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Prévia do material em texto

<p>Conteudista</p><p>Prof. Dr. Tercius Zychan de Moraes</p><p>Revisão Textual</p><p>Prof. Esp. Camila Morais Correia</p><p>Contratos</p><p>2</p><p>Sumário</p><p>Objetivos da Unidade ............................................................................................................3</p><p>Teoria Geral dos Contratos ................................................................................................. 4</p><p>Função Social dos Contratos .............................................................................................. 5</p><p>Elementos do Contrato ........................................................................................................ 6</p><p>Princípios .................................................................................................................................7</p><p>Princípio da Obrigatoriedade da Convenção ........................................................................... 7</p><p>Princípio da Relatividade dos Efeitos .........................................................................................8</p><p>Princípio da Probidade e da Boa-fé .............................................................................................8</p><p>Princípio da Permanência do Contrato .....................................................................................9</p><p>Classificação dos Contratos ............................................................................................... 9</p><p>Ineficácia do Contrato ........................................................................................................14</p><p>Extinção dos Contratos ......................................................................................................15</p><p>Execução do Contrato .................................................................................................................... 15</p><p>Condição Resolutiva ........................................................................................................................ 15</p><p>Direito de Arrependimento ........................................................................................................... 16</p><p>Resolução ............................................................................................................................................. 16</p><p>Resilição ............................................................................................................................................... 17</p><p>Atividades de Fixação .........................................................................................................18</p><p>Material Complementar......................................................................................................19</p><p>Referências ...........................................................................................................................20</p><p>Gabarito .................................................................................................................................21</p><p>3</p><p>Atenção, estudante! Aqui, reforçamos o acesso ao conteúdo on-line para</p><p>que você assista à videoaula. Será muito importante para o entendimento</p><p>do conteúdo.</p><p>Este arquivo PDF contém o mesmo conteúdo visto on-line. Sua disponibili-</p><p>zação é para consulta off-line e possibilidade de impressão. No entanto, re-</p><p>comendamos que acesse o conteúdo on-line para melhor aproveitamento.</p><p>• Entender a Teoria Geral dos Contratos;</p><p>• Identificar as estruturas e as espécies de contratos;</p><p>• Conhecer os conceitos e as possibilidades dos contratos serem ineficazes;</p><p>• Compreender quais são as possibilidades de extinção dos contratos.</p><p>Objetivos da Unidade</p><p>4</p><p>Teoria Geral dos Contratos</p><p>Reflita</p><p>Você consegue perceber qual a importância dos contratos na</p><p>sociedade em que vivemos?</p><p>Desde de que o Homem passou a viver em uma sociedade, sur-</p><p>giram os primeiros contratos.</p><p>Os contratos acompanham o desenvolvimento da sociedade,</p><p>assim, sociedade e a Teoria dos Contratos seguem, lado a lado,</p><p>com o objetivo de reger as relações oriundas de uma socieda-</p><p>de organizada.</p><p>Por intermédio de um contrato, as denominadas partes, que são os contratantes,</p><p>declaram suas vontades integrando-as, permitindo que se institua aos contratantes</p><p>a aquisição, a conservação, a transferência, a modificação ou a extinção de direitos</p><p>e obrigações, por exemplo.</p><p>Resumidamente, podemos entender por contrato, em um sentido geral:</p><p>Qualquer ato jurídico, em sentido amplo, que promove a coordenação de</p><p>vontades dos contraentes que seja apta a produzir efeitos jurídicos.</p><p>Ou seja, um contrato trata-se de um ato jurídico, que redunda em um negócio ju-</p><p>rídico, sendo formado por um acordo de vontades, que permite criar, modificar ou</p><p>extinguir um direito.</p><p>Mas o que é preciso para surgir um contrato?</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>O que você entende por “contrato” no contexto do Direito e como a formação de um</p><p>contrato é regulada pelas leis em sua jurisdição?</p><p>5</p><p>Glossário</p><p>Contrato: É o acordo de vontades entre duas ou mais pessoas,</p><p>sobre objeto lícito e possível, com o fim de adquirir, resguardar,</p><p>modificar ou extinguir direitos.</p><p>Os contratos são um ato humano, lícito, capaz de adquirir, trans-</p><p>ferir, modificar, ou extinguir uma relação jurídica, esse seria um</p><p>conceito mais estrito do que vem a ser um contrato.</p><p>Modernamente, é correto entender que o contrato é um ato jurídico bilateral (acor-</p><p>do das partes e sua manifestação externa formal desse acordo), cuja finalidade é</p><p>produzir certas consequências jurídicas, dando origem às obrigações.</p><p>Função Social dos Contratos</p><p>A vontade entre as partes, para alcançar determinado objetivo ou para suprir deter-</p><p>minada necessidade, sempre foi o foco principal de qualquer contrato.</p><p>Esse entendimento, quanto aos objetivos dos contratos, é encontrado desde o pe-</p><p>ríodo em que, no Ocidente, o Direito Romano era o grande precursor, e era caracte-</p><p>rizado pelo formalismo entre as relações jurídicas.</p><p>Entretanto, desde esse período, prevalecia a liberdade entre as partes de contratar;</p><p>hoje essa vontade está estampada no que se denomina Princípio da Autonomia da</p><p>Vontade, no qual os contratantes de modo formal expressam sua intenção de contratar.</p><p>Era dessa forma que o antigo Código Civil Brasileiro de 1916 tratava o assunto. Na</p><p>vigência deste código havia uma grande liberdade de serem firmados contratos,</p><p>desde que os aspectos formais fossem observados.</p><p>Nos tempos atuais, há uma nova ótica a ser inserida nos contratos, pois esses instru-</p><p>mentos propiciam que exista a circulação de riquezas, a distribuição da renda, a criação</p><p>de empregos, a educação e o respeito do povo para a vida em sociedade. Assim, além</p><p>de existir liberdade de contratar, os contratos estão voltados a garantir e respeitar deter-</p><p>minados interesses sociais.</p><p>Na atual sociedade, o indivíduo é posto dentro de uma estrutura coletiva, onde deve buscar</p><p>um permanente equilíbrio. Desse modo, as vontades dos contratantes está limitada, com</p><p>o objetivo de gerar o equilíbrio entre suas relações para com os interesses da sociedade.</p><p>6</p><p>É sob essa ótica que o atual Código Civil Brasileiro de 2002, trata a questão da fun-</p><p>ção social dos contratos em seu artigo 421:</p><p>A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função so-</p><p>cial do contrato. (Brasil, 2002)</p><p>A evolução social e da teoria dos contratos possibilitou a multiplicação dos objetos</p><p>que dão origem aos contratos, ou relações contratuais, fazendo emergir as mais</p><p>diversas modalidades de contratos.</p><p>Reflita</p><p>Diante do que vimos até agora, qual a importância de conhe-</p><p>cermos os contratos?</p><p>Os contratos, objeto de estudo do denominado Direito Contra-</p><p>tual, tem o condão atual de permitir ao Homem o seu desenvol-</p><p>vimento sob o prisma da distribuição de oportunidades e rique-</p><p>zas, com o objetivo de ser atingido o “bem comum”.</p><p>Elementos do Contrato</p><p>Não resta dúvida de que o contrato é a mais comum fonte de obrigação, a gerar</p><p>um vínculo entre o sujeito passivo (devedor) e o sujeito ativo (credor), que são os</p><p>contratantes que formam a chamada “relação contratual”. Para se caracterizar</p><p>um</p><p>contrato, devem estar presentes três elementos fundamentais e imprescindíveis:</p><p>pessoas, prestação e vínculo jurídico. Assim, o contrato deve conter cláusulas que</p><p>abranjam, no mínimo, esses elementos constitutivos da obrigação.</p><p>O artigo 104 do atual Código Civil manifesta que para que um negócio jurídico seja</p><p>válido devem estar presentes três elementos:</p><p>I - agente capaz;</p><p>II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;</p><p>III - forma prescrita ou não defesa em lei.</p><p>7</p><p>O agente capaz é toda pessoa que possa exercer seus direitos e responder por suas</p><p>obrigações. Mas a lei considera algumas como incapazes, sendo essas pessoas que</p><p>não podem por si exercerem todos ou alguns atos jurídicos. Podemos dizer que exis-</p><p>tem duas espécies de incapacidade: a absoluta e a relativa.</p><p>Para celebrar contratos chamados absolutamente incapazes, as partes deverão ser</p><p>representadas; já os relativamente incapazes deverão ser assistidos por quem de</p><p>direito, para que o instrumento possa ser válido, pois, pela lei, eles não podem mani-</p><p>festar sua vontade livremente.</p><p>As pessoas denominadas contratantes podem ser pessoas jurídicas, mas, para tan-</p><p>to, devem estar representadas por seus respectivos sócios, gerentes etc. O contrato</p><p>também deve apresentar um objeto lícito, possível, determinado ou determinável.</p><p>Na conformidade da interpretação de Cezar Fiúza (2015), o qual diz que objeto lícito</p><p>é “aquele realizável, tanto materialmente como substancialmente”, ou seja, que não</p><p>se vincula a coisas impossíveis – como a venda de um terreno na Lua, por exemplo</p><p>– ou a coisas ilegais – como a venda de drogas ilícitas e afins –, que não traga desa-</p><p>bono às partes contratantes e, também, à sociedade.</p><p>Os contratos possuem forma livre, aperfeiçoando-se, ou geram obrigações com troca dos</p><p>consentimentos entre as partes. Já os contratos solenes dependem de forma imposta</p><p>em lei, devendo cumprir essas exigências para serem válidos. Pode-se dar exemplo de</p><p>contratos solenes: casamento, adoção, aqueles que dependam de escritura pública etc.</p><p>Princípios</p><p>A Teoria Geral dos Contratos é formada por uma série de princípios que lhe dão força</p><p>para a interpretativa.</p><p>Princípio da Obrigatoriedade da Convenção</p><p>Saiba Mais</p><p>Você já ouviu falar que os contratos “torna-se lei entre as partes”?</p><p>Depois de elaborado o contrato e assinado, passa o contrato a ser</p><p>obrigatório entre as partes, as quais dele não podem mais se des-</p><p>vencilhar, ou seja, como definem alguns doutrinadores, “torna-se</p><p>lei” entre as partes, as quais devem dar fiel cumprimento à deno-</p><p>minada pacta sunt servanda (os pactos devem ser cumpridos).</p><p>8</p><p>A alteração dessa relação pode ser modificada diante da ocorrência da denomina-</p><p>da cláusula rebus sic stantibus (retornando as coisas como estavam antes). Essa</p><p>permite a revisão das cláusulas contratuais quando da ocorrência da alteração das</p><p>condições atuais vigentes à época da celebração. Acompanha tal pensamento a</p><p>denominada Teoria da Imprevisão. Nessas condições, o devedor se libera do liame</p><p>contratual, diante de acontecidos fatos extraordinários e imprevisíveis, tornando a</p><p>prestação excessivamente onerosa para uma das partes, permitindo a parte onerada</p><p>a evocar, inclusive judicialmente, a rescisão do negócio.</p><p>Princípio da Relatividade dos Efeitos</p><p>Segundo tal princípio, os efeitos contratuais devem atingir tão somente as partes,</p><p>não podendo atingir outras pessoas (terceiros) fora da relação contratual. Somente</p><p>os que manifestaram a sua vontade estão vinculados à relação contratual, não po-</p><p>dendo afetar terceiros nem seu patrimônio.</p><p>Em outras palavras, o contrato vincula apenas as partes contratantes; só as</p><p>partes ficam obrigadas a cumprir o objeto do contrato.</p><p>Princípio da Probidade e da Boa-fé</p><p>Tal princípio significa que as partes de um contrato devem proceder com leal-</p><p>dade e boa fé uma em relação à outra, cada qual cumprindo suas respectivas</p><p>obrigações contratuais.</p><p>O Professor Carlos Roberto Gonçalves (2009) assim trata tal princípio:</p><p>[...] cabe ao juiz estabelecer a conduta que deveria ter sido adotada pelo</p><p>contratante, naquelas circunstâncias, levando em conta os usos e cos-</p><p>tumes. Estabelecido esse modelo criado pelo juiz para a situação, cabe</p><p>confrontá-lo com o comportamento efetivamente realizado. Se houver</p><p>contrariedade, a conduta é ilícita porque violou a boa-fé, assim como veio</p><p>a ser integrada pela atividade judicial naquela hipótese.</p><p>Fonte: Gonçalves, 2009</p><p>9</p><p>Princípio da Permanência do Contrato</p><p>O contrato é um instrumento de harmonização dos interesses sociais, de tal sorte, so-</p><p>mente poderá ser dissolvido quando da presença de alguma impossibilidade de mantê-lo.</p><p>Classificação dos Contratos</p><p>Existem diversas possibilidades para classificarmos os contratos, podemos fazê-lo</p><p>buscando seus aspectos quanto à forma, à natureza, ao tempo e às pessoas. Vamos</p><p>verificar essa classificação, é o que veremos:</p><p>1. Quanto à forma, os contratos podem ser:</p><p>São aqueles que, para existir, não dependem de qualquer outro, são indepen-</p><p>dentes da existência de outro ajuste, ou seja, de outro contrato. Ex.: contrato</p><p>de depósito, que é entre outros; deixar a bagagem nos maleiros do aeroporto</p><p>enquanto aguarda o voo.</p><p>Contratos principais</p><p>São o tipo de contrato que não existe por si só, depende da existência de um</p><p>contrato principal. Ex.: Arras (significa o sinal dado), quando você vai comprar</p><p>um determinado bem e, para garantir o futuro contrato de compra e venda,</p><p>você deixa um sinal, assegurando seu interesse no contrato principal.</p><p>Contratos acessórios</p><p>São o tipo de ajuste que cria diversos tipos de obrigações definitivas para os</p><p>contratantes.</p><p>Contratos preliminares</p><p>10</p><p>Para Caio Mário Silva Pereira (1996), o contrato preliminar é:</p><p>[...] aquele por via do qual ambas as partes, ou uma delas, comprometem-</p><p>se a celebrar mais tarde outro contrato, que será o principal.</p><p>Fonte: Silva Pereira, 1996</p><p>Trocando Ideias</p><p>Você consegue dar um exemplo de um contrato preliminar?</p><p>Um bom exemplo é um compromisso de compra e venda,</p><p>com a promessa futura de alienação, como ocorre muito no</p><p>Mercado Imobiliário.</p><p>São contratos que criam vários tipos de obrigações definitivas para os contra-</p><p>entes. Ex.: contrato de locação.</p><p>Contratos definitivos</p><p>São aqueles que se aperfeiçoam pelo simples e mero consentimento e não re-</p><p>clamam solenidade ou tradição. Um bom exemplo é o contrato de transporte.</p><p>Contratos consensuais</p><p>Todo o contrato que se finda com a entrega da coisa. Ex.: comodato, onde al-</p><p>guém entrega a outrem uma determinada coisa para uso temporário; findo o</p><p>uso e a restituição da coisa, dissolve-se a relação contratual.</p><p>Contratos reais</p><p>Como já mencionado, são os que dependem de forma prescrita em lei. Ex.:</p><p>compra e venda de imóveis (requer escritura pública).</p><p>Contratos solenes</p><p>11</p><p>Todo ajuste que não possui previsão em lei e constitui-se a regra.</p><p>Contratos não solenes</p><p>2. Quanto à sua natureza, os contratos são classificados em:</p><p>Unilaterais</p><p>Aperfeiçoam-se por uma só obrigação. Ex.: o testamento, a doação.</p><p>Bilaterais</p><p>Aperfeiçoam-se por reciprocidade de obrigações. Ex.: Escrituras de compra e</p><p>venda. No contrato bilateral, as obrigações dos contratantes são recíprocas.</p><p>Onerosos</p><p>São os ajustes em que há um sacrifício a título oneroso, ou seja, demandam</p><p>um sacrifício patrimonial para ambas as partes. Ex.: compra e venda.</p><p>Gratuitos</p><p>Há um sacrifício patrimonial, apenas, para uma das partes. Ex.: doação.</p><p>12</p><p>Comutativos</p><p>São aqueles contratos que as prestações se cumprem simultaneamente. Ex.:</p><p>Compra e venda.</p><p>Aleatórios</p><p>Nesses contratos, as prestações são deferidas para o futuro. Ex.: contrato</p><p>de seguro.</p><p>Contratos paritários</p><p>Nele as partes estipulam cláusulas em pé de igualdade, há um equilíbrio entre</p><p>as partes. Ex.: compra e venda.</p><p>Contratos por adesão</p><p>Uma das partes apenas adere à proposta da outra, não podendo discutir as</p><p>cláusulas contratuais. Não há equilíbrio, a relação é desproporcional. Ex.: forne-</p><p>cimento de água.</p><p>Contrato Inominado</p><p>É aquele contrato</p><p>que, embora não vedado em lei, não possui regulamentação in-</p><p>serida no presente Direito Positivo, de onde vem a sua designação de inominado.</p><p>Assim, por não terem regulamentação especial, tais contratos são disciplinados</p><p>pela analogia com os contratos nominados e pelos princípios gerais de direito.</p><p>13</p><p>Contrato Principal</p><p>Para sua existência não se vincula a qualquer outro.</p><p>3. Quanto ao tempo, os contratos se classificam em:</p><p>Contratos instantâneos</p><p>São aqueles cujas prestações se executam no momento da celebração do</p><p>contrato. Ex.: compra e venda à vista.</p><p>Contratos de trato sucessivo</p><p>Não é possível sua satisfação em um só momento. Ex.: seguro.</p><p>4. Quanto às pessoas, os contratos se classificam em:</p><p>Em razão da pessoa, somente podem ser executados pelo próprio deve-</p><p>dor. Ex.: mandato.</p><p>Contratos pessoais</p><p>Quando a pessoa do outro contraente não é elemento determinante para a</p><p>conclusão do contrato.</p><p>Contratos impessoais</p><p>14</p><p>Ineficácia do Contrato</p><p>Quando tratamos dos requisitos, que devem estar presentes em um contrato, anun-</p><p>ciamos que esses são primordiais para sua existência do ato e fato jurídico, e es-</p><p>tando ausentes quaisquer dos elementos, podem conduzir os contratos a serem</p><p>considerados como: nulos e anuláveis.</p><p>Trocando Ideias</p><p>Você sabe a diferença de nulo x anulável?</p><p>O ato nulo é aquele cujo ordenamento jurídico nunca fora consi-</p><p>derado válido. O ato anulável, por outro lado, pode ser confirma-</p><p>do pelas partes, desde que não exista prejuízo a direito de ter-</p><p>ceiros. Note que tal possibilidade não existe para os atos nulos,</p><p>ou seja, pode ser validado.</p><p>No tocante à nulidade, essa pode ser arguida por qualquer interessado; já no tocante</p><p>à anulabilidade, essa será arguida apenas pelos titulares dos interesses em acordo</p><p>no contrato.</p><p>Para que se declare a nulidade do contrato, não será necessária qualquer provoca-</p><p>ção, pois, como ele deixou de observar requisitos da lei, chegando ao conhecimento</p><p>de qualquer juiz, esse pronunciará a nulidade do contrato.</p><p>Vejamos um exemplo:</p><p>Um contrato assinado por um menor de 18 anos, ele é absolutamente inca-</p><p>paz de celebrar um negócio jurídico, por previsão expressa da lei, assim o</p><p>contrato é nulo de pleno direito.</p><p>Para que se declare, no entanto, a anulabilidade do contrato, essa deverá ser susci-</p><p>tada pela parte que a lei protege – um exemplo seria a celebração de um contrato,</p><p>na qual uma das partes foi coagida mediante a alguma ameaça a celebrá-lo; nesse</p><p>caso, a formalidade está na forma da legislação vigente há um vício de vontade que</p><p>contamina o contrato, podendo ser suscitada a anulabilidade.</p><p>O contrato nulo perde seus efeitos desde a sua formação, ou seja, a partir da origem</p><p>do contrato – no Direito, a esse efeito dos contratos se utiliza o termo ex tunc.</p><p>15</p><p>Já para os contratos anuláveis, esses têm seus efeitos válidos enquanto não se de-</p><p>clarar sua invalidade e só sofrem alteração a partir daí, para o qual a denominação</p><p>jurídica é ex nunc.</p><p>Extinção dos Contratos</p><p>Podem os contratos serem extintos pelos motivos que veremos a seguir.</p><p>Execução do Contrato</p><p>É a forma mais comum de extinção dos contratos. Ocorre quando todas as partes</p><p>cumprem com as obrigações convencionadas.</p><p>Condição Resolutiva</p><p>Essa condição pode estar presente por previsão expressa, bem como por previsão tácita.</p><p>Previsão tácita</p><p>De tal sorte que, em havendo o descumprimento da obrigação contratual de</p><p>uma das partes em relação à outra, é facultado pedir a rescisão do contrato por</p><p>inexecução, podendo, se houver interesse, exigir o cumprimento da avença</p><p>com indenização por perdas e danos, mediante processo judicial.</p><p>Previsão expressa</p><p>Trata-se de cláusula contratual em que o não cumprimento da obrigação con-</p><p>tratual implica na rescisão do contrato, não carecendo de manifestação do</p><p>Poder Judiciário.</p><p>16</p><p>Direito de Arrependimento</p><p>Para que exista tal possibilidade, deve haver cláusula de previsão expressa no contra-</p><p>to, assim pode o contrato ser rompido, desde que o arrependimento seja manifesto</p><p>dentro do prazo fixado em contrato.</p><p>Resolução</p><p>A resolução pode se dar nas seguintes conformidades:</p><p>É o caso quando o contrato, por exemplo, diante de um evento extraordinário e</p><p>imprevisível, quando da data da contratação, tornou as obrigações contratuais</p><p>excessivamente onerosas à prestação de uma das partes. Nesse caso, pode o</p><p>devedor da obrigação pedir a resolução do contrato.</p><p>Por onerosidade excessiva (art. 478, CC)</p><p>A inadimplência da obrigação se deu por culpa de uma das partes. Nesse caso,</p><p>haverá perdas e danos.</p><p>Por inexecução voluntária</p><p>Fatos alheios à vontade da parte a impedem de cumprir com sua prestação.</p><p>Não há culpa, afastando a possibilidade de indenização por perdas e danos.</p><p>Pode existir a intervenção judicial para trazer o equilíbrio da relação contratual,</p><p>ou para se apurar eventuais perdas e danos.</p><p>Por inexecução involuntária (força maior e caso fortuito)</p><p>17</p><p>Resilição</p><p>A resilição (dissolução do contrato por simples declaração de vontade de uma ou</p><p>das duas partes contratantes) poderá ser:</p><p>Ocorre um rompimento do vínculo contratual firmado entre as partes. Deve</p><p>respeitar as mesmas normas e forma do contrato que se extingue.</p><p>Bilateral (também conhecida por distrato)</p><p>Admitida em situações excepcionais, quando da ocorrência em certo contrato</p><p>em que uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua</p><p>execução. A denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido pra-</p><p>zo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos.</p><p>Unilateral</p><p>Só implica a extinção do contrato firmado intuitu personae (em razão da pes-</p><p>soa), assim com o falecimento do contratante extinguiu-se a força determi-</p><p>nante para a conclusão do contrato.</p><p>Morte (para as obrigações personalíssimas)</p><p>Você já ouviu falar em distrato?</p><p>Glossário</p><p>O distrato tem, por finalidade, extinguir as obrigações estabele-</p><p>cidas em um contrato celebrado anteriormente.</p><p>18</p><p>1 – Qual das seguintes afirmações é verdadeira em relação à Teoria Geral dos Con-</p><p>tratos no Direito?</p><p>a. Um contrato é sempre um acordo formal, por escrito, para ser considerado válido.</p><p>b. Os contratos são apenas vinculativos quando são celebrados entre empresas, não</p><p>entre indivíduos.</p><p>c. A oferta, a limitação e a consideração são elementos essenciais de um contrato válido.</p><p>d. Contratos verbais são considerados inválidos em todas as jurisdições.</p><p>e. A Teoria Geral dos Contratos não se aplica a transações comerciais, apenas a</p><p>questões pessoais.</p><p>2 – Quais são os elementos essenciais de um contrato?</p><p>a. Duas partes, uma única obrigação e uma testemunha.</p><p>b. Duas partes, uma testemunha e um objeto lícito.</p><p>c. Duas testemunhas, um objeto lícito e uma única obrigação.</p><p>d. Duas partes, um objeto lícito e uma única obrigação.</p><p>e. Duas partes, um objeto ilícito e uma única obrigação.</p><p>Atividades de Fixação</p><p>Atenção, estudante! Veja o gabarito desta atividade de fixação no fim</p><p>deste conteúdo.</p><p>19</p><p>A Atual Teoria Geral dos Contratos</p><p>Dentro do âmbito do Direito Civil, a Teoria Geral dos Contratos e os contratos</p><p>específicos estão inseridos no contexto do Direito das Obrigações. O que comu-</p><p>mente é denominado de Direito Contratual é, na realidade, parte integrante do</p><p>Direito Obrigacional.</p><p>https://goo.gl/2PJB7K</p><p>Função Social do Contrato</p><p>O Direito, como um todo, acompanha a evolução da sociedade em constante pro-</p><p>gresso. Os contratos não detêm mais a mesma força obrigatória inquestionável de</p><p>tempos passados, visto que princípios orientadores impõem certas restrições ao</p><p>Direito Contratual. Acesse este conteúdo para saber mais sobre o assunto!</p><p>https://goo.gl/IlCpLB</p><p>Leituras</p><p>Material Complementar</p><p>Conheça os Direitos dos Clientes em Contratos com Academias e Escolas</p><p>Ler o contrato minuciosamente, a fim de compreender todas as cláusulas, é fun-</p><p>damental para evitar desvantagens e situações inconvenientes. É importante</p><p>discernir entre o que é legal e o que pode constituir abuso por parte das institui-</p><p>ções educacionais.</p><p>https://goo.gl/ZViitZ</p><p>Cancelamento de Contrato Imobiliário</p><p>é Tema de Debate</p><p>O cancelamento de contratos imobiliários é um tópico de discussão cada vez mais</p><p>relevante, dada a dinâmica do mercado. A questão envolve considerações jurídi-</p><p>cas, financeiras e práticas que afetam tanto compradores quanto vendedores.</p><p>https://goo.gl/ZDhe8z</p><p>Vídeos</p><p>https://goo.gl/2PJB7K</p><p>https://goo.gl/IlCpLB</p><p>https://goo.gl/ZViitZ</p><p>https://goo.gl/ZDhe8z</p><p>https://goo.gl/ZDhe8z</p><p>20</p><p>BRASIL. Código Civil, Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. 1. ed. São Paulo: Revista dos</p><p>Tribunais, 2002. Disponível em: . Acesso em: 26/10/2023.</p><p>BRASIL. Lei nº. 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor.</p><p>Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Disponível em:</p><p>. Acesso em: 26/10/2023.</p><p>BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,</p><p>DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.</p><p>COELHO, F. U. Curso de Direito Civil. V. 3, Contratos. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.</p><p>DINIZ, M. H. Código Civil Anotado. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.</p><p>FIUZA, C. Direito Civil: curso completo. 18. ed. São Paulo: RT, 2015.</p><p>GOMES, O. Contratos. 26. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009.</p><p>GONÇALVES, R. C. Direito Civil Brasileiro. Volumes I e III. 6. ed. São Paulo: Saraiva,</p><p>2009.</p><p>MONTEIRO, W. B. Curso de Direito Civil. 42. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.</p><p>NEGREIROS, T. Teoria do contrato – novos paradigmas. 2. ed. Rio de Janeiro:</p><p>Renovar, 2006.</p><p>RODRIGUES, S. Direito Civil. 34. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.</p><p>SILVA PEREIRA, C. M. Instituições de Direito Civil. v. 3. 10. ed. Rio de Janeiro: Grupo</p><p>Gen, 1996. p. 81.</p><p>Referências</p><p>21</p><p>Questão 1</p><p>c) A oferta, a limitação e a consideração são elementos essenciais de um con-</p><p>trato válido.</p><p>Justificativa: a oferta, a acessibilidade e a consideração são elementos essenciais de</p><p>um contrato válido. Esses elementos representam a base da formação de um con-</p><p>trato, onde uma parte faz uma oferta, a outra parte aceita essa oferta e ambas con-</p><p>cordam com uma contrapartida (consideração) para criar uma obrigação legalmente</p><p>vinculativa. Essa é uma parte fundamental da Teoria Geral dos Contratos no Direito.</p><p>Questão 2</p><p>d) Duas partes, um objeto lícito e uma única obrigação.</p><p>Justificativa: os elementos essenciais de um contrato são as duas partes envolvidas</p><p>(oferta e aceitante), um objeto lícito (que não infringe a lei ou a moral) e uma única</p><p>obrigação que deve ser executada. Esses elementos são fundamentais para a valida-</p><p>de de um contrato.</p><p>Gabarito</p><p>Teoria Geral dos Contratos</p><p>Função Social dos Contratos</p><p>Elementos do Contrato</p><p>Princípios</p><p>Princípio da Obrigatoriedade da Convenção</p><p>Princípio da Relatividade dos Efeitos</p><p>Princípio da Probidade e da Boa-fé</p><p>Princípio da Permanência do Contrato</p><p>Classificação dos Contratos</p><p>Ineficácia do Contrato</p><p>Extinção dos Contratos</p><p>Execução do Contrato</p><p>Condição Resolutiva</p><p>Direito de Arrependimento</p><p>Resolução</p><p>Resilição</p><p>Atividades de Fixação</p><p>Material Complementar</p><p>Referências</p><p>Gabarito</p>

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