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REVISÃO SISTEMÁTICA DE GERIATRIA (corrigido)

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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
O TRATAR DA FISIOTERAPIA E QUALIDADE DE VIDA NO IDOSO PORTADOR DE DPOC: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
DJULYÊ KEROLINE DE SOUSA GOMES
FRANCISCO DE ASSIS LIMA DAS CHAGAS
IENE DE SOUZA SANTOS
MÁRCIA CAMILA FIGUEIREDO CARNEIRO
JOÃO PESSOA
 2013
DJULYÊ KEROLINE DE SOUSA GOMES
FRANCISCO DE ASSIS LIMA DAS CHAGAS
IENE DE SOUZA SANTOS
MÁRCIA CAMILA FIGUEIREDO CARNEIRO
O TRATAR DA FISIOTERAPIA E QUALIDADE DE VIDA NO IDOSO PORTADOR DE DPOC: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Revisão sistemática apresentado por Djulyê Kerolline de Sousa Gomes, Francisco de Assis Lima das Chagas, Iene de Souza Santos e Márcia Camila Figueiredo Carneiro, para efeito de avaliação do terceiro estágio na disciplina Fisioterapia em Geriatria e Gerontologia, ministrada pela Prof. Laura Veloso.
Orientadora: Prof. Laura Veloso 
Co-orientadora: Prof. Kalinne Sorrentino Martins
JOÃO PESSOA
		 2013
RESUMO
INTRODUÇÃO: Com o envelhecimento, várias mudanças são observadas no organismo, no sistema respiratório não é diferente, a debilidade pulmonar torna este corpo apto a várias doenças, dentre elas a DPOC, um comprometimento progressivo que provoca obstrução de vias aéreas ocasionando em déficit de ventilação e perfusão respiratória, levando o paciente a um quando clínico preocupante e a uma queda da sua qualidade de vida. Como forma de tratamento a fisioterapia se insere com grande importância na minimização dos sinais e sintomas da DPOC. OBJETIVO: Identificar estudos publicados, examinando o tratamento fisioterapêutico do idoso portador de DPOC e sua qualidade de vida. MATERIAIS E MÉTODOS: As bases de dados utilizadas foram BVS, Bireme, LILACS, PubMed, SciELO e Ebsco Host utilizando os descritores elderly, physical therapy e reabilitatation. RESULTADOS: Foram encontrados 26 artigos, 13 artigos foram excluídos. CONCLUSÃO: Há um deficit de estudos acerca do tema estudado, porém o pouco encontrado mostrou que os pacientes idosos com DPOC portam alterações importântes no quadro clínico e na qualidade de vida.
Descritores: Fisioterapia. Tratamento. Idoso com DPOC. Qualidade de vida.
ABSTRACT
INTRODUCTION: With aging, several changes are observed in the body, the respiratory system is no different, weak lung makes this fit body to various diseases, including COPD, an impairment that causes progressive airway obstruction resulting in a deficit of ventilation respiratory and perfusion, leading the patient to a clinical concern and when a decline in their quality of life. As treatment with physiotherapy fits great importance in reducing the signs and symptoms of COPD. OBJECTIVE: To identify published studies examining physical therapy treatment of elderly patients with COPD and their quality of life. MATERIALS AND METHODS: The databases used were VHL, Bireme, LILACS, PubMed, SciELO and Ebsco Host using the keywords elderly, physical therapy and reabilitatation. RESULTS: We found 26 articles, 13 articles were excluded. CONCLUSION: There is a deficit of studies on the topic studied, but some findings showed that elderly patients with COPD carry important changes in clinical status and quality of life.
Keywords: Physiotherapy. Treatment. Elderly COPD. Quality of life.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	5
METODOLOGIA	7
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO DOS ESTUDOS	7
BUSCA BIBLIOGRÁFICA	7
PROCEDIMENTOS DA REVISÃO	8
RESULTADOS	8
DESCRIÇÃO DOS ESTUDOS INCLUÍDOS	8
DISCUSSÃO	11
LIMITAÇÕES DA PESQUISA	14
CONCLUSÃO	15
REFERÊNCIAS	16
INTRODUÇÃO
O envelhecimento é um fenômeno biológico de declínio da capacidade dos sistemas e órgãos em processo natural e gradual esperado na vida do ser humano. Do ponto de vista biológico, o processo de envelhecimento é normalmente mais rápido que o cronológico. O adulto jovem completa seu crescimento físico em torno dos 25 anos, após isso os seus sistemas começam com acentuada perda da capacidade de adaptação. (MAZO; et al. 2009; CANDEIRA; et al. 2012).
O processo de envelhecimento vem exercendo substancial influência sobre o desenvolvimento e funcionamento das sociedades, de tal forma que todos os países tendem a incluir as possíveis repercussões desse acontecimento como assuntos prioritários no âmbito da saúde pública e da economia (MACIEL; et al. 2010)
As mudanças acometidas pelo envelhecimento atingem a todos os sistemas esporadicamente e alterações no metabolismo geral, sobretudo ha uma redução da capacidade pulmonar, as paredes torácicas se tornam mais rígidas, aumento dos volumes residuais, redução da relação V/Q, redução da taxa de fluxo respiratório e da complacência pulmonar, redução das forças musculares que promovem expansão, maior colabamento das vias aéreas e perda de força muscular em até 25% do previsto (CALDEIRA; et al. 2010).
Uma das principais mudanças do sistema respiratório com o avanço da idade é a diminuição do recolhimento elástico dos pulmões e da complacência da caixa torácica. Essas alterações estão relacionadas às mudanças na quantidade e nas alterações dos tecidos dos pulmões como a elastina, colágeno e proteoglicanos. Quanto à caixa torácica, sofre progressivo enrijecimento devido a calcificação das costelas e das articulações vertebrais provocando um aumento da cifose dorsal e aumento do diâmetro anteroposterior do tórax. As curvaturas da coluna vertebral tornam-se mais acentuadas, aumentando a cifose torácica e causando encurtamento da musculatura inspiratória (KIM et al. 2005; ITO et al, 2009; SIMÕES, 2007).
Existem doenças crônicas de grande impacto social e econômico, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Nas últimas três décadas essa doença tornou-se uma importante causa de morbimortalidade. No mundo inteiro, milhões de pessoas sofrem desta enfermidade e morrem prematuramente devido a suas complicações. Atualmente, a DPOC é a 12ª doença mais prevalente no mundo, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que será a quinta no ano 2020. Da sexta causa de morte hoje, passará nesse mesmo período de tempo para a segunda causa (KERKOSKI, 2010).
A DOPC caracterizada por progressiva obstrução das vias aéreas e hiperinsulflação pulmonar, inflamação sistêmica e elevada frequência de exacerbações, cursa com múltiplas co-morbidades e efeitos sistêmicos, como perda de peso, a osteoporose, a disfunção muscular esquelética, a dispneia, o que resulta em redução da tolerância aos esforços físicos e qualidade de vida (TEIXEIRA; et al. 2011).
Os efeitos cumulativos da DPOC sobre as alterações pulmonares normalmente encontradas no idoso incluem uma faixa de desfechos fisiológicos. Durante o repouso, um individuo pode ou não apresentar aumento da ventilação-minuto. Do ponto de vista clínico o idoso com DPOC pode apresentar dispneia crônica e agravamento da frequência cardíaca (FC), mas é aceito como parte normal do envelhecimento (KAUFFMAN, 2001).
As alterações associadas à função respiratória ainda podem causar problemas de dependência para outras necessidades, tais como o sono, higiene, alimentação, comunicação e mobilidade (NUNES; PORTELA, 2003)
A fisioterapia aplicada na DPOC consiste em várias modalidades de tratamento que são consideradas primordiais no programa de reabilitação. A seleção de modalidades de tratamento é baseada nas causas individuais de limitação ao exercício e, portanto, nos objetivos individuais de tratamento (LANGER; et al., 2009).
Na área da saúde, o conceito de Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) tem sido utilizado para referir-se à percepção subjetiva dos aspectos da vida que são diretamente influenciados pelas alterações no estado de saúde ou que são afetados pela doença e pelo tratamento (SILVA et al., 2009). 
Uma vez que a procura dos idosos por atendimento de saúde e busca da melhora da qualidade de vida aumenta a cada dia, se torna cada vez mais importante a criação de revisões de achados científicos, uma vez que não é típico encontrar estudos do tipo como forma de contribuir para colegas da área da saúde que estão envolvidos no cuidar do pacienteidoso com DPOC, que é o objetivo da presente revisão.
METODOLOGIA
Foi realizada uma revisão sistemática dos estudos publicados sobre a reabilitação e qualidade de vida do idoso portador de DPOC, com limites de data de publicação entre 2009 a 2013, ou seja, envolvendo todo o período disponível pelo conjunto de base de dados utilizados. 
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO DOS ESTUDOS
Foram incluídos na revisão estudos observacionais analíticos realizados no Brasil, que apresentassem dados estatísticos dos eventos de tratamento fisioterapêutico, quadro clínico e a condição da qualidade de vida no idoso portador da DPOC, sendo eles publicados em português. Os sujeitos participantes das pesquisas selecionadas eram de ambos os gêneros, que apresentassem 60 anos ou mais de idade, sem limites do tamanho de amostra. Outra forma de inclusão trata-se de artigos de estudo de caso onde há envolvimento direto de idosos na pesquisa.
Foram excluídos nesta revisão estudos sobre tratamento de outras doenças do sistema respiratório em idosos, bem como enfoque exclusivo da doença ou tratamento desta sem abordagem do tratamento em pessoas abaixo dos 60 anos. Além desses, também foram excluídos estudos realizados fora do Brasil, em outras línguas, que foram publicados antes de 2009 e aqueles que não disponibilizaram o resumo ou, quando ele estava presente, era insuficiente para uma análise primária.
BUSCA BIBLIOGRÁFICA
Foi realizada uma revisão sistemática para identificar estudos que atendessem aos critérios de inclusão, utilizando as bases de dados eletrônicos PubMed (base de dados do MEDLINE), BVS (Biblioteca Virtual de Saúde), SciELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e Ebsco Host (Serviço de Informação) com as palavras chave: fisioterapia, tratamento, idoso com DPOC, qualidade de vida.
Inicialmente, a pesquisa foi feita apenas pela utilização dos descritores nos portais de informação da América do Sul onde se focava artigos de língua portuguesa. Com o grande déficit de pesquisas que envolva o tratamento do idoso com DPOC, foi necessário realizar a pesquisa em portais de outras línguas, como forma de suprir a demanda desta revisão. Para esta pesquisa nos portas Ebsco Host, PubMed, foram utilizados os descritores: “elderly”, “physical therapy”, “reabilitatation” e “COPD”, porém não houve êxito na busca de material que contemplasse os critérios de inclusão. Ainda assim foi realizada outra pesquisa sem resultados positivos com termos específicos do tratamento fisioterapêutico na DPOC, tais como “Mechanical ventilation noninvasive ventilation (NIV)”, “lung hyperinflation” e “diaphragmatic breathing pattern (PVD)” ambos como conduta para DPOC.
PROCEDIMENTOS DA REVISÃO
Todos os artigos identificados na busca foram avaliados observando se preenchiam ou não os critérios de inclusão. Aqueles selecionados foram analisados integralmente por cinco investigadores de modo independente em encontros pré- estabelecidos pelos pesquisadores. Quando houve discordâncias, elas eram discutidas e se buscava um consenso. Os resultados foram distribuídos para quatro pesquisadores para que se pudessem fragmentar os dados coletados no que tange o tratamento fisioterapêutico e a qualidade de vida no idoso com DPOC, para assim provocar um confrontamento e/ou concordância de conclusões entre autores.
RESULTADOS
As buscas eletrônicas foram realizadas entre os dias 18 e 29 do mês de maio de 2013 e foram totalizados 23 artigos na busca através dos portais de dados eletrônicos, onde destes, 10 foram excluídos. O diagrama que ilustra a metodologia de inclusão e exclusão está apresentado na Figura 1. A sistematização dos resultados dos artigos incluídos na revisão sistemática foi apresentada na Tabela 1, que apresentam as variáveis estudadas.
DESCRIÇÃO DOS ESTUDOS INCLUÍDOS
Os estudos incluídos ajudaram nesta revisão com informações baseadas em evidências no que diz respeito ao idoso com DPOC. Todos os artigos utilizados contribuíram para obtenção do conhecimento acerca de formas de tratamento fisioterapêutico para restauração da função pulmonar diante da doença crônica focada. Auxiliaram também no entendimento das formas de avaliação mais fidedigna para qualidade de vida destes indivíduos.
O número total de participantes de todos os estudos corresponde a 1.892 idosos e 101 artigos em um estudo de revisão (LANGER et al., 2009). Não foi distinguida porcentagem de gênero, localidade, classe social e etnia.
Imagem 1: Diagrama da análise dos estudos e processo de seleção 
N=23
Artigos encontrados nas bases de dados BVS, Bireme, Scielo, PubMed e Ebsco Host.
14 estudos que relacionaram o idoso com DPOC, seu quadro clinico, reabilitação e qualidade de vida
Estudos Excluídos (n=9)
01 trabalho de monografia
01 por enfatizar a voz do idoso
01 por não enfatizar o idoso com DPOC
01 estudo de projeto de pesquisa
02 publicados antes de 2009
01 por não contribuir através do conteúdo
02 artigos estrangeiros
Estudos excluídos
01 artigos estrangeiros
Estudos incluídos na revisão sistemática (n) 13 artigos brasileiros
FONTE: (GOMES; CHAGAS; SANTOS; CARNEIRO; MARTINS, 2013).
Dados da pesquisa 
A Tabela 1 demonstra de forma agrupada as características dos estudos, autores, data de publicação, período e tipo do estudo, a amostra e os resultados.
Tabela 1: Características dos estudos selecionados para a revisão sistemática.
	Referência
	Ano de public.
	Período do estudo
	Tipo de Estudo
	Amostra
	Resultados
	Ito e Barnes
	2009
	Jul./Ago. de 2009
	Est. Desc.
	N. c.
	Os resultados obtidos mostram claramente que os autores encontraram semelhança entre os pulmões de um idoso e de uma pessoa portadora de DPOC.
	Pachioni et al.
	2011
	Fev. a Out. de 2011
	Est. Exp.
	30 
	Pacientes com DPOC apresentam alterações posturais, que provavelmente estão relacionadas à doença.
	Sousa et al.
	2011
	2008 – 2009
	Est. Trans.
	1.44 indiv.
	A prevalência da doença pulmonar obstrutiva crônica é elevada e está associada ao uso do tabaco e idade acima de 60 anos. Os problemas de saúde frequentes e redução da atividade física no tempo livre podem ser considerados consequências dessa doença.
	 Oliveira et al.
	2009
	Ago. a Dez. de 2005
	Est.
Expl..
	69 
	Este estudo demonstra que há diferença significativa no nível de qualidade de vida entre idosos com DPOC moderada e idosos com DPOC grave, avaliados pelo questionário SGRQ.
	Langer et al.
	2009
	Até dez. de 2007
	Art. de revi. Est. Exp.
	101
 art.
	O guia propõe-se principalmente a prover recomendações terapêuticas práticas que auxiliem o fisioterapeuta a oferecer o melhor tratamento possível para pacientes com DPOC, consideradas as evidências científicas disponíveis na atualidade.
	Hernandes et al.
	2009
	Não consta
	Est.
Expl..
	40 
	Pacientes portadores de DPOC no Brasil foram menos ativos em comparação a idosos saudáveis. O tempo de caminhada/dia desses pacientes correlacionou-se apenas moderadamente com a capacidade máxima e funcional de exercício. 
	Caldeira et al.
	2012
	Não consta
	Est.analí. Obs.
Trans.
	61
	Os dois grupos apresentam queda na PEEP em relação ao mínimo esperado, porém de forma diferenciada. O grupo institucionalizado apresentou queda significativamente que o não institucionalizado.
	Kerkoski et al.
	2010
	Não consta
	Est. Explo.
Des.
Trans.
	35
	A avaliação através do instrumento WHOQOL-100 mostrou-se sensível ao objetivo pretendido, permitindo destacar os elementos que mais influenciam a qualidade de vida de idosos com DPOC.
	Araújo e Santos
	2012
	Não consta 
	Rel. caso
Comp.
	02
	A reabilitação pulmonar ambulatorial convencional mostrou-se potencialmente eficaz, pois melhorou o condicionamento geral da paciente refletido pelo aumento na distância percorrida no TC6 e aumento da força muscular inspiratória.
	Silva et al.
	2009
	Não consta 
	Est. Desc.
Trans.
	70 
	A função física destacou-se como a dimensão mais comprometida da QVRS dos pacientes estudados e a dimensão religiosa teve uma participação maisimportante que a existencial no bem estar espiritual. Constatou-se, ainda correlação inversa e significativa entre o bem estar religioso e função física, e correlação positiva e significativa entre o bem estar espiritual e seu componente religioso com o domínio satisfação com o tratamento.
	Pinto et al.
	2010
	Outubro de 2008 a Março de 2009
	Est. Trans.
	75 
	O estudo revelou o comprometimento de alguns aspectos da QVRS nesta população. Nenhuma variável se correlacionou com todos os domínios e a pontuação total do instrumento (e algumas) não apresentaram nenhuma diferença significativa. Assim, sugere-se a continuação da pesquisa, no sentido de aumentar o número de sujeitos, principalmente nos doentes com DPOC, com o objetivo de encontrar resultados mais significativos.
	Araujo e Holanda
	2010
	Não consta no artigo
	Est. Obser.
Des.
	42 
	Houve correlação entre o escore do índice BODE e os escores de todos os domínios do SGRQm nos pacientes com DPOC com VEF 1< 50%. Portanto, os pacientes DPOC com VEF 1< 50% morrem mais rápido e têm pior qualidade de vida.
	Teixeira e Marinho
	2011
	Não consta no artigo
	Est. Exp.
	27 
	O programa de reabilitação pulmonar reduziu os escores dos sintomas depressivos e melhorou a qualidade de vida no domínio total após o PRP.
FONTE: (GOMES; CHAGAS; FIGUEIREDO; CARNEIRO; MARTINS, 2013).
Dados da pesquisa 
DISCUSSÃO
Muitos autores entram em consenso quando se trata do quadro clínico do paciente idoso portador de DPOC. Várias alterações podem ser encontradas. Pachioni et al (2011) concluíram através de um Software para Avaliação Postural (SAPO) em seus estudos que pacientes com DPOC apresentam alterações posturais, envolvendo báscula anterior da pelve (BAP), desnivelamento pélvico posterior (DDP) e cifose torácica (CT), em trinta indivíduos analisados constituídos em 2 grupos de 15 idosos portadores e não portadores de DPOC. 
Ito e Barnes (2011) também comentaram em seu artigo que a CT é de fato uma alteração postural identificada nestes idosos, dificultando a dinâmica respiratória envolvendo diminuição de mobilidade e massa muscular, tornando a nível de parênquima pulmonar uma progressiva dilatação bronquíolos respiratórios, dos canais alveolares e dos espaços alveolares, com aumento do volume residual e da compliance pulmonar e a diminuição da retração elástica. Estas alterações tornam o individuo com déficits de relação ventilação-perfusão, provocando uma má distribuição de oxigênio no organismo.
Estes autores ainda põe em pauta a relação entre fatores ambientais causadores da doença pulmonar e a qualidade do sistema respiratório do idoso, bem como, exibe semelhanças entre o pulmão do idoso e o pulmão de um acometido com DPOC. A presença de inflamação nos dois processos traduz-se em acumulação de neutrófilos, na ativação da NF-kB e na elevação dos níveis plasmáticos de interleucinas IL-6, IL-8 e TNF-α. Também os telómeros das células alveolares tipo II, das células endoteliais e das células mononucleares em doentes com enfisema são significativamente mais curtos do que em indivíduos não fumadores da mesma idade.
Como forma de tratamento fisioterapêutico respiratório, Souza et al (2009) envolve quatro componentes básicos no processo de reabilitação: acompanhamento do tratamento medicamentoso, treinamento da musculatura ventilatória, programas educacionais e comportamentais e treinamento físico. Os benefícios obtidos através da reabilitação pulmonar na DPOC envolvem: melhora da capacidade de exercício e da qualidade de vida relacionada a saúde, redução da sensação de falta de ar e do número de hospitalizações. 
Texeira e Marinho (2011) em sua pesquisa concorda com o autor acima citado quando conclui que a reabilitação pulmonar reduz os escores dos sintomas depressivos e melhorou a qualidade de vida no domínio total após um programa de reabilitação pulmonar.
Silva et al (2009) ainda reforça em seu estudo afirmando que os pacientes bem orientados quanto ao tratamento e aos seus problemas de saúde parecem ser mais satisfeitos, e essa maior satisfação pode refletir na melhor aderência às orientações. Além disso, o suporte recebidos podem levar a respostas emocionais positivas e estimular a capacidade de enfrentamento da doença, o que também afeta o nível de satisfação.
Este autor ainda relata que outro fator importante no processo de reabilitação é o bem estar espiritual como um meio não físico em conjunto com o tratamento, que mostrou-se mais ligado a sensação de comunhão com Deus ou um ser superior do que com questões existenciais de realização, sentido e significado da vida, tendo em vista o maior escore obtido na dimensão religiosa do instrumento específico. A satisfação dos pacientes com o tratamento recebido correlacionou-se positiva e significante com o bem estar espiritual e religioso.
Neste estudo, a função física destacou-se como a dimensão mais comprometida da QVRS dos pacientes estudados e a dimensão religiosa teve uma participação mais importante que a existencial no bem estar espiritual. Constatou-se, ainda correlação inversa e significativa entre o bem estar espiritual e seu componente religioso com o domínio satisfação com o tratamento.
O termo qualidade de vida tornou-se bastante popular nos dias de hoje sendo amplamente empregado por diversos segmentos da sociedade e pelos pesquisadores não só da área da saúde (YENG; e et al., 2001).
Houve um crescimento na última década no interesse em se avaliar a relação saúde-qualidade de vida nos pacientes com DPOC, para que se possa compreender o impacto da doença em um certo individuo, se faz necessário realizar uma avalição criteriosa envolvendo desde seu quadro clinico até os relatos das consequências na sua funcionalidade nos fatores que tange a sua qualidade de vida. 
Vários questionários têm sido desenvolvidos para avaliar a qualidade de vida, de um modo geral, eles procuram avaliar o estado de saúde e as repercussões que a doença causa, além de servirem como instrumento para comparar o efeito de alguma intervenção.
Pensando nisso Araújo e Holanda (2010) em sua pesquisa, avaliaram 42 pacientes através do índice BODE sua correlação com a qualidade de vida de portadores de DPOC, onde apesar das limitações, o estudo demonstrou que o índice BODE está associado à pontuação de todos os domínios do SGRQ, onde o índice BODE é uma ferramenta sensível para predizer o impacto da qualidade de vida nesses indivíduos. 
A seleção do índice BODE deu-se pelos múltiplos fatores que esse utiliza para a avaliação do prognóstico desses pacientes. O índice BODE associa quatro variáveis (IMC, obstrução das vias aéreas, dispneia e capacidade de exercício) que abrangem as principais alterações encontradas nos pacientes com DPOC. Encontrou-se uma associação entre o índice preditor de mortalidade BODE e a qualidade de vida naqueles que apresentavam doença mais grave (VEF1 < 50%), ou seja, esse grupo apresenta uma sobrevida diminuída e vivem de forma indesejada.
Entre as variáveis analisadas no presente estudo os autores, verificaram-se diferenças significativas apenas para VEF1 e VEF1/CVF entre os grupos estudados. Eles ainda citam que os resultados e as diferenças apresentadas se devam ao fato de que os pacientes com DPOC apresentam deterioração da função pulmonar ocasionada pela hiperinsuflação, com consequente aumento da capacidade residual funcional e diminuição de CVF, fatores que são responsáveis pelo desenvolvimento da dispneia, que é um fator importante na limitação ao exercício. Essa variável também é um importante preditor de mortalidade na DPOC.
 Outra forma de avaliação da qualidade de vida utilizada por cientistas é a utilização do Saint George Respiratory Questionnaire (SGRQ). Entre os artigos analisados nesta apresentação dois autores demonstram em seus estudos a aplicação do questionário.
Pinto et al. (2010) aplicou o SGRQ 75 indivíduos portadores de DPOC através de um estudo transversal, e concluiu que nenhuma variável aplicada se correlacionou com todos os domínios e a pontuação total do instrumento e algumasnão apresentaram diferença estatisticamente significativa. O autor ainda propõe novos estudos acerca deste resultado com aumento do número dos sujeitos.
Já Oliveira (2009) através de seu estudo com 69 idosos com DPOC, que também utilizou o SGRQ, concluiu que o estudo demonstra que há diferença significativa no nível de qualidade de vida entre idosos com DPOC moderada e idosos com DPOC grave, avaliados pelo questionário SGRQ. Em outras palavras, no item impacto que esta relacionada aos efeitos sociais e psicossociais da doença, houve diferença significativa ao nível que a doença progride em gravidade. Já no escore total também houve diferença significativa entre os resultados obtidos, confirmando que idosos portadores de DPOC têm uma piora significativa em sua qualidade de vida. 
Corroborando nossos achados, outros estudos também demonstraram que o índice BODE pode se correlacionar significativamente com os escores de qualidade de vida e que o questionário QVRS é um preditor independente de saúde relacionado com a qualidade de vida.
LIMITAÇÕES DA PESQUISA
A falta de homogeneidade entre os estudos levou a uma limitação na análise. A dificuldade encontrada nas pesquisas foi referente à escassez de materiais de embasamento científico que envolva o tratamento fisioterapêutico no idoso portador de DPOC. O grupo pesquisador desta análise considera negativo este fato, uma vez que é notadamente comprovado o grande número de idosos acometidos pela DPOC, bem como a grande presença deste segmento social no interior das clínicas de fisioterapia respiratória.
A própria metodologia adotada nesta revisão foi necessária ser importantemente modificada nos quesitos, foi observado uma grande dificuldade na projeção de um artigo especificadamente sobre o tratamento da fisioterapia no idoso com DPOC, para tornar mais acessível, os termos qualidade de vida foram inseridos. Foi ainda necessário romper o limite do idioma utilizado, a escolha dos descritores e a busca em bases de dados específicas, necessárias e esperadas para sistematizar o trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se com esta pesquisa sistemática que deve-se conter estudos mais direcionados ao tratamento fisioterapêutico e sua intervenção em pacientes idosos portadores de DPOC, tendo em vista que muitos estudos comprovam o quanto a doença tem um poder devastador à sua qualidade de vida afetando não só seu aspectos físicos, como também psicológicos evidenciados através de questionários e principalmente quando associado as alterações causada pelo quadro clínico da própria DPOC juntamente com o processo de envelhecimento.
Com o apurado dos estudos, ainda consideramos que o tratamento fisioterapêutico é de essencial importância para a manutenção e melhora da funcionalidade respiratória dos idosos com DPOC. Identificou-se inclusive outra forma de minimização a crença do paciente, o dote espiritual contribui diretamente para a melhora do quadro da doença.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Juliana M. de; SANTOS, Emerson dos. Dois protocolos distintos de reabilitação pulmonar em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica: Relato de casos e revisão de literatura. Rev Bras Clin Med. São Paulo, 2012 jan-fev;10(1):87-90.
ARAÚJO, Zênia Trindade de Souto, HOLANDA, Gardenia. O índice BODE correlaciona-se com a qualidade de vida em pacientes com DPOC? J. Bras. Pneumol. 2010;36(4):447-452.
HERNANDES, Nidia; et al. Perfil do nível de atividade física na vida diária de pacientes portadores de DPOC no Brasil. J Bras Pneumol. 2009;35(10):949-956.
ITO, Kazuhiro; BARNES, Peter. A DPOC como uma doença de envelhecimento acelerado. Revista Portuguesa de Pneumologia, v. 15, n. 4, jul/ago 2009.
KAUFFMAN, T. L. Manual de reabilitação geriátrica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001
KERKOSKI, E; BORENSTEIN, M., SILVA, D. Percepção de idosos com doença pulmonar obstrutiva crônica sobre a qualidade de vida. Esc Anna Nery (impr.)2010 out-dez; 14 (4):825-832.
LANGER, D. et al. Guia para prática clínica: Fisioterapia em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Rev Bras Fisioterapia, São Carlos, v. 13, n. 3, p. 183-204, mai./jun. 2009.
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