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<p>1</p><p>ANA PAULA RODRIGUES FIGUEIRA</p><p>RELATÓRIO DE ESTÁGIO I</p><p>ENGENHARIA CIVIL</p><p>2013/02</p><p>Professoras orientadoras:</p><p>Débora Felten</p><p>Janaína Bedin</p><p>Karina Sanderson</p><p>Ligia Eleodora Francovig Rachid</p><p>Maria Vânia Peres</p><p>Thalyta Mayara Basso</p><p>Cascavel – PR</p><p>2013</p><p>2</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. INTRODUÇÃO............................................................................................................. 03</p><p>2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS............................................................................ 05</p><p>2.1 EXECUÇÃO DE PINTURA........................................................................................ 05</p><p>2.2 EXECUÇÃO DA ALVENARIA.................................................................................. 07</p><p>2.3 EXECUÇÃO DE REVESTIMENTO ARGAMASSADO.......................................... 11</p><p>2.4 EXECUÇÃO DE ESCORAMENTO DE LAJES........................................................ 17</p><p>2.5 EXECUÇÃO DA ESTRUTURA DE COBERTURA................................................. 21</p><p>3. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 23</p><p>4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ 24</p><p>3</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>O estágio foi realizado na Prefeitura Municipal de Tupãssi, Paraná. Esta é sede</p><p>do poder executivo, tendo como principal objetivo executar as leis e administrar o</p><p>município.</p><p>É comandada pelo prefeito e possui divisões em secretarias de governo, sendo elas:</p><p>educação e cultura, saúde, agricultura, meio ambiente, esportes, administração geral, obras,</p><p>transporte, serviço e ação social. A criação do município foi feita pela lei nº 7.270, de 27</p><p>de dezembro de 1979. A instalação oficial aconteceu no dia 01 de fevereiro de 1983,</p><p>ocorrendo à posse do primeiro prefeito e dos vereadores. Sendo estes: prefeito Aílton</p><p>Borges de Melo, tendo como vice Aldori Ferreira Jandrey.</p><p>Os empreendimentos que estão sendo realizados em Tupãssi – PR, onde foi</p><p>desenvolvido o estágio, são Creche Proinfância, que possui um total de área construída de</p><p>1211,00 m²; reforma e ampliação do Ginásio de esportes Ailton Borges de Melo, com área</p><p>de 2202,62 m²; revitalização da Praça da Independência, medindo de 3742,64 m²; e</p><p>reforma e ampliação do hospital municipal. Estas edificações possuem infra-estrutura</p><p>urbana, áreas de lazer, segurança, áreas verdes, obedecendo aos projetos e especificações.</p><p>As obras são executadas por empresas definidas através de processos licitatórios. A</p><p>prefeitura realiza acompanhamento e vistoria com auxílio do engenheiro civil Tiago</p><p>Kruczewski Redies, sendo o mesmo supervisor do estágio e membro da secretaria de obras</p><p>conforme organograma (Figura 1).</p><p>4</p><p>Figura 1 – Organograma da Prefeitura.</p><p>As atividades desenvolvidas durante o período de estágio foram acompanhamento</p><p>da execução da estrutura de cobertura, pintura, acabamento, escoramento de lajes,</p><p>revestimentos e alvenaria. Estas serão detalhadas abaixo de acordo com as normas vigentes</p><p>e com o procedimento realizado na obra, havendo comparação se o procedimento</p><p>executado no local do estágio foi o mesmo estabelecido pela norma.</p><p>5</p><p>2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS</p><p>2.1 EXECUÇÃO DE PINTURA</p><p>Segundo Azeredo (2004) a pintura possui como principal função combater a</p><p>deterioração de materiais, formando sobre a superfície uma película que resistirá aos</p><p>agentes causadores de destruição ou corrosão.</p><p>De acordo com a NBR 13245/1995 a seleção do sistema de pintura depende de</p><p>alguns fatores, como por exemplo, tipo de substrato, condições do ambiente: interno seco,</p><p>interno úmido, externo agressivo, externo não agressivo seco ou externo não agressivo</p><p>úmido. A pintura também deve ser realizada atendendo os fatores de temperatura e</p><p>umidade, sendo correta a aplicação a uma temperatura entre 10°C e 40°C, e umidade</p><p>relativa do ar não superior a 80%. Além disso, a execução deve ser feita com a ausência de</p><p>ventos fortes e partículas em suspensão.</p><p>O local onde os serviços foram executados foi a Praça da Independência, tratando</p><p>assim de um ambiente sujeito a intempéries, ação do vento, sol, dentre outros fatores</p><p>climáticos. Neste processo foi empregada uma pintura tipo textura - base acrílica. Esta foi</p><p>aplicada em um substrato rugoso, sobre uma camada de tinta já existente, sem haver</p><p>preparação da superfície. Foi aplicado duas demãos no sentindo vertical, o tempo de</p><p>secagem foi de 3 horas.</p><p>Nesta atividade o estagiário conferiu se os serviços foram realizados no local</p><p>adequado, garantindo a utilização dos equipamentos necessários. Neste caso a aplicação da</p><p>tinta foi feita com rolo, tendo como principal objetivo dar textura rugosa, disfarçando as</p><p>imperfeições da base, conforme as Figuras 2 e 3.</p><p>6</p><p>Figura 2 – Execução da pintura - Praça da Independência.</p><p>Figura 3 – Aplicação da pintura texturizada com rolo.</p><p>7</p><p>Neste processo verificou-se a falta de preparação da superfície e limpeza da mesma.</p><p>De acordo com a norma é necessário à aplicação de tinta de fundo selador, substância</p><p>líquida aplicada inicialmente sobre o substrato. Segundo a NBR 11702/1992 os fundos</p><p>seladores são indicados para superfícies externas de argamassa, concreto, paredes a serem</p><p>repintadas, selando e uniformizando a absorção destas superfícies. Conforme a NBR</p><p>13245/1995 a superfície com pintura antiga deve estar seca, firme, não contendo sinais de</p><p>degradação, também não deve apresentar bolhas, descascamentos e imperfeições. Para</p><p>receber a nova película de tinta, deve-se remover a sujeira, poeira, fazendo a raspagem</p><p>e/ou lavagem com água potável. Não houve a limpeza nem preparação da base na</p><p>execução destes serviços.</p><p>2.2 EXECUÇÃO DA ALVENARIA</p><p>Segundo Azeredo (1997) alvenaria é toda obra constituída por blocos de concreto,</p><p>tijolos ou pedras naturais, possuindo ligação ou não por meio de argamassa, garantindo</p><p>durabilidade, resistência e impermeabilidade a estrutura.</p><p>Conforme Yazigi (2004) para realizar a execução de alvenarias as paredes devem</p><p>ser moduladas, facilitando o uso do maior número de componentes inteiros. O</p><p>assentamento destes tem que ser feito com juntas de amarração. O início da alvenaria deve</p><p>ser pelos cantos principais ou através de ligações com outros componentes da edificação. É</p><p>importante utilizar o escantilhão como guia para as juntas horizontais. Depois que a</p><p>elevação dos cantos estiver concluída deve-se utilizar como guia uma linha esticada entre</p><p>eles, em cada fiada, para que o prumo e nivelamento fiquem corretos.</p><p>A Norma Brasileira 8545/1984 determina as condições para execução e fiscalização</p><p>de alvenaria sem função estrutural de componentes cerâmicos. Esta norma possui os</p><p>seguintes critérios fixados: as paredes devem ser moduladas para que se use a maior parte</p><p>dos componentes cerâmicos inteiros; o assentamento dos componentes cerâmicos deve</p><p>conter juntas de amarração; recomenda-se chapiscar as lajes, vigas e pilares que ficaram</p><p>em contato com a alvenaria; os tijolos cerâmicos devem ser molhados antes de serem</p><p>empregados; a alvenaria deve ter seu início pelos cantos principais ou através de ligações</p><p>com elementos da edificação; o prumo deve ser empregado para garantir o alinhamento</p><p>vertical da parede.</p><p>8</p><p>A alvenaria utilizada na obra foi a de vedação de 1/2 vez, composta por tijolos</p><p>cerâmicos de oito furos de 10x19x19, em centímetros. O passo inicial neste processo foi à</p><p>preparação do substrato para receber a alvenaria, este foi limpo, eliminando qualquer tipo</p><p>de impureza ou resíduos de outros materiais. Com o auxilio de uma linha de nylon foram</p><p>assentados os tijolos da primeira fiada, iniciando-se pelos cantos.</p><p>Foram verificadas as</p><p>distâncias entre as paredes, dimensão dos vãos das portas, conferência do nível da fiada, e</p><p>o esquadro entre as paredes. A elevação da alvenaria prosseguiu a partir da segunda fiada,</p><p>com a utilização de escantilhões nos encontros com vãos das portas. Em todas as fiadas foram</p><p>verificados os prumos, níveis, requadramentos de vãos de janelas, conforme mostra as Figuras</p><p>4 e 5. Depois da conclusão desta etapa foram verificadas as posições das caixas elétricas,</p><p>vergas sobre vão de portas, conforme a Figura 6.</p><p>Figura 4 – Alvenaria executada.</p><p>9</p><p>Figura 5 – Alvenaria de vedação.</p><p>Figura 6 – Posição das tubulações hidráulicas.</p><p>10</p><p>O estagiário nesta etapa verificou os prumos e níveis das paredes, conferindo o</p><p>correto assentamento dos tijolos e execução das fiadas. Segundo Borges, Montefusco e</p><p>Leite (2004), um cuidado importantíssimo que o engenheiro deverá ter nesta fase da obra</p><p>se refere à verificação do prumo e esquadro, pois se deve garantir o perfeito prumo e as</p><p>alvenarias devem ter seu encontro em esquadro (90°). Além disso, as tubulações das</p><p>instalações elétricas e hidráulicas também devem ser analisadas, pois estarão embutidas na</p><p>alvenaria.</p><p>A execução da alvenaria na obra Creche Proinfância foi feita de acordo com as</p><p>condições estabelecidas pela norma. Nesta etapa da obra analisou-se a falta de utilização de</p><p>EPI’S - Equipamentos de Proteção Individual, conforme mostra a Figura 7. A norma</p><p>regulamentadora, NR 6 define todas as condições para o uso correto destes equipamentos.</p><p>"A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado</p><p>ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes</p><p>circunstâncias: sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa</p><p>proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e</p><p>do trabalho, enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo</p><p>implantadas e, para atender a situações de emergência" (NR 6 - Equipamento de</p><p>Proteção Individual).</p><p>Figura 7 – Funcionário sem uso de EPI.</p><p>11</p><p>2.3 EXECUÇÃO DE REVESTIMENTO ARGAMASSADO</p><p>Segundo a NBR 13281 (2005) a argamassa é a mistura homogênea de agregado(s)</p><p>miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e água, contendo ou não aditivos ou adições, com</p><p>propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em instalação</p><p>própria (argamassa industrializada). Possui como principais funções: impermeabilizar e dar</p><p>acabamento as superfícies, assentar tijolos e blocos, azulejos, cerâmica, tacos de madeira,</p><p>regularizar paredes, pisos e tetos.</p><p>Segundo Azeredo (2004) o chapisco é uma argamassa de aderência que garante a</p><p>fixação de outro elemento no substrato. É empregado principalmente em superfícies lisas,</p><p>como por exemplo, paredes externas de alvenaria. É composto de cimento e areia grossa,</p><p>com traço na proporção de 1:3 (1 saco de cimento de 50 kg, e 3 padiolas de 20x31x40, em</p><p>centímetros, de areia grossa lavada). Já o emboço se refere a uma argamassa de</p><p>regularização, protegendo a superfície contra infiltração, atuando como uniformizador.</p><p>A norma NBR 7200/1998 estabelece que os equipamentos usados para o transporte</p><p>da argamassa devem estar limpos, os agregados devem estar estocados em espaço</p><p>confinado em três lados, com fundo inclinado e drenado, caso não possua drenagem, o</p><p>material não pode estar em contato direto com o solo. Os espaços destinados ao</p><p>armazenamento devem estar protegidos contra todos os tipos de resíduos presentes na obra,</p><p>como pregos, armaduras, dentre outros. Com relação ao substrato, deve estar sem sujeiras,</p><p>poeira e materiais soltos, também deve ser molhado antes de receber a argamassa.</p><p>Nesta etapa da obra foi feita a execução e aplicação do chapisco e emboço nas</p><p>paredes de alvenaria de tijolos. A composição do chapisco foi definida na proporção de</p><p>1:3, conforme estabelecido pelo projetista. Para o emboço foi empregado o traço de 1:2:8</p><p>(1 saco de cimento de 50 kg, 2 sacos de cal hidratada de 20 kg e 8 padiolas de 40x31x40,</p><p>em centímetros, de areia média lavada). O preparo foi feito mecanicamente com o uso de</p><p>uma betoneira, de acordo com a Figura 8.</p><p>12</p><p>Figura 8 – Preparo e transporte da argamassa.</p><p>O transporte das argamassas foi realizado através de gericas. Inicialmente para</p><p>execução do chapisco as paredes foram molhadas, garantindo que a alvenaria não absorva</p><p>a água da argamassa. Esta foi lançada vigorosamente sobre o substrato com a utilização de</p><p>uma colher de pedreiro. Assim obteve-se uniformidade e aspereza necessária a superfície,</p><p>conforme a Figura 9.</p><p>Figura 9 – Parede Chapiscada.</p><p>13</p><p>O emboço foi executado após a decorrência de três dias da aplicação do chapisco.</p><p>Inicialmente foram colocadas as guias (placas de argamassa) com espaçamento de 2m,</p><p>encabeçadas por uma talisca de madeira, sendo fixados o prumo e o alinhamento neste</p><p>local. Logo após o emboço foi lançado sobre o substrato realizando o emassamento da</p><p>parede (Figura 10), sendo espalhado com auxílio de um sarrafo (Figura 11), com</p><p>orientação das guias feitas anteriormente.</p><p>Figura 10 – Emassamento do substrato.</p><p>14</p><p>Figura 11 – Sarrafeamento da parede.</p><p>Depois o desempeno foi realizado utilizando uma desempenadeira de madeira,</p><p>tendo como principal função uniformizar a superfície, conforme as Figuras 12 e 13.</p><p>Figura 12 – Desempeno da superfície.</p><p>15</p><p>Figura 13 – Emboço executado.</p><p>O estagiário acompanhou a dosagem da argamassa conferindo se o traço e a</p><p>aplicação foram executados de forma adequada. O chapisco garante rugosidade necessária</p><p>à parede para receber o emboço, garantindo uma capa de impermeabilização ao substrato.</p><p>Conforme Yazigi (2004) a argamassa precisa ter boa trabalhabilidade, isto é, não deve</p><p>segregar, possuir fácil aplicação, preencher reentrâncias e vazios e manter-se plástica no</p><p>período de aplicação.</p><p>Nesta obra verificou-se a correta confecção e aplicação das argamassas. A produção</p><p>foi realizada de acordo com os procedimentos descritos na seção “Produção de</p><p>Argamassa” presente na norma NBR 7200/1998 - Execução de Paredes e Tetos de</p><p>Argamassas Inorgânicas. Os pontos mais importantes realizados conforme a norma foram</p><p>os seguintes:</p><p>- "7.1.3 O traço deve ser expresso em massa" (NBR 7200/1998). Na obra o traço foi</p><p>definido na quantidade de padiolas do material.</p><p>- "7.2.1 A medição dos materiais constituintes da argamassa pode ser feita em</p><p>volume, cabendo ao construtor à responsabilidade da conversão do traço especificado em</p><p>16</p><p>massa" (NBR 7200/1998). Neste caso os volumes foram convertidos para unidades de</p><p>medidas como quantidades de padiolas.</p><p>- "7.3.1 As argamassas devem ser misturadas por processo mecanizado" (NBR</p><p>7200/1998). O processo de mistura ocorreu com auxílio de uma betoneira.</p><p>Verificou-se também que a disposição dos agregados não condiz com a norma, pois</p><p>estes se encontram em contato com o solo, localizados em ambiente aberto e sujeito a</p><p>intempéries, conforme mostram as Figuras 14 e 15. Desta forma, constata-se a necessidade</p><p>de utilização de baias para estocagem dos materiais, possibilitando assim uma correta</p><p>disposição e armazenamento dos mesmos no canteiro, não prejudicando a argamassa, pois</p><p>estarão livres de sujeiras e outros materiais.</p><p>Figura 14 – Canteiro da obra Creche Proinfância.</p><p>17</p><p>Figura 15 – Vista lateral do canteiro - Creche Proinfância.</p><p>2.4 EXECUÇÃO DE ESCORAMENTO DE LAJES</p><p>Segundo a NBR 15696 (2009) escoramentos são estruturas provisórias com</p><p>capacidade de resistir e transmitir às bases de apoio da estrutura todas as ações provindas</p><p>das cargas permanentes e variáveis resultantes do lançamento do concreto fresco sobre as</p><p>fôrmas horizontais e verticais, até que o concreto se torne autoportante. Portanto o</p><p>escoramento deve garantir a absorção de ações que ocorram durante o período</p><p>de sua</p><p>utilização, como a ação do vento, passagem de materiais e a presença dos operários,</p><p>dependendo diretamente da dimensão da laje e da viga de concreto.</p><p>Conforme Assahi (2006, apud FARIA, 2006) para dimensionar de forma correta o</p><p>escoramento, o projetista de fôrmas leva em conta fatores como ciclo de concretagem,</p><p>característica do concreto, sobrecarga prevista para a laje e as movimentações de operários,</p><p>lançamento e vibração do concreto, peso das armaduras. No caso da utilização de</p><p>18</p><p>escoramento de madeira, é preciso considerar o comportamento e as características físicas</p><p>do material a ser utilizado - resistência da espécie, idade da madeira, umidade, entre outros.</p><p>É recomendável que qualquer laje permaneça escorada em seus primeiros 28 dias. As</p><p>escoras devem ter um espaçamento máximo entre si de 1,50 m (para vigas) ou 1,80 m (para</p><p>lajes).</p><p>Nesta obra o sistema de escoramento utilizado foi o de pontaletes, sistema que</p><p>utiliza escoras de madeira com seção de (3”x3”). As escoras foram colocadas nas lajes e</p><p>vigas antes de ser realizada a concretagem das mesmas. Foram colocadas com</p><p>espaçamento entre si de 1,50 metros, de acordo com as Figuras 16 e 17. Estas</p><p>permaneceram durante 14 dias nas vigas e lajes.</p><p>Figura 16 – Escoramento de viga.</p><p>19</p><p>Figura 17 – Escoramento de laje.</p><p>Nesta fase da obra o estagiário acompanhou a colocação dos pontaletes nas corretas</p><p>distâncias, sendo estas de 1,50 metros entre si tanto para vigas como para lajes.</p><p>O método de escoramento realizado na obra não atende totalmente os requisitos</p><p>estabelecidos por norma, visto que as escoras apresentam disposições incorretas (Figura</p><p>18), e não permaneceram durante o tempo adequado no local, estas foram retiradas em 14</p><p>dias, sendo o tempo adequado 28 dias. A NBR 14931 (2004) especifica que a remoção de</p><p>fôrmas e escoramentos somente deve ser feita quando o concreto tenha adquirido</p><p>resistência suficiente para suportar a carga imposta ao elemento estrutural, evitar</p><p>deformações que excedam as tolerâncias admitidas e resistir a danos a superfície durante a</p><p>remoção. Sendo assim, a retirada das fôrmas e do escoramento só pode ser feita quando o</p><p>concreto estiver endurecido e resistir às ações que sobre ele atuarem e não conduzir a</p><p>deformações inaceitáveis. Nesta obra devido à retirada do escoramento e das fôrmas em</p><p>um período incorreto houve o surgimento de flecha nas vigas, conforme a Figura 19.</p><p>20</p><p>Figura 18 – Escoramento incorreto da viga.</p><p>Figura 19 – Ocorrência de flecha na viga.</p><p>21</p><p>2.5 EXECUÇÃO DA ESTRUTURA DE COBERTURA</p><p>“A cobertura de um edifício tem por finalidade principal abrigá-lo contra as</p><p>intempéries, e deve possuir propriedades isolantes. Uma cobertura deverá ser</p><p>impermeável, resistente, inalterável quanto à forma e ao peso, leve, de secagem</p><p>rápida, de fácil colocação, de longa duração, de custo econômico, de fácil</p><p>manutenção, deverá prestar-se às dilatações e contrações, e ter um bom</p><p>escoamento.” (AZEREDO, 1997, pg. 153).</p><p>A estrutura de madeira da cobertura é composta por elementos principais e</p><p>secundários. A principal é formada por tesouras e vigas principais, e a secundária é</p><p>constituída pelos caibros e terças.</p><p>Segundo Yazigi (2004) para a execução da cobertura, as terças devem ser</p><p>posicionadas de modo que transmitam as cargas diretamente sobre os nós das tesouras ou</p><p>pontaletes. O alinhamento das peças deve ser rigoroso, formando painéis e planos de</p><p>telhado. As emendas das terças devem ser feitas sobre apoios ou estar afastadas deles cerca</p><p>de um quarto do vão, os esforços neste caso deve ser de compressão e nunca de tração. As</p><p>tesouras, os pontaletes e as vigas principais precisam ser ancoradas à edificação. No caso</p><p>de entalhes e corte de emendas, as ligações e articulações precisam possuir superfície plana</p><p>e com angulação adequada para que não haja frestas, nem folgas ou falhas.</p><p>De acordo com a NBR 8039 (1983), os telhados devem ser feitos com declividade</p><p>entre 32% e 40%. A colocação das telhas deve ser realizada por fiadas, tendo início no</p><p>beiral e seguindo em direção à cumeeira. Os montadores ao colocar as telhas, não devem</p><p>pisar sobre elas, devendo ser empregado tábuas para distribuir os esforços. Estas devem</p><p>estar apoiadas nas faces superiores das ripas. Para o caso de cumeeira executada com peças</p><p>de material cerâmico, esta deve ser emboçada com uma argamassa que possua retenção de</p><p>água, impermeabilidade e boa aderência.</p><p>Nesta etapa o estagiário conferiu a execução dos pontaletes. Conforme Yazigi</p><p>(2004) as vigas principais da estrutura e terças são apoiadas diretamente sobre pontaletes.</p><p>Nos dois lados devem ser colocadas mãos francesas, sendo adequado o contraventamento</p><p>da estrutura na direção do alinhamento dos pontaletes e na direção perpendicular a ela.</p><p>22</p><p>A execução da estrutura de cobertura nesta obra foi realizada de acordo com as</p><p>normas vigentes, conforme as Figuras 20 e 21. Verificou-se a falta de utilização de EPI’s –</p><p>Equipamento de Proteção Individual e planejamento adequado do canteiro.</p><p>Figura 20 – Execução do telhamento.</p><p>Figura 21 – Cobertura finalizada.</p><p>23</p><p>3 CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>O estágio supervisionado apresenta grande importância no aprendizado do aluno,</p><p>pois coloca-se em prática todos os conhecimentos adquiridos em sala de aula, além disso, o</p><p>aluno aprende a discernir se o que está sendo realizado atende as normativas vigentes,</p><p>literatura técnica e especificações.</p><p>Também foi possível verificar que nem todos os métodos e procedimentos</p><p>aprendidos em sala são executadas na obra. Nota-se que alguns funcionários não</p><p>apresentam correta realização de serviços, fato este que pode ser explicado devido a vícios</p><p>construtivos adquiridos com o tempo de realização destas atividades. Ressalta-se a</p><p>importância de treinamento na empresa e principalmente o acompanhamento do</p><p>profissional responsável. A presença do engenheiro civil na obra é fundamental para</p><p>obtenção de resultados satisfatórios.</p><p>As atividades do estágio foram desenvolvidas em construção civil. Neste processo</p><p>verifica-se a grande ocorrência de erros e falhas nas obras, devido à falta de fiscalização e</p><p>treinamento dos funcionários. Notou-se que algumas atividades foram executadas da</p><p>maneira aprendida em sala.</p><p>O estágio foi de extrema importância para meu desenvolvimento profissional e</p><p>intelectual, visto que se assimilam de forma prática todos os conhecimentos e informações</p><p>obtidos no curso. Além disso, analisa-se a importância do engenheiro civil na obra e sua</p><p>participação ativa no acompanhamento da execução dos serviços. O profissional deve estar</p><p>atento com as normas e deve manter-se sempre atualizado.</p><p>24</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 13281. Argamassa</p><p>industrializada para assentamento de paredes e revestimentos de paredes e tetos –</p><p>Requisitos. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2005.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 8545. Execução de</p><p>alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos. Rio de Janeiro, RJ:</p><p>ABNT, 1984.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 14931. Execução de</p><p>estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2004.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 8039. Projeto e</p><p>execução de telhados com telhas cerâmicas tipo francesa. Rio de Janeiro, RJ: ABNT,</p><p>1983.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 13245. Execução de</p><p>pinturas em edificações não industriais. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1995.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 7200. Execução de</p><p>revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento. Rio de</p><p>Janeiro, RJ: ABNT, 1998.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 15696. Fôrmas e</p><p>escoramento para estruturas de concreto – Projeto, dimensionamento e</p><p>procedimentos executivos.</p><p>Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2009.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 11702. Tintas para</p><p>edificações não industriais. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1992.</p><p>AZEREDO, Hélio Alves, O edifício e seu acabamento. 1ª Edição, São Paulo, Ed. Edgard</p><p>Blucher, 2004.</p><p>AZEREDO, Hélio Alves, O edifício até sua cobertura. 2ª Edição, São Paulo, Ed. Edgard</p><p>Blucher, 1997.</p><p>BORGES, A. C.; MONTEFUSCO, E.; LEITE, J. L., Prática das pequenas construções.</p><p>8ª Edição, São Paulo, Ed. Edgard Blucher, 2004.</p><p>FARIA, Renato. Garantia de boa estrutura. Revista Téchne, São Paulo, SP, n.115, nov.</p><p>2006.</p><p>Norma Regulamentadora NR-6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI. Ministério</p><p>do Trabalho. Fundacentro.</p><p>YAZIGI, Walid, A técnica de Edificar. 6ª Edição, São Paulo, Ed. Pini, 2004.</p>

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