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Trabalho 11

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DIREITO EMPRESARIAL 
Títulos de Crédito
Capítulo 16 - Teoria Geral do Direito Cambiário
1. Conceito de Título de Crédito
Os títulos de crédito são documentos representativos de obrigações pecuniárias. Não se confundem com a própria obrigação, mas se distinguem dela na exata medida em que a representam.
As obrigações representadas em um título de crédito ou têm origem extracambial ou exclusivamente cambial.
O conceito de título de crédito mais corrente, elaborado por Vivante, é o seguinte: “documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado”. 
2. Princípios gerais do Direito Cambiário
Três são os princípios que informam o regime jurídico-cambial: cartularidade (para um credor de um título de crédito exerça os direitos pro ele representados é indispensável que se encontre na posse do documento ou cártula, sem seu preenchimento não poderá exercer seu direito de crédito), literalidade (não terão eficácia para as relações jurídico-cambiais aqueles atos jurídicos não instrumentalizados pela própria cártula a que se referem) e autonomia (as obrigações representadas por um mesmo título de crédito são independentes entre si).
Os três princípios do direito cambiário não são produtos do engenho do legislador e dos juristas, decorrem de um longo processo histórico, em que os comerciantes vêm desenvolvendo e aprimorando os mecanismos de tutela do crédito comercial.
3. Classificação dos Títulos de Crédito
A classificação dos títulos de crédito se faz por quatro principais critérios: quanto ao modelo (distingue os títulos de crédito entre aqueles de modelo livre e os de modelo vinculado), quanto à estrutura (ordem de pagamento ou promessa de pagamento), quanto às hipóteses de emissão (os títulos de crédito ou são causais ou não causais – também chamados de abstratos) e quanto à circulação (em relação ao ato jurídico que opera a transferência de titularidade do crédito representado pela cártula, ou seja, quanto à circulação, os títulos de crédito podem ser ao portador ou nominativos).
4. Títulos de crédito no Código Civil
O Código Civil contém normas sobre títulos de crédito que se aplicam na hipótese de lacuna na lei específica. Não têm aplicação as disposições do Código Civil, portanto, quando se trata de título de crédito disciplinado exaustivamente por lei própria. A letra câmbio e a nota promissória não se submetem a essas disposições porque a Lei Uniforme de Genebra as disciplina por completo.
O Código Civil tem aplicação apenas a três títulos de crédito típicos, que não foram disciplinados completamente pelas respectivas leis de regência: o Warrant Agropecuário, o Conhecimento de Depósito Agropecuário e a Letra de Arrendamento Mercantil.
Capítulo 17 - Letra de Câmbio
1. Introdução
O estudo da letra de câmbio é feito concomitantemente com o das regras gerais relativas à constituição e exigibilidade do crédito cambiário. Tais regras, respeitadas as especificidades de cada título, aplicam-se à nota promissória, ao cheque, às duplicatas e aos demais títulos de crédito.
2. Legislação Aplicável
Seguem as obrigações referentes à legislação aplicável, no Brasil, quanto à letra de câmbio e nota promissória:
a) Em princípio, vigora a Lei Uniforme que consta como anexo na Convenção de Genebra sobre Letra de Câmbio e Nota Promissória;
b) Em virtude de reservas assinaladas pelo Brasil, não vigoram no direito nacional alguns dispositivos da referida Lei;
c) Em virtude da reserva constante do art. 5º assinalada pelo Brasil, o art. 38 da Lei Uniforme deve ser completado nos termos da reserva;
d) A taxa de juros pro mora no pagamento de letra de câmbio ou nota promissória não é a constante dos arts. 48 e 49, mas a mesma devida em caso de mora no pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional, pro força de reserva do art. 13 assinalada pelo Brasil;
e) Permanecem vigorantes, por omissão originária ou derivada da Lei Uniforme, determinados dispositivos do Decreto n. 2.044/1908.
As regras do Código Civil de 2002 aplicam-se apenas se idênticas às leis específicas do título de crédito, revestindo-se, assim, de caráter supletivo.
Capítulo 18 - Constituição do Crédito Cambiário
1. Saque
O saque é o ato de criação, de emissão da letra de câmbio. A letra de câmbio é uma ordem de pagamento. Isto significa que do seu saque, de sua criação, decorre o surgimento de três situações jurídicas distintas.
a) A situação jurídica daquele que dá a ordem de pagamento, o sacador;
b) A situação jurídica daquele para quem a ordem é dirigida, o sacado;
c) A situação jurídica do beneficiário da ordem de pagamento, o tomador.
A lei faculta que uma mesma pessoa ocupe mais de umas dessas.
São requisitos da letra de câmbio: a expressão “letra de câmbio”, o mandato puro e simples, a identificação do sacado, a indicação do local do pagamento, o nome do tomador, o local e data do saque e a assinatura do sacador.
2. Aceite
O ato cambial pelo qual o sacado concorda em acolher a ordem incorporada pela letra se chama “aceite”, o aceite resulta da simples assinatura lançada no anverso do título, mas poderá ser firmado também no verso, desde que identificado o ato praticado pela expressão “aceito” ou equivalente. O aceitante é o devedor principal da letra de câmbio.
3. Endosso
O endosso como o ato cambiário que opera a transferência do crédito representando por título “à ordem”. O alienante do crédito documentado por uma cambial é chamado de endossante ou endossador, o equivalente de endossatário.
O endosso produz, em regra, dois efeitos: transfere a titularidade do crédito representado na letra, do endossante para o endossatário e vincula o endossante ao pagamento do título, na qualidade de coobrigado.
O endosso pode ser de duas espécies: “em branco”, quando não identifica o endossatário ou “em preto”, quando o identifica.
4. Aval
O pagamento de uma letra de câmbio pode ser, total ou parcialmente, garantido por aval. Por este ato cambial de garantia, um pessoa, chamada avalista, garante o pagamento do título em favor do devedor principal ou de um coobrigado. A obrigação do avalista é autônoma em relação à do avalizado, como esclarece a própria lei.
O aval resulta da simples assinatura do avalista no anverso da letra câmbio, sob alguma expressão identificadora do ato praticado ou não.
5. O Plano Collor e os Títulos de Crédito
No conjunto de diplomas normativos relacionados com o combate a inflação adotado pelo Presidente Collor, contém duas vedações que seguem:
a) A proibição de emissão de títulos ao portador ou nominativo-endossàveis;
b) A relativa ao pagamento de títulos a beneficiário não identificado.
A questão diz respeito à aplicabilidade destes dispositivos à letra de câmbio, e em decorrência, por se sujeitarem ao mesmo regime jurídico, à nota promissória e à duplicata.
Em suma, sem o endosso, o título de crédito se desnatura. Perde muito do seu atributo exclusivo, que é a negociabilidade, e passa a ser, apenas, um instrumento a mais entre os representativos de obrigação, sem especificidade que o distinga.
Capítulo 19 - Exigibilidade do Crédito Cambiário
1. Introdução
Os devedores de um título de crédito são de duas categorias: o chamado devedor principal, que na letra de câmbio, é o aceitante, e os coobrigados, que, nesta espécie de título, são o sacador e os endossantes. Para se localizarem os coobrigados na cadeia de anterioridade das obrigações cambiais, adotam-se os seguintes critérios: o sacador da letra de câmbio é anterior aos endossantes, os endossantes são dispostos, na cadeia, segundo o critério cronológico, o avalista se insere na cadeia, em posição imediatamente posterior ao respectivo avalizado.
2. Vencimento
O vencimento de um título de crédito se opera com o ato ou fato jurídico predeterminado por lei como necessário a tornar o crédito cambiário exigível. Há duas espécies de vencimento: o ordinário, que se opera pelo fato jurídico decurso do tempo ou pela apresentação ao sacado da letra à vista, e o extraordinário, que se opera por recusa do aceite ou pelafalência do aceitante.
3. Pagamento
Pelo pagamento, extinguem-se uma alguma ou todas as obrigações representadas por um título de crédito. 
Para fins cambiárias, considera-se útil o dia em que há expediente bancário, independentemente de ser, ou não, feriado local ou nacional. O pagamento de uma cambial deve cercar-se de cautelas próprias. Em virtude do princípio da cartularidade, o devedor que paga a letra de câmbio deve exigir que lhe seja entregue o título.
4. Protesto
A falta de aceite, de data do aceite ou pagamento de uma letra de câmbio deve ser provada pro protesto cambial, que é ato formal de responsabilidade do portador do título. O protesto por falta de aceite é extraído contra o sacador, que teve inacolhida a sua ordem de pagamento. O cancelamento do protesto pode ter por base o pagamento posterior do título, hipótese em que se processa administrativamente perante o próprio cartório de protesto, mediante entrega, pelo interessado, do título protestado.
5. Ação Cambial
Se o título não for pago em seu vencimento, o credor poderá promover a execução judicial de seu crédito contra qualquer devedor cambial, observadas as condições de exigibilidade do crédito cambiário já observadas especificamente, o protesto tempestivo para cobrança de coobrigado.
Após a prescrição da ação de execução, ninguém poderá ser acionado em virtude da letra de câmbio. No entanto, se a obrigação que se encontrava representada pelo título de crédito tinha origem extracambial, o seu devedor poderá ser demandado por ação de conhecimento própria.
Capítulo 20 - Nota Promissória
1. Requisitos
A nota promissória é uma promessa de pagamento que uma pessoa faz em favor de outra. Com o saque da nota promissória, surgem duas situações jurídicas distintas: a situação daquele que promete pagar quantia determinada e a daquele que se beneficia de tal promessa. A pessoa que se encontra na primeira situação é chamada, pela lei, de sacador, emitente ou subscritor; a pessoa que se encontra na segunda posição é chamada de sacado. A nota promissória deve conter a expressão “nota promissória”, a promessa incondicional de pagar uma determinada quantia, o nome do beneficiário, o local de saque e a assinatura do sacador.
2. Regime Jurídico
A nota promissória é uma promessa de pagamento, por isso, não se aplica a ela as normas relativas à letra de câmbio incompatíveis com esta natureza da promissória. O subscritor da nota promissória é o seu devedor principal e o aval em branco dela o favorece.
As notas promissórias embora não admitam, aceite, podem ser emitidas com vencimentos a certo tempo de vida.
Capítulo 21 - Cheque
1. Introdução
O cheque é uma ordem de pagamento à vista, sacada contra um banco e com base em suficiente provisão de fundos depositados pelo sacador em mãos do sacado ou decorrente de contrato de abertura de crédito entre ambos. O cheque é titulo de modelo vinculado, cuja emissão somente pode ser feita em documento padronizado, fornecido em talões. Deve conter: a expressão “cheque” inserta no próprio texto do título, identificação do banco sacado, o local de pagamento e a data de emissão.
2. Modalidade de cheque
A Lei do Cheque prevê as seguintes modalidades deste titulo de crédito: cheque visado (é aquele em que o banco sacado lança declaração de insuficiência de fundos. Somente o cheque nominativo, ainda não endossado comporta esta certificação. O visamento não equivale ao aceite, posto que não vincula o banco ao pagamento do título independentemente da provisão de fundos); cheque administrativo (é aquele sacado pelo banco contra um de seus estabelecimentos. Sacador e sacado se identificam no cheque administrativo); cheque cruzado (se destina a possibilitar, a qualquer tempo, a identificação da pessoa em favor de quem foi liquidado. Resulta da oposição do emitente ou do portador, no anverso do título, de dois traços transversais) e; cheque para se levar em conta (tem o mesmo objetivo do cheque cruzado, ou seja, saber a quem o cheque é a favor).
3. Pagamento do cheque
O cheque deve ser apresentado a pagamento no prazo definido em lei, qual seja, em 30 dias da emissão se for cheque da mesma praça e em 60 dias da emissão se for cheque de praças distintas. Trata-se de um crédito formal.
O pagamento do cheque pode ser sustado, prevendo a lei duas modalidades de sustação: revogação (gera efeitos apenas após o prazo de prescrição do cheque, se ele não foi liquidado), suspende o cheque; oposição (produz efeitos a partir da cientificação). Em ambas as hipóteses de sustação, o sacado não pode questionar a ordem, devendo limitar-se a cumpri-la caso se encontre presentes os pressupostos.
O cheque não é papel de curso forçado, ou seja, ninguém esta obrigado a recebê-lo contra a vontade.
4. Cheque sem fundos
O pagamento feito por cheque tem efeito pro solvendo, ou seja, até a sua liquidação. Um cheque sem fundos deve ser protestado pelo credor no prazo fixados pela lei para sua apresentação e pagamento. Para o exercício do direito creditício contra o emitente e seu avalista, o protesto não é necessário. O protesto do cheque pode ser substituído por uma declaração escrita e datada pelo banco sacado.
A execução do cheque sem fundo prescreve contra qualquer devedor no prazo de seis meses contados do término do prazo de apresentação do pagamento.
A emissão de cheque sem fundos é tipificada como crime de fraude por pagamento de cheques, nos termos do art. 171, § 2°, VI do C.P., que prevê a pena de reclusão de 1 a 5 anos, além de multa.

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