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SLIDES 1 e 2
O nosso Código Penal, em seu artigo 151, de modo claro e evidente, constitui como crime a violação da correspondência:
"Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a outrem.”
Para se falar de um assunto de suma importância, como este, não poderíamos deixar de evidenciar, nesta introdução, o que dispõe a nossa Constituição de 1988, em seu artigo 5o, XII:
"É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal".
É, portanto, o violador de correspondência, o sujeito que responde pelo crime constitucional e passivo da penalidade que lhe imputa o nosso Código Penal.
SLIDE 3
Crime comum em relação ao sujeito ativo, bem como quanto ao sujeito passivo; doloso, de mera conduta; de forma livre; comissivo ou comissivo por omissão (desde que o agente se encontre na posição de garantidor); monossubjetivo; plurissubsistente; instantâneo, podendo ser de efeitos permanentes na hipótese de destruição; de dupla subjetividade passiva (pois tanto o remetente quanto o destinatário são considerados sujeitos passivos desse delito).
SLIDE 4
O tipo de violação de correspondência tem, em sentido amplo, como bem juridicamente protegido a liberdade individual e, mais especificamente a inviolabilidade do sigilo de correspondência, conforme verificado no artigo 40 da lei nº6538/78 e na própria CF, no capítulo correspondente aos direitos e deveres individuais e coletivos, lê-se art. 5º. A correspondência é o objeto material do delito em estudo, uma vez que a conduta do agente é dirigida finalisticamente a devassá-la, isto é, tomar conhecimento de seu conteúdo.
SLIDE 12
Qualquer pessoa pode praticar o delito tipificado no art.151 do CP, à exceção é claro do remetente e do destinatário, conquanto, ambos são considerados sujeitos passivos do crime, já que ambos sofrem a conduta praticada por um terceiro.
SLIDE 6
Está previsto no inciso I, § 1º, do art. 151 e refere-se ao caso em que o agente se apossa de correspondência, fechada ou aberta, e a sonega ou a destrói. Não há a necessidade de conhecimento do conteúdo. Trata-se de crime doloso, devemos ter a vontade consciente de apossar-se de correspondência com a finalidade de destruí-la ou sonegá-la. Consuma-se com o simples apossamento do material pelo agente, desde que tenha a intenção de destruir ou sonegar. A tentativa é admitida quando, v.g., "o agente não consegue a subtração por circunstâncias alheias à sua vontade". Não há que se confundir a tentativa com ocultação ou danificação parcial.
SLIDE 7
Conforme disposto no inciso II "quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou utiliza abusivamente comunicação telegráfica ou radioelétrica dirigida à terceiro, ou conversação telefônica entre outras pessoas". Temos, ainda, a proteção à liberdade de correspondência entre pessoas, através de meio telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico. Será punido quem praticar as ações descritas. A primeira é divulgar, ou seja, tornar público, difundir, o conteúdo da comunicação. A transmissão a outrem também será punida, como percebemos, não é necessário que muito venham a conhecer a informação, basta uma só pessoa. A utilização é aproveitar-se, fazer uso, seja com finalidade moral ou material. A consumação configura-se com a divulgação, o uso ou a transmissão da informação em questão. Sendo crime plurissubsistente, nada impede a tentativa.
SLIDE 8
Cada uma das infrações penais previstas pelo artigo 151 do CP possui momentos consumativos diferentes. Sendo assim, o previsto no caput se consuma quando, efetivamente, o agente tomar conhecimento do conteúdo da correspondência que violou, a tentativa é admissível quando, por exemplo, o agente é impedido pela própria vítima de tomar conhecimento do conteúdo da carta. Quando ao inciso I considera-se que o crime foi consumado quando o agente se apossou da correspondência para sonegá-la ou destruí-la, caso consiga efetivamente o seu intento, o ato de destruir ou sonegar uma correspondência será apenas um exaurimento, já que esse é considerado um delito de consumação antecipada, bastando a prática da conduta prevista no núcleo do artigo. Também admite tentativa quando o agente é impedido por terceiros de se apossar da correspondência em questão. No inciso II, o crime efetivamente se consuma quando ocorre efetivamente a divulgação, transmissão, utilização abusiva ou impedimento de comunicação ou conversação telefônica, telegráfica ou rádio elétrica. Também admite tentativa já que pode ser consumado por atos fracionados. 
SLIDES 9 e 10
Os crimes mencionados estão sujeitos a uma pena maior, caso ocorra às circunstâncias previstas nos §§ 2º e 3º. Na primeira hipótese temos a qualificadora que é o abuso de função, que deverá ser função específica do agente (telegrafista, carteiro etc.). Na segunda possibilidade temos que aumentará a pena da metade na ocorrência de dano efetivo, seja moral ou material, a qualquer pessoa, sem ser necessário às pessoas do remetente e destinatário. 
SLIDE 11
Tanto no código penal quanto na legislação extraordinária, o dolo é o elemento subjetivo inerente a todas as infrações penais, não se admitindo, aqui, a punição por qualquer comportamento praticado a título de culpa. Assim, aquele que, por descuido, toma conhecimento do conteúdo de correspondência fechada dirigida a outrem não pode ser responsabilizada criminalmente a qualquer título.
SLIDE 12
O art. 40 da lei nº 6538/78 que revogou o art. 151 do CP, comina uma pena de até 6 meses, ou pagamento não excedente a 20 dias-multa, pela redação original do art. 151, a pena era de 1 a 6 meses ou multa. Isso porque a lei não especificou a quantidade mínima de pena a ser aplicada, podendo ser até de 1 dia. Além disso, a limitação de 20 dias-multa também não existia no artigo do código. Ação penal nos crimes de violação, sonegação ou destruição de correspondência na lei é de iniciativa pública incondicionada, no código exigia a representação. No que diz respeito a violação de comunicação telegráfica e radioelétrica, que se encontra tipificada no art. 151 do CP a ação penal é de iniciativa pública condicionada a representação salvo a interceptação telefônica cuja ação é de iniciativa pública incondicionada. A ação penal da modalidade qualificada é de iniciativa pública incondicionada.
SLIDE 13
Interceptação de correspondência de presos: O código de processo penal, em varias passagens, menciona a possibilidade de apreensão de cartas ou documento (arts. 240, parag 1º, f ; 243, parag 2º e art 41, XV da lei de execução penal). O preso tem o direito de receber suas cartas e também de sua privacidade, mas esse sigilo não é absoluto. O diretor da cadeia pode em alguns casos ver os conteúdos antes de entregar ao preso, é o poder de policia.
Violação de correspondência entre marido e mulher: A violação de correspondência entre marido e mulher não constitui crime algum, é atípico. Parte-se do pressuposto que entre marido e mulher não deve existir segredos, então não existe fundamento para que um cônjuge se preserve em relação ao outro, razão pela qual o comportamento de um marido que lê a correspondência da esposa ou vice-versa não se enquadra na figura típica descrita no artigo.
Crime impossível: Para que considere-se figura típica do artigo é preciso que exista pelo menos a possibilidade de leitura da carta, quando o agente não possui menor possibilidade de conhecer o conteúdo da carta configura-se o crime impossível. Exemplo: Max abriu uma correspondência com sua escrita toda em inglês e ele não entende nada de inglês.

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