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<p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>1</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>ESQUEMATIZADO</p><p>Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Para Concursos Públicos:</p><p>Banco do Brasil</p><p>Caixa Econômica Federal</p><p>Banco do Nordeste</p><p>Banco da Amazônia</p><p>Fortaleza (CE)</p><p>2010</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>2</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>2. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL</p><p>3. NOÇOES DE RISCO E ANÁLISE DE CRÉDITO</p><p>4. SPB – SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO</p><p>5. OPERAÇÕES PASSIVAS</p><p>6. OPERAÇÕES ATIVAS</p><p>7. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS</p><p>8. MERCADO FINANCEIRO – MERCADO MONETÁRIO, DE CRÉDITO, DE CAPITAIS</p><p>E DE CÂMBIO</p><p>9. NOCÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA</p><p>10. NOÇÕES DE DIREITO APLICADAS AO MERCADO FINANCEIRO</p><p>11. O BANCO DO BRASIL S.A</p><p>12. A CAIXA ECONOMICA FEDERAL</p><p>13. BANCO DO NORDESTE</p><p>14. BANCO DA AMAZÔNIA</p><p>15. GLOSSÁRIO DE TERMOS DO MERCADO FINANCEIRO</p><p>16. BIBLIOGRAFIA</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>3</p><p>1 - INTRODUÇÃO</p><p>Prezado Aluno/Aluna,</p><p>Muito obrigado pela aquisição do meu material de conhecimentos bancários para seleção</p><p>em Bancos Públicos.</p><p>Trata-se de um material desenvolvido ao longo de muitos anos, que venho atualizando a</p><p>cada nova edição do livro MERCADO FINANCEIRO, do Eduardo Fortuna e, considerando</p><p>também, os livros que são citados nas questões dos diversos concursos dos bancos</p><p>oficiais que participo como candidato. Muitos profissionais da CAIXA ECONÔMICA</p><p>FEDERAL, do BANCO DO BRASIL, do BASA e do BNB estudaram somente pelos meus</p><p>slides, que agora estão esquematizados, e hoje encontram-se empregados e felizes.</p><p>Para me manter atualizado, sempre participo das seleções, como candidato, estando</p><p>atualmente aprovado nos seguintes certames: BANCO DO BRASIL/2007, TRE-RJ/2006,</p><p>TRF PIAUÍ/2006, MPU PIAUÍ/2006. No ano de 2004 fui aprovado em 1º. Lugar na CAIXA</p><p>ECONÔMICA FEDERAL, 5º Lugar para ESCRIVÃO da Polícia Federal e 10º. Lugar para</p><p>Analista Administrativo da AGENCIA NACIONAL DO PETRÓLEO.</p><p>Também sou autor de um livro de MATEMATICA FINANCEIRA, que foi estruturado</p><p>durante quatro anos em conjunto com os alunos da disciplina MATEMATICA FINANCEIRA</p><p>numa faculdade de Teresina (PI). Recentemente recebi dois excelentes feedbacks:</p><p>primeiro uma amiga, que não estudava há mais de vinte anos, utilizando o meu livro, foi</p><p>aprovada no concurso do FNDE, em Brasilia (DF). Segundo, uma outra pessoa que estava</p><p>devendo MATEMATICA FINANCEIRA no curso de graduação em Administração de</p><p>Empresas, dependendo da aprovação na disciplina para formar, estudou pelo meu livro e</p><p>conseguir nota 10 na avaliação final.</p><p>Atualmente ministro aulas de Conhecimentos Bancários para concursos de bancos</p><p>públicos no VIP CURSOS, em Teresina (PI), e no Curso AThenas, em Fortaleza (CE). Os</p><p>alunos me apelidaram de “Professor Chiclete com Banana”, aquele que arrasta</p><p>multidões.</p><p>Eis um breve currículo:</p><p>Prof. Antônio Cláudio da Silva - prof.aclaudio@globo.com</p><p> Graduação em Licenciatura Plena em Matemática – UESPI (PI);</p><p> Graduando em Direito – 9º. Período - FAECE – Fortaleza (DF);</p><p> M.B.A. Formação para Altos Executivos – Fundação Dom Cabral (MG);</p><p> Pós-Graduação em Gestão de Negócios – Fundação Dom Cabral (MG);</p><p> Pós-Graduação em Administração Hoteleira – UESPI (PI);</p><p> Pós-Graduação Matemática e Estatística – UFLA (MG);</p><p> Pós-Graduação em Ensino da Matemática – UESPI (PI);</p><p> Pós-Graduando em Direito Internacional – UNIFOR - CE;</p><p> Professor de Cursos de Graduação e Pós-Graduação;</p><p> Professor de Cursos Preparatórios para Concursos – VIP CURSOS, em Teresina</p><p>(PI), Curso Athenas, em Fortaleza (CE) e pela Internet www.voupassar.com.br;</p><p>http://www.voupassar.com.br/</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>4</p><p> Experiência profissional corporativa:</p><p>No Banco do Brasil: Gerente de Agência, Gerente Regional de Negócios, Gerente de</p><p>OSM, Gerente do Núcleo de Consultoria de Brasília, Gerente de Mercado de PJ,</p><p>Gerente de Mercado de Governos, Superintendente Regional, Superintendente</p><p>Estadual Adjunto, Superintendente Estadual.</p><p>Em Empresas de Consultoria: Diretor Executivo, Consultor em Organização e Finanças,</p><p>Facilitador de Cursos Empresariais e Palestrante.</p><p>Em Instituição de Ensino Superior: Diretor Administrativo e Financeiro.</p><p>Na CAIXA ECONÔMICA FEDERAL: Gerente de Relacionamento PJ, Em Teresina (PI),</p><p>Gerente de Risco de Crédito de Grandes Corporações, Projetos de Infraestrutura e</p><p>Operações Estruturadas, em Brasília (DF) e Gerente Regional de Risco de Crédito em</p><p>Fortaleza (CE).</p><p> Autor dos Livros: MATEMÁTICA FINANCEIRA, CONSULTORIA EMPRESARIAL e</p><p>DINÂMICAS PARA TREINAMENTO.</p><p>1.1 - DICAS PARA PASSAR EM CONCURSOS PÚBLICOS</p><p>Faça o curso MOTIVAÇÃO e TÉCNICAS DE ESTUDOS, gratuitamente, no site</p><p>www.voupassar.com.br.</p><p>Para conseguir a tão sonhada aprovação em concursos públicos, algumas</p><p>orientações são importantes:</p><p>1 - As três regras de ouro para aprovação em concursos públicos</p><p>I. HUMILDADE – Nunca sabemos tudo. Sempre teremos o que aprender. Sempre</p><p>devemos ensinar. O conhecimento é democrático.</p><p>II. PACIÊNCIA – Tudo tem o seu tempo. A cada não aprovação significa que estamos</p><p>mais perto da aprovação.</p><p>III. PERSEVERANÇA – O nosso futuro é moldado conforme cada ação que</p><p>promovemos no nosso presente.</p><p>2- Somente lembramos dos concursos que somos aprovados. Aqueles que não temos</p><p>êxito, servem apenas de preparo para o que iremos participar a seguir.</p><p>3 – Não vá para a prova com a obrigação de ser aprovado. Muitas variáveis podem</p><p>contribuir para sua aprovação ou reprovação. Esteja preparado, é o melhor que você</p><p>pode fazer.</p><p>4 – Estude, no mínimo, 4 horas por dia;</p><p>6 – Estude todos os dias, não pule nenhum dia;</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>5</p><p>7 – Se for possível, participe de um curso preparatório para concursos. Os</p><p>professores são profissionais experientes e vão repassar muitas orientações que</p><p>auxiliam no momento da prova;</p><p>8 – Quando estiver fazendo a prova, marque o tempo. Na metade do tempo, peça</p><p>para ir ao banheiro, lave o rosto, as mãos e os punhos. Se puder, passe onde possa</p><p>tomar alguns raios de sol. Você será reenergizado. Sentir-se-á da mesma maneira</p><p>que iniciou a prova;</p><p>9 – Inicie a prova sempre pelas questões que têm maior peso. Se todos os pesos</p><p>forem iguais, pela disciplina que você mais domina. Dessa forma, mais descansado,</p><p>acertará mais o que você domina ou vale mais ponto e errará mais o que você menos</p><p>domina ou o que vale menos ponto.</p><p>10 – Leia o máximo que você puder. Os alunos erram mais na interpretação das</p><p>questões do que em seus conteúdos.</p><p>11 – Não espere concluir uma disciplina para estudar outra. Monte um plano de</p><p>estudos, em que você vai estudando todas as disciplinas ao mesmo tempo, inclusive</p><p>aquela que você menos gosta.</p><p>12 – No caso de concurso para Bancos, domine Conhecimentos Bancários e</p><p>Matemática Financeira e será aprovado.</p><p>13 – Quando o concurso for num domingo, encerre seus estudos na sexta-feira.</p><p>Nunca estude de véspera. O que você não aprendeu, não aprenderá na última hora.</p><p>Curta o dia anterior. Namore, dance, brinque, se divirta. Relaxe e esqueça que o</p><p>concurso será no domingo.</p><p>14 – Quando for aprovado, me envie um e-mail informando. Fico muito realizado e</p><p>feliz em poder contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. É</p><p>energia positiva gerando energia positiva.</p><p>15 – Bons estudos e muito sucesso.</p><p>Um grande abraço, muito sucesso e que Deus o/a abençoe.</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>Prof.aclaudio@globo.com</p><p>Antonio-claudio.silva@caixa.gov.br</p><p>mailto:Prof.aclaudio@globo.com</p><p>mailto:Antonio-claudio.silva@caixa.gov.br</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS –</p><p>de riscos, com a obrigação de</p><p>pagar indenizações se ocorrerem perdas e danos</p><p>nos bens segurados.</p><p>(D) As companhias de crédito, financiamento e</p><p>investimento são instituições privadas, constituídas</p><p>na forma de sociedade anônima, que têm por</p><p>objetivo o financiamento ao consumo, captando</p><p>recursos no mercado basicamente por meio da</p><p>colocação de letras de câmbio.</p><p>(E) Os bancos múltiplos podem operar</p><p>simultaneamente, com autorização do BNDES,</p><p>carteiras de banco comercial, de investimentos, de</p><p>crédito imobiliário, de crédito, financiamento e</p><p>investimento, de arrendamento mercantil e</p><p>desenvolvimento.</p><p>11. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa</p><p>verdadeira.</p><p>(A) A Secretaria de Previdência Complementar é o</p><p>órgão executivo do Ministério da Previdência e</p><p>Assistência Social, responsável pelo controle e</p><p>fiscalização dos planos e benefícios e das atividades</p><p>das entidades de Previdência Privada Fechada.</p><p>(B) O Banco do Brasil é um órgão da administração</p><p>indireta do País, sob a forma de autarquia.</p><p>(C) A Superintendência de Seguros Privados é o</p><p>órgão responsável pelo controle e fiscalização do</p><p>mercado de ações.</p><p>(D) A Comissão de Valores Imobiliários tem por</p><p>finalidade a fiscalização e a regulação do mercado</p><p>de seguros.</p><p>(E) As distribuidoras de títulos e valores mobiliários</p><p>são membros das bolsas de valores e, para</p><p>exercício de suas atividades, não dependem de</p><p>prévia autorização do Banco Central do Brasil.</p><p>12. (ACEP/BNB/2004) Considerando as principais</p><p>funções e finalidades do Conselho Monetário</p><p>Nacional e do Banco Central do Brasil, analise as</p><p>afirmações de I a IV:</p><p>I) o Conselho Monetário Nacional é um órgão</p><p>ligado diretamente ao Congresso Nacional;</p><p>II) a política do Conselho Monetário Nacional</p><p>objetiva, dentre outras finalidades, zelar pela</p><p>liquidez e solvência das instituições financeiras;</p><p>III) dentre as principais funções do Banco Central</p><p>do Brasil destacam-se a formulação, execução e</p><p>acompanhamento da política monetária;</p><p>IV) é considerada função do Banco Central do Brasil</p><p>a emissão e a execução dos serviços do meio</p><p>circulante.</p><p>Marque a alternativa CORRETA:</p><p>A) são verdadeiros os itens I, III e IV.</p><p>B) são verdadeiros os itens I, II e III.</p><p>C) são verdadeiros os itens I, II e IV.</p><p>D) são verdadeiros os itens II,III e IV.</p><p>E) apenas os itens III e IV são verdadeiros.</p><p>13. (ACEP/BNB/2004) Marque a alternativa</p><p>CORRETA sobre as características e atribuições</p><p>legais das instituições financeiras pertencentes ao</p><p>Sistema Financeiro Nacional:</p><p>A) consideram-se instituições financeiras, as</p><p>pessoas jurídicas públicas e privadas que</p><p>tenham como atividade principal a intermediação</p><p>de recursos financeiros próprios.</p><p>B) as instituições financeiras somente poderão</p><p>funcionar no país mediante prévia autorização</p><p>do Banco Central do Brasil ou de decreto do</p><p>Poder Executivo, quando forem estrangeiras.</p><p>C) as instituições financeiras públicas federais, por</p><p>sua personalidade jurídica, não estão sujeitas às</p><p>mesmas disposições relativas às instituições</p><p>financeiras privadas.</p><p>D) é permitido às instituições financeiras conceder</p><p>empréstimos e adiantamentos a seus diretores e</p><p>membros do conselho de administração, na</p><p>condição dos mesmos possuírem, pelo menos,</p><p>20% do capital da instituição.</p><p>E) as instituições financeiras podem manter</p><p>aplicações ilimitadas em bens imóveis.</p><p>14. (FCC/CAIXA/2004) A CAIXA é a instituição</p><p>financeira responsável pela operacionalização das</p><p>políticas do Governo Federal para habitação popular</p><p>e saneamento básico, caracterizando-se cada vez</p><p>mais como o banco de apoio ao trabalhador de</p><p>baixa renda.</p><p>Em seu estatuto estão previstos também outros</p><p>objetivos, COM EXCEÇÃO de</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>35</p><p>(A) atuar nas áreas de atividades relativas a</p><p>bancos comerciais sociedade de crédito imobiliário e</p><p>de saneamento e infra-estrutura urbana.</p><p>(B) Monopólio das operações de penhor, que</p><p>consistem em empréstimos concedidos contra a</p><p>garantia em bens e valor e alta liquidez, como jóias,</p><p>metais preciosos, pedras preciosas, etc.</p><p>(C) administração, com exclusividade, das</p><p>loterias federais.</p><p>(D) Ser órgão executivo e fiscalizador do</p><p>Sistema Financeiro da Habitação, após a</p><p>incorporação do BNH – Banco Nacional de</p><p>Habitação.</p><p>(E) Ser principal operador da política agrícola do</p><p>governo.</p><p>15. (FCC/CAIXA/2004) Assinale a afirmativa correta.</p><p>(A) O Banco do Brasil é uma sociedade anônima</p><p>de capital fechado, cujo controle acionário é</p><p>exercido pela União.</p><p>(B) O Conselho Monetário Nacional é um órgão</p><p>normativo, desempenhando atividade</p><p>executiva. Processa todo o controle do sistema</p><p>financeiro, influenciando as ações de órgãos</p><p>normativos.</p><p>(C) O Banco Nacional do Desenvolvimento</p><p>Econômico e Social define as regras, limites e</p><p>condutas das instituições financeiras, além de</p><p>ser considerado formulador de toda a política</p><p>de moeda e do crédito.</p><p>(D) Uma das atribuições do Conselho Monetário</p><p>Nacional é fixar diretrizes e normas da política</p><p>cambial, visando ao controle da paridade da</p><p>moeda e o equilíbrio do balanço de</p><p>pagamentos.</p><p>(E) Dentre as principais atribuições de</p><p>competência do Banco Central destaca-se</p><p>efetuar o controle do crédito de capitais</p><p>estrangeiros e executar os serviços de</p><p>compensação.</p><p>16. (FCC/CAIXA/2004) Em relação ao subsistema</p><p>de intermediação está correto afirmar que</p><p>(A) os Bancos de Desenvolvimento apóiam</p><p>formalmente o setor público da economia por</p><p>meios de operações e financiamentos às</p><p>empresas governamentais.</p><p>(B) Os bancos comerciais são instituições</p><p>financeiras constituídas obrigatoriamente sob a</p><p>forma de sociedades anônimas e executam</p><p>operações comerciais, isto é, de compra e</p><p>venda de títulos.</p><p>(C) bancos múltiplos têm sua formação com base</p><p>nas atividades de quatro instituições: banco</p><p>comercial, banco de investimento e</p><p>desenvolvimento, sociedade de crédito,</p><p>financiamento e investimento e sociedade de</p><p>micro-crédito.</p><p>(D) Os Bancos de Investimento constituem-se em</p><p>instituições públicas de âmbito estadual, que</p><p>visam promover investimentos na área de</p><p>desenvolvimento urbano da região onde</p><p>atuam.</p><p>(E) a criação de bancos múltiplos surgiu como</p><p>reflexo da própria evolução das cooperativas e</p><p>crescimento do mercado.</p><p>(CESPE/CAIXA 2006 ) A Constituição Federal de</p><p>1988 consagra dispositivos importantes para a</p><p>atuação do Banco Central do Brasil (BACEN), como</p><p>o do exercício exclusivo da competência para emitir</p><p>moeda em nome da União. A política econômica,</p><p>que abrange a política monetária, tem relevância na</p><p>atuação do BACEN. Relativamente às políticas</p><p>econômica e monetária, julgue os itens seguintes.</p><p>17. É por meio do BACEN que o Estado intervém</p><p>diretamente tanto no sistema financeiro como na</p><p>economia.</p><p>18. O BACEN detém poderes para criar ou destruir</p><p>reservas bancárias em curtíssimo prazo.</p><p>19. Entre os instrumentos disponíveis para a</p><p>execução da política monetária, destacam-se as</p><p>operações de mercado aberto, por sua maior</p><p>versatilidade em acomodar as variações diárias de</p><p>liquidez.</p><p>20. A movimentação financeira da sociedade, aí</p><p>incluídas as transações feitas por instituições</p><p>financeiras não-bancárias, é capaz de influenciar o</p><p>saldo das reservas bancárias das instituições</p><p>financeiras bancárias individualmente, mas, de uma</p><p>forma geral, não altera o somatório dos saldos de</p><p>reservas bancárias.</p><p>21. O controle do papel-moeda emitido e o das</p><p>reservas bancárias, que juntos formam o passivo</p><p>monetário do BACEN ou a base monetária, implicam</p><p>o controle dos meios de pagamento mais básicos no</p><p>país, que são o papel-moeda em poder do público e</p><p>os depósitos à vista nas instituições financeiras.</p><p>(CESPE/BASA/2007 ) Antes da promulgação da Lei</p><p>n.º 4.595/1964, conhecida como Lei da Reforma</p><p>Bancária, que criou o Sistema Financeiro Nacional</p><p>(SFN), o mercado financeiro existia em função dos</p><p>bancos comerciais. Após a promulgação da referida</p><p>lei, regularizou-se o</p><p>mercado de crédito e a</p><p>especialização das instituições de intermediação</p><p>financeira cresceu. Atualmente, o SFN é composto</p><p>por um elenco de instituições financeiras públicas e</p><p>privadas. O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o</p><p>órgão máximo de representação e fixação de</p><p>políticas monetárias e creditícias. Com relação ao</p><p>SFN, julgue os itens subseqüentes.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>36</p><p>22. A secretaria executiva do SFN é exercida pelo</p><p>Conselho de Recursos do Sistema Financeiro</p><p>Nacional (CRSFN).</p><p>23. A atribuição principal do Banco Central do Brasil</p><p>é executar as normas elaboradas pelo CMN.</p><p>24. O CMN é uma autarquia federal.</p><p>25. O Comitê de Política Monetária do Banco</p><p>Central (COPOM), não tem influência direta nas</p><p>metas de inflação estipuladas pelo governo federal.</p><p>26. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma</p><p>autarquia federal vinculada diretamente ao CMN.</p><p>(CESPE/BASE/2007) Com a Lei da Reforma</p><p>Bancária, houve a especialização do sistema</p><p>financeiro. A subdivisão desse sistema pode ser</p><p>explicada por meio da seguinte metáfora: imagine</p><p>que existam quatro tribos de índios, sendo que a</p><p>tribo das instituições financeiras teria como cacique,</p><p>chefe maior, o BACEN; a tribo das bolsas de</p><p>valores, corretoras de valores e distribuidoras de</p><p>valores mobiliários teria como cacique a CVM; a</p><p>tribo das sociedades seguradoras, associações de</p><p>previdência privada aberta e sociedades de</p><p>capitalização teria como cacique a Superintendência</p><p>de Seguros Privados (SUSEP); e, por fim, a tribo</p><p>das entidades de previdência privada fechada teria</p><p>como cacique a Secretaria de Previdência</p><p>Complementar (SPC). Pode-se, ainda, comparar a</p><p>Fundação Nacional do Índio (FUNAI), cujo conselho</p><p>cuida de todas as tribos indígenas no Brasil, com o</p><p>CMN, responsável maior do SFN, que formula a</p><p>política da moeda e do crédito e outras políticas</p><p>importantes para o bom funcionamento do SFN,</p><p>como um todo. Tendo o texto acima como referência</p><p>inicial e com relação aos órgãos e autarquias</p><p>mencionados, julgue os itens a seguir.</p><p>27.Autorizar a emissão de papel-moeda e fixar as</p><p>diretrizes e normas de política cambial, inclusive</p><p>compra e venda de ouro e quaisquer operações em</p><p>moeda estrangeira, é competência privativa do</p><p>CMN.</p><p>28. Nos casos de urgência e de relevante interesse</p><p>do SFN, o presidente do CMN, que é o ministro da</p><p>Fazenda, tem a prerrogativa de deliberar sozinho, de</p><p>forma monocrática, independentemente do</p><p>referendo dos demais membros do conselho.</p><p>29. Na Central de Liquidação Financeira e de</p><p>Custódia de Títulos (CETIP), os ativos e contratos</p><p>registrados incluem: letras de câmbio, certificados</p><p>de depósito bancário (CDBs) subordinado, cotas de</p><p>fundo de investimento financeiro e títulos públicos</p><p>federais emitidos após fevereiro de 1992.</p><p>30. As bolsas de valores podem deixar de ser</p><p>entidades sem fins lucrativos, transformando-se em</p><p>sociedades anônimas. Nesse caso, não somente as</p><p>corretoras podem ser sócias, mas também qualquer</p><p>pessoa física ou jurídica.</p><p>31 É atribuição da SUSEP fiscalizar a constituição, a</p><p>organização e o funcionamento das sociedades</p><p>seguradoras, das sociedades de previdência privada</p><p>aberta e das sociedades de capitalização. Zelar pela</p><p>liquidez dessas sociedades é função privativa da</p><p>SPC.</p><p>(CESPE/BASA/2007) O SFN conta com diversas</p><p>instituições de relevante importância, como o Banco</p><p>do Brasil, o Banco da Amazônia S.A., o Banco</p><p>Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social</p><p>(BNDES), as caixas econômicas, os bancos</p><p>comerciais, os bancos múltiplos, os bancos de</p><p>desenvolvimento, os bancos de investimento, os</p><p>investidores institucionais, as bolsas de valores, as</p><p>corretoras, as distribuidoras de valores mobiliários,</p><p>os agentes autônomos e o CRSFN. Essas</p><p>instituições têm suas peculiaridades e diferentes</p><p>participações no sistema financeiro, sendo a maioria</p><p>delas fiscalizadas pelo BACEN. Com relação a</p><p>essas instituições, julgue os próximos itens.</p><p>32. Uma diferença entre as instituições financeiras</p><p>bancárias e as instituições financeiras não-bancárias</p><p>é que as primeiras captam depósitos à vista,</p><p>enquanto as últimas não captam esse tipo de</p><p>depósito.</p><p>33. O BNDES é a instituição responsável pela</p><p>política de investimentos de curto e curtíssimo</p><p>prazos do governo federal.</p><p>34. O CRSFN é uma autarquia federal, cuja</p><p>secretaria-executiva funciona no edifício-sede do</p><p>BACEN, em Brasília.</p><p>35. O Banco da Amazônia S.A. é uma instituição</p><p>financeira pública federal, constituída sob a forma de</p><p>sociedade anônima aberta e economia mista.</p><p>(CESPE/BB/2007) O Banco do Brasil S.A. (BB) teve</p><p>destacado papel na criação, estruturação e</p><p>regulação do Sistema Financeiro Nacional (SFN),</p><p>que ocorreram por meio das leis de Reforma</p><p>Bancária (1964), do Mercado de Capitais (1965) e</p><p>de Criação dos Bancos Múltiplos (1988). O SFN</p><p>pode ser definido como sendo o conjunto de órgãos</p><p>de regulação, instituições financeiras e instituições</p><p>auxiliares, públicos ou privados, que atuam na</p><p>intermediação de transferência de recursos dos</p><p>agentes econômicos (pessoas, empresas ou</p><p>governo) superavitários para os deficitários. Acerca</p><p>das atribuições e funções do BB, julgue os itens</p><p>seguintes.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>37</p><p>36. Na qualidade de agente financeiro do Tesouro</p><p>Nacional, o BB é responsável por executar a política</p><p>de preços mínimos de produtos agropastoris.</p><p>37. O BB é responsável por realizar, por conta</p><p>própria, operações de compra e venda de moeda</p><p>estrangeira nas condições estabelecidas pelo</p><p>Conselho Monetário Nacional (CMN).</p><p>(CESPE/BB/2007) O SFN é composto pelos</p><p>subsistemas normativo e operativo. O subsistema</p><p>normativo é responsável pelo funcionamento do</p><p>mercado financeiro e de suas instituições,</p><p>fiscalizando e regulamentando suas atividades por</p><p>meio, principalmente, do CMN e do Banco Central</p><p>do Brasil (BACEN). A Comissão de Valores</p><p>Mobiliários (CVM) é um órgão normativo de apoio do</p><p>sistema financeiro, atuando mais especificamente no</p><p>controle e fiscalização do mercado de valores</p><p>mobiliários (ações e debêntures). No subsistema</p><p>normativo, enquadram-se, ainda, três outras</p><p>instituições financeiras que apresentam um caráter</p><p>especial de atuação, assumindo certas</p><p>responsabilidades próprias e interagindo com vários</p><p>outros segmentos do mercado financeiro: o BB, o</p><p>Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e</p><p>Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal</p><p>(CAIXA). O subsistema operativo cuida da</p><p>intermediação, do suporte operacional e da</p><p>administração. Existem instituições que pertencem</p><p>ao subsistema de intermediação e que são</p><p>classificadas em bancárias e nãobancárias. Estas</p><p>podem ser instituições auxiliares do mercado ou</p><p>instituições definidas como não-financeiras, porém</p><p>integrantes do mercado financeiro.</p><p>Tendo as informações acima com referência inicial,</p><p>julgue os itens a seguir, a respeito do SFN.</p><p>38. Compete privativamente ao BACEN determinar o</p><p>recolhimento de até 100% do total dos depósitos à</p><p>vista e outros títulos contábeis das instituições</p><p>financeiras, seja na forma de subscrição de letras ou</p><p>obrigações do Tesouro Nacional ou compra de</p><p>títulos da dívida pública federal, seja por meio do</p><p>recolhimento em espécie.</p><p>39. A política do CMN objetiva, entre outros, adaptar</p><p>o volume dos meios de pagamento às reais</p><p>necessidades da economia nacional e seu processo</p><p>de desenvolvimento e, também, zelar pela liquidez e</p><p>insolvência das instituições financeiras.</p><p>40. É atribuição do Conselho de Recursos do</p><p>Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) julgar, em</p><p>segunda e última instância administrativa, recursos</p><p>interpostos de decisões relativas a penalidades</p><p>administrativas aplicadas pelo BACEN, pela CVM e</p><p>pela Secretaria de Comércio Exterior, nas infrações</p><p>previstas na legislação em vigor.</p><p>41. A lei atribui à CVM competência para apurar,</p><p>julgar e punir irregularidades</p><p>eventualmente</p><p>cometidas no mercado de valores mobiliários. Diante</p><p>de qualquer suspeita, a CVM pode iniciar um</p><p>inquérito administrativo, por meio do qual recolhe</p><p>informações, toma depoimentos e reúne provas com</p><p>vistas a identificar o responsável por práticas ilegais,</p><p>desde que lhe ofereça, a partir da acusação, amplo</p><p>direito de defesa.</p><p>(CESPE/BB/2007) Apesar de as suas origens</p><p>estarem na criação do mercado aberto no Brasil na</p><p>década de 60 do século XX, o Sistema Especial de</p><p>Liquidação e Custódia (SELIC) foi formalmente</p><p>criado em 22/10/1979 para organizar a troca física</p><p>de papéis da dívida e viabilizar uma alternativa à</p><p>liquidação financeira por meio de cheques do BB,</p><p>que implicava em risco elevado. Com isso, a</p><p>liquidação financeira das operações passou a ser</p><p>feita pelo resultado líquido ao final do dia,</p><p>diretamente na conta reservas bancárias. O SELIC é</p><p>um grande sistema computadorizado que atua sob a</p><p>responsabilidade do BACEN e da Associação</p><p>Nacional das Instituições dos Mercados Abertos</p><p>(ANDIMA). Por intermédio dele, os operadores</p><p>registram as compras e vendas relativas a títulos</p><p>negociados pelas instituições participantes. No que</p><p>se refere ao SELIC, julgue os itens seguintes.</p><p>42. A taxa referencial do SELIC, de natureza</p><p>remuneratória, também conhecida por SELIC-META,</p><p>é uma taxa de juros, fixada pelo BACEN após a</p><p>divulgação pelo Comitê de Política Monetária</p><p>(COPOM), aplicável pelas instituições financeiras</p><p>para os títulos públicos e adotada como taxa básica</p><p>para a economia. Atualmente, essa taxa é divulgada</p><p>pelo COPOM exatamente a cada 45 dias.</p><p>43. O SELIC é o depositário central dos títulos da</p><p>dívida pública federal externa, emitidos pelo Tesouro</p><p>Nacional. O sistema recebe os registros das</p><p>negociações no mercado secundário e promove a</p><p>respectiva liquidação, contando, ainda, com módulos</p><p>complementares por meio dos quais são efetuados</p><p>os leilões de títulos pelo BACEN.</p><p>(CESPE/BB/2007) A Central de Liquidação e</p><p>Custódia de Títulos (CETIP) é uma das maiores</p><p>empresas de custódia e de liquidação financeira da</p><p>América Latina. Sem fins lucrativos, foi criada em</p><p>conjunto pelas instituições financeiras e pelo</p><p>BACEN, em março de 1986, para garantir mais</p><p>segurança e agilidade às operações do mercado</p><p>financeiro. Acerca da CETIP, julgue os itens</p><p>subseqüentes.</p><p>44. Bancos, corretoras e distribuidoras podem</p><p>participar da CETIP. Não podem participar da CETIP</p><p>as demais instituições financeiras, as sociedades de</p><p>leasing, os fundos de investimento e as pessoas</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>38</p><p>jurídicas não-financeiras, tais como seguradoras e</p><p>fundos de pensão.</p><p>45. Os ativos e contratos registrados na CETIP</p><p>representam quase a totalidade dos títulos e valores</p><p>mobiliários privados de renda fixa, além de</p><p>derivativos, dos títulos emitidos por estados e</p><p>municípios e do estoque de papéis utilizados como</p><p>moedas de privatização, de emissão do Tesouro</p><p>Nacional.</p><p>(CESPE/BB/2007) Todo processo de evolução e</p><p>desenvolvimento de uma economia exige a</p><p>participação crescente de capitais, que são</p><p>identificados por meio da poupança disponível em</p><p>poder dos agentes econômicos e direcionados para</p><p>os setores produtivos carentes de recursos,</p><p>mediante intermediários e instrumentos financeiros.</p><p>Esse processo de distribuição de recursos no</p><p>mercado é que faz evidenciar a função econômica e</p><p>social do sistema financeiro. No SFN, algumas</p><p>instituições têm destacada atuação no processo de</p><p>intermediação financeira, processo pelo qual os</p><p>agentes que possuem recursos superavitários</p><p>transferem esses recursos para aqueles que</p><p>estejam deficitários. Acerca das instituições do SFN,</p><p>julgue os próximos itens.</p><p>46. Os bancos comerciais cooperativos, assim como</p><p>os outros bancos comerciais, têm capital social</p><p>aberto. Em seu capital social, devem constar</p><p>cooperativas de créditos singulares e seu patrimônio</p><p>de referência deve estar enquadrado nas regras do</p><p>acordo da Basiléia.</p><p>47. Bancos de desenvolvimento devem ter sede na</p><p>capital do estado que detiver seu controle acionário,</p><p>devendo adotar, obrigatória e privativamente, em</p><p>sua denominação social, a expressão Banco de</p><p>Desenvolvimento, seguida do nome do estado em</p><p>que tenha sede.</p><p>48. Banco comercial é instituição financeira bancária</p><p>privada ou pública, constituída sob o nome de</p><p>sociedade anônima, especializada basicamente em</p><p>operações comerciais de curto e médio prazo,</p><p>devendo adotar, obrigatoriamente, em sua</p><p>denominação a expressão Banco.</p><p>49. Bancos de investimento não podem manter</p><p>contas-correntes. Suas aplicações podem ter origem</p><p>em certificados de depósitos bancários (CDB) e</p><p>recibos de depósitos bancários (RDB) captados.</p><p>Gabarito</p><p>01 02 03 04 05 06 07 08</p><p>D D B D E B B C</p><p>09 10 11 12 13 14 15 16</p><p>E E A D B C D A</p><p>17 18 19 20 21 22 23 24</p><p>C C C C C E C E</p><p>25 26 27 28 29 30 31 32</p><p>E E C E C C E C</p><p>33 34 35 36 37 38 39 40</p><p>E E C C C E E C</p><p>41 42 43 44 45 46 47 48</p><p>E C E E C C C C</p><p>49</p><p>C</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>39</p><p>01- Uma forma de buscar a segurança do sistema financeiro se dá com a fixação do capital mínimo das</p><p>instituições financeiras, cuja competência é do</p><p>a) Ministro da Fazenda.</p><p>b) Presidente da República.</p><p>c) Conselho Monetário Nacional.</p><p>d) Banco Central do Brasil.</p><p>e) Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.</p><p>02 - Com relação à atuação do Banco Central do Brasil, é correto afirmar que ele</p><p>a) pode realizar operações de redesconto para instituições financeiras.</p><p>b) não pode comprar ou vender títulos públicos federais.</p><p>c) pode limitar as taxas de juros.</p><p>d) pode determinar o capital mínimo das companhias abertas, no mercado de capitais.</p><p>e) fiscaliza as companhias de seguro.</p><p>03 - A Comissão de Valores Mobiliários procura atuar de várias formas para atingir seus objetivos, enquanto</p><p>reguladora do mercado de capitais. Uma dessas formas de atuação se dá com</p><p>a) o julgamento de valor quanto às informações divulgadas pelas companhias no mercado de seguros.</p><p>b) a fiscalização de todas as operações realizadas pelos bancos comerciais.</p><p>c) a autorização para funcionamento dos bancos de investimento.</p><p>d) a indução de comportamento, auto-regulação e autodisciplina.</p><p>e) a transferência, para o Banco Central, da fiscalização sobre as empresas e os investidores que</p><p>participam do mercado de capitais.</p><p>04 - O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, desde sua criação, tem importância estratégica</p><p>para o mercado financeiro e para o governo. Como uma de suas principais características, é correto afirmar</p><p>que ele</p><p>a) liquida todas suas operações no dia seguinte ao da negociação.</p><p>b) realiza a compensação de cheques para o sistema financeiro.</p><p>c) registra os depósitos interfinanceiros ? DI que são objeto de contratos futuros na BM&F.</p><p>d) é administrado pela Federação Brasileira de Bancos - FEBRABAN.</p><p>e) registra as negociações com títulos públicos federais.</p><p>05 - A Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP tornou-se uma entidade de importância para a realização de</p><p>operações financeiras no âmbito do sistema financeiro nacional. A respeito da CETIP é correto afirmar que</p><p>a) constitui uma empresa pública com fins lucrativos.</p><p>b) registra operações com cédulas de produto rural ? CPR.</p><p>c) liquida operações realizadas no mercado secundário de ações, no âmbito da Bolsa de Valores de São</p><p>Paulo.</p><p>d) é subordinada exclusivamente à Superintendência de Seguros Privados ? SUSEP.</p><p>e) não registra operações liquidadas com o uso do Sistema de Transferência de Reservas do Banco</p><p>Central ? STR.</p><p>06 - São instituições que podem captar depósitos a prazo junto ao público:</p><p>a) sociedades de arrendamento mercantil.</p><p>b) sociedades de crédito, financiamento e investimento.</p><p>c) sociedades de crédito imobiliário.</p><p>d) sociedades corretoras de títulos e</p><p>valores mobiliários.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>40</p><p>e) bancos de investimento.</p><p>07 - É de competência privativa do Conselho Nacional de Seguros Privados</p><p>a) fixar as características gerais dos contratos de seguros.</p><p>b) autorizar a movimentação e liberação dos bens e valores obrigatoriamente inscritos em garantia do</p><p>capital, das reservas técnicas e dos fundos.</p><p>c) efetuar a liquidação das sociedades seguradoras que tiverem cassada a autorização para funcionar</p><p>no País.</p><p>d) proceder à habilitação e ao registro dos corretores de seguros, fiscalizar suas atividades e aplicar as</p><p>penalidades cabíveis.</p><p>e) propor diretrizes de política monetária e cambial para apreciação do Conselho Monetário Nacional.</p><p>08 - Em sua existência, o Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC consolidou sua função de</p><p>registro, custódia e liquidação de títulos. Como uma de suas principais características, é correto afirmar que</p><p>a) as operações nele registradas são liquidadas em bloco, ao final de cada dia.</p><p>b) é o depositário central dos títulos da dívida pública federal interna emitidos pelo Tesouro Nacional e</p><p>Banco Central.</p><p>c) os títulos depositados no Sistema não podem ser escriturais, ou seja, emitidos sob a forma eletrônica.</p><p>d) é gerido pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro ? ANDIMA e é operado</p><p>exclusivamente pelo Banco Central.</p><p>e) é um sistema informatizado que se destina apenas ao registro e à custódia de títulos escriturais de</p><p>emissão do Banco Central do Brasil, bem como à liquidação de operações com os referidos títulos.</p><p>09 - NÃO se refere a uma competência do Banco Central do Brasil:</p><p>a) exercer a fiscalização das instituições financeiras.</p><p>b) executar os serviços do meio circulante.</p><p>c) emitir moeda-papel e moeda metálica.</p><p>d) receber os recolhimentos compulsórios.</p><p>e) fixar as diretrizes e normas da política cambial.</p><p>10 - O Conselho Monetário Nacional constitui a autoridade maior na estrutura do sistema financeiro nacional.</p><p>Dentre as suas competências, é correto afirmar que</p><p>a) concede autorização às instituições financeiras, a fim de que possam funcionar no país.</p><p>b) efetua o controle dos capitais estrangeiros.</p><p>c) regula a constituição, o funcionamento e a fiscalização das instituições financeiras.</p><p>d) fiscaliza o mercado cambial.</p><p>e) recebe os recolhimentos compulsórios das instituições financeiras</p><p>11 - O Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, criado pela Andima, em parceria com o Banco</p><p>Central, é um sistema que processa o registro, a custódia e a liquidação financeira das operações realizadas</p><p>com títulos públicos, garantindo transparência aos negócios, agilidade e segurança. Uma das mudanças</p><p>ocorridas com a criação do SELIC foi a</p><p>a) dilação do prazo de liquidação dos títulos públicos, gerando maior segurança nas operações.</p><p>b) redução das taxas cobradas pela custódia dos títulos federais, aumentando a demanda das</p><p>operações realizadas pelo Banco Central.</p><p>c) prorrogação da criação da Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos para o ano de</p><p>1996.</p><p>d) substituição dos títulos físicos por registros eletrônicos, gerando enorme ganho de eficiência, já que</p><p>as operações são fechadas no mesmo dia em que ocorrem.</p><p>e) valorização das taxas de câmbio referentes às operações realizadas com títulos internacionais.</p><p>12 - O Conselho Monetário Nacional (CMN) planeja, elabora, implementa e julga a consistência de toda a</p><p>política monetária, cambial e creditícia do país. É um órgão que domina toda a política monetária e ao qual se</p><p>submetem todas as instituições que o compõem. Uma das atribuições do CMN é</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>41</p><p>a) administrar carteiras e a custódia de valores mobiliários.</p><p>b) estabelecer normas a serem seguidas pelo Banco Central (BACEN) nas transações com títulos</p><p>públicos.</p><p>c) executar a política monetária estabelecida pelo Banco Central.</p><p>d) regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis.</p><p>e) propiciar liquidez às aplicações financeiras, fornecendo, concomitantemente, um preço de referência</p><p>para os ativos negociados no mercado.</p><p>13 - A Caixa Econômica Federal é a instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do</p><p>Governo Federal, principalmente, para habitação, saneamento básico e apoio ao trabalhador. As principais</p><p>atividades da Caixa Econômica Federal estão relacionadas a</p><p>a) elaboração de políticas econômicas que irão auxiliar o Governo Federal na composição do orçamento</p><p>público e na aplicação dos recursos em atividades sociais, como esporte e cultura.</p><p>b) elaboração de políticas para o mercado financeiro, viabilizando a captação de recursos financeiros,</p><p>administração de loterias, fundos, programas e aplicação dos recursos e obras sociais.</p><p>c) captação de recursos financeiros para as transferências internacionais auxiliando os trabalhadores</p><p>brasileiros residentes no exterior.</p><p>d) administração de loterias, fundos (FGTS), programas (PIS) e captação de recursos em cadernetas de</p><p>poupança, em depósitos à vista e a prazo e sua aplicação em empréstimos vinculados</p><p>substancialmente à habitação.</p><p>e) estruturação do Sistema Financeiro Nacional, auxiliando o Banco Central na elaboração de normas e</p><p>diretrizes para administração de fundos e programas como FGTS e PIS.</p><p>14 - O Sistema Financeiro Nacional (SFN), conhecido também como Sistema Financeiro Brasileiro,</p><p>compreende um vasto sistema que abrange grupos de instituições, entidades e empresas. Nesse sentido, o</p><p>Sistema Financeiro Nacional é compreendido por</p><p>a) uma rede de instituições bancárias, ONG, entidades e fundações que visam principalmente à</p><p>transferência de recursos financeiros para empresas com deficit de caixa.</p><p>b) um conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que visam, em última análise, a</p><p>transferir recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo) superavitários para os</p><p>deficitários.</p><p>c) dois subsistemas: um normativo e outro de intermediação financeira, sendo que este último é</p><p>composto por instituições que estabelecem diretrizes de atuação das instituições financeiras</p><p>operativas, como a Comissão de Valores Mobiliários.</p><p>d) instituições financeiras e filantrópicas, situadas no território nacional, que têm como objetivo principal</p><p>o financiamento de obras públicas e a participação ativa em programas sociais.</p><p>e) agentes econômicos e não econômicos que objetivam a transferência de recursos financeiros, desde</p><p>que previamente autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários, para os demais agentes</p><p>participantes do sistema.</p><p>Constituição Federal de 1988 consagra dispositivos importantes para a atuação do Banco Central do Brasil</p><p>(BACEN), como o do exercício exclusivo da competência para emitir moeda em nome da União. A política</p><p>econômica, que abrange a política monetária, tem relevância na atuação do BACEN. Relativamente às</p><p>políticas econômica e monetária, julgue os itens seguintes.</p><p>15 - O BACEN detém poderes para criar ou destruir reservas bancárias em curtíssimo prazo.</p><p>Certo Errado</p><p>16 - É por meio do BACEN que o Estado intervém diretamente tanto no sistema financeiro como na economia.</p><p>Certo Errado</p><p>17 - O controle do papel-moeda emitido e o das reservas bancárias, que juntos formam o passivo monetário</p><p>do BACEN ou a base monetária, implicam o controle dos meios de pagamento mais básicos no país, que são</p><p>o papel-moeda em poder do público e os depósitos à vista nas instituições financeiras.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>42</p><p>Certo Errado</p><p>18 - A movimentação financeira da sociedade, aí incluídas as transações feitas por instituições financeiras</p><p>não-bancárias, é capaz de influenciar o saldo das reservas bancárias das instituições</p><p>financeiras bancárias</p><p>individualmente, mas, de uma forma geral, não altera o somatório dos saldos de reservas bancárias.</p><p>Certo Errado</p><p>19 - Entre os instrumentos disponíveis para a execução da política monetária, destacam-se as operações de</p><p>mercado aberto, por sua maior versatilidade em acomodar as variações diárias de liquidez.</p><p>Certo Errado</p><p>O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) inclui um representante do(a):</p><p>20 - Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o qual exerce a função de presidente-substituto desse conselho.</p><p>Certo Errado</p><p>21 - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.</p><p>Certo Errado</p><p>22 - Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), o qual exerce a função de presidente desse conselho.</p><p>Certo Errado</p><p>23 - Ministério da Previdência e Assistência Social.</p><p>Certo Errado</p><p>24 - Ministério da Fazenda, escolhido entre os membros do segundo escalão.</p><p>Certo Errado</p><p>Os mercados futuros são mercados organizados onde podem ser assumidos compromissos padronizados</p><p>(contratos) de compra ou venda de determinada mercadoria, ativo financeiro ou índice econômico, para</p><p>liquidação em data futura preestabelecida. A esse respeito, julgue os itens que se seguem.</p><p>25 - Os swaps, que podem ser considerados carteiras de contratos a termo, são acordos privados entre duas</p><p>empresas para a troca futura de fluxos de caixa, respeitada uma fórmula previamente estabelecida.</p><p>Certo Errado</p><p>O Banco Central do Brasil (BACEN) conceitua mercado de câmbio como o ambiente abstrato onde se</p><p>realizam as operações de câmbio entre os agentes autorizados pelo BACEN (bancos, corretoras,</p><p>distribuidoras, agências de turismo e meios de hospedagem) ou entre estes e seus clientes. Acerca desse</p><p>tema, julgue os itens abaixo.</p><p>26 - O BACEN executa a política cambial definida pelo Ministério do Planejamento, regulamentando o</p><p>mercado de câmbio e autorizando as instituições que nele operam. Também compete ao BACEN fiscalizar o</p><p>referido mercado, podendo punir dirigentes e instituições mediante multas, suspensões e outras sanções</p><p>previstas em lei.</p><p>Certo Errado</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>43</p><p>O Decreto-lei n.º 73, de 21/11/1966, instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP), composto por</p><p>diversas organizações públicas e privadas. A respeito desse sistema, julgue os itens abaixo.</p><p>27 - Entre outras, é atribuição do IRB prover os serviços de secretaria executiva do CNSP.</p><p>Certo Errado</p><p>28 - Entre outras, são atribuições da SUSEP: fiscalizar a constituição, a organização, o funcionamento e a</p><p>operação das sociedades seguradoras, de capitalização, entidades de previdência privada aberta e</p><p>resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; atuar no sentido de proteger a</p><p>captação de poupança popular que se efetue por meio das operações de seguro, de previdência privada</p><p>aberta, de capitalização e resseguro.</p><p>Certo Errado</p><p>29 - As atribuições do CNSP incluem fixar diretrizes e normas da política de seguros privados e estabelecer</p><p>as diretrizes gerais das operações de resseguro.</p><p>Certo Errado</p><p>30 - O CNSP é composto pelo ministro da Fazenda, que o preside, pelo superintendente da SUSEP, que</p><p>exerce a função de presidente substituto, e por representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e</p><p>Gestão, do Ministério da Previdência e Assistência Social, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico</p><p>e Social e da CVM.</p><p>Certo Errado</p><p>31 - Fazem parte do SNSP: o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), a SUSEP, o IRB Brasil</p><p>Resseguros S.A. (IRB), as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, as</p><p>entidades de previdência privada aberta e os corretores habilitados.</p><p>Certo Errado</p><p>No Sistema Financeiro Nacional, existem órgãos de regulação e fiscalização que se encarregam de verificar o</p><p>cumprimento das leis e normas administrativas referentes às atividades das instituições sob sua jurisdição.</p><p>Com relação a esse contexto, julgue os itens abaixo.</p><p>32 - Os bancos comerciais são duplamente supervisionados, pelo BACEN e pela CVM.</p><p>Certo Errado</p><p>33 - As bolsas de mercadorias e de futuros são duplamente supervisionadas, pelo BACEN e pela CVM.</p><p>Certo Errado</p><p>34 - Todas as entidades do sistema de liquidação e custódia são fiscalizadas exclusivamente pelo BACEN.</p><p>Certo Errado</p><p>35 - Os fundos mútuos são fiscalizados exclusivamente pela CVM.</p><p>Certo Errado</p><p>36 - Todas as entidades ligadas aos sistemas de previdência e seguros são supervisionadas unicamente pela</p><p>Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>44</p><p>Certo Errado</p><p>Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu habeas corpus a Abrahão</p><p>Zarzur, ex-diretor-presidente do Banco Mercantil de Descontos (BMD). O executivo era réu em uma ação</p><p>penal movida pelo Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo a partir de uma autuação do BACEN, que</p><p>apurou irregularidades no balanço da instituição financeira em 1994. O julgamento de 12 de março, cujo</p><p>acórdão ainda não foi publicado, abre um importante precedente sobre o trancamento de uma ação penal</p><p>após um órgão administrativo — BACEN — concluir que não houve irregularidades e extinguir o processo</p><p>administrativo que originou a ação penal. De acordo com o exposto pelo advogado de Zarzur no pedido de</p><p>habeas corpus, o seu cliente estaria 16 na iminência de ser submetido ao constrangimento do processo</p><p>criminal em virtude de comportamento reconhecido pacificamente como lícito pelo BACEN, cuja decisão foi</p><p>confirmada pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN). Para o advogado, se a</p><p>independência entre as instâncias penal e administrativa for interpretada restritivamente, acaba por</p><p>subordinar-se o julgador à autoridade administrativa, não nas suas decisões finais e bem discutidas, mas nos</p><p>erros que comete. Valor Econômico, 18/3/2002, ano 3, n.º 468 (com adaptações).</p><p>Considerando o texto acima, julgue os itens subseqüentes.</p><p>37 - O presidente e o vice-presidente do CRSFN são, respectivamente, o ministro da Fazenda e o presidente</p><p>do BACEN.</p><p>Certo Errado</p><p>38 - Ao CRSFN compete julgar, em primeira instância, os recursos das decisões proferidas pelo BACEN em</p><p>processos administrativos instaurados contra instituições financeiras, seus administradores e membros de</p><p>seus conselhos, em que, cautelarmente, se impuserem restrições às atividades das instituições financeiras.</p><p>Certo Errado</p><p>39 - A decisão do STF, comentada no texto, está coerente com a legislação que ampliou a competência do</p><p>CRSFN, que recebeu igualmente do CMN a responsabilidade de julgar os recursos interpostos contra as</p><p>decisões do BACEN relativas à aplicação de penalidades por infração à legislação cambial, de capitais</p><p>estrangeiros, de crédito rural e industrial.</p><p>Certo Errado</p><p>O cartão de crédito é um serviço de intermediação que permite ao consumidor adquirir bens e serviços em</p><p>estabelecimentos comerciais previamente credenciados mediante a comprovação de sua condição de</p><p>usuário. Essa comprovação é geralmente realizada no ato da aquisição, mediante apresentação do cartão ao</p><p>estabelecimento comercial. O cartão é emitido pelo prestador do serviço de intermediação, chamado</p><p>genericamente de administradora de cartão de crédito, que pode ser um banco. Acerca desse assunto, julgue</p><p>os itens subseqüentes.</p><p>40 - O Banco Central do Brasil (BACEN) autoriza e fiscaliza o funcionamento das empresas administradoras</p><p>de cartão de crédito.</p><p>Certo Errado</p><p>O Conselho Monetário Nacional é a entidade superior do Sistema Financeiro Nacional, tendo por competência</p><p>41 - zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras.</p><p>Certo Errado</p><p>42 - regular o valor externo da moeda</p><p>e o equilíbrio do balanço de pagamentos do país.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>45</p><p>Certo Errado</p><p>43 - regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis.</p><p>Certo Errado</p><p>O BACEN estabelece as normas operacionais de todas as instituições financeiras que operam no território</p><p>brasileiro, definindo as suas características e as suas possibilidades de atuação. Com relação a essas normas</p><p>atualmente vigentes, julgue os itens subseqüentes.</p><p>44 - As companhias hipotecárias podem captar depósitos a prazo com correção monetária, por meio de letras</p><p>imobiliárias, e estabelecer convênios com bancos comerciais para funcionarem exclusivamente como agentes</p><p>do Sistema Financeiro da Habitação.</p><p>Certo Errado</p><p>45 - As sociedades de arrendamento mercantil nasceram do reconhecimento de que o lucro de uma atividade</p><p>produtiva pode advir da simples utilização do equipamento e não necessariamente de sua propriedade.</p><p>Certo Errado</p><p>46 - As cooperativas de crédito atuam basicamente no setor primário da economia, permitindo melhor</p><p>comercialização de produtos rurais e facilitando o escoamento das safras agrícolas para os centros</p><p>consumidores. Destaca-se que os usuários finais dos créditos por elas concedidos são sempre os</p><p>cooperados.</p><p>Certo Errado</p><p>47 - As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários têm uma faixa operacional bem mais ampla</p><p>que a das sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários.</p><p>Certo Errado</p><p>48 - O objetivo principal dos bancos comerciais é proporcionar o suprimento oportuno e adequado de recursos</p><p>necessários para a concessão de financiamento a curto e médio prazos ao comércio, à indústria, às empresas</p><p>prestadoras de serviços e às pessoas físicas.</p><p>Certo Errado</p><p>A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e pela fiscalização dos mercados de seguro, previdência</p><p>privada aberta, capitalização e resseguro. Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada por</p><p>decreto que também instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual fazem parte o Conselho</p><p>Nacional de Seguros Privados (CNSP), o IRB Brasil Resseguros S.A. (IRB Brasil Re), as sociedades</p><p>autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, as entidades de previdência privada aberta e os</p><p>corretores habilitados. Com relação às áreas de atuação dessas instituições, julgue os itens seguintes.</p><p>49 - B Compete ao Conselho Monetário Nacional prescrever os critérios de constituição das sociedades</p><p>seguradoras, das sociedades de capitalização, das entidades de previdência privada aberta e dos</p><p>resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações.</p><p>Certo Errado</p><p>50 - B No final do século passado, o Congresso Nacional aprovou a quebra de monopólio para a atividade de</p><p>resseguro no Brasil, delegada, até então, exclusivamente ao Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). Um ano</p><p>depois, o IRB foi transformado em IRB Brasil Resseguros, sob a forma de autarquia de natureza especial.</p><p>Certo Errado</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>46</p><p>No atual arranjo do sistema financeiro, as principais instituições estão constituídas sob a forma de banco</p><p>múltiplo, que oferece ampla gama de serviços bancários. Outras instituições existentes apresentam certo grau</p><p>de especialização. Acerca dessas instituições, julgue os itens a seguir.</p><p>51 - B Sociedades de crédito e financiamento são direcionadas para o crédito ao consumidor.</p><p>Certo Errado</p><p>52 - B Sociedades de crédito imobiliário e associações de poupança e empréstimo são fornecedoras de</p><p>crédito habitacional.</p><p>Certo Errado</p><p>53 - B Bancos cooperativos são voltados para a concessão de crédito e a prestação de serviços bancários</p><p>aos cooperados, quase sempre produtores rurais.</p><p>Certo Errado</p><p>54 - B Bancos de investimento captam depósitos à vista e depósitos de poupança e atuam mais fortemente no</p><p>crédito agrícola.</p><p>Certo Errado</p><p>55 - B Caixas econômicas captam depósitos a prazo e são especializadas em operações financeiras de médio</p><p>e longo prazo.</p><p>Certo Errado</p><p>56 - B Bancos comerciais captam principalmente depósitos à vista e depósitos de poupança, são tradicionais</p><p>fornecedores de crédito para as pessoas físicas e jurídicas e disponibilizam capital de giro para empresas.</p><p>Certo Errado</p><p>Os bancos têm ampliado sua atuação em produtos e serviços financeiros mais sofisticados, oferecendo aos</p><p>clientes, por exemplo, assessoria para compra e venda de empresas - o que o mercado chama de corporate</p><p>finance -, equipe de especialistas com experiência em operações de mercado de capitais, e assessoria em</p><p>fundos de investimentos, em especial para os clientes pessoa física, de renda mais alta, ou para clientes</p><p>pessoa jurídica. Quanto aos produtos e serviços financeiros, julgue os próximos itens.</p><p>57 - Os fundos mútuos de investimento classificados pelo BACEN como fundos referenciados são os que têm</p><p>por objetivo seguir determinado referencial, apresentam uma gestão passiva da sua carteira e classificam-se</p><p>em dois subtipos: DI e cambial.</p><p>Certo Errado</p><p>58 - O BACEN autoriza e fiscaliza o funcionamento das empresas administradoras de cartão de crédito, na</p><p>situação de coligadas de instituições financeiras.</p><p>Certo Errado</p><p>Todo processo de evolução e desenvolvimento de uma economia exige a participação crescente de capitais,</p><p>que são identificados por meio da poupança disponível em poder dos agentes econômicos e direcionados</p><p>para os setores produtivos carentes de recursos, mediante intermediários e instrumentos financeiros. Esse</p><p>processo de distribuição de recursos no mercado é que faz evidenciar a função econômica e social do</p><p>sistema financeiro. No SFN, algumas instituições têm destacada atuação no processo de intermediação</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>47</p><p>financeira, processo pelo qual os agentes que possuem recursos superavitários transferem esses recursos</p><p>para aqueles que estejam deficitários. Acerca das instituições do SFN, julgue os próximos itens.</p><p>59 - Bancos de desenvolvimento devem ter sede na capital do estado que detiver seu controle acionário,</p><p>devendo adotar, obrigatória e privativamente, em sua denominação social, a expressão Banco de</p><p>Desenvolvimento, seguida do nome do estado em que tenha sede.</p><p>Certo Errado</p><p>Todo processo de evolução e desenvolvimento de uma economia exige a participação crescente de capitais,</p><p>que são identificados por meio da poupança disponível em poder dos agentes econômicos e direcionados</p><p>para os setores produtivos carentes de recursos, mediante intermediários e instrumentos financeiros. Esse</p><p>processo de distribuição de recursos no mercado é que faz evidenciar a função econômica e social do</p><p>sistema financeiro. No SFN, algumas instituições têm destacada atuação no processo de intermediação</p><p>financeira, processo pelo qual os agentes que possuem recursos superavitários transferem esses recursos</p><p>para aqueles que estejam deficitários. Acerca das instituições do SFN, julgue os próximos itens.</p><p>60 - Banco comercial é instituição financeira bancária privada ou pública, constituída sob o nome de</p><p>sociedade anônima, especializada basicamente em operações comerciais de curto e médio prazo, devendo</p><p>adotar, obrigatoriamente, em sua denominação a expressão Banco.</p><p>Certo Errado</p><p>61 - Bancos, corretoras e distribuidoras podem participar da CETIP. Não podem participar da CETIP as</p><p>demais instituições financeiras, as sociedades de leasing, os fundos de investimento e as pessoas jurídicas</p><p>não-financeiras, tais como seguradoras e fundos de pensão.</p><p>Certo Errado</p><p>Gabarito</p><p>01 2 3 4 5 6 7 8 9 10</p><p>C A D E B E A B E C</p><p>11 12 13 14 15 16 17 18 19 20</p><p>D B D B C E C C C E</p><p>21 22 23 24 25 26 27 28 29 30</p><p>E E C E C C E C C C</p><p>31 32 33 34 35 36 37 38 39 40</p><p>C E C E E E E E C E</p><p>41 42 43 44 45 46 47 48 49 50</p><p>C E E E C E E C E E</p><p>51 52 53 54 55 56 57 58 59 60</p><p>C C C E E C C E C E</p><p>61</p><p>E</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>48</p><p>3 – NOÇOES DE RISCO E ANÁLISE DE CRÉDITO</p><p>A palavra crédito deriva do latim credere que significa “acreditar, confiar”.</p><p>Em finanças crédito é definido como a modalidade de financiamento destinada a</p><p>possibilitar a realização de transações comerciais entre empresas e seus clientes.</p><p>Crédito pode ser então todo ato de cessão temporária de parte do patrimônio a um</p><p>terceiro com a expectativa de que está parcela volte a sua posse integralmente, após</p><p>decorrido o tempo estipulado.</p><p>Elementos do Crédito: Confiança e Prazo</p><p>A base do crédito é a confiança que o credor deposita na pessoa a quem concede o</p><p>crédito de que a mesma lhe restituirá o capital mutuado.</p><p>Esta confiança tem de ser entendida sob os pontos de vista subjetivo e objetivo.</p><p> Do ponto de vista subjetivo – A CONFIANÇA significa que o devedor merece</p><p>fé, ou melhor, possui os requisitos morais básicos que fazem a pessoa do</p><p>credor ter a certeza de que ele aplicará a sua capacidade econômica no</p><p>cumprimento de sua obrigação, correspondente à devolução da quantia que</p><p>lhe foi mutuada.</p><p> Do ponto de vista objetivo – A CONFIANÇA compreende a certeza que o</p><p>credor tem de que o devedor é economicamente capaz de liquidar o débito que</p><p>assumiu.</p><p>O prazo é outro elemento deve ser ressaltado.</p><p>O tempo, que corresponde ao período que decorre entre a prestação atual por parte</p><p>de quem concede o crédito e a prestação futura a ser cumprida por quem dele se</p><p>beneficiou e consistente na sua devolução.</p><p>Assim, para alguns o crédito consiste em uma troca de um valor presente por um</p><p>valor futuro, enquanto para outros seria a permissão de usar o capital de outrem.</p><p>Requisitos do Crédito - Sendo a confiança um pilar básico na concessão de crédito,</p><p>ela também se baseia em dois elementos fundamentais: a) vontade de o tomador</p><p>cumprir o estabelecido no contrato de crédito; e b) a habilidade do tomador em fazê-</p><p>lo. As informações sobre o cliente são importantíssimas e requisito fundamental</p><p>para a análise subjetiva do risco do crédito, essas informações são tradicionalmente</p><p>conhecidas como os 5Cs do crédito:</p><p> Caráter;</p><p> Capacidade de Pagamento;</p><p> Capital;</p><p> Condições;</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>49</p><p> Colateral.</p><p>Caráter – É o ”C” de crédito mais importante, tendo em vista que independente do</p><p>montante emprestado, este se refere à capacidade que o tomador tem em repagar o</p><p>empréstimo. É aqui se constrói a ficha cadastral, peça deveras importante na análise</p><p>da capacidade de pagamento do tomador, quando bem elaborada é uma fonte</p><p>preciosa de informações sobre o tomador. Para tal são utilizados os bancos de</p><p>dados de proteção ao crédito para se avaliar o histórico do tomador de recursos, sua</p><p>capacidade de pagamento, se há cheques devolvidos, protestos falência. A ficha</p><p>cadastral deve preencher todos os requisitos para uma boa análise da capacidade</p><p>do tomador.</p><p>Capacidade de Pagamento – A capacidade se refere à habilidade de pagar. A</p><p>globalização trouxe uma aceleração ainda maior no sistema econômico e as</p><p>mudanças tornaram-se cada vez mais rápidas, radicais e freqüentes. Toda essa</p><p>complexidade tem dado um peso maior à capacidade de mutação das empresas,</p><p>sendo que se uma empresa demonstra capacidade de se administrar seu negócio,</p><p>fazendo-o prosperar, assim já está demonstrando sua capacidade de pagamento.</p><p>Capital - Se refere na conversão de negócios em renda. Se as linhas de crédito</p><p>disponíveis e os recursos próprios da empresa forem insuficientes, é bem provável</p><p>que o insucesso da empresa seja grande. Esse é um sinal claro de falta de recursos</p><p>e muito provavelmente a empresa não conseguirá honrar compromissos assumidos.</p><p>Condições - As condições dizem respeito ao cenário micro e macroeconômico em</p><p>que o tomador, no caso a empresa, está inserido. As variáveis como risco país, taxa</p><p>de juros, atividade econômica, estão correlacionados.</p><p>Toda a negociação de crédito com empresas devem levar em conta o contexto atual</p><p>e as perspectivas futuras da economia. É certo que os emprestadores de recursos</p><p>tendem a ser mais liberais em momentos de recuperação econômica e mais</p><p>cautelosos em momentos recessivos.</p><p>Colateral - É grafada como em inglês e o seu significado é garantia, também</p><p>chamado garantia acessória. Refere-se à riqueza patrimonial das empresas. Sua</p><p>importância é para atenuar o risco, é uma tentativa de diminuir a inadimplência.</p><p>O ideal é nunca relacionar o colateral com os pontos fracos dentro do elemento</p><p>caráter, pois incluirá riscos que não devem ser assumidos pelo banco, e sim aos</p><p>elementos capital, capacidade e condições para minimizar os pontos fracos do</p><p>tomador de recursos para estes elementos.</p><p>O risco se refere a tudo que pode ocorrer fora do que foi previsto anteriormente.</p><p>Cada pessoa possui uma atitude frente ao risco e isso permite se dizer que alguém é</p><p>mais arrojado, moderado ou conservador.</p><p>O risco não pode ser confundido com incerteza</p><p>Em finanças risco e incerteza têm conceitos diferentes:</p><p>Risco: existe e pode ser mensurado a partir de dados históricos do tomador, assim a</p><p>concessão do crédito se faz a partir de premissas</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>50</p><p>conhecidas e aceitáveis;</p><p>Incerteza: é quando a decisão de crédito é feita de forma subjetiva, pois os dados</p><p>históricos não estão disponíveis.</p><p>Risco é a probabilidade de perda. O risco de crédito é a probabilidade do tomador</p><p>não honrar seus compromissos no vencimento.</p><p>O risco de crédito é diferente do risco da operação, mas mantém um relacionamento</p><p>direto com a operação que deu origem ao crédito.</p><p>Se houver erro na forma da contratação, da garantia recebida e outras variáveis que</p><p>são utilizadas na decisão de se deferir o crédito. Todavia não se decide pensando</p><p>que o tomador não vai honrar seus compromissos.</p><p>Toda vez que uma instituição financeira vende um crédito está automaticamente</p><p>comprando um risco com todos os efeitos bons e ruins que a transação envolve.</p><p>A maior preocupação que uma instituição financeira tem é a inadimplência, por isso,</p><p>a análise dos cenários macroeconômicos. Acontecimentos externos, recessão,</p><p>aumento da taxa de juros, refletem-se na capacidade de pagamento da empresa por</p><p>gerarem fluxos de caixas menores.</p><p>Fatores internos e externos contribuem diretamente para o aumento do risco.</p><p>Os fatores internos em geral são de natureza administrativa, como exemplo:</p><p>a) Profissionais desqualificados;</p><p>b) Controles inadequados;</p><p>c) Concentração de crédito em clientes de alto risco;</p><p>d) Falta de modelagem estatística;</p><p>e) Política estratégica de crédito da instituição.</p><p>Os fatores externos são os de natureza macroeconômicas e por isso se relacionam</p><p>diretamente com a liquidez.</p><p>O monitoramento da situação macroeconômica é fundamental para a adequada</p><p>gestão do risco, além de disso, o credor tem que conhecer a quem pertence à</p><p>empresa, o setor da atividade econômica que atua. A inflação, a taxa de juros,</p><p>flutuações cambiais, concorrência, e outros fatores devem ser usados em</p><p>modelagens estatísticas que permitam prever o risco.</p><p>Toda a análise de crédito é baseada na Teoria de Precificação de Ativos Financeiros</p><p>e todo investimento financeiro é sujeito a diversas fontes de risco. Os principais</p><p>tipos de risco de investimentos financeiros são:</p><p> Risco de Inadimplência ou de Crédito;</p><p> Risco de Mercado;</p><p> Risco de Liquidez;</p><p> Risco Operacional;</p><p> Risco Sistêmico.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>51</p><p> Risco de Inadimplência</p><p>ou de Crédito: decorre da possibilidade de uma</p><p>empresa não poder honrar seus compromissos;</p><p> Risco de Mercado: refere-se a mudanças e expectativas do mercado;</p><p> Risco de Liquidez: decorre de deságios e comissões de venda de ativos com</p><p>pouca liquidez;</p><p> Risco Operacional: está relacionado a possíveis perdas como resultado de</p><p>sistemas e/ou controles inadequados, falhas de gerenciamento e erros</p><p>humanos.</p><p> Risco Sistêmico: É a ocorrência de desequilíbrios, onde não há um ajuste de</p><p>mercado espontâneo, resultante de comportamento individual racional, que</p><p>possa reverter a situação macroeconômica precária do sistema, e que</p><p>portanto, podem se converter em situações perigosas para os sistemas</p><p>econômicos.</p><p>O modelo do credit scoring, definindo RATING, para clientes e operações, propicia</p><p>agilizar a decisão na concessão do crédito. Embora a utilização desses</p><p>conhecimentos seja prática nas Instituições Financeiras, há limitações para o seu</p><p>uso:</p><p>a) O ajuste adequado dos modelos de risco na avaliação de ativos para carteiras</p><p>de crédito;</p><p>b) As informações imperfeitas fornecidas pelo cliente, que visam “melhorar” a</p><p>capacidade de obtenção de crédito;</p><p>c) A volatilidade do risco país e suas conseqüências na economia;</p><p>d) A ausência de informações sobre o cliente em todo o mercado de crédito.</p><p>Confirme a Resolução BACEN 2682/99, cabe as instituições financeiras classificar as</p><p>operações de crédito, em ordem crescente de risco, nos seguintes níveis:</p><p>Níveis de</p><p>Risco</p><p>Níveis de</p><p>Risco</p><p>AA E</p><p>A F</p><p>B G</p><p>C H</p><p>D</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>52</p><p>I - Em relação ao devedor e seus garantidores:</p><p>Situação econômico-financeira; Pontualidade e atrasos nos</p><p>pagamentos;</p><p>Grau de endividamento; Contingências;</p><p>Capacidade de geração de</p><p>resultados;</p><p>Setor de atividade econômica;</p><p>Fluxo de caixa; Limite de crédito;</p><p>Administração e qualidade de controles.</p><p>A classificação da operação no nível de risco correspondente é de</p><p>responsabilidade da instituição detentora do crédito e deve ser efetuada com base</p><p>em critérios consistentes e verificáveis, amparada por informações internas e</p><p>externas, contemplando, pelo menos, os seguintes aspectos:</p><p>II – Em relação à Operação de Crédito:</p><p>Natureza e finalidade da</p><p>transação;</p><p>Valor;</p><p>Características das garantias, particularmente quanto à</p><p>suficiência e liquidez.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>53</p><p>3 - SBP – SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO</p><p>É um sistema de liquidação composto por um complexo de instalações, equipamentos e</p><p>sistemas computacionais e de comunicação, disponibilizado por uma câmara ou prestador</p><p>de serviços de compensação e liquidação, para liquidação de operações segundo regras e</p><p>procedimentos formalmente estabelecidos. Circular BACEN 3057/2001.</p><p>A Circular 3057/2001 estabeleceu que nos sistemas de liquidação:</p><p>A liquidação financeira deve ser precedida de compensação;</p><p>A liquidação financeira interbancária é definitiva no momento em que efetuadas as</p><p>resultantes movimentações nas contas de Reservas Bancárias mantidas no BACEN.</p><p>No seu artigo 5º. a Circular 3057/2001 estabeleceu que, nos sistemas de liquidação bruta</p><p>em tempo real, a liquidação financeira interbancária:</p><p>Deve ser feita diretamente em conta de Reserva Bancária;</p><p>É definitiva no momento em que são efetuadas as movimentações nas contas</p><p>Reservas Bancárias mantidas no Banco Central do Brasil.</p><p>A liquidação em tempo real, operação por operação, a partir de 22/04/2002 passou a ser</p><p>utilizada também nas operações com títulos públicos federais cursadas na SELIC, o que</p><p>tornou possível, com a interconexão entre esse sistema e o STR (Sistema de</p><p>Transferência de Reservas) .</p><p>O SPB é caracterizado, sobretudo, pela assunção do risco de liquidação pelas</p><p>câmaras e sistemas de liquidação que o integram.</p><p>É composto pelas seguintes Câmaras de Compensação (Clearings Houses):</p><p>BM&F – Câmbio;</p><p>BM&F – Câmara de Derivativos;</p><p>CBLC – Cia Brasileira de Liquidação e Custódia;</p><p>Cetip – Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos;</p><p>Selic – Especial de Liquidação e de Custódia;</p><p>CIP – Câmara Interbancária de Pagamentos;</p><p>Câmara Tecban;</p><p>COMPE – Centralizadora da Compensação de Cheques e Outros Papéis;</p><p>STR – Sistema de Transferência de Reservas.</p><p>BM&F – Câmbio</p><p>A Bolsa de Mercadoria e Futuros (BM&F) opera um sistema de liquidação de operações de</p><p>câmbio contratadas no mercado interbancário, que entrou em funcionamento em</p><p>22.04.2002. As obrigações correspondentes são compensadas multilateralmente e a</p><p>BM&F atua como contraparte central (gestora do sistema). Atualmente são aceitas</p><p>operações com dólar americano e o prazo de liquidação é quase sempre D + 2.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>54</p><p>O sistema observa o princípio do ―pagamento contra pagamento‖ a entrega de moeda</p><p>nacional e a entrega da moeda estrangeira são mutuamente condicionadas), sendo que,</p><p>para isso, a BM&F monitora e coordena o processo de liquidação nas pontas em moeda</p><p>nacional e em moeda estrangeira.</p><p>BM&F – Câmara de Derivativos</p><p>A Bolsa de Mercadoria e Futuros (BM&F), por meio da Câmara de Derivativos, liquida</p><p>contratos à vista, a termo, de futuros, de opções e de swaps. Os principais contratos estão</p><p>referenciados em taxas de juros, taxas de câmbio, índices de preços e índices do mercado</p><p>acionário (BOVESPA).</p><p>É um sistema com compensação multilateral de obrigações, sendo que a liquidação das</p><p>posições líquidas diariamente apuradas é feita em D + 1, por intermédio do STR (Sistema</p><p>de Transferência de Reservas), em contas mentidas no BACEN. A BM&F atua como</p><p>contraparte central e garante a liquidação das posições líquidas dos membros de</p><p>compensação.</p><p>CLBC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia</p><p>A CLBC liquida as operações realizadas na BOVESPA (renda variável privada), BVRJ</p><p>(títulos públicos) e SOMA (Mercado de Balcão Organizado) (renda variável).</p><p>A CBLC atua como depositária central de ações e títulos de dívida corporativa, mantendo</p><p>contas individualizadas, o que permite a identificação do investidor final das operações</p><p>realizadas.</p><p>A liquidação é feita com compensação multilateral de obrigações, mas, em situações</p><p>específicas previstas no regulamento de operações, pode ser feita em tempo real,</p><p>operação por operação. Na compensação multilateral de obrigações, a CBLC atua como</p><p>contraparte central, assegurando a liquidação das operações entre os agentes de</p><p>compensação. A liquidação financeira final é feita sempre por intermédio do STR, em</p><p>contas mantidas no BACEN.</p><p>CETIP - Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos</p><p>A CETIP é depositária de títulos de renda fixa privados (CDBs, RDBs, DIs, LCs, LHs,</p><p>DEBÊNTURES e Commercial Papers, etc), títulos públicos estaduais e municipais e títulos</p><p>representativos de dívidas de responsabilidade do Tesouro Nacional, FCVS, PROAGRO,</p><p>TDA.</p><p>Na qualidade de depositária, a entidade processa a emissão, o resgate e a custódia dos</p><p>títulos.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>55</p><p>Os títulos são emitidos escrituralmente, isto é, existem apenas sob a forma de registros</p><p>eletrônicos. As operações são realizadas no mercado de balcão, incluindo aquelas</p><p>realizadas por intermédio do CETIPNET (Sistema Eletrônico de negociação).</p><p>SELIC - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia</p><p>O SELIC é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo BACEN</p><p>e nessa condição processa a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia. O</p><p>sistema também a liquidação das operações definitivas e compromissadas realizadas em</p><p>seu ambiente.</p><p>Todos os títulos são escriturais. A liquidação financeira de cada operação é realizada por</p><p>intermédio do STR.</p><p>É um sistema de liquidação em tempo real, a liquidação de operações é sempre</p><p>condicionada à disponibilidade do título negociado na conta de custódia do vendedor e à</p><p>disponibilidade de recursos por parte do comprador.</p><p>CIP - Câmara Interbancária de Pagamentos</p><p>A CIP opera o Sistema de Transferências de Fundos (SITRAF), que utiliza compensação</p><p>contínua de obrigações.</p><p>O SITRAF funciona com base em ordens de crédito, isto é, somente o titular da conta a ser</p><p>debitada pode emitir a ordem de transferência de fundos, que pode ser feita em nome do</p><p>próprio participante ou por conta de terceiros, a favor do participante destinatário ou de</p><p>cliente do participante destinatário.</p><p>A participação direta no SITRAF é restrita às instituições titulares de conta de Reserva</p><p>Bancária, isto é, bancos e bancos de investimento.</p><p>Câmara TECBAN</p><p>No sistema de compensação e de liquidação operado pela Tecnologia Bancária S.A</p><p>(TECBAN), que entrou em funcionamento em 22.04.2002, são processadas transferências</p><p>de fundos interbancários relacionadas principalmente com pagamentos realizados com</p><p>cartões de débito e saques na rede de atendimento automático de uso compartilhado,</p><p>conhecida como BANCO 24 HORAS. O sistema utiliza compensação multilateral de</p><p>obrigações, com a liquidação final dos resultados apurados sendo feita, pelo STR. A</p><p>liquidação é garantida pela TECBAN.</p><p>Todas as confirmações são feitas pela TECBAN em tempo real, saldo no caso de débitos</p><p>diretos e créditos diversos.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>56</p><p>COMPE - Centralizadora da Compensação de Cheques e Outros Papéis</p><p>A COMPE liquida as obrigações interbancárias relacionadas principalmente com cheques,</p><p>documentos de crédito e boletos de cobrança.</p><p>Os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial e a Caixa Econômica</p><p>Federal são titulares no BACEN, de conta vinculada à liquidação financeira das obrigações</p><p>interbancárias apuradas na COMPE. Essa conta vinculada recebe depósito mediante</p><p>transferência de fundos ordenada pelo titular por meio do STR.</p><p>A Centralizadora da Compensação de Cheques e Outros Papéis (COMPE), regulada pelo</p><p>BACEN e executada pelo Banco do Brasil.</p><p>Sistema de Transferência de Reservas - STR</p><p>O STR é um sistema de transferência de fundos com liquidação bruta em tempo real,</p><p>instituído e operado pelo BACEN. O sistema funciona com base em ordens de crédito,</p><p>onde somente o titular da conta a ser debitada pode emitir a ordem de transferência de</p><p>fundos.</p><p>Entrou em funcionamento no dia 22.04.2002 e está disponível aos participantes, para</p><p>registro e liquidação de ordens de transferência de fundos, nos dias considerados úteis</p><p>para fins de operações praticadas no mercado financeiro.</p><p>No STR podem ser cursadas ordens de transferência de fundos de qualquer valor. Uma</p><p>vez realizada, a liquidação da ordem de transferência de fundos é irrevogável e</p><p>incondicional.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>57</p><p>3.1 - Questões de Concursos</p><p>01. (DAVES/BANPARÁ/2005) É característica do</p><p>TED (Transferência Eletrônica Disponível) a que se</p><p>apresenta na alternativa:</p><p>(A) O recurso estará disponível ao beneficiário no prazo</p><p>máximo de 48 (quarenta e oito) horas, ou seja, de 2</p><p>(dois) dias.</p><p>(B) O recurso sairá da conta do pagador no prazo de 24</p><p>(vinte e quatro) horas, para poder compensar em até</p><p>48 (quarenta e oito) horas ao beneficiário.</p><p>(C) Se o TED for feito em cheque, poderá levar até 5</p><p>(cinco) dias úteis para o recurso entrar na conta do</p><p>beneficiário.</p><p>(D) Se o TED for feito em cheque de valor superior a R$</p><p>1.000,00 (um mil reais), obrigatoriamente deverá ficar</p><p>disponibilizado ao beneficiário, no prazo máximo de</p><p>48 (quarenta e oito) horas.</p><p>(E) Terá liquidação no próprio dia, ou seja, atualizará o</p><p>saldo da conta do recebedor na mesma data em que</p><p>é emitida pelo pagador.</p><p>02. (ACEP/BNB/2004) O Sistema de Pagamentos</p><p>Brasileiro (SPB) modernizou o sistema de</p><p>transferências de recursos interbancários, sem</p><p>eliminar, por completo, o sistema tradicional de</p><p>compensação de cheques e outros documentos.</p><p>Com relação ao seu funcionamento, assinale a</p><p>alternativa CORRETA:</p><p>A) a Transferência Eletrônica Disponível (TED) é</p><p>utilizada para transferências de recursos</p><p>superiores a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais).</p><p>B) para transferências de recursos abaixo de R$</p><p>50.000,00 (cinqüenta mil reais) deve ser utilizado</p><p>cheque ou DOC (Documento de Compensação)</p><p>por intermédio da Centralizadora de</p><p>Compensação de Cheques e Outros Papéis</p><p>(COMPE).</p><p>C) os cheques apresentados à compensação sem</p><p>provisão de fundos devem ser devolvidos pela</p><p>alínea 11 na primeira apresentação e alínea 12</p><p>na segunda apresentação.</p><p>D) os cheques e DOC's são compensados e</p><p>transferidos da conta do emitente para a do</p><p>beneficiário no mesmo dia.</p><p>E) como o cheque é uma ordem de pagamento a</p><p>vista, os bancos e empresas são obrigados a</p><p>recebê-lo para quitar pagamentos.</p><p>(CESPE/CAIXA/2006) Até meados dos anos 90 do</p><p>século passado, as mudanças no Sistema de</p><p>Pagamentos Brasileiro (SPB) foram motivadas pela</p><p>necessidade de se lidar com altas taxas de inflação</p><p>e, por isso, o progresso tecnológico então alcançado</p><p>visou principalmente ao aumento da velocidade de</p><p>processamento das transações financeiras. Na</p><p>reforma recentemente conduzida pelo BACEN, o</p><p>foco foi redirecionado para a administração de</p><p>riscos. Nessa linha, a entrada em funcionamento do</p><p>Sistema de Transferência de Reservas (STR), em</p><p>22/4/2002, marca o início de uma nova fase do SPB.</p><p>Considerando o texto acima, julgue os itens a seguir,</p><p>com base nos fundamentos do atual SPB.</p><p>03. No Brasil, as transferências de crédito interbancárias</p><p>por não-bancos, a partir da implantação do novo SPB,</p><p>passaram a ser feitas unicamente por meio das</p><p>transferências eletrônicas disponíveis (TED).</p><p>04. Na nova fase do SPB, a liquidação em tempo real</p><p>passou a ser utilizada nas operações com títulos públicos</p><p>federais transacionados no Sistema Especial de</p><p>Liquidação e de Custódia (SELIC).</p><p>05. O SPB é operado pelo BACEN e as transferências de</p><p>fundos interbancárias, que podem ser liquidadas em</p><p>tempo real, têm caráter revogável e condicional.</p><p>06. O atual SPB possibilita a redução dos riscos de</p><p>liquidação nas operações interbancárias, com</p><p>conseqüente redução do risco sistêmico, isto é, do risco</p><p>de que a quebra de um banco provoque a quebra em</p><p>cadeia de outros bancos.</p><p>07. Compete ao ministro da Fazenda definir quais</p><p>sistemas de liquidação são considerados sistemicamente</p><p>importantes.</p><p>08. No âmbito de um sistema de compensação e de</p><p>liquidação, não é admitida compensação multilateral de</p><p>obrigações.</p><p>Gabarito</p><p>01 02 03 04 05 06 07 08</p><p>E C E C E C E E</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>58</p><p>4 - OPERAÇÕES PASSIVAS – Produtos de Captação de Recursos</p><p>(Depósitos)</p><p>4.1 - Depósitos a Vista</p><p>A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica e distinta dos</p><p>bancos comerciais, o que configura como instituições financeiras monetárias. É a chamada</p><p>captação a custo zero. Assim, o depósito à vista, para o banco, é um dinheiro gratuito.</p><p>Entretanto, como existe um custo implícito na abertura e na movimentação de uma conta</p><p>corrente, os bancos podem, eventualmente, estabelecer valores mínimos para abertura e</p><p>manutenção de saldo médio</p><p>em conta pelo cliente, que, pelo menos, garanta a cobertura</p><p>dos custos operacionais da conta.</p><p>A conta corrente é o produto básico da relação entre o cliente e o banco, pois através dela</p><p>são movimentados os recursos dos clientes, via depósito, cheques, ordens de pagamento,</p><p>DOC, e após o SPB, a Transferência Eletrônica Disponível – TED.</p><p>Elas podem ser:</p><p>Para pessoa física ou jurídica;</p><p>Individual ou conjunta (somente para pessoas físicas);</p><p>Não solidária (Todos os titulares devem assinar) ou solidária (qualquer um dos</p><p>titulares pode assinar individualmente (no caso de contas conjuntas);</p><p>Atualmente existem as seguintes contas:</p><p>Contas Correntes Convencionais;</p><p>Contas Especiais de Depósitos – Contas Simplificadas (Clientes de baixo poder</p><p>aquisitivo;</p><p>Contas Eletrônicas de Depósito – Contas de brasileiros no exterior;</p><p>Conta-Salário – Salários, vencimentos, pensões, proventos, aposentadorias e</p><p>similares;</p><p>Conta Investimento.</p><p>Para a abertura de uma conta corrente são exigidos os seguintes documentos:</p><p>Para Pessoas Físicas:</p><p>Documentos de identificação pessoal;</p><p>Documento de regularidade com a Fazenda Pública - CPF;</p><p>Documentos de comprovação de domicílio;</p><p>Documentos de comprovação de renda.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>59</p><p>São considerados documentos de identidade hábeis:</p><p>• Carteira de Identidade emitida pelos Estados (RG);</p><p>• Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);</p><p>• Carteira de Identificação emitida pelas entidades de Classe (CRC, CRA, CRN, OAB,</p><p>etc.);</p><p>• Carteira Nacional de Habilitação com foto;</p><p>• Carteira de Identidade de Estrangeiro;</p><p>• Passaporte com foto;</p><p>• Carteira de identificação emitida pelas forças armadas.</p><p>Documento para comprovação de domicílio considerados hábeis:</p><p>• Contas de Água, Luz ou Telefone;</p><p>• Boletos Bancários diversos;</p><p>• Contrato de Locação.</p><p>Documentos comprobatórios de renda considerados hábeis:</p><p>• Contra-cheques e hollerith;</p><p>• A CTPS com as anotações salariais;</p><p>• DECORE.</p><p>Para Pessoas Jurídicas:</p><p>Cópia do Contrato Social e todos os seus aditivos (no caso de sociedades),</p><p>devidamente registrados na Junta Comercial (Sociedade Empresária) ou no Cartório</p><p>de Registro de Pessoas Jurídicas (No caso de Sociedade Simples);</p><p>Cópia dos Estatutos e Regimento interno devidamente inscritos no Cartório de</p><p>Registro de Pessoas Jurídicas, no caso de instituições sem fins lucrativos.</p><p>Cartão do CNPJ;</p><p>Relação de Faturamento dos últimos 12 meses ou projeção;</p><p>Documentos pessoais dos sócios e/ou dirigentes ( Os mesmos para o cadastro de</p><p>pessoas físicas)</p><p>4.2 - Depósitos a Prazo</p><p>O RDB (Recibo de Depósito a Prazo) e o CDB (Certificado de Depósito a Prazo) são os</p><p>mais antigos e utilizados títulos de captação de recursos, junto às pessoas físicas e</p><p>jurídicas, pelo bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento,</p><p>bancos múltiplos que tenham uma destas carteiras e caracterizam um depósito a prazo</p><p>fixo.</p><p>IMPORTANTE! No caso específico do RDB, ele também pode ser instrumento de captação</p><p>de recursos por parte das Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento –</p><p>Financeiras e por parte das Cooperativas de Crédito junto aos seus associados.</p><p>(Resolução 3.454/07)</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>60</p><p>O CDB é um título de crédito escritural (não existe fisicamente) e o RDB um recibo (existe</p><p>fisicamente), e sua emissão gera a obrigação das instituições emissoras pagar ao</p><p>aplicador, ao final do prazo contratado, a remuneração prevista. Os recursos captados</p><p>pelas instituições através desses instrumentos são normalmente repassados aos clientes</p><p>na forma de empréstimos.</p><p>Ambos podem ter a taxa pré-fixada e pós-fixada.</p><p>RECIBO DE DEPÓSITO BANCÁRIO – RDB – Podem ser resgatados antecipadamente</p><p>em caráter excepcional, desde que com o acordo da instituição depositária. Neste caso</p><p>acontecerá uma perda de rentabilidade. O cliente perde os juros do período em que o</p><p>recurso ficou aplicado no Banco.</p><p>CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO – CDB – É transferível (resgatado, a critério</p><p>da instituição financeira, antes do vencimento) por endosso nominativo (endosso em</p><p>preto), desde que respeitados os prazos mínimos. O endossante responde pela existência</p><p>do crédito, mas não pelo seu pagamento. Não pode ser prorrogado, mas renovados de</p><p>comum acordo, por uma nova contratação.</p><p>O CDB podem ser classificado de acordo com a sua natureza em:</p><p>CDB – DI (antigo CDB-Over) – Foi criado pelo mercado para substituir o</p><p>OVERNIGTH. Para viabilizar essas operações, os bancos emitiam o CDB prefixado,</p><p>garantindo liquidez antes do prazo do vencimento e taxas equivalentes a</p><p>porcentagem do CDI. Desse modo podiam recomprá-lo quando o cliente precisasse,</p><p>pagando pelo prazo decorrido a porcentagem do CDI acertada informalmente no ato</p><p>da aplicação. Com a introdução dos SWAPs, estas operações passaram a ser feitas</p><p>vinculadas a um contrato de SWAP de pré para DI.</p><p>CDB Rural – São títulos cuja captação é específica dos bancos comerciais e</p><p>múltiplos com carteira comercial e que aplicam no crédito rural e se destinam aos</p><p>financiamentos agrícolas. Seus prazos são similares aos demais CDBs e as</p><p>instituições financeira têm que provar ao BACEN que os recursos captados com</p><p>esses papéis se destinam ao financiamento da comercialização dos produtos</p><p>agropecuários e/ou máquinas e equipamentos agrícolas.</p><p>CDB com Taxa Flutuante – Nas aplicações com prazo mínimo de 120 dias, existia</p><p>a alternativa para o investidor de repactuar a cada 30 dias a taxa de remuneração</p><p>do CDB que, dessa forma, não deveria estar vinculado à TR. O rendimento deveria</p><p>ser baseado em outras taxas de juros apuradas regularmente pelo mercado, desde</p><p>que o conhecimento público, e com critérios já definidos na data da assinatura do</p><p>contrato.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>61</p><p>4.3 – Caderneta de Poupança</p><p>Caderneta de Poupança Tradicional - É a aplicação mais simples e tradicional, sendo</p><p>uma das poucas, senão a única, em que se podem aplicar pequenas somas e ter liquidez,</p><p>apesar da perda de rentabilidade para saques fora da data de aniversário da aplicação. É</p><p>um produto exclusivo das SCI, das Carteiras Imobiliárias dos bancos múltiplos, das</p><p>associações de poupança e empréstimos e das caixas econômicas. Conforme resolução</p><p>BACEN 3347/06, no mínimo 65% dos valores depositados devem ser aplicados em</p><p>financiamento imobiliário e 20% é encaixa obrigatório no BACEN.</p><p>Caderneta de Poupança de Rendimentos Trimestrais (Isenção da CPMF) – Foi criada</p><p>para pessoas físicas, exclusivamente, com o prazo mínimo de resgate de três meses, para</p><p>efeito de absorção dos rendimentos.</p><p>Caderneta de Poupança de Rendimentos Crescentes – Foi criada para permitir que</p><p>seus depositantes, pessoas físicas e pessoas jurídicas sem fins lucrativos, recebessem</p><p>correção monetária, mais juros, esses últimos com taxas crescentes, durante o período</p><p>pactuado com a instituição detentora da conta de depósito de poupança. Somente pode</p><p>ser feito um único depósito uma única retirada. Os rendimentos são creditados</p><p>trimestralmente e as taxas de juros são crescentes: 1,5 a.t do primeiro e ao terceiro</p><p>trimestres; 1,705% a.t. do quarto ao oitavo trimestres; 1,942% a.t. do nono ao décimo-</p><p>primeiro trimestres e 2,177% a.t. do décimo-segundo trimestre em diante..</p><p>Caderneta de Poupança com finalidade específica – Destinada a pessoas físicas, com</p><p>rentabilidade idêntica à da poupança tradicional, mensal ou trimestral, em função da</p><p>modalidade.</p><p>As modalidades disponíveis são:</p><p>Garantia Locatícia;</p><p>Revendedores Lotéricos;</p><p>Trabalho de Condenado;</p><p>Para crédito de valores de cotas de PIS/Pasep, do FGTS, de fundos de</p><p>investimento e de saldos liberados de contas de depositantes falecidos;</p><p>Leiloeiros.</p><p>Caderneta</p><p>Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>6</p><p>2 – SFN - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL</p><p>2.1 – Termos mais usados nos concursos</p><p>Vamos iniciar com os termos usados no mercado financeiro e que tem aparecido em</p><p>muitas provas nos concursos para os bancos públicos. Além desses termos, você poderá</p><p>conhecer outros no glossário, ao final da apostila.</p><p>SPREAD BANCÁRIO</p><p>É o ganho do Banco nas operações de crédito. É a</p><p>diferença entre a taxa da captação de recursos e a sua</p><p>aplicação através de um empréstimo.</p><p>FLOAT</p><p>É o número de dias que um recurso financeiro fica a disposição do</p><p>Banco para aplicação como recurso livre.</p><p>FUNDING É o recurso que poderá ser aplicado em um projeto.</p><p>SWAP</p><p>É a possibilidade contratual de se efetuar uma troca de taxa de juros</p><p>e/ou indexador de um contrato, como forma de reduzir um grande</p><p>lucro ou atenuar uma grande perda, decorrente das alterações do</p><p>mercado.</p><p>HEDGE É como se fosse um seguro. É uma proteção para evitar perdas.</p><p>CORPORATE</p><p>Empresas de grande porte. Normalmente com faturamento anual</p><p>acima de 100 milhões/ano.</p><p>FACTORING</p><p>Empresa comercial que compra crédito (cheques ou títulos de</p><p>crédito, em especial, duplicatas.)</p><p>Não é empresa financeira.</p><p>Não é fiscalizada pelo BACEN.</p><p>CONVENANTS</p><p>Garantia originária do Direito Anglo-Saxão, em que o credor tem o</p><p>direito de acompanhar o processo de gestão do devedor.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>7</p><p>2.2 – Histórico do SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL</p><p>Norma Jurídica Objetivo</p><p>Lei 4.357/64 - Lei da</p><p>Correção Monetária</p><p>A lei instituiu normas para a indexação de débitos fiscais, títulos</p><p>públicos federais com cláusula de correção monetária (ORTN) –</p><p>destinados a antecipar receitas, cobrir déficit público e promover</p><p>investimentos.</p><p>Lei 4.380/64 - Lei do</p><p>Plano Nacional da</p><p>Habitação</p><p>Foi criado o BNH, como órgão gestor do também criado</p><p>SISTEMA BRASILEIRO DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO</p><p>(SBPE).</p><p>Lei 4.595/64 - Lei da</p><p>Reforma do Sistema</p><p>Financeiro Nacional</p><p>Criação do CMN e do BACEN.</p><p>Lei 4.728/65 - Lei do</p><p>Mercado de Capitais</p><p>Foram estabelecidas as normas e regulamentos básicos para</p><p>estruturação do Mercado de Capitais.</p><p>Lei 6.385/76 - Lei da</p><p>CVM</p><p>Criação da CVM (Comissão de Valores Nobiliários).</p><p>Lei 6.404/76 - Lei das</p><p>S.A</p><p>Estabeleceu as regras de organização e funcionamento das</p><p>Sociedades Anônimas.</p><p>Lei 10.303/01 - Nova</p><p>Lei das S.A</p><p>Atualização da Lei 6.404/76.</p><p>Resolução CMN</p><p>3.040/02</p><p>Atualizou as regras para constituição de instituições financeiras.</p><p>2.3 – Composição dos SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL</p><p>Autoridades Monetárias</p><p>• Conselho Monetário Nacional - CMN</p><p>• Banco Central do Brasil – BC ou BACEN</p><p>Autoridades de Apoio</p><p>• Comissão de Valores Mobiliários - CVM</p><p>• Banco do Brasil – BB</p><p>• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES</p><p>• Caixa Econômica Federal – CEF ou CAIXA</p><p>• Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional – CRSFN</p><p>Instituições Financeiras Monetárias – São as instituições que possuem depósitos à vista</p><p>e, portanto, multiplicam a moeda.</p><p>• Bancos Comerciais - BC</p><p>• Caixas Econômicas - CE</p><p>• Bancos Cooperativos - BCo</p><p>• Cooperativas de Crédito - CC</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>8</p><p>Instituições Financeiras Não Monetárias - São as instituições que captam recursos para</p><p>empréstimos, através da emissão de títulos e, portanto, realizam somente a intermediação</p><p>da moeda. NÃO EMITEM MOEDA ESCRITURAL.</p><p>• Bancos de Desenvolvimento - BD</p><p>• Bancos de Investimento - BI</p><p>• Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento – Financeiras</p><p>• Sociedade de Crédito ao Microempreendedor – SCM</p><p>• Companhias Hipotecárias-CH</p><p>• Sociedades de Crédito Imobiliário-SCI</p><p>• Associações de Poupança e Empréstimo-APE</p><p>Instituições Financeiras Auxiliares do Mercado Financeiro</p><p>• Sociedades Corretoras de títulos e Valores Mobiliários-CTVM</p><p>• Sociedades Distribuidores de Títulos e Valores Mobiliários - DTVM</p><p>• Sociedades de Arrendamento Mercantil-Leasing</p><p>• Agências de Fomento ou de Desenvolvimento-AF</p><p>• Investidores Institucionais - II</p><p>1. Fundos Mútuos de Investimento</p><p>2. Entidades Abertas ou Fechadas de Previdência Privada</p><p>3. Seguradoras</p><p>Banco Múltiplo</p><p>Instituições ligadas aos Sistemas de Previdência e Seguro</p><p>• Entidades Abertas e Fechadas de Previdência Complementar;</p><p>• Seguradoras;</p><p>• Sociedade de Capitalização;</p><p>• Sociedade Administradoras de Seguro Saúde.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>9</p><p>2.3.1 – CMN - Conselho Monetário Nacional</p><p>Órgão NORMATIVO, por excelência, não lhe cabe funções executivas, sendo o</p><p>responsável pela fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambial do País.</p><p>Pelo envolvimento destas políticas no cenário econômico nacional, o CMN se transforma</p><p>em um Conselho de Política Econômica.</p><p>Número de Membros:</p><p>Governo Participantes</p><p>Castelo Branco 6</p><p>Costa e Silva 4</p><p>Médici 10</p><p>Geisel 8</p><p>Figueiredo 8</p><p>Sarney 15</p><p>Collor 11</p><p>Itamar 13</p><p>FHC até os dias</p><p>de hoje</p><p>3</p><p>CMN – Integrantes atuais – A MP 542, de 06/94, que criou o Plano Real, determinou que</p><p>o CMN fosse composto pelos seguintes membros:</p><p>• Ministro da Fazenda (Presidente);</p><p>• Ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão;</p><p>• Presidente do Banco Central.</p><p>Competências do CMN:</p><p>• Adaptar o volume dos meios de pagamentos às reais necessidades da economia</p><p>nacional;</p><p>• Regular o valor interno da moeda;</p><p>• Regular o valor externo da moeda;</p><p>• Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas e privadas;</p><p>• Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros;</p><p>• Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;</p><p>• Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública</p><p>interna e externa;</p><p>• Estabelecer meta de inflação.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>10</p><p>Atribuições Específicas do CMN:</p><p>• Autorizar as emissões de moeda papel;</p><p>• Aprovar os orçamentos monetários preparados pelo BACEN;</p><p>• Fixar diretrizes e normas da política cambial;</p><p>• Disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas de operações creditícias;</p><p>• Estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços bancários;</p><p>• Determinar as taxas de recolhimento compulsório das instituições financeiras;</p><p>• Regulamentar as operações de redesconto de liquidez;</p><p>• Outorgar ao BACEN o monopólio de operações de câmbio quando o balanço de</p><p>pagamento exigir;</p><p>• Estabelecer normas a serem seguidas pelo BACEN nas transações com títulos</p><p>públicos;</p><p>• Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições</p><p>financeiras que operam no País.</p><p>2.3.2 – BACEN – Banco Central do Brasil</p><p>Órgão EXECUTIVO central do sistema financeiro, cabendo-lhe a responsabilidade de</p><p>cumprir e fazer cumprir as disposições que regulam o funcionamento do sistema e as</p><p>normas expedidas pelo CMN.</p><p>Está sediado em Brasília, possuindo representações regionais em Belém, Belo Horizonte,</p><p>Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.</p><p>Competência Privativa do BACEN:</p><p>• Emitir papel moeda e moeda metálica nas condições e limites autorizados pelo</p><p>CMN;</p><p>• Executar os serviços do meio circulante;</p><p>• Receber os recolhimentos compulsórios dos Bancos Comerciais e os depósitos</p><p>voluntários das instituições financeiras e bancárias que operam no País;</p><p>• Realizar as operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras</p><p>dentro de um enfoque de política econômica do Governo ou como socorro a</p><p>problemas de liquidez;</p><p>• Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis;</p><p>• Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda</p><p>de Poupança Rural – Caderneta Verde - É idêntica à caderneta de poupança</p><p>livre. A única diferença entre as duas é que os recursos captados são basicamente</p><p>direcionados para o financiamento de operações rurais, e não para o crédito imobiliário.</p><p>Segundo a Resolução 3.224, de 29.07.2004, só são autorizados a captar recursos através</p><p>da Poupança Verde , o BB, o BNB, BASA e Bancos Cooperativos.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>62</p><p>Caderneta de Poupança Programada – O depositante assumia, por contrato, o</p><p>compromisso de depositar quantias fixas e determinadas por prazos que variam entre 12,</p><p>18 e 24 meses. As taxas de remuneração eram progressivas: 6,14% a.a. nos primeiro e</p><p>segundo trimestres; 6,40% a.a. nos terceiro e quatro trimestre; 6,80% a.a. nos quinto e</p><p>sexto trimestres e 7,20% a.a. do sétimo trimestre em diante. Seus rendimentos eram</p><p>creditados trimestralmente e havia uma carência inicial de seis meses para o saque.</p><p>Caderneta de Poupança Vinculada (Caucionada) a Crédito Imobiliário – Foi criada</p><p>pela Resolução 2173/95, para permitir que as entidades integrantes do SBPE acolhessem</p><p>depósitos de poupança como caução destinada a garantir a concessão de crédito ao titular</p><p>da conta para a aquisição de imóvel residencial, bem como para a construção de imóvel</p><p>residencial em terreno próprio. As suas características eram idênticas às da poupança</p><p>tradicional.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>63</p><p>4.4 – Questões de Concursos</p><p>(CESPE/BB/2007) Depósitos à vista são os que</p><p>estão totalmente disponíveis para o cliente, ou seja,</p><p>o cliente pode sacá-los quando quiser. Com a</p><p>evolução dos serviços de acesso ao sistema</p><p>financeiro (a chamada inclusão financeira), houve a</p><p>criação de muitos tipos específicos de contas.</p><p>Atualmente, existem vários tipos de contas que</p><p>permitem depósitos à vista. Com relação a esses</p><p>tipos de contas, julgue os itens que se seguem.</p><p>01. Para as contas-correntes, é vedada às</p><p>instituições financeiras a cobrança de remuneração</p><p>pelo fornecimento de cartão magnético ou,</p><p>alternativamente, a critério do correntista, de um</p><p>talonário de cheques com pelo menos vinte folhas</p><p>por mês.</p><p>02. A conta investimento permite ao investidor</p><p>migrar de um investimento para outro, inclusive</p><p>entre bancos diferentes, sem o pagamento da</p><p>contribuição provisória sobre movimentação</p><p>financeira (CPMF).</p><p>03. A conta especial de depósitos à vista (conta</p><p>simplificada para clientes de baixa renda) é</p><p>individual (apenas um titular). Cada cliente pode ter</p><p>somente uma conta e não pode ser correntista em</p><p>qualquer outra instituição financeira. Essa conta é</p><p>movimentada exclusivamente com cartão</p><p>magnético, tem alíquota zero de CPMF e franquia</p><p>mensal de 4 extratos, 4 depósitos e 4 saques.</p><p>04. A conta-salário é um tipo especial de conta de</p><p>depósito à vista destinada a receber salários,</p><p>vencimentos, aposentadorias, pensões e similares.</p><p>É individual, não é movimentável por cheques, é</p><p>isenta da cobrança de tarifas e tem alíquota zero de</p><p>CPMF.</p><p>05. (FCC/CAIXA/2007) A conta corrente é o produto</p><p>básico da relação entre o cliente e o banco, pois por</p><p>meio dela são movimentados os recursos dos</p><p>clientes. Para abertura de uma conta corrente</p><p>individual, são necessários e indispensáveis os</p><p>seguintes documentos:</p><p>(A) cadastro de pessoa física (CPF), cédula de</p><p>identidade (RG), título de eleitor com comprovante</p><p>da última votação, certificado de reservista, e</p><p>comprovante de residência.</p><p>(B) cadastro de pessoa física (CPF), cédula de</p><p>identidade (RG), comprovante de residência, título</p><p>de eleitor e certidão de nascimento ou casamento,</p><p>se for o caso.</p><p>(C) documento de habilitação com foto com o</p><p>número do CPF, comprovante de residência,</p><p>certidão de nascimento ou casamento e certificado</p><p>de reservista.</p><p>(D) documento de identificação, como cédula de</p><p>identidade (RG) ou documentos que a substituem</p><p>legalmente, cadastro de pessoa física (CPF) e título</p><p>de eleitor com comprovante da última votação.</p><p>(E) documento de identificação, como cédula de</p><p>identidade (RG), ou documentos que a substituem</p><p>legalmente, cadastro de pessoa física (CPF) e</p><p>comprovante de residência.</p><p>06. (FCC/CAIXA/2007) O certificado de depósito</p><p>bancário (CDB) é o título de renda fixa emitido por</p><p>instituições financeiras, com a finalidade de</p><p>captação de recursos para carregá-los em outras</p><p>carteiras de investimento, visando ao ganho</p><p>financeiro e/ou ganho de intermediação.</p><p>Considerando as características do CDB, analise as</p><p>afirmações a seguir.</p><p>I - No CDB Rural, existe a possibilidade, para o</p><p>investidor, de repactuar a cada 30 dias a taxa de</p><p>remuneração do CDB, dentro de critérios já</p><p>estabelecidos no próprio contrato.</p><p>II - Quando a perspectiva é de queda da taxa de</p><p>juros, a modalidade de CDB mais indicada para</p><p>aplicação é a prefixada.</p><p>III - O CDB não pode ser negociado antes do seu</p><p>vencimento, devendo o cliente esperar o final do</p><p>contrato para sacar o dinheiro.</p><p>IV - No CDB prefixado, no momento da aplicação, o</p><p>investidor já conhece o percentual de valorização</p><p>nominal de seu investimento.</p><p>V - As taxas de rentabilidade do CDB são</p><p>determinadas pelos próprios Bancos, de acordo com</p><p>o CDI. Estão corretas APENAS as afirmações:</p><p>(A) I, II, III e IV</p><p>(B) I, IV e V</p><p>(C) I, III e V</p><p>(D) II, III, IV e V</p><p>(E) II, IV e V</p><p>07. (DAVES/BANPARÁ/2005) As cadernetas de</p><p>poupança são modalidades de investimento, cujo</p><p>rendimento é assim calculado:</p><p>(A) 1% (um por cento) ao mês, mais TR (Taxa</p><p>Referencial de Juros).</p><p>(B) 0,5% (meio por cento) ao mês, mais Taxa Selic.</p><p>(C) 0,5% (meio por cento) ao mês, mais TR (Taxa</p><p>Referencial de Juros).</p><p>(D) 1% (um por cento) ao mês, mais Taxa Selic.</p><p>(E) 0,5% (meio por cento) ao mês, mais a menor</p><p>taxa de juros praticada no mercado financeiro</p><p>na concessão de empréstimos.</p><p>08. (FGV/BESC/2004) O CDB -</p><p>Depósito</p><p>(A) banco múltiplo</p><p>(B) casa de poupança</p><p>(C) casa de câmbio</p><p>(D) distribuidora de títulos e valores mobiliários</p><p>(E) corretora de seguros</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>64</p><p>09. (CESPE/BRB/2005) Na caderneta de poupança,</p><p>os valores depositados são atualizados com base</p><p>na TR do dia do depósito, acrescida de juros de</p><p>0,5% ao mês, correspondendo a 6% ao ano, na data</p><p>em que completa um mês.</p><p>10. (ACEP/BNB/2004) As instituições financeiras</p><p>devem observar certas condições sobre as normas</p><p>relativas a abertura, manutenção, movimentação e</p><p>encerramentos de contas de depósito. A respeito</p><p>deste assunto considere as afirmações abaixo:</p><p>I) quando a conta for titulada por menor ou pessoa</p><p>incapaz, além de sua qualificação, também</p><p>deverá ser identificado o responsável que o</p><p>assistir ou o representar;</p><p>II) se o correntista emitir um cheque sem provisão</p><p>de fundos, a instituição financeira deverá</p><p>encerrar sua conta, sem necessidade de aviso</p><p>ao correntista;</p><p>III) as instituições financeiras estão autorizadas</p><p>pelo Banco Central a cobrar tarifas sobre todos</p><p>os serviços relativos à conta de depósitos;</p><p>IV) é vedada a estipulação de cláusulas na ficha-</p><p>proposta que, em qualquer hipótese, impeçam</p><p>ou criem limitações a sustação de pagamentos</p><p>de cheque.</p><p>Marque a alternativa CORRETA:</p><p>A) as afirmativas I e IV são verdadeiras.</p><p>B) as afirmativas I e II são verdadeiras.</p><p>C) as afirmativas II e III são verdadeiras.</p><p>D) as afirmativas II e IV são verdadeiras.</p><p>E) todas as afirmativas são verdadeiras.</p><p>11. (ACEP/BNB/2004) Objetivando expandir o</p><p>acesso aos serviços bancários por parte da</p><p>população de baixa renda e para facilitar</p><p>recebimentos de proventos e de microcrédito, foram</p><p>criadas contas especiais. Considerando as</p><p>características dessas contas, marque a alternativa</p><p>CORRETA:</p><p>A) a conta especial de depósito a vista,</p><p>denominada de conta simplificada, somente</p><p>pode ser aberta por pessoas físicas e mantida</p><p>na modalidade de conta individual, vedado</p><p>o</p><p>fornecimento de talonários de cheque para</p><p>respectiva movimentação.</p><p>B) a conta especial de depósito a vista,</p><p>denominada de conta simplificada, pode ser</p><p>livremente movimentada, sem limites de</p><p>recursos.</p><p>C) por ser uma conta simplificada, é permitida a</p><p>abertura de conta de depósitos sob nome</p><p>abreviado ou de qualquer forma alterado,</p><p>inclusive mediante supressão de parte ou partes</p><p>do nome do depositante.</p><p>D) a "conta salário" foi criada para prestação de</p><p>serviços relativos ao pagamento de salários,</p><p>vencimentos, aposentadorias, pensões e</p><p>similares, contas essas que podem ser</p><p>movimentadas por cheques.</p><p>E) a "conta salário" pode ser aberta livremente pelo</p><p>interessado para receber seus salários,</p><p>vencimentos, aposentadorias ou pensões, mas</p><p>essas contas estão sujeitas à cobrança de</p><p>tarifas por parte das instituições financeiras.</p><p>12. (ACEP/BNB/2004) Existem, no mercado,</p><p>diversos instrumentos de captação de recurso, que</p><p>se diferenciam pelo prazo de captação, destinação e</p><p>rentabilidade. Marque a alternativa CORRETA que</p><p>caracteriza um desses instrumentos:</p><p>A) as cadernetas de poupança representam o mais</p><p>popular instrumento de captação,</p><p>proporcionando uma rentabilidade de 12 % a.a.</p><p>B) o prazo mínimo para aplicações em Certificado</p><p>de Depósito Bancário (CDB) é de 90 dias.</p><p>C) os recursos da caderneta de poupança são</p><p>destinados exclusivamente para financiar casas</p><p>para população de baixa renda.</p><p>D) o Certificado de Depósito Bancário pode</p><p>oferecer rendimento diferenciado, em função do</p><p>valor e do prazo da aplicação.</p><p>E) a Instituição Financeira pode remunerar o</p><p>depósito a vista, desde que o cliente permaneça</p><p>com o recurso depositado na conta corrente por</p><p>mais de trinta dias.</p><p>13. (FCC/CAIXA/2004) Está correto dizer que:</p><p>(A) a transformação de conta conjunta em</p><p>individual é feita mediante a solicitação de um dos</p><p>titulares.</p><p>(B) Para abertura de uma conta corrente junto a</p><p>uma instituição financeira é necessário apenas</p><p>carteira de identidade.</p><p>(C) Para encerrar uma conta corrente Junto a</p><p>uma instituição financeira é necessário</p><p>primeiramente verificar se todos os cheques</p><p>emitidos foram compensados para não evitar a</p><p>inclusão do nome no cadastro de emitentes de</p><p>cheques sem fundo.</p><p>(D) Abrir uma conta corrente só é permitido aos</p><p>maiores de 18 anos e aos menores, com idade entre</p><p>16 e 18 anos incompletos, desde que representados</p><p>ou assistidos pelo responsável legal e aos</p><p>emancipados.</p><p>(E) Os menores emancipados não podem</p><p>movimentar uma conta corrente.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>65</p><p>14. (FCC/CAIXA/2004)</p><p>(A) O CDB é uma taxa que mede a inflação de um</p><p>determinado período e considerada a taxa prime do</p><p>mercado.</p><p>(B) O CDB – Certificado de Depósito Bancário – e o</p><p>RDB – Recibo de Deposito Bancário – são titulo de</p><p>captação de recursos pelos bancos</p><p>(C) A liberdade de prazo dos CDB – Certificado de</p><p>Depósito Bancário – não permite que os bancos</p><p>emitam CDB com taxa pré-fixada, apenas pós -</p><p>fixada.</p><p>(D)A principal diferença ente CDB e o RDB é a</p><p>impossibilidade do certificado e depósito bancário</p><p>ser transferido a outros investidores pó endosso</p><p>nominativo.</p><p>(E) O termo CDB quer dizer a mesma coisa que a</p><p>antiga CTN.</p><p>Gabarito</p><p>01 02 03 04 05 06 07 08</p><p>E C C E E E C A</p><p>09 10 11 12 13 14</p><p>E A A D D B</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>66</p><p>5 - OPERAÇÕES ATIVAS – Produtos de Aplicação (Empréstimos e</p><p>Financiamentos)</p><p>Empréstimos – São alocações de recursos sem uma finalidade específica> Ex: Capital de</p><p>Giro, Desconto de Títulos, Desconto de Cheques, etc.</p><p>Financiamentos – São alocações de recursos com finalidade específica. Ex: Compra de</p><p>Máquinas e Equipamentos, Implantação de uma Indústria, etc.</p><p>Descontos – É o repasse de recursos para o tomador, porém deduzindo</p><p>antecipadamente os juros da operação.</p><p>Adiantamentos – É a antecipação integral de recursos para o tomador, com base</p><p>uma garantia, normalmente um título de crédito.</p><p>5.1 - HOT MONEY</p><p>É o empréstimo de curtíssimo prazo, normalmente por um dia, ou um pouco mais, no</p><p>máximo por 10 dias.</p><p>A taxa aplicada é o CDI mais o spread do produto.</p><p>Por ser uma operação de curto prazo, o hot money tem a vantagem de permitir uma rápida</p><p>mudança de posição no caso de uma mudança brusca para baixo das taxas de juros.</p><p>5.2 - CONTAS GARANTIDAS</p><p>É um valor-limite que normalmente é movimentada diretamente pelos cheques emitidos</p><p>pelo cliente, desde que não haja saldo disponível na conta corrente de movimentação. À</p><p>medida que, nessa última, existam valores disponíveis, estes são transferidos de volta,</p><p>para cobrir o saldo devedor da conta garantida.</p><p>Tem caráter apenas de conta devedora (lastreadas por garantias), funcionando separadas</p><p>da conta corrente e, normalmente, exigem do cliente o aviso com antecedência dos</p><p>valores a serem sacados, razão pela qual trabalham com taxas de juros menores que os</p><p>cheques especiais.</p><p>5.3 - CRÉDITO ROTATIVO</p><p>São linhas de crédito abertas com um determinado limite e que a empresa utiliza à medida</p><p>de suas necessidades, ou mediante apresentação de garantias em duplicatas. Os</p><p>encargos (juros e IOF) são sobrados de acordo com a utilização dos recursos, da mesma</p><p>forma que nas contas garantidas. A disponibilidade do crédito diminui na medida de sua</p><p>utilização e aumenta na medida do pagamento do principal anteriormente utilizado.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>67</p><p>5.4 - DESCONTOS DE TÍTULOS, DESCONTO DE CHEQUES, DESCONTO DE</p><p>FATURAS DE CARTÃO DE CRÉDITO</p><p>É um adiantamento de recursos aos clientes, feito pelo banco, sobre os valores</p><p>referenciados em duplicatas de cobrança, notas promissórias, cheques pré-datados ou</p><p>faturas de cartões de crédito, de forma a antecipar o fluxo de caixa do cliente.</p><p>O cliente transfere o risco do recebimento de suas vendas a prazo ao banco e garante o</p><p>recebimento imediato dos recursos que, teoricamente, só teria disponível no futuro.</p><p>A operação de desconto dá ao banco o direito de regresso, ou seja, no vencimento, caso o</p><p>título não seja pago pelo sacado, o cedente assume a responsabilidade do pagamento,</p><p>incluindo multa e/ou juros de mora pelo atraso.</p><p>5.5 - FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO</p><p>São as operações tradicionais de empréstimos vinculadas a um contrato específico que</p><p>estabeleça prazo, taxas, valores e garantias necessárias e que atendem às necessidades</p><p>de capital de giro das empresas.</p><p>O plano de amortização é estabelecido de acordo com os interesses e necessidades das</p><p>partes e, normalmente, envolve prazo de até 12 meses.</p><p>Esse tipo de empréstimo normalmente é garantido por duplicatas em geral, numa relação</p><p>de 120% a 150% do principal emprestado. Nessa caso, as taxas de juros são mais baixas.</p><p>Quando a garantia é dada na forma de aval ou notas promissórias, os juros são mais altos.</p><p>5.6 - VENDOR FINANCE</p><p>A principal vantagem para a empresa vendedora mé a de que, como a venda não é</p><p>financiada diretamente por ela, a base de cálculo para a cobrança de tributos, comissões</p><p>de vendas e royalties, no caso de licença de fabricação, torna-se menor. Além disso, ao</p><p>receber à vista, a empresa tem um imediato reforço no seu caixa.</p><p>A principal vantagem para a empresa compradora é o financiamento com taxas menores</p><p>do que as praticas pelo mercado, pois está obtendo um preço à vista financiado por um</p><p>empréstimo ao custo do risco de crédito do vendedor.</p><p>Assim, é uma modalidade de financiamento de vendas para empresas na qual quem</p><p>contrata o crédito é o vendedor do bem, mas quem paga o crédito é o comprador.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>68</p><p>Graficamente:</p><p>5.7 - COMPROR FINANCE</p><p>É uma operação inversa ao vendor. No caso do compror,</p><p>pequenas indústrias vendem</p><p>para grandes lojas comerciais. Neste caso, em vez de o vendedor (indústria) ser o</p><p>garantidor do contrato, o próprio comprador é que funciona como garantidor.</p><p>Trata-se de um instrumento que dilata o prazo de pagamento de compra sem envolver o</p><p>vendedor (fornecedor).</p><p>5.8 - LEASING</p><p>É uma operação realizada mediante contrato, na qual o dono do bem (arrendador)</p><p>concede a outrem (arrendatário) a utilização do mesmo, por prazo previamente</p><p>determinado.</p><p>Tipos de Operações disponíveis em Leasing:</p><p>Leasing Operacional;</p><p>Leasing Financeiro;</p><p>Sale and Lease Back;</p><p>Leasing Imobiliário.</p><p>Leasing Operacional</p><p>É a operação, regida por contrato, praticada diretamente entre o produtor de bens</p><p>(arrendador) e seus usuários (arrendatários), podendo o arrendador ficar responsável pela</p><p>manutenção do bem arrendado ou por qualquer outro tipo de assistência técnica que seja</p><p>necessária para seu perfeito funcionamento.</p><p>EMPRESA</p><p>COMPRADORA</p><p>COM O</p><p>VENDER</p><p>SEM O</p><p>VENDER</p><p>EMPRESA</p><p>VENDEDORA</p><p>EMPRESA</p><p>COMPRADORA</p><p>EMPRESA</p><p>VENDEDORA</p><p>BANCO</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>69</p><p>É geralmente encontrado no ramo de equipamentos de alta tecnologia, como telefones,</p><p>computadores, aviões, máquinas copiadoras, automóveis e o equipamento e/ou a empresa</p><p>arrendadora deve satisfazer uma das condições a seguir:</p><p>O equipamento possui alto valor de revenda e mercado secundário ativo;</p><p>A empresa arrendadora presta serviços adicionais aos seus clientes;</p><p>A empresa arrendadora á a fabricante do equipamento.</p><p>Ao contrário do leasing financeiro, o arrendatário pode rescindir o contrato a qualquer</p><p>tempo, mediante pré-aviso contratualmente especificado.</p><p>Na prática, as operações de leasing operacional funcionam quase como um aluguel. Se o</p><p>arrendatário quiser adquirir o bem ao final do contrato, terá de negociar com a empresa de</p><p>leasing e a aquisição, se houver, será feita pelo valor de mercado.</p><p>Em resumo, o leasing operacional deve possuir as seguintes características básicas:</p><p>1 - O prazo mínimo da operação é de 90 dias;</p><p>2 -</p><p>O prazo máximo da operação está limitado a 75% da vida útil econômica do bem</p><p>arrendado;</p><p>3 -</p><p>O valor presente das contraprestações não poderá exceder ao valor de 90% do bem</p><p>arrendado, sendo a taxa de desconto utilizada a equivalente aos encargos</p><p>financeiros constantes do contrato;</p><p>4 - Não é permitida a utilização do VALOR RESIDUAL DE GARANTIA – VRG;</p><p>5 - A opção de compra do bem ao final do contrato é o pelo valor de mercado;</p><p>6 -</p><p>A manutenção do bem arrendado pode ser responsabilidade do arrendador ou do</p><p>arrendatário.</p><p>Leasing Financeiro</p><p>É uma operação de financiamento sob a forma de locação particular, de médio a longo</p><p>prazo, com base em um contrato, de bens móveis ou imóveis, em que intervêm uma</p><p>empresa de leasing (arrendador), a empresa produtora do bem objeto do contrato</p><p>(fornecedor) e a empresa que necessita utilizá-lo (arrendatária). É realizado pela empresa</p><p>de leasing dos bancos múltiplos, sendo na verdade uma operação de financiamento.</p><p>Esta operação se aproxima, no sentido financeiro, de um empréstimo que utilize o bem</p><p>como garantia e que pode ser amortizado num determinado número de aluguéis</p><p>periódicos, que recebem o nome de contraprestação, geralmente correspondentes ao</p><p>período de vida útil do bem.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>70</p><p>Do ponto de vista estritamente financeiro, trata-se de um financiamento de médio a longo</p><p>prazo que, ao final do prazo de vigência do contrato, dá ao arrendatário o direito,</p><p>estabelecido no início da vigência do contrato, de escolher:</p><p>Renovar o contrato pelo valor arrendado;</p><p>Comprar o bem – opção de compra pelo valor estabelecido;</p><p>Devolver o bem ao arrendador.</p><p>Ao final do contrato, o arrendatário tem a opção de compra do bem por um valor</p><p>previamente estabelecido, que pode ser o valor de mercado, um valor simbólico ou um</p><p>valor mínimo denominado VRG (Valor Residual de Garantia).</p><p>Tem como características básicas:</p><p>O prazo mínimo da operação é de dois anos para bens com vida econômica</p><p>útil igual ou menor do que cinco anos, e três anos para bens com vida</p><p>econômica útil maior do que cinco anos;</p><p>O total pago, incluindo as contraprestações e o VRG (Valor Residual de</p><p>Garantia), deverá garantir para o arrendador o retorno financeiro da aplicação,</p><p>aí incluído os juros sobre os recursos financeiros utilizados na aquisição do</p><p>bem objeto da operação de arrendamento mercantil;</p><p>A manutenção do bem arrendado é da responsabilidade do arrendatário;</p><p>É permitida a utilização do Valor Residual de Garantia (VRG);</p><p>A opção de compra do bem ao final do contrato é pactuada ao início do</p><p>contrato, podendo ser utilizado, para tal, o VRG;</p><p>O contrato não pode ser rescindido unilateralmente.</p><p>Sale and Lease Back</p><p>É uma operação variante do Leasing Financeiro, pela qual uma pessoa jurídica vende</p><p>bens do sei imobilizado a uma empresa de leasing e, simultaneamente, os arrenda de</p><p>volta com a opção de compra exercitável após o término do prazo contratual.</p><p>Leasing Imobiliário</p><p>É a compra de um imóvel pela arrendadora que o aluga a uma pessoa física ou jurídica.</p><p>Pode ser um terreno, um prédio ou mesmo uma fábrica. No caso da arrendatária já possuir</p><p>o imóvel, pode ser feito um lease back. Sendo assim, existem três tipos de leasing</p><p>imobiliário: O normal, Construção de Edifícios e o Leasing Back Imobiliário.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>71</p><p>Vantagens do Leasing</p><p>Dedução no Imposto de Renda;</p><p>Melhora nos índices de endividamento e de imobilização da empresa;</p><p>Os prazos são mais longos para a compra de máquinas e equipamentos;</p><p>Financiamento de 100% do bem;</p><p>Não é realizado o cálculo de depreciação;</p><p>Alívio no capital de giro.</p><p>Desvantagens do Leasing</p><p>A empresa não acumula patrimônio;</p><p>Se a empresa não paga imposto de renda, perde a vantagem fiscal.</p><p>5.10 - FINANCIAMENTOS PARA CAPITAL FIXO (INVESTIMENTO)</p><p>É a concessão pelos bancos de Desenvolvimento, Bancos de Investimento ou Sistema</p><p>BNDES de linhas de crédito para investimento em infra-estrutura, máquinas e</p><p>equipamentos com o objetivo de contribuir com a expansão ou a modernização do sistema</p><p>produtivo do País.</p><p>São efetuados com prazos superiores a 24 meses com até 20 anos para pagar, com</p><p>carência entre 12 e 24 meses, conforme os projetos de investimento apresentados pelas</p><p>empresas.</p><p>5.11 - CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR - CDC</p><p>É o financiamento concedido por uma financeira para aquisição de bens e serviços por</p><p>seus clientes, como também, a concessão de empréstimos em dinheiro para uso não</p><p>definido.</p><p>Sua utilização é maior para aquisição de veículos e eletroeletrônicos.</p><p>O prazo dos CDC varia de três a 96 meses e, geralmente, financia de 60% a 100% do</p><p>valor do bem, já que uma parte do bem é disponibilizada no momento da aquisição, na</p><p>forma de uma entrada. No caso específico de veículos, o prazo de financiamento pode</p><p>chegar a 72 meses.</p><p>Crédito Direto ao Consumidor – CDC pode ser classificado em:</p><p>CDCI – CDC com Interveniência – São os empréstimos concedidos às empresas</p><p>clientes especiais dos bancos, normalmente empresas comerciais, que passam a</p><p>ser intervenientes (responsáveis), para repasse aos seus clientes, nos</p><p>financiamentos de compras e serviços. Os prazos e a composição da taxa são</p><p>idênticos ao CDC convencional, embora menores, em razão da garantia oferecida</p><p>pelo interveniente (empresa comercial).</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>72</p><p>CD – Crédito Diretíssimo – O Banco assume a carteira dos lojistas e fica com</p><p>os riscos da concessão do crédito. Ex: Losango, Fininvest, Cacique, etc.</p><p>Consignação em Folha de Pagamento - O empréstimo</p><p>em consignação em</p><p>folha de pagamento foi regulamentado por meio da Lei 10.820, de 17/12/2003.</p><p>O empréstimo tem a vantagem de oferecer taxas de juros mais baixas, já que o</p><p>pagamento é feito diretamente pela empresa.</p><p>Pela regulamentação, não há limite máximo para o valor do empréstimo nem prazo para as</p><p>operações. Entretanto, para evitar endividamento excessivo, o assalariado só pode</p><p>comprometer com a prestação até 30% do seu salário líquido.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>73</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>74</p><p>6- PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS</p><p>6.1 - ORDENS DE PAGAMENTO (OP)</p><p>É o serviço de transferência de valores, seja em moeda estrangeira do exterior para o</p><p>Brasil, ou internamente entre agências da mesma instituição financeira.</p><p>Destina-se a pessoas físicas e jurídicas.</p><p>As ordens de pagamento recebidas com informação do número de conta para crédito</p><p>devem, obrigatoriamente, ser depositadas na conta informada.</p><p>6.2 - DOCUMENTO DE CRÉDITO (DOC)</p><p>O DOC é uma ordem de transferência de fundos inter-bancária, por conta ou a favor de</p><p>pessoas físicas ou jurídicas clientes de instituições financeiras, que somente pode ser</p><p>remetida e recebida pelos bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e</p><p>CAIXA ECONOMICA FEDERAL, participantes da Câmera Interbancária de Pagamentos –</p><p>CIP.</p><p>O VALOR MÁXIMO PERMITIDO PARA A EMISSÃO DE DOC É DE R$ 4.999,99.</p><p>6.3 - TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA DE DADOS - TED</p><p>É a transferência de recursos de uma instituição financeira para outra instituição financeira,</p><p>criada pelo SPB. Este mecanismo permite que um valor, que esteja disponível na conta</p><p>corrente em um Banco possa ser transferido para outro Banco, na mesma hora, via</p><p>sistema.</p><p>ESTE PROCEDIMENTO É UTILIZADO PELO MERCADO PARA VALORES A PARTIR</p><p>DE R$ 5.000,00.</p><p>6.4 - COBRANÇA BANCÁRIA</p><p>É um dos produtos mais importantes desenvolvidos pelas instituições nos últimos anos. É</p><p>um serviço indispensável para qualquer banco comercial.</p><p>Com a cobrança os bancos estreitam o relacionamento com as empresas e engordam as</p><p>aplicações de recursos transitórios (dias de float) em títulos públicos.</p><p>A cobrança bancária é feita através dos bloquetos ou boletos que substituem duplicatas,</p><p>notas promissórias, letras de câmbio, recibos ou cheques e têm o poder de circular na</p><p>câmara de compensação.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>75</p><p>Os valores resultantes da operação de cobrança são automaticamente creditados na</p><p>contas correntes dos clientes em D ou D+1, de acordo com o previamente acertado entre o</p><p>banco e o cliente.</p><p>Atualmente o relacionamento banco/cliente é realizado através da COBRANÇA</p><p>ESCRITURAL totalmente automatizado. Não há mais a necessidade da duplicata como</p><p>comprovação da operação. Somente o bloqueto ou boleto.</p><p>Vantagens da cobrança para o Banco:</p><p>Aumento dos depósitos a vista, pelos créditos das liquidações;</p><p>Aumento das receitas pela cobrança de tarifas sobre serviços;</p><p>Consolidação do relacionamento com o cliente;</p><p>Inexistência do risco de crédito.</p><p>Vantagens da cobrança para o Cliente:</p><p>Capilaridade da Rede Bancária;</p><p>Crédito imediato dos títulos cobrados;</p><p>Consolidação do relacionamento com o banco;</p><p>Garantia do processo de cobrança (quando necessário o protesto).</p><p>Tipos de Cobrança:</p><p>1. Cobrança Imediata – sem registro de títulos;</p><p>2. Cobrança Seriada – para pagamento de parcelas;</p><p>3. Cobrança de Consórcios – para pagamento de consórcios;</p><p>4. Cobrança de Cheques pré-datados;</p><p>5. Cobrança Remunerada – Remuneração dos valores cobrados;</p><p>6. Cobrança indexada – Quando utiliza qualquer índice ou moeda;</p><p>7. Cobrança Casada – Cobrança vinculada a um outro negócio;</p><p>8. Cobrança Programada – garante o fluxo de caixa do cliente;</p><p>9. Cobrança Antecipada – eliminação de tributos de vendas a prazo;</p><p>10. Cobrança Caucionada – Garantia em contratos de empréstimos;</p><p>11. Cobrança de Títulos Descontados – Desconto de Títulos.</p><p>6.5 - PAGAMENTOS DE TÍTULOS E CARNÊS</p><p>Os títulos a pagar de um cliente têm o mesmo procedimento dos títulos a receber</p><p>(cobrança).</p><p>O cliente informa ao banco, via computador, os dados sobre seus fornecedores com datas</p><p>e valores a serem pagos e, se for o caso, entrega os comprovantes necessários ao</p><p>pagamento.</p><p>A conjugação de cobrança com o pagamento dos títulos, adicionando o controle da folha</p><p>de pagamento das empresas, permite aos bancos prestar o serviço de gerenciamento</p><p>global de seus fluxos de caixa, conhecido como CASH MANAGEMENT.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>76</p><p>6.6 - TRANSFERÊNCIA AUTOMÁTICA DE FUNDOS</p><p>Serviço prestado ao cliente que, por gerenciamento de seu caixa, necessite ter uma ou</p><p>mais contas em uma ou mais agências do banco.</p><p>O cliente informa previamente ao banco em que contas deseja manter este ou aquele nível</p><p>de saldo. O banco, automaticamente, ao final do dia, movimenta as contas do cliente, de</p><p>forma a fechar o saldo diário dessas contas de acordo com o valor determinado pelo</p><p>cliente.</p><p>6.7 - ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS E TARIFAS PÚBLICAS</p><p>São serviços prestados às instituições públicas, através de acordos e convênios</p><p>específicos, que estabelecem as condições de arrecadações e repasses desses</p><p>tributos/tarifas.</p><p>Os prazos de retenção dos produtos arrecadados, os fluxos dos documentos e às formas e</p><p>prazos de repasse são próprios de cada tributo/tarifa.</p><p>Todos os clientes dos bancos são clientes desses serviços, já que hoje existem certa de 60</p><p>tributos, distribuídos em 6 impostos, 30 taxas e 24 contribuições econômicas e sociais.</p><p>6.8 - HOME BANKING</p><p>É toda e qualquer ligação entre o computador do cliente e o computador do banco,</p><p>independentemente do modelo ou tamanho, que permita as partes se comunicarem a</p><p>distância.</p><p>A segurança na transmissão de dados é garantida pelo perfil de autorização que o banco</p><p>concede, através de uma palavras-chave – password - que limita o acesso às informações.</p><p>O fax inicialmente foi incluído, dentro do home banking, como meio de ligação banco-</p><p>cliente, com todo o poder da comunicação escrita. A internet consolidou o processo.</p><p>6.9 - BANCO VIRTUAL</p><p>O conceito de remote bank está, associado à idéia de banco virtual, ou seja, o banco</p><p>diversifica os seus canais de distribuição, derrubando os limites criados, quer seja por</p><p>espaço, tempo ou meio de comunicação. A tecnologia tem papel fundamental para garantir</p><p>a integração dos requisitos de conveniência, segurança, eficácia e relacionamento,</p><p>exigidos pelo conceito de virtual bank.</p><p>A Internet viabilizou de forma definitiva esta solução.</p><p>A redução dos custos das transações bancárias, como resultado da facilitação e agilização</p><p>dos processos é, sem dúvida, o maior impacto prático de todos estes mecanismos.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>77</p><p>6.10 - DINHEIRO DE PLÁSTICO (Cartões de Crédito e de Débito)</p><p>É uma expressão utilizada para conceituar a crescente utilização de cartões de débito ou</p><p>de crédito, nas transações de pagamentos realizadas pelos consumidores.</p><p>Os cartões são classificados de acordo com a finalidade de uso:</p><p>Cartões Magnéticos Tradicionais;</p><p>Cartões de Débito de bancos;</p><p>Cartões de Crédito;</p><p>Cartões Inteligentes;</p><p>Cartão Virtual;</p><p>Cartões Private Label – Cartão de Loja;</p><p>Cartão de Afinidade (parceria com organizações não-lucrativas);</p><p>Cartão Co-Branded (parceria com empresas);</p><p>Cartão de Valor Agregado ou Valor Armazenado (Stored-Value-Card);</p><p>Cartão de Benefícios.</p><p>Cartões Magnéticos Tradicionais – Utilizados para saques nos quiosques tipo banco 24</p><p>horas, têm a vantagem de eliminar a necessidade de ida a uma agência bancária. Não</p><p>representam um estímulo</p><p>papéis que compõem sua carteira em:</p><p>Fundos de Renda Fixa – São aqueles compostos, em sua maioria, por aplicações</p><p>em títulos que têm uma taxa de retorno fixa;</p><p>Fundos de Renda Variável – São aqueles cuja composição é, em sua maior parte,</p><p>de aplicações em ações e/ou títulos cuja taxa de retorno é variável.</p><p>Podem ser classificados quanto ao prazo mínimo para resgate em:</p><p>Fundos de Curto Prazo – Os recursos são aplicados até 360 dias;</p><p>Fundos de Longo Prazo – São aqueles cujos recursos são aplicados por mais de</p><p>360 dias.</p><p>No mercado eles recebem os seguintes nomes, de acordo com as características das suas</p><p>carteiras:</p><p>Fundos de Curto Prazo;</p><p>Fundos Referenciados ( Cambiais, IGP-M e DI);</p><p>Fundos de Renda Fixa;</p><p>Fundos Cambiais;</p><p>Fundos de Ações;</p><p>Fundos de Dívida Externa;</p><p>Fundos Multimercado.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>81</p><p>Incidência de Imposto de Renda:</p><p>Prazo de Aplicação Alíquota de IR</p><p>Até 6 meses 22,5%</p><p>Mais de 6 até 12</p><p>meses</p><p>20,0%</p><p>Mais de 12 até 24</p><p>meses</p><p>17,5%</p><p>Acima de 24 meses 15,0%</p><p>A partir de Outubro de 2004, foi criado o mecanismo semestral de antecipação do IOF e</p><p>IMPOSTO DE RENDA sobre os recursos aplicados em fundos de investimento. A</p><p>antecipação e o recolhimento dos tributos acontecem nos meses de MAIO e NOVEMBRO.</p><p>Esse mecanismo é conhecido como COME COTA.</p><p>6.12 - TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO</p><p>Os títulos de capitalização são um investimento com características de um jogo onde</p><p>pode-se recuperar parte do valor gasto na aposta.</p><p>O rendimento é inferior ao de um fundo ou de uma caderneta de poupança. Caracteriza-se</p><p>como uma forma de poupança de longo prazo e o sorteio funciona como um estímulo. É</p><p>um produto típico da economia estabilizada.</p><p>Características dos Títulos de Capitalização:</p><p>Capital Nominal – É o valor que o investidor irá resgatar a final do plano;</p><p>Sorteios – Podem ser de diversas periodicidade: semanais, mensais, etc;</p><p>Prêmio – É quanto o investidor paga pelo título;</p><p>Quota de Capitalização – Representa o percentual de cada pagamento que será</p><p>destinado à constituição do capital. Normalmente 70% do valor pago;</p><p>Quota de Sorteio – Representa o percentual de cada pagamento que tem como</p><p>finalidade custear os prêmios. Normalmente é de 10% do valor pago;</p><p>Quota de Carregamento – Representa o percentual de cada pagamento que</p><p>deverá cobrir os custos administrativos;</p><p>Prazo – Não podem existir Planos com prazo inferior a um ano;</p><p>Carência para Resgate – É o período inicial em que o capital fica indisponível ao</p><p>titular.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>82</p><p>6.13 - PLANOS DE APOSENTADORIA E PREVIDÊNCIA PRIVADA</p><p>São aplicações de recursos cujas características de longo prazo orientam-no com o</p><p>objetivo de complementação da aposentadoria do investidor.</p><p>Tais investimentos gozam do benefício da PORTABILIDADE, ou seja, da possibilidade de</p><p>transferência dos valores acumulados para aposentadorias entre empresas de previdência,</p><p>a pedido do segurado-investidor. A base legal da portabilidade é a Resolução 66/01 do</p><p>CNSP e a Circular 211/02 da SUSEP.</p><p>Assim, após cumpridos os prazos de carência estabelecidos em contrato para cada plano</p><p>– que pode ser de 6 a 24 meses - , o cliente que solicitou a transferência de suas reservas</p><p>para outra instituição tem que ser atendido em até quatro dias úteis.</p><p>Atualmente temos os seguintes planos disponíveis no mercado:</p><p>Previdência Complementar Aberta Tradicional – PCAT;</p><p>Fundo de Aposentadoria Programada Individual-FAPI;</p><p>Plano Gerador de Benefícios Livres – PGBL;</p><p>Plano com Remuneração Garantida e Performance – PRGP;</p><p>Plano com Atualização Garantida e Performance – PAGP;</p><p>Valor Gerador de Benefícios Livres - VGBL;</p><p>Previdência Privada Fechada.</p><p>Previdência Complementar Aberta Tradicional – PCAT</p><p>É uma opção de aposentadoria complementar às expensas do interessado, oferecida por</p><p>entidades abertas de previdência complementar e seguradoras. Há duas opções de acordo</p><p>com o plano adquirido:</p><p>Benefício Livre – O participante determina qual será o valor da futura rena mensal</p><p>e faz os aportes necessários para atingi-la. O beneficiário sabe quanto vai ganhar,</p><p>mas suas contribuições não são fixas;</p><p>Contribuição Definida – O valor do benefício vai depender do saldo ao final do prazo</p><p>de contribuição, que é determinado pelo participante. Este saldo depende dos</p><p>resultados obtidos pelos administradores do fundo a partir dos valores pagos pelo</p><p>beneficiário. A contribuição é fixa, mas o benefício não.</p><p>Previdência Complementar Aberta Tradicional – PCAT</p><p>Na PCAT, além da Renda Vitalícia por Sobrevivência (Aposentadoria por idade), o</p><p>aplicador também poderá, desde que contribuindo com as parcelas de valor exigidas,</p><p>garantir:</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>83</p><p>Renda Vitalícia por Invalidez – É uma renda mensal vitalícia concedida ao</p><p>participantes com início na data que haja sido declarada sua invalidez total</p><p>e/ou permanente;</p><p>Renda vitalícia por Morte (pensão) – É uma renda mensal devida aos</p><p>beneficiários indicados quando da aquisição da PCAT;</p><p>Pecúlio por Morte – É o pagamento de uma importância em dinheiro, em uma</p><p>única vez, aos beneficiários indicados quando da aquisição da PCAT.</p><p>Previdência Complementar Aberta Tradicional – PCAT</p><p>Toda as contribuições podem ser deduzidas do Imposto de Renda até o limite de 12% da</p><p>renda bruta.</p><p>A legislação garante uma rentabilidade mínima de TR, para os planos iniciados até 1996</p><p>ou IGP-M, para os planos iniciados a partir de 1997, acrescidos de 6% a.a. mais os</p><p>excedentes financeiros que o administrador conseguir no mercado.</p><p>Sua vantagem em relação ao PGBL e ao FAPI é que o contribuinte sabe, em princípio, o</p><p>que vai ganhar e não sofre o risco de uma eventual rentabilidade negativa;</p><p>Sua desvantagem é o custo de oportunidade de uma alternativa melhor no futuro, a falta</p><p>de transparência e seus elevados custos de gestão.</p><p>Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI</p><p>A lei 9.477 de 24/07/97 instituiu o FAPI como uma nova forma de investimento voltada ao</p><p>planejamento programado de uma aposentadoria individual.</p><p>É constituído sob a forma de um condomínio aberto e administrado por instituições</p><p>financeiras, CCTVM e DTVM, desde que estas últimas tenham capital acima de</p><p>determinado valor e seguradoras autorizadas pela SUSEP.</p><p>O modelo do FAPI é inspirado no plano Individual Retirement Account – IRA dos EUA,</p><p>onde o cliente é o cotista de um fundo que administra a sua poupança.</p><p>Trata-se, portanto, de um fundo de investimento, cujo objetivo é constituir para o aplicador</p><p>um plano de complementação da aposentadoria básica da Previdência Social. Pode ser</p><p>considerado, portanto, como um produto de previdência complementar na forma de um</p><p>condomínio capitalizado.</p><p>Qualquer pessoa física pode aplicar no FAPI mediante a abertura de uma conta específica</p><p>em banco múltiplo, comercial, de investimento, caixa econômica ou seguradora.</p><p>O público alvo são as pessoas físicas que não dispõem de fundos de pensão, tais como</p><p>profissionais liberais, empresários e funcionários de pequenas e médias empresas.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>84</p><p>Plano Gerador de Benefícios Livres – PGBL</p><p>Em 12/97, através da Resolução 2.460, o CMN regulamentou aplicação das reservas</p><p>técnicas dos planos de previdência instituídos por entidades abertas de previdência</p><p>complementar e seguradoras, como mais uma alternativa de complementação de</p><p>aposentadoria e com o objetivo de alongamento do prazo das aplicações geradoras de</p><p>crescimento da poupança interna.</p><p>O modelo é inspirado no plano 401K dos EUA, sem garantia mínima de rendimento, e que</p><p>permite o cliente escolher o perfil</p><p>do risco desejado em função de seu horizonte de</p><p>investimento.</p><p>O PGBL ao invés de garantir uma rentabilidade mínima, como na previdência privada</p><p>aberta, oferece ao investidor três modalidades de investimento:</p><p>Plano Soberano – Aplica os recursos apenas em Títulos públicos federais;</p><p>Plano Renda Fixa – Aplica os recursos em títulos públicos federais e outros títulos</p><p>com características de renda fixa;</p><p>Plano Composto – Aplica os recursos em títulos públicos federais, outros títulos</p><p>com características de renda fixa e até 49% dos valores em renda variável.</p><p>O PGBL tem como principais características:</p><p>A portabilidade do PGBL é de 60 dias;</p><p>As contribuições ao PGBL podem ser fixas ou variáveis, inclusive depósitos</p><p>adicionais;</p><p>Pode ser abatido no Imposto de Renda até o valor de 12% da Renda Bruta Anual;</p><p>A rentabilidade vai depender do plano escolhido, da capacidade do administrador e</p><p>das tendências da economia do país. Assim, é difícil prever o valor do benefício</p><p>futuro.</p><p>Plano com Remuneração Garantida e Performance – PRGP</p><p>É um plano de previdência similar aos demais PCAT, mas com novos mecanismos de</p><p>proteção e de transparência, como, por exemplo, o acesso a informações sobre os fundos</p><p>em que as reservas estão sendo aplicadas e regulamentos padronizados. Tem como</p><p>diferencial a garantia do rendimento, além de permitir o abatimento no imposto de renda</p><p>até o limite de 12% da renda bruta anual. O plano é corrigido por um índice de inflação</p><p>definido no ato do fechamento do contrato entre o cliente e a instituição e também pela</p><p>taxa de juros.</p><p>Seu objetivo é garantir uma taxa de juros básica de remuneração, associada a uma</p><p>correção por índice de preços além de um excedente financeiro, ambos predeterminados</p><p>na contratação do plano.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>85</p><p>Plano com Atualização Garantida e Performance – PAGP</p><p>É semelhante ao PRGP, embora não garanta uma taxa de juros, mas inclua a correção</p><p>pelo índice de preços e o excedente financeiro predeterminados na contratação do plano.</p><p>Valor Gerador de Benefícios Livres – VGBL</p><p>O plano é quase um clone do PGBL. As diferenças estão no tratamento fiscal e na</p><p>possibilidade da pessoa comprar, junto com o plano de aposentadoria, um seguro de vida.</p><p>Não permite a dedução no Imposto de Renda.</p><p>O público alvo do VGBL é formado pelas pessoas isentas de Imposto de Renda ou que</p><p>fazem a declaração no formulário simplificado, autônomos ou quem está na economia</p><p>informal.</p><p>Previdência Privada Fechada (Fundo de Pensão)</p><p>É uma opção de aposentadoria complementar. É oferecida pelas empresas aos</p><p>empregados, ou seja, a empresa constitui um fundo de pensão para o qual contribuem a</p><p>própria empresa e seus funcionários. Portanto, não é aberto à participação de outras</p><p>pessoas e tem características diferentes de uma empresa para outra. Tem como seu</p><p>principal representante a PREVI – dos funcionários do Banco do Brasil. A previdência</p><p>complementar dos empregados da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL é a FUNCEF.</p><p>6.14 - PLANOS DE SEGUROS</p><p>Esse mercado surgiu da necessidade que as pessoas e as empresas têm de se associar</p><p>para suportar coletivamente as suas perdas individuais.</p><p>Dessa forma, é possível, após o dano ou a perda (sinistro) de um bem anteriormente</p><p>segurado e graças ao pagamento antecipado de uma quantia (prêmio) que represente uma</p><p>pequena parcela do referido bem segurado, receber uma indenização que permita a</p><p>reposição integral desse bem.</p><p>Assim, quem contratar um seguro formaliza sua intenção/vontade através de um</p><p>instrumento contratual denominado PROPOSTA, que é transformado em uma APÓLICE</p><p>DE SEGURO após a aceitação da proposta pela seguradora.</p><p>A APOLICE DE SEGURO é um contrato de seguro. Pode ser alterada através do</p><p>ENDOSSO.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>86</p><p>Para dar mais segurança ao mercado, este instituiu três formas de seguro:</p><p>Cosseguro – É o seguro que se distribui entre diversas seguradoras, dividindo-se</p><p>entre elas os riscos, proporcionalmente às cotas de cosseguro distribuídas;</p><p>Resseguro – É a operação pela qual uma seguradora se alivia parcialmente do risco</p><p>de um seguro, já feito, contraindo um novo seguro em outra seguradora.</p><p>Retrocessão é o resseguro de um contrato de resseguro.</p><p>Grupos de Riscos:</p><p>Patrimonial Automóvel</p><p>Cascos Crédito</p><p>Transportes Pessoas</p><p>Pessoas Riscos Financeiros</p><p>Rural Riscos Especiais</p><p>Responsabilidades</p><p>Seguros específicos criados a partir dos Grupos de Riscos:</p><p> Seguros de danos à propriedade (Incêndio e lucros cessantes);</p><p> Seguro de Automóvel e Responsabilidade Civil;</p><p> Seguro de Valores, Roubo e fidelidade;</p><p> Seguros de Vida, Vida em Grupo e Acidentes Pessoais;</p><p> Seguro de Riscos de Engenharia;</p><p> Seguros de Outros Ramos (aeronáuticos, cascos, edifícios em condomínios, etc).</p><p>7 - MERCADO FINANCEIRO – MERCADOS MONETÁRIOS, DE CRÉDITO, DE</p><p>CAPITAIS E DE CÂMBIO.</p><p>É o conjunto de intermediários e demais prestadores de serviços financeiros que</p><p>possibilitam a transferência de recursos dos agentes superavitários para os agentes</p><p>deficitários.</p><p>Quanto a natureza das operações desenvolvidas o Mercado Financeiro pode ser</p><p>segmentado em:</p><p>MERCADO MONETÁRIO;</p><p>MERCADO DE CRÉDITO;</p><p>MERCADO DE CAPITAIS;</p><p>MERCADO DE CÂMBIO.</p><p>7.1 - Mercado Monetário</p><p>É um segmento do mercado financeiro caracterizado por operações de curto e curtíssimo</p><p>prazo prazos, no qual ocorrem o ajuste da liquidez do sistema econômico e a formação</p><p>das taxas de juros básicas da economia. O mercado monetário pode ser caracterizado,</p><p>também, pelas operações com reservas bancárias efetuadas pelas instituições financeiras.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>87</p><p>Os principais participantes do mercado monetário, além do BACEN, são as instituições</p><p>captadoras de depósitos a vista (bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira</p><p>comercial e CAIXA ECONÔMICA). As demais instituições financeiras autorizadas a emitir</p><p>e/ou adquirir depósitos interfinanceiros também participam do mercado monetário.</p><p>7.2 - Mercado de Crédito</p><p>É o conjunto de transações realizadas pelos agentes econômicos, instituições financeira e</p><p>pessoas físicas e jurídicas envolvendo risco de crédito. O incremento das transações</p><p>comerciais e financeiras desencadeou a formação e a caracterização do mercado de</p><p>crédito, que é composto por todos os agentes econômicos que realizam transações</p><p>baseadas na confiança.</p><p>O mercado de crédito é dito organizado porque os agentes econômicos envolvidos atuam</p><p>por meio de estruturas definidas e regulamentadas em que a oferta e a demanda de</p><p>recursos possuem fluxos regulares.</p><p>A INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA é o objetivo do mercado de crédito. A intermediação</p><p>financeira entre poupadores e tomadores com assunção do risco de crédito é a razão da</p><p>existência do mercado de crédito, e sua essência é que as instituições que concedem</p><p>empréstimos e financiamentos assumem o risco de crédito dos agentes econômicos, além</p><p>de prestar serviços por meio de movimentação de recursos.</p><p>O Risco de Crédito é o risco de inadimplência de empréstimos e financiamentos</p><p>concedidos pelas instituições credoras aos agentes tomadores.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>88</p><p>Empréstimos – São operações entre agentes econômicos, em que instituições</p><p>financeiras fornecem recursos sem destinação específica e estabelecem obrigações</p><p>mediante contratos com a descrição de prazos, taxas de juros, garantias e demais</p><p>condicionantes previamente acordados. ENVOLVE RISCO DE CRÉDITO.</p><p>Financiamentos – São adiantamentos de recursos entre agentes econômicos,</p><p>instituições financeiras vinculadas a transações comerciais de compra de bens e</p><p>serviços. ENVOLVE RISCO DE CRÉDITO.</p><p>Prestação de Serviços</p><p>– São todos os produtos ofertados por instituições</p><p>financeiras as seus clientes com o objetivo de facilitar o recebimento, o pagamento</p><p>e a movimentação de recursos dentro do mercado financeiro. NÃO ENVOLVE</p><p>RISCO DE CRÉDITO.</p><p>7.3 - Mercado de Capitais</p><p>É um mercado caracterizado por operações de prazo médio, longo ou indeterminado,</p><p>destinadas a suprir recursos para atender às necessidades das empresas de capital fixo e</p><p>de giro. O Mercado de Ações é um componente do mercado de capitais, onde se realizam</p><p>as operações de compra e venda de ações. Suas funções principais são: avaliação dos</p><p>valores transacionados, liquidez e capitalização das empresas.</p><p>Ações — Características e Direitos:</p><p>Ação – É um título negociável, representativo de propriedade de uma fração do</p><p>capital social de uma sociedade anônima.</p><p>As ações podem ser:</p><p>Ordinárias – São aquelas em seu o proprietário tem direito a voto no Conselho de</p><p>Administração.</p><p>Preferenciais – São aquelas em que o seu prprietário tem direito de preferência</p><p>sobre os lucros a serem distribuídos aos acionistas, seja na forma de dividendos ou</p><p>juros sobre o capital próprio, sendo que, após o plano Collor, todas ações passaram</p><p>a ser obrigatoriamente emitidas na forma nominativa ou escritural.</p><p>Outros conceitos referentes aos mercado de ações:</p><p>Ação Cheia - Ação que ainda não recebeu ou exerceu direitos (dividendos e/ou</p><p>bonificações, e/ou subscrições) concedidos pela empresa emissora.</p><p>Ação Endossável - Ação nominativa que pode ser transferida no Livro de Registro</p><p>de Ações Nominativas a partir do endosso da própria cautela.</p><p>Ação Escritural - O estatuto da companhia pode autorizar ou estabelecer que</p><p>todas as ações da empresa, de uma ou mais classes, sejam mantidas em constas</p><p>de depósito, em nome de seus titulares na instituição que designar, sem emissão de</p><p>certificados.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>89</p><p>Ação de Fruição - São ações de posse e propriedade dos fundadores da</p><p>companhia, já amortizadas, onde o titular recebeu, antecipadamente, o valor</p><p>contábil que elas representam. Não são negociáveis.</p><p>Ação Fungível - Ação que se encontra em custódia em uma instituição financeira,</p><p>que fica obrigada a devolver ao depositante a quantidade de ações recebidas com</p><p>as modificações resultantes de alterações no capital social ou no número das ações</p><p>da companhia emissora, independentemente do número de ordem das ações ou</p><p>dos certificados recebidos em depósito.</p><p>Ação listada em Bolsa - Ações de empresas que satisfazem aos requisites das</p><p>Bolsas de Valores para efeito de negociação de seus títulos em pregão.</p><p>Ação nominativa - Ação que identifica o nome de seu proprietário. Sua</p><p>transferência deve ser registrada no livro especial da empresa, denominado ―Livro</p><p>de Registro de Ações Nominativas.</p><p>Acionista - Proprietário de uma ou mais ações de uma sociedade anônima.</p><p>Acionista majoritário - Acionista que detém uma quantidade tal de ações com</p><p>direito a voto que lhe permite (dentro da distribuição vigente de participação</p><p>acionária) manter o controle acionário de uma empresa.</p><p>Comando Acionário - Poder exercido pelo acionista ou grupo majoritário.</p><p>Acionista minoritário - Acionista proprietário de ações com direito a voto, cujo total</p><p>não lhe garante o controle da sociedade.</p><p>Índice da Bolsa de Valores - Pode ser definido como o índice da lucratividade de</p><p>uma carteira de ações, carteira hipotética e suposta, como sendo a carteira</p><p>pertencente ao mercado. Deste modo, a evolução deste índice mostra a evolução</p><p>dos ganhos do mercado, como um todo, e a sua representação gráfica constitui</p><p>instrumentos utilizado pelos analistas para avaliação de tendências futuras dos</p><p>negócios em Bolsa.</p><p>Direitos e Proventos de uma Ação:</p><p>Dividendos – É a distribuição de parte dos lucros de uma empresa, em moeda, aos</p><p>seus acionistas. Por lei, no mínimo 25% do lucro líquido do exercício devem ser</p><p>distribuídos aos acionistas. Uma operação isenta de IR.</p><p>Juros Sobre o Capital Próprio - Foram criados pela Lei 9.249/95, para compensar</p><p>o fim da correção monetária sobre os balanços das empresas. Através deste</p><p>instrumento a empresa está autorizada a remunerar o capital do acionista até o</p><p>valor da TJLP. O valor recebido pelo acionista sofre desconto de IR de 15%.</p><p>Subscrição – É o direito do acionista de aquisição de ações por aumento de capital,</p><p>com preços e prazo determinados.</p><p>Bonificação – É a distribuição gratuita de novas ações aos acionistas, em função</p><p>de aumento do capital por incorporação de reservas.</p><p>Split ou Desdobramento – É a distribuição gratuita de novas ações aos acionistas,</p><p>pela diluição do capital em um maior número de ações, com o objetivo, entre outros,</p><p>de dar liquidez aos títulos no mercado.</p><p>Agrupamento ou Inplit – É a condensação do capital em um menor número de</p><p>ações com consequente aumento do valor de mercado da ação, com o objetivo,</p><p>entre outros, de valorizar sua imagem em mercado.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>90</p><p>7.3.1 - Debêntures</p><p>É um título emitido apenas por sociedades anônimas não-financeiras de capital aberto (as</p><p>sociedades de arrendamento mercantil e as companhias hipotecárias estão autorizadas a</p><p>emiti-las), com garantia de seu ativo e com ou sem garantia subsidiária da instituição</p><p>financeira, que as lança no mercado para obter recursos de médio e longo prazos,</p><p>destinado normalmente a financiamento de projetos de investimentos ou alongamento do</p><p>perfil do passivo.</p><p>Elas garantem aoa comprador uma remuneração certa num prazo certo, não dando o</p><p>direito de participação nos bens ou lucros da empresa.</p><p>Os compradores de uma debênture são credores que esperam receber juros periódicos e</p><p>reembolso específico do principal na data do seu vencimento.</p><p>A emissão da debênture é regulamentada pela Lei 6.404/76.</p><p>Intervenientes no processo de emissão de Debentures:</p><p>Agentes Fiduciários – Os debenturistas formam um condomínio representado</p><p>perante a empresa emitente por um agente fiduciário. Este deve zelar pelos direitos</p><p>dos debenturistas. É uma terceira parte envolvida num contrato de debênture. Pode</p><p>ser um indivíduo, uma empresa ou um departamento de crédito de um banco.</p><p>Banco Mandatário – É o banco responsável pela confirmação financeira de todos</p><p>os pagamentos e movimentações efetuadas pelo emissor. Tem a função de</p><p>confirmar os diversos lançamentos, tais como pedido de depósitos e retirada do</p><p>mercado secundário, conversões, permutas, pedidos e/ou desistências fora do</p><p>prazo determinado pelo emissor, não repactuação e/ou opção de venda. Esta</p><p>função só pode ser exercida por bancos comerciais ou múltiplos com carteira</p><p>comercial.</p><p>As empresas sociedades anônimas são classificadas em:</p><p>As companhias abertas - Têm seus valores mobiliários negociados em bolsas de valores</p><p>ou no mercado de balcão, sendo-lhes permitido captar recursos junto ao público investidor.</p><p>A possibilidade de captação de recursos junto ao público investidor, as companhias</p><p>abertas submetem-se a uma série de obrigações específicas, impostas por lei e</p><p>dispositivos regulamentares, expedidos, principalmente, pela CVM, cuja finalidade</p><p>precípua é a proteção do investidor.</p><p>A companhias fechadas - Têm grande liberdade para estabelecerem suas regras de</p><p>funcionamento da forma que melhor atenda aos interesses de seus acionistas, as</p><p>companhias abertas sofrem determinadas restrições, gozando de menor flexibilidade para</p><p>a elaboração de regras próprias de funcionamento no estatuto social.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>91</p><p>7.3.2 – Estrutura do Mercado de Capitais</p><p>MERCADO À VISTA – É a compra e venda de uma determinada quantidade de ações, a</p><p>um preço estabelecido em pregão. Assim, quando há a realização de um negócio, ao</p><p>comprador cabe despender o valor financeiro envolvido</p><p>na operação e ao vendedor a</p><p>entrega dos títulos-objeto da transação, nos prazos estabelecidos pela BOVESPA.</p><p>MERCADO A TERMO (a prazo) – É a compra e venda de uma determinada quantidade de</p><p>ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo pré-determinado, a contar da data da</p><p>operação em pregão, resultando em um contrato entre as partes. O prazo do contrato é</p><p>livremente escolhido pelos investidores, obedecendo ao mínimo de 12 dias úteis e ao</p><p>máximo de 999 dias corridos. O preço a termo de uma ação resulta da adição, ao valor</p><p>cobrado no mercado a vista, de uma parcela correspondente aos juros – que são fixados</p><p>livremente em mercado, em função do prazo do contrato. A liquidação de uma operação a</p><p>termo, no vencimento do contrato ou antecipadamente, se assim o comprador o desejar,</p><p>implica a entrega dos títulos pelo vendedor e o pagamento pelo comprador, do preço</p><p>estipulado no contrato.</p><p>MERCADO FUTURO – Compreende a compra ou a venda de ações listadas em bolsa, a</p><p>um preço acordado entre as partes, para liquidação em data futura específica, previamente</p><p>autorizada. Normalmente, o esperado é que o preço do contrato futuro de uma ação seja</p><p>equivalente ao preço a vista, acrescido de uma fração correspondente à expectativa de</p><p>taxas de juros entre o momento da negociação do contrato futuro e a respectiva data de</p><p>liquidação do contrato. O preço de um contrato futuro de ações muda de acordo com a</p><p>variação de preço da ação subjacente no mercado a vista. Como ambos podem ser</p><p>negociados a qualquer momento durante o período de negociações do dia, qualquer ganho</p><p>obtido pode ser fechado imediatamente realizado por meio do fechamento da posição a</p><p>futuro.</p><p>MERCADO DE OPÇÕES – Neste mercado são negociados direitos de compra ou venda</p><p>de um lote de ações, com preços e prazos de exercício preestabelecidos. Por esses</p><p>direitos, o titular de uma opção paga um prêmio, podendo exercê-lo até a data de</p><p>vencimento (no caso de opção no estilo americano) ou na data de vencimento (no caso de</p><p>opção no estilo europeu), ou revendê-los no mercado.</p><p>7.3.3 - Mercado a Vista</p><p>Principais tipos de ordem de Compra e Venda:</p><p>Ordem de Mercado – É quando o investidor especifica à corretora apenas a</p><p>quantidade e as características dos títulos que deseja comprar ou vender a sua</p><p>execução deve ser imediata.</p><p>Ordem Administrada – É quando o investidor especifica à corretora apenas a</p><p>quantidade e as características dos títulos que deseja comprar ou vender e o</p><p>momento de sua execução fica a critério da corretora.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>92</p><p>Ordem Limitada – É quando o investidor estabelece o preço máximo ou mínimo</p><p>pelo qual ele quer comprar ou vender determinada ação. Ela somente será</p><p>executada por um preço igual ou melhor do que o indicado.</p><p>Ordem Casada – É quando o investidor determina uma ordem de compra de um</p><p>título e uma venda de outro, condicionando sua efetivação ao fato de ambas</p><p>poderem ser executadas.</p><p>Ordem de financiamento – É quando o investidor determina uma ordem de compra</p><p>(ou venda) de um título em um tipo de mercado e uma outra concomitante de venda</p><p>(ou de compra) de igual título, no mesmo ou em outro mercado, com prazos de</p><p>vencimentos distintos.</p><p>7.3.4 - Mercado de Balcão</p><p>O mercado de balcão é um mercado de títulos sem local físico definido para a realização</p><p>das transações (fora da Bolsa de Valores) que são feitas por telefone entre as instituições</p><p>financeiras. O mercado de balcão é chamado de organizado quando se estrutura como um</p><p>sistema de negociação de títulos e valores mobiliários podendo estar organizado como um</p><p>sistema eletrônico de negociação por terminais, que interliga as instituições credenciadas</p><p>em todo o Brasil, processando suas ordens de compra e venda e fechando os negócios</p><p>eletronicamente.</p><p>Há duas modalidades distintas desse mercado:</p><p>Mercado de balcão não organizado - Mercado de compra e venda de ativos sem a</p><p>coordenação de uma Bolsa de Valores, no qual as transações são normalmente</p><p>conduzidas pelo telefone. São negociadas ações de empresas não registradas em Bolsas</p><p>de Valores e outras espécies de títulos. Participam deste mercado corretoras,</p><p>distribuidoras, alguns bancos e pessoas físicas.</p><p>Mercado de balcão organizado - Também chamado de SOMA (Sociedade Operadora de</p><p>Mercado Aberto), funciona como um "pré-vestibular" para empresas que pretendem mais</p><p>tarde ter suas ações negociadas nas bolsas de valores. Apresenta como vantagens</p><p>principais menor custo e menores exigências.</p><p>7.3.5 - SOMA (Sociedade Operadora do Mercado de Ativos S/A)</p><p>É uma instituição auto-reguladora responsável por administrar o mercado de balcão</p><p>organizado.</p><p>Podem operar na SOMA as corretoras de valores, bancos de investimentos e</p><p>distribuidoras de valores mobiliários, representando seus clientes ou atuando como</p><p>formador de mercado;</p><p>A negociação se dá exclusivamente, através de sistema eletrônico, o SOMAtrader. Não</p><p>existe um pregão viva-voz. Os intermediários financeiros que atuam na SOMA</p><p>disponibilizam para seus clientes o SOMAbroker, um sistema que permite aos investidores</p><p>colocarem, através da Internet, ordens de compra e venda de ativos nos mercados</p><p>administrados pela SOMA.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>93</p><p>As ações podem ser negociadas através de um processo contínuo de negociação, com a</p><p>participação ou não de um Formador de Mercado, ou através de ―calls‖.</p><p>O formador de mercado deve manter, contínua e simultaneamente, durante todo o período</p><p>em que o sistema de negociação estiver funcionando, ofertas firmes de compra e de venda</p><p>para o ativo em que for credenciado.</p><p>Ativos negociados na SOMA:</p><p>Ações, debêntures e demais títulos e valores mobiliários de emissão de companhia</p><p>aberta;</p><p>Carteira teórica referenciada em ações negociadas na SOMA;</p><p>Quotas representativas de certificados de investimento audiovisual;</p><p>Quotas de fundos de investimento fechado;</p><p>Títulos da dívida agrária emitidos pelo Tesouro Nacional.</p><p>As ações, debêntures e demais títulos e valores mobiliários pela SOMA são custodiados</p><p>na CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia S/A, que também é</p><p>responsável pela liquidação de todas as operações realizadas neste mercado.</p><p>7.4 – Mercado de Câmbio</p><p>É aquele que envolve a negociação de moedas estrangeiras e as pessoas interessadas</p><p>em movimentar essas moedas. No Brasil, as operações de câmbio NÃO PODEM ser</p><p>praticadas livremente e devem ser conduzidas através de um estabelecimento bancário</p><p>autorizado a operar em câmbio.</p><p>Instituições autorizadas a Operar no mercado de câmbio:</p><p>Bancos, exceto os de desenvolvimento, em todas as operações prevista no</p><p>mercado;</p><p>Bancos de Desenvolvimento e Caixas Econômicas em operações específicas</p><p>autorizadas;</p><p>As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento, Sociedades Corretoras</p><p>de Câmbio, SCTVM e as DTVM: Compra e venda de moeda estrangeira, cheques e</p><p>cheques de viagem e câmbio simplificado de importação e exportação;</p><p>Agências de Turismo: na compra e venda de moeda estrangeira em espécie,</p><p>cheques e cheques de viagem relativos a viagens internacionais;</p><p>Meios de hospedagem de Turismo: Exclusivamente na compra de moedas</p><p>estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem relativos a turismo no País.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>94</p><p>7.4.1 – Operações de Câmbio</p><p>São, basicamente, a troca (conversão) da moeda de um país pelo de outro. Em relação ao</p><p>estabelecimento operador, elas de classificam como:</p><p>Compra – Recebimento de moeda estrangeira contra a entrega de moeda nacional;</p><p>Venda – Entrega de moeda estrangeira contra o recebimento de moeda nacional;</p><p>Arbitragem – Entrega de moeda estrangeira contra o recebimento de outra moeda</p><p>estrangeira.</p><p>A troca de moeda estrangeira surge em função de:</p><p>Exportação</p><p>– Venda ao exterior de mercadorias e serviços com preço ajustado para</p><p>recebimento em moeda estrangeira.</p><p>Importação – Compra de mercadorias e serviços do exterior com preço ajustado</p><p>para pagamento em moeda estrangeira;</p><p>Operações Financeiras – Movimentação financeira de entrada eou saída de capitais</p><p>de empréstimos, financiamento ou investimento no País.</p><p>No que concerne à forma como as trocas são feitas, podemos classificá-las em:</p><p>Operação de Câmbio Manual – São operações que envolvem a compra e a venda</p><p>de moedas estrangeiras em espécie, isto é, quando a troca se efetua com moedas</p><p>metálicas ou cédulas de outros países. É o caso do turista que troca uma nota de</p><p>cem dólares pelo equivalente em reais. Trata-se de operação de menor vulto,</p><p>atendendo às necessidades de turismo ou de negocio.</p><p>Operações de Câmbio Sacado – Ocorre quanto, na troca, existem documentos ou</p><p>títulos representativos de moedas. Neste tipo de operações, as trocas se processam</p><p>pela movimentação de uma conta bancária em moeda estrangeira. Portanto, o</p><p>câmbio sacado pode ser entendido como as operações que se processam através</p><p>de saques, ou seja, as letras de câmbio ou cambiais, as cartas de crédito ou</p><p>créditos documentários, as ordens de pagamento e os cheques. É usado nas</p><p>opeações envolvendo exportação e importação, tendo um grande peso na Balança</p><p>Comercial Brasileira.</p><p>7.4.2 – O Contrato de Câmbio</p><p>O objetivo principal do contrato de câmbio é a compra e venda de moeda estrangeira, cuja</p><p>entrega da moeda corresponde à liquidação do contrato.</p><p>O contrato de câmbio visa à prestação de um serviço por um banco ao seu cliente.</p><p>Quando este cliente for um exportador, o serviço bancário será a cobrança, no exterior, de</p><p>cambiais sacado pelo exportador nacional contra o importador residente em outro país.</p><p>Quando for um importador, o serviço bancário prestado será o recebimento, em moeda</p><p>local, com o respectivo pagamento ao fornecedor no exterior, do valor referente à</p><p>mercadoria importada.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>95</p><p>O contrato de compra é, portanto, um ato bilateral e oneroso, pelo qual o vendedor</p><p>(exportador) vende ao banco (comprador) as divisas estrangeiras, cuja entrega poderá ser</p><p>à vista ou a prazo.</p><p>O contrato de câmbio está disciplinado pela Lei 4.595, de 30.09.64 e formando na Circular</p><p>2.231, de 25/09/92, do BC e documentos posteriores.</p><p>Um contrato de venda de divisas (realizado pelo exportador), para entrega futura, mediante</p><p>a cobrança de fatura, saque e demais documentos de exportação, subordina-se à prévia</p><p>existência de um comprador no exterior.</p><p>Essa cobrança indica que existe, entre exportador e importador, uma relação jurídica, isto</p><p>é, um contrato de compra e venda mercantil.</p><p>Tão logo receba a moeda estrangeira decorrente da venda da sua mercadoria, o</p><p>exportador deve entregá-la ao banco comprador para proceder à liquidação do contrato de</p><p>câmbio. Isto ocorre porque os particulares (pessoas físicas e jurídicas) não podem enviar</p><p>ou receber moeda estrangeira sem a correspondente negociação com um banco</p><p>autorizado.</p><p>O risco do negócio é, exclusivamente do exportador, pois o banco não participa da</p><p>operação mercantil, quer quanto à sua avaliação, quer quanto à análise do risco existente,</p><p>nada tendo a ver com o insucesso da exportação.</p><p>A contratação do câmbio poderá ocorrer prévia ou posteriormente ao embarque da</p><p>mercadoria:</p><p>Com prévia contratação total de câmbio – O exportador, a seu critério, contrata o</p><p>câmbio com um banco, antes do embarque da mercadoria ( a contratação do</p><p>câmbio significa a fixação de taxa cambial; normalmente, isto ocorre quando o</p><p>exportador pretende obter adiantamento sobre o contrato de câmbio – ACC - a fim</p><p>de obter recursos par produzir a mercadoria).</p><p>Com prévia contratação parcial do câmbio – O exportador, a seu critério, contrata</p><p>parte do câmbio previamente ao embarque e parte posteriormente, para permitir</p><p>uma melhor remuneração pela moeda estrangeira.</p><p>Com posterior contratação total ou parcial do câmbio – Quando o exportador não</p><p>necessitar de recursos financeiros para produzir a mercadoria, pois dispõe de</p><p>recursos próprios, contratará o câmbio em até 180 dias após o embarque da</p><p>mercadoria.</p><p>A utilização de um ACC muitas vezes é motivada pela oportunidade de conseguir reais</p><p>imediatamente, de forma a obter vantagens na aplicação financeira sobre a desvalorização</p><p>cambial.</p><p>Os contratos de câmbio de operações financeiras ou de pagamento antecipado de</p><p>exportação são celebrados para liquidação pronta, ou seja, imediatamente após sua</p><p>contratação.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>96</p><p>Os contratos de câmbio de operações financeiras ou comerciais são contratados, em sua</p><p>grande maioria, para liquidação futura, isto é, celebrados numa data e comercializados em</p><p>data futura.</p><p>7.4.3 – Taxas de Câmbio</p><p>Taxa de Câmbio Oficial (Antigo Dólar Comercial – para diferenciar do antigo Dólar</p><p>Turismo, ambos unificados) – Estabelece o parâmetro para as operações oficiais de</p><p>compra e venda de moeda no comércio exterior.</p><p>Taxa de Câmbio para Repasse e Cobertura – Estabelece o parâmetro para as</p><p>operações de repasse dos bancos ao BC, quando não encontram aplicações para</p><p>eventuais excessos na posição comprada; ou de cobertura, quando não encontram</p><p>compradores para eventuais excessos na posição vendida.</p><p>Taxa de Câmbio Interbancário Pronta (Dólar Pronto) – Estabelece o parâmetro para</p><p>as operações de compra e venda de moeda entre os bancos no segmento</p><p>comercial para entrega em 48 horas.</p><p>Taxa de Câmbio de Mercado de Cabo (Dólar Cabo) – Estabelece o parâmetro para</p><p>as operações de compra e venda de moeda que será usado para transferência</p><p>direta de e para o exterior.</p><p>Taxa de Câmbio de Mercado Paralelo (Dólar Paralelo) – Estabelece o parâmetro</p><p>para as operações de compra e venda adquirida fora dos meios oficiais, via</p><p>doleiros.</p><p>Taxa PTAX do BACEN – É a taxa média de venda (compra) do dólar comercial</p><p>ponderada em valor, apurada pelo BACEN ao final de cada dia e que serve como</p><p>referência para os negócios com dólar.</p><p>7.4.4 - Operações de Remessas</p><p>As remessas para o exterior são realizadas, normalmente através de ordens (cheques,</p><p>ordem por carta, ordem por telex, cabo, fax ou internet).</p><p>Trata-se de uma operação financeira, o banco opera o câmbio pronto, pagando à vista ao</p><p>cliente o equivalente em reais.</p><p>O banco vende moeda estrangeira, creditando em sua conta, ao banqueiro no exterior</p><p>cumpridor da ordem.</p><p>Tratando-se de operação financeira, o banco opera em câmbio pronto, recebendo do</p><p>cliente, à vista, o equivalente em reais ou debitando-o em sua conta de depósito.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>97</p><p>Exemplo: Remessa para pessoa física residente na Bélgica, de 300 dólares.</p><p>1 –</p><p>O remetente vai ao banco e deposita o equivalente à remessa à</p><p>taxa de venda, pagando, naturalmente, uma pequena</p><p>comissão, e pede a expedição da ordem.</p><p>2 –</p><p>O Banco emite a ordem e credita o valor da moeda estrangeira</p><p>na conta do banqueiro no exterior, que a cumprirá.</p><p>3 –</p><p>O banqueiro no exterior avisa o favorecido, quando da recepção</p><p>da ordem.</p><p>4 – O favorecido recebe seu valor na moeda de seu país.</p><p>5 – O banqueiro debita na conta do banco expedidor da ordem.</p><p>7.4.5 - SISCOMEX</p><p>O SISCOMEX - Sistema Integrado de Comércio Exterior – é uma nova sistemática</p><p>administrativa do comercio exterior brasileiro que integra as atividades afins do</p><p>Departamento de Comércio Exterior - DECEX, da Secretaria da Receita Federal do Brasil</p><p>– SRFB e do BACEN, no registro, no acompanhamento e no controle das diferentes</p><p>etapas das operações de exportação e importação.</p><p>O registro eletrônico das informações desburocratiza, reduz custos e possibilita a emissão</p><p>de um único documento institucional para cada</p><p>de</p><p>títulos públicos federais;</p><p>• Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições</p><p>estabelecidas pelo CMN;</p><p>• Exercer o controle do Crédito sob todas as suas formas;</p><p>• Exercer a fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quando necessário;</p><p>• Autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional, de todas as</p><p>instituições financeiras;</p><p>• Estabelecer condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas</p><p>instituições financeiras privadas;</p><p>• Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais;</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>11</p><p>• Controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do</p><p>mercado cambial, operando, inclusiva, via ouro, moeda ou operações de crédito, no</p><p>exterior;</p><p>• Determinar, via COPOM, a taxa de juros de referência para as operações de um dia</p><p>– A TAXA SELIC.</p><p>Demais denominações mercadológicas do BACEN</p><p>Denominação Atribuição</p><p>Banco dos Bancos</p><p>• Depósitos Compulsórios;</p><p>• Redesconto de Liquidez.</p><p>Gestor do SFN • Normas/Autorizações/Fiscalização/Intervenção</p><p>Executor da Política Monetária</p><p>• Determinação da Taxa Selic;</p><p>• Controle dos meios de pagamento (Liquidez do</p><p>Mercado);</p><p>• Orçamento monetário/Instrumentos de política</p><p>monetária;</p><p>Banco Emissor</p><p>• Emissão do meio circulante;</p><p>• Saneamento do meio circulante.</p><p>Banqueiro do Governo</p><p>• Financiamento ao Tesouro Nacional;</p><p>• Administração da Dívida Pública Interna e</p><p>Externa;</p><p>• Gestor e fiel depositário das reservas</p><p>internacionais do País;</p><p>• Representante junto às instituições financeiras</p><p>internacionais do SFN;</p><p>Centralizador do Fluxo Cambial</p><p>• Normas/Autorizações/Registros/Fiscalização/Inter</p><p>venção</p><p>2.3.3 – CVM – Comissão de Valores Mobiliários</p><p>Órgão NORMATIVO do sistema financeiro especificamente voltado para o</p><p>desenvolvimento , a disciplina e a fiscalização do mercado de valores mobiliários não</p><p>emitidos pelo sistema financeiro e pelo Tesouro Nacional, basicamente o mercado de</p><p>ações e de debêntures (Mercado de Capitais).</p><p>Sob a disciplina e a fiscalização da CVM estão consolidadas as seguintes atividades:</p><p> Emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado;</p><p> Negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários;</p><p> Negociação e intermediação no mercado de derivativos;</p><p> Organização, funcionamento e operação das Bolsas de Valores;</p><p> Organização, funcionamento e operações das Bolsas de Mercadores e Futuros;</p><p> Administração de carteiras e custódia de valores mobiliários;</p><p> Auditoria das companhias abertas;</p><p> Serviços de consultor e analista de valores mobiliários.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>12</p><p>Competência ou Objetivos fundamentais da CVM:</p><p> Estimular a aplicação de poupança no mercado acionário;</p><p> Garantir o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e instituições</p><p>auxiliares que operem no mercado;</p><p> Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e outros</p><p>tipos de atos ilegais que manipulem preços de valores mobiliários nos mercados</p><p>primários e secundários de ações;</p><p> Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos emitidos</p><p>pelas sociedades anônimas de capital aberto.</p><p>2.3.4 - BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social</p><p>É uma instituição ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, sendo o</p><p>principal agende do governo para financiamentos de médio e longo prazo aos setores</p><p>primário, secundário e terciário da economia.</p><p>Seu objetivo maior é o de dilatar o prazo das operações de empréstimos e financiamentos,</p><p>sobretudo para fortalecer o processo de capitalização das empresas, através da compra de</p><p>máquinas e equipamentos e as subscrição de debêntures e ações.</p><p>Competências do BNDES:</p><p> Impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País;</p><p> Fortalecer o setor empresarial nacional;</p><p> Atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos pólos de produção;</p><p> Promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, industriais e de</p><p>serviços;</p><p> Promover o crescimento e a diversificação das exportações.</p><p> Durante os governos Collor, Itamar e FHC foi responsabilidade do BNDES gerir</p><p>todo o processo de privatização das estatais.</p><p>2.3.5 – BB – Banco do Brasil</p><p>Instituição que teve uma função típica de autoridade monetária até janeiro de 1986,</p><p>quando, por decisão do CMN, foi suprimida a conta movimento. É ligada ao Ministério da</p><p>Fazenda.</p><p>Hoje, é um conglomerado financeiro que atua como banco múltiplo, preservando ainda,</p><p>algumas prerrogativas de agente financeiro do Governo Federal.</p><p>Competências do Banco do Brasil:</p><p> Administrar a Câmara de Compensação de Cheques e Outros Papéis;</p><p> Efetuar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral</p><p>da União;</p><p> Adquirir e financiar os estoques de produção exportável;</p><p> Agenciar os pagamentos e recebimentos fora do País;</p><p> Operar os fundos de investimento setorial como Pesca e Reflorestamento;</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>13</p><p> Captar depósito de poupança direcionada ao crédito rural;</p><p> Operar o FCO;</p><p> Executar a política de preços mínimos para os produtos agro-pastoris;</p><p> Executar o serviço da dívida pública consolidada;</p><p> Realizar por conta própria, operações de compra e venda de moeda estrangeira, ou</p><p>por conta do BACEN, nas condições estabelecidas pelo CMN</p><p> Receber a crédito do Tesouro Nacional, as importâncias provenientes da</p><p>arrecadação de tributos e rendas federais;</p><p> Receber em depósito, com exclusividade, as disponibilidades de quaisquer</p><p>entidades federais, compreendendo as repartições de todos os ministérios civis e</p><p>militares, instituições de previdência e outras autarquias, comissões, departamentos,</p><p>entidades em regime especial de administração e quaisquer pessoas físicas ou</p><p>jurídicas responsáveis por adiantamentos.</p><p>2.3.6 – CAIXA – Caixa Econômica Federal</p><p>Instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do Governo Federal</p><p>para habitação popular e saneamento básico, caracterizando-se cada vez mais como</p><p>o banco de apoio ao trabalhador de baixa renda. É ligada ao Ministério da Fazenda.</p><p>À CAIXA é permitido atuar em todas as áreas de atividades dos bancos comerciais,</p><p>sociedade de crédito imobiliário e de saneamento e infra-estrutura urbana, além da</p><p>prestação de serviços de natureza social, delegada pelo Governo Federal.</p><p>Principais atividades da Caixa:</p><p>• Captar recursos em cadernetas de poupança;</p><p>• Captar recursos em depósitos judiciais;</p><p>• Recolher e administrar os recursos do FGTS;</p><p>• Administrar as Loterias;</p><p>• Administrar o Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS;</p><p>• Administrar o Programa de Integração Social -PIS;</p><p>• Administrar o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social – FAS;</p><p>• Administrar o Fundo de Desenvolvimento Social – FDS.</p><p>2.3.7 – CRSFN – Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional</p><p>Criado pelo Decreto 91.152, de 15/03/85, como órgão integrante do Ministério da Fazenda,</p><p>para julgar, em segunda e última instância, os recursos e interpostos das decisões relativas</p><p>à aplicação de penalidades administrativas pelo Banco Central do Brasil e Comissão de</p><p>Valores Mobiliários (CVM).</p><p>É integrado por oito Conselheiros, de reconhecida competência e possuidores de</p><p>conhecimentos especializados em assuntos relativos aos mercados financeiros e de</p><p>capitais. É composto pelos seguintes participantes:</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>14</p><p>• Um representante do Ministério da Fazenda;</p><p>• Um representante do Banco Central;</p><p>• Um representante da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do</p><p>Desenvolvimento, Indústria e Comércio;</p><p>• Um representante</p><p>operação, denominado REGISTRO DE</p><p>EXPORTAÇÃO (RE) ou DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO (DI).</p><p>Os dados coletados são processados pelos computadores servidores do sistema na Rede</p><p>Serpro de Teleprocessamento.</p><p>Efetivado o registro da DI, será emitido o extrato da Declaração de Importação, que deverá</p><p>ser entregue à Aduana, juntamente com os demais documentos necessários para</p><p>instrução do despacho. Concluído o desembaraço, a Receita Federal registrará as</p><p>informações no Sistema, possibilitando a emissão do Comprovante de Importação (Cl) e a</p><p>liberação das mercadorias.</p><p>O acesso ao SISCOMEX poderá ser efetuado, desde que habilitado e credenciado em:</p><p>Agências do BB que operem em comércio exterior;</p><p>Agências de bancos que operem em câmbio;</p><p>Corretoras de Câmbio;</p><p>Despachantes Aduaneiros;</p><p>No próprio estabelecimento do exportador ou do importador, observados os critérios</p><p>específicos para ligação;</p><p>Outras entidades habilitadas;</p><p>Salas de contribuintes da Receita Federal.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>98</p><p>7.5 – Mercado Primário e Mercado Secundário</p><p>MERCADO PRIMÁRIO – Compreende o lançamento inicial de novas ações ao mercado</p><p>com aporte de recursos para a empresa. No caso de ações, pode estar caracterizando a</p><p>abertura de capital no mercado de ações.</p><p>MERCADO SECUNDÁRIO – Compreende a transferência de propriedade dos títulos entre</p><p>terceiros, não gerando recursos para a empresa. Uma empresa somente obtém novos</p><p>recursos por meio de subscrição de capital no mercado primário. O funcionamento do</p><p>mercado secundário de ações ocorre principalmente nas bolsas de valores, onde é</p><p>viabilizada aos investidores a oportunidade de realização de negócios com os títulos</p><p>anteriormente emitidos.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>99</p><p>da Comissão de Valores Mobiliários;</p><p>• Quatro representantes de entidades de classe, dos mercados financeiro e de</p><p>capitais, por elas indicados em lista tríplice, por solicitação do Ministro da Fazenda.</p><p>2.3.8 - Classificação das Instituições Financeiras em segmentos, segundo as suas</p><p>funções de crédito:</p><p>Funções de Crédito INSTITUIÇÕES</p><p>Instituições de Crédito a</p><p>Curto Prazo</p><p>• Bancos Comerciais;</p><p>• Caixas Econômicas;</p><p>• Bancos Cooperativos/Cooperativas de Crédito;</p><p>• Bancos Múltiplos com Carteira Comercial</p><p>Instituições de Crédito de</p><p>Médio e Longo Prazo</p><p>• Bancos de Desenvolvimento;</p><p>• Bancos de Investimento;</p><p>• Caixa Econômica;</p><p>• Bancos Múltiplos com Carteira de Investimento e de</p><p>Desenvolvimento;</p><p>• Sociedade de Crédito ao Microempreendedor;</p><p>• Agências de Fomento.</p><p>Instituições de Crédito e</p><p>Financiamento de Bens de</p><p>Consumo Duráveis</p><p>• Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento –</p><p>Financeiras;</p><p>• Caixa Econômica;</p><p>• Bancos Múltiplos com Carteira de Aceite.</p><p>Instituições de Crédito</p><p>Imobiliário</p><p>• Caixa Econômica Federal;</p><p>• Associações de Poupança e Empréstimos;</p><p>• Sociedades de Crédito Imobiliário;</p><p>• Companhias Hipotecárias;</p><p>• Bancos Múltiplos com Carteira Imobiliária.</p><p>Instituições de</p><p>Intermediação no Mercado</p><p>de Capitais</p><p>• Sociedades Corretoras – CCVM;</p><p>• Sociedades Distribuidoras – DTVM;</p><p>• Bancos de Investimento;</p><p>• Bancos Múltiplos com Carteira de Investimentos.</p><p>Instituições de Seguros e</p><p>Capitalizações</p><p>• Seguradoras;</p><p>• Corretoras de Seguros;</p><p>• Entidades Abertas e Fechadas de Previdência</p><p>Complementar;</p><p>• Sociedades de Capitalização.</p><p>Instituições de</p><p>Arrendamento Mercantil -</p><p>LEASING</p><p>• Sociedades de Arrendamento Mercantil;</p><p>• Bancos Múltiplos com Carteira de Arrendamento</p><p>Mercantil.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>15</p><p>2.3.9 - Instituições Financeiras Monetárias</p><p>BC – Bancos Comerciais</p><p>De acordo do o MNI (Manual de Normas e Instruções do BACEN), seu objetivo precípuo é</p><p>proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários para financiar, a</p><p>curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e as</p><p>pessoas físicas.</p><p>São intermediários financeiros que recebem recursos de quem tem (agentes</p><p>superavitários) e os distribuem através de crédito seletivo a quem necessita de recursos</p><p>(agentes deficitários), criando moeda através do efeito multiplicador do crédito.</p><p>Os bancos comerciais podem delegar uma série de operações , inclusive a captação de</p><p>depósitos e aplicações do público, a empresas localizadas em qualquer parte do País, que</p><p>podem funcionar como correspondentes bancários.</p><p>Competências dos Bancos Comerciais – BC</p><p> Descontar títulos;</p><p> Realizar operações de abertura de créditos simples ou em conta corrente (contas</p><p>garantidas);</p><p> Realizar operações especiais, inclusive de crédito rural, de câmbio e comércio</p><p>internacional;</p><p> Captar depósitos à vista e a prazo fixo; obter recursos junto às instituições oficiais</p><p>para repasse aos clientes;</p><p> Obter recursos externos para repasse;</p><p> Efetuar a prestação de serviços, inclusive mediante convênio com outras</p><p>instituições.</p><p>Caixas Econômicas Estaduais (Não existem mais CAIXAS ECONÔMICAS</p><p>ESTADUAIS)</p><p>Como sua atividade principal, integram o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo</p><p>(SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH), sendo, juntamente com os bancos</p><p>comerciais, as mais antigas instituições do Sistema Financeiro Nacional. Equiparam-se aos</p><p>Bancos Comerciais e ainda tem a competência para a administração de loterias.</p><p>O seu único representante é a CEF, resultado da unificação, pelo Decreto-Lei 759, de</p><p>12/08/69, das 23 Caixas Econômicas Federais até então existentes.</p><p>BCo – Bancos Cooperativos</p><p>O Banco Central, através da Resolução 2.193, de 31.08.95, autorizou a constituição de</p><p>bancos comerciais na forma de S.A. de capital fechado, com participação exclusiva de</p><p>cooperativas de crédito singulares. Deverão estar enquadradas nas regras do Acordo de</p><p>Basiléia. Não podem participar no capital social de instituições financeiras autorizadas a</p><p>funcionar pelo BACEN, nem realizar operações de SWAP por conta de terceiros.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>16</p><p>O BACEN deu autorização para que as cooperativas de crédito abrissem seus próprios</p><p>bancos comerciais, podendo fazer tudo o que qualquer outro banco comercial faz.</p><p>A Resolução 2.788, de 30.11.2000 do BACEN, renovou as regras para a constituição dos</p><p>bancos cooperativos, cuja atuação deve observar no cálculo do PL exigido os mesmos</p><p>fatores e parâmetros estabelecidos pela regulamentação em vigor para os bancos</p><p>comerciais e múltiplos.</p><p>CC – Cooperativas de Crédito</p><p>A Lei 5.764, de 16/12/1971, definiu a Política Nacional de Cooperativismo como sendo uma</p><p>atividade decorrente das iniciativas ligadas ao sistema cooperativo, originárias de setor</p><p>público ou privado, isoladas ou coordenadas entre si, desde que reconhecendo o interesse</p><p>público e, instituiu o regime jurídico das sociedades cooperativas.</p><p>Na lei foi estabelecido que celebram o contrato de sociedade cooperativa as pessoas que</p><p>reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma</p><p>atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro, e as classificou da</p><p>seguinte forma:</p><p>Cooperativas Singulares – Constituídas de no mínimo 20 pessoas físicas e,</p><p>excepcionalmente, de pessoas jurídicas que tenham por objeto as mesmas ou</p><p>correlatas atividades econômicas das pessoas físicas.</p><p>Centrais de Cooperativas ou Federações de Cooperativas – São aquelas</p><p>constituídas de no mínimo 3 singulares, podendo, excepcionalmente, admitir</p><p>associados individuais.</p><p>A Resolução 3.442, de 28/02/2007 do BACEN, estabelece as exigências e procedimentos</p><p>que permitam as cooperativas de crédito e centrais de cooperativas de crédito a se</p><p>constituírem e funcionarem como instituições financeiras.</p><p>As cooperativas de crédito singulares podem ser constituídas com os seguintes tipos de</p><p>associados:</p><p>• Empregados servidores e pessoas físicas prestadores de serviço em caráter não</p><p>eventual, de uma ou mais pessoas jurídicas, públicas ou privadas, definidas no</p><p>estatuto, cujas atividades sejam afins, complementares ou correlatas, ou</p><p>pertencentes a um mesmo conglomerado econômico;</p><p>• Profissionais e trabalhadores dedicados a uma ou mais profissões e atividades,</p><p>definidas no estatuto, cujos objetos sejam afins, complementares e correlatos;</p><p> Pequenos empresários, microempresários ou microempreendedores, responsáveis</p><p>por negócios de natureza industrial, comercial ou de prestação de serviços,</p><p>incluídas as atividades da área rural;</p><p> Pessoas que desenvolvam, na área de atuação da cooperativa, de forma efetiva e</p><p>predominante, atividades agrícolas, pecuárias ou extrativas, ou se dediquem a</p><p>operações de captura e transformação d pescado;</p><p> Livre admissão de associados;</p><p> Empresários participantes de empresas vinculadas diretamente a um mesmo</p><p>sindicato patronal, direta ou indiretamente à associação patronal de grau superior.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>17</p><p>As cooperativas de crédito podem:</p><p> Captar depósitos somente de associados, sem emissão de certificados;</p><p> Obter empréstimos ou repasses de instituições financeiras nacionais ou</p><p>estrangeiras;</p><p> Receber recursos de fundos oficiais;</p><p> Conceder empréstimos e prestar garantias, inclusive crédito rural;</p><p> Aplicar recursos no mercado financeiro, inclusive em depósitos a vista e a prazo</p><p>com ou sem emissão de certificados;</p><p>• Prestar serviços de cobrança, custódia, de recebimentos e pagamentos de contas</p><p>sob convênio com instituições públicas ou privadas;</p><p>• Prestar serviços de CORRESPONDENTE BANCÁRIO.</p><p>• Prestar serviços de administração de recursos de terceiros em</p><p>favor de cooperativas</p><p>singulares filiais, bem como serviços técnicos a ouras cooperativas de crédito</p><p>centrais e singulares filiadas ou não;</p><p>• Proceder à contratação de serviços com objetivo de viabilizar a compensação de</p><p>cheques, e as transferências de recursos no sistema financeiro, além de prover as</p><p>necessidades de funcionamento da instituição ou de complementar os serviços</p><p>prestados pela cooperativa aos associados.</p><p>São três os principais sistemas de cooperativos:</p><p>• SICREDI – Sistema de Crédito Cooperativo (Região Sul, são Paulo, Mato Grosso e</p><p>Sul do Pará);</p><p>• SICOOB – Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Atua em 20 Estados);</p><p>• UNICRED BRASIL – Sistema que congrega as UNIMEDs</p><p>O SICREDI e o SICOOB criaram bancos comerciais cooperativos para ampliar a oferta de</p><p>serviços financeiros.</p><p>2.3.10 – Instituições Financeiras não monetárias</p><p>BD – Bancos de Desenvolvimento</p><p>O BNDES é o principal agende do governo para financiamentos de médio e longo prazo</p><p>aos setores primário, secundário e terciário da economia.</p><p>As principais instituições de fomento regional são:</p><p> Banco do Nordeste – BNB</p><p> Banco da Amazônia – BASA.</p><p>Os bancos estaduais de desenvolvimento incluem-se em um conjunto de instituições</p><p>financeiras controladas pelos governos estaduais e destinadas ao fornecimento de crédito</p><p>de médio e longo prazo às empresas localizadas nos respectivos estados. Normalmente</p><p>operam com repasses de órgãos financeiros do Governo Federal.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>18</p><p>Foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazo para suprimento de capital</p><p>fixo e de giro das empresas. Seu objetivo maior é o de dilatar o prazo das operações de</p><p>empréstimos e financiamentos, sobretudo para fortalecer o processo de capitalização das</p><p>empresas, através da compra de máquinas e equipamentos e as subscrição de debêntures</p><p>e ações.</p><p>BI – Bancos de Investimento</p><p>Foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazo para suprimento de capital</p><p>fixo e de giro das empresas. Seu objetivo maior é o de dilatar o prazo das operações de</p><p>empréstimos e financiamentos, sobretudo para fortalecer o processo de capitalização das</p><p>empresas, através da compra de máquinas e equipamentos e as subscrição de debêntures</p><p>e ações.</p><p>Não podem manter contas correntes e captam recursos pela emissão de CDBs e RDBs ,</p><p>através da captação e repasses de recursos de origem interna ou externa ou pela venda</p><p>de cotas de fundos de investimento por eles administradas.</p><p>Não podem destinar recursos a empreendimentos imobiliários.</p><p>Principais Operações ativas praticadas pelos BI:</p><p> Empréstimos a prazo mínimo de um ano para financiamento de capital fixo e de</p><p>capital de giro;</p><p> Aquisição de ações, obrigações ou quaisquer outros títulos e valores mobiliários</p><p>para investimento ou revenda no mercado de capitais (operações de underwriting);</p><p> Repasses de empréstimos obtidos no exterior;</p><p> Prestação de garantia de empréstimos no País ou provenientes do exterior.</p><p>FINANCEIRAS – Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento</p><p>Sua função é financiar bens de consumo duráveis por meio de popularmente conhecido</p><p>―crediário‖ou crédito direto ao consumidor (CDC) e Créditos Consignados em Folha de</p><p>Pagamento.</p><p>Não podem manter contas correntes e os seus instrumentos de captação restringem-se à</p><p>colocação de letras de câmbio (LC).</p><p>Na esfera das financeiras, giram as chamadas promotoras de vendas, constituídas em</p><p>geral, sob a forma de sociedades civis servindo de elo entre o consumidor final, o lojista e a</p><p>financeira, por meio de contratos específicos, em que figuram como poderes especiais,</p><p>inclusive para sacar letras de câmbio na qualidade de procuradores dos financiados e,</p><p>também, prestando garantia del credere aos contratos financiados. São disciplinadas pela</p><p>Resolução 562, de 30.09.79, do CMN.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>19</p><p>SCM – Sociedade de Crédito ao Microempreendedor</p><p>Foram regulamentadas pela Resolução 2.874, de 26.07.2001, e tem por objetivo prover um</p><p>modelo de financiamento sem assistencialismo, que atenda com um mínimo de burocracia</p><p>a grande parcela da população que não tem acesso ao sistema bancário tradicional.</p><p>São constituídas na forma de companhias fechadas nos termos da Lei 6.404/76, ou na</p><p>forma de sociedades por quotas de responsabilidade limitada, sendo vedado ao setor</p><p>público a participação societária ou indireta em seu capital.</p><p>Podem conceder financiamentos e prestar garantias a pessoas físicas, com objetivo de</p><p>viabilizar empreendimentos de natureza profissional, comercial ou industrial, de pequeno</p><p>porte, e a pessoa jurídicas classificadas como microempresas.</p><p>Principais competências das SCM:</p><p>Podem obter repasses e empréstimos, de recursos voltados para ações de</p><p>fomento e desenvolvimento;</p><p>Podem aplicar suas disponibilidades de caixa no mercado financeiro;</p><p>Podem ceder contratos de créditos, inclusive as companhias securitizadoras;</p><p>Não podem captar recursos junto ao público;</p><p>Não podem ter participação do setor público;</p><p>A integralização do capital tem que ser em espécie (mínimo de R$ 100.000,00);</p><p>Não podem ter participação societária de outras empresas;</p><p>Não podem captar recursos junto ao público;</p><p>O valor máximo de empréstimo por cliente é de R$ 10.000,00;</p><p>Não podem conceder empréstimos para fins de consumo.</p><p>CH – Companhias Hipotecárias</p><p>A Resolução 2.122, de 30.11.94 do BACEN, estabeleceu as regras para a constituição e o</p><p>funcionamento das Companhias Hipotecárias, que devem ser estabelecidas sob a forma</p><p>de sociedades anônimas. A constituição e o funcionamento das CH depende de</p><p>autorização do BACEN.</p><p>Principais competências das CH:</p><p>Conceder financiamentos destinados a produção, reforma ou comercialização de</p><p>imóveis residenciais ou comerciais e lotes urbanos;</p><p>Comprar, vender e refinanciar créditos hipotecários próprios ou de terceiros;</p><p>Administrar créditos hipotecários próprios ou de terceiros;</p><p>Administrar fundos de investimento imobiliário, desde que autorizada pela</p><p>Comissão de Valores Mobiliários;</p><p>Repassar recursos destinados ao financiamento da produção ou da aquisição de</p><p>imóveis residenciais.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>20</p><p>SCI – Sociedade de Crédito Imobiliário</p><p>A resolução 2.735, de 28.06.2000 do BACEN, estabeleceu que as SCI são instituições</p><p>financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional, especializadas em operações de</p><p>financiamento imobiliário e constituídas sob a forma de sociedade anônima.</p><p>Às sociedades de crédito imobiliário é facultado, além da realização das atividades</p><p>inerentes a consecução de seus objetivos, operar em todas as modalidades admitidas nas</p><p>normas relativas ao direcionamento dos recursos captados em depósitos de poupança.</p><p>As Sociedades de Crédito Imobiliário podem empregar em suas atividades, além de</p><p>recursos próprios, os provenientes de:</p><p>Depósitos em Poupança;</p><p>Letras Hipotecárias;</p><p>Letras Imobiliárias;</p><p>Repasses e refinanciamento contraídos no País, inclusive os provenientes de</p><p>repasses e refinanciamentos de recursos externos;</p><p>Depósitos interfinanceiros, nos termos da regulamentação em vigor;</p><p>Outras formas de captação de recursos autorizadas pelo BACEN.</p><p>APE – Associação de Poupança e Empréstimo</p><p>Criadas pela Lei 4.380/64, constituem-se obrigatoriamente sob a forma de sociedades</p><p>civis, restritas a determinadas regiões, sendo de propriedade comum de seus associados.</p><p>Suas operações ativas e passivas são fundamentalmente semelhantes às sociedades de</p><p>crédito imobiliário.</p><p>As operações ativas são constituídas basicamente por financiamentos imobiliários. Em</p><p>01/01/2008 existia uma única APE – Poupex – Poupança do Exército, administrada pelo</p><p>BB.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS –</p><p>Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>21</p><p>2.3.11 - Instituições Auxiliares do Mercado Financeiro</p><p>CTVM – Sociedade Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários</p><p>São instituições típicas do mercado acionário, operando com compra, venda e distribuição</p><p>de títulos e valores mobiliários (inclusive ouro) por conta de terceiros. Elas fazem a</p><p>intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias. Sua constituição depende de</p><p>autorização do BACEN e o exercício de sua atividade depende de autorização da CVM</p><p>Suas atividades básicas são:</p><p>Operar nos recintos das bolsas de valores e de mercadorias;</p><p>Efetuar o lançamento público de ações;</p><p>Administrar carteiras e custodiar valores mobiliários;</p><p>Instituir, organizar e Administrar fundos de investimento;</p><p>Operar no mercado aberto;</p><p>Intermediar operações de câmbio.</p><p>DTVM – Sociedade Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários</p><p>Suas atividades têm uma faixa operacional mais restrita do que a das corretoras, já que</p><p>elas não têm acesso às bolsas de valores e de mercadorias.</p><p>Suas atividades básicas são:</p><p>• Subscrição isolada ou em consórcio de emissão de títulos e valores mobiliários</p><p>para a revenda;</p><p>• Intermediação da colocação de emissões de capital e mercado;</p><p>• Operações no mercado aberto, desde que satisfaçam as condições exigidas pelo</p><p>BACEN.</p><p>EMPRESAS DE LEASING – Sociedade de Arrendamento Mercantil</p><p>Tais sociedades nasceram do reconhecimento de que o lucro de uma atividade produtiva</p><p>pode advir da simples utilização do equipamento e não da sua propriedade. Em linhas</p><p>gerais, a operação de leasing se assemelha a a uma locação, tendo o cliente, ao final do</p><p>contrato, a opção de renová-lo, adquirir o bem, pagando o valor residual ou devolvê-lo à</p><p>empresa.</p><p>As operações de leasinf foram regulamentadas pelo CMN através da Lei 6.099, 09/74 e a</p><p>integração das sociedades arrendadores ao SFN se deu através da Resolução 351, de</p><p>1975.</p><p>Captam recursos de longo prazo, através da emissão de debêntures, corrigidas através de</p><p>diversos índices, inclusive com cláusula de variação cambial e realizam operações de sob</p><p>a forma de arrendamento mercantil (aluguel).</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>22</p><p>AF – Agência de Fomento ou de Desenvolvimento</p><p>A resolução 2.828, de 30.03.2001, do BACEN estabeloceu as regras atuais que dispõem</p><p>sobre a constituição e o funcionamento das agências de fomento.</p><p>Ela estabelece que a constituição e o fun cioamento de agências de fomento sobv controle</p><p>acionário de unidade da Federação, cujo objeto social é a concessão de financiamento de</p><p>capital fixo e de giro associado a projetos no País, dependem de autorização do BACEN.</p><p>As agências de fomento somente podem praticar operações de repasse de recursos</p><p>captados no País e no exterior originários de:</p><p> Fundos constitucionais;</p><p> Orçamentos federal, estaduais e municipais;</p><p> Organismos e instituições financeiras nacionais e internacionais de</p><p>desenvolvimento.</p><p>As agências de fomento devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima de</p><p>capital fechado nos termos da Lei 6.404/76.</p><p>A experessão ―Agência de Fomento‖ , acrescida da unidade da federação que a controla,</p><p>deve constar, OBRIGATORIAMENTE, em sua denominação social.</p><p>Cada unidade da federação só pode constituir 01 agência de fomento. Às agências de</p><p>fomento são facultadas:</p><p>• Realizar operações de financiamento de capital fixo e de giro associado;</p><p>• Prestar garantias;</p><p>• Prestar serviços de consultoria e de agente financeiro;</p><p>• Prestar serviços de administrador de fundos de desenvolvimento.</p><p>Investidores Institucionais</p><p>Não constituem uma instituição financeira em si, mas constituem um tipo de investidor que</p><p>por gerenciar recursos de terceiros e/ou para garantir suas obrigações constratuais com</p><p>terceiros, deve aplicar os recursos de que disõem de acordo com regras previamente</p><p>definidas pela entidade fiscalizadora do seu segmento de atividade. Podem ser agrupados</p><p>em:</p><p> Fundos Mútuos de Investimento - São constituídos na forma de condomínios</p><p>abertos ou fechados e representam reunião de recursos de poupança, destinados à</p><p>aplicação em carteira diversificada de títulos e valores mobiliários, com o objetivo de</p><p>propiciar a seus condôminos valorização de cotas, a um custo global mais baixo, ao</p><p>mesmo tempo que tais recursos se constituem em fonte de recursos para</p><p>investimento em capital permanente das empresas.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>23</p><p> Entidades Abertas e Fechadas de Previdencia Complementar - São instituições</p><p>restritas a determinado grupo, contribuintes ou não, com o objetivo de valorização</p><p>de seu patrimônio, para garantir a complementação da aposentadoria e, por esta</p><p>razão orientadas, a aplicar parte de suas reservas técnicas no mercado financeiro e</p><p>de capitais.</p><p>Seguradoras - A lei da reforma bancária 4595/64 enquadrou as seguradores como</p><p>instituições financeiras, subordinando-as as novas disposições legais, sem contudo,</p><p>introduzir modificações de profundidade na legislação específica aplicável à</p><p>atividade. As seguradoras são orientadas pelo BACEN quanto aos limites de</p><p>aplicação de suas reservas técnicas nos mercados de renda fixa e renda variável.</p><p>BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo</p><p>Fundada em 23 de agosto de 1890, a bolsa de valores de São Paulo – BOVESPA, tem</p><p>uma longa história de serviços prestados ao mercado de capitais e a economia brasileira.</p><p>Até meados da década de 60, a BOVESPA e as demais bolsas brasileiras eram entidades</p><p>oficiais corporativas, vinculadas as secretarias de finanças dos governos estaduais e</p><p>compostas por corretores nomeados pelo poder publico.</p><p>No passado, as bolsas de valores eram sociedades civis sem fins lucrativos. A seu</p><p>patrimônio era representado por títulos patrimoniais pertencentes as sociedades corretoras</p><p>membros.</p><p>Atualmente são sociedades anônimas, com autonomia administrativa, patrimonial e</p><p>financeira e estão sujeitas a supervisão da Comissão de Valores Mobiliários, conforme as</p><p>diretrizes do CMN.</p><p>A ampliação do uso da informática, em 1999 foi lançado o HOME BROKERS e o AFTER-</p><p>MARKET, meios para facilitar e permitir a participação do pequeno e médio investidor no</p><p>mercado.</p><p>HOME BROKER – Permite que o investidor, por meio do site das corretoras na Internet,</p><p>transmita sua ordem de compra ou de venda diretamente ao sistema de negociação na</p><p>BOVESPA.</p><p>AFTER-MARKET – É a possibilidade de efetuar a ordem de compra ou de venda em uma</p><p>sessão noturna, das 17:30 as 19:00 horas.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>24</p><p>A legislação atual autoriza as bolsas de valores a negociarem títulos e valores mobiliários</p><p>de emissão ou co-responsabilidade de companhia abertas, registrados na CVM, tais como:</p><p>Opções de Compra e venda de Ações de Cias Abertas;</p><p>Contratos futuros de Ações;</p><p>Debêntures;</p><p>Commercial Papers registrados para colocação pública;</p><p>BDRs (Brazilian Depository Receipts)</p><p>No Brasil, a única Bolsa de Valores em operação é a Bolsa de Valores de São Paulo –</p><p>BOVESPA.</p><p>As resoluções 2.690, de 28/01/2000 e 2.709, de 30/03/2000, ambas do BACEN,</p><p>disciplinaram a nova constituição, a organização e o funcionamento das bolsas de valores,</p><p>aumentando e revolucionando sua flexibilidade.</p><p>Por estas novas regras, as bolsas puderam deixar de ser entidades sem fins lucrativos e se</p><p>transformaram em sociedade anônima. Não somente as corretoras podem ser sócias mas,</p><p>também, qualquer pessoa física ou jurídica.</p><p>BM&F – Bolsa de Mercadorias e Futuros</p><p>A Bolsa Brasileira de Mercadorias era uma associação civil, sem fins lucrativos, com sede</p><p>administrativa e foro no Distrito Federal. Ela exerce suas atividades operacionais por meio</p><p>das corretoras vinculadas a Centrais Regionais de Operações</p><p>(CROs), instaladas nas</p><p>cidades de Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE),</p><p>Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Uberlândia (MG) e Escritório em</p><p>Florianópolis (SC).</p><p>Seu quadro era constituído somente pelas seguintes categorias de associados:</p><p>Associado Instituidor: a BM&F, que detém 203 títulos patrimoniais;</p><p>Corretoras Associadas: sociedades corretoras de mercadorias detentoras de 202</p><p>títulos patrimoniais.</p><p>No final de 2006, ele tornou-se uma sociedade anônima, com ações negociadas na</p><p>BOVESPA e, em 2007, fundiu-se com a BOVESPA, criando a empresa BM&F e BOVESPA</p><p>S.A.</p><p>A BM&F tem como principal objetivo organizar, desenvolver e prover o funcionamento, por</p><p>meio de sistemas de negociação, de transações com mercadorias, bens, serviços e títulos,</p><p>nos mercados primário e secundário, nas modalidades a vista, a prazo e a termo.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>25</p><p>No desenvolvimento dos sistemas da Bolsa Brasileira de Mercadorias, foram levados em</p><p>conta fatores estruturais, dos quais se destacam os mais importantes:</p><p>A necessidade de organizar o mercado físico, de forma a atrair compradores e</p><p>vendedores interessados em preços transparentes para seus produtos;</p><p>A necessidade de viabilizar o mercado secundário de títulos por meio do endosso</p><p>eletrônico desses papéis, com vistas em dar liquidez a esse mercado, condição</p><p>essencial para a consolidação de um mercado primário efetivamente ativo e capaz</p><p>de estimular a participação da iniciativa privada;</p><p>Em 22 de abril de 2002, foi dado início às atividades da Clearing de Câmbio BM&F</p><p>(Operação de Câmbio compra e venda para pagamento das aquisições na BM&F ).</p><p>No dia 25 de abril de 2002, a BM&F adquiriu da Companhia Brasileira de Liquidação e</p><p>Custódia (CBLC) os direitos de gestão e operacionalização das atividades da câmara de</p><p>compensação e liquidação de operações com títulos públicos, títulos de renda fixa e ativos</p><p>emitidos por instituições financeiras; e os títulos patrimoniais da Bolsa de Valores do Rio de</p><p>Janeiro (BVRJ) de seus titulares, bem como os direitos de administração e</p><p>operacionalização do sistema de negociação de títulos públicos e outros ativos, conhecido</p><p>como Sisbex.</p><p>Em 29 de agosto de 2002, lançou a Bolsa Brasileira de Mercadorias, que reúne, além da</p><p>BM&F, que lhe presta serviços de compensação e liquidação, as bolsas de mercadorias</p><p>dos estados de Goiás, Mato Grosso do sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e</p><p>Uberlândia (MG), transformadas em Centrais Regionais de Operação, com o intuito de</p><p>formar um grande mercado nacional para as commodities agropecuárias, com mecanismos</p><p>modernos de formação de preços e sistema organizado de comercialização.</p><p>Em 22 de outubro de 2002, iniciou-se o funcionamento da Bolsa Brasileira de Mercadorias.</p><p>Em 2004, foi criada a Central Regional de Operação do Ceará.</p><p>Em 12 de novembro de 2002, a BM&F negociou acordo com a FEBRABAN (Federação</p><p>Brasileira de Bancos) e com a Central de Compensação e Liquidação S/A, visando a</p><p>cessação das atividades de registro, compensação e liquidação de operações com títulos</p><p>públicos e privados de renda fixa desenvolvidas por esta última e a sua conseqüente</p><p>centralização na BM&F.</p><p>Em 14 de maio de 2004, foram iniciadas as operações da Clearing de Ativos BM&F. Com</p><p>isso, a BM&F ampliou sua atuação para se transformar na principal clearing da América</p><p>Latina, proporcionando um conjunto integrado de serviços de registro, compensação e</p><p>liquidação de ativos e derivativos, e oferecendo ao mesmo tempo economias de escala,</p><p>custos competitivos e segurança operacional.</p><p>Em 12 de novembro de 2002, a BM&F negociou acordo com a FEBRABAN (Federação</p><p>Brasileira de Bancos) e com a Central de Compensação e Liquidação S/A, visando a</p><p>cessação das atividades de registro, compensação e liquidação de operações com títulos</p><p>públicos e privados de renda fixa desenvolvidas por esta última e a sua conseqüente</p><p>centralização na BM&F.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>26</p><p>Em 14 de maio de 2004, foram iniciadas as operações da Clearing de Ativos BM&F. Com</p><p>isso, a BM&F ampliou sua atuação para se transformar na principal clearing da América</p><p>Latina, proporcionando um conjunto integrado de serviços de registro, compensação e</p><p>liquidação de ativos e derivativos, e oferecendo ao mesmo tempo economias de escala,</p><p>custos competitivos e segurança operacional.</p><p>No dia 29 de janeiro de 2004, o Banco Central do Brasil emitiu resolução por meio da qual</p><p>autorizou as bolsas de mercadorias e futuros a constituir banco comercial para atuar no</p><p>desempenho de funções de liquidante e custodiante central, prestando serviços às bolsas</p><p>e aos agentes econômicos responsáveis pelas operações nelas realizadas.</p><p>Assim, a BM&F deu início ao processo de criação do Banco BM&F de Serviços de</p><p>Liquidação e Custódia S.A.</p><p>2.3.12 – Instituições e Sistemas de Registro, Custódia e Liquidação de Títulos</p><p>SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia</p><p>É um sistema informatizado criado em 1980, sob a responsabilidade do BACEN e da</p><p>ANDIMA (Associação Nacional das Instituições dos Mercados Abertos). O SELIC é um</p><p>grande sistema computadorizado on-line. Somente as instituições financeiras credenciadas</p><p>no mercado financeiro têm acesso ao SELIC, o qual opera em tempo real, permitindo que</p><p>os negócios tenham liquidação imediata. Os operadores das instituições envolvidas em</p><p>uma transação com esses títulos, após acertarem os negócios, transferem estas</p><p>operações, via terminal, ao SELIC</p><p>O sistema imediatamente transfere o registro do título para o comprador e faz o crédito na</p><p>conta do vendedor do título. Ambas as partes têm certeza da validade da operação</p><p>efetuada.</p><p>Apenas títulos públicos federais, quer sejam emitidos pelo Tesouro Nacional que pelo</p><p>BACEN, e os títulos públicos estaduais e/ou municipais, emitidos até Janeiro de 1992,</p><p>são registrados no SELIC. Os títulos estaduais e municipais posteriores a Janeiro de</p><p>1992 são registrados no CETIP.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>27</p><p>CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação</p><p>Entidade sem fins lucrativos criada pelas instituições financeiras e o Banco Central, em</p><p>03/86, para garantir mais segurança e agilidade às operações do mercado financeiro</p><p>brasileiro.</p><p>É uma empresa de custódia eletrônica e de liquidação financeira de títulos públicos e</p><p>privados, que se constitui na forma de um mercado de balcão organizado para registro e</p><p>negociação de títulos e valores mobiliários de renda fixa. Ela oferece o suporte necessário</p><p>a toda a cadeia de operações, prestando serviços integrados de custódia, negociação on-</p><p>line, registro de negócios e liquidação financeira, além de prover sistemas e suporte</p><p>tecnológico para a Câmara Interbancária de Pagamentos – CIP, a clearing de Pagamentos</p><p>da FEBRABAN, no SPB.</p><p>Os ativos negociados na CETIP representam quase a totalidade dos títulos e valores</p><p>mobiliários privados de renda fixa, as cotas de fundos de investimento, os derivativos</p><p>(contratos de swap, contrato a termo de moeda sem entrega física e derivativos de crédito),</p><p>os títulos emitidos por estados e municípios que ficaram de fora das regras de rolagem e o</p><p>estoque de papéis utilizados como moedas de privatização de emissão do Tesouro</p><p>Nacional.</p><p>2.3.13 – BM - Bancos Múltiplos</p><p>Os bancos múltiplos surgiram através da Resolução 1524/88, do CMN, a fim de</p><p>racionalizar a administração das instituições financeiras. O estatuo de um banco múltiplo</p><p>permite que algumas dessas instituições, que muitas vezes eram empresas de um mesmo</p><p>grupo econômico, se constituam em uma única instituição financeira com personalidade</p><p>jurídica própria e, portanto, com um único balanço patrimonial, um único caixa e,</p><p>conseqüentemente, significativa redução</p><p>de custos. Em termos práticos, mantém as</p><p>mesmas funções de cada instituição em separado, com as vantagens de contabilizar as</p><p>operações como uma só instituição.</p><p>As carteiras de um banco múltiplo envolvem:</p><p>Carteira Comercial (regulamentação dos bancos comerciais);</p><p>Carteira de Investimento (regulamentação dos bancos de investimento);</p><p>Carteira de Crédito Imobiliário (regulamentação das SCI);</p><p>Carteira de Aceita (regulamentação das FINANCEIRAS);</p><p>Carteira de Desenvolvimento (regulamentação dos bancos de desenvolvimento)</p><p>Carteira de Leasing (regulamentação das empresas de Leasing)</p><p>Para configurar a existência do banco múltiplo, ele deve possuir pelo menos duas das</p><p>carteiras acima, sendo obrigatoriamente, uma deles ser a CARTEIRA COMERCIAL ou</p><p>CARTEIRA DE INVESTIMENTO.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>28</p><p>2.3.14 – Instituições ligadas ao Sistema de Previdência e Seguros</p><p>SNSP – Sistema Nacional de Seguros Privados</p><p>O decreto 73, de 21.11.66 instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP), ainda</p><p>vigente, composto da seguinte forma:</p><p>Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP;</p><p>Superintendência de Seguros Privados – SUSEP;</p><p>IRB – Brasil Resseguros S/A – IRB-Re;</p><p>Sociedades autorizadas a operar com seguros privados;</p><p>Corretores de Seguros habilitados.</p><p>CNSP - Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)</p><p>É o órgão NORMATIVO das atividades de SEGUROS no Brasil.</p><p>O órgão foi criado pelo Decreto-Lei nº 73/66 e alterada pela Lei 10.190/01, diploma que</p><p>institucionalizou, também, o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual é o órgão de</p><p>cúpula.</p><p>A principal atribuição do CNSP, na época da sua criação, era a de fixar as diretrizes e</p><p>normas da política governamental para os segmentos de Seguros Privados e</p><p>Capitalização, tendo posteriormente, com o advento da Lei nº 6.435, de 15.07.77, as suas</p><p>atribuições se estenderam à Previdência Privada, no âmbito das entidades abertas.</p><p>Suas principais atribuições são:</p><p>Fixar diretrizes e normas de políticas de seguros privados, de capitalização e de</p><p>previdência complementar;</p><p>Regular a constituição, a organização, o funcionamento e a fiscalização dos que</p><p>exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem como aplicação das</p><p>penalidades previstas;</p><p>Fixas as características gerais dos contratos de seguros, previdências</p><p>complementar abertas, capitalização e resseguro;</p><p>Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;</p><p>Prescrever os critérios de constituição das seguradoras, sociedades de</p><p>capitalização, entidades de previdência complementar aberta e resseguradoras,</p><p>com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações;</p><p>Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor e fixar normas</p><p>gerais de contabilidade e estatística para as seguradoras, sociedades de</p><p>capitalização, entidades de previdência complementar aberta e resseguradoras.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>29</p><p>O CNSP tem se submetido a várias mudanças em sua composição, sendo a última através</p><p>da edição da Lei nº10.190/01, que lhe determinou a atual estrutura.</p><p>Composição:</p><p>Ministro de Estado da Fazenda ou seu representante, na qualidade de</p><p>Presidente;</p><p>Superintendente da Superintendência de Seguros Privados- SUSEP, na</p><p>qualidade de Vice-Presidente;</p><p>Representante do Ministério da Justiça</p><p>Representante do Banco Central do Brasil</p><p>Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social</p><p>Representante da Comissão de Valores Mobiliários.</p><p>Superintendência de Seguros Privados - SUSEP</p><p>É o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguros, previdência</p><p>complementar aberta, capitalização e resseguros no Brasil.</p><p>Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada pelo DL nº 73/66, que também</p><p>instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual fazem parte ainda o Conselho</p><p>Nacional de Seguros Privados (CNSP), o IRB-Brasil Resseguros S.A (IRB-Re), as</p><p>sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, as entidades de</p><p>previdência complementar aberta e corretores de seguros habilitados.</p><p>São atribuições da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP):</p><p>Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das</p><p>Sociedades Seguradoras, de Previdência Complementar Aberta e de</p><p>Capitalização e resseguradoras;</p><p>Aprovar os limites de operações das seguradores, em conformidade com os</p><p>critérios fixados pelo CNSP;</p><p>Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados</p><p>supervisionados;</p><p>Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores desse mercado;</p><p>Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua</p><p>expansão e o funcionamento das entidades que neles operam.</p><p>IRB-Brasil Resseguros S.A. – IRB-Re</p><p>É uma entidade de economia mista, vinculada ao Ministério da Fazenda, dotada de</p><p>personalidade jurídica própria de direito privado e que goza de autonomia administrativa e</p><p>financeira. Seu capital está dividido entre a União (50%) e as seguradores autorizadas a</p><p>operar no País (50%). Atualmente o IRB-Re continua sendo o único ressegurador</p><p>autorizado a operar no Brasil, detendo o monopólio do resseguro.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>30</p><p>Instituição criada em 1939 por Getúlio Vargas para concentrar nas empresas nacionais o</p><p>resseguro do país, através da própria empresa e de sua política de retrocessão, em que a</p><p>maior parte do risco era redividido entre as seguradoras nacionais.</p><p>O IRB-Re tem a finalidade de regular o cosseguro, o resseguro e a retrocessão, bem como</p><p>promover o desenvolvimento das operações de seguro, segundo as diretrizes do CNSP.</p><p>Sociedades Seguradoras</p><p>O mercado de seguros é operado por sociedades seguradoras constituídas sob a forma de</p><p>sociedades anônimas.</p><p>As seguradores recebem autorização para operar os ramos elementares, no ramo vida, ou</p><p>em ambos. As seguradoras que possuem autorização para operar no ramo vida, podem</p><p>também, comercializar planos de previdência, conforme a Lei Complementar 109/01.</p><p>Corretoras de Seguros</p><p>O corretor de seguros, pessoa física ou jurídica, é o intermediário legalmente autorizado a</p><p>angariar e promover contratos de seguro entre as Sociedades Seguradoras e as pessoas</p><p>físicas ou jurídicas de direito privado. Na contratação da apólice, o corretor é representante</p><p>do segurado.</p><p>O exercício da profissão, de corretor de seguros, depende de prévia habilitação e registro</p><p>junto a SUSEP.</p><p>Sociedade de Capitalização</p><p>São organizadas sob a forma de sociedade anônima, não podem distribuir lucros ou</p><p>quaisquer fundos correspondentes às reservas patrimoniais, se essa distribuição prejudicar</p><p>a reserva; não podem requerer concordata e somente estão sujeitas à falência se,</p><p>decretada a liquidação extrajudicial, o ativo não for suficiente para o pagamento de pelo</p><p>menos a metade dos credores quirografários, ou quando houver fundados indícios de</p><p>ocorrência de crime falimentar.</p><p>A autorização de funcionamento será concedido pelo Ministério da Fazenda e a sua</p><p>fiscalização exercida pelo CNSP através da SUSEP. Somente as sociedades de</p><p>capitalização poderão operar os planos e emitir os títulos de capitalização.</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>31</p><p>SPC - Secretaria de previdência Complementar</p><p>É um órgão executivo do Ministério da Previdência e Assistência Social – MPAS,</p><p>responsável pelo controle e fiscalização dos planos de previdência complementar</p><p>FECHADOS. Em 30.04.04, foi sugerida a pela MP 233, mas não aprovada, a sua</p><p>substituição pela PREVIC, que pretendia ser uma autarquia de natureza especial do</p><p>Ministério da Previdência Social – MPS, responsável pela supervisão e fiscalização das</p><p>atividades das entidades de previdência privada fechada.</p><p>Suas principais atribuições são:</p><p>Proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência</p><p>complementar e suas operações, e aplicar as penalidades cabíveis, nos termos</p><p>da legislação vigente;</p><p>Expedir instruções e estabelecer procedimentos para aplicação das normas</p><p>relativas à sua área de competência, de acordo com as diretrizes específicas do</p><p>Conselho Nacional de Previdência Complementar;</p><p>Autorizar a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de</p><p>previdência complementar, bem como a aplicação dos respectivos estatutos e</p><p>regulamentos de planos e benefícios e de sua alterações;</p><p>Autorizar as operações de fusão, cisão, incorporação ou qualquer outra forma de</p><p>reorganização societária, relativa às entidades fechadas de previdência</p><p>complementar;</p><p>Autorizar a celebração de convênios e termos de adesão por patrocinadores e</p><p>instituidores, e suas alterações, bem como as retiradas de patrocinadores e</p><p>instituidores;</p><p>Harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar</p><p>com as normas e políticas estabelecidas para o segmento;</p><p>Decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de</p><p>previdência complementar, bem como nomear interventor ou liquidante nos</p><p>termos da legislação aplicável.</p><p>Entidades de Previdência Complementar</p><p>As entidades de previdência complementar têm por objetivo instituir planos privados de</p><p>concessão de pecúlios ou de rendas mediante contribuição dos seus participantes, dos</p><p>respectivos patrocinadores e/ou instituidores ou de ambos.</p><p>As entidades de previdência complementar são classificadas em:</p><p>Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) -</p><p>Entidades Abertas de previdência Complementar (EAPC).</p><p>CONHECIMENOS BANCÁRIOS – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Antonio Cláudio da Silva</p><p>32</p><p>As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) – Também conhecidas</p><p>como fundos de pensão, constituem-se sob a forma de fundação ou sociedade civil e</p><p>possuem como principais características:</p><p>Ausência de finalidade lucrativa;</p><p>Abrangência restrita aos empresados ou servidores vinculados,</p><p>respectivamente, a empresas da iniciativa privada ou aos entes estatais;</p><p>São reguladas e fiscalizadas pela SPC.</p><p>Exemplos: PREVI, CENTRUS, PETROS, VOAR, FUNCEF, etc.</p><p>As Entidades Abertas de previdência Complementar (EAPC) – São constituídas sob a</p><p>forma de Sociedades Anônimas, com exceção das entidades abertas sem fins lucrativos, já</p><p>autorizadas a funcionar quando entrou em vigor a LC 109/01, que podem manter sua</p><p>organização jurídica de sociedade civil. Os planos abertos de previdência complementar</p><p>são acessíveis a qualquer pessoa física e são regulados pelo Conselho Nacional de</p><p>Seguros Privados e SUSEP.</p><p>Exemplos: CAIXA PREVIDÊNCIA, BRADESCO PREVIDÊNCIA, BRASILPREV,</p><p>PREVINVEST, etc.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>33</p><p>2.3.15 – Questões de Concursos</p><p>01. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa correta.</p><p>(A) As companhias seguradoras subordinam-se à</p><p>Bolsa de Valores e são por ela fiscalizadas.</p><p>(B) A CVM é um órgão fiscalizador dos bancos</p><p>múltiplos.</p><p>(C) As sociedades de crédito imobiliário e poupança</p><p>não são instituições financeiras.</p><p>(D) As corretoras de seguros são instituições criadas</p><p>para dar suporte às seguradoras na captação de</p><p>seguros.</p><p>(E) As companhias seguradoras são instituições</p><p>captadoras de depósitos à vista.</p><p>02. (FGV/BESC/2004) A Lei de Reforma do Sistema</p><p>Financeiro Nacional (4.595/64) criou:</p><p>(A) o Comitê de Política Monetária e as bolsas de</p><p>valores.</p><p>(B) o Banco Central do Brasil e a Comissão de</p><p>Valores Mobiliários.</p><p>(C) a Comissão de Valores Mobiliários e o Conselho</p><p>Monetário Nacional.</p><p>(D) o Banco Central do Brasil e o Conselho</p><p>Monetário Nacional.</p><p>(E) a Sumoc – Superintendência da Moeda e do</p><p>Crédito.</p><p>03. (FGV/BESC/2004) A instituição financeira</p><p>responsável pela operacionalização das políticas do</p><p>Governo Federal para a habitação popular e</p><p>saneamento básico, utilizando recursos de</p><p>cadernetas de poupança, é:</p><p>(A) o Banco Central do Brasil.</p><p>(B) a Caixa Econômica Federal.</p><p>(C) a Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários.</p><p>(D) o Banco de Investimento.</p><p>(E) a Bolsa de Valores.</p><p>04. (FGV/BESC/2004) O Banco Nacional de</p><p>Desenvolvimento Econômico e Social é a instituição</p><p>responsável pela política de investimentos de longo</p><p>prazo do Governo Federal. Como instituição</p><p>financeira de fomento, NÃO é seu objetivo:</p><p>(A) impulsionar o desenvolvimento econômico e</p><p>social do País.</p><p>(B) fortalecer o setor empresarial nacional.</p><p>(C) atenuar os desequilíbrios regionais criando</p><p>novos pólos de produção.</p><p>(D) o recebimento, a crédito do Tesouro Nacional,</p><p>das arrecadações de tributos e rendas federais.</p><p>(E) promover o crescimento e a diversificação de</p><p>exportações.</p><p>05. (FGV/BESC/2004) A Cetip (Central de Custódia</p><p>e de Liquidação Financeira de Títulos) foi criada</p><p>para dar ao mercado financeiro e de capitais maior</p><p>transparência, segurança e credibilidade nas</p><p>operações realizadas. Qual dos títulos abaixo NÃO</p><p>é administrado pela Cetip?</p><p>(A) Letras de câmbio</p><p>(C) Depósitos interfinanceiros</p><p>(D) Letras hipotecárias</p><p>06. (FGV/BESC/2004) A taxa-Selic é a taxa básica</p><p>da nossa economia, criada e administrada por um</p><p>órgão normativo diretamente subordinado ao</p><p>presidente do Banco Central. O nome desse órgão</p><p>é:</p><p>(A) Conselho Nacional de Seguros Privados</p><p>(B) Copom – Conselho de Política Monetária</p><p>(C) Comissão de Valores Mobiliários</p><p>(D) Central de Liquidação Financeira e de Custódia</p><p>de Títulos</p><p>(E) Bolsa de Valores</p><p>07. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa FALSA.</p><p>(A) As cooperativas de crédito atuam basicamente</p><p>no setor primário da economia, com o objetivo de</p><p>permitir uma melhor comercialização de produtos</p><p>rurais.</p><p>(B) Os bancos de investimento podem manter</p><p>contas correntes de seus clientes e captam recursos</p><p>pela emissão de CDBs e RDBs.</p><p>(C) As sociedades de crédito, financiamento e</p><p>investimentos têm a função de financiar bens de</p><p>consumo duráveis por meio do crediário ou do</p><p>crediário ao consumidor.</p><p>(D) As sociedades de crédito imobiliário são</p><p>instituições financeiras integrantes do Sistema</p><p>Financeiro Nacional, especializadas em operações</p><p>de financiamento imobiliário e constituídas sob a</p><p>forma de sociedade anônima.</p><p>(E) Depósitos à vista são operações de captação de</p><p>fundos exclusivamente das instituições financeiras</p><p>monetárias.</p><p>08. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa FALSA.</p><p>(A) O Conselho Monetário Nacional é responsável</p><p>pelas políticas monetária e cambial.</p><p>(B) O Ministro da Fazenda faz parte da composição</p><p>do Conselho Monetário Nacional.</p><p>(C) O BNDES é o gestor dos recursos do fundo de</p><p>garantia por tempo de serviço.</p><p>(D) O Banco Central do Brasil é o órgão regulador e</p><p>supervisor das atividades das instituições financeiras</p><p>no Brasil.</p><p>(E) Uma das atribuições do Conselho Monetário</p><p>Nacional é autorizar as emissões de papel-moeda.</p><p>Conhecimentos Bancários – Uma introdução ao Mercado Financeiro</p><p>Prof. Antonio Cláudio da Silva</p><p>34</p><p>09. (FGV/BESC/2004) São entidades ligadas aos</p><p>Sistemas de Previdência e Seguros:</p><p>(A) sociedades seguradoras e caixa de liquidação e</p><p>custódia</p><p>(B) administradoras de consórcio e entidades</p><p>abertas de previdência privada</p><p>(C) sociedades de capitalização e sociedades de</p><p>títulos e valores mobiliários</p><p>(D) agências de fomento ou de desenvolvimento e</p><p>entidades fechadas de previdência privada</p><p>(E) entidades fechadas de previdência privada e</p><p>entidades abertas de previdência privada</p><p>10. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa FALSA.</p><p>(A) As companhias de factoring são empresas</p><p>comerciais que operam na aquisição de faturamento</p><p>das empresas industriais e comerciais.</p><p>(B) As companhias de leasing operam no</p><p>arrendamento mercantil.</p><p>(C) As companhias de seguros são empresas</p><p>administradoras</p>operação, denominado REGISTRO DE EXPORTAÇÃO (RE) ou DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO (DI). Os dados coletados são processados pelos computadores servidores do sistema na Rede Serpro de Teleprocessamento. Efetivado o registro da DI, será emitido o extrato da Declaração de Importação, que deverá ser entregue à Aduana, juntamente com os demais documentos necessários para instrução do despacho. Concluído o desembaraço, a Receita Federal registrará as informações no Sistema, possibilitando a emissão do Comprovante de Importação (Cl) e a liberação das mercadorias. O acesso ao SISCOMEX poderá ser efetuado, desde que habilitado e credenciado em: Agências do BB que operem em comércio exterior; Agências de bancos que operem em câmbio; Corretoras de Câmbio; Despachantes Aduaneiros; No próprio estabelecimento do exportador ou do importador, observados os critérios específicos para ligação; Outras entidades habilitadas; Salas de contribuintes da Receita Federal. Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro Antonio Cláudio da Silva 98 7.5 – Mercado Primário e Mercado Secundário MERCADO PRIMÁRIO – Compreende o lançamento inicial de novas ações ao mercado com aporte de recursos para a empresa. No caso de ações, pode estar caracterizando a abertura de capital no mercado de ações. MERCADO SECUNDÁRIO – Compreende a transferência de propriedade dos títulos entre terceiros, não gerando recursos para a empresa. Uma empresa somente obtém novos recursos por meio de subscrição de capital no mercado primário. O funcionamento do mercado secundário de ações ocorre principalmente nas bolsas de valores, onde é viabilizada aos investidores a oportunidade de realização de negócios com os títulos anteriormente emitidos. Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro Antonio Cláudio da Silva 99