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<p>saberes.senado.leg.br</p><p>Curso: Mediação do Ensino e da Aprendizagem on-line</p><p>Instituto Legislativo Brasileiro</p><p>Senado Federal</p><p>Sumário</p><p>Apresentação do Curso 4</p><p>Módulo I: Facilitar e mediar - como fazer? 5</p><p>Unidade 1: O Papel do Facilitador / tutor 6</p><p>Pílulas de conteúdo extra 11</p><p>Atividade extra (opcional) - Mão na Massa 12</p><p>Unidade 2: Processo de Ensino e Aprendizagem - a Andragogia 12</p><p>Pílulas de conteúdo extra 18</p><p>Atividade extra (opcional) - Mão na Massa 18</p><p>Unidade 3: Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs) 19</p><p>Pílulas de conteúdo extra 33</p><p>Atividade extra (opcional) - Mão na Massa 33</p><p>Módulo II: Novas metodologias e tecnologias na aprendizagem on-line 34</p><p>Unidade 1: Metodologias Ativas 35</p><p>Pílulas de conteúdo extra 48</p><p>Atividade extra (opcional) - Mão na Massa 49</p><p>Unidade 2: Metodologias Ágeis 49</p><p>Pílulas de Conteúdo Extra 57</p><p>Atividade Extra - Mão na Massa 58</p><p>Unidade 3: Metodologias Imersivas 58</p><p>Pílulas de Conteúdo Extra 71</p><p>Atividade Extra - Mão na Massa 71</p><p>Módulo III: Comunicando e marcando presença 71</p><p>Unidade 1: Presença Social, Presença Cognitiva e Presença de Ensino 72</p><p>Unidade 2: Dialogicidade em Cursos EaD 82</p><p>Unidade 3: Engajamento e Motivação 87</p><p>Pílulas de Conteúdo Extra 91</p><p>(Fim do sumário)</p><p>Apresentação do Curso</p><p>Nossas boas-vindas ao curso Mediação do Ensino e da Aprendizagem On-line.</p><p>Estamos na era do que chamamos de “Lifelong Learning”, ou seja, aprendizagem ao longo da vida ou educação continuada. Com a aceleração do progresso tecnológico e científico surge a cada instante um universo de inovações que exigem das pessoas um constante aprendizado para que consigam manter-se atualizadas, acompanhem as mudanças e obtenham oportunidades e sucesso em suas vidas profissionais.</p><p>O papel do educador do século 21 também está em constante mudança. Há alguns anos vem se falando em professor 3.0, rapidamente passou-se para professor 4.0 e a sociedade já idealiza o professor 5.0. No entanto, a educação ainda opera em formatos antigos, no modelo estrito quando o mundo era analógico.</p><p>Vimos constatando que a oferta e procura por educação na modalidade a distância está crescendo a cada ano e que em 2020, com o advento da pandemia do novo coronavírus (SARS-COVID 19) as instituições de ensino precisaram migrar emergencialmente seu modelo de ensino presencial para o ensino remoto, sem estarem preparadas para tal.</p><p>O modelo de ensino on-line e híbrido (síncrono, remoto e assíncrono) deve tornar-se uma tendência no mundo todo, tanto para cursos de longa duração como, principalmente, para cursos e treinamentos corporativos de curta duração.</p><p>Como você se vê nesse cenário? Como professor ou futuro professor, percebe que precisa desenvolver permanentemente novas habilidades para melhorar o seu desempenho docente? Tem a vontade de atuar com mais</p><p>Com certeza, sim, pois está matriculado e iniciando este curso! Que legal!</p><p>Você, que se propõe a atuar na educação a distância, pode nos responder com sinceridade a afirmativa abaixo?</p><p>“Ensinar on-line é fácil. Basta reproduzir o que é feito na sala de aula presencial.”</p><p>Mito ou verdade?</p><p>Para muitos pode não parecer, mas a resposta é MITO! Ensinar on-line é muito mais que migrar um conteúdo que foi ensinado na sala de aula face a face para a sala virtual. E também, não é apenas saber usar a plataforma de ensino, nem postar atividades para serem respondidas.</p><p>Ensinar on-line requer:</p><p>· estabelecer presença forte e ativa;</p><p>· compartilhar com os alunos a responsabilidade da aprendizagem;</p><p>· criar o sentimento de pertencimento a uma comunidade;</p><p>· estimular a autonomia do aluno;</p><p>· propor atividades colaborativas;</p><p>· utilizar um modelo de ensino altamente focado nos alunos;</p><p>· envolver os alunos em nível pessoal.</p><p>Não se engane, são várias as habilidades requeridas, mas não se preocupe que estamos atentos em ajudá-lo(a) no seu desenvolvimento. Como falamos anteriormente, ao capacitar novos facilitadores para atuarem com excelência nas ações de ensino a distância, busca-se minimizar a evasão, garantindo a aprendizagem e satisfação dos alunos.</p><p>Este curso tem 60h/a e está dividido em três módulos.</p><p>No módulo I, você vai analisar abordagens de ensino, estratégias didáticas/andragógicas e tecnologias da informação e comunicação que podem tornar a experiência de aprendizagem ativa, significativa, útil e interessante.</p><p>No módulo II, vai conhecer novas metodologias inovadoras, tecnologias que as permeiam e propostas práticas de aplicação imediata.</p><p>No terceiro e último módulo, você vai perceber a necessidade da presença social do tutor/facilitador e da geração do senso de comunidade com a utilização de técnicas de comunicação, motivação e engajamento para manter a participação ativa dos alunos durante todo o curso. Ao término de cada unidade, propomos atividades extras, “mão na massa”, facultativas, para tornar seu aprendizado ainda mais significativo.</p><p>É um curso gratuito, on-line, livre, sem tutoria, ofertado através da Web, por meio de um ambiente virtual de aprendizagem - AVA, a Plataforma Saberes, que visa oferecer para um grande número de interessados, a oportunidade de ampliar seus conhecimentos. Este modelo é chamado em inglês de MOOC – Massive Open On-line Course.</p><p>Para receber o Certificado é preciso estudar e realizar os exercícios de fixação ao final de cada módulo e a Avaliação Final, obtendo a nota mínima de 70 (setenta) pontos.</p><p>Você terá até 60 (sessenta) dias para a conclusão do curso. Caso seja concluído antes desse prazo, o certificado só será emitido a partir do 15º dia da matrícula, contados a partir da data de inscrição.</p><p>O Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) lhe deseja um ótimo estudo e um excelente aproveitamento no curso!</p><p>Equipe de Coordenação de EaD</p><p>Vídeo de apresentação do curso, no Canal ILB no Youtube.</p><p>Módulo I: Facilitar e mediar - como fazer?</p><p>O que você vai ver neste módulo?</p><p>Vídeo “O que você vai ver no Módulo I do Curso de Mediação e Aprendizagem em Ensino Online”, no Canal ILB no Youtube.</p><p>Objetivos específicos:</p><p>· Reconhecer as competências para o exercício da tutoria;</p><p>· Compreender a abordagem andragógica para a aprendizagem de adultos; e</p><p>· Demonstrar o uso das TDICs na mediação e facilitação do ensino e aprendizagem.</p><p>Unidade 1: O Papel do Facilitador / tutor</p><p>Preste atenção no que diz Nunes (2014, p.1): “Os tutores são mediadores do processo de aprendizagem dos alunos e são fundamentais para criar situações que favoreçam a construção do conhecimento. A boa atuação de um tutor pode ser um impulsionador para um aluno desmotivado e fundamental para todos que buscam atingir seus objetivos no curso, mas se deparam com certas dificuldades. Por outro lado, um tutor que não cumpre com o seu papel a contento pode deixar muitos alunos sem atendimento necessário e causar um clima de insatisfação ou abandono.”</p><p>Observando a citação acima, dá para perceber o alto nível de importância dos tutores para o bom desempenho dos estudantes e o sucesso de um curso, certo? E você sabe que para ensinar on-line não é possível apenas reproduzir a performance docente da sala de aula presencial, já que professor e alunos estão separados no tempo e espaço em um mundo digital e virtual, ok?</p><p>Portanto, assim como no Conselho Nacional de Justiça – CNJ (2015), aqui no ILB, concebemos que os tutores/facilitadores do ensino a distância devem trabalhar com foco nas seguintes competências:</p><p>Competência Técnica</p><p>Domínio do conteúdo do curso. Aqui no ILB essa competência é avaliada pela Comissão de Seleção de Colaboradores – CSC. Os servidores interessados ao exercício do encargo de tutor/facilitador participam de um processo seletivo composto de duas etapas: Avaliação de Requisitos como formação acadêmica, experiência docente e experiência profissional na área e Avaliação Técnica, com entrevista e/ou exercício para demonstração de aptidão para docência (miniaula ou videoaula).</p><p>Competência Didática/Andragógica</p><p>Domínio dos métodos de ensino-aprendizagem que contribuem para o aprendizado dos alunos adultos. Há um Programa de Capacitação de Colaboradores Educacionais em desenvolvimento no ILB, que inclui</p><p>organização, resiliência, persistência por meio de tentativas e erros, dentre outras.</p><p>Alguns recursos digitais além do AVA podem ser utilizados:</p><p>1. Trello</p><p>Tem uma farta aplicabilidade à sala de aula, que vem surpreendendo tanto os professores quanto seus alunos – sendo uma ótima ferramenta para aprendizado baseado em projetos e solução de problemas. Os alunos podem usar as ferramentas do Trello para assumir o controle de seu próprio aprendizado e descrever os passos necessários para concluí-lo, dividindo tarefas e planejando o que precisam para atingir as metas.</p><p>Sítio do Trello, link externo.</p><p>2. Padlet</p><p>Funciona como um mural, no qual os alunos podem compartilhar produções em diversos formatos (texto, vídeo, imagens etc) e também comentar nos conteúdos postados por outras pessoas – facilitando, assim, a cocriação de um produto final. Tem a desvantagem da versão gratuita só possibilitar três ‘padlets’.</p><p>Sítio do Padlet, link externo.</p><p>3. Flipgrid</p><p>É um aplicativo que trabalha exclusivamente com vídeos. O professor coloca uma problemática inicial para que a turma faça uma discussão gravando e compartilhando registros audiovisuais. “O legal é que traz essa linguagem com a qual os alunos têm muita familiaridade e facilidade de se expressar. Afinal, temos hoje uma geração de pequenos youtubers”, comenta Renata. A devolutiva do educador também precisa ser em vídeo, o que deixa as trocas bastante dinâmicas.</p><p>Sítio para instalar o Flipgrid, link externo.</p><p>4. Scracht</p><p>Desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, em inglês), o software gratuito possibilita a criação de animações e jogos, além de outras narrativas interativas por meio da programação. “O Scratch traz uma linguagem bem acessível e permite que professor e aluno interajam de uma maneira mais leve”, indica Daniela Ilhesca, professora da EMEF Arthur Pereira de Vargas.</p><p>Sítio do Scracht, link externo.</p><p>5. Mind Node</p><p>Possibilita a criação de mapas mentais de maneira simples e prática, ajudando a dar concretude a processos como o de levantamento de ideias. É gratuito.</p><p>Sítio do Mind Node, link externo.</p><p>Movimento maker</p><p>Assista ao vídeo “Cultura maker: que bicho é esse?”, do Marcelo Tas, no Youtube.</p><p>Filatro e Cavalcanti definem o movimento Maker: “O movimento Maker é uma perspectiva ativa de aprendizagem centrada no conceito de aprendizagem experiencial. Maker é uma pessoa que participa ativamente de todo o processo de fabricar um objeto com as próprias mãos. Por extensão, o movimento maker enfatiza a relevância do aprender fazendo, a projeção e a construção de artefatos e a fabricação digital.” (p. 40)</p><p>Recapitulando as informações do vídeo, salientamos alguns aspectos relevantes:</p><p>A proposta da cultura maker é fazer com que as pessoas tornem suas ideias em realidade, desenvolvam as próprias tecnologias, dispositivos e ferramentas, em projetos que reforcem suas leituras da sociedade. Qualquer pessoa pode construir, consertar e fabricar os mais diversos tipos de objetos e projetos. Essa noção pode pender tanto para o lado social ou doméstico quanto para o empresarial, mas sempre se pautando pelo cooperativismo e pelo compartilhamento de ideias.</p><p>Na educação, a forma mais comum de adotar o movimento maker é a partir da criação e uso de Fab Labs (laboratórios de fabricação).</p><p>Em entrevista ao Estadão, Dale Dougherty, criador da revista MAKER e responsável por popularizar o termo, explica o que são os makerspaces (Fab Labs): “Um makerspace pode ser visto como uma combinação de oficina mecânica, estúdio de arte e laboratório de computação, mas é fundamental encará-lo como um espaço de trabalho, não um local para só passar o tempo. Podem ter impressoras 3D, cortadoras a laser, mesas de marcenaria, máquinas de costura. Muitos costumam ter computadores com programas de design, onde é possível projetar o modelo 3D de alguma peça para depois fabricar nas impressoras. Os frequentadores têm acesso às ferramentas e ao conhecimento de outros makers presentes. Porém, para algumas pessoas, como crianças, o makerspace poderia ser simplesmente uma sala vazia com jogos de tabuleiro, tesoura e outros materiais escolares. A presença de equipamentos às vezes se confunde com o processo de criação, mas máquinas modernas não resumem o objetivo de transformar ideias e inspirações em algo mais.”</p><p>Texto original da entrevista, link externo.</p><p>Os Fab Labs podem ser criados em empresas, instituições educacionais, startups e órgãos governamentais e permanecem abertos a qualquer pessoa que queira utilizá-los, gratuitamente ou por um custo baixo em dias e horários estabelecidos para esse fim.</p><p>Em cursos híbridos ou a distância, os estudantes ou profissionais podem utilizar laboratórios, oficinas ou Fab Labs disponíveis em polos presenciais ou em escolas, universidades ou empresas parceiras localizadas em suas cidades. Outra possibilidade é enviar kits com materiais específicos para que os alunos possam realizar experimentações.</p><p>“Muitas instituições têm investido em laboratórios virtuais e remotos para tornar as experiências vividas presencialmente também acessíveis em espaços digitais. Os laboratórios virtuais são compostos de aplicações web que imitam experimentos</p><p>A grande vantagem é que estão sempre disponíveis para serem acessados por aprendizes e educadores, oportunizando a interação com os experimentos, sempre que quiserem.</p><p>Cultura maker na escola está ligada à criação de soluções criativas ― tecnológicas ou não ― para situações-problema. São criados objetos e produtos bem como realizadas intervenções no espaço educativo ou pela cidade (uma horta, por exemplo, onde os produtos sejam consumidos na própria escola). Dessa forma, a educação maker é uma forma de ensino, caracterizada por uma abordagem colaborativa, que usa experiências práticas para encontrar a resolução de problemas.</p><p>Um dos principais exemplos de cultura maker no Brasil é a Campus Party, tida como a maior experiência tecnológica do mundo. Ela reúne milhares de jovens em torno de “um festival de Inovação, Criatividade, Ciências, Empreendedorismo e Universo Digital”, como descreve o site da organização.</p><p>Para ilustrar, veja um vídeo exemplo da Campus Party Brasil, no Youtube.</p><p>Segue relação de Fab Labs gratuitos e pagos para experimentar, aprender e produzir:</p><p>1. Lilo Zone (SP), link externo.</p><p>2. Garagem Fab Lab (SP), link externo.</p><p>3. FAZ Makerspace (BH), link externo.</p><p>4. Fab Lab Newton (BH), link externo.</p><p>5. Laboratório Aberto (BH), link externo.</p><p>6. Galpão Makers (PoA), link externo.</p><p>7. Fab Lab Rec (Recife), link externo.</p><p>8. L.O.U.Co (Recife), link externo.</p><p>Instrução por pares – Peer instruction</p><p>Peer instruction ou instrução por pares é um método de ensino interativo baseado em evidência (se o aluno está aprendendo ou não), popularizado na década de 1990 por Eric Mazur, professor de Física da Universidade de Harvard.</p><p>Diz o professor em suas palestras: “Comecei a aplicar esse método quando percebi que a parte mais fácil do aprendizado, os alunos faziam comigo e a parte mais difícil estavam fazendo sozinhos.”</p><p>Assista ao vídeo “Instrução pelos pares na aprendizagem ativa”, do Professor Mazur, no Youtube.</p><p>É essa a essência da Instrução em pares: alterar a dinâmica da sala de aula para que os alunos auxiliem uns aos outros no entendimento dos conceitos e, em seguida, sejam conduzidos pelo professor no aperfeiçoamento desse aprendizado por meio de questões dirigidas e pílulas de abordagens ativas para melhorar o processo de ensino e aprendizagem.</p><p>Como funciona?</p><p>A instrução em pares pode ser aplicada em cursos on-line com maior flexibilidade de tempo e espaço.</p><p>Como fazer?</p><p>Passo 1 - O professor/tutor apresenta os conceitos utilizando hipertexto, videoaula curta ou web aula que são disponibilizados no AVA;</p><p>Passo 2 - Os alunos respondem individualmente a todas as perguntas que estarão disponíveis no AVA por um período determinado. Então, o professor avalia a quantidade de erros e acertos do teste e mostra o resultado para a turma, sem, no entanto, revelar as respostas corretas de cada questão;</p><p>Passo 3 - Caso a taxa</p><p>de acertos seja alta (mais de 70%), faz-se uma breve conclusão sobre o conteúdo estudado;</p><p>Passo 4 - Se o nível de acertos for baixo (30%) ou médio (30%-70%), o professor explica novamente o conteúdo e os alunos são incentivados a discutir com seus colegas, um ensinando aos outros.</p><p>Passo 5 - São formados grupos e as discussões podem ser em fóruns ou wikis. Nesse momento, comentam o significado e importância das questões e cada um argumenta sobre o motivo de terem escolhido suas respostas. Com isso, uns ajudam aos outros e todos os alunos são engajados na construção do conhecimento;</p><p>Passo 6 - Após a discussão, as questões são novamente respondidas. Agora, espera-se que a quantidade de acertos aumente;</p><p>Passo 7 - Uma vez alcançados os objetivos da aula, o professor apresenta as respostas corretas do teste e faz uma avaliação geral de cada pergunta com a turma.</p><p>(fim do fluxograma)</p><p>Outros recursos tecnológicos podem ser utilizados para auxiliar na utilização desse método, como o Google Classroom, Formulários do Google, aplicativos como o Kahoot, Mentimeter, Socrative e Plickers.</p><p>Sítio para instalação do Kahoot, link externo.</p><p>Sítio do Mentimeter, link externo.</p><p>Sítio do Socrative, link externo.</p><p>Sítio do Plickers, link externo.</p><p>Quais os principais benefícios desse método?</p><p>· É centrado no aluno;</p><p>· Estimula a interação produtiva, o pensamento crítico e a colaboração;</p><p>· Promove uma postura proativa do aluno...</p><p>E você, que outros benefícios consegue perceber?</p><p>MOMENTO DE REFLEXÃO: Você consegue associar essa metodologia com as formas mais eficazes de retenção do conhecimento apresentadas na Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser? (Módulo I, Unidade 2) (fim do momento de reflexão)</p><p>Design Thinking - DT</p><p>O que é design thinking?</p><p>Assista ao vídeo Processo criativo: Design Thinking, do Sebrae Minas, no Youtube.</p><p>“O DT é uma abordagem centrada no ser humano que promove a solução de problemas complexos, estimula a criatividade e facilita a inovação. É humanista, pois busca compreender, de forma empática, os desejos e necessidades de pessoas impactadas por um problema analisado.” Citação de Filatro e Cavalcanti (p.53).</p><p>Na Educação, é conhecida como aprendizagem investigativa, trabalhando de forma colaborativa e desenvolvendo a empatia. Nesse modelo, o estudante participa como formador de conhecimento. Não existe uma única forma correta de aplicá-lo. O que existe são etapas a serem exploradas como processo de resolução de problemas. Quando usadas no ambiente da sala de aula, essas etapas trazem mais dinamismo, envolvimento e sentimento de pertencimento.</p><p>As etapas do processo de DT prevêem:</p><p>· a escuta</p><p>· a observação</p><p>· a investigação</p><p>· a projeção de soluções</p><p>· a prototipagem</p><p>· a implementação das melhores soluções criadas</p><p>No contexto educacional o DT pode ser aplicado como:</p><p>1. Metodologia de solução de problema – possibilita enfrentar problemas comuns a partir de um novo olhar.</p><p>2. Abordagem de Inovação – permite a criação, o teste, a implementação de processos e serviços e soluções educacionais que promovam a inovação.</p><p>3. Estratégias de ensino e aprendizagem – promover e incentivar uma “cultura de pensamento”, criando diversas oportunidades para que se possa desenvolver o conhecimento, a comunicação, a cooperação, o protagonismo e o pensamento científico, crítico e criativo diante das situações de aprendizagem colaborativa.</p><p>Um dos principais benefícios da utilização do design thinking como abordagem consiste em seu processo estruturado de expansão e afunilamento da compreensão sobre um determinado tópico, permitindo um movimento cognitivo de abertura para explorar novas possibilidades acerca do que está sendo analisado (por exemplo, um problema).</p><p>Após esse momento de abertura, fazemos o momento inverso de fechamento para definir ou escolher uma solução. Esse processo ajuda a identificar a causa central do problema, fazendo deste uma ótima oportunidade para aprender. Assim, a abordagem do design thinking enfoca o processo de busca por uma solução, e não apenas a solução em si.</p><p>Sabemos que o DT desperta a criatividade, já que novas formas de pensar e diferentes ideias são desenvolvidas por meio de um processo estruturado e focado na descoberta, na ideação e na experimentação.</p><p>Vamos conhecer as etapas, de acordo com a professora Claire Arcenas, do blog Geekie e contextualizar com exemplos:</p><p>1. Exercício da empatia: entendimento das necessidades e motivações das pessoas que estão envolvidas no problema “Evasão dos cursos com tutoria” – estudantes, tutores, especialistas de conteúdo, designers, coordenadores. Essa análise inicial, suportada pelo mapa de empatia, nos ajuda a aprofundar o entendimento das necessidades e motivações dessas pessoas e possibilita observar e sentir emoções, pontos de vista, reações e ações por um novo ângulo, sem julgamentos.</p><p>2. Especificar a origem do problema: Com base nas reflexões do mapa de empatia, a próxima etapa ajuda a especificar a origem do problema em questão e a definir a principal oportunidade. Ela orienta os processos reflexivos e criativos, estimulando uma melhor compreensão sobre como transformar um desafio em uma oportunidade que direcionará a criação de soluções viáveis. Aqui, sugere-se utilizar perguntas facilitadoras (técnicas específicas de questionamento para desenvolver argumentos e elaborações), como por exemplo: “Como poderíamos ...? O que te faz pensar isso? Você poderia elaborar mais? Você poderia explicar o seu raciocínio?”</p><p>Ao terminar de escrever as questões, separe-as por temas ou afinidades. Observando cada agrupamento, defina qual será o próximo ponto a ser solucionado. Para direcionar o trabalho, use algumas das questões já produzidas ou escreva uma nova que reflita a ideia central escolhida.</p><p>3. Gerar ideias para as possíveis soluções (ideação): é o momento de colocar toda a criatividade à tona, sem julgamento ou análise das suas ideias ou das dos outros, mas sim deixá-las fluírem. É o momento da ‘chuva de ideias’ (brainstorm). Deve-se escrever as ideias procurando ser o mais específico possível, evitando-se hipóteses abstratas. Uma possível ideia para a pergunta levantada na etapa anterior seria: “Comunicação via coordenação por e-mail para estudantes que evadiram convidando-os a participar de um grupo focal on-line”.</p><p>O próximo passo consiste em agrupar as diferentes ideias por categorias semelhantes (por afinidade), a fim de tornar visíveis as soluções mais apropriadas e relevantes à realidade. Cada categoria gerada deve ser nomeada. Ao final desta etapa, escolha com seu grupo uma ou mais categoria(s) para prototipar. É possível escolher mais de uma categoria, caso vocês desejem abranger mais problemas com a solução proposta.</p><p>4. Prototipar para tornar as ideias visíveis e tangíveis: chegou o momento de construir a melhor versão possível da sua ideia (prototipação) para testar no ambiente escolar. É possível tangibilizar uma ideia de várias maneiras, porém, é importante escolher a forma que mais se adequa à solução desejada. Os protótipos permitem que você apresente a sua ideia a outras pessoas: esteja aberto a feedbacks e discuta de forma colaborativa sobre como evoluir a solução. Por exemplo, um protótipo poderia ser “Curso para capacitação dos tutores na mediação e facilitação do ensino e da aprendizagem on-line”</p><p>Ao terminar a etapa de prototipação, é hora de validar a experiência das pessoas diante do protótipo que foi construído: entender como a pessoa se sente, descobrir quais benefícios ou problemas ela percebe e de que maneira a experiência potencializa o seu aprendizado.</p><p>5. Validar, refletir e iterar: a validação é muito mais focada na pessoa e em sua experiência de uso do que na solução. Após testar o protótipo, é importante refletir sobre como a experiência impactou o processo de aprendizagem. Por exemplo, você pode pedir o feedback da pessoa que passou pelo processo de validação para entender melhor seus sentimentos durante a experiência; saber se ela percebeu algum benefício ou problema e de que forma ela achou que seu aprendizado foi aprimorado.</p><p>Levando o feedback da pessoa em consideração, pergunte-se: “O que eu faria diferente?”. Lembre-se de que a iteração (repetição do processo) é uma oportunidade de ouvir feedbacks sobre o protótipo construído e, a partir disso, evoluir nossas soluções.</p><p>Que tal utilizar alguns softwares gratuitos para enriquecer as etapas e possibilitar a interação?</p><p>· Mind Node: programa muito simples e prático para ser utilizado dia a dia. Ele ajuda a visualizar melhor as ideias.</p><p>Sítio do Mind Node, link externo.</p><p>· Free mind: é um software livre para criação de mapa mental, ele é simples e objetivo, disponível para usuários Windows e Linux.</p><p>Sítio do Free Mind, link externo.</p><p>· Free Plane: outro programa simples, compatível com Windows e Linux, que facilita a organização das ideias.</p><p>Sítio do Free-Plane, link externo.</p><p>· Coggle: software on-line, permite mais que uma pessoa trabalhe com o mesmo mapa mental. Não é preciso fazer download do programa, o que permite trabalhar no projeto de diferentes plataformas.</p><p>Sítio do Coggle, link externo.</p><p>Também é possível organizar o processo de DT usando o Google Classroom.</p><p>Assista a proposta no vídeo “Como aplicar design thinking com o Google Classroom?”, no Youtube.</p><p>FINALIZANDO…</p><p>Ao concluir a Unidade 1, exploramos o potencial das metodologias ativas para promoção de inovações em práticas andragógicas na educação. Vimos que o aluno participa ativamente da sua aprendizagem de forma colaborativa em busca de uma solução para algum problema apresentado. As diversas abordagens apresentadas servem de embasamento para a aplicação de variadas estratégias didáticas, recursos e ferramentas tecnológicas.</p><p>Quais são as principais características dessa metodologia?</p><p>Pílulas de conteúdo extra</p><p>Você pode dar um pit-stop e saborerar conteúdos extras para ampliar ainda mais seus conhecimentos:</p><p>1. Ler o E-book “Design Thinking: a inovação criativa e colaborativa.”, na plataforma SABERES.</p><p>2. Ler o E-book “Sala de Aula Invertida: por onde começar?”, na plataforma SABERES.</p><p>3. Ler o texto “Educação Corporativa e metodologias ativas: estudo de caso com design thinking em uma instituição bancária”, na plataforma SABERES.</p><p>Atividade extra (opcional) - Mão na Massa</p><p>Aproveite o momento e faça uma autoavaliação da sua aprendizagem construindo um plano de aula sobre o tema ‘Metodologias Ativas’. Você deverá utilizar a ferramenta Trello. Coloque em prática sua criatividade, selecione materiais (vídeos, e-books, hipertextos, imagens etc), faça o cronograma, pense na avaliação ... e sucesso!</p><p>Sítio do Trello, link externo.</p><p>Unidade 2: Metodologias Ágeis</p><p>Continuando nosso estudo sobre novas metodologias, chegou a hora de perguntar:</p><p>O que são metodologias ágeis para a aprendizagem on-line?</p><p>Filatro e Cavalcanti mostram que a Metodologia Ágil fundamenta-se nos conceitos da mentalidade ágil utilizada no desenvolvimento de softwares. Na aprendizagem, surgiu a partir do The Agile Schools Manifesto (Manifesto das Escolas Ágeis), em 2011, onde foram elencados Doze Princípios das Escolas Ágeis:</p><p>1. A maior prioridade é satisfazer as necessidades dos estudantes e de suas famílias por meio da entrega precoce e contínua de aprendizagem significativa.</p><p>2. Requisitos de mudança são bem recebidos mesmo ao final de um ciclo de aprendizagem, em benefício dos alunos e de suas famílias.</p><p>3. As escolas ágeis oferecem frequentemente aprendizagem significativa, no espaço de alguns dias e até algumas semanas, com preferência para o prazo mais curto.</p><p>4. A escola e a família trabalham juntas cotidianamente para criar oportunidades de aprendizagem para todos os participantes.</p><p>5. As escolas ágeis criam projetos em torno doe indivíduos motivados, dão-lhes o ambiente e apoio de que precisam e confiam neles para fazer o trabalho.</p><p>6. As escolas ágeis reconhecem que o método mais efetivo de transmitir informações para e dentro de uma equipe é a interação face a face.</p><p>7. A aprendizagem significativa é a principal medida de progresso.</p><p>8. Seus processos promovem a sustentabilidade. Educadores, estudantes e famílias devem ser capazes de manter indefinidamente um ritmo constante.</p><p>9. As escolas ágeis acreditam que a atenção contínua à excelência técnica e ao bom design aumenta a capacidade de adaptação.</p><p>10. Simplicidade – a arte de minimizar a quantidade de trabalho realizado - é essencial.</p><p>11. As melhores ideias e iniciativas emergem de equipes auto-organizadas.</p><p>12. Em intervalos regulares, as equipes refletem sobre como se tornar mais eficazes, depois sintonizam e ajustam seu comportamento como necessário.</p><p>A partir daí, vários autores buscaram dar novas ênfases para a mentalidade ágil na educação:</p><p>Segundo Kamat: “O princípio mais importante na mentalidade ágil é prover feedback contínuo, aprender a partir das iterações anteriores e dispor-se a tentar e melhorar na próxima iteração.”</p><p>Segundo Royle e Nikolic: “Aprendizagem ágil implica a criação de conteúdo pelos alunos e o desenvolvimento de habilidades em um ambiente colaborativo e competitivo, mediado pela tecnologia, tendo o professor o papel de facilitador e direcionador dos projetos, de uma perspectiva informada, enquanto os alunos se tornam autodirigidos, resilientes, orientados para a equipe e aprendizes ao longo da vida”.</p><p>A Agile-Teaching/Learning Methodology – ATLM (Metodologia de Ensino – Aprendizagem Ágil) desenvolvida por Chun apresenta três elementos essenciais:</p><p>1. Agilidade:</p><p>a. Professores devem adaptar-se rapidamente às habilidades e necessidades dos alunos.</p><p>2. Princípios de XP:</p><p>a. Se algo for bom para o ensino-aprendizagem, deve ser empregado com frequência;</p><p>b. Exemplo, dar feedback aos alunos.</p><p>3. Independência</p><p>a. Os alunos devem assumir a responsabilidade por seu próprio processo de aprendizagem.</p><p>(fim do infográfico)</p><p>A ATLM aplica concretamente esses elementos com a utilização extensiva de blogs, wikis, mensagens instantâneas e outras tecnologias para apoiar a colaboração e compartilhamento de conhecimentos e feedback rápido.</p><p>Krehbiel et al propôs o Manifesto Ágil para o ensino e aprendizagem:</p><p>1. Adaptabilidade mais que métodos de ensinar prescritivo;</p><p>2. Colaboração mais que realizações individuais;</p><p>3. Alcance de resultados de aprendizagem mais que teste e avaliações;</p><p>4. Investigação dirigida mais que apresentação em sala de aula;</p><p>5. Demonstração e aplicação mais que acúmulo de informações;</p><p>6. Melhora contínua mais que manutenção de práticas atuais.</p><p>(Fonte: Krehbiel, T. C. et al. Agile manifesto for teaching and learning. The Journal of Effective Teaching, v.17, n.2, p. 90-111, 2017).</p><p>A ‘pedagogia extrema’ é outro exemplo da mentalidade ágil em educação. Requer que os educadores enfatizem três elementos da filosofia ágil em suas práticas:</p><p>São exemplos de metodologias ágeis:</p><p>Microaprendizagem ou Microlearning</p><p>Assista o vídeo “MICROLEARNING MODULOII UNIDADE2 1”, no Canal ILB no Youtube.</p><p>Técnica para cursos on-line: Minute Paper - também conhecido como "teste de um minuto", é uma técnica de avaliação desenvolvida pela Universidade da Califórnia, Estados Unidos que vem sendo utilizada com bastante frequência. Tem o objetivo de dar ao professor um retorno, um feedback, sobre os tópicos abordados em aula, sobre suas maiores dificuldades em relação aos conceitos apresentados e os pontos mais relevantes da aula. Existem inúmeras possibilidades de uso, com variações criativas, com o uso apenas do papel e caneta (ambiente presencial) ou na versão on-line por meio de um chat ou mensagens instantâneas em aplicativos como Whatsapp, Mentimeter ou Twitter.</p><p>Como usar? Roteiro constituído por seis tópicos:</p><p>a. Explique aos alunos a dinâmica do minute paper no chat; Proponha questões curtas que devem ser respondidas em um minuto e enviadas após comando, uma palavra-chave, como TEMPO ESGOTADO ou VALENDO.</p><p>b. Faça primeiro um teste como uma pergunta para aquecer o grupo;</p><p>c. Prepare o cronômetro e dê o comando TEMPO ESGOTADO após um minuto para o envio da resposta, que deve ser dada por todos, ao mesmo tempo; Corrija eventuais inadequações busacndo refinar a técnica e estarem todos aptos a prosseguir;</p><p>d.</p><p>Lance a questão real que deve avaliar o conteúdo estudado, um conceito apresentado, por exemplo, “o que você entende por...”; Após 60 segundos, dê o comando TEMPO ESGOTADO para o envio das mensagens pelos alunos/</p><p>e. Reserve um tempo para que todos leiam as respostas enquanto você elabora rapidamente um feedback consolidado; Você deve propor no máximo quatro questões para não ficar muito longo e cansativo;</p><p>f. Apresente suas observações às mensagens publicadas, abrindo espaço para a participação dos alunos ou leve a discussão para um fórum.</p><p>Eu, pessoalmente, já utilizei esta técnica várias vezes como avaliação diagnóstica. Para um grupo de até 10 alunos ela funcionou muito bem. Que tal experimentar?</p><p>Aprendizagem móvel - m-learning</p><p>No m-learning o processo de ensino e aprendizagem é intermediado por dispositivos sem fio (telefones celulares, smartphones e tablets) permitindo conectar a experiência formal de educação com o aprendizado situado. Proporciona um novo ambiente para alunos e professores, usando dispositivos móveis como plataformas por meio de conteúdos otimizados que viabilizam o aprendizado a distância.</p><p>São características do m-learning:</p><p>· Maior controle e autonomia do aprendiz sobre a própria aprendizagem;</p><p>· Aprendizagem em contexto, no local, horário e condições que o aprendiz julgar mais adequados;</p><p>· Continuidade e conectividade entre contextos nos quais o aprendiz se mover;</p><p>· Aproveitamento de tempo, espaços e oportunidades para aprender de forma espontânea de acordo com seus interesses e necessidades.</p><p>Você pode estar se perguntando: mas, qual é a diferença do e-learning para o m-learning? Dicas da MicroPower:</p><p>a. A diferença começa pelo nome: em e-Learning, o “e” significa eletrônico, portanto, qualquer forma de aprendizado por dispositivos eletrônicos, como o computador através da internet, extranet e outros sistemas. Enquanto que o “m”, de m-learning, equivale a qualquer forma de conhecimento que é dada usando dispositivos portáteis. Assim, o m-learning faz parte do e-learning, ou seja, equivale a um subconjunto do e-learning. Mas ambos dependem da comunicação digital para ensinar e desenvolver pessoas e podem ser usados de forma complementar.</p><p>b. Dependendo de sua proposta de treinamento e conteúdo, você pode optar pelo uso do e-learning ou do m-learning. Quer ver? Ao ensinar assuntos e competências muito específicas, temas que exijam profundidade e bastante contextualização (como o uso de uma máquina ou as políticas da empresa), opte pelo e-learning. Já o m-learning deve ser usado no caso de conteúdos e ideias que suportem um processo de atividade contínua, atuando como um complemento simples e de fácil acesso. No geral, recomenda-se que o conteúdo do e-learning tenha de 20 a 30 minutos de duração e do m-learning, de 3 a 7 minutos, no máximo.</p><p>c. Há diferença também no design. No caso do e-learning, indicado para telas grandes de computadores, por exemplo, é possível incluir informações detalhadas, ter espaço para gráficos mais complexos, diferentes tipos de mídia e interatividade. Já o m-learning, para smartphones e tablets, requer adaptação de conteúdo para tela pequena, apresenta uma ideia por tela, ícones maiores para cliques com os dedos e simples navegação.</p><p>Como funciona o m-learning ou a aprendizagem móvel?</p><p>· Aplicativos – desenvolvidos sob medida para dispositivos móveis, podem combinar questionários interativos, conteúdo multimídia e mecanismos de interação entre os usuários. Por exemplo, Kahoot, Mentimeter, Google Classroom, Google Forms, etc.</p><p>· Videoaulas – de curta duração, especialmente para consumo em telas menores e em pequenos intervalos de tempo. O fornecedor pode disponibilizá-las apenas on-line, o que limita o acesso, ou em modo off-line.</p><p>· Podcast - arquivo digital de áudio transmitido através da internet.</p><p>· E-books – podem ser simples arquivos estáticos em PDF ou explorar ao máximo os recursos multimídia disponíveis em dispositivos móveis, incluindo à leitura vídeos, áudios, hiperlinks, etc.</p><p>· Gamification – jogos digitais completamente voltados à educação, que aproveitam mecanismos diversos, como personagens, pontuação, prêmios e níveis de dificuldade, a fim de dinamizar o processo de aprendizagem.</p><p>· Redes sociais – disponíveis em dispositivos móveis por meio de aplicativos, possuem foco principal na interação entre os usuários, como whatsapp e telegram.</p><p>· Microlearning – treinamentos desenvolvidos de acordo com padrões de mobilidade, em pequenas doses e com foco específico.</p><p>· Mobiles tags – códigos de barra que podem ser lidos por qualquer dispositivo móvel com câmera web e levam o usuário a algum link, como os QR codes (códigos de resposta rápida).</p><p>VANTAGENS:</p><p>1. Mobilidade: A qualquer hora e em qualquer lugar.</p><p>2. Imediatismo: Abre conteúdos educativos e envia imediatamente mensagens para colegas e professores.</p><p>3. Constância: O conteúdo está sempre à disposição do aluno.</p><p>4. Rapidez: Esses pequenos aparelhos estão sempre à mão.</p><p>5. Controle: É possível monitorar as atividades do aluno que estuda com soluções de m-learning e com os dados mensurados, tomar decisões futuras.</p><p>6. Alcance: Crescimento exponencial.</p><p>7. Autodidatismo: Com um mundo de informações na palma das mãos, o aluno pode ir além do proposto em sala de aula e começar a estudar por conta própria.</p><p>8. Diversidade: Suporta conteúdo multimídia, como vídeos, cursos e-learning e e-books.</p><p>9. Personalização: Possibilitam distribuir treinamentos personalizados aos alunos.</p><p>10. Entretenimento: Jogos são populares entre os usuários de smartphones e tablets. Recebem abordagem pedagógica/andragógica para unir educação e entretenimento.</p><p>Just-in-time learning</p><p>O Just in Time (JIT), surgiu em terras japonesas, no princípio dos anos 50, depois dos estragos causados pela 2ª Guerra Mundial, quando o país precisava se reformular por completo, desde as necessidades mais básicas, como alimentação e moradia, como também no setor automobilístico.</p><p>Foi aí que a Toyota Motor Company entrou em ação! A empresa implementou um modelo de produção que ia na contramão do que o Fordismo pregava (produção em massa). O modelo propôs coordenar a produção automobilística de acordo com a necessidade específica do cliente, ou seja, produzir somente o que o cliente deseja, no momento certo e na hora certa, e com isso reduzir o estoque para o mínimo, conseguindo uma maior diversificação dos produtos.</p><p>A partir desse modelo, como podemos conceituar Just-in-Time Learning?</p><p>A Aprendizagem Just-in-Time pode ser traduzida como “aprendizagem no momento exato”, é um método de ensino no qual o conteúdo abordado está prontamente disponível para o aluno quando e como ele necessitar. Esse método é muito utilizado em treinamentos e capacitações corporativas. Os trabalhadores podem acessar tutoriais web, multimídias interativas, banco de dados autoguiados e “pedaços” de informações, de acordo com suas necessidades para execução de tarefas específicas e resolução de problemas à medida que eles surgirem.</p><p>“Ainda que exista supervisão, o indivíduo tem plena autonomia no seu desenvolvimento educacional e, dessa forma, é capaz de aprender a seu modo e no seu ritmo”, afirma o blog Genie.</p><p>Verifique algumas ferramentas específicas de just-in-time learning:</p><p>1. Ajuda de trabalho (Job-aids): fornecem informações de fácil acesso e rápida apreensão: cartões de referência rápida, folhetos, infográficos, cartazes, checklist dentre outros materiais. Ex. Cartões de instruções de segurança que ficam nos bolsões das poltronas dos voos comerciais.</p><p>2. Templates: modelos de documentos formatados para serem preenchidos. Ex. formulários para envio de currículos, contratos, trabalhos de conclusão de curso (TCC) etc.</p><p>3. Macros: eliminam etapas repetitivas em aplicações de planilhas eletrônicas e programas de processamento de texto, reduzindo tempo para completar uma atividade.</p><p>Você consegue perceber quais mudanças são propostas pelo just-in-time learning?</p><p>a. Do contéudo pradronizado para o conteúdo personalizado: conteúdos adaptados aos interesses, estilos e à motivação do aluno;</p><p>b.</p><p>Da aprendizagem passiva para a aprendizagem ativa: ao invés de modelos de transmissão de conhecimento, aprendizagem ativa e experencial;</p><p>c. Do tempo fixo para tempo fluido: além de aprender em qualquer lugar e em qualquer intervalo temporal, conteúdos e atividades formatados em tamanho administrável para os alunos, com feedback imediato, que encerra o ciclo de interesse, consulta e assimilação de uma única vez.</p><p>Qual a relação entre a Aprendizagem Just-in-time e Microaprendizagem?</p><p>Ambos estão inseridos na metodologia de aprendizagem ágil, onde o aluno é ativo e participa diretamente do seu desenvolvimento, interagindo e contribuindo com o conteúdo apresentado.</p><p>“Tendo em vista que o princípio do Just-In-Time é disponibilizar o material que o colaborador precisa, quando ele necessita, o Microlearning ― que consiste, essencialmente, em transmitir o conhecimento em pequenos blocos ― torna-se indispensável”, ou seja, ele oportuniza a implementação do Just-in-time, diz o blog Genie.</p><p>Filatro e Cavalcanti apresentam a técnica do Discurso do Elevador (Elevator pitch) muito usado no meio de startups para expressar ou vender uma ideia de forma rápida e efetiva, simplificando a mensagem complexa. Ao ser adaptado ao contexto educacional, os alunos ao invés de apresentar seminários tradicionais, podem fazer o pitch via webconference ou gravar um vídeo, de 3 a 5 minutos sobre um tema de estudo específico.</p><p>Como usar?</p><p>1. Oriente os alunos:</p><p>1.1. Defina o tema a ser estudado;</p><p>1.2. Defina o período de estudo;</p><p>1.3. Agende a data e o tempo para apresentação;</p><p>2. Apoie os alunos</p><p>2.1. Subsidie os alunos com referências bibliográficas e exemplos práticos;</p><p>2.2. Oriente sobre os tópicos-chave a serem abordados;</p><p>3. Sugira estratégias</p><p>3.1. Sugira estratégias para ensaio e aprimoramento do discurso;</p><p>3.2. Apresente o checklist de avaliação (qualidade do curso apresentado, capacidade de síntese);</p><p>4. Pitch</p><p>4.1. Coordene a apresentação</p><p>5. Avaliação</p><p>5.1. Avalie a apresentação de acordo com o checklist de avaliação.</p><p>Observação!</p><p>Os conceitos Just-in-Time Learning e Just-in-Time Teaching são diferentes, mas podem ser trabalhados de forma complementar.</p><p>O primeiro trabalha a relação entre os alunos e o conteúdo. Já o Ensino Just-in-Time (geralmente, abreviado como JiTT, em inglês) é uma proposta pedagógica na qual são utilizados feedbacks coletados em atividades educacionais variadas para aprimorar o planejamento das aulas.</p><p>O JiTT + Peer Instruction = potencializa a aprendizagem. Para entender melhor, assista ao vídeo Peer Instruction (Instrução por Pares) e Just-in-Time Teaching (Ensino sob Medida) de Aline Von Bahten no Youtube.</p><p>(fim da observação)</p><p>FINALIZANDO…</p><p>Neste módulo exploramos o potencial inovador das metodologias ágeis na educação. A apresentação do conteúdo em pequenos “pedaços”, as interações rápidas e tomadas de decisão contextualizadas na hora e na situação exatas em que se fazem necessárias são apontadas como a solução para a aprendizagem no mundo contemporâneo.</p><p>Reforçamos que os princípios dessa metodologia baseiam-se em:</p><p>1. Economia da atenção – o aproveitamento do tempo de duração limitado, dos micromomentos e dos “tempos mortos”.</p><p>2. Microtudo – a fragmentação da aprendizagem em micromomentos, microatividades e microconteúdos.</p><p>3. Mobilidade tecnológica e conexao contínua – a facilidade de acesso a informações, conexão com pessoas, tomada de decisão e aprendizagema qualquer hora e em qualquer lugar.</p><p>Acreditamos não ser suficiente apenas ofertar cursos on-line. São necessários métodos e ferramentas apropriadas para estimular o interesse do aprendiz, engajá-lo, estimulá-lo a participar do seu aprendizado e também contribuir com seus colegas, não é mesmo?</p><p>Na próxima Unidade vamos conhecer uma metodologia imersiva que traz a inovação profundamente relacionada ao emprego de ferramentas – mídias e tecnologias – no apoio à aprendizagem humana.</p><p>Pílulas de Conteúdo Extra</p><p>Você pode dar um pit-stop e saborerar conteúdos extras para ampliar ainda mais seus conhecimentos:</p><p>1. Lendo o ebook “Storytelling na Educação”, na plataforma SABERES.</p><p>2. Lendo o texto “Uso da Storytelling para a construção e o compartilhamento do conhecimento na educação”, na plataforma SABERES.</p><p>3. Assistindo ao vídeo “Storytelling na Educação”, no Youtube.</p><p>4. Assistindo ao vídeo “Pitch – discurso do elevador”, no Youtube.</p><p>Atividade Extra - Mão na Massa</p><p>Aprender fazendo (learn by doing) é botar a mão na massa e ser agente ativo em seu processo de desenvolvimento intelectual. A ideia é que, por meio da vivência prática, sua experiência educacional seja mais relevante e significativa.</p><p>Aproveite o momento e faça uma autoavaliação da sua aprendizagem produzindo um vídeo sobre o uso da storytelling na educação utilizando os princípios da metodologia ágil e a técnica do ‘Discurso do Elevador’.</p><p>Unidade 3: Metodologias Imersivas</p><p>O que são metodologias imersivas?</p><p>As metodologias imersivas vêm somar e complementar as metodologias ativas focando na experimentação e imersão do estudante em ambientes virtuais que utilizam os sentidos do corpo humano para simular, no espaço digital, situações que podem ou não ser vividas na realidade por meio de tecnologias.</p><p>São exemplos desses ambientes:</p><p>a) Realidade Virtual;</p><p>b) Gamificação;</p><p>c) Realidade aumentada; e</p><p>d) Jogos.</p><p>Essas inovações, até pouco tempo atrás, eram restritas a treinamentos específicos de astronautas ou pilotos de avião. Nos dias atuais tornaram-se uma opção muito interessante para as organizações e instituições de ensino. Promover atividades que estimulem o desejo dos alunos de aprender é muito importante. Um aluno motivado com conteúdos dinâmicos e interativos aprenderá e assimilará, muito melhor, os conceitos trabalhados.</p><p>As tecnologias imersivas permitem:</p><p>· customização maior da aprendizagem, e</p><p>· proporcionar aos usuários finais uma experiência mais autêntica, dando a chance de experimentarem uma situação do mundo real, dentro de um ambiente seguro para praticar, cometer erros e aprender.</p><p>Imagine um estudante observando o sistema esquelético no ar e identificando diferentes partes dele, aplicando um experimento de laboratório e tomando decisões sobre o que fazer e quais recursos utilizar, enquanto recebe o feedback do professor. Tudo isso quantas vezes for necessário para dar significado a sua aprendizagem.</p><p>Como dissemos inicialmente, o caráter imersivo refere-se a uma ideia de nos sentirmos cercados em um espaço que absorve nossos sentidos. De acordo com Filatro e Cavalcanti, uma experiência imersiva pode ser:</p><p>· Mental – estado psicológico de profundo engajamento e envolvimento estimulado pelo uso de variadas mídias digitais ou não (como livros e jogos de tabuleiro);</p><p>· Física – estado produzido por estímulos sensório-motores que criam a impressão de contato físico e são promovidos pelo uso de tecnologia.</p><p>“(...) Mesmo quando se utiliza a imersão física pelo uso de um aparato de interface, é imprescindível que a imersão psicológica também ocorra. Só assim os usuários de ambientes virtuais imersivos terão a sensação de presença nesses espaços digitais, tridimensionais e interativos.” Citação de Filatro e Cavalcanti (p. 136).</p><p>Vamos explorar alguns desses ambientes virtuais imersivos?</p><p>Realidade Virtual – RV</p><p>A realidade virtual, também conhecida pela sigla VR (virtual reality) é uma tecnologia que permite a imersão e cria um mundo totalmente novo e interativo no meio digital, utilizando-se um sistema computacional. O usuário pode simular ações dentro do ambiente virtual e ter uma experiência multi sensorial por meio da interface em tempo real.</p><p>São características da realidade virtual:</p><p>a) Imersão;</p><p>b) Interação em tempo real; e</p><p>c) Ilusão realista.</p><p>Para ter uma experiência com a VR, o usuário precisa utilizar um dispositivo similar a um óculos, como por exemplo, o Oculus Rift, do Facebook ou o Google Cardboard. A ideia é que esse dispositivo exiba o ambiente virtual, criado em um modelo 3D ou por meio de vídeos orbitais.</p><p>MOMENTO DE REFLEXÃO: Você já vivenciou a tecnologia de realidade virtual? Se sim, quais sensações sentiu?</p><p>Seu interesse no aprendizado aumentou? Se não experimentou, gostaria de ter essa experiência? Qual a sua expectativa?</p><p>A realidade virtual na educação já existe e o seu potencial é imenso. Hoje em dia, a tendência é usar os seus recursos — de projeções em tela a hologramas — para oferecer aos estudantes experiências que eles jamais poderiam ter.</p><p>Proporcionar ao aprendiz a interação com situações ou dilemas, como se estivessem ocorrendo no presente, permite que o estudante se prepare de antemão para desafios do mundo real. Estar inserido no contexto do assunto e ser capaz de manipular o conteúdo, mesmo que virtualmente, contribui bastante para o aprendizado.</p><p>A VR ao transformar a forma como os alunos interagem com os conteúdos, faz com que o conhecimento vá além da teoria, engajando os estudantes a serem protagonistas do seu próprio processo de aprendizagem.</p><p>Podemos listar alguns benefícios da utilização da realidade virtual na educação:</p><p>a) Facilita a aprendizagem;</p><p>b) Ajuda na compreensão;</p><p>c) Desenvolve novas habilidades;</p><p>d) Aumenta a motivação e o foco;</p><p>e) Emgaja para a colaboração; e</p><p>f) Aprendizagem mais eficaz.</p><p>Você consegue perceber outras vantagens na aprendizagem?</p><p>Listamos alguns aplicativos para óculos de realidade virtual, com aplicação educacional:</p><p>1. Within – Traz uma experiência cinematográfica em três dimensões: curtas, animações, filmes e documentários. Você pode visitar lugares, explorar exposições e assistir atrações infantis, dando a sensação real de imersão. É gratuito e compatível com iOS, Gear VR, Cardboard/Daydream, Oculus Rift, HTC Vive, Windows Mixed Reality e PlayStation VR.</p><p>Sítio do Within, link externo.</p><p>2. Unimersiv – É uma plataforma exclusivamente educacional e conta com diversos conteúdos: explorar o corpo humano, visitar Stonehenge, Titanic, a Acrópole, a Roma antiga, ou até mesmo caminhar entre os dinossauros. Não é gratuito.</p><p>Sítio do Unimersiv, link externo.</p><p>3. Google Earth VR – Você pode viajar para qualquer lugar do planeta. Fornece uma experiência gratuita para o mundo a partir de uma perspectiva nova. São mais de 500 milhões de Km2 da Terra, incluindo bacia do rio Amazonas, a movimentada Manhattan, o Grand Canyon e os Alpes Suiços. Óculos Cardboard/Daydream, Oculus Rift e HTC Vive.</p><p>Sítio do Google Earth, link externo.</p><p>Não podemos também deixar de citar o Google Expeditions e a Rede de Bibliotecas Escolares que possuem vasto e magnífico conteúdo educacional. Explore cada um deles!</p><p>CURIOSIDADE: Conheça a história da VR contada pela Tecmundo. Clique aqui para acessar ao vídeo.</p><p>Realidade Aumentada – RA</p><p>“A Realidade Aumentada (RA) pode ser considerada uma evolução da RV (...) A RA mistura uma visão do mundo físico com elementos virtuais para gerar, em tempo real, uma realidade misturada. Isso é obtido pela superposição de elementos artificiais, como objetos 3-D, conteúdos multimídia ou informações textuais, a imagens do mundo real, reduzindo os custos de desenvolvimento e aumentando as possibilidades de interação com o usuário.” Citação de Filatro e Cavalcanti (p.141).</p><p>De forma mais simples podemos dizer que a RA é o termo utilizado para a tecnologia que permite a interação entre ambientes virtuais e o mundo físico através de uma webcam ou dispositivo com câmera. Ao invés do usuário entrar em um ambiente virtual, é o ambiente virtual que se aproxima do mundo real.</p><p>A tecnologia RA vem crescendo em todo o mundo e impulsionando sua aplicação em diversas áreas, sendo a educação uma das mais procuradas. Podemos citar um exemplo comum de aplicação de Realidade Aumentada em educação quando, ao apontar seu tablet ou smartphone para um livro, o aluno vê as figuras nele impressas projetadas em três dimensões na tela de seu dispositivo móvel, o que lhe permite conhecer os objetos de uma forma mais realista.</p><p>Para ver um exemplo de aplicação no ambiente educacional, assista ao vídeo SENAI Realidade Aumentada, do canal SENAI TechEdu no Youtube,</p><p>PRINCIPAIS BENEFÍCIOS:</p><p>1. Imersão e interatividade: É possível atuar diretamente nos objetos de estudo tornando a aula interativa e prendendo a atenção dos estudantes. Imagine poder misturar elementos químicos e observar suas reações, quem não ia querer ‘brincar’, não é mesmo?</p><p>2. Engajamento: Favorece um maior envolvimento e participação dos alunos na aula ao criar um ambiente de aprendizado lúdico e atualizado.</p><p>3. Compreensão: Ao abordar os conceitos de diferentes aspectos e pontos de vista que podem ir da visão geral ao menor detalhe, gera maior entendimento do conteúdo e aproveitamento das aulas.</p><p>4. Noção Espacial: Possibilidade de apresentar aos alunos figuras em três ou mais dimensões (no papel é em 2D), permitindo melhor compreensão espacial e dimensionamento de sistemas, objetos e máquinas. O que é mais fácil: entender o funcionamento de um satélite observando-o orbitar a terra ou lendo sobre esse assunto numa apostila?</p><p>5. Custo Reduzido: Um dispositivo móvel, um aplicativo e folhas de papel têm custo muito mais baixo do que kits de robótica, computadores e dispositivos de realidade virtual. “Além disso, a RA permite a aplicação sem internet e wifi, podendo-se estar “offline” e com isso reduz custos.</p><p>6. Colaboração: O ambiente criado nas aulas induz naturalmente a colaboração entre os alunos, favorece a proposição de atividades em grupo, a comunicação, a troca de ideias e as experiências, aprimorando as habilidades interpessoais de trabalho em equipe.</p><p>Conheça alguns aplicativos de RA:</p><p>1. SketcherAR: how to draw with AR (Desenho/Pintura). Aprende a desenhar com o auxílio da realidade aumentada. O app coloca imagens virtuais numa superfície para permitir rastrear os desenhos com o dispositivo móvel. Disponível para iOS e Android. Grátis.</p><p>2. Graphamented (Matemática). Permite projetar documentos do Excel, bem como interagir com eles. Da mesma forma, dá a opção de extrair dados específicos e mostrá-los separadamente. Esses arquivos são carregados a partir do iCloud ou do Google Sheets, ambos limitados na versão gratuita. Disponível para iOS. Grátis.</p><p>3. Boulevard AR (História da Arte). A exploração de obras de arte nunca foi tão imediata, pessoal e arrebatadora. Boulevard AR dá vida a uma das pinturas mais célebres da mundialmente famosa coleção Tudor da National Portrait Gallery de Londres. O retrato de Sir Henry Unton é apresentado por Charlotte Bolland, curadora da coleção do século XVI do museu , que narra e guia a experiência imersiva através de nove vinhetas individuais, permitindo ao utilizador explorar de forma independente essa fascinante e incomum obra de arte. Disponível para iOS. Não é grátis.</p><p>4. Star Chart (Astronomia). Você pode ter um planetário virtual. Basta apontar seu dispositivo para o céu e o Star Chart irá dizer-lhe exatamente o que você está vendo. Usando a tecnologia GPS de última geração, o Star Chart calcula – em tempo real – a localização atual de cada estrela e planeta visível da Terra e mostra exatamente onde estão mesmo em plena luz do dia. Disponível para iOS e Android. Grátis.</p><p>5. Anatomy Learning (Biologia). Para alunos, professores, profissionais médicos ou qualquer pessoa que queira aprender sobre anatomia humana. Construído em uma interface de toque 3D. Disponível para iOS e Android. Grátis.</p><p>6. Quiver (Pintura). Nunca foi tão divertido colorir! O Quiver combina coloração física com a tecnologia de realidade aumentada para lhe oferecer uma experiência extraordinariamente mágica. Disponível para iOS e Android. Alguns desenhos grátis.</p><p>ATENÇÃO: Além da Realidade Virtual (VR) e da Realidade Aumentada (RA), há a Realidade Mista (RM). De acordo com Tiago Scaff, fundador e CEO da empresa Xperience, a RM “é a tecnologia que une características da RV com a RA. Esta, insere objetos virtuais no mundo real e permite a interação do usuário com os objetos, produzindo novos ambientes nos quais itens físicos e virtuais coexistem e interagem em tempo real. Para experimentar essa tecnologia é necessário o uso de um headset MR que possibilita interação com hologramas 3D e faz reconhecimento de gestos, olhares e sons por</p><p>meio de controladores de movimento e fones de ouvido RM. O poder de processamento dos equipamentos precisa ser muito maior que os utilizados para realidade virtual ou aumentada, devido à sua maior complexidade operacional. Por ser a mais jovem da família das tecnologias imersivas, a realidade mista ainda se mostra pouco conhecida no mercado. No entanto, algumas empresas de diferentes setores e portes já investiram em projetos dessa natureza. A Ford, por exemplo, já usa a RM para criar e testar protótipos de veículos futuros, em vez de fazer modelos reais que são muito mais caros e demorados para desenvolver.”</p><p>Jogos</p><p>Você sabia que 72% dos brasileiros dizem jogar jogos (games) eletrônicos? E que as mulheres representam 51,5% e os homens 48,5%?</p><p>Esse foi o resultado apontado na 8ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), realizada em fevereiro de 2021, que ouviu 12.498 pessoas em 26 Estados e no Distrito Federal. A PGB considera jogadores (ou gamers) todos aqueles que afirmam possuir o hábito de jogar jogos digitais, independentemente do estilo de jogo, frequência ao longo da semana, duração das partidas e conhecimento sobre jogos, softwares e hardwares.</p><p>Quem são então os nossos gamers?</p><p>O infográfico apresenta dois tipos de gamers, o “casual” e o “hardcore gamer".</p><p>A maior parte do público casual gamer é feminino e a plataforma preferida de jogo é o smartphone. Ser casual não significa jogar pouco: 29,7% afirmam jogar diariamente em sessões de até 1 hora. As estatísticas são: 55,8% são mulheres, 58,3% tem como plataforma favorita o smartphone, 36,2% estão entre 16 e 24 anos, 48,1% se consideram brancos e 48,9% se consideram pardos e pretos, e, finalmente, 45,7% se classificam como classe C1/C2.</p><p>A maioria dos hardcore gamer afirma que o smartphone é sua plataforma preferida, pelo segundo ano consecutivo. Hardcore gamer é um traço do perfil diretamente relaconado a preferência no hábito de consumo no momento de entretenimento, aqueles que jogam todos os dias (55,4%) em partidas de 1 até 3 horas de duração. As estatísticas são: 52,9% são homens, 31,2% tem como plataforma preferida o smartphone, 37,8% estão entre 24 e 34 anos, 44,6% se consideram brancos e 51,2% se consideram pardos e pretos, 40,0% se classificam como classe B1/B2.</p><p>(fim do infográfico)</p><p>Esses dados são bem significativos e indicam que o jogo faz parte da vida da maioria das pessoas e da sociedade. Em muitos jogos as tecnologias imersivas se misturam (realidade mista) para proporcionar aos usuários experiências multissensoriais interativas, em tempo real e contextualizadas.</p><p>“Os jogos expressam uma característica humana inata, que é o prazer e a motivação pela experimentação, pela vivência, pela imaginação, pelo desejo de se transportar para outros tempos e espaços.” Citação de Filatro e Cavalcanti (p.155).</p><p>O Jogo demanda uma estrutura pré-definida, uma estratégia, um número de participantes, jogadores dispostos a jogar, personagens, regras... Vamos conhecer as principais características dos games?</p><p>São características dos games:</p><p>· Regras: todo jogo tem regras explícitas ou implícitas, que por vezes servem para envolver os jogadores, que querem superar os desafios propostos pelas regras.</p><p>· Conflito, competição, cooperação: os desafios propostos podem fazer com que os participantes competem ou colaborem entre si.</p><p>· Recompensa ou feedback: o jogador espera um score ou pontuação. As recompensas podem ser em forma de reforço ou feedback que estimulem sua participação.</p><p>· Níveis de dificuldade: estimula o jogador a melhorar continuamente sua performance.</p><p>· Narrativas: se torna um elemento motivador quando o jogador se identifica com personagens ou enredo.</p><p>· Formas de quantificação do score: cada ação desempenhada no jogo tem uma pontuação dependendo do grau de dificuldade.</p><p>· Diferentes trilhas ou percursos: possibilidade de cada jogador escolher o caminho para resolver os desafios.</p><p>· Feedback: de forma rápida gera movimento contínuo dos jogadores e os mantêm interessados.</p><p>As características elencadas demonstram como os games despertam o interesse dos jogadores e os retêm para que persistam na resolução dos desafios propostos. Além de trabalhar estratégias, ter disciplina para seguir uma regra, raciocínio lógico para encontrar alternativas, paciência para esperar sua vez de jogar, comprometimento para vencer obstáculos, o jogador precisa se reinventar o tempo inteiro.</p><p>Você percebe como esses aspectos estão ligados à aprendizagem?</p><p>“Os jogos possuem potencial educacional, são engajadores, permitem teste em um ambiente artificial e despertam nos jogadores o esforço constante para serem melhores. Tem a vantagem de permitir que as ações sejam executadas em uma prática simulada, permitindo a aprendizagem através das falhas, dos erros e tornam possível o desenvolvimento de identidade através do entendimento e da resolução de problemas.” Citação de Alexandra Caetano (Circuito Learning).</p><p>A aprendizagem baseada em jogos utiliza jogos reais para melhorar a experiência de aprendizagem. Tem foco na concepção, desenvolvimento, implementação e aplicação de jogos na educação e na formação dos estudantes. Mas, não basta apenas inserir um conteúdo educacional em jogos para garantir o atingimento dos objetivos educacionais, é necessário que as práticas simuladas levem à construção de conhecimentos teórico-práticos, assim como o desenvolvimento de habilidades.</p><p>Alexandra Caetano nos mostra o tipo de habilidades que os alunos podem desenvolver jogando:</p><p>1. Habilidade Cognitivas:</p><p>a. Memorização e concentração</p><p>b. Aprimoramento da memória de trabalho</p><p>c. Leitura e interpretação das regras</p><p>d. Quantificação, classificação, comparação, dedução</p><p>e. Realização de análises e sínteses</p><p>f. Atenção seletiva e alternada</p><p>g. Resolução de problemas</p><p>h. Criação de novas situações</p><p>i. Raciocínio lógico-matemático</p><p>j. Rapidez no processamento das informações</p><p>k. Processamento não linear</p><p>2. Habilidades sociais:</p><p>a. Estabelecimento e respeito às regras</p><p>b. Conectividade</p><p>c. Trabalho em equipe</p><p>d. Cooperação</p><p>e. Colaboração</p><p>f. Resolução de conflitos</p><p>g. Relacionamentos interpessoais</p><p>h. Estratégia\s de comunicação</p><p>i. Estratégias de negociação</p><p>j. Liderança</p><p>3. Habilidades socioemocionais:</p><p>a. Inteligência emocional</p><p>b. Responsabilidade e comprometimento</p><p>c. Controle da impulsividade</p><p>d. Persistência</p><p>e. Fracasso</p><p>f. Autoavaliação</p><p>g. Planejamento de ações</p><p>h. Foco</p><p>i. Superação dos limites pessoais</p><p>j. Autoconfiança e autoestima</p><p>Dependendo dos objetivos educacionais e das habilidades a serem desenvolvidas, pode ser mais fácil adquirir jogos instrucionais no mercado, que estão constantemente em desenvolvimento e atualização e tem um custo mais baixo.</p><p>Dentre a variedade de jogos disponíveis hoje, de interesse direto para a educação podemos citar:</p><p>1. Jogos sérios (serious games), aqueles que combinam narrativa e simulação para o desenvolvimento de conhecimentos ou habilidades específicas com experiências leves e simples. Tratam de temáticas relevantes como ética, cidadania, saúde, valores, etc. O objetivo final desses jogos não é meramente a diversão dos jogadores, mas a aprendizagem sobre um conteúdo específico e/ou a resolução de um problema complexo. Por exemplo, o Minecraft foi utilizado por alunos de uma escola em São Paulo com o objetivo de recriar o primeiro prédio da escola, construído em 1930. Para isso, foi necessário que os alunos pesquisassem sobre o conteúdo histórico da época para serem inseridos no ambiente virtual e visualizados pelos visitantes do jogo. Segundo relato dos estudantes, o processo de pesquisa, criação, colaboração e aprendizagem foi divertido e enriquecedor.</p><p>2. Jogos persuasivos, aqueles que constroem argumentos sobre como os sistemas funcionam no mundo real, levando o jogador a modificar sua opinião fora do jogo. Amplia a experiência dos videogames e jogos digitais para o mundo físico. Sua estrutura envolve e-mails, mídias sociais, SMS, sites, telefonia móvel, entre outros, e até o espaço urbano para distribuir enigmas e desafios. Os Role Playing Games (RPG) são exemplos de jogos de desempenho</p><p>de papéis. São adotados em contextos educacionais como metodologias imersivas que propiciam o engajamento mental e/ou físico dos jogadores.</p><p>Para complementar seus estudos, leia os textos:</p><p>“Aprendizagem baseada em jogos ou gamificação? Entenda a diferença”, link externo.</p><p>“Qual a diferença entre a aprendizagem baseada em jogos vs gamificação?”, link externo.</p><p>Gamificação</p><p>Ao iniciar este tópico, vamos assistir a entrevista sobre “Estratégias de Gamificação na Educação”, com o professor João Mattar, pesquisador da área de educação a distância e tecnologias educacionais, no Youtube.</p><p>Ficou clara a diferença entre jogos e gamificação?</p><p>“A gamificação utiliza elementos e dinâmicas dos jogos, como níveis, progressões e pontuações, de forma lúdica, em ambientes analógicos ou virtuais de aprendizagem.” Citação de Flora Alves (2014, p. 26).</p><p>A grande diferença entre os dois conceitos está na integração da mecânica do jogo com o conteúdo. A aprendizagem baseada em jogos integra totalmente os dois, então o jogo é o conteúdo. Por outro lado, a gamificação usa características do jogo como recompensa pela conclusão de etapas, ou conhecimentos adquiridos, por exemplo.</p><p>Na prática significa incluir no design instrucional de um curso ou capacitação alguns ou todos os seguintes elementos: regras, níveis progressivos de dificuldades, conflito/competição/cooperação, pontuação, recompensa e feedback, narrativas, personalização de percursos, ranqueamento e fluxo de feedbacks.</p><p>DICAS PARA GAMIFICAR:</p><p>1. Estabeleça os objetivos da gamificação, que é alinhar o objetivo da gamificação com o objetivo de aprendizagem que deve estar alinhado a um propósito.</p><p>2. Conheça o público-alvo, que é identificar as habilidades, limitações e expectativas.</p><p>3. Crie regras e um ciclo de atividades, que é deixar claro os critérios de participação e a realização das atividades.</p><p>4. Programe feedback para atividade/etapa. Feedbacks para acerto, erro e conclusão das atividades. Deve mostrar o caminho a ser percorrido e motivar para a próxima etapa.</p><p>5. Estabeleça recompensas, que devem ter valor para o participante.</p><p>TIPOS DE GAMIFICAÇÃO:</p><p>Estrutural</p><p>A gamificação é realizada na criação do ambiente de aprendizagem ou na plataforma que o curso será disponibilizado. A ESTRUTURA em torno do conteúdo a ser aprendido é gamificado. Em geral motiva o estudante a se envolver oferecendo feedback e emblemas quando age de forma esperada ou prevista, por exemplo ao concluir as atividades propostas para um módulo de estudo.</p><p>Veja a proposta de roteiro de gamificação estrutural para um curso com dois módulos:</p><p>Etapa 1 – elaborar um roteiro simples para definição dos critérios e condições necessárias à conquista de pontos e recompensas ao longo de um curso.</p><p>Etapa 2 – inserir as condições e o feedback descritos no roteiro, no AVA ou providencie outras formas de comunicação dessas conquistas como mensagens de e-mail etc.</p><p>Etapa 3 – defina se o ranqueamento de desempenho será divulgado entre todos os participantes.</p><p>Etapa 4 – estabeleça a premiação a ser recebida de acordo com a pontuação e os emblemas conquistados. Por exemplo, acesso a um conteúdo bônus.</p><p>Tabela com 4 colunas: 1) nome do emblema, 2) mensagem para o aluno com os critérios de atribuição, 3) condição e 4) mensagem enviada ao aluno.</p><p>Linha 1</p><p>Nome do emblema: Iniciante</p><p>Mensagem com critérios de atribuição: Caro estudante, o emblema INICIANTE pode ser conquistado se você responder ao questionário e participar do desafio do Módulo 1. Essa é uma forma de você acompanhar seu progresso no curso e aumentar seu engajamento.</p><p>Condição: Responder ao questionário e participar do desafio do Módulo 1</p><p>Mensagem Você foi premiado com o emblema INICIANTE por ter respondido ao questionário e participado do desafio do Módulo 1.</p><p>Linha 2</p><p>Nome do emblema: Aprendiz</p><p>Mensagem com critérios de atribuição: O emblema APRENDIZ pode ser conquistado se você responder ao questionário e participar do desafio do Módulo 2. Essa é uma forma de você acompanhar seu progresso no curso e aumentar seu engajamento.</p><p>Condição: Responder ao questionário e participar do desafio do Módulo 2.</p><p>Mensagem Você foi premiado com o emblema APRENDIZ por ter respondido ao questionário e participado do desafio do Módulo 2.</p><p>Linha 3</p><p>Nome do emblema: Graduado</p><p>Mensagem com critérios de atribuição: O emblema GRADUADO pode ser conquistado se você responder ao questionário e participar do desafio do Módulo 3. Essa é uma forma de você acompanhar seu progresso no curso e aumentar seu engajamento.</p><p>Condição: Responder ao questionário e participar do desafio do Módulo 3.</p><p>Mensagem Você foi premiado com o emblema GRADUADO por ter respondido ao questionário e participado do desafio do Módulo 3.</p><p>(fim da tabela)</p><p>Conteúdo</p><p>Prevê a alteração de parte ou de todos os conteúdos de um curso. Pode-se gamificar o conteúdo criando uma história, personagens (avatares) , situações relacionadas a um problema ou desafio, desempenho de papéis dos próprios alunos, storytelling etc.</p><p>Verifique os passos para a gamificação de conteúdo:</p><p>Etapa 1: Defina o que se espera que os estudantes aprendam com a estratégia imersiva, tendo em mente os objetivos de aprendizagem ou as competências a serem desenvolvidas.</p><p>Etapa 2: Selecione o local (AVA, redes sociais etc) e o período (todos os módulos dos cursos, uma unidade, o mês inteiro etc) em que a estratégia será aplicada.</p><p>Etapa 3: Prepare um roteiro a ser disponibilizado para os estudantes descrevendo uma situação-problema (real ou fictícia) que reflita os objetos de aprendizagem ou competências a serem desenvolvidas.</p><p>a. Quem são as pessoas envolvidas na situação-problema?</p><p>b. Que papéis essas pessoas exercem ou devem exercer na situação-problema?</p><p>c. Quais desafios precisam ser superados pelas pessoas envolvidas na situação-problema?</p><p>d. Que conjunto ou sequência de atividades será realizada pelos estudantes para lidar com a situação ou resolver o problema?</p><p>e. Qual a consequência de cada atividade realizada? (disparo de novos conteúdos, nova tentativa de realização da atividade, pontuação positiva ou negativa, atribuição de emblemas etc)</p><p>f. Com base em que critérios a gamificação será considerada?</p><p>Etapa 4: Preparar um fechamento para ser apresentado aos estudantes ao final da gamificação articulando a situação problema com os conceitos, habilidade e atitudes trabalhados. O fechamento deve responder à seguinte pergunta: como a resolução da situação proposta pode ajudar os estudantes a aplicar os conteúdos aprendidos em outros contextos?</p><p>Passos adaptados de Filatro e Cavalcanti, 2018, p.170.</p><p>OBSERVAÇÃO: Há autores que citam um terceiro tipo de gamificação:</p><p>Atividades</p><p>Quando a atividade tem uma função dentro da estratégia de gamificação do curso. O professor Mattar cita exemplo no vídeo apresentado sobre a gamificação de um fórum.</p><p>Benefícios da gamificação:</p><p>1. Motivação</p><p>2. Engajamento</p><p>3. Interatividade</p><p>4. Entretenimento</p><p>5. Encorajamento</p><p>6. Aprendizagem</p><p>7. Inovação</p><p>8. Independência</p><p>Você vislumbra outros benefícios?</p><p>FINALIZANDO…</p><p>Ao finalizar esta Unidade e concluir o Módulo II do curso esperamos que você tenha compreendido que os ambientes imersivos como a realidade virtual, a realidade aumentada, os jogos e a gamificação são uma grande promessa na educação. Por meio do uso de mídias e tecnologias convergentes apresentam grande potencial de promover a aprendizagem humana, não é mesmo?</p><p>Queremos frisar que para que a aplicação de metodologias imersivas seja relevante e inovadora na educação faz-se de suma importância considerar os seguintes princípios:</p><p>1. Experiência de Aprendizagem: o Foco na experiência prática e concreta considerando o erro como etapa do processo.</p><p>2. Tecnologias Imersivas: o Uso de dispositivos que ampliam ou simulam em tempo real outras versões da realidade.</p><p>3. Engajamento e Diversão: Possibilidade de vivenciar sensação, intuição, sentimento e pensamento na solução de desafios por meio de regras delimitadoras.</p><p>No próximo e último Módulo, você vai perceber a necessidade da presença social do tutor/facilitador e da geração do senso de comunidade com a utilização</p><p>de técnicas de comunicação, motivação e engajamento para manter a participação ativa dos alunos durante todo o curso.</p><p>Pílulas de Conteúdo Extra</p><p>Você pode dar um pit-stop e saborerar conteúdos extras para ampliar ainda mais seus conhecimentos:</p><p>1. Assistir ao vídeo “Gamificação com moodle - Profa. Cristiane Mendes”, no Youtube.</p><p>2. Assitir ao vídeo “Experiência de participar de um Congresso Imersivo - Prof. Romero Tori”, no Youtube.</p><p>3. Conheça o Congresso Nacional por meio de uma visita virtual, no sitio do Senado Federal.</p><p>4. Assistir ao vídeo “Como criar jogos/quiz com PowerPoint”, no Youtube.</p><p>Atividade Extra - Mão na Massa</p><p>Aprender fazendo (learn by doing) é botar a mão na massa e ser agente ativo em seu processo de desenvolvimento intelectual. A ideia é que, por meio da vivência prática, sua experiência educacional seja mais relevante e significativa.</p><p>Aproveite o momento e faça uma autoavaliação da sua aprendizagem produzindo seus próprios recursos didáticos.</p><p>1. Crie questionários, competições, jogos de palavras dentre outros. Clique na imagem, faça sua inscrição gratuita e comece agora mesmo!</p><p>2. Com o app Metaverse é possível criar histórias interativas, experiências de realidade aumentada, jogos, gincanas e memes. É gratuito e disponível para iOS e Android.</p><p>Exercícios de Fixação do Módulo II, na plataforma SABERES.</p><p>Módulo III: Comunicando e marcando presença</p><p>O que você vai ver neste módulo? Clique aqui para acessar o vídeo.</p><p>Objetivos específicos:</p><p>· compreender o que são comunidades virtuais de aprendizagem;</p><p>· distinguir presenças social, cognitiva e de ensino;</p><p>· descrever os princípios dialógicos; e</p><p>· explicar como promover o engajamento e a motivação entre os alunos e a turma.</p><p>Direto ao assunto!</p><p>Antes de começar este módulo, é necessário definir o que se entende, neste momento, por comunicação. Por muitas vezes, é possível pensar que comunicar é falar, escrever, narrar.</p><p>Tudo isso pode ser compreendido como ferramentas de comunicação, mas em educação e aqui no nosso curso, comunicar é principalmente não considerar a mensagem como um fim em si mesma; o resultado da mensagem é muito mais importante. O que é compreendido tem mais relevância do que o que foi informado.</p><p>Comunicar, em educação, é atuar deliberadamente para que haja compreensão, apropriação, engajamento, porque é assim que aprendemos e isso envolve mudança, envolve tempo, envolve vidas.</p><p>Agora, sim, vamos começar!</p><p>Unidade 1: Presença Social, Presença Cognitiva e Presença de Ensino</p><p>Na vida, ainda que cada um de nós seja único, contamos com a presença de outras pessoas para sobreviver, para compreender o sentido da vida e para fazer sentido na vida. Somos sociáveis e sempre que podemos preferimos viver em comunidade.</p><p>Carregamos essa característica gregária para quase todas as nossas relações, por isso, quando estamos cuidando de assuntos como educação e em especial a aprendizagem, as relações entre professores e alunos são fundamentais, são mesmo a pedra de sustentação.</p><p>Como o foco deste curso é tratar do ensino a distância, cabe neste momento, falar um pouco sobre as comunidades virtuais de aprendizagem.</p><p>Ainda que, no ensino a distância, o aluno se autorregule e seja individualmente o principal responsável por seu processo de aprendizagem, é muito enriquecedor promover a interação entre eles para que se conheçam, estabeleçam diálogos respeitosos, cooperem com a aprendizagem uns dos outros e, com isso, se engajem buscando aprender juntos e mais.</p><p>Para saber mais, assista ao vídeo Comunidades Virtuais de Aprendizagem, do IFRO Campus Porto Velho Zona Norte – EaD no Youtube.</p><p>As Comunidades virtuais de aprendizagem são uma realidade do nosso tempo, e marcam um novo espaço de aprendizagem. Garrison e Anderson (2005) assim as definem: “Uma comunidade de aprendizagem, na perspectiva educativa, se compõe de professores e alunos que interagem com o objetivo de facilitar, construir e validar a compreensão e de desenvolver capacidades que conduzam a continuar a formação no futuro. Uma comunidade desse tipo fomenta simultaneamente a independência cognitiva e a interdependência social. É a justaposição desses dois aspectos aparentemente contraditórios que cria um estalo que ascende a experiência educativa autêntica (...). A comunidade de aprendizagem é uma fusão do mundo individual (subjetivo) e do mundo compartilhado (objetivo).”</p><p>Garrison e Anderson perceberam que as comunidades virtuais de aprendizagem se formam quando os participantes, ou seja, professores e alunos, conseguem confluir em três sentidos: presença social, que está relacionada com se apresentar como um ser humano real, tanto social quanto emocionalmente (2005, p.76); presença cognitiva, que se refere ao pensamento crítico e a apropriação dos significados por meio da intuição (2005, p. 85); e presença de ensino (2005, p.104), que está ligada diretamente com a estruturação do ambiente virtual de ensino, dos objetivos educacionais e do que será aprendido, o que favorece as experiências no e-learning.</p><p>E-learning é o termo em inglês para o ensino a distância mediado por tecnologias da informação e em especial pela internet. O e-learning favorece o aprendizado de pessoas, grupos e comunidades e é especialmente voltado para a educação corporativa.</p><p>Tentando representar graficamente as comunidades virtuais de aprendizagem ou comunidades de inquirição (COI) temos o seguinte entrelaçamento:</p><p>A imagem é composta por três círculos com os seguintes textos: 1) “presença social”, 2) “presença cognitiva” e 3) “presença de ensino”. Os círculos estão parcialmente sobrepostos, gerando interseções. Na interseção entre a “presença social “ e a “presença de ensino”, está a “negociação do clima social”. Na interseção entre “presença cognitiva” e “presença de ensino”, está a “seleção dos conteúdos”. Na interseção entre a “presença social” e a “presença cognitiva”, está o “suporte do discurso”. Na interseção entre todos os círculos está a ”experiência educacional”.</p><p>(fim do infográfico)</p><p>Portanto, pode-se concluir que formar comunidades de aprendizagem é uma atividade que requer presença social, presença cognitiva e presença de ensino. Mas, antes de aprender sobre cada uma delas, é necessário entender o significado de presença.</p><p>Afinal, o que significa a palavra presença?</p><p>Assim como Platão percebeu em sua época que as palavras estavam cada vez mais esvaziadas de sentido, atualmente, ainda, é pertinente refletir sobre o significado das coisas e, principalmente, das palavras.</p><p>Para isso, dois significados são essenciais para compreender o que é presença. Veja:</p><p>1. Presença pode significar que algo ou alguém está em um lugar, que compareceu.</p><p>2. Presença pode significar que algo ou alguém se manifesta em um lugar, ou seja, que existe.</p><p>Quando se refere à presença em cursos a distância, fala-se do comparecimento e da existência, ou seja, há o interesse em contar com os alunos, tanto do ponto de vista da frequência às atividades propostas, como também com a manifestação individual e única, de forma a criar junto com os alunos o necessário espírito de grupo que pode levar a tessitura das comunidades de aprendizagem.</p><p>É muito importante compreender que, no âmbito da educação, estar presente não significa apenas comparecer, estar presente requer manifestar a presença. Na função de tutores de cursos a distância, é fundamental cooperar com os alunos para que atuem dessa forma.</p><p>Você pode estar se perguntando, manifestar a presença é dar opinião?</p><p>É disso que se trata?</p><p>Por enquanto a resposta é: depende!</p><p>Se, por exemplo, é feito um convite aos alunos a se apresentarem aos outros ou se procura aquecer as relações sociais na turma, uma opinião a respeito de assuntos corriqueiros pode ser o suficiente. Logo, isso já significa presença.</p><p>Por outro lado, se queremos evidenciar algum tipo de aprendizagem, as manifestações necessitarão de um grau maior de elaboração.</p><p>A seguir vamos conversar sobre a presença social em cursos a distância e como ajudar os alunos a se manifestarem neste sentido.</p><p>A PRESENÇA SOCIAL</p><p>A presença social é denominada</p><p>desta forma porque se trata da forma como o aluno se coloca perante os colegas de turma. Não sob o ponto de vista formal, mas na medida da sua singularidade como pessoa.</p><p>Como assim? Nos cursos a distância, seja nas atividades síncronas ou assíncronas, pode-se, por meio de manifestações próprias, imprimir tanto calor humano que é possível, inclusive, sentir o que o outro está sentindo.</p><p>Sabe quem vem nos ensinando isto há muitos e muitos anos? O estimado psicólogo e pensador, Vygotsky. Se você ainda não o conhece, assista ao vídeo Coleção grandes educadores Lev Vygotsky, no Youtube.</p><p>Uma das maiores contribuições de Vygotsky no campo educacional foi sua elaboração a respeito da importância das interações sociais para a formação da psique humana. Notadamente, a presença de adultos cuidadores e de outras crianças promove e fortalece a consciência de grupo, de comunidade.</p><p>Da mesma forma, os adultos, quando estimulados a participar de grupos e nestes se estabelecem relações afetuosas, acolhedoras e respeitosas, tendem a aprender e partilhar com entusiasmo, promovendo a aprendizagem e, até mesmo, inovações.</p><p>Ao partir das premissas de que o ser humano tende a se relacionar bem em grupos, e que comunidades podem fortalecer os indivíduos e o próprio grupo, surgem os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) uma propensão ao estímulo dos trabalhos em grupo, seja por meio da participação em fóruns (atividade assíncrona), da participação em chats (atividade síncrona), e, mais recentemente, por meio de lives, utilizando para isso aplicativos de streaming.</p><p>Streaming, o que é isso? Streaming são serviços que possibilitam a transmissão de conteúdos pela internet, sem a necessidade de o usuário fazer download para ter acesso, por exemplo, a filmes, música, livros.</p><p>Mas, afinal, como chegamos a compreender a presença social?</p><p>A presença social é aquela em que os alunos expressam as suas emoções, em que a comunicação é mais leve e mais aberta. Por exemplo, os alunos podem compartilhar suas histórias de vida, suas experiências, criando entre eles laços afetivos que perdurarão para além do curso.</p><p>Desta forma, a presença social representa um tipo específico de narrativa de caráter emocional.</p><p>Veja, a presença social refere-se a uma categorização do tipo de interação que ocorre entre os alunos, essa categorização vem sendo construída e confirmada nas últimas duas décadas.</p><p>Pesquisadores como Garrison e Anderson (2005), leram centenas e centenas de postagens em fóruns de discussão e foram percebendo que um certo tipo de mensagem mais pessoal, menos formal, em que os alunos contavam suas histórias, seus sentimentos, faziam com que as interações aumentassem.</p><p>Abaixo, tem-se o quadro reproduzido sobre Categorias e Indicadores da Presença Social segundo Garrison e Anderson (2005, p.79):</p><p>É apresentada uma tabela com três colunas: 1) categoria, 2) indicadores e 3) definição. O conteúdo da tabela será descrito em níveis hierárquicos correspondente às colunas.</p><p>1. Categoria: Afeto</p><p>1.1. Indicador: Expressar emoções</p><p>1.1.1. Definição: Expressões convencionais e não convencionais de emoção (pontuação repetitiva, excesso de maiúsculas, emoticons etc)</p><p>1.2. Indicador: Recorrer ao humor</p><p>1.2.1. Definição: Piadas, ironias, sarcasmo</p><p>1.3. Indicador: Expressar-se abertamente</p><p>1.3.1. Definição: Presenciar detalhes da vida fora da aula ou expressar vulnerabilidade</p><p>2. Categoria: Comunicação Aberta</p><p>2.1. Indicador: Seguir a comunicação</p><p>2.1.1. Definição: Empregar o recurso de resposta do software, no lugar de começar uma nova comunicação</p><p>2.2. Indicador: Citar mensagens de outros</p><p>2.2.1. Definição: Empregar os recursos do software para citar as mensagens inteiras de outros ou cortar e colar fragmentos de outras mensagens</p><p>2.3. Indicador: Fazer referência às mensagens dos outros</p><p>2.3.1. Definição: Fazer referência aos comentários de outras mensagens</p><p>2.4. Indicador: Fazer perguntas</p><p>2.4.1. Definição: Os alunos fazem perguntas de outros estudantes ou do tutor/docente</p><p>2.5. Indicador: Expressar apreço</p><p>2.5.1. Definição: Felicitar a todos, elogiar pelo comentado das imagens</p><p>2.6. Indicador: Concordar</p><p>2.6.1. Definição: Concordar com outros e com o comentado das suas mensagens</p><p>3. Categoria: Coesão</p><p>3.1. Indicador: Vocativos</p><p>3.1.1. Definição: Falar com os participantes por seus respectivos nomes</p><p>3.2. Indicador: Referir-se ao grupo utilizando pronomes inclusivos</p><p>3.2.1. Definição: Falar com o grupo como nós, nosso grupo</p><p>3.3. Indicador: Cumprimentar, despedir-se, fornecer fatos reais</p><p>3.3.1. Definição: Comunicação social, cumprimentos e despedidas</p><p>(fim da tabela)</p><p>Extraído da tese de Gloria Teresita Acosta Tripani, link externo:</p><p>ATENÇÃO!!!</p><p>É papel do facilitador de aprendizagem estabelecer regras de convivência respeitosas e acolhedoras, indicando claramente o que pode e o que não pode acontecer nos grupos de alunos.</p><p>Quando os alunos são mais experientes em termos de participação em cursos a distância, é possível chamá-los a compor o conjunto de regras de “boa convivência” que norteará as relações nos grupos.</p><p>Mas, então, como estimular os alunos a interagir uns com os outros, a fim de fomentar uma comunidade virtual de aprendizagem?</p><p>Pergunte aos estudantes, nos fóruns iniciais, questões simples e pessoais, como: onde nasceram, o que gostam de comer, se gostam de futebol, se gostam da cidade onde moram. Depois de algumas horas, leia as mensagens recebidas, mas responda você primeiro. Apresente-se como um ser humano além do ciberespaço, mas do mundo real.</p><p>A PRESENÇA COGNITIVA</p><p>Para entender o conceito de presença cognitiva, é necessário antes compreender o que é cognição: A cognição é uma função psicológica individual ou coletiva que atua na aquisição do conhecimento e ocorre por meio de alguns processos, como a percepção, a atenção, a</p><p>O conceito de cognição nos ajuda porque ela ocorre tanto do ponto de vista individual quanto coletivo, ou seja, nós aprendemos sozinhos e em equipe.</p><p>Há situações e contextos em que a aprendizagem é individual como, por exemplo, aprender a andar. Cada um de nós teve seu momento de sair da posição do gatinho para a posição bípede. Mas, existem aprendizagens que fazemos coletivamente como, por exemplo, a aquisição da linguagem. Precisamos que conversem conosco, caso contrário, por maior que seja nossa potencialidade para falar, não conseguiremos por falta de interação social.</p><p>Entre os adultos, a cognição é ainda mais requerida porque o mundo do trabalho, principalmente para os que vivem em grandes centros urbanos, requer mudanças constantes e rápidas, e elas só ocorrem em situações favoráveis de aprendizagem.</p><p>Veja, o ser humano só muda quando aprende e só aprende se aceitar que precisa mudar. No mundo do trabalho isso é até mais compreensível e mais fácil de lidar porque se trata de sobrevivência.</p><p>Mudar do ponto de vista individual, quando se refere a valores e traços culturais, não é tão simples, mas é possível. Sempre é possível.</p><p>Com isso tudo em mente, quando nos referimos a presença cognitiva nas comunidades de aprendizagem virtual, estamos tratando de um tipo específico de categoria de análise e classificação das mensagens trocadas entre os alunos em momentos de interação síncrona e assíncrona.</p><p>Vamos nos valer de um quadro síntese sobre a presença cognitiva elaborado pela professora Glória Teresita Acosta Tripani, que utilizou os trabalhos de pesquisa de Garrison e Anderson na sua tese de mestrado.</p><p>Veja o quadro adaptado de “Descritores e indicadores da investigação prática'' de GARRISON E ANDERSON, 2005, p. 92, link externo.</p><p>Quadro com quatro colunas: 1) fase, 2) descritor, 3) indicador e 4) explicação, com quatro fases;</p><p>Fase: Fato desencadeante</p><p>Descritor: Evocativo (indutivo)</p><p>Indicador 1: Reconhecer o problema</p><p>Indicador 2: Confusão</p><p>Explicação: O fato desencadeante causa sensação de perplexidade frente ao problema</p><p>Fase: Exploração</p><p>Descritor: Inquisitivo (divergente)</p><p>Indicador 1: Divergência</p><p>Indicador 2: Intercâmbio de informação</p><p>Indicador 3: Sugestões</p><p>Indicador 4: Brainstorming</p><p>Indicador 5: Saltos intuitivos</p><p>Explicação: A exploração do problema</p><p>cursos de curta duração presenciais, híbridos e a distância, eventos periódicos, seminários, grupos de estudo e formação de uma comunidade educacional para troca de experiências.</p><p>Competência Socioafetiva</p><p>Capacidade de criação de um ambiente interpessoal favorável à aprendizagem envolvendo aspectos relacionados à comunicação dialógica, criatividade, socialização e criação de uma comunidade que favoreça o engajamento, automotivação e a interação. Esta competência será desenvolvida por meio do Programa numa abordagem vivencial e “learn by doing”.</p><p>Competência Tecnológica</p><p>Domínio dos recursos e ferramentas tecnológicas de interação, comunicação e gestão. Aqui no ILB usamos o Ambiente Virtual de Aprendizagem “Saberes” (Moodle), mas hoje há diversas tecnologias e ferramentas disponíveis, como veremos mais adiante. Está previsto no Programa curso prático de utilização da plataforma Saberes.</p><p>Competência Gerencial</p><p>Contempla o domínio de aspectos relevantes e indispensáveis para a gestão do curso, acompanhamento da aprendizagem dos alunos, gestão da participação, da comunicação e trabalho com relatórios. No ILB, o tutor utiliza as ferramentas do Saberes para acompanhamento dos aprendizes e apresenta um Relatório Final de Curso de acordo com Modelo adotado na nossa instituição.</p><p>No livro “O Instrutor Online – Estratégias para a excelência profissional”, Palloff e Pratt (2013), apresentam alguns critérios essenciais para avaliação do papel do facilitador on-line excelente, tais como:</p><p>No aspecto visibilidade: o facilitador on-line excelente estabelece presença e está frequentemente visível no ambiente on-line.</p><p>No aspecto compaixão: definida pela abertura, preocupação, flexibilidade, equidade e honestidade – o facilitador on-line excelente expressa consideração positiva e sincera para com os estudantes e oferece instrução focada e centrada no estudante.</p><p>No aspecto comunicação: o facilitador on-line excelente comunica-se frequentemente com os estudantes, fornece feedback substancial e comunica-se bem com a tecnologia.</p><p>No aspecto compromisso: o facilitador on-line excelente não é apenas professor apaixonado e comprometido, mas também percebe o valor do ensino on-line e vê o modelo facilitado de ensino como rigoroso e poderoso. O facilitador on-line excelente é motivado e bom motivador.</p><p>No aspecto organização: o facilitador on-line excelente é organizado e um bom gerenciador do tempo.</p><p>(fim do infográfico)</p><p>Verifique o entendimento do tema pelo Centro de Referência em Formação e em Educação a Distância, do Instituto Federal de Educação do Espírito Santo no vídeo “As Competências do Tutor” no Youtube.</p><p>Videoaula - Competências do Tutor</p><p>Moran (2013, p.12) afirma que “nosso papel fundamental na educação escolar é de ser mediadores interessantes, competentes e confiáveis entre o que a instituição propõe em cada etapa e o que os alunos esperam, desejam e realizam.”</p><p>Masetto (2013, p. 142) diz que o verdadeiro papel do professor é “o de mediador entre o aluno e sua aprendizagem, o facilitador incentivador e motivador dessa aprendizagem.”</p><p>Mas, como definimos MEDIAÇÃO?</p><p>A modalidade a distância, de acordo com Souza, Sartori e Roesler (2008), "[...] caracteriza-se por ser um processo composto por duas mediações: a mediação humana e a mediação tecnológica, imbricadas uma na outra."</p><p>Mediação pedagógica:</p><p>Para Masetto (2013), a mediação pedagógica é a atitude, o incentivo, a força motriz que se coloca como uma ponte rolante entre o aprendiz e a aprendizagem, de maneira que o diálogo, a troca de experiências, o debate e a proposição de situações possibilitem um diferente olhar dos protagonistas desta modalidade (professor-tutor-estudante).</p><p>Perez e Castilho (1999, p. 10), destacam que “a mediação pedagógica busca abrir caminho a novas relações do estudante com os materiais, com o próprio contexto, com outros textos, com seus companheiros de aprendizagem, incluindo o professor, consigo mesmo e com seu futuro".</p><p>Mediação tecnológica:</p><p>Para Kaminsky (2017), a mediação tecnológica na EaD remete ao uso da inovação tecnológica e das ferramentas da informação nos processos educativos. Entende-se que o uso dessas ferramentas deve permitir que os aprendizes, mesmo separados pela distância e pelo tempo, estabeleçam um diálogo e promovam a construção do conhecimento pelos meios virtuais de aprendizagem, sem esquecer que professores e tutores estão contidos nesta mediação.</p><p>Facilitação</p><p>O significado de facilitação no dicionário é algo assim: ação ou efeito de facilitar (descomplicar). Literalmente é isso mesmo, descomplicar conteúdos, conflitos e problemas para ajudar no processo de aprendizagem e tomada de decisão. Mas facilitação é também um jeito de pensar e atuar. Na Manifesto 55, dizemos que facilitação é fazer as perguntas certas para as pessoas certas nos momentos certos.”</p><p>Manifesto 55: o que é facilitação e para o que serve, link externo.</p><p>São características da mediação pedagógica:</p><p>a) Diálogo permanente e troca de experiências;</p><p>b) Debates de dúvidas e problemas;</p><p>c) Apresentação de perguntas orientadoras;</p><p>d) Orientar carências e dificuldades técnicas;</p><p>e) Dinamização do processo de aprendizagem;</p><p>f) Proposição de desafios e reflexões;</p><p>g) Colaboração para que se aprenda a comunicar conhecimentos pelas novas tecnologias.</p><p>Faz parte da mediação pedagógica:</p><p>1. Procurar conhecer os aprendizes: Antes de propor e iniciar uma atividade, o facilitador deve checar a informação, interesses, expectativas, experiências e necessidades de aprendizagem dos alunos.</p><p>2. Demonstrar que acredita na capacidade dos alunos em aprender: A presença de facilitadores que mostrem acreditar no poder de crescimento dos aprendizes dá a eles confiança e determinação para enfrentar desafios e problemas. O vídeo de início da unidade ilustra o que estamos dizendo.</p><p>3. Contextualizar a aprendizagem: saber aonde se quer chegar e aprender para desenvolver uma habilidade ou resolver um problema da sua realidade faz com que os alunos se sintam motivados e interessados.</p><p>Não temos dúvidas que nos ambientes on-line a tecnologia facilita as interações, possibilita novas experiências, permitindo uma nova forma de comunicação e de acesso ao conhecimento. Junto com novas metodologias e estratégias diversificadas para aprendizagem, ela vem contribuir para que o ensino seja um processo construtivo, agradável, desafiador e estimulante para a construção de conhecimento e desenvolvimento do estudante.</p><p>Dizem Lima & Toschi (2013): Na EaD, o primeiro mediador entre professor e aluno são as tecnologias, sejam elas digitais ou não; por isso, para que possa ocorrer o processo de ensino e aprendizagem nessa modalidade, elas são a sua garantia inicial ... portanto, esse processo de mediação pedagógica permeado pelas tecnologias deve ser pensado dentro da sua totalidade, a partir da organização dos currículos, do planejamento das aulas e das maneiras como as mediações devem ocorrer para que atendam aos objetivos propostos, e essa aprendizagem venha a ser significativa.</p><p>MOMENTO DE REFLEXÃO</p><p>Você considera que tem perfil para ser um facilitador on-line excelente? Quais competências você precisa se empenhar para desenvolver?</p><p>Nós tutores/facilitadores podemos estimular uma aprendizagem facilitada e reflexiva proporcionando aos nossos alunos maior autonomia, responsabilidade e poder de decisão ao inserir em nossa práxis uma abordagem pedagógica/andragógica docente mediadora capaz de formar profissionais aptos a enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.</p><p>Enfatizamos que o tutor na EAD atua como um facilitador/mediador em cursos on-line. Ele assume um papel de extrema relevância e importância no processo de aprendizagem de alunos, marcando presença, favorecendo e acompanhando a construção do conhecimento do aluno, seja tirando dúvidas das mais variadas possíveis, propondo novas estratégias didáticas, utilizando recursos tecnológicos assertivos, estimulando, engajando e motivando.</p><p>(fim do momento de reflexão)</p><p>FINALIZANDO...</p><p>Ao concluir esta Unidade, você conheceu o papel do tutor e as competências que precisam</p><p>leva ao intercâmbio de informações</p><p>Fase: Integração</p><p>Descritor: Tentativo (convergente)</p><p>Indicador 1: Convergência</p><p>Indicador 2: Síntese</p><p>Indicador 3: Soluções</p><p>Explicação: Na integração acontece a tentativa de associar ideias</p><p>Fase: Resolução</p><p>Descritor: Comprometido (dedutivo)</p><p>Indicador 1: Aplicar</p><p>Indicador 2: Comprovar</p><p>Indicador 3: Defender</p><p>Explicação: A resolução consiste na aplicação das novas ideias</p><p>(fim do quadro)</p><p>Para que se estabeleça a presença cognitiva são necessárias ações de estímulo, provocação por parte do facilitador de aprendizagem. Essas ações podem ser classificadas em fases que são: fator desencadeante, exploração, integração e resolução. Todas essas ações são intuitivas e pertencem ao campo da imaginação. Vamos falar a respeito de cada uma e dar exemplos.</p><p>1. Fato desencadeante é aquela proposição desafiadora feita normalmente pelos facilitadores de aprendizagem. Fatores desencadeantes podem ser, por exemplo, situações problema que suscitam discussão e geram um certo movimento entre os alunos;</p><p>2. A exploração é o momento em que os alunos buscam compreender o que se requer deles, discutem o significado das proposições e fazem discussões acaloradas a respeito de prováveis soluções. Esses são momentos muito ricos, porque suscitam críticas, e proposições novas;</p><p>3. A integração se refere ao ponto em que os alunos buscam as ideias convergentes, agregadoras e propõem sínteses, soluções que atendam aos desafios e ao grupo. À medida que os alunos vão se conhecendo, conseguem elaborar soluções e trabalhar pacificando os interesses individuais. Às vezes isso não dá certo, já que podem ocorrer rupturas, mas isso é uma característica do ser humano, e está tudo bem;</p><p>4. A fase de resolução é o momento de aplicar as soluções propostas e tentar comprovar que o caminho escolhido está correto. Nesta fase, é comum que o grupo perceba que não escolheu a melhor resposta. Podem, inclusive, assumir o erro e começar novamente, com mais experiência, conseguindo, em conjunto, encontrar outras soluções.</p><p>Fato é que acertar ou errar não é tão importante quanto favorecer o diálogo, estimular a cooperação entre as pessoas. Isso faz toda a diferença no trabalho com tutoria on-line e, no caso dos alunos, é de uma riqueza sem precedentes.</p><p>PRESENÇA DE ENSINO</p><p>Agora vamos falar sobre a presença de ensino, mas antes é necessário definir claramente o que estamos chamando de ensino?</p><p>Ensino é uma forma deliberada, estruturada e proposital de transferir conhecimento. Não existe ensino sem a ação da vontade de quem ensina.</p><p>As ações que promovem o ensino têm organização, natureza política e principalmente intencionalidade.</p><p>Você pode estar pensando que nem sempre o ensino é um ato deliberado, pode acontecer sem estruturação.</p><p>O ser humano existe neste planeta há mais de duzentos mil anos. Durante todo esse tempo, que inclui o dia de hoje, ele esteve e está em evolução.</p><p>A evolução é uma condição de sobrevivência! Mas ela só ocorre a partir da superação das dificuldades que se apresentam, e é essa superação que gera conhecimento, e esse conhecimento se estrutura de forma que o que foi superado deixe de ser um obstáculo para as próximas gerações. Mas como isso ocorre? Aprendizagem. Só que não existe aprendizagem se não houver quem ensine. E não existe ensino sem estrutura.</p><p>Isto vale para o manejo do solo, uma das maiores conquistas humanas, e para as complexas relações humanas.</p><p>Para que se estabeleça a presença de ensino e que esta ocorra a partir de uma reestruturação, alguns fatores cooperam, quais são eles?</p><p>1. Design Instrucional sem o qual as interações sociais e cognitivas, o sistema de tutoria e o próprio ambiente de aprendizagem não culminam com resultados efetivos em termos educacionais. Para saber um pouco sobre o que é design instrucional, assista ao vídeo Design Instrucional para Iniciantes, de Carolina Savioli, no Youtube.</p><p>2. Organização do desenho, da facilitação e da orientação das ações de natureza social e cognitiva com objetivo de tornar a aprendizagem efetiva. Trata-se da organização do trabalho do facilitador de aprendizagem com a intenção de constituir uma comunidade de aprendizagem, o que passa pelo engenho das presenças social e cognitiva.</p><p>3. Objetivos instrucionais e a necessidade de fomentar ações que atuem favoravelmente para que a aprendizagem se efetive, ou seja, manter as atividades e discussões focadas no assunto, na temática do curso.</p><p>Em síntese, temos que a presença de ensino se ancora no designer instrucional, na atuação planejada do facilitador de aprendizagem com o objetivo de promover interações nas turmas, para que se estabeleça o trabalho colaborativo, e na centralidade dos objetivos instrucionais.</p><p>A seguir, um quadro síntese elaborado por Garrison e Anderson (2005), link externo.</p><p>Quadro com três colunas: 1) elementos, 2) categorias e 3) indicadores, com três elementos:</p><p>Elemento: Presença Social</p><p>Categoria 1: Comunicação aberta</p><p>Categoria 2: Coesão do grupo</p><p>Categoria 3: Expressão afetiva</p><p>Indicador 1: Livre expressão</p><p>Indicador 2: Encorajamento à colaboração</p><p>Indicador 3: Emotions</p><p>Elemento: Presença Cognitiva</p><p>Categoria 1: Evento desencadeador</p><p>Categoria 2: Exploração</p><p>Categoria 3: Integração</p><p>Categoria 4: Resolução</p><p>Indicador 1: Sentimento de perplexidade</p><p>Indicador 2: Partilha de informação</p><p>Indicador 3: Conectando ideias</p><p>Indicador 4: Aplicação de novas ideias</p><p>Elemento: Presença de Ensino</p><p>Categoria 1: Desenho e organização</p><p>Categoria 2: Facilitação do discurso</p><p>Categoria 3: Ensino direto</p><p>Indicador 1: Definindo currículo e método</p><p>Indicador 2: Partilhando significado pessoal</p><p>Indicador 3: Focando na discussão</p><p>(fim do quadro)</p><p>HORA DO CAFEZINHO</p><p>Este é o seu primeiro curso a distância?</p><p>Pare um pouco, pense a respeito do que estudou até agora e tente perceber que mesmo sem a tutoria, não parece às vezes que estamos conversando? Espero que sim, nossa intenção é criar um ambiente, por meio do estilo de linguagem que favoreça a sua aprendizagem.</p><p>Em cursos sem tutoria não formamos turmas, desse modo, também não é possível fomentar comunidades de aprendizagem, mas elas existem, principalmente voltadas para a educação. Faça uma busca na internet por comunidades de aprendizagem.</p><p>Unidade 2: Dialogicidade em Cursos EaD</p><p>Quando usamos a palavra “dialógica” estamos nos referindo em termos de significado ao dialogismo, ou seja, a um modo de elaborar uma reflexão na forma de diálogo. Em educação, convocar os atores (professores, alunos, sociedade) a refletir e dialogar tem se mostrado muito efetivo.</p><p>Você já deve ter percebido que a base de todo este módulo é a comunicação. Afinal, não sem razão, estabelecemos no início o que é comunicação do ponto de vista educacional.</p><p>Vamos, então, conversar sobre esse termo tão interessante que é a dialogicidade. Para elaborar o conceito trazendo riqueza de significados para nossa conversa, recorri a três grandes autores que mencionei anteriormente, mas não custa nada citá-los novamente, são eles: Han, Sierra e Gutierrez.</p><p>É muito importante que você leia as três citações a seguir, já que essas nos ajudam a fundamentar o entendimento que precisamos tecer juntos nesta unidade.</p><p>Han (2014, p.12 e 13) nos desafia com a seguinte formulação: A linguagem transparente é uma língua formal, puramente maquinal, operacional, destituída de qualquer ambivalência. Já Humboldt assinala a ausência fundamental da transparência inerente a qualquer língua humana: “Não há duas pessoas que pensem exatamente a mesma coisa ao escutar uma palavra, e esta diferença, por pequena que seja, estende-se, como as ondas na água, a todo conjunto da língua. (...) Por isso, toda a compreensão é ao mesmo tempo uma incompreensão, toda a coincidência de ideias ou sentimentos, uma simultânea divergência”. Um mundo que contasse apenas de informações, a cuja circulação não perturbada se chamaria comunicação, seria igual a uma máquina.</p><p>Sierra (2014, p.149) nos ensina: (...) O diálogo em comunidade é uma condição indispensável da vida em sociedade. Neste sentido, a ação, como mencionou Martin Buber, é comunicação, intercâmbio de ideias</p><p>e pensamentos na busca de empatia com o grupo. Todo processo educativo está determinado pelas representações da realidade que se concretiza no intercâmbio subjetivo e transformam a experiência cotidiana no âmbito da consciência. A ação educativa deve ser conceituada como uma comunicação dialógica. Apenas mediante uma relação dialógica, a práxis educativa pode conformar um pensamento aberto à mudança, capaz de retornar à prática para guiar novas experiências de conhecimento. Diálogo é uma necessidade existencial na medida em que representa uma condição necessária para pronunciar o mundo e transformar a realidade.</p><p>Gutierrez (1989, p.124) nos lembra: (...) pelo diálogo o homem se cria e se recria em uma comunicação efetiva com o outro. A auto expressão não é criadora, senão na medida em que é comunicação ou encontro com os demais. O diálogo constitui, hoje, no interior de todas as instituições, a pedra de toque da renovação. Humanizam-se as instituições na medida em que suas estruturas são postas à prova por meio do diálogo. O diálogo é a prova e verificação do atuar e do fazer. Não pode existir um diálogo sem práxis. É um meio privilegiado de criação porque subjetiva sem coisificar (...) A dialogicidade integra as experiências concernentes ao perceber, sentir e pensar.</p><p>Pensando em uma síntese que nos ajude a compreender o significado de dialogicidade a partir do que estes três importantes autores nos disseram, podemos dizer que para educar é necessário entender a comunicação como a bússola, a indicadora do caminho. Esse caminho precisa ser percorrido e o diálogo é o meio de fazer este percurso.</p><p>Veja, mesmo num curso sem tutoria, estou dialogando com você. Comunico as ideias, os conceitos e faço pausas. Pergunto se você compreendeu, convido você a refletir por meio de estratégias visuais.</p><p>A dialogicidade é a capacidade de dialogar, de expressar os sentidos, de desafiar o outro a elaborar respostas, reações, um universo de possibilidades sem a qual a nossa vida seria impossível.</p><p>Nos próximos tópicos, trataremos dos recursos dialógicos para EaD, mas antes cabe ressaltar que nos cursos sem tutoria também se estabelecem formas de diálogo que favorecem a aprendizagem. Essas formas estão concentradas no estilo de linguagem e em recursos como vídeos e imagens.</p><p>Este curso possui vídeos públicos disponibilizados em plataformas de streaming e, também, do Youtube. Outros vídeos foram feitos por nós, do ILB, e tem como motivação principal estreitar a relação entre nós e vocês.</p><p>Os desafios do ensino a distância são enormes, mas também é muito grande o desejo de superá-los. Dessa forma, mesmo em um curso sem tutoria como este, colocamos nossas mentes e corações para criar um ambiente favorável à aprendizagem e, ao mesmo tempo, acolhedor.</p><p>Será que conseguimos?</p><p>Por conta da distância, do fato de não estar presente na maior parte do tempo em que o aluno estuda, os cursos EAD precisam se valer de recursos dialógicos para promover engajamento e sentimento de pertencimento nos alunos.</p><p>Vamos, então, conhecer esses recursos:</p><p>Primeiro: o material didático</p><p>Materiais didáticos são aqueles desenvolvidos para dar suporte à aprendizagem e possuem diversos formatos. Atualmente, além dos tradicionais livros temos e-books, podcasts, vídeos e todos os dias por meio de aplicativos web surgem novos. Mas, para que cumpram um papel efetivo do ponto de vista educacional precisam do que se chama linguagem dialógica.</p><p>O Texto Dialógico como aquele que "deve ser lido como início de um debate, despertando interesse pelo assunto e levando a uma tomada de posição do leitor, discordando ou concordando, dando uma resposta ao autor do texto".</p><p>A forma como se estruturam esses materiais deve priorizar o diálogo amigável e encorajado (Laaser, 1997) por exemplo por meio de conselhos sobre o que fazer para que a aprendizagem ocorra, outro recurso é encorajar os alunos a lerem todo o material e se envolver na resolução de atividades.</p><p>A Universidade Aberta do Brasil (UAB) possui um dos maiores programas mundiais de formação em nível superior a distância. Para melhorar a qualidade da comunicação com os alunos, desenvolveu um roteiro de elaboração do material didático para o facilitador de aprendizagem.</p><p>Segue, abaixo, um trecho do Guia de Orientação da UAB, veja que interessante:</p><p>Primeiramente o autor apresenta a disciplina e divide o livro em até seis unidades - cada uma com objetivos específicos de aprendizagem dispostos em tópicos de no mínimo três e no máximo cinco. O professor-autor faz ainda a apresentação do conteúdo, traz exemplos buscando aproximar o estudante da sua realidade, propõe atividades e faz uma delimitação da unidade com a seção resumindo.</p><p>O livro conta ainda com outras seções, como:</p><p>· Apresentação: introduz o aluno ao tema no qual será estudado.</p><p>· Destaques: como o próprio termo diz, refere-se à parte do texto que merece ser evidenciada.</p><p>· Diálogos: são questionamentos e reflexões que o professor propõe ao aluno durante o livro.</p><p>· Saiba mais: dispõem de informações sobre autores, pesquisadores, obras, site, etc.</p><p>· Complementando: seções que trazem sugestões de leitura com o intuito de instigar o estudante a pesquisar sobre algum assunto.</p><p>· Glossários: explicação de termos pouco usuais ou técnicos.</p><p>· Links: consiste em informações adicionais do assunto abordado.</p><p>· Resumindo: traz de forma clara e objetiva uma síntese dos temas trabalhados na unidade.</p><p>· Considerações finais: apresenta de forma sucinta um breve relato dos principais temas abordados no material.</p><p>· Minicurrículo: apresenta um breve currículo do(s) autor(es) e uma foto do mesmo com o objetivo de aproximar o aluno de seu professor.</p><p>· O conjunto destes elementos, além de constituírem um modelo de aprendizagem não linear, permite ainda que o estudante escolha entre idas e vindas de seu pensamento qual o melhor caminho para a construção do seu conhecimento.</p><p>Este trecho é um recorte de um trabalho sobre Uma Metodologia para Elaboração de Material Didático para EaD. Link para o texto integral, externo.</p><p>Quando se trata de material didático de apoio ao aluno, principalmente em EaD, o importante é conversar, ou seja, elaborar e usar expressões que diminuam a sensação de solidão, de isolamento que muitas vezes podem ocorrer pela falta de pessoas com quem conversar.</p><p>Como fazer isso?</p><p>· Pergunte se está entendendo;</p><p>· expresse um sentimento;</p><p>· convide para uma pausa;</p><p>· elogie a dedicação; e</p><p>· desafie com perguntas que quebrem paradigmas.</p><p>Há muitas formas de estabelecer diálogo com os alunos por meio do material didático. Tenha cuidado com expressões ambivalentes ou que remetam a situações de conflito, até mesmo ofensas a pessoas e grupos.</p><p>Por isso, é importante o bom senso, cuidado e zelo com a dignidade de todas as pessoas e suas múltiplas e legítimas manifestações na existência.</p><p>Vamos prosseguir?</p><p>Segundo: os diálogos nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA)</p><p>Você está neste momento fazendo este curso na plataforma SABERES, ele é um AVA, baseado no MOODLE que é um sistema aberto para a criação de cursos online.</p><p>Os AVA possuem muitos recursos, mas o que queremos agora é conversar sobre aqueles que favorecem o diálogo entre os facilitadores de aprendizagem e os alunos.</p><p>Quando os cursos possuem tutoria se pode oferecer aos alunos meios de comunicação síncrono e assíncrono por meio do AVA.</p><p>Vale ressaltar que:</p><p>· Meios de comunicação síncronos são aqueles em que a interação ocorre ao mesmo tempo para todos, como por exemplo chats (bate-papo), encontros remotos utilizando aplicativos de reunião como o Zoom, o Meets, o Teams e muitos outros.</p><p>· Meios de comunicação assíncronos são aqueles em que cada um acessa na hora que pode, sem esperar respostas imediatas, o que não impede a colocação de limites de tempo de resposta. Quando trabalho como facilitadora de aprendizagem tenho comigo o compromisso de responder o mais rápido possível aos alunos, isso sempre me ajuda a estabelecer uma relação de confiança e respeito com eles.</p><p>Os fóruns de discussão e as listas de e-mails são ferramentas de comunicação</p><p>assíncronas bem conhecidas e confiáveis.</p><p>Os fóruns são espaços de diálogo, essa é a natureza deles e isso faz com que contribuam muito favoravelmente para o processo educativo.</p><p>Nos fóruns é possível motivar e buscar a participação dos alunos, mas, isso só ocorre se a dialogicidade for o tempero das mensagens.</p><p>O que isso quer dizer? Veja abaixo um exemplo de quando comecei a trabalhar como tutora e tinha que estimular os alunos a fazer as atividades propostas. Escrevia assim para eles: quadro com título “fórum de tarefas” e com a mensagem “Prezados alunos, a tarefa nº 1 está aberta, você tem até o dia tal para enviá-la. Atenciosamente”.</p><p>Atualmente, pensando em estimular os alunos a responder a mesma tarefa, escrevo assim: quadro com título “fórum de tarefas” e com a mensagem “Olá, tudo bem? Está chegando o prazo de enviar a Tarefa n° 1. O prazo final será no dia tal. Não deixe para o último dia, imprevistos podem acontecer. Se precisar de orientação, se tiver alguma dúvida, fale comigo ou pergunte aos seus colegas de turma. Um afetuoso abraço, até a próxima!”</p><p>Palange (2009, p.383) escreveu o seguinte: (...) o fórum é um recurso didático que pode complementar aspectos de conteúdo, pode incentivar a discussão e o aprofundamento de aspectos relacionados aos tópicos abordados, pode registrar experiências, entre outros.</p><p>Antes de concluir esta unidade, é necessário falar sobre o papel crucial da tutoria.</p><p>Às vezes, nos cursos com tutoria temos a atuação de um professor e um tutor, os cursos da UAB são assim, em outros cursos temos somente o tutor. Qualquer que seja a forma, quem faz o diálogo acontecer, dá o tom da conversa é o tutor.</p><p>A respeito do papel do tutor recomendo fortemente que você assista ao vídeo Sala de Professores - O papel do Tutor no EaD, da TV Fepesp, no Youtube.</p><p>Em seguida, volte e leia a terceira unidade, até mais!</p><p>Unidade 3: Engajamento e Motivação</p><p>Começamos estabelecendo o sentido da palavra engajamento que é um ato deliberado de participar colaborando com algo.</p><p>Estar engajado além de estar incluído é ser ativamente um colaborador.</p><p>Para refletir: Nada mais apropriado para cursos à distância do que promover o engajamento dos alunos, porque assim -além de aprender- eles colaboram com a aprendizagem uns dos outros.</p><p>Quando promovemos capacitações, formações por meio de cursos a distância não podemos esquecer que eles são muito diferentes dos cursos presenciais e uma das maiores diferenças está na relação do aluno com a organização do tempo.</p><p>Nos cursos a distância quem organiza o tempo é o aluno. Uma boa parte das atividades dos cursos a distância possui prazos, mas no final é o aluno quem vai decidir quando cumprirá as tarefas, os compromissos.</p><p>A organização do tempo e a necessidade de se portar de maneira autônoma representam as maiores dificuldades encontradas por alunos de cursos a distância. Uma das consequências dessa dificuldade é a evasão. Os cursos a distância possuem altas taxas de abandono.</p><p>Existem muitas estratégias para ajudar os alunos a superar as dificuldades que os levam a abandonar os cursos a distância e engajar os alunos é necessário para que se sintam pertencentes a um projeto comum com a turma, colaborando com os colegas se estabelecem compromissos que afetam positivamente o êxito nos cursos.</p><p>Os cursos a distância principalmente aqueles que são oferecidos em ambientes virtuais de aprendizagem possuem vários recursos e metodologias para auxiliar os alunos a fim de promover sua permanência e sucesso no curso, a este respeito conversamos no Módulo II de nosso curso.</p><p>Como engajar os alunos?</p><p>Cuidando com o ambiente virtual de aprendizagem</p><p>A maneira como os cursos a distância são elaborados e as tecnologias utilizadas precisam proporcionar aos alunos a melhor experiência possível.</p><p>O ambiente dos cursos precisa ser pensado de modo que a navegação seja agradável e intuitiva. Todos os materiais didáticos precisam ser bem identificados e descritos tanto do ponto de vista do que contém quanto de sua relevância para a aprendizagem.</p><p>Outro ponto chave são os recursos multimídia que devem ser utilizados na dosagem necessária para que não haja exagero ou falta. Atualmente se pode lançar mão de muitos recursos como vídeos, podcasts, infográficos.</p><p>Para otimizar o tempo, muitos alunos estudam em seus períodos de deslocamento, por isso é muito importante levar em consideração que os cursos serão acessados pelos alunos em celulares ou tablets além dos tradicionais computadores de mesa e notebooks.</p><p>Conhecendo os alunos</p><p>Quando estamos preparando cursos a distância precisamos pensar para quem eles se destinam. É muito importante saber algumas coisas a respeito do que chamamos em educação de público-alvo:</p><p>· idade;</p><p>· escolaridade;</p><p>· experiências anteriores com EAD;</p><p>· tempo médio de horas disponíveis para estudar;</p><p>· meios e locais de onde costumam acessar os cursos etc.</p><p>Estas perguntas e muitas outras nos ajudam a planejar cursos adequados ao público-alvo e a dimensionar os recursos e metodologias que empregaremos a fim de que tenham a melhor experiência possível.</p><p>Comunicando os objetivos do curso com clareza</p><p>A adesão dos alunos a um curso é precedida pela divulgação clara, transparente dos objetivos de aprendizagem, ou seja, do que se espera que o aluno aprenda. Precisa existir uma sinergia entre o que se vai ensinar e as expectativas dos alunos.</p><p>Elementos constitutivos dos cursos como ementas que são a descrição dos tópicos gerais, o planejamento das atividades, as formas de avaliação, os prazos. Tudo isso precisa ser enviado aos alunos e discutido com clareza. Muitas vezes é necessário abrir um Fórum para conversar com eles a esse respeito.</p><p>Mantendo os canais de comunicação abertos</p><p>Ajuda muito a manter os alunos participando ativamente nos cursos quando deixamos variadas formas de comunicação ativas e respondemos às demandas no menor tempo possível.</p><p>Canais de comunicação abertos e atendimento rápido das demandas geram sensação de segurança nos alunos e tornam confiáveis a equipe de professores, tutores e demais membros da instituição.</p><p>Criando sentimento de pertencimento</p><p>Vimos na unidade I, a formação de comunidades de aprendizagem. Elas servem, entre outras funções, para engajar os alunos, o que coopera para diminuir a sensação de solidão e de isolamento.</p><p>Nós seres humanos somos mais felizes quando nos sentimos pertencendo a algo, por exemplo, a um grupo onde partilhamos objetivos em comum. Algumas estratégias podem ajudar o aluno a se sentir inserido na turma. Por isso, é importante também, por exemplo, criar um grupo fechado no Telegram, no Whatsapp ou no Facebook.</p><p>Outra forma muito eficaz é deixar aberto algum canal de comunicação direto com o facilitador de aprendizagem, de modo que dúvidas, sugestões e outros assuntos sejam tratados diretamente entre eles.</p><p>Feito tudo isso, como saber se os alunos estão engajados?</p><p>Primeiramente, facilitadores de aprendizagem precisam estar atentos aos alunos acompanhando o desempenho deles por meio de alguns indicadores, que são:</p><p>· número de acessos ao curso;</p><p>· entrega das tarefas solicitadas;</p><p>· participação nas discussões síncronas e assíncronas; e</p><p>· tempo de acesso no ambiente e principalmente aos materiais didáticos.</p><p>A maior parte dos ambientes virtuais de aprendizagem possuem sistemas de gerenciamento para acompanhar o desempenho dos alunos e esses geram relatórios personalizados para que professores, tutores e alunos avaliem os resultados.</p><p>De posse dos relatórios de cada aluno o facilitador de aprendizagem pode utilizar algumas estratégias para aumentar o engajamento dos alunos, a seguir trazemos algumas sugestões.</p><p>1. Conheça e se deixe conhecer: separe um tempo para conhecer seus alunos e permitir que eles te conheçam, dessa forma as relações se humanizam;</p><p>2. Mentoreie: ao conhecer seus alunos individualmente você pode junto com eles traçar planos de estudo, cooperar na organização do tempo, na otimização do aprendizado;</p><p>3. Feedback individual: converse com seu aluno a respeito de como tem visto a atuação dele no curso e peça a ele que faça o mesmo</p><p>em relação ao seu trabalho;</p><p>4. Esclareça as dúvidas: explique as tarefas aos alunos, abra um canal para tirar dúvidas, seja receptivo às dificuldades deles;</p><p>5. Tenha uma rotina de reuniões: se for possível e existirem condições objetivas, organize reuniões individuais e de grupo com os alunos, gerando assim um espaço dialógico real de trocas.</p><p>Essas sugestões podem ser aplicadas juntas ou separadas, tudo vai depender do tipo de curso, de proposta.</p><p>O importante é que você agora sabe um pouco mais a respeito de como engajar os alunos e isso poderá ser utilizado quando precisar.</p><p>Motivação, desejo de ir além</p><p>A palavra motivação se refere a um tipo de movimento nascido de um impulso para alcançar o que se deseja, normalmente relacionada com um objetivo.</p><p>Ela movimenta as nossas emoções, nossa biologia e nossos aspectos sociais. Com ela iniciamos as coisas, direcionamos nossas ações e mantemos comportamentos relacionados com o cumprimento de objetivos.</p><p>Sem motivação, ou seja, sem o desejo de alcançar os objetivos, as pessoas e mesmo a maior parte dos mamíferos não se movimenta, não tem inclusive alegria para a vida.</p><p>MENSAGEM PARA VOCÊ: Veja o seu caso, estamos juntos há um bom tempo, você tem permanecido no curso, e está quase acabando. O desejo de saber, a determinação por alcançar mais algumas habilidades demonstra o quanto é resiliente e forte, parabéns!</p><p>Quando tratamos de motivação para cursos a distância temos algumas orientações que podem ajudar, elas na verdade são bem simples e intuitivas mesmo, mas vale a pena dar uma lida, ver de que forma podemos contribuir.</p><p>Vamos lá?</p><p>1. Oriente o aluno quanto a organização do tempo</p><p>É essencial que os alunos organizem seus horários de estudo, para isso uma mentoria inicial ajudará muito. Colabore com eles na montagem de um cronograma de estudos, e encoraje-os a seguir o cronograma, dessa forma perceberão que são capazes de estudar sem atropelos, falhas, atrasos. Esse tipo de organização diminui as frustrações e aumenta a satisfação consigo mesmo.</p><p>2. Ajude-os a estabelecer objetivos e metas reais</p><p>De posse de um cronograma de estudos se torna possível estabelecer objetivos e metas diárias, semanais. Este tipo de distribuição do tempo, que é também uma forma de organização, permite acompanhar o progresso e a disciplina em torno do que se deseja alcançar. Sempre lembrando que metas reais se referem normalmente a pequenos passos, na verdade um passo de cada vez.</p><p>Manter a motivação envolve conseguir ter sucesso nas pequenas coisas, nos pequenos alvos, isso pode ser medido por meio do cumprimento de tarefas, na participação nas discussões, na leitura de textos de apoio. A motivação advém de aspectos do comportamento humano e perceber que deu conta daquilo que planejou resulta em aprendizagem e permanência no curso.</p><p>Reflexões sobre a motivação em cursos a distância: a palavra motivação é composta da palavra motivo mais a palavra ação.</p><p>Qualquer pessoa que se disponha a estudar em cursos a distância atenderá a uma tendência cada vez mais reconhecida de que certos conhecimentos podem ser transmitidos em ambientes não escolares tradicionais.</p><p>Fatores como o ambiente virtual integrado a tecnologias de acesso móvel, o fato de poder gerenciar o próprio tempo de estudo, e principalmente poder contar com facilitador de aprendizagem torna o ensino a distância atraente para alunos com um certo nível de maturidade.</p><p>Essa maturidade tão necessária e que pode ser desenvolvida ao longo dos estudos, só ocorre quando a equipe de facilitador de aprendizagem atua em prol do engajamento e da manutenção dos fatores motivacionais de cada aluno.</p><p>Coisas simples como mandar mensagens acompanhadas por emojis que transmitem sentimentos de alegria e satisfação mudam o ânimo dos alunos, assim como mudam o seu, não é verdade?</p><p>Com isso tudo estamos querendo dizer que as relações cordiais e intencionalmente voltadas para a aprendizagem dos alunos são fundamentais para manter a motivação, deixar o aluno confiante em relação ao sucesso do empreendimento de estudar.</p><p>Manter o aluno motivado a estudar tem muita relação com as recompensas que alcançará a partir do que irá aprender. Por isso, novamente é preciso conhecer o público-alvo e deixar claro o que será ensinado em cada curso. Manter as expectativas dos alunos em torno da realidade é fundamental!</p><p>Outro ponto a se ter em mente é que a maturidade a que estamos nos referindo se reflete na capacidade de autogestão, porque na maior parte do tempo o aluno está sozinho, diante de um aparelho em um ambiente virtual. Desta forma o design do curso, a linguagem empregada, as atividades e recursos como gamificação tornam a tarefa de estudar mais agradável e recompensadora.</p><p>Agora que estamos concluindo a Unidade 3 e, também, este curso, convido você a pensar a respeito das suas expectativas e se essas foram atendidas. Que tal conversar consigo mesmo, fazer um mapa mental daquilo que tem sido mais importante para você no curso.</p><p>Faça as atividades propostas para melhorar ainda mais a sua aprendizagem.</p><p>Esperamos encontrar você novamente em nossos cursos voltados para qualificação de facilitador de aprendizagem de cursos a distância.</p><p>Um grande e afetuoso abraço!</p><p>Para finalizar o curso, acesse o vídeo MOTIVAÇÃO EAD 0001, de Marcia Paixão, no Youtube.</p><p>Pílulas de Conteúdo Extra</p><p>Para complementar seu estudo, confira essas postagens sobre:</p><p>1. “Como motivar alunos EAD e torná-los fãs do seu curso”, link externo.</p><p>2. “Motivação: 4 estratégias para engajar o aluno na sala de aula virtual”, link externo.</p><p>3. “7 dicas para engajar e motivar um aluno EAD”, link externo.</p><p>Exercícios de Fixação do Módulo III, na plataforma SABERES.</p><p>Avaliação do curso, na plataforma SABERES.</p><p>Realização:</p><p>Coordenação de Capacitação, Treinamento e Ensino</p><p>Instituto Legislativo Brasileiro</p><p>Senado Federal</p><p>image1.png</p><p>image12.png</p><p>image13.jpeg</p><p>image2.jpeg</p><p>image14.jpeg</p><p>image15.png</p><p>image16.jpeg</p><p>image17.jpeg</p><p>image18.jpeg</p><p>image3.emf</p><p>image4.emf</p><p>image5.emf</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.jpeg</p><p>image9.png</p><p>image10.jpeg</p><p>image11.jpeg</p><p>ser desenvolvidas por ele para se tornar um facilitador on-line excelente. Aprendeu que no processo de relação dos alunos com os conteúdos há a mediação do professor e a do dispositivo a que o estudante tem acesso. Com a dupla mediação, o aluno não só constrói conhecimento com as mediações do professor, mas também por meio do acesso às informações em ambientes virtuais e/ou digitais. Na EaD, a dupla mediação pode estar relacionada com os AVA, que potencializam a ação docente por meio das trocas síncronas e assíncronas.</p><p>Na próxima unidade, vamos iniciar os estudos da andragogia, abordagem muito utilizada no meio corporativo quando se trata de aprendizes adultos.</p><p>Pílulas de conteúdo extra</p><p>Você pode dar um pit-stop e saborerar conteúdos extras para ampliar ainda mais seus conhecimentos:</p><p>1. Lendo o texto “O perfil do tutor on-line: competências, atribuições e metas, link externo.</p><p>2. Lendo o texto “A mediação pedagógica no ambiente virtual de aprendizagem”, na plataforma SABERES.</p><p>3. Lendo o texto “O poder dos mapas mentais”, na plataforma SABERES.</p><p>4. Assistindo ao vídeo “Educação para o Futuro – TEDxUSP – Atila Iamarino”, no Youtube.</p><p>Atividade extra (opcional) - Mão na Massa</p><p>Aprender fazendo (learn by doing) é botar a mão na massa e ser agente ativo em seu processo de desenvolvimento intelectual. A ideia é que, por meio da vivência prática, sua experiência educacional seja mais relevante e significativa.</p><p>Aproveite o momento e faça uma autoavaliação da sua aprendizagem construindo uma “Tirinha” (histórias em quadrinhos). As histórias em quadrinhos podem ser usadas para uma ampla variedade de propósitos educacionais, incluindo narrativa digital, simplificação de conceitos, prática de redação e expressão, revisão de conteúdo e muito mais... Além de tudo é divertido e fácil de produzir!</p><p>Acesse o “Canva” ou baixe o aplicativo no seu smartphone.</p><p>Sítio oficial do Canva, link externo.</p><p>Unidade 2: Processo de Ensino e Aprendizagem - a Andragogia</p><p>Para início de conversa, observe as imagens abaixo e tente interpretar cada uma delas.</p><p>Agora, anote: O que você entende por aprender?</p><p>Assista ao vídeo “Aprender a aprender”, no Youtube, e reflita sobre a importância do professor na vida do aluno.</p><p>Finalizou? Releia a sua anotação! A sua perspectiva mudou?</p><p>Faça você! Liste os principais aspectos que você observou em relação ao processo educacional apresentado na animação: Ensino, Aprendizagem, Professor, Aluno…</p><p>Finalizou? Releia a sua anotação! A sua perspectiva mudou? Leia e compare com o meu entendimento!</p><p>Minha percepção em relação ao professor foi de que ele é um professor entusiasmado, apaixonado pelo que faz. Tem domínio do conhecimento a ser trabalhado e busca mediar e facilitar o processo de aprendizagem da aluna, dando-lhe autonomia na realização prática da atividade, respeitando seu ritmo e intervindo quando necessário. Ao dar autonomia à aprendiz, esta aprende a construir o conhecimento por si mesma e o aprendizado se torna significativo e duradouro.</p><p>Quanto à aluna, entendo que demonstra interesse em aprender, mas precisa do incentivo do professor para persistir. Isso mostra que cada um tem seu tempo e estilo de aprendizagem, que deve ser respeitado pelo professor. Mas, ao perceber sua evolução na realização da tarefa, ela se automotiva e consegue alcançar o resultado final esperado.</p><p>Muitos pontos em comum com as suas anotações? Vamos em frente... Afinal, o que significa APRENDER?</p><p>“Aprender significa, então, mudar de conduta de maneira perene, ou seja, aprender quer dizer mudar o que se faz, ou a forma como se faz, mas não apenas momentaneamente. Essa mudança de conduta pode ser uma melhoria de performance, uma demonstração de uma nova atitude ou ainda o desenvolvimento de diferentes comportamentos.” Citação de Flora Alves (2016, p. 26)</p><p>Há muitas definições para a palavra ‘aprender’, como: alcançar conhecimento, ficar apto em alguma coisa ou progredir em comportamentos. Escolhemos a de Flora Alves que definiu aprendizagem a partir do significado da palavra no contexto organizacional, que é o nosso contexto aqui no ILB.</p><p>Observe a Pirâmide de Aprendizagem, de William Glasser.</p><p>Essa teoria pode ser resumida em: quanto mais o aprendiz se relaciona com o conhecimento de forma ativa, um maior número de informações será assimilado. O posicionamento ativo do estudante no processo melhora seu aprendizado. No módulo II, exploraremos novas metodologias que estimulam a aprendizagem ativa.</p><p>MOMENTO DE REFLEXÃO</p><p>Qual a sua opinião sobre a afirmativa de que ensinar é aprender? Ensino e aprendizagem estão diretamente interligados? Ensinar é necessariamente uma ação protagonizada por um sujeito responsável pela aprendizagem do outro? Uma situação pode ensinar?</p><p>(fim do momento de reflexão)</p><p>A relação entre ensinar e aprender é muito forte. Quando ensinamos, aprendemos mais do que quando simplesmente lemos e assistimos à aula. Isso porque a arte de ensinar provoca insights, traz à luz novas ideias e dúvidas, e ainda compartilha conhecimentos de uma forma muito mais dinâmica e divertida.</p><p>Ensinar é um processo de interação orientada entre o professor, o aluno e os materiais instrucionais. No entanto, sabemos que é possível “aprender” sem um professor, principalmente num mundo em plena expansão tecnológica.</p><p>Verifique as três abordagens para o processo de aprendizagem:</p><p>A pedagogia significa a arte e a ciência de educar crianças e representa a educação centrada no professor, que está à frente na tomada de decisão sobre “o que aprender” e “como aprender”.</p><p>Do lado oposto está a heutagogia, na qual o próprio aluno administra sua aprendizagem. Podemos dizer que a abordagem heutagógica está alinhada à expansão contínua das tecnologias da informação e comunicação que vêm permitindo às pessoas o acesso a uma diversidade de conteúdos relevantes com apenas poucos cliques no celular, tablet ou computador. Quantas vezes você utilizou o Google, Youtube, Blogs, Instagram, etc. e adquiriu o conhecimento que buscava?</p><p>E a Andragogia, o que é?</p><p>Andragogia é a ciência de orientar adultos no processo de aprendizagem. O termo é proveniente do grego: andros = adulto + agogus = guiar, conduzir, educar. A teoria foi popularizada nos anos 70 por Malcolm Knowles, educador americano. Nesta abordagem, a responsabilidade da aprendizagem é compartilhada entre professor e aluno e é caracterizada por projetos inquisitivos, experimentação e estudos independentes, num ambiente de aprendizagem expresso pelo respeito mútuo e cooperação.</p><p>Assista ao vídeo Andragogia, da Fermento Soluções de Aprendizagem, no Youtube.</p><p>Veja no quadro, elaborado por Canário (1999), alguns princípios e características do aluno adulto que abarcam a abordagem andragógica.</p><p>Quadro com duas colunas: princípios e características, com o seguinte conteúdo:</p><p>Princípio: Necessidade de saber</p><p>Característica: Os adultos têm necessidade de conhecer o motivo pelo qual devem aprender antes de se comprometerem com a aprendizagem.</p><p>Princípio: Conceito de si</p><p>Característica: Conscientização, por parte do adulto, das responsabilidades das suas decisões e da sua vida. Torna-se necessário que sejam encarados como indivíduos capazes de se autogerirem.</p><p>Princípio: Papel da experiência</p><p>Característica: Adultos são portadores de uma experiência que os distingue das crianças e dos jovens. A educação de adultos deve centrar-se nos processos individuais de aprendizagem face aos processos mais coletivos de outras etapas evolutivas</p><p>Princípio: Vontade de aprender</p><p>Característica: Os adultos têm a intenção de iniciar o processo de aprendizagem desde que compreendam sua utilidade para determinadas situações da vida</p><p>Princípio: Orientação da aprendizagem</p><p>Característica: Aprendizagem encarada como resolução de problemas e tarefas da vida quotidiana.</p><p>Princípio: Motivação</p><p>Característica: Motivação para a aprendizagem também extrínseca (promoção profissional, melhor salário etc.), mas principalmente intrínseca (autoestima, satisfação profissional, qualidade de vida).</p><p>(fim do quadro)</p><p>Tendo em vista esses princípios, fica mais fácil compreender</p><p>o aprendiz adulto, seus anseios e particularidades. Camila Reis, do time da Sambatech afirma que o modelo tradicional de ensino não é indicado para os adultos porque não estimula a participação ativa dos alunos e:</p><p>Em relação à Comunicação - No modelo de ensino tradicional, a comunicação entre alunos e professores acontece de forma mais horizontal, e essa forma não cabe para adultos, que precisam desenvolver-se com mais autonomia e se autodirigir.</p><p>Em relação à Elaboração do plano de estudos - Ao contrário do que ocorre em métodos tradicionais, no ensino para adultos, a andragogia propõe que a elaboração do plano de estudos seja feita com a participação dos alunos, levando em consideração seus pontos de vista.</p><p>Em relação às Avaliações - Tradicionalmente, as avaliações são feitas por meio de provas e são definidas pelo professor e pela instituição de ensino. Na educação para adultos, é aconselhável que a construção dos aspectos avaliativos seja feita de forma colaborativa (projetos, estudos de casos, resolução de problemas, por exemplo). Além disso, o aprendiz deve realizar uma autoavaliação e também avaliar o professor.</p><p>Em relação às Metodologias - Na andragogia são propostos métodos de aprendizado em que o aluno participe ativamente das aulas. As metodologias ativas, ágeis e imersivas podem funcionar muito bem com adultos.</p><p>Além disso, Reis aponta como a andragogia pode contribuir na educação on-line e corporativa.</p><p>· Ajudar os colaboradores a aprenderem de forma prática com as experiências que ocorrem na instituição.</p><p>· Desenvolver a autonomia dos colaboradores por meio do conhecimento.</p><p>· Aumentar as possibilidades de troca de informação entre os colaboradores.</p><p>· Melhorar a absorção de aprendizado através de metodologias mais inovadoras.</p><p>Curiosidade: Leia o texto “A origem do termo Andragogia”, do portal Andragogia Brasil, disponível na página e aprofunde seu conhecimento.</p><p>Segundo Masetto (2013, p.166-167), na qualidade de mediador andragógico, o tutor/mediador deve desenvolver:</p><p>1) No processo de ensino, ele estará mais voltado para a aprendizagem do aluno, assumindo que o aprendiz é o centro desse processo e, em função dele e de seu desenvolvimento, é que precisará definir e planejar as ações. Essa concepção de aprendizagem há que ser vivida e praticada.</p><p>2) Professor e aluno constituem-se como célula básica do desenvolvimento da aprendizagem, por meio de uma ou mais ações conjuntas em direção à aprendizagem; de relações de empatia para se colocar no lugar do outro, seja nos momentos de incertezas, dúvidas, erros, seja nos momentos de avanço e de sucesso; sempre de confiança no aprendiz.</p><p>3) Corresponsabilidade e parcerias com alunos são atitudes básicas que incluem o planejamento das atividades, sua realização e avaliação.</p><p>4) Desenvolver um clima de mútuo respeito para com todos os participantes, dar ênfase em estratégias cooperativas de aprendizagem, estabelecer atmosfera de mútua confiança.</p><p>5) Domínio de sua área de conhecimento, demonstrando competência atualizada quanto às informações e aos assuntos afetos a essa área. Incentivo à reflexão, investigação e intercâmbio de experiências.</p><p>6) Criatividade, como uma atitude alerta para buscar, com o aluno, soluções para situações novas e inesperadas, tendo presente que cada aluno é um aluno, diferente do outro.</p><p>7) Disponibilidade para o diálogo favorecido pelas novas tecnologias.</p><p>8) Subjetividade e individualidade. Cuidados na linguagem e na comunicação.</p><p>9) Comunicação e expressão sempre devem estar em condições de ajudar a aprendizagem e incentivar o aprendiz em seu trabalho educacional.</p><p>Na prática, como deve acontecer a mediação pela expressão e comunicação?</p><p>· Para transmitir informações, excepcionalmente;</p><p>· Para dialogar e trocar experiências, debater dúvidas e lançar perguntas orientadoras;</p><p>· Para motivar o aprendiz e orientá-lo nas carências técnicas ou científicas;</p><p>· Para propor desafios, reflexões e situações problemas;</p><p>· Para incentivar a crítica quanto à quantidade e à qualidade de informações de que se dispõe;</p><p>· Para construir o conhecimento com o aprendiz;</p><p>· Para ajudar o aprendiz a comandar a tecnologia;</p><p>· Para dar feedbacks construtivos.</p><p>FINALIZANDO…</p><p>Ao concluir a Unidade 2, acredito estarmos convictos que, nós, professores, se já não praticamos uma abordagem andragógica, precisamos mudar nosso mindset de que necessitamos instruir ou ensinar os estudantes, não é mesmo? Afinal, as Tecnologias Digitais de Comunicação e Informação – TDICs estão em todos os lugares e o acesso é fácil e elas potencializam o processo de aprendizagem. Com nossos smartphones nas mãos, o acesso ao conhecimento é ilimitado! Podemos aprender sobre os maiores pintores e suas obras de arte expostas diretamente do Louvre, em visitas virtuais, com um simples toque, por exemplo. Já dizia Paulo Freire “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou sua construção.” Precisamos adotar um modelo que guie, oriente e ajude o aluno a aprender a aprender de forma autônoma e significativa. Ao internalizar esse novo modelo, nos colocamos no papel de mediadores da construção do conhecimento e facilitadores da aprendizagem.</p><p>Pílulas de conteúdo extra</p><p>Você pode dar um pit-stop e saborear conteúdos extras para ampliar ainda mais seus conhecimentos:</p><p>1. Ouvindo o podcast “Mudando nosso mindset”, na plataforma SABERES.</p><p>2. Lendo o ebook “Estilos de Aprendizagem”, de Daniela Melaré Vieira Barros. Versão gratuita para Kindle Unlimited da Amazon.</p><p>Atividade extra (opcional) - Mão na Massa</p><p>Aprender fazendo (learn by doing) é botar a mão na massa e ser agente ativo em seu processo de desenvolvimento intelectual. A ideia é que, por meio da vivência prática, sua experiência educacional seja mais relevante e significativa.</p><p>Aproveite o momento e faça uma autoavaliação da sua aprendizagem construindo um mapa mental sobre o tema abordado nesta Unidade. Mapa mental é uma técnica de estudo criada no final da década de 1960 por Tony Buzan, um consultor inglês. É uma preciosa ferramenta de aprendizagem. Ela consiste em criar resumos com símbolos, cores, setas e frases de efeito com o objetivo de organizar o conteúdo e facilitar associações entre as informações destacadas.</p><p>Abaixo ferramentas que podem te auxiliar:</p><p>1. CmapTools: A ferramenta, gratuita, permite abrir caixas com as ideias soltas e depois criar os vínculos entre elas. Tem interação com a internet. Sítio oficial do CmapTools, link externo.</p><p>2. Mindomo: Ferramenta gratuita. Cria apresentações automaticamente, a partir dos mapas que podem ser compartilhados em qualquer dispositivo. Permite trabalho off-line. Sítio para instalação, link externo.</p><p>3. MindMeister: Para usar esse app é preciso se registrar, mas o uso é gratuito. Existe uma versão mais completa, paga. Permite compartilhar o mapa ou exportá-lo. Funciona off-line. Sítio para instalação, link externo.</p><p>4. GitMind: Mapa Mental: Oferece espaço ilimitado para os mapas. Permite personalizar tanto a forma como o fundo e o estilo de texto. App gratuito, disponível para Android e iOS. Sítio para instalação da versão android, link externo.</p><p>5. SimpleMind+: Gratuito. Fácil de usar, com possibilidade de arrastar, reordenar e editar os assuntos diretamente nas páginas do mapa. Tem versão pega, com mais funcionalidades. Os documentos podem subir para a nuvem e ser acessados de diversos dispositivos pelo Dropbox. Sítio para instalação, link externo.</p><p>6. COGGLE gratuito, permite mais de uma pessoa trabalhar no mesmo mapa mental. Sítio do produto, link externo.</p><p>7. MIND MAPR (complemento Chrome): Este tem uma particularidade interessante, trata-se de um complemento do navegador. Google Chrome. É possível criar mapas mentais diretamente pelo navegador, sem necessidade de conexão à internet.</p><p>8. MIND NODE: Gratuito, programa muito simples e prático de se utilizar no dia a dia. Sua desvantagem é que é compatível somente com MAC OS, iPad e iPhone. Foi classificado pela Apple como “App Store Best”. Sítio do produto, link externo.</p><p>Unidade 3: Tecnologias Digitais</p><p>da Informação e da Comunicação (TDICs)</p><p>Sabemos que as tecnologias digitais estão mais presentes em nossas vidas e que a população brasileira está cada vez mais conectada. Isso é demonstrado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2019, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, 82,7% dos domicílios nacionais possuem acesso à internet, A banda larga móvel passou de 80,2% nos domicílios em 2018 para 81,2% em 2019. Já a banda larga fixa passou de 75,9% para 77,9%.</p><p>O IBGE destaca ainda que o telefone celular continua sendo a principal ferramenta utilizada pelos conectados. Ele foi encontrado em 99,5% dos domicílios com acesso à rede mundial de computadores. Depois vem o computador, com 45,1%, seguido pela televisão (31,7%) e tablet (12%).</p><p>Em 2019, entre as 183,3 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade no país, 143,5 milhões (78,3%) utilizaram a internet nos últimos três meses. Jovens adultos entre 20 e 29 anos foram os que mais acessaram. O uso é maior entre estudantes (88,1%) do que entre não estudantes (75,8%). Os estudantes da rede privada (98,4%) usam mais do que os da rede pública (83,7%).</p><p>Em 2020, o impacto causado pela pandemia do novo coronavírus (SARS-COVID 19) fez com que o mundo digital entrasse de vez na educação.</p><p>Mas, o que são Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação?</p><p>VALENTE (2013) nomeia as TDICs a partir da convergência de várias tecnologias digitais como: vídeos, softwares, aplicativos, smartphones, console, jogos etc. Referem-se a qualquer equipamento eletrônico que se conecte à internet, ampliando as possibilidades de comunicabilidade de seus usuários.</p><p>KENSKI (2008) utiliza o termo TDICs para se referir às tecnologias digitais conectadas a uma rede.</p><p>A Base Nacional Comum Curricular (BNCC 2018) contempla o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas ao uso crítico e responsável das tecnologias digitais (competência 5): “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.”</p><p>Como explorar o potencial das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação na aprendizagem…</p><p>Podemos dizer que as tecnologias digitais na educação são as práticas de utilização de recursos digitais e virtuais nas metodologias de ensino e aprendizagem para que os alunos construam conhecimentos com e sobre o uso dessas TDICs.</p><p>Vale aqui ressaltar que as TDICs exigem do professor conhecimento sobre:</p><p>· as ferramentas multimídias disponíveis;</p><p>· a utilização do dispositivo para buscar, interpretar e comunicar informações;</p><p>· como avaliar seu uso e julgar criticamente as informações recolhidas.</p><p>Qual a diferença entre TICs e TDICs?</p><p>As TICs (Tecnologias da Informação e da Comunicação) englobam as TDICs, portanto a tecnologia digital é uma particularidade das TICs e a diferença entre elas é que uma é mais ampla, como no caso da tecnologia da informação e comunicação, e a outra é uma fatia desta. Como falamos anteriormente, as TICs utilizam além das tecnologias digitais, materiais impressos, rádio, e TV.</p><p>As tecnologias digitais são um conjunto de diferentes mídias que se utilizam do processamento de dados armazenados e funcionam através da decodificação de códigos numéricos.</p><p>Equipamentos antigos, como videocassete, telefone fixo usavam uma tecnologia analógica, pois os sinais de áudio ou vídeo eram traduzidos em pulsos elétricos, portanto são TICs. Já os projetores multimídia e os telefones celulares atuais, são TDICs, pois convertem os sinais em componentes binários (0 e 1).</p><p>ATENÇÃO! A tecnologia e educação devem caminhar de mãos dadas, no entanto precisamos ressaltar que a tecnologia é uma ferramenta de educação que dá suporte a professores e alunos para que a aprendizagem seja mais eficiente e facilite a obtenção de resultados.</p><p>Nos ambientes on-line as TDICs permitem o equilíbrio entre a aprendizagem individual e a colaborativa, de forma que os alunos mesmo separados geograficamente e no tempo podem aprender em grupo, em rede, da forma mais flexível e adequada para cada aprendiz. Também facilitam as interações, proporcionam novas experiências, possibilitando uma nova forma de comunicação e de acesso ao conhecimento.</p><p>Essa nova forma de comunicação se apresenta em diferentes formatos:</p><p>· ambientes virtuais de aprendizagem;</p><p>· redes sociais;</p><p>· aplicativos;</p><p>· áudios;</p><p>· vídeos;</p><p>· animações;</p><p>· imagens etc.</p><p>Temos TDICs organizadas num só ambiente, como AVAs, por exemplo, muito presente na educação a distância. Mas, há outros conjuntos de tecnologias estruturadas em diferentes plataformas que vêm sendo utilizadas no ensino remoto de emergência e no ensino híbrido com grande sucesso.</p><p>Clareando conceitos…</p><p>Ensino remoto emergencial:</p><p>Definido por Charles Hodges, da Georgia Southern University como “Uma mudança temporária da entrega de instruções para um modo de entrega alternativo devido a circunstâncias de crise. Envolve o uso de soluções de ensino totalmente remotas para instrução ou educação que, de outra forma, seriam ministradas pessoalmente ou como cursos combinados ou híbridos e que retornarão a esse formato assim que a crise ou emergência tiver diminuído.” O ensino remoto permite o uso de plataformas já disponíveis e abertas para outros fins, que não sejam estritamente os educacionais, assim como a inserção de ferramentas auxiliares e a introdução de práticas inovadoras. A variabilidade dos recursos e das estratégias bem como das práticas é definida a partir da familiaridade e da habilidade do professor em adotar tais recursos. Não é sinônimo de ensino a distância.</p><p>Ensino híbrido:</p><p>Ensino Híbrido envolve a utilização das tecnologias com foco na personalização das ações de ensino e de aprendizagem, apresentando aos educadores formas de integrar tecnologias digitais ao currículo escolar. Além disso, essa abordagem apresenta práticas que integram o ambiente on-line e presencial, buscando que os alunos aprendam mais e melhor. Surgiu nos Estados Unidos e na Europa como forma de resolver o problema da evasão escolar de alunos de cursos a distância, gerada pela sensação de abandono que eles sentiam.</p><p>Ensino a distância:</p><p>“Educação a distância'' é a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada na educação básica (educação de jovens e adultos, educação profissional técnica de nível médio) e na educação superior.” (Portal MEC)</p><p>(fim dos conceitos)</p><p>Que tal explorar diversas ferramentas e recursos das TDICs que podem facilitar o processo de aprendizagem?</p><p>Há várias plataformas no mercado, mas vamos, aqui, exemplificar as gratuitas e disponíveis para utilização imediata.</p><p>Plataformas Virtuais de Aprendizagem ou AVAs</p><p>1. Moodle</p><p>É um sistema de software livre e de código aberto para gestão do ensino e da aprendizagem on-line. Também conhecida como Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), a plataforma é utilizada por alunos e professores como ferramenta de apoio ao ensino a distância em mais de 220 países. Dispõe de uma variedade de ferramentas que podem aumentar a eficácia de um curso on-line. É possível facilmente compartilhar materiais de estudo (áudios, vídeos, e-books, infográficos), realizar atividades colaborativas, promover videoconferência (BigBlueButton), montar listas de discussões, aplicar testes de avaliação e pesquisas de opinião, coletar e revisar tarefas, dar feedbacks, acompanhar a participação dos alunos, acessar e registrar notas, entre outras funcionalidades. As ferramentas podem ser selecionadas pelo professor de acordo com seus objetivos pedagógicos/andragógicos definidos.</p><p>Sítio do Moodle, link externo.</p><p>2. Google</p><p>Classroom:</p><p>Essa plataforma permite gerenciar atividades, avaliações e conteúdos, como uma sala de aula virtual. Basta criar a classe, adicionar os alunos por e-mail e elaborar tarefas. Dá para anexar links, arquivos de texto, áudio e vídeo, gerar prazos, enviar e receber os trabalhos.</p><p>O Google Classroom facilita a comunicação entre professores e alunos ao centralizar atividades, materiais e feedbacks em uma única ferramenta, por meio das salas de aula on-line.</p><p>Sítio do google-classroom, link externo.</p><p>Texto sobre como usar o Google Classroom, link externo.</p><p>3. Microsoft Teams:</p><p>Como se trata de uma plataforma para comunicação entre equipes em ambientes corporativos, uma das possíveis aplicações do Microsoft Teams na educação é a criação de sala de aula virtual, de canais separados por disciplinas, compartilhamento de arquivos e trabalhos colaborativos. A versão gratuita inclui: máximo de 300 usuários; pesquisa de mensagens ilimitadas; 10 GB de armazenamento compartilhado e mais 2 GB para cada usuário; chamadas de áudio e vídeo individuais e em grupo (via Skype); e integração ilimitada com cerca de 140 aplicativos de terceiros (Evernote e Trello, por exemplo) para extensão dos recursos.</p><p>Sítio do Microsoft Teams, link externo.</p><p>Instruções de como usar o Microsoft Teams e criar uma sala de aula virtual, link externo.</p><p>Plataformas de videoconferência</p><p>A videoconferência é uma chamada de áudio e vídeo on-line que tem como objetivo reunir pessoas que se encontram em diferentes locais. Pode acontecer por meio de um computador ou um dispositivo móvel com conexão à internet, tablet ou smartphone, por exemplo. Foi desenvolvida para o ambiente corporativo, no entanto durante a pandemia do novo coronavírus (SARS-COVID 19) tem sido usada de forma intensa, como um recurso educacional importante para o ensino remoto. Como a comunicação é síncrona e permite a interatividade, exige a presença de alunos e professores ao vivo, em tempo real.</p><p>Seguem alguns dos melhores aplicativos de videoconferência gratuitos:</p><p>1. Zoom</p><p>É um ótimo software para videochamadas. Tem limite de até 100 participantes por reunião na versão gratuita e o tempo de duração de cada reunião é de até 40 minutos. Caso o tempo não seja suficiente é possível criar um novo link e abrir nova reunião para o grupo. O Zoom conta com recursos como gravação da reunião e o compartilhamento de telas. Dá para participar de uma chamada usando o próprio software do Zoom, o navegador do computador, extensões para navegadores e até mesmo os aplicativos para iOS e Android.</p><p>A melhor parte do Zoom é que ele é fácil de instalar e de usar. Com apenas alguns cliques, já está tudo pronto e você pode começar uma nova videoconferência, sem mesmo se registrar.</p><p>Sítio do Zoom, link externo.</p><p>2. Skype</p><p>É o queridinho app de videochamada do mundo corporativo ao longo da última década. A ferramenta permite criar uma reunião com até 50 participantes de forma gratuita. Para participar, basta acessar a videoconferência no computador ou através do aplicativo em smartphones ou tablets. É gratuito e, para acessá-lo, é necessário fazer o registro na plataforma.</p><p>Sítio do Skype, link externo.</p><p>3. Google Meet</p><p>É fácil de usar e comporta até 100 participantes por reunião com limite de tempo máximo de 60 minutos por chamada. Pode ser acessado através de um link ou código de reunião, por meio do navegador ou do aplicativo disponível para Android e iOS.</p><p>Sítio do Google Meet, link externo.</p><p>4. CISCO Webex</p><p>Essa plataforma tem uma versão gratuita com limite de até 100 participantes por reunião, 1GB de armazenamento na nuvem e número de reuniões e tempo de duração ilimitados. Oferece compartilhamento de tela, gravação de vídeo, compartilhamento de documentos dentre outros recursos.</p><p>Sítio do CISCO Webex, link externo.</p><p>Observação: O WhatsApp e o Telegram propiciam videochamadas em grupo. No momento da elaboração deste material, o primeiro comporta o número máximo de 8 pessoas e o segundo, 30. Permitem o compartilhamento de arquivos de vídeo, áudio, texto etc. Cristiano Lopes, em seu livro Aprendizagem histórica na palma da mão: os grupos do WhatsApp como extensão da sala de aula, nos mostra que o aplicativo pode ser utilizado pelos professores como um ambiente virtual de aprendizagem. “Nele é possível disponibilizar materiais e conteúdos dos mais variados formatos digitais, promover discussões, aprofundar assuntos dados em aula, além de estimular a autoria dos alunos”. Como é uma ferramenta de fácil acesso e muito utilizada, torna-se um recurso educacional promissor.</p><p>Já utilizou ou pensou em utilizar essas ferramentas para ministrar um curso on-line?</p><p>Aplicativos para realização de “Live”</p><p>Live é uma transmissão ao vivo de áudio e vídeo na Internet, geralmente feita por meio das redes sociais. Durante a pandemia se expandiu de forma significativa. Diversos shows e festivais aconteceram para minimizar a sensação do isolamento e contribuir para a interação social. Aplicativos como Instagram, Youtube, Twitter, Facebook e TikTok possuem uma ferramenta que permite ao usuário fazer uma transmissão de vídeo em tempo real para os seguidores. Podemos usar esses aplicativos como um recurso educacional? Vemos muitos cursos no Youtube disponíveis, não é mesmo? Que tal combinar com outras TDICs? O professor pode abordar uma temática inicial e os alunos/participantes podem fazer comentários ou perguntas por meio do chat, que serão respondidas ao vivo pelo próprio professor. Que outras combinações são possíveis? Defina os objetivos de aprendizagem, escolha a melhor estratégia educacional e coloque a criatividade em ação!</p><p>Como temos falado aqui no curso, o uso das tecnologias digitais quando bem dimensionado pode ser um dispositivo propulsor de inúmeras práticas e técnicas relevantes, que de acordo com Demo (2009) e Moran (2009), incentivam e promovem a aprendizagem do discente, pois o "[...] valor da tecnologia não está nela em si mesma, mas depende do uso que dela fazemos.” (COSCARELLI, 2006, p. 46).</p><p>Ferramentas para criar vídeos interativos</p><p>Com um smartphone nas mãos ficou muito fácil gravar e publicar vídeos, não é mesmo? O uso de vídeo nas aulas on-line é um dos meios mais flexíveis no que diz respeito ao acesso à educação, além de ser um excelente recurso para a aprendizagem. A aula em vídeo estimula de forma multissensorial a percepção do aluno sobre o conteúdo exposto e os alunos podem aprender por meio de qualquer dispositivo com acesso à internet, como laptops, tablets, smartphones ou smart TVs, garantindo a mesma qualidade do curso e possibilitando o aprendizado de maneira flexível e diferenciada.</p><p>A criação de vídeos tem se tornado cada vez mais facilitada e acessível, o que proporcionou o surgimento de um conceito inovador e muito interessante e útil que é o vídeo interativo.</p><p>O vídeo interativo permite, à medida que é apresentado, momento de interação de quem o está assistindo. Podem ser incorporados durante a transmissão: conexões com websites, pequenas explicações, aprofundamento de conceitos, questionários, etc. Estes recursos possibilitam uma pausa para que o aprendiz assimile conceitos e teste sua compreensão.</p><p>Na prática, o vídeo interativo baseia-se no formato habitual de um vídeo (linear), mas admite e estimula quem assiste a interagir com o conteúdo e participar de forma ativa de sua aprendizagem.</p><p>Como se pode interagir num vídeo?</p><p>De acordo com o site Educatech, existem várias funcionalidades possíveis:</p><p>· Hotspots – Áreas que podem ser “clicáveis” dentro do vídeo e que permite a interação do aluno, direcionando-o para uma página relacionada com o conteúdo (informação complementar, por exemplo).</p><p>· Visão de 360º - Neste formato de vídeo, esta opção atribui ao aluno a possibilidade de realizar a rotatividade que lhe permite mostrar toda a extensão da imagem (com o mouse, teclado, óculos VR ou touch screen).</p><p>· Diferentes caminhos/percursos – Em determinados momentos do vídeo, o aluno poderá escolher caminhos diferentes: uma escolha bifurcada ou com múltiplas opções que configuram exatamente o que o aprendiz</p><p>quer seguir.</p><p>· Questionário – Poderá ser incorporando no conteúdo do vídeo um momento para responder alguma pergunta para melhorar a compreensão.</p><p>· Quizzes – Podem funcionar apenas como forma de interação do aprendiz com o conteúdo ou poderão gerar ramificações com o fim de personalizar a experiência e oferecer os dados no final do vídeo.</p><p>Quer criar um vídeo interativo? Então, vamos conhecer cinco ferramentas de criação!</p><p>1. Edpuzzle</p><p>Disponibiliza um serviço gratuito, com algumas limitações, mas totalmente funcional. Permite criar vídeos interativos para utilizar nas aulas ou compartilhar com alunos num espaço on-line. Para implementar a interatividade podemos utilizar os nossos próprios vídeos ou produzidos externamente (Youtube, Vimeo etc.) ou reutilizar vídeos disponibilizados no próprio site. Pode ser integrado em várias plataformas de apoio à aprendizagem, como o Moodle, Google Classroom e Canva, por exemplo. Permite ainda adicionar perguntas, notas, gravação de voz, editar com cortes, dentre outras funcionalidades.</p><p>Sítio do Edpuzzle, link externo.</p><p>2. Timelinely</p><p>Permite adicionar anotações, podem assumir o formato de texto, imagem, áudio ou gravação de vídeo, aplicadas em vídeos próprios ou públicos hospedados no Youtube. No final da criação é gerado um novo link que poderá ser enviado diretamente para os alunos ou incorporado numa plataforma.</p><p>Sítio do Timelinely, link externo.</p><p>3. Thinglink</p><p>Disponibiliza várias ferramentas que permitem adicionar elementos interativos a vídeos ou imagens (texto, imagens, sons, vídeos, áudios, mapas etc.). Pode ser utilizado como vídeos próprios ou públicos do Youtube ou Vimeo. Tem uma versão gratuita para professores.</p><p>Sítio do Thinglink, link externo.</p><p>4. Vizia</p><p>Plataforma gratuita que permite adicionar Quizzes, perguntas ou links em vídeos do Youtube ou Wistia. Depois de editados com várias opções disponíveis, os vídeos poderão ser disponibilizados em várias plataformas de apoio à aprendizagem ou enviados através de um link. Os resultados das enquetes obtidas nos questionários ou sondagens são armazenados numa folha de cálculo Google, que poderá ser baixada e utilizada com a finalidade desejada.</p><p>Sítio do Vizia, link externo.</p><p>5. Canva</p><p>Tem uma versão gratuita e oferece muitas possibilidades de criação em design ao alcance de todos. Em 2020 passou a oferecer a criação e edição de vídeos. A utilização das ferramentas em vídeos se aproxima muito da aplicação em fotos, são bem intuitivas.</p><p>Sítio do Canva, link externo.</p><p>Ferramentas para criar arquivos em áudio - Podcasts</p><p>Podcasts são arquivos de áudio transmitidos pela internet, que funcionam basicamente como um rádio digital. Para ouvi-lo você não precisa sintonizar uma emissora: basta acessar um serviço de streaming, um site específico ou fazer o download do arquivo digital. É uma ferramenta com infinitas possibilidades e traz inovação para a educação. O Brasil é o segundo país que mais consome podcast.</p><p>O podcaster Marcelo Pereira conta que o podcast surgiu em 2004 a partir da junção de duas tecnologias: a distribuição de arquivos sonoros pela internet, o MP3, e o RSS, um formato de distribuição de informações em tempo real pela internet, que era no princípio utilizada por blogs e páginas de notícias. A partir disso, foi possível agregar vários áudios em um único lugar, facilitando a vida do ouvinte e abrindo portas para a criação de uma cultura do podcast.</p><p>Verifique alguns softwares e aplicativos para criar seu próprio podcast:</p><p>1. Audacity:</p><p>É um dos softwares mais conhecidos para editar os áudios. A ferramenta gratuita ajuda a gravar, reproduzir, importar ou exportar sons em diferentes formatos. Para produções mais sofisticadas (no caso de radionovelas, por exemplo), o software oferece efeitos mais sofisticados, como aplicar cortes, copiar e colar recursos ou até mesmo mixar faixas.</p><p>Sítio do Audacity, link externo.</p><p>2. Anchor:</p><p>É uma plataforma gratuita de criação de podcast. Por meio do aplicativo, você poderá criar, editar, gravar e publicar seu podcast com facilidade. Além disso, você também pode convidar amigos para participar de suas gravações até mesmo pelo celular. Em sua versão web, você também poderá realizar gravações e edições de episódios. Tem interação com o Spotify, sendo possível publicar suas criações.</p><p>Sítio do Anchor, link externo.</p><p>3. Speaker Studio:</p><p>Um dos apps mais completos para gravar podcasts, com várias opções para entregar áudios quase profissionais. Você pode criar o seu programa para transmitir ao vivo ou gravar os arquivos para distribuir depois, adicionar efeitos de som e combinar voz com música, entregando programas de alta qualidade. Pode enviar os programas no próprio aplicativo ou compartilhar o podcast nas redes sociais.</p><p>Sítio do Speaker Studio, link externo.</p><p>Ferramentas para criar audiolivros</p><p>O audiolivro é um recurso que está ganhando a atenção de muitos “leitores” ouvintes no Brasil. Há uma vasta quantidade de aplicativos voltados para audiobooks, com obras em português. Ouvir livros é um benefício tanto para quem tem deficiência visual ou visão comprometida, quanto para quem tem um estilo de aprendizagem mais auditivo. A criação de um audiobook não é tão simples quanto a de um e-book. Para publicar um audiobook exige-se, no mínimo, que seja feita uma gravação do áudio utilizando equipamento de qualidade em um ambiente silencioso, um aplicativo de edição de som, um roteiro bem elaborado e um narrador.</p><p>Segue abaixo relação de alguns sites e aplicativos para ouvir e baixar audiolivros gratuitos:</p><p>1. Biblioteca de São Paulo</p><p>Os audiolivros presentes, que antes só poderiam ser retirados por pessoas com deficiência visual, agora podem ser ouvidos por todos.</p><p>Site da biblioteca de São Paulo, link externo.</p><p>2. Tocalivros</p><p>Apesar de exigir assinatura paga, o site disponibiliza opções gratuitas em português.</p><p>Site Tocalivros, link externo.</p><p>3. Universidade Falada</p><p>A plataforma dispõe de livros não pagos para leitura.</p><p>Sítio Universidade Falada, link externo.</p><p>4. Projeto Gutenberg</p><p>Conta com obras em inglês, português e alemão. Autores como Edgar Alan Poe e Charles Dickens estão disponíveis em um acervo de mais de dois mil audiolivros gratuitos.</p><p>Sítio Projeto Gutenberg, link externo.</p><p>5. Digitalbook.io</p><p>Conta com obras em áudio e digitalizadas em várias línguas.</p><p>Sítio Digitalbook.io, link externo.</p><p>6. Storynory</p><p>Contos de fadas, mitos e lendas de diferentes lugares do mundo ficam disponíveis em inglês.</p><p>Sítio Storynory, link externo.</p><p>Ferramentas para criar e-books</p><p>E-book é uma abreviação de origem inglesa para electronic book, ou seja, “livro eletrônico”. Esse tipo de publicação tem diferentes formatos (.pdf, .epub, .doc, .odt, .txt etc.) e pode ser lido por diversos programas que funcionam no computador, no tablet e no celular, ou ainda, em dispositivos específicos, como o Kindle e o Kobo, os chamados “eReaders” (abreviação de electronic readers ou leitores eletrônicos). Pode ser utilizado em cursos on-line pelo professor para disponibilizar conteúdos e/ou como recurso para o desenvolvimento de atividade colaborativa entre os alunos.</p><p>Conheça algumas ferramentas gratuitas para produzir seus e-books!</p><p>1. Canva</p><p>Tem versão gratuita e oferece muitas possibilidades de criação em design ao alcance de todos. Você pode criar seu e-book ou revista digital com vários elementos gráficos, vídeos, imagens etc de forma bem intuitiva e com vários templates para facilitar.</p><p>Sítio do Canva, link externo.</p><p>2. Trakto</p><p>É uma plataforma que pode ajuda a produzir um e-book mesmo que você seja leigo em design e programação. Tem diversos modelos de e-books grátis para download, que podem ser totalmente personalizados para o seu tema. Possui versão gratuita.</p><p>Sítio do Trakto, link externo.</p><p>3. MyeBookMaker</p><p>É uma ferramenta on-line e gratuita para criação de ebooks no formato .epub. Após o cadastro, o usuário começa fazendo a capa (com título, autor e uma imagem, se quiser) e depois produz cada capítulo em uma página diferente, que possui um jeitão parecido com o Word. Diferente dos outros sites semelhantes, a obra não fica</p><p>disponível on-line e deve ser baixada para compartilhamento. O único formato possível para download é o .epub, considerado formato “universal” dos leitores de livros digitais.</p><p>Sítio do MyeBookMaker, link externo.</p><p>4. Flipsnack</p><p>Permite criar, compartilhar e incorporar material on-line, transformando seus PDFs em livros com efeito flip online. A versão gratuita é mais restrita, mas há diversos templates e elementos que podem ser incorporados para a criação de seu e-book.</p><p>Sítio do Flipsnack, link externo.</p><p>Infográficos e Tirinhas</p><p>Infográficos</p><p>Diariamente nos é apresentada a linguagem visual, por meio de textos ou imagens: no caminho do trabalho (placas de trânsito), da escola (letreiros), do supermercado (embalagens). A escrita e a imagem configuram-se como as principais linguagens utilizadas pelos meios de comunicação. As imagens, em especial, são muito exploradas por apresentarem elementos emotivos, como, cores, formas, expressões e evocações imediatas que chamam a atenção das pessoas. Por isso, não podemos ignorar sua importância no processo educacional, na aprendizagem. Conheça os principais aspectos de um infográfico.</p><p>Significado: é um recurso de comunicação que usa elementos visuais junto com textos reduzidos e objetivos para condensar e transmitir uma mensagem. Ele costuma chamar atenção do leitor e ajuda na compreensão de assuntos aparentemente complexos, que são apresentados de forma simples e direta.</p><p>Como surgiu? Em 1992, o jornal USA Today revolucionou o mercado com o lançamento de uma edição com imagens e cor, bem diferente dos jornais da época, que tinham apenas textos. Depois disso, a informação gráfica ganhou notoriedade e bastante espaço nos meios de comunicação. É usado até hoje.</p><p>Por que usar? a) facilitar a compreensão, b) incentivar o pensamento crítico e o desenvolvimento de ideias, c) aumentar a retenção e a absorção da informação, e d) transmitir diversos tipos de informações.</p><p>Como criar? 1° passo: defina os objetivos do seu infográfico. 2º passo: colete dados para seu infográfico. 3º passo: visualize os dados em seu infográfico. 4º passo: use um template pronto para ajudar no design do leiaute. 5º passo: adicione estilo ao design do seu infográfico.</p><p>Ferramentas: Canva, Google Charts, Visual.ly, Venngage, Visme, Piktochart.</p><p>(fim do infográfico)</p><p>Tirinhas</p><p>Tirinhas são formas de contar histórias muito poderosas. Em apenas alguns quadros, você consegue dizer muita coisa. A combinação entre elementos visuais e textuais é o formato perfeito para fazer rir, inspirar, desabafar, refletir e aprender. Mais importante do que a história, é como você conta essa história.</p><p>Quadro 1. Mulher diz “preciso inovar com a minha turma. Eles estão muito desmotivados!” Homem responde: “entendo! Passei por isso, mas agora estamos seguinto o movimento maker – faça você mesmo!”</p><p>Quadro 2: Mulher diz: “o que é isso? Como está fazendo?” Homem responde: “é colocar a mão na massa! E propor atividades que eles produzam algo!”</p><p>Quadro 3: Mulher diz: “Como? Me ajuda!”. Homem responde: “Que tal criar histórias em quadrinhos? É lúdico! Todos gostam...”</p><p>Quadro 4:Mulher diz: “Boa! Combinar elementos visuais e textuais...”. Homem responde: “Isso! Uma tirinha é o formato perfeito para fazer rir, inspirar, desabafar e refletir.”</p><p>Quadro 5: Mulher diz: “Precisa inspirar quem lê...”. Homem responde: “Deve provocar sentimento de identificação! Mostre situações comuns... Problemas para serem resolvidos...”</p><p>Quadro 6: Mulher diz: “Utilizar recursos gráficos e de linguagem que gerem reconhecimento e empatia!”. Homem responde: “É isso aí, você pode! Não existe uma forma certa ou errada de fazer tirinhas.”</p><p>(fim das tirinhas)</p><p>Tirinhas são muito cativantes, não é mesmo? É uma forma super criativa de transmitir uma mensagem, além de serem ideais para compartilhar com os amigos! É uma arte simples e qualquer um com uma ideia pode tentar.</p><p>Dicas de ferramentas para a produção de tirinhas:</p><p>1. Pixton</p><p>É uma opção funcional e completa para criar quadrinhos sem a necessidade de saber desenhar. Possui versões para uso pessoal, educacional e profissional. Não há limitação de forma para os quadrinhos, nem de posição para os painéis. Aceita fotos e objetos. Tem acesso para tablets e opções de compartilhamento nas redes sociais. Exige cadastro.</p><p>Sítio do Pixton, link externo.</p><p>2. StoryboardThat</p><p>É uma das mais completas opções para produzir quadrinhos. Possui uma quantidade enorme de cenários e de personagens – incluindo figuras históricas, que podem ser personalizadas. O site oferece poses de braços, movimento do tronco, expressões faciais e várias outras funcionalidades. Até o layout dos quadros pode ser definido pelo usuário. Exige cadastro para baixar a história produzida.</p><p>Sítio do StoryboardThat, link externo.</p><p>3. Stripcreator</p><p>A interface de composição é pouco atrativa, mas funciona corretamente. São dezenas de opções de cenários e personagens. Entre as limitações estão a impossibilidade de mover os balões e de alterar o tipo de fala. Aceita tiras de até 3 quadros e oferece modelos de composição próprios, só para inserção de texto. Exige um cadastro no site para salvar a história criada.</p><p>Sítio do Stripcreator, link externo.</p><p>4. Witty Comics</p><p>Permite a criação de quadrinhos com até três cenas e dois personagens. Apesar de limitado, o site é simples e prático de ser usado para criar histórias com mais facilidade.</p><p>Sítio do Witty Comics , link externo.</p><p>FINALIZANDO…</p><p>Ao finalizar esta Unidade e concluir o Módulo I do curso, não esperamos ter esgotado todas as informações acerca das temáticas abordadas, especialmente quando se trata de TDICs, já que surgem inovações a todo instante, com novos aplicativos com variadas possibilidades de uso que podem auxiliar os docentes em sua jornada educativa.</p><p>No ambiente educacional, especialmente no ambiente on-line, o uso das TDICs geram mudanças na metodologia de ensino e na forma de ensinar e de aprender. Cabe aos agentes desse processo aliar, de forma significativa, as tecnologias às práticas pedagógicas/andragógicas de forma que as TDICs não sejam apenas ensinadas por elas mesmas, mas que sejam modos de interação e recursos para a construção e produção de conhecimentos.</p><p>Agora, chegou o momento de você realizar os exercícios auto instrucionais, elaborados para checar seu aprendizado até aqui. Eles são obrigatórios e você pode refazê-los, pois há um banco de questões randomizadas! Se tiver dificuldades, volte ao conteúdo e estude um pouco mais para que possa seguir adiante.</p><p>No próximo módulo abordaremos novas metodologias para o ensino e a aprendizagem que apoiam as tecnologias na aprendizagem on-line, além de estratégias didáticas para sua aplicação.</p><p>Pílulas de conteúdo extra</p><p>Você pode dar um pit-stop e saborerar conteúdos extras para ampliar ainda mais seus conhecimentos:</p><p>1. Lendo o livro “Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação”, de Lilian Bacich, Adolfo Tanzi Neto e Fernando de Mello Trevisani, na plataforma SABERES.</p><p>2. Vídeo “O futuro chegou. Você está pronto? - TED x Dante Alighiere School - Ricardo Amorim”, no Youtube.</p><p>Atividade extra (opcional) - Mão na Massa</p><p>Aprender fazendo (learn by doing) é botar a mão na massa e ser agente ativo em seu processo de desenvolvimento intelectual. A ideia é que, por meio da vivência prática, sua experiência educacional seja mais relevante e significativa.</p><p>Aproveite o momento e faça uma autoavaliação da sua aprendizagem produzindo um vídeo animado. O vídeo é um formato efetivo quando se deseja transmitir alguma informação. Oferece um atrativo visual que atinge em cheio o nosso cérebro, além da maioria das pessoas crescerem assistindo vídeos (seja na televisão ou na Internet), desde muito pequenas. Trata-se de um formato de fácil assimilação e que atrai naturalmente as pessoas. Quer enfrentar o desafio?</p><p>Acesse um dos links abaixo e escolha o tipo de vídeo melhor para você!</p><p>1. Vyond</p><p>Para quem deseja dar vida aos quadrinhos, o site ajuda a montar pequenas animações. Ele oferece personagens, cenários e objetos prontos para serem personalizados por professores,</p><p>alunos e outros usuários.</p><p>Sítio do Vyond, link externo.</p><p>2. Pencil</p><p>Para professores e alunos que desejam criar suas próprias ilustrações, o programa Pencil pode ser uma boa solução. Desenvolvido para possibilitar a elaboração de desenhos à mão e no estilo cartoon, ele é considerado uma alternativa para criar animações em 2D de forma simples.</p><p>Sítio para baixar o Pencil, link externo.</p><p>3. Powtoon</p><p>Para quem ainda não conhece vale conhecer. É muito simples e prático. A plataforma oferece muitas imagens animadas, com efeitos, tudo pronto para você começar a se animar.</p><p>Sítio do Powtoon, link externo.</p><p>Exercícios de Fixação do Módulo I na plataforma SABERES.</p><p>Módulo II: Novas metodologias e tecnologias na aprendizagem on-line</p><p>O que você vai ver neste módulo?</p><p>Vídeo “O que você vai ver no Módulo 2 do Curso de Mediação e Aprendizagem em Ensino Online”, no Canal ILB no Youtube.</p><p>Objetivos específicos:</p><p>· Diferenciar os principais métodos para uma abordagem ativa;</p><p>· Identificar os princípios e vantagens da metodologia ágil; e</p><p>· Relacionar a metodologia imersiva com as novas tecnologias.</p><p>Neste módulo, vamos basear nosso estudo no trabalho de pesquisa realizado por Filatro e Cavalcanti (2018) apresentado em seu livro Metodologias INOV-ativas na educação presencial, a distância e corporativa.</p><p>As autoras condensaram dezenas de abordagens educacionais em quatro grupos de metodologias: ativas, ágeis, imersivas e analíticas, com visões inovadoras de aplicações práticas que podem e devem ser utilizadas por aqueles que se propõem a se tornar um tutor/facilitador excelente.</p><p>Metodologias Ativas</p><p>· Aprendizagem baseada em Problemas;</p><p>· Aprendizagem baseada em Projetos;</p><p>· Movimento Maker;</p><p>· Instrução por Pares;</p><p>· Design Thinking.</p><p>Metodologias Ágeis</p><p>· Microaprendizagem;</p><p>· M-learning;</p><p>· Just-in-time learning.</p><p>Metodologias Imersivas</p><p>· Realidade Virtual;</p><p>· Realidade Aumentada;</p><p>· Jogos;</p><p>· Gamificação.</p><p>Vamos começar?</p><p>Unidade 1: Metodologias Ativas</p><p>O que são metodologias ativas?</p><p>“As metodologias ativas são estratégias, técnicas, abordagens e perspectivas de aprendizagem individual e colaborativa que envolvem e engajam os estudantes no desenvolvimento de projetos e/ou atividades práticas. Nos contextos em que são adotadas, o aprendiz é visto como um sujeito ativo, que deve participar de forma intensa de seu processo de aprendizagem (mediado ou não por tecnologias), enquanto reflete sobre aquilo que está fazendo.” Citação de Filatro e Cavalcanti (2018, p.12)</p><p>Os princípios fundamentais das metodologias ativas são basicamente três: a) Ação-reflexão, b) Protagonismo do aluno, e c) Colaboração.</p><p>Vamos explorar algumas abordagens ativas com maior potencial de inovação por promoverem a ação-reflexão (articulação entre teoria e prática) e por serem adaptáveis à execução em ambientes virtuais.</p><p>ABORDAGENS ATIVAS</p><p>Aprendizagem baseada em problemas - PBL (sigla oriunda do inglês problem based learning)</p><p>Assista ao vídeo Aprendizagem Baseada em Problema - ABP Definições e Conceitos, no Youtube.</p><p>Após assistir ao vídeo, você percebe que a PBL é um método que faz com que os aprendizes sejam capazes de construir uma aprendizagem conceitual, de processos, de procedimentos, de análise, de desenvolvimento e de atitudes, por meio de problemas de situações reais ou hipotéticas que são apresentadas pelo tutor/facilitador.</p><p>O objetivo é fazer com que os alunos busquem soluções diversas aplicáveis para os ‘cases’ apresentados por meio de investigações.</p><p>O método está estruturado em 7 etapas e se inicia com situações-problema para a construção de novos conhecimentos. Pode ser aplicado em grupo ou individualmente, on-line ou presencial.</p><p>Um bom problema deve ser objetivo, simples e engajador para motivar os alunos. Você consegue pensar em algum problema para ser trabalhado? Só para ilustrar, me vem à cabeça o seguinte problema: Aumentar a participação dos aprendizes nos cursos on-line com tutoria ofertados pelo ILB.</p><p>Problem Based Learning (PBP) - Método de Abordagem Ativa.</p><p>Passo 1: Discutir um Caso – selecione um caso que atenda aos seguintes parâmetros: seja curto, trate de um tema interessante, demostre utilidade, provoque divergência, demande uma tomada de decisão.</p><p>Passo 2: Identificar Perguntas – compreensão do problema a ser analisado: apresente o caso aos alunos e oriente o processo de discussão e análise da resolução da questão. Pode ser feito via fórum específico ou numa webconference.</p><p>Passo 3: Brainstorm – análise do problema: divida os alunos em grupos menores, 3 ou 4 participantes. Cada grupo participa de uma sessão de brainstorming, registra o que sabe sobre o problema e concebe maneiras de resolvê-lo. Pode ser utilizado o fórum, um mapa mental ou wiki para concepção das possíveis soluções.</p><p>Passo 4: Análise dos resultados – análise do resultado do brainstorming. Neste momento, os grupos menores apresentam os resultados para o grupo maior (pode ser no fórum ou webconference). É o momento em que ficam evidentes as lacunas de conhecimentos e visões divergentes sobre o problema analisado.</p><p>Passo 5: Definir tarefas e objetivos – formulação de objetivos de aprendizagem, metas e estratégias relacionados ao problema.</p><p>Passo 6: Estudar o tema – estudo individual ou em pequenos grupos. Estudar conceitos e temas identificados na etapa anterior. Pesquisa de campo, livros, revistas etc. sob orientação do professor/tutor/facilitador. Os resultados são apresentados em forma de debate e será mediado pelo professor/tutor/facilitador, que busca aprofundar as discussões.</p><p>Passo 7: Sintetizar as soluções – apresentação de relatório com a síntese dos resultados das pesquisas, as soluções concebidas e as reflexões sobre o aprendizado final. Pode ser via arquivo de vídeo ou webconference.</p><p>(fim do infográfico)</p><p>Aprendizagem baseada em projetos – ABP</p><p>Assista ao vídeo Aprendizado Baseado em Projetos (PBL), no Youtube.</p><p>PBL é um método em que os alunos se envolvem em tarefas e desafios para desenvolver um projeto que tenha como resultado um produto tangível.</p><p>Em grupo, os alunos desenvolvem um projeto que se inicia com a apresentação pelo professor de uma questão complexa e instigante que irá nortear o projeto ou os alunos apresentam uma proposta que tenham interesse. Em seguida, são definidos prazos, escopo de trabalho, expectativas de resultado e critérios de avaliação. O resultado final é um produto que pode ser um protótipo ou um plano de ação a ser implementado. Por exemplo, um desafio poderia ser “Elaborar um plano de ensino de um curso on-line sem tutoria sobre a utilização de metodologias ativas em ambientes virtuais de aprendizagem.”</p><p>Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) - Método de Abordagem Ativa.</p><p>Passo 1: Pergunta motivadora – inicie com uma pergunta instigante, complexa, que possibilite pesquisa e que faça parte do tema central da aula e/ou curso. Os alunos devem discutir e o professor fará um diagnóstico dos conhecimentos sobre a temática.</p><p>Passo 2: Desafio proposto – apresente o desafio e defina as condições, prazos, escopo de trabalho, expectativas de resultado e critérios de avaliação.</p><p>Passo 3: Pesquisa e conteúdo – os alunos se tornam especialistas e buscam informções (pesquisas, entrevistas etc.) para alcançar os objetivos.</p><p>Passo 4: Cumprindo o desafio – os alunos encontram uma maneira de resolver o desafio.</p><p>Passo 5: Reflexão e feedback – os alunos refletem sobre o tema por meio de debates e/ou exercícios.</p><p>Passo 6: Resposta à pergunta inicial – os alunos apresentam o resultado.</p><p>Passo 7: Avaliação do aprendizado – os alunos são avaliados para saber se atingiram os objetivos propostos e desenvolveram as habilidades desejadas.</p><p>(fim do infográfico)</p><p>Importante!</p><p>· O conteúdo a ser pesquisado deve ser relevante no contexto dos alunos;</p><p>· O caminho não deve ser definido de antemão;</p><p>· O aluno é o protagonista no andamento do projeto;</p><p>· As fontes de pesquisa devem ser diversificadas;</p><p>· O professor guia e dá feedbacks durante todo o percurso do projeto;</p><p>· Os alunos desenvolvem habilidades de colaboração e trabalho em equipe, comunicação, raciocínio lógico, pensamento reflexivo,</p>