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<p>Autor: Prof. Everton R. Leal</p><p>Colaboradores: Prof. Gustavo A. Nascimento</p><p>Profa. Christiane Mazur Doi</p><p>Sistemas de</p><p>Informações Gerenciais</p><p>Professor conteudista: Everton R. Leal</p><p>Tem graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), concluída em 1999,</p><p>e em Pedagogia pela Faculdade Paulista São José, concluída em 2020. Pós-graduado em Docência no Ensino Superior</p><p>pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), concluído em 2011. Pós-graduado (MBA) em Comércio Exterior pela</p><p>mesma universidade, concluído em 2019. Pós-graduado em Metodologia do Ensino a Distância pela Universidade</p><p>Anhanguera, (Uniderp), concluído em 2014. Mestrado em Hospitalidade na Universidade Anhembi Morumbi (UAM),</p><p>concluído em 2022. Atualmente, é professor da Universidade Paulista. Ministra aulas em cursos profissionalizantes do</p><p>Sebrae, Senai e Senac.</p><p>© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou</p><p>quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem</p><p>permissão escrita da Universidade Paulista.</p><p>Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)</p><p>L435s Leal, Everton R.</p><p>Sistemas de Informações Gerenciais / Everton R. Leal. – São</p><p>Paulo: Editora Sol, 2022.</p><p>92 p., il.</p><p>Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e</p><p>Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.</p><p>1. SIG. 2. Sistema. 3. Implantação. I. Título.</p><p>CDU 658.011.56</p><p>U515.29 – 22</p><p>Prof. Dr. João Carlos Di Genio</p><p>Reitor</p><p>Profa. Sandra Miessa</p><p>Reitora em Exercício</p><p>Profa. Dra. Marilia Ancona Lopez</p><p>Vice-Reitora de Graduação</p><p>Profa. Dra. Marina Ancona Lopez Soligo</p><p>Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa</p><p>Profa. Dra. Claudia Meucci Andreatini</p><p>Vice-Reitora de Administração</p><p>Prof. Dr. Paschoal Laercio Armonia</p><p>Vice-Reitor de Extensão</p><p>Prof. Fábio Romeu de Carvalho</p><p>Vice-Reitor de Planejamento e Finanças</p><p>Profa. Melânia Dalla Torre</p><p>Vice-Reitora de Unidades do Interior</p><p>Unip Interativa</p><p>Profa. Elisabete Brihy</p><p>Prof. Marcelo Vannini</p><p>Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar</p><p>Prof. Ivan Daliberto Frugoli</p><p>Material Didático</p><p>Comissão editorial:</p><p>Profa. Dra. Christiane Mazur Doi</p><p>Profa. Dra. Angélica L. Carlini</p><p>Profa. Dra. Ronilda Ribeiro</p><p>Apoio:</p><p>Profa. Cláudia Regina Baptista</p><p>Profa. Deise Alcantara Carreiro</p><p>Projeto gráfico:</p><p>Prof. Alexandre Ponzetto</p><p>Revisão:</p><p>Aline Ricciardi</p><p>Vera Saad</p><p>Sumário</p><p>Sistemas de Informações Gerenciais</p><p>APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7</p><p>INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7</p><p>Unidade I</p><p>1 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS ........................................................................................... 13</p><p>2 CONCEITO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS .............................................................. 13</p><p>3 IMPORTÂNCIA, FINALIDADE E CONTRIBUIÇÃO DOS SIGS .............................................................. 14</p><p>3.1 Melhoria na produtividade e redução de custos de operação .......................................... 15</p><p>3.2 Aumento de interação entre gestores ......................................................................................... 16</p><p>3.3 Proatividade, melhoria de projeções ............................................................................................ 17</p><p>3.4 Alinhamento das estratégias de negócios ................................................................................. 18</p><p>3.5 Sistemas abertos e sistemas fechados ......................................................................................... 19</p><p>4 ERA 4.0 E A GESTÃO DE CONHECIMENTO ............................................................................................. 19</p><p>4.1 Entendendo a Era 4.0 relacionada aos SIGs .............................................................................. 23</p><p>4.2 Gestão do conhecimento: conceito e benefícios .................................................................... 29</p><p>4.3 Vantagem competitiva, gestão do conhecimento e SIGs .................................................... 31</p><p>Unidade II</p><p>5 IMPLANTAÇÃO DE UM SIG .......................................................................................................................... 39</p><p>5.1 Colher, processar, armazenar e disseminar informações ..................................................... 41</p><p>5.2 Quais informações devem ser prestadas e acessadas: verificação do valor das</p><p>informações ................................................................................................................................................... 44</p><p>5.3 Adaptação dos sistemas às necessidades da organização .................................................. 46</p><p>5.4 Desempenho dos gerentes na condução dos subordinados............................................... 48</p><p>5.5 Criação de ativos de conhecimento ............................................................................................. 50</p><p>6 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS ........................................................................................... 52</p><p>6.1 Gestão do relacionamento dos clientes (CRM) ........................................................................ 59</p><p>6.2 Sistema integrado de gestão – SGI ............................................................................................... 63</p><p>6.3 Descoberta do conhecimento – KDD ........................................................................................... 67</p><p>6.4 Processo decisório e tecnologias aplicadas ............................................................................... 70</p><p>6.5 Gerenciamento eletrônico de documentos (GED) .................................................................. 74</p><p>7 SUPPLY CHAIN MANAGEMENT E TECHNOLOGIES APPLICATES .................................................... 76</p><p>8 OUTROS SISTEMAS: BUSINESS INTELLIGENCE, DATA WAREHOUSE, DATA MART, ETL ........ 79</p><p>7</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>As grandes transformações que acontecem hoje no mundo exigem das organizações uma gestão</p><p>estratégica eficiente facilmente encontrada na utilização de recursos inteligentes identificados nas</p><p>diversas tecnologias presentes em grandes sistemas de informação. A tecnologia de informação oferece</p><p>recursos tecnológicos e computacionais para a geração de informações, tornando os sistemas de</p><p>informação cada vez mais sofisticados, propondo mudanças nos processos, na estrutura e na estratégia</p><p>de negócios.</p><p>Os sistemas de informações gerenciais (SIGs) são processos que fornecem as informações</p><p>necessárias para gerenciar com eficácia as organizações. Assim, pode-se entender que esses sistemas</p><p>geram produtos de informação que acabam apoiando muitas necessidades na tomada de decisão</p><p>administrativa, tornando-se, portanto, resultados das interações entre um grande misto de tecnologias,</p><p>seres humanos e alguns procedimentos, o que ajuda as organizações a atingirem suas metas e seus</p><p>principais objetivos.</p><p>Todos os SIGs podem e devem, nesse contexto, incluir alguns softwares que auxiliem na tomada de</p><p>decisão, além de proporcionar alguns recursos de dados, como banco de dados, os próprios hardwares</p><p>de um sistema de recursos, sistemas de apoio à decisão, sistemas especialistas, sistemas de informação</p><p>executiva, gestão de pessoas, gestão de projetos e todos os processos informatizados que permitam à</p><p>empresa funcionar eficientemente. É um sistema que disponibiliza a informação certa, para a pessoa</p><p>certa, no lugar certo, na hora certa, da forma correta e com o custo certo.</p><p>A aplicação desta disciplina se dá em ambientes de constante mutação, evolução e modernidade que</p><p>causam atitudes positivas e de muita concentração por envolverem sempre boa parte de sistemas reintegrados</p><p>espalhados por quase toda a empresa e o pelo</p><p>Amplia a abrangência geográfica do mercado, aumenta o número de</p><p>concorrentes e reduz as diferenças entre eles, tornando mais difícil manter as</p><p>vantagens operacionais, aumentando a competição por preço</p><p>Lembrete</p><p>Estamos vivendo um momento histórico e único: a transição da</p><p>indústria 3.0 para a chamada indústria 4.0. A chamada indústria 3.0,</p><p>iniciada em meados dos anos 1970, levou à automação e ao amplo uso</p><p>da tecnologia da informação para as indústrias, agregando mais valor,</p><p>mais controle e mais velocidade à produção. De lá para cá, a tecnologia</p><p>evoluiu exponencialmente e, nos últimos anos, os especialistas defendem</p><p>que estamos começando a entrar na Era 4.0, chamada também de Era</p><p>das Fábricas Inteligentes. Se a indústria 3.0, por um lado, trouxe mais</p><p>automação, mais controle e mais velocidade à produção das indústrias, a</p><p>4.0 vai elevar tudo isso à máxima potência.</p><p>34</p><p>Unidade I</p><p>Resumo</p><p>A Era 4.0, ou Quarta Revolução Industrial, traz para o mundo dos</p><p>conhecimentos alguns fenômenos capazes de transformarem radicalmente</p><p>a história de uma sociedade. Não é qualquer novidade no processo de um</p><p>fabricante que desencadeia uma Revolução Industrial, e sim uma tendência</p><p>tecnológica que impacta a produção mundialmente. Ela não ocorre da noite</p><p>para o dia. Demora décadas para se consolidar e para ser reconhecida como</p><p>revolução. Já se menciona automação e internet das coisas, por exemplo,</p><p>há mais tempo do que se menciona Quarta Revolução Industrial e Era 4.0</p><p>(PORTER; STERN, 2001).</p><p>A Primeira Revolução Industrial aconteceu em meados do século XVIII</p><p>com o surgimento das máquinas a vapor e ferrovias substituindo o uso</p><p>de animais para gerar força. Entre o final do século XIX e início do XX,</p><p>desenvolveu-se a Segunda Revolução Industrial, com a energia elétrica</p><p>e a linha de produção criada por Henry Ford, possibilitando a produção</p><p>em larga escala.</p><p>A Terceira Revolução Industrial chegou junto com a informática,</p><p>internet, computadores pessoais e toda a gama de plataformas digitais</p><p>que modernizou o trabalho em fábricas e escritórios. Em cada uma dessas</p><p>revoluções, as máquinas passaram a disputar ou roubar o protagonismo do</p><p>homem em várias funções. E é o que acontece hoje também, mas vamos</p><p>retomar esse assunto mais adiante (PORTER; STERN, 2001).</p><p>Na conclusão desta unidade, vale lembrar a importância da Era 4.0 para</p><p>o sistema financeiro presente atualmente, chamado de capitalismo, no</p><p>qual, quanto mais evolução houver, maior será o acúmulo de capital.</p><p>De certa forma, a indústria 4.0 é um movimento natural de transformação</p><p>da sociedade. Afinal, de tempos em tempos, há a evolução dos comportamentos,</p><p>que exige o acompanhamento dos setores.</p><p>Nesse sentido, vale reforçar que a indústria 4.0 não abrange apenas as</p><p>unidades fabris, mas, sim, todo o ecossistema industrial. O cenário é favorável</p><p>à agilidade, autonomia e eficiência. Isso sem falar que abre espaço para novas</p><p>oportunidades de negócios. Até por essa razão, como mencionamos, gestores</p><p>e empresários devem acompanhar a modernização (PORTER; STERN, 2001).</p><p>Esse salto tecnológico é, portanto, necessário para que tenhamos</p><p>uma realidade mais condizente com as nossas necessidades. De fato, as</p><p>35</p><p>SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>tecnologias estão aí para facilitar as nossas vidas. Temos que olhar para elas</p><p>com uma visão positiva e aprender como explorar todo o potencial existente.</p><p>A associação do desenvolvimento majoritário causado nas empresas</p><p>por circunstâncias do processo de desenvolvimento dos SIGs culmina na</p><p>discussão observada por Porter (2001), que diz que o valor competitivo da</p><p>maioria das organizações capitalistas e competitivas acaba por se tornar o</p><p>suprassumo que um funcionário pode oferecer para uma empresa. Assim,</p><p>quanto mais competitiva a empresa for, maior se torna sua carteira de</p><p>capital intelectual. Existe uma competição muito forte entre empresas do</p><p>mesmo ramo e, assim, sabe-se que sempre existirão empresas com mais</p><p>destaque e saindo-se melhores do que outras. Isso é simplesmente a gestão</p><p>de conhecimento que se coloca em prática (PORTER; STERN, 2001).</p><p>A gestão do conhecimento é uma questão de primeira ordem no mundo</p><p>em que vivemos. Cada vez mais, exige-se de profissionais uma compreensão</p><p>diferenciada e excessiva. O ambiente de negócio no qual se vive é palco</p><p>de diversas transformações a todo e qualquer momento, e as ferramentas de</p><p>consulta disponíveis para todas as pessoas não permitem mais a exploração</p><p>da assimetria de informações como um diferencial para a geração de valor</p><p>(CHIAVENATO, 2000).</p><p>As revoluções industriais trouxeram as modernidades das máquinas, e a</p><p>chamada Quarta Revolução Industrial, também denominada de indústria 4.0,</p><p>que promoveu a integração de sistemas ciberfísicos, fundindo o real com</p><p>o virtual e conectando sistemas digitais, físicos e biológicos, além de</p><p>possibilitar a produção personalizada em massa (SCHWAB, 2016).</p><p>Essa revolução vai muito além das tecnologias inovadoras nela empregadas</p><p>e do mercado de trabalho industrial. Um dos seus grandes trunfos que</p><p>contribuem para a diferenciação das empresas no mundo dos negócios</p><p>é a gestão de seus conhecimentos e a capacitação de seus trabalhadores</p><p>para essa nova fase dos processos produtivos (SCHWAB, 2016). Eis os</p><p>importantes desafios a serem gerenciados pelas organizações.</p><p>Dessa forma, após a evolução resultante das revoluções industriais, da</p><p>globalização e, principalmente, com a chegada e proliferação da internet,</p><p>o mundo da indústria 4.0 tem impactado nossa vida com muito mais</p><p>intensidade e riqueza de detalhes. Hoje, vivemos e experimentamos, como</p><p>seres humanos, uma quantidade ilimitada de novidades e de revoluções.</p><p>36</p><p>Unidade I</p><p>Exercícios</p><p>Questão 1. Leia o texto a seguir.</p><p>Como as empresas apresentam diferentes níveis hierárquicos, elas também precisam de diferentes</p><p>tipos de informação para resolver diferentes tipos de problemas. Na figura a seguir, é apresentada uma</p><p>visão integrada do papel dos sistemas de informação em uma empresa.</p><p>Estratégico</p><p>Problema</p><p>organizacional</p><p>Gerência sênior</p><p>Nível</p><p>organizacional</p><p>Tático Gerência média</p><p>ou intermediária</p><p>Conhecimento Trabalhadores do</p><p>conhecimento</p><p>Operações,</p><p>produção,</p><p>serviço</p><p>Produção Finanças</p><p>contabilidade</p><p>Vendas/</p><p>marketing</p><p>Recursos</p><p>humanos</p><p>Funcionários</p><p>da produção e</p><p>serviços</p><p>Figura 2 – Visão integrada dos sistemas de informação em uma empresa</p><p>Adaptada de: Wakulicz, G. J. Sistemas de informações gerenciais.</p><p>Santa Maria: Colégio Politécnico da UFSM, 2016. Disponível em: https://bit.ly/3wauwNP. Acesso em: 23 jan. 2022.</p><p>Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.</p><p>I – De acordo com a figura do texto do enunciado, as empresas dispõem de variados sistemas</p><p>especializados, sendo que cada um deles refere-se a determinado nível funcional.</p><p>II – O nível tático pondera a interação das informações de determinado setor, como os</p><p>setores de marketing, de finanças, de produção e de recursos humanos, mas não da empresa vista</p><p>como um todo.</p><p>III – O nível operacional refere-se às atividades específicas da empresa em relação à produção de</p><p>bens e serviços.</p><p>37</p><p>SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>A) I, II e III.</p><p>B) I e II, apenas.</p><p>C) II e III, apenas.</p><p>D) I e III, apenas.</p><p>E) I, apenas.</p><p>Resposta correta: alternativa A.</p><p>Análise das afirmativas</p><p>I – Afirmativa correta.</p><p>Justificativa: na figura do texto do enunciado, vemos que “as empresas não possuem um único</p><p>grande sistema de informações, mas, sim, diferentes sistemas especializados, cada um deles cobrindo</p><p>uma área funcional” (WAKULICZ, 2016).</p><p>II – Afirmativa correta.</p><p>Justificativa: os sistemas do nível tático “servem para dar suporte aos gerentes de nível médio</p><p>ou intermediário na coordenação de atividades a serem realizadas diariamente na empresa”</p><p>(WAKULICZ, 2016).</p><p>III – Afirmativa correta.</p><p>Justificativa: os sistemas operacionais “tratam das atividades diárias da empresa no que se refere à</p><p>produção e aos serviços” (WAKULICZ,</p><p>2016).</p><p>38</p><p>Unidade I</p><p>Questão 2. Considere as afirmativas a seguir sobre os sistemas de informações empresariais.</p><p>I – Muitos dos sistemas de processamento de transações (SPT) têm foco departamental e são</p><p>construídos com a finalidade de automatizar processos ou de auxiliar em um ou mais processos ligados</p><p>a uma área específica. Um exemplo dessa situação pode ser visto nos sistemas de contas a pagar</p><p>empregados em departamentos financeiros.</p><p>II – Os sistemas de informações gerenciais (SIGs) são utilizados para auxiliar a tomada de decisões</p><p>gerenciais e correspondem a um tipo de sistema de processamento de transações.</p><p>III – Os sistemas de apoio à decisão (SAD) são um subtipo dos sistemas de processamento de</p><p>transações e não estão relacionados a nenhum outro tipo de sistema de informação.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>A) I, apenas.</p><p>B) II, apenas.</p><p>C) III, apenas.</p><p>D) II e III, apenas.</p><p>E) I, II e III.</p><p>Resposta correta: alternativa A.</p><p>Análise das afirmativas</p><p>I – Afirmativa correta.</p><p>Justificativa: os sistemas de processamento de transações estão profundamente relacionados ao</p><p>cotidiano de funcionamento de uma empresa, registrando dados e possibilitando as diversas transações</p><p>necessárias às operações do negócio.</p><p>II – Afirmativa incorreta.</p><p>Justificativa: os sistemas de informações gerenciais (SIGs) não são considerados sistemas de</p><p>processamento de transações (SPT).</p><p>III – Afirmativa incorreta.</p><p>Justificativa: os sistemas de apoio à tomada de decisões (SAD) não são um subtipo dos sistemas</p><p>de processamento de transações (SPT). Na realidade, eles são um subtipo dos sistemas de informações</p><p>estratégicas. Vale destacar que “o sistema de informação estratégica (SIE) é um instrumento</p><p>da gestão da informação construído para auxiliar o processo de tomada de decisão oferecendo</p><p>aos seus usuários informações que permitem respostas mais rápidas às mudanças ambientais”</p><p>(Disponível em: https://bit.ly/3L7klhj. Acesso em: 23 jan. 2022).</p><p>mundo corporativo. A preparação do profissional deve ser</p><p>bastante intensa e requer estudo, debate e troca de aprendizados.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A disciplina apresenta conceitos importantes dos SIGs e seus níveis de abrangência. Procura relacioná-los</p><p>com uma nova era de informações, a Era 4.0, e com a gestão de conhecimentos. Por fim, aborda dados</p><p>e conhecimentos ligados com a interpretação dos SIGs e os relaciona com a hierarquia das pessoas</p><p>nas empresas.</p><p>Na unidade I, você encontrará o conceito de SIGs relacionado a sua importância e finalidade.</p><p>Falaremos ainda de assuntos básicos, pertinentes ao desenvolvimento da matéria e fundamentais para</p><p>sua compreensão, como a redução de custos, melhoria na produtividade e redução de custos de operação,</p><p>aumento de interação entre gestores, melhora no fluxo de informações e proatividade e melhoria de</p><p>projeções. Por fim, veremos o alinhamento das estratégias de negócios e os níveis de abrangência dos SIGs:</p><p>estratégico, tático e operacional.</p><p>Continua-se abordando tudo o que engloba a consciência da modernidade e o desenvolvimento</p><p>tecnológico em que estão mergulhados os SIGs. Veremos, além dos conceitos da Era 4.0 e da gestão de</p><p>8</p><p>conhecimento, a relação dessa Era com os SIGs. Por fim, falaremos em vantagem competitiva baseada</p><p>em gestão do conhecimento e SIGs.</p><p>Na unidade II, estudaremos passo a passo a implantação de um SIG, assim como colher, processar,</p><p>armazenar e disseminar informações, as informações necessárias, a verificação do valor das informações,</p><p>quais informações devem ser prestadas e acessadas e a adaptação dos sistemas às necessidades da</p><p>organização. Por fim, veremos o desempenho dos gerentes na condução dos subordinados e a criação</p><p>de ativos de conhecimento.</p><p>Abordaremos conceitos relacionados aos próprios SIGs, como a gestão do relacionamento com</p><p>clientes, chamada também de CRM; o sistema integrado de gestão, mundialmente conhecido como</p><p>ERP; a descoberta do conhecimento, ou KDD.</p><p>Também nessa unidade estudaremos o processo decisório e tecnologias aplicadas: DSS, EIS,</p><p>OLAP, Data Mining; o gerenciamento eletrônico de documentos, workgroup, workflow, groupware,</p><p>Knowledge Management; Supply Chain Management e tecnologias aplicadas: EDI, Web EDI, EBusiness,</p><p>Business Intelligence, Data Warehouse, Data Mart, ETL.</p><p>Este livro-texto não esgota o assunto, muito pelo contrário, ele é apenas o ponto de partida para um</p><p>tema de extrema importância para o mundo dos negócios. As ideias aqui apresentadas têm por objetivo</p><p>que você tome conhecimento de reflexões inovadoras, discussões e análises em seu desenvolvimento</p><p>geral. O aluno precisa compreender coisas básicas e conceitos que promoverão maior conhecimento</p><p>sobre as técnicas já utilizadas no mercado de sistemas gerenciais para, assim, garantir a eficácia que a</p><p>sua compreensão é capaz de proporcionar aos profissionais da mesma área.</p><p>Tais sistemas ou processos fornecem as informações necessárias para gerenciar com toda a eficácia</p><p>que as organizações são capazes de, no mundo moderno, oferecer aos profissionais e às empresas que</p><p>as utilizam um aglomerado de informações importantes e muito mais disponíveis como se ainda</p><p>precisássemos “garimpar” informações coorporativas.</p><p>Um SIG gera produtos de informação que apoiam muitas necessidades de tomada de decisão</p><p>administrativa e é o resultado da interação colaborativa entre os SIGs. É um método que torna disponível</p><p>para as pessoas, tecnologias e procedimentos, que ajudam uma organização a atingir as suas metas.</p><p>Em um mundo capitalista, onde o lucro é fundamental, isso faz toda a diferença e ajuda as empresas</p><p>na sua estabilidade financeira.</p><p>Assim, um sistema consiste no ganho de tempo quanto à verificação geral dos problemas da</p><p>organização e na maneira em que o profissional e a empresa recebem o retorno da informação sobre o</p><p>que está ocorrendo.</p><p>Como objetivo principal da matéria, o SIG auxilia nas funções de planejamento, controle e organização</p><p>de uma empresa, fornecendo-lhe informações seguras, entendimento dos principais conceitos e</p><p>instrumentos relacionados aos SIGs, gestão do conhecimento e da área de recursos humanos.</p><p>9</p><p>Apoiados nos objetivos específicos, a disciplina se propõe a conhecer a importância dos SIGs no</p><p>contexto atual das organizações, relacionando-os à gestão do conhecimento e à competitividade</p><p>organizacional, fornecer visão sistêmica dos SIG e, por fim, conhecer os principais SIGs.</p><p>Como principal competência, é construída uma visão elaborada com base em situações do dia a dia</p><p>do profissional, na atuação dos gestores de recursos humanos de maneira integrada às demais áreas, na</p><p>identificação de dados a serem inseridos e inter-relacionados nos sistemas, interpretação e análise de</p><p>dados para atuação no planejamento estratégico e em tempo hábil para a tomada de decisão.</p><p>Com base no exposto, encontramos elementos fundamentais para que o estudo dos SIGs se torne</p><p>um instrumento eficaz com vistas à conquista de resultados por meio de uma linha de raciocínio</p><p>consistente, capaz de transformar uma circunstância dada e promover o seu desenvolvimento enquanto</p><p>aluno e profissional da área.</p><p>Esperamos que você goste do assunto e desejamos bons estudos!</p><p>11</p><p>SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>Unidade I</p><p>O campo de conhecimento que abrange os conceitos que demonstram a importância dos chamados</p><p>sistemas de informações gerenciais (SIGs) vivencia profundas e bem-sucedidas discussões que se desenvolveram</p><p>intensamente ao longo das últimas décadas. É certo que ao analisarmos sua evolução como ferramenta para</p><p>o desenvolvimento tecnológico e estrutural de uma empresa, vamos nos deparar com inúmeras opiniões</p><p>de competentes gestores que fizeram desses sistemas e ferramentas a verdadeira razão do sucesso de</p><p>suas empresas.</p><p>Ao mesmo tempo que se observa essa expansão e todo esse desenvolvimento tecnológico, ainda</p><p>hoje, no Brasil e em grande parte do mundo, esbarra-se com uma maioria de executivos e gestores</p><p>que teima em não acompanhar os modernos recursos tecnológicos oferecidos pela rede de sistemas de</p><p>informação gerenciais.</p><p>É importante ressaltar que a sua aplicação não está restrita às organizações, pois, de fato, hoje, para tudo</p><p>que fazemos e com o que nos deparamos, de alguma forma, precisamos aplicar conhecimentos inovadores.</p><p>Assim a área estudada aqui está presente em todos os aspectos de nossas vidas; contudo, nesta disciplina, na</p><p>maior parte de seu desenvolvimento, focaremos o mundo organizacional.</p><p>Esta disciplina tem o objetivo de trazer o aluno para o mundo diferenciado e inovador dos sistemas de</p><p>gerenciamento e discutir conceitos que levem os futuros profissionais a pensarem em necessidades cada vez</p><p>mais pontuais e crescentes, pois elas acabam por esbarrar em sua utilização na execução de processos dentro</p><p>de uma organização por se mostrarem facilitadoras de uma melhor administração.</p><p>Saiba mais</p><p>O autor e professor Gilmar Jorge Wakulicz tem um artigo muito didático</p><p>e incrivelmente esclarecedor de 2016 sobre os conceitos de sistemas de</p><p>informação organizacional. O professor fala de conceitos e situações</p><p>bastante práticas do dia a dia sobre um melhor desempenho profissional e</p><p>sobre ferramentas que possam ajudar a todos:</p><p>WAKULICZ, G. J. Sistemas de informações gerenciais. Santa Maria:</p><p>Universidade Federal de Santa Maria; Colégio Politécnico; Rede e-TEC,</p><p>2016. Disponível em: https://bit.ly/3wauwNP. Acesso em: 6 abr. 2022.</p><p>12</p><p>Unidade I</p><p>É notório que todos os indivíduos usam informações no dia a dia tanto na</p><p>vida pessoal quanto profissional. Muitas vezes, não nos damos conta que é</p><p>necessário administrar essas informações para maximizar a sua utilidade,</p><p>pois, ao sermos bombardeados diariamente com novas informações, não</p><p>é incomum termos dificuldade em filtrá-las e retê-las para uso posterior</p><p>(WAKULICZ, 2016, p. 9).</p><p>Para utilizarmos melhor esse conhecimento, podemos usar algum sistema de informação como algo</p><p>bastante comum: um caderno de anotações, uma agenda, uma lista de endereços</p><p>ou um sistema simples</p><p>baseado em computador etc. Porém percebe-se que, muitas vezes, o grau de importância das informações é</p><p>bastante elevado, principalmente, quando nos referimos ao nível organizacional. No processo de classificá-las</p><p>e interpretá-las, sempre existirá um maior rigor.</p><p>Nesse caso, temos que recorrer a sistemas de informação mais complexos, formais e geralmente</p><p>computadorizados, que coletam, organizam, recuperam e comunicam a informação. Assim, sabemos que</p><p>o desenvolvimento de novas tecnologias da informação tem provocado grande impacto na sociedade em</p><p>que vivemos.</p><p>Atualmente, podemos afirmar que as novas tecnologias da informação estão presentes em todos os tipos de</p><p>empreendimentos, independentemente de seu tamanho, e que, sem elas, é quase impossível administrar uma</p><p>empresa de maneira competitiva no mercado. Portanto, no mundo dos negócios, a informação constitui-se</p><p>num elemento essencial e indispensável para a sua existência (WAKULICZ, 2016).</p><p>Essas conclusões deixam muito claro aquilo que realmente é um SIG e para que ele serve. No mais,</p><p>basta tentarmos adaptar conceitos às atividades realizadas.</p><p>Saiba mais</p><p>Fruto dos avanços tecnológicos ocorridos nas últimas décadas, a era</p><p>da informação mudou definitivamente a maneira como as pessoas vivem</p><p>e trabalham. Nesse contexto, conceitos como informação e gestão têm</p><p>se tornado cada vez mais indissociáveis nas empresas modernas. Voltado</p><p>para as áreas de administração e de tecnologia da informação, o livro a</p><p>seguir aprofunda os chamados sistemas de informações gerenciais (SIGs),</p><p>que reúnem dois importantes campos do conhecimento: a tecnologia e a</p><p>gestão. A intenção do autor é discorrer sobre a importância das informações</p><p>no contexto organizacional.</p><p>ELEUTERIO, M. A. M. Sistemas de informações gerenciais na atualidade.</p><p>Curitiba: InterSaberes, 2015.</p><p>13</p><p>SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>Mas o que é sistema de informação gerencial (SIG)? Como se trata de um conceito multidisciplinar</p><p>que engloba diversas áreas de estudos que contribuem para o desenvolvimento de seus constructos,</p><p>podemos citar diferentes aspectos e filtros sobre o tema.</p><p>Principalmente com a evolução da internet, as empresas estão cada vez mais se conectando</p><p>pela internet, intranet, externet e outras redes de telecomunicações a fim de auxiliar nas operações</p><p>comerciais e na colaboração dentro da empresa, com os clientes, fornecedores e outros parceiros comerciais.</p><p>Nesse sentido, a quantidade e a qualidade das informações são fatores preponderantes e devem ser</p><p>considerados quando da adoção de um sistema de informação. A utilização de sistemas de informações</p><p>nas empresas tem sido cada vez mais crescente. Esses sistemas são cada vez mais ousados e podem</p><p>fazer ações inimagináveis no contexto do desenvolvimento coorporativo e, consequentemente, humano</p><p>(CHIAVENATO, 2000).</p><p>1 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>Inicialmente, é preciso entender a complexidade e a importância hoje em dia, para as empresas e</p><p>para seu desenvolvimento, de pessoas dotadas de princípios e sabedoria, que saibam lidar com sistemas</p><p>complexos e de diferentes tipos e capacidades. Cada vez mais, nesse ambiente, é necessário exigir pontos</p><p>que facilitem o conhecimento de profissionais com habilidades e que consigam interagir facilmente</p><p>com toda essa evolução e modificação (CHIAVENATO, 2000).</p><p>Um sistema de informação é estabelecido por cinco componentes: recursos de software, de hardware,</p><p>de rede, de dados e humanos. Cada um desses recursos possui suas especificidades e importância no</p><p>desenvolvimento de um sistema de informação eficiente. A utilização de sistemas de informações nas</p><p>empresas tem sido cada vez mais crescente e detalhista, exigindo uma gama variada do entendimento</p><p>desses sistemas (ELEUTERIO, 2015).</p><p>Observa-se essa grande eficiência quando a empresa implanta um sistema de informação. Ela</p><p>contribui com todos os setores que recebem informações através de um banco de dados no qual elas</p><p>ficam armazenadas e são processadas e geradas assim que necessário, sendo o foco principal de um SIG</p><p>a eficiência operacional em auxiliar todos os departamentos da organização.</p><p>2 CONCEITO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>Existem várias definições para o conceito de SIG, umas mais complexas, voltadas para especialistas</p><p>e estudiosos; e outras mais simples, que demostram a real dimensão do conceito e ajudam na aplicação</p><p>dele no dia-a-dia de profissionais que precisam saber e utilizar algum sistema de informação.</p><p>Os SIGs são métodos que facilitam a administração das empresas em relação às muitas informações</p><p>importantes que existem para todo o processo de tomada de decisão e ainda proporcionam um maior</p><p>suporte para que as funções de planejamento, controle e operação das organizações consigam realizar-se</p><p>com maestria, fornecendo informações sobre o passado, o presente e o futuro projetado sobre os efeitos</p><p>relevantes dentro e fora da organização (BALTZAN; PHILLIPS, 2012).</p><p>14</p><p>Unidade I</p><p>Já para Wakulicz (2016), o SIG tem a finalidade de ajudar uma organização a atingir suas metas, fornecendo</p><p>aos administradores uma visão das operações regulares da empresa de modo que se possa organizar, controlar,</p><p>planejar de forma mais eficaz e eficiente.</p><p>Um SIG vai sempre fortalecer e enriquecer um plano de atuação das empresas, trazendo e gerando</p><p>informações rápidas, úteis, seguras e atualizadas e, assim, garantindo uma estruturação de gestão</p><p>diferenciada. Por último, proporcionará uma melhora significativa na evolução do desempenho</p><p>profissional dos gestores e tomada de decisões com maior índice de acertos (ELEUTERIO, 2015).</p><p>Observação</p><p>Todos os autores cujo conteúdo abordamos nesse material a fim de</p><p>trazer os conceitos pertinentes ao SIG fortalecem e contemplam a ideia</p><p>de que tal sistema é muito mais que um complemento na administração de</p><p>uma empresa. Fica evidente a necessidade de cada vez mais entendermos</p><p>e nos adaptarmos a uma nova realidade voltada para a utilização de SIGs.</p><p>3 IMPORTÂNCIA, FINALIDADE E CONTRIBUIÇÃO DOS SIGS</p><p>Os SIGs são de extrema importância dentro de uma empresa. Existem tecnologias que disponibilizam</p><p>meios necessários para o crescimento e desenvolvimento das empresas. As SIGs contribuem cada vez mais</p><p>com agilidade, competência, eficiência e eficácia dos sistemas e operações numa empresa.</p><p>A informação dentro da empresa auxilia no apoio às decisões através dos sistemas informativos que a</p><p>organização possui, focalizando a transmissão e a recepção dessas informações para serem processadas com</p><p>eficiência na tomada de decisão. Com base nesse conceito, Oliveira (2008, p. 32) afirma que</p><p>[...] o processo de administração nas empresas utiliza a informação como</p><p>apoio às decisões, através de sistemas informativos que observam requisitos</p><p>quanto a transmissores e receptores de informações, canais de transmissão,</p><p>conteúdo das informações, periodicidade das comunicações, bem como</p><p>processos de conversão das informações em decisões junto a cada um dos</p><p>centros de responsabilidades – unidades organizacionais – da empresa.</p><p>Tem-se, nesse conceito, que o SIG ajuda no tripé básico de segurança da empresa.</p><p>O SIG, então, proporciona e auxilia aos executivos das empresas uma</p><p>maior assertividade em suas ações trazendo um consolidamento do tripé</p><p>básico de sustentação da empresa: qualidade, produtividade e participação</p><p>(OLIVEIRA, 2008, p. 32).</p><p>15</p><p>SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>Lembrete</p><p>Oliveira deixa bastante claro que o conceito de SIG ajuda no tripé</p><p>básico de segurança da empresa: “O SIG auxilia os executivos das empresas</p><p>a consolidar o tripé básico de sustentação da empresa: qualidade,</p><p>produtividade e participação” (OLIVEIRA, 2008, p. 32).</p><p>Esses três conceitos “afetados” pela definição de SIG são responsáveis pelo</p><p>desenvolvimento constante das empresas. Firma-se, assim, a importância</p><p>e o espaço que os SIGs conquistam cada vez mais no mundo coorporativo.</p><p>3.1 Melhoria na produtividade e redução de custos de operação</p><p>Segundo Munhoz</p><p>(2017), todos os SIGs prezam por ter como principal função o direcionamento</p><p>do executivo na sua tomada de decisão. Por menor que seja a tomada de decisão numa empresa, esses</p><p>sistemas têm por base o auxílio e a reparação de atitudes que podem ser muito importantes para o</p><p>mundo corporativo.</p><p>Entre os principais benefícios apontados, podemos destacar vários sistemas específicos, que se</p><p>tornaram ao longo dos anos fundamentais para entender os aspectos de melhorias na produtividade e</p><p>na redução dos custos de operação.</p><p>Podemos destacar, assim:</p><p>• Redução dos custos operacionais.</p><p>• Relatórios precisos e rápidos com acesso a uma maior quantidade de informações.</p><p>• Melhoria setorial e global.</p><p>• Melhoria nos serviços realizados e oferecidos, otimizando a prestação de serviços ao cliente.</p><p>• Melhoria nas tomadas de decisões, estímulo de maior interação entre os tomadores de decisão.</p><p>• Fornecimento de melhores projeções dos efeitos das decisões.</p><p>• Melhoria na estrutura organizacional por facilitar o fluxo de informações.</p><p>• Melhoria na estrutura do poder, dando maior poder àqueles que entendem e controlam o sistema.</p><p>• Descentralização do grau de decisões na empresa.</p><p>• Habilidade e habilitação da empresa para enfrentar os acontecimentos não previstos.</p><p>16</p><p>Unidade I</p><p>• Melhor interação com os fornecedores.</p><p>• Melhoria nas atitudes e atividades dos funcionários na empresa, aumentando a motivação das</p><p>pessoas envolvidas.</p><p>• Redução da mão de obra burocrática e dos níveis hierárquicos.</p><p>Lembrete</p><p>Todos esses sistemas sempre vão corroborar com a redução de custos,</p><p>eficiência das operações e principalmente na melhoria da produtividade de</p><p>cada empresa (CHIAVENATO, 2000).</p><p>Em relação à produção da empresa, Oliveira (2008, p. 33) afirma que:</p><p>[...] a produtividade não deve ser abordada como um assunto de tempos</p><p>e métodos, de ergonomia ou de linhas de produção. Deve ir até o nível da</p><p>produtividade global e consolidar a filosofia de comprometimento de todos</p><p>para com os resultados parciais e globais da empresa.</p><p>Pode-se dizer que a produção não deve ser limitada ou centralizada em relação ao entendimento</p><p>das interações entre seres humanos e sistemas. Ela deve criar um compromisso da equipe de trabalho</p><p>com as metas da organização.</p><p>3.2 Aumento de interação entre gestores</p><p>Como as SIGs podem influenciar na interação entre gestores? Já vimos que podem ser bem mais</p><p>eficientes e causarem um efeito mais positivo do que o contrário. Mesmo muitas vezes sendo sistemas</p><p>bastante caros, é algo que compensa à empresa em termos de melhorias gerais.</p><p>No sentido de integração entre gestores, um dos maiores desafios dos sistemas de informações é assegurar</p><p>de forma confiável a qualidade e agilidade da informação que é imprescindível para as organizações e seus</p><p>gestores. Os SIGs conseguem diminuir as diferenças entre os diversos pensamentos existentes nas decisões</p><p>importantes dentro da empresa, e isso torna os seus gestores mais próximos e alinhados, causando algo</p><p>bastante positivo para o crescimento e desenvolvimento da empresa (BIO, 1985).</p><p>Existem três níveis de planejamento e gerenciamento dentro de uma organização, segundo estudiosos da</p><p>administração de grandes empresas.</p><p>Para Munhoz (2017), os três níveis de abrangência dos SIGs são:</p><p>• Nível estratégico: corresponde ao sistema de informações estratégicas (SIE), que considera a</p><p>interação entre as informações externas e internas da empresa e analisa os fatores e subfatores</p><p>externos, como a concorrência, a missão e os objetivos estratégicos e políticos da empresa.</p><p>17</p><p>SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>• Nível tático: corresponde ao sistema de informações táticas (SIT), que considera a interação</p><p>das informações de uma área de resultado, como finanças, produção, marketing e RH; e não da</p><p>empresa como um todo.</p><p>• Nível operacional: corresponde ao sistema de informações operacionais (SIO), que é o</p><p>detalhamento do nível tático em que há a formalização que possibilita a identificação de</p><p>atividades específicas, principalmente através de documentos escritos, das diversas informações</p><p>estabelecidas na empresa (MUNHOZ, 2017).</p><p>Estratégico</p><p>Tático</p><p>Operacional</p><p>SIE</p><p>SIGSAD</p><p>SIT</p><p>Figura 1 – Níveis SIGs</p><p>Adaptada de: Munhoz (2017, p. 68).</p><p>Saiba mais</p><p>Leia sobre os três níveis operacionais dominantes em uma empresa</p><p>conforme a na figura anterior – pirâmide do nível estrutural e organizacional</p><p>de uma empresa. Você pode achar um vasto material falando sobre o</p><p>assunto na obra a seguir.</p><p>MUNHOZ, A. S. Visão estratégica dos sistemas de informações gerenciais</p><p>na gestão de pessoas. Curitiba: InterSaberes, 2017.</p><p>3.3 Proatividade, melhoria de projeções</p><p>Todos os SIGs apresentam um alto nível de componentes inteligentes baseados na coleta do sistema e nas</p><p>coletas humanas de quem os utiliza, o que desenvolve na equipe mecanismos de feedback e imediatamente</p><p>proporciona melhorias de projeções e proatividade de seus usuários.</p><p>18</p><p>Unidade I</p><p>Lembrete</p><p>Uma das principais funções dos SIGs é fornecer relatórios que tragam</p><p>informações sobre o funcionamento por completo das empresas. Com</p><p>essas informações produzidas, os gestores conseguem controlar e delinear</p><p>os melhores direcionamentos para a organização ser competitiva no ramo</p><p>em que atua. Os sistemas dão suporte em todas as partes das empresas,</p><p>analisando e desenvolvendo o produto e/ou serviço e podem antecipar e</p><p>prevenir o que pode ocorrer nos próximos anos (MUNHOZ, 2017).</p><p>3.4 Alinhamento das estratégias de negócios</p><p>Tais ferramentas citadas no tópico anterior, segundo Oliveira (2008), permitem aos gestores obter de</p><p>maneira dinâmica e prática as informações necessárias para embasar as decisões que norteiam as empresas,</p><p>seja em questões administrativas internas, em estratégias de vendas ou em outras áreas que necessitem de</p><p>uma gestão mais apurada de indicadores. É dessa forma que esses sistemas proporcionam todo e qualquer</p><p>benefício pelo alinhamento das estratégias de negócios (CHIAVENATO, 2000).</p><p>Com um planejamento no qual são definidos os objetivos e as estratégias a serem seguidos por todos,</p><p>podemos obter as informações que permitem proceder à função organização. Por meio dessa função,</p><p>a estrutura organizacional que viabilizará o alcance dos objetivos planejados é delineada. Os objetivos e</p><p>estratégias ajudam a definir as tarefas e responsabilidades de cada indivíduo, além de auxiliar na identificação</p><p>do sistema de autoridade e de comunicação ideal para o cenário idealizado (CHIAVENATO, 2000).</p><p>Em seguida, podemos partir para a execução do que foi planejado, conforme atribuições da função</p><p>direção. Fazendo uso das informações disponíveis, o administrador motiva e conduz os seus colaboradores</p><p>na aplicação correta dos recursos materiais, financeiros, tecnológicos, físicos e mercadológicos, conforme</p><p>o que foi planejado (CHIAVENATO, 2000).</p><p>Observação</p><p>O processo de gerência conta, ainda, com a atividade de controle,</p><p>igualmente relevante para o sucesso da organização. Seja em nível</p><p>estratégico, gerencial ou operacional, os métodos de controle servem</p><p>para avaliar desempenhos, permitindo a correção de possíveis falhas para</p><p>a organização ter condições de atingir os padrões esperados. Isso resulta</p><p>na redefinição de objetivos, no replanejamento, no empreendimento de</p><p>mudanças na organização, na melhoria do sistema de comunicação, na</p><p>motivação da mão de obra, além de outros efeitos interessantes a um setor</p><p>específico da organização ou a ela como um todo (CHIAVENATO, 2000).</p><p>19</p><p>SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>3.5 Sistemas abertos e sistemas fechados</p><p>Existem, hoje, na literatura, duas formas de classificação dos sistemas:</p><p>• Sistemas abertos: aqueles que interagem com o ambiente externo. Apresentam relação de causa e</p><p>efeito com o ambiente e são chamados normalmente de sistemas orgânicos. Nesse sentido, podemos</p><p>definir que as empresas são sistemas abertos que sofrem influência das variáveis externas, como</p><p>políticas econômicas, variáveis sociais, tecnológicas, éticas, ecológicas e de</p><p>ordem legal, ou seja,</p><p>são influenciadas também pela legislação vigente e tributação. Valorizam a proação, inovação,</p><p>orientação para o mercado e flexibilidade de processo ou adhocracia (o termo adhocracia significa</p><p>uma organização flexível que se molda às dificuldades do mercado, remodelando seus processos</p><p>sistematicamente à medida que são afetadas por problemas externos).</p><p>• Sistemas fechados: aqueles que não sofrem influência do ambiente externo. São sistemas</p><p>normalmente criados pelo homem, como máquinas e motores, portanto, não sofrem com as variáveis</p><p>do ambiente. Além disso, podemos dizer que os sistemas burocráticos são sistemas fechados de</p><p>organização, pois não consideram as variáveis externas, dando ênfase apenas ao processo interno.</p><p>Os SIGs são instrumentos de excelente qualidade para o processo decisório. Porém, para</p><p>que a empresa possa usufruir as vantagens básicas dos SIGs, é necessário que alguns aspectos</p><p>sejam observados: o envolvimento da alta e média gestão, a competência por parte das pessoas</p><p>envolvidas com um SIG.</p><p>4 ERA 4.0 E A GESTÃO DE CONHECIMENTO</p><p>A gestão de conhecimento atual está essencialmente vinculada aos conceitos que permeiam a</p><p>Era 4.0, que, hoje em dia, nos aponta que é bastante errado pensar que a tecnologia já está pronta e</p><p>evoluída. Isso não pode acontecer. O ser humano, assim como suas tecnologias, vai sempre estar em</p><p>evidente progresso e desenvolvimento.</p><p>Saiba mais</p><p>Para saber mais sobre o conteúdo, não deixe de ler:</p><p>SILVA, K. C. N. Sistemas de informações gerenciais. Porto Alegre:</p><p>Sagah, 2018.</p><p>VIEIRA, R. Gestão do conhecimento: introdução e áreas afins. Rio de</p><p>Janeiro: Interciência, 2016.</p><p>20</p><p>Unidade I</p><p>Nesse sentido, pensando nessa evolução contínua, o termo “Era 4.0” funciona para mostrar e</p><p>caracterizar essa enorme modernidade de fatores que culminarão em, cada vez mais, uma enormidade</p><p>de bens de consumo (LYDON, 2016).</p><p>As tecnologias presentes hoje são big data, internet das coisas, inteligência artificial, machine</p><p>learning, entre outras. O aperfeiçoamento corriqueiro e diário das máquinas é um processo que começou</p><p>na Primeira Revolução Industrial e nunca mais parou. Esse movimento é apontado como a Quarta</p><p>Revolução Industrial, que se utiliza dos sistemas ciberfísicos para modernizar a indústria, tornando</p><p>a automação holística com a integração das funções de produção e negócios além das fronteiras da</p><p>organização (LYDON, 2016).</p><p>A Quarta Revolução Industrial, também denominada de Indústria 4.0, promoveu a integração de</p><p>sistemas ciberfísicos, fundindo o real com o virtual e conectando sistemas digitais, físicos e biológicos,</p><p>além de possibilitar a produção personalizada em massa (SCHWAB, 2016).</p><p>Essa revolução vai muito além das tecnologias inovadoras nela empregadas e do mercado de</p><p>trabalho industrial. Um dos seus grandes trunfos que contribuem para a diferenciação das empresas</p><p>no mundo dos negócios é a gestão de seus conhecimentos e a capacitação de seus trabalhadores</p><p>para essa nova fase dos processos produtivos (SCHWAB, 2016). Eis importantes desafios a serem</p><p>gerenciados pelas organizações.</p><p>Dessa forma, após toda a evolução que a sociedade colheu depois das revoluções industriais, da</p><p>globalização e, principalmente, com a chegada e proliferação da internet, o mundo da indústria 4.0 e</p><p>seus impactos na vida de todos nós têm acontecido com muito mais frequência e riqueza de detalhes.</p><p>Hoje, vivemos e experimentamos como seres humanos uma quantidade ilimitada de novidades e</p><p>de revoluções.</p><p>Observação</p><p>Desafios incluem mudanças de estrutura e renovação dos recursos</p><p>humanos. Muito falada entre os setores mais automatizados da indústria</p><p>brasileira, principalmente, no que diz respeito às iniciativas empreendedoras, a</p><p>Era 4.0, ou Era da Gestão Integrada, ainda é pouco praticada por aqui. Em 2018,</p><p>uma pesquisa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)</p><p>identificou o potencial de 15 trilhões de dólares em movimentação dentro</p><p>dessa indústria, caracterizada pela inovação digital e pelo uso de tecnologias</p><p>de ponta. No entanto, assim como a Revolução Industrial gerou uma série</p><p>de desafios para as empresas e a sociedade, a Era 4.0 exige que os negócios</p><p>permitam renovar processos e fazer importantes transformações.</p><p>Nesse sentido, o conhecimento é importante principalmente para gestores e empreendedores,</p><p>que são diretamente responsáveis por implementar as novidades na prática. A Era 4.0 traz um</p><p>aperfeiçoamento técnico dos conceitos e benefícios referente aos assuntos de evolução tecnológica.</p><p>21</p><p>SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>Cabe entender tudo aquilo que faz parte do contexto do princípio fundamental da gestão do</p><p>conhecimento: gestão do capital humano e intelectual; e, por fim, o conceito e a aplicação do que é</p><p>vantagem competitiva, gestão do conhecimento e SIGs (CHIAVENATO, 2000).</p><p>Schwab (2016), uma das referências mundiais no assunto para a Quarta Revolução Industrial,</p><p>ressalta que, no futuro, o talento das forças de trabalho se sobressairá ao capital, representando</p><p>fator crítico de produção. Davenport e Prusak (1998) e Teixeira Filho (2000) afirmaram que a</p><p>verdadeira vantagem competitiva está na capacidade e na velocidade do aprendizado das pessoas nas</p><p>organizações, logo, a gestão do capital intelectual faz-se necessária. Acompanhando a modernização</p><p>do sistema produtivo, o sistema de educação corporativa passou a ter um papel de destaque na</p><p>construção de valores distintivos para a competitividade (apud AIRES; KEMPNER-MOREIRA; FREIRE,</p><p>2017), conforme pode ser observado no quadro seguinte.</p><p>Quadro 1 – Evolução do sistema de educação corporativa</p><p>e as revoluções industriais</p><p>Revolução</p><p>industrial Período Características da educação corporativa</p><p>Primeira Revolução</p><p>Industrial</p><p>Iniciou-se na segunda metade</p><p>do século XVIII. Ocorreu entre</p><p>1760 e 1840</p><p>Preocupação com a universalização do ensino</p><p>Divisão social da educação, a elite recebia educação</p><p>superior para gerenciar as empresas e a massa recebia</p><p>educação técnica para realizar operações repetitivas</p><p>Segunda Revolução</p><p>Industrial</p><p>Iniciou-se no século XIX e</p><p>avançou a primeira metade do</p><p>século XX</p><p>Educação fundamentada no raciocínio, valores éticos e</p><p>acumulação do conhecimento de forma organizada</p><p>Terceira Revolução</p><p>Industrial</p><p>Iniciou-se na década de 1960</p><p>(segunda metade do século XX)</p><p>e avançou até a década de 1990</p><p>Estabelece um caráter social excludente e a educação</p><p>passa a ser um pré-requisito para o cidadão sob três</p><p>dimensões: produção, consumo e vida social</p><p>Desenvolvimento de pessoas (trabalhadores) com</p><p>autonomia, iniciativa e dinamismo. Valorização do</p><p>autodesenvolvimento e aprendizado contínuo</p><p>Quarta Revolução</p><p>Industrial</p><p>Iniciou-se na primeira década do</p><p>século XXI, na década de 2000</p><p>Surgem as redes de aprendizagem para aprendizagem</p><p>em rede</p><p>Exigência de conhecimentos de nível superior, além de</p><p>técnicos e tecnológicos mais sofisticados</p><p>Desenvolvimento de programas de desenvolvimento</p><p>humano para a inovação – geração de ideias,</p><p>colaboração, compartilhamento, coprodução</p><p>Avanço da gestão do conhecimento e do capital</p><p>intelectual</p><p>Surge a necessidade de desenvolvimento de novas</p><p>competências nos trabalhadores</p><p>Surgimento de novas profissões</p><p>Fonte: Aires, Kempner-Moreira e Freire (2017, p. 202).</p><p>É certo que o conhecimento é algo de extrema importância e se torna cada vez mais o foco. Assim,</p><p>muitas organizações ainda não sabem exatamente como lidar com essas incógnitas. Essa situação vem</p><p>cada vez mais causando enormes e diferentes desafios nos processos organizacionais, introduzindo</p><p>22</p><p>Unidade I</p><p>diferentes e novatos sentidos para a gestão de todas essas organizações. Dessa forma, a gestão do</p><p>conhecimento surge como uma necessidade para todas as organizações que desejam melhorar seus</p><p>resultados (QUANDT, 2001).</p><p>Por gestão do conhecimento (GC), entende-se o processo que se inicia com a definição dos</p><p>objetivos estratégicos da organização, passando pelas práticas para identificar, desenvolver, capturar</p><p>e</p><p>disseminar conhecimento útil. A aplicação de conceitos, procedimentos e ferramentas de tecnologia de</p><p>informação apoiam as práticas coletivas de criação e o compartilhamento, visando o aperfeiçoamento</p><p>do desempenho organizacional (QUANDT, 2001).</p><p>Entre seus principais objetivos, está entender e gerenciar de forma sistemática e eficaz o</p><p>reconhecimento da organização a partir de seus ativos de conhecimento, de forma a criar, capturar,</p><p>organizar, distribuir, compartilhar, aplicar, renovar e monitorar o conhecimento (WIIG, 1997). Em suma,</p><p>a GC propicia que o conhecimento agregue valor e traga resultados reais às organizações.</p><p>O objetivo final do ciclo de GC é aplicá-lo. Após a captura e/ou criação do conhecimento, sua</p><p>codificação e seu compartilhamento, é imprescindível utilizá-lo no intuito de diminuir o desperdício de</p><p>tempo e os recursos ao buscá-lo. A chave para o tão almejado sucesso organizacional é a capacidade</p><p>de capturar conhecimento, transformá-lo em aprendizagem organizacional e reutilizá-lo de forma</p><p>eficaz na tomada de decisões mais inteligentes (KIMIZ, 2005).</p><p>Se a GC é tão importante, conhecer as barreiras à sua implantação pode ser o diferencial em um</p><p>processo bem ou malsucedido. A consciência do que pode prejudicar as estratégias de GC permite</p><p>atuar na prevenção ou minimização de seus efeitos. Na literatura, existem hoje cerca de três conjuntos</p><p>de barreiras, conhecidas pela sigla TOP, relacionadas à tecnologia, à organização e às pessoas. Entre</p><p>essas barreiras, as que mais interferem nos resultados da implantação da GC nas organizações são as</p><p>relacionadas às pessoas.</p><p>Para Kimiz (2005), o principal e mais complexo desafio está relacionado às pessoas. Esse</p><p>elemento, considerado uma das bases fundamentais da GC, é, por vezes, ignorado pelos gestores</p><p>no seu processo de implementação e desenvolvimento. Se parte do conhecimento organizacional</p><p>é tácito e precisa ser explicitado (NONAKA; TAKEUCHI, 1997), as pessoas tornam-se componentes</p><p>críticos nesse processo, ou seja, sem pessoas, não há GC. Quanto mais tácito, maior o valor do</p><p>conhecimento (KIMIZ, 2005).</p><p>Como tudo o que é novo, a implantação de programas de GC também provoca resistências. Para</p><p>superá-las, Nair e Prakash (2009) recomendam a ênfase na informação, na educação, no treinamento,</p><p>no convencimento e, especialmente, na confiança. Para a GC, o relacionamento é a base do</p><p>compartilhamento, da socialização e da combinação de conhecimentos, o que ocorrerá somente em</p><p>um ambiente propício à criatividade e à inovação, em que a confiança é um dos pilares fomentadores</p><p>(NONAKA; VON KROGH; VOELPEL, 2006).</p><p>Os aceleradores do conhecimento (pessoas, processos, tecnologia e liderança) precisam estar voltados</p><p>para esse fim, o que passa pela conscientização das pessoas, readequação de processos, uso eficiente</p><p>23</p><p>SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>da tecnologia e liderança que motive a criação, a captura, o compartilhamento, o armazenamento, a</p><p>disseminação e a renovação do conhecimento. A GC não deve ser um fim em si, mas um meio pelo qual</p><p>a organização alcance melhores resultados e aumente seu valor de mercado (NAIR; PRAKASH, 2009).</p><p>Lembrete</p><p>O objetivo da GC deve ser movimentar a organização para o</p><p>conhecimento, que deve cumprir seu papel de proporcionar mudanças</p><p>inovadoras, capazes de diferenciar a organização de seus concorrentes.</p><p>Para isso, todo um processo deve ser implantado, desenvolvido e mantido,</p><p>pois a GC é tão dinâmica como o seu principal ativo (KIMIZ, 2005). Como</p><p>um processo em longo prazo, os resultados podem não aparecer de</p><p>imediato, mas o propósito é uma mudança de mentalidade (indivíduo),</p><p>de comportamento (grupo) e de cultura (organização), que possibilite uma</p><p>competitividade sustentável, mas não imediata.</p><p>A GC tem o poder de uma bola de neve, que se inicia pequenina, mas com o tempo cresce e ganha</p><p>potencial para grandes feitos (espera-se, positivos).</p><p>4.1 Entendendo a Era 4.0 relacionada aos SIGs</p><p>Também conhecida e principalmente chamada de Era 4.0, quando se fala em desenvolvimento</p><p>sistêmico, pode-se entender um conceito fechado de automação e tecnologia da informação. Esse</p><p>conceito remete diretamente à transformação de matérias-primas em produtos de valor agregado,</p><p>utilizando modernidades e evoluções que vão de encontro com o sistema de manufatura em que a mão</p><p>como instrumento é o mais importante. Nessa Era 4.0, se preza, além da modernidade, a inteligência</p><p>robótica e a vinda das máquinas de secundárias para fatores principais e essenciais. Cada vez mais, nessa</p><p>geração, procura-se dar abertura às máquinas (KIMIZ, 2005).</p><p>A robótica, sistema previamente programado para que os equipamentos desempenhem</p><p>determinadas funções sozinhos, também não é muito recente. Esse tipo de indústria trouxe consigo</p><p>grandes mudanças no cenário de produção industrial. Na história da indústria, ela trouxe um grande</p><p>salto tecnológico, por exemplo, o surgimento e a experiência causada pela introdução do trabalho</p><p>feito por robôs, o que acabou por tornar essa evolução e essa indústria cada vez mais cirúrgicas,</p><p>no sentido de perfeição e complexidade que o próprio ser humano não foi capaz de realizar com a</p><p>manufatura (GIL, 1999).</p><p>A indústria 4.0 é uma realidade na qual a tecnologia industrial torna-se cada vez mais eficiente:</p><p>mais inteligente, mais rápida e mais precisa e independente. Depois de entender o que é Era 4.0, pode-se</p><p>então abordar o que está por trás da sua origem. Embora as revoluções industriais remetam a passagens</p><p>registradas séculos atrás, nesse caso, o movimento é bastante recente (KIMIZ, 2005).</p><p>24</p><p>Unidade I</p><p>O marco inicial aponta para uma estratégia adotada pelo governo alemão para o setor industrial no</p><p>início da segunda década deste milênio. Um grupo de trabalho liderado por Siegfried Dais (Robert Bosch</p><p>GmbH) e Henning Kagermann (German Academy of Science and Engineering) desenvolveu um projeto</p><p>que consistia na implementação de soluções tecnológicas em unidades fabris. A ideia era promover</p><p>a informatização da manufatura e a integração de dados. Em 2011, o grupo mencionou o trabalho</p><p>durante a Feira de Hannover, na Alemanha. O projeto continuou e, na edição de 2013 da mesma feira, o</p><p>relatório final sobre a indústria 4.0 foi apresentado, tornando o conceito conhecido a todos nós. Assim,</p><p>nascia uma ideia clara e precisa de fábricas inteligentes nas quais as máquinas e os equipamentos</p><p>podiam tomar decisões com base em dados (CHIAVENATO, 2000).</p><p>Paralela a todos esses conhecimentos, essa revolução, chamada Era 4.0, está bastante ligada a era</p><p>dos SIGs, que, conforme já vimos no decorrer do estudo, está voltada para tudo que diz respeito aos</p><p>sistemas de informações gerenciais.</p><p>Da mesma forma, na literatura, temos o termo “SIG” também para designar o sistema de informações</p><p>geográficas com a tecnologia dependente de um sistema de informação gerencial (SIG). Esse termo é</p><p>oriundo do inglês GIS (geographic information system), como iremos daqui em diante denominar sistema</p><p>de informações geográficas, para que não haja confusão com sistema de informações gerenciais. Para</p><p>saber o que é GIS, é necessário definir o que é IG (informação geográfica). Nesse sentido, pode-se pensar</p><p>essas informações geográficas, muito utilizadas atualmente, por exemplo, em GPSs, são informações</p><p>altamente processados e que habitam o universo das grandes SIGs (sistemas de informações gerenciais).</p><p>Com esse tipo de informações, os sistemas de informações geográficas são responsáveis, principalmente,</p><p>por garantir:</p><p>• Informação sobre locais na superfície da Terra.</p><p>• Conhecimento sobre onde alguma coisa está.</p><p>• Conhecimento sobre o que está em uma dada localização.</p><p>A informação geográfica pode ser muito detalhada, por exemplo:</p><p>• Informação sobre as localizações de todas as edificações em uma cidade.</p><p>• Informação sobre cada árvore em uma floresta.</p><p>Da mesma forma, o detalhamento da informação geográfica pode ser muito superficial. Por exemplo:</p><p>• O clima de uma grande região.</p><p>• A densidade</p><p>populacional de um país.</p><p>Como é possível observar nos exemplos conforme os objetivos a serem alcançados, a resolução</p><p>geográfica pode variar. Outras características da informação geográfica são:</p><p>25</p><p>SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>• Sempre ser relativamente estática:</p><p>— as feições naturais e muitas feições culturais (de origem humana) não são alteradas rapidamente;</p><p>— ao imprimir a informação geográfica em papel, ela se torna estática.</p><p>• Pode ser muito volumosa:</p><p>— alguns terabytes (1012 bytes) de dados podem ser produzidos por um único satélite em um dia;</p><p>— alguns gigabytes (109 bytes) de dados são necessários para descrever a rede viária do Brasil.</p><p>O sistema de informação geográfica é um conjunto de sistemas de softwares e hardwares capazes de produzir,</p><p>armazenar, processar, analisar e representar inúmeras informações sobre o espaço geográfico, tendo como</p><p>produto final mapas temáticos, imagens de satélites, cartas topográficas, gráficos e tabelas. Esses produtos são</p><p>importantes para a análise de evoluções espaciais e temporais de um fenômeno geográfico e as inter-relações</p><p>entre diferentes fenômenos espaciais.</p><p>Uma das principais aplicações desse sistema ocorre no planejamento e ordenamento territorial,</p><p>como o planejamento urbano de uma cidade; o planejamento ambiental, por exemplo, o controle e o</p><p>monitoramento do desmatamento na Amazônia (KIMIZ, 2005).</p><p>Esse sistema é uma ferramenta que vem sendo utilizada cada vez mais pelos órgãos públicos e</p><p>privados, pois permite a maximização de informações coletadas. O último Censo, de 2010, realizado pelo</p><p>IBGE, utilizou-se do GIS para coleta, armazenamento e tratamento dos dados colhidos (KIMIZ, 2005).</p><p>Exemplos desse sistema são geoprocessamento, sensoriamento remoto e o GPS. Cada uma dessas</p><p>três ferramentas tem uma função específica.</p><p>O sensoriamento remoto é um conjunto de técnicas utilizado para a captação de imagens por meio</p><p>de sensores de satélites, acoplados de equipamentos fotográficos e scanners. É uma técnica que permite</p><p>obter informações de um determinado objeto sem entrar em contato físico com ele (KIMIZ, 2005).</p><p>GPS quer dizer em português sistema de posicionamento global (traduzido do inglês global</p><p>positioning system), um instrumento que permite a localização de uma pessoa ou de um objeto espacial</p><p>a partir de suas coordenadas geográficas, latitude e longitude. Atualmente, vem sendo utilizado em</p><p>diversos setores econômicos, como na agricultura e no rastreamento de carga de veículos. Com os</p><p>problemas de trânsito enfrentados nas grandes cidades, vem se tornando um item indispensável para</p><p>navegação e orientação aos motoristas de carro (KIMIZ, 2005).</p><p>O geoprocessamento é a técnica de coleta e processamento de dados espaciais. Esse processo envolve</p><p>informações coletadas tanto pelo sensoriamento remoto quanto pelo GPS (KIMIZ, 2005).</p><p>26</p><p>Unidade I</p><p>Para Kimiz (2005), muitas outras tecnologias, ciências e técnicas são utilizadas na aquisição e</p><p>manipulação de informações geográficas, entre elas, estão a cartografia, a geodesia, a topografia, a</p><p>fotogrametria e os GISs, que são compostos por:</p><p>• um sistema para entrada, manipulação e exibição de informações geográficas;</p><p>• uma categoria de programa computacional;</p><p>• uma instância prática de um SIG combina programa computacional com equipamentos, dados,</p><p>usuários e procedimentos, para resolver um problema, auxiliar decisões e planejamentos.</p><p>Os equipamentos para esse sistema geográfico são os mesmos utilizados em qualquer outra</p><p>aplicação (teclado, monitor, cabos, dispositivos para internet, processadores CISC e/ou RISC).</p><p>No entanto, a esses equipamentos comuns, podem ser adicionados periféricos extras, tais como</p><p>receptores de sinais GNSS, grandes impressoras/plotters, restituidores fotogramétricos digitais,</p><p>scanners etc. O conjunto de equipamentos de um GIS depende da aplicação e do gerenciamento</p><p>estratégico da instituição onde o SIG está sendo implantado.</p><p>Frequentemente, em vez de comprar um determinado equipamento, se faz a opção por buscar um</p><p>serviço terceirizado; por exemplo, em vez de comprar um oneroso scanner colorido em formato A0 para</p><p>digitalizar 500 mapas e, depois de realizado esse serviço, o equipamento ficar em desuso, opta-se por</p><p>buscá-lo em empresas especializadas.</p><p>Atualmente, um GIS pode ser aplicado a praticamente todas as atividades humanas, uma vez que essas</p><p>atividades são sempre executadas em algum local, em alguma posição geográfica. As grandes aplicações</p><p>de SIG requerem a montagem de uma equipe multidisciplinar, envolvendo profissionais de informática,</p><p>bancos de dados, cartografia (cartografia, sensoriamento remoto, fotogrametria, geodesia etc.) e outros</p><p>profissionais das áreas de aplicações do SIG, ou seja, se o SIG estiver sendo aplicado na gestão de</p><p>distribuição elétrica, se fazem necessários, na equipe, profissionais diretamente relacionados com gestão</p><p>de eletricidade, o mesmo raciocínio pode ser feito em relação à agricultura, ao planejamento urbano</p><p>etc. Além desses profissionais, é preciso contemplar também as pessoas que utilizarão as informações</p><p>geográficas produzidas pelo sistema, as quais nem sempre estão relacionadas com a aplicação ou com</p><p>a instituição onde o sistema está implantado. Dessa forma, é possível categorizar os recursos humanos</p><p>em três grupos, o núcleo de geomática, os usuários temáticos e os usuários gerais.</p><p>E quais as aplicações de um sistema de informação geográfica?</p><p>As atividades humanas sempre são desenvolvidas em alguma localidade geográfica e, portanto,</p><p>podem ser geograficamente referenciadas. Dessa forma, são praticamente infindáveis as possibilidades</p><p>de aplicações desses sistemas. Pode-se pensar, por exemplo, em aplicações mais comuns e consagradas</p><p>mundialmente, como as companhias de gestão de infraestruturas (gás, telefone, eletricidade, água,</p><p>esgoto, TV a cabo, entre outras). Cada uma dessas companhias geralmente possui milhares de</p><p>consumidores, cada um deles com uma conexão com a rede de infraestrutura; além disso, necessitam</p><p>gerenciar milhares de quilômetros de fios e dutos (subterrâneos e aéreos), com transformadores,</p><p>27</p><p>SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>chaves, válvulas, representando, muitas vezes, bilhões de dólares em infraestrutura instalada. Esses</p><p>sistemas são aplicados à gestão de infraestruturas e também recebem o nome de AM/FM (automatic</p><p>mapping/facility management).</p><p>Uma companhia de gestão de infraestrutura pode receber milhares de telefonemas para manutenção</p><p>em um único dia. Assim, necessita gerenciar todas essas atividades, manter informações acuradas</p><p>sobre o posicionamento geográfico de todos os consumidores, equipamentos e atividades, manter os</p><p>registros de atividades atualizados, realizar avaliações diárias dos serviços executados e ainda fornecer</p><p>informações para outras instituições, por exemplo, disponibilizar as informações sobre a tubulação</p><p>subterrânea da rede de esgoto para a empresa de telefonia que necessita cavar um buraco em uma</p><p>determinada posição geográfica.</p><p>No caso de uma empresa responsável por rodovias, se faz necessário armazenar informações</p><p>sobre o estado da pavimentação em toda a rede de rodovias. Além disso, manter um cadastro de toda</p><p>a sinalização vertical e horizontal das rodovias e analisar dados de acidentes. Atualmente, algumas</p><p>localidades no Brasil e muitos países desenvolvidos contam com a possibilidade de carros com</p><p>sistemas de navegação pelo sistema viário, contendo mapas digitais de ruas e rodovias, conectados</p><p>a receptores GNSS. Empresas de distribuição de bens e serviços mantêm suas frotas conectadas a</p><p>receptores GNSS. Dessa forma, realizam o monitoramento e controle de cada um de seus veículos</p><p>em tempo real.</p><p>Na agropecuária, atualmente, é possível utilizar mapas e imagens detalhadas para planejar o</p><p>plantio, a aplicação de insumos agropecuários e ainda planejar a colheita, além de analisar e realizar</p><p>a previsão de safra. Atualmente, essa aplicação desses tipos de sistemas são denominadas agricultura</p><p>de precisão.</p><p>No setor florestal, esse sistema pode ser aplicado ao manejo de árvores, com vistas à extração</p><p>sustentável de madeira. Todas as árvores produtoras de madeira são georreferenciadas; e sua volumetria,</p><p>sistematicamente monitorada. Quando o volume de madeira na floresta diminui a taxa de crescimento,</p><p>essas árvores podem ser seletivamente retiradas e sua madeira encaminhada para a indústria. No entanto</p><p>a retirada de árvores da floresta também é um problema geográfico e necessita ser cuidadosamente</p><p>planejada para não comprometer as árvores em crescimento.</p><p>Após a retirada das árvores, é realizado o replantio das mesmas espécies, nas mesmas posições</p><p>geográficas, mantendo assim a floresta saudável e produtiva.</p><p>A floresta ainda pode ser utilizada em outras atividades humanas sustentáveis, como turismo e</p><p>extrativismo (apicultura, extração de resina, frutos, flores etc.).</p><p>Dessa forma, o que significa fazer e aplicar esses sistemas de informação geográfica? Pode significar</p><p>utilizar ferramentas dos programas computacionais de SIG para resolver um problema, como os</p><p>anteriormente mencionados.</p><p>28</p><p>Unidade I</p><p>Um projeto de um sistema de informação geográfica pode ter os seguintes estágios:</p><p>• Definição do problema.</p><p>• Aquisição de programas computacionais e equipamentos.</p><p>• Aquisição de bases de dados.</p><p>• Montagem e capacitação dos recursos humanos.</p><p>• Organização da base de dados.</p><p>• Realização de análises.</p><p>• Interpretação, apresentação e distribuição dos resultados.</p><p>Muitas vezes, se faz necessária a construção e/ou adaptação das ferramentas dos programas</p><p>computacionais desses sistemas. As ferramentas são:</p><p>• Construídas para adaptar os programas computacionais de SIG a tarefas específicas da aplicação</p><p>ou da instituição onde estão implantadas.</p><p>• Desenvolvidas para automatizar processos de entrada, organização, armazenamento, gerenciamento,</p><p>análises, exibição e distribuição de dados e informações geográficas.</p><p>• Desenvolvidas para realizar a integração dos programas computacionais desses sistemas.</p><p>Existem outros programas computacionais, como processamento de imagens, CAD, programas</p><p>de processamento de dados GNSS, programas de estatísticas, SCADA, modelagem tridimensional,</p><p>internet etc.</p><p>Outras funções de análises espaciais, por exemplo, funções aplicadas às ciências sociais e econômicas</p><p>podem ser incorporadas aos programas computacionais desses sistemas.</p><p>Saiba mais</p><p>Para mais informações acerca do assunto, acesse o site a seguir:</p><p>BRASIL ESCOLA. SIG. Uol, 2022. Disponível em: https://bit.ly/3N7KTR0.</p><p>Acesso em: 4 maio 2022.</p><p>Fazer um SIG pode significar também o estudo das teorias e conceitos básicos de SIG e outras</p><p>tecnologias da informação geográfica. Nesse caso, está-se lidando com a ciência da informação geográfica.</p><p>29</p><p>SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>4.2 Gestão do conhecimento: conceito e benefícios</p><p>A gestão do conhecimento é uma questão de primeira ordem no mundo em que vivemos. Cada</p><p>vez mais, nos dias de hoje, exige-se de profissionais uma compreensão diferenciada e excessiva. O</p><p>ambiente de negócio no qual se vive é palco de diversas transformações a todo e qualquer momento,</p><p>e as ferramentas de consulta disponíveis para todas as pessoas não permitem mais a exploração da</p><p>assimetria de informações como um diferencial para a geração de valor (CHIAVENATO, 2000).</p><p>Para a tomada de decisões que possibilitem a manutenção da competitividade das organizações, a</p><p>utilização do conhecimento no estado da arte é cada vez mais relevante. Conforme detectou Martin</p><p>Hilbert, da University of Southern Califórnia em uma pesquisa realizada em 2011, individualmente, somos</p><p>expostos a um volume de conhecimento equivalente a 174 jornais todos os dias. Ou seja, a quantidade</p><p>de informações que recebemos hoje em dia é absurdamente maior que a que os profissionais recebiam</p><p>há 10 anos, 20 anos e muito mais do que há 100 anos (CHIAVENATO, 2000).</p><p>Sabe-se que o conhecimento, então, é muito importante na atualidade, mas o que se observa no</p><p>mercado é que as organizações não são capazes de gerenciá-lo. É nesse contexto que a GC se mostra</p><p>significativamente importante para estas e todas as outras organizações que desejam melhorar seus</p><p>resultados (CHIAVENATO, 2000).</p><p>Saiba mais</p><p>Sobre estado da arte e tomada de decisões, que se tornarão bastante</p><p>importantes no que se diz respeito à manutenção da competitividade das</p><p>organizações e no sistema capitalista, não deixe de ler a obra a seguir.</p><p>CHIAVENATO, I. Administração: teoria, processo e prática. 3. ed. São</p><p>Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000.</p><p>Por GC, entende-se o processo que se inicia com a identificação dos objetivos estratégicos da</p><p>organização, passando pelas práticas para identificar, desenvolver, capturar e disseminar conhecimento</p><p>útil. A aplicação de conceitos, procedimentos e ferramentas de tecnologia de informação apoiam</p><p>as práticas coletivas de criação e compartilhamento, visando o aperfeiçoamento do desempenho</p><p>organizacional (QUANDT, 2001).</p><p>A real e sábia GC tem de agregar valores tanto para os seres humanos quanto para a própria empresa</p><p>como uma grande ou pequena entidade. Wiig afirma:</p><p>Entre seus principais objetivos está o de entender e gerenciar de forma</p><p>sistemática e eficaz o conhecimento da organização, a partir de seus</p><p>ativos de conhecimento, de forma a criar, capturar, organizar, distribuir,</p><p>compartilhar, aplicar, renovar e monitorar o conhecimento. O que se poderia</p><p>30</p><p>Unidade I</p><p>dizer, então, sobre os impactos em uma organização, ainda que de pequeno</p><p>porte? Se você tem interesse em entender como as empresas podem ser</p><p>mais eficientes na gestão do conhecimento no contexto atual, você deve</p><p>entender um pouco sobre gestão de todo este conhecimento que recebemos</p><p>todos os dias (1997, p. 108).</p><p>Para entender o que é GC, é importante saber que a palavra conhecimento é diferente de dados e de</p><p>informações. Dados representam uma série de fatos, conceitos ou estatísticas que podem ser analisados</p><p>para produzir informações.</p><p>Alguns exemplos dessa definição são o ano de fundação de uma empresa, o peso de uma pessoa ou</p><p>o número de habitantes de uma cidade. Informações, por sua vez, são os dados agregados de maneira a</p><p>produzir propósito e significado para a organização. Um exemplo é a coleção das estatísticas de venda</p><p>de um determinado produto durante os meses do ano, organizada para o planejamento da produção e</p><p>previsão de cobertura de estoque (WIIG, 1997).</p><p>O conhecimento é derivado da informação, baseado no entendimento da importância percebida</p><p>de um problema, e pode ser utilizado para obter conclusões significativas. A GC pode ser definida em</p><p>seu sentido mais amplo como o processo de criar, compartilhar, usar e gerenciar o conhecimento de</p><p>uma organização. Esse conceito se refere a uma abordagem multidisciplinar para alcançar os objetivos</p><p>organizacionais por meio das melhores práticas do uso do conhecimento (WIIG, 1997).</p><p>Em 1990, o então vice-presidente do Canadian Imperial Bank of Commerce (CIBC), Hubert Saint-Onge,</p><p>iniciou suas pesquisas sobre a GC quando desenvolveu um modelo chamado de estrutura dos ativos</p><p>do conhecimento. Essa pesquisa traz para as pessoas interessadas nesse assunto a possibilidade, pela</p><p>primeira vez na história da modernidade do conhecimento humano, de interação da evolução do</p><p>conhecimento diretamente ligada ao plano de negócio de uma empresa. Nesse sentido, a Canadian</p><p>argumenta que a gestão desse conhecimento deve ser excessiva e persistente e contemplar facilidades</p><p>nas transferências do conhecimento primário para todos os colaboradores de uma empresa e ainda ter</p><p>como meta principal a mudança de paradigmas daqueles seres humanos responsáveis pelas decisões</p><p>estratégicas da empresa (WIIG, 1997).</p><p>Para atender a esse propósito, a GC necessita cumprir quatro objetivos:</p><p>• Capturar o conhecimento: pode ser alcançado ao criar repositórios de informações estruturadas</p><p>em documentos, memorandos, relatórios, apresentações, manuais e artigos facilmente resgatados</p><p>conforme a demanda.</p><p>• Melhorar o acesso ao conhecimento: depende da facilitação do seu acesso e da transferência</p><p>entre as pessoas.</p><p>• Aprimorar o ambiente organizacional: criando políticas de incentivo ao compartilhamento do</p><p>conhecimento entre as pessoas.</p><p>31</p><p>SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>• Valorizar o conhecimento disponível: algumas organizações estão incluindo o capital intelectual</p><p>em seus balanços, enquanto outras aproveitam o ativo para gerar novas formas de receitas, reduzir</p><p>custos e inovar.</p><p>Observação</p><p>Já dizia Wiig (1997), a GC habilita as empresas em última instância para a</p><p>geração de valor e aumento da competitividade, é uma questão de primeira</p><p>ordem. Vivendo em um cenário de extrema complexidade, profissionais no</p><p>mercado corporativo são pressionados para a compreensão dos fenômenos</p><p>que acontecem no mundo. Transformações nos campos econômicos,</p><p>políticos e sociais modificam constantemente o ambiente de negócios. As</p><p>ferramentas de consulta disponíveis para todas as pessoas não permitem</p><p>mais a exploração da assimetria de informações como um diferencial para</p><p>geração de valor. Para a tomada de decisões que permitam a manutenção</p><p>da competitividade das organizações, a utilização do conhecimento no</p><p>estado da arte é cada vez mais relevante (WIIG, 1997).</p><p>4.3 Vantagem competitiva, gestão do conhecimento e SIGs</p><p>O valor competitivo da maioria das organizações capitalistas e competitivas acaba por se tornar</p><p>o suprassumo que um funcionário pode oferecer para uma empresa. Assim, quanto mais competitiva</p><p>a empresa, maior se torna sua carteira de capital intelectual. Existe uma competição muito forte entre</p><p>empresas do mesmo ramo, assim, se sabe que sempre existirão empresas com mais destaque e saindo-se</p><p>melhor que outras. Isso é simplesmente a gestão de conhecimento que se coloca em prática (PORTER;</p><p>STERN, 2001).</p><p>Dizemos que as empresas que “se saem melhor” têm vantagem competitiva sobre as outras: ou</p><p>possuem acesso a recursos especiais, ou são capazes de usar os recursos disponíveis de maneira mais</p><p>eficiente – normalmente devido a ativos de conhecimento e informação superiores. Seja como for, elas</p><p>se saem melhor em termos de crescimento da receita, lucratividade ou crescimento da produtividade</p><p>(eficiência), fatores que, em última instância, traduzem-se em um valor da empresa no mercado acionário</p><p>superior ao da concorrência. Mas por que algumas empresas se saem melhor do que outras e como elas</p><p>conseguem vantagem competitiva? Como podemos analisar uma empresa e identificar suas vantagens</p><p>estratégicas? Como podemos desenvolver uma vantagem estratégica para a própria empresa? E como</p><p>os sistemas de informação contribuem para as vantagens estratégicas? Uma resposta a essas perguntas</p><p>é o modelo de forças competitivas de Michael Porter (PORTER; STERN, 2001).</p><p>E o que, então, podemos entender como vantagem competitiva? Toda e qualquer tipo de vantagem</p><p>é bem-vinda para uma empresa e ela está intimamente ligada a sua gestão de conhecimento. Essa</p><p>vantagem chamada de competitiva caracteriza-se por um conjunto de características que posiciona</p><p>determinada empresa à frente das concorrentes no mercado. É o motivo que a leva a ser escolhida na</p><p>hora da compra, em detrimento das demais (PORTER; STERN, 2001).</p><p>32</p><p>Unidade I</p><p>O principal teórico desse conceito é Michael Porter, professor da Escola de Negócios de Harvard,</p><p>que, em 1985, publicou o livro Vantagem competitiva. A partir desse trabalho, são definidas três formas</p><p>gerais de atingir essa vantagem:</p><p>• preço do produto ou serviço;</p><p>• diferenciação para o consumidor;</p><p>• foco de atuação da empresa.</p><p>Para deixar mais claro o que significa vantagem competitiva, é importante destacar o que a empresa</p><p>precisa ter para ser considerada como tal.</p><p>Primeiro, deve ser percebida como valor pelo consumidor. Não é a empresa que a impõe, mas o</p><p>público que a percebe.</p><p>Por exemplo, veja o caso de uma empresa que fabrique carros para rodar em Plutão. Há uma grande</p><p>probabilidade de ela ter exclusividade sobre esse produto, mas, se não há um público interessado nisso,</p><p>tampouco há vantagem competitiva.</p><p>Segundo, a vantagem competitiva deve ser replicável internamente com facilidade, porém dificilmente</p><p>reproduzida por outras companhias, o que quer dizer que a vantagem não pode ser um episódio isolado.</p><p>Se ela for relativa ao preço, uma simples liquidação não conta, porque é momentânea. O preço do produto</p><p>ou serviço no longo prazo deve ser mais baixo que o dos concorrentes (PORTER; STERN, 2001).</p><p>Significa também que devemos ter cuidado ao considerar a otimização de processos como vantagem</p><p>competitiva. Digamos que sua empresa adote ferramentas digitais e seja mais produtiva, reduzindo</p><p>custos e aumentando a eficiência do trabalho. Isso só a colocará na dianteira da concorrência até o</p><p>momento em que outra companhia adote os mesmos procedimentos.</p><p>O terceiro ponto é ser sustentável no longo prazo. Se buscar uma vantagem competitiva pelo preço</p><p>implica reduzir a qualidade do produto ou prejudicar as finanças com o passar do tempo, ela não se</p><p>sustentará como diferencial do negócio. Dessa forma, a vantagem competitiva é consequência direta</p><p>da gestão de conhecimento, que, por sua vez, se torna consequência dos SIGs (PORTER; STERN, 2001).</p><p>Com o surgimento da internet, as forças competitivas tradicionais ainda estão atuando, mas a</p><p>rivalidade em termos de competitividade tornou-se muito mais intensa (PORTER; STERN, 2001). Como</p><p>a tecnologia da internet baseia-se em padrões universais que qualquer empresa pode usar, ficou mais</p><p>fácil para os rivais desencadear uma guerra de preços, assim como novos concorrentes tiveram acesso</p><p>facilitado ao mercado. Uma vez que a informação está disponível para qualquer um, a internet aumenta</p><p>o poder de barganha dos clientes, que podem rapidamente encontrar na web o fornecedor de custo</p><p>mais baixo. Os lucros desabaram (PORTER; STERN, 2001).</p><p>O próximo quadro resume alguns dos impactos potencialmente negativos da internet nas empresas,</p><p>conforme enumerados por Porter.</p><p>33</p><p>SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS</p><p>A internet praticamente destruiu alguns setores e impôs severas ameaças a outros tantos. Os</p><p>setores de enciclopédias impressas e de agências de viagem, por exemplo, foram quase dizimados pela</p><p>disponibilidade de substitutos através da internet. Da mesma forma, a internet tem tido um impacto</p><p>significativo nos setores de varejo, música, livros, corretagem, software, telecomunicações e viagens. O</p><p>caso de encerramento mencionado fornece uma discussão detalhada sobre o impacto da internet no</p><p>setor editorial.</p><p>Ao mesmo tempo, a internet também possibilitou a criação de mercados inteiramente novos,</p><p>constituindo-se no alicerce de milhares de novos produtos, serviços e modelos de negócios e proporcionou</p><p>novas oportunidades para a criação de marcas com bases muito grandes de clientes leais. Vejam essa</p><p>relação no quadro seguinte, que coloca a força competitiva e o impacto da internet:</p><p>Quadro 2 – Impacto da internet nas forças competitivas</p><p>e na estrutura do setor</p><p>Força competitiva Impacto da internet</p><p>Produtos ou serviços substitutos Permite que novos substitutos surjam com novas abordagens para atender</p><p>necessidades e executar funções</p><p>Poder de barganha dos clientes A disponibilidade de informações globais sobre preços e produtos leva o poder</p><p>de barganha para o consumidor</p><p>Poder de barganha dos</p><p>fornecedores</p><p>A internet tende a aumentar o poder de barganha sobre os fornecedores</p><p>na aquisição de produtos e serviços, entretanto, os fornecedores também</p><p>podem se beneficiar das barreiras reduzidas à entrada e da eliminação de</p><p>distribuidores e de outros intermediários entre eles e sua clientela</p><p>Ameaças de novos entrantes</p><p>A internet reduz as barreiras à entrada nos mercados, bem como a necessidade</p><p>de uma força de vendas, acesso a canais e estrutura física. Ela oferece</p><p>tecnologia direcionada do processo de negócio que torna as demais tarefas</p><p>mais fáceis</p><p>Posicionamento e rivalidade</p><p>entre os concorrentes existentes</p>

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