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Aulas de direito tributário

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CURSO: DIREITO 
DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO I
Prof. Msc: Abílio Barroso 
E-mail: abliobarroso_fan@yahoo.com.br 
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Há várias classificações que podem ser adotadas para os impostos e/ou tributos. Note as principais, aqui detalhadas: (a) Impostos diretos e indiretos; (b) Impostos pessoais e reais; (c) Impostos fiscais e extrafiscais; (d) Impostos divididos segundo a classificação imposta pelo CTN; (e) Impostos progressivos, proporcionais e seletivos, fixos, cumulativos , não cumulativos etc. Vamos a elas:
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a) Impostos Diretos e Indiretos
O imposto direto é aquele que não repercute, uma vez que a carga econômica é suportada pelo contribuinte ou seja, por aquele que deu ensejo ao fato imponível (exemplos: IR, IPTU, IPVA, ITBI, ITCMD etc.). Por outro lado, o imposto indireto é aquele cujo ônus tributário repercute em terceira pessoa, não sendo assumido pelo realizador do fato gerador. Vale dizer que, no âmbito do imposto indireto, transfere-se o ônus para o contribuinte de fato, não se onerando o contribuinte de direito (exemplos: ICMS e IPI).
	
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a) Impostos Diretos e Indiretos
	Em resumo, enquanto o imposto direto é aquele em que não há repercussão econômica do encargo tributário, tendo “a virtude de poder graduar diretamente a soma devida por um contribuinte, de conformidade com sua capacidade contributiva”, o imposto indireto é aquele em que o ônus financeiro do tributo é transferido ao consumidor final, por meio do fenômeno da repercussão econômica, não ligando “o ônus tributário a um evento jurídico ou material e não dispondo de um parâmetro direto para apurar a capacidade econômica do contribuinte”.
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b) Impostos Pessoais e Reais
	Os impostos pessoais levam em conta as condições particulares do contribuinte, ou seja, aquelas qualidades pessoais e juridicamente qualificadas do sujeito passivo. Assim, o imposto pessoal possui um caráter eminentemente subjetivo (exemplo: imposto sobre a renda).
	Já os impostos reais, também intitulados “impostos de natureza real”, são aqueles que levam em consideração a matéria tributária, isto é, o próprio bem ou coisa (res, em latim), sem cogitar das condições pessoais do contribuinte (exemplos: IPI, ICMS, IPTU, IPVA, ITR, IOF etc., ou seja, com exceção do IR, todos os demais).
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b) Impostos Pessoais e Reais
	Em resumo, “os impostos pessoais levam em conta as qualidades individuais do contribuinte, sua capacidade contributiva para a dosagem do aspecto quantitativo do tributo, enquanto os impostos reais são aqueles decretados sob a consideração única da matéria tributável, com total abstração das condições individuais de cada contribuinte”.
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b) Impostos Pessoais e Reais
	É preciso ter cautela com essa rotulagem. Juridicamente, todo contribuinte é de direito, pois é a lei que o define. Conforme, numa análise já de conteúdo econômico. o ônus seja ou não por ele suportado, é que se dirá se há ou não a figura do contribuinte de fato, como personagem diversa. Ex: O comerciante já comprou a mercadoria e pode vão vender
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c) Impostos Fiscais e Extra fiscais
	Os impostos fiscais são aqueles que, possuindo intuito estritamente arrecadatório, devem prover de recursos o Estado (Exemplos: IR, ITBI, ITCMD, ISS etc.).
	Por outro lado, os impostos extrafiscais são aqueles com finalidade reguladora (ou regulatória) de mercado ou da economia de um país (Exemplos: II, IE, IPI, IOF etc.).
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d) Impostos divididos segundo a classificação imposta pelo CTN
	O Código Tributário Nacional divide os impostos, terminologicamente, em quatro grupos. Trata-se de rol classificatório, previsto entre os arts. 19 a 73 do CTN, que desfruta de pouco prestígio na doutrina e no próprio STF. Note-o:
d.1) Impostos sobre o comércio exterior: II e IE;
d.2) Impostos sobre o patrimônio e a renda: IR, ITR, IPVA, IPTU, ITBI, ITCMD, ISGF;
d.3) Impostos sobre a produção e a circulação: ICMS, IPI, IOF e ISS;
d.4) Impostos especiais: IEG.
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e) Impostos Progressivos
A progressividade traduz-se em técnica de incidência de alíquotas variadas, cujo aumento se dá na medida em que se majora a base de cálculo do gravame. O critério da progressividade diz com o aspecto quantitativo, desdobrando-se em duas modalidades: a progressividade fiscal e a progressividade extrafiscal.
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e) Impostos Progressivos
A fiscalidade alia-se ao brocardo “quanto mais se ganha, mais se paga”, caracterizando-se pela finalidade meramente arrecadatória, que permite onerar mais gravosamente a riqueza tributável maior e contemplar o grau de “riqueza presumível do contribuinte”. 
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e) Impostos Progressivos
 A Extrafiscalidade , por sua vez, filia-se à modulação de condutas, no bojo do interesse regulatório. Consoante a previsão explícita na Carta Magna, exsurgem 3 (três) impostos progressivos: o imposto sobre a renda, o IPTU e o ITR.
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e) Impostos Progressivos
 Assim, uma das formas como o princípio da capacidade contributiva se concretiza é através do princípio da progressividade, pois:  “O estudo do princípio da capacidade contributiva envolve necessariamente a análise da progressividade”[1], sendo assim um “instrumento necessário e inerente à observância da capacidade contributiva.” 
O fundamento da progressividade reside em procurar igualar o sacrifício do ônus fiscal de todos os contribuintes, realizando o princípio da capacidade contributiva e impondo uma tributação justa e eqüitativa.
 [1] CONTI, José Maurício. Princípios tributários da capacidade contributiva e da progressividade. Op. Cit., p.73.
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e) Impostos Progressivos
É por isso que, em nosso sistema jurídico, todos os impostos, em princípio, devem ser progressivos. Por quê? Porque é graças à progressividade que eles conseguem atender ao princípio da capacidade contributiva.  Melhor esclarecendo, as leis que criam in abstracto os impostos devem estruturá-los de tal modo que suas alíquotas variem para mais à medida que forem aumentando suas bases de cálculo. Assim, quanto maior a base de cálculo do imposto, tanto maior deverá ser a sua alíquota.[1]
 [1]CARRAZA, Roque Antônio. Curso de Direito Constitucional Tributário. São Paulo: Malheiros Editores, 1997. p. 65.
 
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e) Impostos Progressivos e regressivos
 Denominam-se regressivos quando sua onerosidade relativa cresce na razão inversa do crescimento da renda do contribuinte. E progressivos se a onerosidade relativa aumenta na razão direta do crescimento da renda 
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e) Impostos Proporcionais
A técnica da proporcionalidade — obtida pela aplicação de uma alíquota única sobre uma base tributável variável — é um instrumento de Justiça fiscal neutro , por meio do qual se busca realizar o princípio da capacidade contributiva. 		 
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e) Impostos Proporcionais
Vale dizer que a técnica induz que o desembolso de cada qual deve ser proporcional à grandeza da expressão econômica do fato tributado. Partindo-se da adoção de uma mesma relação matemática entre o tributo e a matéria tributável, a proporcionalidade faz com que a alíquota mantenha-se incólume, uniforme e invariável. a alíquota sobre estes montantes( base se cálculo) recairá por idêntica percentagem.
		 
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e) Impostos Proporcionais
	Registre-se, por oportuno, que a proporcionalidade não vem explícita no texto constitucional, como a progressividade. São exemplos de impostos proporcionais, entre outros: ICMS, IPI, ITBI, ITCMD etc. 
	Ad argumentandum, vale a pena destacar a existência dos chamados “impostos fixos”, que, de certa forma, contrapõem-se aos impostos proporcionais e progressivos. O imposto fixo (ou “imposto de alíquota fixa”) “é aquele em que o montante a pagar é representado por uma quantia predeterminada, normalmente quantidade certa de UFM, UFESP ou UFIR”.
	 
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e) Impostos fixo e variável
 Chamam-se fixos os tributos cujo montante independe da maior ou menor dimensão econômica do fato gerador. 	Paga-se certa quantia (fixa), por exemplo, em diversas hipóteses de incidência do ISS, sem verificar o volume ou o preço dos serviços
prestados ou caso de certas taxas. 
		 
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e) Impostos fixo e variável
É, porém, variável ou proporcional ex do IPI cujo montante varia de acordo com o maior ou menor valor da operação tributada).O mesmo imposto pode assumir, conforme a modalidade de incidência, uma ou outra qualificação: o ISS. por exemplo, nas incidências em que leve em conta o preço do serviço, é variável.
		 
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e) Impostos Seletivos
Por fim, a seletividade é forma de concretização do postulado da capacidade contributiva em certos tributos indiretos. Nestes, o postulado da capacidade contributiva será aferível mediante a aplicação da técnica da seletividade, uma evidente forma de extrafiscalidade na tributação. Mais do que isso, apresenta-se a seletividade como uma inafastável expressão de praticabilidade na tributação, inibitória da regressividade, na medida em que se traduz em meio tendente a tornar simples a execução do comando constitucional, apresentável por meio da fluida expressão “sempre que possível’ constante do art. 145, § 1, CF. l.	 
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e) Impostos Seletivos
A seletividade mostra-se, assim, como o “praticável” elemento substitutivo da recomendada pessoalidade, prevista no citado dispositivo, no âmbito do ICMS e do IPI, como a solução constitucional de adaptação de tais gravames à realidade fático-social.	 
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e) Impostos Seletivos
Os tributos seletivos têm as suas alíquotas graduadas para onerar mais gravosamente os bens menos essenciais (supérfluos, de luxo, ou de consumo suntuário) e mais brandamente os bens essenciais (que podem até, em razão da essencialidade, ficar no campo da não-incidência); atentam, pois, para a maior ou menor essencialidade do bem. E o caso do IPI.	 
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e) Impostos NÃO Seletivos
	
Os não seletivos abstraem. em regra. essa preocupação. É o que se dá com o ICMS. por exemplo, embora ele possa. por exceção. atuar seletivamente. 
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F) Impostos em razão da(s) fase(s).
Consoante grave apenas uma das fases do processo produtivo, ou mais de uma delas, o tributo diz-se mononofásico (tal qual ocorre com o IOF sobre juro) ou plurifásico (a exemplo do IPI ou do ICMS).
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g) Impostos cumulativos. 
A classificação dos tributos em cumulativos e não cumulativos diz respeito à técnica de aplicação dos tributos multifásicos; os cumulativos incidem em várias fases de circulação do bem, sem se computar ou sem se deduzir o valor que já incidiu nas fases anteriores.
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g) Impostos NÃO cumulativos. 
 Não cumulativo é o tributo que, em cada fase, incide apenas sobre o valor que nela se agregou. ou grava todo o valor acumulado do bem, descontando-se, porém, o valor que já gravou as fases anteriores (por exemplo. IPI e o ICMS
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Os tributos dizem-se federais, estaduais ou municipais, conforme se conectem com a competência tributária da União (por exemplo, o imposto de importação), dos Estados (por exemplo, o ICMS) ou dos Municípios (por exemplo, o ISS). Não obstante, os tributos ditos “estaduais” são também conferidos ao Distrito Federal (CF, art. 155), ou, nos Territórios Federais, à União (art. 147). Os impostos “municipais”, por sua vez, são igualmente atribuídos ao Distrito Federal ou, nos Territórios Federais, à União (art. 147). 	 
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O art. 149, caput, CF associa as contribuições, de modo explícito, a “instrumentos de ação nas respectivas áreas”. Desse modo, infere-se que as contribuições estão inseridas no plano fático que lhe é imanentemente peculiar e naturalmente próprio — o da parafiscalidde.
“Parafiscal quer dizer ‘ao lado do fiscal’, algo que anda paralelamente com o Estado. Traduz-se na entidade que se mostra como um ‘quase-Estado’ uma ‘extensão’ do Estado”.	 
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PARAFISCALIDADE
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Para Ricardo Lobo Torres’, “é a arrecadação do Parafisco, isto é, dos órgãos paraestatais incumbidos de prestar serviços paralelos aos da Administração, através de orçamento especial, que convive com o orçamento fiscal (art. 165, 5, CF)”. Com efeito, “as exações parafiscais são contribuições cobradas por autarquias, órgãos paraestatais de controle da economia, profissionais ou sociais, para custear seu financiamento autônomo”.
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Fato Gerador:
A obrigação tributária (lato sensu) nasce à vista de fato previamente descrito, cuja ocorrência tem a aptidão, dada por lei, de gerar aquela obrigação. Como já vimos, o Código Tributário Nacional classifica a obrigação tributária em duas espécies: principal e acessória. Por isso, também duas espécies de fato gerador. 
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Fato Gerador:
“Fato gerador da obrigação tributária principal — diz o Código Tributário Nacional — é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência” (art. 114). Já o fato gerador da obrigação acessória “é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal” (art. 115).
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Diante desse contexto formal, fato gerador da obrigação principal (art. 114) é na postura dogmática do Código, noção mais ampla do que a de fato gerador do tributo, pois aquele insólito conceito legal compreende também as “infrações tributárias”. Isso porque, como vimos, na definição dada por nosso direito positivo, fato gerador da obrigação principal corresponde à situação cuja ocorrência dá nascimento ao dever de pagar tributo ou penalidade pecuniária (art. 114 e/e o art. 113, § 1).
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As obrigações tributárias (gênero com o qual o diploma pretendeu abranger todos os deveres legais dos destinatários das normas tributárias, até mesmo o dever de satisfazer a exigência de multa por infração à lei!) foram segregadas nos dois referidos grupos: a) principais, compreendendo os deveres legais que tenham por objeto o pagamento de tributo (prestação pecuniária de natureza não sancionatória) e o pagamento de penalidade pecuniária (que, como se sabe, é sanção e não tributo); e b) acessórias, que abrangem os demais deveres estabelecidos nas leis tributárias, que não tenham conteúdo pecuniário.
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O conceito de fato gerador da obrigação acessória é dado por exclusão: toda situação que dê origem a um dever que não tenha por objeto uma prestação pecuniária (tributo ou penalidade), por exemplo, a situação que faz surgir o dever de escriturar livros, de emitir notas fiscais etc. Ou seja. se ato que a legislação impõe, à vista de certa situação, não é recolher uma quantia em dinheiro, ou se a lei impõe uma omissão, trata-se de fato gerador de obrigação acessória.
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Quando a matéria versada é o ilícito tributário, a lei e a doutrina “não”! falam em “fato gerador” ou “obrigação tributária”. mas em “infração tributária” (para expressar o descumprimento da lei sobre tributos): e cuidam de “sanção”, “penalidade”, “multa”, quando está em causa o castigo cominado pela lei para reprimir a infração; do mesmo modo, quem comete uma infração não é, por esse fato, designado como “sujeito passivo”, mas sim como “infrator”.
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Fato Gerador:
A expressão “fato gerador da obrigação principal” é comumente empregada pela doutrina no sentido estrito de “fato gerador do tributo”. 
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Fato Gerador:
Alfredo Augusto Becker, em ácida crítica, afirma que o fato gerador nada gera, a não ser confusão intelectual.	Uma das vertentes da censura feita à expressão está em que o qualificativo “gerador” não deveria ser atribuído ao fato, mas à lei, pois o que gera a relação jurídica tributária é a incidência da lei sobre o fato. É dizer: quem teria a aptidão de criar a obrigação não é o fato, mas a lei.
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Fato Gerador:
Alfredo Augusto Becker propõe “hipótese de incidência” para designar a descrição legal, e “hipótese de incidência realizada” para o acontecimento concreto. Geraldo Ataliba, que também censura a ambivalência da locução “fato gerador”, aceita a primeira expressão proposta por Becker, mas refuta a segunda, com base em que “fato” não pode ser designado de “hipótese”, o que seria uma contradição. 
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Para nomear o fato concreto, Geraldo Ataliba opta por fato imponível.
	Em Portugal, Alberto Xavier,
reconhecendo tratar-se “de mero problema terminológico, sem alcance de fundo”, optou por “facto tributário”. expressão utilizada pela lei portuguesa.
	Paulo de Barros Carvalho não mostra simpatia pela designação de ‘fato imponível”, à qual prefere fato jurídico tributário, a par da “hipótese tributária”.
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Fato Gerador:
A expressão “fato gerador da obrigação tributária” tem sobrevivido às críticas. Aliomar Baleeiro, que se referira a “fato tributável”, a par de “fato gerador”, embora sensível às críticas opostas a esta última expressão. veio a adotá-la. A doutrina, o direito positivo e a jurisprudência também a consagram a expressão Fato gerador.
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Fato Gerador:
O fato gerador do tributo é uma situação material descrita pelo legislador: adquirir renda, prestar serviços, importar mercadorias estrangeiras etc. Por isso, diz-se que adquirir renda é o fato gerador do imposto de renda locução elíptica para expressar o fato gerador da obrigação de pagar imposto de renda).
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Os impostos, de modo geral têm seu montante determinado mediante uma operação matemática, na qual se toma uma medida de grandeza do fato gerador (em geral, expressa em moeda: preço do serviço, valor do bem, montante da renda etc.), e sobre ela se aplica um percentual, tendo-se como resultado o quantum da obrigação. Por exemplo, sobre a renda de 1.000,00 aplica-se o percentual de 15%, apurando-se o tributo de 150,00.
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Chama-se base de cálculo a medida legal da grandeza do fato gerador. Dizemos legal porque só é base de cálculo, dentro das possíveis medidas do fato gerador, aquela que tiver sido eleita pela lei. Se a materialidade do fato gerador é, por exemplo, a importação de mercadorias, poderiam ser arroladas diversas medidas para esse fato: o número de unidades de mercadorias, o peso, a metragem linear, quadrada, ou cúbica, o valor, o preço etc. Porém, só será base de cálculo do tributo a medida que tiver sido prevista pela lei.
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A determinação do montante de certos tributos não requer, como dissemos, a definição de uma base de cálculo, pois o montante é já identificado pela lei (quando esta prevê que, realizado o fato gerador, o sujeito passivo deve pagar a quantia de “x”). Justamente por haver tributos cujo montante é identificado sem necessidade de cálculo (como ocorre freqüentemente com as taxas e com alguns raros impostos), 
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Fato Gerador:
Não vemos razão, portanto, para desprezar a expressão “base de cálculo”, nem para mudar-lhe o qualificativo, pelo só fato de que, em certas situações, não existe base (de cálculo) como fator de apuração do tributo.
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Fato Gerador:
Sobre a base de cálculo aplica-se a alíquota, para determinar o montante do tributo devido. A alíquota, geralmente, é representada por um percentual, cuja aplicação sobre a base de cálculo (por exemplo, valor da mercadoria, preço do serviço, montante do lucro etc.) revela o quantum debeatur. 
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Porque a alíquota se aplica sobre uma cifra ou valor em moeda (expressivo da grandeza da materialidade do fato gerador), ela se diz ad valorem. Concebido o tributo como prestação pecuniária, toda alíquota, propriamente dita (traduzida num percentual), será ad valorem, já que não haveria como apurar uma soma em pecúnia, mediante a aplicação de um percentual sobre outra medida de grandeza que não fosse também expressa em dinheiro. 
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Fato Gerador:
CTN:
        Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
        I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
        II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
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Hipótese de incidência Tributária: Descrição hipotética, contida na lei do fato apto a dar nascimento à obrigação –fato jurígeno condicionante. 
Subsunção: É o fenômeno de um fato configurado rigorosamente a previsão hipotética da lei 
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Fato imponível: É o fato concreto , localizado no tempo e no espaço, acontecido no universo fenomênico, que – por corresponder rigorosamente à descrição prévia, hipoteticamente formulada pela h.i legal- dá nascimento à obrigação tributária. 
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Aspectos da hipótese de incidência:
Pessoal
Temporal
Espacial
Material
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Aspectos da hipótese de incidência:
Pessoal
Sujeito ativo
Sujeito passivo e Responsável tributário 
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b) Temporal: a lei continente da H.I Tributária traz a indicação das circunstâncias de tempo para a configuração dos fatos imponíveis.
Questões de vigência eficácia, irretroatividade art 150 III “a” Anterioridade 150, III “b”.
Prescrição, decadência 
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Aspectos da hipótese de incidência:
c) Espacial
Sedes, filiais, 
Se a lei nada disser, estará implicitamente dispondo que lugar relevante é aquele mesmo em que se consuma o fato imponível.
IPTU, ISS, ICMS? 
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Aspectos da hipótese de incidência:
d) Material é o mais importante para a identidade tributária pois é a imagem abstrata de um fato jurídico propriedade imobiliária, patrimônio renda, produção , consumo 
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BASE IMPONÍVEL OU BASE DE CÁLCULO.
É A perspectiva dimensível do aspecto material da h.i que a lei qualifica, com a finalidade de fixar critério para a determinação em cada obrigação tributária concreta, do quantum debeatur . Dimensão do aspecto material base de cálculo in abstrato e depois base de cálculo in concreto, sempre redutível a uma expressão numérica 
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Alíquota:
BecKer :
É uma conta da parte ideal do fato posto com aspecto material da h.i, consiste numa parcela daquele fato que foi transferido em cifras. 
Haver disposição legal expressa. 
Há alíquotas nas taxas? 
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