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<p>Débora Maria- 4º Periodo</p><p>Alergi� Alimenta�</p><p>Etiologia: É definida como reação adversa a elementos da dieta, de responsabilidade de um ou mais</p><p>mecanismo imunológicos. Reações imediatas ou anafiláticas (Tipo 1), mediada por IgE, são a principal</p><p>causa.</p><p>Patogênese: A alergia irá se desenvolver em indivíduos que tenham</p><p>uma predisposição genética , juntamente com aqueles que apresentam</p><p>problemas na sua defesa do trato gastrointestinal. Sendo que essa</p><p>deficiência promove uma falha na quebra (hidrólise) de certas proteínas</p><p>(que são os antígenos inteiras), o que permite que elas passem para a</p><p>corrente sanguínea inteira o que exacerba o efeito alérgico.</p><p>Mecanismos de Defesa: Hidrólise, atividade gástrica, flora</p><p>intestinal, secreção de muco, renovação celular do epitélio,</p><p>motilidade intestinal e o sistema reticuloendotelial.</p><p>Processo: as macromoléculas (antígenos) entram em contato com as</p><p>microvilosidades intestinais, são captadas para dentro das células</p><p>(Células M) por processo de pinocitose. Depois esse antígeno ganha o</p><p>espaço linfático e a corrente sanguínea indo até o linfócito que o capta</p><p>lhe sensibilizando. Uma vez sensibilizados, os linfócitos B (Th2) , que</p><p>se ligam aos mastócitos, estão presentes na parede do tubo digestivo.</p><p>Em exposição subsequente ao mesmo alérgeno este pode ligar-se às</p><p>moléculas de IgE na parede dos mastócitos e ativá-las. A ativação dos</p><p>mastócitos resulta na degranulação e liberação de mediadores químicos</p><p>pré-formados e na geração de mediadores secundários, que geram os</p><p>efeitos da alergia:</p><p>Aumento da permeabilidade vascular, produção aumentada de</p><p>muco, contração da musculatura lisa, edema das vilosidades,</p><p>estimulação das fibras nervosas de dor e recrutamento de células</p><p>inflamatórias e anafilaxia.</p><p>Classificação:</p><p>Intolerância X Alergia</p><p>Débora Maria- 4º Periodo</p><p>As alergias alimentares são distúrbios antrópicos, que podem ser amplamente classificados naqueles que</p><p>são mediados por IgE , aqueles que são mediados por vias dependentes e independentes de IgE (misto) e</p><p>aqueles que não são mediados por IgE.</p><p>Manifestações Clínicas:</p><p>● Episódio anafilático: ou é súbito ou anunciado por sintomas menores, como sensação de calor,</p><p>parestesia na boca, desconforto abdominal, urticária, ansiedade, dispneia, dentre outros, após</p><p>ingestão do nutriente.</p><p>● Sintomas de alergia alimentar tipicamente:</p><p>○ Manifestações gastrointestinais: formigamento oral, prurido e/ou inchaço, bem como</p><p>náusea, dor abdominal e/ ou vômito.</p><p>○ Manifestações respiratórias: rinoconjutivite, sibilos e/ou inflamação das vias aéreas.</p><p>○ Manifestações cutâneas: eczema atópico, rubor, urticária, angioedema e/ou prurido.</p><p>○ Manifestações sistêmicas: hipotensão devido ao vazamento de fluido da vasculatura e/ou</p><p>hipotermia, enxaqueca.</p><p>○ Manifestações oculares: prurido, eritema conjuntival, edema periorbital</p><p>Diagnóstico:</p><p>● Anamnese Detalhada: frequência das queixas, sua sazonalidade, gravidade e natureza dos</p><p>sintomas, além do tempo entre a ingestão do alimento e qualquer reação com ele relacionada ao</p><p>paciente.</p><p>● Exames:</p><p>Dieta de exclusão: Consiste em excluir do regime alimentar, por 2 semanas, os nutrientes suspeitos e</p><p>reintroduzi-los um a um. Assim, chega-se ao desaparecimentos dos sintomas, quando o alimento</p><p>responsável pela a alergia é afastado da dieta. Deve-se lembrar que a mudança alimentar pode melhorar</p><p>também quadros de intolerância não imunológica.</p><p>Dieta de provocação: feito sob supervisão rigorosa médica. O paciente é alimento com substâncias que</p><p>pode causar reações alérgicas, mas sem saber quando e o que está ingerindo ( podem misturar com outros</p><p>alimentos, ou ser de modo desidratado). O paciente e médico não sabem a hora da administração e uma</p><p>pessoa neutra faz o controle e anota as observações necessárias.</p><p>Testes Cutâneos: Suspensões aquosas de extratos alimentares são aplicadas a pele do antebraço, que,</p><p>posteriormente, sofre escarificações ou pinturas. Se o hospedeiro apresenta IgE contra o alimento testado,</p><p>forma-se no local de exposição, uma pápula eritematosa em 10 a 15 minutos.</p><p>Biópsia Intestinal: Podem mostrar anormalidades nas vilosidades (altura e contorno) e infiltração de</p><p>células inflamatórias, inclusive eosinófilos. Para confirmação do diagnóstico, a biópsia deve ser repetida</p><p>após desaparecimento dos sintomas com a dieta de exclusão e depois do recrudescimento desses,</p><p>induzido por dieta de provocação.</p><p>Tratamento:</p><p>● Eliminação do alergênico da dieta (medida preventiva)</p><p>● Situações de alarme: Dependendo do órgão atingido, uma ou várias drogas podem ser úteis:</p><p>broncodilatadores para broncoespasmo; anti histamínicos para rinite, erupções cutâneas ou</p><p>distúrbios gastrintestinais; epinefrina para anafilaxia sistêmica ou laringoespasmo; e</p><p>corticosteroides sistêmicos ou tópicos em quaisquer dessas condições, quando graves, ou no</p><p>estágio de convalescença de gastroenteropatias alérgicas graves. Quando o doente não responde às</p><p>medidas iniciais de tratamento da anafilaxia, pode estar indicada a lavagem gástrica , para reduzir a</p><p>Débora Maria- 4º Periodo</p><p>absorção subsequente de antígeno.</p><p>Intolerânci� Alimenta�</p><p>A Intolerância alimentar trata-se de reações adversas ao alimento, ou a alguns aditivos e</p><p>contaminantes, sem a ocorrência de mecanismos imunológicos. Abrange por exemplo, deficiência</p><p>enzimática, reações a corantes (tartrazina), contaminantes acidentais e agentes farmacológicos naturais</p><p>em alguns alimentos e menos comum a aversão psicológica .</p><p>Fisiopatologia: mecanismos protetores</p><p>● A flora bacteriana normal do intestino previne o surgimento de infecções, se ocorre uma</p><p>interrupção desta barreira microbiológica, barreira mucosa ou imaturidade do epitélio, fica</p><p>suscetível a absorver o antígeno alimentar.</p><p>● A renovação do epitélio digestivo mantém a barreira de defesa intacta</p><p>● A motilidade intestinal permite limpeza mecânica de organismos patogênicos e dificulta a</p><p>fixação de alergênico à superfície intestinal.</p><p>● O sistema reticuloendotelial hepático (células de Kupffer) ataca substâncias biologicamente</p><p>ativas que ultrapassaram a barreira intestinal e entraram no sistema porta.</p><p>● A predisposição ao desenvolvimento de alergia alimentar depende da capacidade de produção</p><p>de IgE.</p><p>Déficits enzimáticos:</p><p>Lactase: é uma enzima essencial para hidrolisar a lactose em dois monossacarídeos (glucose e galactose)</p><p>que depois são mais facilmente absorvidos no intestino. Na deficiência desta enzima a lactose não é</p><p>completamente hidrolisada e as bactérias no cólon degradam-na em água, dióxido de carbono e</p><p>hidrogênio. Esta fermentação que ocorre no cólon leva ao aparecimento de sintomas como dor abdominal,</p><p>flatulência e diarreia. Os sintomas surgem apenas quando há defict de >50% de lactase</p><p>Frutose: é um monossacarídeo presente na fruta e no mel, e tem sido amplamente utilizado na indústria</p><p>alimentícia. A capacidade de absorção da frutose no intestino é, no entanto, limitada. A frutose e a glucose</p><p>são co-transportadas. Por isso, alimentos com excesso de frutose em relação à glucose podem conduzir à</p><p>mal absorção da primeira</p><p>Frutanos: são hidratos de carbono de cadeia curta formados por polímeros de</p><p>frutose. A sua absorção é</p><p>inferior a 5% devido à ausência de enzimas que quebram as ligações glicosídicas entre as cadeias. Isto</p><p>leva a que os frutanos sejam acumulados no intestino e os microrganismos presentes fermentem estes</p><p>compostos. Os frutanos podem estar presentes numa variedade de cereais, vegetais e adicionados a alguns</p><p>alimentos pelas propriedades prebióticas.</p><p>Galactanos: são hidratos de carbono de cadeia curta formados por polímeros de galactose com um</p><p>terminal de glucose. Estes alimentos não são hidrolisados no trato digestivo humano devido à ausência de</p><p>α-galactosidade, tornando-os disponíveis para a fermentação pelos microrganismos presentes no cólon.</p><p>Estão presentes no leite, legumes, leguminosas, grãos e frutos secos</p><p>Grupo de hidratos de carbono FODMAPs: são conhecidos por induzirem sintomas gastrointestinais.</p><p>Atingem o trato gastrointestinal inferior por diferentes mecanismos, mas no geral atribuído um aumento</p><p>dos sintomas gastrointestinais funcionais em indivíduos mais susceptíveis. A sua eliminação da dieta leva</p><p>a uma melhoria significativa da qualidade de vida destes doentes.</p>