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A GREVE ABUSIVA E O ABUSO DE DIREITO DO EMPREGADOR

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A GREVE ABUSIVA E O ABUSO DE DIREITO DO EMPREGADOR.
O que é GREVE?
Parada coletiva, voluntária e combinada do trabalho ou do estudo, para obter o atendimento de reivindicações.
Um instrumento de pressão dos trabalhadores sobre os empregadores, sejam as empresas ou o Estado, para que suas reivindicações sejam atendidas.
Feita geralmente sob orientação de sindicatos que são os responsáveis por lutar pela garantia dos direitos da dita categoria.
No Brasil, apesar de proibidas ao longo do período do regime militar, o direito à greve é atualmente assegurado pela Constituição Federal de 1988, que afirma em um de seus artigos:
“Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.”
A pressão que uma greve exerce sobre os empregadores acontecerá de forma diversa para os diferentes setores, sendo que algumas categorias têm suas reclamações atendidas mais urgentemente que outras, levando em conta os transtornos que essa greve trazer para a sociedade.
Caso o sistema de Transporte Coletivo de uma grande metrópole pare as empresas terão muito mais interesse em um acordo com os grevistas para que retornem ao trabalho, porque a perda financeira será muito grande diante da mãe de obra que não chegará as indústrias por falta de locomoção, parando assim com a produção.
No entanto caso haja uma paralisação na educação, não haverá uma urgência em se resolver com os grevistas, porque os efeitos dessa greve não são aparentes e imediatos, sendo que só será percebido muito tempo depois, isso se for percebido. O fator econômico conta muito para que uma greve seja encerrada mais urgentemente pelo governo ou particular.
GREVE ABUSIVA / ILICITA
A lei nº 7.783/89 no seu art. 6° deixa explicito como se caracteriza uma greve abusivo-ilícita.
ARTIGO 6.º (Greve ilícita)
Considera-se ilícita a greve declarada com desrespeito do processo estabelecido na lei e nos contratos e acordos coletivos, bem como:
a) A greve desencadeada por motivos políticos ou religiosos;
b) A greve de solidariedade que não interesse diretamente à mesma profissão, a menos que exercida em apoio a trabalhadores da própria empresa.
Em caso de greve abusiva: 
Poderá haver responsabilização pelos prejuízos decorrentes. Sendo estes causados pelos obreiros; 
A responsabilidade poderá incidir em justa causa, sem olvidar a investigação criminal por danos ou lesões cometidas;
Caso os danos decorram da greve abusiva enquanto fato social, ou seja, sem culpa individuada ou exclusiva de algum trabalhador, os prejuízos deverão ser suportados pelo sindicado, inclusive através de juizados especiais.
ABUSO DE DIREITO PELO EMPREGADOR
Não será mera coincidência haver a utilização da palavra subordinação na relação empregado – empregador, o uso dessa palavra traz a tona um ar de inferioridade e pode chocar com uma relação social, mas na verdade o uso e o emprego dela nas relações de trabalho é aceitável e explicável. 
Em um primeiro momento há a confusão da sua utilização e de como temos que encarar essa “subordinação” na relação de emprego, mas podemos encontrar tanto nesse contexto de relação empregador-empregado palavras como: Direito e Poder.
Subordinação é o ato ou efeito de subordinar; dependência de uma pessoa ou coisa; obediência.
Subordinação nos remete a um trabalho escravo, mas não podemos confundir a subordinação do trabalho escravo que é sem limite nenhum, com a subordinação numa relação de emprego saudável, onde não se pode praticar abusos.
Realmente a história do trabalho subordinado começou há muito tempo atrás com a escravidão, e que veio a persistir nos dias de hoje na relação de emprego de uma forma saudável.
A existência da subordinação é para que seja colocada em exercício a execução da atividade conforme as condições definidas pela empresa em busca de seus objetivos, sendo a subordinação o elemento determinador do perfil empregatício, reconhecida e regulada pelo direito.
Aldacy Rachid Coutinho em sua obra Poder Punitivo Trabalhista, expressa com forte tonalidade: 
“... não há no direito do trabalho relação de emprego sem alguém que comande e alguém que obedeça.”
 
Juridicamente podemos entender que a subordinação vem a decorrer e fundamenta-se no contrato de trabalho pactuado entre as partes, na sua aceitação, observando-se seus limites, onde o empregado está subordinado ao empregador em decorrência do contrato de trabalho, porque se não haver essa subordinação não será empregado e sim uma pessoa autônomo e ao empregador legalmente é dado o direito de fiscalizar e direcionar o trabalho, sendo reconhecido pela legislação, doutrina e jurisprudência.
É unanime se perguntado a qualquer empregado se há abuso do empregador, a resposta será positiva, e as observações que surgem vão de que tanto visar o lucro o empregador deixar de querer conhecer seu empregado e esse subordinado não chega a conhecer para quem realmente trabalha ficando subjulgados a terceiros ou quando é contratado para uma coisa com determinado salário e acaba assumindo responsabilidades a mais que são de setores diversos, mas não obtém um reconhecimento e remuneração para tal.
BIBLIOGRAFIA
http://www.infoescola.com/sociologia/greve/
http://okylocyclo.blogspot.com.br/2010/05/greve-nao-pode-ser-abusiva-mas-criativa.html
http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=443
Flavio Tartuce, 3° Edição, 2013, Editora Gen/método. 2013.

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