Prévia do material em texto
<p>Imprimir</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Prezado estudante, falar da educação brasileira é um resgate �losó�co e histórico muito importante para todas as áreas do</p><p>conhecimento. Nesse momento, é procurar entender as questões históricas e sociais em torno do período de 1930 a 1964</p><p>como fonte de conhecimento da história brasileira. É um período de grandes transformações sociais e econômicas para o</p><p>Brasil.</p><p>Vargas governou o país entre os anos de 1930 e 1945. O chamado governo populista de Getúlio Vargas foi dividido em três</p><p>grandes momentos históricos: Governo Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo. Governo Provisório foi o</p><p>momento em que ele criou medidas fortes e centralizadoras, tais como o enfraquecimento do Poder Legislativo e o</p><p>fortalecimento do Poder Executivo do presidente, criando instituições, como o Ministério do Trabalho. O Governo</p><p>Constitucional iniciou com a promulgação da Constituição de 1934 e a eleição indireta de Vargas pela Assembleia Nacional</p><p>Constituinte. O Estado Novo foi a chamada fase ditatorial da Era Vargas, em 1937, quando ele outorgou uma nova</p><p>Constituição e decretou o fechamento do Congresso. Getúlio Vargas foi obrigado pelos militares a renunciar ao cargo em</p><p>outubro de 1945.</p><p>Aula 1</p><p>A EDUCAÇÃO BRASILEIRA DE 1930 A 1964</p><p>Prezado estudante, falar da educação brasileira é um resgate �losó�co e histórico muito importante para</p><p>todas as áreas do conhecimento.</p><p>28 minutos</p><p>FUNDAMENTOS</p><p>HISTÓRICOS DA</p><p>EDUCAÇÃO</p><p> Aula 1 - A educação brasileira de 1930 a</p><p>1964</p><p> Aula 2 - A educação brasileira entre 1964</p><p>e 1988</p><p> Aula 3 - A educação brasileira nos</p><p>governos Collor, FHC, Lula e Dilma</p><p> Aula 4 - A educação brasileira após 2015</p><p> Referências</p><p>123 minutos</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>O SENTIDO DO ESTADO NOVO E A EDUCAÇÃO</p><p>O conceito de Estado Novo é muito importante para compreendermos a fase ditatorial de Getúlio Vargas, de 1930 a 1945. Já</p><p>chamado golpe do Estado Novo, ocorreu no período de 1937 a 1945. Ele foi �nalizado quando os militares obrigaram Vargas</p><p>a se retirar da presidência. Getúlio Vargas criou um regime autoritário no Brasil, tomando posturas centralizadoras ao</p><p>poder, como adiar possíveis eleições, com o intuito de formar uma constituinte no Brasil. Ele criou esforços e posturas</p><p>autoritárias, que colocaram o Brasil no caminho do autoritarismo, utilizando-se das “ameaças do comunismo” como ideia de</p><p>ampliar o seu poder no governo. Antes de 1935, ano que �cou marcado como a Intentona Comunista, quando os</p><p>comunistas tentaram tomar o poder no Brasil a partir de lutas armadas, Vargas já tinha em mente medidas autoritárias</p><p>para a sociedade, as quais foram realizadas depois das revoltas comunistas. Assim, ele criou, em 1935, a Lei de Segurança</p><p>Nacional, ampliando os poderes do presidente para combater crimes contra a “ordem social”. Nesse mesmo período, criou</p><p>também o Tribunal de Segurança Nacional, punindo os réus da lei aprovada em 1935, ampliando a perseguição aos grupos</p><p>da esquerda. A política de Vargas alinhava-se às ideias e ao interesse do Exército brasileiro. A sociedade brasileira começava</p><p>a entender a ideia e a força do autoritarismo brasileiro que estava sendo implantado naquele momento.</p><p>Essa característica do Estado Novo era uma tendência mundial de radicalização dessa política autoritária. A Europa estava</p><p>vivendo as mesmas situações de radicalismo às frentes populares nos regimes autoritários e fascistas. Nesse sentido,</p><p>Skidmore (2010, p. 64) a�rma que “o sistema não político do Estado Novo era o veículo perfeito para seus grandes talentos</p><p>de conciliação e manipulação que por sua vez dependem de um contato extremamente pessoal com advertência e aliados</p><p>1”. Nesse período do Estado Novo, Vargas reforçou o nacionalismo falando de “brasilidade”, marcha para o oeste,</p><p>movimento de habitação e desenvolvimento do interior do país como formas de resgatar os reais valores da nação. No</p><p>contexto político do Estado Novo, as conquistas do movimento renovador, in�uenciando a Constituição de 1934, foram</p><p>enfraquecidas na nova Constituição de 1937, que distingue o trabalho intelectual do trabalho manual, levando o ensino</p><p>pro�ssional para as classes mais desfavorecidas. Em 1942, por iniciativa do Ministro Gustavo Capanema, foram reformados</p><p>alguns módulos do ensino. Reformas essas chamadas de Leis Orgânicas do Ensino e são entendidas por decretos/leis que</p><p>criaram o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), valorizando o ensino pro�ssionalizante.</p><p>O �m do Estado Novo determinou a adoção de uma Constituição liberal e democrática. Na área da educação, por exemplo,</p><p>determinava a obrigatoriedade do ensino primário e a legislação sobre diretrizes educacionais. Vargas percebeu que seu</p><p>regime vingaria após o �m da Segunda Guerra Mundial, dando início a uma nova postura política, aproximando-se mais dos</p><p>trabalhadores. Em 1964, um golpe militar abortou todas as iniciativas de mudanças na educação brasileira, sob o pretexto</p><p>de que as propostas eram “subversivas”.</p><p>O OLHAR SOBRE AS RUPTURAS HISTÓRICAS, EDUCACIONAL E PROFISSIONAL</p><p>Nesse momento, torna-se importante para você, pro�ssional das diversas áreas do conhecimento, perceber a importância</p><p>das questões históricas para a análise do social e econômico em que está vivenciando e o quanto se torna válida a</p><p>compreensão do Estado Novo e suas relações com o mundo social e do trabalho e o quanto a história nos permite essas</p><p>relações.</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>O Estado Novo implantado por Vargas, além de ser desleal com a história, não permitiu um Estado democrático mais cedo</p><p>no Brasil, di�cultando o desenvolvimento das etapas escolares no país, valorizando mais o trabalho manual em função de</p><p>um novo conceito de trabalho que estava por vir. Ainda, o Estado Novo de Vargas propôs que a arte, a ciência e o ensino</p><p>fossem livres à iniciativa do cidadão, ao agrupamento, às associações coletivas públicas e particulares, não atribuindo o</p><p>direito e o dever do Estado na educação. Dispôs, assim, a obrigatoriedade do ensino de trabalhos manuais a todas as</p><p>escolas normais, primárias e secundárias no Brasil. A educação no período de Vargas possuía um caráter propedêutico para</p><p>aqueles de melhor posição na pirâmide social, dessa forma, tinha um olhar pro�ssionalizante que atendesse apenas aos</p><p>mais pobres, com o desejo de que a classe operária �casse calada, rati�cando a ordem social dominante. Cria-se, assim,</p><p>uma jornada de trabalho de 44 horas semanais, carteira de trabalho e salário-mínimo.</p><p>A educação no Estado Novo foi uma forma de propagar e a�rmar o seu regime. Ineditamente, o programa educacional</p><p>apoiou os exercícios físicos no ambiente escolar e nas fábricas, evitando a entrada de ideias externas vindo da Europa, com</p><p>um olhar anarquista, as quais eram avançadas para o período de Vargas. Nesta perspectiva, o homem e o mundo que o</p><p>rodeia são considerados em processos de mudanças e de organização política. Assim, esse conhecimento nos permite</p><p>compreender as diferentes rupturas vividas pelo povo brasileiro.</p><p>Ainda percebendo as rupturas existentes, o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932, escrito durante o governo</p><p>Vargas, consolidava um olhar de um segmento da elite intelectual, em prol de mudanças signi�cativas na implementação de</p><p>um modelo educacional, afrontando o ideal nacionalista de Vargas. Reivindicava-se ensino público laico (desvinculado</p><p>da educação religiosa), gratuidade, obrigatoriedade e coeducação – meninos e meninas estudando no mesmo ambiente</p><p>escolar, conforme conta a historiadora Maria Luiza Marcílio, em seu livro História da Escola em São Paulo e no Brasil.</p><p>APRENDENDO COM OS FUNDAMENTOS HISTÓRICOS</p><p>A cada pro�ssional, será sempre importante olhar o outro a partir da sua história social, política e econômica. Para um país</p><p>como o Brasil, que passou por tantas mudanças severas, torna-se importante analisar, em todos os instantes, os símbolos</p><p>da sociedade, no olhar sociológico, �losó�co e psicológico, para podermos emitir um juízo que signi�que um resultado</p><p>plausível para a �gura humana, não de separatista ou mesmo preconceituoso, mas, sim, no sentido de percebermos as</p><p>diferentes formas de vivências e aceitação do outro. Compreender esses conceitos e estar no lugar do outro, na própria</p><p>existência humana, nos ajuda a pensar no outro como pro�ssional, aluno, amigo, cidadão pleno. Pensar na condição</p><p>humana e re�etir sobre a pessoa humana e sua ação na sociedade, na família e no convívio social e pro�ssional, assim</p><p>como entender as oportunidades dadas a um povo, o acesso ao ensino e à cultura e a participação política democrática</p><p>contribuem para o processo de aprendizagem.</p><p>Compreende-se a leitura dos pioneiros da educação como uma constante de mudanças na história vivida por nós. Sempre</p><p>haverá na história precursores de mudanças. Os fundamentos tornam-se importantes devido ao seu poder re�exivo,</p><p>formativo e cognitivo, ou seja, o estudo tem a capacidade de fazer com que o homem raciocine de forma a compreender o</p><p>porquê de se estudar determinado conteúdo e temas. O governo Vargas não possibilitou esse acesso pela forma de</p><p>governar e pensar sobre o outro na sociedade brasileira, não atribuindo a empatia da compreensão, e sim uma prática de</p><p>conduta para as elites em geral. Assim, o regime militar disseminou na educação o caráter antidemocrático de sua proposta</p><p>inicial de governo; educadores e trabalhadores foram presos e demitidos; houve invasão de universidades; estudantes</p><p>presos e feridos nos confrontos com a polícia e com os ideais de repressão de Vargas; alguns foram mortos.</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>VÍDEO RESUMO</p><p>Nesta aula, você poderá ter uma maior compreensão das questões da história social do Brasil e uma melhor análise das</p><p>contribuições para a interpretação dos fundamentos históricos da educação, tendo, principalmente, uma leitura crítica do</p><p>momento mais trágico da nossa história, no que tange à era de Getúlio Vargas como um presidente austero em sua relação</p><p>política.</p><p> Saiba mais</p><p>Caro aluno, aprofundaremos ainda mais nossos conhecimentos com os seguintes textos:</p><p>FERRAZ, F. C. Os Brasileiros e a Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar Editor, 2005.</p><p>NETO, L. Getúlio (1930-1945): Do governo provisório à ditadura do Estado Novo. São Paulo, SP: Cia das Letras, 2013.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Compreender a educação brasileira no período de 1964 a 1988 é entender o objetivo dos fundamentos da educação</p><p>brasileira durante o período da ditadura, resultando em um modelo tanto social quanto educacional, em uma rigorosa</p><p>imposição de leis e modelos de vivência frente à sociedade brasileira, em um domínio e uma prática de conduta autoritária,</p><p>revoltando intensamente a educação brasileira. Reformas voltadas à transformação da educação tradicional para uma</p><p>educação tecnicista criaram revoltas estudantis e uma insatisfação social muito grande no povo brasileiro quanto aos</p><p>aspectos culturais e políticos que estavam envolvidos naquele momento. Considerações importantes se �zeram do ponto</p><p>de vista de garantir a instalação da ditadura no Brasil. A Segunda Guerra Mundial interveio nas leis educacionais brasileiras</p><p>naquele momento, com uma prática ideológica voltada a uma educação técnico-pro�ssionalizante para uma mão de obra a</p><p>serviço de uma elite industrial que ali surgia.</p><p>DITADURA MILITAR E NOVOS CAMINHOS: ABERTURA POLÍTICA EM 1980 E A</p><p>CONSTITUIÇÃO DE 1988</p><p>Quais foram as reais causas para o período de 1964 a 1985 ser uma ditadura? Em 31 de março de 1964, aconteceu o golpe</p><p>militar, que visava evitar o avanço das organizações populares do governo de João Goulart, tido como comunista, sendo seu</p><p>ponto central a renúncia de Jânio Quadro em agosto de 1961. Naquele ano, no mês de março, militares contrários a João</p><p>Aula 2</p><p>A EDUCAÇÃO BRASILEIRA ENTRE 1964 E 1988</p><p>Compreender a educação brasileira no período de 1964 a 1988 é entender o objetivo dos fundamentos da</p><p>educação brasileira durante o período da ditadura.</p><p>30 minutos</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>Goulart (PTB) destituíram-no da presidência e assumiram o poder por meio de um golpe liderado pelas Forças Armadas,</p><p>implantando um regime ditatorial que durou 21 anos. Cada governante desse período teve uma característica própria e</p><p>distinta com suas peculiaridades. Houve momentos diferentes, como o disfarce legalista para a ditadura (1964-1968), anos</p><p>de terror de Estado (1969-1978) e a reabertura política (1979-1985), os quais tiveram fases e consequências sociais de</p><p>desigualdade muito grande, falta de acesso da população carente a todos os dados públicos, aumento da concentração de</p><p>renda a uma elite, in�ação exorbitante e aumento do endividamento externo.</p><p>Os militares, quando assumiram, em 1964, enfrentaram um período de bastante desordem na economia, com desequilíbrio</p><p>�scal e fracasso do Plano Trienal para retomar o crescimento econômico. Criou-se, assim, o AI-5, resposta dada pelo regime</p><p>militar para a crise que a ditadura enfrentou em 1968. Na ocasião, devido às mobilizações de estudantes, operários, artistas</p><p>e intelectuais, os militares decidiram “endurecer” o regime.</p><p>A ditadura militar governou o Brasil entre 1964 e 1985, durante os governos de Geisel (1974-1979) e João Figueiredo (1979-</p><p>1985), encerrando-se em 1988, com a promulgação da nova Constituição Federal.</p><p>Na ocasião, foi necessário o preparo de um processo que �cou conhecido como “abertura política”, que teve o objetivo de</p><p>realizar uma transição gradual, sistemática e segura para a democracia. Período esse de maior endurecimento e de lenta</p><p>transição, evitando uma forma bruta, pois existia o perigo de radicais de esquerda ou de direita tomarem o poder e</p><p>restabelecerem o autoritarismo no país.</p><p>Quais re�exos da ditadura podemos citar como importantes para a educação nacional? Uma constante repressão</p><p>instaurada em controlar os professores e o movimento estudantil; alterações nos cursos; in�ltração de agentes em salas de</p><p>aula, para controle de professores; o movimento estudantil; nas universidades públicas, a instalação de sistemas de</p><p>vigilâncias e espionagem contra docentes, estudantes e técnicos-administrativos; desaparecimento; privação de trabalhos;</p><p>interrupção de pesquisas acadêmicas. A educação no regime militar teve sucessivas reformas, como obrigatoriedade</p><p>curricular e reformulação da disciplina de Educação Moral e Cívica de Sociologia e Filoso�a, reunindo parte da disciplina</p><p>Organização Social e Política Brasileira (OSPB). Ocorreram reformas a partir da Lei nº 5.540/68, como no ensino superior,</p><p>com o processo de privatização das instituições e o desenvolvimento de pequeno porte. A Lei nº 5.692/71 vinha como uma</p><p>“atualização” da estrutura de ensino do país, efetivando a mudança do curso primário e o antigo ginásio para “1º grau”,</p><p>sendo que, com sua promulgação, o governo militar tinha a intenção de o�cializar a formação do povo para o trabalho</p><p>ainda na fase da adolescência.</p><p>Logo, podemos perceber e dizer que fundamentos históricos da educação têm um princípio, meio e �m bem demarcados e</p><p>facilmente observáveis. Fundamentos são rupturas marcantes, em que cada período determinado teve características</p><p>próprias.</p><p>AS REFORMAS EDUCACIONAIS NO CONTEXTO DA SOCIEDADE BRASILEIRA</p><p>As reformas educacionais em diferentes contextos históricos mostram que projetos e políticas públicas educacionais</p><p>sofrem interferências do empresariado nacional e internacional, pois o mercado local e global dita as regras para o setor</p><p>educacional.</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>Nesse sentido, sempre atenderá a uma elite empresarial e cultural econômica da sociedade em que os indivíduos</p><p>estiverem. Essas reformas foram elaboradas sem a participação social, fazendo com que haja ainda no país um elevado</p><p>número de pessoas não alfabetizadas, baixa qualidade do aprendizado na sociedade e di�culdade de cumprir o papel de</p><p>minimizar as desigualdades cultural, política e econômica aos mais desfavorecidos. Políticas educacionais baseadas em</p><p>propostas de organismos internacionais compõem um des�guramento da escola</p><p>como lugar de formação cultural e</p><p>cientí�ca, o que gera um quadro de desvalorização do estudo e do conhecimento escolar signi�cativo, uma vez que “os</p><p>documentos produzidos por esses organismos nos últimos anos associam o funcionamento do sistema educacional a</p><p>programas de alívio à pobreza e de redução da exclusão social, entre os quais se inclui o currículo instrumental ou de</p><p>resultados imediatos” (LIBÂNEO, 2016, p. 42). Assim, a escola pública perde seu lugar de instituição formativa e de</p><p>transmissão de conhecimentos historicamente acumulados para se tornar um lugar de formação de mão de obra que</p><p>atende ao interesse do mercado, além da possibilidade de ser um paliativo para a pobreza, em especial, em países pobres e</p><p>emergentes. Nesse sentido, torna-se cada vez menos democrático o processo educacional com reformas impostas pelo</p><p>estadista em seu exercício político. A cada reforma e saída das disciplinas de Sociologia ou Filoso�a, deixa-se para trás a</p><p>oportunidade de um processo socioeducativo, não sendo avaliada com a sociedade e com os responsáveis por elas. Nesse</p><p>sentido, como podemos utilizar os recursos de aprendizagem social dessas disciplinas no conjunto de nossas atividades</p><p>pro�ssionais, independentemente das áreas de conhecimento? Qual o interesse estadista ao elaborar e concluir as</p><p>reformas educacionais? Não nos debruçaremos no debate sobre conceito de re�exividade, mas acreditamos que nosso</p><p>movimento neste trabalho pretende re�etir sobre as relações sociais de dominação, presentes como supostas verdades</p><p>históricas contingentes e travestidas como ordenamentos naturais das coisas para a consciência comum. Caminhamos para</p><p>investigar o ensino de Sociologia dentro dos marcos, seja questionando a construção de seus sentidos, seus padrões</p><p>normativos, seu processo de construção de “verdade”, sua passagem, sua construção enquanto ciência, sua forma de</p><p>enxergar sua relação de ensino-aprendizagem, o próprio espaço escolar, entre outros, principalmente da sociedade</p><p>contemporânea.</p><p>Nesse sentido, temos que perceber que toda reforma passará sempre por um momento de transformação para todos no</p><p>processo de ensino-aprendizagem, portanto temos que sempre observar aquilo que será melhor para a sociedade em</p><p>geral. Assim, sempre teremos um favorecimento satisfatório para a sociedade.</p><p>APRENDENDO COM OS FUNDAMENTOS HISTÓRICOS</p><p>A Orientação Educacional, que reforça o aconselhamento vocacional e o ajustamento ao ensino pro�ssionalizante, foi</p><p>instituída pelo texto da LDB nº 5.692/71.</p><p>A partir daí, houve adaptação do currículo dos cursos de formação de Orientador Educacional e Pedagogia, tendo como</p><p>ênfase as reformas educacionais para o ensino superior no Brasil nos anos de 1968 (Reforma do Ensino Superior) e a Lei nº</p><p>5.691/71 (Reforma dos Ensinos de Primeiro e Segundo Grau).</p><p>A função principal da educação, naquele contexto, era a de manter o modelo econômico vigente em sintonia com o domínio</p><p>militar. O capitalismo não liberal era o epicentro, e sua consequência era vivida pela dinâmica cotidiana da população</p><p>brasileira. A teoria que fundamentava o sistema educativo brasileiro naquela época era a teoria do capital humano, que foi</p><p>disseminada entre os setores da economia, do planejamento e da educação. Nesse sentido, faz-se necessário compreender</p><p>todo o processo das reformas em uma situação lógica do conhecimento da força e do poder das reformas, no sentido de</p><p>buscar compreender as rupturas mediante um interesse popular e familiar dos menos favorecidos em uma sociedade</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>desigual. Assim, torna-se importante o processo de construção do conhecimento a partir disso, percebe-se essa aplicação a</p><p>favor de uma sociedade justa e plena. Não podemos desvincular a história social de uma nação ou sociedade, dos próprios</p><p>fundamentos históricos existentes nela. Logo, cada re�exão precisa ser favorável a uma sociedade justa. A cada conquista</p><p>no processo alcançado das reformas, um ser humano realiza um sonho, e assim deve ser a caminhada. Cada momento</p><p>deve ser compreendido. Para que cada prática educativa seja bem realizada, é preciso ter uma formação em</p><p>desenvolvimento com as normas e reformas educacionais.</p><p>É muito importante compreender, na história da educação, que o desenvolvimento da educação sempre se dará pelo</p><p>desenvolvimento da história social de uma sociedade. A nova história da educação não foi diferente, será sempre um</p><p>desenrolar das questões políticas, sociais e econômicas que farão ocorrer essa mudança tão necessária. Outro fator</p><p>importante também é entender que a sociedade civil precisa estar sempre organizada em seus grupos. Isso pressionará o</p><p>Estado para as mudanças e criará, assim, políticas educacionais coerentes para atender a um só interesse: o povo.</p><p>É importante também compreender que os estudos feitos pelas pastas responsáveis pela educação têm sempre um papel</p><p>de mediar essas políticas educacionais, para atender a uma demanda de interesses em prol de uma educação ao</p><p>desenvolvimento cidadã.</p><p>Todas as atividades em questão serão uma forma de fundamentar os conceitos e o desenvolvimento da educação, seja ela</p><p>desde a educação infantil até o ensino superior. E somente assim teremos como fundamento da compreensão histórica da</p><p>educação, como elemento transformador de um povo. Só assim teremos as mudanças.</p><p>VÍDEO RESUMO</p><p>Nesta aula, você poderá ter uma maior compreensão dos temas da educação brasileira nesse período tão conturbado que</p><p>foi a ditadura, a qual tirou todos os direitos do povo brasileiro em suas expressões e falas do cotidiano, em função de uma</p><p>ideologia dominante do Estado.</p><p> Saiba mais</p><p>Para complementar os seus estudos, leia os seguintes artigos:</p><p>Lei nº 5.692 (Reforma Educacional de 1971).</p><p>Vinte anos de reformas educacionais.</p><p>Aula 3</p><p>A EDUCAÇÃO BRASILEIRA NOS GOVERNOS COLLOR, FHC, LULA E</p><p>DILMA</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5692.htm#:~:text=L5692&text=LEI%20No%205.692%2C%20DE%2011%20DE%20AGOSTO%20DE%201971.&text=Fixa%20Diretrizes%20e%20Bases%20para,graus%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias</p><p>https://rieoei.org/historico/documentos/rie31a03.htm</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Compreender o processo histórico torna-se importante no sentido de que, nos governos de Collor, FHC, Lula e Dilma, a</p><p>gestão democrática da educação foi mostrada por meio da descentralização dos processos decisórios, com a participação</p><p>de segmentos da sociedade, de uma forma a contribuir, acompanhar, controlar e avaliar as ações feitas por esses</p><p>governantes, como a utilização de verbas públicas na política educacional, criando projetos sociais de práticas pedagógicas,</p><p>visando a uma modernidade nas políticas de acesso a todos da sociedade brasileira nas áreas de economia, educação,</p><p>saúde e desenvolvimento social. O governo de Fernando Collor de Mello (1991-1995), na área da educação, criou o Projeto</p><p>de Reconstrução Nacional (1991) para compartilhar as responsabilidades entre governo, sociedade e iniciativas privadas,</p><p>porém �cou apenas no papel. Enquanto outros governos, como de Fernando Henrique, Lula e Dilma, as políticas públicas</p><p>foram presentes na sua efetivação para a sociedade brasileira. Mesmo que em algum momento a política neoliberal</p><p>existisse, nada impediu que questões sociais e econômicas também caminhassem, mesmo que lentamente.</p><p>O NEOLIBERALISMO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA NA EDUCAÇÃO</p><p>Nos princípios norteadores do neoliberal estava presente a ideia de uma prática produtivista, tendo como conceito a</p><p>acumulação de capital humano que concebe educação como preparação dos homens para um determinado mercado de</p><p>trabalho, cuja principal preocupação é com a capacidade humana enquanto capital, o que coloca o homem como um</p><p>simples objeto no processo produtivo na sociedade de economia de mercado. Assim, destaca-se a importância da educação</p><p>como solução para as desigualdades econômicas, como forma e mecanismo de ascensão social (MIRANDA, 1997; RAMOS,</p><p>2003). Os governos que surgem nesse período �caram conhecidos</p><p>pelos nortes neoliberais.</p><p>Qual era o principal objetivo do Plano Collor? O Plano Collor foi um plano econômico lançado em 1990, cujo objetivo</p><p>era controlar a in�ação no Brasil. O governo Collor, também denominado como a Era Collor, foi um período da história</p><p>política brasileira iniciado pela posse do presidente Fernando Collor de Mello, em 15 de março de 1990, e encerrado por sua</p><p>renúncia da presidência em 29 de dezembro de 1992. A proposta do Plano Collor era minimizar e estabilizar a economia,</p><p>congelando depósitos em contas corrente e poupança. Collor era chamado de “caçador de marajás”, termo utilizado entre</p><p>os alagoanos para descrever as pessoas que se bene�ciavam da burocracia estatal e envolvidas em escândalo de</p><p>corrupção, impeachment e renúncia. Fernando Collor (1990-1992) iniciou um período da nova ordem mundial, e o mercado</p><p>passou a regular as relações humanas, tomando os direitos dos cidadãos, como saúde, educação e cultura, assim as</p><p>políticas educacionais, nesse governo, foram atualizadas por um forte clientelismo. A privatização na educação mantinha</p><p>políticos conservadores e uma política de muitos discursos e pouca ação.</p><p>De acordo com Palmas Filho (2005), no Brasil, o neoliberalismo começa a ascender no início dos anos de 1990, com a posse</p><p>de Fernando Collor de Mello, tendo sofrido certa descontinuidade durante a presidência de Itamar Franco e uma aceleração</p><p>na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, principalmente no seu primeiro mandato (1995-1998). No governo de</p><p>Compreender o processo histórico torna-se importante no sentido de que, nos governos de Collor, FHC,</p><p>Lula e Dilma, a gestão democrática da educação foi mostrada por meio da descentralização dos processos</p><p>decisórios, com a participação de segmentos da sociedade.</p><p>33 minutos</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>FHC, tivemos propostas de valorização da educação; valorização do magistério; gestão democrática; criação da Lei de</p><p>Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei nº 9.394/96); regulamentação, de modo a garantir maior autonomia à</p><p>escola; ênfase na avaliação de resultados, como forma de controle mais e�ciente (SAEB, ENEM, ENC, PROVÃO e CAPES); um</p><p>Ministro da Educação em seus dois mandatos, Paulo Renato de Souza, que determinou novas formas de �nanciamento,</p><p>gestão e avaliação da educação básica.</p><p>O primeiro mandato do governo Lula foi marcante no campo da educacional, muito mais por permanência do que por</p><p>rupturas em relação ao governo anterior, ações esparsas e uma grande diversidade de programas especiais, em sua</p><p>maioria, em um público focalizado entre os mais vulneráveis. O Bolsa Família tem sido apontado como um importante</p><p>projeto no setor de distribuição de tais políticas, como programas dirigidos à juventude, tais como a educação. É importante</p><p>colocar que, no governo Lula, voltou-se a fazer escolas técnicas e pro�ssionalizante por todo o Brasil.</p><p>O governo Dilma reconstruiu a gestão da educação brasileira, corrigiu a política da indiferença e organizou novas práticas:</p><p>uma política integrada de ensino, da creche à universidade, com educação básica de qualidade; democratização do acesso</p><p>ao ensino público ao ensino e garantia de permanência dos alunos na escola.</p><p>INFLUÊNCIA NEOLIBERAL NA AMÉRICA LATINA E NO ESTADO BRASILEIRO</p><p>No �nal da década de 1980, alguns países da América Latina estavam em dé�cit econômico, e o papel do Estado passava</p><p>por rede�nição, como consequência da crise e do esgotamento do Estado, assim, as reformas e o aparato de</p><p>funcionamento do Estado consolidavam-se nos anos de 1990, por meio de um processo de desregulamentação na</p><p>economia da privatização das empresas produtivas estatais, da abertura de mercados e das reformas de sistemas de</p><p>previdência social e saúde e educação, descentralizando seus serviços e otimizando seus recursos (SOUZA; FARIA, 2004). Na</p><p>educação, as reformas efetivas tiveram por paradigma os diagnósticos e os princípios em que estavam os pressupostos da</p><p>teoria do capital humano (MIRANDA, 1997; RAMOS, 2003). Princípio neoliberal enfatiza a educação como uma relação de</p><p>poderes, incentivando o desenvolvimento de atitudes de competitividade, de acordo com as suas necessidades do</p><p>mercado, transformando a educação em uma mercadoria, diminuindo sua atenção dentro do campo social. Outro ponto</p><p>que se aproxima da governabilidade neoliberal é a conversão de escolas e universidades. “A prática e a relação do</p><p>neoliberalismo com a educação se dão em diversos aspectos, tais como: as concepções pedagógicas, a avaliação escolar, a</p><p>municipalização da educação, a exclusão violenta dentro das escolas, a ideologia dos conteúdos: qualidade, quantidade</p><p>distribuição, privatização de educação.” (CAPRIOGLIO et al., 2000) Em poucas palavras, percebe-se que o neoliberalismo é</p><p>um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. Segundo</p><p>Galvão (1997), toda prática neoliberal é o mercado e, por conseguinte, o consumo; nasceu na chamada Escola de Chicago,</p><p>através dos postulados de dois economistas, Milton Friedmann e Frederic Hayek, na crise econômica dos anos 1960, com a</p><p>acusação de o Estado ser o responsável pela crise. No discurso neoliberal, a educação deixa de ser parte do campo social e</p><p>político para ingressar no mercado e funcionar sua semelhança. Vale ressaltar três objetivos relacionados ao que a retórica</p><p>neoliberal atribuiu ao papel estratégico da educação:</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>Para Cacciamali (2000), na dimensão do mercado, o processo de informalidade na América Latina revelou, por meio da</p><p>destruição, adaptação e rede�nição, um conjunto de instituições, regras e normas envolvendo as relações entre as</p><p>empresas, a �m de organizar sua produção, distribuição, processos de produção de trabalho, formas de inserção, relações</p><p>de trabalho e conteúdos dessas ocupações. Ainda conforme a autora, essas características provocaram dois fenômenos: (1)</p><p>a reorganização do trabalho assalariado e um consequente aumento da vulnerabilidade nas situações de trabalho e (2) um</p><p>aumento do emprego por conta própria e estratégias de sobrevivência, associadas ao setor informal, em atividades de</p><p>baixa produtividade, que revelam uma precarização do trabalho.</p><p>TRABALHO, POBREZA E SOCIEDADE</p><p>Desse modo, a educação em sentido restrito passa a servir como estratégia de validação das classes dominantes e assume</p><p>perspectiva dualista, pois apresenta um modelo para a classe burguesa, cuja função é a elevação intelectual, e outro para as</p><p>classes populares, voltada à preparação de mão de obra barata para o mercado. Nesse âmbito, a educação, tanto em</p><p>sentido amplo como em sentido estrito, tende a caminhar mais na direção de dar respostas à sobrevivência e expansão do</p><p>1. Atrelar a educação escolar à preparação para o trabalho e a pesquisa acadêmica ao imperativo</p><p>do mercado ou às necessidades da livre iniciativa. O mundo empresarial tem interesse na educação</p><p>porque deseja uma força de trabalho quali�cada, apta para a competição no mercado nacional e</p><p>internacional. [...]</p><p>2. Escola um meio de transmissão dos seus princípios doutrinários. [...]</p><p>3. Fazer da escola um mercado para os produtos da indústria cultural e da informática, o que, aliás,</p><p>é coerente com ideia de fazer a escola funcionar de forma semelhante ao mercado, mas é</p><p>contraditório porque, enquanto, no discurso, os neoliberais condenam a participação direta do</p><p>Estado no �nanciamento da educação, na prática, não hesitam em aproveitar os subsídios estatais</p><p>para divulgar seus produtos didáticos e paradidáticos no mercado escolar.</p><p>— (MARRACH, 1996, p. 46-48)</p><p>É o trabalho que nos diferencia de todos os demais seres existentes e apresenta-se como atividade</p><p>constitutiva do indivíduo, o ato gênese. É na relação do indivíduo com o mundo, mediada pelo</p><p>trabalho, que surgem os demais complexos sociais, como a linguagem, a ciência, a educação, a</p><p>ética, o direito etc. Destes destacamos, nesta pesquisa, o complexo da educação como responsável</p><p>pela elevação humana do ser social, considerando sua função primordial de possibilitar ao</p><p>indivíduo singular a apropriação e a reelaboração do acervo produzido e acumulado pelo coletivo</p><p>da humanidade e prepará-lo para o convívio em sociedade.</p><p>— (SANTOS, 2018, p. 7)</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>capital do que na perspectiva de atendimento às necessidades humanas. O trabalho tornou-se um paradoxo: possui o</p><p>poder de engendrar o mundo e o ser humano ao mesmo tempo que estrati�ca e exclui; é capaz de colocar em interação</p><p>indivíduos numa mesma atividade, enquanto separa a sociedade em abismos; produz valores de uso para satisfazer</p><p>necessidades humanas, ao passo que serve para a acumulação e má distribuição de riqueza por meio da produção do</p><p>excedente; enquanto ação criadora que produz beleza, fabrica também a miséria do mundo; ao mesmo tempo que afasta o</p><p>indivíduo das barreiras naturais, pode, sem constrangimento algum, subjugá-lo. O trabalho garante ao trabalhador apenas</p><p>o su�ciente para mantê-lo vivo, para preservar sua força vital necessária à atividade produtiva. Nessas condições, deixa de</p><p>ser atividade constitutiva e engrandecedora do ser para se tornar atividade estranhada, degradante, na medida em que</p><p>suga do indivíduo sua força e vitalidade e nega sua dimensão humana, como tempo para a família, para o lazer,</p><p>investimento na sua formação intelectual etc. De modo que somente fora do trabalho o trabalhador se sente</p><p>verdadeiramente realizado, enquanto no trabalho sente-se oprimido, aviltado (MARX, 2006). Nesta sociedade, o trabalhador</p><p>não tem como objetivo da sua ação o produto do seu trabalho, mas um salário pago no �nal da sua jornada. Salário esse</p><p>que não o coloca na condição de consumidor, já que, para sê-lo, é necessário estar em condição de custear o produto.</p><p>Nesse sentido, apenas uma pequena parcela da sociedade é chamada ao consumo, enquanto a outra é, através do</p><p>depauperamento, privada não apenas do produto mas também de sentir determinadas necessidades que estão vinculadas</p><p>a determinados estilos de vida, alheios à sua condição (SANTOS, 2018).</p><p>VÍDEO RESUMO</p><p>Nesta aula, os conteúdos trabalhados servirão para a compreensão dos conceitos de uma prática neoliberal e suas</p><p>consequências sociais e políticas para uma nação e seu povo, observando o efeito dela na América Latina de um modo</p><p>geral. Assim, você poderá ter uma melhor leitura do que o povo, em especial o brasileiro, viveu de forma amarga nesse</p><p>período. Além disso, você entenderá a prática neoliberal e saberá como foi o governo do presidente Fernando Collor de</p><p>Mello e sua saída, terá um olhar para a abertura democrática com o presidente Fernando Henrique Cardoso como um</p><p>estadista respeitado, mas com uma visão em determinado momento neoliberal. Finalizará esse período da história com Luiz</p><p>Inácio Lula da Silva e Dilma como os democratas da história.</p><p> Saiba mais</p><p>Para saber mais assista aos vídeos:</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=r4e2fuO5yVM</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=X9fyHEoM7dk</p><p>Aula 4</p><p>A EDUCAÇÃO BRASILEIRA APÓS 2015</p><p>É necessário compreender que, em 2015, �cou na história da educação brasileira um grande momento</p><p>histórico de transformação. O Brasil �cou conhecido como a chamada “Pátria Educadora”.</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=r4e2fuO5yVM</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=X9fyHEoM7dk</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>É necessário compreender que, em 2015, �cou na história da educação brasileira um grande momento histórico de</p><p>transformação. O Brasil �cou conhecido como a chamada “Pátria Educadora”. Assim, �ca claro para a sociedade que a</p><p>nação está muito distante de uma educação exemplar e uni�cada ao modelo honesto que o povo merece. Nesse processo,</p><p>o protagonista ainda não foi o povo; em uma sociedade tão desorganizada, a educação e o educando �carão sempre de</p><p>fora do próprio protagonismo educacional.</p><p>A sociedade civil e os estudantes secundaristas organizados lutaram contra uma proposta de “reorganização do ensino” em</p><p>São Paulo, muito bem divulgada pelo Portal Aprendiz, do UOL, em dezembro de 2015, quando o estado pretendia fechar</p><p>algumas escolas e transferir outros tantos alunos, criando um transtorno para cerca de 300 mil alunos da rede escolar.</p><p>O movimento organizado pelos estudantes secundaristas, com o apoio da sociedade civil, foi criando força e entusiasmo</p><p>pela sociedade, lutando também pela não privatização do ensino público. Diante disso, depois de algumas reuniões com o</p><p>governo e um mês de grande mobilização intensa e lutas claras e objetivas, frente ao estado, a ideia se espalhou pelo Brasil,</p><p>criando mais força de luta. Assim, após encontros entre as autoridades da educação, o governo Geraldo Alckmin se viu</p><p>obrigado a revogar o decreto da reorganização.</p><p>POLÍTICAS EDUCACIONAIS ATUAIS E SEUS DESAFIOS</p><p>É importante que a sociedade civil entenda que a política educacional será sempre uma arma conduzida pelo Estado, para a</p><p>criação de posturas, como as práticas pedagógicas exigidas em seus protocolos. As políticas públicas de educação ou de</p><p>qualquer outra pasta do governo sempre estarão a favor de um modelo de sociedade e de desenvolvimento social e político</p><p>que o Brasil ou outra nação possa estar em processo. O que alguns governos não compreendem é que toda política</p><p>educacional deve ter a participação coletiva da sociedade. Para a construção do projeto transformador de educação, ouvir o</p><p>povo é necessário. No Brasil, a educação passa por uma construção constante em todos os governos, mas sempre sem</p><p>ouvir o povo.</p><p>Veremos, agora, o que são as políticas públicas da educação, como são implementadas e quais são as vigentes no Brasil.</p><p>Nesse sentido, serão apresentados elementos utilizados pelo poder público para compreender as políticas públicas</p><p>educacionais vigentes no país.</p><p>O estado de São Paulo sempre teve o interesse de expandir o acesso às escolas públicas, procurando oferecer a todos,</p><p>tanto na educação infantil, na educação básica, no ensino fundamental, no ensino médio e na Educação de Jovens e Adultos</p><p>(EJA). O que sempre foi difícil de combater é a saída de alunos em tempo de escola, a chamada evasão escolar. O governo</p><p>tem como objetivos maximizar o acesso à escola pública; oferecer uma educação de qualidade; alfabetizar cada vez mais</p><p>crianças, jovens, adultos e idosos; reduzir e combater a evasão escolar; minimizar a subnutrição e a miséria; alargar a</p><p>digitalização do ensino; repassar recursos públicos para instituições de ensino.</p><p>Criadas pelo Poder Legislativo e em propostas enviadas pelo Poder Executivo, as políticas educacionais são adotadas a</p><p>partir de leis federais, estaduais e municipais. As leis educacionais contam com o apoio de representantes da sociedade civil</p><p>e de classes da educação, através de conselhos e outras formas de organização. A iniciativa popular, como um modelo</p><p>31 minutos</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>garantido pela democracia participativa, contribui para que as demandas de parte ou de toda a população sejam ouvidas e</p><p>efetivadas.</p><p>O que se espera da educação no século XXI? A educação deste século traz a necessidade de um olhar mais apurado sobre a</p><p>sala de aula e, em especial, sobre a relação entre docente e aluno. Devemos construir coletivamente e dinamicamente a</p><p>aprendizagem, para que os estudantes compartilhem experiências e busquem métodos de ensino ativos.</p><p>São alguns desa�os atuais da educação:</p><p>• O excesso de alunos na escola.</p><p>• Aspectos econômicos.</p><p>• Con�itos relacionados à convivência escolar.</p><p>• Pertinência da legislação.</p><p>A educação exigirá dos educadores futuros um olhar e uma prática diferenciados aos novos modelos de entendimento do</p><p>conhecimento. Preparar cada vez mais o educando para a vida em sociedade e para as práticas do mundo do trabalho. É</p><p>sempre bom entender que, a partir do novo currículo escolar, os jovens terão oportunidades de informação futuras para</p><p>ingressarem em atividades mais produtivas e artísticas, com um olhar para um futuro pro�ssional criativo e atuante. A cada</p><p>tempo histórico</p><p>social, a sociedade capitalista exige saberes diferentes e práticas mais atuantes, para melhor atender ao</p><p>corpo social vigente. É sempre importante compreender que, em tempos modernos que estamos vivendo, exige-se uma</p><p>sociedade com conteúdos e preparada para as relações humanas pessoais e interpessoais. Hoje, o mundo do trabalho</p><p>continua exigindo tudo isso e mais preparo com as habilidades e competências desenvolvidas, e é aí que entra a escola,</p><p>como ponte desses saberes, criando a interlocução com a sociedade do trabalho, preparando o aluno e cidadão para novos</p><p>enfrentamentos e exigências.</p><p>JUVENTUDE E MUDANÇAS NO ENSINO MÉDIO – UM NOVO OLHAR</p><p>A nova proposta de ensino será um modelo que contará com áreas de conhecimento, permitindo ao educando fazer algo</p><p>diferenciado para sua carreira e conhecimento universal. Ele terá a oportunidade de estar em um processo constante de</p><p>aprendizagem dos novos componentes do Inova Educação e Aprofundamentos Curriculares, tendo a chance de trilhar</p><p>outros caminhos, chamados de itinerários formativos, que fornecerão ao jovem estudante a oportunidade de construir uma</p><p>carreira ao longo do ensino médio, o chamado projeto de vida, possibilitando a chegada ao ensino superior. A estrutura do</p><p>novo ensino médio se iniciará a partir de 2022, para a 2ª série, e de 2023, para a 3ª série, sendo a escola responsável por</p><p>distribuir ao aluno seus itinerários formativos, favorecendo as seguintes áreas de conhecimento: Linguagens e suas</p><p>Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Ciências da Natureza e suas</p><p>Tecnologias – ou formação técnica e pro�ssional.</p><p>Quais são os benefícios do Novo Ensino Médio? A implementação do Novo Ensino Médio traz benefícios para alunos e</p><p>professores. Como ponto principal, ele disponibilizará mais tempo para os estudantes aperfeiçoarem conhecimentos</p><p>especí�cos importantes para o futuro pro�ssional escolhido por cada um. Também, contribuirá com o desenvolvimento da</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>carreira dos alunos, assim como seu projeto de vida. As escolas priorizarão atividades que promovem a cooperação, a</p><p>resolução de problemas, o desenvolvimento de ideias, o entendimento de novas tecnologias, o pensamento crítico, a</p><p>compreensão e o respeito.</p><p>O que muda na rotina das escolas? A educação maker, conceito que foca na aprendizagem por meio de atividades e</p><p>soluções práticas (“mão na massa”) aliadas à inovação, à criatividade, à sustentabilidade e à autonomia, ganha ainda mais</p><p>força. A matriz de referência curricular pode ser organizada por disciplina ou por área de conhecimento e haverá a oferta de</p><p>cinco itinerários. A carga horária de ensino também sofrerá alteração e, de maneira progressiva, todas as escolas de ensino</p><p>médio passarão a ter ensino integral.</p><p>ESTUDO E CONHECIMENTO</p><p>No início do processo de conhecimento da implantação do projeto do Novo Ensino Médio, ocorreu uma resistência muito</p><p>grande por parte de professores e alunos, mas, ao entenderem o desenvolvimento e como tudo seria, através de</p><p>informações e materiais didáticos, o processo foi mais aceito. Materiais educacionais e conteúdos informativos, como</p><p>infográ�cos e e-books, trouxeram dados relevantes e dicas práticas para toda comunidade escolar.</p><p>Pensando nas novas estruturas da educação, caso a Secretaria da Educação de São Paulo, junto aos secundaristas e à</p><p>sociedade civil, aceite o acordo da nova opção do ensino por itinerários por áreas de conhecimento, pensaremos em uma</p><p>formação técnica e pro�ssional para os nossos educandos, ou optaremos por uma prática de ensino integrado, como já</p><p>vem ocorrendo em algumas escolas do estado. É importante colocar que a direção da escola, junto à sua equipe de gestão e</p><p>pedagógica, terá a livre escolha para os chamados itinerários na formação do educando, devendo ter, no mínimo, dois,</p><p>contemplando todas as áreas do conhecimento.</p><p>Quanto às mudanças para 2022 no Ensino Médio Já, teremos alterações já na estrutura de ensino médio, por exemplo,</p><p>disciplinas terão que cumprir parte do conhecimento por itinerários e por área de conhecimento, como ocorre hoje na</p><p>divisão do Enem. Obedecendo, assim, à matriz curricular existente por disciplinas que já são ministradas em sala de aula</p><p>com o educando, sendo que as disciplinas permanecerão com os seus professores especialistas, como está hoje, apenas</p><p>com um olhar e uma prática interdisciplinares. O que se espera de cada pro�ssional de educação é que tenha em sua</p><p>prática o incentivo à utilização da tecnologia como ferramenta e metodologias ativas ao novo currículo do estado de São</p><p>Paulo, a �m de facilitar o processo de ensino-aprendizagem dos alunos e ser um facilitador ao professor, criando e</p><p>desenvolvendo um maior incentivo motivacional ao educando com seus novos itinerários informativos.</p><p>Essas mudanças só terão sucesso com a participação da sociedade civil, dos conselhos de classe e da escola, frente à gestão</p><p>e coordenação pedagógica, assim teremos um exercício não somente da cidadania mas também a construção de uma</p><p>educação �el àquela que os estudantes necessitam. Quando falamos da participação, referimo-nos à construção de uma</p><p>atividade em prol da educação que vise a melhores resultados, os quais serão satisfatórios à medida que participarmos e</p><p>opinarmos para resultados construtivos para uma sociedade transformadora.</p><p>É importante compreender que o conhecimento na formação do jovem do ensino médio é muito construtivista na sua</p><p>postura humana e nos processos intelectuais que ocorrerão nesse momento. Nesse sentido, o acompanhamento da escola</p><p>é um processo sempre de construção em conjunto com alunos, gestão e coordenação, sempre em mudança para a</p><p>sociedade.</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>VÍDEO RESUMO</p><p>Nesta aula, a partir dos conteúdos trabalhados, você compreenderá o que representa uma sociedade e um povo</p><p>organizado em um só propósito de educação e cultura, o grande movimento de reorganização da escola pública e seus</p><p>efeitos para o jovem estudante pobre e desprovido de bens culturais e sociais. O movimento secundarista em 2015</p><p>chacoalhou a educação brasileira, tornando-se algo histórico.</p><p> Saiba mais</p><p>Para saber mais acesse:</p><p>FAQ do Novo Ensino Médio.</p><p>Em caso de dúvidas, acesse o Atendimento Educação.</p><p>Aula 1</p><p>MARCÍLIO, M. L. História da escola em São Paulo e no Brasil. São Paulo, SP: Imprensa O�cial do Estado de São Paulo;</p><p>Instituto Fernand Braudel, 2005.</p><p>SKIDMORE, T. E. Brasil: de Getúlio a Castello (1930-1964). São Paulo, SP: Companhia das Letras, 2010.</p><p>Aula 2</p><p>BOURDIEU, P. et al. A pro�ssão de sociólogo: preliminares epistemológicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.</p><p>LIBÂNEO, J. C. Políticas educacionais no Brasil: des�guramento da escola e do conhecimento escolar. Cadernos de</p><p>Pesquisa, v. 46, n. 159, p. 38-62, 2016.</p><p>LIMA, V. C. Sentidos do ensino de Sociologia nas reformas educacionais e suas relações com a conjuntura sócio-política</p><p>brasileira: possíveis caminhos para entender dinâmicas da disciplina no século XXI. In: ENCONTRO NACIONAL DA</p><p>ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS, 44., 2020, [S. l.]. Anais [...]. [S. l.]: ANPOCS,</p><p>2020. Disponível em: https://www.anpocs2020.sinteseeventos.com.br/atividade/view?</p><p>q=YToyOntzOjY6InBhcmFtcyI7czozNjoiYToxOntzOjEyOiJJRF9BVElWSURBREUiO3M6MzoiMTQwIjt9IjtzOjE6ImgiO3M6MzI6IjM3</p><p>MjU5Nzg1YmZjNzc2ZTAwYTU3NzYwZjJkODIyMTc3Ijt9&ID_ATIVIDADE=140. Acesso em: 6 dez. 2022.</p><p>SAVIANI, D. A pedagogia no Brasil: história e teoria. Campinas, SP: Autores Associados, 2008.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>1 minutos</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>https://novoensinomedio.educacao.sp.gov.br/assets/docs_ap/FAQ-Novo_ensino_medio_.pdf</p><p>https://atendimento.educacao.sp.gov.br/</p><p>about:blank</p><p>Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.</p><p>Aula 3</p><p>CACCIAMALI, M. C. Globalização e processo de informalidade. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 9, n. 1, p. 153–174,</p><p>2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8643124. Acesso em: 9 dez. 2022.</p><p>CAPRIOGLIO,</p><p>C. A. et al. Análise da L.D.B. da Educação Nacional Lei nº 9394/96. Visão Filosó�co-política dos pontos</p><p>principais. Revista Eletrônica Metavnoia, São João Del Rei, n. 2, jul. 2000.</p><p>GALVÃO, A. M. A crise da ética: o neoliberalismo como causa da exclusão social. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1997.</p><p>MARRACH, S. A. Neoliberalismo e Educação. In: GUIRALDELLI JUNIOR, P. (org.). Infância, Educação e Neoliberalismo. São</p><p>Paulo, SP: Cortez, 1996. p. 42-56.</p><p>MARX, K. Processo de trabalho e processo de produzir mais-valia. In: O capital: crítica da economia política. Livro I. 24 ed.</p><p>Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006. p. 209-231.</p><p>MIRANDA, M. G.de. Novo paradigma de conhecimento e políticas educacionais na</p><p>América Latina. Caderno de Pesquisa, São Paulo, n. 100, p. 37-48, mar. 1997.</p><p>PALMA FILHO, J.C. Política educacional brasileira: educação brasileira numa década de incerteza (1990-2000): avanços e</p><p>retrocessos. São Paulo: Cte, 2005.</p><p>RAMOS, A. M. P. O �nanciamento da educação brasileira no contexto das mudanças político-econômicas pós-90.</p><p>Brasília: Plano, 2003.</p><p>SANTOS, M. E. de M. Relações históricas entre trabalho, educação e pobreza. Teresina, PI: EDUFPI, 2018. 124p.</p><p>S. D. B. de; FARIA, L. C. M. Políticas de �nanciamento da educação municipal no Brasil (1996-2002): das disposições legais</p><p>equalizadoras às práticas político-institucionais excludentes. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, Rio de</p><p>Janeiro, v. 12, n. 42, p. 564-582, jan./mar. 2004.</p><p>Aula 4</p><p>BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/.</p><p>Acesso em: 28 ago. 2022.</p><p>CAVALIERE, A. M. Escolas públicas de tempo integral: uma ideia forte, uma experiência frágil. In: CAVALIERE, A. M.; COELHO,</p><p>L. M. C. Educação brasileira e(m) tempo integral. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>https://storyset.com/</p><p>https://www.shutterstock.com/pt/</p><p>https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8643124</p><p>http://basenacionalcomum.mec.gov.br/</p>