Buscar

Direito_Do_Consumidor_-_Apostila

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2006 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
 
Direito Civil 
 
 
 
Assunto: 
 
 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
 
 
 
Autor: 
 
 
 
 2
Rodrigo Luiz Freitas Silva
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 DIREITO DO CONSUMIDOR
 
 
1. HISTÓRICO 
 
? Revolução Industrial → aumento da população nos grandes centros. 
→ aumento da procura de produtos e serviços. 
→ surge a produção série (standartização da produção – aumento da 
oferta e diminuição do custo). 
 
? 2ª Guerra Mundial → solidifica o modelo. 
→ rompimento do conceito clássico de consumo (bilateralidade). 
→ unilateralidade – apenas o produtor decide o que vender, como 
vender, quando vender, etc. 
→ predomínio da quantidade em detrimento da qualidade. 
→ o D. Civil não é mais compatível com as relações consumistas 
modernas. 
→ o contrato de consumo é de adesão. 
→ a intervenção estatal foi imprescindível (não existiam modos do 
próprio mercado se organizar naturalmente). 
→ no mundo todo começa a surgir leis para defesa do consumidor. 
→ no Brasil, primeiramente com a CF88: art.5º XXXII; art.170,V; 
art48, ADCT. 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do 
consumidor; 
 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do 
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim 
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames 
justiça social, observados os seguintes princípios: da 
V - defesa do consumidor; 
 
Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte 
dias da promulgação da Constituição, elaborará código de 
defesa do consumidor. 
 
→ lei 8078/90 – Código de Defesa do Consumidor. 
? é um micro sistema multidisciplinar. 
? é pricipiológico (tutela princípios e garantias 
constitucionais mais o princípio de proteção do consumidor). 
 
→ art.1º - norma de ordem pública e interesse social. 
? resgata a coletividade da marginalização de ordem técnica e 
econômica. 
 3
? é inderrogável (não pode ser afastado pela vontade das 
partes). 
Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção 
e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse 
social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, 
inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas 
Disposições Transitórias. 
 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
 
→ a livre concorrência – não pode violar os direitos dos 
consumidores. 
? passa a ser uma meio de controle tanto para o mercado como 
para o consumidor (preço e qualidade). 
? contrapartida = risco da atividade (se desenvolvimento). 
 
→ princípios implícitos do CDC (da CF): 
? dignidade da pessoa humana. 
? direito à vida. 
? direito à intimidade, diva privada, imagem e honra. 
? direito à informação. 
? direito da eficiência do serviço público. 
? regulamentação da publicidade de alguns produtos e serviços. 
 
-> Relação Jurídica de Consumo: 
→ entre fornecedor e consumidor, tendo como objeto a aquisição de 
um produto ou a utilização de um serviço. 
 
-> Consumidor (elemento subjetivo) → art.2º, caput, CDC. 
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que 
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário 
final. 
 
→ é o destinatário final (existem duas correntes): 
 
1) Finalista → adquire um produto ou serviço para uso ou consumo 
próprio. 
→ é restritivo (apenas para uso pessoal). 
→ atinge apenas o “não profissional”. 
 
2) Maximalista → atinge não apenas quem adquire um produto ou 
serviço para uso próprio, mas também para quem vai integrá-lo na 
cadeia produtiva. 
→ retirando do mercado de consumo é consumidor final. 
* há uma terceira corrente que procura observar como o bem foi 
colocado no mercado de consumo (se o produto é bem de consumo 
ou bem de produção – se for bem de consumo se aplica o CDC). 
→ art.2º, § único – coletividade de pessoas comparada a 
consumidor. 
? tutela interesses coletivos em sentido amplo. 
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade 
de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja 
intervindo nas relações de consumo. 
 
→ art.17 – figura do “bystander”: 
? não participa diretamente na relação de consumo. 
? mas por um defeito ou acidente se equipara a consumidor. 
 4
? ex: TV explode e machuca uma pessoa que não seja quem a 
comprou. 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos 
consumidores todas as vítimas do evento. 
 
→ art.29 – pessoas expostas às práticas comerciais são equiparadas 
a consumidor. 
? ex: propaganda enganosa (pode retirá-la antes que haja algum 
dano). 
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, 
equiparam-se aos consumidores todas as pessoas 
determináveis ou não, expostas às práticas nele 
previstas. 
 
 
-> Fornecedor (elemento subjetivo) → art.3º, CDC. 
→ toda pessoa física ou jurídica que oferece um produto ou serviço 
no mercado de consumo. 
→ a maioria entende que sua atividade tem que ser habitual 
(contudo, a eventual que desenvolva uma atividade comercial ou 
empresarial também pode personificar a figura do fornecedor). 
→ entidades esportivas e condomínios não são fornecedores. 
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, 
pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os 
entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de 
produção, montagem, criação, construção, transformação, 
importação, exportação, distribuição ou comercialização 
de produtos ou prestação de serviços. 
 
-> Produto (elemento objetivo) → art.3º, §1º, CDC. 
→ importante acrescentar os bens duráveis e não duráveis. 
→ gratuito (amostra grátis) – é também tutelado pelo CDC. 
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material 
ou imaterial. 
 
-> Serviço (elemento objetivo) → art.3º, §2º, CDC. 
→ necessita ser remunerado. 
→ serviço gratuito e relação trabalhista estão excluídos. 
→ serviços bancários – atividade remunerada; colocada no mercado 
de consumo de forma genérica; consumidores são vulneráveis; 
habitualidade na atividade. Súmula 297 STJ. 
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado 
de consumo, mediante remuneração, inclusive as de 
natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, 
salvo as decorrentes das relações de caráter 
trabalhista. 
 
Súmula 297 STJ 
O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às 
instituições financeiras. 
 
 5
* remuneração não importa o valor cobrado diretamente (presta 
o serviço e não recebe nenhum repasse direito ou indireto). 
Ex: estacionamento gratuito no shopping não é gratuito mesmo, 
pois haverá uma remuneração indireta nos preços das 
mercadorias. 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
* art.192, CF → sistema financeiro só poderia ser regulado por 
lei complementar. 
 
→ ADIN contra o art.3º, §2º → 2 a 1 para o entendimento que ao 
serviço bancário se aplica, contudo, ao serviço financeiro não. 
Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de 
forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e 
a servir aos interesses da coletividade, em todas as 
partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de 
crédito, será regulado por leis complementares que 
disporão, inclusive, sobre a participação do capital 
estrangeiro nas instituições que o integram. 
 
→ serviço público é tutelado pelo CDC. 
? os essenciais devem ser contínuos (art.22, não pode ser 
interrompido). 
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, 
concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra 
forma de empreendimento, são obrigados a fornecer 
serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos 
essenciais, contínuos. 
 
? lei 8987/95, art.6º, §3º, II → pode-se interromper os 
serviços essenciais (gratuidade não se presume – a 
coletividade corre risco). 
Art. 6º Toda concessão ou permissãopressupõe a 
prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos 
usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas 
nentes e no respectivo contrato. perti
§ 3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço 
a sua interrupção em situação de emergência ou após 
o aviso, quando: prévi
II - por inadimplemento do usuário, considerado o 
interesse da coletividade. 
 
→ agências reguladoras – autarquias sob regime especial. 
? instrumento de controle (da eficácia do serviço) do governo e 
dos consumidores. 
 
→ consumidor e ≠ contribuint
1) corrente minoritária iguala consumidor a contribuinte porque 
estão presentes os elementos objetivos e subjetivos da relação 
jurídica de consumo. 
 
 6
2) corrente majoritária diferencia os dois, pois contribuinte está 
em uma relação jurídica tributária (paga tributos). Se for pago 
por tarifa ou preço público é relação de consumo. 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
 
2. Princípios do CDC e Direitos Básicos do Consumidor: 
 
→ da dignidade da pessoa humana (art.4º, caput). 
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por 
objetivo o atendimento das necessidades dos 
consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e 
segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a 
melhoria da sua qualidade de vida, bem como a 
transparência e harmonia das relações de consumo, 
atendidos os seguintes princípios: 
 
 
 
→ proteção à vida, saúde e segurança (art.4º, caput e 6º, I). 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os 
riscos provocados por práticas no fornecimento de 
produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; 
 
→ da proteção (ampla do consumidor – protege porque prevê e 
repara). 
 
→ da transparência – informação adequada do produto ou serviço e o 
conhecimento prévio das cláusulas contratuais (art.4º, caput e 
art.46). 
Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo 
não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a 
oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu 
conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem 
redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu 
sentido e alcance. 
 
→ da harmonia – princípio do equilíbrio – direitos e garantias do 
consumidor (art.4º caput e III; e art.51, IV). 
Art.4º, III - harmonização dos interesses dos 
participantes das relações de consumo e compatibilização 
da proteção do consumidor com a necessidade de 
desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a 
viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem 
econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre 
com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre 
consumidores e fornecedores; 
 
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as 
cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de 
os e serviços que: produt
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, 
abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem 
exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a 
eqüidade; 
 
 7
? princípio da boa-fé objetiva – honestidade e lealdade 
(art.4º, III). 
 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
→ da vulnerabilidade do consumidor (é a parte mais frágil da 
relação). 
? técnica = monopólio do fornecedor sobre os meios de produção. 
? econômica = fornecedor possui uma capacidade econômica maior 
que o consumidor. 
 
→ intervenção do Estado – de todos os 3 poderes (art.4º, II). 
II - ação governamental no sentido de proteger 
efetivamente o consumidor: 
a) por iniciativa direta; 
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de 
associações representativas; 
c) pela presença do Estado no mercado de consumo; 
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões 
adequados de qualidade, segurança, durabilidade e 
desempenho. 
 
→ igualdade nas contratações – não discriminar (art.6º,II). 
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado 
dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de 
escolha e a igualdade nas contratações; 
 
* equilíbrio + harmonia + boa-fé objetiva 
 
→ dever de informar (de forma clara e honesta) tudo sobre o 
produto para que o consumidor possa ter liberdade de escolha 
(art.6º, III). 
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes 
produtos e serviços, com especificação correta de 
quantidade, características, composição, qualidade e 
preço, bem como sobre os riscos que apresentem; 
 
→ proteção contra publicidade enganosa e abusiva – fere valores 
éticos e morais (art.6º, IV). 
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, 
métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como 
contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no 
fornecimento de produtos e serviços; 
 
→ proibição das práticas e cláusulas abusivas (art.6º, IV). 
 
→ da conservação do contrato de consumo (art.6º, V e art.51, §2º). 
V - a modificação das cláusulas contratuais que 
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão 
em razão de fatos supervenientes que as tornem 
excessivamente onerosas; 
 
Art.51, § 2° A nulidade de uma cláusula contratual 
abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua 
ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer 
ônus excessivo a qualquer das partes. 
 
→ da modificação e revisão as cláusulas contratuais – “rebus sic 
estandibus”, há quem entenda que não é (art.6º, V). 
 8
 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
→ da adequação e eficácia (quando atinge a finalidade pretendida) 
do serviço público (art.6º, X). 
 9
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos 
em geral. 
 
→ da inversão do ônus da prova (art.6º, VIII). 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, 
inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, 
no processo civil, quando, a critério do juiz, for 
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, 
segundo as regras ordinárias de experiências; 
 
? requisitos → verossemelhança das alegações deve estar 
presente e hipossuficiência do consumidor (vulnerabilidade 
técnica ou econômica). 
 
 
? art.38 → inversão automática. 
Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da 
informação ou comunicação publicitária cabe a quem as 
patrocina. 
 
? a regra é a não inversão, necessita de um dos requisitos. 
 
? quando deve “ser” a inversão: 
1) na petição inicial (pode ser muito cedo para ver os 
requisitos). 
2) na sentença – por ser igual ao CPC (pode ter surpresa 
para ambos). 
3) até a fase do saneamento (o juiz pode avaliar os 
requisitos e as partes poderão produzir provas, não 
haverá surpresa) – é o que prevalece! 
 
→ efetiva reparação dos danos (art.6, VI, CDC). 
? danos emergentes, lucros cessantes, danos morais, etc. 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos 
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; 
Obs.: 
 
→ o Estado pode ser consumidor hipossuficiente pelo aspecto 
técnico. 
 
→ art.333, CPC – distribuição do ônus da prova. 
Art. 333 - O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu 
direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, 
tintivo do direito do autor. modificativo ou ex
Parágrafo único - É nula a convenção que distribui de 
maneira diversa o ônus da prova quando: 
I - recair sobre direito indisponível da parte; 
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o 
exercício do direito. 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
 
→ boa-fé subjetiva – se verifica o “interior” dos sujeitos de 
direito. 
 
 10
→ boa-fé objetiva – se verifica a questão externa (ex: a conduta 
do sujeito). 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
 
3. RESPONSABILIDADE CIVIL NO CDC 
 
→ é objetiva, independe de culpa (isso é imprescindível nas 
relações de consumo).→ Teoria do Risco da Atividade Desenvolvida – cria um risco de 
danos a terceiros. 
? é a contrapartida da livre iniciativa (pode obter lucro, mas 
tem que reparar possíveis danos). 
→ vício – inadequação do produto ou serviço para os fins a que 
se destina. 
→ defeito – diz respeito à insegurança do produto ou serviço. 
* no vício a inadequação não passa do produto ou serviço; no 
defeito passa e atinge pessoas ou bens. 
 
-> Modalidades de responsabilidade civil: 
→ pelo fato do produto (art.12) – é o acidente de consumo. 
? defeito do produto + causa de danos + nexo de causalidade. 
? fornecedor real (fabricante, produtor e construtor). 
? fornecedor presumido (importador). 
? fornecedor aparente (aquele que coloca nome ou marca no 
produto final – franqueados). Responsabilidade solidária com 
o franqueado (art.7º, § único; art.25, §1º e 2º). 
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, 
nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, 
independentemente da existência de culpa, pela reparação 
dos danos causados aos consumidores por defeitos 
decorrentes de projeto, fabricação, construção, 
montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou 
acondicionamento de seus produtos, bem como por 
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua 
utilização e riscos. 
 
Art. 7º Parágrafo único. Tendo mais de um autor a 
ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação 
dos danos previstos nas normas de consumo. 
 
Art.25 
§ 1° Havendo mais de um responsável pela causação do 
dano, todos responderão solidariamente pela reparação 
prevista nesta e nas seções anteriores. 
§ 2° Sendo o dano causado por componente ou peça 
incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis 
solidários seu fabricante, construtor ou importador e o 
que realizou a incorporação. 
 
 
 
→ modalidades de defeito – de concepção ou criação. 
 - de produção ou fabricação. 
 - de informação ou comercialização. 
 11
 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
→ produto defeituoso – art.12, §1º. 
 12
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a 
segurança que dele legitimamente se espera, levando-se 
em consideração as circunstâncias relevantes, entre as 
is: qua
I - sua apresentação; 
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se 
esperam; 
III - a época em que foi colocado em circulação. 
 
→ inovações tecnológicas – art.12, §2º. 
§ 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de 
outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado. 
 
→ hipóteses que o comerciante será responsabilizado – art.13. 
? responsabilidade solidária (igualmente responsável). 
? responsabilidade subsidiária (está no art.13 e não no 
art.12!). 
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos 
os do artigo anterior, quando: term
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o 
importador não puderem ser identificados; 
II - o produto for fornecido sem identificação clara do 
seu fabricante, produtor, construtor ou importador; 
III - não conservar adequadamente os produtos 
perecíveis. 
 
→ direito de regresso é possível (art.13, § único), contudo, 
denunciação da lide não é possível (art88 – estaria retardando a 
tutela do consumidor). 
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao 
prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra 
os demais responsáveis, segundo sua participação na 
causação do evento danoso. 
 
Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste 
código, a ação de regresso poderá ser ajuizada em 
processo autônomo, facultada a possibilidade de 
prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação da 
lide. 
 
-> Excludentes da responsabilidade – art.12, §3º. 
→ III - culpa concorrente não exclui a responsabilidade. 
→ a) comerciante não pode ser terceiro. 
 b) comerciante pode ser terceiro porque a lei não faz nenhum 
distinção. 
→ caso fortuito ou força maior exclui a responsabilidade desde que 
após a colocação do produto no mercado de consumo. 
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou 
ortador só não será responsabilizado quando provar: imp
I - que não colocou o produto no mercado; 
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o 
to inexiste; defei
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
-> Responsabilidade pelo fato do produto – art.14 (independe de 
culpa) 
→ serviço defeituoso – art.14, §1º (responsabilidade solidária). 
→ excludentes da responsabilidade – art.14, §3º. 
- caso fortuito ou força maior exclui desde que após ou durante a 
prestação do serviço (REsp 435865). 
- profissional liberal → inversão do ônus da prova, o profissional 
tem que provar que não agiu com culpa. 
- ao advogado não se aplica o CDC (posição do STJ). 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, 
independentemente da existência de culpa, pela reparação 
dos danos causados aos consumidores por defeitos 
relativos à prestação dos serviços, bem como por 
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua 
fruição e riscos. 
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a 
segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se 
em consideração as circunstâncias relevantes, entre as 
is: qua
I - o modo de seu fornecimento; 
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se 
am; esper
III - a época em que foi fornecido. 
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção 
as técnicas. de nov
§ 3° O fornecedor de serviços só não será 
responsabilizado quando provar: 
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; 
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais 
liberais será apurada mediante a verificação de culpa. 
 
-> Responsabilidade por vício do produto – art.18. 
→ é diferente dos vícios redibitórios do Código Civil: 
a) no CDC os vícios podem ser aparentes ou ocultos; no CC apenas 
ocultos. 
b) no CDC o vício não precisa ser de natureza grave nem 
contemporânea à data da celebração do contrato; no CC necessita. 
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis 
ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de 
qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou 
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes 
diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da 
disparidade, com a indicações constantes do recipiente, 
da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, 
respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, 
podendo o consumidor exigir a substituição das partes 
das. vicia
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta 
dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua 
lha: esco
I - a substituição do produto por outro da mesma 
espécie, em perfeitas condições de uso; 
 13
II - a restituição imediata da quantia paga, 
monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais 
perdas e danos; 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
III - o abatimento proporcional do preço. 
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou 
ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não 
podendo ser inferior a sete nem superior a cento e 
oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de 
prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de 
manifestação expressa do consumidor. 
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das 
alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão 
da extensão do vício, a substituição das partes viciadas 
puder comprometer a qualidade ou características do 
produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto 
essencial. 
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do 
inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível a 
substituição do bem, poderá haver substituição por outro 
de espécie, marca ou modelo diversos, mediante 
complementação ou restituição de eventual diferença de 
preço, sem prejuízo dodisposto nos incisos II e III do 
 deste artigo. § 1°
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será 
responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, 
to quando identificado claramente seu produtor. exce
§ 6° São impróprios ao uso e consumo: 
I - os produtos cujos prazos de validade estejam 
dos; venci
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, 
avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos 
à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em 
desacordo com as normas regulamentares de fabricação, 
distribuição ou apresentação; 
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem 
inadequados ao fim a que se destinam. 
 
→ modalidades de vícios dos produtos: 
a) de qualidade (art.18) – quando o produto é impróprio para o 
consumo. 
- quando é inadequado para os fins a que se destina. 
- que diminua o valor do produto. 
- em desacordo com as informações dele constantes. 
→ o fornecedor tem 30 dias para resolver o problema → se não 
resolver no prazo → art.18, §1º, I, II e III. 
→ pode ser de outra marca, modelo ou espécie (art.18, §4º). 
→ art.84 – é possível a liminar - §3º. 
→ §4º e 5º → possibilidade de multa diária e até busca e 
apreensão. 
→ II – restituição do valor, e há a possibilidade de postular 
perdas e danos. 
→ III – abatimento proporcional ao dano. 
→ §2º - prazo não é fixo (mínimo de 7 e máximo de 180 dias). 
→ §3º - uso imediato dos incisos do §1º (quando compromete a 
qualidade / quando atinge a característica do produto / quando 
diminuir-lhe o valor / quando o produto for essencial). 
 14
* produto in natura → §5º → responsabilidade do fornecedor 
imediato. 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da 
obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a 
tutela específica da obrigação ou determinará 
providências que assegurem o resultado prático 
equivalente ao do adimplemento. 
 
b) de qualidade (art.19, caput) – não apenas o conteúdo, mas 
qualquer disparidade envolvendo o produto. 
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos 
vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas 
as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo 
líquido for inferior às indicações constantes do 
recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem 
publicitária, podendo o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha: 
I - o abatimento proporcional do preço; 
II - complementação do peso ou medida; 
III - a substituição do produto por outro da mesma 
e, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; espéci
IV - a restituição imediata da quantia paga, 
monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais 
s e danos. perda
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do 
artigo anterior. 
§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer 
a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não 
estiver aferido segundo os padrões oficiais 
 
→ Vício do serviço (art. 20) – inadequação que se resume ao 
serviço. 
→ modalidades: 
a) de qualidade – quando impróprio para o consumo (art.20, §2º) 
 - quando lhes diminuírem o valor. 
b) de quantidade – relacionando com as disparidades das 
informações constantes na oferta. 
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios 
de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes 
diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da 
disparidade com as indicações constantes da oferta ou 
mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, 
nativamente e à sua escolha: alter
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e 
quando cabível; 
II - a restituição imediata da quantia paga, 
monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais 
perdas e danos; 
III - o abatimento proporcional do preço. 
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a 
terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do 
or. forneced
§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem 
inadequados para os fins que razoavelmente deles se 
esperam, bem como aqueles que não atendam as normas 
regulamentares de prestabilidade. 
 
 15
* serviço público (art.22) → ter que ser adequado, eficiente e 
seguro (e os essenciais contínuos – art.6º, §3º, lei 8987/95). 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a 
prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos 
usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas 
pertinentes e no respectivo contrato. 
§ 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de 
regularidade, continuidade, eficiência, segurança, 
atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e 
cidade das tarifas. modi
§ 2o A atualidade compreende a modernidade das técnicas, 
do equipamento e das instalações e a sua conservação, 
omo a melhoria e expansão do serviço. bem c
§ 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço 
a sua interrupção em situação de emergência ou após 
vio aviso, quando: pré
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança 
das instalações; e, 
II - por inadimplemento do usuário, considerado o 
interesse da coletividade. 
 
→ art.23 – teoria do risco (responsabilidade civil objetivo). 
Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de 
qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o 
exime de responsabilidade. 
 
→ art.25, caput – não pode haver cláusula que diminua a 
responsabilidade do fornecedor. 
Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula 
que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de 
indenizar prevista nesta e nas seções anteriores. 
 
 
 
-> Prazos decadências e prescricionais no CDC: 
→ art.24 – a garantia legal (“os produto ou serviço devem atender 
aos fins a que se destinam”) independe de termo expresso. 
Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou 
serviço independe de termo expresso, vedada a exoneração 
contratual do fornecedor. 
 
→ art.26 – 30 dias para produtos ou serviços não duráveis. 
 - 90 dias para produtos ou serviços duráveis. 
* ambos para vícios de fácil constatação. 
- vício aparente começa a contar o prazo com a entrega dos 
produtos ou o término do serviço. 
- vício oculto o prazo começa a contar do momento que o vício fica 
evidenciado. 
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou 
ácil constatação caduca em: de f
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço 
e de produtos não duráveis; 
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de 
serviço e de produtos duráveis. 
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir 
da entrega efetiva do produto ou do término da execução 
dos serviços. 
 
 16
→ garantia contratual (art.50) – é complementar à legal. 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
- prazo? Existem duas correntes: 
a) garantia legal incluída na contratual. 
b) garantia legal começa a contar do fim da garantia contratual (é 
o que prevalece!). 
 
 
 
→ art.26, §2º - causas que obstam a decadência. 
 - é a suspensão do prazo prescricional. 
§ 2° Obstam a decadência: 
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo 
consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços 
até a resposta negativa correspondente, que deve ser 
transmitida de forma inequívoca; 
II - (Vetado). 
III - a instauração de inquérito civil, até seu 
encerramento. 
 
→ art.27 – diz respeito à prescrição. 
 - prazo de 5 anos (começa a contar quando se conhece o 
dano e seu autor). 
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação 
pelos danos causados por fato do produto ou do serviço 
prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a 
contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de 
sua autoria. 
 
* vôos internacionais → art.178, CF. 
→ convenção de Varsóvia (2 anos) ou CDC (5 anos)? 
→ o STF adotou a convenção de Varsóvia (2 anos). 
Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dostransportes aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto 
à ordenação do transporte internacional, observar os 
acordos firmados pela União, atendido o princípio da 
reciprocidade. 
 
* empresas de seguros → art.206, §1º, II CC (1 ano) ou CDC (5 
anos)? 
→ o STJ adotou o CC (1 ano). 
→ não está diante de um fato do produto ou do serviço. 
Art. 206. Prescreve: 
§ 1o Em um ano: 
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a 
ste contra aquele, contado o prazo: de
a) para o segurado, no caso de seguro de 
responsabilidade civil, da data em que é citado para 
responder à ação de indenização proposta pelo terceiro 
prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a 
anuência do segurador; 
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador 
da pretensão; 
 
-> Desconsideração da personalidade jurídica no CDC: 
→ art.28 – abuso de direito ou excesso de poder. 
 17
? infração a lei; fato ou ato ilícito. 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
? violação dos estatutos ou contratos sociais. 
? má administração que leve a falência, insolvência e 
inatividade da PJ. 
? quando for imprescindível para que o consumidor receba seus 
direitos. 
 
→ grupos societários e sociedades controladas = responsabilidade 
subjetiva. 
→ sociedade consorciaria = responsabilidade solidária. 
→ sociedade coligada = só responde por culpa (responsabilidade 
subjetiva). 
 
* Obs.: 
 
→ Oferta - no CDC ≠ no CC 
? no CDC vincula a oferta. 
? no CC é um convite a oferta. 
 
→ prazo decadencial – se fala em vício = 30 ou 90 dias. 
 Prazo prescricional – se fala em dano (defeito) = 5 anos. 
 
-> Praticas Comerciais
→ oferta – vincula o fornecedor. 
→ características no CDC – é sinônimo de marketing (técnicas que 
atentam para aproximar o consumidor do produto ou serviço). 
? a informação deve ser precisa (pelo menos o mínimo de 
precisão – ser capaz de persuadir a pessoa a consumir). 
? vinculação da oferta (está atrelada ao marketing, que é 
sinônimo de oferta – é imprescindível – art.30, CDC). O erro 
não exclui a vinculação, a não ser que seja um erro 
grosseiro. 
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente 
precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de 
comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos 
ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer 
veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que 
vier a ser celebrado. 
 
? integra o contrato que vier a ser celebrado – parte final do 
art.30. 
 
→ informação da oferta – deve ser clara (sem excesso de termos 
técnicos). 
? deve ser correta (o que realmente está sendo colocado no 
mercado). 
? deve ser precisa (para evitar termos vagos). 
? deve ser ostensiva (para se evitar as “letrinhas miúdas”). 
 18
? deve ser em língua portuguesa (salvo se o termo estrangeiro 
estiver integrado ao nosso vocabulário ou se for possível a 
precisão). 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
→ art.32 – peças e componentes de reposição. 
 19
Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar 
a oferta de componentes e peças de reposição enquanto 
icação ou importação do produto. não cessar a fabr
Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a 
oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, 
na forma da lei. 
 
→ art.34 – responsabilidade solidária do fornecedor. 
Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é 
solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos 
ou representantes autônomos. 
 
→ art.35 – recusa no fornecimento da oferta. 
? o consumidor pode exigir o cumprimento forçado (art.84 – ação 
de obrigação de fazer, com possível multa diária, pedido de 
liminar, busca e apreensão). 
? o consumidor pode aceitar produto ou serviço equivalente. 
? o consumidor pode pedir a rescisão do contrato, com 
restituição de possível valor pago atualizado mais perdas e 
danos. 
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar 
cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o 
consumidor poderá, alternativamente e à sua livre 
escolha: 
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos 
s da oferta, apresentação ou publicidade; termo
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço 
equivalente; 
III - rescindir o contrato, com direito à restituição de 
quantia eventualmente antecipada, monetariamente 
atualizada, e a perdas e danos. 
 
Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da 
obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a 
tutela específica da obrigação ou determinará 
providências que assegurem o resultado prático 
equivalente ao do adimplemento. 
 
→ Publicidade – toda informação dirigida ao consumidor com objeto 
de promover direta ou indiretamente uma atividade econômica. 
? tem finalidade comercial. 
 
? PRINCÍPIOS: 
1) da identificação → art.36, caput – vedada a publicidade 
clandestina ou subliminar; proibição do merchandising, 
publicidade indireta; o teaser (anúncio do anúncio), não 
viola o princípio. 
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma 
que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique 
como tal. 
Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus 
produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para 
informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, 
técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem. 
 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
2) vinculação contratual – mesma regra da oferta. 
 
3) veracidade – art.37. 
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou 
abusiva. 
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou 
comunicação de caráter publicitário, inteira ou 
parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo 
por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a 
respeito da natureza, características, qualidade, 
quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer 
 dados sobre produtos e serviços. outros
§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade 
discriminatória de qualquer natureza, a que incite à 
violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite 
da deficiência de julgamento e experiência da criança, 
desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de 
induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial 
ou perigosa à sua saúde ou segurança. 
§ 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é 
enganosa por omissão quando deixar de informar sobre 
dado essencial do produto ou serviço. 
 
4) não abusividade. 
5) inversão obrigatória do ônus da prova (decorre de lei, 
não a critério do juiz) – art.38. 
Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da 
informação ou comunicação publicitária cabe a quem as 
patrocina. 
 
6) da transparência (ou fundamentação da publicidade) – 
art.36, § único. 
7) da correção do desvio – contra propaganda (obrigação de 
vincular nova propaganda com os dados corretos) – art.60. 
Art. 60. A imposição de contrapropaganda será cominada 
quando o fornecedor incorrer na prática de publicidade 
enganosa ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus 
parágrafos, sempre às expensas do infrator. 
§ 1º A contrapropaganda será divulgada pelo responsável 
da mesma forma, freqüência e dimensão e, 
preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço e 
horário, de forma capaz de desfazer o malefício da 
publicidade enganosa ou abusiva. 
 
→ PUBLICIDADE ENGANOSA – art.37, §1º e 3º. 
? por comissão – veicula algo que não é real. 
? por omissão – não informa dados essenciais (informação capaz 
de influenciar a conduta do consumidor em adquirir ou não 
determinado produto) do produto ou serviço. 
 
 20
→ elemento subjetivo da publicidade enganosa – é irrelevante a 
vontade do fornecedor para veicular a publicidade enganosa – 
analisa-se a publicidade de forma objetiva, não importa a vontade 
(intensão) do fornecedor. 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
→ capacidade de enganar e erro real– não é necessário o erro 
efetivo para caracterizar a publicidade enganosa, basta o 
potencial. O erro efetivo é mero exaurimento da publicidade 
enganosa. 
 21
 
→ puffing (exagero publicitário – “o mais bonito” ou “o mais 
gostoso”, contudo, não tem uma precisão mínima) – se tiver certa 
precisão é publicidade enganosa. 
 
→ anúncio ambíguo (que tem mais de um sentido) – se um deles for 
falso, toda publicidade será considerada enganosa. 
 
→ PUBLICIDADE ABUSIVA – art.37, §2º. 
? seria uma publicidade antiética. 
? fere a vulnerabilidade d consumidor. 
? fere os valores sociais do consumidor e da coletividade. 
? elemento subjetivo, puffing e anúncio ambíguo – idêntico à 
publicidade enganosa. 
 
→ SPAM – mensagem comercial eletrônica não solicitada. 
? é publicidade abusiva (dependendo pode também ser enganosa). 
? fere a privacidade do consumidor. 
? fere a liberdade do consumidor. 
? causa danos diretos e indiretos. 
 
→ responsabilidade da agência e do veículo de comunicação. 
? solidária – art.7º, § único. 
• Art. 7º, parágrafo único. Tendo mais de um autor a 
ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação 
dos danos previstos nas normas de consumo. 
? objetiva ou subjetiva? → subjetiva – só responde se agiu com 
dolo ou culpa. 
 → objetiva – que é a regra do CDC. 
 
-> PRATICAS ABUSIVAS (art.39 e seguintes) – é a desconformidade 
com os padrões mercadológicos em relação ao consumidor. 
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, 
dentre outras práticas abusivas: 
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço 
ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, 
sem justa causa, a limites quantitativos; 
II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, 
na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, 
ainda, de conformidade com os usos e costumes; 
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação 
, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço; prévia
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do 
consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, 
conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus 
tos ou serviços; produ
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente 
excessiva; 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de 
orçamento e autorização expressa do consumidor, 
ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre 
as partes; 
VII - repassar informação depreciativa, referente a ato 
praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos; 
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto 
ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos 
órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas 
não existirem, pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho 
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial (Conmetro); 
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, 
diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante 
pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação 
regulados em leis especiais; (Redação dada pela Lei nº 
8.884, de 11.6.1994) 
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou 
ços. servi
XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 
22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando da 
ão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999. conver
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de 
sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a 
lusivo critério. seu exc
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do 
legal ou contratualmente estabelecido. 
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos 
remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese 
prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, 
inexistindo obrigação de pagamento. 
 
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a 
entregar ao consumidor orçamento prévio discriminando o 
valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a 
serem empregados, as condições de pagamento, bem como as 
datas de início e término dos serviços. 
§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá 
validade pelo prazo de dez dias, contado de seu 
imento pelo consumidor. receb
§ 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento 
obriga os contraentes e somente pode ser alterado 
mediante livre negociação das partes. 
§ 3° O consumidor não responde por quaisquer ônus ou 
acréscimos decorrentes da contratação de serviços de 
terceiros não previstos no orçamento prévio. 
 
Art. 41. No caso de fornecimento de produtos ou de 
serviços sujeitos ao regime de controle ou de 
tabelamento de preços, os fornecedores deverão respeitar 
os limites oficiais sob pena de não o fazendo, 
responderem pela restituição da quantia recebida em 
excesso, monetariamente atualizada, podendo o consumidor 
exigir à sua escolha, o desfazimento do negócio, sem 
prejuízo de outras sanções cabíveis. 
 
 22
→ classificação – quanto ao momento em que se manifesta no 
processo econômico (produtivas - art.39, VIII; e comerciais). 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
- quanto ao aspecto jurídico contratual (pré-contratual – art.39, 
I; contratual – art.51; e pós-contratual). 
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as 
cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de 
produtos e serviços que: 
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a 
responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer 
natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia 
ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre 
o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a 
indenização poderá ser limitada, em situações 
ficáveis; justi
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da 
quantia já paga, nos casos previstos neste código; 
III - transfiram responsabilidades a terceiros; 
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, 
abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem 
exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a 
idade; eqü
V - (Vetado); 
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo 
nsumidor; do co
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem; 
VIII - imponham representante para concluir ou realizar 
 negócio jurídico pelo consumidor; outro
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o 
contrato, embora obrigando o consumidor; 
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, 
variação do preço de maneira unilateral; 
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato 
unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao 
consumidor; 
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de 
cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe 
seja conferido contra o fornecedor; 
XIII - autorizem o fornecedor a modificar 
unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, 
após sua celebração; 
XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas 
ntais; ambie
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao 
consumidor; 
XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização 
por benfeitorias necessárias. 
§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vontade 
que: 
I - ofende os princípios fundamentais do sistema 
jurídico a que pertence; 
II - restringe direitos ou obrigações fundamentais 
inerentes à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar 
seu objeto ou equilíbrio contratual; 
III - se mostra excessivamente onerosa para o 
consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do 
contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias 
iares ao caso. 
 23
pecul
§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não 
invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, 
apesar dos esforços de integração, decorrer ônus 
excessivo a qualquer das partes. 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
§ 3° (Vetado). 
§ 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o 
represente requerer ao Ministério Público que ajuíze acompetente ação para ser declarada a nulidade de 
cláusula contratual que contrarie o disposto neste 
código ou de qualquer forma não assegure o justo 
equilíbrio entre direitos e obrigações das partes. 
 
→ sanções – administrativas (suspensão de licença). 
 - penais. 
 - civis (reparação de danos). 
→ o rol do art.39 é exemplificativo. 
- I = venda casada. 
- II = recusar atendimento (exemplo do táxi). 
- III = pedido não feito é igual a amostra grátis. 
- V = vantagem excessiva = art.51, §1º. 
- VI = não basta a entrega do orçamento, é necessário a 
autorização. 
- VIII = prática abusiva produtiva. 
 
→ Cobrança de Dívidas – art.42. 
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor 
inadimplente não será exposto a ridículo, nem será 
submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. 
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia 
indevida tem direito à repetição do indébito, por valor 
igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de 
correção monetária e juros legais, salvo hipótese de 
engano justificável. 
 
→ o art.42 do CDC fala em cobrar dívida (extrajudicialmente). 
→ se a cobrança for judicial – art.940 do CC (fala em demanda). 
Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no 
todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou 
pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao 
devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado 
e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo 
se houver prescrição. 
 
→ independente de a cobrança ser judicial ou extrajudicial = usa-
se o CDC em qualquer caso. 
 
→ Banco de Dados e Cadastros – art.43. 
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 
86, terá acesso às informações existentes em cadastros, 
fichas, registros e dados pessoais e de consumo 
arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas 
fontes. 
§ 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser 
objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil 
compreensão, não podendo conter informações negativas 
entes a período superior a cinco anos. 
 24
refer
§ 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados 
pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito 
ao consumidor, quando não solicitada por ele. 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
§ 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos 
seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata 
correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias 
úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários 
nformações incorretas. das i
§ 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a 
consumidores, os serviços de proteção ao crédito e 
congêneres são considerados entidades de caráter 
público. 
§ 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de 
débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos 
respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer 
informações que possam impedir ou dificultar novo acesso 
ao crédito junto aos fornecedores. 
 
→ §1º e 5º - máximo de 5 anos para as informações ficarem no 
cadastro e prazo da prescrição da ação de cobrança. 
→ súmula 323 STJ. 
Súmula 323 STJ 
A inscrição de inadimplente pode ser mantida nos 
serviços de proteção ao crédito por, no máximo, cinco 
anos. 
 
→ Proteção Contratual 
→ princípios: 
- rompimento com a tradição privatista prevista no CC. 
- conservação dos contratos – art.51, §2º. 
- boa-fé objetiva – analisam-se as regras de conduta. 
- equivalência e equilíbrio. 
- igualdade (tratar os iguais igualmente e os desiguais 
desigualmente). 
- transparência – art.46 – conhecimento prévio. 
Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo 
não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a 
oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu 
conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem 
redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu 
sentido e alcance. 
 
- vulnerabilidade do consumidor (tanto técnica como econômica). 
- nenhuma forma de abuso de direito (dever de cooperação entre as 
partes e dever de cuidado – segurança). 
- protecionismo do consumidor – art.47. 
Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de 
maneira mais favorável ao consumidor. 
 
- interpretação mais favorável ao consumidor – art.47. 
- vinculação pré-contratual – art.48. 
Art. 48. As declarações de vontade constantes de 
escritos particulares, recibos e pré-contratos relativos 
às relações de consumo vinculam o fornecedor, ensejando 
inclusive execução específica, nos termos do art. 84 e 
parágrafos. 
 
 25
 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
→ Principais Modalidade de Contratos de Consumo 
→ contrato de adesão – art.54, caput. 
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas 
tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou 
estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de 
produtos ou serviços, sem que o consumidor possa 
discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. 
 
- o consumidor não participa de sua elaboração. 
- inserção de cláusula não o desconfigura – art.54, §1º. 
§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura 
a natureza de adesão do contrato. 
 
- resolução alternativa de escolha exclusiva do consumidor – 
art.54, §2º. 
§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula 
resolutória, desde que a alternativa, cabendo a escolha 
ao consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2° do 
artigo anterior. 
 
- regido em termos claros, com caracteres ostensivos e legíveis – 
art.54, §3º. 
§ 3° Os contratos de adesão escritos serão redigidos em 
termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, de 
modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor. 
 
- cláusulas que limitem o direito do consumidor devem estar em 
destaque (súmula 302 STJ – cláusula abusiva). 
Súmula 302 STJ 
É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que 
limita no tempo a internação hospitalar do segurado. 
 
→ Compras realizadas fora do estabelecimento comercial – art.49. 
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no 
prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de 
recebimento do produto ou serviço, sempre que a 
contratação de fornecimento de produtos e serviços 
ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente 
por telefone ou a domicílio. 
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de 
arrependimento previsto neste artigo, os valores 
eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo 
de reflexão, serão devolvidos, de imediato, 
monetariamente atualizados. 
 
→ prazo de reflexão (de arrependimento) = 7 dias (é o mínimo – 
prazo legal). 
- serve para evitar a compra por impulso. 
- e pela impossibilidade de testar o produto ou serviço. 
→ gera efeito “ex tunc” = retroage como se a relação não tivesse 
acontecido. 
 
→ Cláusula Abusiva – art.51 
→ podem ser reconhecidas de ofício pelo juiz. 
 26
→ produz efeito “ex tunc” = retroage como se não tivesse existido. 
www.resumosconcursos.com 
Apostila: Direito do Consumidor – por Rodrigo Luiz Freitas Silva 
 
 
 
→ I = proibição absoluta na primeira parte; e relativa na segunda, 
consumidor PJ. 
→ III = contratação de seguro – art.101, II; no rito sumário 
envolvendo relação jurídica de consumo prevalece o CPC. 
Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do 
fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do 
disposto nos Capítulos I e II deste título, serão 
adas as seguintes normas: observ
II - o réu que houver contratado seguro de 
responsabilidade poderá chamar ao processo o segurador, 
vedada a integração do contraditório pelo Instituto de 
Resseguros do Brasil. Nesta hipótese, a sentença que 
julgar procedente o pedido condenará o réu nos termos do 
art. 80 do Código de Processo Civil. Se o réu houver 
sido declarado falido, o síndico será intimado a 
informar a existência de seguro de responsabilidade, 
facultando-se, em caso afirmativo, o ajuizamento de ação 
de indenização diretamente contra o segurador, vedada a 
denunciaçãoda lide ao Instituto de Resseguros do Brasil 
e dispensado o litisconsórcio obrigatório com este. 
 
Obs.: 
 
→ Propaganda pode ter fins ideológicos, filosóficos, religiosos, 
políticos ou sociais. 
 
→ Oferta no CC – o comerciante só ficava obrigado pela oferta com 
a aceitação do oblato. 
- art.427 
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se 
o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do 
negócio, ou das circunstâncias do caso. 
 
→ toda publicidade vincula uma informação, mas nem toda informação 
é publicidade. 
 27

Outros materiais