Buscar

Violação de comunicação Direito Penal

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Violação de comunicação: Telefônica, Radielétrica ou Telegráfica.
Impedimento de Comunicação
Correspondência Comercial
Crimes contra a inviolabilidade de segredos
VIOLAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA 
A PRÓPRIA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NO SEU CAPÍTULO CORRESPONDENTE AOS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS ASSEVERA, NO INCISO XII DO SEU ART. 5º :
 
 XII- É INVIOLÁVEL O SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E DAS COMUNICAÇÕES TELEGRÁFICAS, DE DADOS E DAS COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS, SALVO NO ULTIMO CASO, POR ORDEM JUDICIAL, NAS HIPÓTESES E NA FORMA QUE A LEI ESTABELECER PARA FINS DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL OU INSTITUIÇÃO PROCESSUAL PENAL; 
PERCEBE-SE, PORTANTO, SER UM DIREITO FUNDAMENTAL DO SER HUMANO A LIBERDADE DE COMUNICAÇÃO RESERVADA, OU SEJA, NÃO DESTINADA AO PÚPLICO EM GERAL, POR MEIO DO QUAL O SUJEITO POSSA EXPRESSAR SEUS SENTIMENTOS SEM QUE, QUALQUER PESSOA, QUE NÃO SEJA AQUELA PARA QUAL É DIRIGIDA A CORRESPONDÊNCIA, POSSA TER CONHECIMENTO DO SEU CONTEÚDO. 
ESSA GARANTIA CONSTITUCIONAL É ESTENDIDA À LEI PENAL QUE PUNE OS FATOS EM QUE SE VIOLA A LIBERDADE DE SIGILO DA CORRESPONDÊNCIA.
O CAPUT DO ART. 151, CP, FOI REVOGADO PELA LEI DE N 6.538 DE 22 DE JUNHO DE 1978, QUE PASSOU A DISCIPLINAR O CRIME DE VIOLAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA E ASSEMELHADOS. 
CAPUT DO ART. 151,CP:
 DEVASSAR, INDEVIDAMENTE O CONTEÚDO DE CORRESPONDÊNCIA FECHADA DIRIGIDA A OUTREM:
PENA- DETENÇÃO DE 1 A 6 MESES, OU MULTA. 
OBS: EQUIVOCADAMENTE OS CÓDIGOS DAS PRINCIPAIS EDITORAS DO PAÍS, TAIS COMO SARAIVA, REVISTA DOS TRIBUNAIS, FORENSE, ENTRE OUTRAS, MANTEM EM SEUS TEXTOS, TANTO NOS CÓDIGOS TRADICIONAIS QUANTO NOS ANOTADOS, A REDAÇÃO DO TEXTO REVOGADO, INDUZINDO GERAÇÕES E GERAÇÕES A ERRO. 
A CORRESPONDÊNCIA DE QUE TRATA O ARTIGO É A FECHADA, CUJO CONTEÚDO É PRESERVADO DO CONHECIMENTO DAS DEMAIS PESSOAS QUE NÃO SEJAM O DESTINATÁRIO. E NÃO CORRESPONDÊNCIA ABERTA, POIS ASSIM PRESUME-SE QUE O CONTEÚDO POSSA SER CONHECIDO POR TODOS.
JÁ O DEVASSAMENTO DEVE SER EFETUADO INDEVIDAMENTE, VALE DIZER, SEM O CONSENTIMENTO DE QUEM É DE DIREITO. O PRÓPRIO TERMO INDEVIDAMENTE NOS FORNECE A IDEIA DE COMPORTAMENTO ILÍCITO.
OBJETO MATERIAL DO DELITO EM ESTUDO: É A CORRESPONDÊNCIA, UMA VEZ QUE A CONDUTA DO AGENTER É DIRIGIDA FINALISTICAMENTE A DEVASSÁ-LA, OU SEJA, TOMAR CONHECIMENTO TOTAL OU PARCIALMENTE DO SEU CONTEÚDO. 
BEM JURIDICAMENTE PROTEGIDO: NO SENTIDO AMPLO É A LIBERDADE INDIVIDUAL E, MAIS ESPECIFICAMENTE, A INVIOLABILIDADE DO SIGILO DA CORRESPONDÊCIA.
SUJEITO PASSIVO : TANTO O REMETENTE QUANTO O DESTINATÁRIO SÃO CONSIDERADOS SUJEITOS PASSIVOS DO DELITO, UMA VEZ QUE AMBOS SOFREM COM A CONDUTA LEVADA A EFEITO PELO AGENTE.
SUJEITO ATIVO: QUALQUER PESSOA PODE PRATICAR ESSE DELITO, EXCETO O REMETENTE E O DESTINATÁRIO. 
VIOLAÇÃO DE COMUNICAÇÃO
TELEGRÁFICA, RADIOELÉTRICA OU TELEFÔNICA
O SS 1 E INCISOS I E II DO ART.151 DO CP DISSE QUE TAMBÉM INCORRERIA NAS PENAS CORRESPONDENTES À VIOLAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA:
 I- QUEM SE APOSSA INDEVIDAMENTE DE CORRESPONDÊNCIA ALHEIA, EMBORA NÃO FECHADA E, NO TODO OU EM PARTE, A SONEGA OU DESTRÓI;
 II- QUEM INDEVIDAMENTE DIVULGA, TRANSMITE A OUTREM OU UTILIZA ABSOLUTAMENTE COMUNICAÇÃO TELEGRÁFICA OU RADIOELÉTRICA DIRIGIDA A TERCEIRO, OU CONVERSAÇÃO TELEFÔNICA ENTRE PESSOAS; 
SONEGAR: NO SENTIDO EMPREGADO PELA LEI PENAL DEVE SER ENTENDIDA COMO FAZER COM QUE A CORRESPONDÊNCIA NÃO CHEGUE AO CONHECIMENTO DO DESTINATÁRIO.
DESTRUIR: DEVE SER COMPREENDIDO COMO INUTILIZAR, TOTAL OU PARCIALMENTE A CORRESPONDÊNCIA. 
Elementos subjetivos
O crime só é punível a título de dolo que consiste na vontade livre de devassar a correspondência alheia.
O erro de tipo exclui a tipicidade do comportamento (é possível que uma pessoa abra a correspondência de terceiro supondo tratar-se de correspondência própria).
Consumação e tentativa
A consumação se dá a partir da tomada de conhecimento do conteúdo da correspondência. A tentativa é admissível. Suponha que o sujeito seja interrompido ao tentar violar um lacre de uma carta para tomar conhecimento do seu conteúdo.
Destaques:
Interceptação de correspondência de presos: o preso tem direito de receber cartas, direito de privacidade mas não é um direito absoluto. 
Violação de correspondência entre marido e mulher: não constitui crime, é atípico.
Crime impossível: quando o agente não possui menor possibilidade de conhecer o conteúdo da carta.
Correspondência Comercial
Conceito: “Abusar da condição de sócio ou empregado de estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo.” (Art. 152, CP) 
Pena: Detenção, de três meses a dois anos.
Sujeito ativo – Sócio ou empregado de estabelecimento comercial.
Sujeito passivo – A pessoa jurídica da qual o sujeito ativo é empregado ou sócio.
Tipicidade - A conduta realiza-se por meio das seguintes ações: desviar, sonegar, subtrair ou suprimir, no todo ou em parte, a correspondência comercial.
Desviar é dar destino diverso
Sonegar é ocultá-la
Subtrair é tirá-la de quem a detém
Suprimir é destruí-la
É essencial que o conteúdo da correspondência tenha natureza comercial ou industrial, isto é, que diga respeito às atividades da empresa remetente.
O bem jurídico protegido é a liberdade de comunicação do pensamento realizado por intermédio de correspondência comercial.
O delito é punido apenas em forma dolosa, devendo o agente agir com consciência de sua conduta.
AÇÃO PENAL: é pública, condicionada à representação da pessoa jurídica ofendida.
IMPEDIMENTO DE COMUNICAÇÃO
Violação de correspondência:
Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a outrem:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Sonegação ou destruição de correspondência
§ 1º - Na mesma pena incorre:
I - quem se apossa indevidamente de correspondência alheia, embora não fechada e,
no todo ou em parte, a sonega ou destrói;
Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou telefônica
II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou utiliza abusivamente
comunicação telegráfica ou radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica
entre outras pessoas;
III - quem impede a comunicação ou a conversação referidas no número anterior;
IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho radioelétrico, sem observância de
disposição legal.
§ 2º - As penas aumentam-se de metade, se há dano para outrem.
§ 3º - Se o agente comete o crime, com abuso de função em serviço postal, telegráfico,
radioelétrico ou telefônico:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
§ 4º - Somente se procede mediante representação, salvo nos casos do § 1º, IV, e do § 3º.
Artigo 5°, XII, CF - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal
IMPEDIMENTO DE COMUNICAÇÃO
Também é crime impedir a comunicação ou conversação efetuada por meio de telegrafo, radio ou telefone. Qualquer pessoa pode cometer o delito, mas a “autoridade que impedir ou embaraçar a liberdade de radiodifusão ou da televisão, fora dos casos autorizados em lei, incidirá, no que couber, na sanção do art. 322 do Código Penal.”
A conduta típica é impedir, ou seja, obstar, interromper, de qualquer forma a comunicação ou conversação. O dolo é a vontade de impedir a comunicação, não se registrando na lei conduta típica culposa. Consuma-se o crime com a interrupção da comunicação ou conversação, nada impedindo a tentativa.
Declaração Universal dos Direitos Humanos, no seu artigo XII reza que - Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210 de 11 de Julho de 1984), no seu art. 41. Constituem direitos do preso:
XV
- contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
O Código Penal não tipifica a violação de correspondência eletrônica como crime.
Código Penal, criado em 1940.
Art. 151 – Devassar o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a outrem. 
O conceito de correspondência nos é dada pela lei n° 6.538/78 em seu art. 47 ( toda comunicação pessoa a pessoa. Por meio de carta, através de via postal ou telegrama ).
Na Lei Federal 9.296, de 24 de julho de 1996, no art. 10 (Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei).
CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS
 
 
 
	Desde a Idade Média a divulgação de segredo, era considerado crime de injúria.
	No Brasil, as Ordenações Filipinas protegiam apenas os segredos da casa real.
	O Código Penal de 1890 somente tutelava o sigilo da correspondência contra os abusos dos funcionários do governo.
	O Código Penal de 1940 ampliou a tutela da inviolabilidade dos segredos passando a tipificar também a divulgação do conteúdo de documento particular.
 
BEM JURÍDICO PROTEGIDO
 
A Constituição Federal de 1988 assegura o sigilo da vida íntima, dispondo expressamente que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas” (art.5º, X).
	Tutela-se a liberdade individual, a esfera de segredos, deve ser resguardada da indiscrição alheia.
	O art. 153 do Código Penal, responsabiliza criminalmente aquele que divulga, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, que tenha a possibilidade de produzir dano a outrem.
 
SUJEITOS ATIVO E PASSIVO
Somente podem ser considerados sujeito ativo do delito previsto no art. 153 do Código Penal, o destinatário e o detentor do documento particular ou da correspondência confidencial.
	Sujeito passivo pode ser qualquer pessoa, que com a divulgação do conteúdo do documento particular ou correspondência confidencial corre o risco de sofrer dano, podendo ser o próprio remetente.
 
TIPICIDADE OBJETIVA E SUBJETIVA
A conduta típica consiste em divulgar, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem. 
	Tipo Objetivo significa que a divulgação do segredo deve ser apta a provocar dano material ou moral a terceiro, ou seja, deve encerrar a possibilidade de prejudicar alguém.
	Tipo Subjetivo é composto pelo dolo, consciência e vontade de divulgar, sem justa causa, segredo capaz de produzir dano a outrem.
PENAL e AÇÃO PENAL
A violação de segredo é punida com a pena de detenção de 1(um) a 6 (seis) meses, ou multa, sendo que na forma qualificada, prevista pelo §1º.-A, a pena cominada é de detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
	A ação penal é de iniciativa pública condicionada à representação, quanto ao § 1º. Art. 153, quando resultar prejuízo para a Administração Pública § 2º. Do art. 153, será de iniciativa pública incondicionada.
VIOLAÇÃO DO SEGREDO PROFISSIONAL
 
No Brasil, o Código Penal de 1890, agasalhou o delito de violação do segredo profissional, inserindo entre os crimes contra o livre gozo e exercício dos direitos individuais.
BEM JURÍDICO PROTEGIDO :
 
	A Constituição Federal de 1988 assegura o sigilo da vida íntima, dispondo expressamente que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas” (art.5º, X).
 O art. 154 do Código Penal, tipifica o comportamento do agente que sem justa causa, revela a alguém segredo que teve ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, revelação capaz de produzir dano a outrem.
TIPICIDADE OBJETIVA E SUBJETIVA
A conduta típica consiste em revelar, sem justa causa, segredo de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem.
	Tipo objetivo a divulgação do segredo deve ser hábil a provocar dano material ou moral público ou privado, pessoal ou familiar, àquele que o transmite ao confidente ou a outra pessoa, ou seja, deve encerrar a possibilidade de prejudicar alguém.
	Tipo subjetivo é composto pelo dolo (direto ou eventual),isto é, pela consciência e vontade de revelar, sem justa causa, segredo capaz de produzir dano a outrem. 
PENAL e AÇÃO PENAL
 
Comina-se ao delito de violação do segredo profissional, alternativamente, pena de detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
	A ação penal é pública condicionada à representação.
BIBLIOGRAFIA:
PRADO, Luiz Regis , Curso de Direito Penal Brasileiro, volume 2, Parte Especial, Editora Revista dos Tribunais Ltda. São Paulo.
GRECO, Rogério, Curso de Direito Penal, volume II, Parte Especial, 6ª. Edição, Editora Impetus, Rio de Janeiro.
Componentes:
Aline Pamponet
Aline Barbosa
Ana Rosa
Evelin Alexia
Hortencia Marques
Iago Bantim
Ricardo Neto

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais