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<p>4</p><p>UNIDADE INTEGRADA MUNICIPAL ANTONIO ROSA DE LIMA</p><p>PROFESSOR(A): CRISTIANO</p><p>DISCIPLINA: GEOGRAFIA</p><p>MODALIDADE: EJAI TURMA: 4ª ETAPA TURNO: NOTURNO</p><p>ALUNO(A):___ _ _ _ __ _ _</p><p>,</p><p>1ª ATIVIDADE REMOTA DE GEOGRAFIA</p><p>Leia o texto abaixo:</p><p>O Brasil e suas regiões</p><p>O Brasil e suas regiões</p><p>I - INTRODUÇÃO:</p><p>Você deve ter percebido que, utilizando critérios diferentes, a formação dos grupos também foi diferente. E o IBGE, que critérios utilizou para agrupar os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal em cinco regiões? Neste capítulo, você vai estudar a divisão regional do IBGE e também uma outra forma de regionalizar o território brasileiro. O espaço geográfico brasileiro em que vivemos é constituído por elementos naturais e humanos diversificados entre si, quanto ao relevo, clima, economia e população,etc.</p><p>II – BRASIL - UM PAÍS DE CONTRASTES:</p><p>Com 8 547 403 km, o Brasil é um dos maiores países do mundo em extensão territorial. Somente quatro países possuem áreas maiores que a do Brasil: Rússia, Canadá, China e Estados Unidos.</p><p>Alguns estados brasileiros, como Amazonas, Pará e Minas Gerais, porexemplo, possuem um tamanho equivalente ao de vários países europeus reunidos. Essa é uma das razões que contribuem para explicar as grandes diferenças regionais do Brasil.</p><p>Três tipos brasileiros comuns: o serta-</p><p>nejo nordestino, o gaúcho e o caboclo</p><p>da Amazônia</p><p>No aspecto físico, encontramos aqui diversos tipos de clima, relevo, solo e vegetação. Existem ainda outras diferenças mais importantes: são aquelas criadas pelo homem e suas diversas formas de se relacionar com a natureza, modificando-a e produzindo, assim, ambientes variados. Em geral predominam no Brasil os climas tropicais quentes e úmidos. São exceções o Sertão do Nordeste, onde há pouca umidade, e o sul do país, onde se encontram temperaturas mais baixas, mas sem frio intenso, características do clima subtropical.</p><p>A população brasileira é ou menos homogênea. As maiores diferenças são</p><p>encontradas nas sociedades indígenas que aqui sobrevivem. Não existe no Brasil rivalidade entre povos, como ocorre, por exemplo, com os tibetanos na China e com os curdos no Iraque. Também na ex-União Soviética, lituanos, ucranianos e armênios viviam em conflito com a etnia dominante (os russos), reivindicando a independência das regiões que ocupavam, até conquistá-la em 1991, quando a União Soviética se desagregou e dividiu-se em quinze novos países.</p><p>III – A FORMAÇÃO HISTÓRICO-ECONÔMICA DO BRASIL:</p><p>As diversidades regionais de um país sempre resultam de sua formação histórica. É certo que algumas diferenças têm origem na própria natureza, mas os grandes contrastes são de ordem econômica, cultural e política, isto é, são determinados pela história de cada país.</p><p>Na Itália, por exemplo, há uma considerável diferença entre a porção Norte – mais industrializada e urbanizada, com melhor qualidade de vida para a população em geral – e a parte Sul, que é mais agrícola e menos urbanizada.</p><p>A importância da população brasileira pelo território mostra claramente a importância da herança colonial.</p><p>Nos Estados Unidos ocorre algo semelhante: o Norte e, especialmente, o Nordeste do país – enorme região onde se localizam Nova York, Chicago, Washington, Boston, etc. – são bem mais industrializados que o Sul. Ultimamente, essa situação vem mudando um pouco: inúmeras indústrias avançadas – eletrônicas, químicas, de informática e outras – foram instaladas em alguns estados sulinos norte-americanos, como o Texas, o Novo México e a Flórida.</p><p>Como já observamos, essas diversidades regionais resultam da história de cada país. No caso dos Estados Unidos, a parte Norte-Nordeste é bem mais industrializada que o Sul devido a diferenças na colonização dessas duas regiões. Enquanto o Sul foi colonizado desde o século XVII com base em inúmeras propriedades monocultoras (de algodão), utilizando trabalho escravo, o Norte-Nordeste foi colonizado com base em pequenas propriedades que não utilizavam mão-de-obra escrava. Esse fato permitiu maior desenvolvimento industrial no século XIX. Os contrastes regionais no interior do território brasileiro originaram-se da formação histórico-econômica do nosso país. Ou seja, devem-se ao modo pelo qual o Brasil se desenvolveu, desde sua colonização por Portugal até a independência e posterior industrialização e urbanização, ocorridas principalmente no século XX.</p><p>O fato de o Brasil ter sido colônia de Portugal, voltada exclusivamente para o enriquecimento da metrópole, deixou marcas que até hoje podem ser observadas. Veja, por exemplo, a distribuição da população brasileira no espaço: as maiores concentrações demográficas ocorrem em áreas próximas do litoral. Existem pouquíssimas áreas interiores com grande povoamento.</p><p>Na época do Brasil colônia, a população se concentrou no litoral porque este era o ponto de ligação com a metrópole. Ainda hoje as regiões litorâneas são muito valorizadas porque a economia brasileira continua dependente das grandes potências capitalistas. Uma economia do tipo colonial é voltada essencialmente para a exportação de mercadorias baratas, produzidas por mão-de-obra mal remunerada. Os melhores produtos são destinados ao mercado externo, enquanto que os piores são reservados ao mercado interno, ou seja, ao consumo da própria população. Isso leva a uma valorização dos portos e de suas áreas vizinhas.</p><p>IV – NORDESTE – A PRIMEIRA ÁREA COLONIZADA:</p><p>O complexo regional do Nordeste ocupa 20% do território nacional e abriga cerca de 25% da população total. Essa região assistiu, a partir do final do século XIX, a um processo de emigração em massa para a região Centro-Sul do país. Entretanto, no início do século XXI, o que se percebe é um fluxo migratório em movimento oposto, o que representa uma espécie de “retorno” da população para o Nordeste.</p><p>Essa região geoeconômica foi a primeira no país a ser povoada e já abrigou a primeira capital brasileira: Salvador. Com a expansão e industrialização do país concentrada na região centro-sul, a região nordestina passou a ser vista como uma região problema, em razão da má distribuição de renda e das condições precárias de parte da população. É importante lembrar, porém, que as condições de fome e miséria existem em todo o território brasileiro e não são exclusividades do Nordeste.</p><p>Aspecto de Salvador, Bahia onde é muito grande a presença de negros na população.</p><p>V – CENTRO-SUL – A REGIÃO MAIS RICA:</p><p>A região centro-sul do Brasil é a mais populosa, mais industrializada e considerada a mais desenvolvida do país. Ela possui uma área de aproximadamente 2,2 milhões de km², cerca de 70% da população e 78% do PIB brasileiro. Nesse complexo regional estão localizadas as duas megalópoles ou cidades globais, Rio de Janeiro e São Paulo. Essa região recebeu grandes quantidades de imigrantes provenientes do Nordeste ao longo do século XX. Apesar dos avanços e do desenvolvimento econômico, é nessa região que se encontram os maiores contrastes e a mais acentuada concentração de renda do país. Trata-se, portanto, de uma região extremamente heterogênea, possuindo uma economia tanto industrial quanto agrícola.</p><p>VI – AMAZÔNIA – A REGIÃO MENOS POVOADA:</p><p>É a maior das regiões geoeconômicas do país, com uma área que se aproxima a 5 milhões de km². É também a região menos industrializada e que apresenta as menores densidades demográficas do país. Em vários pontos dessa região encontram-se áreas denominadas como “vazios demográficos”, de modo que a maior parte da sua população se encontra nas duas principais cidades: Belém e Manaus.</p><p>Os indios caiapós na Amazônia tem a sua so-</p><p>brevivência ameaçada sobretudo pelo desmatamento, pela construção de estradas e pela exploração de minérios.</p><p>É no complexo regional da Amazônia que se encontra atualmente a fronteira agrícola do país. Por fronteira agrícola entende-se a porção do território em que os domínios naturais estão sendo substituídos</p><p>pelo avanço da agricultura. É comum em muitas áreas dessa região a prática de crimes ambientais e conflitos pela posse da terra.</p><p>Apesar da baixa dinâmica econômica e do baixo índice de industrialização, a região conta com dois importantes centros industriais, a saber: a Zona Franca de Manaus e o Polo Petroquímico da Petrobras. Destacam-se ainda as práticas da agropecuária, do extrativismo vegetal e da mineração</p><p>VII – A DIVISÃO OFICIAL DO IBGE:</p><p>O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dividiu o Brasil em cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Essa já é uma divisão antiga, realizada há cerca de trinta anos. Inúmeras mudanças ocorridas no país nas últimas décadas tornaram essa divisão problemática. Contudo, ainda é uma regionalização bastante utilizada em alguns livros, jornais e revistas, razão pela qual devemos conhecê-la.</p><p>Brasil: divisão regional segundo o IBGE</p><p>O grande problema da divisão oficial do IBGE é que ela se baseia nos limites entre estados brasileiros. Às vezes essa divisão não reflete com clareza as características de cada região. Assim, por exemplo, a Região Nordeste faz divisa com a Região Norte exatamente nos limites entre o Maranhão e o Pará. Na verdade, porém, a paisagem em ambos os lados dessa divisa regional é a mesma, com a presença da floresta Amazônica e do clima quente e úmido.</p><p>As três regiões geoeconômicas do Brasil – Nordeste, Centro-Sul e Amazônia – dependem uma das outras. Elas participam de uma única vida cultural e política, embora o Brasil apresente grandes diversidades sociais (entre pessoas) e espaciais (entre áreas e regiões). Veja por exemplo, a decadência econômica do Nordeste e o desenvolvimento do Centro-Sul, que ocorreram especialmente a partir do final do século XIX. Não foram fatos isolados; pelo contrário, um está intimamente ligado com o outro. No século XIX o Brasil foi mudando pouco a pouco. Regionalizar o espaço mundial significa agrupar em grandes conjuntos regionais que tenham aspectos comuns segundo critérios preestabelecidos. Uma das formas mais comuns de regionalizar o espaço mundial é a divisão em continentes. Outras formas agrupam os espaços de acordo com o relevo, o clima, a vegetação original, etc.</p><p>EXERCÍCIOS</p><p>01. Por que o Brasil apresenta tantas diferenças regionais? pág. 01</p><p>02. As maiores diversidades regionais são normalmente obras da natureza ou dos homens? Justifique. pág. 01</p><p>03. No Brasil podemos dizer que existem diferenças regionais importantes entre o Nordeste, o Centro-Sul e a Amazônia. Explique como se originaram essas diferenças? pág. 02</p><p>04. Qual é a divisão regional do Brasil estabelecida pelo IBGE? Quais as falhas dessa divisão? pág. 04 e 05</p><p>05. Dê resumidamente, as características de cada uma das três grandes regiões geoeconômicas do Brasil: Amazônia, Centro-Sul e Nordeste. pág. 03 e 04</p><p>06. As regiões existem isoladamente ou fazem parte de um mesmo conjunto? Explique. pág. 06</p><p>07. Explique os contrastes que você pode encontrar nas regiões geoeconômicas brasileiras? pág. 04 e 05</p><p>08. Cite uma forma de como podemos regionalizar o espaço mundial? pág. 05</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p>