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AULA 01 Franquia completíssimo

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AULA 01
FRANQUIA
CONCEITO - (lei 8955/94) – Art. 2º Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício.
CONCEITO (ULHOA) - serviços de organização da empresa, prestados por profissionais, que visam a suprir eventuais deficiências do empresário. O contrato de franquia (franchising) corresponde a um dos mecanismos mais aprimorados de prestação de tais serviços. Resulta da conjugação de dois outros contratos empresariais:
a)licença de uso de marca;
b)prestação de serviços de organização de empresa.
- Para o franqueador, serve na promoção e expansão dos seus negócios. Para o franqueado, o contrato viabiliza o investimento em negócios de marca já consolidada junto aos consumidores, e possibilita o aproveitamento da experiência administrativa e empresarial do franqueador.
NATUREZA JURÍDICA (CONTRATO ATÍPICO)
Trata-se de contrato consensual, oneroso, bilateral, de execuções continuadas, híbridas e atípicas, como lembra FRAN MARTINS (2). Consensual, porque se torna obrigatório pela simples manifestação de vontade dos contratantes; oneroso, já que, sob o ponto de vista econômico, ambas as partes têm ganhado e perdas; bilateral vez que, além da vontade de ambas as partes, o contrato também lhes gera obrigações, e não apenas a uma delas; de execução continuada, pois não se exaure com uma única prestação, mas com prestações sucessivas. O fato da Lei 8.955/94 disciplinar alguns aspectos da franquia não tornaram o contrato típico, especialmente porque se rege pelas cláusulas estipuladas pelas partes (3).
MUITO IMPORTANTE, POIS O PROFESSOR OTÁVIO DESTACOU O TERMO ECLÉTICO. Vai o motivo: Segundo Waldo Fazzio Júnior, é possível perceber que a franquia é um contrato de prestações recíprocas e sucessivas que pode ser rotulado como eclético, porque resulta da combinação de várias outras modalidades de pacto. Envolve cessão de direitos, licença de marca, prestação de serviços, compra e venda e distribuição, para dizer o mínimo.
ESTRUTURA BÁSICA DO NEGÓCIO
FRANQUEADOR – autoriza o uso de sua marca e presta aos franqueados de sua rede os serviços de organização empresarial.
FRANQUEADOS – pagam royalties pelo uso da marca e remuneram os serviços adquiridos, conforme a previsão contratual.
OBS: a venda de produtos, do franqueador para o franqueado, não é requisito essencial da franquia, mesmo das comerciais. Indispensável à prestação do contrato é a prestação de serviços de organização empresarial, ou, por outra, o acesso a um conjunto de informações e conhecimentos, detidos pelo franqueador, que viabilizam a redução dos riscos na criação do estabelecimento do franqueado.
- normalmente os serviços de organização se desdobram em três contratos:
a) MANAGEMENT – relacionado com os sistemas de controle de estoque, de custos e treinamento de pessoal;
b) ENGINEERING – pertinente à organização do espaço (layout) do estabelecimento do franqueado;
c) MARKETING – cujo conteúdo diz respeito às técnicas de colocação do produto ou serviço junto ao consumidor, incluindo a publicidade.
SUBORDINAÇÃO (INERENTE AO CONTRATO)
O franqueado deverá organizar a sua empresa com estrita observância das diretrizes gerais e determinações específicas do franqueador. 
Desse modo, num certo sentido, o franqueador participa do aviamento do franqueado.
LEI N. 8955/94
Teve por objetivo regular a formação do contrato de franquia. Encerra normas que não regulamentam propriamente o conteúdo de determinada relação jurídico-contratual, mas apenas impõem o dever de transparência nessa relação.
A lei n. 8955/94 (lei brasileira sobre franquias) não confere tipicidade ao contrato: prevalecem entre franqueador e franqueado as condições, termos, encargos, garantias e obrigações exclusivamente previstos no instrumento contratual entre eles firmado. Procura, apenas, a lei assegurar ao franqueado o amplo acesso às informações indispensáveis à ponderação das vantagens e desvantagens relacionadas ao ingresso em determinada rede de franquia. 
(natureza jurídica) O contrato de franquia é atípico porque a lei não define direitos e deveres dos contratantes, mas apenas obriga os empresários que pretendem franquear seu negócio a expor, anteriormente à conclusão do acordo, aos interessados algumas informações essenciais.
CIRCULAR DE OFERTA DE FRANQUIA
Introduzido no direito brasileiro pela lei n.8955/94, equivale ao “dossiê de informação”.
Reuném-se na COF as informações, dados, elementos e documentos capazes de apresentar aos interessados na franquia um completo quadro da situação em que se encontra a rede e a exata extensão das obrigações que serão assumidas pelas partes, caso vingue o contrato.
A COF deve apresentar o conteúdo exigido pela lei (art. 3º), conter somente informações verídicas, e ser entregue ao interessado em aderir ao sistema, com a antecedência mínima de dez dias, sob pena de anulabilidade do contrato que vier a ser firmado, devolução de todos os valores pagos a título de taxa de filiação e royaltes, além de indenização (art. 4º).
As informações, dados, elementos e documentos exigidos para o COF podem ser distribuídos nas seguintes categorias:
Perfil do franqueador, do franqueado e do franqueado ideal;
Obrigações do franqueador e direitos do franqueado e obrigações do franqueado.
PRAZOS
Art. 4º A circular oferta de franquia deverá ser entregue ao candidato a franqueado no mínimo 10 (dez) dias antes da assinatura do contrato ou pré-contrato de franquia ou ainda do pagamento de qualquer tipo de taxa pelo franqueado ao franqueador ou a empresa ou pessoa ligada a este.
Parágrafo único. Na hipótese do não cumprimento do disposto no caput deste artigo, o franqueado poderá argüir a anulabilidade do contrato e exigir devolução de todas as quantias que já houver pago ao franqueador ou a terceiros por ele indicados, a título de taxa de filiação e royalties, devidamente corrigidas, pela variação da remuneração básica dos depósitos de poupança mais perdas e danos.
REGISTRO DA FRANQUIA (INPI)
Os contratos de franquia devem ser registrados no INPI, por exigência da lei (LPI, art. 211).
Esse registro não representa, contudo, requisito de validade ou eficácia do ato, entre as partes contratantes.
- a franquia não registrada é plenamente válida e eficaz entre as partes, e a ausência da formalidade não pode ser invocada, por qualquer um deles, a pretexto de descumprimento de obrigação contratual.
- mas o registro é condição para que o negócio produza efeitos perante terceiros, em especial o fisco e as autoridades monetárias.
- sem o registro da franquia, não se admite a dedução fiscal dos royalties, pagos pela licença do uso de marca, nem a remessa de dinheiro para o exterior.
- Deve-se ressaltar, no entanto, que o registro da franquia é condição de eficácia do ato perante terceiros, apenas na hipótese em que franqueador e franqueado titularizam direitos perante esses. 
- quando ocorre o inverso, os terceiros são credores dos participantes da franquia, o registro não pode ser considerado condição de eficácia. Ex: os consumidores em relação aos participantes do contrato de franquia, não podem ter os seus direitos prejudicados pela ausência do registro. Nas hipóteses em que o consumidor pode agir contra o franqueador, em razão de irregularidade do franqueado, a ausência do registro não é fator excludente de responsabilidade.

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