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<p>1</p><p>ATENÇÃO</p><p>Leia com bastante atenção estas informações iniciais para entender por que você</p><p>adquiriu um excelente material de estudos.</p><p>Você acabou de adquirir o mini book Português essencial para concursos com o</p><p>conteúdo de Compreensão e interpretação de textos, e espero que ajude na sua</p><p>aprovação.</p><p>É fato que fazer questões é bom para praticar conteúdos adquiridos e descobrir que</p><p>conteúdos que ainda devem ser estudados.</p><p>Os mini books essenciais para concursos foram desenvolvidos baseados em questões</p><p>de concursos, ou seja, você vai aprender o que realmente cai sobre serviços públicos</p><p>em concursos;</p><p>Eu sempre digo que as apostilas que tem no mercado são boas e que são excelentes</p><p>materiais de apoio, mas abordam os assuntos de maneira resumida, senão elas teriam</p><p>milhares de páginas e não teriam o custo-benefício que têm;</p><p>Então se você estudar apenas por elas verá que deixará de acertar várias questões, e</p><p>que em concursos as vezes a distância da aprovação são apenas de 1 a 3 questões de</p><p>acertos a mais.</p><p>Com os mini books, você estudará o que realmente cai nos concursos de maneira</p><p>simples, sem se aprofundar em informações que não caem em concursos e com muito</p><p>mais conteúdos do que as apostilas do mercado;</p><p>São 13 páginas com conteúdo teórico e 100 questões para você praticar com um total</p><p>de 111 páginas.</p><p>Mini books essenciais para concursos,</p><p>conteúdos na medida certa para sua aprovação!!</p><p>Sou Eder Sabino Carlos do canal Matérias para concursos e dos Blogs Central de</p><p>Favoritos, Matérias para concursos e Método concursos.</p><p>Bons estudos e torcerei para que este mini book seja um grande material de apoio e</p><p>ajude você a passar em um concurso público.</p><p>2</p><p>Siga minhas redes sociais, canal e blogs</p><p>youtube.com/c/materiasparaconcursos https://www.facebook.com/materiasparaconcursos</p><p>instagram.com/materiasparaconcursos br.pinterest.com/materiasparaconcursos</p><p>twitter.com/materiasparacon https://www.metodoconcursos.com.br/</p><p>centraldefavoritos.com.br materiasparaconcursos.com.br</p><p>3</p><p>https://www.youtube.com/c/materiasparaconcursos</p><p>https://materiasparaconcursos.com.br/</p><p>https://centraldefavoritos.com.br/</p><p>https://www.metodoconcursos.com.br/</p><p>https://twitter.com/materiasparacon</p><p>https://br.pinterest.com/materiasparaconcursos/</p><p>https://www.instagram.com/materiasparaconcursos/</p><p>https://www.facebook.com/materiasparaconcursos</p><p>https://www.metodoconcursos.com.br/</p><p>Sumário</p><p>1 – Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.........................................................4</p><p>1.1 Compreensão e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários)....................5</p><p>2 – Reconhecimento de tipos e gêneros textuais (Tipologia textual e gêneros textuais);....................7</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS........................................................................................................13</p><p>1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados..........................................................13</p><p>2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais (Tipologia textual e gêneros textuais);.....................51</p><p>1 – Compreensão e interpretação de textos de gêneros</p><p>variados</p><p>A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto. É verificar o que realmente está</p><p>escrito nele. Já a interpretação de texto imagina o que as ideias do texto tem a ver com a realidade.</p><p>O leitor tira conclusões subjetivas do texto.</p><p>Compreensão de textos</p><p>A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto. É verificar o que realmente está</p><p>escrito nele. Tem que estar escrito e não imaginar o que o autor quis dizer, ou seja, todas as</p><p>informações devem estar presente no texto.</p><p>Deve-se analisar os dados concretos e objetivos do texto.</p><p>Existem algumas expressões que fica claro que o que se quer analisar é a compreensão do texto:</p><p>Segundo o autor….</p><p>Segundo o texto….</p><p>O texto informa que….</p><p>No texto…..</p><p>O autor afirma que….</p><p>De acordo com o autor….</p><p>De acordo com o texto….</p><p>Fica claro nas expressões acima que as respostas deverão estar clara no texto, ou seja, você deve</p><p>compreender o texto para tirar as conclusões.</p><p>4</p><p>Interpretação de textos</p><p>A interpretação de texto imagina o que as ideias do texto tem a ver com a realidade.</p><p>O leitor tira conclusões subjetivas do texto (deduzir o que o autor do texto quis dizer).</p><p>As informações não estão escrita claramente no texto, elas estão fora do texto, mas tem ligação com</p><p>ele. Você deve deduzir o que o autor está querendo dizer dentre as ideias que foram escritas no</p><p>texto.</p><p>Para você fazer uma boa interpretação de um texto é necessário que você tenha algum</p><p>conhecimento prévio sobre o assunto que está sendo abordado pelo autor. Você deve fazer uma</p><p>análise pessoal e crítica para ter uma conclusão mais completa.</p><p>Existem algumas expressões que fica claro que o que se quer analisar é a interpretação do texto:</p><p>Conforme o texto, podemos concluir…</p><p>Pela leitura do texto é possível perceber…</p><p>É possível inferir que através….</p><p>O texto permitem levantar a hipótese de que…..</p><p>Conclui-se do texto que…</p><p>O texto encaminha o leitor para…</p><p>Para você fazer uma boa compreensão e interpretação do texto você deve ler atentamente todo o</p><p>texto. Se possível releia o texto, pois você terá uma ideia melhor do que está escrito.</p><p>Grife as partes que você ache mais importante.</p><p>Analise o que é fato (compreensão) e o que é opinião (interpretação).</p><p>Observe que de um parágrafo a outro pode indicar uma conclusão ou uma continuação de alguma</p><p>ideia.</p><p>E para concluir preste muita atenção nas colocações das vírgulas, elas podem dar um sentido</p><p>completamente diferente em um texto.</p><p>5</p><p>1.1 Compreensão e interpretação de diversos tipos de</p><p>textos (literários e não literários)</p><p>Textos literários e os textos não literários.</p><p>Sabendo a diferença entre um texto literário e um não literário facilitará a interpretação e</p><p>compreensão de um texto e também ajudará você no desenvolvimento de uma redação.</p><p>Textos literários:</p><p>Tem função estética e tem como objetivo nos entreter, divertir. É ligada à emoção, a arte.</p><p>O texto literário expressa emoções como dor, alegria ou amor através da criatividade e organização</p><p>das palavras.</p><p>Características principais do texto literário:</p><p>Subjetividade e tem uma linguagem conotativa (sentido figurado da palavra ou expressão,</p><p>dependendo do contexto para entender o seu significado)</p><p>Sua função: Pode ser poética ou emotiva</p><p>Seu objetivo: Levar o leitor a sentir emoção.</p><p>É muito utilizado as figuras de linguagem como por exemplo a metáfora (emprego de uma palavra</p><p>com outro significado) ou a ironia (Inversão do sentido da palavra) para dar novos significados às</p><p>palavras.</p><p>Usa recursos artísticos para dar emoção ao texto.</p><p>O autor usa muito a sua imaginação, podendo até recriar a realidade que vivemos.</p><p>É um texto que imprime um ritmo, uma beleza própria criando uma harmonia entre as palavras.</p><p>Tem uma linguagem subjetiva, pessoal e com muita emoção. Seu sentido é conotativo, ou seja, tem</p><p>um sentido figurado. O texto é influenciado por quem escreve não sendo obrigatoriamente igual à</p><p>realidade.</p><p>Para complementar os estudos dos textos literários, podem ser usadas adaptações audiovisuais,</p><p>contudo essas adaptações não devem substituir o texto literário.</p><p>Para analisar um texto literário é preciso procurar metáforas e simbolismo.</p><p>A intensidade do texto é mais importante, ficando o conteúdo em segundo plano.</p><p>Exs: Romances, crônicas, letras de músicas, poemas e etc…</p><p>6</p><p>Textos não literários:</p><p>No texto não literário o objetivo principal é explicar, esclarecer ou informar algo ao leitor.</p><p>Ele é claro e objetivo para que o leitor não tenha dúvidas ou interprete errado a informação.</p><p>Características principais do texto não literário:</p><p>Objetividade, explicação e informação e tem uma linguagem denotativa (Sentido literal da palavra</p><p>ou expressão, não dependendo do contexto para que você a compreenda);</p><p>Sua Função: Referencial (transmitir informações objetivas)</p><p>Seu objetivo: Dar informação de forma literal (compreensivo, claro e direto)</p><p>dado como</p><p>passional costuma ser uma reação daquele que se sente “possuidor” da vítima. O sentimento de</p><p>posse, por sua vez, decorre não apenas do relacionamento sexual, mas também do fator econômico:</p><p>o homem é, em boa parte dos casos, o responsável maior pelo sustento da casa. Por tudo isso,</p><p>quando ele se vê contrariado, repelido ou traído, acha-se no direito de matar.</p><p>O que acontece com os homens que matam mulheres quando são levados a julgamento? São</p><p>execrados ou perdoados? Como reage a sociedade e a Justiça brasileiras diante da brutalidade que</p><p>se tenta justificar como resultante da paixão? Há decisões estapafúrdias, sentenças que decorrem</p><p>mais em função da eloquência dos advogados e do clima emocional prevalecente entre os jurados</p><p>do que das provas dos autos.</p><p>38</p><p>Vejam-se, por exemplo, casos de crimes passionais cujos responsáveis acabaram sendo</p><p>inocentados com o argumento de que houve uma “legítima defesa da honra”, que não existe na lei.</p><p>Os motivos que levam o criminoso passional a praticar o ato delituoso têm mais a ver com os</p><p>sentimentos de vingança, ódio, rancor, frustração, vaidade ferida, narcisismo maligno, prepotência,</p><p>egoísmo do que com o verdadeiro sentimento de honra.</p><p>A evolução da posição da mulher na sociedade e o desmoronamento dos padrões patriarcais</p><p>tiveram grande repercussão nas decisões judiciais mais recentes, sobretudo nos crimes passionais. A</p><p>sociedade brasileira vem se dando conta de que mulheres não podem ser tratadas como cidadãs de</p><p>segunda categoria, submetidas ao poder de homens que, com o subterfúgio da sua “paixão”, vinham</p><p>assumindo o direito de vida e morte sobre elas.</p><p>(Adaptado de: ELUF, Luiza Nagib. A paixão no banco dos réus. São Paulo: Saraiva, 2002, XI-XIV, passim)</p><p>A posição da autora do texto em face do argumento da “legítima defesa da honra”, invocado pela</p><p>defesa do acusado em crimes passionais, manifesta-se na seguinte formulação:</p><p>A Não sabemos ainda se a emancipação feminina irá trazer também esse tipo de igualdade. (1º</p><p>parágrafo)</p><p>B o homem é, em boa parte dos casos, o responsável maior pelo sustento da casa. (1º parágrafo)</p><p>C casos de crimes passionais cujos responsáveis acabaram sendo inocentados. (3º parágrafo)</p><p>D grande repercussão nas decisões judiciais mais recentes. (4º parágrafo)</p><p>E brutalidade que se tenta justificar como resultante da paixão. (2º parágrafo)</p><p>Utilizar o texto abaixo para resolver as questões 26 a 29</p><p>Melancolia e criatividade</p><p>Desde sempre o sentimento da melancolia gozou de má fama. O melancólico é costumeiramente</p><p>tomado como um ser desanimado, depressivo, “pra baixo”, em suma: um chato que convém evitar.</p><p>Mas é uma fama injusta: há grandes melancólicos que fazem grande arte com sua melancolia, e</p><p>assim preenchem a vida da gente, como uma espécie de contrabando da tristeza que a arte</p><p>transforma em beleza. “Pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza”, já</p><p>defendeu o poeta Vinícius de Moraes, na letra de um conhecido samba seu.</p><p>Mas a melancolia não para nos sambas: ela desde sempre anima a literatura, a música, a</p><p>pintura, o cinema, as artes todas. Anima, sim: tanto anima que a gente gosta de voltar a ver um bom</p><p>filme melancólico, revisitar um belo poema desesperançado, ouvir uma vez mais um inspirado</p><p>noturno para piano. Ou seja: os artistas melancólicos fazem de sua melancolia a matéria-prima de</p><p>39</p><p>uma obra-prima. Sorte deles, nossa e da própria melancolia, que é assim resgatada do escuro do</p><p>inferno para a nitidez da forma artística bem iluminada.</p><p>Confira: seria possível haver uma história da arte que deixasse de falar das grandes obras</p><p>melancólicas? Por certo se perderia a parte melhor do nosso humanismo criativo, que sabe fazer de</p><p>uma dor um objeto aberto ao nosso reconhecimento prazeroso. Charles Chaplin, ao conceber</p><p>Carlitos, dotou essa figura humana inesquecível da complexa composição de fracasso, melancolia,</p><p>riso, esperteza e esperança. O vagabundo sem destino, que vive a apanhar da vida, ganhou de seu</p><p>criador o condão de emocionar o mundo não com feitos gloriosos, mas com a resistente poesia que</p><p>o faz enfrentar a vida munido da força interior de um melancólico disposto a trilhar com</p><p>determinação seu caminho, ainda que no rumo a um horizonte incerto.</p><p>(Humberto Couto Villares, a publicar)</p><p>QUESTÃO 26</p><p>Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT – 23ª REGIÃO (MT) Cargo: Analista Judiciário</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:</p><p>A uma espécie de contrabando da tristeza. (1º parágrafo) = uma sorte de transposição infeliz.</p><p>B fazem de sua melancolia a matéria-prima. (2º parágrafo) = refutam suas bases infelizes.</p><p>C resgatada do escuro do inferno. (2º parágrafo) = absorvida pelas nuances infernais.</p><p>D a parte melhor do nosso humanismo criativo. (3º parágrafo) = nossa elitização criacionista.</p><p>E no rumo a um horizonte incerto. (3º parágrafo) = a caminho de duvidoso destino.</p><p>QUESTÃO 27</p><p>Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT – 23ª REGIÃO (MT) Cargo: Analista Judiciário</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>No terceiro parágrafo, a personagem Carlitos é invocada para</p><p>A dar um sentido de nobreza a todas as experiências de fracasso humano.</p><p>B testemunhar a determinação de um indivíduo em alcançar seus altos objetivos.</p><p>C indicar a possibilidade da transformação sistemática da dor em franca alegria.</p><p>D personificar a complexa conjunção entre força poética e marginalidade social.</p><p>E promover a felicidade que pode desfrutar quem não está comprometido com nada.</p><p>40</p><p>QUESTÃO 28</p><p>Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT – 23ª REGIÃO (MT) Cargo: Analista Judiciário</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Afirma-se no segundo parágrafo do texto que a negatividade da melancolia</p><p>A anima de preferência os gêneros artísticos mais efusivos, como aqueles sambas que tematizam</p><p>sua própria tristeza.</p><p>B alcança um valor social positivo quando os artistas a expressam por meio de uma forma bela que</p><p>a ilumina e a propaga entre nós.</p><p>C faz com que tenhamos que repetir o acesso a uma mesma obra de arte para nos darmos conta de</p><p>sua sombria complexidade.</p><p>D impede que se promova entre nós a falsidade das alegrias artificiais, que pretendem nos resgatar</p><p>das nossas tristezas mais fundas.</p><p>E favorece o artista que se esmera em mergulhar nas profundezas dos maus sentimentos para assim</p><p>disseminá-los entre nós.</p><p>QUESTÃO 29</p><p>Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT – 23ª REGIÃO (MT) Cargo: Analista Judiciário</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>No primeiro parágrafo do texto, justifica-se a relação possível entre melancolia e criatividade</p><p>quando se afirma que</p><p>A é comum haver nas pessoas uma reação de má vontade contra obras de artistas nas quais o</p><p>sentimento predominante seja o da melancolia.</p><p>B é indispensável a ação da tristeza e do sentimentalismo quando se procura criar uma obra de arte</p><p>de grande envergadura.</p><p>C o sentimento da melancolia pode se estabelecer de modo a gerar uma obra artística cuja beleza</p><p>tenha ressonância em nossa vida.</p><p>D a força das grandes obras de arte deixa ver que a expressão da melancolia já é suficiente para</p><p>transformá-la em alegria.</p><p>E a tristeza dos grandes melancólicos inspira os artistas que se valem dela para criar e desenvolver</p><p>suas melhores personagens.</p><p>41</p><p>QUESTÃO 30</p><p>Ano: 2022 Banca: CONSULPLAN Órgão: MPE-PA Cargo: Analista Jurídico</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Desumanidade</p><p>Esse artigo bem que poderia ser chamado Lágrimas por Bucha. O que aconteceu na cidade situada</p><p>nos arredores de Kiev é inominável. Quando as tropas russas abandonaram a região ao norte da</p><p>capital ucraniana, deixaram evidências de crimes de guerra. E um rastro de dor e de horror que</p><p>provocará traumas profundos na sociedade da ex-república soviética. As imagens que chegaram</p><p>de</p><p>Bucha causaram comoção e revolta em todo o mundo. Civis executados com tiros na cabeça; os</p><p>corpos com as mãos amarradas às costas, além de sinais de tortura, abandonados pelas ruas. Um</p><p>homem sem vida ao lado da bicicleta, no meio da estrada. Uma cova coletiva com 57 cadáveres nos</p><p>arredores da cidade. Em Bucha e em localidades vizinhas, a Procuradoria-Geral da Ucrânia</p><p>informou terem sido encontrados 410 civis mortos.</p><p>Guerras, por mais que sejam desprovidas de sentido e de lógica, precisam seguir regras de</p><p>conduta. Uma delas é jamais atingir a população civil. Os alvos têm que se resumir aos objetivos</p><p>militares. Recebi várias imagens de Bucha. Os cidadãos foram subjugados, provavelmente</p><p>torturados e humilhados, antes de serem assassinados friamente. O Tribunal Penal Internacional</p><p>precisa investigar a matança e punir de forma exemplar todos os responsáveis pelas atrocidades, do</p><p>mais baixo ao mais alto escalão militar e de poder. A comunidade internacional tem a obrigação</p><p>moral de reforçar as sanções contra Vladimir Putin e sua autocracia.</p><p>Não se trata mais de Putin sentir-se ameaçado pela expansão da Organização do Tratado do</p><p>Atlântico Norte (Otan) rumo ao Leste da Europa. O que está em questão aqui é a existência de</p><p>provas cabais de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade. A guerra que muitos querem</p><p>justificar como legítima está assassinando civis, que nada têm a ver com pretensões políticas ou</p><p>militares de Putin e do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. São pais, mães, filhos,</p><p>executados a sangue frio e sem piedade.</p><p>O único legado da guerra de Putin será a dor. A Ucrânia precisará se reerguer das ruínas, e seus</p><p>cidadãos terão que aprender a conviver com o luto e com o trauma. A Rússia será relegada ao status</p><p>de pária, e seus líderes deverão prestar contas à Corte de Haia. Soldados russos conviverão com a</p><p>pecha de assassinos e com as memórias de quando escolheram a desumanização. Minhas lágrimas</p><p>por Bucha.</p><p>(Rodrigo Craveiro. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2022/04/4998550-rodrigo-</p><p>craveiro-desumanidade.html – Em: julho de 2022.)</p><p>Estabelecendo-se uma relação entre o título atribuído ao texto e o título sugerido opcionalmente</p><p>pelo próprio autor no início do texto, pode-se afirmar que:</p><p>A Demonstra que o assunto apresenta questões polêmicas e controversas.</p><p>B Tem como objetivo provocar o interlocutor quanto à relevância de tal escolha.</p><p>C Trata-se de uma estratégia argumentativa para sustentar a tese apresentada e defendida no texto.</p><p>42</p><p>D A aparente dúvida do autor quanto ao título textual tem sua justificativa apresentada no próprio</p><p>texto.</p><p>Utilize o texto abaixo para responder as questões 31 a 34</p><p>Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país desigual. Os</p><p>bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente arborizados,</p><p>alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das que foram cortadas na</p><p>frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente inadequadas, para não causarem</p><p>danos à infraestrutura.</p><p>As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente</p><p>abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como no</p><p>Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai quebrar a</p><p>calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são acusadas de</p><p>destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com facilidade.</p><p>As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis pela</p><p>arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma eternidade</p><p>para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada arborização avançada. Não</p><p>podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar muitas folhas. Se derrubarem frutos</p><p>grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar! Podem amassar a lataria de um carro! Flores e</p><p>pequenos frutos podem manchar a pintura! Há também aquelas árvores que atraem morcegos.</p><p>Melhor não! Espinhos estão fora de questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody</p><p>Allen, ele afirma algo interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.</p><p>A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba</p><p>consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-vinda</p><p>qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma parede. O</p><p>canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante papel na qualidade</p><p>de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco de depressão. Esses são</p><p>outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos no contexto técnico, mas que</p><p>devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e benefícios da arborização.</p><p>Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021. Internet: (com adaptações).</p><p>A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os próximos itens.</p><p>(QUESTÕES DE 31 a 34)</p><p>QUESTÃO 31</p><p>Ano: 2022 Banca: Cespe/ CEBRASPE Órgão: ICMBIO Cargo: Técnico ambientalista Disciplina:</p><p>Português Assunto: Compreensão e interpretação de texto</p><p>O tema central do texto é o crescimento exagerado das árvores nos grandes centros urbanos.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>43</p><p>QUESTÃO 32</p><p>Ano: 2022 Banca: Cespe/ CEBRASPE Órgão: ICMBIO Cargo: Técnico ambientalista Disciplina:</p><p>Português Assunto: Compreensão e interpretação de texto</p><p>Predomina no texto a descrição dos tipos de malefícios que as árvores podem causar à infraestrutura</p><p>das cidades.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>QUESTÃO 33</p><p>Ano: 2022 Banca: Cespe/ CEBRASPE Órgão: ICMBIO Cargo: Técnico ambientalista Disciplina:</p><p>Português Assunto: Compreensão e interpretação de texto</p><p>Depreende-se do texto que a presença de árvores nas cidades promove benefícios para a qualidade</p><p>de vida das pessoas, os quais, contudo, muitas vezes não são considerados em avaliações técnicas</p><p>de paisagismo urbano.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>QUESTÃO 34</p><p>Ano: 2022 Banca: Cespe/ CEBRASPE Órgão: ICMBIO Cargo: Técnico ambientalista Disciplina:</p><p>Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>O texto atribui à desigualdade social o fato de bairros nobres de grandes capitais brasileiras serem</p><p>muito mais arborizados que outras áreas.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>Utilize o texto abaixo para responder as questões 35 a 43</p><p>Texto CB4A1-I</p><p>A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da</p><p>cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias</p><p>bélicas tem aumentado no correr de milênios.</p><p>No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em</p><p>dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu</p><p>44</p><p>esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom</p><p>Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias</p><p>recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta.</p><p>Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade.</p><p>As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar;</p><p>acreditam ter encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e</p><p>os cálculos devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas</p><p>para magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos</p><p>espirituais”.</p><p>Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta,</p><p>desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento</p><p>do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo.</p><p>Os nazistas levaram</p><p>essa estratégia do engano quase à perfeição.</p><p>Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já</p><p>não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos</p><p>conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de</p><p>um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras</p><p>do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos</p><p>neurais da sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus</p><p>circuitos eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E</p><p>do tipo FCG (flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não</p><p>está limitado às grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns</p><p>exércitos, e consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como</p><p>um raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso</p><p>eletromagnético nuclear.</p><p>Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em Perspectiva.</p><p>Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)</p><p>Com relação às ideias do texto CB4A1-I, julgue os itens que se seguem. (questões de 35 a 43)</p><p>QUESTÃO 35</p><p>Ano: 2022 Banca: CESPE/ CEBRASPE Órgão: TELEBRAS Cargo: Técnico em Gestão de</p><p>Telecomunicações – Assistente Administrativo Disciplina: Português Assunto: Compreensão e</p><p>interpretação de textos</p><p>O texto tem o propósito de fornecer instruções sobre como usar a comunicação nos conflitos bélicos</p><p>da contemporaneidade.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>45</p><p>QUESTÃO 36</p><p>Ano: 2022 Banca: CESPE/ CEBRASPE Órgão: TELEBRAS Cargo: Técnico em Gestão de</p><p>Telecomunicações – Assistente Administrativo Disciplina: Português Assunto: Compreensão e</p><p>interpretação de textos</p><p>O texto apresenta como tema central o papel estratégico da informação e da comunicação no meio</p><p>militar e beligerante, mostrando que as novas tecnologias de transmissão de informações serão</p><p>decisivas nas guerras do futuro imediato.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>QUESTÃO 37</p><p>Ano: 2022 Banca: CESPE/ CEBRASPE Órgão: TELEBRAS Cargo: Técnico em Gestão de</p><p>Telecomunicações – Assistente Administrativo Disciplina: Português Assunto: Compreensão e</p><p>interpretação de textos</p><p>Depreende-se do texto que, na guerra, lança-se mão especialmente da desinformação como</p><p>estratégia militar para cercar o inimigo.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>QUESTÃO 38</p><p>Ano: 2022 Banca: CESPE/ CEBRASPE Órgão: TELEBRAS Cargo: Técnico em Gestão de</p><p>Telecomunicações – Assistente Administrativo Disciplina: Português Assunto: Compreensão e</p><p>interpretação de textos</p><p>Conforme o texto, o uso de bombas eletrônicas é restrito, porque nem todos os países ainda têm</p><p>condições de produzir um dispositivo tão caro e com alcance inimaginável.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>QUESTÃO 39</p><p>Ano: 2022 Banca: CESPE/ CEBRASPE Órgão: TELEBRAS Cargo: Técnico em Gestão de</p><p>Telecomunicações – Assistente Administrativo Disciplina: Português Assunto: Compreensão e</p><p>interpretação de textos</p><p>Depreende-se da citação do estrategista militar chinês Sun Tzu, no segundo parágrafo do texto, que</p><p>toda guerra é falsa.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>46</p><p>QUESTÃO 40</p><p>Ano: 2022 Banca: CESPE/ CEBRASPE Órgão: TELEBRAS Cargo: Técnico em Gestão de</p><p>Telecomunicações – Assistente Administrativo Disciplina: Português Assunto: Compreensão e</p><p>interpretação de textos</p><p>No texto, critica-se a falta de responsabilidade dos militares de propagar, na guerra, informação</p><p>falsa para enganar um público específico.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>QUESTÃO 41</p><p>Ano: 2022 Banca: CESPE/ CEBRASPE Órgão: TELEBRAS Cargo: Técnico em Gestão de</p><p>Telecomunicações – Assistente Administrativo Disciplina: Português Assunto: Compreensão e</p><p>interpretação de textos</p><p>Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos do texto caso se substituísse o trecho “A</p><p>comunicação tem-se transformado” (primeiro parágrafo) por Está transformada a comunicação.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>QUESTÃO 42</p><p>Ano: 2022 Banca: CESPE/ CEBRASPE Órgão: TELEBRAS Cargo: Técnico em Gestão de</p><p>Telecomunicações – Assistente Administrativo Disciplina: Português Assunto: Compreensão e</p><p>interpretação de textos</p><p>No segundo parágrafo, na citação do general prussiano Carl von Clausewitz, o adjetivo</p><p>‘contraditória’, em ‘Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória’, expressa, em tom</p><p>pejorativo, um atributo do termo ‘guerra’.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>QUESTÃO 43</p><p>Ano: 2022 Banca: CESPE/ CEBRASPE Órgão: TELEBRAS Cargo: Técnico em Gestão de</p><p>Telecomunicações – Assistente Administrativo</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>No último parágrafo do texto, o trecho entre vírgulas “cujo emprego não está limitado às grandes</p><p>potências bélicas” tem sentido explicativo.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>47</p><p>Utilizar o texto abaixo para responder as questões 44 e 45</p><p>Texto para o item.</p><p>Machado de Assis. A semana. In: Obra Completa de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Nova</p><p>Aguilar, v. III, 1994.</p><p>Internet: <machado.mec.gov.br>.</p><p>QUESTÃO 44</p><p>Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CRN – 6ª Região (PE) Cargo: Nutricionista Fiscal</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item.</p><p>A partir do quinto parágrafo, o narrador deixa de emitir opiniões relacionadas ao vegetarismo,</p><p>limitando-se a descrever objetivamente os fatos ocorridos desde o dia em que os açougues</p><p>amanheceram sem carne em sua cidade.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>48</p><p>QUESTÃO 45</p><p>Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CRN – 6ª Região (PE) Cargo: Nutricionista Fiscal</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item.</p><p>No quarto parágrafo, especula-se sobre o motivo de o cão — diferentemente de outros animais</p><p>amigos do homem — comer carne, fato que constitui uma exceção misteriosa, na visão do narrador.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>QUESTÃO 46</p><p>Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: MS Cargo: Médico de Família e Comunidade</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de diversos tipos de textos (literários e</p><p>não literários)</p><p>Utilize o texto abaixo para responder a questão.</p><p>“Fazer ‘turismo sustentável’ exige respeito ao meio ambiente e à cultura local; veja miniguia com</p><p>dicas” Medidas simples podem melhorar a experiência do viajante enquanto beneficiam as</p><p>comunidades visitadas, o ambiente e seu meio.</p><p>(Por Patrícia Figueiredo, G1. 04-abr-2019)</p><p>Observe os itens apresentados pelo Guia do desafio: turismo sustentável:</p><p>1 - Pesquise o destino: conheça a história, cultura e problemas locais.</p><p>2 - Busque a diversidade: os destinos têm só um cartãopostal e não são legais só na alta temporada.</p><p>3 - Escolha os serviços: pousada e agência regularizados pagam impostos que ajudam a manter o</p><p>local.</p><p>4 - Respeite a natureza: não imponha som alto à fauna. Não deixe lixo na área, nem mate animais</p><p>peçonhentos.</p><p>5 - Não explore os animais: andar de elefante ou nadar com golfinhos não é tão divertido para eles.</p><p>Fuja de lembrancinhas feitas com produtos de origem animal.</p><p>6 - Cumpra as regras de visitação: não abra novas trilhas, não acenda fogueiras e não deixe marcas</p><p>em grutas.</p><p>7 - Economize recursos naturais: água e eletricidade devem ser poupadas: os hotéis usam os</p><p>recursos finitos do planeta.</p><p>8 - Prefira produtos e serviços locais: o lucro de grandes redes geralmente vai para o país onde a</p><p>empresa foi criada.</p><p>9 - Respeite a cultura local: deixe o carro na pousada se vir uma procissão e cuidado para não entrar</p><p>em locais privados sem permissão.</p><p>49</p><p>10 - Seja menos turista e mais viajante: não foque somente nas selfies, curta o meio, curta o</p><p>ambiente, observe e compartilhe a experiência do nativo.</p><p>(Disponível em https://g1.globo.com/natureza/desafionatureza/noticia/2019/04/06/fazer-turismo-sustentavel-</p><p>exigerespeito-ao-meio-ambiente-e-a-cultura-local-veja-miniguia-comdicas.ghtml)</p><p>De acordo com o texto, “O gênero textual injuntivo do texto é classificado como guia. Isso significa</p><p>que esse é um gênero textual não literário. Suas características são:</p><p>I. Na tipologia textual, é formado pelo texto injuntivo, também chamado de texto instrucional.</p><p>II. Indica ordem, persuasão, orientação.</p><p>III. O modo verbal utilizado nos textos injuntivos, incluindo o gênero guia, é o futuro do pretérito.</p><p>Estão corretas as afirmativas.</p><p>A I apenas.</p><p>B I e III apenas.</p><p>C I e II apenas.</p><p>D II e III apenas.</p><p>E III apenas.</p><p>50</p><p>QUESTÃO 47</p><p>Ano: 2022 Banca: Prefeitura de Fortaleza – CE Cargo: Professor – Língua Portuguesa/Literatura</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de diversos tipos de textos (literários e</p><p>não literários)</p><p>Ainda a propósito do trabalho com o texto literário na escola, é correto afirmar somente que:</p><p>A as características compositivas do texto literário distanciam esse tipo de texto da realidade dos</p><p>alunos, principalmente os da escola pública.</p><p>B deve-se focar o estudo nos aspectos estilísticos das obras literárias, uma vez que isso favorece o</p><p>desenvolvimento das habilidades fundamentais à escrita.</p><p>C para complementar os estudos dos textos literários, podem ser usadas adaptações audiovisuais,</p><p>contudo essas adaptações não devem substituir o texto literário.</p><p>D incentivar a produção literária dos alunos deve ser o foco do trabalho com o texto literário, pois</p><p>isso permite constituir um espaço de libertação e de empoderamento.</p><p>51</p><p>2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais (Tipologia textual e gêneros</p><p>textuais);</p><p>QUESTÃO 48</p><p>Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Dourados – MS Cargo: Fiscal de Obras</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Sobre o conteúdo “Tipologia Textual”, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>I. Pode-se afirmar que existem quatro tipos textuais: narrativo, descritivo, dissertativo e explicativo.</p><p>II. Os textos dissertativos podem ser classificados em: dissertativos expositivos e dissertativos</p><p>argumentativos.</p><p>III. Os textos explicativos podem ser classificados em: explicativos injuntivos e explicativos</p><p>prescritivos.</p><p>A Apenas a afirmativa I está correta.</p><p>B Apenas a afirmativa II está correta.</p><p>C Apenas a afirmativa III está correta.</p><p>D As afirmativas I, II e III estão corretas.</p><p>QUESTÃO 49</p><p>Ano: 2022 Banca: FUMARC Órgão: TRT – 3ª Região (MG) Cargo: Técnico Judiciário</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>“Superei um tabu”</p><p>O ator Lázaro Ramos, 43, conta como lutou para falar sobre paternidade de forma franca e aberta</p><p>Depoimento dado a Amanda Péchy</p><p>Quando soube que seria pai, aos 32 anos, fui racional. Dizia estar emocionado, mas, na verdade, a</p><p>ficha só veio a cair no dia em que João nasceu. Aí, sim, aflorou um turbilhão de sentimentos</p><p>misturados – medos, inseguranças, incertezas. No meio disso, senti um amor gigantesco por um</p><p>desconhecido, como nunca antes. Me vi também isolado e perdido no novo papel. Cheguei a me</p><p>afastar de amigos, uma vez que nossas realidades passaram a seguir cursos tão diferentes. Até com</p><p>aqueles que eram pais, eu não conseguia conversar em profundidade. Era como uma espécie de</p><p>tabu. Sou integrante de uma geração que começa a discutir a masculinidade e poderia estar mais</p><p>maduro quando apareceram em minha vida o João, hoje com 11 anos, e a Maria, de 7. O fato é que</p><p>essa ainda é uma trilha difícil, sobre a qual pesa um machismo, às vezes nas entrelinhas, que resiste</p><p>52</p><p>ao tempo. Sensibilidade e cuidados, em pleno século XXI e com tantos avanços, parecem ainda não</p><p>ser temas do universo masculino.</p><p>Acabou que minha profissão foi decisiva para trazer o assunto à tona, de forma franca e direta.</p><p>Queria há tempos tratar do tema e aconteceu com o filme Papai É Pop, do do Caíto Ortiz, que recém</p><p>estreou nos cinemas. Nunca havia lido o livro no qual se baseia o roteiro, obra que levanta uma</p><p>ampla reflexão para nós, homens, sobre paternidade. Tinha um temor de repetir erros que observava</p><p>em meu próprio pai, como não abraçar, beijar, não deixar os sentimentos à tona. Queria ser ativo,</p><p>dar banho, trocar fralda, estar na área, mesmo que significasse uma reviravolta. Na geração dos</p><p>meus pais, como diz o filme, mãe era peito e o progenitor, bolso. Aprendi que não precisa ser desse</p><p>jeito, nem deve, e fui conquistando meu espaço, me entendendo nessa rotina. Uso a palavra</p><p>conquistar porque, tanto eu como minha mulher (a atriz Taís Araújo), viemos de famílias de</p><p>mulheres fortes. E nesse cenário fui demarcando o meu território.</p><p>Ter filhos muda a vida de qualquer casal, e conosco não foi diferente. Olhando sob a perspectiva de</p><p>hoje, a criação deles nos aproximou porque fomos estabelecendo uma saudável divisão de funções</p><p>e, por tabela, descobrimos algo essencial: nossos conceitos e valores nesse campo eram</p><p>semelhantes. Foi uma revelação, já que, antes deles, não tínhamos ideia de como seríamos como</p><p>pais. Selamos, logo de saída, acordos primordiais sobre o dia a dia – saúde, alimentação, educação</p><p>–, sem discordâncias fundamentais no que importa. Claro que há momentos de tensão, mas temos</p><p>conseguido contorná-los com boa dose de diálogo. Aprendo também com gente de quem, graças à</p><p>paternidade, me aproximei nestes anos. Tenho vínculos com pais de amigos dos dois, mas a</p><p>conversa se prolonga mais com as mães, e eu adoro isso.</p><p>Engraçado observar que a experiência que tive com cada um foi tão distinta. Com o João, assimilei</p><p>tudo em tempo real, me transformando por força das circunstâncias. Quando Taís engravidou outra</p><p>vez, pensei: “Ótimo, já sou perito”. Aí Maria nasceu, e fiquei perdido de novo. Ser pai de menina</p><p>era um admirável mundo que se abria. Tinha medo de cometer um erro diante de um ser que, além</p><p>de pequenino, era de outro sexo, um terreno ainda mais desconhecido. Na pandemia, com todos sob</p><p>o mesmo teto, me vi tendo de lidar com meus demônios: impaciência e até falta de repertório para</p><p>conversar com eles estavam no rol. Mas a convivência intensiva também foi boa, produtiva, e me</p><p>fez melhor. Em Papai É Pop, identifico-me com meu personagem Tom porque vejo nele um genuíno</p><p>desejo de ser bom pai e, ao mesmo tempo, aquele medo de não reunir qualidades suficientes. Ele</p><p>consegue ser um espelho para vários homens. Assim como o personagem, hoje levo a paternidade</p><p>com leveza, e falar sobre ela deixou de ser um tabu.</p><p>Fonte: Revista Veja, ed. 2805, ano 55, n. 35, p. 78, 07 set. 2022.</p><p>Sobre o gênero do texto, trata-se de</p><p>A um artigo de opinião.</p><p>B um editorial.</p><p>C um relato pessoal.</p><p>D um texto dissertativo-argumentativo.</p><p>E uma crônica.</p><p>53</p><p>QUESTÃO 50</p><p>Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Dourados – MS Cargo: Topógrafo</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Texto 02</p><p>Inspiração para seus sonhos.</p><p>Guarujá é docemente conhecida como a "Pérola do Atlântico". Quem já visitou sabe o porquê.</p><p>Praias paradisíacas, ecoturismo, pesca de aventura, aqui tem de tudo. E não é só à beira do mar que</p><p>o Estado de São Paulo impressiona. Gastronomia, shoppings, cultura, trilhas, templos e museus</p><p>também fazem bonito. (…)</p><p>(ABEAR- Associação Brasileira das Empresas Aéreas. Texto com modificações para este Concurso) Disponível em</p><p>https://www.pressreader.com/brazil/hoteis/20220601</p><p>Quanto a tipologia textual do segundo texto “Inspiração para seus sonhos”, identifique a tipologia</p><p>textual predominante.</p><p>I. Predominantemente descritiva.</p><p>II. Predominantemente narrativa.</p><p>III. Predominantemente dissertativa.</p><p>Estão corretas as afirmativas:</p><p>A I apenas.</p><p>B II apenas.</p><p>C III apenas.</p><p>D II e III apenas.</p><p>QUESTÃO 51</p><p>Ano: 2022 Banca: IBADE Órgão: INOVA CAPIXABA Cargo: Analista de Folha de Pagamento</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>A ideia de uma ciência moderna desenvolvida a partir do século XVII esteve profundamente</p><p>associada a dois pilares: a matematização e a experimentação. Entendemos</p><p>que esses dois pilares</p><p>54</p><p>estão estreitamente ligados à questão dos instrumentos: se por um lado é por meio destes que se</p><p>permitiu observar a natureza e realizar os experimentos necessários, por outro, aperfeiçoou a</p><p>exatidão das dimensões, das distâncias, e dos ângulos observados no mundo natural.</p><p>Essa mudança de paradigma científico foi denominada posteriormente pelos estudiosos das ciências</p><p>(historiadores, filósofos e sociólogos, principalmente) de Revolução Científica.</p><p>Embora o entendimento de que a ciência era produzida pelos grandes gênios de forma individual e</p><p>praticamente monástica já não encontre mais embasamentos na bibliografia contemporânea, ainda</p><p>tal questão se apresenta com certa dificuldade. Ao considerar uma determinada Revolução,</p><p>geralmente associamos personagens e muitas vezes instrumentos que demonstrem a especificidade</p><p>daquela ruptura. Podemos tomar como exemplo a Primeira Revolução Industrial e sua associação à</p><p>máquina a vapor e a James Watts.</p><p>Em relação à Revolução Científica do século XVII, alguns cientistas são comumente elencados</p><p>como representativos desse período, dentre os quais, destacamos Johannes Kepler (1571 – 1630),</p><p>Galileu Galilei (1564 - 1642) e Isaac Newton (1643 -1727). Esses três cientistas possuíam uma</p><p>característica em comum: o uso, estudo ou desenvolvimento de um instrumento científico</p><p>específico: o telescópio. Para o historiador das ciências italiano Paolo Rossi, o telescópio está no rol</p><p>dos mais importantes instrumentos científicos desenvolvidos no século XVII, juntamente com o</p><p>microscópio, o termômetro, o barômetro, a bomba pneumática e o relógio de precisão […].</p><p>DALL’OLIO, Rafael Luis dos Santos. O Telescópio e a Revolução Científica do século XVII.</p><p>Khronos, Revista de História da Ciência, nº 13, p. 45-60, junho de 2022.</p><p>Disponível em: https://www.revistas.usp.br/khronos/article/view/198661 /185420. Acesso em: 15</p><p>set. 2022.</p><p>Em relação à tipologia textual desse excerto, pode-se afirmar que há o predomínio de passagens:</p><p>A narrativas.</p><p>B descritivas.</p><p>C poéticas.</p><p>D dissertativas.</p><p>E injuntivas.</p><p>QUESTÃO 52</p><p>Ano: 2022 Banca: IBADE Órgão: INOVA CAPIXABA Cargo: Assistente Social</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>A ciência e a tecnologia</p><p>como estratégia de desenvolvimento</p><p>Um dos principais motores do avanço da ciência é a curiosidade humana, descompromissada de</p><p>resultados concretos e livre de qualquer tipo de tutela ou orientação. A produção científica movida</p><p>simplesmente por essa curiosidade tem sido capaz de abrir novas fronteiras do conhecimento, de</p><p>nos tornar mais sábios e de, no longo prazo, gerar valor e mais qualidade de vida para o ser humano.</p><p>55</p><p>Por meio dos seus métodos e instrumentos, a ciência nos permite analisar o mundo ao redor e ver</p><p>além do que os olhos podem enxergar. O empreendimento científico e tecnológico do ser humano,</p><p>ao longo de sua história é, sem dúvida alguma, o principal responsável por tudo que a humanidade</p><p>construiu até aqui. Suas realizações estão presentes desde o domínio do fogo até as imensas</p><p>potencialidades derivadas da moderna ciência da informação, passando pela domesticação dos</p><p>animais, pelo surgimento da agricultura e indústria modernas e, é claro, destaco a melhora da</p><p>qualidade de vida de toda a humanidade no último século.</p><p>Além da curiosidade humana, outro motor importantíssimo do avanço científico é a solução de</p><p>problemas que afligem toda a humanidade. Viver mais tempo e com mais saúde, trabalhar menos e</p><p>ter mais tempo disponível para o lazer, reduzir as distâncias que nos separam de outros seres</p><p>humanos – seja por meio de mais canais de comunicação ou de melhores meios de transporte – são</p><p>alguns dos desafios e aspirações humanas para os quais, durante séculos, a ciência e a tecnologia</p><p>têm contribuído.</p><p>Uma pessoa nascida no final do século 18, muito provavelmente morreria antes de completar 40</p><p>anos de idade. Alguém nascido hoje num país desenvolvido deverá viver mais de 80 anos e, embora</p><p>a desigualdade seja muita, mesmo nos países mais pobres da África subsaariana, a expectativa de</p><p>vida, atualmente, é de mais de 50 anos. A ciência e a tecnologia são os fatores chave para explicar a</p><p>redução da mortalidade por várias doenças, como as doenças infecciosas, por exemplo, e o</p><p>consequente aumento da longevidade dos seres humanos.</p><p>Apesar dos seus feitos extraordinários, a ciência e, principalmente, os investimentos públicos em</p><p>ciência e tecnologia parecem enfrentar uma crise de legitimação social no mundo todo.</p><p>Recentemente, Tim Nichols, um reconhecido pesquisador norte-americano, chegou a anunciar a</p><p>“morte da expertise”, título de seu livro sobre o conhecimento na sociedade atual. Fala-se muito</p><p>disso com interesse no desenvolvimento de toda a humanidade. O que ele descreve no livro é uma</p><p>descrença do cidadão comum no conhecimento técnico e científico e, mais do que isso, um certo</p><p>orgulho da própria ignorância sobre vários temas complexos, especialmente sobre qualquer coisa</p><p>relativa às políticas públicas. [...]</p><p>[…] Para a revista Nature, portanto, os cientistas e as organizações científicas deveriam sair de suas</p><p>bolhas, olhar com mais empenho para as oportunidades e os problemas sociais e procurar meios</p><p>pelos quais a ciência possa ajudar a resolvê-los. A revista citou como exemplo o Projeto Genoma,</p><p>cujos impactos positivos já foram fartamente documentados. Mesmo assim, a revista questiona até</p><p>que ponto as descobertas do projeto – e os medicamentos e tratamentos médicos dali derivados –</p><p>beneficiam toda a sociedade ou apenas alguns poucos que possuem renda suficiente para pagar por</p><p>essas inovações.</p><p>[…]Nesta sociedade desigual, repleta de problemas, é preciso desenvolver e legitimar a atividade</p><p>científica e tecnológica.</p><p>Portanto, a relação entre ciência, tecnologia e sociedade é muito mais complexa do que a pergunta</p><p>simplória sobre qual seria a utilidade prática da produção científica. Ela passa por uma série de</p><p>questões, tais como de que forma a ciência e as novas tecnologias afetam a qualidade de vida das</p><p>pessoas e como fazer com que seus efeitos sejam os melhores possíveis? Quais são as condições</p><p>sociais que limitam ou impulsionam a atividade científica? Como ampliar o acesso da população</p><p>aos benefícios gerados pelo conhecimento científico e tecnológico? Em que medida o progresso</p><p>científico e tecnológico contribui para mitigar ou aprofundar as desigualdades socioeconômicas?</p><p>56</p><p>Em face das novas tecnologias, cada vez mais capazes de substituir o ser humano nas suas</p><p>atividades repetitivas, como será o trabalho no futuro? Essas são as questões cruciais para a ciência</p><p>e a tecnologia nos dias de hoje.</p><p>Adaptado:</p><p>Publicado em 11/07/2019</p><p>– Última modificação em 23/12/2020</p><p>https://www.ipea.gov.br</p><p>De acordo com a tipologia textual, a intenção do autor foi:</p><p>A dissertar sobre a importância da ciência e da tecnologia para o desenvolvimento humano.</p><p>B relatar sobre os impactos positivos da ciência e da tecnologia na vida das pessoas.</p><p>C narrar os fatos sobre empreendimentos científicos e tecnológicos ao longo da história.</p><p>D descrever alguns resultados concretos de produção científica no atual século.</p><p>E informar um fato pontual sobre benefícios e desafios da pesquisa científica no mundo.</p><p>QUESTÃO 53</p><p>Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: SEJUSP-MG Cargo: Agente de Segurança Penitenciário</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>“A crise de criminalidade do Brasil é produto da impunidade. A impunidade, por sua vez, tem duas</p><p>raízes. A primeira é a incapacidade do sistema de Justiça Criminal de impedir os crimes e</p><p>identificar, prender e manter os criminosos depois que o crime foi cometido. A segunda raiz é uma</p><p>legislação penal criada com base na ideologia do criminoso ‘vítima da sociedade’ e em algumas</p><p>ideias absurdas, sem nenhum compromisso com a realidade”.</p><p>(Adaptado)</p><p>Esse texto deve ser classificado como</p><p>A descritivo cujo objeto é a situação criminal do</p><p>país.</p><p>B narrativo a respeito da origem da crise de criminalidade.</p><p>C descritivo-narrativo com a mistura de passado e presente.</p><p>D expositivo, informando sobre nossa legislação penal.</p><p>E argumentativo, apontando causas do problema.</p><p>57</p><p>QUESTÃO 54</p><p>Ano: 2022 Banca: SELECON Órgão: Prefeitura de Cuiabá – MT Cargo: Técnico Administrativo</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Texto l</p><p>Apreensão de imigrantes brasileiros nos EUA volta</p><p>a crescer e supera 5.000 por mês</p><p>Inflação, falta de perspectivas e regras confusas estimulam imigração irregular, dizem especialistas</p><p>A cada dia de maio, em média, 165 brasileiros foram barrados ao tentar entrar nos EUA de modo</p><p>irregular, via México, mantendo uma tendência de alta que ganha força desde março. O total de</p><p>apreensões no mês passado, 5.118, foi quase o quádruplo do de março (1.346), mas abaixo dos</p><p>10.471 registrados em setembro do ano passado, segundo o CBP (Departamento de Controle de</p><p>Fronteiras).</p><p>“A justificativa que a gente mais escuta nas entrevistas com imigrantes brasileiros que chegam aos</p><p>EUA é a economia brasileira, devido à alta da inflação e à estagnação dos salários”, afirma</p><p>Gabrielle Oliveira, professora na Universidade de Harvard e pesquisadora de imigração. “Muitos</p><p>deles dizem não ver perspectiva de melhora no Brasil, independentemente de quem for eleito</p><p>presidente em outubro.”</p><p>O aumento de brasileiros detidos é parte de um recorde de imigrantes que tentam entrar nos EUA. O</p><p>total de barrados na fronteira tem ficado acima de 200 mil por mês desde março. Em maio, atingiu</p><p>239 mil, a maior cifra mensal já registrada – o dobro do que se via em 2021. Essa alta tem várias</p><p>razões: se muitos países da América Latina enfrentam crises econômicas, os EUA têm vagas de</p><p>trabalho sobrando; outro ponto é a percepção de que Joe Biden seria mais tolerante com a imigração</p><p>do que Donald Trump. Para Oliveira, o caso divulgado na segunda (27), quando ao menos 51</p><p>pessoas, provavelmente imigrantes em situação irregular, foram encontradas mortas dentro e ao</p><p>redor de um caminhão em San Antonio, no Texas, mostra que a fronteira continua bastante difícil de</p><p>cruzar, mesmo sob comando democrata.</p><p>“Quanto mais vigiada estiver a fronteira, mais gente buscará esse tipo de entrada, superarriscada. As</p><p>pessoas estão chegando [à fronteira] e sendo recusadas, o que aumenta o desespero para entrar.</p><p>Veremos mais gente escondida em veículos, morrendo por desidratação e altas temperaturas”, diz a</p><p>pesquisadora. Felipe Alexandre, advogado do escritório AG Immigration, por outro lado, afirma que</p><p>as condições ficaram um pouco melhores sob o governo Biden. “Temos visto mudanças nos</p><p>tribunais de imigração. Agora, os promotores têm mais poder para ajudar, como concordar em juízo</p><p>com a defesa do imigrante [para que ele fique no país]. Antes, eles estavam com as mãos totalmente</p><p>amarradas.”</p><p>58</p><p>O governo Trump, que fazia do combate à imigração irregular uma bandeira, criou medidas para</p><p>dificultar a entrada de estrangeiros. Muitas delas seguem em vigor, como a Título 42, que permite a</p><p>agentes barrar pedidos de asilo na fronteira e mandar os requerentes embora para esperar o</p><p>resultado da solicitação em outro país, sob a justificativa de risco à saúde pública. A regra foi criada</p><p>em meio à pandemia de Covid.</p><p>Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/06/apreensao-deimigrantes-brasileiros-nos-eua-</p><p>volta-a-crescer-e-supera-5000-por-mes.shtml. Acesso em 2 de julho de 2022. Adaptado.</p><p>O texto lido é um exemplo de:</p><p>A notícia</p><p>B reportagem</p><p>C editorial</p><p>D crônica</p><p>QUESTÃO 55</p><p>Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: SSP-AM Cargo: Técnico de Nível Superior</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Os textos podem pertencer a diferentes tipos ou gêneros; a opção abaixo que mostra um texto</p><p>predominantemente expositivo é</p><p>A “Depois desses dias na juventude, meu amigo desapareceu de minha vida e eu só tornei a</p><p>encontrá-lo na semana passada, em um restaurante”.</p><p>B “Defendo a ideia de que as pessoas podem dizer tudo o que querem, e, quando isso trouxer</p><p>qualquer prejuízo a alguém, que esse alguém as processe”.</p><p>C “O barco atracou ontem no Rio de Janeiro, com muitas turistas a bordo, o que certamente vai</p><p>trazer a alegria para muitos comerciantes”.</p><p>D “O rio estava transbordando, em função das fortes chuvas, com as margens derrubadas pela força</p><p>das águas e muitos detritos levados pela correnteza”.</p><p>E “O deputado fez o seu discurso, foi ovacionado, agradeceu os aplausos e dirigiu-se a seu</p><p>gabinete”.</p><p>59</p><p>O texto refere-se às questões 56 e 57</p><p>A Terra é chata</p><p>Estou a fim de concordar com os terraplanistas. Mas, antes, meu cérebro terá de virar uma pizza</p><p>Um novo planeta foi descoberto por um satélite da Nasa. Fica na primeira galáxia à direita depois</p><p>do Sol, a cem anos-luz daqui. É um pouquinho maior que a terra e, como se constatou, redondo, em</p><p>forma de globo.</p><p>Também como a Terra, gira em torno de si mesmo e de uma estrela e é dilatado nos polos e</p><p>achatado no Equador, ou vice-versa. Eles o estão chamando de TOI 700 d, sendo TOI a sigla em</p><p>inglês para “Objeto de Interesse do tess”. tess é a nova sensação das varreduras espaciais: um</p><p>satélite caça-planetas. Desde que entrou em ação, em 2018, já achou três.</p><p>Para descobrir um planeta, o tess passa 27 dias observando uma estrela, de olho em qualquer</p><p>oscilação de seu brilho. O que, se acontecer, terá sido provocado pela passagem de um corpo celeste</p><p>—um planeta— ao redor dela. A vida é meio parada no espaço, donde não há outras opções. Mas,</p><p>para não restar dúvida, exige-se que tal oscilação se dê pelo menos três vezes. Cada operação</p><p>congrega um batalhão de cientistas, quase todos nóbeis, fazendo cálculos fora do alcance da nossa</p><p>aritmética escolar.</p><p>Pois é armado dessa aritmética de ábaco e de contar nos dedos que um grupo de novos</p><p>pitecantropos afirma que a Terra é plana, não esférica. São os terraplanistas. Indiferentes a 2.500</p><p>anos de ensinamentos por gente como Pitágoras, Aristóteles, Copérnico, Kepler, Galileu, Newton e</p><p>Einstein, seus argumentos são os de uma criança de babador. Para eles, a terra é chata e em forma</p><p>de pizza, como se pode constatar, dizem, olhando pela janela do avião.</p><p>Os cientistas de toda parte e de todos os tempos nos menti ram. As estações espaciais que, lá de</p><p>cima, nos veem redondos e esféricos, não existem. A nasa é um estúdio de efeitos especiais. A lua</p><p>também é chata. Marte, Vênus, Júpiter, idem. Eles acreditam nisso.</p><p>Estou propenso a concordar. Mas, antes, meu cérebro também terá de virar uma pizza.</p><p>CASTRO, Ruy. A terra é chata. Folha de S.Paulo. São Paulo, 20 jan. 2020. Disponível em: < htt</p><p>ps://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2020/01/a-terra-e-chata.shtml>. Acesso em: 8 fev.</p><p>2020.</p><p>O texto refere-se às questões 56 e 57</p><p>60</p><p>QUESTÃO 56</p><p>Ano: 2022 Banca: FCM Órgão: Prefeitura de Timóteo – MG Cargo: Professor II – Língua</p><p>Portuguesa Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Acerca de tipos e gêneros textuais, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma.</p><p>( ) O tipo textual predominante, no escrito de Castro, é argumentativo.</p><p>( ) O gênero textual, empregado por Castro, é artigo de opinião.</p><p>( ) O tipo textual predominante, no escrito de Castro, é narrativo.</p><p>( ) O gênero textual, empregado por Castro, é crônica.</p><p>De acordo com as afirmações, a sequência correta é</p><p>A V, V, F, F.</p><p>B F, F, V, V.</p><p>C F, V, V, F.</p><p>D V, F, F, V.</p><p>QUESTÃO 57</p><p>Ano: 2022 Banca: FCM Órgão: Prefeitura de Timóteo – MG Cargo: Professor II – Língua</p><p>Portuguesa Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>A respeito de variação linguística, avalie o que se afirma.</p><p>I – Pelo gênero textual usado pelo autor e considerando a exposição de Marcos Bagno, na obra</p><p>Nada na língua é por acaso, Castro usou predominantemente a norma culta.</p><p>II – Pelo gênero textual usado pelo autor e considerando a exposição de Marcos Bagno, na obra</p><p>Nada na língua é por acaso, Castro usou</p><p>predominantemente a norma popular.</p><p>III – Pelo gênero textual usado pelo autor e considerando a exposição de Marcos Bagno, na obra</p><p>Nada na língua é por acaso, Castro usou predominantemente a norma-padrão.</p><p>IV – No segundo parágrafo, segundo período, na oração “Eles o estão chamando de TOI 700 d</p><p>[…]”, o uso do pronome oblíquo “o” expressa uma construção da norma culta, conforme a</p><p>exposição de Marcos Bagno, na obra Nada na língua é por acaso.</p><p>V – No quinto parágrafo, primeiro período, a concordância nominal usada pelo autor, “Os cientistas</p><p>[…]”, ocorre na norma-padrão, mas não ocorre predominantemente na norma popular, na qual se</p><p>flexiona somente o determinante: “Os cientista”.</p><p>61</p><p>Está correto apenas o que se afirma em</p><p>A I, III e IV.</p><p>B III e V.</p><p>C II, IV e V.</p><p>D II e V.</p><p>QUESTÃO 58</p><p>Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: MS Cargo: Tutor Médico</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Leia o texto abaixo, para responder a questão:</p><p>Diferenciação entre os gêneros textuais: notícia e artigo de opinião.</p><p>Saber interpretar um texto, a partir do contexto de produção em que ele está inserido, é fundamental</p><p>para a experiência cotidiana do leitor. A interpretação permite que saibamos diferenciar o conteúdo</p><p>de uma notícia de jornal do de um artigo de opinião. Eles são gêneros textuais que nos propiciam a</p><p>ter posturas diferentes quanto a suas leituras. Nesse ínterim, em teoria, no gênero textual notícia,</p><p>não procuramos ler nas entrelinhas, pois as informações são factuais, não há linguagem subjetiva,</p><p>não há duplo sentido. Já no gênero textual artigo de opinião é necessário saber ler nas entrelinhas,</p><p>entender a linguagem subjetiva, entre outras estratégias de leitura que exigem posicionamento ativo</p><p>na interpretação do que está escrito. Não podemos admitir que o teor de textos desse gênero seja</p><p>formado de verdades absolutas. Devemos estar atentos para o contexto em que o artigo de opinião</p><p>foi produzido, a fonte, as imagens (se houver), o autor e a data de publicação são, inicialmente,</p><p>dados importantes para começarmos a leitura consciente de um artigo de opinião. (Texto</p><p>desenvolvido especificamente para esta prova)</p><p>Em relação à interpretação do texto analise as afirmativas abaixo:</p><p>I. A postura do leitor de um artigo de opinião e de uma notícia deve ser a mesma, ou seja, as</p><p>estratégias de leitura e o foco de qualquer gênero textual não diferem.</p><p>II. Conhecer as especificidades dos dois gêneros textuais, notícia e artigo de opinião, auxilia na</p><p>interpretação de seus conteúdos.</p><p>III. O gênero textual artigo de opinião raramente impõe a leitura nas entrelinhas e nem se utiliza da</p><p>linguagem subjetiva.</p><p>Estão corretas as afirmativas:</p><p>A I apenas.</p><p>62</p><p>B III apenas.</p><p>C I e III apenas.</p><p>D II e III apenas.</p><p>E II apenas.</p><p>QUESTÃO 59</p><p>Ano: 2022 Banca: FEPESE Órgão: IGP-SC Cargo: Auxiliar Médico-Legal</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Identifique os gêneros textuais descritos a seguir.</p><p>1. Texto curto publicado em jornais, revistas ou blogs, de linguagem simples, em estilo literário e</p><p>jornalístico, e que retrata os aspectos da vida cotidiana, geralmente com toques de humor ou ironia.</p><p>2. Conjunto de normas jurídicas, acordadas pelos sócios ou fundadores, que regulamenta o</p><p>funcionamento de órgãos colegiados, constituídos como entidade jurídica ou não, quer seja uma</p><p>sociedade, uma associação ou uma fundação.</p><p>3. A principal característica deste gênero é o uso do tom crítico, ou seja, a capacidade de interpretar</p><p>os pontos mais importantes de um texto (ou obra) e opinar a respeito, tendo como base textos e</p><p>informações de outras fontes que possam complementar o argumento apresentado.</p><p>4. É uma narrativa linear e curta, tanto em extensão quanto no tempo em que se passa, que envolve</p><p>poucas personagens e com ações que, em geral, se passam em um só espaço e se encaminham</p><p>diretamente para o desfecho, em torno de um só eixo temático e um só conflito.</p><p>5. Trata-se de interação entre interlocutores com o objetivo de relatar experiências, conhecimentos e</p><p>opiniões acerca de um determinado assunto de acordo com os questionamentos apresentados.</p><p>Os gêneros discursivos descritos são, respectivamente, de cima para baixo:</p><p>A entrevista, poema, regimento, notícia, romance.</p><p>B anedota, regimento, resumo, crônica, entrevista.</p><p>C carta, resenha crítica, entrevista, estatuto, conto.</p><p>D crônica, estatuto, resenha crítica, conto, entrevista.</p><p>E conto, regimento, texto instrucional, carta, notícia.</p><p>63</p><p>QUESTÃO 60</p><p>Ano: 2022 Banca: AGIRH Órgão: Prefeitura de Roseira – SP Cargo: Escriturário</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Assalto a Banco</p><p>Alô? Quem tá falando?</p><p>— Aqui é o ladrão.</p><p>— Desculpe, a telefonista deve ter se enganado, eu não queria falar com o dono do banco. Tem</p><p>algum funcionário aí?</p><p>— Não, os funcionário tá tudo refém.</p><p>— Há, eu entendo. Afinal, eles trabalham quatorze horas por dia, ganham um salário ridículo,</p><p>vivem levando esporro, mas não pedem demissão porque não encontram outro emprego, né? Vida</p><p>difícil... mas será que eu não poderia dar uma palavrinha com um deles?</p><p>— Impossível. Eles tá tudo amordaçado.</p><p>— Foi o que pensei. Gestão moderna, né? Se fizerem qualquer crítica, vão pro olho da rua. Não</p><p>haverá, então, algum chefe por aí?</p><p>— Claro que não mermão. Quanta inguinorânça! O chefe tá na cadeia, que é o lugar mais seguro</p><p>pra se comandar assalto!</p><p>— Bom... Sabe o que que é? Eu tenho uma conta…</p><p>— Tamo levando tudo, ô bacana. O saldo da tua conta é zero!</p><p>— Não, isso eu já sabia. Eu sou professor! O que eu queria mesmo era uma informação sobre juro.</p><p>— Companheiro, eu sou um ladrão pé-de-chinelo. Meu negócio é pequeno. Assalto a banco, vez ou</p><p>outra um sequestro. Pra saber de juro é melhor tu ligá pra Brasília.</p><p>— Sei, sei. O senhor ta na informalidade, né? Também, com o preço que tão cobrando por um voto</p><p>hoje em dia... mas, será que não podia fazer um favor pra mim? É que eu atrasei o pagamento do</p><p>cartão e queria saber quanto vou pagar de taxa.</p><p>— Tu tá pensando que eu tô brincando? Isso é um assalto!</p><p>— Longe de mim pensar que o senhor está de brincadeira! Que é um assalto eu sei perfeitamente;</p><p>ninguém no mundo cobra os juros que cobram no Brasil. Mas queria saber o número preciso: seis</p><p>por cento, sete por cento?</p><p>— Eu acho que tu não tá entendendo, ô mané. Sou assaltante. Trabalho na base da intimidação e da</p><p>chantagem, saca?</p><p>— Ah, já tava esperando. Você vai querer vender um seguro de vida ou um título de capitalização,</p><p>né?</p><p>— Não...já falei...eu sou... Peraí bacana... hoje eu tô bonzinho e vou quebrar o teu galho.</p><p>(um minuto depois)</p><p>— Alô? O sujeito aqui tá dizendo que é oito por cento ao mês.</p><p>— Puxa, que incrível!</p><p>— Incrive por que? Tu achava que era menos?</p><p>— Não, achava que era mais ou menos isso mesmo. Tô impressionado é que, pela primeira vez na</p><p>vida, eu consegui obter uma informação de uma empresa prestadora de serviço pelo telefone em</p><p>menos de meia hora e sem ouvir 'Pour Elise'.</p><p>— Quer saber? Fui com a tua cara. Acabei de dar umas bordoadas no gerente e ele falou que vai te</p><p>dar um desconto. Só vai te cobrar quatro por cento, tá ligado?</p><p>— Não acredito! E eu não vou ter que comprar nenhum produto do banco?</p><p>— Nadica de nada, já ta tudo acertado!</p><p>— Muito obrigado, meu senhor. Nunca fui tratado dessa...</p><p>(De repente, ouvem-se tiros, gritos)</p><p>64</p><p>— Ih, sujou! Puliça!</p><p>— Polícia? Que polícia? Alô? Alô?</p><p>(sinal de ocupado)</p><p>— Droga! Maldito Estado: quando o negócio começa a funcionar, entra o Governo e estraga tudo!</p><p>Luis Fernando Verissimo</p><p>Leia o texto “Assalto a Banco”, em seguida responda a questão:</p><p>No texto é notório que ocorre uma narrativa baseado no cotidiano, portanto, pode ser um (a):</p><p>A Conto e pode ser definido como texto literário.</p><p>B Crônica e pode ser classificada como texto narrativo.</p><p>C Relato e classifica-se como texto jornalístico.</p><p>D Conto contemporâneo e classifica-se como texto não literário.</p><p>QUESTÃO 61</p><p>Ano: 2022 Banca: UFPel-CES Órgão: UFPEL Cargo: Enfermeiro</p><p>Disciplina:</p><p>Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Leia o texto a seguir para responder a questão.</p><p>Teoria Geral do Quase</p><p>Carlos Heitor Cony</p><p>o terminar meu nono romance (Pilatos), há mais de vinte anos, prometi a mim mesmo que,</p><p>acontecesse o que acontecesse, aquele seria o último. Nada mais teria a dizer – se é que cheguei a</p><p>dizer alguma coisa.</p><p>Daí a repugnância em considerar este Quase memória como romance. Falta-lhe, entre outras</p><p>coisas, a linguagem. Ela oscila, desgovernada, entre a crônica, a reportagem e, até mesmo, a ficção.</p><p>Prefiro classificá-lo como “quase-romance” – que de fato o é. Além da linguagem, os personagens</p><p>reais e irreais se misturam, improvavelmente, e, para piorar, alguns deles com os próprios nomes do</p><p>registro civil. Uns e outros são fictícios. Repetindo o anti-herói da história, não existem</p><p>coincidências, logo, as semelhanças, por serem coincidências, também não existem.</p><p>No quase-quase de um quase-romance de uma quase-memória, adoto um dos lemas do</p><p>personagem central deste livro, embora às avessas: amanhã não farei mais essas coisas.</p><p>C.H.C</p><p>Referência: CONY, Carlos Heitor. Quase memória: quase-romance. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.</p><p>Considerando as informações que constam do Prólogo do livro Quase memória: quase-romance, é</p><p>INCOERENTE afirmar que</p><p>A ao escrever o prólogo, C.H.C. adota o contrário do lema de um personagem.</p><p>65</p><p>B o autor não tem certeza de que tenha conseguido dizer coisas relevantes em sua obra.</p><p>C no livro há personagens reais com seus verdadeiros nomes.</p><p>D a crônica, a reportagem e a ficção são tipos de romances literários.</p><p>E a linguagem é primordial para definir que uma obra seja um romance.</p><p>QUESTÃO 62</p><p>Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: MPE-GO Cargo: Analista Contábil</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Atenção: use o Texto II a seguir para responder a próxima questão.</p><p>Texto II</p><p>“Vamos arranjar um nome inventado para a cidade: Maranguaia. E também um nome para o</p><p>coronel: Juca Brito.</p><p>Mas que a cidade fique na sua paisagem verdadeira, com o pequeno córrego perene fertilizando um</p><p>vale dentro de um mundo de léguas de caatinga, no fundo do sertão. E o coronel fique na sua</p><p>varanda, cheia de gaiolas de passarinhos. Ali perto, enjaulados como feras, dois imensos cães</p><p>dinamarqueses. Um campo para criação de ema. E – luxo estranho no sertão – pavões reais. Foi o</p><p>que vimos na visita rápida, quando nosso carro entrou pelo parque da fazenda, entre juazeiros e</p><p>tamarineiros.</p><p>O coronel Juca Brito é dono da casa, da cidade, do município, do sertão, do mundo.”</p><p>(O coronel, 12/05/1951)</p><p>“Vamos arranjar um nome inventado para a cidade: Maranguaia. E também um nome para o</p><p>coronel: Juca Brito.</p><p>Mas que a cidade fique na sua paisagem verdadeira…”</p><p>Esses segmentos iniciais do texto mostram</p><p>A a informação de que o texto é literário, já que se apoia em elementos fictícios.</p><p>B a preocupação de não identificar os personagens, certamente por algo que será dito nos segmentos</p><p>futuros da crônica.</p><p>C a tentativa de universalizar as observações da crônica, pois elas servem para todos os</p><p>representantes do coronelismo.</p><p>D a intenção de preservar o fundamental do texto, que é a influência do meio sobre o homem.</p><p>E O direcionamento crítico do texto, com a declaração de serem inventados personagem e local.</p><p>66</p><p>QUESTÃO 63</p><p>Ano: 2022 Banca: Máxima Órgão: Prefeitura de Pingo D`Água – MG Cargo: Supervisor</p><p>Pedagógico</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE CAXIAS DO SUL</p><p>Leia abaixo a redação de Larissa Freisleben, que recebeu nota mil no Enem.</p><p>Publicidade Infantil: perigoso artifício</p><p>Uma criança imitando os sons emitidos por porcos já foi atitude considerada como falta de</p><p>educação. No entanto, após a popularização do programa infantil "Peppa Pig", essa passou a ser</p><p>uma cena comum no Brasil. O desenho animado sobre uma família de porcos falantes não apenas</p><p>mudou o comportamento dos pequenos como também aumentou o lucro de uma série de marcas</p><p>que se utilizaram do encantamento infantil para impulsionar a venda de produtos relacionados ao</p><p>tema. Peppa é apenas mais um exemplo do poder que a publicidade exerce sobre as crianças.</p><p>Os nazistas já conheciam os efeitos de uma boa publicidade: são inúmeros os casos de pais</p><p>delatados pelos próprios filhos − o que mostra a facilidade com que as crianças são influenciadas.</p><p>Essa vulnerabilidade é maior até os sete anos de idade, quando a personalidade ainda não está</p><p>formada. Muitas redes de lanchonetes, por exemplo, valem-se disso para persuadir seus jovens</p><p>clientes: seus produtos vêm acompanhados por brindes e brinquedos. Assim, muitas vezes a criança</p><p>acaba se alimentando de maneira inadequada na ânsia de ganhar um brinquedo.</p><p>A publicidade interfere no julgamento das crianças. No entanto, censurar todas as propagandas não</p><p>é a solução. É preciso, sim, que haja uma regulamentação para evitar a apelação abusiva − tarefa</p><p>destinada aos órgãos responsáveis. No caso da alimentação, a questão é especialmente grave, uma</p><p>vez que pesquisas mostram que os hábitos alimentares mantidos até os dez anos de idade são</p><p>cruciais para definir o estilo de vida que o indivíduo terá quando adulto. Uma boa solução, nesse</p><p>caso, seria criar propagandas enaltecendo o consumo de frutas, verduras e legumes. Os próprios</p><p>programas infantis poderiam contribuir nesse sentido, apresentando personagens com hábitos</p><p>saudáveis. Assim, os pequenos iriam tentar imitar os bons comportamentos.</p><p>Contudo, nenhum controle publicitário ou bom exemplo sob a forma de um desenho animado é</p><p>suficiente sem a participação ativa da família. É essencial ensinar as crianças a diferenciar bons</p><p>produtos de meros golpes publicitários. Portanto, em se tratando de propaganda infantil, assim</p><p>como em tantos outros casos, a educação vinda de casa é a melhor solução.</p><p>(Texto publicado na folha de São Paulo)</p><p>O texto segue uma linha de um gênero em que o autor tece uma ideia a partir de um ponto de vista.</p><p>A esse tipo de texto, denomina-se:</p><p>67</p><p>A Dissertação;</p><p>B Descrição;</p><p>C Injuntivo;</p><p>D Narrativo.</p><p>QUESTÃO 64</p><p>Ano: 2022 Banca: Prefeitura de Bauru – SP Órgão: Prefeitura de Bauru – SP Cargo: Nutricionista</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Leia o texto a seguir para responder a questão:</p><p>Câncer: Reduzir consumo de bacon, linguiças e salsichas ajuda a evitar a doença, dizem</p><p>cientistas</p><p>Para especialistas, consumir regularmente carnes processadas pode levar ainda a casos de diabete e</p><p>de doenças cardiovasculares</p><p>Sophie Egan, The New York Times</p><p>08 de julho de 2022 | 05h00</p><p>Cachorros-quentes, bacon e churrascos. A cultura está repleta de ocasiões alegres com carnes</p><p>processadas, mas, quando essa indulgência se estende além da celebração ocasional, os especialistas</p><p>dizem que você deve reduzir.</p><p>“As evidências são bastante convincentes de que o consumo regular de carnes processadas é</p><p>prejudicial à saúde, incluindo câncer colorretal, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, disse</p><p>Frank Hu, professor de nutrição e epidemiologia e presidente do departamento de nutrição da</p><p>Escola de Saúde Pública de Harvard. E, no geral, acrescentou ele, a maioria dos especialistas em</p><p>saúde concorda que “carnes processadas são mais prejudiciais do que carnes não processadas”.</p><p>As carnes processadas podem incluir presunto, linguiça, bacon, frios (como mortadela, peru</p><p>defumado e salame), salsichas, carne seca, calabresa e até molhos feitos com esses produtos.</p><p>Quando a carne é processada, ela é transformada por meio de cura, fermentação, defumação ou</p><p>salga para aumentar o sabor e a vida útil.</p><p>Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a carne processada era</p><p>“cancerígena para humanos”, citando “evidências suficientes” de que causava câncer colorretal. O</p><p>Fundo Mundial para Pesquisa em Câncer</p><p>recomenda comer pouca ou nenhuma carne processada e</p><p>limitar a carne vermelha a cerca de três porções por semana.</p><p>É importante limitar a ingestão de carne vermelha – mais comumente bovina e suína nos Estados</p><p>Unidos –, mesmo quando não processada, porque esse tipo de carne está ligado não apenas ao</p><p>câncer, mas também a doenças cardíacas, derrame e risco geral de morte.</p><p>68</p><p>Os especialistas não podem recomendar um tipo de carne processada em detrimento de outro devido</p><p>à forma como a pesquisa é conduzida atualmente.</p><p>“A maioria dos estudos se concentra em carnes processadas altamente consumidas: linguiças,</p><p>bacon, salsichas”, disse Hu. Assim, como todos os tipos de carnes processadas são agrupados na</p><p>maioria dos estudos, acrescentou o professor, “é difícil fazer uma declaração conclusiva sobre quais</p><p>carnes processadas são melhores ou piores do que outras”. E, observou ele, as pessoas que tendem a</p><p>comer um tipo de carne processada tendem a comer outros, por isso é difícil distinguir os efeitos.</p><p>“Teoricamente, você pode argumentar que aves e peixes processados não são tão ruins quanto a</p><p>carne vermelha processada”, disse Hu, citando o menor teor de gordura saturada de aves e peixes e</p><p>a abundância de ácidos graxos ômega-3 em certos tipos de peixes. “Mas não temos evidências para</p><p>apoiar isso.” Portanto, até que mais pesquisas sejam feitas, trate os produtos processados de aves e</p><p>peixes com a mesma cautela.</p><p>A questão principal parece ser o processamento em si, e não do que é feita a carne processada, disse</p><p>Marji McCullough, diretora científica sênior de pesquisa epidemiológica da Sociedade Americana</p><p>do Câncer. O ato de curar ou preservar com nitratos e nitritos, que podem criar substâncias químicas</p><p>cancerígenas nos alimentos, pode contribuir para o risco de câncer, afirmou.</p><p>Outra possível variável, acrescentou ela, é que cozinhar carne em altas temperaturas pode formar</p><p>cancerígenos adicionais. Isso inclui cozinhar carne em contato direto com uma chama ou superfície</p><p>quente, como ao grelhar, assar ou fritar.</p><p>Sódio</p><p>Além dos riscos de câncer, todas as carnes processadas tendem a ser ricas em sódio, o que é “um</p><p>fator importante”, disse Hu. A ingestão excessiva de sódio pode aumentar o risco de hipertensão</p><p>arterial e doenças cardiovasculares. […]</p><p>Vijaya Surampudi, professora assistente de medicina do Centro de Nutrição Humana da UCLA,</p><p>disse que a preocupação com a carne processada é que ela pode aumentar a inflamação no corpo,</p><p>alterando o microbioma do intestino. “As bactérias intestinais interagem com nosso sistema</p><p>imunológico e às vezes levam à inflamação crônica”, afirmou, o que pode afetar a pressão arterial, o</p><p>açúcar no sangue e o colesterol, aumentando o risco de doenças crônicas e até morte.</p><p>“Uma dieta baseada em vegetais será muito mais preventiva na redução do risco”, disse Surampudi.</p><p>“Isso não significa que você precisa ser 100% vegano ou vegetariano”, acrescentou ela, mas apenas</p><p>que a maior parte de sua dieta deve vir de fontes vegetais. [...]</p><p>Fonte:</p><p>(https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,cancer-reduzir-consumo-de-bacon-linguicas-esalsichas-</p><p>ajuda-a-evitar-a-doenca-dizemcientistas,70004111302.)</p><p>Com base na leitura do texto anterior, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>A o texto é subjetivo, uma vez que possui caráter opinativo sobre evitar o consumo de carnes</p><p>processadas e seu prejuízo à saúde dos indivíduos.</p><p>B o texto é opinativo informativo, devido ao uso da primeira pessoa que gera o efeito de</p><p>objetividade.</p><p>69</p><p>C o texto é objetivo, com uso marcado da primeira pessoa discursiva, sendo que aumenta o teor</p><p>argumentativo do texto.</p><p>D o texto é informativo e argumentativo, trazendo informações sobre o consumo de carne</p><p>processada e seu prejuízo à saúde, usando como argumentação vozes autorizadas de pesquisadores</p><p>da área.</p><p>QUESTÃO 65</p><p>Ano: 2022 Banca: UNIOESTE Órgão: SAMAE Abatiá – PR Cargo: Oficial Administrativo</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Considere o fragmento de texto abaixo para a questão.</p><p>Galinhas</p><p>RAFAEL BARRETT</p><p>Enquanto não possuía nada além da minha cama e dos meus livros, eu estava feliz. Agora eu</p><p>possuo nove galinhas e um galo, e minha alma está perturbada. A propriedade me tornou cruel.</p><p>Sempre que comprava uma galinha, amarrava-a por dois dias a uma árvore, para impor a minha</p><p>morada, destruindo em sua memória frágil o amor a sua antiga residência. Remendei a cerca do meu</p><p>quintal, a fim de evitar a evasão das minhas aves e a invasão de raposas de quatro e dois pés.</p><p>Eu me isolei, fortifiquei a fronteira, tracei uma linha diabólica entre mim e meu vizinho. Dividi a</p><p>humanidade em duas categorias: eu, dono das minhas galinhas, e os outros que podiam tirá-las de</p><p>mim.</p><p>Eu defini o crime. O mundo encheu-se para mim de alegados ladrões, e pela primeira vez eu</p><p>lancei do outro lado da cerca um olhar hostil. […]</p><p>Texto original: “Galinhas”, de Rafael Barrett (Paraguai, 1910). Texto traduzido para o português</p><p>acessado em: https://viladeutopia.com.br/galinhas/ (com alterações)</p><p>Considerando o contexto de produção e circulação do texto cujo fragmento é apresentado acima,</p><p>bem como suas características composicionais e estilísticas, observáveis no recorte dado, assinale a</p><p>alternativa integralmente CORRETA.</p><p>A Trata-se de um texto construído predominantemente por sequências descritivas e injuntivas, com</p><p>o objetivo de apresentar reflexões subjetivas e problematizar um tema socioculturalmente relevante.</p><p>B Trata-se de um manifesto, em que ficam evidentes tanto a perspectiva ideológica de determinado</p><p>grupo político quanto o público ao qual se dirige.</p><p>C Trata-se de um texto literário que não pretende fazer um retrato fiel da realidade, mas que, a partir</p><p>de uma perspectiva marcadamente subjetiva, fomenta reflexões sobre questões econômicas e</p><p>sociais.</p><p>D Trata-se de um texto construído predominantemente por sequências dissertativo-argumentativas,</p><p>o que é imprescindível para explicitar o ponto de vista defendido.</p><p>70</p><p>QUESTÃO 66</p><p>Ano: 2022 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: UFJF Cargo: Auditor</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>INSTRUÇÃO: Leia o texto para responder à questão.</p><p>Spray à base de plantas promete substituir embalagens plásticas</p><p>O objetivo da tecnologia é reduzir o impacto dos plásticos no meio ambiente – e na nossa saúde.</p><p>Veja como ela funciona.</p><p>Com o objetivo de produzir alternativas ecologicamente amigáveis para embalagens de alimentos,</p><p>um grupo de cientistas das universidades Rutgers e Harvard, nos EUA, desenvolveu um</p><p>revestimento biodegradável à base de plantas. Ele pode ser pulverizado em alimentos, protegendo-</p><p>os contra microrganismos e eventuais danos durante o transporte.</p><p>Sabíamos que precisávamos nos livrar das embalagens de alimentos à base de petróleo e substituí-</p><p>las por algo mais sustentável, biodegradável e não-tóxico”, conta Philip Demokritou, um dos</p><p>participantes da pesquisa, publicada na última segunda (20) na revista científica Nature Food. “E</p><p>nos perguntamos ao mesmo tempo: ‘Podemos projetar embalagens que prolonguem a vida útil e</p><p>reduzam o desperdício de alimentos, melhorando a segurança alimentar?”’.</p><p>A tecnologia transforma biopolímeros – longas cadeias de moléculas produzidas por seres vivos –</p><p>em fibras que podem entrar em contato com os alimentos, revestindo-os. Avaliações mostraram que</p><p>o revestimento estendeu a vida útil de abacates em 50%.</p><p>A embalagem pode ser enxaguada com água e é biodegradável – se decompõe no solo em três dias,</p><p>de acordo com o estudo. O material que envolve os produtos é resistente o suficiente para proteger</p><p>contra choques e contém agentes antimicrobianos naturais (óleo de tomilho, ácido cítrico e nisina)</p><p>que combatem o processo de deterioração e microorganismos causadores de doenças.</p><p>Revista Superinteressante. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/spray-a-base-de-plantas-pode-substituir-</p><p>embalagensplasticas/. Acesso em: 19 jul. 2022. [Fragmento]</p><p>O texto</p><p>publicado no site da revista Superinteressante constitui-se como um(a)</p><p>A artigo de opinião, uma vez que se defende o uso de embalagens biodegradáveis à base de plantas</p><p>para alimentos.</p><p>B crônica argumentativa, porque leva o leitor a refletir sobre seus hábitos em relação ao uso de</p><p>embalagens pouco sustentáveis.</p><p>C editorial, dado que se pode constatar marcas de opinião da revista, que em seus textos defende a</p><p>sustentabilidade.</p><p>D notícia, em que se apresenta de forma pontual a criação do revestimento biodegradável para</p><p>alimentos.</p><p>E reportagem, já que apresenta o revestimento biodegradável e traz informações mais detalhadas</p><p>acerca da descoberta científica.</p><p>71</p><p>QUESTÃO 67</p><p>Ano: 2022 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Cargo: Bibliotecário</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>A questão refere-se ao texto a seguir.</p><p>O que pode um funk?</p><p>Ivana Bentes</p><p>[…] Retomando essa figura meio arquetípica do Brasil, o funk feminino de Anitta incorporou as</p><p>questões de gênero conjugando a malandragem com um feminino plural.</p><p>Vai, Malandra, o clipe, traz verdadeiros memes visuais, culturais e musicais que valem por um</p><p>tratado sociológico. Ainda não se escreveu, e faz falta, um tratado sobre os corpos pensantes das</p><p>mulheres, para além do imaginário em torno da bunda, da raba, do bumbum, do traseiro da mulher</p><p>brasileira, que virou um disparador de questões sensações! O corpo sexualizado na era da sua</p><p>ressignificação pelas próprias mulheres!</p><p>Um corpo que o funk, o samba, o biquíni de fita isolante, toda a cultura solar carioca já vem</p><p>dizendo, tem tempo, que não precisa ser apenas objeto e signo de assujeitamento, toda vez que</p><p>quiser se exibir.</p><p>A bunda (e o corpo das mulheres) pode se deslocar da objetificação para a subjetivação! A bunda</p><p>viva de Anitta com sua celulite sem photoshop é sujeito e não objeto. Se as mulheres fazem o que</p><p>quiserem com seus corpos (a Marcha das Vadias explicou isso para a classe média), elas podem</p><p>inclusive se “autoexplorarem”, ensina o funk. A bunda ostentação de Anitta no início do clipe já</p><p>aponta para esse outro feminismo (de mulheres brancas, apenas? Acho que não!).</p><p>BENTES, Ivana. O que pode um funk? Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/anittavai-malandra-ivana-</p><p>bentes/. Acesso em 28 abr. 2022.</p><p>Para compor seu artigo de opinião, Ivana Bentes faz uso de</p><p>A gírias e léxico vulgar, para desprestigiar o funk carioca.</p><p>B opiniões de outras mulheres sobre o assunto retratado.</p><p>C parênteses para apresentar sua opinião sobre o assunto.</p><p>D linguagem coloquial, para se aproximar do objeto de análise.</p><p>E descrição, para depreciar o clipe e os memes visuais de Anitta.</p><p>72</p><p>QUESTÃO 68</p><p>Ano: 2022 Banca: Máxima Órgão: Prefeitura de Central de Minas – MG Cargo: Técnico de</p><p>Laboratório</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>TEXTO: OUVIDO</p><p>Quando você cresce, você quer que não seja verdade. Perde a intimidade com os brinquedos. Com</p><p>os jogos favoritos. Perde a intimidade até consigo mesmo. Um novo ser emerge. E surgem os</p><p>modelos de desenhos para se tornar alguém frente aos outros. O sorriso já não é o mesmo, o olhar já</p><p>não é o mesmo. E quando menos se espera já não é possível conhecer-se… Já não há mais qualquer</p><p>identidade. Apenas o silêncio acompanha, e a raiva se estampa no semblante à guisa de arma.</p><p>Amarram-se correntes às exigências da vida. As pessoas já não se reconhecem. E você, de repente,</p><p>se instala num vazio pela angústia do grito entalada na garganta. Deseja derrubar essa muralha que</p><p>o separa de si mesmo. “EU EXISTO!”.</p><p>Um ouvido. Sim, esse é o degrau que você precisa transpor para vencer a muralha. Não querer</p><p>possuir, mas apenas pegar emprestado por alguns instantes. Um ouvido que possa ouvir a própria</p><p>cabeça, cheia de medo e confusão. Quando olhar para o seu pai, verá que ele também estará</p><p>ocupado com os afazeres da própria vida. Na realidade, ele também se ausenta no intuito de</p><p>preencher o vazio que acredita alimentar a sua alma. Sua mãe parece preocupada com os</p><p>argumentos da novela. E você já é crescido, dizem. Mas ninguém contou como começar essa nova</p><p>etapa da vida. Deseja apenas um ouvido. Engraçado, as pessoas têm duas orelhas, empregadas</p><p>gratuitamente, e não querem ou não sabem mais emprestar sua escuta.</p><p>Apenas um ouvido. Esse é o grande tesouro que se almeja. Poderias me emprestar o teu? Por isso</p><p>continuo a gritar: "Eu EXISTO!!!".</p><p>MENDONÇA, Tulius – Livro Entreatos – p. 43.</p><p>O texto “Ouvido” apresenta um tipo de texto em que o narrador:</p><p>A Manifesta uma fase da vida de uma pessoa ainda insegura com esse novo ser que surge em si.</p><p>B Manifesta seu repúdio a certas pessoas que se escondem atrás de falsas personalidades por falta</p><p>de caráter.</p><p>C Reconhece que há pessoas que se escondem por trás da falsidade em busca de satisfazer suas</p><p>próprias vontades.</p><p>D Manifesta um forte preconceito com pessoas que se encontram numa crise de identidade.</p><p>73</p><p>QUESTÃO 69</p><p>Ano: 2022 Banca: IVIN Órgão: Prefeitura de Estreito – MA Cargo: Professor Magistério</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Sócrates e as redes sociais</p><p>Disponível em: https://marcosramon.net/blog/socrates-e-as-redes-sociais</p><p>Sobre a tipologia textual presente no texto, pode-se dizer corretamente que a organização</p><p>predominante é:</p><p>A Argumentativa e narrativa.</p><p>B Descritiva e injuntiva.</p><p>C Expositiva e descritiva.</p><p>D Narrativa e descritiva.</p><p>E Poética e argumentativa.</p><p>74</p><p>QUESTÃO 70</p><p>Ano: 2022 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: UFJF Cargo: Auditor – Edital</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>INSTRUÇÃO: Leia as campanhas para responder à questão.</p><p>Disponível em: https://www.motociclismoonline.com.br/noticias/veja-campanha-da-abraciclo-para-</p><p>semana-nacional-do-transito/. Acesso em: 2 jun. 2022.</p><p>É uma característica dos textos de campanha, como observa-se nos textos promovidos pela</p><p>Abraciclo, a(o)</p><p>A convencimento do público leitor a fim de que mude um determinado comportamento a favor de</p><p>toda a sociedade.</p><p>B criação de uma narrativa com fatos ligados ao passado, presente ou futuro, como se percebe na</p><p>campanha 01.</p><p>75</p><p>C defesa de uma opinião a partir da apresentação de argumentos apresentados com linguagem</p><p>verbal e não verbal.</p><p>D indução a um comportamento considerado socialmente aceito para massificar a atitude da</p><p>população.</p><p>E orientação da população em relação à determinada conduta para benefício próprio em detrimento</p><p>do benefício social.</p><p>QUESTÃO 71</p><p>Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Manaus – AM Cargo: Advogado</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Assinale a frase que pode ser inserida entre os textos narrativos.</p><p>A Você não pode fazer uma cesta de três pontos debaixo da tabela.</p><p>B O cérebro é o órgão com que pensamos que pensamos.</p><p>C O boxe exige grande generosidade: dar sempre, sem receber.</p><p>D Comecei uma dieta, cortei a bebida e alguns pratos e, em quatorze dias, perdi duas semanas.</p><p>E Não amar e não tomar banho todos os dias podem levar à perdição.</p><p>QUESTÃO 72</p><p>Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Manaus – AM Cargo: Advogado</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Assinale a opção que indica o texto que não representa uma publicidade (interesse comercial), mas</p><p>uma propaganda (campanha de orientação pública).</p><p>A Procure um plano de saúde, pois a proteção médica lhe traz segurança e tranquilidade.</p><p>B O Hospital Lusitano recebe clientes de todos os planos de saúde.</p><p>C Compre remédios genéricos: são mais baratos e igualmente eficazes.</p><p>D Dorona® é um remédio altamente eficaz no combate à dor de cabeça.</p><p>E Os médicos deste hospital foram altamente elogiados pelos pacientes; procure-nos.</p><p>76</p><p>QUESTÃO 73</p><p>Ano: 2022 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Cargo: Técnico de Laboratório – Área de</p><p>Computação</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Por ser um texto direto e claro, não há necessidade de ser interpretado.</p><p>Linguagem na 3ª pessoa</p><p>Texto claro e objetivo</p><p>Tem a função utilitária. Tem uma única interpretação e linguagem objetiva, clara e impessoal. Seu</p><p>objetivo é informar, convencer ou explicar. Seu sentido é denotativo.</p><p>O autor do texto deve ser imparcial e objetivo para que o leitor tenha uma única interpretação do</p><p>texto.</p><p>Para analisar é necessário comprovação e conhecimento dos fatos.</p><p>Exs: Artigos de jornais, livros didáticos, dicionários, anúncios publicitários, receitas, manuais,</p><p>revista, anúncios e etc.</p><p>Outra coisa muito importante para aprender a interpretar ou compreender um texto é a leitura</p><p>constante de textos literários e não literários, mas com uma visão mais crítica observando a</p><p>estrutura do texto e a linguagem utilizada pelo autor.</p><p>7</p><p>2 – Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>(Tipologia textual e gêneros textuais);</p><p>Os estudantes costumam confundir tipos textuais com gêneros textuais, mas são duas coisas</p><p>diferentes.</p><p>Tipo textual: O tipo textual é a estrutura do texto, ou seja, é a forma como o texto se apresenta.</p><p>Gênero textual: O Gênero textual é o uso deste texto, ou seja, é a função social/ comunicativa do</p><p>texto. É um texto que vivencia o cotidiano, podendo ser verbal ou não verbal.</p><p>Para visualizarmos melhor é como se os tipos textuais fossem um grupo e os gêneros textuais fosse</p><p>um subgrupo dos tipos textuais.</p><p>Existem uma infinidade de gêneros textuais, e no texto abaixo cito apenas alguns.</p><p>Tipos Textuais (tipologia textual)</p><p>Temos quatro tipos de textos:</p><p>Narrativo, descritivo, dissertativo e explicativo</p><p>Tipo de texto narrativo (narração)</p><p>É a narração de um fato. Podendo ser fictício ou não. O autor conta uma história</p><p>Para se ter um texto narrativo é necessário que se tenha:</p><p>Espaço: É o lugar onde ocorre a história.</p><p>Tempo: Duração que ocorre a história.</p><p>Personagens: São os seres, que normalmente são pessoas, podendo ser animais ou mesmo objetos</p><p>que participam na história.</p><p>Narrador: Pode ser em 1ª pessoa (pessoal fazendo parte da história) ou na 3ª pessoa (impessoal, ele</p><p>está longe da história).</p><p>Verbos no passado</p><p>Gêneros textuais narrativos:</p><p>Neles tem um personagem em algum lugar e época. Tem a introdução, desenvolvimento, tensão e</p><p>seu final. Ex.: Crônica, contos, novelas, Romance, fábulas, relato pessoal e notícia.</p><p>8</p><p>Crônicas: Baseada no cotidiano com uma narrativa curta com acontecimentos podendo ser reais ou</p><p>fictícios. Possui caráter narrativo ou argumentativo. Normalmente tem um tema cultural, político ou</p><p>social. A crônica é um texto que predomina a narração;</p><p>É um texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que nós mesmos já vivemos e normalmente</p><p>é utilizado a ironia para mostrar um outro lado da mesma história.</p><p>Gênero que apresenta uma narrativa informal ligada à vida cotidiana. Apresenta certa dose de</p><p>lirismo e sua principal característica é a brevidade.</p><p>Na crônica o tempo não é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos como</p><p>horas ou mesmo minutos.</p><p>O cronista descreve os acontecimentos em ordem cronológica e desafiando o leitor dando a</p><p>sensação de diálogo mostrando uma visão própria dos fatos.</p><p>Crônica é um texto curto publicado em jornais, revistas ou blogs, de linguagem simples, em estilo</p><p>literário e jornalístico, e que retrata os aspectos da vida cotidiana, geralmente com toques de humor</p><p>ou ironia.(caiu em concurso – Ano: 2022 Banca: FEPESE Órgão: IGP-SC);</p><p>Conto: É fictício e também tem uma narrativa curta</p><p>É uma obra de ficção em que são criados seres e locais totalmente imaginário.</p><p>É uma narrativa linear e curta, tanto em extensão quanto no tempo em que se passa, que envolve</p><p>poucas personagens e com ações que, em geral, se passam em um só espaço e se encaminham</p><p>diretamente para o desfecho, em torno de um só eixo temático e um só conflito. (caiu em concurso</p><p>– Ano: 2022 Banca: FEPESE Órgão: IGP-SC);</p><p>A diferenciação entre o conto, a novela e o romance também se baseia na sua extensão, ou seja, dos</p><p>três ele é o que tem o texto mais curto. Outro diferencial do conto com o romance é que só tem uma</p><p>história central, ou seja, não se desenvolve outras histórias secundárias.</p><p>Novela: A novela é muito parecida com o conto e o romance, diferenciado por sua extensão. Ela</p><p>fica entre o conto e o romance.</p><p>Ela tem a história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O tempo na novela é</p><p>baseada no calendário. O tempo e local são definidos pelas histórias dos personagens. Se for uma</p><p>novela de época é usado a linguagem da época. Outra característica é a quantidade de personagem,</p><p>ou seja, é bem superior ao de um conto.</p><p>A história (enredo) tem um ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais curto.</p><p>Romance: Narrativa longa que descreve um ambiente, personagens e roupas. Pode ser tanto</p><p>narrativo como descritivo;</p><p>Apesar de ser narrativo ele descreve o ambiente, personagens e roupas para atiçar o imaginário do</p><p>leitor.</p><p>É uma descrição longa de ações e sentimentos de personagens fictícios, podendo ser de comparação</p><p>com a realidade ou totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma novela é a</p><p>extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo.</p><p>9</p><p>No romance é usado muitas formas de narração estilizadas e harmoniosas para dar mais emoção ao</p><p>texto. No romance nós temos uma história central e várias histórias secundárias.</p><p>Fábula: É um texto narrativo, quase sempre breve e em prosa, com personagens sem muita</p><p>complexidade e história de caráter ético e moral. A fábula é um gênero textual muito utilizado no</p><p>processo de formação ética e moral dos indivíduos.</p><p>Relato pessoal: gênero de texto narrativo onde o autor conta suas vivências pessoais a outra pessoa,</p><p>dentro de um ambiente, tempo e personagens.</p><p>Notícia: Texto narrativo e/ou descritivo. Seu objetivo é informar fatos atuais e cotidianos de</p><p>maneira formal e objetiva. Texto impessoal (3ª pessoa)</p><p>Tipo de texto Descritivo (descrição)</p><p>Um texto em que se faz uma imagem escrita, dá detalhes de um ser, podendo ser uma pessoa,</p><p>objeto, animal ou lugar. Conta uma história mais detalhadamente</p><p>Pode até descrever sensações ou sentimentos.</p><p>Ele sempre está acompanhado de outro tipo de texto.</p><p>Gêneros textuais descritivos:</p><p>É a descrição de uma pessoa, lugar ou objeto mostrando suas características, com o objetivo de</p><p>transmitir para a pessoa com quem fala uma visualização que muitas vezes pode ver e sentir o que</p><p>ele quer passar.</p><p>Ex.: Diário, classificados de jornais, estatuto, cardápios e currículo</p><p>Diário: Ele descreve o dia a dia de uma pessoa e seus sentimentos.</p><p>Currículo: Descreve todas as informações de uma pessoa.</p><p>Classificados de jornais e cardápios</p><p>Estatuto: Conjunto de normas jurídicas, acordadas pelos sócios ou fundadores, que regulamenta o</p><p>funcionamento de órgãos colegiados, constituídos como entidade jurídica ou não, quer seja uma</p><p>sociedade, uma associação ou uma fundação.</p><p>O Conto, novela e o romance apesar de serem considerados textos narrativos também pode ser</p><p>classificados como descritivos, pois descrevem os ambientes, pessoas, objetos, animais e lugares.</p><p>10</p><p>Tipo de texto dissertativo (Dissertação)</p><p>Texto dissertativo Informativo/Expositivo: Informa algum assunto ao leitor;</p><p>Verbos no presente;</p><p>É explicar ou falar sobre um assunto. É um texto informativo. É narrativo e argumentativo.</p><p>Pode ser expositivo ou argumentativo</p><p>Dissertação expositiva (dissertativo expositivo)</p><p>Dissertativo Expositivo: Seu objetivo é expor e esclarecer uma ideia através de comparações e</p><p>pontos de vista sem o objetivo de tentar convencer e sim de informar.</p><p>Expõe um assunto, fato ou acontecimento. Ele explica e analisa ideias.</p><p>Dissertação argumentativa (Dissertativo argumentativo)</p><p>Os textos argumentativos também expõem um assunto, fato ou acontecimento, mas seu objetivo</p><p>principal é persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Ele se posiciona</p><p>com argumentos.</p><p>Texto dissertativo-argumentativo: consiste</p><p>A questão refere-se ao texto a seguir.</p><p>Embora tenha construído uma carreira artística com obras muito mais apreciadas e debatidas por</p><p>adultos, Tarsila do Amaral é ainda hoje dona de uma popularidade que a faz ser conhecida inclusive</p><p>por crianças em estágios iniciais da educação. De 1928, Abaporu provavelmente é a pintura mais</p><p>reproduzida pelos pequenos em suas primeiras experiências em aulas de Artes. É para este público</p><p>que é feito “Tarsilinha”, animação em longa-metragem com direção da dupla Celia Catunda e Kiko</p><p>Mistrorigo, a mesma de “Peixonauta: O Filme”. Ainda assim, os responsáveis adultos que</p><p>acompanharão os rebentos nas sessões de cinema e futuras exibições em streaming de alguma forma</p><p>serão contemplados. A premissa inclusive sinaliza para aquele que é um dos grandes temores de</p><p>indivíduos em um estágio avançado da vida, sendo a perda progressiva da memória. A pequena</p><p>Tarsilinha (na voz de Alice Barion) passa a maior parte do dia aos cuidados de sua mãe (voz de</p><p>Maira Chasseroux), que repentinamente tem um “apagão mental” ao perder objetos pessoais de</p><p>grande importância emocional. A aventura começa quando Tarsilinha parte por conta própria em</p><p>uma viagem para reaver os souvenires, parando em destinos que reproduzem um sem número de</p><p>cenários e personagens eternizados nas telas de Tarsila do Amaral. Apesar da ideia original e da</p><p>valorização de uma matéria-prima nacional, falta a “Tarsilinha” um roteiro que fosse capaz de ir</p><p>além de frases feitas e diminutivos. Além do mais, fãs da Tarsila do Amaral podem não ser</p><p>conquistados em cheio pela técnica animada aqui aplicada, uma junção de 2D e 3D que não confere</p><p>vivacidade e contraste à concepção minimalista.</p><p>Entrevista com os diretores Célia Catunda e Kiko Mistrorigo sobre “Tarsilinha” (Disponível em:</p><p>https://cineresenhas.com.br/2022/03/21/resenha-critica-tarsilinha-2021/. Acesso em 02 mai.2022)</p><p>“Apesar da ideia original e da valorização de uma matéria-prima nacional, falta a ”Tarsilinha” um</p><p>roteiro que fosse capaz de ir além de frases feitas e diminutivos. Além do mais, fãs da Tarsila do</p><p>Amaral podem não ser conquistados em cheio pela técnica animada aqui aplicada, uma junção de</p><p>2D e 3D que não confere vivacidade e contraste à concepção minimalista”.</p><p>Considerando as características do gênero resenha, esse trecho exerce a função de:</p><p>A resumir o filme.</p><p>B apresentar a estrutura do filme.</p><p>C informar sobre o produtor do filme.</p><p>D criticar a produção e o elenco do filme.</p><p>E fazer uma síntese avaliativa sobre o filme.</p><p>77</p><p>QUESTÃO 74</p><p>Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: PC-BA Cargo: Investigador de Polícia Civil</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Texto I</p><p>Inverno</p><p>A família estava reunida em torno do fogo, Fabiano sentado no pilão caído, sinhá Vitória de</p><p>pernas cruzadas, as coxas servindo de travesseiros aos filhos. A cachorra Baleia, com o traseiro no</p><p>chão e o resto do corpo levantado, olhava as brasas que se cobriam de cinza.</p><p>Estava um frio medonho, as goteiras pingavam lá fora, o vento sacudia os ramos das</p><p>catingueiras, e o barulho do rio era como um trovão distante.</p><p>Fabiano esfregou as mãos satisfeito e empurrou os tições com a ponta da alpercata. As brasas</p><p>estalaram, a cinza caiu, um círculo de luz espalhou-se em redor da trempe de pedra, clareando</p><p>vagamente os pés do vaqueiro, os joelhos da mulher e os meninos deitados. De quando em quando</p><p>estes se mexiam, porque o lume era fraco e apenas aquecia pedaços deles. Outros pedaços</p><p>esfriavam recebendo o ar que entrava pela rachadura das paredes e pelas gretas da janela. Por isso</p><p>não podiam dormir. Quando iam pegando no sono, arrepiavam-se, tinham precisão de virar-se,</p><p>chegavam-se à trempe e ouviam a conversa dos pais. Não era propriamente conversa: eram frases</p><p>soltas, espaçadas, com repetições e incongruências. Às vezes uma interjeição gutural dava energia</p><p>ao discurso ambíguo. Na verdade nenhum deles prestava atenção às palavras do outro: iam exibindo</p><p>as imagens que lhes vinham ao espírito, e as imagens sucediam-se, deformavam-se, se não havia</p><p>meio de dominá-las. Como os recursos de expressão eram minguados, tentavam remediar a</p><p>deficiência falando alto. […]</p><p>(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. Rio de Janeiro: Record, 2009, p. 63-64)</p><p>O texto apresenta um expressivo caráter descritivo e faz uso das caracterizações de modo a:</p><p>A apontar a ausência de relação entre o espaço físico descrito e os personagens que o ocupam.</p><p>B retratar, de forma generalizada, a reação de todos os seres humanos diante do clima frio por meio</p><p>da ação dos personagens.</p><p>C indicar os efeitos positivos que a natureza exerce nas reflexões dos personagens independente de</p><p>sua condição física.</p><p>D realçar a vulnerabilidade dos personagens diante da condição em que se encontram.</p><p>E representar, simbolicamente, o papel acolhedor da natureza em meio a situações de dificuldade</p><p>material.</p><p>78</p><p>QUESTÃO 75</p><p>Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Santo André – SP Cargo: Agente de Políticas Públicas</p><p>e Gestão Governamental</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Texto 1</p><p>Índio</p><p>Uma das consequências das Cruzadas (séculos XI a XIII) foi a descoberta das riquezas do</p><p>Oriente: tecidos, pedras e metais preciosos, especiarias.</p><p>Tudo isso passou a ter um valor extraordinário para os europeus do século XV (a canela</p><p>chegou a valer mais do que o ouro!). E assim as grandes navegações para a Ásia se tornaram</p><p>financeiramente atrativas.</p><p>O genovês Cristóvão Colombo, o que botou o ovo em pé (como se fosse uma grande coisa: as</p><p>galinhas já faziam isso muito antes dele), consegue, na Espanha, em 1492, o patrocínio dos reis</p><p>Fernando II e Isabel I para uma viagem à Índia.</p><p>Para chegar lá, os portugueses desciam até o final da África e dobravam à esquerda. Colombo,</p><p>que sempre adorou viver na contramão da História, sai da Espanha, no dia 3 de agosto, e dobra à</p><p>direita, convencido de que a Terra era redonda.</p><p>Acertou na forma, mas errou no cálculo do diâmetro. Colombo chega às Bahamas, em 12 de</p><p>outubro, e acha que alcançou a Índia. Por isso, ao ver uns selvagens locais, Colombo os chama de</p><p>índios. Pronto, o nome ficou e o erro se consagrou: a partir daí, todo selvagem, nu ou seminu,</p><p>passou a ser chamado de índio.</p><p>(PIMENTA, R. Casa da Mãe Joana, curiosidade na origem das palavras, frases e marcas. Ed.</p><p>Campus. Rio de Janeiro-RJ. 2002)</p><p>O texto que acabamos de analisar pertence ao gênero</p><p>A informativo.</p><p>B publicitário.</p><p>C didático.</p><p>D normativo.</p><p>E ficcional.</p><p>79</p><p>Utilizar o texto abaixo para responder as questões 76 e 77</p><p>COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE CAXIAS DO SUL</p><p>Leia abaixo a redação de Larissa Freisleben, que recebeu nota mil no Enem.</p><p>Publicidade Infantil: perigoso artifício</p><p>Uma criança imitando os sons emitidos por porcos já foi atitude considerada como falta de</p><p>educação. No entanto, após a popularização do programa infantil "Peppa Pig", essa passou a ser</p><p>uma cena comum no Brasil. O desenho animado sobre uma família de porcos falantes não apenas</p><p>mudou o comportamento dos pequenos como também aumentou o lucro de uma série de marcas</p><p>que se utilizaram do encantamento infantil para impulsionar a venda de produtos relacionados ao</p><p>tema. Peppa é apenas mais um exemplo do poder que a publicidade exerce sobre as crianças.</p><p>Os nazistas já conheciam os efeitos de uma boa publicidade: são inúmeros os casos de pais</p><p>delatados pelos próprios filhos − o que mostra a facilidade com que as crianças são influenciadas.</p><p>Essa vulnerabilidade é maior até os sete anos de idade, quando a personalidade ainda não está</p><p>formada. Muitas redes de lanchonetes, por exemplo, valem-se disso para persuadir seus jovens</p><p>clientes: seus produtos vêm acompanhados por brindes e brinquedos. Assim, muitas vezes a criança</p><p>acaba se alimentando de maneira inadequada na ânsia de ganhar um brinquedo.</p><p>A publicidade interfere no julgamento das crianças. No entanto, censurar</p><p>todas as propagandas</p><p>não é a solução. É preciso, sim, que haja uma regulamentação para evitar a apelação abusiva −</p><p>tarefa destinada aos órgãos responsáveis. No caso da alimentação, a questão é especialmente grave,</p><p>uma vez que pesquisas mostram que os hábitos alimentares mantidos até os dez anos de idade são</p><p>cruciais para definir o estilo de vida que o indivíduo terá quando adulto. Uma boa solução, nesse</p><p>caso, seria criar propagandas enaltecendo o consumo de frutas, verduras e legumes. Os próprios</p><p>programas infantis poderiam contribuir nesse sentido, apresentando personagens com hábitos</p><p>saudáveis. Assim, os pequenos iriam tentar imitar os bons comportamentos.</p><p>Contudo, nenhum controle publicitário ou bom exemplo sob a forma de um desenho animado é</p><p>suficiente sem a participação ativa da família. É essencial ensinar as crianças a diferenciar bons</p><p>produtos de meros golpes publicitários. Portanto, em se tratando de propaganda infantil, assim</p><p>como em tantos outros casos, a educação vinda de casa é a melhor solução.</p><p>(Texto publicado na folha de São Paulo)</p><p>80</p><p>QUESTÃO 76</p><p>Ano: 2022 Banca: Máxima Órgão: Prefeitura de Pingo D`Água – MG Cargo: Professor de</p><p>Educação Física</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>O texto segue uma linha de um gênero em que o autor tece uma ideia a partir de um ponto de vista.</p><p>A esse tipo de texto, denomina-se:</p><p>A Dissertação;</p><p>B Descrição;</p><p>C Injuntivo;</p><p>D Narrativo.</p><p>QUESTÃO 77</p><p>Ano: 2022 Banca: Máxima Órgão: Prefeitura de Pingo D`Água – MG Cargo: Enfermeiro</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>A função de argumentos nesse tipo de texto tem como finalidade vários aspectos citados,</p><p>EXCETO:</p><p>A Persuadir o leitor;</p><p>B Sustentar da tese;</p><p>C Repugnar a tese;</p><p>D Reforçar o posicionamento.</p><p>QUESTÃO 78</p><p>Ano: 2022 Banca: FAU Órgão: Prefeitura de Renascença – PR Cargo: Técnico em Contabilidade</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Vinte e dois migrantes do Mali morrem em naufrágio na costa da Líbia</p><p>Vinte e dois migrantes, todos procedentes do Mali, morreram em um naufrágio na costa da Líbia,</p><p>informaram as Nações Unidas nesta terça-feira (5), citando testemunhos de sobreviventes, que</p><p>indicaram que houve mortos por afogamento e desidratação.</p><p>81</p><p>Os sobreviventes são 61. Eles foram resgatados pela Guarda Costeira líbia e levados de volta ao</p><p>continente, disse a Organização Internacional para as Migrações (OIM), que faz parte da ONU. O</p><p>bote onde estavam os imigrantes ficou 9 dias no mar.</p><p>Os migrantes embarcaram na cidade líbia de Zuwara, perto da fronteira com a Tunísia, cerca de</p><p>01h (20h em Brasília) em 22 de junho, disse Safa Msehli, porta-voz da OIM. “Depois de nove dias</p><p>no mar, foram resgatados pelos guarda-costas líbios”, acrescentou. No sábado retornaram à terra.</p><p>“Segundo os sobreviventes, 22 migrantes, todos do Mali, morreram na travessia. Reportaram como</p><p>causas de morte o afogamento e a desidratação. Entre os mortos há três crianças”, indicou Msehli.</p><p>Msehli disse que alguns dos migrantes estavam em péssimas condições de saúde e foram</p><p>transferidos para hospitais pela OIM. Os demais foram levados ao centro de detenção Al Maya,</p><p>assinalou. A Líbia se transformou em uma rota-chave para a migração irregular à Europa nos anos</p><p>caóticos desde a queda e morte do ditador Muammar Kadafi em um levante apoiado pela Otan em</p><p>2011.</p><p>Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/07/05/vinte-e-dois-migrantesdo-mali-morrem-em-</p><p>naufragio-na-costa-da-libia.ghtml</p><p>Assinale a alternativa que apresente o tipo textual predominante no texto:</p><p>A Poesia.</p><p>B Narração.</p><p>C Dissertação.</p><p>D Música.</p><p>E Jornal.</p><p>QUESTÃO 79</p><p>Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: SEFAZ-ES Cargo: Consultor do Tesouro Estadual</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>“Todos devemos tomar a terceira dose da vacina, pois estudos americanos mostram que essa dose</p><p>suplementar eleva para 90% a eliminação de riscos; além do mais, essas vacinas já se mostraram</p><p>seguras e já deixaram de ser experimentais há algum tempo.”</p><p>Sobre a estruturação desse pequeno texto argumentativo, assinale a afirmativa correta.</p><p>A A tese do texto é a de que todos devem tomar a terceira dose da vacina.</p><p>B Um dos argumentos a favor da vacina é um argumento de autoridade, fundamentada nos estudos</p><p>americanos.</p><p>C Um elemento de contra-argumentação é o de que as vacinas já deixaram de ser experimentais.</p><p>82</p><p>D A experiência também é elemento de convencimento na frase “já se mostraram seguras”.</p><p>E Os argumentos apresentados devem ser relativizados pela presença da ironia no texto.</p><p>QUESTÃO 80</p><p>Ano: 2022 Banca: FURB Órgão: FURB – SC Cargo: Bibliotecário</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Cientistas criam tatuagem de grafeno que monitora pressão arterial</p><p>Um artigo publicado no final de junho, na revista científica Nature Nanotechnology, apresenta uma</p><p>solução confortável e precisão para medições contínuas da pressão arterial em ambientes não</p><p>clínicos (ambulatoriais). Desenvolvida por pesquisadores da Universidade do Texas em Austin, nos</p><p>Estados Unidos, trata-se de uma tatuagem eletrônica de grafeno, que pode permanecer no pulso por</p><p>horas.</p><p>Monitorar continuamente a pressão arterial é um procedimento essencial para a compreensão de</p><p>diversas condições de saúde, principalmente as doenças cardiovasculares. Essa medida pode não só</p><p>fornecer subsídios para o diagnóstico médico, mas também permitir que as plataformas de</p><p>monitoramento consigam estabelecer uma correlação da doença com o comportamento e hábitos do</p><p>paciente.</p><p>Para Deji Akinwande, professor da UT Austin e um dos líderes da pesquisa, “a pressão arterial é o</p><p>sinal vital mais importante que você pode medir, mas os métodos para fazê-lo fora da clínica,</p><p>passivamente, sem manguito, são muito limitados”. Por isso, o estudo propõe um monitoramento</p><p>por meio de um dispositivo vestível, baseado em bioimpedância elétrica.</p><p>Chamado de e-tattoo, a "tatuagem" de grafeno é fina, autoadesiva, leve e discreta, funcionando</p><p>como uma interface bioeletrônica humana. Através dela, a aferição da pressão arterial pode ser feita</p><p>em qualquer tipo de situação, de momentos de alto estresse até o sono profundo. Além medir de</p><p>forma não invasiva e precisa (desempenho equivalente ao Grau A), o vestível pode ser usado por</p><p>mais de 300 minutos, dez vezes mais que o relatado em estudos anteriores.</p><p>As medições são feitas através do disparo de uma corrente elétrica na pele, seguido de uma análise</p><p>da resposta do corpo (bioimpedância). Existe uma correlação entre essa reação e as alterações na</p><p>pressão arterial, devido a modificações ocorridas no volume sanguíneo, que são posteriormente</p><p>analisadas por um modelo de aprendizado de máquina.</p><p>83</p><p>Mas o que é mesmo o grafeno?</p><p>Grafeno é o material mais fino do mundo. Consiste em uma camada bidimensional de átomos de</p><p>carbono organizados em estruturas hexagonais, cuja altura é equivalente à de um átomo. Esse</p><p>material pode ser produzido por meio da extração de camadas superficiais do grafite, um mineral</p><p>abundante na Terra e um dos mais comuns alótropos do carbono.</p><p>As ligações químicas formadas entre os átomos de carbono e a espessura do grafeno tornam esse</p><p>elemento recordista em algumas propriedades físicas, como resistência mecânica, condutividades</p><p>térmica e elétrica. Essas características fazem do grafeno um dos mais promissores materiais,</p><p>podendo ser utilizado nas mais variadas aplicações.</p><p>A respeito do gênero textual e do objetivo do texto “Cientistas criam tatuagem de grafeno que</p><p>monitora pressão arterial”, assinale a alternativa correta:</p><p>A O texto se trata de uma reportagem, pois além de informar, tem como objetivo convencer o leitor</p><p>a adotar a tatuagem de grafeno.</p><p>B O texto se trata de um artigo científico, pois focaliza as inovações científicas, seu método,</p><p>principais resultados e considerações para o meio acadêmico.</p><p>C O texto se constitui como uma entrevista, pois seu objetivo é justamente mostrar o</p><p>posicionamento do professor Deji Akinwande, um dos líderes da pesquisa abordada.</p><p>D O texto pode ser definido como um artigo de opinião, pois apresenta opiniões científicas, como a</p><p>do professor Deji Akinwande.</p><p>E O texto consiste em um artigo de divulgação científica, visto que apresenta uma inovação</p><p>científica de forma acessível a diferentes leitores.</p><p>84</p><p>QUESTÃO 81</p><p>Ano: 2022 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Costa Marques – RO Cargo: Engenheiro Agrônomo</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Leia o texto a seguir para responder à questão.</p><p>TEXTO</p><p>ADOÇÃO NO BRASIL</p><p>A adoção no Brasil é entendida legalmente como uma ferramenta de função social que busca</p><p>garantir o direito ao desenvolvimento pleno da criança.</p><p>O processo de adoção no Brasil passou por diversos momentos diferentes no decorrer do tempo.</p><p>Em momentos passados, era uma forma de adquirir mão de obra barata. Uma família “adotava”</p><p>uma criança sob a condição de que, em troca do abrigo e alimento, ela deveria trabalhar cuidando</p><p>da casa ou de outras crianças mais novas, geralmente filhos legítimos da família. Muita coisa</p><p>mudou desde então e, embora essa prática ainda persista, a adoção é hoje vista pelos órgãos</p><p>judiciais como um artifício usado para garantir os direitos da criança e do adolescente de terem</p><p>acesso a um meio familiar saudável onde disponham de oportunidades de pleno desenvolvimento</p><p>social, físico, psicológico e educacional.</p><p>O jurista e filósofo brasileiro Clóvis Beviláqua (1859 – 1944) define a adoção como “o ato civil</p><p>pelo qual alguém aceita um estranho na qualidade de filho”. Nesse sentido, a adoção é vista como</p><p>uma forma de estabelecimento de laço familiar indissolúvel; assim, aquele que é adotado passa a ter</p><p>todos os direitos de um filho biológico.</p><p>A partir da Constituição de 1988, a adoção passou a ser vista pelo meio jurídico como uma</p><p>ferramenta de função social, uma forma de proteção aos interesses da criança e do adolescente. A</p><p>elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) firmou legalmente essa função e, entre</p><p>suas determinações, estão:</p><p>Determinações do Estatuto da Criança e do Adolescente:</p><p>• A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os</p><p>recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa (…);</p><p>85</p><p>• O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a</p><p>guarda ou tutela dos adotantes;</p><p>• A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive</p><p>sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos</p><p>matrimoniais;</p><p>• A adoção será concedida quando apresentar reais vantagens para a criança ou adolescente em</p><p>situação de adoção e fundar-se em motivos legítimos;</p><p>• O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.</p><p>Embora os avanços legais tenham garantido meios para que as crianças e adolescentes que</p><p>vivem em abrigos e encontram-se em situação de adoção tenham a oportunidade de novamente se</p><p>tornarem parte de uma família, as filas de pessoas que desejam adotar continuam a crescer. Segundo</p><p>dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2015, existiam cerca de 5,6 mil crianças e</p><p>adolescentes à espera de uma nova família nos lares adotivos espalhados pelo país. Enquanto isso,</p><p>segundo o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), 33 mil famílias estão cadastradas na fila. Esse</p><p>estranho fenômeno explica-se ao observarmos que, dessas 5,6 mil crianças e adolescentes, 86%</p><p>possuem 5 anos ou mais. Ocorre que a grande maioria das famílias que esperam nas filas do CNA</p><p>exige que a criança a ser adotada seja recém-nascida, saudável e de pele clara, características que</p><p>apenas 6% das crianças que se encontram nos abrigos possuem.</p><p>Desse fato também surge outra importante discussão acerca da legitimidade da adoção por</p><p>casais homoafetivos. Embora, em 2015, ainda não exista lei formal que aborde o assunto, os</p><p>tribunais e juízes já garantiram, nos casos em que as análises dos órgãos de assistência social</p><p>recomendavam a adoção, o direito a esses casais de adotar.</p><p>Por: Lucas de Oliveira Rodrigues</p><p>https://www.preparaenem.com/sociologia/adocao-no-brasil.htm</p><p>Sobre a tipologia e a linguagem do texto lido, é correto afirmar que ele é predominantemente:</p><p>A descritivo, com realce da linguagem conotativa.</p><p>B narrativo, com predomínio de linguagem coloquial.</p><p>C injuntivo, com uso de linguagem formal.</p><p>D dissertativo, com uso de linguagem conotativa.</p><p>E expositivo, com predomínio de linguagem denotativa.</p><p>86</p><p>QUESTÃO 82</p><p>Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT – 4ª REGIÃO (RS) Cargo: Analista Judiciário</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Velha história</p><p>Era uma vez um homem que estava pescando, Maria. Até que apanhou um peixinho! Mas o</p><p>peixinho era tão pequenininho e inocente, e tinha um azulado tão indescritível nas escamas, que o</p><p>homem ficou com pena. E retirou cuidadosamente o anzol e pincelou com iodo a garganta do</p><p>coitadinho. Depois guardou-o no bolso traseiro das calças, para que o animalzinho sarasse no</p><p>quente. E desde então ficaram inseparáveis. Aonde o homem ia, o peixinho o acompanhava a trote,</p><p>que nem um cachorrinho. Pelas calçadas. Pelos elevadores. Pelo café. Como era tocante vê-los no</p><p>"17"! – o homem, grave, de preto, com uma das mãos segurando a xícara de fumegante moca, com</p><p>a outra lendo o jornal, com a outra fumando, com a outra cuidando do peixinho, enquanto este,</p><p>silencioso e levemente melancólico, tomava laranjada por um canudinho especial…</p><p>Ora, um dia o homem e o peixinho passeavam à margem do rio onde o segundo dos dois fora</p><p>pescado. E eis que os olhos do primeiro se encheram de lágrimas. E disse o homem ao peixinho:</p><p>“Não, não me assiste o direito de te guardar comigo. Por que roubar-te por mais tempo ao</p><p>carinho do teu pai, da tua mãe, dos teus irmãozinhos, da tua tia solteira? Não, não e não! Volta para</p><p>o seio da tua família. E viva eu cá na terra sempre triste!...”</p><p>Dito isso, verteu copioso pranto e, desviando o rosto, atirou o peixinho n’água. E a água fez</p><p>redemoinho, que foi depois serenando, serenando até que o peixinho morreu afogado…</p><p>(Mario Quintana. Eu passarinho. São Paulo: Ática, 2014)</p><p>Tendo em vista a tipologia textual, “Velha história” constitui um texto, sobretudo,</p><p>A informativo.</p><p>B narrativo.</p><p>C dissertativo.</p><p>D injuntivo.</p><p>E expositivo.</p><p>87</p><p>QUESTÃO 83</p><p>Ano: 2022 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Costa Marques – RO Cargo: Professor de Língua</p><p>Portuguesa</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>TEXTO II</p><p>MORRA BEM</p><p>Um dos meus textos mais conhecidos chama-se A morte devagar, que publiquei na véspera de</p><p>Finados de 2000 e que logo ganhou o mundo com o título Morre Lentamente. No início foi</p><p>equivocadamente atribuído a Pablo Neruda, por isso o espalhamento e seu sucesso. Passado tanto</p><p>tempo, já me devolveram a autoria e hoje esse texto virou canção na França e entrou no roteiro de</p><p>um filme italiano – sem falar nas traduções para o espanhol, que alguns desconfiados ainda</p><p>acreditam ser seu idioma de origem.</p><p>Na época, aproveitando a proximidade do Dia dos Mortos, escrevi puxando as orelhas (não os pés)</p><p>daqueles que morrem em vida: os que evitam o risco, a arte, a paixão, o mistério, as viagens, as</p><p>perguntas – apenas atravessam os dias respirando.</p><p>Hoje, dia de Finados, 17 anos depois, reitero: não morra lentamente. Morra rápido, de uma vez só,</p><p>sem delongas. Morra quantas vezes for necessário.</p><p>Quando fiz meu mapa astral, ouvi da astróloga: “Você tem dificuldade de lidar com ambivalências,</p><p>gosta das coisas esclarecidas, para o bem ou para o mal”. E ela concluiu: “Morrer é algo que você</p><p>faz bem. Ficar em banho-maria,</p><p>não”.</p><p>Sombrio? Soturno? Ao contrário. Entendi com clareza sobre o que ela falava. Morte é a antessala da</p><p>luz. Não a morte definitiva, que encerra o assunto, mas as diversas mortes em vida, os vários</p><p>falecimentos a que somos submetidos. É preciso morrer bem enquanto se vive.</p><p>Cada final de amor é uma pequena morte, por exemplo. Morre lentamente quem fica alimentando</p><p>fantasias de retorno, planejando vinganças, cultivando lembranças com naftalina. Sei que dói, mas</p><p>não deixe esse amor definhando na UTI, dê logo a extrema-unção, acabe com isso, morra rápido,</p><p>morra de vez, para que possa renascer ligeiro também.</p><p>Finais de carreira, finais de amizade, finais de ciclo: mortes que acontecem aos 30, aos 40 anos, em</p><p>qualquer idade. Dói, dói demais, não estou negando a dor, mas o que você prefere? As dúvidas, as</p><p>ilusões, o apego? Prefere a sobrevida a uma vida nova? Confie na experiência de quem já se</p><p>enterrou algumas vezes. Morra. Morra bem morrido, baby.</p><p>Final de juventude, final da faculdade, final de uma viagem de intercâmbio: vai ficar agindo como</p><p>se tivesse 18 anos para sempre? Mate o garoto, renasça adulto.</p><p>A morte daqueles que amamos é trágica, mas nossa própria morte, não. Ela é uma contingência de</p><p>nossa longa existência, e essa não é uma frase cínica, simplesmente é assim. Nossos sonhos</p><p>88</p><p>morrem. Nosso passado morre. Nossas crenças, nossas fases. Fazer o quê? Morra bem. Morra com</p><p>categoria. Com dignidade. O menos lentamente possível. Morra de morte bem arrematada, uma,</p><p>duas, três mil vezes, morra em definitivo sempre que for exigido, para sobrar tempo.</p><p>Tempo para a vida em frente.</p><p>(O GLOBO, Marta Medeiros)</p><p>O Texto II é classificado como uma/um:</p><p>A reportagem.</p><p>B apólogo.</p><p>C editorial.</p><p>D conto.</p><p>E crônica.</p><p>QUESTÃO 84</p><p>Ano: 2022 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Costa Marques – RO Cargo: Professor de Língua</p><p>Portuguesa</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>TEXTO I</p><p>Mestre Camisa: dedicação à capoeira</p><p>Baiano radicado no Rio, Mestre Camisa levou a capoeira a mais de 60 países</p><p>RIO - “Não tem erro. É só dirigir até Itaboraí e pegar a estrada para Cachoeiras de Macacu. Me liga</p><p>quando estiver chegando que eu espero vocês na segunda queijaria”, diz o Mestre Camisa, pelo</p><p>telefone, informando as coordenadas do sítio onde ele mora e organiza encontros nacionais e</p><p>internacionais e aulas de capoeira. O sotaque é a mistura equilibrada de um baiano radicado no Rio</p><p>que, há 16 anos, foi morar no interior do estado. Encontramos o capoeirista na RJ-116 e seguimos</p><p>sua picape numa estradinha de barro espremida entre uma encosta e um charco. Logo depois de um</p><p>enorme pé de açaí, fica a entrada do sítio, um lugar idílico, onde pavões, araras, gansos e papagaios</p><p>ficam soltos o tempo todo. Voam embora, mas voltam. Há uma capelinha de São Jorge no pé de um</p><p>pequeno morro e, espalhados num imenso gramado, amplos quiosques construídos para o treino da</p><p>arte que, como define Camisa, “engravidou na África e nasceu no Brasil”.</p><p>— Este lugar é um quilombo moderno, de resistência contra o estresse da cidade grande — explica</p><p>José Tadeu Carneiro Cardoso, de 58 anos, que batizou o local de Centro Educacional Mestre Bimba,</p><p>em homenagem ao criador da chamada capoeira regional e seu mentor na adolescência em</p><p>Salvador. — Luto para preservar a memória dele. A capoeira é patrimônio imaterial do Brasil. A</p><p>melhor forma de manter sua história é cuidar do legado dos mestres.</p><p>89</p><p>Camisa deixa seu pequeno paraíso e vem ao Rio pelo menos duas vezes por semana, para</p><p>acompanhar aulas e participar de reuniões. Está sempre confabulando algo. No momento, organiza</p><p>o recém-criado Instituto Mestre Camisa e trabalha na produção do festival que, em agosto, vai</p><p>comemorar os 25 anos da Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte-Capoeira</p><p>(Abadá-Capoeira), criada por ele. Mais de cinco mil “seguidores” estarão na Fundição Progresso, na</p><p>Lapa, para três dias de shows e atividades envolvendo as artes da capoeira (dança, luta, música,</p><p>artesanato etc.).</p><p>Vai ser uma celebração da própria vida de Camisa. Ele tinha 16 anos quando veio parar no Rio ao</p><p>final de uma turnê que costurou o país com apresentações de capoeira e música baiana. Antes de</p><p>criar seu próprio método de ensino e filosofia, o nordestino integrou o Grupo Senzala durante anos.</p><p>O primeiro aluno foi um gaúcho que tinha visto o show do “Furacões da Bahia”. Na época, Camisa</p><p>ainda morava num quartinho da academia em Laranjeiras onde dava aulas. Hoje, ele bate no peito</p><p>ao dizer que ensinou capoeira a milhares de pessoas no mundo.</p><p>O capoeirista já esteve em mais de 60 países para ministrar palestras e cursos. Este ano, foi</p><p>inaugurado o Complexo Residencial Mestre Camisa, conjunto habitacional na cidade de Romilly-</p><p>sur-Seine, na França. Por causa do seu trabalho de pesquisa e divulgação da cultura brasileira,</p><p>recebeu até título de doutor honoris causa da Universidade Federal de Uberlândia. Além disso, a</p><p>Abadá-Capoeira está envolvida em mais de 150 projetos sociais. São cerca de 15 mil pessoas</p><p>beneficiadas com aulas gratuitas. Há ainda campanhas sociais, com nomes como “Capoeirista</p><p>sangue bom”, de doação de sangue para o Hemorio, e “Meu berimbau pede paz”, contra a violência.</p><p>Mestre Camisa virou uma espécie de diplomata da cultura nacional.</p><p>— Pessoas de vários países aprendem a jogar e querem saber como surgiu nossa arte. A história da</p><p>capoeira é mais importante que o jogo. O que é mais bonito que o homem lutar pela liberdade? —</p><p>argumenta Camisa, referindo-se ao nascimento da luta, criada por escravos para se defender dos</p><p>feitores dos engenhos. — Como eu só falo português nas aulas, os gringos aprendem até o idioma.</p><p>Não tem tradução para palavras como ginga e manha.</p><p>Sob a perspectiva da divulgação da capoeira, o sociólogo e professor Muniz Sodré atribui ao baiano</p><p>lutador a sucessão do Mestre Bimba, de quem também foi pupilo.</p><p>— Camisa tem uma cabeça universitária sem nunca ter passado por faculdade. Sabe misturar a</p><p>prática do jogo com o sentido de preservar a cultura. Além disso, é um “poliartista”, que luta, canta,</p><p>compõe e toca bem o berimbau — elogia Sodré. — A capoeira faz mais pela cultura brasileira no</p><p>exterior do que adidos culturais em embaixadas.</p><p>Em suas viagens, sempre como convidado para eventos, Camisa viveu de tudo. Terremotos no</p><p>Japão a bombardeios em Israel. Durante um voo doméstico em Angola, ficou sabendo que o</p><p>aeroporto da cidade de Benguela, para onde estava indo, havia sido atacado (o país africano estava</p><p>em guerra civil). Hoje, a frequência das viagens diminuiu bastante. O mestre prefere ficar perto da</p><p>mulher e dos três filhos, com idades de 33, 23 e 13 anos, todos de casamentos diferentes.</p><p>— Eles moram no Rio, mas passam o fim de semana comigo. Chega de viajar tanto. Sem gastar um</p><p>centavo do meu bolso, percorri o mundo. Agora, deixo as pessoas virem ao meu quilombo respirar</p><p>ar puro.</p><p>(O Globo, 2013)</p><p>90</p><p>De acordo com o gênero textual, o texto I é classificado como uma/um:</p><p>A biografia.</p><p>B entrevista.</p><p>C crônica.</p><p>D apólogo.</p><p>E conto.</p><p>QUESTÃO 85</p><p>Ano: 2022 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Costa Marques – RO Cargo: Professor de Língua</p><p>Portuguesa</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>TEXTO I</p><p>A NOVA JUVENTUDE</p><p>O que não falta é frase satirizando a primeira etapa da vida. Exemplo: A juventude é um defeito</p><p>facilmente superável com a idade. Outro: A juventude é uma coisa maravilhosa, pena desperdiçá-la</p><p>em jovens. Quem ultrapassou essa fase dourada hoje olha para ela com certo desprezo – Não de</p><p>todo equivocado: a maturidade, de fato, se não é nosso período mais fértil, certamente é o mais</p><p>sabido. Algum benefício tinha que haver nessa tal passagem do tempo.</p><p>No entanto, em vez de fazer coro com a soberba habitual dos maduros, vale dar uma espiada mais</p><p>generosa para a garotada. Afora os neorretardados que proliferam nas redes esbanjando pobreza de</p><p>espírito,</p><p>a geração atual tem uma postura mais humanizada em relação a questões importantes da</p><p>vida. Vale a pena escutá-los.</p><p>O tema da homossexualidade, ainda debatido à exaustão na mídia, já saiu de pauta entre os</p><p>adolescentes. Nada mais natural do que meninos e meninas namorarem parceiros do mesmo sexo.</p><p>Ser favorável ou desfavorável à causa gay? Concordo com eles: chega a ser constrangedor a gente</p><p>se declarar a favor ou contra o que não nos diz respeito. É muita arrogância.</p><p>91</p><p>Quanto à busca por uma profissão, mudanças visíveis também. O dinheiro continua sendo uma</p><p>preocupação, mas já não ocupa o topo das paradas. O que se deseja é fazer diferença para a</p><p>sociedade, trabalhar no que se gosta, personalizar sua atuação, deixar marcada uma ideia, uma</p><p>consciência, um caminho diferente, um novo olhar. Nem que para isso se invente uma profissão que</p><p>nunca existiu, que se formalizem atividades que antes não eram consideradas. O estudar segue</p><p>fundamental, mas a sequência colégio-vestibular-faculdade vem ganhando bifurcações. Se a</p><p>felicidade não estiver na vida sólida e estável que os pais sonharam, paciência. Os sonhos dos</p><p>velhos terão que se adaptar a uma realidade menos regrada.</p><p>Sim, ainda existem os adolescentes convencionais, que sonham com casamentos convencionais e</p><p>empregos convencionais e que querem enriquecer, consumir e ser “alguém”. A diferença é que esse</p><p>“alguém” padrão, que se amparava em hierarquias para estabelecer juízos de valor, não representa o</p><p>jovem moderno que quer construir uma sociedade mais horizontalizada. A noção de riqueza está</p><p>mudando de foco: ir para o trabalho de bicicleta pode dar mais status a um profissional do que</p><p>conquistar uma vaga no estacionamento reservado aos patrões.</p><p>Outro dia falava sobre tatuagens com duas garotas e me peguei aplicando o velho discurso a</p><p>respeito do cuidado que elas deveriam ter antes de tomar decisões definitivas. Foi quando me dei</p><p>conta de que até o definitivo mudou de configuração. Elas não veneram o “pra sempre” – o que</p><p>acho ótimo, mas então por que fazer uma tatuagem? Simplesmente para homenagear uma etapa da</p><p>vida. Não haverá arrependimento se o assunto não for levado com tanto drama. Tatuagem deixou de</p><p>ser uma condecoração vitalícia. Nada mais é vitalício.</p><p>Basta que seja sustentável.</p><p>(O GLOBO, Marta Medeiros, 2013)</p><p>De acordo com o gênero textual, o texto I é classificado como uma / um:</p><p>A parábola.</p><p>B apólogo.</p><p>C crônica.</p><p>D editorial.</p><p>E conto.</p><p>92</p><p>QUESTÃO 86</p><p>Ano: 2022 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Costa Marques – RO Cargo: Microscopista</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Leia o texto a seguir para responder à questão.</p><p>TEXTO</p><p>A ARTE DE ESCUTAR BONITO</p><p>Mirian Goldenberg</p><p>Antropóloga e professora da UFRJ</p><p>Desde que a pandemia começou, tive (e continuo tendo) várias fases de depressão, pânico,</p><p>ansiedade, desespero, tristeza e desesperança. Ainda não consegui encontrar uma saída da concha</p><p>ou da caverna escura em que me escondi nos últimos dois anos.</p><p>Foram os meus amigos e os meus livros que me ajudaram a sobreviver física e emocionalmente</p><p>nos piores momentos. Decidi relembrar aqui algumas lições que aprendi em meio a essa tragédia</p><p>para ajudar quem está precisando de um colete salva vidas ou de um abraço carinhoso, como eu</p><p>ainda preciso.</p><p>Viktor Frankl me desafiou a construir uma vida com significado. Apesar das circunstâncias</p><p>dramáticas, ninguém pode destruir a liberdade que temos de escolher a melhor atitude para</p><p>enfrentar o sofrimento inevitável. Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre me mostraram que não</p><p>importa o que a vida fez de nós: o que importa é o que fazemos com o que a vida fez de nós, quais</p><p>são os nossos propósitos e projetos de vida.</p><p>Epicteto me mostrou que a nossa felicidade e liberdade começam com a compreensão de um</p><p>princípio básico: algumas coisas estão sob nosso controle e outras, não. Devemos sempre fazer o</p><p>máximo e o melhor que estiver ao nosso alcance. Cada obstáculo pode ser encarado como uma</p><p>oportunidade para descobrirmos a nossa coragem desconhecida e para encontrarmos o nosso</p><p>potencial escondido. As provações que suportamos podem revelar quais são as nossas forças e</p><p>fraquezas. […]</p><p>Clarice Lispector me mostrou que os nossos piores defeitos podem estar sustentando o edifício</p><p>inteiro. Ao aceitar as nossas limitações, em vez de lutar contra elas, a gente se torna livre. Com</p><p>Clarice, desisti de lutar contra as minhas angústias, ansiedades, inseguranças, vergonhas, culpas,</p><p>obsessões, medos e tristezas, e passei a olhar com mais carinho para a Olívia Palito que se escondia</p><p>no armário para fugir da violência, gritos e surras do pai e irmãos.</p><p>A minha história familiar me tornou a mulher que escreve compulsivamente para, como Clarice,</p><p>salvar as vidas dos meus amores e salvar a minha própria vida. Quem eu seria hoje se não tivesse</p><p>sobrevivido como uma formiguinha com medo de ser esmagada?</p><p>Rubem Alves me revelou que ostras felizes não fazem pérolas: é a ostra triste que, para se</p><p>proteger do grão de areia que machuca, produz as mais belas pérolas. Ele também me ensinou “a</p><p>arte de escutar bonito”, uma arte que só valorizamos em meio ao sofrimento, dor e angústia</p><p>existencial.</p><p>Já contei aqui que o meu maior arrependimento é não ter aprendido a "escutar bonito" meus pais</p><p>para compreender melhor a minha própria história. Tento compensar esse vazio existencial</p><p>"escutando bonito" meus amigos nonagenários. [...]</p><p>Meu melhor amigo Guedes, de 98 anos, me ensinou: “Tem que ter coragem, Mirian, coragem”.</p><p>Ele nunca me deixa desistir quando me sinto impotente, apavorada e sem força para continuar. Sem</p><p>93</p><p>ele, eu não teria conseguido enfrentar a depressão, o desespero e o pânico que senti em vários</p><p>momentos.</p><p>Todos os dias às 18h30, desde o primeiro dia da pandemia, ele telefona para mim: conversamos,</p><p>rimos, lemos, cantamos, brincamos com as palavras e aprendemos juntos a “escutar bonito”. A</p><p>nossa amizade é o mais belo presente que ganhei da vida, um tesouro que nenhum egoísta, vampiro</p><p>ou odiador de plantão conseguirá destruir.</p><p>São essas pequenas doses de amor que me dão coragem para continuar escrevendo, estudando e</p><p>escutando bonito. São essas pequenas epifanias que me socorrem nos momentos em que, como</p><p>escreveu Clarice, eu acho que tudo o que eu faço com tanta paixão “é pouco, é muito pouco”.</p><p>Adaptado https://www1.folha.uol.com.br</p><p>É correto afirmar que o texto lido pertence ao seguinte gênero:</p><p>A conto.</p><p>B crônica.</p><p>C notícia.</p><p>D reportagem.</p><p>E relatório.</p><p>QUESTÃO 87</p><p>Ano: 2022 Banca: Unilavras Órgão: Câmara de Ipuiuna – MG Cargo: Encarregado de Serviços</p><p>Gerais</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Leia o texto a seguir para responder à questão.</p><p>Eu sei, mas não devia</p><p>Marina Colasanti</p><p>Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.</p><p>A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas</p><p>ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para</p><p>fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se</p><p>acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar,</p><p>esquece a amplidão.</p><p>A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café</p><p>correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.</p><p>A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no</p><p>ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.</p><p>94</p><p>https://www1.folha.uol.com.br/</p><p>A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos</p><p>e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações</p><p>de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo</p><p>dia da guerra, dos números, da</p><p>longa duração.</p><p>A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as</p><p>pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.</p><p>A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o</p><p>dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais</p><p>do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar</p><p>mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.</p><p>A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a</p><p>televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido,</p><p>desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.</p><p>A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz</p><p>artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água</p><p>potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir</p><p>passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a</p><p>não ter sequer uma planta.</p><p>A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber,</p><p>vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a</p><p>gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha</p><p>só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de</p><p>semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica</p><p>satisfeito porque tem sempre sono atrasado.</p><p>A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar</p><p>feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma</p><p>para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.</p><p>Disponível em:</p><p><http://www.releituras.com/mcolasanti_eusei.asp>.</p><p>Acesso em 20 mar. 2020.</p><p>A partir da função social do texto em questão, pode-se considerar que este pertence ao gênero</p><p>textual</p><p>A crônica.</p><p>B conto.</p><p>C notícia.</p><p>D anedota.</p><p>95</p><p>QUESTÃO 88</p><p>Ano: 2022 Banca: SELECON Órgão: Prefeitura de Pontes e Lacerda – MT Cargo: Assistente</p><p>Administrativo</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Texto 1</p><p>Fuçando o seu armário</p><p>Roupas podem ser rastreadas. Tem certeza de que não tem dessas peças na sua gaveta?</p><p>Você sabia que a roupa que está vestindo pode ser rastreada? Calma, não é nenhum tipo de</p><p>espionagem. Muito menos teoria da conspiração. Trata-se do controle produtivo desde a</p><p>matériaprima. O acompanhamento é feito pelo Programa Algodão Brasileiro Sustentável, ABR. Esta</p><p>cadeia de moda carioca foi a primeira a se juntar ao projeto.</p><p>Esse cuidado é um dos trunfos dos empresários brasileiros para enfrentarem as desigualdades na</p><p>concorrência com os estrangeiros. Produtores agrícolas nacionais lutam com entraves e</p><p>desigualdade na competição em um mundo globalizado. Lidam com a alta carga tributária, questões</p><p>cambiais, problemas de logística, protecionismos de países concorrentes, entre outros. Mesmo</p><p>assim, o Brasil é o 4º maior produtor de algodão e o 2º exportador de fibra do mundo. A safra</p><p>nacional se enquadra em um dos fatores mais sensíveis nas sociedades contemporâneas: a</p><p>responsabilidade socioambiental.</p><p>Para fazer o dever de casa, os produtores se uniram em torno do Programa Algodão Brasileiro</p><p>Sustentável (ABR) tendo como slogan “Sou de Algodão”. É uma espécie de cartilha enquadrada</p><p>pela Agenda ESG que valida boas práticas sociais, econômicas e ambientais em todas as etapas da</p><p>cadeia produtiva. Do total produzido no Brasil, cerca de 80% saem certificadas pela ABR. “Foi um</p><p>esforço de 15 anos na busca e aplicação de melhores formas para garantir a qualidade e agregar</p><p>práticas ambientais. Estamos num mundo cada vez mais consciente, o consumidor pode conhecer</p><p>quem nós somos e como cultivamos o nosso algodão que ele veste” – justifica o presidente da</p><p>Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Júlio Busato.</p><p>O objetivo do programa é oferecer ao consumidor a transparência da cadeia fornecedora e</p><p>rastreabilidade certificada da origem da matéria-prima. O ABR é composto por 178 itens divididos</p><p>em 8 critérios e recomendações. Ele incentiva a utilização de matériaprima orgânica, o</p><p>comprometimento com as preservações dos cursos de água – nascentes, corredeiras e reservas – e</p><p>cuidados com o solo, entre outras. Para fazer parte desse grupo responsável, precisa se comprometer</p><p>também com questões sociais, como: banimento de traços na cadeia de trabalho infantil e análogo</p><p>ao escravo, além de estarem perfeitamente alinhados com as legislações nacionais e internacionais.</p><p>Os produtores começam a colher os bons frutos plantados em 2012 quando foi criado um protocolo</p><p>único de certificação para as fazendas. Segundo levantamento da Associação Brasileira de</p><p>Produtores de Algodão (Abrapa), 40 delas já foram certificadas: 32 na Bahia e oito em Goiás. São</p><p>as primeiras propriedades que receberam a chancela na safra 2021/22. “É uma jornada longa</p><p>conseguir levar essa certificação até a palma da mão do consumidor, que está mais exigente. Com o</p><p>programa SouABR, entregamos o que ele pede: responsabilidade socioambiental e rastreabilidade”,</p><p>explica Busato.</p><p>96</p><p>[Adaptado]</p><p>Luiz André Ferreira</p><p>O Dia, 04 de junho de 2022.</p><p>Disponível em https://odia.ig.com.br/colunas/luiz-andre</p><p>ferreira/2022/06/6416023-fucando-o-seu-armario.html</p><p>“É uma espécie de cartilha enquadrada pela Agenda ESG que valida boas práticas sociais,</p><p>econômicas e ambientais em todas as etapas da cadeia produtiva” (3º parágrafo).</p><p>Esse trecho pode ser caracterizado como:</p><p>A descritivo</p><p>B narrativo</p><p>C expositivo</p><p>D argumentativo</p><p>QUESTÃO 89</p><p>Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: APEX Brasil Cargo: Administração de Pessoal</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Texto CB1A1-II</p><p>A Amazônia vive uma situação de distorção e desequilíbrio em relação ao restante do Brasil. Por</p><p>meio de suas usinas hidrelétricas, a região gera a importante fatia de 26% da energia elétrica</p><p>consumida em todo o território nacional, mas, na Amazônia Legal, há 1 milhão de pessoas que não</p><p>podem contar com luz — o fornecimento de energia ocorre em apenas algumas horas do dia, por</p><p>meio de geradores. Outros 3 milhões de habitantes da região estão fora do Sistema Interligado</p><p>Nacional (SIN), que coordena e controla a produção e transmissão de energia elétrica e conecta</p><p>usinas e consumidores. O fornecimento de energia a essa população é feito por usinas termelétricas</p><p>a óleo diesel.</p><p>Amanda Schutze, coordenadora de avaliação de política pública da Climate Policy Initiative,</p><p>organização focada em políticas ambientais e mudança climática, considera o SIN “magnífico”</p><p>porque garante luz para o consumidor final ao gerenciar o transporte de eletricidade de um ponto</p><p>com condições de ceder energia a outro que, por exemplo, enfrente problemas de racionamento em</p><p>decorrência de períodos de seca.</p><p>97</p><p>Ao mesmo tempo, o sistema apresenta, na Amazônia Legal, uma grave distorção, visto que</p><p>populações que vivem próximo de usinas hidrelétricas da região “não estão usufruindo dessa</p><p>geração de energia, mas pessoas, como nós, no Sudeste, sim. Esta é uma caracterização de dois</p><p>diferentes Brasis”, afirma a coordenadora.</p><p>O Projeto de Lei n.º 4.248/2020 estabelece o prazo de até o ano de 2025 para a universalização</p><p>da energia elétrica nas regiões remotas da Amazônia. O texto do projeto, que está na Comissão de</p><p>Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia, recebeu parecer favorável do relator</p><p>da comissão. Ainda não foi feita a votação.</p><p>Internet:<www.bbc.com> (com adaptações).</p><p>Assinale a opção correta, referente ao texto CB1A1-II.</p><p>A O texto consiste na narração de um conjunto de situações cotidianas que comprovam o</p><p>desequilíbrio social histórico existente entre as regiões brasileiras.</p><p>B No texto, caracterizado como crônica literária, percebe-se uma crítica ao modelo de distribuição</p><p>de energia elétrica no Brasil.</p><p>C O texto é predominantemente descritivo, o que se comprova pelos dados numéricos relativos à</p><p>geração de energia elétrica e ao número de habitantes na Amazônia Legal.</p><p>D No texto, que se caracteriza como dissertativo, é mencionada a importância do SIN para a</p><p>garantia de energia elétrica ao consumidor final.</p><p>QUESTÃO 90</p><p>Ano: 2022 Banca: Unilavras Órgão: Câmara de Ipuiuna – MG Cargo: Secretário Legislativo</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Pandemia nos faz questionar noção de individualidade</p><p>Verlaine Freitas*</p><p>“Quem sou eu em meio ao oceano de pessoas do país e do mundo?” “O que representam bilhões</p><p>de pessoas do planeta para mim, um mero indivíduo?”</p><p>Essas perguntas, que nos rondam ocasionalmente como meras fantasias existenciais – sem</p><p>respostas e sem desdobramentos práticos, meros índices das incertezas quanto ao sentido da</p><p>existência individual e coletiva em um mundo cada vez mais individualista, repentinamente</p><p>ganharam uma concretude avassaladora.</p><p>A pandemia de COVID-19 nos mostra a densidade urgente, visceral e corpórea do tecido</p><p>societário, expondo à luz do dia como falácias inadmissíveis os discursos baseados no mero esforço</p><p>próprio, nas opções individuais, no interesse centrado na maximização do lucro em detrimento do</p><p>bem-estar coletivo.</p><p>[...]</p><p>98</p><p>Vivemos atualmente um chamamento à concretude radical da negatividade do mundo, muito além</p><p>da experimentada nas figuras dos vilões nos filmes, nas derrotas esportivas e nas notícias de guerras</p><p>do outro lado do mundo.</p><p>Ela deverá forjar uma nova consciência do significado dessa vida “em piloto automático”, com</p><p>este vaivém constante, seguindo o eterno princípio da maior vantagem para si. Tal como toda</p><p>interrupção do trânsito com objetos de desejo constrange a uma posição crítica sobre o significado</p><p>deste vínculo, agora também seremos levados a nos perguntar sobre esta colonização expansiva do</p><p>mundo, cuja marcha inexorável levou a natureza a nos questionar: “Quais seus limites? Qual a</p><p>racionalidade social disso tudo? Quais os custos ambientais e de vidas humanas vocês estão</p><p>dispostos a pagar para manter a ilusão de um individualismo exacerbado?”.</p><p>Naturalmente, o aprendizado dessa experiência negativa será muito diverso, pois alguns grupos</p><p>sociais lucram com esta crise, outros aferram-se a leituras religiosas fundamentalistas baseando-se</p><p>no conceito de castigo divino, e alguns tenderão a se fechar mais ainda em seu mundo, isolando-se</p><p>de toda e qualquer responsabilização social.</p><p>Espero, porém, que a maior parte da sociedade tenha uma visão crítica progressista, cobrando de</p><p>si e dos outros um comprometimento maior com o bem estar social, percebendo o quanto a vida em</p><p>sociedade significa, por si, uma dimensão inexpugnável e inelidível da vida individual no sentido</p><p>mais próprio do termo.</p><p>O isolamento social a que hoje nos vemos forçados pode ser lido como uma metáfora do quanto a</p><p>negligência para com os serviços públicos de saúde significa o desprezo para com a vida de cada</p><p>uma e cada um de nós em termos singulares.</p><p>Os filósofos da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer, haviam concebido a</p><p>destruição avassaladora da Segunda Guerra Mundial como um retorno violento da natureza</p><p>recalcada, reprimida e mutilada. Tal como, segundo a psicanálise, desejos recalcados retornam sob a</p><p>forma de sofrimento neurótico, todo o complexo natural pareceu retornar, furioso, nas centenas de</p><p>bombas despejados sobre as metrópoles.</p><p>Agora vemos, mais uma vez, porém de forma menos metafórica, a natureza cobrando um alto</p><p>preço pelo esquecimento de que somos seres vivos, aliás muito frágeis, muito mais fracos que</p><p>outros, invisíveis aos nossos olhos, mas muito mais poderosos que nós humanos, demasiadamente</p><p>humanos.</p><p>*Verlaine Freitas é professor da UFMG e pesquisador do CNPq</p><p>Disponível em:<https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/</p><p>03/28/interna_cultura,1133266/pandemia-nos-faz-questionar-nocao-de-individualidade-diz-filosofo-</p><p>da.shtml> . Acesso em 28 mar. 2020.</p><p>Em relação ao texto, é correto afirmar que nele predomina o tipo textual</p><p>A argumentativo.</p><p>B narrativo.</p><p>C descritivo.</p><p>D injuntivo.</p><p>99</p><p>QUESTÃO 91</p><p>Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CRQ – 17ª Região (AL) Cargo: Assistente Administrativo</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Texto para o item.</p><p>Jerry Borges e Denise Hipólito. Uma descoberta que mudou o mundo.</p><p>In: Ciência Hoje. Internet: <https://cienciahoje.org.br> (com adaptações).</p><p>Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item.</p><p>Quanto ao tipo textual, o texto é, predominantemente, argumentativo, na medida em que busca</p><p>convencer o leitor — interpelado diretamente pelo uso do pronome “você” (linha 1) — da</p><p>importância da descoberta de Haber-Bosch para o mundo.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>100</p><p>QUESTÃO 92</p><p>Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CRP 9ª Região (GO e TO) Cargo: Analista Administrativo</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Cecília Meireles. O fim do mundo. In: Quatro Vozes, Rio de Janeiro, 1998, p. 73 (com adaptações).</p><p>Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.</p><p>O texto é uma crônica e, por esse motivo, nele predomina a narração.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>101</p><p>QUESTÃO 93</p><p>Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEE-PE Cargo: Professor – Artes</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Texto CG1A1-II</p><p>Muito se tem pesquisado sobre os impactos positivos da educação, que valeram inclusive um</p><p>prêmio Nobel de economia a James Heckman, em 2000, por ele ter evidenciado, em um estudo</p><p>longitudinal, as inegáveis vantagens de pré-escolas de qualidade para a obtenção futura de emprego</p><p>e salários e para a redução de encarceramento.</p><p>Mas uma nova pesquisa, feita aqui no Brasil, sobre uma política pública de visível efeito na</p><p>aprendizagem, o ensino médio integral, um programa realizado por Pernambuco ao longo de 16</p><p>anos, trouxe evidências que também transcendem a educação.</p><p>O estudo, feito por pesquisadores da USP e do INSPER, mostrou que, com o aumento da carga</p><p>horária e um currículo que incorpora ideias de Antonio Carlos Gomes da Costa, que concebeu a</p><p>proposta para a escola piloto, o Ginásio Pernambucano, no qual há tempo para se trabalhar o projeto</p><p>de vida do aluno e o protagonismo juvenil, reduz-se em 50% a taxa de homicídio de homens jovens.</p><p>Não se trata do primeiro estudo sobre os efeitos da escola em tempo integral. Outros analisaram</p><p>salários dos formados e empregabilidade de mulheres, mas a melhora nos índices de criminalidade</p><p>foi capturada apenas nessa interessante pesquisa.</p><p>Visitei muitas escolas de ensino médio em Pernambuco, em áreas de grande vulnerabilidade. O</p><p>resultado de uma política que se construiu ao longo de anos, tendo passado por diferentes governos</p><p>e se fortalecido, é visível não só pelas melhores condições de trabalho dos professores, com</p><p>dedicação exclusiva a uma única escola, como também pelo clima escolar. Não é por acaso que</p><p>tantos estados, com governadores de partidos diferentes, têm-se inspirado no exemplo</p><p>pernambucano, como Paraíba, Ceará, Maranhão e Goiás.</p><p>O país pode aprender com nações com bons sistemas educacionais, nenhum deles com quatro</p><p>horas de aula por dia, e, ainda, com o que dá certo por aqui.</p><p>Claudia Costin. Os impactos da educação em tempo integral.</p><p>Internet:<www1.folha.uol.com.br> (com adaptações).</p><p>Considerando os sentidos</p><p>e as propriedades linguísticas do texto CG1A1-II, julgue o item que se</p><p>segue.</p><p>O texto é constituído de elementos referenciais que o caracterizam como predominantemente</p><p>informativo, não se observando, por exemplo, a presença de trechos opinativos ou argumentativos.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>102</p><p>QUESTÃO 94</p><p>Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CRBM 3º Região Cargo: Fiscal Biomédico</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>103</p><p>De acordo com as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto, julgue o item.</p><p>O último parágrafo não é estritamente informativo, uma vez que apresenta a opinião do autor do</p><p>texto.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>QUESTÃO 95</p><p>Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CRBM 3º Região Cargo: Assistente / Auxiliar Administrativo</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto, julgue o item.</p><p>104</p><p>O emprego da forma pronominal “você”, no primeiro e no segundo parágrafos, constitui uma</p><p>estratégia de diálogo com o leitor do texto; por essa razão, quanto à tipologia textual, o texto é</p><p>predominantemente injuntivo.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>105</p><p>QUESTÃO 96</p><p>Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CREMERN Cargo: Agente Fiscal</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Texto para o item.</p><p>Marta Rebón. O que nossas metáforas dizem de nós. In: El País, 2018.</p><p>Internet: <https://brasil.elpais.com> (com adaptações).</p><p>106</p><p>Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item.</p><p>Quanto ao tipo textual, o texto é predominantemente argumentativo, na medida em que a autora</p><p>busca convencer o leitor a respeito dos cuidados que se deve tomar ao utilizar metáforas em certos</p><p>ambientes.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>QUESTÃO 97</p><p>Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: BANRISUL Cargo: Analista de Segurança da</p><p>Tecnologia da Informação</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Faz parte da natureza humana a incansável busca por relacionamentos ideais. Em se tratando de</p><p>carreira ou de relações românticas, a tendência é sempre a mesma: apego à falível ideia de que há</p><p>alguém ou algo perfeito — seja qual for o objeto de desejo. Perfeição significa ausência de falhas</p><p>ou defeitos em relação a um padrão ideal, no entanto isso não existe, pois ninguém nem lugar</p><p>nenhum são infalíveis. A perfeição é irreal e inalcançável. O componente das organizações são as</p><p>pessoas, que trazem em suas bagagens as falhas. Portanto, não haveria a possibilidade de existir</p><p>uma empresa perfeita.</p><p>Embora algumas companhias já comecem a expor suas imperfeições um pouco mais nas redes</p><p>sociais, reconhecendo seus erros, e estimulem seus líderes a demonstrar vulnerabilidade, ainda há o</p><p>discurso estereotipado de que aquele trabalho é o melhor do mundo ou de que aquela empresa é a</p><p>melhor de todas. Apesar de ser louvável a busca por construir um excelente ambiente de trabalho,</p><p>disseminar a ilusão de perfeição pode ser altamente prejudicial para as empresas e para seus</p><p>funcionários, que podem acabar frustrados diante da realidade, muitas vezes mais dura do que o</p><p>ideal prometido.</p><p>Internet: <https://vocerh.abril.com.br> (com adaptações).</p><p>No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.</p><p>No texto, que é essencialmente argumentativo, a afirmação “A perfeição é irreal e inalcançável”</p><p>(primeiro parágrafo) representa o ponto de vista da pessoa que escreveu o texto.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>107</p><p>QUESTÃO 98</p><p>Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CREMEGO Cargo: Agente Fiscal</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Texto para o item.</p><p>Em relação à tipologia do texto e às ideias nele expressas, julgue o item.</p><p>No texto, que se caracteriza como dissertativo-informativo, o assunto principal é delimitado no</p><p>primeiro parágrafo.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>108</p><p>QUESTÃO 99</p><p>Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CREMEGO Cargo: Médico Fiscal</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Texto para o item.</p><p>Internet: <www.correiobraziliense.com.br> (com adaptações).</p><p>A respeito do texto e das ideias nele expressas, julgue o item.</p><p>O texto, caracterizado como dissertativo-argumentativo, tem como objetivo principal a defesa da</p><p>vacinação em massa da população contra a covid-19, incluindo-se os pacientes em tratamento</p><p>contra o câncer.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>109</p><p>QUESTÃO 100</p><p>Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CFFA Cargo: Analista Administrativo</p><p>Disciplina: Português Assunto: Reconhecimento de tipos e gêneros textuais</p><p>Texto para o item.</p><p>Internet: <www.isaude.com.br> (com adaptações).</p><p>Em relação à tipologia do texto, às ideias nele expressas e à adequação da linguagem à</p><p>correspondência oficial, julgue o item.</p><p>O texto, que se caracteriza como dissertativo-informativo, trata da afasia, que consiste em uma</p><p>alteração na função comunicativa, sendo uma das possíveis consequências de um acidente vascular</p><p>cerebral.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>110</p><p>GABARITO PORTUGUÊS COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO</p><p>1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20</p><p>E A D B D B A C A E C B C D C D C A A C</p><p>21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40</p><p>E A C A E E D B C D E E C C E C C E E E</p><p>41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60</p><p>E E C E C C C D C A D A E B C A B E D B</p><p>61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80</p><p>D B A D C E D A A A D A E D A A C B E E</p><p>81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100</p><p>E B E B C B A A D A E C E C E E C C E C</p><p>111</p><p>1 – Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados</p><p>1.1 Compreensão e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários)</p><p>2 – Reconhecimento de tipos e gêneros textuais (Tipologia textual e gêneros textuais);</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.</p><p>2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais (Tipologia textual e gêneros textuais);</p><p>na defesa de uma ideia por meio de argumentos,</p><p>opinião e explicações fundamentadas. Este tipo de texto tem como objetivo central a formação de</p><p>opinião do leitor.</p><p>Dissertativo argumentativo: Seu objetivo é defender um ponto de vista através da argumentação.</p><p>Você introduz o assunto ou tema, desenvolve com seus motivos e depois conclui fechando a</p><p>argumentação.</p><p>Ex.: Editorial, artigo de opinião, resenha crítica, manifesto e sermões</p><p>Gêneros textuais dissertativos</p><p>Publicidade: O texto publicitário é um gênero textual cuja finalidade é promover um produto ou</p><p>uma ideia e estimular o interlocutor a consumi-lo de alguma forma, seja comercialmente, seja pelo</p><p>engajamento ou pela mudança de comportamento. Tem interesse comercial. Seu objetivo é divulgar</p><p>um produto para vendê-lo despertando o desejo de compra;</p><p>Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há o intuito de propagar</p><p>informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das</p><p>vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo. Seu objetivo é propagar</p><p>uma ideia para influenciar atitudes através da persuasão e sensibilização; A propaganda, pode ser</p><p>11</p><p>usado para vendas, mas seu uso é mais amplo e profundo, por isso, é muito usado em campanhas de</p><p>orientação pública, campanhas políticas ou ONGs</p><p>Reportagem: É um texto informativo onde se expõe os fatos. Ela é uma dissertação expositiva.</p><p>Diferença entre notícia e reportagem: Apesar dos dois serem textos jornalísticos, a notícia é um</p><p>texto informativo e impessoal, na qual não emite opinião e o autor não assina o texto e sim, só</p><p>apresenta seu nome;</p><p>Já a reportagem é pessoal onde o repórter assina seu nome e normalmente emite uma opinião.</p><p>Resumo: Conta a essência de um texto, o que se julga mais importantes.</p><p>Resenha crítica: É também um resumo, só que tem também o ponto de vista do autor, ou seja, sua</p><p>opinião sobre o assunto. Ela é uma dissertação argumentativa.</p><p>A principal característica deste gênero é o uso do tom crítico, ou seja, a capacidade de interpretar os</p><p>pontos mais importantes de um texto (ou obra) e opinar a respeito, tendo como base textos e</p><p>informações de outras fontes que possam complementar o argumento apresentado</p><p>Editorial: É um texto dissertativo argumentativo em que expressa a opinião do editor através de</p><p>argumentos e fatos sobre um assunto que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é</p><p>convencer o leitor a concordar com ele.</p><p>Normalmente o editorial reflete não só a opinião e princípios do editor, mas também da empresa</p><p>que ele trabalha.</p><p>Entrevista: Ele é um texto expositivo e é marcado pela conversa de um entrevistador e um</p><p>entrevistado para a obtenção de informações. Ela também tem como principal característica</p><p>transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre algum assunto de interesse. Algumas revistas têm</p><p>uma seção dedicada a esse gênero.</p><p>A entrevista trata-se de interação entre interlocutores com o objetivo de relatar experiências,</p><p>conhecimentos e opiniões acerca de um determinado assunto de acordo com os questionamentos</p><p>apresentados.(caiu em concurso – Ano: 2022 Banca: FEPESE Órgão: IGP-SC);</p><p>Tipo de texto explicativo</p><p>O texto Indica como realizar uma ação. Ele é claro e objetivo. Ele expressa uma ordem, por isso,</p><p>utiliza-se o verbo no modo imperativo.</p><p>Os textos explicativos podem ser injuntivos ou prescritivos. Os textos explicativos injuntivos</p><p>possibilitam alguma liberdade de atuação ao leitor, enquanto os textos explicativos prescritivos</p><p>exigem que o leitor proceda de uma determinada forma.</p><p>Injuntivo: Tem o objetivo de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa liberdade</p><p>para quem recebe a informação.</p><p>12</p><p>Na tipologia textual, é também chamado de texto instrucional.</p><p>Ele indica ordem, persuasão, orientação.</p><p>Ex.: Bula de remédios, receitas de bolo e manuais de instrução</p><p>Prescritivo: Como o injuntivo, seu objetivo é instruir guiando a pessoa como deva proceder. Mas</p><p>ele não dá nenhuma liberdade de ação à pessoa que recebe a informação, ela obriga, ou seja, ordena</p><p>que deve ser cumprida a risca a determinação.</p><p>Ex.: Leis e editais de concursos</p><p>Gênero textuais injuntivo:</p><p>Receitas, regulamentos, manuais e bilhete.</p><p>Receita: É um texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo de informar, aconselhar, ou</p><p>seja, recomendam dando uma certa liberdade para quem recebe a informação.</p><p>Coloquei abaixo um texto bem interessante que caiu em concurso que fala sobre a</p><p>diferenciação de notícia e artigo de opinião:</p><p>Saber interpretar um texto, a partir do contexto de produção em que ele está inserido, é fundamental</p><p>para a experiência cotidiana do leitor. A interpretação permite que saibamos diferenciar o conteúdo</p><p>de uma notícia de jornal do de um artigo de opinião. Eles são gêneros textuais que nos propiciam a</p><p>ter posturas diferentes quanto a suas leituras. Nesse ínterim, em teoria, no gênero textual notícia,</p><p>não procuramos ler nas entrelinhas, pois as informações são factuais, não há linguagem subjetiva,</p><p>não há duplo sentido. Já no gênero textual artigo de opinião é necessário saber ler nas entrelinhas,</p><p>entender a linguagem subjetiva, entre outras estratégias de leitura que exigem posicionamento ativo</p><p>na interpretação do que está escrito. Não podemos admitir que o teor de textos desse gênero seja</p><p>formado de verdades absolutas. Devemos estar atentos para o contexto em que o artigo de opinião</p><p>foi produzido, a fonte, as imagens (se houver), o autor e a data de publicação são, inicialmente,</p><p>dados importantes para começarmos a leitura consciente de um artigo de opinião. (Texto</p><p>desenvolvido especificamente para esta prova) (Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: MS Cargo:</p><p>Tutor Médico);</p><p>13</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.</p><p>Texto CG1A1-I É necessário para a resolução das questões 1, 2 e 3</p><p>Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter sempre</p><p>presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro. Ter em mente</p><p>esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à esperança, ao futuro; é saber que</p><p>nossos atos de ontem podem ter consequências em dez anos e que, por isso, pode ser necessário</p><p>justificá-los; daí a necessidade da memória, para realizar essa união de passado, presente e futuro.</p><p>Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com frequência, a mãe</p><p>da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa tradição para inventar um</p><p>novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem valor e que somente o passado deve</p><p>nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem faltam duas dimensões e com a qual não se</p><p>pode contar. Quem acha que é preciso viver o agora com todo o ímpeto e que não devemos nos</p><p>preocupar com o amanhã nem com o ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado</p><p>dos minutos vindouros ou dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta.</p><p>Quem se desvia do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e</p><p>desejado, também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para</p><p>realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o presente, o</p><p>passado e o futuro.</p><p>Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações).</p><p>QUESTÃO 1</p><p>Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SERES-PE Cargo: Policial Penal do Estado</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>De acordo com os sentidos do texto CG1A1-I, pessoas que</p><p>A desvalorizam o passado são incultas.</p><p>B valorizam apenas o passado são inconsequentes.</p><p>C valorizam apenas o futuro são inovadoras.</p><p>D desvalorizam o presente são desprezíveis.</p><p>E valorizam apenas o presente são egoístas.</p><p>14</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SERES-PE Cargo: Policial Penal do Estado</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação</p><p>de textos</p><p>No segundo parágrafo do texto CG1A1-I, o quarto, o quinto e o sexto períodos descrevem</p><p>A três tipos distintos de personalidade, respectivamente.</p><p>B a pessoa que leva em conta, simultaneamente, os três elementos do tempo.</p><p>C as características indispensáveis a quem deseje inventar um novo modo de vida.</p><p>D os atributos essenciais de quem preserva a memória e a tradição.</p><p>E uma mesma pessoa, cujo anonimato é marcado pelo emprego do pronome “Quem”.</p><p>QUESTÃO 3</p><p>Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SERES-PE Cargo: Policial Penal do Estado</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Com base nas ideias do texto CG1A1-I, julgue os itens a seguir.</p><p>I Segundo o autor do texto, a memória é necessária por preservar a tradição.</p><p>II Infere-se da leitura do texto que, na perspectiva do autor, atentar para as três dimensões do tempo</p><p>é uma questão de compromisso ético.</p><p>III De acordo com o texto, a articulação das três dimensões do tempo envolve uma preocupação</p><p>com um futuro melhor, em âmbito individual e coletivo.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>A Apenas o item I está certo.</p><p>B Apenas o item II está certo.</p><p>C Apenas os itens I e III estão certos.</p><p>D Apenas os itens II e III estão certos.</p><p>E Todos os itens estão certos.</p><p>15</p><p>QUESTÃO 4</p><p>Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: SSP-AM Cargo: Técnico de Nível Superior</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Observe as quatro frases a seguir, todas elas redigidas por um mesmo indivíduo:</p><p>1. Não se pode esperar que esse filme venha a ter o sucesso que ele merece.</p><p>2. Nós apreciamos os esforços da prefeitura da cidade para aumentar os espaços verdes.</p><p>3. De acordo com os peritos, as causas do acidente seriam de origem criminosa.</p><p>4. Nós poderíamos imaginar que os progressos científicos garantiriam num futuro próximo a</p><p>felicidade da humanidade?</p><p>Todos esses textos manifestam opiniões; a afirmação correta sobre eles é:</p><p>A as frases 2 e 3 manifestam opiniões pessoais.</p><p>B a frase 2 mostra uma opinião pessoal, dando-lhe um aspecto geral.</p><p>C todas as frases partem de opiniões alheias, retomadas como se fossem próprias.</p><p>D as frases 3 e 4 apresentam uma opinião e, em seguida, a comentam.</p><p>E a frase 1 confronta opiniões diversas.</p><p>QUESTÃO 5</p><p>Ano: 2022 Banca: UniRV – GO Órgão: Prefeitura de Rio Verde – GO Cargo: Técnico em Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>TEXTO 1</p><p>Estava conversando com uma amiga, dia desses. Ela comentava sobre uma terceira pessoa, que</p><p>eu não conhecia. Descreveu-a como sendo boa gente, esforçada, ótimo caráter. “Só tem um</p><p>probleminha: não é habitada.” Rimos. É uma expressão coloquial na França – habité – mas nunca</p><p>tinha escutado por estas paragens e com este sentido. Lembrei-me de uma outra amiga que, de</p><p>forma parecida, também costuma dizer “aquela ali tem gente em casa” quando se refere a pessoas</p><p>que fazem diferença.</p><p>Uma pessoa habitada é uma pessoa possuída, não necessariamente pelo demo, ainda que</p><p>satanás esteja longe de ser má referência. Clarice Lispector certa vez escreveu uma carta a Fernando</p><p>16</p><p>Sabino dizendo que faltava demônio em Berna, onde morava na ocasião. A Suíça, de fato, é um país</p><p>de contos de fada onde tudo funciona, onde todos são belos, onde a vida parece uma pintura, um</p><p>rótulo de chocolate. Mas falta uma ebulição que a salve do marasmo. Retornando ao assunto:</p><p>pessoas habitadas são aquelas possuídas por si mesmas, em diversas versões. Os habitados estão</p><p>preenchidos de indagações, angústias, incertezas, mas não são menos felizes por causa disso. Não</p><p>transformam suas “inadequações” em doença, mas em força e curiosidade. Não recuam diante de</p><p>encruzilhadas, não se amedrontam com transgressões, não adotam as opiniões dos outros para</p><p>facilitar o diálogo. São pessoas que surpreendem com um gesto ou uma fala fora do script, sem</p><p>nenhuma disposição para serem bonecos de ventríloquos. Ao contrário, encantam pela verdade</p><p>pessoal que defendem. Além disso, mantêm com a solidão uma relação mais do que cordial.</p><p>(Pessoas habitadas – Martha Medeiros).</p><p>Sobre o texto 1, marque a alternativa incorreta:</p><p>A O texto apresenta um trecho descritivo em que a autora mostra sua ideia ou definição do que</p><p>sejam as “pessoas habitadas”.</p><p>B O trecho “Descreveu-a como sendo boa gente, esforçada, ótimo caráter. ‘Só tem um probleminha:</p><p>não é habitada’” apresenta uma descrição com um toque de ironia ao fazer uso do termo</p><p>“probleminha”.</p><p>C O trecho “aquela ali tem gente em casa” está entre aspas para indicar fala de um outro</p><p>personagem que não o narrador.</p><p>D A autora vê uma correspondência entre as características do demônio e das pessoas chamadas</p><p>“habitadas”, uma vez que elas frequentemente criam problemas e conflitos.</p><p>QUESTÃO 6</p><p>Ano: 2022 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Cargo: Oficial de Promotoria</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Leia o fragmento da peça “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, para responder à</p><p>questão.</p><p>CHICÓ: – Mas padre, não vejo nada de mal em se benzer o bicho.</p><p>JOÃO GRILO: – No dia em que chegou o motor novo do major Antônio Morais o senhor não</p><p>benzeu?</p><p>PADRE: – Motor é diferente, é uma coisa que todo mundo benze. Cachorro é que eu nunca ouvi</p><p>falar.</p><p>CHICÓ: – Eu acho cachorro uma coisa muito melhor do que motor.</p><p>PADRE: – É, mas quem vai ficar engraçado sou eu, benzendo o cachorro. Benzer motor é fácil,</p><p>todo mundo faz isso, mas benzer cachorro?</p><p>17</p><p>JOÃO GRILO: – É, Chicó, o padre tem razão. Quem vai ficar engraçado é ele e uma coisa é benzer</p><p>motor do major Antônio Morais e outra benzer o cachorro do major Antônio Morais.</p><p>PADRE: – (mão em concha no ouvido) Como?</p><p>JOÃO GRILO: – Eu disse que uma coisa era o motor e outra o cachorro do major Antônio Morais.</p><p>PADRE: – E o dono do cachorro de quem vocês estão falando é Antônio Morais? JOÃO</p><p>GRILO: – É. Eu não queria vir, com medo de que o senhor se zangasse, mas o major é rico e</p><p>poderoso e eu trabalho na mina dele. Com medo de perder meu emprego, fui forçado a obedecer,</p><p>mas disse a Chicó: o padre vai se zangar.</p><p>PADRE: – (desfazendo-se em sorrisos) Zangar nada, João! Quem é um ministro de Deus para ter</p><p>direitos de se zangar? Falei por falar, mas também vocês não tinham dito de quem era o cachorro!</p><p>JOÃO GRILO: – (cortante) Quer dizer que benze, não é?</p><p>PADRE: – (a Chicó) Você o que é que acha?</p><p>CHICÓ: – Eu não acho nada de mais.</p><p>PADRE: – Nem eu. Não vejo mal nenhum em se abençoar as criaturas de Deus.</p><p>(SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 39ª ed. Editora Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 2011. Ebook Kindle).</p><p>Interprete o texto e assinale a alternativa correta:</p><p>A Ao dizer “não vejo mal nenhum em se abençoar as criaturas de Deus”, o padre refuta sua</p><p>submissão ao major Antônio Morais e ao poder político e social.</p><p>B Para tentar convencer o padre a benzer o cachorro João Grilo faz uso de uma relação de</p><p>equivalência como contraponto.</p><p>C Infere-se do texto que a postura inicial do padre em recusar benzer o cachorro e em admitir</p><p>benzer o motor se deve ao fato de que “benzer motor é fácil”, cachorro não.</p><p>D João Grilo e Chicó convenceram o padre a benzer o cachorro ao demonstrarem que benzer motor</p><p>é menos importante do que se abençoar uma criatura de Deus.</p><p>18</p><p>INSTRUÇÃO: Leia a crônica a seguir para responder às questões 7, 8, 9 e 10</p><p>TEXTO 01</p><p>Fonte: LISPECTOR, Clarice. As três experiências. In: LISPECTOR, Clarice. Todas as crônicas. São</p><p>Paulo: Editora Rocco, 2018.</p><p>QUESTÃO 7</p><p>Ano: 2022 Banca: COTEC Órgão: IPREB-MG Cargo: Contador</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>O título do texto é adequado porque</p><p>A sintetiza as três grandes temáticas abordadas nele.</p><p>B anuncia já a grande escritora que a autora seria.</p><p>C cria no leitor uma certa expectativa e suspense.</p><p>D antecipa equivocadamente a convicção de que o texto é poético.</p><p>E descreve a espera do leitor para ler as três experiências enunciadas.</p><p>19</p><p>QUESTÃO 8</p><p>Ano: 2022 Banca: COTEC Órgão: IPREB-MG</p><p>Cargo: Contador</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>No enunciado “[…] nós os criamos para eles mesmos” (linhas 17-18), o termo destacado retoma</p><p>A gentes.</p><p>B voos.</p><p>C filhos.</p><p>D mulheres.</p><p>E nomes.</p><p>QUESTÃO 9</p><p>Ano: 2022 Banca: COTEC Órgão: IPREB-MG Cargo: Contador</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>A progressão desse texto ocorre quando a autora</p><p>A retoma e desenvolve as três ações que aponta no início do texto.</p><p>B discorre a respeito da estreia de cada livro seu.</p><p>C constata que levou a vida inteira para aprender a escrever.</p><p>D relata as angústias do nascimento dos seus filhos.</p><p>E desenvolve até o final do texto a sua vocação para o amor.</p><p>QUESTÃO 10</p><p>Ano: 2022 Banca: COTEC Órgão: IPREB-MG Cargo: Contador</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Para a autora,</p><p>A é fundamental sentir-se amada.</p><p>B é necessário amar a família.</p><p>C é uma inutilidade amar a profissão escolhida.</p><p>D é o amor incapaz de salvar a humanidade.</p><p>E é melhor amar que ser amada.</p><p>20</p><p>QUESTÃO 11</p><p>Ano: 2022 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Cargo: Oficial de Promotoria</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Leia o fragmento da peça “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, para responder à questão.</p><p>CHICÓ: – Mas padre, não vejo nada de mal em se benzer o bicho.</p><p>JOÃO GRILO: – No dia em que chegou o motor novo do major Antônio Morais o senhor não</p><p>benzeu?</p><p>PADRE: – Motor é diferente, é uma coisa que todo mundo benze. Cachorro é que eu nunca ouvi</p><p>falar.</p><p>CHICÓ: – Eu acho cachorro uma coisa muito melhor do que motor.</p><p>PADRE: – É, mas quem vai ficar engraçado sou eu, benzendo o cachorro. Benzer motor é fácil,</p><p>todo mundo faz isso, mas benzer cachorro?</p><p>JOÃO GRILO: – É, Chicó, o padre tem razão. Quem vai ficar engraçado é ele e uma coisa é benzer</p><p>motor do major Antônio Morais e outra benzer o cachorro do major Antônio Morais.</p><p>PADRE: – (mão em concha no ouvido) Como?</p><p>JOÃO GRILO: – Eu disse que uma coisa era o motor e outra o cachorro do major Antônio Morais.</p><p>PADRE: – E o dono do cachorro de quem vocês estão falando é Antônio Morais? JOÃO</p><p>GRILO: – É. Eu não queria vir, com medo de que o senhor se zangasse, mas o major é rico e</p><p>poderoso e eu trabalho na mina dele. Com medo de perder meu emprego, fui forçado a obedecer,</p><p>mas disse a Chicó: o padre vai se zangar.</p><p>PADRE: – (desfazendo-se em sorrisos) Zangar nada, João! Quem é um ministro de Deus para ter</p><p>direitos de se zangar? Falei por falar, mas também vocês não tinham dito de quem era o cachorro!</p><p>JOÃO GRILO: – (cortante) Quer dizer que benze, não é?</p><p>PADRE: – (a Chicó) Você o que é que acha?</p><p>CHICÓ: – Eu não acho nada de mais.</p><p>PADRE: – Nem eu. Não vejo mal nenhum em se abençoar as criaturas de Deus.</p><p>(SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 39ª ed. Editora Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 2011. Ebook Kindle).</p><p>21</p><p>Como é cediço, Ariano Suassuna professa fé católica. A respeito da fé de Ariano, o crítico de teatro</p><p>Sábato Magaldi chegou a dizer que a religiosidade do saudoso escritor pernambucano “pode</p><p>espantar aos cultores de um catolicismo acomodatício, mas responde às exigências daqueles que se</p><p>conduzem por uma fé verdadeira”.</p><p>Ao comparar o trecho do texto anteriormente transcrito com a fala de Sábato Magaldi, é possível</p><p>concluir que:</p><p>A Chicó e João Grilo representam uma crítica implícita aos católicos que não procedem de acordo</p><p>com a fé verdadeira, tanto que tentaram pregar uma artimanha no padre, o que demonstra como os</p><p>líderes religiosos podem ser vítimas da astúcia de seus fiéis.</p><p>B A postura do padre é trazida no texto como exemplo daqueles que se conduzem conforme a fé</p><p>verdadeira.</p><p>C Aqueles padres que se conduzem pela fé verdadeira não procederiam como o padre se comportou</p><p>na passagem do texto transcrito.</p><p>D Na passagem transcrita inexiste crítica implícita aos padres ou à igreja, e sim ao coronel</p><p>nordestino e ao seu comportamento ardil.</p><p>QUESTÃO 12</p><p>Ano: 2022 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Cargo: Oficial de Promotoria</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Analise o texto abaixo e responda ao questionamento:</p><p>“Mas, se os remorsos voltam, por que não hão de voltar os cabelos brancos? Um mês depois, D.</p><p>Camila descobriu outro, insinuado na bela e farta madeixa negra, e amputou-o sem piedade. Cinco</p><p>ou seis semanas depois, outro. Este terceiro coincidiu com um terceiro candidato à mão da filha, e</p><p>ambos acharam D. Camila numa hora de prostração. A beleza, que lhe suprira a mocidade, parecia-</p><p>lhe prestes a ir também, como uma pomba sai em busca da outra. Os dias precipitavam-se. Crianças</p><p>que ela vira ao colo, ou de carrinho empuxado pelas amas, dançavam agora nos bailes. Os que eram</p><p>homens fumavam; as mulheres cantavam ao piano. Algumas destas apresentavam-lhe os seus</p><p>babies, gorduchos, uma segunda geração que mamava, à espera de ir bailar também, cantar ou</p><p>fumar, apresentar outros babies a outras pessoas, e assim por diante”. Assis, Machado. Uma</p><p>senhora.</p><p>Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000204.pdf. Acesso em 09 de</p><p>setembro de 2022.</p><p>No fragmento acima, o escritor descreve:</p><p>22</p><p>A A geração de pessoas que se entregam ao consumismo.</p><p>B A percepção da personagem D. Camila de seu envelhecimento.</p><p>C A urgência de D. Camila em conseguir um pretendente para sua filha.</p><p>D Os problemas emanados da beleza de D. Camila.</p><p>Utilizar o texto abaixo para responder as questões 13 e 14</p><p>O “novo cangaço”: como a Segurança Pública deve entender o fenômeno?</p><p>Um grupo de homens fortemente armados de fuzis e explosivos, vestidos com coletes à prova de</p><p>balas, chega em uma pequena cidade do interior. Eles cercam a cidade, rendem os policiais e</p><p>iniciam um grande e espetacular assalto a banco. A ação, extremamente bem coordenada, é</p><p>resultado, logicamente, de muito planejamento. Essa cena pode parecer saída de um filme de ação</p><p>estadunidense, mas é, na verdade, ocorrência relativamente comum em terras tupiniquins. A esse</p><p>fenômeno damos o nome de “novo cangaço”, em referência aos “cangaceiros” que, como os</p><p>liderados por Lampião e Maria Bonita, dedicavam-se a saquear vilarejos, assaltar fazendas,</p><p>aterrorizar populações e confrontar as forças de segurança estatais do nordeste brasileiro na</p><p>primeira metade do século XX.</p><p>Este é o tema de nossa coluna essa semana. Neste texto, abordo o modo de funcionamento do</p><p>chamado “novo cangaço” e proponho uma reflexão sobre o que este tipo criminal nos diz sobre a</p><p>máquina da Segurança Pública no nosso país. E começo com exemplos.</p><p>Pois bem. Há menos de um mês, no dia 31 de outubro de 2021, uma operação policial contra um</p><p>grupo de assaltantes culminou na morte de 26 homens no município de Varginha, em Minas Gerais.</p><p>Os mortos eram integrantes de uma quadrilha especializada em assaltos a instituições financeiras</p><p>em cidades de pequeno e médio porte, e estavam alojados em sítios nos arredores de Varginha</p><p>quando foram surpreendidos pela polícia. Segundo informou a Polícia Militar de Minas Gerais</p><p>(PMMG), o grupo se preparava para realizar grandes assaltos na região. Foram apreendidos</p><p>materiais dignos de um arsenal bélico, incluindo metralhadoras ponto 50, que são capazes de</p><p>derrubar aeronaves. A ação policial foi a mais letal já registrada no país em casos relativos ao “novo</p><p>cangaço” e teve grande repercussão midiática.</p><p>Pouco antes, em 30 de agosto de 2021, cerca de 30 homens cercaram a cidade de Araçatuba, no</p><p>interior paulista, fizeram reféns, espalharam 100 kg de explosivos pelas ruas da cidade, explodiram</p><p>duas agências bancárias e invadiram uma terceira. Os explosivos, feitos de dinamite, eram</p><p>acionados por celular ou por sensor de proximidade. Como se não fosse o suficiente, o grupo tinha</p><p>também um drone, cuja utilidade era monitorar o movimento da polícia. Houve tiroteio e três</p><p>pessoas morreram, duas delas moradoras da cidade, e a outra,</p><p>integrante da quadrilha.</p><p>23</p><p>No dia 07 de abril de 2021, uma agência bancária foi assaltada em Abaré, no interior baiano. Os</p><p>assaltantes fizeram reféns, atearam fogo em automóveis e fizeram rondas pela cidade para impedir</p><p>que moradores saíssem às ruas. Não houve feridos.</p><p>Em 30 de novembro de 2020, aproximadamente 30 pessoas assaltaram uma agência bancária em</p><p>Criciúma, Santa Catarina. Na ocasião, houve uma ação que incluiu o bloqueio de ruas de acesso à</p><p>cidade, um ataque a tiros ao Batalhão da Polícia Militar, o uso de reféns como escudos humanos e o</p><p>uso de, no mínimo, 200 kg de explosivos.</p><p>Apenas uma semana antes, em 24 de novembro de 2020, cerca de 20 homens atacaram agências</p><p>bancárias no centro de Araraquara, São Paulo. Antes disso, interditaram ruas com caminhões em</p><p>chamas na tentativa (frustrada) de impedir que a polícia chegasse ao local. Houve troca de tiros,</p><p>mas ninguém ficou ferido.</p><p>Eu poderia seguir com os exemplos, mas acredito que a ideia já está clara: as ações realizadas pelo</p><p>“novo cangaço” são iniciativas perpetradas por grupos grandes, munidos de sofisticados materiais</p><p>de guerra, que planejam um assalto a ser realizado em instituição financeira de cidade pequena ou</p><p>média, buscam neutralizar as polícias, exercem um domínio territorial momentâneo a partir do</p><p>bloqueio de vias de acesso ao local, fazem reféns e tem como objetivo (muitas vezes alcançado) a</p><p>apropriação de enormes quantias de dinheiro. (…)</p><p>(texto adaptado e extraído de: https://www.justificando.com/2021/11/26/o-novo-cangaco-como-a-</p><p>seguranca-publica-deve-entender-o-fenomeno – acessado em 15.08.22)</p><p>QUESTÃO 13</p><p>Ano: 2022 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Cargo: Oficial de Promotoria</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Assinale a alternativa que não corresponde com ideias trazidas pelo texto:</p><p>A Os exemplos trazidos pelo autor demonstram que o chamado novo cangaço não é um fenômeno</p><p>exclusivo de determinada região do nosso país.</p><p>B O fenômeno denominado novo cangaço ilustrado no texto muitas vezes pode parecer cenas de</p><p>filmes norte-americanos.</p><p>C O fenômeno tratado no texto fora denominado como “novo cangaço” pelos próprios grupos de</p><p>criminosos em referência aos “cangaceiros” que, como os liderados por Lampião e Maria Bonita,</p><p>dedicavam-se a saquear vilarejos, assaltar fazendas, aterrorizar populações e confrontar as forças de</p><p>segurança estatais do nordeste brasileiro na primeira metade do século XX.</p><p>D No episódio ocorrido em 31/10/21, em Varginha/MG, houve a morte de 26 homens que, segundo</p><p>a P.M, faziam parte de um grupo criminoso especializado em assaltos a instituições financeiras em</p><p>cidades de pequeno e médio porte.</p><p>24</p><p>QUESTÃO 14</p><p>Ano: 2022 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Cargo: Oficial de Promotoria</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Consta, expressamente, como ideias e conclusões trazidas pelo texto acima:</p><p>A Longe de ser um empreendimento amador, o “novo cangaço” é uma articulação entre</p><p>especialistas. Muito diferente do que ocorre em gangues de bairro ou em facções criminosas</p><p>estabelecidas, os assaltantes se conectam em “coalisões temporárias”, sem uma identidade coletiva</p><p>que os representem. As efêmeras articulações são construídas no próprio processo de planejamento</p><p>do assalto. Com base nesse modo de operação, poderíamos, então, esquematizar os recursos</p><p>mobilizados pelos “neocangaceiros” em torno de quatro grupos primordiais: 1) a capacidade de</p><p>planejamento; 2) o capital humano especializado; e 3) o acesso a aparatos bélicos; e 4) os meios de</p><p>lavagem de dinheiro. Todos eles dependem da articulação de uma rede criminal.</p><p>B A pesquisadora Jania Perla Diógenes de Aquino, em entrevista concedida ao podcast do Centro de</p><p>Estudos de Criminalidade a Segurança Pública da UFMG -o Crisp Entrevista -, afirma que os</p><p>assaltos a instituições financeiras, diferentemente dos assaltos de rua, por exemplo, envolvem uma</p><p>espécie de “elite do crime”. Isso porque, como surgiu em seu trabalho de campo, existe uma seleção</p><p>de quem poderá integrar os grupos: são sujeitos entendidos como experientes, capazes de controlar</p><p>as próprias emoções, confiáveis, racionais, discretos. Essas habilidades, desenvolvidas ao longo de</p><p>trajetórias de vida no “crime”, são importantes para o sucesso da ação.</p><p>C É preciso repensar a aplicação de pena de privação de liberdade a sujeitos condenados por esse</p><p>tipo de assalto, em especial nos casos em que não há feridos, já que, longe de interromper o ciclo</p><p>“neocangaceiro”, a cadeia o retroalimenta e e complexifica. Ou seja, acabamos por chegar, mais</p><p>uma vez, à mesma conclusão que vem sendo incansavelmente repetida por estudiosos do campo da</p><p>criminalidade e da Segurança Pública: se queremos, de fato, construir uma cultura de paz, devemos</p><p>investir na prevenção e na inteligência, e tirar o foco da punição e do encarceramento.</p><p>D A ideia trazida pelo autor do texto acerca das ações realizadas pelo novo cangaço é de que são</p><p>iniciativas deflagradas por grandes grupos com materiais de guerra avançados, que planejam um</p><p>assalto a ser realizado em instituição financeira de cidade pequena ou média, buscam neutralizar as</p><p>polícias, exercem um domínio territorial momentâneo a partir do bloqueio de vias de acesso ao</p><p>local, fazem reféns e tem como objetivo (muitas vezes alcançado) a apropriação de enormes</p><p>quantias de dinheiro.</p><p>25</p><p>QUESTÃO 15</p><p>Ano: 2022 Banca: SELECON Órgão: Prefeitura de Cuiabá – MT Cargo: Técnico Administrativo</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Texto l</p><p>Apreensão de imigrantes brasileiros nos EUA volta</p><p>a crescer e supera 5.000 por mês</p><p>Inflação, falta de perspectivas e regras confusas estimulam imigração irregular, dizem especialistas</p><p>A cada dia de maio, em média, 165 brasileiros foram barrados ao tentar entrar nos EUA de modo</p><p>irregular, via México, mantendo uma tendência de alta que ganha força desde março. O total de</p><p>apreensões no mês passado, 5.118, foi quase o quádruplo do de março (1.346), mas abaixo dos</p><p>10.471 registrados em setembro do ano passado, segundo o CBP (Departamento de Controle de</p><p>Fronteiras).</p><p>“A justificativa que a gente mais escuta nas entrevistas com imigrantes brasileiros que chegam aos</p><p>EUA é a economia brasileira, devido à alta da inflação e à estagnação dos salários”, afirma</p><p>Gabrielle Oliveira, professora na Universidade de Harvard e pesquisadora de imigração. “Muitos</p><p>deles dizem não ver perspectiva de melhora no Brasil, independentemente de quem for eleito</p><p>presidente em outubro.”</p><p>O aumento de brasileiros detidos é parte de um recorde de imigrantes que tentam entrar nos EUA. O</p><p>total de barrados na fronteira tem ficado acima de 200 mil por mês desde março. Em maio, atingiu</p><p>239 mil, a maior cifra mensal já registrada – o dobro do que se via em 2021. Essa alta tem várias</p><p>razões: se muitos países da América Latina enfrentam crises econômicas, os EUA têm vagas de</p><p>trabalho sobrando; outro ponto é a percepção de que Joe Biden seria mais tolerante com a imigração</p><p>do que Donald Trump. Para Oliveira, o caso divulgado na segunda (27), quando ao menos 51</p><p>pessoas, provavelmente imigrantes em situação irregular, foram encontradas mortas dentro e ao</p><p>redor de um caminhão em San Antonio, no Texas, mostra que a fronteira continua bastante difícil de</p><p>cruzar, mesmo sob comando democrata.</p><p>“Quanto mais vigiada estiver a fronteira, mais gente buscará esse tipo de entrada, superarriscada. As</p><p>pessoas estão chegando [à fronteira] e sendo recusadas, o que aumenta o desespero para entrar.</p><p>Veremos mais gente escondida em veículos, morrendo por desidratação e altas temperaturas”, diz a</p><p>pesquisadora. Felipe Alexandre, advogado do escritório AG Immigration, por outro lado, afirma que</p><p>as condições ficaram um pouco melhores sob o governo Biden. “Temos visto mudanças nos</p><p>tribunais de imigração. Agora, os promotores têm mais poder para ajudar, como concordar em juízo</p><p>com a defesa do imigrante [para que ele fique no país]. Antes, eles estavam com as mãos totalmente</p><p>amarradas.”</p><p>26</p><p>O governo Trump, que fazia do combate à imigração irregular uma bandeira, criou medidas para</p><p>dificultar a entrada de estrangeiros. Muitas delas seguem em vigor, como a Título 42, que permite a</p><p>agentes barrar pedidos de asilo na fronteira e mandar os requerentes embora para esperar o</p><p>resultado da solicitação em outro país, sob a justificativa de risco à saúde pública. A regra foi criada</p><p>em meio à pandemia de Covid.</p><p>Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/06/apreensao-deimigrantes-brasileiros-nos-eua-volta-a-crescer-e-</p><p>supera-5000-por-mes.shtml. Acesso em 2 de julho de 2022. Adaptado.</p><p>O objetivo do texto é:</p><p>A indicar que o atual governo dos EUA é mais rigoroso que o anterior</p><p>B denunciar situações desumanas e degradantes que se associam à imigração</p><p>C retratar o aumento no número de imigrantes irregulares nos EUA</p><p>D propagar as condições econômicas dos países da América Latina</p><p>27</p><p>Utilizar o texto abaixo para responder as questões 16 e 17</p><p>QUESTÃO 16</p><p>Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CRO – RS Cargo: Advogado</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Entende-se da leitura do texto que</p><p>A 36% das mortes por problemas cardíacos estão associadas à arritmia cardíaca e à endocardite</p><p>bacteriana.</p><p>B a mudança da coloração do tecido gengival e o sangramento, além da retração da gengiva em</p><p>relação aos dentes e do mau hálito, são os primeiros sintomas de endocardite bacteriana.</p><p>28</p><p>C a disseminação pela corrente sanguínea das bactérias infeciosas da boca é a principal causa de</p><p>ocorrência, por exemplo, de acidente vascular cerebral.</p><p>D as doenças gengivais e periodontais incluem-se entre os fatores de risco de desenvolvimento de</p><p>problemas cardiovasculares.</p><p>E a higienização adequada da boca e a consulta frequente ao dentista garantem a proteção do</p><p>indivíduo contra doenças cardiovasculares.</p><p>QUESTÃO 17</p><p>Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CRO – RS Cargo: Advogado</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>O objetivo principal do texto apresentado é</p><p>A criticar o modelo atual de saúde bucal centrado no tratamento estético, e não na promoção da</p><p>saúde.</p><p>B defender políticas públicas de valorização do profissional da odontologia para a melhoria da</p><p>saúde bucal da população brasileira.</p><p>C informar o público leitor da importância do cuidado com a saúde bucal para a prevenção de</p><p>problemas cardiovasculares.</p><p>D orientar o público leitor a respeito das práticas adequadas de escovação dos dentes para a</p><p>prevenção de doenças periodontais.</p><p>E comprovar, por meio de dados estatísticos, a importância dos cuidados preventivos de problemas</p><p>dentários e dos programas institucionais de atenção básica à saúde.</p><p>QUESTÃO 18</p><p>Ano: 2022 Banca: SELECON Órgão: Prefeitura de Cuiabá – MT Cargo: Técnico em Segurança do</p><p>Trabalho</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Superfície de Marte é totalmente fotografada por sonda</p><p>chinesa</p><p>Tianwen-1 passou um ano na superfície do planeta e</p><p>completou tarefas</p><p>O planeta vermelho foi todo registrado em imagem pela sonda chinesa Tianwen-1. Depois de um</p><p>ano na superfície de Marte, a Agência Espacial Chinesa (CNSA) anunciou que a sonda tinha</p><p>completado todas as tarefas, incluindo a captura de imagens de média resolução de todo o planeta.</p><p>29</p><p>É o resultado das tarefas da sonda Tianwen-1. O nome atribuído à sonda significa “busca da</p><p>verdade celestial”, e ela foi lançada em 2020, pousando em Marte em maio deste ano.</p><p>O rover Zhurong, que seguia a bordo, iniciou a missão de patrulha e exploração da superfície</p><p>marciana, enquanto o módulo em órbita estabelecia e retransmitia as comunicações entre o veículo</p><p>de exploração e a Terra.</p><p>Em comunicado, a Agência Espacial Chinesa explicou que a Tianwen-1 concluiu os objetivos desta</p><p>fase, especialmente a captura de imagens de média resolução que cobrem todo o planeta.</p><p>As imagens foram registradas pelo módulo em órbita que circundou Marte 1.344 vezes em 706 dias,</p><p>captando o planeta vermelho de todos os ângulos, numa ação combinada com o rover que explorava</p><p>a superfície, indicou a CNSA.</p><p>O veículo de superfície, com seis rodas, transportou instrumentos científicos para reunir</p><p>informações sobre a estrutura geológica, a atmosfera, o meio ambiente e o solo de Marte.</p><p>De acordo com a CNSA, “a sonda recolheu 1.040 gigabytes de dados científicos brutos, que foram</p><p>processados por cientistas na Terra e entregues a equipes de investigação para estudos adicionais”.</p><p>A agência acrescentou que as informações de voo do módulo em órbita foram partilhadas com a</p><p>Nasa, a agência espacial norte-americana, e a Agência Espacial Europeia. Os dados científicos</p><p>estarão disponíveis para cientistas internacionais “no momento apropriado”.</p><p>O rover entrou em modo inativo em 18 de maio e assim permanecerá durante o inverno marciano,</p><p>que se caracteriza por baixas temperaturas e más condições, com areia e poeira.</p><p>Fonte: https://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/2022/07/1038358-superficie-de-marte-e-totalmente-fotografada-</p><p>por-sonda-chinesa.html. Acesso em 02 de julho de 2022.</p><p>A função principal do texto apresentado é:</p><p>A informar</p><p>B divertir</p><p>C convencer</p><p>D polemizar</p><p>30</p><p>QUESTÃO 19</p><p>Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: CAU-SP Cargo: Analista Administrativo</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Leia o texto, para responder à questão.</p><p>O animal satisfeito dorme</p><p>O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente</p><p>obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na</p><p>redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição</p><p>humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a</p><p>maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na</p><p>acomodação.</p><p>A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não</p><p>deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o</p><p>desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece.</p><p>Um bom filme não é exatamente aquele que termina e ficamos insatisfeitos, parados, olhando,</p><p>quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é</p><p>aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e</p><p>distantes, pensando que não poderia terminar?</p><p>Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos</p><p>prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e</p><p>constrangido ao possível da condição do momento.</p><p>Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer,</p><p>modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado;</p><p>aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem</p><p>inéditas, não saberíamos enfrentar.</p><p>Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Demora um</p><p>pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo</p><p>de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”…</p><p>(Mario Sergio Cortella. Disponível em: https://www.contioutra.com. Acesso em 12.01.2020)</p><p>Para responder à questão, considere a seguinte passagem do último parágrafo:</p><p>… aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é</p><p>que o escuro é claro”…</p><p>É correto afirmar que a citação da frase de Guimarães Rosa consiste em referência literária da qual</p><p>se abstrai a ideia segundo a qual</p><p>31</p><p>A o esclarecimento vem paulatinamente.</p><p>B com clareza as pessoas constroem sua história.</p><p>C não convém revoltar-se contra o que não se compreende.</p><p>D a escuridão confunde as coisas e embota o espírito.</p><p>E é preciso entender as coisas para</p><p>a pessoa estar pronta.</p><p>QUESTÃO 20</p><p>Ano: 2022 Banca: FURB Órgão: FURB – SC Cargo: Auxiliar de Biblioteca</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>O texto seguinte servirá de base para responder à questão.</p><p>Do papel para a tela: biblioteca digital escolar ganha espaço na educação brasileira</p><p>Na educação pública brasileira, 43% dos espaços de aprendizagem dedicados ao Ensino</p><p>Fundamental não estão equipados com biblioteca. Esse número cai para 11,6% no Ensino Médio.</p><p>Ainda assim, o volume de estudantes sem acesso a esse espaço - fundamental para a alfabetização e</p><p>aprendizagem – é muito alto. Os dados são do Anuário Brasileiro de Educação Básica 2021,</p><p>produzido pelo Todos pela Educação.</p><p>Essa realidade também mostra como o país está longe de implementar o Plano Nacional de</p><p>Educação (PNE), aprovado em 2014. Uma das metas do PNE assegura o acesso a bibliotecas a</p><p>todas as escolas públicas do Brasil.</p><p>Estimulada pela pandemia, quando as escolas fecharam suas portas e passaram a operar apenas de</p><p>forma remota, a criação de bibliotecas digitais escolares representa novas possibilidades, tanto aos</p><p>estudantes quanto aos professores. Ao armazenar e compartilhar livros digitais, utilizando</p><p>plataformas gratuitas, muitas escolas viram aumentar o interesse dos alunos pela leitura e passaram</p><p>a estimular os docentes a utilizarem essa ferramenta em suas práticas pedagógicas.</p><p>Biblioteca digital escolar: novo conceito para uma nova escola</p><p>É o que acontece no Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Ana Maria Ferreira de Paula, em</p><p>Planaltina (Goiás). A biblioteca digital da unidade possui um acervo diverso, com títulos que vão</p><p>desde literatura até cadernos de estudo para o Enem, sempre agregando conteúdos de domínio</p><p>público.</p><p>Segundo a gestora do Cepi, Elisangela Dias Custódio, o processo começou durante a pandemia,</p><p>com a digitalização de parte do acervo da biblioteca física. Os materiais passaram a ser distribuídos</p><p>32</p><p>via WhatsApp e, com a alta aceitação do formato pelos estudantes e até mesmo suas famílias, a</p><p>escola passou a centralizar os livros digitais em um site. “A troca de conhecimento que ela gera é</p><p>muito interessante. Um dos diferenciais do livro digital é permitir que os conteúdos sejam lidos</p><p>simultaneamente, em conjunto, e, com isso, o livro passa a ser mais vivo no dia a dia escolar”,</p><p>observa Elisangela.</p><p>Até abril de 2021, foram criadas 120 bibliotecas digitais escolares na rede de Goiás, todas nas</p><p>escolas de tempo integral. De acordo com a superintendente de Ensino Integral da Secretaria de</p><p>Educação do estado, Marcia Rocha Antunes, o “boom” de bibliotecas virtuais foi estimulado pela</p><p>reconceitualização do espaço escolar que aconteceu durante a pandemia.</p><p>“Antes, ainda estávamos presos à ideia de que a escola era só o espaço físico, era o prédio. Depois</p><p>tivemos que reconstruir esse conceito, pois a escola ainda estava aberta, porém não tínhamos</p><p>prédio. Era preciso fazer uma ruptura, e um dos espaços remodelados foi a biblioteca”, conta</p><p>Marcia. “Tínhamos que fazer chegar na casa dos estudantes livros, revistas, jornais, e desde a</p><p>secretaria coordenamos esse processo.”</p><p>Curadoria de livros digitais</p><p>Foram realizadas formações com os docentes, para apoiá-los no uso das ferramentas e,</p><p>principalmente, na curadoria dos livros digitais. “Precisamos aguçar esse olhar crítico para o</p><p>professor entender de que forma esses livros o apoiam em sua metodologia, buscando realizar o que</p><p>está previsto no currículo. E, acima de tudo, atrelar as atividades às competências previstas na</p><p>BNCC (Base Nacional Comum Curricular).”</p><p>A superintendente afirma que já é possível visualizar resultados concretos da criação de bibliotecas</p><p>virtuais. Além de um número maior de debates sobre leitura organizados pelas escolas, os próprios</p><p>estudantes da rede foram encorajados a produzir suas histórias, através de crônicas e contos. “Três</p><p>obras foram escritas pelos alunos durante a pandemia e passaram a fazer parte das bibliotecas</p><p>digitais.”</p><p>A respeito do texto “Do papel para a tela: biblioteca digital escolar ganha espaço na educação</p><p>brasileira”, analise as afirmações a seguir. Marque V, para as verdadeiras, e F, para as falsas:</p><p>(_) Os livros digitais consistem em uma nova tecnologia, que foi descoberta a partir das demandas</p><p>da pandemia.</p><p>(_) Os livros digitais possibilitam o acesso a materiais literários e de estudos em uma nova relação</p><p>de tempo e espaço, pois podem ser acessados de onde se estiver e no momento no qual se tiver</p><p>disponibilidade.</p><p>(_) Uma das potencialidades das mídias digitais é que materiais de livre acesso sejam divulgados e</p><p>socializados mesmo com as famílias dos estudantes que possivelmente antes não teriam contato</p><p>com materiais literários.</p><p>(_) Podemos afirmar que a ampla divulgação de livros digitais coloca em risco as bibliotecas e</p><p>livrarias físicas.</p><p>33</p><p>Assinale a alternativa com a sequência correta:</p><p>A F - V - F – V.</p><p>B V - V - F – F.</p><p>C F - V - V – F.</p><p>D V - V - V – F.</p><p>E F - F - V – V.</p><p>QUESTÃO 21</p><p>Ano: 2022 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: Prefeitura de Bom Conselho – PE Cargo: Professor de</p><p>Letras</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>O aluno deveria ser persuadido, motivado a gostar de ler, atraído, pelo texto literário, encarando a</p><p>leitura literária como um jogo, nos termos de Iser (1999), em que o autor dita as regras de</p><p>funcionamento do jogo, por meio da tessitura textual e o leitor descobre como jogar, negociando</p><p>sentidos, decifrando pistas, fazendo inferências, enfim, reconstruindo o jogo, antes dirigido pelo</p><p>autor. Enquanto os alunos não encontrarem esse sentido para a leitura literária, continuarão a ler</p><p>sem prazer, lendo apenas os resumos das obras clássicas disponíveis na web, recortando e copiando</p><p>textos da internet, fazendo da pesquisa na escola mera cópia, diminuindo a capacidade imaginativa,</p><p>restringindo seu potencial de coprodução enquanto leitores críticos.</p><p>(MARTINS, Ivanda. A literatura no Ensino Médio: quais os desafios do professor?. In: BUZEN, Clécio; MENDONÇA,</p><p>Márcia (orgs.). Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006, p. 97-8)</p><p>Analisando a proposta de leitura do texto literário na escola, apresentada pela professora Ivanda</p><p>Martins, julgue as abordagens do texto literário condizentes com essa visão.</p><p>I. A escola deve priorizar a leitura das obras literárias clássicas, que coloquem o aluno em contato</p><p>com uma linguagem pertencente a contextos espaço-temporais distantes da realidade do aluno.</p><p>II. Para o aluno desenvolver estratégias comunicativas e dominar a norma-padrão, é necessário o</p><p>estímulo à leitura de obras literárias, os consagrados clássicos.</p><p>III. A linguagem literária é marcada pela especificidade própria e única, que distingue linguagem</p><p>literária de linguagem não literária, que o aluno deve perceber.</p><p>IV. É preciso que o aluno reconheça a obra literária como uma figura tridimensional</p><p>(multi/inter/transdisciplinar) que utiliza a língua como instrumento de realização artística.</p><p>Está(ão) CORRETA(S)</p><p>A I e II, apenas.</p><p>B I, II e III, apenas.</p><p>34</p><p>C III, apenas.</p><p>D III e IV, apenas.</p><p>E IV, apenas.</p><p>QUESTÃO 22</p><p>Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT – 22ª Região (PI) Cargo: Analista Judiciário</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Atenção: Para responder à questão, leia o texto de John Gledson.</p><p>Na década de 1880, Machado de Assis publicou cerca de oitenta contos, numa espantosa</p><p>explosão de criatividade, que também rendeu seu primeiro grande romance, Memórias póstumas de</p><p>Brás Cubas (1880).</p><p>Como isso aconteceu − por que aconteceu, e por que nesse momento? Nada é mais difícil de</p><p>explicar do que a explosão de um gênio criador − e não devemos duvidar que é disso que se trata.</p><p>Contos podem parecer fáceis, escritos algo apressadamente como uma espécie de subproduto de um</p><p>trabalho mais sério ou até como sintomas de uma</p><p>incapacidade passageira de empreender “obras de</p><p>maior tomo” (palavras de Dom Casmurro), mas nada está mais longe da verdade. Contos não são</p><p>romances imperfeitos − existem com seus direitos próprios, e quando Machado começou a escrever</p><p>os seus melhores, o gênero estava conquistando uma nova dignidade.</p><p>O traço mais importante de seus contos é a ironia, com frequência fixada por um estilo que</p><p>muitas vezes emprega certo registro de linguagem a fim de estabelecer, desde a primeira palavra,</p><p>que nada ali é para ser levado inteiramente a sério, que aquilo não é a fala direta do autor: “A coisa</p><p>mais árdua do mundo, depois do ofício de governar, seria dizer a idade exata de Dona Benedita”.</p><p>Machado podia parodiar qualquer tipo de linguagem, da Bíblia à dos jornais (essa, de fato, era a que</p><p>satirizava com mais frequência). No começo dos anos 1880, Machado não só estabelecera seu</p><p>direito a falar do universo, mas também principiara a fazer o retrato da sociedade brasileira sob uma</p><p>luz inteiramente nova. Os romances bem-educados dos anos 1870, que elevavam a vida social,</p><p>deram lugar à sátira selvagem de Memórias póstumas de Brás Cubas, que mostrava realidades −</p><p>adultério, prostituição, escravatura, o tratamento dado aos agregados − com uma nitidez e uma</p><p>cólera inteiramente impossíveis alguns anos antes.</p><p>Uma coisa é certa: a expansão do material possível de Machado e o distanciamento irônico que</p><p>ele adota são inseparáveis. Digamos assim: se ele não tivesse encontrado modos dos mais variados</p><p>35</p><p>(irônicos, sarcásticos, mas sempre semiocultos) de se expressar a respeito de coisas sobre as quais</p><p>não devia falar, ou às quais só podia se referir de soslaio, suas histórias jamais teriam existido;</p><p>podemos sentir sua satisfação quando se aproxima de outra questão espinhosa e acaba encontrando</p><p>novas maneiras de falar sobre coisas demasiado embaraçosas para mencionar diretamente. Na</p><p>minha opinião, isso ajuda a explicar o êxito de seus contos − Machado caminhava no fio da</p><p>navalha.</p><p>(Adaptado de: GLEDSON, John. Trad. Fernando Py. In: 50 contos de Machado de Assis. São Paulo: Companhia das</p><p>Letras, edição digital)</p><p>Está correta a redação do seguinte comentário:</p><p>A Não se encontra outra justificativa para a profícua produção literária de Machado de Assis que</p><p>não seja o surgimento de um gênio criador.</p><p>B O conto, que constitui gênero literário em prosa, o qual se contam histórias centradas em um</p><p>enredo, ganha importância cada vez maior nos meios literários.</p><p>C Não cabem aos leitores imaginar que seja mais fácil produzir contos do que obras mais extensas.</p><p>D Causam grande admiração por parte daqueles que se dispõe a ler os contos de Machado de Assis,</p><p>a ironia afiada das obras da década de 1880.</p><p>E Até mesmo um escritor do calibre de Machado de Assis, encontra dificuldade de conceber formas</p><p>mais profícuas, com que se expressarem.</p><p>QUESTÃO 23</p><p>Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Cargo: Analista Jurídico de Defensoria</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Atenção: Considere a crônica abaixo para responder à questão.</p><p>O estranho ofício de escrever</p><p>Crônica? Nunca a célebre definição de Mário de Andrade (sobre o conto) veio tão a propósito:</p><p>crônica é tudo aquilo que chamamos de crônica.</p><p>Nunca me esqueço do dia em que o Carlos Castello Branco me disse, a propósito das crônicas que</p><p>eu escrevia no falecido Diário Carioca, já se vão muitos anos:</p><p>− Eu, se fosse você, parava um pouco. Essa sua última crônica estava de amargar</p><p>Parei dois anos por causa disso. Quando recomecei, como todo cronista que se preza, vez por outra</p><p>recauchutava um escrito antigo, à falta de coisa melhor, confiante no ineditismo que o tempo lhe</p><p>conferia. Até que chegou o dia em que no meu estoque não restava senão uma, aquela que o</p><p>36</p><p>Castellinho havia estigmatizado com seu implacável juízo crítico. Vai essa mesmo – decidi, tapando</p><p>o nariz e escondendo a cara de vergonha.</p><p>Pois não vem o mesmo Castellinho me dizer, efusivo, a propósito da mesmíssima crônica:</p><p>− É das melhores coisas que você já escreveu.</p><p>Havia-se esquecido, o mandrião. E por causa dele eu passara dois anos no estaleiro. Quando lhe</p><p>acusei a distração, ele não se perturbou:</p><p>− Agora achei boa. Ou a crônica melhorou, ou eu é que piorei.</p><p>(Adaptado de: SABINO, Fernando. In: Os sabiás da crônica. Antologia. Org. de Augusto Massi. Belo Horizonte:</p><p>Autêntica, 2021, p. 152)</p><p>No centro dessa crônica de Fernando Sabino está</p><p>A o rigor do julgamento literário que se costuma aplicar aos simples artigos de periódicos.</p><p>B a inconstância própria dos escritores que frequentam um gênero que não dominam.</p><p>C a disparidade de juízos despertados por um mesmo objeto em momentos distintos.</p><p>D a influência que pode ter um cronista criativo no aprimoramento do gosto dos leitores.</p><p>E o descaso com que o leitor comum costuma tratar as publicações em jornal.</p><p>QUESTÃO 24</p><p>Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: DPE-MT Cargo: Técnico de Apoio Administrativo</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Texto</p><p>Uma câmera na mão e uma pergunta na cabeça: “Como seria a vida dos cães de moradores de rua?”</p><p>Foi assim que o inquieto e curioso fotógrafo Edu Leporo, de São Paulo, especialista em retratos de</p><p>animais em estúdio, iniciou sua nova jornada rumo à solidariedade.</p><p>Voltando de um trabalho, encontrou uma família de moradores de rua com três cães. Abordou-os</p><p>e, no fim dos breves cliques, descobriu que o casal estava indo para a avenida Paulista. “Vão fazer o</p><p>que lá?”, perguntou Leporo. “Vamos ao McDonald’s. Nossos cachorros gostam do sorvete de lá”,</p><p>contou a dupla, que dividia o pouco que arrecadava com a venda de latinhas de alumínio com os</p><p>seus bichinhos.</p><p>Era 2012 e aquela experiência nunca mais sairia da memória do fotógrafo. Tanto que a descoberta</p><p>deste universo de afeto e respeito tornou-se combustível para o Moradores de Rua e Seus Cães</p><p>(MRSC), projeto que nasceu oficialmente em 2015, também na capital paulista.</p><p>Uma foto daquela dupla com seus cães foi publicada nas redes sociais de Leporo, gerando imenso</p><p>interesse e comoção. O fotógrafo notou que, além de elogiar a beleza do clique, havia quem</p><p>quisesse saber mais sobre os bastidores daquela imagem.</p><p>37</p><p>Era isso! Para dar visibilidade àquelas pessoas e a seus cães, alvos de inúmeros preconceitos, era</p><p>preciso narrar as suas histórias. E foi assim, de clique em clique, que Leporo observou que, onde</p><p>falta, por vezes comida e cobertor, transbordam amor e companheirismo.</p><p>“Um cachorro é, às vezes, o único vínculo que o morador de rua consegue ter com a sociedade. É</p><p>com ele que tem amor, carinho e respeito”, afirma o fotógrafo, que já se deparou com histórias</p><p>como a de seu José, morador da praça João Mendes, na região central de São Paulo, que viveu mais</p><p>de 45 anos nas ruas, 14 deles ao lado do pequeno Duque. […]</p><p>(Revista Ocas, edição nº119, 2019)</p><p>A partir da leitura do texto, é possível afirmar, a respeito do projeto Moradores de Rua e seus Cães</p><p>(MRSC), que:</p><p>A foi concebido a partir da experiência individual de um fotógrafo com uma dupla de moradores de</p><p>rua.</p><p>B busca, apenas, amparar os cães de moradores de rua visto que estes não conseguem alimentá-los</p><p>adequadamente.</p><p>C o fotógrafo pode observar que a mesma indiferença que a população tem com os moradores de</p><p>rua apresentou-se em relação às fotos nas redes.</p><p>D as fotos revelam o quanto a desumanização que a sociedade promove nos moradores de rua</p><p>impede qualquer possibilidade de relação afetuosa.</p><p>QUESTÃO 25</p><p>Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT – 23ª REGIÃO (MT) Cargo: Analista Judiciário</p><p>Disciplina: Português Assunto: Compreensão e interpretação de textos</p><p>Crimes ditos “passionais”</p><p>A história da humanidade registra poucos casos de mulheres que mataram por se sentirem</p><p>traídas ou desprezadas. Não sabemos, ainda, se a emancipação feminina irá trazer também esse tipo</p><p>de igualdade: a igualdade no crime e na violência. Provavelmente, não. O crime</p>