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<p>MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO</p><p>INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO CUITO</p><p>DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS</p><p>AUTORA:</p><p>· ESMERALDINA SANDRA ALBERTO</p><p>TEMA: PROJECTO DE INVESTIMENTO COMO FERRAMENTA DE ESTABILIDADE FINANCEIRA DE NOVOS INVESTIDORES NA CIDADE DO CUITO</p><p>-BIÉ.</p><p>CUITO, 2024</p><p>AUTORA:</p><p>ESMERALDINA SANDRA ALBERTO</p><p>TEMA: PROJECTO DE INVESTIMENTO COMO FERRAMENTA DE ESTABILIDADE FINANCEIRA DE NOVOS INVESTIDORES NA CIDADE DO CUITO</p><p>-BIÉ.</p><p>Monografia apresentada ao Instituto Superior Politécnico do Cuito como parte dos requisitos para aquisição do grau de Licenciada em Gestão de Empresas e Marketing.</p><p>TUTOR: MSc. António Ramos Mavambo</p><p>CUITO, 2024</p><p>FICHA CATALOGRÁFICA.</p><p>Autora: Alberto, Esmeraldina Sandra.</p><p>TEMA:</p><p>Projecto de investimento como ferramenta de estabilidade financeira de novos investidores na cidade do Cuito - Bié</p><p>Descrição:</p><p>Trabalho de fim de curso para obtenção do Título de Licenciada em Gestão de Empresas e Marketing.</p><p>Palavras-chave: Gestão financeira; Estabilidade financeira; Projecto de investimento; Investidores.</p><p>O presente trabalho contém 50 páginas</p><p>FICHA DE APROVAÇÃO</p><p>Autora: Alberto, Esmeraldina Sandra</p><p>Tema: Projecto de investimento como ferramenta de estabilidade financeira para novos investidores na cidade do Cuito – Bié</p><p>Objectivo geral:</p><p>Propor métodos de análise de projeto de investimento para alavancar a estabilidade financeira de novos investidores na cidade do Cuito-Bié.</p><p>Data de aprovação: _____/____/____</p><p>CORPO DE JÚRI</p><p>Presidente: ______________________________________________________________</p><p>1º Vogal:_________________________________________________________________</p><p>2º Vogal:_________________________________________________________________</p><p>Secretário:_______________________________________________________________</p><p>DEDICATÓRIA</p><p>Dedico este trabalho à minha família e amigos pela motivação e compreensão constante, a Escola e aos professores pela oportunidade, assim como a todos que incentivaram-me ao longo deste percurso. Dedico também aos estudandes desta instituição no geral , em particular aos estudandes do curso de Gestão de Empresas e Marketing. Dedico também a todos amantes da leitura.</p><p>Esmeraldina Sandra Alberto</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>Ao longo desta jornada académica várias foram as pessoas que de uma forma directa ou indirecta contribuiram para o meu desenvolvimento académico de maneiras diversas, mencionando-as posso acabar esquecendo alguém, mas, sou grata a todos.</p><p>Gratidão ao todo-poderoso e criador pela vida, saúde e protecção, apesar de não merecer na condição de falha, mesmo assim me concedeu esta oportunidade de apresentar o meu trabalho de fim de curso depois de muito sacrifício.</p><p>Eternamente grata aos Professores no geral e em particular o Orientador: PhD Felizardo Natangue Tamulisekifa, a professora Lic. Carla Elizandra dos Santos Artur, o professor Orloque Manuel David pelo acompanhamento, dicas, ensinamentos e roubando-lhes até os raros momentos de repouso.</p><p>Sou grata a minha família, em particular aos meus pais, a minha mana Victória da Silva, pelo apoio incondicional a mim prestado no percurso desta jornada académica. Sou grata aos meus amigos pela força, motivação constante e apoio incondicional, aos meus caríssimos colegas pelo privilégio de fazerem parte da minha história académica.</p><p>No entanto, o agradecimento é extensivo também ao Instituto Superior Politécnico no Bié, a coordenação do curso de Contabilidade e Administração, ao gerente, subgerente e colaboradores das empresas Jonequi Group Invest Lda, Capitamolo comercial Lda, Le Trip Lda, Boutique Só Rigor e Floricultura Vero Verde no Cuito/Bié.</p><p>O meu muito obrigada!</p><p>Esmeraldina Sandra Alberto</p><p>RESUMO</p><p>O Presente estudo trata do assunto Projecto de investimento como ferramenta de estabilidade financeira, e tem por finalidade mostrar a importância de projectar um investimento antes mesmo da aplicação de recursos, e implementação de projectos em empresas já existentes para a estabilidade financeira dos mesmos, fornecendo aos novos investidores e empresários ferramentas suficientes para dar continuidade aos seus negócios. Pois atualmente as empresas de um modo geral vêm sofrendo dificuldades por não possuírem total conhecimento de sua real situação financeira. Isso só acontece devido à falta de controlo interno de profissionais qualificados e habilitados para fazerem um planejamento adequado. Neste trabalho foram explorados alguns conceitos relacionados ao tema, mostrando de forma simples e objetiva a importância de projetar os investimentos e ter um controle eficiente dos recursos financeiros da empresa, de forma a garantir a estabilidade das operações da organização e por outro lado a rentabilidade. Abordou-se a análise de projectos de investimentos como um instrumento de apoio a tomada de decisões, examinando de forma ampla algumas técnicas quantitativas para análise de projectos de investimentos, apontando também conceitos e objetivos da gestão financeira, seu papel e suas áreas de atuação dentro da empresa. Foram empregues métodos desde os empíricos aos estatísticos e técnicas numa investigação aprofundada e adequada para explicar a realidade de projectos de investimentos na cidade em questão.</p><p>Palavras chaves: Gestão financeira; Estabilidade financeira; Projecto de investimento; Investidores.</p><p>OBS: Refaça o resumo incluindo o objetivo geral e específicos assim como os resultados encontrados na pesquisa.</p><p>SUMMARY</p><p>This study deals with the subject of investment projects as a financial stability tool, and aims to show the importance of planning an investment even before the application of resources, and implementing projects in existing companies for their financial stability, providing new investors and entrepreneurs have enough tools to continue their businesses. Nowadays, companies in general are suffering difficulties because they do not have full knowledge of their real financial situation. This only happens due to the lack of internal control by qualified professionals qualified to carry out adequate planning. In this work, some concepts related to the topic were explored, showing in a simple and objective way the importance of projecting investments and having efficient control of the company's financial resources, in order to guarantee the stability of the organization's operations and, on the other hand, profitability. The analysis of investment projects was approached as an instrument to support decision-making, broadly examining some quantitative techniques for analyzing investment projects, also pointing out concepts and objectives of financial management, its role and its areas of activity within from the company. Methods ranging from empirical to statistical and technical were used in an in-depth and appropriate investigation to explain the reality of investment projects in the city in question.</p><p>Keywords: Financial management; Financial stability; Investment project; Investors.</p><p>Índice</p><p>INTRODUÇÃO 1</p><p>CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 7</p><p>1.1 Histórico e Evolução da Gestão Financeira 7</p><p>1.2 Conceitos de Gestão Financeira 10</p><p>1.3 Análise e decisões de projectos</p><p>dos dados colectados.</p><p>2.4 Diagnóstico do questionário efetuado aos empresários da cidade do Cuito/Bié</p><p>O quadro a seguir apresenta resultados do questionário dirigido aos empresários da cidade do Cuito/Bié, com finalidade de obter informações concisas sobre o assunto em abordagem. Inicialmente faz-se menção a quantificação do género das empresas alvo da investigação.</p><p>Género</p><p>Nº de Empresários</p><p>Percentagem</p><p>Feminino</p><p>02</p><p>40%</p><p>Masculino</p><p>03</p><p>60%</p><p>Fonte: Dados da pesquisa</p><p>Nesta tabela pode se notar que 60% dos empresários questionados são do género masculino e 40% é do género feminino. Dos (10) empresários que representam a população da pesquisa, trabalhou-se com (05) empresários, por estes apresentarem maior experiência e conhecimento do mercado de consumo bieno, no que diz respeito a compra e venda de bens e serviços, tendo fornecido informações úteis para o presente trabalho.</p><p>Sublinha-se, porém, que, os (05) empresários que a presente investigação apresenta como principais protagonistas proporcionadores de informações úteis e relevantes para a execução das possíveis soluções que se impõem do problema ora apresentado, são responsáveis das empresas: Jonequi Group Invest Lda, Capitamolo Comercial Lda, Le Trip Lda, Boutique Só Rigor e Floricultura Vero Verde.</p><p>Na primeira questão, buscou-se saber dos questionados sobre os projectos de investimentos, se é viável elaborar um plano de negócio para investir na cidade do Cuito-Bié. Neste caso, 80% representado por (04) empresários afirmam ser bastante positivo elaborar um plano de negócios devidamente concebido a fim de obter vantagem competitiva no mercado ao qual esta inserido. Por outro lado, 20% representado por (01) empresário afirma não ser aconselhável, devido as dificuldades que o mercado de consumo impõe.</p><p>Gráfico nº 1 - Sobre os projectos de investimentos, se é viável elaborar um plano de negócio para investir na cidade do Cuito-Bié</p><p>Dados: Fonte da própria pesquisa</p><p>Na questão seguinte, indagou-se na condição de empresário, se existem algumas ferramentas a ter em conta para elaborar projectos de investimentos. Em gesto de resposta, os (05) empresários questionados que representam 100% da amostra, afirma existir ferramentas para elaborar projectos de investimentos, mas a falta de domínio sobre os mesmos dificultada a sua colocação em pratica no sentido se obter vantagem no mercado e um retorno desejável.</p><p>Gráfico nº 2 - Na condição de empresário, se existem algumas ferramentas a ter em conta para elaborar projectos de investimento.</p><p>Dados: Fonte da própria pesquisa</p><p>Na terceira pergunta, questionou-se se os empresários consideram ser favorável investir no mercado de consumo da cidade do Cuito – Bié. Com base nas respostas colhidas através do questionário, (02) empresários representados por 40% consideram ser favorável por ser um mercado ainda por ser explorado e já os (03) empresários que representam 60%, afirmam que não, visto que há várias dificuldades em captar e reter clientes devido a falta de hábitos e costumes dos produtos comerciados por estes.</p><p>Gráfico nº 3 - Se os empresários consideram ser favorável investir no mercado de consumo da cidade do Cuito – Bié</p><p>Dados: Fonte da própria pesquisa</p><p>Relativamente a quarta questão, pergunta-se se é vantajoso antes de implementar o negócio, conceber um plano de negócios e estudo de viabilidade num determinado ramo de actividade comercial. Atendo-se nas respostas dos (05) questionados que correspondem a 100% da amostra, afirmam categoricamente ser necessário conceber um plano de negócios e estudo de viabilidade com finalidade de conhecer o mercado, o público alvo, produtos e serviços para os consumidores, a rentabilidade e retorno do projecto, garantindo assim a estabilidade financeira das empresas</p><p>Gráfico nº 4 - Se é vantajoso antes de implementar o negócio, conceber um plano de negócios e estudo de viabilidade num determinado ramo de actividade comercial</p><p>Dados: Fonte da própria pesquisa</p><p>Na abordagem que se refere a quinta questão, nesta procurou-se saber a possibilidade de investir e obter retorno do capital investido no mercado de consumo da cidade do Cuito – Bié. As respostas dos empresários divergem visto (03) representados em 60% afirmam que é possível sim investir e obter retorno do capital e de maneira oposta (02) empresários que representam 40% da amostra afirmam talvez com algum ceticismo devido as oscilações da moeda nacional e a dificuldade de os fornecedores proporcionarem sempre que necessários os produtos e serviços precisos.</p><p>Gráfico nº 5 - A possibilidade de investir e obter retorno do capital investido no mercado de consumo da cidade do Cuito – Bié.</p><p>Dados: Fonte da própria pesquisa</p><p>Quando a sexta pergunta, procurou-se indagar a possibilidade de observar estabilidade financeira sobre os retornos obtidos dos investimentos efetuados. As respostas dos questionados foram unanimes, uma vez que os (05) empresários que representam 100%, afirmam que não, visto que investir no mercado local é bastante difícil devido as barreias impostas pelo Estado na adesão a credito, dificuldade na impostação das mercadorias devido as taxas aduaneiras altas, desvalorização da moeda nacional, dificuldade aos canais acesso a aquisição para aquisição dos bens e serviços.</p><p>Gráfico nº 6 - Se é vantajoso antes de implementar o negócio, conceber um plano de negócios e estudo de viabilidade num determinado ramo de actividade comercial</p><p>Dados: Fonte da própria pesquisa</p><p>Na questão a seguir, indagou-se se é importante que os empresários adoptem o projectos de investimento como ferramenta para alcançar a estabilidade financeira. De forma conjunta, os (05) empresários respondem com certeza que caso se adopte o projecto de investimento como via para alcançar a estabilidade financeira, efetivamente haverá poucas dificuldades para garantir o conforto financeiro aos empresários, os riscos serão menores para o alcance do retorno do capital investido, a certeza de que o negócio dará certo e a empresa obterá lucros acima da média.</p><p>Gráfico nº 7 - Se é importante que os empresários adoptem o projectos de investimento como ferramenta para alcançar a estabilidade financeira.</p><p>Dados: Fonte da própria pesquisa</p><p>E por último, questionou-se na concepção de empresário, se acha conveniente que o negócio investido no mercado em estudo venha proporcionar lucros acima da média. Como resposta, os (05) empresários afirmam com alguma dúvida que, obter lucros no mercado de negócios do Cuito-Bié é bastante difícil devido a vários fatores, desde os culturais, comportamentais, morais e éticos. A população desta praça prefere ir ao mercado informal em vez do convencional.</p><p>Gráfico nº 8 - Se é importante que os empresários adoptem o projectos de investimento como ferramenta para alcançar a estabilidade financeira.</p><p>Dados: Fonte da própria pesquisa</p><p>2.5 Apresentação dos métodos de análise e decisão de projeto de investimento como estratégia para estabilidade de novos investidores na cidade do Cuito-Bié.</p><p>· Introdução</p><p>Em Angola, a maior parte dos negócios em actividade são constituídos de micros, pequenas e médias empresas e por isso, são de fundamental relevância para a economia do país. Estas empresas são grandes geradoras de empregos e riquezas, o que de certa maneira contribui significativamente para o aumento do produto interno bruto (PIB).</p><p>· Apresentação da Empresa</p><p>A empresa deve ser considerada como uma empresa em nome individual de direito angolano, fundada no Município do Cuito, Província do Bié, cadastrada através do número de Identificação Fiscal.</p><p>Sector de Actividade</p><p>O sector de actividade é visto como conjunto de produtividade de bens e serviços, com vista a satisfazer as necessidades dos consumidores. A confeição de doces e salgados é uma atividade econômica onde existe, efetivamente, um produto tangível como resultado. Como regra, este modelo de atuação conta sempre com um produtor, que é aquele que oferece os doces e salgados em si, e um consumidor, que é aquele que recebe</p><p>o produto mediante o pagamento de algum tipo de remuneração previamente combinado entre as partes.</p><p>A empresa tem como meta empresarial obter lucros, e ser eficiente em todas as suas acções, mas preocupando-se em gerar retorno para os seus colaboradores e a comunidade que a fazem existir e crescer. E neste aspecto, é ponto de honra para a empresa a aplicação de recursos para a expansão das suas actividades.</p><p>2.6 Ficha de identificação do investimento</p><p>Designação Social</p><p>SA Sunflower, Lda</p><p>Sede</p><p>Bairro Piloto-Cidade do Cuito</p><p>Capital Social</p><p>1.500.000 AOA</p><p>Atividades</p><p>Comercialização de produtos de pastelaria e Similares.</p><p>Principais Actividades</p><p>Comércio a retalho de pão, de produtos de pastelaria e de confeitaria, em estabelecimentos especializados, que compreende o comércio a retalho de pão, pastelaria, chocolates, amêndoas de confeitaria, gomas e outros produtos similares.</p><p>Missão</p><p>“Proporcionar momentos de satisfação e prazer através de produtos de pastelaria e essências de chocolate diferenciadores de excelente qualidade, prezando pela qualidade do atendimento num ambiente agradável e aconchegante onde se “respira Salgadinhos.”</p><p>Visão</p><p>“Tornar-se numa referência na solução das necessidades de nossos clientes e público em geral e ser uma das melhores e consequentemente a referência de confeição de doces, salgados e fest food na cidade do Cuito- Bié.</p><p>Historial da Empresa</p><p>A empresa será criada com o intuito de atuar no mercado da comercialização de produtos de Pastelaria e similares. A SA Sunflower, Lda. será constituída com um capital social de 1.500.000 AOA e encontra-se localizada no Bairro Piloto.</p><p>55</p><p>A empresa irá dedicar-se ao investimento no estabelecimento físico de venda, à realização de estudos de mercado e ao estabelecimento de fortes parcerias, como por exemplo a FLAMINGO e EFAMAR. Sendo que se trata de uma Pastelaria, será importante que o espaço seja acolhedor e confortável, de modo a que se torne atraente para o cliente e este se sinta confortável usufruindo de momentos de lazer e convívio com amigos e familiares. Devido à fase embrionária em que o projeto se encontra, o conhecimento sobre esta empresa é ainda muito pouco notório, fazendo com que esta necessite de se dar a conhecer ao público- alvo, quer através do seu espaço físico quer através da internet, nomeadamente através das redes sociais.</p><p>O empreendimento será inicializado em março de 2024, culminando 6 meses depois, quando o estabelecimento físico estiver com a sua capacidade total instalada e pronto para abrir ao público. O início de atividade está previsto para agosto de 2024.</p><p>Caracterização do Projeto</p><p>O presente projeto expõe a execução de um investimento direcionado para a abertura de um estabelecimento dedicado à comercialização de doces e salgados. Para isso a empresa em questão candidatou-se à linha de apoio crédito, a renomada empresa KIXI CRÉDITO.</p><p>A proposta de valor da empresa está orientada para a oferta de produtos diferenciadores e de elevada qualidade. A empresa pretende oferecer chocolates de elevada qualidade e que se tornem distintos. Também o estabelecimento físico de venda será personalizado, com intuito de oferecer um local acolhedor e propício ao convívio, onde os consumidores se sintam confortáveis para se deslocar em grupo e usufruir de momentos agradáveis aliados ao consumo de produtos diferentes.</p><p>As receitas da empresa serão essencialmente as provenientes de vendas dos produtos, seja no estabelecimento físico e Website. Os principais gastos associados a esta atividade serão essencialmente ao nível da manutenção do estabelecimento, desenvolvimento e manutenção do website, as técnicas de marketing e publicidade, os custos de mercadorias vendidas e de produtos auxiliares ao consumo bem como o fornecimento de serviços externos.</p><p>2.7 Estudo de Viabilidade Económico-Financeira do Projeto</p><p>Pressupostos Económicos e Financeiros</p><p>Os pressupostos que serviram de base à elaboração da análise económica e financeira do projeto apresentam-se no seguinte quadro;</p><p>Taxa de IVA - Vendas</p><p>14,00%</p><p>Unidade monetária</p><p>AOA</p><p>14,00%</p><p>Ano inicial do projeto</p><p>2024</p><p>Meses de atividade (1º ano)</p><p>12</p><p>Prazo médio de Recebimento (dias)</p><p>30</p><p>Prazo médio de Pagamento (meses)</p><p>18</p><p>Prazo médio de Inventários (meses)</p><p>1</p><p>Taxa de IVA - Prestação Serviços</p><p>Taxa de IVA - CMVMC</p><p>14,00%</p><p>Taxa de IVA - FSE</p><p>14,00%</p><p>Taxa de IVA - Investimento</p><p>14,00%</p><p>Taxa de Segurança Social - entidade - órgãos sociais</p><p>11,00%</p><p>Salário Mínimo Nacional</p><p>32.181,00 AOA</p><p>Função</p><p>Número de pessoas</p><p>Medidas</p><p>Termo</p><p>Mês de entrada</p><p>Ano de entrada</p><p>Vencimento mensal</p><p>Diretor geral</p><p>1</p><p>contratação</p><p>Sem termo</p><p>Março</p><p>2024</p><p>69.000,00</p><p>Gestor financeiro</p><p>1</p><p>Contratação</p><p>Sem termo</p><p>Março</p><p>2024</p><p>62.000,00</p><p>Gestor de RH</p><p>1</p><p>contratação</p><p>Sem termo</p><p>Março</p><p>2024</p><p>58.0000,00</p><p>Funcionários gerais</p><p>5</p><p>Contrataçãoo</p><p>Março</p><p>2024</p><p>34.400,00</p><p>segurança</p><p>1</p><p>Contratação</p><p>Março</p><p>2024</p><p>32.000,00</p><p>Variações no mercado</p><p>2023</p><p>2024</p><p>Taxa de variação dos preços - Vendas</p><p>2,00%</p><p>Taxa de crescimento - FSE</p><p>2,00%</p><p>Incremento Anual (Venc. + Sub. Ali.)</p><p>3,00%</p><p>Taxa de Aplicações Financeiras Curto Prazo</p><p>0,45%</p><p>Taxa de juro de empréstimo Curto Prazo</p><p>4,00%</p><p>Taxa de juro de empréstimo ML Prazo</p><p>5,00%</p><p>10,00%</p><p>PRESSUPOSTO ECONÓMICOS E FINANCEIROS DO PROJETO</p><p>Na taxa de juro de médio longo prazo, considerou-se a taxa relativa ao empréstimo bancário que fazem parte da cobertura financeira do presente projeto. A taxa de juro de empréstimo de curto prazo e a taxa de aplicações financeiras de curto prazo são as de referência no mercado.</p><p>A taxa de juro de ativos sem risco refere-se à taxa média das obrigações do tesouro Angolano a 5 anos em vigor em fevereiro de 2023.</p><p>Definiu-se um prémio de risco de 3,50%15 para o presente projeto. O prémio de risco indica rentabilidade adicional relativamente aos ativos sem risco, de forma a compensar o investidor por aplicar o seu capital num investimento que suporta um elevado nível de incerteza e risco. Assim, além da rentabilidade que obteria se investisse em ativos sem risco, o investidor obtém mais 3,50% por forma a compensar o acréscimo no nível de risco.</p><p>Plano de Investimento</p><p>MAPA DOS INVESTIMENTOS</p><p>Para a execução deste projeto, e após análise das opções disponíveis, a empresa entende que o plano de investimento irá basear-se no seguinte mapa, por tipo de ativo e por ano de aquisição, a iniciar em 2023:</p><p>Investimento por ano</p><p>2023</p><p>2024</p><p>Ativos fixos tangíveis</p><p>Equipamento Básico</p><p>500 000</p><p>Equipamento Administrativo</p><p>300 000</p><p>Total Ativos Fixos Tangíve is</p><p>800 000</p><p>Ativos Intangíveis</p><p>Projetos de desenvolvimento</p><p>500000</p><p>Programas de computador</p><p>200 000</p><p>Total Ativos Intangíveis</p><p>700 000</p><p>Total Investimento</p><p>1 500 000</p><p>O espaço onde se irá realizar a atividade da empresa será um dos principais fatores de investimento dado o tipo de atividade em que estará focada. Sendo o serviço desta uma Pastelaria, será importante que o estabelecimento físico de venda esteja devidamente equipado e decorado.</p><p>A rubrica “Equipamento básico” diz respeito essencialmente a mobiliário sendo que este será fundamental para a atividade e a realizar. O mobiliário será composto por móveis com prateleiras de exposição de produtos. O montante associado a este investimento será de 300.000 AOA. No que se refere a aspetos decorativos, o orçamento rondará os 200.000 AOA.</p><p>A descrição “Equipamento Administrativo” inclui todo o equipamento destinado a tarefas administrativas, neste caso a empresa irá investir num computador e uma balança integrada. Este investimento será de 300.000 AOA.</p><p>No que diz respeito a Ativos fixos intangíveis, a empresa irá investir num programa de faturação e no Microsoft Windows 11. Este investimento atingirá um valor de 200.000 AOA e insere- se na descrição “Programas de computador”. Face a descrição de “Projetos em desenvolvimento” a empresa investirá</p><p>num website que terá um importante papel na divulgação da mesma e no aumento da notoriedade da marca. Este será fundamental para a divulgação dos produtos e para realização de encomendas online. O montante referente a este investimento será de cerca de 500.000 AOA.</p><p>Verifica-se assim que o investimento em ativo fixo tangível e ativo intangível previsto representa o montante total de 1.500.000AOA.</p><p>De salientar que o investidor tem um edifício que equivale a 1.500.000AOA e uma disponibilidade de 144.800AOA e existencias avaliadas em 1.855.200AOA.</p><p>Condições de empréstimo</p><p>· Valor do empréstimo em AOA-------------------------------------------1.500.000,00</p><p>· Duração------------------------------------------------------------------------18 meses</p><p>· Taxa----------------------------------------------------------------------------10%</p><p>· Carência-----------------------------------------------------------------------6 meses</p><p>· Amortização---------------------------------------------------------------------50%</p><p>· Prestações-------------------------------------------------------------------semestral</p><p>Balanço Patrimonial</p><p>Conforme os estudos em Administração, o balanço patrimonial representa os bens e direitos (ativo) e obrigações (passivo) de uma empresa em um determinado período de tempo.</p><p>Empresa- SA Sunflower</p><p>Balanço em 1 de Março de 2024</p><p>Valores expressos em AOA</p><p>Tipo de documento- Balanço patrimonial</p><p>Designação</p><p>Notas</p><p>Exercício</p><p>01-03-2024</p><p>Ativo</p><p>Ativo não corrente</p><p>Imobilizações corpóreas</p><p>Edifício</p><p>Total</p><p>Ativo corrente</p><p>Existência</p><p>Disponibilidade</p><p>Total</p><p>Total do ativo</p><p>Capital próprio e passivo</p><p>Capital próprio</p><p>Total</p><p>Passivo não corrente</p><p>Empréstimo a longo prazo</p><p>Total</p><p>Total do passivo e capital próprio</p><p>1.500.000,00</p><p>1.500.000,00</p><p>3.000.000,00</p><p>1.855.200,00</p><p>144.800,00</p><p>2.000.000,00</p><p>5.000.000,00</p><p>3.500.000,00</p><p>3.500.000,00</p><p>1.500.000,00</p><p>1.500.000,00</p><p>5.000.000,00</p><p>As informações contidas no balanço patrimonial são uma fonte relevante para análise financeira, desse modo, o administrador financeiro saberá a situação econômica e financeira da empresa e poderá determinar novos rumos e investimentos para a organização.</p><p>Demonstração de resultados do exercício</p><p>A DRE é um relatório contabilisco que evidencia a formação do resultado líquido do exercício pelo confronto das receitas com os custos e as despesas correntes num determinado período. Ela é feita pela contabilidade, é muito importante para a análise financeira, afinal ela evidencia se a empresa está projetando lucro ou prejuízo em suas operações.</p><p>Demonstração de resultado do exercício</p><p>Empresa SA Sunflower Lda</p><p>Demonstração de resultado em 31 de Março de 2024</p><p>Valores expressos em AOA</p><p>Designação</p><p>Notas</p><p>Exercício</p><p>31-03-2024</p><p>Vendas</p><p>Variação nos produtos acabados e produtos em curso</p><p>Custo das mercadorias vendidas CMV</p><p>Custo com o pessoal</p><p>Amortização</p><p>Resultado operacional antes dos impostos</p><p>IVA 14%</p><p>Resultado operacional depois do IVA</p><p>Imposto industrial 25%</p><p>Resultado operacional do exercício</p><p>4.571.800,00</p><p>2.228.000,00</p><p>2.815.200,00</p><p>349.770,00</p><p>50.000,00</p><p>1.128.830,00</p><p>158.036,20</p><p>970.793,80</p><p>242.698,00</p><p>728.095,35</p><p>No quadro acima é possível constatar que a empresa em suas operações tem gerado lucros.</p><p>Objectivos do projecto</p><p>Destacam-se como objectivos, a confeição dos nossos produtos em Grande Escala, no Município do Cuito, Província do Bié, assim como a criação de postos de trabalho e a produção de valor acrescentado para a empresa.</p><p>Público alvo</p><p>A nossa carteira de cliente será diversificada, deverá compreender, mas não se limitar à:</p><p>· Trabalhadores das diversas instituições públicas e privadas ao nosso redor;</p><p>· Público em geral.</p><p>Local de implantação</p><p>O projecto será implementado no bairro piloto Município do Cuito, Província do Bié.</p><p>Estudo dos Fornecedores</p><p>Contamos ter como fornecedoras empresas nacionais para aquisição da matéria-prima e mercadorias, aquisição dos equipamentos necessários para mobiliar e decorar o espaço.</p><p>Análise SWOT</p><p>Análise SWOT é feita em torno de 4 pontos que trazem resultados teóricos sobre um projecto, a mesma análise ajuda o investidor a conhecer os riscos que o projecto apresenta e criar estratégias para contorna-los, com esta análise bem é possível criar um diferencial competitivo para a empresa a partir de seus resultados.</p><p>Assim apresentamos a seguir a matriz SWOT</p><p>Pontos fortes</p><p>Pontos fracos</p><p>▪ Preços competitivos;</p><p>▪ Produtos de qualidade;</p><p>▪ Formação de capacitação do pessoal constante;</p><p>▪ Comunicação com rigor e simpatia;</p><p>▪ Criação de postos de trabalho.</p><p>▪ A facilidade da Mão-de-obra</p><p>▪ A maior procura dos produtos a serem fornecidos;</p><p>▪ Subscrição de seguro multirriscos para mitigar as ameaças.</p><p>▪ O Crescimento da criminalidade na área em estudo.</p><p>Ameaças</p><p>Oportunidades</p><p>▪ Mudanças bruscas no ambiente de negócio;</p><p>▪ A forte concorrência;</p><p>▪ Proporcionar novos investimentos e novos postos de trabalhos.</p><p>▪ Proporcionar mais entretenimento.</p><p>▪ Ser a primeira empresa na área nesta dimensão e com esta qualidade nos produtos e serviços nesta localidade.</p><p>Sistema administrativo</p><p>O sistema administrativo apresenta uma filosofia para o melhoramento gradual da administração. Esta filosofia exerce a função de manter aberto a perspectiva do aperfeiçoamento administrativo.</p><p>As relações interpessoais na organização influenciam de forma positiva ou negativa nos resultados da empresa e consequentemente o ambiente de trabalho influencia no comportamento das pessoas na mesma empresa. Partindo desta lógica é necessário que a hierarquia seja respeitada para um ambiente de trabalho saudável e equilibrado.</p><p>Organograma estrutural e funcional da empresa</p><p>2.7 Indicadores de rentabilidade do projecto</p><p>Os indicadores financeiros e económicos de rentabilidade do projecto que apresentamos foram elaborados com a finalidade de proporcionarem um satisfatório grau de viabilidade do investimento.</p><p>· Cash Flow, ou seja, fluxo de caixa</p><p>A realização ou não de um projecto de investimento depende especialmente da sua rentabilidade futura, ou por outras palavras, da capacidade de aquele gerar fluxos financeiros num futuro próximo, de modo a cobrir as despesas efectuadas com o seu funcionamento.</p><p>É assim que estimamos que no decorrer do período do projecto, este será capaz de gerar fluxos de caixas positivos nos mais variados anos, no sentido de indicarem fortes probabilidades de sucesso. Assim apresentamos abaixo:</p><p>Rubrica</p><p>Semestre 1</p><p>Semestre 2</p><p>Semestre 3</p><p>Fluxo de caixa do projecto</p><p>40.000.000,00</p><p>60.000.000,00</p><p>100.000.000,00</p><p>· Valor Actual Líquido (VAL)</p><p>O Valor Actual Líquido, diz-nos qual o valor, no momento presente de uma receita ou despesa a ser realizado no futuro. Neste sentido é possível comparar as receitas e despesas provisórias geradas por um projecto de investimentos, como se pode observar no mapa em anexo, o VAL é maior que o investimento.</p><p>Rubrica</p><p>Investimento inicial</p><p>Semestre 1</p><p>Semestre 2</p><p>Semestre 3</p><p>Fluxo de caixa do projecto</p><p>5.000.000,00</p><p>40.000.000,00</p><p>60.000.000,00</p><p>100.000.000,00</p><p>VAL</p><p>156.081.893,30</p><p>O projecto tem um VAL positivo que significa que se retirarmos o valor do da aplicação com uma taxa de 10 ao semestre teremos um retorno maior que 1, consequentemente aceitamos o projecto.</p><p>· Taxa Interna de Rentabilidade (TIR)</p><p>A Taxa interna de Rentabilidade (TIR) é a taxa de atualização de remuneração que iguala o valor actual líquido a zero. Deste modo, a expressão geral da TIR pode ser representada da Seguinte forma:</p><p>Na primeira forma atribuímos valor a TIR e substituímos na fórmula, na segunda forma usamos a fórmula para achar o valor da TIR. Tendo em conta que as duas formas levam-nos ao mesmo alvo, que é avaliar o projecto para aprovação ou rejeição do projecto.</p><p>· Prazo de Recuperação do Capital (Play Back Período)</p><p>Este método dá-nos o prazo durante o qual o capital investido pode ser recuperado, ou seja, serve para analisar durante certo período de tempo a recuperação do capital investido. Assim observamos o seu gráfico</p><p>a seguir:</p><p>O projecto tem a capacidade de recuperar o seu capital no primeiro semestre do investimento após o tempo de carência, o que é bastante favorável, se termos em conta o período de projecção de 3 semestres.</p><p>Conclusão Parcial</p><p>Podemos afirmar que será uma mais-valia a implementação deste Projecto na área estudada após identificadas as oportunidades, pontos fortes, não se descuidando das ameaças e os pontos fracos.</p><p>Todavia, prevê-se que a empresa terá tudo para atingir os objectivos traçados, bem como, atingir a sua visão que parte do princípio do estilo de liderança, a confiança aos seus parceiros e colaboradores para ganhar quota no mercado em que pretende actuar.</p><p>Em concordância aos resultados obtidos nos indicadores de rentabilidade, dá-nos confiança por ser um projecto viável na óptica do Valor Actual Líquido porque este é maior que o valor do investimento inicial, na óptica da Taxa Interna de Rentabilidade por ser maior que a taxa de juro e na óptica do Pay Back Period, porque proporcionará um retorno do investimento num período de 2 anos.</p><p>De acordo com os indicadores de desempenho evidenciam tendências de um negócio com auto potencial de sucesso, uma vez que, além de proporcionar um expressivo retorno financeiro a aqueles que nela participarão com capital e trabalho, o empreendimento também contribuirá no desenvolvimento económico e social do País.</p><p>CONCLUSÕES GERAIS</p><p>Depois de pesquisas dos principais fundamentos teóricos, metodológicos e apresentação de resultados sobre projecto de investimento como ferramenta de estabilidade financeira de novos investidores, chegou-se as seguintes conclusões gerais:</p><p>· Com a revisão da literatura, conclui-se que os Projectos os de investimentos são fundamentais para o crescimento económico e financeiro das empresas, porque permite projetar-se futuramente para possíveis riscos criando estratégias de como contorna-los, estudando o mercado de forma minuciosa.</p><p>· Com o diagnóstico realizado em alguns empresários locais através da aplicação de técnicas e de colecta de dados chegou-se a conclusão de que mais do que possuir recursos para os aplicar é necessário ter o conhecimento aprofundado da área em que se pretende investir, e mesmo sem passar por uma academia que ensine como investir da melhor maneira é possível criar um projecto de investimento conhecendo a realidade do mercado em que queremos inserir nossa empresa. Tendo sempre em conta a importância de projectar para alcançar estabilidade financeira.</p><p>· Após a conclusão deste capítulo, tendo em conta o diagnóstico realizado em função dos resultados obtidos permitiu a autora deste trabalho apresentar a análise de projeto de investimento como estratégia para estabilidade de novos investidores na cidade do Cuito-Bié.</p><p>RECOMENDAÇÕES</p><p>Depois de analisado e discutido, o presente trabalho produziu as seguintes recomendações viradas aos empresários e para os futuros investigadores:</p><p>· As empresas devem implementar os projectos de investimentos para alcançar a estabilidade financeira.</p><p>· Apresentar os métodos de análise e decisão de projeto de investimento como estratégia para estabilidade de novos investidores na cidade do Cuito-Bié.</p><p>· Que capacite os seus colaboradores com as técnicas profissionais de Projectos de Investimentos com uso das novas tecnologias, uma vez que a ciência não é estática, mas sim dinâmica.</p><p>· Que utilize em futuros trabalhos outras ferramentas estratégicas para apoiar a tomada de decisões em algumas empresas da província do Bié.</p><p>· Os investidores devem investir em áreas que sejam do seu domínio, para obtenção de melhores resultados.</p><p>· Que a sociedade académica deia continuidade ao presente trabalho tendo em conta a sua limitação, pois que cada tempo tem o seu tempo.</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>Abreu, P. & STEPHAN, C. (2012). Análise de Investimentos, Rio de Janeiro, Editora Campus.</p><p>Assaf A. (2014). Matemática Financeira e suas Aplicações, São Paulo, Editora Atlas.</p><p>Costa, P. & ATTIE, E. (2010). Análise de Projetos de Investimento, Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas.</p><p>Fleischer, G. (2013). Teoria da Aplicação do Capital: Um Estudo das Decisões de Investimento, São Paulo, Ed. Edgard Blüche.</p><p>Gil, A. (2008). Como elaborar projectos de pesquisa. 4ª Edição. São Paulo: Atlas.</p><p>Gil, A. (2012). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª Edição. São Paulo: Atlas.</p><p>Guerra, M. & DONAIRE, D. (2012), Estatística Indutiva, São Paulo, Liv. Ciência e Tecnologia.</p><p>Hirschfeld, H. (2014). Engenharia Econômica, São Paulo, Atlas.</p><p>Hitt, H. (2008) - princípios de gestão financeira. Editorial presença. 11ª edição. Lisboa. Hoji, M. (2014) Administração financeira: uma abordagem prática. 5° ed. São Paulo: Atlas.</p><p>Kauark, Magalhães e Medeiros (2010, p. 64). Redacção científica. 4ª Edição. São Paulo: Atlas.</p><p>Lakatos, E. & Marconi, M. (2008). Metodologia do trabalho Científico Técnicas de Pesquisa. 7ª Edição. São Paulo: Atlas.</p><p>Lakatos, E. & Marconi, M. (2012). Fundamentos de Metodologia Científica. 7ª Edição. São Paulo: Atlas.</p><p>Lapponi, J. (2016). Análise de Projetos de Investimento - Modelos em EXCEL, São Paulo, Lapponi Treinamento e Editora, 2006.</p><p>Lima N. (2018). Curso básico de finanças. São Paulo: Saraiva.</p><p>Malhotra, N. (2013). A pesquisa científica: Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: Editora de UFRGS.</p><p>Merrill, W. & Fox, K. (2010). Estatística Econômica: Uma Introdução, São Paulo, Editora Atlas.</p><p>Neto, F. (2019) - análise financeira: conceitos, técnicas e aplicações. Inief, economia e gestão, lda. Lisboa.</p><p>Neto, S.; pereira, m. & moritz, g. (2018) - novo capitalismo: criação de valor compartilhado e responsabilidade social empresarial. Universidade fumec. Brasil.</p><p>Neves, J. & rodrigues, c. (2014) - análise financeira – técnicas fundamentais. Texto editora. Lisboa.</p><p>Neves, C. (2015) - prática contabilística ii. Lidel edições técnicas, lda. Lisboa.</p><p>Oliveira, M. (2011). Como fazer projectos, monografia, dissertações e teses. 3ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier.</p><p>Oliveira, J. (2012). Engenharia Econômica: Uma Abordagem às Decisões de Investimento, São Paulo, Mc Graw-Hill do Brasil.</p><p>Pádua, E. (2014). Metodologia Cientifica: abordagem teórico-prática.10° ed. Versão Atual. Campinas, SP: PAPIRUS.</p><p>Prodanov, D. (2013, p. 42). Metodologia do trabalho cienctifico. 2ª Edição. ed. São Paulo: Phorte.</p><p>Silva, E. (2014) - gestão financeira: análise de investimentos. Vida económica, editorial sa. Porto.</p><p>Wannacott, P. & Wannacott, R. (2002). Economia, São Paulo, Mc Graw-Hill do Brasil.</p><p>Woiler, S. & Mathias, W. (2017) Projetos: Planeamento, Elaboração e Análise, São Paulo, Editora Atlas.</p><p>APÊNDICE 1 - QUESTIONÁRIO EFETUADO AOS EMPRESÁRIOS DA CIDADE DO CUITO/BIÉ</p><p>Caro empresário com base a sua percepção em Projecto de investimentos como ferramenta de estabilidade financeira de novos investidores na cidade do Cuito – Bié, responda as perguntas abertas e desenvolva as que forem necessárias considerando as opções que refletem a verdade.</p><p>Género</p><p>Nº de Empresários</p><p>Percentagem</p><p>Feminino</p><p>02</p><p>40%</p><p>Masculino</p><p>03</p><p>60%</p><p>Fonte: dados da pesquisa</p><p>Questionário</p><p>1- Sobre projectos de investimentos, é viável elaborar um plano de negócios para investir na cidade do Cuito-Bié?</p><p>Sim ( V ) Não ( X ) Talvez ( )</p><p>2- Como empresário, existem algumas ferramentas a ter em conta para elaborar projectos de investimentos?</p><p>Sim ( V ) Não ( ) Talvez ( )</p><p>3- Considera ser favorável investir no mercado de consumo da cidade do Cuito – Bié?</p><p>Sim ( V ) Não ( X ) Talvez ( )</p><p>4- É vantajoso antes de implementar o negócio, conceber um plano de negócio e estudo de viabilidade num determinado ramo de actividade comercial?</p><p>Sim ( V ) Não ( ) Talvez ( )</p><p>5- É possível investir e obter retorno do capital investido no mercado de consumo da cidade do Cuito – Bié?</p><p>Sim ( V ) Não ( )</p><p>Talvez ( X )</p><p>6- Pode-se observar estabilidade financeira sobre os retornos obtidos dos investimentos efetuados?</p><p>Sim ( ) Não ( X ) Talvez ( )</p><p>7- É importante que os empresários adoptem o projectos de investimento como ferramenta para alcançar a estabilidade financeira?</p><p>Sim ( V ) Não ( ) Talvez ( )</p><p>8- Na concepção de empresário, acha conveniente que o negócio investido no mercado em estudo venha proporcionar lucros acima da média?</p><p>Sim ( ) Não ( ) Talvez ( X )</p><p>Anexo I</p><p>Entrevista</p><p>Nome</p><p>É importante projectar os investimentos.</p><p>Por que.</p><p>De que depende a estabilidade financeira dos investimentos.</p><p>Já notou que em nossa cidade as empresas morrem na mesma proporção que nascem.</p><p>A que se deve</p><p>Empresário 1</p><p>Sim.</p><p>Porque só desta maneira será possível saber a viabilidade do projectos e seus retornos.</p><p>Depende de como o projecto de investimento é elaborado</p><p>Sim</p><p>Muitas vezes é pelos retornos, esquecemos que o pouco hoje bem trabalhado, é o suficiente para mudar o quadro dos resultados.</p><p>Empresário 2</p><p>Sim.</p><p>Porque o projecto nos dá direção e uma visão mais ampla do projecto no tempo, por mais empírico que seja.</p><p>Depende do quanto de risco estamos dispostos a enfretar para alcançar nossos objetivos e principalmente do projecto.</p><p>Sim</p><p>Deve-se ao exibicionismo. Muitos empreendedores investem sem dominarem a área em que aplicam seus recursos apenas para mostrar que também podem.</p><p>DIRETOR GERAL</p><p>GESTOR FINANCEIRO</p><p>GESTOR DE RH</p><p>FUNCIONÁRIOS GERAIS</p><p>SEGURANÇAS</p><p>Gnéro</p><p>Sim Não Talves 0.8 0.2 0</p><p>Gnéro</p><p>Sim Não Talves 1 0 0</p><p>Gnéro</p><p>Sim Não Talves 0.4 0.6 0</p><p>Gnéro</p><p>Sim Não Talves 1 0 0</p><p>Gnéro</p><p>Sim Não Talves 0.6 0.4 0</p><p>Gnéro</p><p>Sim Não Talves 0 1 0</p><p>Gnéro</p><p>Sim Não Talves 1 0 0</p><p>Gnéro</p><p>Sim Não Talves 0 0 1</p><p>Reparticipação do Capital</p><p>Vendas</p><p>Capital Próprio Emprestimo 3500000 1500000</p><p>image3.jpeg</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image2.png</p><p>de investimentos 11</p><p>1.4 Projeto de investimento nas empresas 16</p><p>1.5 Técnicas quantitativas para análise de projectos de investimentos 21</p><p>Conclusão parcial do capítulo I 28</p><p>CAPÍTULO II - ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 29</p><p>2.1 Situação actual das empresas no Cuito/Bié 29</p><p>2.2 Caracterização da população 29</p><p>2.3 Metodologia 30</p><p>2.4 Diagnóstico do questionário efetuado aos empresários da cidade do Cuito/Bié 31</p><p>2.5 Apresentação dos métodos de análise e decisão de projeto de investimento como estratégia para estabilidade de novos investidores na cidade do Cuito-Bié. 37</p><p>2.6 Ficha de identificação do investimento 37</p><p>2.7 Estudo de Viabilidade Económico-Financeira do Projeto 41</p><p>2.7 Indicadores de rentabilidade do projecto 51</p><p>Conclusão Parcial 54</p><p>RECOMENDAÇÕES 56</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 57</p><p>APÊNDICE 1 - QUESTIONÁRIO EFETUADO AOS EMPRESÁRIOS DA CIDADE DO CUITO/BIÉ 59</p><p>Anexo I 61</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O ambiente econômico no qual as empresas operam, tornou-se mais dinâmico e competitivo, com isso imprevisível. Imprevisibilidade esta, explicada em parte pela globalização, abertura de mercados, e mudanças tecnológicas que tomam parte dos mercados. Assim, o contexto actual mostra-nos que as sociedades modernas são resultado de sucessivas mudanças e transformações, mais acentuadas e praticamente contínuas nas últimas décadas, que se manifestam nas mais diversas esferas sociais, e que têm alterado, de uma forma muito marcada, os ambientes cultural, político, económico e tecnológico ao projectar um investimento financeiro (Neto, Pereira & Moritz, 2018).</p><p>Numa perspectiva empresarial, Neto, (2015, pp. 45-45) verifica que estas modificações se traduziram na intensificação da concorrência e em elevados níveis de competitividade, numa economia globalizada e moderna por exigências de mercados cada vez mais dinâmicos e instáveis, em que emergem novos padrões de consumo, bem como alterações significativas dos comportamentos, atitudes e expectativas dos consumidores, dos investidores e dos trabalhadores.</p><p>Este contexto específico impõe que as empresas ajustem os seus modelos de gestão, de forma a encontrar estratégias que possam responder adequadamente aos novos desafios, principalmente porque o cenário de crise económica global trouxe, de uma forma geral, dificuldades financeiras às empresas das mais variadas áreas de negócio. É óbvio que as opções tomadas em determinado momento vão repercutir-se – a curto, médio ou longo prazo – no ciclo de vida de uma organização; qualquer decisão, estratégica, operacional, contabilística ou outra, pode condicionar de forma marcada o futuro da mesma, contribuindo decisivamente para o seu sucesso ou insucesso (Neto, 2015).</p><p>Importa salientar que, não existe um manual que ensine a escolher sempre a opção que garante o caminho do sucesso. No entanto, se existir informação fidedigna e confiável acerca do projecto de investimento como ferramenta de tomada de decisão, existirá possibilidade de se optar de forma fundamentada, utilizando a racionalidade em detrimento da mera intuição (Neves & Rodrigues, 2018).</p><p>Os gestores necessitam, então, de ter à sua disposição, toda a informação que considerem pertinente para uma correcta avaliação e decisão do projecto de investimento. Essa informação deve referir-se às diversas dimensões que constituem uma organização, mas como se compreenderá facilmente, no âmbito de uma gestão moderna, a informação contabilístico-financeira assume um papel de grande relevo (Neto, 2015).</p><p>Alem do mais, para Neto, Pereira & Moritz, (2018, p. 176), o projecto de investimento surge como elemento fundamental, uma vez que fornece informação financeira pertinente, que permite efectuar um diagnóstico aos níveis de equilíbrio e desempenho da empresa, podendo, dessa forma, assumir um papel decisivo na tomada de decisões, nomeadamente na definição de objectivos, no planeamento de estratégias adequadas a esses mesmos objectivos e na optimização e rentabilização dos recursos utilizados nas diversas actividades das organizações, entre as quais as organizações de saúde.</p><p>De acordo Hitt (2008, p. 49) para que a empresa tenha efetividade nas suas estratégias competitivas, e também um direcionamento estratégico específico é necessário ter conhecimento detalhado do ambiente de competição. O modelo das cinco forças de Porter mostra-se como uma ferramenta eficiente para compreender o ambiente de competição.</p><p>A estabilidade financeira é um estado de extrema importância para quem deseja ao longo do tempo ter uma vida tranquila e sem preocupações com dívidas descontroladas. Tal estabilidade está diretamente associada à educação financeira, pois é a partir dessa base que as pessoas começam a se preocupar e traçar planos para o futuro. De acordo com Silva (2014, p. 77), os cidadãos não são educados a pensar no capital de forma administrativa, portanto há um gasto arbitrário sem reflexão do próprio contexto financeiro e de todos os impactos futuros. De acordo com o autor, só poupar não é suficiente. O indivíduo tem que fazer escolhas financeiras interessantes, como investir e optar por outras modalidades que não seja caderneta de poupança.</p><p>Nesse sentido, o objectivo da presente investigação é levar ao conhecimento de novos investidores a importância do projeto de investimento para a estabilidade financeira de seus investimentos e alguns aspectos fundamentais no processo da tomada de decisão, destacando algumas considerações acerca de projetos de investimento, bem como condições necessárias para a implantação e viabilidade de determinados investimentos, e questões referentes ao mercado.</p><p>Um projeto de investimento pressupõe uma série de decisões de efectuar investimento, ou explorar o capital e/ou outros recursos existentes, com objetivo de obter os benefícios. Para evitar os riscos, otimizar os resultados ou escolher o melhor projeto de decisão de investimento é necessário efetuar uma análise financeira dos fluxos geridos, do mapa de exploração, plano de investimento. (Silva, 2014)</p><p>Conforme a concepção de outro autor, a planificação do projeto de investimento deve apresentar elaboração de um mapa com informações relevante para efetuar uma avaliação certa, que vai permitir a verificação da viabilidade financeira do empreendimento antes da implementação do investimento (Neto, 2019). Assim, o investimento é a aplicação de capital ou outros recursos na expectativa de colher benefícios no futuro. Sobre essa definição percebe-se ainda, as características da noção de investimento: o caráter durável da aplicação de recursos e o caráter de risco sobre o futuro que representa. Como não se pode prever o futuro com certeza absoluta, o conceito de investimento carrega algum grau de risco, além da incerteza inerente a cada aplicação.</p><p>Neto, (2019, p. 19), explica a importância e a razão dos projetos de investimento pelo aumento das disponibilidades futuras através de uso dos presentes, e a importância da análise dos projetos propostos que permitem determinar o futuro da empresa, avaliando o risco de perda da oportunidade de mercado que lhes deu origem, ou limitando o volume /direção de investimento para evitar o grau de endividamento que poderá prejudicar a saúde financeira da empresa. Marques explica de igual forma a noção do projeto por «Intenções» de aplicação dos recursos com finalidade de produzir outros recursos com tendência de aumento da qualidade e/ou quantidade e/ou reduzir os custos de produção.</p><p>Por outro lado, o autor explica a necessidade da planificação e avaliação de um ou múltiplos projetos, onde uma das questões mais importantes no desenvolvimento dos negócios é a geração e a avaliação de alternativas de investimento. A avaliação do investimento tem maior importância em especial, nas economias com imprevisibilidade política e económica.</p><p>No entanto, em gestão de empresas, os profissionais são confrontados com momentos de decisão de investir ou não, ponderar a entrada em novas áreas de negócios, modernizar, expandir ou mesmo criar alianças, fusões ou aquisições. Essas alianças são criadas a base de pesquisas</p><p>que chamamos de análise de decisão de investimentos.</p><p>Justificativa</p><p>Através da globalização, a sociedade de forma geral e as empresas de forma específica, têm vivido um intenso processo de mudanças e adaptações que influenciou também no modo de entrada de novos investidores no mercado. Com isso o grande desafio dos novos investidores está em conhecer o que é um projeto de investimento, como funciona, fazer um estudo de mercado para garantir a estabilidade financeira de seus investimentos antes mesmo da aplicação de recursos. Neste sentido, a relevância desta pesquisa encontra-se no facto que seus resultados servem de base para que se possa conhecer o projecto de investimento como ferramenta de estabilidade de novos investimentos, incentivo de coragem para começar um negócio e alavanca para o desenvolvimento de negócios já existentes.</p><p>Situações problemáticas</p><p>Apesar da grande relevância e atualidade do assunto em epígrafe para os novos investimentos, parte dos investidores da cidade do Cuito desconhecem a extrema importância desta temática tendo seu principal deficit desde a base. Na busca de independência, estabilidade financeira e sustento para seu agregado são levados a aplicarem seus recursos financeiros sem noção do que vem a ser um projeto de investimento e o quão importante é para a estabilidade financeira de seus investimentos. Por conta de tais fatores os novos investidores vão buscando financiamentos que morrem na mesma proporção que são aplicados. Desta feita durante estudos feitos na cidade do Cuito-Bié notou-se o seguinte:</p><p>· O Conhecimento destorcido sobre projecto de investimento tem levado muitos projetos a falência.</p><p>· Os novos investidores começam seus negócios mesmo sem terem ou conhecerem seu público alvo.</p><p>· O estudo de mercado é desconhecido como primeiro passo para quem quer investir.</p><p>· Falta de educação financeira dos investidores.</p><p>· À medida que novos investimentos nascem é a mesma que morrem.</p><p>A partir do exposto até então, a presente pesquisa tem como foco o projecto de investimento como ferramenta de estabilidade de novos investimentos e a percepção dos gestores que conduzem as organizações. Tendo em vista tais aspectos, foi definido o seguinte problema de investigação: Qual é o impacto do projeto de investimento como ferramenta de estabilidade financeira para novos investidores na cidade do Cuito-Bié?</p><p>Objectivo geral:</p><p>· Propor métodos de análise de projeto de investimento para alavancar a estabilidade financeira de novos investidores na cidade do Cuito-Bié.</p><p>Objectivos específicos:</p><p>· Fundamentar teoricamente sobre análise e decisão de projeto de investimento como ferramenta estratégica de estabilidade financeira de novos investidores.</p><p>· Identificar a situação actual de projecto de investimento como ferramenta de estabilidade financeira de novos investidores na cidade do Cuito-Bié.</p><p>· Apresentar os métodos de análise e decisão de projeto de investimento como estratégia para estabilidade de novos investidores na cidade do Cuito-Bié.</p><p>Objecto de estudo</p><p>· Gestão financeira e investimento</p><p>Campo de acção de investigação</p><p>· Projecto de investimento como ferramenta de estabilidade financeira de novos investidores na cidade do Cuito-Bié.</p><p>Ideia a defender</p><p>A gestão de empresa é uma ferramenta essencial no crescimento de uma empresa, a qual estabelece os indicadores necessários para chegar aos resultados desejados pela organização. Entretanto questiona-se, quão importante o projecto de investuimento é e a sua contribuição, no processo decisório da empresa em estudo. A elaboração de projectos antes mesmos da aplicação ou implantação para o crescimento dos investidores na cidade do Cuito/bié, permitirão contar com procedimentos e técnicas para gerir os processos que se desenvolvem e alcancem os objectivos e metas propostas.</p><p>Metodologia</p><p>Tipo de investigação</p><p>Métodos empregues:</p><p>-Métodos teóricos</p><p>-Método empírico</p><p>-Método estatístico – matemático</p><p>Estrutura do trabalho:</p><p>O trabalho encontra-se dividido da seguinte forma:</p><p>Na Introdução: serão apresentados os antecedentes do problema, a questão de pesquisa, os objectivos; gerais e específicos, ideia a defender, justificativa, contributo prático e a metodologia apresentada da pesquisa. No capítulo I, será exposto o referencial teórico, abordando sobre analise e decisão de investimento utilizados na pesquisa. O capítulo II, será apresentada a metodologia da pesquisa, abordando desde o início da captação dos dados até a formulação dos mesmos. Também é reservado aos resultados da pesquisa que serviram como base para as questões evidenciadas. Também o trabalho dispõe de conclusões e referências. Finalmente, as principais conclusões da pesquisa, tendo como base a confrontação da literatura, bem como, a apresentação de algumas recomendações que podem ser de grande utilidade para as futuras estratégias de melhoria organizacional.</p><p>CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA</p><p>Neste capítulo faz-se uma abordagem sobre fundamentação teórica, que tem como objectivo efectuar a revisão bibliográfica dos principais estudos já feitos na área em questão, por outros autores. Como ponto de partida temos o histórico e evolução da gestão financeira, fundamento da análise financeira na empresa analise e decisões de projectos de investimentos, bem como o projeto de investimento nas empresas.</p><p>1.1 Histórico e Evolução da Gestão Financeira</p><p>De acordo com pesquisas, pode-se introduzir que, os gestores se preocupavam apenas em buscar capital para as empresas, sem se preocupar como eles eram adquiridos e como seriam empregados na empresa, porém, com o passar dos anos viu-se que apenas essa abordagem não era suficiente para atender as necessidades das empresas e, portanto, a área financeira das empresas teve que evoluir seus pensamentos e metodologias.</p><p>De acordo com Paiva (2011, p. 56), a administração financeira, como um campo separado, surgiu por volta de 1900. Seu estudo visava orientar e legalizar empresas que se inseriam no mercado, e tinha como objetivo levantar capital. Em 1929, a administração das empresas já viu a necessidade de reorganização e gerenciamento da crise, que perdurou pela década seguinte. Estudos sobre solvência e recuperação financeira se destacaram nessa época e ainda se buscava a regulamentação do mercado financeiro (Assaf Neto, 2010). De acordo com o autor, a partir dos anos 20, as finanças das empresas são motivadas a evoluir para atender a complexidade assumida pelos negócios e operações do mercado.</p><p>Para Greiner (2014, p. 78), a partir dos anos 1920 foram introduzidas as denominadas “Máquinas de Contabilidade” nas grandes empresas. Estas eram em princípio grandes máquinas de escrever elétricas com diversas funções adicionais, facilitando o controlo sobre as finanças na empresa, entretanto, devido seu alto custo de aquisição e considerável dificuldade de operação, acabaram inadequadas para empresas pequenas. Vale lembrar que estas máquinas apenas auxiliavam os gestores nos números da empresa, as administrações dos resultados gerados ainda eram consideradas um desafio.</p><p>Prosseguindo o raciocínio deste autor, na década de 1940, a disciplina de administração de finanças surgiu como matéria descritiva e institucional, mas somente para estudantes. Assim, quem quisesse seguir carreira na área financeira já conseguia ter uma base para futuras tomadas de decisão, baseadas nos resultados financeiros da empresa. Nessa época, devido à II Guerra Mundial, a função financeira atribuiu maior importância para obtenção de recursos para financiar a produção de bens.</p><p>Para Assaf Neto (2010, p. 104), na década de 1950, houve uma rápida expansão econômica mundial, apesar do receio do período pós-guerra. As empresas já procuravam maximizar seus lucros, escolher melhor seus clientes e utilizar melhor seu capital de giro, surgindo decisões sobre investimentos e financiamentos, avaliando os riscos e visando a rentabilidade. Tudo isso acarretou a mudança de foco das finanças, que passou a se caracterizar pela predominância de rotinas internas e pela preocupação</p><p>com a estrutura organizacional, surgindo a abordagem administrativa.</p><p>Paiva (2011, p. 97), relata que a década de 1970 foi caracterizada pela recessão econômica, devido o modelo de crescimento ultrapassado, adotado no pós-guerra. Além disso, o cenário econômico mundial enfrentou a crise do petróleo e a queda da Bolsa de Nova York, aumentando o ambiente de risco e incertezas.</p><p>Greiner (2014, p. 98). evidencia que, na década de 1980, surgiram as primeiras soluções de softwares de gerenciamento financeiro. Eles aceleraram os processos e tornavam o trabalho em empresas de grande porte mais rápido e efetivo. Por falta de infraestrutura, uma operacionalidade mais adequada e uma abrangência operacional não transparente na sua aplicação tornavam esses softwares restritos aos especialistas, tornando-a inadequada para os pequenos empreendimentos.</p><p>A partir de 1990, o aumento do valor da empresa passa a ser o objetivo principal dos administradores, ou seja, a maximização das riquezas da empresa e, consequentemente, de seus proprietários. Ou seja, a visão em apenas aumentar os lucros da empresa passou a ser ultrapassada, dando lugar às novas concepções, de maximizar o valor da empresa e de seus acionistas, visando a estabilidade e controlo para futuros investimentos, buscando o crescimento e desenvolvimento. Nessa época, devido à globalização da economia houve um aumento na interdependência das economias mundiais e consequente risco de um eventual colapso económico.</p><p>Tal preocupação fez com que se começasse a utilizar modelos e estratégias de avaliação e gestão de risco, conforme mencionado por Assaf Neto (2010). Greiner (2014, p. 71) diz que, já no século XXI, apareceram várias aplicações baseadas em computação nas nuvens que deram suporte às pequenas empresas, mas também supriam as necessidades das grandes empresas, facilitando os processos de análise e controle financeiro, fornecendo soluções simples e de fácil manuseio para a administração financeira nas empresas.</p><p>Financeiramente, de acordo com Assaf Neto (2010, p. 105), a teoria dos stakeholders foi ressaltada favorecendo a expansão da técnica do Balanced Scorecard (BSC), desenvolvida por Kaplan e Norton. Através dessa ferramenta, as empresas podem alinhar suas estratégias com medidas de desempenho sob várias perspectivas: financeira, do cliente, dos processos internos e de aprendizagem e crescimento, possibilitando atender a demanda de todos os acionistas e demais stakeholders. Conforme exposto acima, nos últimos anos, a realidade empresarial, mostra que o lucro deixou de ser o objetivo principal das empresas, que agora estão preocupadas em aumentar e valorizar seu valor de mercado, buscando um melhor posicionamento.</p><p>A mudança no pensamento administrativo é inerente à globalização, evidenciada de forma mais forte a partir do início do século XXI. Essa mudança proporciona, na maioria das vezes, bons resultados, que poderão ser refletidos apenas no futuro, mas a estabilidade e perpetuidade da empresa serão alcançadas. Com a globalização o gestor tem que se preocupar em buscar estratégias que lhe ofereça diferenciais competitivos, assim, o campo financeiro constitui uma ótima ferramenta para orientar as tomadas de decisão e o planejamento estratégico empresarial.</p><p>Greiner (2014, p. 84), evidencia que, atualmente, após vários anos de evolução no pensamento administrativo e financeiro, a administração financeira assumiu novas responsabilidades, visando assegurar um melhor e mais eficiente processo empresarial de captação de recursos financeiros. Com o desenvolvimento da tecnologia, a gestão financeira deixou de ser um processo difícil e demorado e se tornou algo simples, prático e rápido, desde que a tecnologia seja bem manuseada e as informações tenham veracidade, sendo acompanhadas pelo gestor financeiro. Desse modo, as empresas podem poupar tempo, reduzir custos, modernizar sua gestão e garantir uma vantagem em relação à concorrência.</p><p>De acordo com Assaf Neto (2010, p. 86), a própria evolução das finanças imprimiu no administrador financeiro uma necessidade maior de visualizar toda a empresa, realçando suas estratégias de competitividade, continuidade e crescimento futuro. Diante da crescente complexidade do mercado financeiro vêm assumindo, o administrador financeiro atual não pode ater-se exclusivamente aos modelos mais</p><p>teóricos e restritivos de solução dos problemas. É cada vez mais importante que o gestor financeiro apresente uma visão crítica mais acurada e global da empresa. A partir desse contexto apresentado pelo autor, pode-se entender que, atualmente, o mercado empresarial está cada vez mais exigente e as empresas precisam estar preparadas para enfrentar as dificuldades impostas por esse mercado e, ainda, buscar modos para se sobressair da alta concorrência. Nessa perspectiva, a gestão financeira se torna imprescindível para as empresas na busca por diferenciais competitivos.</p><p>1.2 Conceitos de Gestão Financeira</p><p>A Gestão financeira é a gestão dos recursos financeiros. De acordo com Lemes Jr., Rigo e Cherobim (2010, p. 04), “gestão financeira é a arte e a ciência de gerir recursos financeiros para maximizar a riqueza dos acionistas.” Segundo Antonik (2004, p. 38), a sustentabilidade econômica e financeira é elemento essencial para o sucesso da organização.</p><p>O desenvolvimento sustentável de uma pequena e média empresa requer a definição de uma política realista, focada nas condições do mercado, em que as taxas de juros e os preços dos serviços cubram, no mínimo, os seguintes itens:</p><p>· Custos operacionais e financeiros;</p><p>· Inflação;</p><p>· Riscos inerentes do negócio (inadimplências, roubo e perdas);</p><p>· Depreciação;</p><p>· Geração de excedente financeiro para investimento no aumento e expansão do próprio negócio.</p><p>Deste modo, a gestão financeira tem como objetivo principal maximização do lucro. Ela tem o papel de elaborar planeamentos, definir metas, e utilizar corretamente os recursos da entidade. Esta área administrativa é muito importante, pois é a base para a gestão dos negócios.</p><p>O principal objetivo das decisões financeiras é de ter a maior rentabilidade possível sobre o investimento realizado. Segundo Archer e D’ambrósio (1969 apud Sanvicente 2007, p. 21), a função financeira compreende os esforços dispendidos objetivando a formulação de um esquema que seja adequado a maximização dos retornos dos proprietários das ações ordinárias da empresa, ao mesmo tempo em que possa propiciar a manutenção de um certo grau de liquidez.</p><p>Lemes Jr., Rigo e Cherobim (2010, p. 39), complementam que, a função financeira, de modo geral, está organizada em duas áreas: gerência financeira e controlo. A gerência financeira abrange atividades de gestão de caixa, crédito e cobrança, risco, câmbio, investimento, financiamento, planeamento e controle financeiro, relacionamento com acionistas e investidores e relacionamentos com bancos.</p><p>O controlo engloba atividades de gestaõ de custos e preços, auditoria interna, avaliação de desempenho, contabilidade, orçamento, controle patrimonial, planeamento tributário, relatórios gerenciais e sistemas de informação financeira. Percebe-se que a função financeira tem a função de planejar o investimento, analisar os riscos, decidir sobre opções de financiamento, avaliar o desempenho empresarial, além de elaborar relatórios gerenciais.</p><p>1.2.1 Objetivos da Gestão Financeira</p><p>A meta da gestão financeira é elevar a riqueza da entidade. Para Lemes Jr., Rigo e Cherobim (2010, p. 30), “o objetivo da gestão financeira é maximizar a riqueza dos acionistas e da empresa.” Lemes Jr, Rigo e Cherobim (2010, p. 05), ainda argumentam que, “para atingir esse objetivo, ela busca uma integração perfeita de três decisões estratégicas: de investimento, de financiamento e de resultados.” Essas três decisões para Sanvicente (2017, p. 115) são definidas assim:</p><p>· Investimento: a preocupação primordial diz respeito à avaliação e escolha de alternativas de aplicação de recursos nas atividades normais da empresa.</p><p>· Financiamento: nesta segunda área, o</p><p>que se deseja fazer é definir e alcançar uma estrutura ideal em termos de fontes de recursos, dada a composição dos investimentos.</p><p>· Resultados: por fim, há uma área de decisões, também comumente conhecida pelo nome de política de dividendos, que se preocupa com a destinação dada aos recursos financeiros que a própria empresa gera em suas atividades operacionais e extra-operacionais.</p><p>1.3 Análise e decisões de projectos de investimentos</p><p>Nesta seção são apresentados conceitos sobre projectos de investimentos, análise da administração financeira e suas áreas de decisão, bem, como a demonstração dos aspectos teóricos sobre administração financeira, risco, retorno de investimento e gestão de projetos de investimentos. Todavia, nota-se que o objetivo maior da administração financeira, é aumentar a riqueza da empresa, fazendo com que ela cresça, mantenha ou aumente seus níveis de faturamento e rentabilidade. Além disso, que seja possível oferecer produtos e/ou serviços de qualidade.</p><p>1.3.1 Decisões Financeiras</p><p>As decisões financeiras são de grande importância para a continuidade da empresa. Segundo Lemes Jr, Rigo e Cherobim (2010, p. 17), a obtenção de recursos diz respeito às decisões de financiamento, e sua utilização, às decisões de investimento – e com resultados positivos. É importante ter os recursos para investir e saber como aplicá-los. Sendo assim, as decisões financeiras são classificadas em três aspectos: de investimento, financiamento e destinação do lucro.</p><p>· Decisões de Investimento</p><p>Entende-se como investimento todo o desembolso realizado com o objetivo de ganhar algum lucro. Contudo, se faz necessário saber o momento oportuno para decidir. De acordo com Lemes Jr., Rigo e Cherobim (2010, p. 7), o investimento é “toda a aplicação de capital em algum ativo, tangível ou não, para obter determinado retorno futuro. Um investimento pode ser a criação de uma nova empresa ou implantação de um projeto em uma já existente, por exemplo.” Souza e Clemente (2001, p. 19) ressaltam que “a decisão de investir é de natureza complexa, porque muitos fatores, inclusive de ordem pessoal, entram em cena”.</p><p>Figura nº 1 – Reflexos da decisão de investir</p><p>Fonte: Adaptado Souza e Clemente (2021, p. 19)</p><p>Nota-se que se recursos de capital forem positivos, poderão ser aplicados em um determinado investimento, o que poderá resultar em ganhos para a organização se for devidamente aplicado.</p><p>Souza e Clemente (2021, p. 19), relatam que, a decisão de investir depende do retorno esperado: quanto maiores forem os ganhos futuros que podem ser obtidos de certo investimento, tanto mais atraente esse investimento parecerá para qualquer investidor. A decisão de investir é extremamente dificultosa, visto que a pessoa que tem essa responsabilidade em suas mãos tem de ter consciência que um erro basta para levar a entidade à falência.</p><p>Neste sentido, Braga (20155, p. 34) menciona que os “investimentos em novos ativos fixos têm efeitos sobre a vida da empresa e uma decisão inadequada poderá comprometer irremediavelmente o seu futuro.” Portanto, é sempre interessante verificar todas as variáveis de um investimento antes de se tomar qualquer decisão, pois uma vez realizado o desembolso as consequências podem ser irremediáveis.</p><p>· Decisões de Financiamento</p><p>As decisões de financiamento têm relação com a busca por capital para aplicá-lo na empresa. Logo, deve-se observar fatores tais como a taxa de juro, prazo, carência entre outros. Lemes Jr, Rigo e Cherobim (2020, p. 29) enfatizam que a decisão de financiamento também chamada de decisão sobre estrutura de capital, envolve a consideração da composição das fontes de financiamento, em termos de capital próprio e de terceiros. Quando uma empresa tem a capacidade de obter recursos com taxas e prazos compatíveis, ela consegue viabilizar bons projetos de investimento, consequentemente trazendo maior valor para seus acionistas.</p><p>De acordo com Ansoff (1977, apud Sanvicente, 2017, p. 116), a decisão de financiamento “não determina, quais as aplicações a serem feitas pela empresa. Isso decorre dos objetivos e das decisões da administração e dos proprietários da empresa em um nível mais alto – o nível estratégico. As decisões de financiamento determinam de que forma a organização irá atuar para angariar os recursos necessários para realizar o investimento, levando em consideração as melhores taxas e prazos mais atraentes.</p><p>· Destinação do Lucro</p><p>A destinação do lucro é importante para a continuidade dos negócios. O lucro obtido em cada exercício financeiro indica que houve sobra de capital. A distribuição dos lucros gerados entre os sócios pode não ser a melhor opção, visto que é primordial fazer uma reserva para quando for necessário realizar algum investimento. Segundo Sanvicente (2017, p. 117), esta decisão, se preocupa com a destinação dada aos recursos financeiros que a própria empresa gera em suas atividades operacionais e extra-operacionais.</p><p>Braga (2015, p. 35) observa que distribuindo apenas parcela dos lucros, a empresa ficará menos dependente das fontes onerosas de recursos e ampliará a participação do capital próprio na estrutura financeira. O mesmo autor ainda salienta que, uma empresa bem-sucedida sempre terá novos planos de investimentos que implicam na necessidade de recursos adicionais. Parte dessas necessidades poderá ser atendida com a retenção de lucros e o restante terá de ser financiado através de outras fontes.</p><p>Verifica-se que os lucros gerados por um investimento podem ser distribuídos entre os seus acionistas. Entretanto, se forem aplicados para melhorias na entidade, permitem a continuidade de negócio sem maior dependência de recursos de terceiros.</p><p>1.3.2 Risco e retorno do investimento</p><p>Trocar algo certo por algo incerto é sempre um risco, essa é a principal característica de um investimento, pois quando se realiza um projeto de investimento é sabido que todo valor investido pode retornar a maior, ou pode ser perdido. A relação entre risco e retorno para Groppelli e Nikbakht (2010, p. 73) é “a base sobre a qual se tomam decisões racionais e inteligentes sobre investimentos.” Nós próximos tópicos mostram-se os principais aspectos dos riscos e retornos de um investimento para a empresa.</p><p>· Riscos do investimento</p><p>Tudo aquilo que possa vir a comprometer o fluxo de caixa da empresa com um valor considerável é considerado um risco. Os riscos que afetam um empreendimento são diversos e podem ser oriundos de queda nas vendas, crescimento da inflação, aumento no preço da matéria-prima, instalação de empresas concorrentes, entre outros.</p><p>De acordo com Souza (2013, p. 157) entende-se como risco a probabilidade da ocorrência de prejuízos financeiros advindos de determinado investimento ou a variabilidade dos retornos esperados de um dado ativo.</p><p>Para Groppelli e Nikbakht (2010, p. 76), o risco nada mais é do que, o desvio dos resultados em relação a uma média ou valor esperado. Também pode ser considerado uma chance de que ocorra uma perda ou um ganho com o investimento num ativo ou projeto. As chances de se obter lucro ou prejuízo podem ser grandes, dependendo do grau de risco (viabilidade dos retornos esperados) associado a um dado investimento. Para que os riscos não se tornem prejudiciais para a empresa é necessário realizar uma análise do risco.</p><p>Neste sentido, Keelling (2022, p. 56) menciona os benefícios da análise de risco:</p><p>· Maior confiança na lógica e no planeamento mais sistemático;</p><p>· Inclusão de táticas e métodos para reduzir as consequências de trauma ocorrido durante a implementação do projeto;</p><p>· Quantificação dos riscos e consequências que influenciarão decisões estratégicas.</p><p>A análise do risco é fundamental, pois é necessário ter um planeamento de tudo antes de ser colocado em prática. Keelling (2022, p. 53) ainda argumenta que, antes de se envolverem em um projeto, proprietários, patrocinadores e potenciais financiadores desejarão:</p><p>· Certificar-se da viabilidade do projeto;</p><p>· Avaliar a possibilidade de ameaça ao resultado desejado;</p><p>· Considerar as consequências</p><p>de risco potencial ao projeto e certifica-se de sua administrabilidade.</p><p>Os riscos ainda podem ser oriundos de outros aspectos como, fatores econômicos e financeiros. Para Chiavenato (2009, p. 34), o risco financeiro caracteriza-se quando não se obtém a remuneração do investimento. Por sua vez o risco econômico, é a incerteza relativa aos resultados futuros a serem obtidos no mercado de atuação. Portanto, é possível compreender que os riscos são diversos, e oriundos de vários fatores, sejam eles econômicos ou financeiros, e se não analisados corretamente antes da efetivação do projeto, pode comprometer a estabilidade da organização.</p><p>· Retorno do Investimento</p><p>Quando a empresa realiza investimentos almeja que tenha o retorno esperado. Segundo Souza (2013, p. 158), o retorno representa o ganho total ou prejuízo observado pelos proprietários de determinado investimento, durante certo período de tempo.</p><p>Bernardi (2016, p. 272) esclarece que, o objetivo da empresa é uma continuidade saudável ao longo do tempo e o aumento de seu valor intrínseco. Esses objetivos são possíveis por aumento do patrimônio e pela expectativa de retornos futuros, propiciada por investimentos.</p><p>Bernardi (2003, p. 272) ainda complementa que, ninguém investe capital buscando um lucro, e sim um retorno adequado para o investimento, o que varia em razão de vários fatores, como:</p><p>· Remuneração de mercado e habitual do ramo;</p><p>· Tipo de negócio;</p><p>· Ramo de atividade;</p><p>· Riscos empresariais envolvidos;</p><p>· Atratividade do negócio;</p><p>· Riscos conjunturais;</p><p>· Grau de estabilidade no país.</p><p>As empresas procuram investir, não para ter um lucro, e sim para ter um retorno ideal para o investimento realizado. Mas, em algumas vezes este retorno pode variar, decorrentes de vários aspectos oriundos do mercado de atuação. Kassai et al. (2010, p. 14) relata que, os investimentos são necessários e é saudável que haja políticas de incentivos. Entretanto, se não houver níveis de “retorno de investimento” satisfatórios, os investidores não estarão motivados para investir, se o fizerem, poderão estar comprometendo sua própria existência.</p><p>Kassai et al. (2010, p. 14) ainda observa que, a identificação de redução nos níveis normais de retorno de investimento de uma empresa pode representar indícios de problemas de incompatibilidade entre os níveis de resultados diante dos respectivos investimentos.” Portanto, os investimentos devem ser realizados, mas, devem ser analisados pelos gestores, revisando todos os aspectos necessários antes da sua efetiva implementação.</p><p>1.4 Projeto de investimento nas empresas</p><p>Para que um investimento traga resultados positivos aos negócios é preciso que este seja elaborado com precaução, tomando atitudes corretas e dentro de um planeamento pré-estabelecido. É por meio de um projeto investimento que o investidor tem a visão geral das possibilidades do negócio, demonstrando, quais as chances de viabilidade.</p><p>Para Cavalcanti e Plantullo, (2017. p. 38), “a análise e elaboração de projetos pode ser definida como sendo um conjunto de técnicas de análise e decisão que permitem a comparação, de forma metodológica e científica, entre os mais diversos resultados obtidos pela tomada de decisões referentes a alternativas diferenciadas.</p><p>Brito (2016, p.17) define projeto como um documento que visa em última instância, produzir bens e serviços. Por outras palavas, é o planeamento da unidade produtiva que tem função determinada. Brito (2016, p. 19) ainda destaca que, os objetivos de se fazer um projeto são: criar, expandir, modernizar, relocalizar, fundir, incorporar, mudar de atividade, sanear financeiramente e redimensionar o capital de giro permanente. Para se elaborar um projeto de investimento é necessário ter todas as informações relevantes para a sua implementação, tais como os materiais necessários, custos de produção, entre outros.</p><p>De acordo com Woiler e Mathias (2017, p. 27), o projeto de investimento é um conjunto de informações internas e externas à empresa, coletadas e processadas com o objetivo de analisar-se (e, eventualmente, implantar-se) uma decisão de investimento. Nestas condições, o projeto não se confunde com as informações, pois ele é entendido como sendo um modelo que, incorporando informações qualitativas e quantitativas, procura simular a decisão de investir e suas implicações.</p><p>Para que o projeto seja elaborado com eficiência e que todas as informações coletadas sejam analisadas corretamente, é necessário obedecer a algumas fases. Essas fases têm o objetivo de demonstrar ao gestor os passos de construção do projeto. Brito (2016, p.19) define as fases da seguinte maneira,</p><p>· Na primeira fase, há a ideia abalizada;</p><p>· Segunda fase, os bancos e órgãos do governo;</p><p>· Na terceira fase, monta-se o anteprojeto: o anteprojeto é o projeto em sua primeira versão, seria um estudo amplo, sujeito a reformulações, após a primeira crítica, que é a do enquadramento do projeto aos planos e programas de seu gênero;</p><p>· Na quarta fase, há o projeto definitivo, que foi reelaborado (ou ajustado), analisado e aprovado;</p><p>· Na quinta fase, há a execução dos trabalhos de ergonomia e de engenharia, montagem e instalação: é a fase da realização das inversões fixas;</p><p>· Na sexta fase, acompanha-se o projeto, verificando a flexibilidade e a compatibilidade entre meios e fins:</p><p>· Nesta última fase é que se procede aos ajustes.</p><p>Nela, há desde os testes pré-operacionais até o funcionamento normal da empresa. Para que um projecto de investimento aponte a viabilidade do novo negócio é necessário ter conhecimento dos principais aspectos de elaboração e os procedimentos a serem seguidos.</p><p>As etapas de elaboração de projetos mostram os pontos que deve ser seguido para o sucesso do empreendimento. Para isso, é necessário um planeamento prévio, no qual são especificados todos os detalhes a serem seguidos para que sejam alcançados os objetivos traçados.</p><p>1.4.1 Etapas Características Projeção De Investimentos</p><p>A projeção dos investimentos abrange as estimativas de gastos com compra de direitos de utilização de marca, terrenos, construção civil, montagem de instalações comerciais ou industriais, além da aquisição de máquinas e equipamentos.</p><p>a) Projeção das entradas de caixa</p><p>As entradas de caixa de um projeto dependem de três elementos básicos: quantidades vendidas, preços unitários de venda e cronograma de entrada em operação.</p><p>b) Projeção de saídas de caixa</p><p>As saídas de caixa de um projeto de investimento correspondem aos vários dispêndios necessários ao seu funcionamento.</p><p>c) Montagem do fluxo de caixa</p><p>Após a elaboração das projeções de investimentos, entradas e saídas de caixa, pode-se efetuar a montagem do fluxo de caixa.</p><p>d) Viabilidade Econômica</p><p>A viabilidade econômica de um projeto é determinada por fatores externos e internos e se estes fatores não forem bem planejados podem afetar gravemente a continuidade dos negócios. Segundo Finnerty (2019, p. 35), a viabilidade econômica de projeto serve para avaliar a capacidade de comercialização. Os patrocinadores providenciam um estudo das condições projetadas de oferta e demanda ao longo da vida esperada do projeto. O estudo de marketing é projetado para confirmar que, sob um conjunto de suposições econômicas razoáveis, a demanda será suficiente para absorver a produção planejada do projeto atenda ao serviço de sua dívida, e irá gerar uma taxa de retorno que seja aceitável para os investidores.</p><p>Para chegar ao resultado final são analisados vários fatores essenciais que influenciam diretamente no desempenho do projeto. Woiler e Mathias (2017, p. 35) comentam que devem ser analisados “a quantidade demandada, preço de venda, canais de distribuição (e a forma de estoque destes canais), descontos, entre outros. análise de mercado um dos primeiros aspectos a serem considerados no projeto.”</p><p>Finnerty (2019, p. 35) ressalta que os estudos de viabilidade são verificados a partir de:</p><p>· Uma análise de produtos concorrentes e seus custos de produção relativos;</p><p>· Uma análise do ciclo de vida esperado da produção</p><p>do projecto;</p><p>· Volume de vendas esperado; e preços projectados, e uma análise do impacto potencial da obsolescência tecnológica.</p><p>Dentre os estudos existem um ponto importante que é a localização do empreendimento, pois influencia a questão comercial e de produção. Para Woiler e Mathias (2017, p. 35), “a escolha da localização dependerá de diversos fatores, tais como o mercado, a escala pretendida, considerações técnicas. Verifica-se que uma análise detalhada dos aspectos econômicos é primordial para qualquer empresa, pois um estudo minucioso revela quais são as chances do novo negócio ter a prosperidade desejada, isto é, ser rentável.</p><p>e) Viabilidade Técnica</p><p>A viabilidade técnica do projeto é determinada pela capacidade de produção. Segundo Woiler e Mathias (2007, p. 35), os aspectos técnicos envolvem as considerações referentes à seleção entre os diversos processos de produção, à engenharia do projeto, ao arranjo físico dos equipamentos na fábrica etc. Woiler e Mathias (2007, p. 35) ainda ressaltam os projetos devem se apresentar em alternativas claramente definidas e com tecnologias maduras, isto é, sem que haja previsão de grandes mudanças tecnológicas a médio prazo (como ocorre por exemplo, com os processos e produção de cimento, celulose, papel, etc.).</p><p>Nestes casos, frequentemente já há, entre os técnicos e engenheiros, certo consenso sobre qual seja a melhor opção de tecnologia, de processos e de fornecedor dos equipamentos. Finnerty (2019, p. 33) argumenta que deve ser realizado um “extenso trabalho de engenharia para verificar os processos tecnológicos e o projeto da instalação proposta. O autor complementa ainda que, um projeto bem elaborado preverá expansão futura; muitas vezes, a expansão para além da capacidade operacional inicial é planejada desde o início.</p><p>O custo de capital relativo ao projeto e o impacto da expansão do projeto sobre a eficiência operacional são então refletidos nas especificações de projeto e projeções financeiras originais. Portanto, a viabilidade técnica preocupa-se com os processos de produção e as mudanças tecnológicas do investimento. Por isso, faz-se necessário a avaliação da necessidade produtiva, bem como a análise das projeções de venda.</p><p>f) Fluxo de Caixa</p><p>Para realizar um projeto de investimento é necessário verificar todas as entradas e saídas de dinheiro da empresa. As análises devem ser consistentes e ser baseadas em dados exatos, para tanto, faz-se necessário a utilização de um método denominado como fluxo de caixa, onde este demonstra todas as movimentações financeiras realizadas pela instituição.</p><p>Santos (2001, p. 57) conceitua que, o fluxo de caixa é um instrumento de planeamento financeiro que tem por objetivo fornecer estimativas da situação do caixa da empresa em determinado período de tempo à frente.” Segundo Casarotto Filho e Kopittke (2017, p. 20), a representação do fluxo de caixa de um projeto consiste em uma escala horizontal onde são marcados os períodos de tempo e na qual são representadas com setas para cima as entradas e com seta para baixo as saídas de caixa. A unidade de tempo – mês, semestre, ano – deve coincidir com o período de capitalização dos juros considerados.</p><p>Segundo Santos (2021, p. 145), os dados no fluxo de caixa são dispostos sequencialmente em períodos de tempo, começando no momento zero, onde é registrado o investimento inicial. As entradas e saídas de caixa provenientes das operações são consideradas como tendo acontecido no final dos períodos de tempo a que se referem (mês ou ano).</p><p>O fluxo de caixa é fundamental para a empresa, pois ele informa a entidade todas as entradas e saídas de caixa, o que é importante para ter conhecimento do que a empresa pode gastar, investir ou economizar. Neste sentido, Bernardi (2013, p. 286) relata que, “somente com uma programação financeira bem estruturada e um fluxo de caixa, a empresa pode administrar o caixa, detectando, antecipadamente apertos ou folgas de caixa, para preparar-se adequadamente e tomar ações corretivas com direcionamento.</p><p>De acordo com Santos (2021, p. 57), a principal finalidade do fluxo de caixa é, “informar a capacidade que a empresa tem para liquidar seus compromissos financeiros a curto e longo prazo.” Kassai et al (2016, p. 60), argumentam que há três tipos de fluxo de caixa, relativos a aquisição da moeda, são eles:</p><p>· Fluxos de Caixa Nominais: encontram-se apresentados em valores correntes da época de sua realização;</p><p>· Fluxos de caixa Constantes: os valores são apresentados no mesmo padrão monetário, ou seja, estão referenciados em moeda de mesma capacidade aquisitiva.</p><p>· Fluxos de Caixa Descontados: os valores encontram-se todos descontados para a data presente por meio de uma taxa de desconto definida para o investimento.</p><p>Portanto, ter um controlo financeiro por meio de um fluxo de caixa é fundamental para o bom desempenho das organizações, pois assim é possível visualizar as entradas e saídas de caixa, dando maior credibilidade às informações.</p><p>1.5 Técnicas quantitativas para análise de projectos de investimentos</p><p>A decisão de optar em realizar um investimento, parte da idéia de se multiplicar o capital investido. Segundo Groppelli e Nikbakht (2010, p. 168), investimento é o montante líquido a ser aplicado no projeto, já considerados os diversos ajustes necessários para contemplar os financiamentos gerados por recursos não onerosos, tais como: fornecedores, salários a pagar ou tributos a pagar, ativos que serão utilizados mediante operações de arrendamento mercantil e recursos obtidos com a possível venda de equipamentos a serem substituídos.</p><p>Muitas vezes, o investidor tem um ótimo nicho de mercado, possui capital para investir ou percebe uma oportunidade de crescer; contudo, para se ter a certeza da rentabilidade desse novo negócio faz-se necessário a análise da viabilidade do projeto de investimentos. Segundo Santos (2021, p. 144), “o objetivo básico da análise de investimento é avaliar uma alternativa de ação ou escolher a mais atrativa entre várias, usando métodos quantitativos.”</p><p>Para Souza (2003, p. 68), o investimento constitui a troca de algo certo (recursos econômicos) por algo incerto (fluxo de caixa a serem gerados pelo investimento futuro).</p><p>Figura nº 3 - Decisões de investir</p><p>Fonte: adaptado em Kassai et al (2021, p. 56)</p><p>A Figura 3 refere-se às atividades de antes e depois de um projeto de investimento. Primeiramente são realizadas atividades de análise da viabilidade econômica de projetos, utilizando dados monetários de matemática financeira. Por meio desta análise, tem-se segurança para tomar a decisão de investimento. Finalmente, depois de realizado o investimento, a contabilidade como instrumento de apoio, analisará os resultados obtidos para verificar se a decisão tomada teve o retorno esperado ou não. Chiavenato (2004, p. 74) enumera alguns pontos essenciais para a análise de investimento:</p><p>· Identificar e tentar potencializar as oportunidades do mercado e todos os aspectos que poderão aumentar as chances de o negócio dar certo;</p><p>· Reconhecer e procurar neutralizar as ameaças do mercado e todos os aspectos que poderão reduzir as chances de dar certo;</p><p>· Descobrir como criar valor para o cliente e como gerar riqueza para a empresa.</p><p>Seguindo este pensamento, Santos (2001, p. 144) observa ainda que, quando a análise de investimento se refere a uma decisão de grande envergadura – um novo empreendimento ou a ampliação de um já existente -, seu prognostico é decisivo para aceitação ou rejeição da proposta. Para decisões de menor expressão, como comprar ou alugar um equipamento, automatizar ou não determinada tarefa, a conclusão da análise de investimento pode não ser o fator decisivo para a escolha. Outros elementos, inclusive de natureza qualitativa, podem influenciar a decisão a ser tomada.</p><p>Antes que se faça qualquer tipo de investimento é imprescindível a análise da viabilidade, pois ela aponta os pontos fortes e fracos do novo projeto. As técnicas quantitativas para análise de investimentos dão suporte e credibilidade para</p><p>a tomada de decisão.</p><p>a) Taxa Mínima de Atratividade - TMA</p><p>Para Marquezan (2016, p. 04), a TMA “pode ser entendida como o retorno que o investidor espera pelo capital que está empregado em determinado investimento, traduzido a uma taxa percentual sobre o próprio investimento, por um determinado espaço de tempo.</p><p>Segundo Kassai et al. (2021, p. 58) entende-se por taxa mínima de atratividade (TMA) a taxa mínima a ser alcançada em determinado projeto; caso contrário, o mesmo deve ser rejeitado. É, também, a taxa utilizada para descontar os fluxos de caixa quando se usa o método de valor presente líquido (VPL) e o parâmetro de comparação para a TIR. É o rendimento mínimo de uma segunda melhor alternativa do mercado.</p><p>Souza e Clemente (2011, p. 64) observam que, a decisão de investir sempre terá pelo menos duas alternativas para serem avaliadas: investir no projeto ou “investir na taxa mínima de atratividade”. Fica implícito que o capital para investimento não fica no caixa, mas, sim aplicado à TMA. Assim o conceito de riqueza gerada deve levar em conta somente o excedente sobre aquilo que já se tem, isto é, o que será obtido além da aplicação do capital na TMA. A taxa mínima de atratividade basicamente significa o mínimo que o investidor ganha em outros investimentos. Portanto, ela é a referência para a tomada de decisão. Os novos projetos somente serão vantajosos se renderem acima da TMA.</p><p>Métodos Quantitativos para Análise de Investimentos As técnicas de análise de investimentos existem para facilitar a tomada de decisão relacionada à viabilidade econômica de projetos. Segundo Helfert (2017, p. 218), as medidas de análise de investimento existem para ajudar os analistas e administradores a determinar se um projeto satisfaz o padrão de ganhos estabelecidos no negócio. Também ajudar a classificar a atratividade relativa de um conjunto de propostas durante o processo de orçamento de capital. Os principais métodos determinísticos para a análise de investimentos são: valor presente líquido, índice de lucratividade, taxa interna de retorno e o payback. Tais métodos são apresentados a seguir.</p><p>b) Método do Valor Presente Líquido - VPL</p><p>De acordo com Santos (2011, p. 155), “o VPL de um investimento é igual ao valor presente do fluxo de caixa líquido, sendo, portanto, um valor monetário que representa a diferença entre as entradas e saídas de caixa a valor presente.” Para Helfert (2007, p. 195), a avaliação por este método pondera as compensações do fluxo de caixa entre dispêndios para investimentos, benefícios futuros e valores finais em termos de valor presente equivalente, e permite ao analista determinar se o saldo líquido desses valores é favorável ou desfavorável, ou seja, determinar a natureza da operação econômica envolvida.</p><p>Segundo Kassai et al. (2021, p. 61), o VPL “reflete a riqueza em valores monetários do investimento medida pela diferença entre o valor presente das entradas de caixa e o valor presente das saídas de caixa, a uma determinada taxa de desconto.” De acordo com Helfert (2017, p. 195), o VPL indica se um investimento, durante a sua vida econômica, atingirá a taxa de retorno aplicada no cálculo. Já que os resultados do valor presente dependem de prazos e oportunidades de ganhos estabelecidas, um valor presente líquido indica que os fluxos de caixa gerados pelo investimento durante sua vida econômica permitirão:</p><p>· Recuperar o dispêndio original (como também qualquer dispêndio de capital ou recuperações futuras consideradas na análise);</p><p>· Obter o padrão de retorno desejado sobre o saldo pendente;</p><p>· Fornecer uma base de apoio ao valor econômico excedente.</p><p>Já o resultado negativo mostra que o projeto não está alcançando o padrão de ganhos e, assim, provocará uma perda de capital se implementado.” (Helfert, 2017, p. 195). Para avaliar se estes valores são realmente positivos ou negativos, Souza e Clemente (2021, p. 69), argumentam que, em princípio, nenhum número é bom ou ruim, a menos que possa ser comparado com uma referência”. Para a análise de decisão por meio do VPL tem as seguintes regras:</p><p>a) VPL > 0 – o projeto deve ser aceito</p><p>b) VPL = 0 – o projeto é indiferente</p><p>c) VPL 1 – o projeto deve ser aceito</p><p>b) IL = 1 – o projeto é indiferente</p><p>c) IL TMA – o projeto deve ser aceito</p><p>b) TIR = TMA – o projeto é indiferente</p><p>c) TIR</p><p>valores de caixa (fluxos positivos).</p><p>Segundo Souza (2023, p. 74), o período de payback é um indicador que mostra o prazo de retorno do investimento total de recursos financeiros aplicados no empreendimento. Esse método é útil na análise de projetos, para a mensuração do risco.” Weston e Brigham (2000, p. 547 apud Souza, 2023, p.74) destaca que, “o payback fornece um indício de risco e liquidez do projeto. Um longo payback representa que os valores investidos serão comprometidos por muitos anos e que os fluxos de caixa são provavelmente mais arriscados.</p><p>O payback além de poder ser descontado, poderá ter uma ramificação que é o payback-duration. O payback descontado é obtido por meio dos valores descontados dos fluxos de caixa pela taxa mínima de atratividade.</p><p>Sousa (2017, p. 57) esclarece que, é que as futuras entradas de caixa são apresentadas sob valores presentes para fins de amortização do Investimento inicial. Para isso, é necessário saber qual é a Taxa Mínima de Retorno Aceitável pelo investidor – TMRA – e proceder-se o desconto das futuras entradas esperadas de caixa fluxo de caixa operacional.</p><p>Helfert (2017, p. 202), complementa que, esta medida estabelece a vida mínima necessária para um investimento operar como esperado e, ainda, atender ao padrão de ganhos da análise do valor presente. Em outras palavras o payback descontado é atingido no ponto específico quando o valor presente positivo acumulado das entradas se iguala ao valor presente negativo acumulado de todos os desembolsos. O payback-duration, que além de trabalhar com os fluxos de caixa em valor presente, considera todos os fluxos de caixa existentes no projeto.</p><p>De acordo com Kassai et al., (2021, p. 88), ele expressa um prazo de equilíbrio ao longo de todo o período do projeto. Portanto, o payback não é método de decisão sobre investimentos, mas tem um papel importante para a efetivação do projeto, pois é por meio dele que se verifica o tempo de retorno do investimento. Nesta análise, o investidor terá conhecimento da maturidade do investimento, além de saber o tempo de exposição ao risco. Com isso cabe a ponderação com os outros métodos para a tomada de decisão final.</p><p>Conclusão parcial do capítulo I</p><p>Neste entretanto, a presente pesquisa procurou demonstrar com a bibliografia obtida, o estudo sobre projecto de investimento como ferramenta de estabilidade financeira de novos investidores, pois o mundo dos negócios está em constante progresso gerando a competitividade, onde para sobreviver é necessário que a organização, apresente diferenciais, buscando benefícios que possam aumentar a produção da empresa, volume de vendas e obter lucros acima da média, mas para que o processo seja realmente efectivo, todos trabalhadores deverão cooperar na questão de colocá-los em prática.</p><p>CAPÍTULO II - ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS</p><p>Neste capítulo faz-se uma breve caracterização na empresa onde foi realizada a análise, as características e diagnóstico dos resultados da empresa em estudo, assim como a realização da proposta de um conjunto de ferramentas para melhorar a a estabilidade financeira atraves de projectos de investimentos, para permitir garantir a gestão administrativa para um melhor emprego dos recursos disponíveis.</p><p>2.1 Situação actual das empresas no Cuito/Bié</p><p>Para análise e tratamento dos dados efetuou-se um questionário em alguns empresários da cidade do Cuito/Bié. A partir da análise feita na circunscrição geográfica em estudo sobretudo, o questionário foi dirigido aos empresários selecionados de forma intencional afim destes proporcionarem informações concisas que venham sustentar esta investigação, ao mesmo tempo analisar e avaliar as actividades desenvolvidas por estes, bem como o nível de eficiência e funcionalidade destas, entendendo as falhas para posteriores correcções. Assim chegou-se as seguintes conclusões:</p><p>· Os empresarios estudam menos o mercado a investir, motivo este que que não permite sucesso empresarial;</p><p>· A falta de consultoria financeira para investir no ramo de negocio pretendido;</p><p>· Ausência de conhecimento sobre o público alvo a alcançar;</p><p>· Pouco é observada a viabilidade do projecto a investir devido o pouco conhecimento que se tem sobre o assunto;</p><p>· Falta de uso e aplicablidade do plano de negócio no ramo a investir;</p><p>· E por fim, sabe-se pouco dos hábitos e constumes da população alvo do negócio.</p><p>2.2 Caracterização da população</p><p>Neste item é feita uma caracterização da amostra relativa ao estudo da investigação em abordagem e sua estrutura em concerto. A partir de varias condições se pode levantar vários aspectos relacionados a especificação do concerto usinado das características da população em estudo, especificamente uma franja significativa dos empresários na cidade do Cuito/Bié. Após a apresentação através de gráficos ilustrativos, onde se têm valores absolutos e percentuais, apresenta-se também um resumo das características dos empresários referentes a esta investigação. Assim, o seu organigrama conta com dez (10) empresários e trabalhou-se com cinco (05) trabalhadores, sendo: dois (02) do ramo comercial, um (01) do ramo industrial, um (01) do ramo agrícola e (01) do ramo de prestação de serviços.</p><p>2.3 Metodologia</p><p>Neste item, incluirá toda explicitação no que diz respeito às opções metodológicas e ao processo heurístico seguido neste estudo. Atendendo aos objetivos da presente pesquisa e à problemática em causa, optou-se por recorrer aos métodos e tecnicas que consistem numa investigação aprofundada de uma organização sendo também adequado para explicar relações de causalidade entre a evolução de um fenómeno e uma intervenção.</p><p>Tipo de investigação</p><p>Esta investigação se justifica pela necessidade da empresa em visualizar a análise e decisão do projecto de investimento. Esta pesquisa é muito importante para os investidores, investigadores, gestores e academias. No caso dos investidores, o estudo da analise e decisão de investimento demostra as opiniões e percepções dos mesmos, podendo, assim, compreender o comportamento do mercado. Também é uma oportunidade de realizar melhorias na visão económica da cidade e proporcionar informações específicas aos investidores, para corrigir alguns problemas relativos a processos ou referentes ao projecto de investimentos para empresas. Para os demais intervenientes do processo é interessante expor seus pensamentos, de modo que suas opiniões poderão ser facilmente interpretadas por meio da pesquisa, assim como servirá como experiência e ajudará a aumentar seus conhecimentos. Já para a academia contribui com um material de pesquisa, servindo de apoio a futuras obras realizadas na área, mantendo viva a missão da instituição que é formar profissionais capacitados e conscientes de suas responsabilidades sociais.</p><p>Métodos empregues</p><p>Métodos teóricos.</p><p>· Histórico-lógico: permitirá fazer o estudo dos factos, assim como também ajudar a interpretar a lógica objectiva do desenvolvimento histórico da análise e decisão de investimento na área de administração e gestão de empresas.</p><p>· Analítico sintético: utilizar-se-á na interpretação da informação obtida durante o estabelecimento de generalizações conceituais.</p><p>· Indutivo-dedutivo: procedimento mediante o qual será obtido inferior propriedade ou relação a partir de feitos particulares, quer dizer, permite o trânsito do particular ao geral.</p><p>Método empírico</p><p>Questionário: será aplicada a um numero limitado de investidores para conhecer suas opiniões sobre a analise e decisão de investimento, bem como a recolha de informações sobre os conhecimentos a cerca do projecto de investimento no mercado financeiro da cidade do Cuito - Bié.</p><p>Método estatístico - matemático</p><p>Procedimento matemático estatístico: possibilitará quantificar e ordenar de forma percentual os dados dos instrumentos aplicados. Portanto, será utilizado o cálculo percentual para analisar os resultados obtidos em função da entrevista e do questionário aplicado, bem como o uso da ferramenta do Excel para compilação dos gráficos no tratamento</p>