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<p>Negros Da Terra: Formas De Escravismo Indígena– disciplina - História dos povos indígenas e afro descendentes</p><p>Exercício 2 – Língua Inglesa</p><p>1</p><p>Marcar para revisão</p><p>Considerando a relação entre os episódios da Guerra Guaranítica e a expulsão dos jesuítas dos impérios português e espanhol entre as décadas de 1750 e 1760, analise as afirmativas abaixo.</p><p>I. Os jesuítas exerceram grande influência sobre o combate aos índios aldeados no Sul da América do Sul, região dominada pelos Guaranis.</p><p>II. Os embates entre os religiosos da Companhia de Jesus e as autoridades coloniais eram frequentes pelo controle que os primeiros exerciam sobre os nativos.</p><p>III. Apesar da grande influência dos jesuítas sobre os aldeamentos, eles não controlavam as populações locais, o que gerou uma instabilidade local, de nativos sem lideranças.</p><p>Qual(is) afirmativa(s) está(ão) correta(s)?</p><p>A</p><p>Somente I está correta.</p><p>B</p><p>Somente II está correta.</p><p>C</p><p>Somente III está correta.</p><p>D</p><p>Somente I e II estão corretas.</p><p>E</p><p>Somente II e III estão corretas.</p><p>Opa! A alternativa correta é a letra B. Confira o gabarito comentado!</p><p>Gabarito Comentado</p><p>A estratégia de constituir aldeamentos dos povos indígenas, de maneira a separá-los de seus antigos costumes e educá-los segundo os preceitos cristãos, foi estabelecida pela Companhia de Jesus de maneira extensiva pelo Brasil. No século XVIII, os jesuítas controlavam grandes contingentes populacionais e um número cada vez maior de assentamentos. As populações sob sua influência, assim, eram consideráveis; sem contar os Colégios Jesuíticos nas principais cidades e as fazendas que acumulavam grandes riquezas. Nesse sentido, constituíam certa ameaça ao controle monárquico sobre o Estado e a população, seja no Brasil ou no próprio Reino. Aliados aos interesses de reformulação de estruturas estatais, esses motivos foram suficientes para justificar a expulsão da Companhia de todos os territórios do império português e assimilá-los, trabalho que durou décadas e que fez engrandecer a Fazenda Real.</p><p>2</p><p>Marcar para revisão</p><p>No processo de colonização do Brasil e das populações nativas que nele habitavam antes da conquista, a língua foi, em muitos momentos, uma barreira e, em outros, o principal espaço de atuação para os portugueses se estabelecerem no território. Sobre o tema, considere as afirmações a seguir:</p><p>I. Os bandeirantes, que se lançavam sobre o sertão brasileiro, conheciam as línguas nativas que utilizavam para circular e realizar a escravização indígena.</p><p>II. Com as missões jesuíticas, os padres aprendiam a língua geral que permitia que falassem várias outras línguas com poucas variações em termos de dialeto, possibilitando a expansão da catequese entre os indígenas.</p><p>III. Desde o princípio da colonização a instituição da obrigatoriedade de ensino do português garantiu a extinção das línguas nativas.</p><p>Qual(is) afirmativa(s) está(ão) correta(s)?</p><p>A</p><p>Somente I está correta.</p><p>B</p><p>Somente II está correta.</p><p>C</p><p>Somente III está correta.</p><p>D</p><p>Somente I e II estão corretas.</p><p>E</p><p>Somente II e III estão corretas.</p><p>Questão não respondida</p><p>Opa! A alternativa correta é a letra D. Confira o gabarito comentado!</p><p>Gabarito Comentado</p><p>Apesar do esforço dos religiosos que se envolveram em missões nas florestas e nos aldeamentos próximos às cidades na América Portuguesa, as línguas nativas e suas variantes executaram importante função no processo colonizador do Brasil. Juntamente a esse processo institucional de catequese em língua geral tupi - a mais falada na costa, mesmo que considerando suas variações dialetais - é possível observar que as incursões de sertanistas impactavam na aprendizagem desses idiomas nativos ao passo que permitiam maior mobilidade aos bandeirantes no território.</p><p>3</p><p>Marcar para revisão</p><p>Os primeiros "historiadores" do Brasil, assim reconhecidos pela leitura do IHGB, tinham a postura de serem mais cronistas e aventureiros. Para estes, os povos originários eram vistos como:</p><p>A</p><p>Inimigos.</p><p>B</p><p>Salvadores.</p><p>C</p><p>Cristãos.</p><p>D</p><p>Pagãos.</p><p>E</p><p>Selvagens.</p><p>Resposta incorreta</p><p>Opa! A alternativa correta é a letra E. Confira o gabarito comentado!</p><p>Gabarito Comentado</p><p>Pero Vaz de Caminha, um dos primeiros "historiadores" do Brasil, viu nas aventuras ultramarinas a oportunidade de se manter no topo da hierarquia social lusitana. Como a maioria dos "relatos do descobrimento", a carta de Caminha ficou relativamente esquecida por três séculos, sendo tratada como um diário de viagem, semelhante a muitos outros produzidos no século XVI. Foi apenas no século XIX que o documento foi elevado à condição de monumento pela narrativa historiográfica nacionalista do IHGB, sendo considerado uma espécie de certidão de nascimento do Brasil e ganhando um lugar de destaque no imaginário nacional. A descrição feita dos habitantes nativos é emblemática do olhar consolidado entre uma lógica de estranhamento e superioridade, e até um certo encantamento. Portanto, a alternativa correta é a letra E, que afirma que os povos originários eram vistos como "Selvagens".</p><p>4</p><p>Marcar para revisão</p><p>A história dos grupos étnicos presentes em nosso território foi negligenciada e deturpada ao longo dos séculos e, até hoje, é possível perceber as consequências disso. Nesse sentido, a imagem representada dos indígenas era a de:</p><p>A</p><p>Um grupo que nada acrescentou.</p><p>B</p><p>Guerreiros que tentaram lutar contra o Brasil.</p><p>C</p><p>Um grupo que buscava a ruptura de governos locais e a tomada de poder.</p><p>D</p><p>Um grupo que lutava por um estado teológico sob o controle dos jesuítas.</p><p>E</p><p>Uma civilização atrasada, sem escrita e, por isso, lamentavelmente fadada ao fim.</p><p>Questão não respondida</p><p>Opa! A alternativa correta é a letra E. Confira o gabarito comentado!</p><p>Gabarito Comentado</p><p>A história, como uma produção científica do século XIX, tem suas raízes no pensamento europeu. Isso levou a uma interpretação distorcida e desvalorizada das histórias e tradições produzidas por outros grupos étnicos, como os indígenas. A ausência de modelos de escrita reconhecidos pelos europeus contribuiu para a percepção equivocada de que esses grupos eram atrasados. A alternativa E reflete essa visão distorcida, retratando os indígenas como uma civilização atrasada, sem escrita e, por isso, lamentavelmente fadada ao fim. Essa visão, no entanto, é um reflexo da negligência e deturpação da história desses grupos, e não uma representação precisa de sua rica cultura e contribuições.</p><p>5</p><p>Marcar para revisão</p><p>Von Martius foi um dos historiadores que produziram a história dominante brasileira, entendendo o "índio" a partir de um determinado lugar. Segundo sua visão, ele representava:</p><p>A</p><p>Um herói nacional.</p><p>B</p><p>Um inimigo do Brasil.</p><p>C</p><p>Um homem a ser cristianizado.</p><p>D</p><p>Um pária nacional.</p><p>E</p><p>Uma civilização anterior, fadada ao seu fim.</p><p>Questão não respondida</p><p>Opa! A alternativa correta é a letra E. Confira o gabarito comentado!</p><p>Gabarito Comentado</p><p>Von Martius, em sua visão histórica, percebeu o índio como parte de uma civilização anterior, que estava destinada ao seu fim. Ele não valorizava tanto os combates e conquistas, mas sim a capacidade de união entre as diferentes raças que compõem a nação brasileira: brancos, negros e indígenas. Em sua perspectiva, a superioridade intelectual e a benevolência eram atributos dos homens brancos, a força e a predisposição ao trabalho eram características das pessoas negras em condição de escravização, e a inocência e bondade eram qualidades das raças ameríndias. Martius acreditava que as raças ameríndias e etiópicas se beneficiariam naturalmente da raça superior caucasiana. Portanto, a alternativa correta é a E: "Uma civilização anterior, fadada ao seu fim".</p><p>6</p><p>Marcar para revisão</p><p>O uso do termo "índio" é impróprio, pois foi utilizado pelos europeus para caracterizar grupos heterogêneos da América Portuguesa. Qual termo apropriado para se referir a esses grupos populacionais?</p><p>A</p><p>Indígenas.</p><p>B</p><p>Tupis.</p><p>C</p><p>Povo nativo.</p><p>D</p><p>Povos originários.</p><p>E</p><p>Povo indígena.</p><p>Questão não respondida</p><p>Opa! A alternativa correta é a letra D. Confira o gabarito comentado!</p><p>Gabarito Comentado</p><p>Os termos "índios" e "indígenas" são considerados impróprios, pois partem de uma caracterização</p><p>generalista feita da população encontrada na América Portuguesa. Além disso, é importante destacar que o uso no singular de qualquer termo se torna inadequado, uma vez que não abrange a diversidade de grupos populacionais existentes. Portanto, os termos mais apropriados para se referir a esses grupos são "povos nativos", "povos originários", "povos indígenas" ou as nomenclaturas designadas por esses próprios povos. Nesse contexto, a alternativa correta é "povos originários", pois reconhece a diversidade e a ancestralidade desses grupos, respeitando sua identidade e história.</p><p>7</p><p>Marcar para revisão</p><p>Durante os séculos XVII e XVIII, muitas foram as resistências de indígenas contra o processo de colonização do território por portugueses, espanhóis, seus descendentes e até mesmo contra religiosos. Na Guerra Guaranítica, o caso foi distinto, já que os aldeamentos em questão lutaram contra as autoridades metropolitanas alinhando-se aos padres jesuítas. Dentre as opções abaixo, assinale aquela que aponta de forma correta o nome das povoações envolvidas no conflito:</p><p>A</p><p>Rio Grande.</p><p>B</p><p>Cisplatina.</p><p>C</p><p>Sete Povos das Missões.</p><p>D</p><p>Alto Xingu.</p><p>E</p><p>Mocambo do Macaco.</p><p>Questão não respondida</p><p>Opa! A alternativa correta é a letra C. Confira o gabarito comentado!</p><p>Gabarito Comentado</p><p>Os Sete Povos das Missões foram um conjunto de povoamentos fundados pelos jesuítas e que se tornaram o foco das negociações entre Portugal e Espanha no Tratado de Madrid de 1750. Devido às movimentações realizadas na América para a modificação da soberania sobre os Sete Povos, os indígenas se revoltaram para evitar o futuro que os aguardava. Eles se alinharam aos jesuítas em sua resistência, mas os Sete Povos das Missões resistiram apenas por um curto período, pois foram dizimados por exércitos comandados tanto por espanhóis quanto por portugueses. Portanto, a alternativa correta é a letra C, que menciona os Sete Povos das Missões como as povoações envolvidas no conflito da Guerra Guaranítica.</p><p>8</p><p>Marcar para revisão</p><p>A História é uma ciência do século XVII e XIX. Sendo assim, sua formulação brasileira só pode ser compreendida:</p><p>A</p><p>A partir da construção do texto dos jesuítas.</p><p>B</p><p>A partir da construção do discurso de oficialidade da Coroa.</p><p>C</p><p>Pelos primeiros cronistas que contaram sobre a realidade.</p><p>D</p><p>Pelos brasileiros do século XX formulado nas universidades.</p><p>E</p><p>Pela formulação do IHGB.</p><p>Questão não respondida</p><p>Opa! A alternativa correta é a letra E. Confira o gabarito comentado!</p><p>Gabarito Comentado</p><p>Embora os relatos dos cronistas e dos jesuítas sejam importantes fontes para a compreensão da história brasileira, a formulação da História como ciência no Brasil só pode ser plenamente entendida através do trabalho do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Fundado no século XIX, o IHGB teve papel fundamental na construção da identidade nacional e na sistematização do estudo da História no país. Portanto, a alternativa correta é a letra E.</p><p>9</p><p>Marcar para revisão</p><p>A crise política estabelecida no século XXI marca uma importante ruptura. A marca da historiografia indígena atual consiste no protagonismo:</p><p>A</p><p>Do não acadêmico.</p><p>B</p><p>Dos afrodescendentes.</p><p>C</p><p>Dos movimentos sociais.</p><p>D</p><p>Das universidades do norte.</p><p>E</p><p>Dos grupos pertencentes aos povos originários.</p><p>Questão não respondida</p><p>Opa! A alternativa correta é a letra E. Confira o gabarito comentado!</p><p>Gabarito Comentado</p><p>A resposta correta é a alternativa E, que aponta para o protagonismo dos grupos pertencentes aos povos originários na historiografia indígena atual. Esta questão destaca a importância da voz e da perspectiva dos povos indígenas na interpretação e na escrita da história. A produção dos descendentes desses povos, nascidos em comunidades e identificados com as culturas indígenas, dialoga com a própria forma de perceber a história, em uma perspectiva que se afasta do olhar colonial e retoma seus trajetos tradicionais. A importância de suas abordagens tem sido um elemento fundamental nas práticas acadêmicas, contribuindo para uma inversão na leitura social da história indígena.</p><p>10</p><p>Marcar para revisão</p><p>A nova historiografia indígena propõe novas abordagens e objetos para o estudo dos povos originários. Uma das autoras mais relevantes desta corrente é Maria Regina Celestino de Almeida. Sobre a produção da autora, avalie as assertivas:</p><p>I. Seguiu a corrente marxista da história sobre a história indígena.</p><p>II. Considera os indígenas vítimas incapazes de agir diante da violência de um sistema.</p><p>III. Critica os estudos que tratam os indígenas como pertencentes a uma espécie de menor idade civilizatória.</p><p>IV. É crítica à historiografia de base marxista que teria reduzido os indígenas à posição de "vítimas incapazes" e dominados frente à conquista europeia.</p><p>Marque a alternativa correta:</p><p>A</p><p>Apenas I e II estão corretas.</p><p>B</p><p>Apenas II e III estão corretas.</p><p>C</p><p>Apenas III e IV estão corretas.</p><p>D</p><p>Apenas I e IV estão corretas.</p><p>E</p><p>Apenas II e IV estão corretas.</p><p>Questão não respondida</p><p>Opa! A alternativa correta é a letra C. Confira o gabarito comentado!</p><p>Gabarito Comentado</p><p>Maria Regina Celestino de Almeida, uma das autoras mais relevantes da nova historiografia indígena, direcionou seus estudos a partir de duas críticas historiográficas. A primeira crítica é direcionada aos estudos que, desde o século XIX, abordam os indígenas como pertencentes a uma espécie de menor idade civilizatória. A segunda crítica é direcionada à historiografia de base marxista que teria reduzido os indígenas à posição de "vítimas incapazes" da conquista europeia, somente dentro da noção de dominantes e dominados. Portanto, as assertivas III e IV estão corretas, o que torna a alternativa C a resposta correta para a questão.</p>