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<p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO</p><p>CAMPUS SANTA INÊS</p><p>CURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEM</p><p>PARASITOLOGIA</p><p>PROF: DENIS RÔMULO</p><p>Plasmodium</p><p>MALÁRIA</p><p>DISCENTES:</p><p>Alice Daniele Mendes Amorim</p><p>Júlia Sousa Bezerra</p><p>Júllia Karolinne Maciel Ericeira</p><p>Layra Layana Cantanhede Henrique</p><p>Maria Eduarda Lima Silva</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A malária é uma doença infecciosa, causada por protozoários transmitido pela fêmea infectada do mosquito anófeles</p><p>É uma das principais doenças parasitárias no mundo, afetando principalmente áreas tropicais e subtropicais.</p><p>HISTÓRICO</p><p>Desde os tempos antigos, a malária é documentada em várias culturas ao redor do mundo.</p><p>Descoberta do parasita em 1880, por Alphonse Laveran</p><p>Descoberta da transmissão 1897, por Ronald Ross</p><p>CLASSIFICAÇÃO</p><p>Reino: Protista</p><p>Filo: Apicomplexa</p><p>Família: Plasmodiidae</p><p>Gênero: Plasmodium</p><p>Espécie: P. Falciparum, P. vivax, P.malariae, P.ovale</p><p>PLASMODIUM</p><p>P. Falciparum: é a espécie mais mortal e causa a forma mais grave de malária</p><p>P. Vivax: Segunda espécie mais comum e amplamente distribuída</p><p>P. malariae: menos comum, porém crônica.</p><p>P. ovale: espécie rara, com prevalência na África ocidental e partes da ásia</p><p>MORFOLOGIA</p><p>Formas evolutivas com capacidade de invadir células hospedeiras:</p><p>Esporozoítos</p><p>Merozoítos</p><p>Oocineto</p><p>MORFOLOGIA</p><p>Esquizonte:</p><p>Forma multinucleada, mas com citoplasma único</p><p>Resultado de repetidas divisões esquizogônicas</p><p>MORFOLOGIA</p><p>Trofozoíto jovem de P. falciparum (A) e maduro de P. vivax (B)</p><p>Trofozoítos</p><p>Jovens: Formam um vacúolo que tem a forma de um anel que posteriormente torna-se menos evidente</p><p>Maduros: apresentam citoplasma amebóide</p><p>MORFOLOGIA</p><p>Gametócitos</p><p>Microgameta: célula flagelada originária do processo de exflagelação, sendo constituída de uma membrana que envolve o núcleo e o único flagelo</p><p>Macrogameta: célula que apresenta uma estrutura proeminente na superfície, por onde se dá a penetração do microgameta</p><p>EPIDEMIOLOGIA</p><p>Acontece em locais tropicas e subtropicais</p><p>No Brasil, a região endêmica para essa patologia é a Amazônia.</p><p>Local precário financeiramente, com baixa assistência médica, o que beneficia o alto índice da doença.</p><p>Ciclo de vida do Plasmodium no hospedeiro intermediário</p><p>Cada espécie de Plasmodium tem sua preferência por qual tipo de hemácia ele tem mais finalidade.</p><p>Plasmodium Malariae: prefere hemácias mais maduras</p><p>Plasmodium Vivax: prefere hemácias mais imaturas</p><p>Plasmodium Falciparum: qualquer tipo de hemácias.</p><p>TRANSMISSÃO</p><p>A malária é transmitida através da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles infectada por uma ou mais espécies de protozoário do gênero Plasmodium.</p><p>Os locais preferenciais são coleções de água limpa, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na Amazônia.</p><p>O ciclo de transmissão envolve: o plasmódio (parasito), o anofelino (mosquito vetor) e o homem.</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>ACESSO MALÁRICO</p><p>Fases do Ataque Paroxístico:</p><p>Fase de Calafrios (Fria)</p><p>Fase Febril (Quente)</p><p>Fase de Sudorese</p><p>ACESSO MALÁRICO</p><p>Febre Terçã e Febre Quartã:</p><p>Estes padrões são característicos de diferentes espécies de Plasmodium e têm implicações clínicas importantes.</p><p>ACESSO MALÁRICO</p><p>Febre Terçã:</p><p>A cada 48h</p><p>Espécies Causadoras:</p><p>Plasmodium vivax: regiões tropicais e subtropicais.</p><p>Plasmodium ovale: encontrado na África e em algumas partes da Ásia.</p><p>Manifestações Clínicas:</p><p>Entre os episódios, os pacientes podem se sentir relativamente bem, mas a repetição dos episódios pode levar à fadiga, anemia e esplenomegalia.</p><p>ACESSO MALÁRICO</p><p>Febre Quartã:</p><p>A cada 72h</p><p>Espécies Causadoras:</p><p>"Plasmodium malariae: É a principal espécie responsável pela febre quartã. Embora menos comum que P. vivax e P. falciparum, P. malariae tem uma distribuição global e pode causar infecções crônicas."</p><p>Manifestações Clínicas:</p><p>Os episódios de febre quartã são caracterizados por febre alta, calafrios e sudorese a cada três dias.</p><p>ACESSO MALÁRICO</p><p>Malária Não Complicada:</p><p>Cefaleia</p><p>Mialgia e artralgia</p><p>Fadiga e mal-estar</p><p>Náuseas e vômitos</p><p>Anemia leve devido à destruição das hemácias</p><p>Esplenomegalia, ou aumento do baço, que tenta filtrar os eritrócitos infectados.</p><p>ACESSO MALÁRICO</p><p>Malária Complicada:</p><p>Anemia grave</p><p>Insuficiência renal aguda</p><p>Síndrome de angústia respiratória aguda (SARA)</p><p>Hipoglicemia</p><p>Distúrbios de coagulação</p><p>Edema pulmonar</p><p>Disfunção hepática</p><p>Distúrbios neurológicos, como malária cerebral</p><p>RESISTÊNCIA NATURAL</p><p>Fatores Genéticos:</p><p>Anemia Falciforme:</p><p>A anemia falciforme é uma condição genética em que as hemácias assumem uma forma de foice.</p><p>Deficiência de G6PD:</p><p>"A deficiência de G6PD é uma condição hereditária em que há uma menor atividade da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase.</p><p>Outras Mutações Genéticas:</p><p>Outras mutações genéticas, como a ovalocitose hereditária do sudeste asiático e a talassemia.</p><p>RESITÊNCIA NATURAL</p><p>Imunidade Adquirida:</p><p>Exposição Repetida:</p><p>Em regiões endêmicas, a exposição repetida ao parasita Plasmodium pode levar ao desenvolvimento de uma imunidade parcial</p><p>Resposta Imunológica:</p><p>A resposta imunológica ao Plasmodium envolve tanto a imunidade inata quanto a adaptativa</p><p>RESISTÊNCIA NATURAL</p><p>Exemplos de Resistência Natural:</p><p>Populações Africanas</p><p>Imunidade Natural em Regiões Endêmicas</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>Exame microscópico de gota espessa e esfregaço fino</p><p>Testes rápidos de diagnóstico (TRD)</p><p>Reação em cadeia polimerase (PCR)</p><p>Clínico</p><p>TRATAMENTO</p><p>Os antimaláricos são escolhidos de acordo com:</p><p>Gravidade da doença (critérios clínicos e laboratoriais)</p><p>Plasmodium infectante</p><p>Padrões conhecidos de resistência das cepas na região de aquisição</p><p>Eficácia e efeitos adversos dos fármacos disponíveis</p><p>TRATAMENTO</p><p>Plasmodium falciparum:</p><p>Infecção Não Complicada</p><p>Arteméter-lumefantrina:</p><p>Adultos: 20 mg de arteméter e 120 mg de lumefantrina, duas vezes ao dia por três dias.</p><p>Crianças: Dosagem baseada no peso, seguindo as orientações específicas do fabricante.</p><p>Artesunato-amodiaquina:</p><p>Adultos: 4 mg/kg de artesunato e 10 mg/kg de amodiaquina, uma vez ao dia por três dias.</p><p>Artesunato-mefloquina:</p><p>Adultos: 4 mg/kg de artesunato por três dias e 15 mg/kg de mefloquina no segundo dia (dividido em duas doses).</p><p>TRATAMENTO</p><p>Malária por Plasmodium vivax</p><p>Infecção Não Complicada</p><p>Cloroquina:</p><p>Adultos: 600 mg (base) no primeiro dia, seguido de 300 mg após 6 a 8 horas e 300 mg nos dias 2 e 3.</p><p>Primaquina:</p><p>Adultos: 30 mg diários por 14 dias (após teste de deficiência de G6PD).</p><p>Crianças: 0.25-0.5 mg/kg/dia por 14 dias.</p><p>TRATAMENTO</p><p>Malária por Plasmodium malariae e ovale</p><p>Infecção Não Complicada</p><p>Cloroquina:</p><p>Adultos: 600 mg (base) no primeiro dia, seguido de 300 mg após 6 a 8 horas e 300 mg nos dias 2 e 3.</p><p>Primaquina (para P. ovale):</p><p>Adultos: 30 mg diários por 14 dias (após teste de deficiência de G6PD).</p><p>TRATAMENTO DE MALÁRIA GRAVE</p><p>Para casos graves de malária (geralmente causados por P. falciparum):</p><p>Artesunato intravenoso:</p><p>Posologia: 2,4 mg/kg, intravenoso, nas horas 0, 12, e 24, e depois uma vez por dia até que a troca para a terapia oral seja possível.</p><p>Quinina intravenosa:</p><p>Adultos: Dose inicial de 20 mg/kg, seguido de 10 mg/kg a cada 8 horas até a troca para terapia oral.</p><p>PROFILAXIA</p><p>Medicamentos Profiláticos</p><p>Mefloquina (Lariam)</p><p>Posologia: 250 mg (1 comprimido) uma vez por semana.</p><p>Início: 1 a 2 semanas antes da chegada à área endêmica.</p><p>Continuação: Durante a estadia na área endêmica e por 4 semanas após a saída.</p><p>Atovaquona-proguanil (Malarone)</p><p>Posologia: 1 comprimido diário.</p><p>Início: 1 a 2 dias antes da chegada à área endêmica.</p><p>Continuação: Durante a estadia e por 7 dias após a saída.</p><p>PROFILAXIA</p><p>Cloroquina:</p><p>Posologia: 500 mg (300 mg base) uma vez por semana.</p><p>Início: 1 a 2 semanas antes da chegada à área endêmica.</p><p>Continuação: Durante a estadia e por 4 semanas após a saída.</p><p>Primaquina</p><p>Posologia: 30 mg uma vez por dia.</p><p>Início: 1 a 2 dias antes da chegada à área endêmica.</p><p>Continuação: Durante a estadia e por 7 dias após a saída.</p><p>PROFILAXIA</p><p>Medidas Adicionais de Prevenção:</p><p>Uso de Repelentes</p><p>Roupas de Proteção</p><p>Mosquiteiros</p><p>Evitar Horários de Picos de Mosquitos</p><p>Inseticidas Ambientais</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>NEVES, David Pereira ... [et ali.]. Parasitologia humana. 11 São Paulo: Atheneu, 2011.</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image10.png</p><p>image11.png</p><p>image12.png</p><p>image13.png</p><p>image14.png</p><p>image15.png</p><p>image16.png</p><p>image17.png</p><p>image18.png</p><p>image19.png</p><p>image20.png</p><p>image21.png</p><p>image22.png</p><p>image23.png</p><p>image24.png</p><p>image25.png</p><p>image26.png</p><p>image27.png</p><p>image28.png</p><p>image29.png</p><p>image30.png</p><p>image31.png</p><p>image32.png</p><p>image33.png</p><p>image34.png</p><p>image35.png</p><p>image36.png</p><p>image37.png</p><p>image38.png</p><p>media1.mp4</p><p>image39.png</p><p>image40.png</p><p>image41.gif</p>