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<p>Natália Alencar SOI II</p><p>~ 1 ~</p><p>Anatomia do Ombro</p><p>CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR</p><p>• O cíngulo do membro superior, ou cintura escapular, consiste em uma clavícula na posição anterior,</p><p>e uma escápula posteriormente.</p><p>• O cíngulo, ou cintura, em cada lado, e seus músculos associados formam os ombros.</p><p>• Na posição anterior, a extremidade medial de cada clavícula une-se ao esterno, e as extremidades</p><p>laterais unem-se às escápulas.</p><p>• Na porção inferior, as escápulas não estão unidas as costelas.</p><p>• Além de unir o membro superior ao tronco, o cíngulo superior fornece fixação para muitos músculos</p><p>que movem o membro.</p><p>• O cíngulo superior é leve e permite que os membros superiores sejam bastante móveis.</p><p>• Essa mobilidade resulta de dois fatores:</p><p>1. Como só a clavícula está unida ao esqueleto axial, a escápula pode mover-se livremente em torno</p><p>do tórax, permitindo que o braço se movimente com ela.</p><p>2. O soquete da articulação do ombro — a cavidade glenoidal — é rasa e por isso não restringe o</p><p>movimento do úmero (osso do braço).</p><p>CLAVÍCULA</p><p>• Ossos delgados, em forma de S, que se estendem horizontal e superoanteriomente no tórax.</p><p>Natália Alencar SOI II</p><p>~ 2 ~</p><p>• A extremidade esternal, em forma de cone, articula-se ao manúbrio do osso esterno medialmente, e</p><p>a extremidade acromial achatada articula -se com a escápula lateralmente.</p><p>• Os dois terços mediais da clavícula são convexos anteriormente — você pode sentir essa projeção</p><p>anterior em si mesmo quando palpar a clavícula.</p><p>• O terço lateral é côncavo anteriormente.</p><p>• A superfície superior é quase lisa, mas a superfície inferior é estriada e sulcada para permitir a inserção</p><p>dos ligamentos e músculos que fixam a clavícula à caixa torácica e à escápula.</p><p>• A espessa linha trapezóidea e o tubérculo conoide fornecem fixação para um ligamento que vai na</p><p>direção do processo coracoide da escápula, e uma área áspera perto da extremidade do esterno é</p><p>o local de inserção do ligamento costoclavicular, um ligamento que liga a clavícula à primeira costela.</p><p>• As clavículas executam várias funções, pois, além de fornecer fixação para os músculos, funcionam</p><p>como braços que mantêm as escápulas e os braços lateralmente ao tórax.</p><p>• Essa função torna-se evidente quando a clavícula é fraturada: toda a região dos ombros cai</p><p>medialmente.</p><p>• As clavículas transmitem forças de compressão aplicadas aos membros superiores para o esqueleto</p><p>axial, como quando alguém coloca ambos os braços à frente e empurra um carro, por exemplo.</p><p>ESCÁPULA</p><p>• Ossos planos, triangulares e delgados localizados na superfície dorsal da caixa torácica, entre a segunda</p><p>costela (na posição superior) e a sétima costela (na posição inferior).</p><p>• Cada escápula tem três margens:</p><p>→ A margem superior é a mais curta e mais forte.</p><p>→ A margem medial, ou margem vertebral, é paralela à coluna vertebral.</p><p>→ A margem lateral (ou axilar) espessa, margeia a axila e termina na posição superior em uma fossa</p><p>rasa, a cavidade glenoidal (glenoidal = em forma de poço).</p><p>• A cavidade glenoidal articula-se com o úmero, formando a articulação do ombro.</p><p>• A escápula tem três cantos, ou ângulos:</p><p>→ a cavidade glenoidal situa-se no ângulo lateral da escápula;</p><p>→ o ângulo superior é onde as margens superior e medial encontram-se;</p><p>→ e o ângulo inferior está na junção das margens medial e lateral.</p><p>• O ângulo inferior move-se quando o braço é levantado e abaixado e é um marco importante no</p><p>estudo dos movimentos escapulares.</p><p>• A face costal da escápula (anterior) é ligeiramente côncava e com pouco detalhes.</p><p>• O processo coracoide projeta-se anteriormente da parte lateral da margem superior.</p><p>• Imediatamente medial ao processo coracoide está a incisura da escápula (passagem para o nervo</p><p>supraescapular), e imediatamente lateral a ele encontra-se a cavidade glenoidal.</p><p>• A face posterior apresenta uma espinha proeminente que é facilmente sentida através da pele.</p><p>• Essa espinha termina lateralmente numa projeção plana, o acrômio (“ápice do ombro”), que se articula</p><p>com a extremidade acromial da clavícula.</p><p>• Três grandes fossas ocorrem em ambas as superfícies da escápula e são nomeadas de acordo com</p><p>sua localização.</p><p>Natália Alencar SOI II</p><p>~ 3 ~</p><p>• As fossas infraespinais (“abaixo da espinha”) e supraespinal (“acima da espinha”) encontram- -se na</p><p>posição inferior e superior à espinha escapular, respectivamente.</p><p>• A fossa subescapular (“sob a escápula”) é a concavidade rasa formada por toda a superfície anterior</p><p>da escápula.</p><p>• Preenchendo essas fossas estão músculos de mesmos nomes: infraespinal, supraespinal e</p><p>subescapular.</p><p>BRAÇO</p><p>• Anatomistas usam o termo braço ou braquial para designar a parte do membro superior entre o</p><p>ombro e o cotovelo apenas.</p><p>• O úmero é o único osso do braço.</p><p>• Sendo o maior e mais longo osso no membro superior, articula-se com a escápula no ombro e com</p><p>o rádio e a ulna (ossos do antebraço) no cotovelo.</p><p>• Na extremidade proximal do úmero está a cabeça hemisférica, que se encaixa na cavidade glenoidal</p><p>da escápula.</p><p>• Logo abaixo da cabeça há uma ligeira constrição, o colo anatômico.</p><p>Natália Alencar SOI II</p><p>~ 4 ~</p><p>• Inferior a este, o tubérculo maior lateral e o tubérculo menor, medial, são separados pelo sulco</p><p>intertubercular (“entre os tubérculos”), ou sulco bicipital.</p><p>• Os tubérculos são locais de fixação para os músculos do manguito rotador.</p><p>• O sulco intertubercular guia um tendão do músculo bíceps para o seu ponto de fixação na margem</p><p>da cavidade glenoidal.</p><p>• O colo cirúrgico do úmero, assim chamado porque é a parte mais frequentemente fraturada do</p><p>úmero, está na posição inferior aos tubérculos.</p><p>• Aproximadamente da metade para baixo da diáfise, na face lateral, está a tuberosidade para o músculo</p><p>deltoide, próximo à qual, ao longo da superfície posterior da diáfise, o sulco do nervo radial desce</p><p>obliquamente.</p><p>• Ele marca o curso do nervo radial, um nervo importante do membro superior.</p><p>• Na extremidade distal do úmero há dois côndilos, uma tróclea (“polia”) medial, que se articula com a</p><p>ulna, e um capítulo (“pequena cabeça”) lateral, que se articula com o rádio .</p><p>• A tróclea parece uma ampulheta virada de lado e o capítulo tem a forma de meia esfera.</p><p>• Eles estão flanqueados pelos epicôndilos (“ao lado dos côndilos”) medial e lateral, que são pontos de</p><p>fixação (origem) para os músculos do antebraço.</p><p>• Diretamente acima desses epicôndilos estão as cristas supraepicondilares medial e lateral.</p><p>• Na face posterior do úmero, imediatamente proximal à tróclea, está a profunda fossa do olécrano.</p><p>• Na posição correspondente, sobre a face anterior, estão as rasas fossas coronoides, medialmente, e</p><p>radial, lateralmente.</p><p>• Essas fossas recebem projeções de mesmos nomes dos ossos do antebraço durante os movimentos</p><p>do cotovelo.</p><p>Natália Alencar SOI II</p><p>~ 5 ~</p><p>ARTICULAÇÃO</p><p>• O ombro é composto por quatro articulações: esterno-clavicular, escápulo-torácica,</p><p>acromioclavicular e glenoumeral.</p><p>• A articulação acromioclavicular é uma articulação deslizante que permite levantar o braço acima da</p><p>cabeça.</p><p>ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL</p><p>• Na articulação do ombro, a estabilidade foi sacrificada para produzir a articulação com maior liberdade</p><p>de movimento do corpo.</p><p>• Essa articulação do tipo esferóidea é formada pela cabeça do úmero e pela cavidade glenoidal rasa</p><p>da escápula.</p><p>• Essa cavidade rasa pouco contribui para a estabilidade da articulação.</p><p>• A cápsula articular é extremamente fina e frouxa (qualidades que contribuem para a liberdade de</p><p>movimento da articulação) e estende-se desde a margem da cavidade glenoidal ao colo anatômico</p><p>do úmero.</p><p>• O único espessamento forte da cápsula é o ligamento coracoumeral, superiormente situado, que</p><p>ajuda a suportar o peso do membro superior.</p><p>• A parte anterior da cápsula se espessa ligeiramente em três ligamentos glenoumerais</p><p>bastante fracos.</p><p>• Os tendões dos músculos que cruzam a articulação do ombro contribuem bastante para a estabilidade</p><p>da articulação.</p><p>→ Tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial.</p><p>→ Esse tendão une-se à margem superior do lábio glenoidal, passa por dentro da cavidade articular</p><p>e corre no sulco intertubercular do úmero, mantendo a cabeça do úmero firmemente contra a</p><p>cavidade glenoidal.</p><p>• Quatro outros tendões e os músculos a eles associados formam o manguito rotador, que circunda a</p><p>articulação do ombro e se funde com a cápsula articular.</p><p>→ subescapular</p><p>→ o supra e o infraespinal</p><p>→ redondo menor.</p><p>• Mover o braço vigorosamente pode estirar gravemente ou romper o manguito rotador.</p><p>• Jogadores de beisebol que arremessam a bola com muita firmeza podem facilmente lesar esse</p><p>manguito.</p><p>Natália Alencar SOI II</p><p>~ 6 ~</p><p>Natália Alencar SOI II</p><p>~ 7 ~</p><p>BIOMECÂNICA DO OMBRO</p><p>• A biomecânica do ombro é a capacidade do complexo articular do ombro de realizar movimentos</p><p>articulares amplos, graças à coordenação das suas várias articulações.</p><p>• O ombro é uma das articulações mais versáteis do corpo humano, permitindo uma grande gama de</p><p>movimentos, como flexão, extensão, rotação, abdução e adução.</p><p>• A articulação glenoumeral possui uma amplitude de movimento maior do que qualquer outra articulação</p><p>do corpo.</p><p>• Por ser uma articulação esferoidal, ela permite movimentos em três graus:</p><p>1. Flexão (110°) - extensão (60°)</p><p>2. Abdução (120°) - adução (0°)</p><p>3. Rotação interna (90°) - rotação externa (90°)</p><p>• A combinação desses movimentos gera a circundução.</p><p>• As atividades do braço dependem não apenas do movimento da articulação glenoumeral, mas também</p><p>das articulações acromioclavicular, esternoclavicular e escapulotorácica.</p><p>• Juntas, essas três articulações modificam a posição da fossa glenoide em relação à parede torácica,</p><p>reposicionando a articulação glenoumeral e o membro superior.</p><p>• Os movimentos acessórios de giro e deslizamento também estão disponíveis na articulação glenoumeral.</p><p>Natália Alencar SOI II</p><p>~ 8 ~</p><p>MÚSCULOS</p><p>Natália Alencar SOI II</p><p>~ 9 ~</p><p>Natália Alencar SOI II</p><p>~ 10 ~</p><p>Natália Alencar SOI II</p><p>~ 11 ~</p><p>MANGUITO ROTADOR</p><p>• Os músculos do manguito rotador são quatro músculos que formam uma unidade musculotendínea ao</p><p>redor da articulação do ombro.</p><p>• Esses músculos são o supra-espinal, o infra-espinal, o redondo menor e o subescapular.</p><p>• A função desse aparato musculotendíneo é produzir movimentos na articulação do ombro, enquanto</p><p>mantém a cabeça do úmero estável e centralizada na cavidade glenoide.</p><p>• Os quatro músculos estão firmemente aderidos ao redor da articulação. Individualmente, cada músculo</p><p>promove um movimento principal, enquanto juntos eles criam uma compressão sobre a concavidade</p><p>da glenoide.</p><p>• Esse mecanismo de compressão do úmero sobre a glenoide impede a luxação do úmero.</p>