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<p>JORNAL DIÁRIO INSULAR | FUNDADO EM 1946 | Jornal Diário | Terceira - Açores | Ano LXXVIII | N.º 24091 | PREÇO 1,00 EURO | DIRETOR JOSÉ LOURENÇO | www.diarioinsular.pt | teRçA . 16.04.2024</p><p>PUB.</p><p>PUB.</p><p>NA SeSSãO De eNceRRAmeNtO DAS xvI JORNADAS AgRícOLAS DA pRAIA DA vItóRIA,</p><p>A AUtARcA vâNIA feRReIRA, AO ApReSeNtAR AS cONcLUSõeS, DefeNDeU O</p><p>RefORçO De pRÁtIcAS De SUSteNtAbILIDADe e RegeNeRAçãO pARA O fUtURO DA</p><p>AgRIcULtURA.</p><p>práticas regenerativas</p><p>e sustentáveis</p><p>essenciais para AgRIcULtURA</p><p>Há mais denúncias</p><p>de maus tratos</p><p>cPcJ DE ANgRA DO hEROíSMO</p><p>No mês da prevenção dos maus</p><p>tratos na infância, a CPCJ de Angra</p><p>alerta para a problemática, que tem</p><p>registado mais denúncias.</p><p>Álamo Oliveira</p><p>volta ao romance</p><p>ENTREVISTA</p><p>“Os Belos Seios da Serpente” é o</p><p>novo romance de Álamo Oliveira. O</p><p>texto assume-se como um hino à</p><p>paz e ao amor em tempos de cólera.</p><p>Pág.</p><p>07</p><p>Açores com representante da Rede de museusPág. 06</p><p>Págs.</p><p>02 e 03</p><p>Págs.</p><p>05</p><p>terça. 16.04.2024grande entrevista02</p><p>RegRessa ao Romance com «os Be-</p><p>los seios da seRpente» (oBRa que</p><p>seRá apResentada dia 19 deste mês</p><p>no centRo cultuRal e de congRes-</p><p>sos de angRa do HeRoísmo). pode</p><p>descodificaR o título? seios? seR-</p><p>pente?! paRece não jogaR Bem…</p><p>A descodificação é simples. Quem</p><p>provocou a desgraça humana foi</p><p>o desejo de tudo saber, através da</p><p>voz da Serpente. E, no entanto, tal</p><p>desejo parece ser legítimo. A igno-</p><p>rância não conduz à felicidade. Te-</p><p>mos, pelas escolas, uma admiração</p><p>muito especial, apesar dos «curri-</p><p>culuns» e seus mestres nem sem-</p><p>pre desenvolverem os programas</p><p>da melhor maneira. O resultado</p><p>duma dentada na maçã da sabe-</p><p>doria originou a expulsão de Adão</p><p>e Eva do éden. O resultado duma</p><p>lição escolar de defesa e de ataque</p><p>é o massacre que vem a acontecer</p><p>num estabelecimento de ensino e</p><p>noutro, etc.</p><p>A voz feminina da Serpente tem o</p><p>poder do encantamento. Tornou-se</p><p>irresistível. Como provar o sabor</p><p>daquela maçã proibida com a fun-</p><p>ção primeira de abrir os olhos da</p><p>ignorância? Os seios da Serpente</p><p>– bem desenhados e volumetrica-</p><p>mente perfeitos – cumpriram a sua</p><p>missão: avisaram a Humanidade</p><p>que estava nua. Hoje a nudez é só</p><p>um preconceito do frio.</p><p>Há no Romance váRias citações do</p><p>«cântico dos cânticos» (antigo</p><p>testamento) – quase todas de uma</p><p>enoRme Beleza, aliás -, que paRe-</p><p>cem seRviR de mote aos capítulos.</p><p>poRquê? como funcionam no Ro-</p><p>mance?</p><p>O Cântico dos Cânticos continua</p><p>a ser, para mim, o livro de poesia</p><p>sobre o amor mais belo do Mundo.</p><p>É atribuído a Salomão, que era su-</p><p>ficientemente inteligente para criar</p><p>uma obra poética tão sedutora</p><p>como aquela.</p><p>Atendendo ao desenvolvimento</p><p>temático que pretendi dar à escri-</p><p>ta do livro, a utilização de alguns</p><p>versos na motejação dos capítulos</p><p>foram uma imposição especifica-</p><p>mente literária. A palavra «seios»</p><p>surge várias vezes nesses versos</p><p>que, por sinal, estão desgarrados</p><p>do poema. Mas o seu poder sedu-</p><p>tor permanece. Não se salvou a</p><p>Serpente, mas, sim, os seios. Eles</p><p>mostram detestar o carro de com-</p><p>bate, a bomba nuclear, o drone</p><p>suicida, com evolução rápida em</p><p>direção à morte. Simbolicamente,</p><p>é a eles que as crianças perdidas</p><p>na guerra, no xenofobismo, nas</p><p>fugas migrantes recorrem para nos</p><p>perturbarem a consciência de nos</p><p>dizermos «homens bons». Os seios</p><p>são instrumento de alimento.</p><p>são muitos os tempos pelos quais</p><p>vai navegando nesta oBRa. os</p><p>tempos BíBlicos, desde logo, mas</p><p>o gRande d. quixote não é esque-</p><p>cido, como os assíRios, os dias de</p><p>Hoje, os dias das nossas ilHas… es-</p><p>tes tempos todos desaguam onde?</p><p>em que tempo? em que lugaR Real</p><p>ou imagináRio?</p><p>Não sei quem disse que a História</p><p>é formada por repetição de factos.</p><p>Todo o Antigo Testamento está</p><p>enformado por guerras tribais,</p><p>motivadas, por vezes, pela simples</p><p>posse de uma légua de chão. Uma</p><p>análise, mesmo leviana, mostra</p><p>que, desde sempre, os povos nun-</p><p>ca se entenderam. Fica-se com a</p><p>sensação de que ninguém gosta de</p><p>provar a paz. Os que gostam dela</p><p>são poucos e sem coragem de se</p><p>baterem por ela, Os homens con-</p><p>tinuam a matar-se por um simples</p><p>prato de lentilhas. Depois, que di-</p><p>zer aos ditadores que conseguem</p><p>ter o mesmo poder de sedução da</p><p>Serpente?</p><p>Não é preciso binóculos para ver</p><p>que tudo isto está a desaguar no</p><p>oceano do nosso tempo e do nosso</p><p>lugar. Podemos ocupar geografias</p><p>terrestres e mentais diferentes,</p><p>mas a inquietação da Humanidade</p><p>é a mesma. A estabilidade tornou-</p><p>se escorregadia. Por exemplo: dizer</p><p>publicamente que, «Em casa, nin-</p><p>guém quer saber do 25 de Abril»,</p><p>é insultar todo um povo que vive</p><p>em Liberdade graças ao «25 de</p><p>Abril».</p><p>Há situações destas em todas as par-</p><p>tes do Mundo. São espaços reais.</p><p>“é fácil veR que o mundo, afinal,</p><p>enlouqueceu», (pp.133). só na fic-</p><p>ção ou na Realidade que vamos</p><p>vivendo? a loucuRa Hoje é maioR</p><p>ou apenas loucuRa noRmal?</p><p>Isto de ficar sentado a ouvir o no-</p><p>ticiário que chega diariamente às</p><p>nossas casas, dá para entender que</p><p>a loucura é a mortalha do Mundo.</p><p>O seu poder é a normalização das</p><p>vidas. A loucura não se mede aos</p><p>palmos, mas com a melhor arma</p><p>que apareça. Depois, a loucura não</p><p>se sente. A loucura faz.</p><p>tem passado pelos mais vaRiados</p><p>univeRsos da cRiação – poesia,</p><p>Romance, novela, conto, teatRo,</p><p>letRas paRa maRcHas e danças de</p><p>caRnaval e tamBém pintuRa, etc.</p><p>em que lugaR destes se sente me-</p><p>lHoR e peRceBe que assenta o seu</p><p>legado pRincipal?</p><p>Sou como o mau pianista que quer</p><p>tocar várias teclas ao mesmo tempo.</p><p>Mas, gosto de escrever teatro pelo</p><p>desafio que a estória que pretendo</p><p>contar me provoca; gosto do roman-</p><p>ce, conto, novela porque me deixam</p><p>recriar tempos e lugares para colo-</p><p>são poucos</p><p>e sem coragem</p><p>os que gostam</p><p>da paz</p><p>ÁLAMO OLIVEIRA. “isto de ficar sentado a ouvir o noticiário que chega diariamente às</p><p>nossas casas, dá para entender que a loucura é a mortalha do mundo”</p><p>Álamo oliveira. escritor</p><p>Metáforas bíblicas e a poesia do “Cântico dos Cânticos” desempenham um</p><p>papel central em “Os Belos Seios da Serpente”, novo romance de Álamo</p><p>Oliveira, que percorre a História para explicar, por exemplo, que se morder a</p><p>maça resultou na expulsão do paraíso, ensinar defesa e ataque nos currículos</p><p>de hoje pode resultar em mais um massacre escolar.</p><p>terça. 16.04.2024 grande entrevista 03</p><p>DIÁRIO INSULAR - FIchA TécNIcA: Propriedade: Sociedade Terceirense de Publicidade, Lda., nº. Pessoa Coletiva: 512002746, nº. registo do título 101105. Jornal diário de manhã. Nome e sede do Editor, Redação,</p><p>Impressor e Administração: Sociedade Terceirense de Publicidade, Lda., Avenida Infante D. Henrique, n.º 1, 9700-098 Angra do Heroísmo, Terceira – Açores – Portugal. Telefone: 295 401050. Telefax: 295 214246.</p><p>Edição eletrónica: www.diarioinsular.pt. Correio eletrónico: diredacao@diarioinsular.pt; dipublicidade@diarioinsular.pt. Diretor: José Lourenço. Redação: Fátima Correia, Helena Fagundes e Carina Barcelos. Desporto:</p><p>Hélio Vieira (coordenador), Daniel Costa, José Eliseu Costa, Carlos do Carmo e Miguel Azevedo. Colaboradores: António Bulcão, Mota Amaral, Maduro-Dias, Ramiro Carrola, Diniz Borges, Jorge Moreira, Paulo</p><p>Gomes, Machado Soares, Arnaldo Ourique, Joaquim Machado, Paulo Santos, Miguel Azevedo, Victor Rui Dores, Osvaldo Cabral, Francisco Coelho, Berto Messias, José Soares, Jorge Silva, Miguel Costa, Paulo Ribeiro,</p><p>Marcos Couto, Tomaz Dentinho, Fernando Marta, Paulo Matos, Emanuel Sousa, Borba da Silva, Mário Lisboa. Fotografia: António Araújo, Pedro Alves e João Edgardo Vieira. Design gráfico: Diário Insular. Edição</p><p>Eletrónica: Rui Azevedo. Estatuto Editorial pode ser consultado em www.diarioinsular.pt. Sócios-Gerentes com mais de 5% de capital: Carlos Manuel Brasil da Silva Raulino, José Manuel Monteiro Lourenço, Paula Cristina</p><p>Brasil Ávila Raulino Lourenço e Paulo António Brasil da Silva Raulino. Tiragem desta edição: 2.500 exemplares. Tiragem média do mês anterior: 2.500 exemplares. Preço avulso: 1 Euro; Assinatura mensal: 16 euros.</p><p>Começa a ser vulgar os “especialistas” encontrarem explicações para o</p><p>sucesso dos chamados partidos</p><p>Cordeiro Dâmaso</p><p>Álvaro Dâmaso»</p><p>I</p><p>TUDO TEM UM PRINCÍPIO</p><p>O Partido político é um organizado</p><p>agregado ideológico homogéneo de</p><p>pessoas que num determinado Esta-</p><p>do ou Região territorial autónoma,</p><p>encontra condições que lhe permitem</p><p>disputar eleições universais, livres e</p><p>justas. Obtendo o maior número de</p><p>votos é lhe constitucionalmente con-</p><p>fiado o exercício de poderes legis-</p><p>lativo e executivo no respeito pelo</p><p>princípio democrático da separação</p><p>de poderes de Estado, da liberdade</p><p>e da igualdade. Assim aconteceu no</p><p>Arquipélago dos Açores quando foi</p><p>constitucionalmente reconhecido</p><p>como Região Autónoma de Portugal.</p><p>Solicita a estrutura regional do PSD</p><p>nos Açores – Comissão Política Re-</p><p>gional – a minha participação com</p><p>um testemunho memorial a incor-</p><p>porar no livro comemorativo dos 50</p><p>anos da sua atividade política neste</p><p>Arquipélago.</p><p>Considero o convite que me foi diri-</p><p>gido como uma exigência de respeito</p><p>pela integridade e pela verdade com</p><p>que o PSD/A conduziu a instauração</p><p>da Região Autónoma dos Açores e</p><p>não como uma homenagem formal</p><p>em dia de aniversário.</p><p>Assim, cumpro!</p><p>É com gosto que aceito o convite e</p><p>que correspondendo preencho as pró-</p><p>ximas linhas, respeitando o tema que</p><p>me foi dado e reproduzindo o que a</p><p>minha memória conserva do tempo</p><p>durante o qual fui militante e dirigen-</p><p>te do Partido Social Democrata; em</p><p>nome dele membro do Governo Re-</p><p>gional, na qualidade de Secretário Re-</p><p>gional do Trabalho, Secretário Regio-</p><p>nal das Finanças, Secretário Regional</p><p>da Economia e deputado eleito para</p><p>a Assembleia da República e para a</p><p>Assembleia Legislativa Regional.</p><p>Devo esclarecer que não era simpa-</p><p>tizante ou militante do PSD quando</p><p>foi constituída a respetiva estrutura</p><p>partidária regional, muito embora te-</p><p>nha sido, ainda em 1974, convidado</p><p>para dela fazer parte na qualidade de</p><p>militante.</p><p>Todavia, só uns anos depois, decidi</p><p>filiar-me no Partido e integrar a Co-</p><p>missão Política da Ilha de S. Miguel.</p><p>Razão pela qual não posso incluir</p><p>neste meu testemunho quer a funda-</p><p>ção quer os primeiros tempos de vida</p><p>e ação do PSD/A.</p><p>Contudo, posso escrever que tam-</p><p>bém não procurei aproximar-me nem</p><p>associar-me a nenhum outro Parti-</p><p>do… Embora me encontrasse com</p><p>bons amigos que militavam noutras</p><p>formações políticas regionais e com</p><p>eles tivesse mantido longas conver-</p><p>sas sobre o futuro político dos Açores</p><p>e de Portugal e as soluções políticas</p><p>possíveis locais e regionais.</p><p>Política e ocasionalmente, antes de</p><p>ingressar no PSD, estive presente</p><p>numa reunião dirigida pelo, então,</p><p>Governador dos Açores, nomeado</p><p>pela comissão militar nacional que</p><p>geria os destinos do País.</p><p>Participei, integrado num conjunto</p><p>de forças partidárias com atividade</p><p>na Ilha de S. Miguel. Confesso, que</p><p>nem sabia distinguir com rigor a filia-</p><p>ção política individual que compunha</p><p>todo o conjunto.</p><p>O encontro fora convocado pelo Go-</p><p>vernador, um notável micaelense,</p><p>que acabara de assumir funções no</p><p>novo ambiente político nacional bem</p><p>diferente do que antes o condenara</p><p>politicamente.</p><p>Destinava-se a reunião a encontrar</p><p>um consenso relativamente à nomea-</p><p>ção que o governador tinha de fazer, a</p><p>do presidente interino da Câmara de</p><p>Ponta Delgada.</p><p>Considerados os curricula de vários</p><p>cidadãos que reuniam as condições</p><p>necessárias, o conselho unânime</p><p>recaiu num comerciante de Ponta</p><p>Delgada, com família constituída</p><p>nos Açores e oriundo do Continente</p><p>português e militante do PSD/A. Um</p><p>homem bom, realizador e gestor in-</p><p>teligente. Defendi a sua nomeação e</p><p>creio, ainda hoje, que contribuí para</p><p>influenciar a decisão.</p><p>Intervim com outros representan-</p><p>tes de formações políticas que me</p><p>haviam pedido para estar presente</p><p>e em representação duma delas que</p><p>nem partido era, mas apenas um mo-</p><p>vimento político democrático que a</p><p>comunicação social de então relacio-</p><p>nava com o Partido Comunista.</p><p>Foi a única ação política pública rele-</p><p>vante em que participei antes de in-</p><p>gressar no PSD/A.</p><p>Se recordei o facto é apenas porque</p><p>ele se relaciona com o que a seguir</p><p>descrevo.</p><p>Uns anos mais tarde, mas poucos,</p><p>haveria de ser chamado a ocupar o</p><p>lugar de Diretor Regional pelo mes-</p><p>mo cidadão antes nomeado para pre-</p><p>sidente interino da Câmara de Ponta</p><p>Delgada. No intervalo, passara a inte-</p><p>grar o primeiro Governo Regional do</p><p>PSD/A como Secretário Regional das</p><p>Finanças.</p><p>Tomei posse do lugar administrativo</p><p>acidentalmente, mas que era politica-</p><p>mente relevante, sem estar filiado no</p><p>PSD e sem esta condição a satisfazer,</p><p>o que me encheu de orgulho e de</p><p>consideração pelo PSD/A. Assim co-</p><p>meçou a minha simpatia pelo PSD/A</p><p>que se associava à que tinha pelo Pre-</p><p>sidente da estrutura política regional</p><p>e ao qual dedico o presente trabalho.</p><p>Iniciei os primeiros contatos com</p><p>o PSD/Açores no âmbito dum pro-</p><p>grama de conhecimento e interação</p><p>por mim próprio definido e que me</p><p>conduziria mais tarde à filiação na</p><p>estrutura regional do Partido onde</p><p>ainda hoje me mantenho como filia-</p><p>do, mas sem qualquer ação de índole</p><p>partidária, desde o último trimestre</p><p>de 1996.</p><p>A verdade, devo reconhecê-la, é que</p><p>nunca fui propriamente um militante</p><p>de base efetivo e combativo ou diri-</p><p>gente com intensa atividade partidá-</p><p>ria, embora tenha pertencido à Co-</p><p>missão Política de Ilha (S. Miguel) e à</p><p>Comissão Política Regional (Açores)</p><p>do PSD/A.</p><p>Recordo-me de que nos dias que se</p><p>seguiram ao movimento militar que</p><p>pôs termo à ditadura portuguesa de</p><p>quase meio século e possibilitou a</p><p>implantação da democracia em Por-</p><p>tugal, a transição de regime político</p><p>no ambiente político-geográfico dos</p><p>Açores decorreu pacificamente. Ape-</p><p>nas tenho registo de alguns desacatos</p><p>no centro da cidade de Ponta Delgada</p><p>junto da sede da estrutura regional</p><p>do Partido Comunista Português e</p><p>contra este Partido molestando com</p><p>alguma severidade os militantes que</p><p>lá se encontravam e um automóvel</p><p>dum dirigente regional da ilha do</p><p>Faial que foi lançado ao mar. Plágio</p><p>insular de ações mais violentas que se</p><p>registavam então no Norte do territó-</p><p>rio continental português.</p><p>Lembro-me ainda hoje dos desacatos</p><p>localizados e intencionalmente dirigi-</p><p>dos a uma estrutura partidária com</p><p>mágoa verdadeira porque uma das</p><p>militantes foi muito maltratada e, em</p><p>integral nudez, exposta publicamen-</p><p>te: era uma senhora micaelense por</p><p>nascimento e que eu tinha conhecido</p><p>como colega na faculdade de direito</p><p>de Lisboa.</p><p>Recordo, ainda, não por ter presen-</p><p>ciado, mas por ter tido conhecimen-</p><p>to, da prisão de várias personalidades</p><p>açorianas, pela calada da noite, ale-</p><p>gadamente, por defenderem a “inde-</p><p>pendência dos Açores”, na verdade,</p><p>uma parábola política mal avaliada e</p><p>muito empolada que haveria de per-</p><p>durar durante muito tempo como</p><p>uma arma política, curiosamente</p><p>usada por várias forças políticas em</p><p>conformidade com os seus interesses</p><p>ocasionais.</p><p>O PSD/A não participou na insubor-</p><p>dinação política anti partidária, do</p><p>que tomei nota com agrado. Como</p><p>também não alardeou em frente das</p><p>instalações da PIDE local que nos</p><p>tempos da ditadura, cumprindo o</p><p>cardápio político - policial, quando ti-</p><p>nha de deter políticos locais críticos</p><p>do regime sempre os tratara huma-</p><p>namente respeitando os direitos do</p><p>homem.</p><p>(Continua na próxima edição)</p><p>(*) Texto a integrar num livro come-</p><p>morativo dos 50 anos do PSD/Açores,</p><p>a publicar em breve</p><p>terça . 16.04.2024 OPINIÃO 15</p><p>Anda há um ror de tempo</p><p>o país político tremenda-</p><p>mente preocupado com a</p><p>pungente proclamação do ‘NÃO É</p><p>NÃO’ do Sr. Luís Montenegro. As-</p><p>serção que tem vindo a ser motivo</p><p>de acesos debates nas televisões e</p><p>artigos de jornal desde ainda antes</p><p>da pré-campanha das eleições de</p><p>10 de Março, durante a campanha,</p><p>após a campanha, e mesmo já com</p><p>o novo executivo empossado o</p><p>tema do ‘não é não’ não dá sinais</p><p>de abrandamento e de querer sair</p><p>da agenda política e das conversas</p><p>de pseudo elites com poiso ga-</p><p>rantido nas pantalhas televisivas</p><p>do mainstream nacional, como se</p><p>nada de mais importante e urgente</p><p>existisse a necessitar urgentemen-</p><p>te de ser tratado e resolvido neste</p><p>periférico</p><p>país sempre adiado.</p><p>O Sr. Luís Montenegro tem todo o</p><p>direito de, como secretário-geral</p><p>do PSD, ou como chefe da coli-</p><p>gação que firmou com o CDS, de</p><p>dizer e redizer as vezes que quiser</p><p>que o ‘não é não’, assim como lhe</p><p>assiste todo o direito do mundo</p><p>para dizer e fazer os disparates que</p><p>bem entender desde que, como se</p><p>compreende, a gente do seu parti-</p><p>do e da AD não veja que isso traz</p><p>mal ao mundo, podendo mesmo,</p><p>caso assim o queira, o agora pri-</p><p>meiro-ministro Montenegro conti-</p><p>nuar a dar tiros nos pés no que se</p><p>refere à aleivosa cilada das ‘linhas</p><p>vermelhas’ e das ‘cercas sanitárias’</p><p>ao Chega que lhe foi montada pela</p><p>esquerda e extrema-esquerda e em</p><p>que, vá lá saber-se porquê, ele se</p><p>deixou ingenuamente enredar.</p><p>Mas o caso já muda de figura se,</p><p>como primeiro-ministro eleito des-</p><p>te país, prosseguir com o disparate</p><p>da lengalenga do ‘não é não’ e ao</p><p>mesmo tempo exigir do Chega,</p><p>partido que Luís Montenegro deli-</p><p>berada e reiteradamente tem vindo</p><p>a hostilizar e a repudiar, coopera-</p><p>ção e apoio político inequívocos</p><p>para lhe fazer passar na AR os or-</p><p>çamentos de estado e as propostas</p><p>do governo.</p><p>Há-de de certeza o senhor primei-</p><p>ro-ministro concordar que querer-</p><p>se ao mesmo tempo sol na eira e</p><p>chuva no nabal é desiderato mui-</p><p>to difícil de ser alcançado, se não</p><p>mesmo de todo impossível.</p><p>O Chega é o partido que desde a sua</p><p>fundação, em 2019, mais cresceu</p><p>em Portugal, passando de 1 para</p><p>12 e de 12 para 50 deputados à As-</p><p>sembleia da República em apenas</p><p>cinco anos, alcandorando-se à ter-</p><p>ceira força política do país e tendo</p><p>mesmo logrado o feito histórico de</p><p>ter conseguido acabar com o bipar-</p><p>tidarismo político, o que equivale a</p><p>dizer o terem sido criadas as condi-</p><p>ções necessárias para que, de uma</p><p>vez por todas, se possa pôr travão</p><p>à opacidade do cinzentismo e das</p><p>‘negociatas’ entre os partidos da</p><p>área da governação, o PS e o PS(D),</p><p>abrindo-se, deste modo, uma nova</p><p>janela de renovado arejamento e</p><p>refrescamento na contaminada e</p><p>viciosa política portuguesa.</p><p>Os portugueses no dia 10 de Março</p><p>disseram claramente que estavam</p><p>pelos cabelos com as manigâncias</p><p>e as tramoias do bipartidarismo,</p><p>do ‘grande centrão’ dos interesses</p><p>pessoais e de grupo, dessa danosa</p><p>e opaca espécie de dança do agora</p><p>governas-te tu e agora governo-me</p><p>eu, e decidiram-se por dar peso po-</p><p>lítico a uma terceira força política,</p><p>o Chega, de modo a que, conjunta-</p><p>mente com a AD e a IL, pudessem</p><p>formar uma direita sólida e robus-</p><p>ta que pusesse finalmente tocar o</p><p>país a andar para a frente, e, mais</p><p>do que isso, decidiram também os</p><p>portugueses varrer do poder as es-</p><p>querdas, as esquerdas dos comuns</p><p>e insistentes desatinos políticos e</p><p>das bancarrotas, que desbarata-</p><p>ram, ingloriamente, os imensos</p><p>fundos europeus e que, de desas-</p><p>tre em desastre, arrastaram o país</p><p>para o estado calamitoso em que</p><p>se encontra, empobrecido, depri-</p><p>mido, desarrimado, que se arrasta</p><p>desanimado na cauda dos países</p><p>da união europeia, tendo-se deixa-</p><p>do ultrapassar, por mera incúria e</p><p>muita incompetência, por países</p><p>do leste europeu que, bem mais</p><p>pobres do que nós quando tardia-</p><p>mente aderiram à união europeia,</p><p>fizeram em tempo útil as reformas</p><p>que se impunham com os fundos</p><p>de Bruxelas, dando-nos, assim,</p><p>uma lição convincente de como se</p><p>deve governar um país, sempre ao</p><p>serviço dos cidadãos, do bem co-</p><p>mum.</p><p>Não me canso de perguntar-me:</p><p>recebendo Portugal a cada hora</p><p>que passa um milhão de euros em</p><p>fundos europeus, onde diabo estão</p><p>os resultados concretos e efectivos</p><p>dessa colossal mina de euro que,</p><p>quis a sorte, nos foi dada de mão</p><p>beijada?</p><p>A mole imensa de portugueses elei-</p><p>tores que habitualmente e sistema-</p><p>ticamente engrossavam a ABSTEN-</p><p>ÇÃO, que, desiludidos, desde os</p><p>primórdios da partidocracia tinha</p><p>vindo, eleição após eleição, a ul-</p><p>trapassar de longe em números ab-</p><p>solutos a totalidade da votação do</p><p>partido mais votado, os cidadãos</p><p>eleitores que trabalham e pagam</p><p>impostos, sendo por essa razão</p><p>considerados, com todo o pro-</p><p>pósito, a ‘maioria silenciosa’ dos</p><p>sem voz, fartos de tanto desleixo,</p><p>corrupção e má governação da es-</p><p>querda, resolveram, ao fim de meio</p><p>século de desenganos e de desilu-</p><p>sões, dar um enérgico safanão neste</p><p>marasmo do que faz que anda mas</p><p>não anda, e votaram em força no</p><p>Chega. Farta dos socialistas e dos</p><p>seus apêndices de extrema-esquer-</p><p>da, a ‘maioria silenciosa’ da direita</p><p>conservadora e nacionalista, resol-</p><p>veu infligir uma pesada e rotunda</p><p>derrota às esquerdas. O PS perdeu</p><p>500 mil votos e uma maioria ab-</p><p>soluta em apenas dois anos, o que</p><p>diz bem da vontade dos cidadãos</p><p>eleitores, tanto do território nacio-</p><p>nal como no círculo da emigração</p><p>(o Chega venceu com 18,30% dos</p><p>votos dos emigrantes), de querem</p><p>uma MUDANÇA política.</p><p>Bem podem as pseudo elites do co-</p><p>mentariado avençado e a comunica-</p><p>ção social mainstream, do politica-</p><p>mente correcto, do woquismo, do</p><p>globalismo, do multiculturalismo,</p><p>das fronteiras escancaradas, marte-</p><p>lar até o diabo dizer basta na tecla</p><p>do ‘não é não’ e de colar ao Chega</p><p>os rótulos com tudo o que de pior</p><p>existe e chamar-lhe os nomes mais</p><p>nefastos rebuscados no dicionário,</p><p>que a maioria dos portugueses que</p><p>pagam impostos e trabalham dura-</p><p>mente, muitos deles que tiveram</p><p>de lançar mão de um segundo tra-</p><p>balho para poderem fazer face à ca-</p><p>restia de vida e conseguirem pagar</p><p>as prestações da casa e do carro,</p><p>estão-se marimbando para a ‘carti-</p><p>lha’ das politiquices sórdidas, para</p><p>as conversas da treta e as agendas</p><p>políticas dessa gente facciosa, vis-</p><p>ceralmente imparcial, que mais</p><p>não pretende que a desesperada</p><p>defesa da mama generosa da teta</p><p>do regime.</p><p>Acham porventura essas ditas eli-</p><p>tes da ditadura do comentariado e</p><p>a classe jornalística do pensamen-</p><p>to único, que podem enganar todos</p><p>os portugueses ao mesmo tempo</p><p>e fazer deles uns totós facilmente</p><p>manipuláveis e que com umas tre-</p><p>tas, repetidas vezes sem conta na</p><p>televisão, acabarão por ceder ao</p><p>engodo e ir docilmente comer à</p><p>mão ideológica da cartilha do poli-</p><p>ticamente correcto?</p><p>Acham que é combatendo os va-</p><p>lores da Família, a célula base</p><p>da unidade nacional, insultando,</p><p>ofendendo, e chamando fascistas,</p><p>racistas e xenófobos aos que pen-</p><p>sam de modo diferente de vós, que</p><p>vão endireitar o mundo?</p><p>Desenganem-se. Não aprenderam</p><p>nada com o que se passou no dia</p><p>10 de Março. A maioria dos portu-</p><p>gueses não gostam que se faça pou-</p><p>co deles, nem se deixam ‘formatar’</p><p>com duas penadas, resistem a que</p><p>se lhes queira fazer o ninho atrás</p><p>da orelha, e encolerizam-se a sério</p><p>se se tenta à força mexer com os</p><p>seus valores.</p><p>Não queiram tomar os portugue-</p><p>ses por parvos. Continuem a viver</p><p>nessa vossa ‘bolha mediática’ do</p><p>enviesamento político, a não quer</p><p>tolerar quem pensa de modo dife-</p><p>rente, a ostracizar e banir os que</p><p>se atrevem a ‘falar fora da caixa’,</p><p>que a maioria dos portugueses, se-</p><p>riamente preocupados com a sua</p><p>própria vida, que o curto ordena-</p><p>do chegue ao fim do mês, que os</p><p>filhos tenham professor na escola</p><p>antes que acabe o ano lectivo, que</p><p>o sistema nacional de saúde e os</p><p>transportes públicos e a justiça e</p><p>os serviços públicos funcionem, e,</p><p>claro, muito irritados com o estado</p><p>a que o país chegou, a maioria dos</p><p>portugueses, dizia, estão-se nas tin-</p><p>tas para o vosso endoutrinamento</p><p>político, para as vossas aberrantes</p><p>homilias ideológicas.</p><p>MUNDOO ÀS AVESSAS</p><p>ramIrO CarrOla»</p><p>terça . 16.04.2024DeSPOrtO16</p><p>José ElisEu | di</p><p>Ainda os músculos dos jogadores</p><p>não estavam quentes e já o Vitó-</p><p>ria do Pico da Pedra marcava o</p><p>primeiro golo, aos 2 minutos. Fal-</p><p>tou alguma convicção no ataque à</p><p>bola por parte dos vermelhos de</p><p>Angra e essa brandura foi apro-</p><p>veitada por Barata para oferecer</p><p>o golo a Patrick Santanna, depois</p><p>de um primeiro remate de Carli-</p><p>tos.</p><p>A reação do Angrense refletiu-se</p><p>mais no tempo de posse de bola</p><p>do que em oportunidades de go-</p><p>los criadas. Jordanes Medeiros</p><p>era o desenhador de quase todo o</p><p>jogo ofensivo da equipa e confia-</p><p>va na cobertura que lhe dava Jai-</p><p>me Seidi. As subidas dos laterais</p><p>Donato Sabença e João Cardoso</p><p>ajudavam a desequilibrar, embo-</p><p>ra sem penetrações de perigo na</p><p>área adversária.</p><p>Os vitorianos até tratavam bem a</p><p>bola, quando ele chegava à frente,</p><p>principalmente Hugo Santos e Ba-</p><p>rata, mas começaram a rarear as</p><p>vezes que isso acontecia. A equi-</p><p>pa tinha uma prise lenta nas tran-</p><p>sições. Quando Calhoca marcou,</p><p>de cabeça, o golo do empate, aos</p><p>20 minutos, notou-se o Angrense</p><p>mais liberto. Aos 24 minutos, Rú-</p><p>ben Moisés fez o segundo e mais</p><p>não foram porque Rúben Miran-</p><p>da e Dário Simão desperdiçaram</p><p>duas ótimas ocasiões para golo.</p><p>Quando logo no primeiro minu-</p><p>to da etapa complementar Rúben</p><p>Miranda, após passe espetacular</p><p>de Jordanes Medeiros, falhou o</p><p>alvo, estando isolado, pensou-se</p><p>no avolumar fácil do score. Puro</p><p>engano.</p><p>O Angrense não se adaptou bem</p><p>a ter o vento a soprar contra o</p><p>sentido do seu jogo e teve pouca</p><p>bola para quem queria controlar e</p><p>gerir uma vantagem. Esta incapa-</p><p>cidade de superação nos duelos e</p><p>de circular bem a bola quando a</p><p>tinham, fizeram com que os en-</p><p>carnados de Angra jogassem aos</p><p>repelões.</p><p>O Vitória, mesmo sem grandes</p><p>rasgos técnicos, foi acreditando e</p><p>chegou-se mais vezes à frente re-</p><p>lativamente ao que havia feito na</p><p>1.ª parte. Principalmente as en-</p><p>tradas de Diogo Brum e Travas-</p><p>sos mexeram com o conjunto do</p><p>Pico da Pedra. As linhas subidas</p><p>do Vitória abriram espaços atrás</p><p>que Adriano Soares aproveitou</p><p>para fechar as contas já no tempo</p><p>extra.</p><p>No que se refere à arbitragem, Sa-</p><p>muel Moreira esteve na generali-</p><p>dade bem. Errou pouco e quando</p><p>errou não adveio disso grandes</p><p>prejuízos para as equipas.</p><p>SUPERIORIDADE. Apesar de ter entrado no jogo a perder Angrense teve argumentos</p><p>suficientes para vencer o Vitória</p><p>Nota artística foi baixa</p><p>mas os pontos sabem bem</p><p>Triunfo do Angrense ATirA o ViTóriA pArA A despromoção SUFICIENTE. O An-</p><p>grense serrou quase</p><p>sempre por cima</p><p>até ao intervalo. Na</p><p>segunda parte fal-</p><p>tou algum engenho</p><p>para gerir melhor o</p><p>jogo.</p><p>fo</p><p>to</p><p>gr</p><p>af</p><p>ia</p><p>. j</p><p>eD</p><p>ga</p><p>rD</p><p>O v</p><p>iei</p><p>ra</p><p>DiSciPliNa: Cartões amarelos para gonçalo teixeira</p><p>(58’) e Pedro Melo (67’) do angrense; Patrick San-</p><p>tanna (28’), fabinho (61’) e Érico (62’) do Vitória</p><p>Cartão vermelho para Patrick Santanna (66’ p/</p><p>acum.).</p><p>MarcaDOreS: Calhoca (20’), rúben Moisés (24’) e</p><p>adriano Soares (90+6’) para o angrense; Patrick San-</p><p>tanna (2’) para o Vitória.</p><p>caMPO De jOgOS MuNiciPal De aNgra DO HerOíSMO.</p><p>ÁrbitrO: samuel moreira (Af Horta).</p><p>aSSiSteNteS: ricardo madruga e João Cunha.</p><p>gonçalo toste</p><p>Jaime Seidi (C)</p><p>(Pedro Melo, 52’)</p><p>rúben Miranda</p><p>ivan Santos</p><p>(adriano Soares, 76’)</p><p>Calhoca</p><p>Dário Simão</p><p>rúben Moisés</p><p>gonçalo teixeira</p><p>Jordanes Medeiros</p><p>Donato Sabença</p><p>João Cardoso</p><p>NÃO utiliZaDOS</p><p>filipe Soares, Leo, Mário</p><p>Vigário, raúl Santos e Pe-</p><p>dro ferreira.</p><p>treiNaDOr</p><p>francisco faria.</p><p>angrense vitória cPP 3 1</p><p>caMPeONatO DOS açOreS – 16.ª jOrNaDa</p><p>fernando Júnior</p><p>fabinho</p><p>rodrigo Matos</p><p>Érico</p><p>(rodrigo Neto, 71’)</p><p>Miguel Botelho</p><p>Diogo Silva</p><p>(Diogo Brum, 71’)</p><p>Carlitos</p><p>Patrick Santanna</p><p>(travassos, 64’)</p><p>Barata</p><p>alexandre Jesus</p><p>Hugo Santos (C)</p><p>NÃO utiliZaDO</p><p>João Viana.</p><p>treiNaDOr</p><p>Ernesto Sousa.</p><p>ao intervalo 2-1</p><p>Angrense</p><p>melhor</p><p>na primeira</p><p>parte</p><p>» PrOgraMa Da 17.ª jOrNaDa «</p><p>DOMiNgO, 21 De abril</p><p>operário – angrense</p><p>São roque – Praiense</p><p>Praiense – Urzelinense</p><p>guadalupe – Vitória</p><p>U. Micaelense – Benfica Águia</p><p>Lajense, 2 – Praiense, 1</p><p>angrense, 3 – Vitória, 1</p><p>operário, 3 – São roque, 0</p><p>Benfica Águia, 1 – guadalupe, 1</p><p>Urzelinense – U. Micaelense</p><p>(25 de abril)</p><p>» caMP. FutebOl DOS açOreS</p><p>reSultaDOS Da 16.ª jOrNaDa «</p><p>claSSiFicaçÃO</p><p>j v e D g P</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>4</p><p>5</p><p>6</p><p>7</p><p>8</p><p>9</p><p>10</p><p>41</p><p>36</p><p>33</p><p>27</p><p>26</p><p>22</p><p>16</p><p>14</p><p>05</p><p>04</p><p>16 13 2 1 38-08</p><p>16 11 3 2 28-10</p><p>16 10 3 3 27-15</p><p>16 8 3 6 23-19</p><p>16 8 2 6 22-10</p><p>16 6 4 6 20-16</p><p>16 5 2 9 22-30</p><p>15 4 1 10 15-20</p><p>15 1 2 12 11-48</p><p>16 0 4 12 13-36</p><p>Operário</p><p>lajense</p><p>angrense</p><p>guadalupe</p><p>Praiense</p><p>São roque</p><p>vitória</p><p>u. Micaelense</p><p>urzelinense</p><p>benfica Águia</p><p>terça . 16.04.2024 DeSPOrtO 17</p><p>JOSÉ PEDRO DE OLIVEIRA | di</p><p>Herói improvável, António Tava-</p><p>res, foi dar uma ajuda ao ataque</p><p>do Lajense nos instantes finais da</p><p>partida. O central marcou, garan-</p><p>tiu os três pontos aos amarelos e</p><p>as lágrimas no final da partida em</p><p>pleno relvado, espalham a fé que</p><p>o emblema das Lajes carrega nes-</p><p>ta fase final da época.</p><p>Empurrados pelos tambores e pe-</p><p>los cânticos dos adeptos, o Lajen-</p><p>se ganhou e adiou a decisão por</p><p>mais uma semana, mostrando</p><p>dentro de campo que se for pelo</p><p>submarino amarelo, a luta será</p><p>até ao derradeiro segundo da úl-</p><p>tima jornada.</p><p>Numa primeira parte muito</p><p>equilibrada, foi João Dias o pri-</p><p>meiro a procurar o golo. Aos 6</p><p>minutos, pela direita, o camisa</p><p>20 dos amarelos atirou em arco,</p><p>mas ao lado. Se não dava em fu-</p><p>tebol corrido, o Lajense tentava</p><p>de bola parada. Aos 28 minutos</p><p>João Peixoto bateu um livre da</p><p>esquerda, ao primeiro poste An-</p><p>tónio Tavares ficou a milímetros</p><p>do golo, acabando a bola por ser</p><p>desviada para canto por Tiago</p><p>Fernandes. Na resposta dos ver-</p><p>melhos da Praia da Vitória, a du-</p><p>HERÓI IMPROVÁVEL. Defesa central António Tavares marcou o golo da vitória do Lajense frente ao Praiense</p><p>a Fé de tavares</p><p>valeu a vitória</p><p>Lajense vence Praiense nos descontos e ainda acredita no títuLo ACREDITAR. Lajense</p><p>chegou à vitória no</p><p>último lance do jogo</p><p>e mantém assim</p><p>viva a esperança de</p><p>chegar ao título do</p><p>Campeonato dos</p><p>Açores.</p><p>fo</p><p>to</p><p>gr</p><p>af</p><p>ia</p><p>. j</p><p>eD</p><p>ga</p><p>rD</p><p>O v</p><p>iei</p><p>ra</p><p>DiSciPlina: Cartões amarelos: Luciano Serpa (30’),</p><p>Wilson Santos (64’), João Peixoto (71’), Vasco gou-</p><p>lart (90+1’) e robertson (90+3’).</p><p>MarcaDOreS: gustavo Martins (51’), Pedro fernandes</p><p>(75’) e antónio tavares (90+4’).</p><p>caMPO Manuel linhareS De liMa.</p><p>ÁrbitrO: Bruno costa (aF angra do Heroísmo).</p><p>aSSiStenteS: Paulo simão e jorge Pereira.</p><p>Simão Silveira</p><p>tiago Martins</p><p>Vasco Dimas</p><p>(Vasco goulart, 66’)</p><p>andré Martins</p><p>gustavo Martins</p><p>(Mauro aires, 85’)</p><p>Vitor Miranda</p><p>Leandro Puga</p><p>(Duarte Melo, 85’)</p><p>João Dias</p><p>José Dias</p><p>João Peixoto (C)</p><p>(filipe andrade, 81’)</p><p>antónio tavares</p><p>nÃO utiliZaDOS</p><p>ricky Costa, Duarte Melo,</p><p>Vasco Sousa e João Janeiro.</p><p>treinaDOr</p><p>Emanuel Simão.</p><p>lajense Praiense 12</p><p>caMPeOnatO DOS açOreS – 16.ª jOrnaDa</p><p>tiago fernandes</p><p>Pedro fernandes</p><p>rafael Santos</p><p>(ricardo Queirós, 62’)</p><p>Menacho Neto</p><p>Luciano Serpa (C)</p><p>Boris</p><p>Kinglord</p><p>(Sillas, 86’)</p><p>Leonardo Neto</p><p>Vilson Neto</p><p>Wilson Santos</p><p>(Paulo Duarte, 72’)</p><p>robertson</p><p>nÃO utiliZaDOS</p><p>gustavo Lourenço, Paulo</p><p>Lopes, filo e gonçalo</p><p>Medeiros.</p><p>treinaDOr</p><p>Pedro Lima.</p><p>ao intervalo 0-0</p><p>pla Menacho e Leonardo Neto,</p><p>viram Simão Silveira segurar o</p><p>empate antes do descanso.</p><p>Na segunda parte a equipa da</p><p>casa entrou mais agressiva. Tal-</p><p>vez por saberem o resultado do</p><p>Operário (vencia por 3-0), a equi-</p><p>pa de Emanuel Simão entrou com</p><p>tudo e rapidamente chegou ao</p><p>golo. Canto da direita, novo can-</p><p>to da esquerda e a bola afastada</p><p>pela defensiva do Praiense pela</p><p>linha lateral. Do arremesso a bola</p><p>vai parar rapidamente aos pés de</p><p>José Dias que levantou a cabeça e</p><p>meteu a redondinha na área. Gus-</p><p>tavo Martins, Guga no mundo do</p><p>futebol, recebeu perto da linha de</p><p>pequena área e com o pé esquer-</p><p>do atirou para o fundo da baliza,</p><p>com a bola a desviar ainda em Bo-</p><p>ris, não dando hipótese a Tiago</p><p>Fernandes.</p><p>Em desvantagem no marcador o</p><p>Praiense passou a ter mais bola e</p><p>só não chegou ao empate aos 60</p><p>minutos, após marcação de pon-</p><p>tapé de canto na esquerda por</p><p>Kingolord, porque Vilson Neto</p><p>ao primeiro poste fez o mais difí-</p><p>cil: não marcar golo.</p><p>Mais Praiense nesta fase do jogo,</p><p>os amarelos deram o jogo ao ad-</p><p>versário e passaram a correr atrás</p><p>da bola. De uma saída em falso</p><p>da defesa do Praiense, o submari-</p><p>no amarelo podia ter afundado o</p><p>Praiense, mas o remate de André</p><p>Martins saiu por cima. Quem não</p><p>marca sofre, o Praiense chegou ao</p><p>golo logo a seguir. Lançamento de</p><p>linha lateral na esquerda e Ricar-</p><p>do Queirós a saltar de costas para</p><p>a baliza e a servir de cabeça para</p><p>o segundo poste. Pedro Fernan-</p><p>des leu bem a jogada e apareceu a</p><p>finalizar, também de cabeça, em-</p><p>patando a partida e provocando</p><p>um ataque de pânico</p><p>na bancada</p><p>amarela.</p><p>Com pouco mais de 10 minutos</p><p>para jogar, Emanuel Simão meteu</p><p>tudo o que tinha e o que não ti-</p><p>nha em campo. A roer as unhas</p><p>na bancada e a olhar para o reló-</p><p>gio, o primeiro salto dos amare-</p><p>los no Campo da Mata surgiu aos</p><p>90 minutos, ainda que em deses-</p><p>pero. Filipe Andrade, na primeira</p><p>vez que tocou na bola, rematou</p><p>forte de fora da área. A bola foi</p><p>direitinha e com estrondo beijar</p><p>a trave, com Tiago Fernandes</p><p>completamente batido. Porém, e</p><p>já nos descontos, a festa foi imen-</p><p>sa. Livre na linha de meio-campo</p><p>batido por Simão Silveira, com</p><p>Vilson Neto a cabecear para trás</p><p>já dentro da sua grande área. A</p><p>bola saiu da cabeça do brasilei-</p><p>ro e voou para o ombro de uma</p><p>parede amarela. António Tavares</p><p>só teve de festejar, com Tiago</p><p>Fernandes pregado ao chão, in-</p><p>crédulo, a ver os festejos amare-</p><p>los. O homem do jogo, António</p><p>Tavares, num rasgo de fé, estava</p><p>no momento certo e à hora exata</p><p>para alimentar a esperança da sua</p><p>equipa. O golo, o que mais impor-</p><p>ta num jogo de futebol, foi o q.b.</p><p>para os festejos de comunhão en-</p><p>tre adeptos e equipa no final da</p><p>partida.</p><p>terça . 16.04.2024DeSPOrtO18</p><p>O Grupo Desportivo dos Biscoi-</p><p>tos conquistou, no passado sá-</p><p>bado, o título de Campeão da III</p><p>Divisão - Série Açores de futsal.</p><p>A equipa da costa norte da Ter-</p><p>ceira assegurou a conquista do</p><p>troféu ao derrotar, na 14.ª e últi-</p><p>ma jornada, o Minhocas, em San-</p><p>ta Cruz das Flores, por 2-8.</p><p>Encerradas as contas finais da III</p><p>Divisão - Série Açores da época</p><p>de 2023/2024, o GD Biscoitos ter-</p><p>minou a prova com 30 pontos, os</p><p>mesmos do GDCP São Sebastião,</p><p>mas com vantagem no confronto</p><p>direto com o rival da vila de Fran-</p><p>cisco Ferreira Drummond.</p><p>No último jogo da III Divisão - Sé-</p><p>rie Açores, o GDCP São Sebastião</p><p>derrotou, no seu recinto, o GDR</p><p>Agualva por 3-1.</p><p>Recorde-se que o GDCP São Se-</p><p>bastião chegou a ter uma vanta-</p><p>gem na tabela classificativa em</p><p>relação ao GD Biscoitos de nove</p><p>pontos (na 10.ª jornada), mas as</p><p>três derrotas consecutivas, entre</p><p>a 11.ª e 13.ª jornadas, a primeira</p><p>das quais em casa por 0-4, frente</p><p>os biscoitenses, acabou por invia-</p><p>bilizar a conquista do título quan-</p><p>do lhe falta apenas um ponto para</p><p>chegar a esse objetivo. Com o GD</p><p>Biscoitos e o GDCP São Sebastião</p><p>empatados com 30 pontos na 14.ª</p><p>e última jornada o apuramento</p><p>do campeão foi decidido através</p><p>do confronto direto.</p><p>Os resultados dos dois outros jo-</p><p>gos da 14.ª jornada foram os se-</p><p>guintes: Remédios, 6 - São João,</p><p>4 e Santa Clara, 2 - Piedade, 3.</p><p>A classificação final ficou assim</p><p>ordenada; 1.º Biscoitos, 30 pon-</p><p>tos; 2.º São Sebastião, 30 pontos;</p><p>3.º Remédios, 25 pontos; 4.º San-</p><p>ta Clara, 22 pontos; 5.º Agualva,</p><p>19 pontos; 6.ª Piedade, 17 pon-</p><p>tos; 7.º Minhocas, 9 pontos e 8.º</p><p>São João, 7 pontos.</p><p>O GD Biscoitos vai disputar o</p><p>“play-off” de promoção à II Divi-</p><p>são, enquanto Piedade, Minhocas</p><p>e São João foram despromovidos.</p><p>II dIvIsão nacIonal</p><p>Entretanto, o Lusitânia perdeu,</p><p>no passado sábado, por 6-1 no</p><p>recinto do Dínamo Sanjoanen-</p><p>se, num jogo em atraso da 9.ª</p><p>jornada da fase de apuramento</p><p>do campeão e subida à liga da</p><p>II Divisão de futsal. O Dínamo</p><p>Sanjoanense adiantou-se no</p><p>marcador, aos 17 minutos, com</p><p>um autogolo de Lucas Alves e</p><p>Thales Alves empatou a 1-1 no</p><p>minuto seguinte.</p><p>Ao intervalo, o Dínamo Sanjoa-</p><p>nense já vencia por 3-1, tendo</p><p>a equipa da casa marcado mais</p><p>três tentos no segundo período</p><p>do jogo.</p><p>Quando estão jogadas 10 das</p><p>14 jornadas, o Dínamo Sanjoa-</p><p>nense lidera a classificação com</p><p>22 pontos, estando AMSAC em</p><p>segundo lugar com 21 pontos,</p><p>o Lusitânia em terceiro com 19</p><p>pontos e o Barbarense em sex-</p><p>to com 12 pontos (menos um</p><p>jogo).</p><p>vitória frente ao minhocas nas flores decidiu campeão</p><p>GD Biscoitos conquista título</p><p>da Série açores de futsal</p><p>título. Equipa do CD Biscoitos começou a festejar título na Flores e continuou na Terceira no dia seguinte</p><p>lusitânia</p><p>derrotado</p><p>pelo dínamo</p><p>sanjoanense</p><p>O Lusitânia empatou, sábado, a 1-1,</p><p>com o Alverca, num jogo refente à 8.ª</p><p>jornada da II Fase do Campeonato</p><p>Nacional da I Divisão de Sub-19.</p><p>No encontro disputado no Centro de</p><p>Formação do FC Alverca, a equipa</p><p>orientada por João Vaz Cardoso so-</p><p>freu o golo de 1-0, aos 27 minutos,</p><p>apontado por Rodrigo Cardoso, ten-</p><p>do o Lusitânia chegado ao empate,</p><p>aos 52 minutos, por Gabriel Soares.</p><p>O Lusitânia alinhou com a seguinte</p><p>equipa: Vítor Fernandes, Matheus</p><p>Carvalho, Dionatan Santos (Mateus</p><p>Matos, aos 46’), Gabriel Soares, Le-</p><p>onardo Ponte (C), Caio Silva, Jefer</p><p>Gunjo (Rhonan Lima, aos 84’), Bru-</p><p>no Santos (Micael Gomes, aos 46’),</p><p>Wender Mafra, David Mateus e Eric</p><p>Bile (Nani, aos 72’, Bruno Gil, aos</p><p>87’).</p><p>Não utilizados: Daniel Mendes, Hia-</p><p>go Santos, Maiquel Cassamá e Davi</p><p>Barbosa.</p><p>Treinador João Vaz Cardoso.</p><p>Os restantes resultados da 8.ª jorna-</p><p>da foram os seguintes: Beira-mar, 0</p><p>- Académica, 0; Torreense, 1 - Bele-</p><p>nenses, 1 e Estoril, 1 - Vitória, 2.</p><p>No que se refere à tabela classificada,</p><p>o Belenenses lidera com 45 pontos,</p><p>seguindo-se o Torreense com 44;</p><p>Alverca com 39; Lusitânia com 36;</p><p>Beira-mar com 35; Vitória com 33;</p><p>Estoril com 22 e Académica com 22.</p><p>i divisão nacional - sub 19</p><p>Lusitânia empata</p><p>fora com alverca</p><p>foI até ao fIm.</p><p>Com uma excelente</p><p>recuperação do atra-</p><p>so pontual em rela-</p><p>ção à equipa de São</p><p>Sebastião nas últimas</p><p>jornadas, o GD Biscoi-</p><p>tos chegou a título.</p><p>SÁBaDO, 13 De aBrIL</p><p>Lusitânia – Beira-mar</p><p>Académica – Estoril</p><p>Vitória – Torreense</p><p>Belenenses - Alverca</p><p>Alverca, 1 – Lusitânia, 1</p><p>Beira-mar, 0 – Académica, 0</p><p>Torreense, 1 – Belenenses, 1</p><p>Estoril, 1 – Vitória, 2</p><p>CaMP. Da I DIVISÃO De SUB-19</p><p>reSULtaDOS - 8.ª JOrNaDa</p><p>CLaSSIFICaçÃO – II FaSe</p><p>J V e D G P</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>4</p><p>5</p><p>6</p><p>7</p><p>8</p><p>45</p><p>44</p><p>39</p><p>36</p><p>35</p><p>33</p><p>22</p><p>22</p><p>8 3 3 2 10-07</p><p>8 4 3 1 13-07</p><p>8 3 3 2 12-09</p><p>8 5 1 2 12-07</p><p>8 1 2 5 06-14</p><p>8 2 2 4 07-13</p><p>8 2 3 3 01-10</p><p>8 2 3 3 06-09</p><p>PrOGraMa Da 9.ª JOrNaDa</p><p>Belenenses</p><p>torreense</p><p>alverca</p><p>Lusitânia</p><p>Beira-Mar</p><p>Vitória</p><p>estoril</p><p>académica</p><p>nota: as equipas conservaram os pontos da I fase.</p><p>Últimas cinco equipas são despromovidas.</p><p>fo</p><p>To</p><p>gr</p><p>Af</p><p>iA</p><p>. G</p><p>D B</p><p>ISC</p><p>OIt</p><p>OS</p><p>terça . 16.04.2024DeSPOrtO18</p><p>O Grupo Desportivo dos Biscoi-</p><p>tos conquistou, no passado sá-</p><p>bado, o título de Campeão da III</p><p>Divisão - Série Açores de futsal.</p><p>A equipa da costa norte da Ter-</p><p>ceira assegurou a conquista do</p><p>troféu ao derrotar, na 14.ª e últi-</p><p>ma jornada, o Minhocas, em San-</p><p>ta Cruz das Flores, por 2-8.</p><p>Encerradas as contas finais da III</p><p>Divisão - Série Açores da época</p><p>de 2023/2024, o GD Biscoitos ter-</p><p>minou a prova com 30 pontos, os</p><p>mesmos do GDCP São Sebastião,</p><p>mas com vantagem no confronto</p><p>direto com o rival da vila de Fran-</p><p>cisco Ferreira Drummond.</p><p>No último jogo da III Divisão - Sé-</p><p>rie Açores, o GDCP São Sebastião</p><p>derrotou, no seu recinto, o GDR</p><p>Agualva por 3-1.</p><p>Recorde-se que o GDCP São Se-</p><p>bastião chegou a ter uma vanta-</p><p>gem na tabela classificativa em</p><p>relação ao GD Biscoitos de nove</p><p>pontos (na 10.ª jornada), mas as</p><p>três derrotas consecutivas, entre</p><p>a 11.ª e 13.ª jornadas, a primeira</p><p>das quais em casa por 0-4, frente</p><p>os biscoitenses, acabou por invia-</p><p>bilizar a conquista do título quan-</p><p>do lhe falta apenas um ponto para</p><p>chegar a esse objetivo. Com o GD</p><p>Biscoitos e o GDCP São Sebastião</p><p>empatados com 30 pontos na 14.ª</p><p>e última jornada o apuramento</p><p>do campeão foi decidido através</p><p>do confronto direto.</p><p>Os resultados dos dois outros jo-</p><p>gos da 14.ª jornada foram os se-</p><p>guintes: Remédios, 6 - São João,</p><p>4 e Santa Clara, 2 - Piedade, 3.</p><p>A classificação final ficou assim</p><p>ordenada; 1.º Biscoitos, 30 pon-</p><p>tos; 2.º São Sebastião, 30 pontos;</p><p>3.º Remédios, 25 pontos; 4.º San-</p><p>ta Clara, 22 pontos; 5.º Agualva,</p><p>19 pontos; 6.ª Piedade, 17 pon-</p><p>tos; 7.º Minhocas, 9 pontos e 8.º</p><p>São João, 7 pontos.</p><p>O GD Biscoitos vai disputar o</p><p>“play-off” de promoção à II Divi-</p><p>são, enquanto Piedade, Minhocas</p><p>e São João foram despromovidos.</p><p>II dIvIsão nacIonal</p><p>Entretanto, o Lusitânia perdeu,</p><p>no passado sábado, por 6-1 no</p><p>recinto do Dínamo Sanjoanen-</p><p>se, num jogo em atraso da 9.ª</p><p>jornada da fase de apuramento</p><p>do campeão e subida à liga da</p><p>II Divisão de futsal. O Dínamo</p><p>Sanjoanense adiantou-se no</p><p>marcador, aos 17 minutos, com</p><p>um autogolo de Lucas Alves e</p><p>Thales Alves empatou a 1-1 no</p><p>minuto seguinte.</p><p>Ao intervalo, o Dínamo Sanjoa-</p><p>nense já vencia por 3-1, tendo</p><p>a equipa da casa marcado mais</p><p>três tentos no segundo período</p><p>do jogo.</p><p>Quando estão jogadas 10 das</p><p>14 jornadas, o Dínamo Sanjoa-</p><p>nense lidera a classificação com</p><p>22 pontos, estando AMSAC em</p><p>segundo lugar com 21 pontos,</p><p>o Lusitânia em terceiro com 19</p><p>pontos e o Barbarense em sex-</p><p>to com 12 pontos (menos um</p><p>jogo).</p><p>vitória frente ao minhocas nas flores decidiu campeão</p><p>GD Biscoitos conquista título</p><p>da Série açores de futsal</p><p>título. Equipa do CD Biscoitos começou a festejar título na Flores e continuou na Terceira no dia seguinte</p><p>lusitânia</p><p>derrotado</p><p>pelo dínamo</p><p>sanjoanense</p><p>O Lusitânia empatou, sábado, a 1-1,</p><p>com o Alverca, num jogo refente à 8.ª</p><p>jornada da II Fase do Campeonato</p><p>Nacional da I Divisão de Sub-19.</p><p>No encontro disputado no Centro de</p><p>Formação do FC Alverca, a equipa</p><p>orientada por João Vaz Cardoso so-</p><p>freu o golo de 1-0, aos 27 minutos,</p><p>apontado por Rodrigo Cardoso, ten-</p><p>do o Lusitânia chegado ao empate,</p><p>aos 52 minutos, por Gabriel Soares.</p><p>O Lusitânia alinhou com a seguinte</p><p>equipa: Vítor Fernandes, Matheus</p><p>Carvalho, Dionatan Santos (Mateus</p><p>Matos, aos 46’), Gabriel Soares, Le-</p><p>onardo Ponte (C), Caio Silva, Jefer</p><p>Gunjo (Rhonan Lima, aos 84’), Bru-</p><p>no Santos (Micael Gomes, aos 46’),</p><p>Wender Mafra, David Mateus e Eric</p><p>Bile (Nani, aos 72’, Bruno Gil, aos</p><p>87’).</p><p>Não utilizados: Daniel Mendes, Hia-</p><p>go Santos, Maiquel Cassamá e Davi</p><p>Barbosa.</p><p>Treinador João Vaz Cardoso.</p><p>Os restantes resultados da 8.ª jorna-</p><p>da foram os seguintes: Beira-mar, 0</p><p>- Académica, 0; Torreense, 1 - Bele-</p><p>nenses, 1 e Estoril, 1 - Vitória, 2.</p><p>No que se refere à tabela classificada,</p><p>o Belenenses lidera com 45 pontos,</p><p>seguindo-se o Torreense com 44;</p><p>Alverca com 39; Lusitânia com 36;</p><p>Beira-mar com 35; Vitória com 33;</p><p>Estoril com 22 e Académica com 22.</p><p>i divisão nacional - sub 19</p><p>Lusitânia empata</p><p>fora com alverca</p><p>foI até ao fIm.</p><p>Com uma excelente</p><p>recuperação do atra-</p><p>so pontual em rela-</p><p>ção à equipa de São</p><p>Sebastião nas últimas</p><p>jornadas, o GD Biscoi-</p><p>tos chegou a título.</p><p>SÁBaDO, 13 De aBrIL</p><p>Lusitânia – Beira-mar</p><p>Académica – Estoril</p><p>Vitória – Torreense</p><p>Belenenses - Alverca</p><p>Alverca, 1 – Lusitânia, 1</p><p>Beira-mar, 0 – Académica, 0</p><p>Torreense, 1 – Belenenses, 1</p><p>Estoril, 1 – Vitória, 2</p><p>CaMP. Da I DIVISÃO De SUB-19</p><p>reSULtaDOS - 8.ª JOrNaDa</p><p>CLaSSIFICaçÃO – II FaSe</p><p>J V e D G P</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>4</p><p>5</p><p>6</p><p>7</p><p>8</p><p>45</p><p>44</p><p>39</p><p>36</p><p>35</p><p>33</p><p>22</p><p>22</p><p>8 3 3 2 10-07</p><p>8 4 3 1 13-07</p><p>8 3 3 2 12-09</p><p>8 5 1 2 12-07</p><p>8 1 2 5 06-14</p><p>8 2 2 4 07-13</p><p>8 2 3 3 01-10</p><p>8 2 3 3 06-09</p><p>PrOGraMa Da 9.ª JOrNaDa</p><p>Belenenses</p><p>torreense</p><p>alverca</p><p>Lusitânia</p><p>Beira-Mar</p><p>Vitória</p><p>estoril</p><p>académica</p><p>nota: as equipas conservaram os pontos da I fase.</p><p>Últimas cinco equipas são despromovidas.</p><p>fo</p><p>To</p><p>gr</p><p>Af</p><p>iA</p><p>. G</p><p>D B</p><p>ISC</p><p>OIt</p><p>OS</p><p>terça . 16.04.2024 19DeSPOrtO</p><p>DANIEL COSTA | di</p><p>Mais um encontro que se previa</p><p>desequilibrado, o que realmente</p><p>se confirmou, devido ao diferen-</p><p>cial de valores entre os dois em-</p><p>blemas.</p><p>Mesmo assim e contrariando o</p><p>largo favoritismo benfiquista, o</p><p>Lusitânia até entrou bem no jogo,</p><p>bem melhor do que o seu adver-</p><p>sário que, eventualmente terá</p><p>sido surpreendido pela postura</p><p>e eficácia lusitanista, deixando-</p><p>se ultrapassar na parte inicial do</p><p>jogo.</p><p>Com efeito, os verdes consegui-</p><p>ram liderar o marcador na sua</p><p>fase inicial e por números simpá-</p><p>ticos, chegando a ter vantagens</p><p>interessantes aos 11-5, 14-8 e</p><p>17- 8, mas, depois estagnou nos</p><p>dezassete pontos e viu o Benfica</p><p>a puxar dos galões e a galopar</p><p>velozmente, atingindo o final do</p><p>primeiro quarto de jogo já com</p><p>o marcador a seu favor com uma</p><p>diferença de oito pontos.</p><p>O segundo quarto, trouxe um</p><p>Lusitânia surpreendente, bene-</p><p>ficiando de algum descontrolo e</p><p>falta de concentração do adver-</p><p>sário, os terceirenses rubricaram</p><p>um quarto fantástico com todo o</p><p>mérito, conseguindo recuperar</p><p>no marcador, chegando ao inter-</p><p>valo com um justo e merecido</p><p>empate no placard, fruto de um</p><p>segundo quarto soberbo onde ba-</p><p>teu os lisboetas por 24 - 16, ou</p><p>seja, fez mais oito pontos do que</p><p>os alfacinhas.</p><p>Após o intervalo, o Lusitânia</p><p>tudo fez para resistir o máximo</p><p>possível perto do marcador, mas,</p><p>aos poucos a maior qualidade de</p><p>plantel encarnado e a sua maior</p><p>rotatividade entre os atletas foi</p><p>fazendo mossa, uma vez que os</p><p>verdes com poucas opções, eram</p><p>obrigados a utilizar mais vezes o</p><p>mesmo cinco, situação que ainda</p><p>mais se agudizou com a lesão de</p><p>Timetric Hodges.</p><p>Se já estava difícil, com menos</p><p>este atleta as dificuldades au-</p><p>mentaram imenso, inviabilizan-</p><p>do o Lusitânia de auferir uma</p><p>maior rotatividade do plantel,</p><p>ao invés do adversário, que des-</p><p>ta forma, apresentou obviamente</p><p>uma maior disponibilidade fisíca</p><p>que, ajudou decididamente os fo-</p><p>rasteiros a cimentar uma vitória</p><p>que não esteve em causa, mas que</p><p>acabou por não ser tão fácil como</p><p>se previa, apesar dos números fi-</p><p>nais.</p><p>BOA ATITUDE. Lusitânia procurou contrariar o favoritismo do Benfica durante quase toda a primeira parte</p><p>Lusitânia ainda assustou</p><p>mas faltou banco</p><p>Liga de BasqueteBoL – 20.ª jornada RESISTÊNCIA. Lu-</p><p>sitânia resistiu o</p><p>quanto pode, mas</p><p>a maior qualidade</p><p>e rotatividade do</p><p>plantel alfacinha</p><p>no final fez a dife-</p><p>rença.</p><p>fo</p><p>to</p><p>gr</p><p>af</p><p>ia</p><p>. M</p><p>ár</p><p>iO</p><p>Pic</p><p>an</p><p>çO</p><p>at</p><p>aíD</p><p>e</p><p>1.º Quarto: 22-30 | 2.º Quarto: 24-16</p><p>3.º Quarto: 62-74 | 4.º Quarto: 11-39</p><p>PaviLhãO MuniciPaL De angra DO herOíSMO.</p><p>árbitrOS: diogo Martins, josé abreu e joão quintela</p><p>timetric Hodges (10)</p><p>Hugo ferreira (13)</p><p>Miguel romão (C) (2)</p><p>Malik Bowan (16)</p><p>Lual rahama (20)</p><p>JOgaraM ainDa</p><p>inácio Sassinda (0) Quin-</p><p>terian Mcconico (6) e</p><p>Miguel freitas (6).</p><p>nãO utiLiZaDOS</p><p>NÃo UtiLiZaDoS fernando</p><p>ferreira, Jaime Monjardi-</p><p>no e Paulo Carreiro.</p><p>treinaDOr</p><p>João tavares.</p><p>Lusitânia benfica73 113</p><p>Liga – 20.ª JOrnaDa</p><p>José Silva (11)</p><p>José Barbosa (8)</p><p>thomas Drechsel (13)</p><p>Makram romdhane (C) (14)</p><p>terrel Carter</p><p>JOgaraM ainDa</p><p>Diogo gameiro (14) Be-</p><p>tinho gomes (15) Daniel</p><p>relvão (2) Sérgio Silva</p><p>(0) ivan almeida (12) e</p><p>Eduardo francisco (5)</p><p>nãO utiLiZaDOS</p><p>Não houve.</p><p>treinaDOr</p><p>Norberto alves.</p><p>ao intervalo 46-46</p><p>terça . 16.04.202420 DeSPOrtO</p><p>O francês Hector Henot e a es-</p><p>panhola Judit Verges sagraram-se</p><p>campeões europeus de canoagem</p><p>de mar, no passado sábado, na Praia</p><p>da Vitória.</p><p>Numa competição afetada por</p><p>condições atmosféricas adversas</p><p>(vento e nevoeiro), a organização</p><p>do Campeonato Europeu de Canoa-</p><p>gem de Mar teve de cancelar a prova</p><p>de travessia entre a Praia da Vitória</p><p>e Angra do Heroísmo, pouco tempo</p><p>depois da partida dos canoístas, por</p><p>não estarem reunidas as condições</p><p>de segurança para a realização de</p><p>uma prova em alto mar.</p><p>Foi então decidida como alternativa</p><p>efetuar uma prova com um percur-</p><p>so no interior da baía da Praia da</p><p>Vitória com as provas das classes</p><p>de SS1 e SS2 disputadas na mesma</p><p>altura.</p><p>Apesar de algumas dificuldades para</p><p>reconhecerem o percurso e a ondu-</p><p>lação forte, os atletas conseguiram</p><p>terminar a competição destinada à</p><p>atribuição dos títulos europeus de</p><p>canoagem de mar de 2023.</p><p>Hector Henot, de 25 anos de idade,</p><p>sucede ao seu irmão Valentin Henot,</p><p>que também foi campeão europeu</p><p>da ECA Ocean Racing em 2021.</p><p>Judit Verges, de 30 anos de idade,</p><p>natural da Gran Canária, revalidou</p><p>o seu título europeu, uma vez que</p><p>também foi a vencedora em 2021 e</p><p>2022.</p><p>bernarDO Pereira vence Sub-23</p><p>Quem também venceu pelo terceiro</p><p>ano consecutivo foi o madeirense</p><p>Bernardo Pereira, de 21 anos de</p><p>idade, que conquistou, na Praia da</p><p>Vitória, a sua terceira medalha de</p><p>ouro europeia no escalão de Sub-</p><p>23.</p><p>Bernardo Pereira chegou à linha de</p><p>chegada quase três minutos à frente</p><p>de Pablo St. Mary (Espanha) e quase</p><p>cinco minutos à frente de Josep Ci-</p><p>fre (Espanha), que terminou em ter-</p><p>ceiro. No final da prova, Bernardo</p><p>Pereira expressou a sua satisfação</p><p>por ter alcançado o seu terceiro tí-</p><p>tulo</p><p>europeu na Praia da Vitória. “É</p><p>bom ganhar uma medalha aqui na</p><p>minha segunda casa. Vamos torcer</p><p>agora para o Mundial na minha</p><p>primeira casa, que é a Madeira. Não</p><p>foi o ideal, todos sabem disso na or-</p><p>ganização, mas é o que foi possível e</p><p>seguro para todos”, afirmou.</p><p>Lara Cellier (Espanha) conquistou</p><p>a medalha de ouro de Sub-23 em</p><p>femininos.</p><p>Cerca de 250 atletas, em represen-</p><p>tação de 13 países europeus, dis-</p><p>putaram a prova do Campeonato</p><p>Europeu de Canoagem de Mar, que</p><p>decorreu, na ilha Terceira, de 11 a</p><p>14 de abril.</p><p>canoagem de mar. Prova do campeonato europeu decorreu no interior da baía da Praia da Vitória</p><p>bernardo pereira. Canoísta madeirense voltou a vencer nos Sub-23</p><p>Hector Henot e Judit verges</p><p>são campeões europeus</p><p>Bernardo pereira revalidou título de suB-23</p><p>bernardo</p><p>pereira</p><p>tri-campeão</p><p>de Sub-23</p><p>canoagem. Com</p><p>uma prova marca-</p><p>da pelas condições</p><p>climatéricas adver-</p><p>sas Hector Henot e</p><p>Judit Verges con-</p><p>quistaram título eu-</p><p>ropeu na Terceira.</p><p>fo</p><p>to</p><p>gr</p><p>af</p><p>ia</p><p>.</p><p>JeD</p><p>ga</p><p>rD</p><p>O v</p><p>iei</p><p>ra</p><p>terça . 16.04.2024 opiniao 21</p><p>MonteMentiras</p><p>alexandra Manes»</p><p>No dia 22 de janeiro de</p><p>2017, num evento pú-</p><p>blico com a comuni-</p><p>cação social norte-americana,</p><p>Kellyanne Conway, à época uma</p><p>das principais conselheiras do</p><p>governo dos Estados Unidos,</p><p>cunhou a expressão “factos al-</p><p>ternativos”. Referia-se a uma</p><p>série de mentiras que tinham</p><p>sido publicamente anunciadas</p><p>pelo então Secretário da Co-</p><p>municação Social, indicando</p><p>que não seriam propriamente</p><p>inverdades, mas antes verda-</p><p>des “alternativas”, adequadas</p><p>ao contexto que a Casa Branca</p><p>desejava dar-lhe.</p><p>Estavam os dados lançados</p><p>para o futuro das chamadas</p><p>“fake news” e para que as pes-</p><p>soas se habituassem a ouvir po-</p><p>líticos mentir, sem os conside-</p><p>rar menos por isso. O legado de</p><p>Donald Trump é vasto e tóxico.</p><p>E ainda não terá terminado.</p><p>Hoje, como sempre, continua</p><p>a competir a todas e todos nós</p><p>o papel de expor as inverdades</p><p>pronunciadas por decisores</p><p>políticos. Não podemos aceitar</p><p>cegamente os gráficos com que</p><p>nos presenteiam, sem contex-</p><p>to, ou com o mesmo adaptado</p><p>à narrativa que desejam ven-</p><p>der. Não devemos acreditar nas</p><p>palavras que são transmitidas à</p><p>comunicação social sem que as</p><p>mesmas apresentem uma base</p><p>verídica devidamente justifica-</p><p>da.</p><p>Em cada canto, encontramos</p><p>pontas soltas por onde pegar.</p><p>Exemplo bem recente, e que</p><p>tem sido alvo de escrutínio pú-</p><p>blico, é o da campanha da AD,</p><p>protagonizada por Luís Monte-</p><p>negro, que no futuro bem po-</p><p>derá ser designado por Mon-</p><p>tementiras, que usou de um</p><p>conjunto de verdades “alterna-</p><p>tivas” para ludibriar o eleitora-</p><p>do português.</p><p>Se tudo era possível até ao dia</p><p>7, grande parte deixou de o ser</p><p>passadas pouco mais do que</p><p>vinte e quatro horas do dia 10</p><p>de março, pois ainda o Gover-</p><p>no não tinha tomado posse e os</p><p>seus porta-vozes, na comunica-</p><p>ção social, já avisam que não</p><p>era possível cumprir as pro-</p><p>messas feitas em campanha,</p><p>num autêntico regresso a 2011.</p><p>É importante não esquecer de</p><p>que quando a AD elaborou o</p><p>programa económico, num ce-</p><p>nário irrealista, as novas regras</p><p>de Bruxelas eram já conheci-</p><p>das. Portanto, mentiu delibera-</p><p>damente.</p><p>Docentes, militares, profissio-</p><p>nais de saúde e polícias viam,</p><p>assim, a vida andar para trás,</p><p>após tanta promessa eleitoral</p><p>de quem tudo sabia e podia.</p><p>O designado choque fiscal não</p><p>possou de uma verdade “alter-</p><p>nativa”, pois já se percebeu</p><p>que o prometido não corres-</p><p>ponde ao apregoado. Afinal, e</p><p>no papel, o que tem é uma ilu-</p><p>são e inferior à do Governo So-</p><p>cialista. Através, de um jogo de</p><p>palavras, Montenegro enganou</p><p>o povo português. Sim, mentiu.</p><p>E mentiu de tal forma que até o</p><p>jornal Expresso</p><p>Docentes, militares, profissio-</p><p>nais de saúde e polícias viam,</p><p>assim, a vida andar para trás,</p><p>após tanta promessa eleitoral</p><p>de quem tudo sabia e podia.</p><p>O designado choque fiscal não</p><p>possou de uma verdade “alter-</p><p>nativa”, pois já se percebeu</p><p>que o prometido não corres-</p><p>ponde ao apregoado. Afinal, e</p><p>no papel, o que tem é uma ilu-</p><p>são e inferior à do Governo So-</p><p>cialista. Através, de um jogo de</p><p>palavras, Montenegro enganou</p><p>o povo português. Sim, mentiu.</p><p>E mentiu de tal forma que até</p><p>o jornal Expresso sentiu a ne-</p><p>cessidade de pedir desculpa a</p><p>Portugal por ter veiculado uma</p><p>mensagem que não correspon-</p><p>dia à verdade.</p><p>De facto, a grande preocupação,</p><p>deste governo de direita, não é</p><p>o comum dos portugueses, pois</p><p>os salários mais baixos ou não</p><p>pagam IRS ou pagam pouco.</p><p>O mesmo acontece com o IRC.</p><p>As pequenas empresas não pa-</p><p>gam IRC e as que reinvestem</p><p>os lucros já têm benefícios no</p><p>IRC. Ou seja, as descidas dos</p><p>impostos previstas beneficiam</p><p>unicamente os rendimentos</p><p>mais altos.</p><p>Resumindo: A direita governa</p><p>em minoria e em poucos dias</p><p>incendiou o país com temas do</p><p>século XX como o serviço mi-</p><p>litar obrigatório; logotipo do</p><p>governo, família, IVG, morte</p><p>medicamente assistida...agora</p><p>imaginem esta gente a gover-</p><p>nar em maioria!</p><p>DRa. Rita</p><p>Rebotim</p><p>Medicina integrativa e coMpleMentar</p><p>(terapias naturais: tnc-portugal)</p><p>Aconselhamento personalizado</p><p>Garanta a sua vaga.</p><p>- apoio a grávidas, bebés, crianças, jovens e idosos.</p><p>“Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu</p><p>remédio.” (Hipócrates)</p><p>“Que a alimentação seja seu único remédio.” (Hipócrates)</p><p>l Iridologia (diagnóstico da iris);</p><p>l Naturopatia;</p><p>l Homeopatia;</p><p>l Fitoterapia;</p><p>l Alimentação natural;</p><p>l Tratamentos naturais.</p><p>Centro Dietético Internacional F. Pacheco</p><p>rua de são João n.º 60 - angra do Heroísmo</p><p>tel: 295 214 969 | telm: 917 931 788</p><p>siga- nos no FaceBooK</p><p>centro dietetico internacional de Francisco pacHeco</p><p>https://www.facebook.com/centro-dietético-Francisco-pacheco-2307504559314709/</p><p>Consulta: dia 17 de Abril, na Praia da Vitória</p><p>(Rua Gervásio Lima, 1 - ao lado da PSP)</p><p>Consultas: 18 e 19 de Abril, em Angra do Heroísmo</p><p>PUBLICIDADE</p><p>terça . 16.04.202420 DeSPOrtO</p><p>O francês Hector Henot e a es-</p><p>panhola Judit Verges sagraram-se</p><p>campeões europeus de canoagem</p><p>de mar, no passado sábado, na Praia</p><p>da Vitória.</p><p>Numa competição afetada por</p><p>condições atmosféricas adversas</p><p>(vento e nevoeiro), a organização</p><p>do Campeonato Europeu de Canoa-</p><p>gem de Mar teve de cancelar a prova</p><p>de travessia entre a Praia da Vitória</p><p>e Angra do Heroísmo, pouco tempo</p><p>depois da partida dos canoístas, por</p><p>não estarem reunidas as condições</p><p>de segurança para a realização de</p><p>uma prova em alto mar.</p><p>Foi então decidida como alternativa</p><p>efetuar uma prova com um percur-</p><p>so no interior da baía da Praia da</p><p>Vitória com as provas das classes</p><p>de SS1 e SS2 disputadas na mesma</p><p>altura.</p><p>Apesar de algumas dificuldades para</p><p>reconhecerem o percurso e a ondu-</p><p>lação forte, os atletas conseguiram</p><p>terminar a competição destinada à</p><p>atribuição dos títulos europeus de</p><p>canoagem de mar de 2023.</p><p>Hector Henot, de 25 anos de idade,</p><p>sucede ao seu irmão Valentin Henot,</p><p>que também foi campeão europeu</p><p>da ECA Ocean Racing em 2021.</p><p>Judit Verges, de 30 anos de idade,</p><p>natural da Gran Canária, revalidou</p><p>o seu título europeu, uma vez que</p><p>também foi a vencedora em 2021 e</p><p>2022.</p><p>bernarDO Pereira vence Sub-23</p><p>Quem também venceu pelo terceiro</p><p>ano consecutivo foi o madeirense</p><p>Bernardo Pereira, de 21 anos de</p><p>idade, que conquistou, na Praia da</p><p>Vitória, a sua terceira medalha de</p><p>ouro europeia no escalão de Sub-</p><p>23.</p><p>Bernardo Pereira chegou à linha de</p><p>chegada quase três minutos à frente</p><p>de Pablo St. Mary (Espanha) e quase</p><p>cinco minutos à frente de Josep Ci-</p><p>fre (Espanha), que terminou em ter-</p><p>ceiro. No final da prova, Bernardo</p><p>Pereira expressou a sua satisfação</p><p>por ter alcançado o seu terceiro tí-</p><p>tulo europeu na Praia da Vitória. “É</p><p>bom ganhar uma medalha aqui na</p><p>minha segunda casa. Vamos torcer</p><p>agora para o Mundial na minha</p><p>primeira casa, que é a Madeira. Não</p><p>foi o ideal, todos sabem disso na or-</p><p>ganização, mas é o que foi possível e</p><p>seguro para todos”, afirmou.</p><p>Lara Cellier (Espanha) conquistou</p><p>a medalha de ouro de Sub-23 em</p><p>femininos.</p><p>Cerca de 250 atletas, em represen-</p><p>tação de 13 países europeus, dis-</p><p>putaram a prova do Campeonato</p><p>Europeu de Canoagem de Mar, que</p><p>decorreu, na ilha Terceira, de 11 a</p><p>14 de abril.</p><p>canoagem de mar. Prova do campeonato europeu decorreu no interior da baía da Praia da Vitória</p><p>bernardo pereira. Canoísta madeirense voltou a vencer nos Sub-23</p><p>Hector Henot e Judit verges</p><p>são campeões europeus</p><p>Bernardo pereira revalidou título de suB-23</p><p>bernardo</p><p>pereira</p><p>tri-campeão</p><p>de Sub-23</p><p>canoagem. Com</p><p>uma prova marca-</p><p>da pelas condições</p><p>climatéricas adver-</p><p>sas Hector Henot e</p><p>Judit Verges con-</p><p>quistaram título eu-</p><p>ropeu na Terceira.</p><p>fo</p><p>to</p><p>gr</p><p>af</p><p>ia</p><p>.</p><p>JeD</p><p>ga</p><p>rD</p><p>O v</p><p>iei</p><p>ra</p><p>terça . 16.04.2024OPINIÃO22</p><p>Há algumas semanas atrás</p><p>foi aventada a hipótese do</p><p>regresso do serviço militar</p><p>obrigatório, na sequência de um</p><p>artigo de opinião polémico, da au-</p><p>toria do Chefe do Estado-Maior da</p><p>Armada, Henrique Gouveia e Melo,</p><p>publicado no jornal Expresso, no</p><p>qual foi abordada a necessidade</p><p>de “reequacionar o serviço militar</p><p>obrigatório, ou outra variante mais</p><p>adequada”, por forma a “equilibrar</p><p>o rácio despesa/resultados” e “ge-</p><p>rar uma maior disponibilidade da</p><p>população para a defesa”.</p><p>Ora, é sabido que o conflito na</p><p>Ucrânia, com a anexação da Cri-</p><p>meia pela Federação Russa e pos-</p><p>terior invasão daquele país, veio</p><p>expor, de forma gritante, as debi-</p><p>lidades dos diversos países euro-</p><p>peus, ao nível das capacidades de</p><p>defesa, que advêm do fraco inves-</p><p>timento, efetuado ao longo das</p><p>últimas décadas, e da inexistência</p><p>de um exército europeu, daí o com-</p><p>promisso, estabelecido pelos paí-</p><p>ses da NATO na cimeira de Gales</p><p>em 2014, de aumentar, no espaço</p><p>de uma década, o investimento em</p><p>defesa, até aos 2% do Produto In-</p><p>terno Bruto.</p><p>As vulnerabilidades dos sistemas</p><p>militares dos países europeus são</p><p>essencialmente de três naturezas</p><p>distintas: recursos humanos, equi-</p><p>pamento/armamento (munições) e</p><p>capacidade de produção de siste-</p><p>mas e plataformas de combate e da</p><p>sua sustentação, através das indús-</p><p>trias de defesa.</p><p>Assim sendo, na eventualidade de</p><p>passarmos a uma situação de guer-</p><p>ra, verificamos que estas dificulda-</p><p>des são, altamente, condicionan-</p><p>tes, não existindo a capacidade de</p><p>mobilização adequada de recursos</p><p>adicionais, sejam eles humanos,</p><p>armamento, equipamentos, muni-</p><p>ções, etc., para se crescer para um</p><p>sistema de forças militares em tem-</p><p>po de conflito.</p><p>Centrando a questão nos recursos</p><p>humanos, especificamente, no caso</p><p>português, podemos constatar que</p><p>o serviço de conscrição foi descon-</p><p>tinuado em 2004, para um serviço</p><p>de voluntariado e de contrato que</p><p>não tem permitido suprir as ne-</p><p>cessidades do sistema de forças</p><p>nacional, em especial ao nível de</p><p>praças.</p><p>Aqui chegados, interrogar-se-á, en-</p><p>tão, o caro leitor do “Diário Insular</p><p>“se o atual sistema de recrutamen-</p><p>to é suficiente face ao panorama</p><p>geoestratégico internacional?</p><p>É evidente que a resposta a essa</p><p>questão é negativa, devido à falta</p><p>de atratividade, fundamentalmente</p><p>ao nível remuneratório, se compa-</p><p>ramos com postos e carreiras equi-</p><p>valentes, relativamente às forças e</p><p>serviços de segurança. Neste senti-</p><p>do, urge a revisão do estatuto dos</p><p>militares e a consequente melhoria</p><p>das suas carreiras, conforme preco-</p><p>niza Marcelo Rebelo de Sousa.</p><p>Por conseguinte, o problema terá</p><p>tendência a agudizar-se, perante</p><p>uma situação de conflito ou guer-</p><p>ra, com enorme impacto na mobi-</p><p>lização, existindo a necessidade</p><p>de duplicar, triplicar ou, mesmo,</p><p>quadruplicar, num curto espaço de</p><p>tempo, o número de efetivos, quan-</p><p>do o universo recrutável não tem</p><p>experiência militar anterior.</p><p>Ademais, em tempos de crise, tam-</p><p>bém existe necessidade de reforço</p><p>em outras áreas não militares, como</p><p>a chamada defesa civil, nomeada-</p><p>mente os serviços de emergência,</p><p>com competências específicas, que</p><p>será premente incrementar de for-</p><p>ma rápida e organizada.</p><p>Para os defensores do serviço mili-</p><p>tar obrigatório, a conscrição apre-</p><p>senta outra dimensão, relacionada</p><p>com a criação de requisitos de ci-</p><p>dadania na juventude, facilitando</p><p>a integração dos jovens na socie-</p><p>dade, com maior responsabilidade,</p><p>mais espírito coletivo, no fundo,</p><p>preparando-os melhor para a vida</p><p>futura, contudo há quem pense</p><p>que a reintrodução desta medida</p><p>apenas irá fomentar ainda mais a</p><p>corrida ao armamento.</p><p>É neste contexto geoestratégico pe-</p><p>riclitante, em que está mergulhada</p><p>a europa, que se iniciou a discus-</p><p>são à alteração ao modelo de servi-</p><p>ço militar, à escala continental.</p><p>Torna-se, pois, necessário abordar</p><p>a questão de forma séria e hones-</p><p>ta, identificando os problemas e</p><p>as necessidades, com o intuito de</p><p>responder a todo o tipo de crises,</p><p>quer sejam militares, catástrofes</p><p>naturais ou emergências de diver-</p><p>sa ordem, permitindo desenvolver</p><p>as melhores metodologias para</p><p>assegurar a existência de recursos</p><p>humanos qualificados e essenciais</p><p>ao esforço de guerra, porventura a</p><p>situação mais exigente e complexa</p><p>que se poderá vir a colocar ao Esta-</p><p>do Português e cuja probabilidade</p><p>estratégica é, cada vez, mais ele-</p><p>vada, todavia, não descurando as</p><p>implicações económicas, sociais,</p><p>políticas e psicológicas que uma</p><p>decisão deste tipo pode acarretar.</p><p>Em suma, não deve haver tabus em</p><p>democracia! É importante abordar</p><p>esta temática, para posteriormente</p><p>não ser apanhado desprevenido,</p><p>sendo certo que, nesta matéria, a</p><p>Europa e, consequentemente, Por-</p><p>tugal já estão, deveras, atrasados,</p><p>porquanto é fundamental mitigar</p><p>a dependência excessiva dos EUA,</p><p>extremamente condicionados pelo”</p><p>Trumpismo”.</p><p>P.S. – “Quanto mais fortes so-</p><p>mos, menos provável é a guer-</p><p>ra.” Otto von Bismark (Estadista</p><p>e Diplomata)</p><p>O regressO dOs maçaricOs:</p><p>um tabu Ou uma necessidade?</p><p>FarOl dOs rOsais. NuNO SOareS»</p><p>Dr. Tito Freire</p><p>Naturopatia</p><p>Consultas 22 a 24 de abril</p><p>PRAIA NATUR</p><p>R. Conselheiro F. J. Barcelos, nº 6 e 38</p><p>ANGRA NATUR</p><p>Rua do Galo nº 25 - 29</p><p>as mil respostas da natureza!...</p><p>imunidade e proteção para toda a família!...</p><p>praianatur: 295 512 319 ou 924 128 414 | anGranatur: 295 218 844 ou 910 474 376</p><p>emagreça sem passar fome</p><p>marque a sua consulta</p><p>rastreio gratuíto</p><p>Meios de diagnóstico:</p><p>Iridologia - Quinesologia</p><p>Quantum Resonance Magnetic</p><p>Analyzer</p><p>Terapêuticas associadas:</p><p>Drenagem linfática</p><p>– Auriculopunctura – Shiatsu</p><p>– Mesoterapia…</p><p>Prevenção, diagnóstico e aconselhamento</p><p>Cuide de Si…Naturalmente!…</p><p>PUBLICIDADE</p><p>terça . 16.04.2024OPINIÃO22</p><p>Há algumas semanas atrás</p><p>foi aventada a hipótese do</p><p>regresso do serviço militar</p><p>obrigatório, na sequência de um</p><p>artigo de opinião polémico, da au-</p><p>toria do Chefe do Estado-Maior da</p><p>Armada, Henrique Gouveia e Melo,</p><p>publicado no jornal Expresso, no</p><p>qual foi abordada a necessidade</p><p>de “reequacionar o serviço militar</p><p>obrigatório, ou outra variante mais</p><p>adequada”, por forma a “equilibrar</p><p>o rácio despesa/resultados” e “ge-</p><p>rar uma maior disponibilidade da</p><p>população para a defesa”.</p><p>Ora, é sabido que o conflito na</p><p>Ucrânia, com a anexação da Cri-</p><p>meia pela Federação Russa e pos-</p><p>terior invasão daquele país, veio</p><p>expor, de forma gritante, as debi-</p><p>lidades dos diversos países euro-</p><p>peus, ao nível das capacidades de</p><p>defesa, que advêm do fraco inves-</p><p>timento, efetuado ao longo das</p><p>últimas décadas, e da inexistência</p><p>de um exército europeu, daí o com-</p><p>promisso, estabelecido pelos paí-</p><p>ses da NATO na cimeira de Gales</p><p>em 2014, de aumentar, no espaço</p><p>de uma década, o investimento em</p><p>defesa, até aos 2% do Produto In-</p><p>terno Bruto.</p><p>As vulnerabilidades dos sistemas</p><p>militares dos países europeus são</p><p>essencialmente de três naturezas</p><p>distintas: recursos humanos, equi-</p><p>pamento/armamento (munições) e</p><p>capacidade de produção de siste-</p><p>mas e plataformas de combate e da</p><p>sua sustentação, através das indús-</p><p>trias de defesa.</p><p>Assim sendo, na eventualidade de</p><p>passarmos a uma situação de guer-</p><p>ra, verificamos que estas dificulda-</p><p>des são, altamente, condicionan-</p><p>tes, não existindo a capacidade de</p><p>mobilização adequada de recursos</p><p>adicionais, sejam eles humanos,</p><p>armamento, equipamentos, muni-</p><p>ções, etc., para se crescer para um</p><p>sistema de forças militares em tem-</p><p>po de conflito.</p><p>Centrando a questão nos recursos</p><p>humanos, especificamente, no caso</p><p>português, podemos constatar que</p><p>o serviço de conscrição foi descon-</p><p>tinuado em 2004, para um serviço</p><p>de voluntariado e de contrato que</p><p>não tem permitido suprir as ne-</p><p>cessidades do sistema de forças</p><p>nacional, em especial ao nível de</p><p>praças.</p><p>Aqui chegados, interrogar-se-á, en-</p><p>tão, o caro leitor do “Diário Insular</p><p>“se o atual sistema de recrutamen-</p><p>to é suficiente face ao panorama</p><p>geoestratégico internacional?</p><p>É evidente que a resposta a essa</p><p>questão é negativa, devido à falta</p><p>de atratividade, fundamentalmente</p><p>ao nível remuneratório, se compa-</p><p>ramos com postos e carreiras equi-</p><p>valentes, relativamente às forças e</p><p>serviços de segurança. Neste senti-</p><p>do, urge a revisão do estatuto dos</p><p>militares e a consequente melhoria</p><p>das suas carreiras, conforme preco-</p><p>niza Marcelo Rebelo de Sousa.</p><p>Por conseguinte, o problema terá</p><p>tendência a agudizar-se, perante</p><p>uma situação de conflito ou guer-</p><p>ra, com enorme impacto na mobi-</p><p>lização, existindo a necessidade</p><p>de duplicar, triplicar ou, mesmo,</p><p>quadruplicar, num curto espaço de</p><p>tempo, o número de efetivos, quan-</p><p>do o universo recrutável não tem</p><p>experiência militar anterior.</p><p>Ademais, em tempos de crise, tam-</p><p>bém existe necessidade de reforço</p><p>em outras áreas não militares, como</p><p>a chamada defesa civil, nomeada-</p><p>mente os serviços de emergência,</p><p>com competências específicas, que</p><p>será premente incrementar de for-</p><p>ma rápida e organizada.</p><p>Para os defensores do serviço mili-</p><p>tar obrigatório, a conscrição apre-</p><p>senta outra dimensão, relacionada</p><p>com a criação de requisitos de ci-</p><p>dadania na juventude, facilitando</p><p>a integração dos jovens na socie-</p><p>dade, com maior responsabilidade,</p><p>mais espírito coletivo, no fundo,</p><p>preparando-os melhor para a vida</p><p>futura, contudo há quem pense</p><p>que a reintrodução desta medida</p><p>apenas irá fomentar ainda mais a</p><p>corrida ao armamento.</p><p>É neste contexto geoestratégico pe-</p><p>riclitante, em que está mergulhada</p><p>a europa, que se iniciou a discus-</p><p>são à alteração ao modelo de servi-</p><p>ço militar, à escala continental.</p><p>Torna-se, pois, necessário abordar</p><p>a questão de forma séria e hones-</p><p>ta, identificando os problemas e</p><p>as necessidades, com o intuito de</p><p>responder a todo o tipo de crises,</p><p>quer sejam militares, catástrofes</p><p>naturais ou emergências de diver-</p><p>sa ordem, permitindo desenvolver</p><p>as melhores metodologias para</p><p>assegurar a existência de recursos</p><p>humanos qualificados e essenciais</p><p>ao esforço de guerra, porventura a</p><p>situação mais exigente e complexa</p><p>que se poderá vir a colocar ao Esta-</p><p>do Português e cuja probabilidade</p><p>estratégica é, cada vez, mais ele-</p><p>vada, todavia, não descurando as</p><p>implicações económicas, sociais,</p><p>políticas e psicológicas que uma</p><p>decisão deste tipo pode acarretar.</p><p>Em suma, não deve haver tabus em</p><p>democracia! É importante abordar</p><p>esta temática, para posteriormente</p><p>não ser apanhado desprevenido,</p><p>sendo certo que, nesta matéria, a</p><p>Europa e, consequentemente, Por-</p><p>tugal já estão, deveras, atrasados,</p><p>porquanto é fundamental mitigar</p><p>a dependência excessiva dos EUA,</p><p>extremamente condicionados pelo”</p><p>Trumpismo”.</p><p>P.S. – “Quanto mais fortes so-</p><p>mos, menos provável é a guer-</p><p>ra.” Otto von Bismark (Estadista</p><p>e Diplomata)</p><p>O regressO dOs maçaricOs:</p><p>um tabu Ou uma necessidade?</p><p>FarOl dOs rOsais. NuNO SOareS»</p><p>Dr. Tito Freire</p><p>Naturopatia</p><p>Consultas 22 a 24 de abril</p><p>PRAIA NATUR</p><p>R. Conselheiro F. J. Barcelos, nº 6 e 38</p><p>ANGRA NATUR</p><p>Rua do Galo nº 25 - 29</p><p>as mil respostas da natureza!...</p><p>imunidade e proteção para toda a família!...</p><p>praianatur: 295 512 319 ou 924 128 414 | anGranatur: 295 218 844 ou 910 474 376</p><p>emagreça sem passar fome</p><p>marque a sua consulta</p><p>rastreio gratuíto</p><p>Meios de diagnóstico:</p><p>Iridologia - Quinesologia</p><p>Quantum Resonance Magnetic</p><p>Analyzer</p><p>Terapêuticas associadas:</p><p>Drenagem linfática</p><p>– Auriculopunctura – Shiatsu</p><p>– Mesoterapia…</p><p>Prevenção, diagnóstico e aconselhamento</p><p>Cuide de Si…Naturalmente!…</p><p>PUBLICIDADE</p><p>23AGENDATERÇA . 16.04.2024</p><p>meteorologia</p><p>MARÉS</p><p>03:04 Baixa-Mar | 09:20 Preia-Mar</p><p>15:24 Baixa-Mar | 21:46 Preia-Mar</p><p>informações</p><p>teleVisÃo</p><p>TELEFONES úTEiS</p><p>Nº. de emergência 112</p><p>Hospital</p><p>Angra295 40 32 00/295 24 00 00</p><p>Nota: Informações sobre os doentes internados, horá-</p><p>rios de consultas e de visitas e todos os assuntos res-</p><p>peitantes ao funcionamento do Hospital, das 09h00</p><p>às 17h00</p><p>Praia 295 540 970 / 295 545 000</p><p>Ambulâncias</p><p>Angra do Heroísmo 295 204 112</p><p>Praia da Vitória 295 540 220</p><p>Polícia</p><p>Angra 295212022 / Praia 295545480</p><p>Lajes 295512021 / Biscoitos 295908710</p><p>Polícia Marítima</p><p>Angra do Heroísmo e Praia da Vitória</p><p>295 105 143 / 912 344 795</p><p>Capitania do Porto da Praia da Vitória</p><p>295 105 134</p><p>Brigada Fiscal da GNR</p><p>Angra 295 206 970 / Praia 295 545 380</p><p>Lajes 295 512 139</p><p>Bombeiros</p><p>Angra 295 204 110 / 295 212 333</p><p>Praia da Vitória 295 540 220</p><p>Taxis</p><p>Alto das Covas 295 212 404 - 295 213 088</p><p>Ladeira S. Francisco 295 212 004 - 295 212 005</p><p>Praia da Vitória 295 512 654 - 295 512 092</p><p>Juncal 295 512 151</p><p>Visitas Farol das Contendas</p><p>Visitas suspensas</p><p>FARMÁCiAS DE SERViÇO</p><p>Angra do Heroísmo | Misericórdia</p><p>Praia da Vitória | Andrade, Vila das Lajes</p><p>TAp pORTugAL | 707 205 700</p><p>Ter./Lis.: 11:50 | Lis./Ter.: 09h25</p><p>SATA: Ter./Lis.: 07:30 | Lis./Ter.: 14:10</p><p>SATA AiR-AÇORES | 295 540 047</p><p>Partida: 06:50, 12:40, 12:45, 19:00, 20:15 Ponta</p><p>Delgada; 08:40 Horta; 10:40 Pico; 08:25, 15:05 são</p><p>Jorge; 10:45, 17:05 graciosa</p><p>TRANSpORTES TERRESTRES</p><p>E.V.T. Ldª. 295217001/2/3/4</p><p>gABiNETE CONSuLTA JuRÍDiCA</p><p>2ªF, 4ªF e 6ªF | 12h30 > 14h00</p><p>3ºF e 5ªF | 17h30 > 18h30</p><p>Centro Cultural de Angra 295 215 622</p><p>CiNEMAS</p><p>Centro Cultural de Angra do Heroísmo</p><p>Uma Vida Singular – 2D</p><p>De 18 a 22 de Abril - 21H00</p><p>Auditório do Ramo Grande</p><p>Não recebemos informação</p><p>MiSSAS</p><p>Durante a Semana</p><p>Angra 09:30 sé; 18:00 são Pedro; são gonçalo e s.</p><p>Bento; 18:15 santuário da Conceição; 18:30 s. luzia.</p><p>Praia A cada dia 13, às 10H00 ermida santa</p><p>luzia da Praia; 3ª a 5ª feiras às 10H00 igreja de</p><p>são José; 2ªF, 4ªF e 5ªF - 18:00 matriz; 09:00</p><p>6ªF igreja da misericórdia; 11:00 3ªF e sábado</p><p>Capela do lar D. Pedro V (largo da luz); 09:00</p><p>6ªF santo Cristo; 3ªF 11h30 - 5ªF 09h00 igreja</p><p>do Coração imaculado de maria - Biscoitos; 19h00</p><p>4ªF e 6ªF igreja de s. Pedro - Biscoitos.</p><p>SERViÇOS RELigiOSOS - igreja evangélica Baptista</p><p>Angra Domingos - rua Jacinto Cândido, 3.</p><p>19:30 Culto Q. - Feira estudo Bíblico e oração.</p><p>PraiaDomingos - rua da estrela, 41 11:30 Culto</p><p>- www.iebpv.org.</p><p>RTP-A</p><p>07:30 Zig Zag 08:00 Bom Dia Portugal 09:00</p><p>Açores Hoje 09:53 Volta ao Mundo em Cem</p><p>Livros 10:00 RTP3 / RTP Açores 13:00 Jornal da</p><p>Tarde - Açores 13:20 Portugueses pelo Mundo</p><p>- Comunidades 13:52 Tech 3 14:00 RTP3 / RTP</p><p>Açores 16:00 Noticias do Atlântico - Açores</p><p>16:30 Romaria do Meu Coração 17:00 Açores</p><p>Hoje 17:53 Biosfera 18:21 Voz do Cidadão 18:40</p><p>Volta ao Mundo em Cem Livros 18:46 Portu-</p><p>gal de... 19:23 Conversas com Ciência 20:00</p><p>Telejornal Açores 20:38 Vira e Volta Estreia</p><p>21:08 De Cá Pra Lá Estreia 22:15 Tech 3 22:22</p><p>Raízes e Frutos 23:08 Todas as Palavras 23:30</p><p>Telejornal Açores 00:05 Bem-vindos a Beirais</p><p>00:44 Portugueses pelo Mundo - Comunidades</p><p>01:16 Viva a Democracia - 50 Anos e o Futuro</p><p>02:10 Visita Guiada 03:03 Açores Hoje 04:00</p><p>Telejornal Açores 04:35 Em Casa d´ Amália</p><p>05:44 Grandiosa Enciclopédia do Ludopédio</p><p>06:30 Sociedade Civil</p><p>Fonte: http://www.rtp.pt/rtp1</p><p>RTP-1</p><p>05:00 Bom Dia Portugal 09:00 Praça da Alegria</p><p>12:00 Jornal da Tarde 13:15 Escrava Mãe 14:15 A</p><p>Nossa Tarde 16:30 Portugal em Direto 18:00 O</p><p>Preço Certo 18:59 Telejornal 20:00 Joker 21:00</p><p>É Ou Não É? - O Grande Debate Direto 22:45</p><p>Ao Largo 23:45 S.W.A.T.: Força de Intervenção</p><p>01:15 A Vida Privada dos Livros 01:30 Escrava</p><p>Mãe 02:15 Televendas</p><p>Fonte: http://www.rtp.pt/rtp1</p><p>RTP-2</p><p>06:06 Espaço Zig Zag 06:07 Banda Zig Zag</p><p>09:39 25 Curiosidades, 25 de Abril 09:30</p><p>Inspirando o Futuro - SingularityU Portugal</p><p>10:00 No Dia Em Que ... 11:00 Charité 12:00</p><p>Mulheres Que Contam 12:30 Da Ilha e de</p><p>Mim 12:55 Folha de Sala 13:00 Sociedade</p><p>Civil 14:00 A Fé dos Homens 14:30 Raízes</p><p>Sonoras 15:00 Natureza</p><p>Extraordinária</p><p>16:00 Espaço Zig Zag 16:01 Os Contos</p><p>do Lobito 16:10 Coelhos Corajosos 16:20</p><p>Gigantosaurus 16:25 O Diário de Alice</p><p>16:30 Kid Lucky 16:40 O Senhor Texugo</p><p>e a Senhora Raposa 16:50 Power Players</p><p>17:05 Nefertine no Nilo 17:20 Robin dos</p><p>Bosques - Travessuras em Sherwood</p><p>17:35 Luke, O Viajante no Tempo 17:55 A</p><p>Ovelha Choné 18:00 MathXplosion 18:15</p><p>Garfield 18:30 Mini Ninjas 18:50 As Regras</p><p>da Flora 19:00 Leo da Vinci 19:25 Banda</p><p>Zig Zag 19:30 Folha de Sala 19:35 Castle</p><p>Howard: Through the Seasons 20:30 Jornal</p><p>2 21:00 Prisão e Redenção Estreia 22:00</p><p>Nadia Estreia 23:30 Eurodeputados 00:00</p><p>Sociedade Civil 01:00 Sei Quem És 02:45</p><p>Músicas d´África 03:45 Volta ao Mundo</p><p>04:00 Nha Terra Nha Cretcheu 05:00 A</p><p>Fé dos Homens 05:32 Repórter África</p><p>- 2ª Edição</p><p>Fonte: http://www.rtp.pt/rtp2</p><p>SIC</p><p>03:30 Passadeira Vermelha 05:00 Edição Da</p><p>Manhã 07:15 Alô Portugal 08:50 Casa Feliz 11:59</p><p>Primeiro Jornal 13:45 Linha Aberta 15:20 Júlia</p><p>17:20 Morde & Assopra 18:15 Era Uma Vez Na</p><p>Quinta 18:57 Jornal Da Noite 21:10 Senhora Do</p><p>Mar 22:17 Papel Principal - A Vingança 23:00 Pa-</p><p>pel Principal 23:30 Travessia 23:55 Era Uma Vez</p><p>Na Quinta - Diário 00:55 Passadeira Vermelha</p><p>02:40 Terra Brava 02:56 Televendas</p><p>Fonte: http://sic.sapo.pt/</p><p>TVI</p><p>06:00 Esta Manhã 08:55 Dois Às 10 11:58 TVI</p><p>Jornal 13:10 TVI - Em Cima Da Hora 14:40</p><p>A Herdeira 15:35 Goucha 16:45 Big Brother</p><p>- Última Hora 18:05 Big Brother - Diário 18:57</p><p>Jornal Nacional 20:30 Big Brother - Especial</p><p>21:05 Cacau 22:00 Festa É Festa 23:00 Big</p><p>Brother - Extra 00:55 Autores 01:50 O Beijo Do</p><p>Escorpião 02:30 Deixa Que Te Leve 02:45 Tv</p><p>Shop 04:30 Batanetes 04:50 As Aventuras Do</p><p>Gato Das Botas</p><p>Fonte: http://www.tvi.iol.pt/</p><p>SPoRT-TV 1</p><p>01:50 Alanyaspor x Galatasaray - Superliga Turca</p><p>03:50 Fiorentina x Génova - Liga Italiana 05:50</p><p>FC Vizela x GD Chaves - Primeira Liga 08:10</p><p>Vitória SC x SC Farense - Primeira Liga 10:30</p><p>Gil Vicente FC x Sporting - Primeira Liga 12:50</p><p>FC Porto x FC Famalicão - Primeira Liga 15:10</p><p>Estoril Praia x SC Braga - Primeira Liga 17:30</p><p>Primeira Liga: Resumo Da Jornada 29 18:00</p><p>Antevisão: FC Famalicão x Sporting - Primeira</p><p>Liga 18:40 FC Famalicão x Sporting - Voz Do</p><p>Adepto 18:45 Antevisão: FC Famalicão x Spor-</p><p>ting - Primeira Liga 19:10 FC Famalicão x Sporting</p><p>- Primeira Liga TRANSMISSÃO EM DIRETO 21:50</p><p>Segunda Liga: Golos Jornada 22:10 Vamos À</p><p>Bola: Marítimo 22:30 FC Famalicão x Sporting</p><p>- Primeira Liga 23:00 NBA: Play-In Tournament</p><p>- NBA TRANSMISSÃO EM DIRETO</p><p>ANgRA DO HEROÍSMO 15ºC 16ºC</p><p>Água do mar 16ºC</p><p>FAIAL</p><p>GRACIOSA</p><p>S. MIGUEL</p><p>SANTA MARIA</p><p>S. JORGE</p><p>TERCEIRA</p><p>PICO</p><p>FLORES</p><p>CORVO</p><p>3-4 METROS</p><p>2-3 METROS</p><p>30/50 KM/H</p><p>gRupO OCiDENTAL</p><p>gRupO CENTRAL</p><p>gRupO ORiENTAL</p><p>Céu geralmente muito nublado. Períodos de chu-</p><p>va e aguaceiros. Vento leste fresco a muito fresco</p><p>(30/50 km/h) com rajadas até 60 km/h.</p><p>Mar cavado a grosso. Ondas nordeste de 3 a 4</p><p>metros.</p><p>Céu geralmente muito nublado. Períodos de chuva</p><p>e aguaceiros. Condições favoráveis à ocorrência de</p><p>trovoada. Vento leste moderado a fresco (20/40 km/</p><p>h) com rajadas até 60 km/h.</p><p>Mar cavado. Ondas nordeste de 2 a 3 metros, pas-</p><p>sando a leste.</p><p>Céu geralmente muito nublado. Períodos de chuva</p><p>e aguaceiros. Condições favoráveis à ocorrência de</p><p>trovoada. Vento sueste moderado a fresco (20/40</p><p>km/h) com rajadas até 60 km/h.</p><p>Mar cavado. Ondas leste de 2 a 3 metros, passando</p><p>a sueste.</p><p>STA CRuz DAS FLORES 15ºC 19ºC</p><p>Água do mar 16ºC</p><p>2-3 METROS 20/40 KM/H</p><p>pONTA DELgADA 15ºC 19ºC</p><p>Água do mar 17ºC</p><p>20/40 KM/H</p><p>PUB.</p><p>Sem democracia económica,</p><p>sem tutela pública dos recur-</p><p>sos e dos meios de produção, não</p><p>haverá democracia alguma, nem</p><p>igualdade, de género, classe, cre-</p><p>do ou etnia. A sequência ignorada</p><p>pelo tom tendencialmente despo-</p><p>litizado da vida pública hodierna.</p><p>Talvez por isso, há quem queira</p><p>substituir a causa pela conse-</p><p>quência, fazendo assim morrer as</p><p>duas. Nomes sonantes da direita</p><p>nacional se reuniram em “Iden-</p><p>tidade e família”. Passos Coelho</p><p>também aparece por lá. Logo se</p><p>alinharam de um lado, em revol-</p><p>ta, os “geeks”cá do burgo, acér-</p><p>rimos defensores dos modelos</p><p>familiares difusos, da igualdade</p><p>de género e até mesmo os que en-</p><p>tendem não existir género algum</p><p>(que também os há); do outro, as</p><p>“gentes de bem” e todo um exér-</p><p>cito de reacionários. A presença</p><p>de Passos numa coisa deste tipo</p><p>não é irrelevante. Está na essên-</p><p>cia do governo o retomar do pro-</p><p>cesso “trokista” interrompido em</p><p>2015, de submissão da economia</p><p>e da sociedade ao “diktat” ultra-</p><p>liberal e corporativo de Bruxelas;</p><p>o projeto que para Passos é de</p><p>toda a direita, também do chega,</p><p>mas que por ser contrário aos</p><p>interesses do povo convém que</p><p>não seja discutido. Aqui entra o</p><p>argumentário bafiento mas reno-</p><p>vado do “Deus, pátria e família”,</p><p>que por ser antitético face aos</p><p>“novos modelos de mobilização</p><p>social, quer ser a única linha deli-</p><p>mitativa entre esquerda e direita,</p><p>branqueando a política económi-</p><p>ca, que assim deixa novamente</p><p>de ser ideológica para passar a</p><p>ser “puramente técnica, ou seja,</p><p>sem discussão do ponto de vista</p><p>político…como quis ser durante</p><p>a época de Passos. Um banho de</p><p>espuma.</p><p>Banho</p><p>de espuma</p><p>Ainda há nos Açores lacunas</p><p>na cobertura por redes móveis</p><p>João BelezA VAz. diretor da delegação da anaCom dos açores.»</p><p>QUe PersPetiva tem das telecomUni-</p><p>cações nos açores? QUais os seUs</p><p>Pontos Positivos e negativos?</p><p>Os Açores são uma região arquipelágica</p><p>com uma elevada descontinuidade terri-</p><p>torial e com baixa densidade demográfica.</p><p>Ao analisar o relatório anual “O consumi-</p><p>dor de comunicações eletrónicas”, publi-</p><p>cado pela ANACOM, percebemos que a</p><p>região dos Açores é das que registam a</p><p>maior proporção de famílias com acesso</p><p>a serviços de comunicações eletrónicas.</p><p>Não deixa de ser paradigmático. Isto sig-</p><p>nifica que tem havido uma intervenção</p><p>dos sucessivos governos e entidades pú-</p><p>blicas na mitigação da insularidade e no</p><p>princípio de coesão territorial.</p><p>Não quero com isto dizer que não há</p><p>muito ainda a fazer. Há muito a fazer nos</p><p>Açores nesta área e as particularidades</p><p>do arquipélago criam desafios ímpares.</p><p>Em relação às redes móveis existem, ain-</p><p>da, muitas zonas com lacunas de cober-</p><p>tura. As obrigações de cobertura ditadas</p><p>pelo “leilão do 5G” pretendem mitigar</p><p>estas lacunas. Todavia, é importante</p><p>perceber que quer a descontinuidade</p><p>territorial, quer a orografia de determi-</p><p>nadas ilhas e densidade populacional</p><p>criam grandes desafios aos operadores</p><p>de comunicações eletrónicas, sendo que</p><p>a maior preocupação deve ser dada à dis-</p><p>ponibilidade do 112.</p><p>A ANACOM está em campo a aferir o</p><p>cumprimento destas obrigações.</p><p>Sendo os Açores uma região arquipelá-</p><p>gica com grande descontinuidade terri-</p><p>torial, não podemos ignorar a necessária</p><p>interligação das comunicações entre ilhas</p><p>e com o continente.</p><p>Recentemente, foi assinado o contrato</p><p>para construção do novo Anel CAM entre</p><p>a Infraestruturas de Portugal (IP) e a em-</p><p>presa Alcatel Submarine Networks (ASN).</p><p>Este sistema será pioneiro a nível mundial,</p><p>em paralelo com o cabo submarino que</p><p>liga Vuanuatu e a Nova Caledónia. Este</p><p>será o primeiro cabo submarino a integrar</p><p>a componente SMART (Science Monito-</p><p>ring And Reliable Telecomunications) que</p><p>permitirá, por entre outras possibilidades,</p><p>uma deteção e aviso antecipado sísmico</p><p>e tsunami. Esta componente foi uma das</p><p>recomendações do grupo de trabalho li-</p><p>derado pela ANACOM para a substituição</p><p>do Anel CAM. Existe mais uma recomen-</p><p>dação do grupo de trabalho, ainda não</p><p>implementada até à data, relacionada</p><p>com a necessidade de se criar um grupo</p><p>de trabalho para se estudar a substituição</p><p>dos cabos submarinos que interligam as</p><p>ilhas dos Açores. Este grupo deve ser cons-</p><p>tituído por um conjunto alargado de enti-</p><p>dades e individualidades de reconhecida</p><p>competência na área.</p><p>Este estudo afigura-se importante não só</p><p>para se identificarem modelos de finan-</p><p>ciamento, como se definirem requisitos</p><p>funcionais e técnicos adequados à nova</p><p>realidade e aos novos contextos.</p><p>É importante referir</p><p>que, num contexto ge-</p><p>opolítico complexo, existem preocupações</p><p>securitárias que devem prevalecer, em</p><p>particular, quando falamos de um sistema</p><p>de cabos submarinos doméstico que ga-</p><p>rante a coesão territorial nacional e cujas</p><p>redundâncias são parcas ou inexistentes.</p><p>a inteligência artificial está no</p><p>centro do deBate e Pode Pôr em</p><p>risco o ser hUmano. até onde</p><p>deve ir essa inovação?</p><p>Risco para o ser humano existe sempre,</p><p>mais que não seja o risco de algumas</p><p>profissões tenderem a desaparecer e</p><p>de outras emergirem. O potencial da IA</p><p>é imenso e levanta claramente questões</p><p>filosóficas e de humanidade. Confesso</p><p>que pretendo refletir sobre este tema,</p><p>contudo preciso de mais conhecimento</p><p>e maturidade para formular uma opinião</p><p>mais cuidada. Certo é, estamos perante</p><p>uma nova era. CA/DI</p><p>PUB.</p><p>opInIÃo</p><p>pAulo sAntos</p><p>Compramos - usado</p><p>pagamento em dinheiro</p><p>aqui o seu ouro vale mais euros</p><p>HONESTIDADE TRADICIONAl » MElHOR VAlOR GARANTIDO</p><p>ourivesaria</p><p>amarante</p><p>295 213 171</p><p>Rua da Sé, 68 - angRa</p><p>todas as qualidades/nacionalidades de ouro.</p><p>Peças que já não usa ou mesmo danificadas</p><p>de protesto no cansaço que as cama-</p><p>das mais jovens (mas não só) e também aqueles que normalmente não</p><p>votam estão a sentir em relação aos chamados partidos “tradicionais” que</p><p>não têm sabido reinventar-se e falar as “suas” linguagens. Não sabemos se</p><p>estas conclusões são tidas a partir de algum estudo sociológico que as tele-</p><p>visões anunciaram na noite eleitoral mas que desconhecemos, se derivam de</p><p>alguma sondagem ou estudo de opinião entretanto parido sem publicidade,</p><p>ou se são só conclusões saídas das cabeças iluminadas dos comentadores.</p><p>Mas a verdade é que na pressa em encontrar explicações para os fenómenos</p><p>fora de comum por vezes toma-se a aparência por suma verdade e a mesma</p><p>é vendida para que o mundo das nossas cabeças retome o equilíbrio. Que</p><p>algo de estranho se está a passar nas sociedades modernas é um facto. Há</p><p>partidos, aparentemente sem ideologia e que aparecem a protestar por tudo</p><p>e mais alguma coisa, tipo a má língua das tertúlias de café, onde tudo se</p><p>critica, todos os males encontram uma causa no governo de serviço, onde é</p><p>fácil ser herói e gritar... “se fosse eu... metia tudo nos eixos”, sabendo ante-</p><p>cipadamente que é uma hipótese fora de jogo... tudo isso está a acontecer e</p><p>a ganhar adeptos. Que os partidos tradicionais não têm acompanhado esse</p><p>evoluir da sociedade, arranjando bandeiras em que toda essa gente (que vota</p><p>e não vota) se reveja, também é uma verdade. Já temos dificuldade em acei-</p><p>tar a tentativa de explicar o sucesso desses partidos porque falam atual e dos</p><p>problemas das pessoas, são pragmáticos e não se perdem em rodriguinhos</p><p>concetuais e muito menos em fundamentos históricos. Os adeptos estão à</p><p>vista, mas queremos acreditar que será uma fase e que, mais dia menos dia,</p><p>hão de procurar razões ideológicas para os respetivos comportamentos. Pior</p><p>ainda é quando nos avisam para deixarmos os protestos contra o Terreiro do</p><p>Paço, para esquecermos o aprofundamento do Autonomia, para deixarmos</p><p>de lutar por mais competências porque esses “papões” já passaram de moda</p><p>e que os políticos de Lisboa passam por cima deles como cães sobre vinha</p><p>vindimada. Que Lisboa acha que quem protesta na Região são falhados que</p><p>assim escondem as suas (nossas) insuficiências e... custa tanto a dizer... as</p><p>suas (nossas) incompetências. A reação imediata não podia ser de mais re-</p><p>púdio perante a dureza do achado, mas, vindo a matutar sobre o assunto, dá</p><p>muito que pensar. Será efetivamente assim que a classe política de Lisboa</p><p>nos olha? Se for, temos de encontrar as roupagens novas e certas para que</p><p>nos passem a olhar diferentemente. Triste vida leva a garça.</p><p>Os “especialistas” de lisbOa</p><p>e torial</p><p>car pessoas em convívio, mesmo</p><p>que discordantes; gosto da poesia</p><p>porque oferece intimidade solilo-</p><p>quiante, provoca silêncios estimu-</p><p>ladores dos sentimentos, faz apazi-</p><p>guar momentos críticos e sujos.</p><p>Quanto a letras para marchas e</p><p>danças de Carnaval traduzem um</p><p>gosto pessoal de convivialidade e</p><p>de partilha da alegria. E a pintura?</p><p>Santo Deus, onde ela vai! Sou mes-</p><p>mo um mau tocador de piano.</p><p>O quE SE SEGuE? OuTRO ROmANCE?</p><p>POESIA? O quê E PORquê? E quANDO</p><p>(SE FOR POSSívEl PREvER)?</p><p>O tempo começa a cercear-me as</p><p>ideias. Ando a render-me ao impre-</p><p>visto. Não sei o que vai seguir-se.</p><p>Percebo a curiosidade, mas já não</p><p>tenho idade para mentir de forma</p><p>que pareça verdade e elegante. O</p><p>que posso acrescentar é que me</p><p>restam algumas coisas que gostaria</p><p>de cumprir.</p><p>NOVO ROMANCE. “Os seios da Serpente – bem desenhados e volumetricamente</p><p>perfeitos – cumpriram a sua missão: avisaram a Humanidade que estava nua. Hoje</p><p>a nudez é só um preconceito do frio”</p><p>“…ninguém gosta de provar a paz”</p><p>“Todo o Antigo Testamento está enformado por</p><p>guerras tribais, motivadas, por vezes, pela simples</p><p>posse de uma légua de chão. Uma análise, mes-</p><p>mo leviana, mostra que, desde sempre, os povos</p><p>nunca se entenderam. Fica-se com a sensação de</p><p>que ninguém gosta de provar a paz. Os que gos-</p><p>tam dela são poucos e sem coragem de se bate-</p><p>rem por ela. Os homens continuam a matar-se por</p><p>um simples prato de lentilhas. Depois, que dizer</p><p>aos ditadores que conseguem ter o mesmo poder</p><p>de sedução da Serpente?”</p><p>terça. 16.04.2024grande entrevista02</p><p>RegRessa ao Romance com «os Be-</p><p>los seios da seRpente» (oBRa que</p><p>seRá apResentada dia 19 deste mês</p><p>no centRo cultuRal e de congRes-</p><p>sos de angRa do HeRoísmo). pode</p><p>descodificaR o título? seios? seR-</p><p>pente?! paRece não jogaR Bem…</p><p>A descodificação é simples. Quem</p><p>provocou a desgraça humana foi</p><p>o desejo de tudo saber, através da</p><p>voz da Serpente. E, no entanto, tal</p><p>desejo parece ser legítimo. A igno-</p><p>rância não conduz à felicidade. Te-</p><p>mos, pelas escolas, uma admiração</p><p>muito especial, apesar dos «curri-</p><p>culuns» e seus mestres nem sem-</p><p>pre desenvolverem os programas</p><p>da melhor maneira. O resultado</p><p>duma dentada na maçã da sabe-</p><p>doria originou a expulsão de Adão</p><p>e Eva do éden. O resultado duma</p><p>lição escolar de defesa e de ataque</p><p>é o massacre que vem a acontecer</p><p>num estabelecimento de ensino e</p><p>noutro, etc.</p><p>A voz feminina da Serpente tem o</p><p>poder do encantamento. Tornou-se</p><p>irresistível. Como provar o sabor</p><p>daquela maçã proibida com a fun-</p><p>ção primeira de abrir os olhos da</p><p>ignorância? Os seios da Serpente</p><p>– bem desenhados e volumetrica-</p><p>mente perfeitos – cumpriram a sua</p><p>missão: avisaram a Humanidade</p><p>que estava nua. Hoje a nudez é só</p><p>um preconceito do frio.</p><p>Há no Romance váRias citações do</p><p>«cântico dos cânticos» (antigo</p><p>testamento) – quase todas de uma</p><p>enoRme Beleza, aliás -, que paRe-</p><p>cem seRviR de mote aos capítulos.</p><p>poRquê? como funcionam no Ro-</p><p>mance?</p><p>O Cântico dos Cânticos continua</p><p>a ser, para mim, o livro de poesia</p><p>sobre o amor mais belo do Mundo.</p><p>É atribuído a Salomão, que era su-</p><p>ficientemente inteligente para criar</p><p>uma obra poética tão sedutora</p><p>como aquela.</p><p>Atendendo ao desenvolvimento</p><p>temático que pretendi dar à escri-</p><p>ta do livro, a utilização de alguns</p><p>versos na motejação dos capítulos</p><p>foram uma imposição especifica-</p><p>mente literária. A palavra «seios»</p><p>surge várias vezes nesses versos</p><p>que, por sinal, estão desgarrados</p><p>do poema. Mas o seu poder sedu-</p><p>tor permanece. Não se salvou a</p><p>Serpente, mas, sim, os seios. Eles</p><p>mostram detestar o carro de com-</p><p>bate, a bomba nuclear, o drone</p><p>suicida, com evolução rápida em</p><p>direção à morte. Simbolicamente,</p><p>é a eles que as crianças perdidas</p><p>na guerra, no xenofobismo, nas</p><p>fugas migrantes recorrem para nos</p><p>perturbarem a consciência de nos</p><p>dizermos «homens bons». Os seios</p><p>são instrumento de alimento.</p><p>são muitos os tempos pelos quais</p><p>vai navegando nesta oBRa. os</p><p>tempos BíBlicos, desde logo, mas</p><p>o gRande d. quixote não é esque-</p><p>cido, como os assíRios, os dias de</p><p>Hoje, os dias das nossas ilHas… es-</p><p>tes tempos todos desaguam onde?</p><p>em que tempo? em que lugaR Real</p><p>ou imagináRio?</p><p>Não sei quem disse que a História</p><p>é formada por repetição de factos.</p><p>Todo o Antigo Testamento está</p><p>enformado por guerras tribais,</p><p>motivadas, por vezes, pela simples</p><p>posse de uma légua de chão. Uma</p><p>análise, mesmo leviana, mostra</p><p>que, desde sempre, os povos nun-</p><p>ca se entenderam. Fica-se com a</p><p>sensação de que ninguém gosta de</p><p>provar a paz. Os que gostam dela</p><p>são poucos e sem coragem de se</p><p>baterem por ela, Os homens con-</p><p>tinuam a matar-se por um simples</p><p>prato de lentilhas. Depois, que di-</p><p>zer aos ditadores que conseguem</p><p>ter o mesmo poder de sedução da</p><p>Serpente?</p><p>Não é preciso binóculos para ver</p><p>que tudo isto está a desaguar no</p><p>oceano do nosso tempo e do nosso</p><p>lugar. Podemos ocupar geografias</p><p>terrestres e mentais diferentes,</p><p>mas a inquietação da Humanidade</p><p>é a mesma. A estabilidade tornou-</p><p>se escorregadia. Por exemplo: dizer</p><p>publicamente que, «Em casa, nin-</p><p>guém quer saber do 25 de Abril»,</p><p>é insultar todo um povo que vive</p><p>em Liberdade graças ao «25 de</p><p>Abril».</p><p>Há situações destas em todas as par-</p><p>tes do Mundo. São espaços reais.</p><p>“é fácil veR que o mundo, afinal,</p><p>enlouqueceu», (pp.133). só na fic-</p><p>ção ou na Realidade que vamos</p><p>vivendo? a loucuRa Hoje é maioR</p><p>ou apenas loucuRa</p><p>noRmal?</p><p>Isto de ficar sentado a ouvir o no-</p><p>ticiário que chega diariamente às</p><p>nossas casas, dá para entender que</p><p>a loucura é a mortalha do Mundo.</p><p>O seu poder é a normalização das</p><p>vidas. A loucura não se mede aos</p><p>palmos, mas com a melhor arma</p><p>que apareça. Depois, a loucura não</p><p>se sente. A loucura faz.</p><p>tem passado pelos mais vaRiados</p><p>univeRsos da cRiação – poesia,</p><p>Romance, novela, conto, teatRo,</p><p>letRas paRa maRcHas e danças de</p><p>caRnaval e tamBém pintuRa, etc.</p><p>em que lugaR destes se sente me-</p><p>lHoR e peRceBe que assenta o seu</p><p>legado pRincipal?</p><p>Sou como o mau pianista que quer</p><p>tocar várias teclas ao mesmo tempo.</p><p>Mas, gosto de escrever teatro pelo</p><p>desafio que a estória que pretendo</p><p>contar me provoca; gosto do roman-</p><p>ce, conto, novela porque me deixam</p><p>recriar tempos e lugares para colo-</p><p>são poucos</p><p>e sem coragem</p><p>os que gostam</p><p>da paz</p><p>ÁLAMO OLIVEIRA. “isto de ficar sentado a ouvir o noticiário que chega diariamente às</p><p>nossas casas, dá para entender que a loucura é a mortalha do mundo”</p><p>Álamo oliveira. escritor</p><p>Metáforas bíblicas e a poesia do “Cântico dos Cânticos” desempenham um</p><p>papel central em “Os Belos Seios da Serpente”, novo romance de Álamo</p><p>Oliveira, que percorre a História para explicar, por exemplo, que se morder a</p><p>maça resultou na expulsão do paraíso, ensinar defesa e ataque nos currículos</p><p>de hoje pode resultar em mais um massacre escolar.</p><p>terça. 16.04.2024região04</p><p>Os Açores voltaram a aumentar</p><p>o número de dormidas em aloja-</p><p>mentos turísticos, em fevereiro,</p><p>com uma subida de 11,4%, de-</p><p>pois de dois meses em que regis-</p><p>taram reduções homólogas. Os</p><p>dados são do Serviço Regional de</p><p>Estatística (SREA).</p><p>“Em fevereiro, no conjunto dos</p><p>estabelecimentos de alojamento</p><p>turístico (hotéis, hotéis-aparta-</p><p>mentos, apartamentos turísticos,</p><p>pousadas, unidades de alojamen-</p><p>to local e unidades de turismo no</p><p>espaço rural) dos Açores regista-</p><p>ram-se 154,8 mil dormidas, valor</p><p>superior em 11,4% ao registado</p><p>no mês homólogo”, lê-se no re-</p><p>latório da atividade turística do</p><p>SREA relativo a fevereiro, divul-</p><p>gado ontem.</p><p>A região tinha verificado uma</p><p>quebra de 5,4% nas dormidas em</p><p>alojamentos turísticos em dezem-</p><p>bro e de 2,5% em janeiro, ambas</p><p>mais acentuadas entre os turistas</p><p>nacionais.</p><p>Em fevereiro, o número de dor-</p><p>midas de turistas residentes em</p><p>Portugal (86,3 mil) voltou a au-</p><p>mentar (8,5%), representando</p><p>mais de metade do total (55,7%).</p><p>Os turistas estrangeiros apresen-</p><p>taram, ainda assim, um cresci-</p><p>mento superior (15,2%), com um</p><p>total de 68,5 mil dormidas, equi-</p><p>valentes a 44,3% do total.</p><p>Entre o mercado externo, os Es-</p><p>tados Unidos da América “desta-</p><p>cam-se como principal mercado</p><p>emissor, com 13,7 mil dormidas”</p><p>(20,1% das dormidas de residen-</p><p>tes no estrangeiro) e “um cresci-</p><p>mento homólogo de 30,7%”.</p><p>Seguem-se a Alemanha, com 9,3</p><p>mil dormidas (13,5%), ainda</p><p>que tenha baixado 3,5% face ao</p><p>período homólogo, e o Canadá,</p><p>igualmente com 9,3 mil dormidas</p><p>(13,5%), que cresceu 45,3%.</p><p>O crescimento dos mercados do</p><p>Canadá e EUA foi apenas supera-</p><p>do pelo mercado da Polónia, que</p><p>verificou uma variação homóloga</p><p>positiva de 114,7%.</p><p>Em queda, destacam-se os merca-</p><p>dos da Hungria (-40,1%), Áustria</p><p>(-31,7%) e Israel (-22,3%).</p><p>Segundo o SREA, “a hotelaria</p><p>concentrou 63,9% da totalidade</p><p>de dormidas (99 mil), seguindo-</p><p>se o alojamento local, com 33,5%</p><p>(51,9 mil), e o turismo no espaço</p><p>rural, com 2,5% (3,9 mil)”.</p><p>Subida em SeiS ilhaS</p><p>Considerando apenas os dois</p><p>principais estabelecimentos de</p><p>alojamento turístico, a hotelaria</p><p>e o alojamento local, que concen-</p><p>traram 97,5% do total de dormi-</p><p>das no mês de fevereiro, as ilhas</p><p>com maiores subidas homólogas</p><p>foram Faial (31,2%), Santa Maria</p><p>(31,1%) e Graciosa (21,7%).</p><p>Pico (12,5%), Terceira (11%) e São</p><p>Miguel (10,1%) também registaram</p><p>um aumento no número de dormi-</p><p>das, enquanto Corvo (-24,4%), São</p><p>Jorge (-20,5%) e Flores (-3,5%)</p><p>apresentaram uma quebra.</p><p>Com 110,6 mil dormidas, a ilha</p><p>de São Miguel, a maior do ar-</p><p>quipélago, concentrou 73,3% do</p><p>total de dormidas em hotelaria e</p><p>alojamento local, seguindo-se a</p><p>Terceira, com 23,6 mil dormidas</p><p>(15,6%), o Faial, com 7,5 mil dor-</p><p>midas (5,0%), e o Pico, com 4,1</p><p>mil dormidas (2,7%).</p><p>alojamento. Dormidas tinham registado descidas homólogas em dezembro (5,4%) e janeiro (2,5%)</p><p>Dormidas turísticas</p><p>sobem 11,4% em fevereiro</p><p>depois de dois meses de quebras</p><p>estados unidos</p><p>são principal</p><p>mercado emissor</p><p>do estrangeiro</p><p>turiSmo. Em feve-</p><p>reiro, os Açores con-</p><p>tabilizaram mais de</p><p>154 mil dormidas em</p><p>alojamentos turísticos. O</p><p>mercado nacional subiu</p><p>8,5% e o estrangeiro</p><p>15,2%.</p><p>terça. 16.04.2024 região 05</p><p>O reforço de práticas de sustenta-</p><p>bilidade e regeneração são estra-</p><p>tégicas para o futuro da Agricultu-</p><p>ra açoriana, afirmou a Presidente</p><p>da Câmara da Praia da Vitória,</p><p>Vânia Ferreira, no encerramento</p><p>das XVI Jornadas Agrícolas.</p><p>O evento decorreu nos dias 12 e</p><p>13 de abril, na Sociedade Recre-</p><p>ativa Filarmónica União de São</p><p>Brás.</p><p>“É fundamental que, enquanto</p><p>decisores políticos, trabalhemos</p><p>na urgência de apoios e medidas</p><p>que privilegiem a regeneração</p><p>dos recursos e premeiem solu-</p><p>ções humanistas e humanizan-</p><p>tes”, afirmou a autarca.</p><p>A Presidente da Câmara Muni-</p><p>cipal defendeu a adoção de prá-</p><p>ticas regenerativas dos recursos</p><p>e a potencialização de medidas</p><p>que tenham como foco a dignida-</p><p>de do ser humano, que, por sua</p><p>vez, se expressa na “capacidade</p><p>de geração de riqueza e valoriza-</p><p>ção enquanto pessoa e enquanto</p><p>agente ativo na alimentação hu-</p><p>mana”.</p><p>Para Vânia Ferreira, a solução</p><p>passa por utilizar ferramentas e</p><p>práticas que permitam a regene-</p><p>ração dos solos ou fazer com que</p><p>os recursos ao dispor dos produ-</p><p>tores agrícolas não se esgotem</p><p>com o passar do tempo.</p><p>Os modelos apontados já se en-</p><p>contram em uso e nesse sentido,</p><p>Vânia Ferreira apela para uma</p><p>maior procura de informação e</p><p>conhecimento da parte dos pro-</p><p>dutores locais.</p><p>XVI JORNADAS AGRÍCOLAS. A Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Vânia Ferreira, apela para a procura de informação</p><p>e conhecimento da parte dos produtores</p><p>regeneração e sustentabilidade</p><p>são o futuro da agricultura</p><p>XVI JORNADAS AGRÍCOLAS DA PRAIA DA VITÓRIA</p><p>“Acreditamos ser essencial, qua-</p><p>se estratégico, que os produtores</p><p>agrícolas debatam e tenham aces-</p><p>so ao melhor conhecimento e à</p><p>melhor informação para que pos-</p><p>sam, no terreno, assumir e imple-</p><p>mentar as melhores soluções e</p><p>práticas para valorizarem os seus</p><p>rendimentos”, disse, na ocasião,</p><p>a edil praiense.</p><p>Afirma que “melhorar o rendi-</p><p>mento das explorações e dos pro-</p><p>dutores, a bem de um setor que</p><p>é vital e estratégico no nosso ar-</p><p>quipélago” é o principal ponto de</p><p>todos os debates feitos nas jorna-</p><p>das ao longo de 16 anos.</p><p>“Saímos deste encontro com re-</p><p>novada certeza da importância</p><p>estratégia do setor para o de-</p><p>senvolvimento regional e com a</p><p>garantia de que temos conheci-</p><p>mento, inovação e empenho em</p><p>continuar a construir medidas e</p><p>ferramentas para reforçar a nossa</p><p>Agricultura”, referiu.</p><p>A realização das Jornadas Agríco-</p><p>las da Praia da Vitória e Colóquio</p><p>de Agricultura Sustentável são</p><p>resultado de uma parceria entre o</p><p>Município e a Associação Agríco-</p><p>la da Ilha Terceira (AAIT), a As-</p><p>sociação de Jovens Agricultores</p><p>Terceirenses (AJAT), da BioAzó-</p><p>rica e a Associação de Produtores</p><p>de Leite Biológico Terceirense</p><p>(APL-Bio).</p><p>A sessão de encerramento teve</p><p>espaço para as intervenções dos</p><p>Presidentes das associações orga-</p><p>nizadoras, nomeadamente Ben-</p><p>to Pereira pela APL-Bio, Miguel</p><p>Garcia pela BioAzórica, Diego</p><p>Aguiar pela AJAIT e José António</p><p>Azevedo pela AAIT.</p><p>Também o Secretário Regional da</p><p>Agricultura e Alimentação, Antó-</p><p>nio Ventura, fez uma intervenção</p><p>na ocasião.</p><p>Jornadas Agrícolas</p><p>realizaram-se nos</p><p>dias 12 e 13 de</p><p>abril em São Brás</p><p>AGRICuLtuRA. Estratégias para o setor</p><p>discutidas nas Jornadas Agrícolas</p><p>AGRICuLtuRA. No</p><p>encerramento das XVI</p><p>Jornadas Agrícolas da</p><p>Praia da Vitória, Vânia</p><p>Ferreira defendeu o</p><p>reforço da sustentabilida-</p><p>de e regeneração como</p><p>estratégias essenciais.</p><p>terça. 16.04.2024região06</p><p>A região tem, pela primeira vez,</p><p>um representante nacional da</p><p>Rede Portuguesa de Museus</p><p>(RPM). O técnico superior do</p><p>Museu de Angra do Heroísmo</p><p>(MAH) Vítor do Castelo foi eleito</p><p>para a área da “Administração</p><p>Central”, algo que o museu clas-</p><p>sifica como uma mais-valia para</p><p>os Açores.</p><p>No dia 21 de março, o Museu</p><p>Marítimo de Ílhavo acolheu o En-</p><p>contro Anual da Rede Portuguesa</p><p>de Museus, onde se realizou a</p><p>fase final da eleição de represent-</p><p>antes da RPM.</p><p>De acordo com Vítor do Castelo,</p><p>trata-se da região ter uma palavra</p><p>direta nas políticas destinadas</p><p>aos museus e também de abrir</p><p>mentalidades face aos espaços</p><p>museológicos açorianos.</p><p>“Contamos com o apoio dos</p><p>museus da Madeira, que tam-</p><p>bém entenderam que seria bené-</p><p>fico haver uma voz das regiões</p><p>autónomas. Desde logo, estamos</p><p>a marcar uma presença dos mu-</p><p>seus e a dizer que estamos aqui</p><p>e que não somos uma espécie de</p><p>parentes pobres. Mostrar que, de</p><p>facto, os museus dos Açores trab-</p><p>alham com uma museologia atu-</p><p>alizada, de acordo com as normas</p><p>internacionais”, afirma</p><p>“Muitas vezes, há aquela perspe-</p><p>tiva de que os Açores estão aqui</p><p>num cantinho, perdidos, etc. Mas</p><p>isso não se verifica e a prova é</p><p>que os museus da região têm</p><p>recebido vários prémios, por ex-</p><p>emplo, da Associação Portuguesa</p><p>de Museologia. Têm-se mantido</p><p>na vanguarda”, defende.</p><p>O técnico do Museu de Angra ex-</p><p>plica que “a RPM é um sistema</p><p>organizado de museus que se</p><p>baseia na adesão voluntária, é</p><p>configurado de forma progressiva</p><p>e tem como objetivos a qualifica-</p><p>ção, a descentralização de recur-</p><p>sos, a mediação e a cooperação</p><p>entre os museus”.</p><p>Vítor do Castelo precisa que a</p><p>“região passará a ter um interlocu-</p><p>tor direto junto do todo nacional,</p><p>não se quebrando, desde logo, o</p><p>princípio base da continuidade</p><p>territorial, numa área tão fulcral</p><p>para a representação identitária”.</p><p>“Apesar dos museus das regiões</p><p>Encontro. Museu Marítimo de Ílhavo recebeu eleição em março</p><p>angra tem representante nacional</p><p>da rede Portuguesa de Museus</p><p>Vítor do Castelo é primeiro na região a ser eleito para o Cargo</p><p>autónomas não dependerem di-</p><p>retamente da tutela do Governo</p><p>Central, espelham, à semelhança</p><p>de todos os outros museus, os</p><p>princípios, as diretrizes e toda a</p><p>legislação nacional”, assinala.</p><p>Sustenta que a eleição foi “tam-</p><p>bém fruto do trabalho da própria</p><p>direção regional dos Assuntos</p><p>Culturais, porque houve este de-</p><p>sejo de ter alguém que represen-</p><p>tasse a região e um trabalho de</p><p>todos os museus nesse sentido”.</p><p>No início do ano, como explicou</p><p>ao DI o Museu de Angra, foi re-</p><p>querida aos vários diretores e</p><p>responsáveis de museus da RPM</p><p>a indicação de sugestão de três</p><p>nomes de profissionais, “que as-</p><p>segurassem a representatividade</p><p>nacional da Rede Portuguesa de</p><p>Museus, quer junto da Museus e</p><p>Monumentos de Portugal, E.P.E.</p><p>(uma das instituições que vieram</p><p>substituir a Direção Geral do Pat-</p><p>rimónio Cultural, desde um de</p><p>janeiro deste ano), quer colabo-</p><p>rando na definição e implemen-</p><p>tação de ações e programas entre</p><p>pares”.</p><p>Foi depois composta uma lista</p><p>final com os cinco nomes mais</p><p>indicados para cada uma das tu-</p><p>telas integrantes da rede (Admin-</p><p>istração Central, Administração</p><p>Local e Setor Privado).</p><p>Segundo o MAH, os represent-</p><p>antes da RPM, além de fazerem</p><p>parte da coordenação nacional da</p><p>Rede Portuguesa de Museus, têm</p><p>também assento no Conselho</p><p>Consultivo da Museus e Monu-</p><p>mentos de Portugal e na secção</p><p>especializada dos Museus, da</p><p>Conservação e Restauro e do Pat-</p><p>rimónio Cultural Móvel do Con-</p><p>selho Nacional de Cultura, órgão</p><p>consultivo do Governo Português</p><p>na área da Cultura.</p><p>Na mesma eleição, para a tutela</p><p>da Administração Local foi es-</p><p>colhida Andreia Conceição, do</p><p>Museu Municipal de Sesimbra.</p><p>O Setor Privado ficou com Isabel</p><p>Victor, do Museu do Sporting.</p><p>“não somos</p><p>uma espécie</p><p>de parentes</p><p>pobres”</p><p>cultura. Os Açores</p><p>passam a ter uma</p><p>palavra mais direta</p><p>nas políticas dirigidas</p><p>aos museus. Podem</p><p>mostrar que estão na</p><p>“vanguarda”, diz Vítor</p><p>do Castelo.</p><p>fo</p><p>to</p><p>gr</p><p>af</p><p>ia</p><p>.</p><p>re</p><p>de</p><p>Po</p><p>rt</p><p>ug</p><p>ue</p><p>sa</p><p>de</p><p>M</p><p>us</p><p>eu</p><p>s</p><p>terça. 16.04.2024 região 07</p><p>Há cada vez mais denúncias de</p><p>casos de maus tratos de crian-</p><p>ças em Angra do Heroísmo, o</p><p>que pode ser sinal de uma maior</p><p>consciencialização da população,</p><p>adiantou, em declarações a DI, a</p><p>presidente da Comissão de Prote-</p><p>ção de Crianças e Jovens (CPCJ)</p><p>do concelho, Paula Cota, no mês</p><p>em que se assinala a prevenção</p><p>dos maus tratos na infância.</p><p>“Se calhar, por haver mais aber-</p><p>tura das entidades a sinalizar, os</p><p>números têm vindo a aumentar”,</p><p>afirmou, acrescentando que “tem</p><p>havido um aumento de denún-</p><p>cias”, mas “não quer dizer que</p><p>haja um aumento de números</p><p>reais”.</p><p>A CPCJ de Angra do Heroísmo</p><p>acompanha, atualmente, cerca</p><p>de 250 processos de promoção e</p><p>proteção de crianças e jovens.</p><p>Apesar do aumento da consciên-</p><p>cia, os maus tratos infantis con-</p><p>tinuam a ser “um problema que</p><p>afeta muito os Açores”.</p><p>Para alertar para esta temática e</p><p>consciencializar ainda mais pes-</p><p>soas, a CPCJ de Angra do Hero-</p><p>ísmo promoveu, na passada sex-</p><p>ta-feira, uma ação junto dos mais</p><p>novos.</p><p>Com o mote “Serei o que me de-</p><p>res...que seja amor”, os alunos</p><p>do 1.º e 2.º ciclos do colégio de</p><p>Santa Clara fizeram um laço azul,</p><p>para alertar para os maus tratos</p><p>infantil.</p><p>A Câmara Municipal de Angra do</p><p>Heroísmo também se associou ao</p><p>mês da prevenção dos maus tra-</p><p>laço azul. Iniciativa contou com a participação dos alunos do 1.º e 2.º ciclos do Colégio de Santa Clara</p><p>câmara de angra. Autarquia também se associou à ação de sensibilização</p><p>Há mais denúncias mas é preciso</p><p>prevenir maus tratos a crianças</p><p>cpcj de angra do heroísmo sensibiliza população com laço azul feito por alunos crianças.No mês</p><p>da prevenção dos</p><p>maus tratos na</p><p>infância, a CPCJ de</p><p>Angra do Heroísmo</p><p>alerta para a proble-</p><p>mática, que ainda</p><p>afeta a Região.</p><p>tos na infância, iluminando a fa-</p><p>chada, com a cor azul, durante os</p><p>fins de semana de abril.</p><p>Em 2023, a problemática com</p><p>maior incidência de sinalizações</p><p>na CPCJ de Angra do Heroísmo</p><p>foi a exposição a comportamen-</p><p>tos, em que a criança ou jovem</p><p>“está sujeita, de forma direta ou</p><p>indireta, a comportamentos que</p><p>afetem gravemente a sua seguran-</p><p>ça ou o seu equilíbrio emocional”,</p><p>por exemplo, violência doméstica</p><p>ou consumos de estupefacientes/</p><p>álcool, por parte dos pais ou re-</p><p>presentantes legais.</p><p>Em segundo lugar surge a negli-</p><p>gência, casos em que a criança ou</p><p>jovem “não recebe os cuidados ou</p><p>a afeição adequados à sua idade e</p><p>situação pessoal”, por exemplo,</p><p>falta de cuidados de higiene, de</p><p>alimentação, supervisão, educa-</p><p>ção ou saúde.</p><p>Em terceiro aparecem os casos</p><p>em que própria criança ou jovem</p><p>assume “comportamentos ou se</p><p>entrega a atividades ou consu-</p><p>mos que afetem gravemente a</p><p>sua saúde, segurança, formação,</p><p>educação ou desenvolvimento”,</p><p>sem que os pais ou representan-</p><p>tes legais “se oponham de modo</p><p>adequado”, como consumos de</p><p>substâncias, absentismo/abando-</p><p>no escolar ou bullying.</p><p>Por fim, surgem os casos em que</p><p>a criança ou jovem “sofre maus</p><p>tratos físicos ou psíquicos ou é</p><p>vítima de abusos sexuais”, ou</p><p>seja, agressões físicas, alienação</p><p>parental, abuso excessivo da au-</p><p>toridade por parte dos pais e des-</p><p>responsabilização sobre a educa-</p><p>ção das crianças ou jovens por</p><p>parte dos pais ou representantes</p><p>legais.</p><p>cPcJ</p><p>de angra</p><p>acompanha</p><p>250 processos</p><p>terça. 16.04.2024 região 09</p><p>O trabalho em rede fomenta uma</p><p>maior eficácia do processo en-</p><p>sino-aprendizagem nas escolas</p><p>e da disseminação do potencial</p><p>do trabalho dos geoparques foi</p><p>a principal conclusão da reunião</p><p>do projeto transnacional EMME,</p><p>realizada na Roménia, entre os</p><p>dias oito e 12 de abril.</p><p>No projeto apoiado pelo Eras-</p><p>mus+, marcaram presença o Ge-</p><p>oparque dos Açores e a Escola</p><p>Secundária Jerónimo Emiliano</p><p>de Andrade (ESJEA).</p><p>Além destas duas instituições,</p><p>são também parceiras a escola</p><p>Osnovna skola Pantovcak, da</p><p>Croácia, a escola ZsHutnicka 16,</p><p>da Eslováquia, e a Universidade</p><p>Universitatea Din Bucuresti, na</p><p>Roménia, através do Geopark</p><p>Tara Hategului.</p><p>“Avaliar o desenvolvimento do</p><p>projeto e as ações futuras, no-</p><p>meadamente, planificação das</p><p>próximas mobilidades que en-</p><p>volverão alunos, professores e</p><p>técnicos e a elaboração de um</p><p>plano curricular, tendo por base</p><p>a Geologia e as suas implicações</p><p>antropogénicas” foram os prin-</p><p>cipais objetivos do encontro,</p><p>segundo uma nota de imprensa</p><p>enviada ao DI.</p><p>As atividades realizadas permiti-</p><p>ram dar continuidade ao projeto</p><p>e “enaltecer as memórias geoló-</p><p>gicas no solo que pisamos e as</p><p>diferentes heranças presentes</p><p>nesses territórios”, diz a nota.</p><p>O grupo de trabalho junta-se no-</p><p>vamente em junho, na Ilha Ter-</p><p>ceira, para continuar a desenvol-</p><p>ver um projeto de cooperação.</p><p>O projeto conta com momentos</p><p>de formação científica de profes-</p><p>sores e técnicos, saídas de campo</p><p>e conhecimento da dinâmica e</p><p>potencial do Geoparque Açores.</p><p>A criação de um plano curricular</p><p>que abordará a Geologia, a An-</p><p>tropologia, Estratigrafia e Pale-</p><p>ontologia, bem como a Educação</p><p>Cívica e Ambiental é o objetivo</p><p>final.</p><p>No mês de agosto, o grupo passa</p><p>pela Eslováquia e, no próximo</p><p>ano letivo, haverá um encontro</p><p>de todos os participantes envol-</p><p>vidos, nomeadamente alunos das</p><p>diferentes escolas parceiras, nos</p><p>dois geoparques integrados no</p><p>projeto.</p><p>O “EMME: Exchanging Memo-</p><p>ries, Memory of the Earth” é um</p><p>projeto transnacional apoiado</p><p>pelo programa Erasmus+.</p><p>As instituições presentes na reu-</p><p>nião na Roménia são, de acordo</p><p>com a nota de imprensa, pionei-</p><p>ras na implementação dos Obje-</p><p>tivos do Desenvolvimento Sus-</p><p>tentável (ODS) da UNESCO e na</p><p>promoção de boas práticas.</p><p>Os projetos de mobilidade têm</p><p>uma importância fundamental</p><p>na definição dos conceitos de</p><p>multiculturalismo, tolerância e</p><p>de convivência entre os diferen-</p><p>tes países.</p><p>Os alunos inseridos no projeto</p><p>olham “para a diversidade cultu-</p><p>ral como algo que enriquece a so-</p><p>ciedade”, afirma o comunicado.</p><p>Além disso, apontam como be-</p><p>nefícios a promoção do exercício</p><p>de uma cidadania ativa, poten-</p><p>ciando um maior conhecimento</p><p>da União Europeia e do seu devi-</p><p>do funcionamento.</p><p>Projeto internacional. “EMME: Exchanging Memories, Memory Of Earth” reuniu na Roménia para avaliar o desenvolvimento de projetos e ações futuras</p><p>trabalho em rede aumenta</p><p>eficácia de ensino nas escolas</p><p>encontro internacional realizado em brad, na roménia</p><p>Património. Alunos da ESJEA presen-</p><p>tes na Roménia no âmbito do projeto</p><p>EMME</p><p>Projeto emme</p><p>viaja à terceira em</p><p>junho e em agosto</p><p>para a eslováquia</p><p>mobilidade. O</p><p>projeto transnacional</p><p>EMME juntou o Ge-</p><p>oparque Açores e a</p><p>ESJEA numa reunião</p><p>na Roménia. A con-</p><p>tinuação do trabalho</p><p>em rede foi unânime.</p><p>terça. 16.04.2024região08</p><p>O grupo parlamentar do CHE-</p><p>GA quer saber quantos técnicos</p><p>superiores especialistas foram</p><p>nomeados desde a tomada de</p><p>posse do Governo Regional para</p><p>prestar serviços na Presidência e</p><p>nas secretarias regionais e con-</p><p>sidera que algumas nomeações</p><p>podem revestir-se de contornos</p><p>“imorais”.</p><p>O partido entregou no Parla-</p><p>mento Açoriano um requeri-</p><p>mento, em que pede explicações</p><p>também sobre “os critérios do</p><p>nível remuneratório correspon-</p><p>dente, consoante a especialida-</p><p>de de cada técnico superior es-</p><p>pecialista”.</p><p>“Pretendemos saber o que se pas-</p><p>sa nestas nomeações, porque no</p><p>passado já houve uma série de</p><p>suspeições de pessoas que nos</p><p>parecem que não vão por mérito,</p><p>mas que vão apenas por cartão</p><p>partidário”, disse José Pacheco,</p><p>líder da bancada parlamentar do</p><p>CHEGA.</p><p>Em declarações prestadas à An-</p><p>tena 1/Açores, afirmou que um</p><p>caso chamou a atenção do parti-</p><p>do, o do fotógrafo do presidente</p><p>do Governo Regional. “Aufere</p><p>um ordenado muito semelhan-</p><p>te ao de um deputado. Não faz</p><p>sentido nenhum. As funções</p><p>são, neste caso, incomparáveis,</p><p>e queremos explicações sobre</p><p>isso, porque estamos a falar de</p><p>3900 euros por mês”, precisou o</p><p>também presidente do CHEGA</p><p>nos Açores.</p><p>“Se é para andarmos a fazer fa-</p><p>vores às máquinas partidárias,</p><p>com o CHEGA não vão contar”,</p><p>avisou.</p><p>No requerimento, o partido recor-</p><p>da que “em termos de organiza-</p><p>ção e funcionamento do Governo</p><p>Regional, o CHEGA sempre de-</p><p>fendeu uma redução do número</p><p>de secretarias, cargos de nomea-</p><p>ção política e despesa pública to-</p><p>tal de funcionamento da máquina</p><p>do Governo”.</p><p>O CHEGA pretende dados que</p><p>permitam a comparação do nú-</p><p>mero de nomeações da atual le-</p><p>gislatura com a anterior.</p><p>“Embora sendo legal, torna-se</p><p>imoral os membros de gabine-</p><p>tes auferirem mais do que um</p><p>deputado ou um presidente da</p><p>Câmara Municipal”, vinca o re-</p><p>querimento.</p><p>A força partidária recorda que já</p><p>na anterior legislatura, “foi po-</p><p>lémica a nomeação de técnicos</p><p>superiores especialistas para o</p><p>gabinete da Presidência do Go-</p><p>verno Regional”, que “auferiam</p><p>um nível remuneratório muito</p><p>acima do nível remuneratório da</p><p>maioria dos açorianos”.</p><p>A situação, reforça o partido,</p><p>repete-se agora. “É imoral que</p><p>técnicos superiores, por muito</p><p>especialistas que sejam, tenham</p><p>um teto salarial muito acima da</p><p>média dos açorianos que passam</p><p>diariamente por dificuldades</p><p>para pôr pão na mesa”, defende</p><p>José Pacheco.</p><p>Para o parlamentar, “ter técni-</p><p>cos especialistas a receber mais</p><p>de três mil euros por mês, a que</p><p>acrescem ajudas de custo e des-</p><p>pesas de representação, é uma</p><p>afronta”.</p><p>“Não podemos ter uma máquina</p><p>do Estado tão pesada, quando a</p><p>maioria dos açorianos está a pas-</p><p>sar por dificuldades”, reforça José</p><p>Pacheco.</p><p>CHEGA. Deputados estão contra tetos salariais “muito acima da média dos açorianos”</p><p>CHega questiona governo</p><p>sobre nomeações “imorais”</p><p>Partido entregou requerimento na assembleia legislativa dos açores</p><p>Partido</p><p>critica salário</p><p>do fotógrafo</p><p>de Bolieiro</p><p>GovErno. Líder par-</p><p>lamentar do CHEGA,</p><p>José Pacheco, afirma</p><p>que nomeações de</p><p>técnicos especialis-</p><p>tas não podem ser</p><p>“favores às máquinas</p><p>partidárias”.</p><p>terça. 16.04.2024 região 09</p><p>O trabalho em rede fomenta uma</p><p>maior eficácia do processo en-</p><p>sino-aprendizagem nas escolas</p><p>e da disseminação do potencial</p><p>do trabalho dos geoparques foi</p><p>a principal conclusão da reunião</p><p>do projeto transnacional EMME,</p><p>realizada na Roménia, entre os</p><p>dias oito e 12 de abril.</p><p>No projeto apoiado pelo Eras-</p><p>mus+, marcaram presença o Ge-</p><p>oparque dos Açores e a Escola</p><p>Secundária Jerónimo Emiliano</p><p>de Andrade (ESJEA).</p><p>Além destas duas instituições,</p><p>são também parceiras a escola</p><p>Osnovna skola Pantovcak, da</p><p>Croácia, a escola ZsHutnicka 16,</p><p>da Eslováquia, e a Universidade</p><p>Universitatea Din Bucuresti, na</p><p>Roménia, através do Geopark</p><p>Tara Hategului.</p><p>“Avaliar o desenvolvimento do</p><p>projeto e as ações futuras, no-</p><p>meadamente, planificação das</p><p>próximas mobilidades que en-</p><p>volverão alunos, professores e</p><p>técnicos e a elaboração de um</p><p>plano curricular, tendo por base</p><p>a Geologia e as suas implicações</p><p>antropogénicas” foram os prin-</p><p>cipais objetivos do encontro,</p><p>segundo uma nota de imprensa</p><p>enviada ao DI.</p><p>As atividades realizadas permiti-</p><p>ram dar continuidade ao projeto</p><p>e “enaltecer as memórias geoló-</p><p>gicas no solo que pisamos e as</p><p>diferentes heranças presentes</p><p>nesses territórios”, diz a nota.</p><p>O grupo de trabalho junta-se no-</p><p>vamente em junho, na Ilha Ter-</p><p>ceira, para continuar a desenvol-</p><p>ver um projeto de cooperação.</p><p>O projeto conta com momentos</p><p>de formação científica de profes-</p><p>sores e técnicos, saídas de campo</p><p>e conhecimento da dinâmica e</p><p>potencial do Geoparque Açores.</p><p>A criação de um plano curricular</p><p>que abordará a Geologia, a An-</p><p>tropologia, Estratigrafia e Pale-</p><p>ontologia, bem como a Educação</p><p>Cívica e Ambiental é o objetivo</p><p>final.</p><p>No mês de agosto, o grupo passa</p><p>pela Eslováquia e, no próximo</p><p>ano letivo, haverá um encontro</p><p>de todos os participantes envol-</p><p>vidos, nomeadamente alunos das</p><p>diferentes escolas parceiras, nos</p><p>dois geoparques integrados no</p><p>projeto.</p><p>O “EMME: Exchanging Memo-</p><p>ries, Memory of the Earth” é um</p><p>projeto transnacional apoiado</p><p>pelo programa Erasmus+.</p><p>As instituições presentes na reu-</p><p>nião na Roménia são, de acordo</p><p>com a nota de imprensa, pionei-</p><p>ras na implementação dos Obje-</p><p>tivos do Desenvolvimento Sus-</p><p>tentável (ODS) da UNESCO e na</p><p>promoção de boas práticas.</p><p>Os projetos de mobilidade têm</p><p>uma importância fundamental</p><p>na definição dos conceitos de</p><p>multiculturalismo, tolerância e</p><p>de convivência entre os diferen-</p><p>tes países.</p><p>Os alunos inseridos no projeto</p><p>olham “para a diversidade cultu-</p><p>ral como algo que enriquece a so-</p><p>ciedade”, afirma o comunicado.</p><p>Além disso, apontam como be-</p><p>nefícios a promoção do exercício</p><p>de uma cidadania ativa, poten-</p><p>ciando um maior conhecimento</p><p>da União Europeia e do seu devi-</p><p>do funcionamento.</p><p>Projeto internacional. “EMME: Exchanging Memories, Memory Of Earth” reuniu na Roménia para avaliar o desenvolvimento de projetos e ações futuras</p><p>trabalho em rede aumenta</p><p>eficácia de ensino nas escolas</p><p>encontro internacional realizado em brad, na roménia</p><p>Património. Alunos da ESJEA presen-</p><p>tes na Roménia no âmbito do projeto</p><p>EMME</p><p>Projeto emme</p><p>viaja à terceira em</p><p>junho e em agosto</p><p>para a eslováquia</p><p>mobilidade. O</p><p>projeto transnacional</p><p>EMME juntou o Ge-</p><p>oparque Açores e a</p><p>ESJEA numa reunião</p><p>na Roménia. A con-</p><p>tinuação do trabalho</p><p>em rede foi unânime.</p><p>terça . 16.04.2024OPINIÃO10</p><p>Eram guerras a brincar.</p><p>Cóbois contra índios, caste-</p><p>los contra castelos.</p><p>Não tínhamos televisão no Faial,</p><p>nos anos sessenta do século passa-</p><p>do. Nem playstations, telemóveis,</p><p>internet, nada do que hoje em dia</p><p>é banal. Tínhamos que nos safar. E</p><p>inventávamos jogos.</p><p>Não sei a razão pela qual a guerra</p><p>entrava nesses jogos. Seriam os pe-</p><p>quenos livros de banda desenhada,</p><p>cada um de nós querendo-se Búfalo</p><p>Bill fora do papel? Seriam os filmes</p><p>no Teatro Faialense, sonhando cada</p><p>um dos putos ouvir troar na Espala-</p><p>maca os Canhões de Navarone?</p><p>A verdade é que não sabíamos o que</p><p>era guerra, para além dos livros que</p><p>trocávamos entre nós, já leste este?</p><p>e das grandes metragens que faziam</p><p>as paredes do cinema estremecer.</p><p>E era a brincar. Nos castelos, a coisa</p><p>mais próxima de violência que vivi</p><p>foi dentro de uma barraca feita de</p><p>canas e plástico no quintal do Rau-</p><p>linho. Lá dentro, a planear invasões</p><p>inconsequentes, sentimos pequenas</p><p>pedras a cair sobre o plástico do te-</p><p>lhado e saímos esbaforidos, podia</p><p>ser tremor de terra. Mesmo a tempo.</p><p>O filho do vizinho preparava-se para</p><p>deixar cair sobre nós uma pedra do</p><p>muro divisório.</p><p>Ai tal calhau. Teria sido a nossa Hi-</p><p>roshima de certeza. Cabeças racha-</p><p>das ou gesso para uma perna, para</p><p>os colegas autografarem na escola. O</p><p>filho do vizinho não sabia brincar…</p><p>Como não sabiam brincar os rapazes</p><p>do castelo da ribeira. Usavam farpas</p><p>de guarda-chuva em vez de setas de</p><p>plástico. Aquilo se entrava na barri-</p><p>ga de uma perna era injecção contra</p><p>o tétano suplementar. Não sabiam</p><p>brincar, eram brutos e inconscien-</p><p>tes. Guerra, só a brincar.</p><p>As verdadeiras guerras deviam</p><p>passar-se muito longe, para trás do</p><p>Pico. Mas a gente só sabia delas</p><p>muito tempo depois, nas páginas de</p><p>“O Telégrafo”, e não ligávamos mui-</p><p>to. Às vezes um mais velho ia para</p><p>a guerra do Ultramar e voltava com</p><p>os olhos esbugalhados, metido na</p><p>aguardente logo de manhã. Às vezes</p><p>não voltava…</p><p>Só muitos anos depois, com a televi-</p><p>são, comecei a “ver” a guerra. Casas</p><p>caídas, buracos de bombas, gente</p><p>morta. Nos anos 90, vi a guerra em</p><p>directo, deitado na cama. No Iraque.</p><p>Uns traços de luz para um lado, cha-</p><p>mados scuds, que atacavam, outros</p><p>traços de luz, chamados patriot, que</p><p>defendiam. De noite. Não se via</p><p>nada de jeito, devo confessar.</p><p>Hoje, vejo a guerra depois dos mís-</p><p>seis e dos drones. Nos olhos das</p><p>crianças. Na Faixa de Gaza, na Ucrâ-</p><p>nia, em Burkina Faso, na Somália,</p><p>no Sudão, no Iémen, na Nigéria, em</p><p>tantos outros países e regiões.</p><p>Crianças magras de fome, agitando</p><p>um tacho, à espera de lhes calhar</p><p>uma sopa aguada, com sorte uma</p><p>batata a boiar. Acotovelando-se aos</p><p>milhares para se chegarem à frente,</p><p>antes que o caldeirão mor fique va-</p><p>zio.</p><p>Crianças gravemente feridas, entra-</p><p>padas de gaze, aos gritos em tendas</p><p>que só por terem uma cruz pinta-</p><p>da se podem chamar hospitais. E</p><p>sangue nas suas cabeças, nos seus</p><p>corpos raquíticos, a dor a sair pela</p><p>televisão fora e a ficar no quarto,</p><p>imensa, colada às paredes de breu</p><p>quando apago a luz para tentar dor-</p><p>mir.</p><p>As que ainda não levaram com uma</p><p>bala, com um estilhaço, conseguem</p><p>sorrir. Mas nos seus olhos não vejo</p><p>o reino dos céus.</p><p>E que Deus perdoe os adultos que</p><p>não as deixam brincar.</p><p>A guerrA dAs criAnçAs</p><p>aNtóNIO BulcÃO»</p><p>Desde logo peço desculpa a</p><p>quem lê este texto por qua-</p><p>se metade serem referências:</p><p>julgo serem todos pontos desta sema-</p><p>na que passou que nos devem fazer</p><p>refletir.</p><p>Se na semana passada já aqui tinha</p><p>posto a incoerência de Montenegro</p><p>quanto à primeira medida, que foi a</p><p>mudança do logótipo, em vez da bai-</p><p>xa dos impostos, esta semana ficámos</p><p>a conhecer mais contradições deste</p><p>novo governo, demonstrando um</p><p>enorme desrespeito pelos eleitores.</p><p>A grande notícia é a do «choque</p><p>fiscal» [1], tão aguardado, e de tal</p><p>forma frouxo que até as forças de di-</p><p>reita o criticam. Fazendo as contas, é</p><p>fácil perceber que a redução do IRS</p><p>corresponde quase totalmente ao</p><p>previsto pelo PS, nos 1500 milhões</p><p>anunciados, há só um acréscimo de</p><p>173 milhões em relação ao avançado</p><p>por Medina [2]. Julgo que ver estes</p><p>dois vídeos [3] nos permitem perce-</p><p>ber a desonestidade deste governo.</p><p>Isto deve-nos preocupar seriamente,</p><p>estamos a falar dum «partido de go-</p><p>verno» que sistematicamente atua</p><p>diferentemente do proposto.</p><p>Infelizmente, também sabemos para</p><p>quem trabalha este governo, quem</p><p>pretende beneficiar. As mudanças no</p><p>IRS jovem, por exemplo, beneficiam</p><p>só quem tem salários mais elevados</p><p>[4]. As moções de censura apresenta-</p><p>das justificam-se, justamente, pelos</p><p>benefícios dados a uma elite econó-</p><p>mica, em detrimento dos trabalhado-</p><p>res [5].</p><p>Como se não bastasse, temos reações</p><p>de retrocesso em questões sociais,</p><p>tendo, por exemplo, o Observatório</p><p>das Migrações já alertado para as</p><p>fragilidades desta nova visão sobre a</p><p>imigração [6]. No âmbito de uma pro-</p><p>posta votada no parlamento europeu</p><p>sobre o aborto, Montenegro mostrou-</p><p>se desfavorável ao reconhecimento</p><p>desse direito como direito fundamen-</p><p>tal na União Europeia [7].</p><p>Este conservadorismo que figura no</p><p>governo tem paralelo na sociedade</p><p>civil, fruto de uma normalização que</p><p>permite o à-vontade para dizer as</p><p>maiores absurdidades [8], ainda por</p><p>cima com o apoio de um ex-primei-</p><p>ro-ministro. Ao olharmos para estes</p><p>académicos conservadores, percebe-</p><p>mos facilmente a sua desonestidade</p><p>intelectual e baixeza moral [9].</p><p>Nos Açores, uma deputada, imagine-</p><p>se, do CHEGA, achou por bem votar</p><p>contra um voto de saudação aos 50</p><p>anos do 25 de abril (ao contrário de</p><p>todos os outros deputados) [10]. Já</p><p>para não falar do drama da SATA e as</p><p>vagas no Governo dois meses depois</p><p>das eleições.</p><p>Quando chegamos a este ponto, só ape-</p><p>tece mesmo dizer: não me chateiem.</p><p>Mas que ninguém se iluda: este é o mo-</p><p>mento de irmos para a rua defender a</p><p>nossa voz e os nossos direitos.</p><p>[1] https://www.publico.pt/2024/04</p><p>/12/economia/noticia/nova-reducao-</p><p>irs-so-rondara-200-milhoes-admite-</p><p>governo-2086905</p><p>[2] https://poligrafo.sapo.pt/fact-check</p><p>/confirma-se-que-90-do-alivio-do-irs-</p><p>prometido-por-luis-montenegro-e-res-</p><p>ponsabilidade-do-governo-socialista/</p><p>[3] https://twitter.com/Tomas_Perei-</p><p>ra_T/status/1778704118460112989</p><p>[4] https://www.dn.pt/4341698983/</p><p>proposta-de-irs-jovem-do-governo-</p><p>so-tem-vantagem-nos-salarios-mais-</p><p>altos/?utm_source=dlvr.it&utm_</p><p>medium=twitter</p><p>[5] https://www.publico.pt/2024/</p><p>04/11/politica/noticia/be-pcp-tentam-</p><p>rejeitar-programa-donos-2086674</p><p>[6] https://www.publico.pt/2024/</p><p>04/13/sociedade/entrevista/imigracao-</p><p>programa-governo-recuos-20-anos-di-</p><p>rectora-observatorio-2086853</p><p>[7] https://www.lusa.pt/article/426 74565</p><p>[8] https://expresso.pt/politica/2024</p><p>-04-11-movimento-acao-etica-quer-</p><p>criar-estatuto-de-dona-de-casa-ha-coi-</p><p>sas-que-so-as-mulheres-podem-fazer-</p><p>50176e28</p><p>[9] https://poligrafo.sapo.pt/fact-che-</p><p>ck/paulo-otero-fez-paralelismo-entre-</p><p>o-casamento-homossexual-e-entre-h</p><p>umanos-e-animais-num-enunciado-de-</p><p>um-exame-de-direito-constitucional/</p><p>[10] [] https://acores.bloco.org/noti-</p><p>cias/voto-de-saudacao-pelos-50-anos-</p><p>de-liberdade-e-democracia-aprovado-</p><p>por-maioria-com-voto-cont</p><p>não me chAteiem</p><p>PedrO amaral»</p><p>terça . 16.04.2024 OPINIÃO 11</p><p>O PROGRAMA DO GOVERNO</p><p>DA REPÚBLICA E OS AÇORES</p><p>AÇORES AMANHÃ. ÁlvarO DâmasO»</p><p>A “pasta de transição” do go-</p><p>verno da República cessante</p><p>(PS), protocolarmente entre-</p><p>gue ao novo governo (PSD), no ca-</p><p>pítulo que aos Açores dizia respeito,</p><p>apenas referia como compromissos ou</p><p>projetos de investimento pendentes de</p><p>execução o cabo submarino de comu-</p><p>nicações entre o Continente, os Aço-</p><p>res e a Madeira. Clamorosa falha que</p><p>o futuro contabilizará negativamente.</p><p>Consultei o Programa do Governo</p><p>acabado de entrar em trabalhos par-</p><p>lamentares de discussão e deliberação</p><p>subsequente na Assembleia da Re-</p><p>pública, nas passadas Quinta e Sexta</p><p>Feiras. E, quanto ao Programa, salien-</p><p>to e saúdo uma linguagem governa-</p><p>mental nova, pragmática e apropriada,</p><p>há muito tempo preconizada e sempre</p><p>desmerecida para o relacionamento</p><p>político e institucional entre o Estado</p><p>e as Regiões Autónomas.</p><p>O Programa passou, o Governo não</p><p>caiu ao subir a deslizante escadaria da</p><p>Assembleia da República, no palácio</p><p>de S. Bento.</p><p>No compromisso de governação em</p><p>que consiste o Programa do Governo</p><p>encontro um conjunto integrado de</p><p>conceitos fundamentados e realistas,</p><p>compromissos apropriados e projetos</p><p>necessários para as Regiões Autóno-</p><p>mas, volume de cerca de 183 páginas</p><p>que passarei a considerar, naturalmen-</p><p>te, restringindo-o ao assunto versado</p><p>e sintetizando-o com títulos do autor</p><p>deste trabalho.</p><p>1. A solidariedade é recíproca. As</p><p>Regiões Autónomas não são apenas</p><p>pródigas beneficiárias.</p><p>O programa de Governo cuida das</p><p>Regiões Autónomas em conjunto e</p><p>defende uma realista base sustentável</p><p>de apreciação para o valor e a condi-</p><p>ção da temática insular, esclarecendo:</p><p>(1) as Regiões Autónomas dos Aço-</p><p>res e Madeira, as suas populações,</p><p>territórios e cultura, são uma parte</p><p>fundamental, distintiva e muito en-</p><p>riquecedora do todo nacional; (2) a</p><p>insularidade apresenta contributos</p><p>e oportunidades singulares para o</p><p>País; (3) mas coloca também desafios</p><p>específicos para sua governação, eco-</p><p>nomia, sociedade e qualidade de vida;</p><p>(4) o reconhecimento dessa insulari-</p><p>dade, com as oportunidades e dificul-</p><p>dades inerentes, é decisivo e justo.</p><p>2. Um outro modo de relaciona-</p><p>mento entre o Estado e as Regiões</p><p>Autónomas.</p><p>No plano da governação e das rela-</p><p>ções com o Poder Político da Repú-</p><p>blica, esse reconhecimento envolve</p><p>um permanente esforço de respeito</p><p>e aprofundamento da autonomia re-</p><p>gional, nas suas diversas dimensões</p><p>política, financeira e económica.</p><p>Implica também a materialização de</p><p>uma abordagem de lealdade, diálogo</p><p>e solidariedade como vista à constru-</p><p>ção de verdadeira coesão territorial.</p><p>O diálogo permanente e leal deve</p><p>envolver a atualização da lei de fi-</p><p>nanças regionais, da repartição de</p><p>competências designadamente sobre</p><p>o espaço marítimo, e de certas con-</p><p>dições para a prestação de serviços</p><p>públicos no território da Região Au-</p><p>tónoma.</p><p>3. O estado tem o poder/dever de</p><p>cumprir.</p><p>A insularidade e a localização ultra-</p><p>periférica no quadro Europeu justifi-</p><p>cam um grau de discriminação posi-</p><p>tiva que tem, necessariamente de se</p><p>concretizar.</p><p>Implica, também, o cumprimento dos</p><p>compromissos nacionais assumidos</p><p>de financiamento de investimentos</p><p>públicos nas regiões e a exploração</p><p>de possibilidades adicionais.</p><p>4. As Políticas Nacionais não podem</p><p>nem devem olvidar ou desprezar as</p><p>Regiões Autónomas.</p><p>Várias políticas nacionais merecem</p><p>atenção especial ou aplicações espe-</p><p>cíficas no contexto das Regiões Autó-</p><p>nomas, designadamente no domínio</p><p>dos transportes e comunicações (in-</p><p>ter-ilhas e entre ilhas e o continente),</p><p>mar, agricultura, turismo, fiscalida-</p><p>de, fundos europeus ou presença dos</p><p>serviços públicos.</p><p>Um programa de Governo não é um</p><p>Orçamento, mas este é uma declina-</p><p>ção do Programa.</p><p>BREVES (108)</p><p>JOrge mOreIra leONarDO»</p><p>“Corrupção ficcionada” - Da au-</p><p>toria do dr. Armando Mendes li um</p><p>artigo com este mesmo título. A</p><p>história que relata pode ser ficciona-</p><p>da, mas como exerci várias funções</p><p>quer empresariais, quer sociais no</p><p>decurso da minha vida profissional</p><p>e associativa, posso citar ene casos</p><p>que nada têm de ficcionais.</p><p>Mas prefiro citar um do lado do</p><p>“corruptor” também nada ficcional</p><p>e até com alguma comicidade. Uma</p><p>senhora do meio rural, ganhou uma</p><p>acção que propôs. No fim, julgando-</p><p>se devedora dos favores do Meritís-</p><p>simo, foi cumprimentá-lo, só que</p><p>fechada na mão levava uma nota de</p><p>500 escudos. O Juiz, mui justamen-</p><p>te, sentindo-se atingido na sua dig-</p><p>nidade, além de repreender a pobre</p><p>mulher, já falava em prisão. Foi en-</p><p>tão que um funcionário do Tribunal</p><p>lhe recomendou que deixasse a po-</p><p>bre mulher ir em paz. Aquele gesto</p><p>ela teve de repetir em muitos luga-</p><p>res por onde passou. O Juiz serenou</p><p>e lá foi à sua vida a pobre mulher</p><p>tremendo que nem varas verdes.</p><p>A filha de Catarina Eufémia - Dois</p><p>jornalistas foram entrevistar a filha</p><p>de Catarina Eufémia. Levariam con-</p><p>sigo a secreta esperança que uma</p><p>pessoa que viveu a tragédia de, ain-</p><p>da criança, ver a mãe ser assassina-</p><p>da, só tivesse para dizer raios e co-</p><p>riscos de alguém que lhe recordasse</p><p>velhos tempos. E talvez decepciona-</p><p>dos pelo facto do PCP ter perdido</p><p>– e logo para a direita – o velho bas-</p><p>tião: Beja. O que indicia a sua cada</p><p>vez mais próxima extinção.</p><p>Vou transcrever apenas duas passa-</p><p>gens da reportagem que, no entanto</p><p>merece ser lida no seu todo. “É um</p><p>partido de extrema direita, mas eles</p><p>dizem coisas que seduzem as pes-</p><p>soas. Em relação à imigração clan-</p><p>destina é muito mau o que se está a</p><p>passar. Andam aí dias inteiros sem</p><p>trabalhar”. E mais adiante: “…não</p><p>esquece o assassínio da mãe às mãos</p><p>da polícia do Estado Novo, mas</p><p>aceitou o vaticínio da mudança em</p><p>Baleizão e em Beja. Declara a queda</p><p>do PCP em Beja simplesmente como</p><p>um sinal dos tempos”.</p><p>É assim. Às vezes sai pela culatra.</p><p>“Os vinte e cincos” - O de Abril e</p><p>o de Novembro. Anda por aí mui-</p><p>ta gente indignada com o facto de</p><p>se ignorar o 25 de Novembro nas</p><p>próximas celebrações do 25 de</p><p>Abril. Palavra que também cheguei</p><p>a deixar-me possuir dessa indigna-</p><p>ção. Mas pensando melhor, creio</p><p>que é uma decisão acertada. Elas</p><p>pouco têm em comum. O de Abril,</p><p>tratou-se de uma promessa da qual</p><p>bem depressa esqueceram, de que</p><p>a elaboração da Constituição é um</p><p>exemplo acabado; a de Novembro</p><p>foi para lhes recordar a promessa.</p><p>Logo, tem razão Pedro Adão e Silva</p><p>quando justificou: “porque, apesar</p><p>de ser “uma data marcante”, é “uma</p><p>data que diz pouco”. Realmente o</p><p>25 de Abril, diz “muito mais”. (Esta</p><p>á minha) Já as li mais esfarrapadas.</p><p>Foi pena a sua passagem pelo gover-</p><p>no ter sido tão curta. A avaliar pela</p><p>amostra, muito seria de esperar da</p><p>sua actuação.</p><p>P.S. - Pedro Adão e Silva, apenas pre-</p><p>tendeu seguir a lógica dos califas: o</p><p>que for contrário ao 25 de Abril, deve</p><p>ser ignorado, por anti-patriótico; se</p><p>for igual, é supérfluo, logo também</p><p>deve ser ignorado.</p><p>Segundo contam as crónicas antigas,</p><p>estes livros (da Biblioteca de Alexan-</p><p>dria, mandada incendiar por um ca-</p><p>lifa) serviram para manter acesas as</p><p>caldeiras dos banheiros públicos du-</p><p>rante seis meses. Para destruir parte</p><p>do que de muito se escreveu, sobre</p><p>o 25 de Abril, tenho uma solução.</p><p>Também nos banheiros.</p><p>terça. 16.04.202412 região</p><p>Os 50 anos da Revolução dos</p><p>Cravos são assinalados em Angra</p><p>do Heroísmo, entre os dias 23 e</p><p>25 deste mês, com várias inicia-</p><p>tivas.</p><p>O programa comemorativo, pro-</p><p>movido pela Câmara Municipal</p><p>de Angra do Heroísmo, tem iní-</p><p>cio no dia 23, com a projeção</p><p>do filme “Salgueiro Maia - O im-</p><p>plicado”, pelas 21h00, na Praça</p><p>Velha.</p><p>Realizado por Sérgio Graciano,</p><p>com guião de João Lacerda Ma-</p><p>tos, a partir da biografia de Sal-</p><p>gueiro Maia, escrita em 1995 por</p><p>António de Sousa Duarte, o filme</p><p>“é uma história de ficção basea-</p><p>da em factos históricos, relatos</p><p>pessoais, revelações íntimas e</p><p>emoções reais de quem acompa-</p><p>nhou o capitão</p><p>ao longo de toda</p><p>a vida”.</p><p>Salgueiro Maia (1944-1992), um</p><p>dos maiores símbolos do 25 de</p><p>abril, fez campanhas militares</p><p>em Moçambique e na Guiné-Bis-</p><p>sau, tendo ascendido ao posto de</p><p>capitão em 1971. Como delegado</p><p>da Arma de Cavalaria, fez parte</p><p>da Comissão Coordenadora do</p><p>Movimento das Forças Armadas</p><p>(MFA). Um dos seus feitos mais</p><p>famosos foi quando, no dia 25 de</p><p>abril de 1974, comandou a colu-</p><p>na militar que partiu da Escola</p><p>Prática de Cavalaria, em Santa-</p><p>rém, ocupou a Praça do Comér-</p><p>cio e cercou o Quartel do Carmo,</p><p>em Lisboa, levando à rendição</p><p>de Marcello Caetano, então pre-</p><p>sidente do Conselho, e à queda</p><p>definitiva da ditadura do Estado</p><p>Novo.</p><p>As comemorações em Angra do</p><p>Heroísmo prosseguem no dia</p><p>24, com o concerto “Canções de</p><p>Abril, Hinos de Liberdade”, que</p><p>tem lugar no Centro Cultural e</p><p>de Congressos de Angra do He-</p><p>roísmo, a partir das 21h30, com</p><p>a participação da Orquestra de</p><p>Sopros da Ilha Terceira e da Fi-</p><p>larmónica Recreativa e Musical</p><p>União Sebastianense.</p><p>No dia 25 de abril, na Praça Ve-</p><p>lha, das 09 às 12h00, há uma ex-</p><p>posição estática de meios mate-</p><p>riais e de viaturas do Regimento</p><p>de Guarnição n.º1.</p><p>Pelas 10h00 decorre o Grande</p><p>Prémio das Baías de Angra do</p><p>Heroísmo - Corrida Comemora-</p><p>tiva dos 50 anos do 25 de Abril,</p><p>com partida junto à sede da As-</p><p>sociação de Atletismo da Ilha</p><p>Terceira, na Estrada Gaspar Cor-</p><p>te-Real.</p><p>Para as 14h00 está agendado do</p><p>descerramento da placa “Parque</p><p>da Liberdade”, junto ao portão</p><p>principal do Parque do Relvão,</p><p>seguindo-se, às 15h00, um desfi-</p><p>le de filarmónicas na Rua da Sé.</p><p>Está também prevista a abertura,</p><p>pelas 16h30, nos Paços do Con-</p><p>celho, da mostra filatélica “Cor-</p><p>reio da Liberdade: o 25 de Abril</p><p>na Filatelia”.</p><p>Ainda no âmbito das comemora-</p><p>ções dos 50 anos da Revolução</p><p>dos Cravos, tem lugar na pró-</p><p>xima quinta-feira, a partir das</p><p>20h00, no Salão Nobre dos Paços</p><p>do Concelho, a conferência “O 25</p><p>de Abril na ilha Terceira”, sendo</p><p>orador o historiador terceirense</p><p>Carlos Enes.</p><p>Câmara promove diversas iniCiativas entre 23 e 25 deste mês</p><p>angra assinala 50 anos</p><p>da revolução dos Cravos</p><p>Descerramento</p><p>de placa</p><p>no Parque</p><p>do Relvão</p><p>CRavo. O símbolo da revolução que derrubou a ditadura em Portugal</p><p>25 De abRil. Cin-</p><p>quentenário assi-</p><p>nalado em Angra</p><p>do Heroísmo com</p><p>a exibição de filme</p><p>sobre Salgueiro</p><p>Maia, concerto e</p><p>mostra filatélica.</p><p>Aurora Ribeiro, investigadora na</p><p>área da Sociologia, de 39 anos, do</p><p>Faial, é a candidata dos Açores na</p><p>lista nacional do Bloco de Esquer-</p><p>da (BE) às próximas eleições eu-</p><p>ropeias, ocupando o sétimo lugar</p><p>da lista.</p><p>A candidata é licenciada em Ci-</p><p>nema - Realização, mestre em Co-</p><p>municação e Media e bolseira de</p><p>doutoramento em Sociologia no</p><p>Instituto de Ciências Sociais da</p><p>Universidade de Lisboa. Realizou</p><p>duas curtas documentais e uma</p><p>de ficção, premiadas em festivais</p><p>nacionais e internacionais.</p><p>É sócia fundadora da Associação</p><p>Cultural Fazendo e presidente da</p><p>associação desde 2013. Foi co-</p><p>diretora do jornal Fazendo entre</p><p>2012 e 2016.</p><p>Co-organiza eventos culturais de</p><p>natureza diversa desde 2009.</p><p>É membro da Comissão Coorde-</p><p>nadora Regional do BE/Açores,</p><p>foi cabeça-de-lista do BE nas Re-</p><p>gionais de 2020 e 2024 pelo Faial</p><p>e candidata à Câmara Municipal</p><p>da Horta em 2021.</p><p>eleições europeias</p><p>aurora ribeiro candidata</p><p>dos açores na lista do Be</p><p>Uma bebé nasceu ontem a bordo</p><p>de um avião da Força Aérea Por-</p><p>tuguesa (FAP) nos Açores.</p><p>Em comunicado, a FAP refere</p><p>que “o avião C-295M tinha acaba-</p><p>do de descolar da ilha de Santa</p><p>Maria, em direção a São Miguel,</p><p>quando uma menina bebé decidiu</p><p>que era o momento de nascer”.</p><p>O nascimento ocorreu pelas</p><p>08h05.</p><p>Segundo a FAP, a mãe e a bebé fo-</p><p>ram encaminhadas para o Hospi-</p><p>tal do Divino Espírito Santo, em</p><p>Ponta Delgada, “encontrando-se</p><p>bem de saúde”.</p><p>açores</p><p>Bebé nasce em avião</p><p>da Força aérea</p><p>terça. 16.04.202412 região</p><p>Os 50 anos da Revolução dos</p><p>Cravos são assinalados em Angra</p><p>do Heroísmo, entre os dias 23 e</p><p>25 deste mês, com várias inicia-</p><p>tivas.</p><p>O programa comemorativo, pro-</p><p>movido pela Câmara Municipal</p><p>de Angra do Heroísmo, tem iní-</p><p>cio no dia 23, com a projeção</p><p>do filme “Salgueiro Maia - O im-</p><p>plicado”, pelas 21h00, na Praça</p><p>Velha.</p><p>Realizado por Sérgio Graciano,</p><p>com guião de João Lacerda Ma-</p><p>tos, a partir da biografia de Sal-</p><p>gueiro Maia, escrita em 1995 por</p><p>António de Sousa Duarte, o filme</p><p>“é uma história de ficção basea-</p><p>da em factos históricos, relatos</p><p>pessoais, revelações íntimas e</p><p>emoções reais de quem acompa-</p><p>nhou o capitão ao longo de toda</p><p>a vida”.</p><p>Salgueiro Maia (1944-1992), um</p><p>dos maiores símbolos do 25 de</p><p>abril, fez campanhas militares</p><p>em Moçambique e na Guiné-Bis-</p><p>sau, tendo ascendido ao posto de</p><p>capitão em 1971. Como delegado</p><p>da Arma de Cavalaria, fez parte</p><p>da Comissão Coordenadora do</p><p>Movimento das Forças Armadas</p><p>(MFA). Um dos seus feitos mais</p><p>famosos foi quando, no dia 25 de</p><p>abril de 1974, comandou a colu-</p><p>na militar que partiu da Escola</p><p>Prática de Cavalaria, em Santa-</p><p>rém, ocupou a Praça do Comér-</p><p>cio e cercou o Quartel do Carmo,</p><p>em Lisboa, levando à rendição</p><p>de Marcello Caetano, então pre-</p><p>sidente do Conselho, e à queda</p><p>definitiva da ditadura do Estado</p><p>Novo.</p><p>As comemorações em Angra do</p><p>Heroísmo prosseguem no dia</p><p>24, com o concerto “Canções de</p><p>Abril, Hinos de Liberdade”, que</p><p>tem lugar no Centro Cultural e</p><p>de Congressos de Angra do He-</p><p>roísmo, a partir das 21h30, com</p><p>a participação da Orquestra de</p><p>Sopros da Ilha Terceira e da Fi-</p><p>larmónica Recreativa e Musical</p><p>União Sebastianense.</p><p>No dia 25 de abril, na Praça Ve-</p><p>lha, das 09 às 12h00, há uma ex-</p><p>posição estática de meios mate-</p><p>riais e de viaturas do Regimento</p><p>de Guarnição n.º1.</p><p>Pelas 10h00 decorre o Grande</p><p>Prémio das Baías de Angra do</p><p>Heroísmo - Corrida Comemora-</p><p>tiva dos 50 anos do 25 de Abril,</p><p>com partida junto à sede da As-</p><p>sociação de Atletismo da Ilha</p><p>Terceira, na Estrada Gaspar Cor-</p><p>te-Real.</p><p>Para as 14h00 está agendado do</p><p>descerramento da placa “Parque</p><p>da Liberdade”, junto ao portão</p><p>principal do Parque do Relvão,</p><p>seguindo-se, às 15h00, um desfi-</p><p>le de filarmónicas na Rua da Sé.</p><p>Está também prevista a abertura,</p><p>pelas 16h30, nos Paços do Con-</p><p>celho, da mostra filatélica “Cor-</p><p>reio da Liberdade: o 25 de Abril</p><p>na Filatelia”.</p><p>Ainda no âmbito das comemora-</p><p>ções dos 50 anos da Revolução</p><p>dos Cravos, tem lugar na pró-</p><p>xima quinta-feira, a partir das</p><p>20h00, no Salão Nobre dos Paços</p><p>do Concelho, a conferência “O 25</p><p>de Abril na ilha Terceira”, sendo</p><p>orador o historiador terceirense</p><p>Carlos Enes.</p><p>Câmara promove diversas iniCiativas entre 23 e 25 deste mês</p><p>angra assinala 50 anos</p><p>da revolução dos Cravos</p><p>Descerramento</p><p>de placa</p><p>no Parque</p><p>do Relvão</p><p>CRavo. O símbolo da revolução que derrubou a ditadura em Portugal</p><p>25 De abRil. Cin-</p><p>quentenário assi-</p><p>nalado em Angra</p><p>do Heroísmo com</p><p>a exibição de filme</p><p>sobre Salgueiro</p><p>Maia, concerto e</p><p>mostra filatélica.</p><p>Aurora Ribeiro, investigadora na</p><p>área da Sociologia, de 39 anos, do</p><p>Faial, é a candidata dos Açores na</p><p>lista nacional do Bloco de Esquer-</p><p>da (BE) às próximas eleições eu-</p><p>ropeias, ocupando o sétimo lugar</p><p>da lista.</p><p>A candidata é licenciada em Ci-</p><p>nema - Realização, mestre em Co-</p><p>municação e Media e bolseira de</p><p>doutoramento em Sociologia no</p><p>Instituto de Ciências Sociais da</p><p>Universidade de Lisboa. Realizou</p><p>duas curtas documentais e uma</p><p>de ficção, premiadas em festivais</p><p>nacionais e internacionais.</p><p>É sócia fundadora da Associação</p><p>Cultural Fazendo e presidente da</p><p>associação desde 2013. Foi co-</p><p>diretora do jornal Fazendo entre</p><p>2012 e 2016.</p><p>Co-organiza eventos culturais de</p><p>natureza diversa desde 2009.</p><p>É membro da Comissão Coorde-</p><p>nadora Regional do BE/Açores,</p><p>foi cabeça-de-lista do BE nas Re-</p><p>gionais de 2020 e 2024 pelo Faial</p><p>e candidata à Câmara Municipal</p><p>da Horta em 2021.</p><p>eleições europeias</p><p>aurora ribeiro candidata</p><p>dos açores na lista do Be</p><p>Uma bebé nasceu ontem a bordo</p><p>de um avião da Força Aérea Por-</p><p>tuguesa (FAP) nos Açores.</p><p>Em comunicado, a FAP refere</p><p>que “o avião C-295M tinha acaba-</p><p>do de descolar da ilha de Santa</p><p>Maria, em</p><p>direção a São Miguel,</p><p>quando uma menina bebé decidiu</p><p>que era o momento de nascer”.</p><p>O nascimento ocorreu pelas</p><p>08h05.</p><p>Segundo a FAP, a mãe e a bebé fo-</p><p>ram encaminhadas para o Hospi-</p><p>tal do Divino Espírito Santo, em</p><p>Ponta Delgada, “encontrando-se</p><p>bem de saúde”.</p><p>açores</p><p>Bebé nasce em avião</p><p>da Força aérea</p><p>terça. 16.04.2024 publicidade 13</p><p>terça . 16.04.2024opinião14</p><p>PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA AÇORIANO</p><p>TESTEMUNHO MEMORIAL</p><p>O PSD/A E EU (*)</p><p>Ao Dr. João Bosco Mota Amaral e à sua</p><p>primeira Comissão Política Regional</p><p>Álvaro Cordeiro Dâmaso</p><p>Álvaro Dâmaso»</p><p>I</p><p>TUDO TEM UM PRINCÍPIO</p><p>O Partido político é um organizado</p><p>agregado ideológico homogéneo de</p><p>pessoas que num determinado Esta-</p><p>do ou Região territorial autónoma,</p><p>encontra condições que lhe permitem</p><p>disputar eleições universais, livres e</p><p>justas. Obtendo o maior número de</p><p>votos é lhe constitucionalmente con-</p><p>fiado o exercício de poderes legis-</p><p>lativo e executivo no respeito pelo</p><p>princípio democrático da separação</p><p>de poderes de Estado, da liberdade</p><p>e da igualdade. Assim aconteceu no</p><p>Arquipélago dos Açores quando foi</p><p>constitucionalmente reconhecido</p><p>como Região Autónoma de Portugal.</p><p>Solicita a estrutura regional do PSD</p><p>nos Açores – Comissão Política Re-</p><p>gional – a minha participação com</p><p>um testemunho memorial a incor-</p><p>porar no livro comemorativo dos 50</p><p>anos da sua atividade política neste</p><p>Arquipélago.</p><p>Considero o convite que me foi diri-</p><p>gido como uma exigência de respeito</p><p>pela integridade e pela verdade com</p><p>que o PSD/A conduziu a instauração</p><p>da Região Autónoma dos Açores e</p><p>não como uma homenagem formal</p><p>em dia de aniversário.</p><p>Assim, cumpro!</p><p>É com gosto que aceito o convite e</p><p>que correspondendo preencho as pró-</p><p>ximas linhas, respeitando o tema que</p><p>me foi dado e reproduzindo o que a</p><p>minha memória conserva do tempo</p><p>durante o qual fui militante e dirigen-</p><p>te do Partido Social Democrata; em</p><p>nome dele membro do Governo Re-</p><p>gional, na qualidade de Secretário Re-</p><p>gional do Trabalho, Secretário Regio-</p><p>nal das Finanças, Secretário Regional</p><p>da Economia e deputado eleito para</p><p>a Assembleia da República e para a</p><p>Assembleia Legislativa Regional.</p><p>Devo esclarecer que não era simpa-</p><p>tizante ou militante do PSD quando</p><p>foi constituída a respetiva estrutura</p><p>partidária regional, muito embora te-</p><p>nha sido, ainda em 1974, convidado</p><p>para dela fazer parte na qualidade de</p><p>militante.</p><p>Todavia, só uns anos depois, decidi</p><p>filiar-me no Partido e integrar a Co-</p><p>missão Política da Ilha de S. Miguel.</p><p>Razão pela qual não posso incluir</p><p>neste meu testemunho quer a funda-</p><p>ção quer os primeiros tempos de vida</p><p>e ação do PSD/A.</p><p>Contudo, posso escrever que tam-</p><p>bém não procurei aproximar-me nem</p><p>associar-me a nenhum outro Parti-</p><p>do… Embora me encontrasse com</p><p>bons amigos que militavam noutras</p><p>formações políticas regionais e com</p><p>eles tivesse mantido longas conver-</p><p>sas sobre o futuro político dos Açores</p><p>e de Portugal e as soluções políticas</p><p>possíveis locais e regionais.</p><p>Política e ocasionalmente, antes de</p><p>ingressar no PSD, estive presente</p><p>numa reunião dirigida pelo, então,</p><p>Governador dos Açores, nomeado</p><p>pela comissão militar nacional que</p><p>geria os destinos do País.</p><p>Participei, integrado num conjunto</p><p>de forças partidárias com atividade</p><p>na Ilha de S. Miguel. Confesso, que</p><p>nem sabia distinguir com rigor a filia-</p><p>ção política individual que compunha</p><p>todo o conjunto.</p><p>O encontro fora convocado pelo Go-</p><p>vernador, um notável micaelense,</p><p>que acabara de assumir funções no</p><p>novo ambiente político nacional bem</p><p>diferente do que antes o condenara</p><p>politicamente.</p><p>Destinava-se a reunião a encontrar</p><p>um consenso relativamente à nomea-</p><p>ção que o governador tinha de fazer, a</p><p>do presidente interino da Câmara de</p><p>Ponta Delgada.</p><p>Considerados os curricula de vários</p><p>cidadãos que reuniam as condições</p><p>necessárias, o conselho unânime</p><p>recaiu num comerciante de Ponta</p><p>Delgada, com família constituída</p><p>nos Açores e oriundo do Continente</p><p>português e militante do PSD/A. Um</p><p>homem bom, realizador e gestor in-</p><p>teligente. Defendi a sua nomeação e</p><p>creio, ainda hoje, que contribuí para</p><p>influenciar a decisão.</p><p>Intervim com outros representan-</p><p>tes de formações políticas que me</p><p>haviam pedido para estar presente</p><p>e em representação duma delas que</p><p>nem partido era, mas apenas um mo-</p><p>vimento político democrático que a</p><p>comunicação social de então relacio-</p><p>nava com o Partido Comunista.</p><p>Foi a única ação política pública rele-</p><p>vante em que participei antes de in-</p><p>gressar no PSD/A.</p><p>Se recordei o facto é apenas porque</p><p>ele se relaciona com o que a seguir</p><p>descrevo.</p><p>Uns anos mais tarde, mas poucos,</p><p>haveria de ser chamado a ocupar o</p><p>lugar de Diretor Regional pelo mes-</p><p>mo cidadão antes nomeado para pre-</p><p>sidente interino da Câmara de Ponta</p><p>Delgada. No intervalo, passara a inte-</p><p>grar o primeiro Governo Regional do</p><p>PSD/A como Secretário Regional das</p><p>Finanças.</p><p>Tomei posse do lugar administrativo</p><p>acidentalmente, mas que era politica-</p><p>mente relevante, sem estar filiado no</p><p>PSD e sem esta condição a satisfazer,</p><p>o que me encheu de orgulho e de</p><p>consideração pelo PSD/A. Assim co-</p><p>meçou a minha simpatia pelo PSD/A</p><p>que se associava à que tinha pelo Pre-</p><p>sidente da estrutura política regional</p><p>e ao qual dedico o presente trabalho.</p><p>Iniciei os primeiros contatos com</p><p>o PSD/Açores no âmbito dum pro-</p><p>grama de conhecimento e interação</p><p>por mim próprio definido e que me</p><p>conduziria mais tarde à filiação na</p><p>estrutura regional do Partido onde</p><p>ainda hoje me mantenho como filia-</p><p>do, mas sem qualquer ação de índole</p><p>partidária, desde o último trimestre</p><p>de 1996.</p><p>A verdade, devo reconhecê-la, é que</p><p>nunca fui propriamente um militante</p><p>de base efetivo e combativo ou diri-</p><p>gente com intensa atividade partidá-</p><p>ria, embora tenha pertencido à Co-</p><p>missão Política de Ilha (S. Miguel) e à</p><p>Comissão Política Regional (Açores)</p><p>do PSD/A.</p><p>Recordo-me de que nos dias que se</p><p>seguiram ao movimento militar que</p><p>pôs termo à ditadura portuguesa de</p><p>quase meio século e possibilitou a</p><p>implantação da democracia em Por-</p><p>tugal, a transição de regime político</p><p>no ambiente político-geográfico dos</p><p>Açores decorreu pacificamente. Ape-</p><p>nas tenho registo de alguns desacatos</p><p>no centro da cidade de Ponta Delgada</p><p>junto da sede da estrutura regional</p><p>do Partido Comunista Português e</p><p>contra este Partido molestando com</p><p>alguma severidade os militantes que</p><p>lá se encontravam e um automóvel</p><p>dum dirigente regional da ilha do</p><p>Faial que foi lançado ao mar. Plágio</p><p>insular de ações mais violentas que se</p><p>registavam então no Norte do territó-</p><p>rio continental português.</p><p>Lembro-me ainda hoje dos desacatos</p><p>localizados e intencionalmente dirigi-</p><p>dos a uma estrutura partidária com</p><p>mágoa verdadeira porque uma das</p><p>militantes foi muito maltratada e, em</p><p>integral nudez, exposta publicamen-</p><p>te: era uma senhora micaelense por</p><p>nascimento e que eu tinha conhecido</p><p>como colega na faculdade de direito</p><p>de Lisboa.</p><p>Recordo, ainda, não por ter presen-</p><p>ciado, mas por ter tido conhecimen-</p><p>to, da prisão de várias personalidades</p><p>açorianas, pela calada da noite, ale-</p><p>gadamente, por defenderem a “inde-</p><p>pendência dos Açores”, na verdade,</p><p>uma parábola política mal avaliada e</p><p>muito empolada que haveria de per-</p><p>durar durante muito tempo como</p><p>uma arma política, curiosamente</p><p>usada por várias forças políticas em</p><p>conformidade com os seus interesses</p><p>ocasionais.</p><p>O PSD/A não participou na insubor-</p><p>dinação política anti partidária, do</p><p>que tomei nota com agrado. Como</p><p>também não alardeou em frente das</p><p>instalações da PIDE local que nos</p><p>tempos da ditadura, cumprindo o</p><p>cardápio político - policial, quando ti-</p><p>nha de deter políticos locais críticos</p><p>do regime sempre os tratara huma-</p><p>namente respeitando os direitos do</p><p>homem.</p><p>(Continua na próxima edição)</p><p>(*) Texto a integrar num livro come-</p><p>morativo dos 50 anos do PSD/Açores,</p><p>a publicar em breve</p><p>terça . 16.04.2024opinião14</p><p>PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA AÇORIANO</p><p>TESTEMUNHO MEMORIAL</p><p>O PSD/A E EU (*)</p><p>Ao Dr. João Bosco Mota Amaral e à sua</p><p>primeira Comissão Política Regional</p><p>Álvaro</p>