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AULA FAN TRIBUTO I

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CURSO: DIREITO 
PERÍODO LETIVO: 7º SEMESTRE/ 2013.2 
DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO I
Prof. Msc: Abílio Barroso 
E-mail: abliobarroso_fan@yahoo.com.br 
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II – CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS
Noção de tributo.
Conceito de tributo.
Crítica ao Conceito Legal de Tributo
Figuras tributárias.
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UNIDADE I
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II – CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS
Rol de tributos na Constituição.
Espécies tributárias no Código Tributário Nacional: o imposto.
Espécies tributárias no Código Tributário Nacional: as taxas.
Taxas de polícia.
Taxas de serviço.
Taxa e preço público.
Espécies tributárias no Código Tributário Nacional: a Contribuição de melhoria.
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UNIDADE I
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II – CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS.
Outras figuras tributárias.
“Pedágio”.
Empréstimo compulsório.
Contribuições sociais, econômicas e corporativas.
Contribuição para iluminação pública.
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UNIDADE I
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II – CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS.
Classificação das espécies tributárias.
Insuficiência do critério legal de especificação dos tributos.
O problema da classificação dos empréstimos compulsórios.
O problema da classificação das contribuições.
Razão histórica para o rol assistemático das espécies tributárias.
Classificação “financeira” e classificação “jurídica” das espécies tributárias.
Destinação e regime jurídico do tributo.
Outras Classificações
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UNIDADE I
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II – CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS.
Noção de tributo.
Conceito de tributo.
Crítica ao Conceito Legal de Tributo
Figuras tributárias.
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UNIDADE I
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II – Noção de tributo.
 “tributar” (tribuere) se emprega para designar a ação estatal, o derivado “contribuir” (unir, incorporar, dar, fornecer) volta-se para a ação do contribuinte.”Contribuição” (com a mesma raiz de “tributo”) expressa, na linguagem comum, a cota (em geral, voluntária) que cada um dá, para atender a uma despesa comum; não se perdeu aí a idéia de unir parcelas ou cotas. Aliás, a palavra “cotização” traduz essa mesma idéia. Lucien Mehl registra que tais expressões (“contribuição” e “cotização”) mascaram o caráter unilateral dos tributos e aludem à existência de um consentimento, pelo menos coletivo.(..) procurou-se substituir os vocábulos “imposto” e “tributo”, tidos por odiosos, pelo termo “contribuição”. ( AMARO P.17) 
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UNIDADE I
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Noção de tributo.
 Taxa, deverbal de “taxar”, também figura nos dicionários como sinônimo de “tributo” (a par de outras acepções). Vem do latim taxare (avaliar, estimar, determinar o valor); confiram-se as expressões “taxa de juros”, ‘taxa de câmbio”, “taxímetro” (aparelho que mede valor). Etimologicamente, taxa é sinônimo de preço (de um serviço ou de um bem), traduzindo, pois, a idéia de comutatividade ou contraprestacionalidade O inglês tax (do mesmo étimo) é empregado, na linguagem jurídica, no sentido de imposto. ( AMARO P.17).
Preço mais impostos( E.U.A) 
    art.150    § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. 
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UNIDADE I
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II Noção de tributo.
O direito brasileiro utiliza o vocábulo “tributo” em sentido genérico. “Imposto”, “taxa”, “contribuição”, “empréstimo compulsório” e “pedágio” são expressões empregadas para designar figuras tributárias cujas peculiaridades examinaremos adiante. O devedor do tributo (de qualquer espécie) é, em geral, chamado de contribuinte. ( AMARO P.18) 
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UNIDADE I
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II – Conceito de tributo.
A Lei n. 5.172/66 CTN “Código Tributário Nacional.
(art. 3º).
 “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”
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UNIDADE I
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II – Conceito de tributo.
 a) o caráter pecuniário da prestação tributária (como prestação em moeda); 
 
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UNIDADE I
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II – Conceito de tributo.
 b) a compulsoriedade dessa prestação, idéia com a qual o Código Tributário Nacional buscou evidenciar que o dever jurídico de prestar o tributo é imposto pela lei, abstraída a vontade das partes que vão ocupar os pólos ativo e passivo da obrigação tributária, opondo-se, dessa forma, a compulsoriedade do tributo à voluntariedade de outras prestações pecuniárias; 
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UNIDADE I
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II – Conceito de tributo.
 c) a natureza não sancionatória de ilicitude, o que afasta da noção de tributo certas prestações também criadas por lei, como as multas por infração de disposições legais, que têm a natureza de sanção de ilícitos, e não de tributos. 
(...) a coatividade do tributo não se confunde com a coatividade da sanção, “a qual postula a restauração da ordem jurídica violada e, portanto, (supõe) a precedente violação de uma norma”, enquanto “o adimplemento do dever de contribuir está ligado a um dever constitucional de solidariedade”. (p. 25).
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UNIDADE I
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C ) A multa é a reação do Direito ao comportamento devido que não tenha sido realizado. Trata-se de penalidade cobrada pelo descumprimento de uma obrigação tributária, possuindo nítido caráter punitivo ou de sanção. Em face do descumprimento de uma obrigação tributária, quer seja principal (art. 113, § 1’, CTN), quer seja acessória (art. 113, § 2°, CTN), ensejar-se-á a aplicação da penalidade (ver art. 113, § 3°, in fine, CTN). SABBAG p.336).
Lei 8.137/90
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UNIDADE I
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C ) Nesse sentido, preleciona Kiyoshi Harada:
“A expressão não significa, necessariamente, que o tributo sempre pressupõe a licitude de ato que o gerou,como sustentado por alguns autores, mesmo porque os atos ilícitos são passíveis de tributação, sob pena de violação do princípio constitucional de isonomia .
 Hugo de Brito Machado assevera que “o tributo se distingue da penalidade exatamente porque esta tem como hipótese de incidência um ato ilícito, enquanto a hipótese de incidência do tributo é sempre algo lícito. 
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UNIDADE I
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II – Conceito de tributo.
 d) a origem legal do tributo (como prestação “instituída em lei”), repetindo o Código a idéia de que o tributo é determinado pela lei e não pela vontade das partes que irão figurar como credor e devedor da obrigação tributária.
 
tributo é prestação instituída por meio de lei, sendo, portanto, obrigação ex lege. Seu nascimento se dá pela simples realização do fato descrito na hipótese de incidência prevista em lei, sendo a vontade das partes de todo irrelevante (ver art. 123 do CTN). SABAGG p. 337
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UNIDADE I
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II – Conceito de tributo.
 e) a natureza vinculada (ou não discricionária) da atividade administrativa mediante a qual se cobra o tributo. 
Definido conceitualmente no art. 142 do CTN como atividade administrativa plenamente vinculada, o lançamento mostra-se como procedimento de exigibilidade do tributo. Consuma-se em ato documental de cobrança, por meio do qual se pode quantificar (quantum debeatur) e qualificar (an debeatur) a obrigação tributária que lhe é preexistente. (SABBAG p. 338) vê crítica
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UNIDADE I
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II – “Crítica” ao Conceito legal de tributo.
a) 	De qualquer modo, não nos parece que assim possa ler-se o texto legal, pois prestação pecuniária é sempre expressa “em moeda” ou (o que dá no mesmo) tem valor que nela (moeda) se exprime. Para que o conceito abrangesse tributos in natura ou in labore, ter-se-ia de dizer: “tributo é a prestação em moeda, bens ou serviços etc.”, ou ainda: “tributo é a prestação cujo valor se expressa em moeda, ou nela se possa traduzir etc.”. Se se disse “prestação pecuniária”, afastou-se, como objeto da obrigação tributária, tudo que não seja pecúnia. (AMARO p. 20-21).
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UNIDADE I
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II – Crítica ao Conceito legal de tributo.
Não há como estabelecer associação entre tributo e a obrigação que não seja pecuniária, prestar serviço militar obrigatório, ou a de trabalhar no Tribunal do Júri ou nas eleições não paga tributos. 
	A pecúnia representa a prestação em dinheiro em moeda corrente (Real, no Brasil) ou em cheque, conforme o art. 162, 1, CTN. Observe o dispositivo:
Art. 162( CTN). 0 pagamento
é efetuado:
I — em moeda corrente, cheque ou vale postal;
( SABBAG p.334)
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UNIDADE I
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II – Crítica ao Conceito legal de tributo.
a)	Exceção: haja vista o disposto no art. 156, XI, do CTN, inserido neste código pela LC n. 104/2001, que delineia a Dação em Pagamento, como a mais recente causa extintiva do crédito tributário. Refere-se ela, todavia, apenas a bem imóvel. Tal comando veio abrandar a natureza do tributo como prestação exclusivamente pecuniária, ( SABBAG p.334)
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UNIDADE I
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II – Crítica ao Conceito legal de tributo.
b) “Certamente, quis expressar que o nascimento da obrigação de prestar (o tributo) é compulsório (ou forçado), no sentido de que esse dever cria por força na lei (obrigação ex lege), e não da vontade dos sujeitos da relação jurídica (obrigação ex voluntate). Nesta acepção, porém, a expressão é redundante, pois a instituição em lei já é uma nota integrante do conceito de tributo. (AMARO p. 22).
Todavia, para afastar totalmente da possibilidade via atos normativos secundários. 
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UNIDADE I
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II – Crítica ao Conceito legal de tributo.
b) O tributo é prestação compulsória, logo, não contratual, não voluntária ou não facultativa. Com efeito, o Direito Tributário pertence à seara do Direito Público, e a supremacia do interesse público dá guarida à imposição unilateral de obrigações, independentemente da anuência do obrigado.( SABBAG p.335)
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UNIDADE I
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II – Crítica ao Conceito legal de tributo.
d)	Claro está que, em relação aos atos que caiba à autoridade praticar, ela está obrigada ao estrito cumprimento da lei. Se necessário o lançamento (ou qualquer outro ato para tornar efetiva a arrecadação), ele deve ser efetuado, e deve sê-lo na forma da lei; ou seja, os atos que a autoridade tiver de praticar são atos vinculados ou regrados, e não discricionários. A autoridade não deve dispor sobre o conteúdo da obrigação tributária, pois ela não é titular, é mera administradora da coisa pública. ( AMARO p. 24)
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UNIDADE I
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II – Crítica ao Conceito legal de tributo.
	d) A referência à atividade administrativa de cobrança plenamente vinculada suscita, ainda, outra observação. Essa dicção do Código parece significar que o recolhimento do tributo se sujeita, sempre, ao procedimento administrativo vinculado (designado de lançamento tributário), o que é uma ficção do Código Tributário Nacional, no extenso campo dos tributos cuja lei determina o dever de o sujeito passivo efetuar o pagamento sem prévio lançamento, e, mais do que isso, sem nenhum exame prévio da autoridade (CTN, art. 150). É evidente que, nesses casos, o tributo não é cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada. ( AMARO p. 24)
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UNIDADE I
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II – Crítica ao Conceito legal de tributo.
	(...) elemento conceitual do tributo, a necessidade de ele traduzir receita efetiva (ingresso financeiro definitivo no patrimônio do sujeito ativo), o que permite abranger, no conceito, os empréstimos compulsórios, que apenas em sentido lato podem ser chamados de receita, pois, em rigor, traduzem entradas ou ingressos financeiros temporários, com contrapartida de uma dívida do Estado. Não obstante, os empréstimos compulsórios participam da natureza doa tributos, merecendo registro a existência de opiniões em contrário. ( AMARO p. 25)
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UNIDADE I
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II –Conceito de Tributo.
 “Tributo é a prestação pecuniária não sancionatória de ato ilícito, instituída em lei e devida ao Estado ou a entidades não estatais de fins de interesse público”. (AMARO p.25)
	
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UNIDADE I
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II –Conceito de Tributo.
 
A grande maioria dos tributos (que são os que o CTN sujeitou ao chamado lançamento por homologação) é recolhida sem prévio exame do sujeito ativo e também sem posterior exame (que é eventual).
	
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UNIDADE I
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Não vemos necessidade de inserir no conceito a menção ao caráter indisponível do tributo, para expressar a idéia de que o sujeito ativo (seja o Estado, seja entidade não estatal) não tem o poder de dispensar ou deixar de cobrar o tributo previsto em lei (pois somente a lei, obedecidos os princípios constitucionais, pode dispor do tributo)uma vez que isso já é decorrência natural do princípio da indisponibilidade do interesse público. 
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UNIDADE I
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Por fim, nosso conceito especifica o credor da obrigação: o Estado ou outras entidades não estatais, que persigam fins de interesse público.Assim, restam excluídas do conceito de tributo certas prestações, como a de alimentos, ou a de pagar gratificação natalina aos empregados, não obstante se trate de obrigações impostas pela lei e não de deveres estabelecidos pela vontade das partes.
	
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UNIDADE I
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Conceito de outros autores.
	Conforme ensina Ruy Barbosa Nogueira, “os tributos (...) são as receitas derivadas que o Estado recolhe do patrimônio dos indivíduos, baseado no seu poder fiscal (poder de tributar, às vezes consorciado com o poder de regular), mas disciplinado por normas de direto público que constituem o Direito Tributário”.
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UNIDADE I
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Conceito de outros autores.
	
O tributo, portanto, resulta de uma exigência do Estado, que, nos primórdios da história fiscal, decorria da vontade do soberano, então identificada com a lei,e hoje se funda na lei, como expressão da vontade coletiva”. Nessa medida,o tributo é uma prestação que deve ser exigida nos termos previamente definidos pela lei, contribuindo dessa forma os indivíduos para o custeio das despesas coletivas”. SABBAG p.333.
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UNIDADE I
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II – Figuras tributárias.
A constituição não se preocupou em definir as espécies de tributo nem em classifica-las, limitando-se a arrolar: 
Rol de tributos na Constituição:
impostos instituivéis pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios conforme a partilha constante dos arts. 153 e 154 (União), 155 (Estados e Distrito Federal) e 156 (Municípios e também o distrito Federal, ex vi do art. 147); Pacto federativo( competência).
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UNIDADE I
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II – Figuras tributárias.
A constituição não se preocupou em definir as espécies de tributo nem em classifica-las, limitando-se a arrolar: 
 b) taxas, instituivéis, por essas mesmas pessoas políticas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição (art. 145, II);
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UNIDADE I
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II – Figuras tributárias.
c) contribuição de melhoria decorrente de obra pública também instituivél pelas mesmas pessoas políticas (art. 145, III);
d) pedágio, instituivél igualmente pelas pessoas políticas mencionadas, em razão da utilização de vias por elas conservadas (art. 150, V);
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UNIDADE I
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II – Figuras tributárias.
e) empréstimos compulsórios, instituivéis pela União, nas hipóteses arroladas no art. 148;
f) contribuições sociais, instituivéis pela União (art. 149);
g) contribuições e intervenção no domínio econômico, também instituivéis pela União (art. 149);
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UNIDADE I
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II – Figuras tributárias.
h) contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas, instituivéis igualmente pela União (art. 149);
i) contribuição para custeio do regime previdenciário de que trata o art. 40 da constituição, em beneficio dos servidores dos estados, Distrito Federal e Municípios, instituivél por essas pessoas políticas, e cobrável dos respectivos funcionários (art. 149, 1°). 
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UNIDADE I
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j) contribuição para custeio do serviço de iluminação pública, instituivél pelos municípios, e pelo Distrito Federal (art. 149-A acrescido pela EC n.39/2002).
Obs:
O art. 147 da constituição atribui à União, em todo Território Federal, os impostos estaduais, e, se o território não for dividido em Municípios, também os impostos municipais.
Ao Distrito Federal cabem tanto os impostos outorgados aos Estados (art. 155) como os atribuídos aos Municípios (art. 147). 
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UNIDADE I

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