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<p>Débora Maria- 4º Periodo</p><p>Abdom� Agud�</p><p>Definição: condição dolorosa de início súbito ou de evolução progressiva, localizada no abdome, que requer decisão</p><p>terapêutica rápida, preferencialmente após o diagnóstico.</p><p>Classificação:</p><p>Inflamatório: obstrução mecânica de vísceras ocas normais, ou anatomicamente alteradas. O que gera diversos</p><p>fenômenos inflamatórios na parede da víscera e comprometimento da vascularização do órgão. Início insidioso e</p><p>com sintomas vagos.</p><p>Apendicite Sintomas: dor no quadrante inferior direito, constipação intestinal, febre baixa.</p><p>Exame de urina: hematúria (sangue) e piúria (glóbulos brancos).</p><p>Tratamento: cirúrgico</p><p>Colecistite Sintomas: dor epigástrica, visceral, acompanhada de náuseas e vômitos (quadrante superior</p><p>direito). Febre baixa.</p><p>Exame Físico: O sinal de Murphy acontece quando o paciente reage em sua respiração de forma</p><p>rápida à palpação profunda da vesícula biliar.</p><p>Tratamento: cirúrgico</p><p>Pancreatite</p><p>Aguda</p><p>Sintomas: quadros polimorfos. Dor de início súbito, contínua, localizada em epigástrico,</p><p>hipocôndrios ou região umbilical, acompanhadas de náuseas e vômitos.</p><p>Enzimas pancreáticas: elevação da amilase e da lipase.</p><p>Diverticulite Sintomas: dor no quadrante inferior esquerdo, febre e constipação intestinal.</p><p>Exame de urina: disúria (desconforto) e polaciúria (maior vontade de urinar)</p><p>Perfurativo: A dor tem início súbito, dramático. O exame clínico demonstra silêncio abdominal e rigidez</p><p>muscular ( abdome em tábua).</p><p>● Altas: dor abdominal intensa e grande irradiação</p><p>● Baixas: dor mais discretas</p><p>Tipos: Úlcera Péptica, Doenças inflamatórias e infecciosas, deglutição de corpos estranhos deglutidos e tumores.</p><p>Sinal de Jobert: hipertimpanismo no local do fígado, o que leva a crer em perfuração visceral oca (úlcera)</p><p>Obstrutivo: apresenta cólica intestinal, demonstrando o esforço das alças para vencer o obstáculo que está</p><p>impedindo o trânsito normal. O peristaltismo está aumentando sendo chamado de “peristaltismo de luta”. Febre</p><p>normalmente está ausente. Sem sinais radiológicos, clínicos ou laboratoriais específicos.</p><p>Tipos: bridas, aderências, hérnias, câncer colorretal, vólvulo.</p><p>Vascular: Envolve uma lesão isquêmica inicial, decorrente da redução do fluxo arterial venoso, perpetuada pelo</p><p>vasoespasmo reflexo da circulação mesentérica e completa pela lesão de perfuração. Dor abdominal muito</p><p>intensa. Exame laboratoriais inespecíficos. O diagnóstico é feito pela arteriografia, realizada em pacientes</p><p>hemodinamicamente estável. Abordagem cirúrgica é a laparotomia. Causa “medo de se alimentar”</p><p>Tipos: Embolia da artéria mesentérica superior, trombose da artéria mesentérica superior, trombose da veia</p><p>mesentérica superior, isquemia mesentérica aguda não oclusiva, colite isquêmica.</p><p>Débora Maria- 4º Periodo</p><p>Hemorrágico: dor súbita, comprometimento hemodinâmico, com palidez intensa e hipovolemia acentuada. Os</p><p>exames mostram queda progressiva dos níveis hematimétricos. Muito associados ao trauma, ao pós-operatório e a</p><p>complicações de pós-procedimentos.</p><p>Tipos: Gravidez ectópica rota, ruptura de aneurisma de aorta abdominal.</p><p>Manifestações Clínicas:</p><p>Dor abdominal: sensação subjetiva.</p><p>Nociceptores:</p><p>Peritônio visceral e órgãos abdominais</p><p>são inervados por fibras do tipos C ( 0,5</p><p>a 2,0 m/s), dor visceral. Essas fibras são</p><p>sensíveis à distensão, isquemia, tração,</p><p>compressão e torção e conduzem uma</p><p>dor difusa, de início lento e duração</p><p>longa, com um componente emocional</p><p>marcante e capaz de produzir</p><p>manifestações sistêmicas, tais como</p><p>náuseas, sudorese, diminuição da pressão</p><p>arterial e da frequência cardíaca.</p><p>Peritônio Parietal: Tipo A delta mielinizadas (12 a 30 m/s), via de dor rápida aguda (dor somática). Essas</p><p>terminações nervosas são estimuladas por diversos agentes irritantes (conteúdo gastrintestinal, urina, bile, suco</p><p>pancreático, sangue, pus) e por substâncias (bradicinina, serotonina, histarnina, prostaglandina e enzimas</p><p>proteolíticas) e conduzem a uma dor aguda, bem localizada, de curta duração e com componente emocional fraco.</p><p>Essa dor piora com movimento de tosse e pode acarretar contratura muscular, que é reflexa à inervação comum do</p><p>peritônio parietal e da musculatura abdominal.</p><p>Dor Referida: é percebida em local diferente do estímulo que a gerou.</p><p>Náuseas e Vômito: As principais causas para o aparecimento desses sintomas são: obstrução dos órgãos de</p><p>musculatura lisa, irritação intensa dos nervos do peritônio e a toxemia. Durante a anamnese, é importante verificar</p><p>a frequência dos vômitos, sua relação com o início da dor e o aspecto do material vomitado.</p><p>Apendicite e colecistite aguda vômito surge após o início da dor</p><p>Pancreatite Aguda Vômito frequente, intenso e persistente, surgindo com o início da dor</p><p>Obstrução aguda do ureter e do</p><p>colédoco</p><p>O vômito frequente junto com a dor</p><p>Obstrução intestinal Presente, é tão mais tardio quando mais distal for a obstrução .</p><p>Febre: pode estar presente em quase todos os casos abdominais agudos.</p><p>● Calafrio: indica infecção bacteriana (colangite e de peritonite).</p><p>Função Intestinal:</p><p>Débora Maria- 4º Periodo</p><p>Obstrução por fecaloma ou</p><p>vólvulo de sigmóide</p><p>Longo período de constipação intestinal</p><p>Obstrução Intestinal. Constipação intestinal completa da eliminação de gases e fezes associada a dor</p><p>abdominal em cólica e vômito.</p><p>Apendicite, abcessos para cecais e</p><p>DIP.</p><p>Diarreia</p><p>Invaginação intestinal e neoplasias Sanguinolenta</p><p>Ciclo Menstrual: Devemos interrogar sobre irregularidades nos três últimos ciclos, data da última menstruação,</p><p>presença de dispareunia, características do corrimento vaginal, contato sexual e sangramentos, diferenciando se o</p><p>sangue é coagulável, ou não.</p><p>EX: gravidez ectópica, ovulação dolorosa, endometriose e as anexites (inflamação dos anexos do útero).</p><p>Micção: É importante investigar a presença de transtorno da micção, como algúria , disúria, polaciúria e retenção</p><p>urinária.</p><p>Exame Físico:</p><p>Inspeção e ectoscopia:</p><p>● fáceis, modo de andar, decúbito preferencial, tipo de respiração e as atitudes do paciente.</p><p>● Mucosas:</p><p>○ Hipocoradas : perda sanguíneas</p><p>○ Secas: desidratação</p><p>○ Icterícia : colestase</p><p>○ Manchas na gengiva : intoxicação</p><p>por chumbo</p><p>● Pele:</p><p>○ Púrpuras : herpes-zoster e equimose.</p><p>Estas, estando localizadas em</p><p>flancos (sinal de Gray-Turner) ou</p><p>região periumbilical (sinal de</p><p>Cullen), sugerem pancreatite aguda</p><p>grave .</p><p>● Distensões assimétricas (tumores).</p><p>peristaltismo visível, hérnias, cicatriz</p><p>cirúrgica.</p><p>Ausculta abdominal: no mínimo 3 minutos em cada quadrante. Para isso,</p><p>fixa-se a campânula do estetoscópio em um local (não se deve mudar de</p><p>local a todo momento).</p><p>● Aumento do peristaltismo: quadros iniciais de obstrução intestinal</p><p>mecânica e na hemorragia digestiva alta.</p><p>● Reduzido ou abolido: hemoperitônio, íleo reflexo e abdome agudo</p><p>inflamatório.</p><p>Silêncio abdominal em um paciente que evoluiu com peristaltismo de luta e</p><p>suspeita de obstrução intestinal vai apontar para sofrimento de alça.</p><p>Percussão Abdominal: sempre iniciada fora da área de maior sensibilidade, estendendo-se a todo o abdome com a</p><p>Débora Maria- 4º Periodo</p><p>mesma intensidade.</p><p>● Sinal de Jobert: hipertimpanismo no local do fígado, o que leva a crer em perfuração visceral oca (úlcera).</p><p>● Sinal de Giordano: sugere</p><p>processo inflamatório retroperitonial</p><p>Palpação abdominal: realizada com o paciente deitado confortavelmente, em decúbito dorsal. Precisa ser feita de</p><p>maneira delicada, e iniciando do ponto de menor dor para o de dor mais intensa.</p><p>Obs: também deve ser feito o Exame do períneo, exame da bolsa escrotal e os toques retais e vaginais.</p><p>Sinal do obturador: rotação interna da coxa previamente</p><p>fletida até o seu limite externo, determinando dor no</p><p>hipogástrio. Ex: apendicite.</p><p>Sinal do psoas direito: paciente em decúbito lateral</p><p>esquerdo e realiza-se a hiperextensão da coxa. Isso</p><p>provoca intensa dor nos casos de afecções</p><p>retroperitoneais. Ex: apendicite e abscesso perinefrético.</p><p>Manobra de Blumberg: avaliar irritação peritoneal de</p><p>qualquer origem. Consiste em comprimir a parede</p><p>abdominal até o máximo tolerado, descomprimindo-a</p><p>rapidamente, o que causará o aumento súbito da dor</p><p>Sinal de Rovsing: percepção da dor no quadrante</p><p>inferior direito quando apalpamos o quadrante inferior</p><p>esquerdo, devido ao deslocamento de gases</p><p>retrogradamente em direção ao ceco, que, distendido,</p><p>provoca dor.</p><p>Débora Maria- 4º Periodo</p><p>Sinal de Murphy: Dor provocada pela inspiração</p><p>profunda, quando se pala o ponto cístico de pacientes</p><p>com colecistite.</p><p>Exame Clínico:</p><p>Exames laboratoriais:</p><p>● Específicos: Dosagem de amônia, lipase e B-hCG</p><p>● Inespecíficos: hemograma, urina dosagem de eletrólitos, glicemia, velocidade de hemossedimentação,</p><p>proteína C reativa.</p><p>Exames de imagens: radiografia (simples e contrastada), Ultrassonografia, Tomografia, Ressonância, Arteriografia.</p><p>Laparoscopia: é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva, na qual</p><p>pequenas incisões - duas ou três - são feitas na região abdominal para</p><p>introdução do laparoscópio, equipamento com micro câmera integrada que</p><p>permite a visualização direta da cavidade peritoneal, e dos outros</p><p>instrumentos cirúrgicos, como pinças.</p>