Prévia do material em texto
<p>UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ</p><p>INSTITUTO DE RECURSOS NATURAIS</p><p>PRÁTICA I</p><p>Avaliação de ruído na comunidade</p><p>Conforto Acústico e Térmico – ECI012 - 2024</p><p>Ana Flávia de Oliveira Carvalho - 2022005885</p><p>Lara Akemi Takamura da Costa - 2022002533</p><p>Lívia Antenor Junqueira Nunes - 2022005160</p><p>Maria Eduarda Pagano Bozeli - 2022014703</p><p>Victor Daniel de F. Moura - 2023000506</p><p>ITAJUBÁ</p><p>2024</p><p>UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ</p><p>INSTITUTO DE RECURSOS NATURAIS</p><p>PRÁTICA I</p><p>Avaliação de ruído na comunidade</p><p>Conforto Acústico e Térmico – ECI012 - 2024</p><p>Trabalho submetido ao Professor Luiz Felipe</p><p>Silva como requisito parcial para aprovação na</p><p>disciplina ECI012 – Conforto Acústico e</p><p>Térmico, do curso de graduação em</p><p>Engenharia Civil da Universidade Federal de</p><p>Itajubá – UNIFEI.</p><p>ITAJUBÁ</p><p>2024</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. INTRODUÇÃO 3</p><p>2. OBJETIVOS 4</p><p>3. METODOLOGIA 4</p><p>4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 6</p><p>5. CONCLUSÃO 9</p><p>6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>Nas grandes cidades, o tráfego de veículos desempenha um papel fundamental no</p><p>aumento do ruído ambiental, devido à grande quantidade de veículos em circulação,</p><p>congestionamentos frequentes e presença significativa de veículos pesados. Conforme</p><p>observado por Bertoli e Paiva (1997), o aumento das viagens por lazer, trabalho, tarefas e</p><p>escola contribui para esse aumento do tráfego, resultando em maior incidência de ruído nas</p><p>ruas.</p><p>O ruído ambiental, quando atinge níveis elevados, pode causar efeitos imediatos e</p><p>moderados, dependendo de sua intensidade. Alguns desses efeitos são percebidos</p><p>gradualmente no corpo humano, levando, a longo prazo, a problemas como surdez e doenças</p><p>degenerativas (CARMO, 1999).</p><p>De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um ruído de até 50 dB(A) é</p><p>considerado perturbador, mas adaptável. A partir de 55 decibéis, pode causar estresse e</p><p>desconforto. O nível de 65 dB(A) marca o início de um estresse prejudicial à saúde,</p><p>aumentando o risco de problemas como infarto e derrame cerebral. Por volta de 80 dB(A), o</p><p>organismo libera morfinas naturais, enquanto 110 dB(A) pode resultar em perda auditiva</p><p>imediata.</p><p>2. OBJETIVOS</p><p>Este presente trabalho tem como objetivo geral analisar o ruído causado pelo tráfego</p><p>de veículos e examinar a maneira de que estão distribuídos. Dessa maneira determina-se como</p><p>objetivos específicos adquirir informações sobre a utilização de um aplicativo simulador de</p><p>medidor de pressão sonora em diferentes bandas de frequências, consolidar conceitos</p><p>relacionados a ponderações e níveis estáticos de ruído em ambientes externos, entender a</p><p>definição de nível sonoro equivalente ponderado na escala A além de ter um primeiro contato</p><p>prático com o tema do ruído urbano causado pelo tráfego.</p><p>3. METODOLOGIA</p><p>A metodologia desenvolvida neste trabalho é apresentada neste capítulo, em</p><p>ordem cronológica de cada etapa realizada. A área de estudo escolhida foi no município</p><p>de Itajubá, Minas Gerais, na Av. BPS em frente a Praça Jornalista Sebastião Inocêncio.</p><p>A figura 1 ilustra a região de estudo.</p><p>Figura 1: Área de estudo.</p><p>Fonte: Google Maps.</p><p>No local escolhido para a análise, circulou-se todos os tipos de veículos (leves,</p><p>pesados e motocicletas), que permitiu adquirir dados de todas as situações possíveis</p><p>dentro daquele local. A captação dos sons foi realizada com auxílio do aplicativo Sound</p><p>Analyzer App, que apresenta uma forma de medir o ruído através de um dispositivo</p><p>móvel. O mesmo foi indicado pelo orientador desta disciplina e sua interface pode ser</p><p>visualizada na figura 2 abaixo.</p><p>Figura 2: Print Screen do Sound Analyzer App.</p><p>Fonte: Autores.</p><p>O aplicativo Sound Analyzer fornece dados referentes ao tempo (s) das frequências</p><p>centrais e globais.</p><p>Figura 3: Tabela Dados Sound Analyzer</p><p>Fonte: Autores.</p><p>4. RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>Com base nos valores apresentados na Figura 3, foi possível realizar o cálculo da frequência</p><p>normal, da frequência acumulada das ocorrências e do Ln, conforme ilustrado na figura abaixo.</p><p>Figura 4: Cálculo das frequências normal e acumulada e de Ln</p><p>Fonte: Autores.</p><p>Os resultados obtidos foram utilizados para gerar os gráficos a seguir, os quais mostram a</p><p>distribuição da frequência por intervalos de nível sonoro e a relação entre Ln e os níveis sonoros</p><p>em dB(A). O gráfico da figura 5 será útil para os cálculos do L10, L50 e L90, que serão realizados</p><p>posteriormente.</p><p>Figura 5: Gráfico do intervalo do nível sonoro por frequência.</p><p>Fonte: Autores.</p><p>Figura 6: Gráfico LnxdB(A)</p><p>Fonte: Autores.</p><p>Por meio da interpolação, determinou-se em qual intervalo se encontrariam os valores de</p><p>L90, L50 e L10, os valores obtidos são exibidos na Figura 5.</p><p>Os valores de Leq foram calculados utilizando a equação a seguir, a qual foi disponibilizada</p><p>nas notas de aula desta disciplina.</p><p>Equação 2: Cálculo do nível sonoro equivalente.</p><p>𝐿</p><p>𝑒𝑞</p><p>= 𝐿</p><p>50</p><p>+</p><p>(𝐿</p><p>10</p><p>−𝐿</p><p>90</p><p>)²</p><p>15</p><p>Fonte: Notas de aula disponíveis.</p><p>O cálculo do valor de Ldn foi realizado utilizando a equação fornecida abaixo, a qual foi</p><p>obtida com base nas notas de aula do professor Luiz Felipe Silva.</p><p>Equação 3: Cálculo do nível sonoro equivalente.</p><p>𝐿</p><p>𝑑𝑛</p><p>= 𝐿</p><p>50</p><p>+</p><p>(𝐿</p><p>10</p><p>+𝐿</p><p>50</p><p>)²</p><p>60</p><p>Fonte: Notas de aula disponíveis.</p><p>Determinando assim, os seguintes resultados:</p><p>Figura 7: Cálculo de L90, L50 e L10.</p><p>Fonte: Autores.</p><p>5. CONCLUSÃO</p><p>Com a prática de pesquisa contínua, equipamentos devidamente calibrados e padronização</p><p>de sua avaliação é possível se aproximar de valores mais condizentes com a realidade da</p><p>localização. É importante salientar também a importância de entender a localização estudada, visto</p><p>que a suas variações sejam elas sazonais, diárias ou até mesmo por horas, podem intervir nos níveis</p><p>sonoros alterando consigo os os resultados encontrados.</p><p>Colocando como base as orientações da Organização Mundial da Saúde, o nível sonoro</p><p>aceitável em ambientes abertos giram em torno de 65dB(A) e ao analisar os resultados obtidos na</p><p>Avenida BPS, em frente à praça, chegou-se a níveis de até 62dB(A). Dessa maneira pode-se</p><p>concluir que o nível de ruído no período estudado foi inferior ao pré-estabelecido pela OMS. Isso</p><p>se deve pelo fato de que o horário em que foi coletado os dados ser um período de tráfego tranquilo</p><p>na região. Ressaltando novamente que o mesmo estudo realizado em diferentes horários pode</p><p>ocasionar em conclusões diferentes às que foi encontradas neste relatório.</p><p>6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>ABNT. NBR 10.151: Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o conforto da comunidade.</p><p>OMS – Organização Mundial da Saúde. Resumo das orientações das diretivas da OMS, relativas ao</p><p>ruído no meio ambiente.</p><p>BERTOLI, S. R.; PAIVA, C. E. L. O transporte e a sua poluição sonora. In: SIMPÓSIO</p><p>BRASILEIRO DE ACÚSTICA VEICULAR, 4, 1997, São Bernardo do Campo. Anais... São</p><p>Bernardo do Campo: SIBRAV, 1997. p. 61-64. de. Rio de Janeiro, 2000. 4 p.</p><p>LOUZADA, E. Níveis de ruído para fins de conforto, NR-17. Disponível em: . Acesso em: 12 de</p><p>Out. de 2020.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT, NBR 10151 – Acústica –</p><p>Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando conforto da comunidade. Rio de Janeiro, 2000.</p>