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<p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>1</p><p>GUIA DE ESTUDOS</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA E</p><p>REDAÇÃO OFICIAL</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>2</p><p>GUIA DE ESTUDOS</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO OFICIAL</p><p>EDUARDO CORRÊA RIEDEL</p><p>Governador do Estado de Mato Grosso do Sul</p><p>FREDERICO FELINI</p><p>Secretário de Estado de Administração</p><p>ANA PAULA MARTINS PEREIRA DE ASSUNÇÃO</p><p>Diretora-Presidente da Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>SILVANA MARIA MARCHINI COELHO</p><p>Diretora de Desenvolvimento Profissional</p><p>LUCIANA DE ALMEIDA SPINDOLA</p><p>Gerente de Educação Presencial e Educação a Distância</p><p>INSTRUTOR DO CURSO E AUTOR DA APOSTILA</p><p>Professor Enzo Miron</p><p>DESIGN INSTRUCIONAL</p><p>Angela Maria Nazareth</p><p>IDENTIDADE VISUAL</p><p>Luciana de Almeida Spindola</p><p>GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL</p><p>SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO DE MATO GROSSO DO SUL</p><p>FUNDAÇÃO ESCOLA DE GOVERNO DE MATO GROSSO DO SUL</p><p>DIRETORIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA</p><p>FUNDAÇÃO ESCOLA DE GOVERNODE MATO GROSSO DO SUL</p><p>Rua Dr. Michel Scaff, 53 - Chácara Cachoeira – CEP 79040-860</p><p>Campo Grande – MS</p><p>2024</p><p>Permitida a reprodução total ou parcial desde que não se destine para fins comerciais e que seja citada a fonte</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>3</p><p>Dedicar-se ao estudo das palavras é relevante para uma maior segurança no</p><p>uso adequado Língua Portuguesa, sanando dúvidas remanescentes desde os</p><p>primeiros anos escolares e evitando erros no seu emprego.</p><p>A morfologia é a parte da gramática que estuda a palavra, analisando:</p><p>Objetivos:</p><p>• Reconhecer qual classe gramatical pertence determinada palavra para</p><p>compreender como utilizá-la de acordo com a sua função e classificação na</p><p>elaboração de textos;</p><p>• Revisar as diversas flexões possíveis das palavras, a fim de que o termo esteja</p><p>adequado com o que se quer expressar;</p><p>• Compreender a estrutura das palavras e os mecanismos de sua formação,</p><p>visando domínio do vocabulário e interpretação de textos.</p><p>As Classes Gramaticais, também conhecidas como Categorias ou Classes de</p><p>Palavras, são agrupamentos de termos que compartilham características</p><p>semelhantes quanto ao seu uso e função na estrutura das frases. Esse assunto é</p><p>essencial para a construção de sentenças coerentes e corretas, permitindo que</p><p>possamos comunicar nossas ideias de maneira eficaz e precisa.</p><p>SUBSTANTIVO</p><p>Os substantivos são palavras que nomeiam seres, coisas, lugares, ideias, entre</p><p>outros. Eles são fundamentais na estruturação das frases e desempenham um papel</p><p>essencial na comunicação, permitindo que possamos identificar e descrever o mundo</p><p>ao nosso redor.</p><p>Conhecer suas classificações e flexões nos ajuda a construir frases mais precisas e</p><p>eficazes, melhorando tanto a escrita quanto a fala.</p><p>MÓDULO 2</p><p>Morfologia</p><p>✓ Classificações</p><p>✓ Flexões</p><p>✓ Estrutura</p><p>✓ Formação</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>4</p><p>Classificação dos Substantivos</p><p>Os substantivos podem ser classificados de várias maneiras, conforme descrito a</p><p>seguir:</p><p>1. Substantivos Comuns e Próprios:</p><p>Comuns: Nomeiam coisas e seres de uma mesma categoria ou espécie</p><p>de forma genérica.</p><p>Exemplos: cidade, pessoa, animal.</p><p>Próprios: Nomeiam seres específicos, distinguindo-os dos demais da</p><p>mesma espécie, sendo que as iniciais dos nomes inicia-se com letra</p><p>maiúscula.</p><p>Exemplos: São Paulo, Maria, Brasil.</p><p>2. Substantivos Concretos e Abstratos:</p><p>Concretos: Nomeiam seres que são palpáveis, têm existência própria</p><p>e que podem ser sentidos independentemente de outros seres.</p><p>Exemplos: mesa, livro, árvore.</p><p>Abstratos: Nomeiam seres imateriais, que dependem de outros para</p><p>existirem, geralmente são ideias, sentimentos, estados ou ações.</p><p>Exemplos: alegria, bondade, amor, leitura.</p><p>3. Substantivos Simples e Compostos:</p><p>Simples: Formados por uma única palavra.</p><p>Exemplos: casa, flor, sol.</p><p>Compostos: Formados por mais de uma palavra.</p><p>Exemplos: girassol, pontapé, passatempo, sexta-feira.</p><p>4. Substantivos Primitivos e Derivados:</p><p>Primitivos: Não derivam de outras palavras.</p><p>Exemplos: pedra, folha, livro.</p><p>Derivados: Derivam de outras palavras.</p><p>Exemplos: pedreira, folhagem, livraria.</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>5</p><p>5. Substantivos Coletivos: Nomeiam um conjunto de seres da mesma espécie.</p><p>Exemplos: enxame (conjunto de abelhas), alcateia (conjunto de lobos), biblioteca</p><p>(conjunto de livros).</p><p>Flexões dos Substantivos</p><p>Os substantivos podem se flexionar em gênero, número e grau:</p><p>1. Flexão de Gênero:</p><p>Masculino e Feminino: Indicam o sexo dos seres.</p><p>Exemplos: menino/menina, gato/gata.</p><p>Alguns substantivos apresentam uma forma única para ambos os gêneros, sendo</p><p>definidos pelo artigo.</p><p>Exemplos: o estudante / a estudante, o artista / a artista.</p><p>2. Flexão de Número:</p><p>Singular e Plural: Indicam se o substantivo se refere a um ou mais</p><p>seres.</p><p>Exemplos: carro/carros, flor/flores.</p><p>Plural dos substantivos compostos pode variar conforme as regras específicas.</p><p>Exemplos: guarda-chuva/guarda-chuvas, alto-falante/alto-</p><p>falantes, cirurgiões-dentistas.</p><p>3. Flexão de Grau:</p><p>Aumentativo e Diminutivo: Indicam o tamanho dos seres, podendo</p><p>expressar também afetividade ou desprezo.</p><p>Exemplos: casa (normal), casarão (aumentativo), casinha</p><p>(diminutivo); menino (normal), meninão (aumentativo), menininho</p><p>(diminutivo).</p><p>Exemplos e Uso dos Substantivos</p><p>1. Substantivo Comum:</p><p>Exemplo: "O cachorro latiu."</p><p>Uso: Nomeia um ser genérico da espécie canina.</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>6</p><p>2. Substantivo Próprio:</p><p>Exemplo: "O João viajou para a Europa."</p><p>Uso: Nomeia um ser específico (João) e um lugar específico (Europa).</p><p>3. Substantivo Concreto:</p><p>Exemplo: "A cadeira está quebrada."</p><p>Uso: Nomeia um objeto com existência própria.</p><p>4. Substantivo Abstrato:</p><p>Exemplo: "A coragem é uma virtude."</p><p>Uso: Nomeia uma ideia ou qualidade.</p><p>5. Substantivo Coletivo:</p><p>Exemplo: "A matilha correu pela floresta."</p><p>Uso: Nomeia um conjunto de lobos.</p><p>Estudar substantivos é essencial para uma compreensão completa da Língua</p><p>Portuguesa. Os substantivos são a base da comunicação, permitindo-nos nomear e</p><p>categorizar o mundo ao nosso redor. Conhecer suas classificações e flexões nos</p><p>ajuda a construir frases mais precisas e eficazes, melhorando tanto a escrita quanto</p><p>a fala. Com a prática e o estudo contínuo, podemos dominar o uso dos substantivos</p><p>e enriquecer nosso vocabulário, contribuindo para uma comunicação mais clara e</p><p>expressiva.</p><p>ADJETIVO</p><p>Os adjetivos são palavras que atribuem características, qualidades ou estados aos</p><p>substantivos, modificando-os e especificando-os. Eles podem indicar características</p><p>físicas, emocionais, sensoriais, entre outras.</p><p>Exemplos:</p><p>- casa grande</p><p>- carro rápido</p><p>- pessoa alegre</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>7</p><p>Flexões dos Adjetivos</p><p>Os adjetivos em Português podem sofrer flexões em gênero (masculino e feminino),</p><p>número (singular e plural) e grau (comparativo e superlativo).</p><p>Flexão de Gênero</p><p>Os adjetivos podem concordar com o gênero do substantivo a que se referem.</p><p>Existem adjetivos uniformes (não variam em gênero) e biformes (variam em gênero).</p><p>Adjetivos Uniformes</p><p>Os adjetivos uniformes têm a mesma forma para o masculino e para o feminino.</p><p>Exemplos:</p><p>- O aluno inteligente</p><p>- A aluna inteligente</p><p>Adjetivos Biformes</p><p>Os adjetivos biformes apresentam formas diferentes para o masculino e para o</p><p>feminino.</p><p>Exemplos:</p><p>- O menino esforçado</p><p>- A menina esforçada</p><p>Flexão de Número</p><p>Os</p><p>adjetivos também concordam com o número (singular ou plural) do substantivo a</p><p>que se referem.</p><p>➔ Singular</p><p>- O livro interessante</p><p>- A história emocionante</p><p>➔ Plural</p><p>- Os livros interessantes</p><p>- As histórias emocionantes</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>8</p><p>Flexão de Grau</p><p>Os adjetivos podem variar em grau para expressar diferentes intensidades ou</p><p>comparações. Existem dois graus principais: comparativo e superlativo.</p><p>➔ Grau Comparativo</p><p>O grau comparativo é usado para comparar duas ou mais entidades. Pode ser de</p><p>igualdade, superioridade ou inferioridade.</p><p>- Comparativo de Igualdade: tão... quanto/como</p><p>- Exemplo: Ela é tão inteligente quanto ele.</p><p>- Comparativo de Superioridade: mais... do que</p><p>- Exemplo: Ele é mais rápido do que ela.</p><p>- Comparativo de Inferioridade: menos... do que</p><p>- Exemplo: Ela é menos paciente do que ele.</p><p>➔ Grau Superlativo</p><p>O grau superlativo pode ser absoluto ou relativo.</p><p>★ Superlativo Absoluto</p><p>- Analítico: usa-se um advérbio de intensidade.</p><p>Exemplo: Ela é muito inteligente.</p><p>- Sintético: usa-se um sufixo.</p><p>Exemplo: Ela é inteligentíssima.</p><p>★ Superlativo Relativo</p><p>- De Superioridade: indica que algo ou alguém se destaca em relação a um</p><p>grupo.</p><p>Exemplo: Ele é o mais rápido da turma.</p><p>- De Inferioridade: indica que algo ou alguém é o menos destacado em</p><p>relação a um grupo.</p><p>Exemplo: Ela é a menos paciente da turma.</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>9</p><p>ADVÉRBIO</p><p>Os advérbios são palavras que modificam verbos, adjetivos ou outros advérbios,</p><p>fornecendo informações adicionais sobre tempo, modo, lugar, intensidade, entre</p><p>outros aspectos. Eles são essenciais para dar mais detalhes e precisão às frases.</p><p>Classificação dos Advérbios</p><p>1. Advérbios de Tempo: Indicam quando uma ação ocorre.</p><p>- Exemplos: hoje, ontem, amanhã, sempre, nunca, já, logo.</p><p>2. Advérbios de Lugar: Indicam onde uma ação ocorre.</p><p>- Exemplos: aqui, ali, lá, cá, longe, perto, acima, abaixo, acolá.</p><p>3. Advérbios de Modo: Indicam como uma ação ocorre.</p><p>- Exemplos: bem, mal, depressa, devagar, melhor, pior, assim, calmamente.</p><p>4. Advérbios de Intensidade: Indicam a intensidade de uma ação, adjetivo ou outro</p><p>advérbio.</p><p>- Exemplos: muito, pouco, bastante, demais, tão, tanto, menos, mais.</p><p>5. Advérbios de Negação: Indicam a negação de uma ação ou característica.</p><p>- Exemplos: não, nunca, jamais.</p><p>6. Advérbios de Afirmação: Indicam a confirmação de uma ação ou característica.</p><p>- Exemplos: sim, certamente, realmente.</p><p>7. Advérbios de Dúvida: Indicam incerteza sobre uma ação ou característica.</p><p>- Exemplos: talvez, possivelmente, provavelmente, quiçá.</p><p>8. Advérbios de Interrogação: Utilizados para fazer perguntas sobre tempo, lugar,</p><p>modo, etc.</p><p>- Exemplos: quando, onde, como.</p><p>Formação dos Advérbios</p><p>Os advérbios podem ser formados de diversas maneiras:</p><p>1. Advérbios simples: São formados por uma única palavra.</p><p>- Exemplos: agora, cedo, tarde.</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>10</p><p>2. Advérbios compostos: São formados pela junção de duas palavras.</p><p>- Exemplos: abaixo, acima, afora.</p><p>3. Locuções adverbiais: Conjunto de duas ou mais palavras que funcionam como</p><p>um advérbio.</p><p>- Exemplos: à tarde, de repente, em breve, às vezes.</p><p>Exemplos e Uso dos Advérbios</p><p>1. Advérbio de Tempo:</p><p>- Exemplo: "Ele chegou ontem."</p><p>- Uso: Indica quando a ação de chegar aconteceu.</p><p>2. Advérbio de Lugar:</p><p>- Exemplo: "Eles estão aqui."</p><p>- Uso: Indica onde a ação de estar ocorre.</p><p>3. Advérbio de Modo:</p><p>- Exemplo: "Ela falou calmamente."</p><p>- Uso: Indica como a ação de falar foi realizada.</p><p>4. Advérbio de Intensidade:</p><p>- Exemplo: "Ele é muito inteligente."</p><p>- Uso: Indica a intensidade da característica de ser inteligente.</p><p>5. Advérbio de Negação:</p><p>- Exemplo: "Eu não vou à festa."</p><p>- Uso: Indica a negação da ação de ir à festa.</p><p>6. Advérbio de Afirmação:</p><p>- Exemplo: "Ela certamente virá."</p><p>- Uso: Indica a confirmação da ação de vir.</p><p>7. Advérbio de Dúvida:</p><p>- Exemplo: "Talvez eu vá ao cinema."</p><p>- Uso: Indica a incerteza da ação de ir ao cinema.</p><p>8. Advérbio de Interrogação:</p><p>- Exemplo: "Onde você estava?"</p><p>- Uso: Utilizado para perguntar sobre o lugar.</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>11</p><p>Os advérbios são fundamentais para enriquecer a linguagem, fornecendo detalhes</p><p>essenciais sobre as ações, características e circunstâncias descritas. Com a prática,</p><p>torna-se mais fácil identificá-los e usá-los corretamente, aprimorando assim a</p><p>comunicação escrita e oral.</p><p>PRONOME</p><p>São uma classe gramatical fundamental na Língua Portuguesa e em muitas outras</p><p>línguas. Eles desempenham um papel crucial na construção de frases, permitindo</p><p>substituir ou acompanhar substantivos, o que evita repetições e facilita a coesão e a</p><p>clareza do discurso. Compreender os pronomes e suas classificações é essencial</p><p>para a comunicação eficaz, tanto na fala quanto na escrita. Neste material,</p><p>exploraremos as diferentes classificações dos pronomes, oferecendo exemplos e</p><p>explicações detalhadas para cada categoria.</p><p>Classificações dos Pronomes</p><p>Os pronomes são classificados de acordo com a função que desempenham na frase.</p><p>As principais classificações são:</p><p>1. Pronomes Pessoais</p><p>Substituem os substantivos que indicam as pessoas do discurso (quem fala, com</p><p>quem se fala e de quem se fala).</p><p>● Reto: sujeito da oração.</p><p>Eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas</p><p>Exemplo: Eu gosto de música.</p><p>● Oblíquo: objeto direto ou indireto, complemento verbal ou nominal.</p><p>Me, te, se, o/a, lhe, nos, vos, lhes</p><p>Exemplo: Ela me viu.</p><p>MÓDULO 2</p><p>1. Pronomes Pessoais</p><p>2. Pronomes Possessivos</p><p>3. Pronomes Demonstrativos</p><p>4. Pronomes Indefinidos</p><p>5. Pronomes Interrogativos</p><p>6. Pronomes Relativos</p><p>7. Pronomes de Tratamento</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>12</p><p>2. Pronomes Possessivos</p><p>Indicam posse ou pertencimento a um dos pronomes pessoais.</p><p>● Meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus, suas, nosso,</p><p>nossa, nossos, nossas, vosso, vossa, vossos, vossas</p><p>● Exemplo: Este é meu livro.</p><p>3. Pronomes Demonstrativos</p><p>Os pronomes demonstrativos situam os substantivos no tempo, no espaço ou no</p><p>discurso.</p><p>● Este, esta, estes, estas, esse, essa, esses, essas, aquele, aquela, aqueles,</p><p>aquelas, isto, isso, aquilo</p><p>● Exemplo: Este livro é meu.</p><p>Regra específica quanto ao uso:</p><p>● Tempo - "Este" é usado para o presente: Este ano está difícil; "Esse" é usado para</p><p>o passado recente ou futuro próximo: Esse mês foi complicado; "Aquele" é usado para</p><p>o passado distante: Aquele ano foi memorável.</p><p>● Espaço - "Este" indica algo perto de quem fala: Minha caneta é esta aqui; "Esse"</p><p>indica algo perto de quem ouve: Esse teu chaveiro é lindo; "Aquele" indica algo longe</p><p>de ambos; Aquela parte da cortina está manchada.</p><p>● Discurso - "Este" é usado para referir-se ao que ainda será mencionado: Este é o</p><p>caso: falta de comunicação; "Esse" é usado para referir-se ao que já foi mencionado:</p><p>Falta de comunicação, esse é o caso.</p><p>4. Pronomes Indefinidos</p><p>Os pronomes indefinidos referem-se de forma vaga ou imprecisa aos substantivos.</p><p>● Algum, alguns, alguma, algumas, nenhum, nenhuma, todo, toda, todos, todas,</p><p>muito, muita, muitos, muitas, pouco, pouca, poucos, poucas, certo, certa,</p><p>certos, certas, vários, várias, outro, outra, outros, outras, alguém, ninguém,</p><p>algo, tudo, nada, cada, mais, menos, tal</p><p>● Exemplo: Alguém bateu na porta.</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>13</p><p>5. Pronomes</p><p>Interrogativos</p><p>Os pronomes interrogativos são usados para formular perguntas diretas ou indiretas.</p><p>● Quem, que, qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas</p><p>● Exemplo: Quanto custa esse curso?</p><p>6. Pronomes Relativos</p><p>Os pronomes relativos substituem um termo da oração anterior, ligando duas orações.</p><p>● Que, quem, cujo, cuja, cujos, cujas, onde</p><p>● Exemplo: O livro que eu li é interessante.</p><p>Os pronomes são uma ferramenta essencial na Língua Portuguesa, proporcionando</p><p>clareza, coesão e economia na comunicação. Compreender suas diferentes</p><p>classificações e usos é fundamental para aprimorar a competência linguística. O</p><p>domínio dos pronomes não só enriquece a capacidade de expressão, mas também</p><p>facilita a compreensão de textos e discursos, contribuindo para uma comunicação</p><p>mais eficiente e precisa. Esperamos que esta apostila tenha oferecido uma visão clara</p><p>e abrangente sobre os pronomes e suas funções.</p><p>7. Pronomes de Tratamento</p><p>Os pronomes de tratamento são palavras utilizadas para se referir diretamente a uma</p><p>pessoa, indicando respeito, formalidade ou hierarquia.</p><p>➢ Você: Informal, usado no cotidiano com pessoas de mesma idade, nível</p><p>hierárquico ou com as quais se tem intimidade.</p><p>Exemplo: "Você pode me ajudar?"</p><p>➢ Senhor (Sr.) / Senhora (Sra.): Formal, usado com pessoas mais velhas,</p><p>desconhecidas ou em situações que exigem respeito.</p><p>Exemplo: "Senhora, deseja alguma coisa?"</p><p>➢ Vossa Senhoria (V. S.ª): Correspondência formal, especialmente em</p><p>documentos oficiais e comunicações comerciais. Indicado para cargos intermediários,</p><p>como gerentes ou diretores de empresas.</p><p>Exemplo: "Solicitamos a Vossa Senhoria a gentileza de comparecer à reunião."</p><p>➢ Vossa Excelência (V. Ex.ª): Tratamento dado a altas autoridades, como</p><p>ministros, governadores, embaixadores, desembargadores, juízes, prefeitos,</p><p>senadores, deputados, entre outros.</p><p>Exemplo: "Vossa Excelência gostaria de fazer uso da palavra?"</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>14</p><p>➢ Vossa Magnificência (V. Ma g.ª): Tratamento formal usado para reitores de</p><p>universidades.</p><p>Exemplo: "Vossa Magnificência, o reitor da universidade, fará o discurso de abertura."</p><p>➢ Vossa Santidade (V. S.): Exclusivo para o Papa.</p><p>Exemplo: "Vossa Santidade, o Papa, discursará hoje à tarde."</p><p>➢ Vossa Reverendíssima (V. Revma.): Utilizado para referir-se a religiosos de</p><p>alto escalão, como bispos e cardeais.</p><p>Exemplo: "Vossa Reverendíssima estará presente na cerimônia?"</p><p>➢ Vossa Alteza (V. A.): Utilizado para príncipes e princesas.</p><p>Exemplo: "Vossa Alteza estará na festa?"</p><p>➢ Vossa Majestade (V. M.): Exclusivo para reis e rainhas.</p><p>Exemplo: "Vossa Majestade, o Rei, fará um pronunciamento."</p><p>NUMERAL</p><p>São palavras que expressam quantidade, ordem, fração ou multiplicação. Eles podem</p><p>ser utilizados como substantivos ou adjetivos e são fundamentais na estrutura das</p><p>frases, especialmente quando se trata de descrever quantidades e relações</p><p>numéricas. Os numerais podem ser classificados em quatro categorias principais:</p><p>1. Numerais Cardinais: Indicam quantidade.</p><p>Exemplos: um, dois, três, quatro, cinco, etc.</p><p>Exemplo de uso: "Eu tenho dois gatos."</p><p>2. Numerais Ordinais: Indicam a posição ou a ordem de um elemento em uma</p><p>sequência.</p><p>Exemplos: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto, etc.</p><p>Exemplo de uso: "Ele foi o primeiro a chegar."</p><p>3. Numerais Fracionários: Indicam frações de um todo.</p><p>Exemplos: um meio, um terço, dois quintos, etc.</p><p>Exemplo de uso: "Eu comi um terço da pizza."</p><p>4. Numerais Multiplicativos: Indicam multiplicação ou a quantidade de vezes</p><p>que algo ocorre.</p><p>Exemplos: dobro, triplo, quádruplo, etc.</p><p>Exemplo de uso: "Ele recebeu o dobro do salário."</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>15</p><p>Características dos Numerais</p><p>● Acordo com o Substantivo: Os numerais podem concordar em gênero e</p><p>número com os substantivos que qualificam.</p><p>Exemplo: "Duas meninas" (feminino), "Dois meninos" (masculino).</p><p>● Numerais e Ordem: A ordem dos numerais em uma frase pode alterar o</p><p>significado.</p><p>Exemplo: "Ele tem um cachorro e dois gatos" (um cachorro, dois</p><p>gatos) vs. "Ele tem dois cachorros e um gato" (dois cachorros, e um</p><p>gato).</p><p>Os numerais são usados em diversas situações, como:</p><p>A classe gramatical dos numerais desempenha um papel determinante na</p><p>comunicação eficaz em Português. Através da compreensão dos diferentes tipos de</p><p>numerais e suas aplicações, podemos aprimorar a habilidade de expressar</p><p>quantidades, ordens e relações matemáticas. O domínio dos numerais é fundamental</p><p>não apenas para a gramática, mas também para a clareza na comunicação em</p><p>situações cotidianas e acadêmicas.</p><p>ARTIGO</p><p>Na Língua Portuguesa, a gramática desempenha um papel essencial na construção</p><p>de frases e na comunicação eficiente. Dentro desse vasto universo gramatical, uma</p><p>das classes de palavras fundamentais é a dos artigos.</p><p>São palavras que antecedem os substantivos, especificando-os e determinando-os</p><p>de maneira clara no contexto de uma frase. Este guia tem como objetivo explorar a</p><p>classe gramatical dos artigos, detalhando suas funções, tipos e exemplos práticos</p><p>para um melhor entendimento e aplicação correta na escrita e na fala. Os artigos na</p><p>Língua Portuguesa dividem-se em dois tipos principais: definidos e indefinidos. Cada</p><p>um deles desempenha uma função específica na frase e possui características</p><p>distintas.</p><p>MÓDULO 2</p><p>● Matemática: Para realizar operações e resolver problemas.</p><p>● Datas: Para indicar anos, meses e dias.</p><p>● Medidas: Para expressar quantidades em receitas, construções, etc.</p><p>● Classificações: Para organizar eventos, competições, etc.</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>16</p><p>Artigos Definidos</p><p>São usados para indicar que o substantivo a que se referem é específico e já</p><p>conhecido pelo interlocutor. Eles são:</p><p>● O (masculino singular): O carro está estacionado.</p><p>● A (feminino singular): A casa é grande.</p><p>● Os (masculino plural): Os meninos estão jogando.</p><p>● As (feminino plural): As flores são lindas.</p><p>Artigos Indefinidos</p><p>Os artigos indefinidos, por outro lado, são usados quando o substantivo é genérico</p><p>ou não específico. Eles são:</p><p>● Um (masculino singular): Um cachorro entrou no jardim.</p><p>● Uma (feminino singular): Uma estrela cadente passou.</p><p>● Uns (masculino plural): Uns livros foram doados.</p><p>● Umas (feminino plural): Umas pessoas chegaram cedo.</p><p>Os artigos desempenham diversas funções nas frases, tais como:</p><p>1. Determinação: Indicam se o substantivo é específico ou genérico.</p><p>Exemplo: O livro (específico) vs. Um livro (genérico).</p><p>2. Especificação: Delimitam o substantivo no contexto da frase.</p><p>Exemplo: A caneta (específica) vs. Uma caneta (qualquer).</p><p>3. Concordância: Concordam em gênero (masculino/feminino) e número</p><p>(singular/plural) com o substantivo que acompanham.</p><p>Exemplo: Os alunos (masculino plural) vs. As alunas (feminino plural).</p><p>Os artigos são uma classe gramatical essencial na Língua Portuguesa,</p><p>desempenhando o papel de especificação e determinação dos substantivos.</p><p>Compreender a diferença entre artigos definidos e indefinidos, bem como suas</p><p>funções, é importante para a construção de frases claras e precisas. A correta</p><p>aplicação dos artigos não só facilita a comunicação, mas também enriquece a</p><p>expressão escrita e oral, tornando-a mais fluida e compreensível. Ao dominar o uso</p><p>dos artigos, aprimoramos nossa capacidade de transmitir informações de maneira</p><p>eficaz e correta.</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>17</p><p>VERBO</p><p>São palavras que indicam ação, estado ou fenômenos da natureza. Eles são uma das</p><p>classes gramaticais mais importantes em qualquer idioma, pois são essenciais para</p><p>a construção de frases e para a comunicação de ideias.</p><p>Os tempos verbais indicam</p><p>quando uma ação ocorre. Existem três tempos principais:</p><p>Tempos Verbais</p><p>- Presente</p><p>Indica uma ação que ocorre no momento em que se fala ou uma verdade universal.</p><p>● Presente: Eu estudo todos os dias.</p><p>- Passado</p><p>Refere-se a ações que já ocorreram.</p><p>● Pretérito Perfeito: Eu estudei ontem.</p><p>● Pretérito Imperfeito: Eu estudava quando era criança.</p><p>● Pretérito Mais-que-perfeito: Eu estudara para o concurso quando ele chegou.</p><p>- Futuro</p><p>Refere-se a ações que ocorrerão depois do momento em que se fala.</p><p>● Futuro do Presente: Eu estudarei amanhã.</p><p>● Futuro do Pretérito: Eu estudaria se tivesse tempo.</p><p>Modos Verbais</p><p>Indicam a atitude do falante em relação à ação expressa pelo verbo. Os modos</p><p>principais são:</p><p>➔ Indicativo</p><p>Expressa uma ação certa, real ou objetiva.</p><p>● Presente: Eu como.</p><p>● Pretérito Perfeito: Eu comi.</p><p>● Pretérito Imperfeito: Eu comia.</p><p>● Pretérito Mais-que-perfeito: Eu comera.</p><p>● Futuro do Presente: Eu comerei.</p><p>● Futuro do Pretérito: Eu comeria.</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>18</p><p>➔ Subjuntivo</p><p>Expressa dúvida, desejo, suposição ou ação hipotética.</p><p>● Presente: Que eu coma.</p><p>● Pretérito Imperfeito: Se eu comesse.</p><p>● Futuro: Quando eu comer.</p><p>➔ Imperativo</p><p>Expressa ordem, pedido, convite ou conselho.</p><p>● Afirmativo: Leia!</p><p>● Negativo: Não leia!</p><p>➔ Infinitivo</p><p>Pode funcionar como nome ou verbo.</p><p>● Pessoal: Para eu comer, preciso lavar as mãos.</p><p>● Impessoal: Comer é necessário.</p><p>Os tempos e modos verbais são ferramentas essenciais para a comunicação eficaz,</p><p>permitindo que possamos expressar com precisão quando uma ação ocorre e qual é</p><p>a nossa atitude em relação a essa ação.</p><p>Locução Verbal</p><p>A locução verbal é uma combinação de dois ou mais verbos que atuam juntos para</p><p>expressar uma única ação, estado ou fenômeno. Nessa estrutura, geralmente, temos</p><p>um verbo auxiliar seguido de um verbo principal no infinitivo, no gerúndio ou no</p><p>particípio.</p><p>1. Verbo Auxiliar: É o verbo que ajuda a formar os tempos compostos e as</p><p>formas perifrásticas. Exemplos de verbos auxiliares incluem "ter", "haver",</p><p>"estar", "ser", "ir", "dever", "poder", "querer", "precisar", "começar", entre</p><p>outros.</p><p>2. Verbo Principal: É o verbo que carrega o significado principal da ação. Pode</p><p>aparecer no infinitivo (forma básica do verbo), no gerúndio (forma nominal que</p><p>indica uma ação contínua) ou no particípio (forma nominal que indica uma ação</p><p>concluída).</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>19</p><p>Exemplos de Locuções Verbais</p><p>1. Infinitivo:</p><p>Vou viajar amanhã.</p><p>Preciso estudar mais.</p><p>Ele pode sair agora.</p><p>2. Gerúndio:</p><p>Estamos estudando para o exame.</p><p>Ela ficou olhando para o céu.</p><p>Ele está correndo no parque.</p><p>3. Particípio:</p><p>Tenho estudado muito.</p><p>Eles haviam terminado o trabalho.</p><p>Ela está cansada.</p><p>Locuções verbais podem indicar diferentes aspectos da ação, tais como:</p><p>Locuções verbais são importantes porque permitem expressar nuances de tempo,</p><p>aspecto e modo de uma maneira que não seria possível com um único verbo. Elas</p><p>enriquecem a linguagem e permitem uma maior precisão na comunicação.</p><p>PREPOSIÇÃO</p><p>São palavras invariáveis que estabelecem relações entre dois ou mais termos de uma</p><p>oração, indicando circunstâncias de lugar, tempo, causa, modo, posse, entre outras.</p><p>Elas são fundamentais para a coesão e a coerência textual, pois conectam palavras</p><p>e expressões, formando estruturas que possibilitam a compreensão clara e precisa</p><p>das ideias transmitidas. Nosso objetivo é o de apresentar os principais tipos de</p><p>preposições, suas funções e exemplos de uso, proporcionando uma base sólida para</p><p>o estudo e a aplicação correta dessas importantes palavras na Língua Portuguesa.</p><p>MÓDULO 2</p><p>● Tempo: "Vou fazer isso amanhã" (futuro próximo).</p><p>● Modo: "Pode ser que chova" (possibilidade).</p><p>● Aspecto: "Estou comendo agora" (ação em progresso).</p><p>● Voz Passiva: "O livro foi escrito por ela" (ênfase na ação e não no</p><p>agente).</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>20</p><p>Tipos de Preposições</p><p>Preposições Essenciais</p><p>São aquelas que possuem função exclusivamente prepositiva. Elas não mudam de</p><p>classe gramatical. São elas:</p><p>● a</p><p>● ante</p><p>● até</p><p>● após</p><p>● com</p><p>● contra</p><p>● de</p><p>● desde</p><p>● em</p><p>● entre</p><p>● para</p><p>● perante</p><p>● por</p><p>● sem</p><p>● sob</p><p>● sobre</p><p>● trás</p><p>Preposições Acidentais</p><p>São palavras que pertencem a outras classes gramaticais, mas que podem funcionar</p><p>como preposições em determinados contextos. Exemplos:</p><p>● conforme</p><p>● durante</p><p>● exceto</p><p>● mediante</p><p>● salvo</p><p>● segundo</p><p>● visto</p><p>Função das preposições</p><p>Indicação de Lugar</p><p>As preposições podem indicar a localização ou a direção de um elemento em relação</p><p>a outro. Exemplos:</p><p>● A chave está sobre a mesa.</p><p>● Ele foi até o parque.</p><p>● O gato está dentro da caixa.</p><p>Indicação de Tempo</p><p>As preposições também são usadas para situar ações ou eventos no tempo.</p><p>Exemplos:</p><p>● O show começa às 20h.</p><p>● Ele morou em Paris durante dois anos.</p><p>● Vamos nos encontrar depois do almoço.</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>21</p><p>Indicação de Causa</p><p>Elas podem indicar a causa ou o motivo de uma ação. Exemplos:</p><p>● Estou cansado por causa do trabalho.</p><p>● Ele chorou de emoção.</p><p>Indicação de Modo</p><p>As preposições podem expressar a maneira como uma ação é realizada. Exemplos:</p><p>● Ele agiu com prudência.</p><p>● O trabalho foi feito sem erros.</p><p>Indicação de Posse</p><p>Indicam a relação de posse entre dois termos. Exemplos:</p><p>● Esse é o livro de Maria.</p><p>● A casa do Pedro é grande.</p><p>Locuções prepositivas</p><p>São formadas por duas ou mais palavras que, juntas, têm valor de preposição.</p><p>Exemplos:</p><p>● ao lado de</p><p>● de acordo com</p><p>● em vez de</p><p>● à procura de</p><p>● por causa de</p><p>Uso das Preposições em Expressões Idiomáticas</p><p>As preposições muitas vezes aparecem em expressões idiomáticas, cuja tradução</p><p>literal nem sempre faz sentido. Exemplos:</p><p>● em cima de (no topo de)</p><p>● de acordo com (conforme)</p><p>● à medida que (conforme o tempo passa)</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>22</p><p>As preposições desempenham um papel de estruturação das frases, facilitando a</p><p>ligação entre palavras e expressões e garantindo clareza e precisão das mensagens</p><p>transmitidas. Compreender e aplicar corretamente as preposições é essencial para</p><p>uma comunicação eficaz e para a produção de textos com melhor qualidade.</p><p>CONJUNÇÃO</p><p>São termos ou expressões que conectam orações ou palavras em uma sentença,</p><p>desempenhando um papel de ligação na coesão e coerência do texto. Elas ajudam a</p><p>estabelecer relações lógicas entre diferentes partes de um discurso, facilitando a</p><p>compreensão e a fluidez da comunicação. No estudo da gramática, as conjunções</p><p>são classificadas em diferentes tipos, cada uma com funções específicas.</p><p>Tipos de Conjunções</p><p>As conjunções são divididas em dois grandes grupos: conjunções coordenativas e</p><p>conjunções subordinativas. Cada um desses grupos possui subclasses que serão</p><p>abordadas a seguir.</p><p>Conjunções Coordenativas</p><p>Ligam orações ou palavras de mesma função sintática, estabelecendo uma relação</p><p>de coordenação. Elas são subdivididas em cinco tipos principais:</p><p>1. Aditivas: Expressam adição de ideias.</p><p>Exemplos: e, nem, mas também, como também.</p><p>Exemplo de uso: "Estudei para a prova e fiz todos os exercícios."</p><p>2. Adversativas: Indicam oposição ou contraste.</p><p>Exemplos: mas, porém, todavia, contudo, entretanto.</p><p>Exemplo de uso: "Estudei muito, mas não consegui a nota desejada."</p><p>3. Alternativas: Expressam alternância ou escolha.</p><p>Exemplos: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja.</p><p>Exemplo de uso: "Você pode ir ao cinema ou</p><p>ficar em casa."</p><p>4. Conclusivas: Indicam conclusão ou consequência.</p><p>Exemplos: logo, portanto, por isso, pois (posposto ao verbo).</p><p>Exemplo de uso: "Estudei muito, portanto passei na prova."</p><p>5. Explicativas: Introduzem uma explicação ou justificativa.</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>23</p><p>Exemplos: porque, que, porquanto.</p><p>Exemplo de uso: "Não fui à festa porque estava doente."</p><p>Conjunções Subordinativas</p><p>Ligam uma oração principal a uma oração subordinada, estabelecendo uma relação</p><p>de subordinação. Elas podem ser classificadas em diferentes tipos, conforme a</p><p>relação que estabelecem:</p><p>1. Causais: Indicam causa.</p><p>Exemplos: porque, pois, já que, visto que, uma vez que.</p><p>Exemplo de uso: "Não fui à aula porque estava chovendo muito."</p><p>2. Comparativas: Estabelecem comparação.</p><p>Exemplos: como, tal qual, tal como, assim como.</p><p>Exemplo de uso: "Ela é tão inteligente quanto a irmã."</p><p>3. Concessivas: Expressam concessão.</p><p>Exemplos: embora, ainda que, mesmo que, se bem que.</p><p>Exemplo de uso: "Embora estivesse cansado, ele foi ao trabalho."</p><p>4. Condicionais: Indicam condição.</p><p>Exemplos: se, caso, contanto que, desde que.</p><p>Exemplo de uso: "Se chover, não iremos ao parque."</p><p>5. Conformativas: Expressam conformidade.</p><p>Exemplos: conforme, como, segundo, consoante.</p><p>Exemplo de uso: "Fez tudo conforme combinado."</p><p>6. Consecutivas: Indicam consequência.</p><p>Exemplos: de modo que, de forma que, de sorte que.</p><p>Exemplo de uso: "Ele estudou tanto que passou em primeiro lugar."</p><p>7. Finais: Expressam finalidade.</p><p>Exemplos: para que, a fim de que.</p><p>Exemplo de uso: "Estudei bastante para que pudesse passar no</p><p>concurso."</p><p>8. Proporcionais: Indicam proporção.</p><p>Exemplos: à medida que, à proporção que, quanto mais...mais.</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>24</p><p>Exemplo de uso: "À medida que estudava, compreendia melhor a</p><p>matéria."</p><p>9. Temporais: Indicam tempo.</p><p>Exemplos: quando, enquanto, assim que, logo que.</p><p>Exemplo de uso: "Quando cheguei, ele já tinha saído."</p><p>As conjunções desempenham um papel vital na construção de frases e textos,</p><p>proporcionando clareza e coerência à comunicação escrita e falada. Compreender as</p><p>diferentes categorias e funções das conjunções permite que escritores e falantes</p><p>articulem suas ideias de maneira mais eficaz, estabelecendo relações lógicas entre</p><p>diferentes partes do discurso. Assim, o estudo detalhado das conjunções é essencial</p><p>para qualquer pessoa aprimorar suas habilidades linguísticas e comunicativas.</p><p>INTERJEIÇÃO</p><p>É uma classe de palavras invariáveis que exprimem emoções, sentimentos ou</p><p>reações repentinas. Elas podem expressar alegria, tristeza, surpresa, alívio, medo,</p><p>dor, entre outras emoções. Geralmente, são usadas de forma isolada, mas também</p><p>podem aparecer no meio de frases.</p><p>Tipos de Interjeições</p><p>As interjeições podem ser classificadas de acordo com o tipo de emoção ou reação</p><p>que expressam. Abaixo estão algumas das principais categorias:</p><p>1. Interjeições de Alegria: São usadas para expressar felicidade e</p><p>contentamento.</p><p>Exemplos: Uhu!, Eba!, Viva!</p><p>2. Interjeições de Surpresa: Utilizadas quando algo inesperado acontece.</p><p>Exemplos: Nossa!, Uau!, Caramba!</p><p>3. Interjeições de Dor: Indicativas de sofrimento físico ou emocional.</p><p>Exemplos: Ai!, Ui!, Oh!</p><p>4. Interjeições de Desgosto: Exprimem desagrado ou repulsa.</p><p>Exemplos: Eca!, Credo!, Argh!</p><p>5. Interjeições de Chamamento: Usadas para chamar a atenção de alguém.</p><p>Exemplos: Ei!, Psiu!, Olá!</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>25</p><p>6. Interjeições de Silêncio: Indicativas de necessidade de silêncio ou atenção.</p><p>Exemplos: Shh!, Silêncio!, Cala-te!</p><p>Funções das Interjeições</p><p>As interjeições têm várias funções na comunicação:</p><p>1. Expressão Emocional: Permitem a expressão imediata de emoções sem a</p><p>necessidade de frases elaboradas.</p><p>2. Comunicação Rápida: São usadas para comunicação rápida e direta,</p><p>muitas vezes em situações de urgência.</p><p>3. Ênfase: Podem ser usadas para dar ênfase a um sentimento ou reação,</p><p>intensificando a mensagem.</p><p>4. Interação Social: Ajudam a manter a interação social, sinalizando estados</p><p>emocionais ou reações aos interlocutores.</p><p>As interjeições, embora muitas vezes esquecidas nos discursos, desempenham um</p><p>papel complementar na linguagem cotidiana. Elas permitem a expressão instantânea</p><p>de uma ampla gama de emoções e reações, contribuindo para uma comunicação</p><p>mais rica e expressiva na comunicação informal.</p><p>Compreender e utilizar interjeições de forma eficaz pode melhorar significativamente</p><p>nossas habilidades comunicativas, tornando nossas interações mais vivas e</p><p>emocionalmente ressonantes.</p><p>Agora que você já passou por todas as explicações sobre as classes gramaticais, já</p><p>pode avaliar qual o seu grau de aprendizagem preenchendo o quadro a seguir:</p><p>MÓDULO 2</p><p>Atividade de fixação:</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>26</p><p>Classe gramatical Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 3 Exemplo 4</p><p>desleal estudioso</p><p>Interjeição</p><p>embora mesmo que</p><p>Numeral</p><p>Preposição</p><p>subir correr</p><p>Artigos</p><p>paraquedas professor</p><p>seu nosso</p><p>Advérbio</p><p>É isso aí, agora que você já está sabendo mais sobre as classes gramaticais, o que</p><p>acha de dar continuidade aos estudos e avançar em outras temáticas da Língua</p><p>Portuguesa?</p><p>ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS</p><p>A Língua Portuguesa é rica e dinâmica, possibilitando a formação de novas palavras</p><p>a partir de diferentes processos. Compreender a estrutura das palavras e os</p><p>mecanismos de sua formação, facilita o domínio da grafia e interpretação de textos.</p><p>Estrutura das Palavras</p><p>➔ Radical</p><p>O radical é a base da palavra, o elemento que contém o significado principal.</p><p>Exemplo: "livr-" em "livro", "livraria", "livreiro".</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>A estrutura é o estudo dos elementos que compõem as palavras,</p><p>como o radical, tema, afixos (prefixos e sufixos), desinências, vogal</p><p>temática, vogais e consoantes de ligação. Enquanto que a formação</p><p>é o processo de criação de palavras, que pode ser feito por derivação</p><p>ou composição.</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>27</p><p>➔ Afixos</p><p>Os afixos são elementos que se juntam ao radical para formar novas palavras.</p><p>Existem dois tipos principais:</p><p>● Prefixos: Afixos que antecedem o radical. Exemplo: "des-" em "desfazer".</p><p>● Sufixos: Afixos que vêm após o radical. Exemplo: "-mente" em</p><p>"rapidamente".</p><p>➔ Vogal Temática</p><p>A vogal temática é aquela que se liga ao radical para receber as desinências.</p><p>Exemplo: "a" em "cantar".</p><p>➔ Desinências</p><p>As desinências indicam flexões de gênero, número, tempo, modo, etc. Exemplo: "-s"</p><p>em "livros" (plural).</p><p>Processos de Formação de Palavras</p><p>Derivação</p><p>➔ Prefixal</p><p>Formação de novas palavras com a adição de prefixos ao radical. Exemplo: "infeliz"</p><p>(in + feliz).</p><p>➔ Sufixal</p><p>Formação de novas palavras com a adição de sufixos ao radical. Exemplo: "felicidade"</p><p>(feliz + idade).</p><p>➔ Prefixal e Sufixal (Parassíntese)</p><p>Adição simultânea de prefixo e sufixo ao radical. Exemplo: "emborrachar" (em +</p><p>borracha + ar).</p><p>➔ Regressiva</p><p>Formação de novas palavras pela retirada de elementos. Exemplo: "pesca" (do verbo</p><p>"pescar").</p><p>MÓDULO 2</p><p>Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul</p><p>28</p><p>➔ Imprópria</p><p>Mudança de classe gramatical sem alteração na forma da palavra. Exemplo: "o jantar"</p><p>(substantivo derivado do verbo "jantar").</p><p>➔ Abreviação</p><p>Redução de palavras. Exemplo: "foto" (fotografia).</p><p>➔ Onomatopeia</p><p>Criação de palavras que imitam sons. Exemplo: "tic-tac".</p><p>➔ Estrangeirismo</p><p>Incorporação</p><p>de palavras de outras línguas. Exemplo: "internet".</p><p>Processos de Composição de Palavras</p><p>➔ Justaposição</p><p>Junção de palavras sem alteração das formas. Exemplo: "passatempo" (passa +</p><p>tempo).</p><p>➔ Aglutinação</p><p>Junção de palavras com alteração das formas. Exemplo: "planalto" (plano + alto).</p><p>Referências:</p><p>CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 48ª ed.</p><p>São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2021.</p><p>CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 3ª</p><p>ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2020.</p><p>MÓDULO 2</p>