Prévia do material em texto
<p>Aluno: Leonardo Teixeira da Silva Ribeiro – 88237</p><p>Complexo de Ghon</p><p>O Complexo de Ghon é uma lesão característica da tuberculose primária,</p><p>formada pela combinação de um foco parenquimatoso pulmonar inicial e</p><p>linfadenite satélite no hilo ou linfonodos regionais. Ele é descrito como uma área</p><p>de inflamação granulomatosa no pulmão, associada a um processo de</p><p>drenagem linfática que resulta no acometimento de linfonodos hiliares ou</p><p>paratraqueais. O complexo é observado radiologicamente e, nos estágios</p><p>iniciais, pode aparecer como uma área de calcificação no lobo médio ou inferior</p><p>do pulmão, refletindo o local da infecção inicial. Ao longo do tempo, essas lesões</p><p>podem sofrer fibrose e calcificação, formando o chamado “nódulo de Ghon”.</p><p>A importância clínica do Complexo de Ghon reside no fato de ser um</p><p>marcador da infecção primária pelo Mycobacterium tuberculosis. Embora a</p><p>maioria dos indivíduos imunocompetentes não desenvolva a tuberculose ativa a</p><p>partir do Complexo de Ghon, ele indica que houve contato inicial com o bacilo e</p><p>uma resposta imune foi desencadeada. Em alguns casos, a infecção primária</p><p>pode permanecer latente e reativar-se posteriormente, especialmente em</p><p>situações de imunossupressão, resultando em tuberculose secundária ou</p><p>disseminada. Dessa forma, o Complexo de Ghon é importante para a</p><p>identificação de indivíduos com infecção latente, o que tem implicações no</p><p>controle e prevenção da disseminação da doença.</p><p>Em termos diagnósticos, a presença do Complexo de Ghon em exames</p><p>de imagem, como a radiografia de tórax, pode ajudar a diferenciar a tuberculose</p><p>primária de outras doenças granulomatosas, orientando assim a investigação</p><p>clínica e laboratorial. Além disso, a evolução do Complexo de Ghon para o</p><p>Complexo de Ranke, caracterizado pela calcificação tanto do foco pulmonar</p><p>quanto dos linfonodos hiliares, pode ser um indicador de imunidade desenvolvida</p><p>contra o bacilo, mas sem garantir proteção completa contra uma reinfecção.</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>GRAY, H. ANATOMIA DE GRAY: A BASE ANATÔMICA DA PRÁTICA CLÍNICA. 42. ED. RIO</p><p>DE JANEIRO: ELSEVIER, 2017.</p><p>KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; ASTER, J. C. ROBBINS E COTRAN: BASES PATOLÓGICAS</p><p>DAS DOENÇAS. 10. ED. RIO DE JANEIRO: ELSEVIER, 2016.</p><p>RUBIN, E.; STRAYER, D. S. RUBIN PATOLOGIA: BASES CLÍNICAS DE MEDICINA. 8. ED.</p><p>RIO DE JANEIRO: GUANABARA KOOGAN, 2020.</p>