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Responsabilidade Civil - revisão1

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			RESPONSABILDADE CIVIL
					REVISÃO
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Profa. Ma. DANIELA TEIXEIRA
Mestra pela UCSal, RPPS;
Bacharela em Direito, pela UEFS;
Advogada e consultora jurídica.
Membro do NEF;
Pesquisadora em Tributação Municipal;
Pesquisadora em Meio Ambiente do Trabalho 
e Conflitos Coletivos de Terra.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
CONCEITO
TARTUCE: A RC “surge em face do descumprimento obrigacional, pela desobediência de uma regra estabelecida em um contrato, ou por deixar determinada pessoa de observar um preceito normativo que regula a vida” (2012, p. 415).
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RESPONSABILIDADE CIVIL
BREVE HISTÓRICO
O Direito Romano começou a tratar da responsabilidade civil, da Lex Aquilia (286 a.C), criando um direito punitivo.
França produziu o melhor do direito civil até primeira parte do século XX: Irmãos Mazeaud.
Para que haja a responsabilidade civil, parte-se do princípio que há uma norma jurídica preexistente que foi violada.
Francisco de Assis Toledo: “atribuir a alguém as consequências danosas do seu comportamento”.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
NO BRASIL
- Pai da responsabilidade civil: José de Aguiar Dias (Ministro do TFR – Tribunal Federal de Recursos-> STJ-CF/1988 e os TRFs). Obra “Da responsabilidade civil”. Editora forense. 2v.
	-- Segundo José de Aguiar Dias: “toda manifestação humana traz em si o problema da responsabilidade”. É inerente as relações humanas.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
- Responsabilidade: Moral (religiosa, p.ex.) e Jurídica (penal, processual, tributária, civil, etc.).
	-- Reponsabilidade é contratual ou extracontratual.
- CONCEITO: A responsabilidade civil deriva da transgressão de uma norma jurídica preexistente (civil), legal ou contratual, resultando na imposição do dever de indenizar ao causador do dano (Pablo Stolze).
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RESPONSABILIDADE CIVIL
-- Princípio “Neminem Laedere” (a ninguém é dado causar prejuízo a outrem): arts. 186-187, CC/2002.
Arts. 186-7 definem a regra (sistema) geral da responsabilidade civil extracontratual:
	-art. 186: define o ato ilícito;
 	-art. 187: define o abuso de direito, que também trata do ato ilícito.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
art. 186: “aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
art. 187: “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim, econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”.
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RESPONSABILIDADE CIVIL: RESUMO
RC: obrigação incumbe um agente a reparar o dano causado a outrem, por fato do próprio agente ou por fato de pessoas ou coisas que dele dependam.
Quem comete ato ilícito fica obrigado a reparar o dano causado a outrem, (art. 927) indenizando a vítima, seja esse dano material, seja esse dano moral. O dano material são as perdas e danos (944, 402), é o prejuízo concreto e efetivo (403).O dano moral é o abalo psicológico, é o sofrimento que tira o sono da vítima, não é qualquer aborrecimento do cotidiano (186).
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RESPONSABILIDADE CIVIL
- NOVA TEORIA DO ATO ILÍCITO:
CC de 1916: ato ilícito trazia uma relação implicacional necessária com a reponsabilidade civil. Todo o ato ilícito gerava responsabilidade civil e toda resp. civil provinha de um ato ilícito.
CC de 2002: veio confirmar a autonomia da ilicitude em relação a resp. civil, apartou a relação implicacional, hoje nem sempre ato ilícito gera resp. civil, nem toda resp. civil provem de ato ilícito.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
- EFEITOS POTENCIAIS DA ILICITUDE (Cristiano Chaves):
a) indenizante;
b) caducificante;
c) invalidante;
d) autorizante.
e) ... dentre outros. Pode produzir tantos efeitos quantos aqueles apontados, indicados na norma jurídica violada.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
- ESPÉCIES DE ATO ILÍCITO:
no Código de 16, restou empobrecida a teoria do ato ilícito.
Código de 2002, seguindo teoria de Pontes de Miranda, há uma bifurcação do ato ilícito: 
a) ato ilícito subjetivo: art. 186, CC. Baseado na culpa (no direito civil, culpa está em sentindo amplo, abrangendo a um só tempo o dolo, a imprudência, a negligência e a imperícia). Portanto, o ato ilícito subjetivo decorre do elemento anímico.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
b) ato ilícito objetivo: art. 187, CC. Baseado no critério objetivo-finalístico – baseado na confiança.
a doutrina denominou esse de abuso de direito.
o ato ilícito objetivo é dissociado de culpa, não se perquire do elemento subjetivo, fundado na confiança e não na culpa.
abuso do direito é um ilícito caracterizado pelo exercício anormal, irregular de um direito.
Jornada de Direito Civil – Enunciado 37: abuso de direito independe de culpa, resp. obj. e finalística.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
- SUBESPÉCIES DO ABUSO DO DIREITO: norma-princípio, abuso do direito é cláusula geral: traz regras abertas, só observável no caso concreto.
a) venire contra factum proprium (proibição de procedimento contraditório): sequência de dois comportamentos antagônicos entre si. Primeiro é o factum próprio, o segundo é o venire, a negação.
venire é o abuso do direito caracterizado pelo exercício de um direito depois da prática/abstenção anterior, gerando a expectativa de que o direito não seria exercido.
Ex. marido vende, mulher não quer passar escritura, mesmo já tento sido pago e a conta é conjunta.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
b) supressio (verwirkung)/surrectio (erwirkung): diferentes aplicações, sendo em si um subtipo do próprio venire contra factum proprium. Sequência de duas condutas: primeira omissa e a segunda contraditória.
Supressio: A contradição, aqui, não está na natureza da segunda, mas sim na inércia do titular com relação a primeira, do passar do tempo, da omissão do titular em exercer a primeira conduta.
Surrectio: expectativa criada no terceiro de que aquele direito não seria exercido.
Ex. garagem.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
c) tu quoque ou estoppel: tu quoque, brutus? Até tu, brutus?
tu quoque: alguém, depois de violar norma jurídica, pratica um ato que lhe seria lícito se não fosse a violação. ex. exceptio non adimplenti contractus.
d) duty to mitigate the loss (dever do credor de mitigar o seu prejuízo): abuso do direito do credor. Credor deixa de adotar uma providência para diminuir o seu próprio prejuízo.
Ex. astreintes; superendividamento; lucros cessantes.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
e) substancial perfommance (adimplemento substancial, ou inadimplemento mínimo).
abuso do direito caracterizado pelo irregular exercício de rescisão contratual, pois o descumprimento as vezes é pontual, tendo sido cumprido substancialmente. 
Ex. alienação fiduciária.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
f) violação positiva de contrato: obrigações contratuais cumpridas, mas os deveres anexos da boa-fé objetiva é descumprido.
a natureza é extracontratual, pois não foram deveres contratuais, mas anexos, decorrentes da boa-fé objetiva.
caso de resp. civil extracontratual objetiva, não estando limitando ao valor do contrato.
Ex. Copa do Mundo para vender TV de plasma, em perfeito estado, mas não disseram que não seria imagem digital, pois o sinal ainda era analógico. Descumpriu dever anexo de informação.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
Elementos Essenciais:
Conduta do Agente: ação ou omissão voluntária
Nexo Causal: verbo “causar”. Teorias.
Dano: lesão a um bem jurídico, certo e subsistente; indenizável.
Outros elementos que podem surgir:
Culpa (Responsabilidade Subjetiva)
Ato Ilícito: Em geral, quando se fala em Responsabilidade Civil é por ato ilícito, mas existem situações raras de atos lícitos que vão gerar responsabilidades. Ex1: Desapropriação. Ex2: Passagem forçada (art. 1.285, CC).
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RESPONSABILIDADE CIVIL
INDENIZAÇÃO
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a
gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
INDENIZAÇÃO
Art. 948. No caso de HOMICÍDIO, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
Art. 949. LESÃO ou OUTRA OFENSA À SAÚDE: despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
Art. 950. RESULTAR DEFEITO – NÃO POSSA EXERCER O SEU OFÍCIO OU PROFISSÃO, OU SE LHE DIMINUA A CAPACIDADE DE TRABALHO: Também: pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
ERRO MÉDICO: Art. 951. aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
OFENSA À POSSE: Art. 952. usurpação ou esbulho do alheio: restituição da coisa, pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de lucros cessantes; faltando a coisa: reembolsar o seu equivalente ao prejudicado.
Parágrafo único. restituir o equivalente: preço ordinário e pelo de afeição, contanto que este não se avantaje àquele.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
OFENSA À HONRA: Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas resulte ao ofendido.
Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, equitativamente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
Art. 954. OFENSA À LIBERDADE PESSOAL: perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar prejuízo, tem aplicação o disposto no parágrafo único do artigo antecedente.
Parágrafo único. Consideram-se ofensivos da liberdade pessoal:
I - o cárcere privado;
II - a prisão por queixa ou denúncia falsa e de má-fé;
III - a prisão ilegal.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
Excludentes de Responsabilidade Civil: são situações jurídicas descritas pela lei que exoneram o agente do dever jurídico de reparação do dano. 
São excludentes de responsabilidade civil subjetiva (GIANCOLI):
a) legítima defesa: art. 188;
b) o estado de necessidade: art. 188;
c) o exercício regular do direito: art. 188;
d) o estrito cumprimento do dever legal;
e) o caso fortuito: art. 393, CC: imprevisível; e
f) a força maior: art. 393, CC: inevitável.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
São excludentes de responsabilidade civil objetiva:
a) a culpa exclusiva da vítima;
b) fato de terceiro: TEORIA DO CORPO NEUTRO-STJ;
c) a força maior; e
d) o caso fortuito.
 
Causas de exoneração da responsabilidade: renúncia da vítima à indenização e a cláusula de não indenizar.
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RESPONSABILIDADE: ÁREAS DIVERSAS
Relações de consumo:
-- art. 18: reponsabilidade SOLIDÁRIA, em geral.
- Exceção: art. 18, §5º: nos casos de fornecedor de produto in natura (não sofre processo de industrialização), responde somente aquele alienante imediato.
-- responsabilidade civil OBJETIVA, em geral
	- profissional liberal: serviço-subjetiva.
- art. 23: a ignorância sobre o vício pelo fornecedor não o exime. Se tiver cláusula nesse sentido, é abusiva.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
- Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.
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RESPONSABILIDADE: ÁREAS DIVERSAS
Responsabilidade do Estado:
Período da Irresponsabilidade do Estado: início até meados do século XIX. 
 
Período da Responsabilidade Subjetiva: Do século XIX até 1946: 4 requisitos: 
Ato (Ação Administrativa)
Dano (Tem que haver prejuízo)
Nexo (causal)
Culpa ou Dolo
 
Período da Responsabilidade OBJETIVA: De 1946 até hoje: 3 requisitos: Ato; Dano; Nexo.
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RESPONSABILIDADE: ÁREAS DIVERSAS
Responsabilidade do Estado:
- os órgãos públicos (art. 22, CDC) são obrigados a fornecer serviços de qualidade.
- o art. 37, §6º da Constituição Federal dispõe: "As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa". Portanto, a responsabilidade é objetiva.
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A responsabilidade ambiental é objetiva: regulamentada pela CF/1988 e pela Lei de Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81), respeitando a Carta Magna e expondo a afirmativa da adoção da responsabilidade objetiva no dano ambiental, encontrada em seu art. 14:
“Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade”.
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A) Teoria do Risco Proveito ou Criado: aceitam as excludentes da responsabilidade objetiva, dentre elas o fato de terceiro (vítima) que contribui para que o dano ocorra, o caso fortuito e a força maior, desde que observada a conditio sine qua non.
B) Teoria do Risco Integral: aceita majoritariamente no Brasil e interpretada pela Lei 6.938/81, que diz que não cabem as excludentes da responsabilidade objetiva no dano ao meio ambiente, ou seja, o dever de reparar independe da subjetividade do agente e só o fato de existir tal atividade degradadora emerge a responsabilidade. Cabe direito de regresso.
C) Risco assumido: não responde em caso fortuito ou força maior.
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No sentido da responsabilização do transportador, argumenta-se que o transporte é um contrato de resultado, devendo aquele entregar o passageiro no local de destino, incólume. 
A Súmula 187 do STF estabelece: "A responsabilidade contratual do transportador, pelo acidente com o passageiro, não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva." Assim, a "culpa de terceiro" prevista nessa súmula, se refere à culpa lato sensu, incluindo também os casos de dolo.
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Concessionários de serviços públicos: obrigação de indenizar objetiva: art. 37, §6º da Constituição Federal.
Portanto, a responsabilidade passou a ser objetiva, fundada no risco administrativo. Anteriormente, estava regulada pelo ao art. 159 do Código Civil, segundo o qual a vítima deveria provar quem era o culpado pelo acidente, caracterizando hipótese de responsabilidade subjetiva.
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RESUMO:
- a responsabilidade do transportador é, em geral, objetiva;
- cláusula de incolumidade, o transportador possui uma obrigação de finalização para com o passageiro, bastando para este ser indenizado, apenas provar que esta incolumidade não foi assegurada,
excludentes: o caso fortuito, a força maior e a culpa exclusiva da vítima.
Culpa concorrente? 			
Assaltos? Se habituais?
Surfista ferroviário? STJ.
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transporte aparentemente gratuito (responsabilidade do transportador) e o puramente gratuito (só se tiver culpa grave).
SÚMULA 145, STJ - No transporte desinteressado, de simples cortesia, o transportador só será civilmente responsável por danos causados ao transportado quando incorrer em dolo ou culpa grave.
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Responsabilidade do segurador = objetiva, possuindo obrigação não apenas de pagar a indenização, mas principalmente em prestar garantia e segurança.
O seguro de responsabilidade civil difere dos seguros tradicionais porque a cobertura abrange as consequências dos danos materiais, corporais ou morais que o segurado venha a causar a terceiros.
STJ Súmula nº 402 - 28/10/2009 - DJe 24/11/2009 
Contrato de Seguro por
Danos Pessoais - Exclusão de Danos Morais - Possibilidade 
O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula expressa de exclusão. 
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Excludentes
Caso fortuito, força maior e fato exclusivo de terceiro não são excludentes. Obs. Cabe ação regressiva do segurador contra terceiro causador do dano. Art. 786 CC
Excludente = fato exclusivo do segurado quando com dolo ou má-fé.
Art. 768 CC – colocou objeto em risco intencionalmente.
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SUICÍDIO:
- STF, Súmula 105: "Salvo se tiver havido premeditação, o suicídio do segurado, no período contratual de carência, não exime o segurador do pagamento do seguro". 
STJ, Súmula 61: "O seguro de vida cobre o suicídio não premeditado".
Premeditação tem que ser comprovada e a boa-fé é presumida.
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É a responsabilidade ligada à função do advogado, podendo ser de ordem civil, penal e disciplinar.
1- responsabilidade civil: ex. danos civis, materiais, morais;
2- responsabilidade penal: ex. crimes e contravenções;
3- responsabilidade disciplinar: ex. contra o EAOAB.
- NÃO SERÁ RESPONSABILIZADO em razão das ofensas proferidas em juízo ou fora, em função do exercício da profissão, que figure injúria ou difamação, desde que o advogado não se exceda.
- art. 32, EAOAB: o advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. P.U. Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este pra lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria.
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- as esferas são independentes uma das outras, mas se for absolvido na penal por negativa de autoria ou inexistência dos fatos, vai repercutir no civil e na administrativa. Mas se foi absolvido por falta de provas, poderá ser condenado nas outras esferas.
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
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RESOLUÇÃO DE QUESTÕES
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Q.1 (CESPE - 2012 - MPE-RR) A respeito da responsabilidade civil, assinale a opção correta.
a) Em caso de publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais, o dano moral decorrente deste fato dependerá de prova.
b) O assalto à mão armada no interior de ônibus coletivo não constitui caso fortuito apto a excluir a responsabilidade da empresa transportadora.
c) Segundo a jurisprudência do STJ, não é possível a responsabilidade civil por dano incerto.
d) O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, não sendo admitida cláusula expressa que os exclua.
e) O dano moral se caracteriza ainda que haja mero aborrecimento inerente a prejuízo material.
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Q.2 (INSTITUTO CIDADES - 2010 - DPE-GO) A respeito da ilicitude e da responsabilidade civil, o CC dispõe que 
a) a responsabilidade civil é independente da criminal, razão pela qual é possível questionar sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, mesmo quando essas questões já se acharem decididas, com trânsito em julgado, no juízo criminal.
b) o dono ou detentor do animal responde civilmente pelo dano por este causado, não se exonerando de tal responsabilidade em virtude de força maior.
c) o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes, comete abuso de direito, que, apesar de ser um ato lícito, pode ensejar responsabilidade civil. 
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Q.2 (INSTITUTO CIDADES - 2010 - DPE-GO) A respeito da ilicitude e da responsabilidade civil, o CC dispõe que 
d) constitui ato ilícito a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão à pessoa, a fim de remover perigo iminente. 
e) se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e do dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
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Q.3 (ESAF - 2012 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) O Código Civil, em seu artigo 927, estabelece que aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Sobre a responsabilidade civil, podemos afirmar que todas as opções abaixo estão corretas, exceto: 
a) ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação. 
b) são também responsáveis pela reparação civil, o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele. 
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c) haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
d) os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado, salvo se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, caso em que responderão solidariamente pela reparação.
e) aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.
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GABARITO
1-c
2-e
3-d
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Muito Obrigada!

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