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Arnaldino dos Santos Dias Junior 6° A A responsabilidade civil e a perda ou deterioração do bem, como um dos efeitos da posse. Responsabilidade Civil é a consequência jurídica e patrimonial do descumprimento de uma obrigação. Segundo Rui Stoco, “voltando ao estudo, a noção de responsabilidade pode ser haurida da própria origem da palavra, que vem do latim respondere, responder a alguma coisa, ou seja, a necessidade que existe de responsabilizar alguém por seus atos danosos”.[1: STOCO, Rui, Tratado de Responsabilidade Civil, 7ª edição, São Paulo, Editora RT, 2007, p-. 114.] A responsabilidade é, dessa forma, uma atividade da vida social, porque ela é o efeito da causa decorrente do comportamento da pessoa no meio social. Assim, não se poderá entender responsabilidade sem ação ou omissão da pessoa humana, que agindo em desconformidade com os regramentos prescritos pela ordem social, viola a esfera material ou imaterial de outrem, lesionando-o em seus direitos tutelados pela ordem jurídica. Posse é o exercício aparente de um dos direitos da propriedade, é corpus (é a visibilidade de uma dos direitos da propriedade) mais animus domini (a intenção de ser dono) - Savigny. É adotada excepcionalmente, no direito brasileiro, no instituto da usucapião. No nosso CC/02 - Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. Os efeitos da posse são as consequências jurídicas por ela produzidas, em virtude de lei ou de norma jurídica. A posse gera efeitos em relação à proteção possessória, que é deferida ao possuidor, e em relação a outros aspectos, como por exemplo, em relação aos frutos, às benfeitorias, às deteriorações da coisa, à usucapião. A responsabilidade em relação à deterioração ou à perda da coisa, dependerão sempre da boa-fé ou má-fé do possuidor. O possuidor de boa-fé tem direito aos frutos percebidos, devolvendo os pendentes e os colhidos por antecipação, tendo direito ao ressarcimento das despesas de custeio. Ressarcimento pelas benfeitorias necessárias e uteis, com direito de retenção, podendo levantar as necessárias, se não danificar a coisa. Não responderá por perda/deterioração se não der causa, só respondendo com dolo ou culpa. O possuidor de má-fé devolve os percebidos, os pendentes, e os que por culpa deixou de perceber, sendo ressarcido das despesas de custeio. Ressarcimento só pelas benfeitorias necessárias, sem direito de retenção, perdendo as uteis e as voluptuárias. Responde ainda que acidental pelas perdas/deterioração perpetuario obligationis, pois na verdade esta em mora.
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