle empregados para as espécies-alvos.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.</p><p>A) V — F — V — F.</p><p>B) F — V — V — F.</p><p>C) V — V — F — V.</p><p>D) F — V — V — V.</p><p>Confira aqui a resposta</p><p>2. Conhecida uma espécie-alvo, para estabelecer os métodos de controle vetorial mais eficientes e minimizar os efeitos adversos ao ecossistema, a melhor alternativa que associa eficiência com sustentabilidade é o emprego de métodos:</p><p>A) mecânicos.</p><p>B) químicos.</p><p>C) biológicos.</p><p>D) mecânicos, químicos e biológicos em combinação.</p><p>Confira aqui a resposta</p><p>3. Considerando os métodos de controle vetorial, correlacione as colunas.</p><p>(1) Mecânico</p><p>(2) Biológico</p><p>(3) Químico</p><p>(  )</p><p>Consiste no emprego de uma determinada espécie a fim de controlar outra espécie-alvo mediante parasitismo, predação ou patógenos.</p><p>(  ) Apesar de amplamente praticado, deve ser a última intervenção a ser estabelecida, em razão dos perigos que envolvem a saúde de animais, homens e ambiente.</p><p>(  ) Pode variar de uma simples atitude (colocação de tela em janelas) a complexas obras de estruturação para dificultar a presença dos vetores (drenagem de uma área para evitar a proliferação de mosquitos).</p><p>(  ) É o método menos convencional e raramente adotado em estabelecimentos de saúde.</p><p>(  ) É realizado mediante o emprego de pesticidas para controlar ou eliminar vetores.</p><p>(  ) Requer cuidados para evitar o contato com animais domésticos, alimento e água para consumo quando o foco é o ambiente.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.</p><p>A) 2 — 3 — 1 — 2 — 3 — 3.</p><p>B) 1 — 2 — 3 — 1 — 2 — 2.</p><p>C) 3 — 1 — 2 — 3 — 1 — 1.</p><p>D) 3 — 2 — 1 — 3 — 2 — 2.</p><p>Confira aqui a resposta</p><p>4. Com relação aos pesticidas utilizados em saúde pública, complete as lacunas.</p><p>I — A α-cipermetrina, a ____________ e a ciflutrina, classe toxicológica II, pertencem ao grupo piretroide e são empregadas como inseticidas.</p><p>II — O malation, o pirimifós-metílico e o temefós, classe toxicológica III, pertencem ao grupo ____________ e são empregados como inseticidas.</p><p>III — O bendiocarbe e o propoxur, classes toxicológicas I e _____, respectivamente, pertencem ao grupo carbamato e são empregados como inseticidas.</p><p>IV — O diflubenzuron e o novaluron, classe toxicológica _____, pertencem ao grupo benzoilureia e são empregados como inseticidas.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.</p><p>A) bioaletrina — éster alifático insaturado — IV — III.</p><p>B) bifentrina — organofosforado — II — IV.</p><p>C) bioaletrina — éster alifático insaturado — II — IV.</p><p>D) bifentrina — organofosforado — IV — III.</p><p>Confira aqui a resposta</p><p>5. Assinale a alternativa que se refere à técnica de tratamento espacial do ambiente.</p><p>A) É utilizada no combate a formas imaturas (principalmente de mosquitos).</p><p>B) É empregada no tratamento de um reservatório com BTI.</p><p>C) Atinge seu objetivo quando a espécie-alvo, ao entrar em contato com a superfície impregnada pelo pesticida, entra em contato com o princípio ativo.</p><p>D) É empregada, usualmente, como método de saúde pública no combate a espécies voadoras com o objetivo de atingir, com a nuvem de pesticidas, as espécies-alvo.</p><p>Confira aqui a resposta</p><p>6. Após identificar um vetor dentro do estabelecimento veterinário e compreender sua bioecologia, o próximo passo é:</p><p>A) estabelecer os métodos de controle vetorial.</p><p>B) verificar o nível de infestação.</p><p>C) monitorar a espécie-alvo.</p><p>D) avaliar a eficácia dos métodos de controle.</p><p>Confira aqui a resposta</p><p>7. Com relação ao controle de vetores no ambiente, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).</p><p>(  ) As ordens Siphonaptera (pulgas), Diptera (mosquitos, moscas), Dictyoptera (baratas) e Ixodida (carrapatos), da classe Insecta, estão entre os principais vetores com importância médica e veterinária pertencentes ao filo Artrophoda.</p><p>(  ) A identificação de potenciais vetores e a dificuldade de sua proliferação são resultado de condições adequadas de estrutura, limpeza e higienização do ambiente.</p><p>(  ) Uma barreira que impeça ou dificulte a passagem dos vetores para o ambiente interno do estabelecimento deve ser instalada em aberturas que possuem comunicação com o ambiente externo.</p><p>(  ) O assento de polipropileno (ou similar) de cor clara evita a proliferação de vetores, é de fácil limpeza e permite fácil visualização.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.</p><p>A) V — F — V — F.</p><p>B) F — V — V — V.</p><p>C) V — V — F — V.</p><p>D) F — V — F — V.</p><p>Confira aqui a resposta</p><p>PRINCIPAIS VETORES DE INTERESSE EM AMBIENTES HOSPITALARES VETERINÁRIOS</p><p>A seguir, são descritos os vetores de maior interesse em ambientes hospitalares veterinários.</p><p>Pulgas</p><p>A espécie Ctenocephalides felis é o ectoparasita mais comum no cão e no gato;6 consequentemente, a infestação de estabelecimentos veterinários é esperada. Pode transmitir diversos patógenos de importância veterinária (Bartonella henselae, Rickettsia felis), além de ser hospedeiro intermediário para o Dipylidium caninum.7 Também pode causar dermatite alérgica à picada de pulga em cães, gatos8,9 e humanos.10</p><p>A espécie C. felis é holometabólica (ovo, larva, pupa e adulto), mas a hematofagia é exclusiva de adultos. Estima-se que cerca de 95% das pulgas se encontram no ambiente.11 Normalmente, elas completam o ciclo de vida entre três e oito semanas, podendo ficar longos períodos sem se alimentar. As fêmeas, ao longo da vida, depositam cerca de 1.300 ovos nos 50 primeiros dias, no hospedeiro.9</p><p>Para controle vetorial do ambiente, é necessário que, dentro do estabelecimento, sejam eliminados os potenciais locais de abrigo para as pulgas, tais como tapetes, carpetes, estofados e similares. O uso de aspirador de pó em ambientes infestados por pulgas é uma técnica recomendada para auxiliar na eliminação, especialmente quando o saco coletor contém inseticida.</p><p>Larvas são extremamente sensíveis ao calor e à dessecação; dessa forma, no ambiente interno, pode-se utilizar água quente para lavagem do piso. Já no ambiente externo ao estabelecimento, devem-se evitar áreas úmidas e de sombreamento. Quando não for possível, essas áreas são prioritárias para o controle.</p><p>As pulgas da espécie C. felis são bastante ecléticas quanto a hospedeiros, parasitando, inclusive, o homem. Portanto, realizar controle de vertebrados sinantrópicos é fundamental para obter sucesso no controle de C. felis.</p><p>No ambiente, o emprego de inseticidas químicos (fipronil, cipermetrina, permetrina, deltametrina, ciflutrina, bendiocarbe) é eficiente, assim como o uso de reguladores de crescimento (piriproxifem, metopreno).</p><p>LEMBRAR</p><p>Conforme descrito por Correia e colaboradores,12 a associação de piretroide com reguladores de crescimento potencializa o controle ambiental de C. felis.</p><p>É necessário o monitoramento da presença constante de C. felis no ambiente hospitalar veterinário, uma vez que é um ectoparasita comum em animais, capaz de infestar o ambiente rapidamente.</p><p>Carrapatos</p><p>O Rhipicephalus sanguineus é reconhecido como o carrapato que mais frequentemente infesta o cão. Assim como o C. felis, cerca de 95% de R. sanguineus estão no ambiente e resistem a longo períodos de jejum. A espécie possui ciclo trioxeno (três hospedeiros),11 com predileção pelo cão como hospedeiro (Figura 2), mas o parasitismo é descrito em outros animais, inclusive no homem (Figura 3).</p><p>Figura 2 — Infestação do pavilhão auricular de cão por R. sanguineus.</p><p>Fonte: Cedida por Dennis Magalhães.</p><p>Figura 3 — Fêmea de R. sanguineus parasitando homem.</p><p>Fonte: Cedida por Wanderson Miranda.</p><p>Além de causar dermatite, o R. sanguineus tem importância médica e veterinária, pois transmite filarioides (Cercopithifilaria), protozoários (Babesia) e bactérias (Ehrlichia canis), além de ser suspeito da transmissão de Anaplasma platys, Rickettsia, Bartonella e Coxiella burnetii.13</p><p>O R. sanguineus é um dos vetores em Medicina Veterinária de mais difícil controle. Possui ciclo de vida entre 63 e 91 dias, e as fêmeas depositam até 4 mil ovos.9 Ademais, o geotropismo negativo, muitas vezes, faz com que o R. sanguineus alcance áreas de difícil acesso (forro, lajes, frestas, entre outras).</p><p>O controle ambiental de R. sanguineus deve ser inicialmente focado na eliminação dos prováveis locais de abrigo, isto é, piso, parede e teto devem estar íntegros, e serem inspecionados diariamente. De igual forma, tapetes, carpetes e similares devem ser evitados nos estabelecimentos.</p><p>Diversos carrapaticidas podem ser empregados para o controle ambiental: organofosforados (diclorvós, malation, diazinona), piretroides (cipermetrina, deltametrina, λ-cialotrina), entre outros. Contudo, é imprescindível que seja feita a avaliação da eficácia do carrapaticida, pois a literatura descreve a resistência de R. sanguineus a inúmeros carrapaticidas, tais como cipermetrina, amitraz,14</p><p>permetrina e fipronil.15</p><p>Formigas</p><p>Estima-se que, das 12.500 espécies conhecidas de formigas, cerca de 2.500 ocorram no Brasil,16 e 59 espécies já foram identificadas em hospitais brasileiros.17 Formigas são insetos sociais que vivem em simbiose com seres humanos e são capazes de se adaptar rapidamente ao ambiente urbano.</p><p>O ambiente hospitalar é uma das principais áreas para a presença de formigas, podendo facilitar tanto a propagação quanto a dispersão de organismos patogênicos.18</p><p>Em ambientes hospitalares, a presença de formigas é favorecida pelas características estruturais do estabelecimento, mas também por proximidade de residências, presença de medicamentos, produtos químicos, alimentos e água. A associação das formigas como potenciais disseminadoras da resistência antimicrobiana em ambientes hospitalares humanos tem destacado o caráter vetorial desses insetos.19</p><p>Para estabelecer os melhores métodos de controle vetorial, é necessário, inicialmente, conhecer as espécies de formigas que estão presentes no estabelecimento (tanto no ambiente interno quanto externo) e seus hábitos alimentares, a influência do clima na dispersão, o comportamento da colônia, entre outros. As estratégias eficazes devem objetivar a eliminação completa da colônia seguida de monitoramento.</p><p>LEMBRAR</p><p>De modo geral, deve-se reduzir o acesso das formigas à comida por meio de acondicionamento correto dos alimentos e descarte adequado do lixo, não permitindo o acúmulo. Além de resíduos alimentares, formigas podem se alimentar de restos de outros animais, potencializando o papel de vetor (Figura 4).</p><p>Figura 4 — Formiga lava-pés (Solenopsis sp.) sobre barata de esgoto morta (Periplaneta americana).</p><p>Fonte: Arquivo de imagens dos autores.</p><p>O uso de armadilhas, contendo formicida ou não, é útil para capturar e identificar formigas. Quanto ao emprego de método químico, há uma diversidade de inseticidas que podem ser aplicados diretamente sobre o formigueiro quando identificado (por exemplo, cipermetrina, deltametrina e malation). Esse método pode ser aplicado principalmente em Solenopsis sp. (formiga lava-pés).</p><p>A aplicação direta de método químico em formigas fora da colônia é ineficiente, pois elimina apenas as que tiveram contato com o inseticida, mas não a rainha. Ademais, pode provocar a mudança da colônia ou até mesmo favorecer a dispersão.</p><p>Outros tipos de formicidas eficientes, capazes de eliminar a colônia, são aqueles cuja apresentação é do tipo isca em bisnagas contendo gel (ácido bórico, fipronil, sulfluramida, imidacloprida e indoxacarbe), que, em síntese, possui um atrativo e deve ser colocado em filetes nos prováveis locais onde as formigas transitam ou próximo aos abrigos. As formigas operárias carregam o gel para o ninho, gerando a consequente morte da colônia. Conforme citado anteriormente, é imprescindível limitar o acesso das formigas a alimentos para não haver recusa à isca.</p><p>Baratas</p><p>Das 4 mil espécies de baratas descritas, apenas 30 são consideradas pragas, das quais as mais comuns no Brasil são Periplaneta americana (popularmente conhecida como barata de esgoto) e Blatella germanica (barata alemã).20 Regularmente, estão presentes em habitações humanas e no peridomicílio, tais como caixa de gordura, esgoto, bueiros e demais locais úmidos e escuros que servem de abrigos.</p><p>Em saúde pública, além de causarem repulsa, similarmente às formigas, as baratas também são consideradas potenciais transmissores mecânicos de bactérias patogênicas em ambientes hospitalares e são ligadas à resistência a antibióticos.21</p><p>Estratégias de controle mecânico são primordiais para o sucesso do controle de baratas. Logo, deve-se dificultar o acesso a abrigos e alimentos, assim como promover o fechamento de pias, drenos, caixa de gordura, esgotos e bueiros, bem como instalar ralos sifonados dotados de tampa com sistema abre-fecha.</p><p>A análise cronológica mostrou que várias classes de inseticidas já foram utilizadas no combate a baratas, tais como: ácido bórico (compostos inorgânicos), organofosforados, carbamatos, hidrametilnona, sulfluramida, ivermectina, imidacloprida, fipronil e oxidiazina. Atualmente, um limitado número de compostos é viável, como propoxur, abamectina, dinotefuran, fipronil, hidrametilnona, imidacloprida e indoxacarbe.22</p><p>LEMBRAR</p><p>Pereira e colaboradores23 demonstraram que os inseticidas λ-cialotrina e deltametrina proporcionaram excelente controle de B. germanica, com poder residual de até 90 dias após a aplicação, enquanto o diclorvós foi considerado ineficiente para o seu controle.</p><p>O controle biológico desempenha um papel importante na gestão das populações de barata. Inimigos naturais da barata incluem fungos (Metarhizium anisopliae) como agentes entomopatogênicos. M. anisopliae é um fungo que causa doença em vários tipos de insetos, não parece infectar seres humanos ou outros animais e poderia ser recomendado como uma alternativa promissora para o controle da barata.24</p><p>Moscas</p><p>Moscas são insetos sinantrópicos que estão associados a humanos. As espécies mais importantes de interesse médico e veterinário são moscas domésticas (Musca, Fannia e Muscina), moscas hematófagas (Stomoxys), moscas-varejeiras (Chrysomya, Calliphora e Lucilia) e Sarcophaga.25 Contudo, o foco desta seção será na principal espécie de mosca doméstica: Musca domestica.</p><p>Estima-se que a M. domestica seja responsável pela transmissão de mais de 100 doenças, sendo uma ameaça para a saúde humana e animal. Pode transmitir diversos patógenos, incluindo bactérias, protozoários, helmintos e vírus, além de ser associada à resistência a antibióticos.26</p><p>A M. domestica necessita de matéria orgânica para desenvolvimento larval. Logo, o principal método de controle se concentra em medidas de sanitização ambiental, ações como armazenamento e destinação correta do lixo, reduzindo a oferta de matéria orgânica. Barreiras mecânicas em portas e janelas, telas milimetradas e cortina de ar também são úteis para impedir o acesso da mosca ao interior do estabelecimento.</p><p>O controle biológico de moscas pode ser utilizado por meio da aplicação de fungos, particularmente Beauveria bassiana e M. anisopliae, que demonstraram potencial inseticida.27</p><p>Os métodos químicos devem ser complementares ao controle mecânico e jamais poderão ser utilizados como método exclusivo de controle vetorial. Os métodos químicos devem ser aplicados nas áreas de concentração das moscas.</p><p>Em ambientes hospitalares, pode-se realizar o controle químico mediante isca (azametifós — Figura 5) associada ao tratamento residual. Contudo, a literatura descreve ampla resistência de M. domestica a piretroides (cismetrina, cipermetrina, deltametrina, permetrina, entre outros) por meio de mutação.26 Portanto, o monitoramento da eficácia e da periodicidade deve ser constante e praticado por empresa especializada.</p><p>Figura 5 — Isca para o controle vetorial de moscas. À esquerda, isca preparada. Ao centro, isca contendo várias moscas e já umidificada. À direita, isca repleta de moscas e muito umidificada, necessitando ser substituída.</p><p>Fonte: Arquivo de imagens dos autores.</p><p>LEMBRAR</p><p>É primordial evitar o acesso de animais (pacientes) e crianças às iscas para moscas a fim de reduzir o risco de intoxicação.</p><p>Mosquitos</p><p>Há uma diversidade de mosquitos de importância médica e veterinária que, além de produzirem incômodos pela picada, são transmissores de diversos patógenos e doenças (Plasmodium sp., Dirofilaria immitis, vírus causadores da dengue, febre amarela, zika, entre outros). Entretanto, esta seção discorrerá, de forma genérica, sobre os métodos de controle de mosquitos, especialmente culicídeos (Culex, Aedes, Anopheles, entre outros).</p><p>As fases larvária e pupal de culicídeos ocorrem em água. Dessa forma, impedir o acúmulo de água é medida prioritária para o controle vetorial. Os recipientes vazios que possam reter água devem ser mantidos secos, tampados ou protegidos e, quando inservíveis, devem ser eliminados.</p><p>Potenciais criadouros que não possam ser removidos ou descartados (caixas d’água, cisternas, árvores, pedras)</p><p>devem ser inspecionados regularmente e, quando possível, tampados ou protegidos com telas. Criadouros naturais (árvores, pedras) podem ser preenchidos com areia para que não permitam o acúmulo de água. Adicionalmente, quando as medidas citadas ainda permitirem a proliferação de mosquitos, esses criadouros devem ser tratados com larvicida (BTI, diflubenzuron, temefós, entre outros), conforme cada caso.</p><p>No controle de insetos adultos, similarmente ao descrito no controle de moscas, estabelecer barreiras mecânicas nas aberturas que tenham comunicação com o meio externo é uma medida eficiente para evitar a entrada de mosquitos. Quando detectada a ocorrência de doenças transmitidas por mosquitos, devem ser adotadas medidas de quebra de cadeia de transmissão, por meio de tratamento espacial (UBV – deltametrina, malation e permetrina).</p><p>O tratamento espacial é a última ação a ser adotada no controle das doenças transmitidas por vetores, pois, em razão da inespecificidade dos inseticidas e do risco ambiental, é uma medida de caráter emergencial, jamais rotineira.</p><p>ATIVIDADES</p><p>8. Quanto aos vetores de maior interesse em ambientes hospitalares veterinários, correlacione as colunas.</p><p>(1) C. felis</p><p>(2) R. sanguineus</p><p>(3) B. germanica</p><p>(4) M. domestica</p><p>(5) Culicídeo</p><p>(  ) Possui ciclo trioxeno, com predileção pelo cão como hospedeiro, mas pode parasitar outros animais, inclusive o homem.</p><p>(  ) Consiste em inseto sinantrópico que necessita de matéria orgânica para desenvolvimento larval.</p><p>(  ) Ectoparasita mais comum no cão e no gato, é uma espécie holometabólica (ovo, larva, pupa e adulto), mas a hematofagia é exclusiva de adultos.</p><p>(  ) Consiste em uma das espécies de baratas mais comuns no Brasil.</p><p>(  ) Além de ser suspeito da transmissão de Anaplasma platys, Rickettsia, Bartonella e Coxiella burnetii, transmite filarioides (Cercopithifilaria), protozoários (Babesia) e bactérias (Ehrlichia canis).</p><p>(  ) Pode transmitir patógenos de importância veterinária, como Bartonella henselae e Rickettsia felis, além de ser hospedeiro intermediário para o Dipylidium caninum.</p><p>(  ) Consiste em potencial transmissor mecânico de bactérias patogênicas em ambientes hospitalares e associa-se à resistência a antibióticos.</p><p>(  ) Pode transmitir Plasmodium sp. e Dirofilaria immitis.</p><p>(  ) Pode transmitir bactérias, protozoários, helmintos e vírus, além de associar-se à resistência a antibióticos.</p><p>(  ) Necessita de água para o desenvolvimento das fases larvária e pupal.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.</p><p>A) 1 — 3 — 2 — 5 — 1 — 2 — 5 — 4 — 3 — 4.</p><p>B) 5 — 2 — 4 — 1 — 5 — 4 — 1 — 3 — 2 — 3.</p><p>C) 2 — 4 — 1 — 3 — 2 — 1 — 3 — 5 — 4 — 5.</p><p>D) 3 — 1 — 5 — 4 — 3 — 5 — 4 — 2 — 1 — 2.</p><p>Confira aqui a resposta</p><p>9. A incidência de C. felis é comum em pacientes veterinários, razão pela qual é esperada a presença desse vetor em estabelecimentos veterinários. Com relação aos métodos eficientes de controle mecânico vetorial no ambiente, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).</p><p>(  ) Eliminação de abrigos (tapetes, carpetes, estofados).</p><p>(  ) Emprego de aspirador de pó na limpeza do ambiente interno.</p><p>(  ) Lavagem do piso com água quente.</p><p>(  ) Telagem de portas e janelas.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.</p><p>A) V — F — V — F.</p><p>B) F — V — V — V.</p><p>C) V — F — F — V.</p><p>D) V — V — V — F.</p><p>Confira aqui a resposta</p><p>10. Observe as afirmativas sobre as medidas para o controle do R. sanguineus.</p><p>I — Eliminar os prováveis locais de abrigo deve ser o foco do controle ambiental de R. sanguineus.</p><p>II — O uso de tapetes, carpetes e similares deve ser evitado nos estabelecimentos.</p><p>III — Entre os carrapaticidas que podem ser empregados para o controle ambiental do R. sanguineus, cipermetrina e fipronil são os que têm apresentado melhor eficácia.</p><p>Quais estão corretas?</p><p>A) Apenas a I e a II.</p><p>B) Apenas a I e a III.</p><p>C) Apenas a II e a III.</p><p>D) A I, a II e a III.</p><p>Confira aqui a resposta</p><p>11. Com relação às medidas indicadas para o controle vetorial de formigas, assinale a alternativa correta.</p><p>A) Aplicação de inseticidas diretamente sobre o formigueiro ou em formigas fora da colônia.</p><p>B) Uso de isca em bisnagas contendo gel.</p><p>C) Tratamento com larvicida.</p><p>D) Controle biológico com fungos.</p><p>Confira aqui a resposta</p><p>12. A P. americana, popularmente conhecida como barata de esgoto, é a espécie de barata que mais comumente está presente nas habitações. O controle desse importante inseto relacionado à transmissão de patógenos em ambientes hospitalares é primordial. Assinale a alternativa que apresenta a(s) melhor(es) técnica(s) de controle vetorial quando a barata de esgoto é identificada no estabelecimento.</p><p>A) Redução do acesso a abrigo (fechamento de pias, drenos, caixas de gordura, entre outros) e alimento.</p><p>B) Redução do acesso a abrigo (fechamento de pias, drenos, caixas de gordura, entre outros) e alimento, bem como emprego de iscas contendo inseticidas.</p><p>C) Uso de iscas contendo inseticidas e inseticidas aerossol.</p><p>D) Uso de inseticidas com poder residual (λ-cialotrina).</p><p>Confira aqui a resposta</p><p>13. Observe as afirmativas sobre os métodos para controle vetorial de moscas.</p><p>I — Ações como armazenamento e destinação correta do lixo integram as medidas de sanitização ambiental, principal método de controle de moscas.</p><p>II — O controle químico pode ser realizado mediante isca associada a tratamento residual em ambientes hospitalares.</p><p>III — A cismetrina e a cipermetrina estão entre os inseticidas mais eficazes no controle de moscas.</p><p>Quais estão corretas?</p><p>A) Apenas a I e a II.</p><p>B) Apenas a I e a III.</p><p>C) Apenas a II e a III.</p><p>D) A I, a II e a III.</p><p>Confira aqui a resposta</p><p>14. O uso de larvicidas no controle de mosquitos, associado ao controle mecânico, é empregado no combate aos culicídeos. Assinale a alternativa que melhor representa as ações de controle das formas imaturas com métodos químicos.</p><p>A) Uso de larvicida à base de BTI em todos os prováveis criadouros.</p><p>B) Uso de larvicida químico em todos os criadouros.</p><p>C) Uso de larvicida químico somente nos criadouros que não são passíveis de remoção.</p><p>D) Uso de UBV para controle larval.</p><p>Confira aqui a resposta</p><p>· CASO CLÍNICO</p><p>Ao final do dia, em uma clínica veterinária, o funcionário identifica, na recepção, um vetor (Figura 6). Em seguida, ele comunica ao responsável técnico a ocorrência.</p><p>Figura 6 — Artrópode localizado na parede de estabelecimento de saúde veterinário.</p><p>Fonte: Cedida por Rafael Lutiani.</p><p>ATIVIDADE</p><p>15. Descreva os passos a serem seguidos para estabelecer os melhores métodos de controle do vetor encontrado no caso clínico.</p><p>Confira aqui a resposta</p><p>· CONCLUSÃO</p><p>O controle de vetores que ocorrem naturalmente no ambiente é extremamente difícil, principalmente em estabelecimentos veterinários, onde, muitas vezes, os pacientes são portadores de vetores e podem infestar o estabelecimento.</p><p>É fundamental que o médico veterinário, ou qualquer funcionário que identifique um animal como vetor (pulga, carrapato, entre outros), comunique o restante da equipe para que possa ser mantido um alerta pelas áreas do estabelecimento em que o animal transitou e sejam emanados esforços para uma inspeção mais rigorosa desses locais.</p><p>LEMBRAR</p><p>É imprescindível realizar inspeções diárias em todos os locais do estabelecimento veterinário em busca de vetores, primordialmente nas áreas onde há fluxo intenso de pacientes.</p><p>Para o sucesso das ações de controle vetorial, é fundamental conhecer a ocorrência dos vetores na área de estudo e, principalmente, a bioecologia, para que, assim, sejam estabelecidos os métodos de controle. Métodos eficazes são combinações entre diversas técnicas, que devem ser avaliadas constantemente. A execução de ações de controle vetorial, especialmente quanto ao uso de pesticidas, deve ser feita por empresa especializada, que possua registro na autoridade sanitária competente, bem como os produtos por ela utilizados.</p><p>A escolha de um pesticida deve ser baseada na suscetibilidade da espécie-alvo, no custo, no método de aplicação, na segurança para os humanos e demais vertebrados</p><p>e na toxicidade para espécies não alvo. Por fim, a periodicidade de aplicação dos produtos é baseada no poder residual do pesticida, assim como nos índices de infestação ambiental.</p><p>· RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS</p><p>Atividade 1</p><p>Resposta: C</p><p>Comentário: O controle vetorial por métodos químicos empregados no ambiente deve ser realizado e certificado por empresas prestadoras de serviço especializado, devidamente registradas na autoridade sanitária competente.</p><p>Atividade 2</p><p>Resposta: D</p><p>Comentário: Sempre que possível, a combinação de métodos de controle vetorial (biológico, mecânico e químico) torna um programa de controle vetorial sustentável (ecologicamente, economicamente e socialmente).</p><p>Atividade 3</p><p>Resposta: A</p><p>Comentário: No método de controle vetorial químico, a apresentação do produto, os materiais que constituem a superfície de aplicação, bem como sua lavagem interferem diretamente no efeito do inseticida.</p><p>Atividade 4</p><p>Resposta: B</p><p>Comentário: A α-cipermetrina, a bifentrina, o bendiocarbe, o malation, o pirimifós-metílico e o diflubenzuron também são empregados como aracnicidas. A bioaletrina é de classe toxicológica III.</p><p>Atividade 5</p><p>Resposta: D</p><p>Comentário: As alternativas A e B se referem à técnica de tratamento focal, enquanto a alternativa C descreve a técnica residual.</p><p>Atividade 6</p><p>Resposta: B</p><p>Comentário: Após estudar a bioecologia do vetor, é necessário verificar os níveis de infestação para que, em seguida, seja possível determinar os métodos de controle vetorial, verificar a eficácia e realizar o monitoramento.</p><p>Atividade 7</p><p>Resposta: B</p><p>Comentário: A ordem Ixodida (carrapatos) é da classe Arachnida.</p><p>Atividade 8</p><p>Resposta: C</p><p>Comentário: O R. sanguineus é um dos vetores em Medicina Veterinária de mais difícil controle. Possui ciclo de vida entre 63 e 91 dias, e as fêmeas depositam até 4 mil ovos. Ademais, o geotropismo negativo, muitas vezes, faz com que o R. sanguineus alcance área de difícil acesso.</p><p>Atividade 9</p><p>Resposta: D</p><p>Comentário: C. felis são insetos ápteros e, apesar de efetuarem longos saltos, a telagem de portas e janelas para o combate a esse vetor é ineficaz, uma vez que a contaminação do ambiente ocorre geralmente por meio de um hospedeiro que carreia o inseto para dentro do estabelecimento.</p><p>Atividade 10</p><p>Resposta: A</p><p>Comentário: Cipermetrina, amitraz, permetrina e fipronil estão entre os carrapaticidas aos quais o R. sanguineus, segundo a literatura, tem apresentado resistência.</p><p>Atividade 11</p><p>Resposta: B</p><p>Comentário: A aplicação direta de método químico em formigas fora da colônia é ineficiente, pois elimina apenas as que tiveram contato com o inseticida, mas não a rainha, além de poder provocar a mudança da colônia ou até mesmo favorecer a dispersão. O tratamento com larvicida é empregado no controle de mosquitos. O controle ambiental com fungos é empregado no controle de baratas e moscas.</p><p>Atividade 12</p><p>Resposta: B</p><p>Comentário: A redução ao acesso a abrigo e alimento, associada ao emprego de iscas é a forma mais eficaz de combater a P. americana, já detectada em um estabelecimento (uso de métodos mecânicos e químicos).</p><p>Atividade 13</p><p>Resposta: A</p><p>Comentário: Tem sido descrita uma ampla resistência de M. domestica a piretroides, como cismetrina, cipermetrina, deltametrina, permetrina, entre outros, por meio de mutação, o que reforça a importância do constante monitoramento da eficácia e da periodicidade do produto por empresa especializada.</p><p>Atividade 14</p><p>Resposta: C</p><p>Comentário: O BTI é um larvicida biológico; logo, não se aplica à resposta. De igual forma, o UBV é uma técnica empregada para eliminar insetos alados. Criadouros, preferencialmente, devem ser removidos (copos, recipientes plásticos, garrafas, entre outros) ou eliminados mecanicamente (adição de terra em vaso). Devem ser tratados quimicamente apenas os criadouros que não são passíveis de remoção.</p><p>Atividade 15</p><p>Resposta: Inicialmente, deve-se identificar a espécie, no caso descrito, uma fêmea teleógina de R. sanguineus. Sabe-se que essa espécie pode proporcionar até quatro gerações em um ano, seu ciclo é trioxeno e 95% dos carrapatos estão no ambiente. Ademais, as fêmeas (teleóginas) possuem geotropismo negativo e depositam até 4 mil ovos. Procuram abrigos em frestas, fechaduras, forro, entre outros. Logo, o passo seguinte é realizar uma inspeção detalhada em todos os ambientes. Após a verificação do nível de infestação, devem-se, incialmente, eliminar possíveis locais de abrigos (tapetes, estofados, rachaduras de paredes, aberturas de forro, entre outros) no ambiente interno do estabelecimento. Da mesma forma, no ambiente externo, deve-se realizar a inspeção seguida de eliminação de abrigos. Se for identificado apenas esse carrapato em um único compartimento do imóvel, provavelmente, ele foi oriundo de um paciente, podendo ser confirmado com os médicos veterinários se houve a presença de animais onde foi identificada a presença desse ectoparasita. Ademais, deve-se realizar a inspeção diária e detalhada do estabelecimento em busca de mais carrapatos. Em seguida, averigua-se a data do último serviço de controle de vetores realizado por empresa especializada. Todavia, se forem achados mais espécimes em diversos setores do estabelecimento veterinário ou se o serviço de controle vetorial não estiver em dia, deve-se comunicar imediatamente a empresa responsável pelo controle vetorial para que faça a aplicação de carrapaticida. Após o tratamento, devem-se continuar inspecionando os locais tratados para verificar a ocorrência de carrapatos vivos e avaliar a eficácia do tratamento. Por fim, deve-se monitorar constantemente a ocorrência do vetor no interior do estabelecimento e alertar os funcionários para que, caso visualizem carrapatos no interior do estabelecimento, procedam à imediata comunicação ao responsável técnico, visto que o R. sanguineus possui elevada endofilia e alta capacidade de infestar o ambiente.</p><p>· REFERÊNCIAS</p><p>1. Bottrell DR. Integrated pest management. Washington: United States Government Printing Office; 1979.</p><p>2. Pereira RS. Período de exposição em duas populações de Blattella germanica (Linnaeus, 1767) (Blattodea: Blattellidae) [dissertação]. Jaboticabal (SP): Universidade Estadual Paulista; 2007.</p><p>3. World Health Organization. Specifications for pesticides used in public health [internet]. Geneva: WHO; 2016 [acesso em 2017 jul 17]. Disponível em: http://www.who.int/whopes/quality/newspecif/en/.</p><p>4. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Regularização de produtos: agrotóxicos. Brasília: ANVISA; 2016 [acesso em 2017 jul 17]. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/registros-e-autorizacoes/agrotoxicos/produtos/monografia-de-agrotoxicos/autorizadas.</p><p>5. Marcondes CB. Entomologia médica e veterinária. 2. ed. São Paulo: Atheneu; 2011.</p><p>6. Six RH, Liebenberg J, Honsberger NA, Mahabir SP. Comparative speed of kill of sarolaner (Simparica and fluralaner (Bravecto) against induced infestations of Ctenocephalides felis on dogs. Parasit Vectors. 2016 Feb;9:92.</p><p>7. Franc M, Bouhsira E, Beugnet F. Direct transmission of the cat flea (Ctenocephalides felis) between cats exhibiting social behaviour. Parasite. 2013;20:49.</p><p>8. Taenzler J, Gale B, Zschiesche E, Roepke RK, Heckeroth AR. The effect of water and shampooing on the efficacy of fluralaner spot-on solution against Ixodes ricinus and Ctenocephalides felis infestations in dogs. Parasit Vectors. 2016 May;9(1):233.</p><p>9. Blagburn BL, Dryden MW. Biology, treatment, and control of flea and tick infestations. Vet Clin North Am Small Anim Pract. 2009 Nov;39(6):1173–200, viii.</p><p>10. Youssefi MR, Ebrahimpour S, Rezaei M, Ahmadpour E, Rakhshanpour A, Rahimi MT. Dermatitis caused by Ctenocephalides felis (cat flea) in human. Caspian J Intern Med. 2014 Fall;5(4):248–50.</p><p>11. Genchi C. Arthropoda as zoonoses and their implications. Vet Parasitol. 1992 Sep;44(1–2):21–33.</p><p>12. Correia TR, Melo RMPS, Fernandes JI, Freitas IF, Cruz Vieira VP, Ribeiro FA, et al. Eficácia de uma formulação para aplicação ambiental contendo o piretróide ciflutrina e o regulador de crescimento</p><p>de insetos piriproxifen no controle de Ctenocephalides felis felis (Bouché, 1835)(Siphonaptera: Pulicidae). Rev Bras Med Vet. 2010;32(Supl 1):17–20.</p><p>13. Varloud M, Hodgkins E. Five-month comparative efficacy evaluation of three ectoparasiticides against adult cat fleas (Ctenocephalides felis), flea egg hatch and emergence, and adult brown dog ticks (Rhipicephalus sanguineus sensu lato) on dogs housed outdoors. Parasitol Res. 2015 Mar;114(3):965–73.</p><p>14. Rodriguez-Vivas RI, Ojeda-Chi MM, Trinidad-Martinez I, Bolio-Gonzalez ME. First report of amitraz and cypermethrin resistance in Rhipicephalus sanguineus sensu lato infesting dogs in Mexico. Med Vet Entomol. 2017 Mar;31(1):72–7.</p><p>15. Eiden AL, Kaufman PE, Oi FM, Allan SA, Miller RJ. Detection of permethrin resistance and fipronil tolerance in rhipicephalus sanguineus (Acari: Ixodidae) in the United States. J Med Entomol. 2015 May;52(3):429–36.</p><p>16. Castro MM, Almeida M, Fernandes EF, Prezoto F. Ants in the hospital environment: ecological parameters as support for future management strategies. Neotrop Entomol. 2016 Jun;45(3):320–5.</p><p>17. Castro MMd, Prezoto HHS, Fernandes EF, Bueno OC, Prezoto F. The ant fauna of hospitals: advancements in public health and research priorities in Brazil. Rev Bras Entomol. 2015 Jan–Mar;59(1):77–83.</p><p>18. Maximo HJ, Felizatti HL, Ceccato M, Cintra-Socolowski P, Beretta AL. Ants as vectors of pathogenic microorganisms in a hospital in Sao Paulo county, Brazil. BMC Res Notes. 2014 Aug;7:554.</p><p>19. Lima WR, Marques SG, Rodrigues FS, Rebelo JM. Ants in a hospital environment and their potential as mechanical bacterial vectors. Rev Soc Bras Med Trop. 2013 Sep–Oct;46(5):637–40.</p><p>20. Souza W, Abreu PF, Reis-Menini C, Menini Neto L. Evaluation of insecticides resistance in Blatella Germanis (I., 1757) (Dictyoptera: Blatellidae) in Juiz de Fora Municipality, Minas Gerais, Brazil. Biosci J. 2011;27(4):642–8.</p><p>21. Pai HH, Chen WC, Peng CF. Isolation of bacteria with antibiotic resistance from household cockroaches (Periplaneta americana and Blattella germanica). Acta Trop. 2005 Mar;93(3):259–65.</p><p>22. Dhang P, editor. Urban insect pests: sustainable management strategies. London: CPI Group; 2014.</p><p>23. Parreira RS, Ferreira MC, Martinelli NM, Silva IC, Pazini WC. Eficiência e efeito residual de inseticidas aplicados em diferentes superfícies para o controle de Blatella germanica (Linnaeus, 1767) (Dictyoptera: Blattelidae). Arq Inst Biol. 2011 Jul–Set;78(3):417–26.</p><p>24. Sharififard M, Mossadegh MS, Vazirianzadeh B, Latifi SM. Biocontrol of the Brown-banded Cockroach, Supella Longipalpa F.(Blattaria: Blattellidae), with Entomopathogenic Fungus, Metharhizium Anisopliae. J Arthropod Borne Dis. 2016 Jan;10(3):335–46.</p><p>25. World Health Organization. Pesticides and their application: for the control of vectors and pests of public health importance. 6th ed. Geneva: WHO; 2006.</p><p>26. Scott JG. Evolution of resistance to pyrethroid insecticides in Musca domestica. Pest Manag Sci. 2017 Apr;73(4):716–22.</p><p>27. Lecuona RE, Turica M, Tarocco F, Crespo DC. Microbial control of Musca domestica (Diptera: Muscidae) with selected strains of Beauveria bassiana. J Med Entomol. 2005 May;42(3):332–6.</p><p>Como citar a versão impressa deste documento</p><p>Monteiro FJC, Monteiro RB. Controle de vetores em estabelecimentos veterinários. In: Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais; De Nardi AB, Roza MR, organizadores. PROMEVET Pequenos Animais: Programa de Atualização em Medicina Veterinária: Ciclo 3. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2017. p. 143–68. (Sistema de Educação Continuada a Distância; v. 1).</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.wmf</p><p>image9.jpeg</p><p>image10.jpeg</p><p>image11.jpeg</p><p>image12.png</p><p>image13.jpeg</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image14.png</p><p>image15.jpeg</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p>