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<p>O que são Zoonoses?</p><p>“...doenças ou infecções naturalmente transmissíveis entre animais vertebrados e seres humanos…”</p><p>O que são Epidemiologia?</p><p>...ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades, analisando a distribuição e os fatores</p><p>determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas</p><p>Cadeia epidemiológica</p><p>Agente infeccioso: é o microorganismo responsável por causar a doença. Podem ser vírus, bactéria, fungos, parasitos…</p><p>Reservatório / Fonte de infecção: é o lugar (vivo ou não-vivo) ou onde os germes podem viver e se multiplicar.</p><p>Via de eliminação: é a forma que o microrganismo sai do reservatório/Fonte de infecção para o ambiente externo ou para o hospedeiro.</p><p>Ex: sangue, saliva, fezes, urina, vômito, escarro, sêmen, corrimento vaginal, suor, exsudatos, ...</p><p>Via de transmissão: é a forma como os agentes são transferidos da fonte de infecção até o hospedeiro susceptível.</p><p>Ex: contato direto ou indireto; gota, no ar, vetor e veículo.</p><p>Porta de entrada: é o local/tecido/área do hospedeiro susceptível por onde os microrganismos penetram.</p><p>Ex: Mucocutânea, respiratório, genitourinário, digestivo, parental…</p><p>Hospedeiro susceptível: é o novo ser vivo que será contaminado pelo microrganismo (agente etiológico)</p><p>Epidemiologia - Definições</p><p>Prevalência: é o número total de casos de uma doença, existentes num determinado local e período.</p><p>CP= Número de casos existentes no ano (período) x constante (100) / População do estudo</p><p>Incidência: mede a freqüência ou probabilidade de ocorrência de novos casos. Alta incidência significa alto risco</p><p>C.I.= Número de casos novos da doença x constante (100) / População total sob risco</p><p>Mortalidade: representa o risco ou probabilidade que qualquer pessoa na população morrer em decorrência de uma determinada doença.</p><p>Mortalidade = Número total de óbitos no período x constante (100) / População total</p><p>Letalidade: relaciona o número de óbitos e o número de pessoas que foram acometidas por tal doença. Demonstra agravidade do agravo.</p><p>Letalidade= Número total de óbitos no período x constante (100) / População doente</p><p>Teoria da Abiogênese: defende que a vida surgiade objetos inanimados.</p><p>Teoria da Biogênese: microorganismos se originam a partir de formas de vida superiores</p><p>Pasteurização: aquecimento do material cru a aproximadamente 120°F</p><p>Bacteriologia - Reino monera</p><p>1. Procariontes: material genético não é envolto por membrana nuclear - carioteca (não possuem núcleo);</p><p>2. Unicelulares: todos os indivíduos são formados por apenas uma células</p><p>3. Ana/aeróbios: alguns indivíduos precisam de O2 para produção de energia (ATP), outros não precisam;</p><p>4. Auto/heterótrofos: alguns indivíduos não precisam comer (fotossintese ou quimiossintese), mas outros precisam comer (ingerir nutrientes);</p><p>Revestidas com membrana plasmática, mas também possuem parede celular de mureína;</p><p>Para a locomoção as bactérias utilização o flagelo (algumas) e os cílios;</p><p>As bactérias não possuem núcleo;</p><p>A forma de reprodução assexuada mais comum é a cissiparidade ou divisão binária, mas também existe a</p><p>Podem apresentar formas diversas, como esferas (cocos), bastões (bacilos), espirais (espirilo), entre outras.</p><p>Gram-Positiva - Violeta // Gram-Negativa - Vermelho</p><p>Espiroquetas</p><p>Bactérias espirais móveis</p><p>Pouco resistentes no ambiente</p><p>Gram-negativas</p><p>Crescem em meio líquido, muitas em meio específico</p><p>Muitas produzem infecções zoonoticas</p><p>Lepstospiras</p><p>Bactérias helicoidais móveis</p><p>Encontrada em meios aquáticos</p><p>Leptospirose</p><p>Patogenese: Invadem tecidos da pele macia e úmida, ferimentos ou através da membraba de mucosas; espalham-</p><p>se pelo organismo pela circulação e é eliminada após cerca de 10 dias de infecção. Pode causar anemia hemolítica,</p><p>Diagnóstico: Em animas - sinais clínicos + histórico de exposição // Detectados na urina fresca e exame de sangue</p><p>Em cães: canicola: doença renal severa em filhotes // icterohaemorrhagiae: hamorragia aguda e falencia hepatica e</p><p>renal // bratislava: aborto e infertilidade. Sinais clínicos: prostação, febre, perda de apetite, vmito, diarreia,</p><p>Em humanos: mal estar, dor muscular (especialmente panturrilhas), cefaléia, olhos vermelhos, tosse, cansaço,</p><p>calafrios, náuseas, diarreia, desidratação, manchas vermelhas no corpo, meningite, ictericia, hemorragias,</p><p>Prevenção: Controlar roedores, Evitar contato com água/lama de enchentes, Usar EPIs, Vacinação de cães e outros</p><p>Borrelias</p><p>Mais longas e largas que as espiroquetas</p><p>São transmitidas atraves de artropodes</p><p>Persistem no meio ambiente por curtos períodos</p><p>Doença de Lyme</p><p>Causada pela B.burgdorferi</p><p>Os carrapatos são os únicos vetores</p><p>Estágios larvais se alimentam em pequenos roedores e adiquirem o agente</p><p>Reservatórios: são pequenos animais silvestres como ratos, camundongos, posco espinho, lagartos e aves</p><p>Patogenes: carrapato se alimenta de animal sucetível, entra na corrente sanguinea, vai para</p><p>Sinais Clínicos: Infecções subclinicas</p><p>Em animais: cães - febre, letargia, artrite, disturbios cardíacos, renais e neurologicos // equinos - claudicação,</p><p>Em humanos: Mancha vermelha / cansaço, arrepios, febre, dor de cabeça, rigidez no pescoço, dores musculares,</p><p>meningite / artrite e alterações de humor, fala, memória e sono.</p><p>Prevenão: controlar carrapatos</p><p>Diagnostico: sintomas e exposição a carrapatos. Exame de sangue.</p><p>Mycobacterium</p><p>A maioria vive no ambiente</p><p>Bacilos acido resistentes</p><p>Aeróbios</p><p>Imóveis</p><p>Crescem lentamente</p><p>Doenças geralmente cronicas e progressivas</p><p>Tuberculose</p><p>Principal causada pela M.bovis</p><p>Epidemiologia: transmissão poe aerossois / bovino de leite - contato entre animais / ingestão de leite contaminado</p><p>Patogenese: acúmulo de macrófagos (resposta a corpo estranho - ceras e lipideos) / se multiplica dentro do</p><p>Em animais:</p><p>Sinais clínicos: evidente em estágio avançado / lesões extensas / se pulmonar: febre intermitente e tosse / se</p><p>Diagnóstico: teste da tuberculina</p><p>Controle: vacinação / inspeção / reservatórios silvestres são obstáculos</p><p>Tratamento: Marcação do rosto / notificar / abate</p><p>Em humanos:</p><p>M. Tuberculosis / M. bovis</p><p>Transmissão: pode ser feita por aerossóis e por ingestão do leite de vaca contaminado;</p><p>Sintomas: cronica e progressiva / infecção inicial desapercebida / lesões na meninge, cerébro, intestino, coração,</p><p>Febre verpertina, sudorese noturna, emagrecimento, cansaço/fadiga.</p><p>Tratamento: dura seis meses / utilização de fármacos</p><p>Brucellas</p><p>Cocobacilares</p><p>Imóveis</p><p>Predileção por órgãos reprodutivos</p><p>Animais infectados servem como reservatório de infecção, que persiste indefinidamente</p><p>Podem permanecerviáveis em meio ambiente úmido pormuitos meses</p><p>Brucelose</p><p>Patogenese: disseminação e na localização junto aos órgãos reprodutivos e às glândulas acessórias de animais</p><p>A placenta de bovinos, ovinos, caprinos e suínos, glândulas mamárias e epidídimo possuem Eritritol - fator</p><p>Sinais clínicos: femea - queda de produção de leite, corrimento vaginal, mascimentos prematuros, abortos no</p><p>terço final, bezerros fracos, retenção placentária, infertilidade. // machos - infertilidade, inflamação dos testículos,</p><p>Diagnóstico: sinais não específicos, abortos são a maior indicação. // Testes sorologicos // Métodos moleculares</p><p>Tratamento e controle: Em bovinos não existe tratamento. // Vacinação</p><p>Em cães: casada pela B.canis / Abortos, diminuição da fertilidade, ninhadas menores // infertilidade // claudicação</p><p>Em suínos: causada pela B.suis / ingestão ou pelo coito / Abortos, natimortos, esterilidade / brucelas no semen,</p><p>Em humanos: Infecção por B. abortus, B. suis, B. melitensis e, raramente, B. canis / transmissão por ocntato com</p><p>secreções ou excreções de animais contaminados / porta de entrada por lesões de pele, inalação ou ingestão (leite</p><p>in natura e derivados) / Os sintomas são febre flutuante, mal-estar, fadiga e dores musculares</p><p>e articulares;</p><p>Programa de erradicação:</p><p>Objetivo reduzir a prevalência e a incidência dessas doenças em bovinos e bubalinos, visando a erradicação.</p><p>Doenças Transmitidas por Alimentos - DTA</p><p>São causadas pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados;</p><p>Salmonella</p><p>Família Enterobacteriaceae</p><p>Anaeróbios facultativos</p><p>têm distribuição</p><p>Habitam o trato intestinal de animais e de humanos e contaminam a vegetação, o solo e a água</p><p>Duas espécies são propostas: S. enterica e S. bongori</p><p>A maioria das salmonelas de importância veterinária pertence à S. enterica subsp. enterica</p><p>Os principais sorotipos zoonóticos são Typhimurium e Enteritidis</p><p>São principalmente excretados pelas fezes; A ingestão é a principal forma de infecção (mucosa respiratória e conjuntiva)</p><p>Podem sobreviver por mais de nove meses em solos úmidos e protegidos da luz</p><p>Salmonelose</p><p>Enteritidis e Typhimurium são os sorovares frequentemente relacionados a doenças em animais e seres humanos,</p><p>Patogenese: As bactérias aderem-se e proliferam no intestino / Invadem a mucosa intestinal / migram para demais</p><p>Em animais:</p><p>A infecção varia do estado de portador subclínico à septicemia aguda fatal;</p><p>A doença clínica pode desenvolver-se de infecções latentes e subclínicas se os animais afetados forem estressados</p><p>A Salmonella pode estar em muitos tipos de alimentos: carne bovina, suína, frango, ovos, frutas, vegetais;</p><p>Alimentos contaminados geralmente tem aparência e cheiro normais; A contaminação cruzada pode ser a causa de</p><p>Em humanos:</p><p>Os sintomas: começam cerca de 6 a 72 horas após a ingestão; Se não tratados, os sintomas podem durar de 4 a 7</p><p>Controle: Tratamento térmico / Não comer alimentos crus / evitar contaminação cruzada / higienização e</p><p>Diagnóstico: histórico de surto / quadro clínico / salmonela em placas nas fezes</p><p>Tratamento: leve - Repouso e hidratação / graves - reidratação, antibióticos</p><p>Botulismo</p><p>O botulismo é uma intoxicação grave, potencialmente fatal;</p><p>Adquirida pela ingestão de toxina pré-formada;</p><p>Clostridium botulinum é o agente etiológico produtor da toxina;</p><p>Endosporos: São estruturas intracelulares, cuja função é proporcionar resistência e garantir a sobrevivência do</p><p>Essas neurotoxinas, inativadas por fervura por até 20 minutos</p><p>Em animais:</p><p>Em bovinos: associado à ingestão de carcaças de frango presentes nas camas de frango, silagem de pobre</p><p>Em carnívoros: carne crua e carcaças são fontes freqüentes da toxina;</p><p>Em aves: toxina em invertebrados mortos ou vegetação em decomposição;</p><p>Sintomas: Pupilas dilatadas, membranas mucosas secas, redução da salivação, flacidez na língua e disfagia /</p><p>Incoordenação e marcha rígida / Paralisia dos músculos respiratórios / Pode ocorrer morte em questão de dias /</p><p>Em humanos:</p><p>Os alimentos mais envolvidos são: Produtos cárneos cozidos, curados ou defumados (principalmente suína);</p><p>Sintomas: visão dupla e embaçada, fotofobia (aversão à luz), ptose palpebral (queda da pálpebra), tonturas, boca</p><p>seca, intestino preso e dificuldade para urinar; o mais grave de todos os sintomas do botulismo é a paralisia dos</p><p>O mel é um fonte importante de esporos;</p><p>Diagnóstico: Sinais clínicos e histórico de acesso a alimentos contaminados; Teste de Soro / Ensaios de Elisa ou</p><p>Tratamento: anti-soro polivalente / Agentes terapêuticos / recuperação em semanas</p><p>Prevenção e Controle: Cuidado com alimentos enlatados, em vidros, ou embalados a vácuo; / higiene / ferver</p><p>Listeriose</p><p>Gênero Listeria</p><p>Pode ser encontrada no solo e na água;</p><p>Infecção bacteriana causada pela bactéria Listeria monocytogenes;</p><p>Freqüentemente relacionados à alimentação com silagem</p><p>Transmitida pelo consumo de água e alimentos contaminados, como leite não pasteurizado, queijos, verduras,</p><p>É resistente aos processos de manufatura e processamento dos alimentos, por isso pode haver Listeria em</p><p>Patogenese: penetram através das células M nas placas de Peyer do intestino, mucosa oral e nasal / A</p><p>disseminação ocorre pela via linfática e sangüínea de vários tecidos. Pode afetar nervos cranianos / Em fêmeas</p><p>Em ruminantes: Pode apresentar-se como encefalite, aborto, septicemia ou endoftalmite;</p><p>Em animais:</p><p>Forma nervosa (doença do “andar em círculos”): Sonolência, andar em círculos e cabeça caída são os sinais clínicos</p><p>mais comuns. A paralisia facial unilateral resulta em salivação e em queda das pálpebras e das orelhas; Em ovinos e</p><p>caprinos, os animais deitam e a morrem em poucos dias. Forma septicêmica: é mais encontrada em cordeiros,</p><p>Diagnostico: Sinais neurológicos ou abortos associados à alimentação com silagem;</p><p>Tratamento: terapia antibiótica sistêmica</p><p>Em humanos:</p><p>Geralmente resultam do consumo de alimentos contaminados, como: leite cru, queijos moles, legumes e vegetais</p><p>crus; A transmissão direta é rara - poucas consequências em indivíduos saudáveis e em não-gestantes;</p><p>Relatada principalmente em países desenvolvidos;</p><p>Pode sobreviver ao congelamento por longos períodos; / A pasteurização é um processo seguro.</p><p>Sintomas: febre superior a 38°C, dores musculares, dores de cabeça, perda de apetite, calafrios, vômitos, cansaço,</p><p>confusão mental e diarreia;</p><p>Em casos mais graves, a bactéria adentra a corrente sanguínea, chega ao sistema nervoso, causa meningite, além</p><p>Controle: habitos higienicos / materia prima de qualidade / qualidade de silagem / pasteurização</p>

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