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Direito Empresarial e do Consumidor - Tema 2 - Modulo 3

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<p>Direito Empresarial e do Consumid�</p><p>Tema 2: Direito Empresarial, S�ciedades</p><p>Regulamentadas no Código Civil</p><p>Módulo 3: Sociedades Empresárias</p><p>Atos constitutivos e elementos dos contratos</p><p>CONTRATO SOCIAL, para sociedades limitadas por cotas.</p><p>ESTATUTO SOCIAL, para sociedades anônimas.</p><p>Esses documentos detalham os elementos constitutivos fundamentais de cada entidade, e é</p><p>a partir dele que inferimos questões relacionadas ao tipo de sociedade a que cada uma</p><p>delas pertence.</p><p>Existem alguns elementos padrões nos contratos ou estatutos, que aparecem em todos</p><p>eles. São elementos que definem minimamente a sociedade:</p><p>QUALIFICAÇÃO DOS SÓCIOS: É fundamental para a identificação daqueles que são os</p><p>responsáveis pela atuação da sociedade, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas. Devem</p><p>constar, nessa parte, nome completo, CPF ou CNPJ, residência, nacionalidade e todos os</p><p>demais elementos que individualizam seus integrantes.</p><p>DENOMINAÇÃO SOCIAL: É o nome oficial pelo qual a sociedade é registrada, podendo ser</p><p>formada pelos sobrenomes dos sócios ou abreviações de seus nomes, desde que único e</p><p>não registrado anteriormente.</p><p>Já o nome FANTASIA é o nome que consta no letreiro da loja ou do ponto empresarial. A</p><p>expressão nome fantasia decorre do fato de que, usualmente, o nome empresarial não é o</p><p>mesmo que consta como título do estabelecimento.</p><p>OBJETIVO SOCIAL: Define as atividades a serem realizadas pela empresa. Embora as</p><p>sociedades empresárias possam atuar em diversos setores, é essencial que essas atividades</p><p>estejam claramente descritas no objeto social.</p><p>Em certos casos, como para participar de licitações específicas, é importante que a</p><p>empresa tenha as atividades exigidas em seu objeto social para se qualificar.</p><p>O Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), mantido pelo IBGE, é uma</p><p>importante ferramenta para consultar as atividades que as empresas podem desenvolver.</p><p>FORMAS DE INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL: A integralização do capital subscrito pelo sócio</p><p>pode ser realizada de uma só vez ou em parcelas, mediante aceitação da sociedade. Como</p><p>a responsabilidade dos sócios é solidária, caso um deles deixe de cumprir com essa</p><p>obrigação, a sociedade pode tomar medidas, como designá-lo como sócio remisso,</p><p>assumir sua parte ou transferi-la a terceiros, e eventualmente excluí-lo da sociedade,</p><p>restituindo-lhe o que já foi pago. Todas essas possibilidades devem ser detalhadas no</p><p>contrato social, desde as disposições gerais até as especificidades de cada caso.</p><p>SEDE DA SOCIEDADE: É o local onde as atividades de uma sociedade são desenvolvidas,</p><p>podendo ter mais de uma sede, mas elas precisam estar descritas no contrato social.</p><p>RESPONSABILIDADES DOS SÓCIOS: Vão variar de acordo com a modalidade de sociedade</p><p>adotada. Cerca de 90% das companhias abertas no Brasil optam pelo modelo de</p><p>sociedade por cotas e responsabilidades limitadas e é nesse item que são especificadas as</p><p>responsabilidades de cada sócio.</p><p>ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE: Deve constar no contrato social qual sócio irá responder</p><p>judicial e extrajudicialmente pela administração da sociedade, ou seja, aquele que</p><p>efetivamente atuará em nome da sociedade.</p><p>Essa função intitulada de “administrador” pode ser desempenhada por um dos sócios,</p><p>desde que não haja impedimentos para tanto, e poderá também constar no documento o</p><p>valor do pró-labore a ser recebido por ele.</p><p>DIREITOS E OBRIGAÇÕES DE CADA UM DOS SÓCIOS: Podem ser descritos também nesse</p><p>documento o que se espera do desempenho da atividade de cada sócio e o que estará</p><p>impedido de ser realizado.</p><p>Um exemplo pode ser a cláusula de não concorrência, ou a cláusula de não</p><p>competitividade, que impede que um só sócio de determinada sociedade seja também</p><p>sócio em outra concorrente.</p><p>CLÁUSULA DE ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO SOCIAL: Período de atividades da sociedade,</p><p>determinando quando devem ser apresentados o balanço patrimonial, inventário e os</p><p>resultados econômicos. Esse período pode ou não coincidir com o ano fiscal.</p><p>CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO CONTRATUAL: Determina o local onde serão resolvidas as</p><p>disputas decorrentes do contrato. Geralmente, o foro é o mesmo local da sede da</p><p>sociedade ou onde ela desenvolve suas atividades. Também é possível optar pela</p><p>arbitragem comercial, especificando o tribunal arbitral e as regras aplicáveis às disputas.</p><p>No caso da arbitragem comercial, é comum escolher um tribunal estrangeiro especializado</p><p>para certos temas e setores. Nesse caso, é importante definir como serão divididos os</p><p>custos do procedimento arbitral, que podem ser mais elevados do que os custos judiciais.</p><p>Os contratos precisam ser registrados na Junta Comercial, se não a sociedade será regida</p><p>pelas regras de uma sociedade comum, e os sócios responderão integralmente com seus</p><p>respectivos patrimônios pelas dívidas da sociedade.</p><p>Restrição da constituição societária</p><p>Algumas restrições se aplicam, seja devido à qualificação de um dos sócios ou às</p><p>exigências de setores específicos da economia para iniciar um empreendimento.</p><p>Circunstâncias em que as restrições são aplicadas:</p><p>RELAÇÃO MARITAL, COM REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS: Prevalece a</p><p>proteção do patrimônio da família. No entanto, essa restrição ocorreu após a edição do</p><p>Código Civil, que é de 2002, sendo possível existirem ainda sociedades com esse tipo de</p><p>configuração.</p><p>SOCIEDADES ESTRANGEIRAS: Sua atuação depende da autorização por parte do Poder</p><p>Executivo. O Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI) é responsável</p><p>pela tramitação. Elas devem acrescentar ao nome a expressão “do Brasil” ou “Brasileira”.</p><p>Com a sua abertura, elas se sujeitam às leis nacionais e também poderão se naturalizar,</p><p>mas devem trazer a sua sede para o Brasil.</p><p>Alguns setores possuem requisitos específicos para a criação de sociedades, demandando</p><p>maior atenção do Estado, seja pelo Poder Executivo ou por agências reguladoras. Essas</p><p>entidades estabelecem critérios e restrições para garantir conformidade e segurança na</p><p>operação das empresas nesses setores.</p><p>Setores estratégicos, ligados ao abastecimento e à segurança nacional, frequentemente</p><p>apresentam requisitos específicos para a constituição de sociedades. Eles se destacam em</p><p>importância no desenvolvimento econômico e nacional, diferenciando-se de outros</p><p>mercados, como a comercialização de produtos alimentícios e vestuários.</p><p>Alguns setores:</p><p>SOCIEDADES OU INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS: Em razão da Lei nº 4.728/65, todas as</p><p>sociedades que atuem no mercado financeiro, comercializarem títulos financeiros, sejam</p><p>corretores, administrar fundos de títulos ou valores mobiliários devem receber autorização</p><p>específica do Banco Central do Brasil para funcionar.</p><p>SOCIEDADES QUE COMERCIALIZEM SEGURO: Nos termos do Decreto-lei nº 73/66, as</p><p>sociedades que comercializam resseguro, capitalização e previdência, de igual forma,</p><p>necessitam de autorização para funcionamento.</p><p>SOCIEDADE OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE: Por força da Lei nº 9.656/96,</p><p>necessitam de autorização especial para funcionar.</p><p>Aquisição de personalidade jurídica</p><p>A personalidade jurídica é conferida às sociedades devidamente registradas no Registro de</p><p>Empresas Mercantis ou no Registro de Pessoas Jurídicas, proporcionando uma</p><p>identificação única por meio do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica).</p><p>A aquisição da personalidade jurídica ocorre através do registro público das sociedades,</p><p>regulado pela Lei nº 8.934/94 e pelo Decreto nº 1.800/96. O serviço é conduzido pelo</p><p>Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis.</p><p>Composição do Sinrem:</p><p>DEPARTAMENTO NACIONAL DE REGISTRO DO COMÉRCIO (DNRC): Desempenha função</p><p>supletiva no campo administrativo e, no técnico, exerce função normativa, de supervisão,</p><p>orientação, e coordenação, com competência nacional.</p><p>JUNTAS COMERCIAIS (JC): Têm jurisdição estadual e estão administrativamente</p><p>subordinadas a cada estado, tecnicamente ao DNRC. Cada estado tem sua própria Junta</p><p>Comercial, responsável por serviços como registro, matrícula e cancelamento,</p><p>arquivamento de atos constitutivos e autenticação de documentos de empresários e</p><p>profissionais,</p><p>como leiloeiros, sujeitos a registro. O registro e arquivamento do ato</p><p>constitutivo conferem personalidade jurídica, emitido pela Junta Comercial o Número de</p><p>Identificação de Registro de Empresa (NIRE).</p><p>Mais do que um simples número, a criação de uma pessoa jurídica traz aos seus</p><p>integrantes uma garantia: de que eles não terão seu patrimônio pessoal afetado em caso</p><p>de insucesso.</p><p>Vantagens e desvantagens da personalidade jurídica:</p><p>Desconsideração da personalidade jurídica</p><p>A teoria da desconsideração da personalidade jurídica surge diante de situações como</p><p>abuso ou confusão patrimonial, em que não há distinção nítida entre os patrimônios da</p><p>empresa e dos sócios. Isso ocorre quando, por exemplo, a sociedade assume obrigações</p><p>dos sócios, transfere ativos ou passivos sem efetivas contraprestações, bem como se</p><p>verificam atos de descumprimento da autonomia patrimonial</p><p>Apenas por meio de sentença judicial, com direito de resposta dos acusados, a</p><p>desconsideração da personalidade jurídica pode ser decretada, visando satisfazer credores</p><p>sem dissolver a sociedade. Essa medida, prevista na legislação brasileira, permite em casos</p><p>específicos alcançar o patrimônio dos sócios ou acionistas, sem extinguir a entidade</p><p>empresarial.</p><p>Com a Lei de Liberdade Econômica (LLE), foram estabelecidos parâmetros mais</p><p>específicos para a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica.</p><p>O art. 50 do Código Civil, define que o desvio de finalidade ocorre quando a pessoa</p><p>jurídica é utilizada com o objetivo de lesar credores e cometer atos ilícitos por meio da</p><p>sociedade. Essa alteração permite que seja possível identificar os sócios ou acionistas que</p><p>foram beneficiados pelo uso abusivo da pessoa jurídica e que somente eles tenham seu</p><p>patrimônio afetado.</p><p>Exercícios</p><p>1. A empresa Fraudes e Fakes Ltda. foi processada por seus credores, que obtiveram a</p><p>desconsideração da personalidade jurídica decretada por sentença. Os sócios</p><p>Joselito das Neves e José Pereira foram condenados pelo desvio de finalidade do</p><p>objeto social da sociedade.</p><p>Marque a alternativa correta sobre o destino da sociedade Fraudes e Fakes Ltda.:</p><p>A alternativa d está correta.</p><p>A desconsideração da personalidade jurídica não é instrumento para o</p><p>encerramento das atividades empresárias da sociedade, sendo apenas uma</p><p>ferramenta para corrigir o uso desvirtuado da pessoa jurídica em casos de confusão</p><p>patrimonial e abuso.</p><p>2. Joselito das Neves pretendia iniciar um negócio, mas sem assumir os ônus</p><p>trabalhistas de seus funcionários. Com isso, realizou um contrato social com seu</p><p>cunhado, criando a sociedade Spertos Ltda., na modalidade sociedade empresária</p><p>por cotas de responsabilidade limitada, e não a registrou na Junta Comercial,</p><p>prevendo que, em casos de ações trabalhistas, não iriam localizar o registro da</p><p>sociedade e, assim, escaparia desses débitos.</p><p>Assinale a resposta correta para o caso em questão:</p><p>A alternativa c está correta.</p><p>A sociedade que pratica atos empresariais e não está registrada é reputada como</p><p>sociedade comum, uma das hipóteses das sociedades não personificadas, e implica</p><p>a responsabilidade ilimitada dos sócios quanto às dívidas contraídas pela mesma.</p>

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