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<p>Aula especial PI - principio da congruência 2</p><p>Direito Civil (Faculdade de Ipatinga)</p><p>Scan to open on Studocu</p><p>Studocu is not sponsored or endorsed by any college or university</p><p>Aula especial PI - principio da congruência 2</p><p>Direito Civil (Faculdade de Ipatinga)</p><p>Scan to open on Studocu</p><p>Studocu is not sponsored or endorsed by any college or university</p><p>Downloaded by Ana Luiza (oliveiraanaluiza698@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|15947558</p><p>https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-especial-pi-principio-da-congruencia-2</p><p>https://www.studocu.com/pt-br/document/faculdade-de-ipatinga/direito-civil/aula-especial-pi-principio-da-congruencia-2/88132956?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-especial-pi-principio-da-congruencia-2</p><p>https://www.studocu.com/pt-br/course/faculdade-de-ipatinga/direito-civil/4515873?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-especial-pi-principio-da-congruencia-2</p><p>https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-especial-pi-principio-da-congruencia-2</p><p>https://www.studocu.com/pt-br/document/faculdade-de-ipatinga/direito-civil/aula-especial-pi-principio-da-congruencia-2/88132956?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-especial-pi-principio-da-congruencia-2</p><p>https://www.studocu.com/pt-br/course/faculdade-de-ipatinga/direito-civil/4515873?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-especial-pi-principio-da-congruencia-2</p><p>AULA ESPECIAL – PETIÇÃO INICIAL E SEUS DESDOBRAMENTOS</p><p>DPC COM PROF. MARIA EMILIA</p><p>=MATERIAL EXCLUSIVO=</p><p>PETIÇÃO INICIAL COMO ATO LIMITADOR DO JULGADOR</p><p>TEORIA DA CORRELAÇÃO/PRINCIPIO DA DEMANDA/ PRINCIPIO DA CORRELAÇÃO.</p><p>MARIA EMILIA ALMEIDA SOUZA SALVADOR</p><p>A petição inicial é o ato que dá início ao processo cível. Tendo em vista a inércia da</p><p>Jurisdição, todo processo que traga situações cíveis a serem resolvidas, terá que</p><p>começar por este ato, por esta peça. Uma exceção temos que ressaltar: Juizados</p><p>Especiais, que é um órgão especial para a solução de conflitos de menor</p><p>complexidade, onde se permite o ajuizamento de ações cíveis via atermação (a</p><p>parte fala seu conflito e o seu pedido, sendo isso reduzido à forma escrita por um</p><p>funcionário do setor) se o valor da causa for de até vinte salários mínimos. Veja art.</p><p>9º e art. 14 da Lei 9.099/95.</p><p>Portanto, tendo a necessidade da petição inicial, como regra quase absoluta, para</p><p>instaurar o processo cível, vamos tratar da importância desta peça, analisando a</p><p>teoria da correlação ou princípio da demanda, também intitulados de princípio da</p><p>congruência. Estes institutos, que são sinônimos, significam que o juiz está adstrito</p><p>(preso, vinculado) ao que foi pedido na petição inicial. Ou seja, a petição inicial</p><p>funciona como verdadeiro limitador da atuação do Poder Judiciário na solução do</p><p>conflito. Este raciocínio fica fácil ao analisarmos a inércia da Jurisdição. Ora, se o</p><p>Poder Judiciário só age se for provocado, ele só pode agir dentro – e em função –</p><p>do que foi provocado. Em uma ação onde o autor pede INVESTIGAÇÃO DE</p><p>PATERNIDADE o juiz não pode conceder ALIMENTOS. Eles não foram pedidos.</p><p>Estaria o juiz ferindo o princípio da demanda. Então, ciente de que o juiz está</p><p>vinculado ao pedido na inicial, vejamos, desde já, as possíveis decisões que firam a</p><p>teoria da correlação:</p><p>SENTENÇA ULTRA PETITA é a sentença onde o juiz concede prestação ALÉM da</p><p>que foi pedida na inicial. É o exemplo da investigação de paternidade acima</p><p>mencionada. A sentença onde o juiz, além de declarar a paternidade, fixou</p><p>alimentos que não foram pedidos, é ULTRA PETITA. Isso faz com a parte onde ele</p><p>fixa os alimentos seja nula. Ele não foi provocado para tal decisão. O recurso cabível</p><p>contra esta sentença é uma Apelação, onde o tribunal decotará (cortará, tirará) a</p><p>parte excedente, a parte que não foi pedida.</p><p>Downloaded by Ana Luiza (oliveiraanaluiza698@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|15947558</p><p>https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-especial-pi-principio-da-congruencia-2</p><p>AULA ESPECIAL – PETIÇÃO INICIAL E SEUS DESDOBRAMENTOS</p><p>DPC COM PROF. MARIA EMILIA</p><p>=MATERIAL EXCLUSIVO=</p><p>SENTENÇA EXTRA PETITA é a sentença onde o juiz concede prestação totalmente</p><p>FORA do que foi pedido na inicial. É o exemplo de uma ação de indenização por</p><p>danos morais onde o juiz concede danos materiais. Não foi isso que se pediu na</p><p>inicial. Ele não foi provocado para isso. Observe que a sentença extra petita se difere</p><p>da ultra petita pois, na EXTRA, a decisão do juiz é totalmente FORA do que foi</p><p>pedido. Na sentença ULTRA PETITA, apenas a parte que extrapola, que ultrapassa</p><p>o que foi pedido pelo autor é nula. A parte onde o juiz decide o que foi provocado</p><p>(no nosso exemplo, a Investigação de Paternidade), é válida. A decisão extra petita</p><p>é totalmente nula, o que se deve atacar mediante recurso de Apelação.</p><p>IMPORTANTE DIFERENCIAR:</p><p>SENTENÇA ULTRA PETITA HAVERÁ O DECOTE, O CORTE DA PARTE NULA(QUE</p><p>EXCEDEU O QUE FOI PEDIDO).</p><p>SENTENÇA EXTRA PETITA ELA É TODA NULA. O QUE O JUIZ DECIDIU É</p><p>TOTALMENTE FORA DO QUE FOI PEDIDO.</p><p>SENTENÇA CITRA PETITA o juiz aprecia menos do que foi pedido pelo autor.</p><p>Exemplo: Investigação de Paternidade, onde também se pedem Alimentos. O juiz</p><p>na sentença somente apreciou o pedido em relação à paternidade, declarando o</p><p>réu pai do autor, mas sem nada decidir acerca dos alimentos. Há, aqui, não uma</p><p>nulidade, como nas duas acima, e, sim, uma OMISSÃO, por parte do juiz.</p><p>Importante frisar que o que faz a sentença ser CITRA PETITA é a NÃO ANÁLISE, A</p><p>NÃO APRECIAÇÃO, O NÃO JULGAMENTO. O fato de o juiz julgar improcedente(não</p><p>conceder) ou parcialmente procedente(conceder quantia menor) que o autor</p><p>pleiteia na inicial não traz a sentença CITRA PETITA. O fato de o juiz não analisar</p><p>tudo que o autor pediu é que faz.</p><p>Exemplos:</p><p>Indenização por danos morais (cem mil) e danos materiais(cinquenta mil):</p><p>Juiz apreciou os dois e concedeu os dois (150.000 reais) ok. Dentro do principio</p><p>da congruência. Dentro dos limites e apreciando tudo que se pede.</p><p>Juiz apreciou os dois, mas entende que o valor deve ser de 80.000 ok. Dentro do</p><p>princípio da congruência. Dentro dos limites e apreciando tudo que se pede.</p><p>Downloaded by Ana Luiza (oliveiraanaluiza698@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|15947558</p><p>AULA ESPECIAL – PETIÇÃO INICIAL E SEUS DESDOBRAMENTOS</p><p>DPC COM PROF. MARIA EMILIA</p><p>=MATERIAL EXCLUSIVO=</p><p>Juiz apreciou apenas o pedido de indenização por danos materiais, nada falando</p><p>em relação ao pedido de danos morais fere o princípio da congruência. Há</p><p>omissão.</p><p>Neste caso, cabem recursos para sanar a omissão, em primeira vista Embargos de</p><p>Declaração e, se infrutíferos, Apelação.</p><p>Observe que os vícios trazidos pela não observância ao princípio da</p><p>congruência/demanda/correlação têm a ver com a não apreciação do que foi</p><p>pedido pelo autor, dentro dos limites do que fora pedido pelo autor. Se o juiz aprecia</p><p>tudo, mas concede menos do que foi pedido, não fere o mencionado principio. O</p><p>problema está em o magistrado não apreciar todas as questões trazidas em</p><p>juízo(citra petita) OU conceder mais do que foi pedido (ULTRA PETITA) OU conceder</p><p>algo totalmente diferente do que foi pedido (EXTRA PETITA).</p><p>Finalizo dizendo que, aqui, me ative a tratar dos VÍCIOS quando a decisão não segue</p><p>o limite trazido pela petição inicial. Obviamente, mesmo que a decisão não seja</p><p>viciada, mas alguma das partes não se conforma com ela, é passível de recurso de</p><p>Apelação, para que haja reexame do caso pelo tribunal superior ao juiz.</p><p>PONDO EM PRÁTICA O APRENDIDO:</p><p>Vamos testar o que vimos neste texto?</p><p>Analise cada sentença e diga se há alguma extra petita, ultra petita ou citra petita:</p><p>(as respostas estão na lateral da última página)</p><p>1 – Autor pediu reintegração de posse de um imóvel e indenização pela destruição</p><p>de uma construção no referido imóvel. Juiz concedeu a reintegração de posse, mas</p><p>não disse nada em relação ao pedido de indenização.</p><p>2 – Autor pediu que o juiz condenasse o réu a dar desconto no valor de aquisição</p><p>de um bem, por vicio redibitório. Juiz declarou nula a venda, desfazendo o negócio</p><p>entre as partes.</p><p>3 - Autor pediu revisão de aluguel (de cinco mil para sete mil reais mensais) e</p><p>cobrança de alugueis atrasados (quatro meses em atraso). Juiz reviu o valor dos</p><p>alugueis (aumentou para seis mil reais) e julgou procedente a cobrança de três</p><p>meses de alugueis.</p><p>4 – Autor pediu a decretação de divórcio. Juiz decretou o divórcio e fez a partilha de</p><p>bens do casal.</p><p>Downloaded by Ana Luiza (oliveiraanaluiza698@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|15947558</p><p>https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-especial-pi-principio-da-congruencia-2</p><p>AULA ESPECIAL – PETIÇÃO INICIAL E SEUS DESDOBRAMENTOS</p><p>DPC COM PROF. MARIA EMILIA</p><p>=MATERIAL EXCLUSIVO=</p><p>5 – Autor pediu indenização por danos morais de cem mil reais. Juiz concedeu</p><p>danos morais de setenta mil reais.</p><p>6 – Autor pediu indenização por danos morais de cem mil reais. Juiz concedeu</p><p>danos materiais de cem mil reais.</p><p>7- Autor pediu indenização por danos morais de vinte mil reais e danos materiais</p><p>de cinquenta mil reais. Juiz apreciou o pedido de danos morais, julgando</p><p>improcedente. Não apreciou o pedido de danos materiais.</p><p>8 - Autor pediu indenização por danos morais de vinte mil reais e danos materiais</p><p>de cinquenta mil reais. Juiz julgou os dois pedidos improcedentes.</p><p>9 – Autor pediu indenização por danos morais de cem mil reais. Juiz concedeu</p><p>danos morais de setenta mil reais e danos materiais de cinquenta mil reais.</p><p>10 – Autor pediu alimentos de dois mil reais mensais. Juiz concede alimentos de</p><p>cinco mil reais mensais.</p><p>R</p><p>E</p><p>S</p><p>P</p><p>O</p><p>S</p><p>T</p><p>A</p><p>S</p><p>: 1</p><p>–</p><p>C</p><p>IT</p><p>R</p><p>A</p><p>P</p><p>E</p><p>T</p><p>IT</p><p>A</p><p>. 2</p><p>-E</p><p>X</p><p>T</p><p>R</p><p>A</p><p>P</p><p>E</p><p>T</p><p>IT</p><p>A</p><p>. 3</p><p>–</p><p>N</p><p>Ã</p><p>O</p><p>T</p><p>E</p><p>M</p><p>V</p><p>IC</p><p>IO</p><p>. 4</p><p>–</p><p>U</p><p>L</p><p>T</p><p>R</p><p>A</p><p>P</p><p>E</p><p>T</p><p>IT</p><p>A</p><p>. 5</p><p>–</p><p>N</p><p>Ã</p><p>O</p><p>T</p><p>E</p><p>M</p><p>V</p><p>IC</p><p>IO</p><p>. 6</p><p>–</p><p>E</p><p>X</p><p>T</p><p>R</p><p>A</p><p>P</p><p>E</p><p>T</p><p>IT</p><p>A</p><p>. 7</p><p>–</p><p>C</p><p>IT</p><p>R</p><p>A</p><p>P</p><p>E</p><p>T</p><p>IT</p><p>A</p><p>.</p><p>8</p><p>-N</p><p>Ã</p><p>O</p><p>H</p><p>Á</p><p>V</p><p>IC</p><p>IO</p><p>. 9</p><p>–</p><p>U</p><p>L</p><p>T</p><p>R</p><p>A</p><p>P</p><p>E</p><p>T</p><p>IT</p><p>A</p><p>. 1</p><p>0</p><p>- U</p><p>L</p><p>T</p><p>R</p><p>A</p><p>P</p><p>E</p><p>T</p><p>IT</p><p>A</p><p>.</p><p>Ficou em dúvida com alguma</p><p>das questões? Me mande</p><p>mensagem pelo zap que vou</p><p>te ajudar a entender!</p><p>Downloaded by Ana Luiza (oliveiraanaluiza698@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|15947558</p>